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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA CAMPUS TOMÉ-AÇU CLEIDIANE DE SOUZA CRUZ FABIOLA ABREU MENDES MAPEAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MADEIRA GERADOS PELAS SERRARIAS NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU, UTILIZANDO AS FERRAMENTAS DA QUALIDADE FLUXOGRAMA E 5W2H TOME-AÇU 2018

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA-UFRA CAMPUS TOMÉ-AÇU

CLEIDIANE DE SOUZA CRUZ FABIOLA ABREU MENDES

MAPEAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MADEIRA GERADOS

PELAS SERRARIAS NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU, UTILIZANDO AS

FERRAMENTAS DA QUALIDADE FLUXOGRAMA E 5W2H

TOME-AÇU

2018

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CLEIDIANE DE SOUZA CRUZ

FABÍOLA ABREU MENDES

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MAPEAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE MADEIRA GERADOS

PELAS SERRARIAS NO MUNICIPIO DE TOME-AÇU, UTILIZANDO AS

FERRAMENTAS DA QUALIDADE FLUXOGRAMA E 5W2H

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como requisito, para obtenção

de título de Bacharel em Administração pela

Universidade Federal Rural da

Amazônia.Orientadora: Profª. Msc. Rayra

Brandão de Lima.

TOME-AÇU

2018

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Universitária Tomé-Açu

M538m Mendes, Fabiola Abreu

Mapeamento e quantificação dos resíduos de madeira gerados nas serrarias no

município de Tomé-Açu, utilizando as ferramentas da qualidade fluxograma e 5W2H /Fabiola

Abreu Mendes, Cleidiane de Souza Cruz. – Tomé-Açu, 2018.

58 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade Federal Rural da Amazônia, 2018

Orientadora: Prof.ª Ms. Rayra Brandão de Lima

1. Gestão de Resíduos. 2. Fluxograma. 3. 5W2H. 4.Serrarias-Tomé-Açu. I. Cruz, Cleidiane de Souza. II. Lima, Rayra Brandão de, orient. III. Título.

CDD 23. ed.- 658

Bibliotecário-Documentalista: Jean Pereira Corrêa – CRB2/1566

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CLEIDIANE DE SOUZA CRUZ

FABIOLA ABREU MENDES

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MAPEAMENTO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESIDUOS DE MADEIRA GERADOS

PELAS SERRARIAS NO MUNICIPIO DE TOME-AÇU, UTILIZANDO AS

FERRAMENTAS DA QUALIDADE FLUXOGRAMA E 5W2H

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção de título de Bacharel em Administração pela Universidade Federal Rural da Amazônia.

Aprovado em: 28 /02/2018

Conceito: Excelente

Orientadora: Prof. Msc. Rayra Brandão de Lima

Universidade Federal Rural da Amazônia

(Nome e titulação)

Universidade Federal Rural da Amazônia

(Nome e titulação)

Universidade Federal Rural da Amazônia

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Dedicamos este trabalho em especial à Deus e as nossas

famílias, pela oportunidade de estar na universidade e pelo

apoio e incentivo em todos os momentos da graduação.

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AGRADECIMENTOS

Sonhos parecem verdades quando nos esquecemos de acordar. Neste dia estamos

vivendo mais que um sonho, mas a realização um objetivo.

Infelizmente não podemos agradecer nessas poucas linhas a todas as pessoas que

fizeram parte desta conquista, e toda a maravilhosa fase da graduação.

Agradecemos em primeiro lugar a toda minha família, pela compreensão nos

momentos de ausência, pelo apoio, cumplicidade, motivação e amor dedicado.

Agradecemos à todas as pessoas que passaram de alguma forma em nossas vidas,

os amigos, os professores, fiquem certas que fazem parte de nossa gratidão.

Agradecemos a nossa orientadora Prof.ª Msc. Rayra Brandão de Lima, ao co-

orientadora Msc. Fabiane Machado e a todos os demais professores, pela sabedoria

com que nos guiaram nesta trajetória.

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EPÍGRAFE

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‘‘No mesmo instante em que recebemos pedras em nosso caminho, flores estão sendo plantadas mais longe. Quem desiste não as vê.’’

William Shakespeare

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RESUMO

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A otimização de produção através de reaproveitamentode resíduos é uma opção para a minimização dos impactos ambientais das atividades empresarias por parte do gestores, principalmente a atividade madeireira, onde tem uma matéria-prima de sua atividade, madeiras brutas extraídas das florestas. Para tanto faz se necessário a gestão de resíduos por meio de políticas, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Quando não há aparatos necessários para a implantação dessa política, pode criar-se outros meios para que haja uma ação de gestão para o resíduos produzidos nesse processo produtivo. Nesta perspectiva, a presente pesquisa buscou por meio das ferramentas da gestão, fluxograma e 5W2H, mapear o processo produtivo das serrarias do município de Tomé-Açu, quantificando os resíduos produzidos e propondo soluções viáveis.

Palavras-chave: Gestão de resíduos. Fluxograma. 5W2H. Serrarias. Tomé-Açu.

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ABSTRACT

The production optimization through the reuse of waste is an option for the minimization of the environmental impacts of the business activities by the managers, mainly the lumber activity, where it has a raw material of its activity, raw wood extracted from the forests. For this purpose, it is necessary to manage waste through policies, such as the National Solid Waste Policy (PNRS). When there is no apparatus necessary for the implementation of this policy, other means can be created so that there is a management action for the waste produced in this productive process.In this perspective, the present research searched through the tools of the management, flowchart and 5W2H, to map the productive process of the municipalities of Tomé-Açu, quantifying the produced residues and proposing viable solutions.

Keyword: Waste management. Flowchart. 5W2H. Sawmills. Tomé-Açu;

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LISTA DE FIGURAS

Figuras 01 Ilustra o resíduo proveniente do beneficiamento da madeira. ................ 17

Figuras 02 Fluxograma do processo produtivo das serrarias ................................... 37

Figuras 03 Demonstra caminhos nos pátios para serem carregados de resíduo ..... 44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Símbolos da ferramenta fluxograma ........................................................ 28

Tabela 02 Comparativo do método 5W2H ............................................................... 32

Tabela 03 Representação do layout das serrarias pesquisadas .............................. 35

Tabela 04 5W2H para promover soluções viáveis para o resíduo............................ 45

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LISTAS DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Período de tempo que a empresa esta no mercado ................................ 38

Gráfico 02 Enquadramento jurídico das empresas ................................................... 39

Gráfico 03 Demonstra o volume de resíduo de acordo com a madeira processada.40

Gráfico 04 Percentual do volume de resíduo de serragem ....................................... 41

Gráfico 05 Percentual do volume de resíduo lenha .................................................. 42

Gráfico 06 local de armazenagem do resíduo de madeira ...................................... 43

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO......................................................... 14

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 16

3. OBJETIVOS ................................................................................................................... 17

3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 17

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 17

4. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ...................................................................................... 18

4.1 CONTEXTO DO SETOR MADEREIRO NO ESTADO DO PARÁ ............................. 18

4.2 RESIDUOS MAIS COMUNS GERADOS PELAS MADEREIRAS ............................. 19

4.3 GESTÃO AMBIENTAL ..................................................................................................... 21

4.4 GESTÃO DE RESIDUOS SOLIDOS INDUSTRIAIS ...................................................... 23

4.5 POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS ........................................................ 24

4.6 MAPEAMENTO DE PROCESSOS ............................................................................ 26

4.7 FLUXOGRAMA DE PROCESSO .............................................................................. 27

4.8 MAPEAMENTOS DE RESÍDUOS DE MADEIRAS ....................................................... 28

4.9 GESTÃO DA QUALIDADE ........................................................................................ 29

4.10 FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE ................................................... 30

4.11 FERRAMENTA DA GESTÃO DA QUALIDADE 5W2H ........................................... 31

5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 33

6 RESULTADOS ............................................................................................................... 34

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 46

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INICIAIS ................................................................... 48

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1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

A preocupação com meio ambiente, a busca por alternativas que possam

preservar a natureza tem sido a preocupação de todos. Tal preocupação dá-se por

conta do grande aumento da geração de resíduos, fato este consequência do

consumo desenfreado e crescimento da população.

Uma das alternativas é a otimização da produção, através de aproveitamentos

de resíduos. Além disso, o estudo da cadeia produtiva é importante, para uma melhor

visualização de todo o processo produtivo, e para que a organização adote as práticas

de Gestão Ambiental, que contribua para minimizar os impactos, gerados pela sua

atividade, à natureza.

Ter um meio ambiente ecológicamente equilibrado é um direito do cidadão

brasileiro, pois o Artigo 225 Constituição Federal (Brasil, 1988), aponta que:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para

os presentes e futuras gerações.

O que se observa é que a legislação ambiental no Brasil veio ao longo dos anos

aprimorando e definindo como se dará a gestão de resíduos, o Art. 1º, da resolução

313/2002 do CONAMA, (BRASIL,2002), dispõe que “os resíduos existentes ou

gerados pelas atividades industriais serão objeto de controle específico, como parte

integrante do processo de licenciamento ambiental”. O Art. 2º da mesma resolução diz

ainda que:

Para fins desta Resolução entende-se que: I - resíduo sólido industrial: é todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso - quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição. II - Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais: é o conjunto de informações sobre a geração, características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização, reciclagem, recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas indústrias do país.

Mas, foi a partir de 2010 com a Lei 12.305 (Brasil, 2010) instituiu o Plano

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), marcando uma nova fase, definindo

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objetivos, metas, diretrizes, ações, à serem praticadas por todo o país, integrando o

sistema de produção a gestão ambientalmente adequado. Para o Ipea, o PNRS no

que se refere aos resíduos sólidos industriais, institui obrigações para o setor

produtivo, assim como contribui para o correto gerenciamento do RSI (Resíduo Sólido

Industrial), além de contribuir também para o desenvolvimento econômico e social.

(IPEA, 2012).

Segundo Barbieri (2011), o aparecimento das primeiras manifestações de

gestão ambiental iniciou-sepelos governos após a revolução industrial, com o

propósito de solucionar o problema de escassez de recursos naturais com ações que

eram somente de caráter corretivo, ocorrendo assim ações fragmentadas e pontuais

de baixa eficiência e pouco integrado. Afirma ainda que, a solução dos problemas

ambientais, ou minimização dentre das organizações exige uma nova atitude por parte

dos empresários e administradores que devam pensar no meio ambiente em suas

decisões.

No ano de 2008, o Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com a Polícia

Federal e a Força Nacional foram a campo para desencadear a “Operação Arco de

Fogo”, que tinha por objetivo fiscalizar, multar, fechar serrarias e prender madeiras

extraídas ilegalmente na Amazônia. Essa atividade econômica era que movia a

economia de alguns municípios no Pará, os quais foram alvos da “Operação Arco de

Fogo”. Um dos municípios paraenses a receber ações da “Operação Arco de Fogo”

foi o Município de Tailândia, vizinho ao município de Tomé-Açu, que do dia pra noite

teve suas serrarias fechadas deixando grande parte da população

desempregada.(ESPAÇO ABERTO, 2017).

As organizações como parte da sociedade devem buscar integrar-se às

legislações, a economia e a tecnologia ambientes externo que influenciam a

organização forçando a elaborar novas estratégias, reorganizar sua estrutura

mudando o comportamento organizacional com clientes cada vez mais exigente em

relação as posturas tomadas pelas organizações frente as preocupações ambientais,

(FARGNOLI, 2007)

A Gestão Ambiental é um tema que já faz parte do planejamento de muitas

organizações no Brasil, como uma estratégia na competitividade do mercado

(SEIFFERT, 2011). Pois os clientes estão cada vez mais exigentes quanto ao papel

da empresa na sociedade, optando adquirir produtos ou serviços de organizações

preocupadas com meio ambiente.(DIAS, 2011)

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De acordo com Dias (2011), as normas da ISO 14000 apesar de ser bastante

minuciosa nas exigências dos procedimentos que devem ser adotadas para sua

implantação, ela pode ser adotada por qualquer empresa, independente do seu tipo

ou tamanho ressaltando que a adoção da ISSO 14000 contribui para que a

organização passe confiança aos seus clientes.

Segundo Barbieri (2011), a integração dos sistemas de gestão ambiental e

gestão da qualidade contribui para vantagem competitiva, além de tornar eficiente a

utilização de recursos matérias e humanos dentro da organização, e empresas que

utilizam a gestão da qualidade tem maior facilidade de implantar a gestão ambiental,

para tanto a ferramenta mais utilizada para a implantação é o PDCA. No entanto, as

pesquisadoras buscaram utilizar outras ferramentas da qualidade, como o

FLUXOGRAMA, que a ilustração das operações ou das etapas de um processo

produtivoe o 5W2H, que é uma ferramenta de questionamentos para o processo

permitindo elaboração de ações objetivas e claras, para a identificação das falhas do

processo e aponta possíveis soluções para a gestão dos resíduos gerados pelas

serrarias.

2. JUSTIFICATIVA

A atividade madeireira foi um setor muito importante para o município de Tomé-

Açu, que contribuiu para seu crescimento. E depois do auge do setor madeireiro, o

que restou ao município são grandes montanhas de resíduos dessa atividade que

estão a céu aberto. E que poderiam ser tratados, beneficiados ou transformados para

servirem de insumos para outras atividades. (PANCIERI, 2009).

No Brasil existem matéria-prima em abundância, no entanto este setor

ocasiona o desmatamento das florestas, através da legislação nacional obrigando os

madeireiros a repensarem suas práticas organizacionais quanto aos resíduos gerados

por suas atividades, muitas empresas madeireiras encerraram suas atividades em

Tomé-Açu, e outras mudarem de ramo, o que restou são montanhas de serragem a

céu aberto sem nenhum tipo de tratamento.

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Figura 01: Ilustra o resíduo proveniente do beneficiamento da madeira.

Fonte: Mendes, Souza (2018)

Dentro dessa realidade, a justificativa para o presente trabalho apresentar

finalidades viáveis,como a produção energética, para os resíduos gerados da

atividade madeireira, que possa contribuir para a geração de emprego e renda para o

município de Tomé-Açu.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Mapear o processo produtivo madeireiro de uma serraria e sugerir ações de

gestão ambiental.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Fazerlevantamento bibliográfico sobre o tema;

b) Aplicar questionário para coleta de dados;

c) Tabular os dados coletados no software SPSS;

d) Quantificar os resíduos gerados;

e) Criar um fluxograma do processo produtivo

f) Sugerir ações de gestão de resíduos através do 5W2H;

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4 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

4.1 CONTEXTO DO SETOR MADEREIRO NO ESTADO DO PARÁ

Segundo Santos, et al (2009), o setor madeireiro do Estado do Pará vem

contribuindo para que o estado se coloque no segundo mais importante da economia

paraense, gerando emprego e renda para a sociedade local, através de uma outra

ótica observa-se que, ocorre uma grande devastação e derrubada da floresta nativa

gerando danos ao meio ambiente.

O setor madeireiro é uma das maiores fontes de riqueza natural no país, pois

há uma abundância das florestas nativas da região norte do Brasil, onde ocorre a

produção manufatureira em grande escala que são exploradas de maneira ilegal, que

vão de confronto com a legislação em relação ao manejo legal da floresta, acarretando

o desmatamento de áreas de preservação como as reservas indígenas, que estão

amparadas pela legislação vigente no país, (REVIERO, ET AL 2008).

Pancierri (2009), cita que este ramo de extração vegetal e bastante criticado

pois ocorre danos ao meio ambiente e seus reflexos sobre a sociedade, tendo em vista

que se trata do desmatamento na Amazônia e a mesma tem todas as atenções

relacionadas à preservação ambiental, já que possui uma grande biodiversidade que

enche os olhos de todas as pessoas, e ao mesmo tempo é o local onde a exploração

da madeira no país é mais intensa, o que representa economia de muitas cidades da

região.

No estado do Pará as atividades madeireiras tiveram início na década de 1960

com aberturadas rodovias, tendo como principais pólos os municípios de Tomé-açu,

Paragominas, Jacundá, Tailândia e Breu Branco, situados no sul e nordeste do estado,

(VERÍSSIMO ET AL,2002).

De acordo com Espaço Aberto (2017), para diminuir os danos ambientes, foi

criada a operação arco de fogo, que foi posta em pratica pelo IBAMA juntamente com

à Policia Federal no ano de 2008, onde teve como foco os municípios de

Paragominas/PA no sudeste paraense e o município de Tailândia e Tomé-Açu.Onde

foram apreendidos 16,4 mil m³ de madeira ilegal, e foram destruídos dezenas de fornos

de carvão vegetal, foram lavrados milhões de reais em multas, e com isso muitas

serrarias madeireiras foram fechadas.

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Segundo Souza (2008), as indústrias madeireiras produziram cerca de

166.310 milhões de metros cúbicos de madeira processada de reflorestamento ou

nativa no ano de 2000.Estima-se que pelo menos a metade desse volume, cerca de

80 milhões de metros cúbicos de madeira foi transformada em resíduos e tendo a

maior parte desses resíduos gerados por madeiras nativas que são destinados para a

construção civil.

Segundo Hillig, et al (2006), as organizações no seguimento de madeiras,

geram um grande volume de resíduos de madeira, considerando desde a tora no pátio

da empresa até as pranchas serradas, compensados ou laminados, estimado entre 60

e 68% do volume de madeira bruta é processada, no entanto a produtividade das

serrarias da região norte se dá com a utilização de equipamento obsoleto, formas

inadequadas de armazenar toras e a falta generalizada de atividades que visem o

aproveitamento de aparas de madeira.

Estima-se que 80 milhões de metros cúbicos de resíduo são gerados com o

processamento da madeira nativa, através disto ocasionando inúmeros problemas

inerentes do processamento da madeira, para abastecer as indústrias no setor

madeireiro, (SOUZA, 2008).

Segundo Pancieri (2009), os municípios do nordeste paraense, como Tomé-

Açu, fazem parte de um pólo madeireiro, por existirem um número representativo de

empresas do setor, que ainda estão em atividades no município apesar da operação

arco de fogo ter ocorrido, gerando inúmeros resíduos que são armazenados a céu

aberto sem destinação adequada.

Muitas entidades como a EMBRAPA vêm elaborando pesquisas para o uso

sustentável e agregar valores ao processo produtivo da madeira e a utilização dos

resíduos gerados buscado alternativas sustentáveis e rentáveis para as

madeireiras,através deste contexto buscou-se analisar os resíduos de madeira

gerados no processamento que não são utilizados e são armazenados sem destinação

adequada(EMBRAPA, 2017).

4.2 RESIDUOS MAIS COMUNS GERADOS PELAS MADEREIRAS

Segundo Desclod (2016), o Brasil está entre os grandes vendedores de madeira

do mundo sendo um grande consumidor e produtor de resíduos vegetais, este setor

vive a sina de ser apontado como um dos maiores vilões do desmatamento da

Amazônia, mas a madeira continua sendo uma matéria-prima

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essencial para diversas atividades, sem que haja uma destinação corretapara o

resíduo oriundos do processo produtivo.

Segundo Abreu (2005) os resíduos são sobras de produtos de uma produção

industrial que são originados do processamento da madeira em indústrias madeireiras

ou moveleiras, móveis velhos descartados, estacas, moirões, galhos de árvores

podadas, resíduos de culturas agrícolas, como palha de arroz, bagaço de cana-de-

açúcar etc. Estas sobras são resíduos ligno-celulósicos. E os principais resíduos de

madeiras que são gerados pelas serrarias são: serragens, cepilho e lenha, descritos

abaixo, (ABREU, 2005).

A) serragem - resíduo originado da operação de serras, encontrado em todos os tipos

de indústria, à exceção das laminadoras, que podem ser reciclados e podem ser

gerados produtos para diversos fins, que serão descritos no decorre do presente

trabalho.

B) cepilho - conhecido também por maravalha, resíduo gerado pelas plainas nas

instalações de serraria/beneficiamento e beneficiadoras (indústrias que adquirem a

madeira já transformada e a processam em componentes para móveis, esquadrias,

pisos, forros, etc.).

C) lenha - resíduo de maiores dimensões, gerado em todos os tipos de indústria,

composto por costaneiras, aparas, refilos, resíduos de topo de tora, restos de lâminas.

Segundo Remande (2017), através destes resíduos ocorre a geração de

chorume, a emissão de gases e maus odores resultantes dos processos de

fermentação e decomposição, a geração de sais inorgânicos e de metais tóxicos,

ocasionando corrosão de equipamentos componentes da infra-estruturar das

instalações, que prejudicam o meio ambiente sem a destinação correta, o que ocorre

constantemente nas madeireiras.

De acordo com Olandoski (2001), estes resíduos podem ser reaproveitados e

serem destinados ou aplicados para geração de energia e fabricação de diversos

produtos para que não causem tantos malefícios para o meio ambiente, os resíduos

de madeira podem ser aplicados para a produção de subprodutos como:

A) Para geração de energia: os resíduos são utilizados para gerar energia,pois

possuem capacidade calorífica muito elevada, ao utilizar este resíduo para geração

traz economia de custo para a empresa com outros tipos de energia não renovável,

estes resíduos devem esta livres de elementos químicos para a reutilização.

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B) Chapas de partículas e fibras:Os resíduos podem ser convertidos para

confecção de chapas de fibras ou partículas como o aglomerado, chapas duras,

Medium Density FiberBoard– MDF que na atualidade esta matéria-prima é utilizada

para fabricação de moveis.

C) Briquetes:Outra forma de se utilizar os resíduos para gerar energia é através de

briquetes, este tipo de reaproveitamento pode ser utilizado de forma primaria, se dá

devido a compactação da serragem para dar origem aos briquetes, que geram energia

para as indústrias, como restaurantes, olarias, lareiras, padarias, entre outros.

D) Polpa: Esta polpa e gerada do resíduo da madeira e é usada para a produção de

papel, no entanto este resíduo deve ser selecionado de forma minuciosa, para que de

origem a um produto que qualidade pois existem alguns componentes que podem

influenciar na qualidade do papel.

4.3 GESTÃO AMBIENTAL

Dias (2017), que no século XVIII, ocorreu a evolução industrial e evolução

Cientifico-Tecnológica, promovendo o crescimento econômico desenfreado que

geraram mudanças no meio ambiente, através disto surgiu as preocupações com o

meio ambiente, pois houve um grande crescimento populacional e econômico das

grandes cidades, a partir deste período, começou-se a falar sobre uma gestão correta

dos resíduos das grandes industrias a chamada gestão ambiental.

No entanto, somente na década de 1970 que sugiram as agências de

regulamentação ambiental, para fiscalizar e educar as organizações de forma

consciente para evitar grandes tragédias ambientais, consequência oriunda das

grandes industrias, (JABBOUR; JABBOUR, 2016).

A gestão ambiental tem como foco direcionar as atividades de uma empresa no

seu processo operacional, para trazer impactos positivos para o meio ambiente de

uma melhor forma possível eliminado ou até mesmo reduzindo os impactos gerados

pelo setor produtivo do planeta, (BARBIERI, 2011).

Existem algumas práticas para incentivar as empresas a praticarem a gestão

ambiental, como inovação de produtos ecologicamente corretos que trazem vários

benefícios como; a redução de custos, diminuição de material por unidade produzida;

agregando uma maior qualidade do produto,possibilitando assim o alcance de umnível

de qualidade ambiental mais eficaz; melhoramento da imagem

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do produto onde o cliente terá um melhor aceite em adquirir um produto

ecologicamente correto; a necessidade de inovação; aumento a responsabilidade

social, (DIAS, 2017).

Para Jabbour e Jabbour (2016), há grandes desafios dentro das organizações

para programar uma gestão ambiental, pois as empresas estabelecem barreiras em

se tratando de uma seria de situações que são estabelecidas para que haja a gestão

ambiental empresarial como; carência de recursos, instabilidade institucional falta de

suporte, situação macroeconômica do país, atitudes e cultura organizacional,

certificação da adoção de práticas de gestão ambiental, dificuldade de implantar e

dificuldade de percepção.

Com as novas definições estabelecidas pela PNRS, Lei 12.305/2010, há dois

conceitos para o que antes era definido como “lixo”, que podem ser divididos em

resíduos sólidos e rejeito. No qual os resíduos são as matérias provenientes da

atividade industrial, agrossilvos pastoril, domiciliares, limpeza urbana, serviço de

saúde, construção civil, serviços de transporte e resíduos de mineração que podem

ser aproveitados ou reutilizados, gerando valor econômico. Já os rejeitos, são tudo

aquilo que não pode ser aproveitado, reutilizado por falta de tecnologia ou que não

tem viabilidade, (Brasil, 2010).

Ainda de acordo com a PNRS, os Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos devem ser elaborados e executados pelas empresas e entidades

responsáveis por sua geração, exceto os resíduos provenientes dos domicilio, de

limpezas urbanas e comerciais, que são de responsabilidade das prefeituras, e devem

submeter-se às regras previstas na Lei e nos Planos Municipais, Estaduais e Federais,

(Brasil, 2010)

Na buscar para incentivar as empresas a melhorar o seu desempenho

ambiental a Câmara de Comercio Internacional (CGI), incluiu princípios da gestão

ambiental, (DONAIRE, 2014).

Segundo Donaire (2014), os princípios da gestão ambiental são; prioridade

organizacional, que a empresa deve estabelecer políticas para se adequar ao meio

ambiente; gestão integrada, cuja à finalidade e fazer uma ponte entre as políticas de

sustentabilidade ao setor de negociação da empresa; processo e melhoria, são

processo de melhoria continua no ambiente interno e externo; educação de pessoal,

motivar pessoas para desempenhar um papel de responsabilidade ao meio ambiente;

além de outros princípios, como o princípio de prioridade de enfoque;

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produtos e serviços; orientação ao consumidor; equipamentos e

operacionalização;pesquisa; enfoque preventivo; fornecedor e subcontratados; planos

emergenciais; transferência de tecnologia; contribuição para o esforço em comum;

transparência de atitude, atendimento e divulgação.

Para que as organizações atuais obtenham um equilíbrio entre o meio

ambiente, é necessário planejar de forma estratégica o seu operacional para que

sejam beneficiados ambos os lados, estabelecendo e antecipando as atividades de

gestão ambiental dentro da empresa para que sua melhoria seja continua, (DONAIRE,

2014).

4.4 -GESTÃO DE RESIDUOS SOLIDOS INDUSTRIAIS

Para assegurar o artigo 225 da Constituição Federal do Brasil (Brasil, 1988),

em 2002 o CONAMA criou a resolução 313, que trata sobre o Inventário Nacional de

Resíduos Industriais como instrumento de política de gestão de resíduos, (Brasil,

2002). Trata sobre a necessidade da elaboração do Programas Estaduais e do Plano

Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais.

A NBR 100.04, é a norma que classifica os resíduos sólidos conforme a

identificação do processo ou a atividade que lhe deu origem, seus constituintes e

características. Ela é aplicada na classificação dos resíduos industriais, assim como

gerenciamento dos mesmos. Para tanto, é elaborado um laudo, com a classificação

que poderá ser preparado com base na identificação do processo produtivo, e das

condições dos resíduos, de acordo com as listas dos anexos A e B da norma e deve

constar a origem do resíduo, descrição do processo de segregação e dos critérios

adotados na escolha de parâmetros analíticos, quando for o caso, incluindo laudos de

análises laboratoriais,(ABNT, 2004).

Nesse conjunto de normas que dão suporte técnico para a gestão dos resíduos

sólidos industriais, tem-se também a NBR 10005/2004, trata de procedimento para

obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido; NBR 10006/2004 que fixa os

requisitos exigidos para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos e a NBR

10007/2004 que se refere à amostragem de resíduos sólidos (ABNT, 2004). Mesmo

não tendo o poder legal, são de suma importância na gestão e gerenciamento dos

resíduos industriais.

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Então finalmente foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),

Lei 12.305/2010, visam a reciclagem, reutilização e reuso dos resíduos gerados nos

processos produtivos, (SIMÃO, 2011).

4.5 POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A lei 12.305 de gestão de resíduos sólidos foi sancionada no Brasil em 2 de

agosto de 2010 pelo Presidente da República, a chamada Política Nacional de

Resíduos Sólidos – PNRS, que determina como deve ocorre a gestão desses resíduos

sólidos no país e como deverá ser destinado. Esta lei está voltada para o

beneficiamento dos resíduos e consequentemente fomentando a reciclagem dos

resíduos sólidos gerando benefícios para a sociedade que vive da renda gerada por

este seguimento, (PEREIRA, 2011).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos são diretrizes que norteiam as

atividades das organizações na gestão de seus resíduos, tendo como objetivo fazer

com que as organizações se tornem responsáveis pelos resíduos gerados e que esses

resíduos não sejam descartados de forma inadequado no meio ambiente para que não

cause desastres ecológicos, assim como reduza os recursos naturais utilizados sem

suas atividades, principalmente no setor industrial, criando uma responsabilidade

ambiental,(PEREIRA ,2011).

Grimberg (2004), cita que o arcabouço de uma Política Nacional de Resíduos

Sólidos está no meio de um dos desafios que são enfrentados pela sociedade em

geral e pelo governo brasileiro, pois é grande a quantidade de resíduos sólidos que

são gerados pelas indústrias e a população, que são descartados no meio ambiente

sem nem um tratamento ou destinação adequada.

Diante disto a PNRS estabelece princípios, objetivos e instrumentos, bem como

diretrizes e normas para o gerenciamento dos resíduos no país, definindo uma

responsabilidade para os estados, para que haja um desenvolvimento socialmente

justo e ambientalmente sustentável.Alguns princípios e objetivos relevantes para a

PNRS, segundo (BRASIL, 2010);

LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Art. 6º São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I – a prevenção e a precaução; II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III – a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveisambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; IV – o desenvolvimento sustentável;

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V – a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento,a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam asnecessidadeshumanas e tragam qualidade de vida e a redução do impactoambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalenteà capacidade de sustentação estimada do planeta;

VI – a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresariale demais segmentos da sociedade; VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotorde cidadania; IX – o respeito às diversidades locais e regionais; X – o direito da sociedade à informação e ao controle social; XI – a razoabilidade e a proporcionalidade. Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; II – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduossólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; IV – adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpascomo forma de minimizar impactos ambientais; V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos; VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso dematérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; VII – gestão integrada de resíduos sólidos; VIII – articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas como setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para agestão integrada de resíduos sólidos; IX – capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; X – regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestaçãodos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos,com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem arecuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir suasustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; XI – prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: a) produtos reciclados e recicláveis; b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis compadrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; XII – integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nasações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vidados produtos; XIII – estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto; XIV – incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental eempresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamentodos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamentoenergético;

XV – estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

Segundo Jacobin et al (2011), a lei da PNRS foi criada para incentivar a

formação de consórcios públicos, para desenvolver uma gestão consciente que se

preocupe com o meio ambiente, assim para que haja um aumento significativo na

capacidade de gestão das administrações públicas dos municípios, por meio de

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ganhos de escala e redução de custos no caso com a coleta seletiva que ocorrem

diariamente nos bairros tratamento e destinação desses resíduos.

Através dos incentivos municipais por terem um papel central na gestão

estratégica, ocorrera a prevenção, precaução, redução, reutilização e reciclagem,

metas de redução de disposição adequado desses resíduos em aterros sanitários e

para as cooperativas que fazem reciclagem, geram parcerias entre cooperado e as

prefeituras, (GRIMBERG, 2004).

4.6 MAPEAMENTO DE PROCESSOS

Segundo Cheung e Bal (1998),o mapeamento de processos funciona como um

método de se alocar em um diagrama o processo de um determinado segmento,

departamento ou organização, para elaborar a orientação de suas fases de avaliação

dos processos, projeto e desenvolvimento tendo suas atividades iniciais e finais

estabelecidas.

De acordo com Slack et al (2009), este processo de mapeamento tem como

forma mais simplificada envolver, descrever os processos das organizações e a forma

com que suas respectivas atividades se desenvolvam ou como elas estão arroladas,

definindo o fluxo dos materiais, pessoas e as informações dentro da organização. O

mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial e analítica que têm como

objetivo ajudar a melhorar a comunicação e os processos existentes, e auxilia na

implantação de novos processos para aprimorar os mesmos dentro da organização.

BarbroweHartline (2015),definem que para mapear existentes diversas formas,

porém, a escolha depende dasreais necessidades e metas de uma organização para

que os gestores possam identificar e elaborar soluções para possíveis problemas.

O mapeamento de processo possibilita análise a redução de custos no

desenvolvimento de produtos e serviços, que proporcionando a diminuição nas falhas

de integração entre sistemas e melhoramento do desempenho da organização, e por

ser um excelente instrumento para o melhor entendimento dos processos existentes,

tornando simples os que precisam de soluções nos processos para diminuição das

perdas, (VILLELA, 2000).

Para elaborar o mapeamento e necessário fazer um desenho inicial e observar

os processos das atividades de acordo com que elas ocorrem no dia-dia

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dentro da organização, e efetuar aplicação de entrevistas para coleta dos dados

para mapear os processos, (KIPPER et al.2011).

De acordo Biazzo (2000), existem muitas técnicas para elaboração de mapas,

porém o mapeamento de processo segue, normalmente, as seguintes etapas.

A) Demarcação das fronteiras e dos clientes do processo, dos principais inputs

e outputs e dos atores envolvidos no fluxo de trabalho;

B) Entrevistas com os responsáveis pelas várias atividades dentro do

processo e estudo dos documentos disponíveis;

C) Criação do modelo com base na informação adquirida e revisão passo a

passo do modelo seguindo a lógica do ciclo de autor-leitor onde pode ser tanto aqueles

que participam do processo como potenciais usuários do modelo.

Segundo Correa et al (2002), esta ferramenta é muito reconhecida pois

desempenha um importante papel ao ajudar a entender as grandezas estruturais do

fluxo de tarefas, para que sejam feitas as avaliações da eficiência e da eficácia e dar

as direções para um novo processo, dentre as ferramentas destacam-se o fluxo grama

de processos que quando alinhada com as abordagem desenvolvida pela empresa de

maneira coesa pode impactar ou até mesmo trazer benefícios positivos para as

organizações que utilizam este tipo de processos.

4.7 FLUXOGRAMA DE PROCESSO

Cury (2000) define que a ferramenta fluxograma convém para análise

administrativa e é universalizado que procura facilitar a análise dos dados de um

sistema por inteiro e utilizado em diversas empresas pelo mundo de funciona como

um mapa de um fluxo de um trabalho.

Está ferramenta é representada graficamente e de forma simples que

possibilita identificar e observar problemas no processo assim melhorando ou

modificando os processos e é muito utilizado para se registrar um processo de

maneira compacta, por meio de alguns símbolos padronizados, durante uma série de

ações, (BARNES, 2004).

Para Mackenzie, et al. (2006), o fluxograma, junto a outras ferramentas

gerenciais, contribui para que os objetivos sejam alcançados e o desempenho

organizacional maximiza, ou seja, possibilita a visualização de problemas que não são

perceptíveis sem a elaboração do fluxograma.

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De acordo com Oliveira, et al (2016), as exterioridades de um fluxograma são:

Padronizar o desenho dos métodos e os procedimentos; agilidade na definição dos

métodos; facilitar a leitura e o entendimento; à uma localização e a identificação dos

aspectos mais relevantes; flexibilidade; melhor alcance de diagnóstico.

O símbolo utilizado nos fluxogramas tem como foco evidenciar origem,

processo e destino, através da informação escrita ou verbal, de componentes de um

sistema dentro da organização de acordo com a tabela 1( OLIVEIRA, 2016).

Tabela01: Símbolos da ferramenta fluxograma

Símbolo Processo Descrição

Inicio / Final Identifica pontos de início ou de conclusão de um processo.

Operação

Ocorre quando se modifica intencionalmente um objeto em qualquer de suas características físicas ou químicas, ou também quando se monta ou desmontam componentes e partes.

Transporte Ocorre quando um objeto ou matéria-prima é

transferido de um lugar para outro, de uma seção para outra, de um prédio para outro.

Espera

Ocorre quando um objeto ou matéria-prima é colocado intencionalmente numa posição estática. O material permanece aguardando processamento ou encaminhamento.

Inspeção Ocorre quando um objeto ou matéria-prima é examinado para sua identificação, quantidade ou condição de qualidade.

Armazenagem Ocorre quando um objeto ou matéria-prima é mantido em área protegida especifica na forma de estoque.

Fonte: Adaptado de Peinado e Graeml (2007).

Esta ferramenta pode ser desenvolvida com facilidade e permite uma rápida

visualização dos processos para tanto existem desvantagem nesta ferramenta, pois

existem espaços pequenos para que se tenha uma boa percepção quando aos

processos minuciosos, que necessitem de colocações mais detalhadas, no entanto

existem outras ferramentas da gestão da qualidade que podem ser utilizadas para

mapear um determinado projeto,(AGUILAR-SAVEN, 2004).

4.8 MAPEAMENTOS DE RESÍDUOS DE MADEIRAS

Lima, Silva (2005), elaborou mapeamento de madeira inicialmente nas

empresas moveleiras com a separação dos principais processos produtivos e de

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acordo com o número de funcionários da empresa e o tipo de matéria prima utilizada

na indústria, totalizando 125 indústrias do setor no município de Arapongas.

Os resíduos sólidos de madeira mais encontradosatravés do mapeamento que

foram observados em maior quantidade foram; pó ou serragem, cepilhos e aparas,

estes resíduos sólidos de madeira gerados nas empresas pesquisadas, foram

considerados os de maior volume, que estão enquadrados na classe II ou III, de acordo

com a classificação da NBR 10004, que consta no Conselho Nacional do Meio

Ambiente (1988), e são considerados como não perigosos. No geral, 82% das

empresas pesquisadas aproveitam algum tipo de resíduo no próprio processo, 53%

vendem parte dos resíduos e apenas 6% queimam, (LIMA E SILVA, 2005).

Brand et al (2002),mapeou os resíduos através de um fluxograma com a

classificação dos resíduos, e foram calculados de acordo com o balanço dos materiais,

ou seja, foram calculados as entradas e saídas dos resíduos dentro das empresas,

totalizando um total de 8.860 m³ de resíduos gerados para serem destinados para fins

energéticos.

Através do mapeamento de madeira, de forma adequado quando aliada a uma

gestão da qualidade com mais eficiência, poderá gerar emprego e renda, e

consequentemente diminuindo o acumulo de resíduo nos pátios das industrias,

(BRAND ET AL, 2002).

4.9 GESTÃO DA QUALIDADE

O termo gestão da qualidade teve início na década de 70 com a evolução dos

processos industriais como o Fordismo, Toyotismoe o Volvismo, tendo como foco no

volvismo que tem como características principais, colaboradores criativos,

multifuncionais e flexíveis a mudanças, (MACHADO, 2012)

Machado (2012),dá ênfase no volvismo, pois é nesta fase que começa a ser

utilizado de fato a gestão da qualidade nos processos de produção industrial, onde os

funcionários são tomadores de decisão e a uma descentralização de poder, tornando

o chão de fábrica mais acessível e flexívelque dão ritmo as maquinas, o que se diferem

dos outros processos, pois os mesmos têm controle das etapas de produção assim

garantido o controle de qualidade na produção.

Garvin(apud MONTEIRO, 2006), afirma que a qualidade se classifica em quatro

eras da evolução, a primeira é a inspeção, tendo como foco a particularização técnica

para obter um auto grau de confiabilidade; a segunda é o controle estatístico,

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seu foco se dá uniformidade do produto com menos verificação; a terceira era está

voltada a direcionar toda a cadeia de produção desde o projeto inicial até o seu

mercado final; a quarta era a gestão da qualidade total, que tem um interesse no

impacto estratégico, ou seja, gerenciamento para se adequar as necessidades do

cliente e atender a demanda do mercado.

O conceito de gestão da qualidade e regido pela norma ISO 9000:1994, para

controlar a qualidade de um determinado serviço ou produto,no Brasil ocorreu

algumas adequações tornando-se às Normas ISO 9000:2000, pois nos anos anteriores

havia ganhado prêmios em excelência na qualidade utilizando o método de melhoria

continua também nos 2005 e 2008 com alterações para ISO 9001:2008 (BRASIL,

2011).

Carpinette (2012), define gestão da qualidade como estratégias que tem como

foco o cliente, para atender a demanda de acordo com as necessidades do mercado,

para tanto e necessária efetuar pesquisas de mercado para identificar a demanda da

sociedade, ocasionando a melhoria continua dos processos ou serviços ofertados a

um determinado cliente.

Este método quando implementado de maneira correta pode trazer resultados

excelentes para a organização quando implementado corretamente e tem como

objetivo direcionar todos os processos de uma empresa de maneira eficaz tornando-

a mais competitiva (UJIHARA; ET AL. 2006).

Para que ocorram melhorias nos processos da qualidade a um aumento de

custos, pois a necessidadede contratação de mão-de-obra qualificada, mas em

contrapartida trará benefícios futuro, as atividades serãoaprimoradas e terá relação

inversamente proporcional aos custos, tendo em vista que com um a qualidade mais

eficiente a produtividade aumenta e os lucros sobem (PALMISANO, A. 2017).

Através deste modelo de gestão da qualidade possibilita a integração das

ferramentas da qualidade, para a tomada de decisão mais vantajosa para ambas as

partes, ou seja, para que a organização sobreviva no mercado e tenha um ciclo de

vida duradouro (FORNARI, 2010).

4.10 FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE

Em 1968, Kaoro Ishikawa, para promover pesquisas no ramo da qualidade

organizou ferramentas estatísticas, que o mesmo a nominou como ferramenta de

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controle da gestão da qualidade que hoje são muito utilizadas, o mesmo a definiu

em alusão as sete armas dos samurais, (MARTINS, 2002).

Segundo Martinelli, (2009), existem sete ferramentas básicas para coleta de

dados, para tornar mais eficiente apresentação e análise dos dados coletados

relevante para os processos e produtos de uma organização, as ferramentasbásicas

são: Brainstorming; Folha de verificação; Gráfico de Pareto; Diagrama de causa e

efeito; Histograma; Diagrama de dispersão e Gráfico de controle, além dessas,

existem outras ferramentas bastante difundidas é a 5W2H e o fluxograma, as

ferramentas básicas podem ser utilizados em situações praticas para que um

problema seja identificado e maximizado a eficiência dos dados coletados.

Toledo et al (2013), citar que existem outras ferramentas que o mesmo as

classifica como avançadas e gerenciais, as avançadas são Quality Function

Deployment (QFD), Análise dos Modos de Efeitos de Falha (FMEA), que são utilizadas

para a engenharia de produto ou processo, asferramentas gerenciais da qualidades

são diagrama de afinidade, diagrama das relações, diagrama da árvore, diagrama da

matriz, diagrama da matriz priorização, diagrama do processo decisório e diagrama

de setas, que definem os problemas estabelecendo prioridades para a tomada de

decisão eficaz.

4.11 Ferramenta da gestão da qualidade 5W2H

De acordo com Zerano (2014), esta ferramenta surgiu nos meados da década

de 1920, nos Estados Unidos, na busca pela qualidade dos serviços e processos,

como uma estrutura pratica simples, rápido e de custo baixo e com mais eficiência e

definição de prazos.

Segundo Pontes et al

(2005), a ferramenta 5W1H tem como objetivo identificar de forma organizada

as ações e as responsabilidades na hora de elaboração desta ferramenta, que se

baseia em questionamentos, para ações que vão ser implementadas para os

processos de uma empresa de forma mais ágil.

Arruda et al(2016), define que estaferramenta é empregada como base para a

implantação de melhoramento nos processos das organizações, e analisar os

problemas e planejar as ações corretivas, com os seguintes questionamentos, que

temcomo origemas palavras em inglês, como: Why(Por quê?), What(O que?), Who

(Quem?), When(Quando?), Where(Onde?), How(Como?) e HowMuch(Quanto?).

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Este método é uma ferramenta que permite, a todo o momento, identificar dados

importantes de um projeto, obtém-se sete perguntas para serem implementadas e

propor soluções vantajosas, disposta no quadro abaixo (LISBOA; GODOY, 2012)

Tabela 02– Comparativo entre os métodos 5W2H.

Fonte: Adaptado de Godoy, Lisboa (2012).

Veras (2009) define alguns quesitos de quando usar a ferramenta, os pré-

requisitos e ainda, como elabora o 5W2H;

Quando usar a ferramenta?

Para identificar as deliberações de cada etapa no desenvolvimento da

atividade;

Na aproximaçãode ações e encargo de cada um na execução das atividades

definidas;

Na idealização das ações que serão desenvolvidas no decorrer da execução

das tarefas.

Pré Requisitos para Construir um 5W2H;

Mobilizar um grupo de pessoas;

Definir um líder para as funções que serão atribuídas.

Como Fazer um 5W2H

Método dos 5W2H

5W What O que? Que ação será executada

Who Quem? Quem irá executar/participar da

ação?

Where Onde? Onde será a ação?

When Quando? Quando a ação será executada?

Why Por Quê? Por que a ação será executada?

2H How Como? Como será executada a ação?

Howmuch Quanto Custa? Quanto custa para executa a ação?

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Elaborar uma tabela com os questionamentos propostos pela ferramenta e

suas respectivas respostas;

Distinguir as decisões de cada questão em suas respectivas respostas.

5 METODOLOGIA

Segundo informações existem cerca de 44 serrarias em atuação no município

de Tome-açu, de forma aleatória e disponibilidade de acesso as serrarias foram

pesquisadas 5 madeireiras no município.

Esta pesquisa teve como foco mapear os resíduos de madeira no município de

Tomé-Açu no estado do Pará localizado no nordeste paraense, tendo uma abordagem

bibliográfica e pesquisa de campo para levantamento de dados com aplicação de

questionário, tendouma abordagem quantitativa, utilizando as ferramentas da gestão

da qualidade 5W2H, para auxiliar na identificação dos problemas e propor soluções

para os resíduos.

Os questionários foramcriados elaborados no Microsoft Word, etabuladosno

software IBM SPSS Statistic e os seus resultados foram apresentados em formas de

gráfico. Após a pesquisa em campo mapeou-se os processos produtivos e seus

resíduos provenientes de uma serraria existente no município através da ferramenta

da gestão da qualidade fluxograma de processos, e utilizando a ferramenta 5W2H,

para sugerir soluções para os problemas.

As empresas estudadas foram cinco organizações de pessoa jurídica, que

estão do ramo no período de trinta anos, estas empresas foram escolhidas pela falta

de gestão dos resíduos no município que por muitos anos são gerados e deixados

sem uma gestão correta, as informações foram coletadas in loco, para identificar a

quantidade de resíduo e propor soluções viáveis.

Para a utilização da ferramenta 5W2H foram postas as ações corretivas de

acordo com as necessidades que a sociedade necessita para a gestão do resíduo, e

através dessa ferramenta foi possível atribuir soluções, indicando quem será o

responsável por executar cada função e como fazê-las para que haja melhorias na

criação e desenvolvimento de subprodutosno que diz respeito ao resíduo de madeira.

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6 RESULTADOS

Para mapear o volume de resíduos gerados nas serrarias do município de

Tomé-açu, foram entrevistadas cinco empresas, que estão em atividade beneficiando

inúmeros metros cúbicos de madeira da floresta nativa da Amazônia brasileira.

Com permissão de uma das empresas pesquisadas, foi possível cria um layout

de um galpão de uma serraria para melhor entendimento do processo produtivo e

posteriormente elaborar, através da ferramenta de gestão da qualidade um

fluxograma.

O processo inicia no pátio da serraria com a chegada da madeira bruta que é

analisada e medida por colaborador, onde sua função é chamada de romaniador.

Depois a madeira bruta é colocada no estivador, aonde uma a uma irão para pelo

processo de serragem, começando pela serra principal chamada serra-fita e seguindo

por processo de serragem distinto, dependendo do pedido do cliente, mas quando

não há pedidos, as serrarias sempre serram tábuas ou vigas, pois são os tipos mais

procurados.

Para melhor visualização do processo produtivo madeireiro, foi elaborada a

ferramenta da gestão da qualidade fluxograma, com o intuito de identificar os

processos do beneficiamento da madeira e seus resíduos provenientes.

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Tabela 03: Representa o layout das serrarias

Fonte: Autores da pesquisa

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O processo inicia com a chegada da madeira bruta no pátio da serraria, onde

ficar estocada até ser removida para iniciar o processo de beneficiamento, onde ela é

levada até o estivador.

Antes é feito a análise da madeira, quanto a seu diâmetro e se há condições

físicas de ser serradas, se a resposta para interrogaçãofor sim, ela segue para ao

estivador, se a resposta for não para as condições necessárias para ser serrada, ela

volta para o pátio e ficar armazenada sem nenhuma finalidade.

Quando a madeira bruta chega no estivador inicia o processo de serragem,

onde a madeira bruta passa pela serra-fita principal originando enormes pedaços de

madeira. Nesta operação são gerados resíduos de serragem e lenha. Depois,

dependendo do pedido são serradas as madeiras tipos caibros ou ripas, que geram os

resíduos serragem e lenha, que são originalizadas nas mesmas máquinas, se não há

pedido de caibros ou ripas, então e processado madeira tipos vigas e tábuas que são

os tipos mais procurados, neste processo também gera resíduos tipos serragem e

lenha.

Dentre as empresas, observou-se que 40% das serrarias estão acima de 20 à

30 anos no mercado, e 40% estão acima de 30 anos, cuja as mesmas serram de 30m³

a 40m³ de madeira por dia em suas instalações, os principais resíduos proveniente

do beneficiamento foram; serragem e lenha totalizando 100% dos resíduos

identificados nas madeireiras.

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Figura 02: Fluxograma dos processos das serrarias de Tomé-Açu

Fonte: Autores da pesquisa

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Gráfico 01: O gráfico abaixo demonstra o período de tempo que a empresa está no ramo.

Fonte: autores da pesquisa.

Através da pesquisa foram observados que a maior parte das empresas são

antigas no mercado, porem, somente algumas estão dando uma destinação

adequando ao seu residuo, este percentual é minimo o que tornando-se um problema

muito grave para o meio ambiente pois neste periodo de tempo em que eslas estão

atuando neste setor, estão deixando o seu residuo acéu aberto o que causa poluicão

do ar,terra de das águas, para estas empresas há falta de panejamento de maneira

estrategica para se adequar a gestão ambiental.

Outro ponto encontrado na pesquisa que 60% das organizações estão

enquadradas no ramo juridico como LDTA, caracteriza-se como o tipo de sociedade

mais comum no Brasil, que são investimentos entre socios para adquirir um capital no

ramo em que se quer investir, 40% são EPP que são empresa de pequeno porte que

tenha um faturamento anual de R$ 3, 6 minlhões.

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As empresas que foram pesquisadas são consideradas de grande porte, e foi

evidenciado que 60% não utilizam nenhuma das ferramentas da gestão da qualidade,

para mapear os resíduos de forma eficaz, por isso devem implemetar estrategias para

ganhar lucro com seu residuo, as mesma entrariam e conheceriam novos ramos tendo

possibilidade de transforma o residuo em subprodutos ambientalmente correto ou até

mesmo armazenar os mesmo de forma segura para que não agrida o meio ambiente

de forma tão severa.

Gráfico 02: Enquadramento jurídico das empresas pesquisadas

Fonte: autores da pesquisa.

Nas empresas em questão foi observado que os resíduos mais gerados são

lenha e serragem, que são proveniente dos processos produtivo, o resíduo lenha tem-

se um percentual de 40% que produzem até 10m³, outros 40% são acima de 20m³

e20% não souberam informar a quantidade do resíduo, quanto ao volume do resíduo

de serragem variam de 20m³ á 40m³ e acima de 60 m³.

Este percentual se dá devido à quantidade de madeira serrada durante um dia

do processo produtivo, a cada 30m³ de madeira gera 10m³ de resíduo sendo

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lenha ou serragem, portanto isto se torna um grande problema para o meio ambiente

e para as empresas que ficam com o seu pátio superlotado.

O gráfico 03: demonstra o volume de resíduo que se produz de acordo com a madeira processada.

Fonte: Autores da pesquisa.

Nas regiões da Amazônia, pouco se houve falar sobre a fabricação de

subprodutos como o briquete, pois a poucas pesquisas de viabilidade econômicas e

incentivas neste sentido no que diz respeito sobre as oportunidades do

reaproveitamento dos resíduos das madeireiras.

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Gráfico 04: Percentual do volume de resíduo de serragem.

Fonte: autores da pesquisa

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Gráfico 05: Percentual do volume de resíduo lenha.

Fonte: autores da pesquisa.

Através de uma análise de cruzamento dos dados coletados observou-se que

80% das empresas entrevistadas, conhecem ou ouviram falar das Políticas Nacionais

de Resíduos Sólidos sancionada pela lei 12.305/2010, que tem como finalidade tornar

a empresa responsável pelos seus resíduos para que sejam descartados e geridos de

forma correta, no entanto 20% do resíduo de madeira ainda são armazenados a céu

aberto nos pátios das serrarias poluindo o meio ambiente e os córregos de água que

estão ao seu redor, impossibilitando o uso desta água para alimentação.

Quanto a destinação destes resíduos os proprietários ainda estão em processo

lento, pois, somente 20% são utilizados para adubos, onde são misturados com outros

compostos orgânicos, quando estão preparados para serem postos nas áreas das

fazendas para adubação das pastagens de gado, de sua propriedade.

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Dentre das empresas entrevistadas observou-se que a falta de gestão dos

resíduos gera um acumulo dos mesmos, onde sãoalocadosa céu aberto, isto se dá

devido a inexistência da gestão da qualidade para uma gestão eficaz, no que diz

respeito ao desenvolvimento sustentável no âmbito empresarial que poderia promover

a maior interação entre economia e meio ambiente junto as empresas, para que elas

possam analisar e desenvolver soluções viáveis para este problema.

No município de Tomé-açu a uma grande ausência de fiscalização nas serrarias

junto ao IBAMA, por se tratar de um órgão onde sua sede fique distante do município

em questão, e por falta de denúncia da sociedade local.

Gráfico 06: armazenagem do resíduo de madeira

Fonte: Autores da pesquisa

Outra alternativa que algumas empresas buscaram a fim de darem uma

destinação correta para os resíduos, é fazer a doação de 40% dos resíduos para as

olarias dos municípios vizinhos, tendo também como propósito a desobstrução dos

pátios.

Onde os resíduos ficam amontoados gerando grandes montanhas de

resíduos, e 20% são vendidos para geração de energia para outros seguimentos e

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até mesmo para fabricação de moveis, onde a sua maior parte é vendida para uma

fabricante do setor moveleiro no município de Paragominas/PA localizado no sul do

estado do Pará.

A Figura 03 demonstra caminhos nos pátios para serem carregados de resíduo

chamado de serragem, cujos mesmos foram doados.

Figura 03: imagem de um caminhão para ser carregado de resíduo de madeira.

Fonte: Mendes, Cruz, (2018)

Quando as empresas pesquisadas foram questionadas sobre a utilização da

norma da ISO 14001 todas responderam que não, está estatística e relevante e

preocupante, pois está norma tem como objetivo diminuir os impactos ambientais,

quanto ao questionamentode utilizar as normas afirmaram que está pratica acarretaria

custos e tempo quando associados à sua implantação nas organizações, deixando de

lado a gestão ambiental, outro problema encontrado que pode gerar a poluição do

meio ambiente.

Através da pesquisa elaborou-se com o uso da ferramenta 5W2H, propostas

para minimizar os impactos ambientais e promover alternativas para os resíduos do

setor madeireiro, e haja um desenvolvimento sustentável para o município, elaborou-

se um plano de ação através da ferramenta da gestão da qualidade 5W2H para

solucionar o problema da má gestão do resíduo, para serem reintroduzido na linha de

produção.

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Tabela 04: 5W2H para promover soluções viáveis oriundos do resíduo de madeira.

What/ O Que? Who/Quem? Where/Onde? When/Quando? Why/Por quê? How/Como? Howmuch / Quanto

custa?

Utilizar o resíduo de serragem para fabricação de lenha ecológica (briquetes)

Gestores da serraria ou outros.

No município de Tome-açu

Imediatamente, Para evitar que ocorram mais danos ao meio ambiente

Através criação de uma usina de briquetes no município de Tome-açu

R$ 1.000.000,00 Fonte: SEBRAE

Reciclagem do resíduo serragem e lenha para fabricação de moveis do tipo MDF.

Qualquer cidadão que tenha interesse

No município de Tome-açu

Quando houver um investimento para este setor

Para diminuir a quantidade de resíduo nos pátios das serrarias

Implementação da fábrica no município

Há serem avaliados

Elaboração de tijolos ecológicos

em Tomé-Açu Imediatamente Por que atenderá as famílias de baixa renda do município.

Através de fabricação artesanal.

R$0,85 Fonte:SEBRAE

Fabricação de adubos orgânicos

As empresas do setor madeireiro/ quem tiver interesse

Em Tomé-Açu Imediatamente Para atender a agricultura familiar do município

Através de parcerias das serrarias e a secretaria de agricultura de Tome- açu.

Há serem avaliados

Geração de energia

Pessoas que tenha interesse e capital

Em Tomé-açu Imediatamente, para utilização de energia renovável.

Para diminuição do acumulo de resíduo e energia mais barata e limpa.

Através de incentivos e investimentos do governo Federal e órgãos que tenha capital próprio e interesse.

Há serem avaliados.

Fonte: Autores da pesquisa

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7 CONCLUSÃO

A gestão ambiental é uma fator importante na cadeia produtiva, pois a otimização

da produção por meio da gestão resíduos da atividade desempenhada pela organização

minimiza os impactos negativos gerados ao meio ambiente, principalmente se tratando

de uma serraria.

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito constitucional

para as pessoas físicas e jurídicas, assim como a responsabilidade de assegurá-lo para

as futuras gerações.

A PNRS veio preencher as lacunas deixadas pelo Art. 225 da Constituição

Federal, apontando para as organizações quais ações e procedimentos são necessários

para a gestão correta de seus resíduos, mas ainda disperso e com pouca fiscalização, o

que não impede das próprias organizações buscarem meio para a gestão de seus

resíduos.

Nesta pesquisa o objetivo foi mapear processo produtivo das serrarias do

município de Tomé-Açu, quantificar os resíduos produzidos nessa atividade e propor

soluções na gestão desses resíduos, independente do cumprimento da PNRS.

Para o início da pesquisa fez-se o levantamento bibliográfico para embasamento

e posteriormente constitui-se um questionário para levantamento de dados referentes a

pesquisa, quanto a quantidade de produção de resíduos.

Visitou-se uma serraria para a criação do layout da serraria, em seguida elaborou-

se o fluxograma do processo produtivo. Os dados coletados foram tabulados no software

SPSS e apresentado em gráficos.

Constatou-se que por meio de ferramentas da gestão da qualidade é possível

identificar a implementação de uma gestão de resíduos de forma eficiente em serraria,

com a utilização das ferramentas fluxograma e 5W2H.

O processo produtivo madeireiro do município de Tomé-Açu é um setor em que

50% de sua matéria-prima são transformados em resíduo dos tipos serragem e lenha.

Este resíduo não estão dando origem a outros produtos ou poucos estão sendo

aproveitado pelos seus produtores.

Uma das realidades município de Tomé-Açu é que os resíduos ficam

armazenados a céu aberto sem nenhuma gestão adequada ou prevista nas PNRS. No

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entanto, algumas serrarias pesquisadas já estão dando algum tipo de destinação para

a geração de subprodutos.

Observou-se também, durante o levantamento bibliográfico, que a gestão

ambiental no tange a PNRS e Gestão da Qualidade são assuntos abordados

distintamente dentro das organizações e consequentemente na literatura, o que dificultou

a corroboração da presente pesquisa com outras.

As sugestões apresentadas para a gestão dos resíduos por parte dos gestores

certamente gerarão algum custo para sua implementação nas serrarias. Para próximas

pesquisas propõe-se que busquem verificar se algumas das sugestões apresentadas

neste trabalho são viáveis economicamente e financeiramente para o município de

Tomé-Açu.

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53

APÊNDICES

APENDICE A: QUESTIONARIO APLICADOPARA A PESQUISA

PERFIL DA EMPRESA

1. Quanto tempo a empresa atua no ramo?

( ) 1 à 10

( ) 10 à20

( ) 20 à 30

( ) acima de 30

2. Qual seu enquadramento jurídico?

( ) EPP

( ) S/A

( )LTDA

( ) outros

3. A empresa conhece ou ouviu falar das Políticas Nacionais de Resíduos Sólidos

( ) sim

( ) não

Perfil produtivo

Este questionário destina-se a pesquisa referente ao trabalho de conclusão

de curso de bacharelado em administração da Universidade Federal Rural da

Amazônia (UFRA) cujo o tema é: MAPEAMENTO DOS RESIDUOS DE MADEIRA

GERADOS PELAS SERRARIAS NO MUNICIPIO DE TOME-AÇU.A presente

pesquisa é voluntaria, não será necessário registrar seu nome em nenhum

momento da pesquisa, garantindo o sigilo de suas respostas. Ao responder o

questionário seja o mais verdadeiro possível, e responda todas as questões.

Ao responder o questionário seja o mais verdadeiro possível.

Obrigado por sua colaboração com nossa pesquisa

CLEIDIANE DE SOUSA CRUZ/ FABIOLA ABREUMENDES

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4. Quantos métodos cúbicos de madeira são serrados por dia?

( )De30 m³ a 40m³

( )De41m³ a 51m³

( ) 52m³ a 62m³

( )Acimade 63m³

5. Quais são os resíduos gerados pela serraria?

( )Serragem

( )Cepilho

( )Lenha

( )Outros

6. Qual o volume gerado de cada resíduo como serragem, cepilho ou lenha?

( )Sim

( )Não

Se sim responda qual o volume

7. Conforme o volume de madeira serrada, qual o volume de resíduos são

gerados?

( ) 10m³ ( ) 20m³ ( ) 30m³ ( ) 40m³ ( ) 50m³

8. Como são armazenados os resíduos dos processos produtivos?

( )Sãoarmazenados a céu aberto

( )Dãoorigem ao outros produtos

( )Sãoqueimados

( )Sãovendidos como insumos para outros processos produtivos

9. Quais resíduos a empresa utiliza para captação de dinheiro e quais vendem?

( )Serragem

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( )Cepilho

( )Lenha

( )Outros

( )Nenhum

10. A empresa atende algumas legislações ambientais?

( )Sim( )Não

11. A empresa utiliza algum tipo de gestão de resíduos?

( )Sim( ) Não

12. A empresa utiliza alguma norma da ISO?

( )Sim( ) Não

Caso sim responda qual:

13. A empresa utiliza algum tipo de ferramenta da gestão qualidade para mapear os

resíduos de forma mais eficazpara acarretar lucro para a empresa?

( )Fluxograma

( )5W2H

( )FMEA

( )Outros

( )Nenhum