minário de assuntos contábeis de porto · pdf fileconselho regional de...

13
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE ASSUNTOÁBEIS DE PORTO ALEGRESEMINÁRIO PALESTRA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO PALESTRANTE: Eliane Carvalho Valcam ANO 2014 APOIO: www.lefisc.com.br PARA OBTER UMA SENHA CORTESIA DO PORTAL LEFISC ENVIE UM E-MAIL PARA [email protected] (51) 3373.0000 ou consulte os números locais em nosso Portal

Upload: nguyenduong

Post on 06-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CONSELHO REGIONAL DE

CONTABILIDADE

DO RIO GRANDE DO SUL MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE ASSUNTOÁBEIS DE PORTO ALEGRESEMINÁRIO

PALESTRA

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

PALESTRANTE: Eliane Carvalho Valcam

ANO 2014

APOIO:

www.lefisc.com.br

PARA OBTER UMA SENHA CORTESIA DO PORTAL LEFISC ENVIE UM E-MAIL PARA [email protected]

(51) 3373.0000 ou consulte os números locais em nosso Portal

Page 2: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

2

Conteúdo programático:

Desoneração da folha de pagamento Lei nº 12.546/2011, Lei 12844/2013 e Instrução Normativa 1436/2014 Abrangência e aplicação das novas alíquotas Conceito de Receita Bruta Indústrias não exclusivas Enquadramento pelo CNAE Exemplo de cálculo Arrecadação em DARF e GPS: Como calcular e preencher Construção Civil Redução do percentual de retenção em nota fiscal Optante do simples Anexo IV e concomitante Obrigações acessórias

Page 3: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

3

O que é a desoneração da folha de pagamento? A desoneração da folha de pagamento das empresas beneficiadas pela medida consiste, exclusivamente, na substituição temporária da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal básica de 20% sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, a qual passa a ser calculada sobre a receita bruta. Esta substituição tem caráter impositivo e será aplicada no período de 01/12/2011 a 31/12/2014. Vencido este prazo, a contribuição previdenciária patronal básica voltará a ser calculada sobre a folha de pagamento. Abrange somente as atividades citadas na Lei 12.546/11. Não abrange as contribuições ao RAT e aos “Terceiros” (Outras Entidades do “Sistema S” como SESI, SENAI, SEBRAE, etc), ou seja, as empresas continuarão pagando essas contribuições sobre a folha de pagamento. A CPRB pode ser apurada utilizando-se os mesmos critérios adotados na legislação da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS para o reconhecimento no tempo de receitas e para o diferimento do pagamento dessas contribuições.

As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades referidas na Lei, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão as contribuições previdenciária.

Aplica para as empresas Construção Civil optantes pelo Simples Nacional Anexo IV. Solução de consulta da RFB referente ao assunto, ressaltando-se que a mesma só têm validade em relação a quem faz a consulta, servindo apenas como orientação aos demais contribuintes:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 70 de 27 de Junho de 2012 (REFORMULADA)

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO APLICAÇÃO. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contemplados pelo art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2 2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulam o regime substitutivo de desoneração da folha de pagamento. SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 35, DE 25 DE MARÇO DE 2013 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. ANEXOS I E III. NÃO CABIMENTO. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei Complementar nº 123, de 2006, não se aplica a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista na Lei nº 12.546, de 2011. 2. Essa contribuição, porém, é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que recolhem com fundamento no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (Anexo IV), desde que a atividade exercida esteja inserida

Page 4: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

4

entre aquelas alcançadas pela contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546, de 2011, para sua incidência. Reforma da Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 70/2012. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, VI e art. 18, § 5º-C; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 8º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22; Lei nº 12.715, de 2012, art. 55; Medida Provisória nº 540, de 2011, art. 7º, Medida Provisória nº 582, de 2012, arts. 1º e 2º, e Medida Provisória nº 601, de 2012, art. 1º. MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS Chefe Instrução Normativa 1436/2014 Aplica-se a empresa que seja optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), desde que: I - esteja sujeita, mesmo que parcialmente, à contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento, na forma prevista no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; e II - sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada na forma prevista no art. 17 da Instrução Normativa 1436/2014, esteja enquadrada nos grupos 412, 432, 433 ou 439 da CNAE 2.0. A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que esteja de acordo com as condições previstas acima e exerça, concomitantemente, atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos Anexos I a III e V, da Lei Complementar nº 123, de 2006, contribuirá na forma prevista: I - Com relação à base de cálculo referente à parcela da receita bruta auferida nas atividades enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, à alíquota de 2% (dois por cento); e II - nos Anexos I a III e V da Lei Complementar nº 123, de 2006, com relação às parcelas da receita bruta relativas às atividades listadas nesses Anexos. A receita bruta, será considerada a receita recebida no mês, no caso de empresas optantes pelo Simples Nacional que tenham optado, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), pelo regime de caixa de apuração de receitas; A CPRB deverá ser informada, por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D), disponível no Portal do Simples Nacional na Internet, no endereço eletrônico www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional a partir de janeiro de 2014; e O recolhimento da CPRB deverá ser realizado mediante DARF emitido pelo PGDAS. As contribuições têm caráter obrigatório aos contribuintes que exerçam as atividades mencionadas na Lei. Embora os arts. 7º e 8º mencionem que o recolhimento sobre a receita bruta previsto na Lei nº 12.546/2011 é em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91, tal substituição deve ser interpretada no sentido de que as empresas

Page 5: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

5

enquadradas nos artigos em questão obrigatoriamente substituem a base de cálculo da folha de pagamento pela base de cálculo da receita bruta, independentemente de haver folha ou não.

Tal posicionamento é reforçado pelo texto da Solução de Consulta da RFB nº 71/2013. SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 71, DE 12 DE JULHO DE 2013 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. CARÁTER OBRIGATÓRIO. EFD-CONTRIBUIÇÕES. A contribuição substitutiva a que se refere o art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, é uma obrigatoriedade para as pessoas jurídicas contempladas nesse artigo, independentemente da contratação de empregado ou de haver pagamento de pro-labore aos sócios para a realização das suas atividades. A pessoa jurídica submetida a esse regime substitutivo deve efetuar a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD- Contribuições) nos termos do inciso IV do art. 4º da IN RFB nº 1.252, de 2012. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, de 1988, art. 195; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22; Lei nº 11.774, de 2008, art. 14; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 9º, IN RFB nº 1.252, de 2012, arts. 2º e 4º. JOSÉ CARLOS SABINO ALVES Chefe Qual é o objetivo da desoneração da folha? Ampliar a competitividade da indústria nacional, por meio da redução dos custos laborais, e estimula as exportações, isentando-as da contribuição previdenciária. Estimular ainda mais a formalização do mercado de trabalho, uma vez que a contribuição previdenciária dependerá da receita e não mais da folha de salários. Por fim, reduz as assimetrias na tributação entre o produto nacional e importado, impondo sobre este último um adicional sobre a alíquota de Cofins-Importação igual à alíquota sobre a receita bruta que a produção nacional pagará para a Previdência Social. Retenção de 3,5% No caso de contratação de empresas para execução de serviços relacionados no Anexo I da Instrução Normativa 1436/2014, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, observando-se os seguintes períodos: I - a partir de 1º de agosto de 2012, por serviços prestados por empresas:

a) de TI e TIC, exceto suporte técnico em equipamentos de informática; e

b) de Tele atendimento;

II - a partir de 1º de janeiro de 2013, por serviços prestados por empresas:

a) de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional;

b) de transporte aéreo de passageiros;

c) de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem, na navegação

de longo curso e por navegação interior em linhas regulares; e

Page 6: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

6

d) manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; III - a partir de 1º de abril de 2013, por serviços prestados por empresas:

a) de suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados, bem como serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral;

b) de manutenção e reparação de embarcações; e c) do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da

Classificação Nacional de Atividades Econômicas - Versão 2.0 (CNAE 2.0); IV - a partir de 1º de janeiro de 2014, por serviços prestados por empresas:

a) que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos organizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; e

b) de construção civil de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0; Aplicabilidade Aplica-se apenas aos serviços listados nos arts. 117 e 118 da Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, que estiverem sujeitos à CPRB. No caso de contratação de empresas para prestação de serviços da construção civil no período de 19 de julho a 31 de outubro de 2013, o percentual da retenção será de 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) somente se a empresa contratada optou por antecipar a sua inclusão na tributação substitutiva, ou seja ter recolhido o DARF da competência junho/2014 no prazo. Se a empresa contratada não optou por antecipar a sua inclusão na tributação substitutiva, a retenção, no período de 3 de junho a 31 de outubro de 2013, será de 11% (onze por cento). A empresa prestadora de serviços deverá comprovar a sua inclusão na tributação substitutiva, fornecendo à empresa contratante declaração de que recolhe a contribuição previdenciária prevista nos arts. 7º ou 8º da Lei nº 12.546, de 2011, conforme modelo previsto no Anexo III Instrução Normativa 1436/2014. No caso de retenção para fins de elisão de responsabilidade solidária, a retenção continuará sendo de 11% (onze por cento). Não se sujeitam à CPRB: I - a partir de 1º de agosto de 2012:

a) as empresas de TI e TIC que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total;

b) as empresas do setor industrial que produzam itens diversos dos listados no Anexo II, ou que possuam outras atividades não relacionadas no Anexo I da Instrução Normativa 1436/2014, cuja receita bruta decorrente da produção desses itens ou do

Page 7: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

7

exercício dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total; e

c) os fabricantes de automóveis, comerciais leves - camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões - caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas;

II - a partir de 28 de dezembro de 2012, as empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras; e III - a partir de 25 de outubro de 2013:

a) as empresas de varejo dedicadas exclusivamente ao comércio fora de lojas físicas, realizado via Internet, telefone, catálogo ou outro meio similar; e

b) as lojas ou rede de lojas com características similares a supermercados, cuja receita bruta de venda de itens alimentícios, no ano calendário anterior, represente mais de 10% (dez por cento) da receita bruta total.

Industrialização Aplica-se às empresas que produzam no território nacional, item referido no Anexo II da Instrução normativa 1436/2014. Aplica-se, inclusive, com relação aos itens produzidos por um estabelecimento e comercializados por outro da mesma pessoa jurídica. Nos casos em que a produção seja efetuada por encomenda, aplica-se:

I - somente à empresa executora, caso esta execute todo o processo de produção; ou II - tanto à empresa executora, quanto à encomendante, na hipótese de produção parcial por encomenda, desde que resulte das respectivas operações, tomadas separadamente, item referido no Anexo II da IN 1436/2014.

Para fins de base de cálculo:

Na determinação da base de cálculo da CPRB serão excluídas: I - a receita bruta decorrente de:

a) exportações diretas; e

b) transporte internacional de cargas, a partir de 28/12/2012; II - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; III - o Imposto sobre Itens Industrializados (IPI), se incluído na receita bruta; e IV - o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

Page 8: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

8

A receita bruta proveniente de vendas a empresas comerciais exportadoras compõe a base de cálculo da CPRB.

Conceito de Receita Bruta A receita bruta que constitui a base de cálculo da contribuição substitutiva a que se referem os arts. 7º a 9º da Lei 12.546, de 14 de dezembro de 2011, compreende: a receita decorrente da venda de bens nas operações de conta própria; a receita decorrente da prestação de serviços; e o resultado auferido nas operações de conta alheia.(IN 51/1978, Parecer Normativo 3/2012 e IN 1436/2014). Obs.: O resultado auferido nas operações de conta alheia são aquelas decorrentes de comissões obtidas sobre representação de bens ou serviços de terceiros. O valor do frete deverá ser considerado como integrante da Receita Bruta para os efeitos de tributação da contribuição substitutiva a que se referem os arts. 7º a 9º da Lei 12.546, de 14 de dezembro de 2011, tendo em vista que compõe o valor total da Nota Fiscal (Solução consulta 129de 12/05/2003).

De acordo com a orientação da Receita Federal do Brasil, as deduções previstas, deverão ser utilizadas apenas para a base de cálculo correspondente a apuração do recolhimento de 1% ou 2% sobre a receita bruta da empresa.

Para fins de apuração do percentual do produto não relacionado, e produto relacionado, não deverá ser considerado as presentes deduções.

A CPRB deverá ser: I - apurada e paga de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica; II - informada na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF); e III - recolhida em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência em que se tornar devida. Se não houver expediente, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente anterior. Utilizar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) com um dos seguintes códigos:

I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Serviços (2,0%); e,

II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Indústria e comércio (1%).

Page 9: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

9

EMPRESAS ENQUADRADAS PELO CNAE As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela CPRB estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE principal. O enquadramento no CNAE principal será efetuado pela atividade econômica principal da empresa, assim considerada, dentre as atividades constantes no ato constitutivo ou alterador, aquela de maior receita auferida ou esperada. A "receita auferida" será apurada com base no ano-calendário anterior, que poderá ser inferior a 12 (doze) meses, quando se referir ao ano de início de atividades da empresa. A "receita esperada" é uma previsão da receita do período considerado e será utilizada no ano-calendário de início de atividades da empresa. A base de cálculo da CPRB será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades, não lhes sendo aplicada a proporcionalidade.

Exemplo:

Empresa construtora e incorporadora onde a maior receita em 2013 é no CNAE do grupo 411, neste caso a empresa não participa da desoneração.

Quando a maior receita for no grupo 412, a empresa desonera toda a folha incluindo o grupo 411 e recolher os 2% sobre toda a receita inclusive da incorporadora.

EMPRESAS ENQUADRADAS PELA ATIVIDADE OU PELO PRODUTO

Se uma empresa produzir tipos diferentes de produtos ou prestar diferentes tipos de serviços enquadradas na Lei pela atividade (não CNAE), sendo apenas alguns deles elencados na Lei, então ela deverá proporcionalizar sua receita de acordo com os serviços/produtos enquadrados e não-enquadrados na Lei e recolher a contribuição previdenciária em duas guias:

Uma parcela sobre a receita (em DARF) e outra parcela sobre a folha (em GPS), reduzindo-se o valor das contribuições previdenciária a recolher, ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços ou à fabricação dos produtos e a receita bruta total.

Nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades previstas, as empresas deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicada a proporcionalização.

Nos meses em que não auferirem receita relativa a atividades não abrangidas, as empresas deverão recolher a contribuição neles prevista, não sendo aplicada a proporcionalização.

Aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas, somente se a receita bruta decorrente dessas outras atividades for superior a cinco por cento da receita bruta total.

Não ultrapassado o limite de cinco por cento, as contribuições serão calculadas sobre a receita bruta total auferida no mês.

A empresa possuindo atividades relacionadas e não relacionadas deverá ser seguido os exemplos abaixo para apuração da substituição:

Page 10: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

10

Exemplo de Aplicação da Lei: Industria pagando 1% sobre a receita bruta de R$ 100.000,00. Valor da Folha de Pagamento: R$ 20.000,00.

MÊS faturamento

RECEITA ATIVIDADE DESONERADA

RECEITA OUTRAS ATIVIDADES

CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PREVIDENCIARIA

1º mês

4.000,00

96.000,00

Não entra na Lei, paga CPP 20%

2º mês

96.000,00

4.000,00

Paga 1% sobre a receita total

3º mês

70.000,00

30.000,00

Paga parte no DARF e parte sobre a folha

No exemplo do mês de dezembro, 70% de sua receita derivada de produtos enquadrados na Lei 12546/2012 e 30% de fora, então ela deverá recolher a alíquota de 1% sobre 70% de sua receita e aplicar a alíquota previdenciária normal, de 20%, sobre 30% de sua folha salarial. A receita desta empresa é de 100.000,00 e sua folha de salários de 20.000,00. Atualmente, essa empresa recolhe 20% de 20.000,00, pagando 4.000,00 de contribuição previdenciária. Pela nova sistemática, ela pagará 1.900,00. Como calcular Faturamento total da empresa: R$ 100.000,00 (inclui exportação, devolução); Faturamento não relacionado: R$ 30.000,00 Base de Cálculo INSS: R$ 20.000,00 Cálculo: R$ 20.000,00 x 20% = R$ 4.000,00 R$ 30.000,00 ÷ R$ 100.000,00 = 30% R$ 4.000,00 x 30% = R$ 1.200,00 R$ 70.000,00 (exclui exportação diretas e devoluções) x 1% = 700,00 Recolher em DARF – R$ 700,00 Recolher em GPS – R$ 1.200,00 Valor para compensar em GFIP – R$ 2.800,00 (Valor não pago na GPS) GFIP e Demonstrativos de Origem do Crédito Base legal: ADE CODAC 093/2011 Conforme o Ato Declaratório Executivo Codac nº 93/2011, a empresa deverá proceder da seguinte forma:

Os valores de contribuição previdenciária patronal calculados pelo Sefip/GFIP ou a diferença relativa à contribuição previdenciária patronal entre o valor calculado pelo Sefip/GFIP, para as empresas que desenvolvem outras atividades além das enquadradas na Lei nº 12.546/2011 (e que estarão demonstrados no Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social nas linhas “Empregados/Avulsos” e

Page 11: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

11

“Contribuintes Individuais”, abaixo do título “Empresa”), deverão ser informados no campo “Compensação”;

A Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo Sefip/GFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP;

Por fim, os relatórios gerados pelo Sefip, Relatório de Valor de Retenção, Relatório de

Compensações e Relatório de Reembolso, devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/compensação.

Por exemplo, uma empresa que desenvolve apenas atividade abrangida pela Lei nº 12.546/2011 deverá preencher o campo “Compensação” da GFIP com o total dos 20% sobre a folha de pagamento que deixará de recolher em virtude do recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, conforme o previsto na Lei nº 12.546/2011.

Já as empresas que desenvolvem outras atividades deverão lançar como compensação o valor da contribuição que deixará de recolher sobre a folha de pagamento, conforme o cálculo de redução previsto na Lei nº 12.546/2011. Ressalte-se, por fim, que, no tocante ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal efetuado através de DARF (tendo por base a receita bruta conforme os critérios estabelecidos na Lei nº 12.546/2011), não será prestada nenhuma informação através do SEFIP/GFIP. Caso a GFIP tenha sido feita de forma incorreta, deverá ser retificada. A contribuição previdenciária paga a maior em GPS poderá ser objeto de COMPENSAÇÃO nas competências posteriores. VALOR CORRIGIDO Para a compensação indicada na “Desoneração da Folha”, do mesmo mês a que se refere, não é devida nenhuma correção. Valores pagos a maior em competências anteriores podem ser corrigidos pela taxa SELIC e 1% no mês da efetivação. Use a tabela de “Juros SELIC acumulados” no site da RFB. Período de Início e Período de fim Para a compensação indicada na “Desoneração” – caso não haja outras situações de Compensação, deve ser informada a mesma competência da GFIP. Caso haja outros valores que sejam somados à compensação da Desoneração (como por exemplo valores pagos a maior em competências anteriores, sobras de salário-família, salário-maternidade ou retenções), usar o período inicial da apuração dos créditos (mês/ano do primeiro pagamento a maior ou que houve a sobra ou a retenção) e o período de fim é o próprio mês /ano da “Desoneração”. NOTIFICAÇÃO DE AUDITORIA EM COMPENSAÇÃO DE GFIP Ato Declaratório Executivo Corec nº 2, de 19 de julho de 2012 DOU de 23.7.2012 Inclui novo serviço no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) com permissão de acesso por meio de código de acesso. A COORDENADORA ESPECIAL DE RESSARCIMENTO, COMPENSAÇÃO E RESTITUIÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da

Page 12: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

12

Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, tendo em vista o disposto no art. 17 da Instrução Normativa RFB nº 1.077, de 29 de outubro de 2010, e baseado no Parecer de Riscos Institucionais nº 4, de 5 de julho de 2012, da Coordenação-Geral de Auditoria Interna e na Nota Técnica nº 4, de 3 de fevereiro de 2012, da Coordenação-Geral de Tributação, declara: Art. 1º Fica incluído no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) o serviço de resposta a notificações em auditoria de compensação em GFIP. Parágrafo único. O acesso às informações de que trata o caput poderá ser realizado pelo próprio contribuinte mediante a utilização de código de acesso gerado na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na Internet, na forma do art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.077, de 29 de outubro de 2010. Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRA W. GRUGINSKI

A empresa poderá ter a GFIP Bloqueada (não processada), por força da Portaria INSS/RFB 3.764/11. A empresa pode ser intimada a prestar esclarecimentos sobre o uso do campo

Compensação. Esse bloqueio ou notificação já estão sendo aplicados pela fiscalização pela RFB.

No E-CAC há um manual disponível (E-CAC > Cobrança e Fiscalização > Notificações em Auditoria de Compensação em GFIP) para orientar como responder às notificações recebidas pela empresa.

Recomendamos fazer acompanhamento mensal do processamento da GFIP através do E-CAC (site da RFB), verificando a situação fiscal previdenciária e se há apontamento de divergências na GFIP ou falta de GFIP. Se houver, verificar no E-CAC se há notificação ou comparecer a uma agência da RFB, para esclarecimentos.

eSocial

S-1380 - Eventos Periódicos - Informações Complementares Desoneração Evento preenchido exclusivamente por empresa enquadrada na classificação tributária [05] (empresas de TI, TIC e Call Center de que trata a Lei 11.774/2008) ou [12] (empresa enquadrada nos artigos 7 a 9 da Lei 12.546/2011). No evento são informados: * o percentual de redução a ser aplicado na alíquota da Contribuição Previdenciária Patronal, e nos valores das contribuições para Outras Entidades e Fundos (benefícios da Lei 11774/08), apurado na forma prevista no art. 1º do Decreto 6.945/2009

* O percentual de redução da contribuição patronal aplicável às empresas enquadradas nos artigos 7º a 9º da Lei 12.546/2011

INFORMAÇÃO EM DCTF E EFD

Conforme a Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, deverão apresentar a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal), desde que tenham débitos a declarar, entre outras, as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz.

Page 13: MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO · PDF fileconselho regional de contabilidade do rio grande do sul minÁrio de assuntos contÁbeis de porto alegre seminÁrio assuntos contÁbeis

CURSOS PRESENCIAIS E “IN COMPANY” Fone:(51) 3373-0000 – E-mail: [email protected]

13

A referida Instrução Normativa estabelece que a DCTF conterá informações relativas à contribuição previdenciária sobre a receita bruta de que tratam os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011. Portanto, a DCTF, está atualizada para receber as informações da contribuição previdenciária patronal sobre a receita bruta, e as empresas enquadradas nas atividades da Lei nº 12.546/2011 estão obrigadas a prestá-las.

Por sua vez, a Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 regulou a Escrituração Fiscal Digital da contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da contribuição previdenciária sobre a receita (EFD-Contribuições), estabelecendo que ficam obrigadas a adotar e escriturar a EFD-Contribuições, nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999 e do art. 2º do Decreto nº 6.022/2007, em relação à contribuição previdenciária sobre a receita, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011. Ou seja, também serão prestadas, através da EFD-Contribuições, as informações referentes à contribuição previdenciária sobre a receita bruta, as quais serão prestadas no Bloco P da EFD-Contribuições. DISPENSA OPTANTES PELO SIMPLES ANEXO IV Com base na legislação as optantes pelo simples Anexo IV, obrigadas a desoneração da folha de pagamento estão dispensadas da entrega da DCTF e EFD. IN 1110/2010 Art. 3º Estão dispensadas da apresentação da DCTF: I - as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime; IN 1252/2012 Art. 5º Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições: I - as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime;