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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH (FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES JOSENILDA APRIGIO DANTAS DE MEDEIROS Macaíba/RN Dezembro de 2018

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA

ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH

(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES

JOSENILDA APRIGIO DANTAS DE MEDEIROS

Macaíba/RN

Dezembro de 2018

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JOSENILDA APRIGIO DANTAS DE MEDEIROS

MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH

(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências Florestais da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como

parte das exigências para obtenção do título de Mestre

em Ciências Florestais (Área de Concentração em

Ciências Florestais - Linha de Pesquisa: Sementes,

propagação e fisiologia de espécies florestais).

Orientador:

Prof. Dr. Salvador Barros Torres

Coorientador:

Prof. Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco

Dra. Cibele dos Santos Ferrari

Macaíba/RN

Dezembro de 2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Medeiros, Josenilda Aprigio Dantas de.

Morfologia de plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A. C.

Smith (Fabaceae) aplicada à análise de vigor de sementes / Josenilda Aprigio Dantas de Medeiros. - 2019.

56f.: il.

Dissertação(M estrado)-Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade

Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Programa de Pós-

Graduação em Ciências Florestais, Macaíba, 2018.

Orientador: Salvador Barros Torres.

Coorientador: Mauro Vasconcelos Pacheco.

Coorientadora: Cibele dos Santos Ferrari.

1. Fabaceae - Dissertação. 2. Qualidade de sementes -

Dissertação. 3. Sementes florestais - Dissertação. 4.

Classificação do vigor de plântulas - Dissertação. I. Torres, Salvador Barros. II. Pacheco, Mauro Vasconcelos. III. Ferrari,

Cibele dos Santos. IV. Título.

RN/UF/BCZM CDU 631.53.02

Elaborado por Raimundo Muniz de Oliveira - CRB-15/429

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À Dra. Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas (in

memorian) que me incentivou nos estudos,

me apresentou o meio acadêmico e segue como

minha eterna inspiração.

DEDICO

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vi

AGRADECIMENTOS __________________________________________________________________________

Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e ao corpo docente,

pela oportunidade de fazer o curso.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo

apoio financeiro.

Ao meu orientador Salvador Barros Torres e meus coorientadores Mauro Vasconcelos

Pacheco e Cibele dos Santos Ferrari, pela dedicação na elaboração deste trabalho e pela

paciência.

A todos os meus professores do ensino básico, pois sem eles não seria possível estar

na pós-graduação.

Aos meus pais, José Aprigio Sobrinho e Francisca Dantas de Araújo, pelo amor,

sacrifícios e apoio incondicional aos meus estudos.

Ao meu irmão Josenilson Aprigio Dantas que me criou e tornou possível a continuidade

dos meus estudos.

A Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas (in memorian), que além de me criar me

apresentou a academia e continua a ser minha inspiração acadêmica e de vida.

A meu sobrinho querido Daniel Aprigio de Queiroz Dantas (in memorian) e Josefa

Gomes de Queiroz (in memorian) pelas experiências compartilhadas e amor incondicional.

Ao meu esposo, Jean Cledson Nunes de Medeiros, pelo amor e apoio em todo o

processo de produção deste trabalho.

A Tom, Majú, Max e Marie (in memorian) que contribuíram com muito amor e carinho.

À equipe do Laboratório de Sementes Florestais - LSF (UAECIA/UFRN): Francival

Cardoso Felix, Maria Luiza de Lima Castro, Sarah P. L. Nunes e Wendy Matos.

À equipe do Laboratório de Análise de Sementes - LAS da Universidade Federal Rural

do Semi-Árido (UFERSA).

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RESUMO

__________________________________________________________________________

MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH

(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES

O teste de vigor de plântulas tem sido pouco utilizado para classificação de lotes de sementes,

principalmente no tocante às espécies florestais nativas. Objetivou-se caracterizar os

aspectos morfológicos de plântulas de A. cearensis e utilizá-los na classificação de vigor de

lotes de sementes. O estudo foi conduzido em duas etapas: caracterização morfológica de

sementes e plântulas e caracterização fisiológica dos lotes de sementes. O teste de vigor de

plântulas normais fortes e o comprimento de plântulas normais fortes foram correlacionados

com os resultados dos demais testes da caracterização fisiológica. Para esta, realizou-se os

testes de germinação, emergência, primeira contagem da germinação, índice de velocidade

de germinação, tetrazólio, comprimento e massa seca de plântulas. O delineamento

experimental utilizado foi o inteiramente casualizado. Para os dados paramétricos utilizou-se

o teste de Tukey e para os não paramétricos, aplicou-se o teste de Kruskal-Wallis. Para a

correlação entre as variáveis que determinam o vigor dos lotes, utilizou-se o coeficiente de

Spearman para dados não-paramétricos e Pearson para os paramétricos . As análises foram

realizadas com o software estatístico Bioestat 5.0. As sementes de A. cearensis possuem

formato oblongo e presença de ala, do tipo papiráceo e transparente. Oposto a ala são

observados o hilo e a micrópila. O embrião é axial composto por dois cotilédones carnosos,

eixo reto e cônico com plúmula pouco visível. As plântulas de A. cearensis são do tipo semi-

hipógea fanerocotiledorar, com emissão da raíz primária no quarto dia e presença de plântulas

normais ao nono dia após a semeadura. A partir da caracterização morfológica das plântulas

foi possível classificar as plântulas em normais fortes, fraca e anormais. O teste de vigor de

plântulas normais fortes, comprimento de plântulas normais fortes, massa seca e tetrazólio

apontaram o lote 4 como mais vigoroso e os demais como menos vigorosos. As plântulas são

do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar. A partir da caracterização morfológica das plântulas,

é possível classificar as plântulas em normais fortes e fracas e anormais. O teste de vigor de

plântulas e o comprimento de plântulas normais fortes foram eficientes para a classificação

do vigor de plântulas de A. cearensis.

Palavras-chave: Fabaceae, qualidade de sementes, sementes florestais, classificação do

vigor de plântulas.

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ABSTRACT

__________________________________________________________________________

SEEDLING MORPHOLOGY OF Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH

(FABACEAE) APPLIED TO SEED VIGOR ANALYSIS

Seed vigor test has been little used for classification of seed lots, especially for native forest

species. The objective of this study was to characterize the morphological aspects of seedlings

of A. cearensis and to use them in the classification of vigor of seed lots. The study was

conducted in two stages: morphological characterization of seeds and seedlings and

physiological characterization of seed lots. The vigor test of normal seedlings vigor and the

length of strong normal seedlings were correlated with the results of the other tests of the

physiological characterization. For this, realized the test of germination, emergence, first

germination count, germination speed index, tetrazolium, length and dry mass of seedlings

were performed. The experimental design was completely randomized. For the parametric

data the Tukey test was used and for the non-parametric, the Kruskal-Wallis test was applied.

For the correlation between the variables that determine the vigor of the lots, the Spearman

coefficient was used for non-parametric data and Pearson for the parametric data. The

analyzes were performed with the statistical software Bioestat 5.0. The seeds of A. cearensis

have an oblong shape and presence of a papyraceous and transparent wing. Opposite the

wing are observed the hilum and the micropyle. and the micropyle. The embryo is axial

composed of two fleshy cotyledons, straight and conical axis with barely visible plumule. The

seedlings of A. cearensis are semi-hypogean phanerocotylar, with emission of the primary root

on the fourth day and presence of normal seedlings on the ninth day after sowing. From the

morphological characterization of the seedlings it was possible to classify the seedlings into

strong and weak and abnormal normal ones. The vigor test of strong normal seedlings, length

of normal seedlings, dry mass and tetrazolium indicated lot 4 as more vigorous and the others

as less vigorous. The seedlings are of the semi-hypogean type fanercotizer. From the

morphological characterization of the seedlings, it is possible to classify the seedlings into

strong and weak and abnormal normal ones. The seedling vigor test and the length of normal

strong seedlings were efficient for the vigor classification of A. cearensis seedlings.

Keywords: Fabaceae, seed quality, forest seed, vigor classification of seedlings.

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SUMÁRIO

Página

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 3

2.1. Caatinga .............................................................................................................. 3

2.2. Amburana cearensis............................................................................................ 4

2.3. Descrição morfológica de plântulas ..................................................................... 7

2.4. Qualidade fisiológica de sementes ...................................................................... 9

2.5. Classificação de vigor pelo desempenho de plântulas....................................... 10

3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 13

3.1. Caracterização morfológica ............................................................................... 13

3.1.1. Morfologia de sementes e plântulas ........................................................... 13

3.1.2. Morfometria de sementes e plântulas ........................................................ 13

3.2. Qualidade fisiológica de sementes .................................................................... 14

3.2.1. Classificação do vigor de plântulas..............................................................15

3.3. Delineamento estatístico ................................................................................... 15

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 16

4.1. Descrição morfológica de sementes e plântulas de Amburana cearensis .......... 16

4.1.1. Morfologia de sementes e plântulas............................................................ 16

4.1.2. Morfometria de sementes e plântulas......................................................... 18

4.1.3. Classificação do desempenho de plântulas ............................................... 20

4.2. Qualidade fisiológica dos lotes de sementes de Amburna cearensis ................ 23

5. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 29

LITERATURA CITADA .................................................................................................. 30

ANEXO 1 - Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos de Amburana cearensis

(cumaru) ...................................................................................................................... 44

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LISTA DE FIGURAS __________________________________________________________________________

Figura 1. Morfologia externa (A, B) e interna (C, D) de semente de Amburana cearensis

(Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). co: cotilédone, ei: eixo hipocótilo radícula, hi: hilo, mc:

micrópila, al: ala, cc: cilindro central, pl: plúmula. ................................................................. 16

Figura 2. Processo germinativo de plântula normal de Amburana cearensis (Allemão) A.C.

Sm. (Fabaceae). ca-catáfilo, co-cotilédones, eo-eófilos, ep-epicótilo, hi-hipocótilo, rz-raíz. . 17

Figura 3. Raiz primária de Amburana cearensis com coifa (A), catáfilo (B), cotilédone (C),

eófilos em desenvolvimento (D) e venação do folíolo (E). coi: coifa, ca: catafilo, ga: gema

axilar...................................................................................................................................... 18

Figura 4. Classificação das plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)

em normais fortes (PL-N), normais fracas (PL-NF) e anormais (PL-AN). bi-bifurcação, ox-

oxidação, to-torção ............................................................................................................... 21

Figura 5. Plântula normal fraca de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)

originada de gemas axilares................................................................................................. 22

Figura 6. Classificação das sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)

para avaliação da viabilidade e vigor por meio do teste de

tetrazólio.................................................................................................................................25

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LISTA DE TABELAS __________________________________________________________________________

Tabela 1. Estatística descritiva da biometria das sementes de Amburana cearensis (Allemão)

A.C. Sm. (Fabaceae) .......................................................................................................... 19

Tabela 2. Estatística descritiva da morfometria das plântulas normais fortes de Amburana

cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). .......................................................................... 20

Tabela 3. Teor de água (T.A), germinação (G), emergência (E), viabilidade e vigor pelo teste

de tetrazólio (T-VB e T-VG), primeira contagem (PC), vigor de plântulas normais fortes (VP),

índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de plântulas (CP-PL), comprimento

de plântulas normais fortes (CP-PLN) e massa seca de plântulas (MS-PL) de Amburana

cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) ........................................................................... 24

Tabela 4. Correlação entre as plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm.

(Fabaceae) normais fortes (PN) e comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN) e as

demais variáveis analisadas (G: germinação, PC: primeira contagem, IVG: índice de

velocidade de germinação, CP-PL: comprimento de plântulas, MS-PL: massa seca de

plântulas................................................................................................................................. 27

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LISTA DE ABREVIATURAS __________________________________________________________________________

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento RAS – Regras para Análise de Sementes MMA – Ministério do Meio Ambiente

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1. INTRODUÇÃO

__________________________________________________________________________

A Caatinga ocupa área aproximada de 800.000 km², com ocorrência nos Estados do

Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma

pequena faixa ao norte de Minas Gerais (PRADO, 2003; LEITE; MACHADO, 2009). A

ocorrência de endemismo nesse bioma torna importante e fundamental a conservação da sua

biodiversidade (ALVES et al., 2013; COSTA et al., 2016), que apresenta diversas

fitofisionomias em função de diferentes padrões de solo e de irregularidade na precipitação

(MMA, 2008a). Diante dessas variações do bioma, há dificuldade na identificação de espécies

vegetais em seus estádios juvenis, bem como estudos inexpressivos acerca dos aspectos

morfológicos nos estádios iniciais do desenvolvimento de plantas, sobretudo, quando

relacionados com a estrutura dos órgãos vegetativos de indivíduos adultos (FEITOZA et al.,

2014).

No bioma Caatinga, há uma expressiva ocorrência de espécies da família Fabaceae,

entre as quais se encontra a espécie Amburana cearensis (Alemão) A. C. Sm. que é nativa

desse bioma e ocorrente ainda em toda a América do Sul, desde o Peru até a Argentina

(CARVALHO, 1994; CANUTO; SILVEIRA, 2006). Devido as suas diversas utilidades, como

carpintaria, perfumaria e farmacologia (MAIA, 2004), essa espécie esteve inclusa na lista das

ameaçadas de extinção de 1998 (OLDFIELD, 1998). Porém, na última publicação de espécies

ameaçadas, encontrava-se na lista de projeção futura para voltar a ser classificada como

ameaçada de extinção (MARTINELLI; MORAIS, 2013).

Devido ao interesse econômico e ao atual estádio de conservação, A. cearensis tem

sido estudada quanto à qualidade fisiológica de sementes, bem como aos aspectos

morfológicos de sementes e plântulas. A morfologia de plântulas pode fornecer informações

importantes para a classificação de lotes, visto que a plântula representa a fase inicial do

desenvolvimento do embrião, apresentando, principalmente, radícula, hipocótilo, cotilédone

(s) e gema plumular, que darão origem à raiz primária, caule e folhas (FERREIRA;

BORGHETTI, 2004). Assim, a integridade dessas estruturas essenciais na semente irá refletir

no desenvolvimento adequado das plântulas e, consequentemente, em seu estabelecimento

em campo, sendo, então, a classificação de vigor de plântulas um teste de vigor promissor

para classificação de lotes de sementes.

Apesar da morfologia da plântula de espécies florestais ser usada como parâmetro na

avaliação da qualidade fisiológica de lotes, esta quando intactas não tem sido relacionada aos

testes de classificação da qualidade fisiológica de lotes. Plântulas intactas apresentam todas

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as suas estruturas essenciais desenvolvidas, proporcionais e sadias (BRASIL, 2009), que

podem ser consideradas como plântulas normais fortes. Lotes de sementes que apresentam

maior percentual de plântulas normais fortes possuem maiores chances de emergirem e

produzirem plantas normais em condições adversas em campo (KRZYZANOWSKI;

NAKAGAWA, 1999). A caracterização de plântulas apresentada nas Regras para Análise de

Sementes (RAS) é generalizada, visto que não há definição de parâmetros para descrição

detalhada da morfologia de plântulas normais fortes, fracas e anormais (BRASIL, 2009).

Portanto, são necessários parâmetros que descrevam detalhadamente a morfologia de

plântulas. Com isso, aumentaria a eficiência do teste de classificação de vigor de plântula para

espécies florestais.

A classificação de plântulas como indicativo avaliador de vigor é um parâmetro em que

se detecta lotes de sementes resistentes às adversidades de campo, sendo também um

critério ainda mais específico que vai de acordo com a caracterização morfológica de cada

espécie, tornando a classificação de vigor ainda mais segura e rigorosa (OLIVEIRA et al.,

2009).

Assim, objetivou-se caracterizar as plântulas de A. cearensis quanto aos aspectos

morfológicos e utilizá-los para a classificação de vigor de lotes de sementes. Com objetivos

específicos de:

- Caracterizar morfologicamente sementes e plântulas de A. cearensis, utilizando essas

características para adequar a metodologia do teste de vigor de plântulas para a espécie.

- Caracterizar morfologicamente plântulas normais e anormais de A. cearensis;

- Avaliar o vigor de lotes de sementes de A. cearensis de acordo com as características

morfológicas de suas plântulas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

__________________________________________________________________________

2.1. Caatinga

A Caatinga possui ampla biodiversidade da qual e população local carente faz

intensivo uso, sendo dependente dos recursos deste Bioma (BRASIL, 2011). Devido à ampla

ocorrência de endemismo, a vegetação da Caatinga tem sido considerada importante para a

conservação da biodiversidade (ALVES et al., 2013; COSTA et al., 2016). Além disso, esta

tem sido fonte de renda fundamental para a população, visto as atividades econômicas das

áreas agrossilvipastoril, industrial, farmacêutica, química e ainda a base alimentar da

população carente, principalmente em períodos prolongados de seca (BRASIL, 2011).

Na Caatinga predomina o clima semiárido com característica marcante de forte

insolação e ventos secos e fortes devido à localização da região à linha do Equador (MAIA,

2004). Outra característica importante é a concentração de chuva em uma estação curta de

aproximadamente três meses consecutivos, intercalando com longos períodos de seca,

exercendo, portanto, efeitos acentuados sobre as características morfofuncionais das plantas

ocorrentes na região (QUEIROZ, 2009).

As condições desfavoráveis do ambiente na Caatinga ocasionam as mais diversas

adaptações necessárias à sobrevivência das mais variadas espécies vegetais, entre estas,

cerca de 600 espécies de plantas lenhosas identificadas (MAIA, 2004). A vegetação desse

bioma é composta, principalmente, por espécies xerofíticas, na qual apresenta

predominantemente fisionomia arbustivo-arbórea. Nessa fisionomia são observadas plantas

de porte baixo, em torno de 4 a 7 m de altura, e com as seguintes características: ramificações

intensas, lignificação precoce, emaranhado de galhos, ramos com espinhos ou acúleos e, por

vezes, tricomas urticantes (QUEIROZ, 2009).

Além das características anteriormente citadas, as quais compreendem resposta ao

meio inóspito, as espécies vegetais do bioma Caatinga possuem diversas adaptações como,

por exemplo, cascas claras para redução do aquecimento dos tecidos vivos, folhas pequenas

de textura coriácea a fim de reduzir a perda de água, perda de folhas em prol da diminuição

da evapotranspiração, caules verdes para contribuição da fotossíntese e acúmulo de água no

caule e raízes (MAIA, 2004).

Pesquisas sobre morfologia de espécies da Caatinga não são realizadas com

frequência e, quando acontecem, utilizam espécies mais recorrentes e que já foram

amplamente estudadas. Assim, dentre as descrições morfológica de sementes e plântulas de

espécies desse bioma, têm-se os trabalhos realizados com as espécies Bauhinia forficata

Link. (pata-de-vaca) (SILVA et al., 2003), Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira-do-

sertão) (FELICIANO et al., 2008), Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (angico) e

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4

Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong (tamboril) (BARRETO; FERREIRA, 2011),

Licania rígida Benth. (oiticica) (DINIZ et al., 2015) e Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon

& G.P.Lewis (catingueira) (MENDONÇA et al., 2016).

Em relação às espécies já identificadas na Caatinga, estima-se que 1.300 são de porte

arbóreo-arbustiva, divididas em 170 famílias, em que dessas espécies 270 são endêmicas e

tendo a família Fabaceae como a mais representativa (FORZZA et al., 2010; DANTAS et al.,

2015). Em levantamento florístico realizado em Monteiro - PB foram verificados 3.495

indivíduos distribuídos em 14 famílias. Destas, a família Fabaceae foi a mais representativa,

seguida das famílias Euphorbiceae e Anacardiaceae (PEREIRA JÚNIOR et al., 2012). Nesse

estudo, apenas dois indivíduos de A. cearensis foram encontrados, enquanto que para a C.

pyramidale havia 287. Em Taboleiro Grande – RN, constatou-se a predominância de

Fabaceae, e similar amostrado no Estado da Paraíba, a A. cearensis apresentou a menor

ocorrência, apenas um indivíduo (BESSA; MEDEIROS, 2011).

Em estudo realizado em Serra Negra do Norte – RN, foram amostrados 2.448

indivíduos, representados por 22 espécies, das quais 13 são arbóreas e nove pertencentes à

classificação atual da família Fabaceae. Para esta, constatou-se 420 indivíduos de C.

pyramidale, 139 de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., 112 de Piptadenia stipulacea (Benth.)

Ducke (jurema-branca), 90 de Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan (angico) e apenas

10 indivíduos de A. cearensis (SANTANA, 2005). Em trechos de Caatinga da microrregião do

vale do Pajeú - PE, as famílias de maior representatividade foram Euphorbiaceae, Cactaceae

e Fabaceae. Para esta última, verificou-se maior ocorrência de C. pyramidale, não tendo sido

encontrado indivíduos de A. cearensis (RODAL et al., 2008).

A ampla ocorrência de espécies da família Fabaceae, conhecidas como leguminosas,

deve-se ao fato destas se originarem em condições tropicais de alta temperatura,

apresentando biodiversidade global de 19.325 espécies inseridas em 727 gêneros. As

particularidades das espécies desta família vão desde os hábitos de crescimento, árvores,

arbusto, lianas e ervas, até as estratégias de captação de nitrogênio atmosférico por meio da

simbiose com bactérias (SOUZA, 2012).

2.2. Amburana cearensis

A Amburana cearensis é uma espécie nativa do semiárido nordestino, popularmente

conhecida como cumaru (LORENZI; MATOS, 2002; OLIVEIRA et al., 2011), pertence à família

Fabaceae, podendo ocorrer ainda em toda a América do Sul, especificamente do Peru à

Argentina, da mesma forma que a Amburana acreana (Ducke) A. C. Sm., nativa e de ampla

ocorrência no sudoeste da Floresta Amazônica (CANUTO et al., 2008). As espécies A.

acreana e A. cearensis são muito semelhantes, sendo confundidas por alguns pesquisadores

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como sinonímias, mas ambas são distintas e as únicas espécies que compõem o gênero

Amburana.

A A. cearensis tem sido utilizada no semiárido desde a época em que os indígenas

habitavam a região, sendo ainda usufruída atualmente pela população local. A espécie utiliza

como estratégia a perda de folhas durante a estação seca seguida de floração e frutificação

como dispersão das sementes do tipo anemocórica, visto que necessita do vento para a

eficiência. Essa espécie adapta-se a todos os tipos de solo e possui sensibilidade ao fogo.

Por sua característica xerófita, pode ser encontrada em composição vegetal em associação a

Auxemma oncocalyx (Allemão) Taub (pau-branco), Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

(angico), Tabebuia impetiginosa (Max. Ex DC.) Standl. (ipê-roxo), Myracroduon urundeuva

Allemão (aroeira), Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá), e Ziziphus joazeiro Mart. (joazeiro)

(MAIA, 2004).

Em relação às diversas finalidades econômicas, a A. cearensis tem sido aplicada

industrialmente na área alimentícia e na fabricação de sabonetes e perfumes (MAIA, 2004). A

madeira de A. cearensis é a principal matéria-prima da movelaria fina, esculturas e marcenaria

em geral, o que a tem aproximado da lista de espécies ameaçadas (HILTON-TAYLOR 2000;

RAMOS et al., 2004). Na alimentação, o pó da entrecasca pode ser adicionado ao queijo de

coalho, proveniente do leite de cabra, obtendo característica sensorial, físico-química e

microbiológica satisfatórias (BENEVIDES et al., 2010). Além da confecção dos barris de

madeira, os extratos da espécie aceleram o envelhecimento da cachaça, conferindo

aceitabilidade pelos consumidores quanto à cor, sabor e aroma (SOUZA et al., 2013).

Os diversos produtos econômicos de A. cearensis são provenientes do extrativismo

considerado predatório (CAMPOS et al., 2013). Este resultou na inserção da espécie na lista

de ameaçadas de extinção em 1998 (OLDFIELD, 1998), permanecendo por 10 anos (MMA,

2008 b). Na última publicação de espécies ameaçadas, a A. cearensis não está presente,

constando como “espécie de valor econômico e com declínio verificado ou projetado”

(MARTINELLI; MORAIS, 2013).

A importância econômica e ecológica da A. cearensis tem estimulado estudos

farmacológicos, os quais comprovam a eficiência dos extratos da casca como antissépticos

contra bactérias (SÁ et al., 2014) e atividade anti-inflamatória (LOPES et al., 2013). Em análise

de espécimes cultivadas de A. cearensis, verificou-se dez compostos, sendo quatro destes

inéditos (ácido p-hidroxi-benzoico, aiapina, estereoisômeros e ácido o-cumárico glicosilado)

(CANUTO et al., 2010).

Em relação à qualidade fisiológica de sementes, há vários estudos envolvendo A.

cearensis, como a padronização do teste de tetrazólio para a avaliação da viabilidade das

sementes (GUEDES et al., 2010c); estresse hídrico, verificando a limitação da formação de

plântulas normais a partir de -0,6 MPa (ALMEIDA et al., 2014); e, o teste de envelhecimento

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acelerado apontando que o período de 48 h de envelhecimento é adequado para detectar

diferenças entre lotes de sementes (GUEDES, 2012).

A. cearensis possui dois estudos quanto à caracterização morfológica em seu estádio

de desenvolvimento inicial, os quais se contradizem em alguns aspectos. Cunha e Ferreira

(2003) afirmam que a semente dessa espécie apresenta germinação do tipo semi-hipógea,

possuindo raiz primária, hipocótilo com lenticelas e epicótilo com pilosidade visível apenas

com auxílio de lupa. Por outro lado, Loreiro et al. (2013) afirmam que a germinação é do tipo

epígea, a raiz primária com coifa, o epicótilo apresenta pilosidade, e não há nenhuma

informação sobre o hipocótilo.

A fase adulta da A. cearensis está morfologicamente bem definida, propiciando fácil

reconhecimento. O caule é ereto de casca lisa, variando de coloração amarela a vermelha,

em que solta lâminas finas e transparentes; suas folhas, assim como na fase inicial de

desenvolvimento, são compostas e alternas do tipo imparipinadas com sete a onze folíolos e

apresentando venação bronquidódroma. A semente é rica em cumarina e possui aroma forte

que perdura mesmo após longos períodos de armazenamento (MAIA, 2004). Para estas, há

informações específicas quanto à formação de tamanho máximo de lotes de sementes, cujo

peso máximo é de 500 kg, sendo que um quilo de sementes pode variar de 950 a 2.300

unidades (BRASIL, 2013).

Não é fácil formar lotes de sementes de A. cearensis de qualidade, devido à espécie

encontrar-se próxima ao risco de extinção e por seus frutos serem deiscentes e possuírem

apenas uma semente. Portanto, deve-se prezar pela coleta antecipada à abertura dos frutos,

visto que as sementes são aladas e facilmente dispersas pelo vento (MAIA, 2004). Sendo

assim, é necessário o conhecimento da fenologia e do processo de maturação dos frutos. O

ponto de colheita ou coleta dos frutos de A. cearensis deve ser realizado quando estes ainda

estão fechados, com fendas no ápice e coloração marrom-escura, apresentando textura

enrugada, aos 54 dias após antese e não podendo ultrapassar 63 dias (LOPES et al., 2014).

As condições adequadas para a germinação das sementes de A. cearensis estão

definidas em Brasil (2013). As temperaturas indicadas para a condução do teste de

germinação são as constantes de 25 e 30°C e a alternada de 20-30°C, tendo o período de 30

dias para completar o processo germinativo, utilizando os substratos papel, vermiculita ou

areia. Em viveiro, sem o controle da temperatura do ambiente, é possível a produção de

mudas de qualidade utilizando dois substratos: 30% de areia somado a 70% de solo e 50%

de solo e esterco somados a 50% de areia (QUEIROZ et al., 2012). A posição de semeadura

ideal dever ser com as sementes de lado (deitadas) em profundidade de 3,5 cm (GUEDES et

al., 2010b).

Pesquisas sobre a micropropagação de A. cearensis ainda são escassos. O único

estudo envolvendo esse procedimento foi realizado a partir de explantes originados da

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germinação de sementes in vitro, sendo que para a multiplicação utilizou-se o ápice caulinar,

e os seguimentos nodal e cotiledonar. Tendo este último apresentado maior proliferação de

brotos em meio de cultura com adição de 4,44 µM de BAP (6-benzilaminopurina), cuja etapa

de enraizamento apresentou 92% quando adicionado 10,0 µM de AIB (ácido indol butírico).

Apesar do sucesso da multiplicação, o processo de aclimatação das mudas foi inferior a 50%

(CAMPOS et al., 2013), portanto, necessitando de novos estudos sobre metodologias de

propagação assexuada.

2.3. Descrição morfológica de plântulas

A descrição morfológica, pertencente ao ramo da Botânica, teve início na Grécia Antiga

com o filósofo Teofrasto de Ereso, discípulo de Aristóteles, sendo reconhecido como o “Pai da

Botânica”. Porém, a morfologia atual se baseia na obra Philosophia botânica de Linnaeus

(1751) (GONÇALVES; LORENZI, 2007). A partir daí todo o desenvolvimento de uma planta

pode ser caracterizado e classificado por suas diferentes fases, desde a fecundação até a

senilidade (SOUZA, 2009).

A morfologia de plântulas pode auxiliar na identificação prévia de espécies (DUKE;

POLHILL 1981; OLIVEIRA et al., 2014a), servindo de subsídio para reconhecimento do

estabelecimento das plantas em condições naturais, bem como para a produção de mudas

(BELTRATI, 1995; ABUD et al., 2010), além de informações quanto a taxonomia por meio da

análise das estruturas das plântulas (PAOLI; SANTOS, 1998; BAO et al., 2014).

A morfologia de sementes e plântulas é de fundamental importância para a botânica

fisiológica, sistemática e filogenia, pois auxilia no conhecimento sobre o armazenamento de

sementes, conservação e regeneração de florestas, colonização de áreas por espécies

nativas e ainda com relação a pesquisas de plantas tóxicas e medicinais (SOUZA, 2009). O

estudo morfológico pode auxiliar também na interpretação de testes laboratoriais, além de

permitirem a identificação botânica de espécies, sendo parâmetro importante para reconhecê-

las em bancos de sementes na fase de plântula ou em formações florestais (MELO et al.,

2004; PIMENTA et al., 2013), possuindo então, alto valor para se conhecer e estabelecer a

dinâmica da floresta e manejo silvícola (AMO, 1979; SOUZA, 2009).

Diversos guias de identificação, baseados no conhecimento morfológico de espécies,

têm sido publicados para facilitar a identificação de espécies em campo. Entre estes, o Guia

da Biodiversidade de Fabaceae do Alto Rio Negro com informações sobre as descrições das

espécies e ambiente, distribuição geográfica e o potencial de uso econômico ou ecológico de

cada táxon identificado na área (SOUZA, 2012); Guia Ilustrado e Manual de Arquitetura Foliar

para Espécies Madeireiras da Amazônia Ocidental, em que todas as espécies são

representadas por imagens do tronco, base do tronco, casca interna e externa previamente

caracterizadas e as folhas foram diafanizadas (técnica para semitransparência)

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(OBERMÜLLER et al., 2011); Guia de campo: vegetação do Cerrado 500 espécies, o qual

apresenta fotos das espécies taxonomicamente identificadas (MEDEIROS, 2011).

As informações morfológicas dos estádios iniciais de desenvolvimento facilitam a

identificação mais apropriada das espécies (GURGEL et al., 2012), indicam fatores

reguladores da dinâmica ecológica por meio da ocorrência de determinada espécie e auxiliam

em estudos silviculturais e ecológicos, atuando como índices para determinar o estádio

sucessional em que se encontra a vegetação (MONTORO, 2008). Estas informações também

auxiliam na interpretação do teste de germinação em ambiente de laboratório (OLIVEIRA,

1993; CUNHA; FERREIRA, 2003).

A fase plântula tem seu início definido a partir do fim do processo germinativo (emissão

de raiz) e seu fim segue com divergências entre os pesquisadores (SOUZA, 2009).

Fisiologicamente, o indivíduo será considerado plântula enquanto este for dependente das

reservas da semente, ou seja, até a queda dos cotilédones quando o indivíduo passa a ser

autótrofo (FERREIRA; BORGUETTI, 2004). Do ponto de vista morfológico, seu término se dá

pela completa expansão do eófilo (primeira folha) (SOUZA, 2003; SOUZA, 2009).

A classificação de plântulas pode ser de acordo com a posição dos cotilédones, em

que estes podem apresentar-se abaixo do solo, acima da superfície deste ou no nível do solo,

com denominação de hipógea, epígea e semi-hipógea, respectivamente (SOUZA, 2009).

Quanto a esse tipo de classificação, a Licania rigida apresenta-se como hipógea (DINIZ et al.,

2015), a Hymeneae courbaril como epígea (DUARTE et al., 2016) e a A. cearensis como semi-

hipógea (CUNHA; FERREIRA, 2003).

A classificação quanto ao tipo de plântulas possui várias tipologias, sendo as mais

comumente usadas a de Duke (1965), que classifica as plântulas como criptocotiledonar

(cotilédones envoltos pelo tegumento) e fanerocotiledonar (cotilédones livres do tegumento);

Rizzini (1965) que se baseia na emergência dos cotilédones sobre a superfície do solo

classificando-as em hipógea quando os cotilédones permanecem no solo e epígea quando os

cotilédones apresentam-se acima da superfície do solo; e Miquel (1987) com cinco

classificações sendo elas: cotilédones foliáceos epígeo-fanerocotiledonar, cotilédones

carnosos epígeo-fanerocotiledonar, fanerocotiledonar na superfície (semi-hipógea),

criptocotiledonar na superfície ou abaixo (hipógea), criptocotiledonar acima do nível do solo

(epigea) (SOUZA, 2009).

As plântulas normais são aquelas que apresentam suas estruturas essenciais

definidas para prosseguir seu desenvolvimento quando manejadas em condições favoráveis

(BRASIL, 2009). De acordo com Ferreira e Borguetti (2004) a plântula é inicialmente composta

por raiz primária, hipocótilo, cotilédones e gema plumular, os quais originarão raiz, caule e

folhas. As Regras para Análise de Sementes (RAS) definem estruturalmente como plântula

normal as que apresentam raiz primária, hipocótilo, epicótilo, gemas terminais e cotilédones;

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considerando ainda, que além de intactas podem apresentar pequenos defeitos e infecções

secundárias (BRASIL, 2009).

2.4. Qualidade fisiológica de sementes

A qualidade de sementes é fundamental para a produção e consequentemente para o

sucesso de estabelecimento de áreas plantadas, seja para fins conservacionistas ou

comerciais (ULLMANN et al., 2015). Assim, há necessidade de avaliações e testes que visem

o acompanhamento e o manejo adequado para se prolongar ao máximo a qualidade

fisiológica das sementes. Esta, pode ser avaliada tanto por testes de viabilidade, quanto por

testes de vigor. Os testes de viabilidade determinam se as sementes estão vivas ou mortas

(SANTOS; PAULA, 2005). O teste mais habitual tem sido o teste de germinação, em que as

sementes expressam o máximo potencial germinativo, determinando o limite de desempenho

do lote; e ainda levando em consideração que este teste é realizado em condições ótimas de

ambiente (BESSA et al., 2015).

O teste de germinação apresenta duas correntes de método avaliativo quanto à

germinação da semente, o biológico e o tecnológico. A de cunho biológico, a semente será

considerada germinada quando há a emissão da raiz primária, evento que ocorre na transição

da fase II para a III da embebição da semente, sinalizando o fim do processo germinativo

(BEWLEY et al., 2013). Na tecnologia de sementes, considera-se germinadas as sementes

que resultam em plântulas normais, que devem apresentar todas as suas estruturas

essenciais (raiz primária, hipocótilo, epicótilo, primeiras folhas e gemas) que permitam

eficiente estabelecimento em campo (BRASIL, 2009).

As espécies respondem distintamente às condições ideais de germinação, visto que

para que a mesma ocorra é necessário conhecimento acerca da faixa ótima de temperatura,

fotoperíodo, substrato e a existência ou não de dormência (FERREIRA et al., 2007). Devendo-

se seguir, portanto as orientações contidas em Brasil (2009), levando em consideração que o

teste de germinação ocorre em condições ótimas, o teste de emergência das plântulas em

campo torna-se necessário, bem como outros testes de vigor para complementar as

informações do teste de germinação (OHLSON et al., 2010; BESSA, 2015). Assim, o teste de

emergência tem sido amplamente executado, visto a sua semelhança ao de germinação,

diferindo-se no fato de serem realizados em condições não controladas (FERREIRA;

BORGUETTI, 2004).

O vigor consiste no conjunto de propriedades das sementes, que determinará o

potencial de uma emergência rápida e uniforme, assim como o desenvolvimento de plântulas

em condições adversas do ambiente (AOSA, 2009; FRANÇA-NETO et al., 2012). O vigor

também tem sido definido como a soma das propriedades da semente, que determina o seu

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nível de atividade e desempenho durante o processo germinativo e emergência de plântulas

em campo (ISTA, 1981; OLIVEIRA et al., 2009).

Os testes de vigor objetivam identificar diferenças representativas no potencial

fisiológico de lotes de sementes, de modo a incrementar informações às proporcionadas pelo

teste de germinação (MARCOS-FILHO, 2015). As sementes em que se observam bom

desempenho são classificadas como vigorosas, enquanto que as de baixo desempenho são

consideradas de baixo vigor (ISTA, 1981; OLIVEIRA et al., 2009).

O teste de tetrazólio é oficializado nas RAS (BRASIL, 2009) e tem por objetivo avaliar

a viabilidade e vigor de sementes. Este teste tem sido utilizado devido à rapidez em que se

obtém os resultados e pelo fato de que a dormência de determinadas espécies não interfere

na absorção de água, visto que não há necessidade de procedimento de superação, o que

seria necessário para a realização do teste de germinação e emergência em campo

(FERREIRA et al., 2007).

Em relação ao procedimento do teste de tetrazólio, este segue o princípio de que as

enzimas das desidrogenases estão presentes apenas nos tecidos vivos, assim o cloreto de

tetrazólio (2, 3, 5 cloreto trifenil de tetrazólio) ao ser absorvido pelos tecidos irá reagir, gerando

um composto de cor vermelha chamado formazan, enquanto que nos tecidos mortos, por falta

de atividade respiratória, permanecerão descoloridos (SEIDLER, 1991; FERREIRA et al.,

2007).

Além de espécies agronômicas, a recomendação da metodologia do teste de tetrazólio

tem sido realizado em diversas espécies florestais como Araucaria angustifólia (Bertol.)

Kuntze (araucária) (OLIVEIRA et al., 2014 b), A. cearensis (cumarú) (GUEDES et al., 2010c),

C. pyramidale (catingueira) (SOUZA et al., 2017). O teste de tetrazólio para a avaliação de

viabilidade e vigor de A. cearensis deve ser realizado após pré-umedecimento de sementes

escarificadas em água por 24 horas e temperatura de 35°C para a retirada do tegumento. Em

seguida, colocam-se as sementes imersas em solução de tetrazólio a 0,05% por três horas a

40°C (GUEDES et al., 2010c).

2.5. Classificação de vigor pelo desempenho de plântulas

Entre os testes de vigor que avaliam o desempenho de plântulas há os de velocidade

e primeira contagem da germinação (McDONALD, 1975; MARCOS-FILHO, 2015), tempo

médio de germinação, comprimento e massa seca de plântulas (OLIVEIRA et al., 2009). A

primeira contagem é realizada durante o teste de germinação, avaliando-se as plântulas

consideradas normais, conforme Brasil (2009; 2013). A primeira contagem da germinação de

sementes de Bixa orellana (urucum) foi realizada no nono dia após a semeadura (FERREIRA;

NOVEMBRE, 2016), para sementes de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich (ipê-do-cerrado) no

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décimo quarto dia (NERY et al., 2008), para a Chorisia glaziovii O. Kuntze (paineira) no quinto

dia (SILVA et al., 2016). As espécies possuem velocidade de germinação distintas, visto que

o nível de vigor de um lote tende a ter diferença de desempenho de outro devido aos fatores

externos em que as sementes podem ter sido submetidas, a exemplo da forma de

armazenamento das sementes que pode influenciar no desempenho e desenvolvimento de

plântulas.

A velocidade de germinação é avaliada durante o teste de germinação, em que se

utilizam fórmulas para se calcular. As fórmulas utilizadas levam em consideração o tempo e o

número de sementes germinadas. A fórmula proposta por Kotowski (1926) é o inverso da

média ponderada do tempo com a germinação como fator de ponderação, sendo a fórmula:

coeficiente de velocidade de germinação = (G1 +...Gi/G1xT1+...GixTi) x 100; enquanto que a

proposta de Edmond e Drapala (1875) é inversa a de Kotowski, Tempo médio = (G1xT1 + ...

GixTi/ G1+...Gi); a fórmula de Maguire (1962) é a mais usual em que o índice de velocidade

germinação = G1/T1+...Gi/Ti (OLIVEIRA et al., 2009).

A qualidade fisiológica de sementes de A. cearensis armazenadas foi avaliada por

meio de teste de emergência, índice de velocidade de emergência, comprimento e massa

seca. A partir desses testes foi observada a perda da qualidade fisiológica ao longo do tempo,

independentemente da embalagem utilizada (GUEDES et al., 2010a).

O vigor das plântulas é classificado de acordo com os critérios das RAS, em que

classifica a normalidade de plântulas como intactas, com pequenos defeitos e anormais

(BRASIL, 2009). Esta classificação não tem sido amplamente utilizada como parâmetro de

classificação de vigor de lotes de sementes. O teste de classificação de plântulas consiste na

contabilização apenas do percentual de plântulas normais fortes (plântulas intactas) ao fim do

teste de germinação, em que o resultado é relacionado ao vigor dos lotes avaliados, e

consequentemente, seu potencial de desenvolvimento em campo. As plântulas que

apresentam pequenos defeitos ou infecções secundárias são consideradas plântulas normais

fracas, não sendo computadas no teste (KRZYZANOSWKY; NAKAGAWA, 1999).

Os testes de vigor baseados em desempenho de plântulas utilizados para a

classificação de vigor de lotes de sementes mais utilizados são os de primeira contagem,

velocidade de germinação, comprimento e massa seca de plântulas (MARCOS-FILHO, 2015).

A classificação de plântulas aplicadas na classificação de vigor de lotes de sementes

tem sido estudada para grandes culturas como o feijão (NETO, 2006) e soja (MOTA, 2000).

Essa classificação tem como base os critérios das RAS anteriormente citados, em que as

plântulas podem ser normais fortes, normais fracas e anormais, sendo os lotes com maior

porcentagem de plântulas normais fortes os considerados mais vigorosos (NAKAGAWA,

1999; OLIVEIRA, 2009).

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Em trabalho com A. cearensis, Guedes et al. (2015) utilizou o comprimento de

plântulas normais para a avaliação da viabilidade e classificação de vigor de lotes, no qual

obteve mesmo ranqueamento da primeira contagem e da emergência de campo; mostrando-

se eficiente para avaliação do vigor (GUEDES et al., 2015). A avaliação dos lotes de sementes

de Bixa orellana, visando à adequação do teste de envelhecimento acelerado, foi realizada a

classificação de plântulas em duas etapas; as plântulas da primeira avaliação que foram

classificadas como normais (plântulas intactas) foram retiradas e contabilizadas como normais

fortes, e na segunda avaliação as que permaneceram foram posteriormente classificadas em

normais fortes e fracas, seguindo dessa forma a metodologia proposta por Nakagawa (1999)

(FERREIRA; NOVEMBRE, 2016).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

__________________________________________________________________________

3.1. Caracterização morfológica

As de sementes de A. cearensis foram provenientes dos municípios de Soledade – PB

(7° 3’ 25’’ S/36° 21’ 46’’ W; altitude: 521 m) e Petrolina – PE (9° 23’ 34’’ S, 40° 30’ 28’’ W;

altitude 376 m). As sementes coletadas em Soledade formaram quatro lotes, em que cada

lote é originado de uma árvore matriz, enquanto o quinto lote é originário de matrizes do

município de Petrolina, assim, foi formado um lole único composto de sementes dos cinco

lotes par a caracterização morfológica das sementes e plântulas. O trabalho foi desenvolvido

na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, pertencente à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba, RN, entre fevereiro e maio de 2017.

3.1.1. Morfologia de sementes e plântulas

As sementes foram descritas quanto as suas estruturas internas e externas, com

auxílio de lupa, microscópio de varredura e carta de Munsell. Já para as plântulas, foi realizada

a semeadura de 100 sementes em papel toalha específico para germinação, organizadas em

sistema de rolos, em câmara de germinação a 25 °C e fotoperíodo de 12 h. Anterior à

semeadura, as sementes foram previamente desinfestadas em hipoclorito de sódio a 2% por

2 minutos e tratadas com fungicida Dithane NT (5 g/kg de sementes).

O processo germinativo das sementes foi descrito por meio de observações diárias e

registro de imagens, sendo acompanhado desde a emissão da raiz primária até o surgimento

dos primórdios foliares, observando-se o tempo médio necessário para a ocorrência de cada

evento (protrusão da raiz primária, desenvolvimento das estruturas internas e a formação das

primeiras folhas). Para cada estrutura, realizou-se a descrição do formato, coloração, posição

da estrutura na plântula, presença de pelos, estrias e lenticelas.

As plântulas foram morfologicamente classificadas conforme Miquel (1987), sendo

diferenciadas quanto à posição dos cotilédones na germinação (epígea, semi-hipógea ou

hipógea), tipo de cotilédone (foliáceo ou carnoso) e a persistência do tegumento

(fanerocotiledonar ou criptocotiledonar).

3.1.2. Morfometria de sementes e plântulas

A biometria de 600 sementes de A. cearensis foi mensurada com auxílio de paquímetro

digital, para obter o comprimento, a largura e a espessura. As plântulas foram mensuradas

com régua milimétrica, onde foram mensuradas todas as partes que compõem a plântula (raiz,

hipocótilo, epicótilo, cotilédones, eófilos) para posterior elaboração de planilha avaliativa de

classificação de plântulas. Os dados morfométricos das sementes e das plântulas foram

submetidas à estatística descritiva no programa estatístico Bioestat 5.0 (AYRES et al., 2007)

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3.2. Qualidade fisiológica de sementes

Foram avaliados cinco lotes de sementes de A. cearensis, sendo para o teor de água

inicial das sementes, cada lote determinado a partir de duas repetições de 4,5 g por meio do

método da estufa a 105 °C/24 horas (BRASIL, 2009). Para a instalação do teste de

germinação, realizou-se a semeadura de 200 sementes com oito repetições de 25 sementes,

em papel toalha específico para germinação, organizado em sistema de rolos, em germinador

tipo Biochemical Oxigen Demand (BOD), a 25 °C e fotoperíodo de 12h. Anterior à semeadura,

as sementes foram previamente desinfestadas em hipoclorito de sódio a 2% por 2 minutos e

tratadas com fungicida Dithane NT (5 g/kg de sementes) (BRASIL, 2013).

A qualidade fisiológica das sementes dos lotes de A. cearensis foi avaliada a partir das

variáveis seguintes:

Germinação: no 30° dia após a semeadura foram contabilizadas as plântulas normais

(fortes e fracas) (BRASIL, 2013) e resultado expresso em porcentagem;

Índice de velocidade de germinação (IVG): realizou-se a contabilização diária de

sementes que originaram plântulas normais (fortes e fracas), calculado de acordo com

a equação proposta por Maguire (1962);

Primeira contagem da germinação: a partir de observações da morfologia da espécie,

foram contabilizadas as sementes que originaram plântulas normais (fortes e fracas)

no 11° dia após a semeadura, com resultado expresso em porcentagem;

Comprimento e massa seca de plântulas: ao fim do experimento, as plântulas normais

foram mensuradas com auxílio de régua graduada em milímetros, resultado expresso

em cm.plântula-1; As plântulas sem os cotilédones foram postas em estufa de

ventilação forçada de ar a 65 °C, por 48 horas, para a determinação da massa seca;

Emergência em campo: no 30° dia após a semeadura foram contabilizadas as

plântulas normais (fortes e fracas) com resultado expresso em porcentagem

Tetrazólio: As sementes foram pré-hidratadas em água destilada a 35 °C, por 24 horas,

para retirada total do tegumento e eficiente coloração das sementes. Posteriormente,

quatro repetições de 25 sementes foram submersas em solução de tetrázólio de

0,075%, por 3 horas, em temperatura de 25 °C. (GUEDES et al., 2010c). Assim, as

sementes foram classificadas em quatro classes: Classe 1 (viável muito vigorosa) –

sementes de coloração rosa, classe 2 (viável vigorosa) – sementes que apresentam

até 40% dos cotilédones com coloração vermelho carmim forte ou branco leitoso e o

cilindro central na coloração rosa, classe 3 (viável não vigorosa) – mais de 40% de

coloração vermelho carmim forte ou branco leitoso nos cotilédones e entorno do

cilindro central que permanece rosa, classe 4 (Não viável) – coloração vermelho

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carmim forte e branco leitoso no cilindro central. Para avaliação da viabilidade foi

considerada a porcentagem de sementes das classes 1, 2 e 3, enquanto para a

classificação do vigor a porcentagem das classes 1 e 2.

3.2.1. Classificação do vigor de plântulas

Para fins de classificação de plântulas para aplicabilidade em teste de vigor, as

plântulas foram caracterizadas como normais fortes, quando apresentando todas as estruturas

observadas na morfologia, para a espécie, apresentando-se intactas; anormais para aquelas

que apresentam suas estruturas essenciais danificadas, deformadas, deterioradas, ou

plântulas albinas; e normais fracas para as que apresentam pequenas deformidades que não

interferem em seu desenvolvimento (Brasil, 2013). A classificação foi realizada com auxílio de

planilha avaliativa elaborada a partir da morfometria das plântulas (Anexo 1) no fim do teste de

germinação, ao 30° dia pós semeadura. A planilha foi elaborada a partir de adequação da

metodologia proposta por Krzyzanowski e Nakagawa (1999), critérios das Regras para Análise

de Sementes (BRASIL, 2009), descrição morfológica e morfometria de plântulas da espécie.

Os lotes foram classificados seguindo a planilha morfométrica, onde cada lote foi

contabilizado, as plântulas classificadas como normais fortes (plântulas intactas) e os dados

foram expressos em porcentagem. A partir da classificação de plântulas normais fortes, foi

possível realizar uma variável complementar ao teste de vigor de plântulas normais fortes (VP),

o comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN): ao fim do experimento, as plântulas

classificadas como plântulas normais fortes foram mensuradas com auxílio de régua graduada

em milímetros e o resultado expresso em cm.plântula-1. Para fins de adequação e avaliação da

eficiência do teste de vigor de plântulas normais fortes e comprimento de plântulas normais

fortes para a A. cearensis, os resultados foram correlacionados com os demais testes de vigor.

3.3. Delineamento estatístico

Os dados biométricos das sementes e morfométricos das plântulas foram submetidos

à análise estatística descritiva. Para a caracterização fisiológica dos lotes, o experimento foi

inteiramente casualizado, sendo os dados submetidos à Análise de Variância S sendo as

médias comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade para dados paramétricos e

Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade para os não-paramétricos. A correlação entre as

variáveis analisadas foi realizada com o coeficiente de Spearman e Pearson. O software

estatístico utilizado foi o Bioestat 5.0 (AYRES et al., 2007).

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16

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

__________________________________________________________________________

4.1. Descrição morfológica de sementes e plântulas de Amburana cearensis

4.1.1. Morfologia de sementes e plântulas

A semente possui formato oblongo, com testa de coloração predominantemente

marrom escuro (5R 2.5/2). Quando embebida por 24 h em água, é possível distinguir a testa

do tegumen, de coloração marrom amarelada (5Y 6/6). O hilo, de formato oval, possui cor

castanha clara (5Y 8/2) e, ainda, micrópila puntiforme (Fig. 1A), ambos opostos a inserção da

ala. Verificou-se a presença de ala, do tipo papiráceo e transparente na extremidade (Fig. 1B).

O eixo hipocótilo-radícula tem formato reto e cônico com plúmula pouco visível (Fig. 1C),

sendo o embrião de tipologia axial envolvido composto por dois cotilédones grossos e

carnosos, de coloração amarelada (5Y 8/4) (Fig. 1D).

Figura 1. Morfologia externa (A, B) e interna (C, D) de semente de Amburana cearensis

(Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). co: cotilédone, ei: eixo hipocótilo radícula, hi: hilo, mc:

micrópila, al: ala, cc: cilindro central, pl: plúmula.

cc

pl

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17

A germinação da A. cearensis é do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar, com emissão

de raiz primária no quarto dia e presença de plântulas normais ao nono dia após a semeadura

(Fig. 2). A raiz (7,78 cm ± 0,31) é cilíndrica, apresentando inicialmente cor cinza-claro (10Y

8/8) e, posteriormente, amarelo-pálido (5Y 8/3), ainda é verificada a presença de coifa fina de

coloração acobreada (5YR 8/6) de difícil distinção a olho nu (Fig. 3A). Esse fato,

provavelmente, tenha dificultado a constatação deste órgão por Cunha et al. (2003),

entretanto, não acontecendo o mesmo com Loreiro et al. (2013) que o descreve. O hipocótilo

(0,91 ± 0,05) é curto de coloração verde-amarelo (5GY 7/4), possuindo lenticelas ao longo de

todo seu comprimento, e com rápido desenvolvimento entre o 5° e 9° dia pós semeadura (Fig.

2).

Figura 2. Processo germinativo de plântula normal de Amburana cearensis (Allemão) A.C.

Sm. (Fabaceae). ca-catáfilo, co-cotilédones, eo-eófilos, ep-epicótilo, hi-hipocótilo, rz-raíz

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O epicótilo (10,30 ± 0,35) possui, inicialmente, coloração cinza-claro (10Y 8/8),

passando a verde-amarelo (5GY 7/4), com presença de lenticelas na região basal e catáfilos

na região intermediária e/ou próximo aos eófilos. Os catáfilos são folhas especializadas e que,

neste caso, protegem as gemas laterais (Fig. 3B). Os cotilédones são opostos, isófilos e do

tipo carnoso de formato oblongo e peciolado, havendo estrias ao longo do pecíolo (Fig. 3C).

Estes, inicialmente, apresentam coloração cinza-claro (10Y 8/8) e, posteriormente, verde-

amarelo (5GY 7/4), constatações similares foram descritas por Loreiro et al. (2013).

Os eófilos são compostos predominantemente imparipinados, com cinco a sete folíolos

(Fig. 3D) de pecíolo curto. Estes desenvolvem-se inicialmente dobrados, dando a impressão

de ápice pontiagudo, o que explica a descrição morfológica realizada por Cunha (2003).

Porém, quando os folíolos estão totalmente abertos, apresentam formato elíptico com base e

ápice arredondados com nervura broquidódroma (Fig. 3E), coloração verde-amarelo (5GY

7/4) e pelos curtos e espaçados na porção abaxial. Diante do verificado, é perceptível que há

divergência na descrição realizada também por Loreiro et al. (2013), os quais apontam os

folíolos de ápice agudo e nervura peninérvea.

Figura 3. Raiz primária de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) com coifa (A),

catáfilo (B), cotilédone (C), eófilos em desenvolvimento (D) e venação do folíolo (E). coi: coifa,

ca: catafilo, ga: gema axilar.

4.1.2. Morfometria de sementes e plântulas

As sementes apresentam comprimento médio de 14,12 mm, com medida mínima de

9,6 e máxima de 19,1 mm. A largura média é de 9,53 mm com mínimo de 7,1 e máximo de

12,7 mm, enquanto que a espessura possui média de 4,6 mm e mínimo de 3,3 e máximo de

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7,7 mm (Tabela 1). Para determinar tamanho médio das sementes, Loreiro et al. (2013)

analisaram 100 sementes de A. cearensis e encontraram médias bem próximas para

comprimento, largura e espessura (14,4, 10,4 e 4,7 mm, respectivamente). A partir das

medidas biométricas, constatou-se que as sementes são de formato oblongo, podendo ser

considerada delgada, visto que o comprimento é cerca de três vezes a espessura média das

sementes, enquanto que a média da largura é aproximadamente duas vezes a média da

espessura.

Tabela 1. Estatística descritiva da biometria das sementes de Amburana cearensis (Allemão)

A.C. Sm. (Fabaceae).

Mín.

(mm)

Máx.

(mm)

Média ± Erro

(mm) Variância

Desvio

Padrão

CV

(%)

Assimetria

(G1)

Curtose

(G2)

Comprimento 9,6 19,1 14,12 ± 0,07 2,8 1,6623 11,8 0,1054 -0,4834

Largura 7,1 12,7 9,53 ± 0,04 0,8 0,8958 9,4 0,3631 0,1077

Espessura 3,3 7,7 4,60 ± 0,02 0,4 0,6074 13,2 1,278 2,9278

A assimetria e curtose da biometria das sementes estão majoritariamente bem

próximas de zero (Tabela 1), exceção da espessura, apresentando assim proximidade da

distribuição normal (ZUFFO et al., 2016), enquanto que a morfometria das plântulas apresenta

padrões contrários ao observado na biometria das sementes, observando-se que apenas o

epicótilo apresenta proximidade de zero na assimetria e curtose simultaneamente (Tabela 2).

Na distribuição estatística, a assimetria determina a frequência da distribuição entre

valores de 1 e -1, enquanto que a curtose mede a dispersão dos valores caracterizando o

grau de achatamento da distribuição de frequência (ACCHILE et al., 2017). A assimetria de

todas as variáveis da biometria das sementes apresenta-se positiva, enquanto que as

curtoses de largura e de espessura estão classificadas em platicúrtica e do comprimento

leptocúrtico (Tabela 1). Na morfometria, é observado que a assimetria em todas as variáveis

é positiva e a curtose apresenta-se como platicúrtica para raiz, eófilos, comprimento e largura

dos cotilédones, enquanto que, para hipocótilo e epicótilo, é leptocúrtica (Tabela 2).

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Tabela 2. Estatística descritiva da morfometria das plântulas normais fortes de Amburana

cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae).

Mín. (cm)

Máx. (cm)

Média ± Erro (cm)

Variância Desvio Padrão

CV (%)

Assimetria (G1)

Curtose (G2)

Raiz 5 12,8 7,78 ± 0,31 2,6 1,6164 21 1,0966 2,0741

Hipocótilo 0,5 1,3 0,91 ± 0,05 0,1 0,2825 31 0,0453 -1,467

Epicótilo 6,4 14 10,30 ± 0,35 3,5 1,8826 18 0,091 -0,1767

Éofilos 0,2 3 0,93 ± 0,05 0,2 0,4669 51 1,6307 4,1869

Comp. Cotilédon

e 1,4 2,9 2,11 ± 0,06 0,1 0,3202 15 0,0006 0,6583

Larg. Cotilédon

e 0,9 1,4 1,06 ± 0,02 0,0 0,1160 11 0,8427 1,1003

As plântulas normais fortes de A. cearensis apresentam estruturas proporcionais, em

que a raiz apresenta média de 7,78 cm com mínimo observado de 5 cm e máximo de 12,8,

enquanto o epicótilo possui média de 10,3 cm com mínimo e máximo de 6,4 e 14,0 cm,

respectivamente. O hipocótilo apresenta-se com uma estrutura reduzida, apresentando 0,91

cm de média com mínimo e máximo correspondentes as 0,5 e 1,3 cm.

Os cotilédones são isófilos, em que o par de cotilédones possui mesmo comprimento

e largura, em média 2,11 e 1,06 cm, respectivamente. Assim como os cotilédones, os eófilos

e o hipocótilo apresentam baixa variância, porém, os éofilos apresentam alto coeficiente de

variação (51%), o que é explicado devido ao baixo quantitativo de estruturas avaliadas, visto

que na espécie estudada é observado investimento de gasto energético aparente no

desenvolvimento primário da raiz e, posteriormente, no epicótilo, sendo os eófilos

desenvolvidos a partir da metade do processo de crescimento da plântula. Ainda há a

influência do substrato papel, que limita o crescimento dos eófilos, os quais ficam em contato

direto ao substrato.

4.1.3. Classificação do desempenho de plântulas

A partir da caracterização morfológica e morfométrica das plântulas realizada com

auxílio de planilha morfométrica (Anexo 1), foi possível classificar as plântulas em normais

fortes, normais fracas e anormais (Figura 4), seguindo as recomendações das Instruções para

Análise de Sementes Florestais (Brasil, 2013). A morfometria das plântulas normais fortes

consistiu na mensuração de cada parte componente da plântula (raíz, hipocótilo, epicótilo,

eófilos e cotilédones). A partir disso, a planilha morfométrica (Anexo 1) foi estruturada com

intervalos de comprimento mínimo e máximo observado para cada estrutura anteriormente

avaliada na morfologia, e a média do comprimento total das plântulas foi utilizado como critério

de seleção de plântulas normais fortes.

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Figura 4. Classificação das plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)

em normais fortes (PL-N), normais fracas (PL-NF) e anormais (PL-AN). bi-bifurcação, ox-

oxidação, to-torção.

Na morfologia das plântulas foram identificadas as principais anormalidades, bem

como os “pequenos defeitos” que caracteriza uma plântula como normal fraca para a espécie

em estudo. Foram classificadas como plântula normal forte, todas aquelas que não

apresentavam torções, oxidações, bifurcações, albinismo, e que apresentavam

proporcionalidade das estruturas e estavam de acordo com os critérios de seleção da planilha

avaliativa, os demais critérios foram: estruturas dentro do intervalo de comprimento mínimo e

máximo atribuído para cada estrutura e o comprimento médio total da plântula igual ou

superior a 19 cm.

As plântulas normais fracas mais recorrentes da A. cearensis apresentam leve torção

no colo, região de transição do hipocótilo e raiz; pontos de oxidação na raiz, provocando a

sua bifurcação; e desenvolvimento de gemas axilares presentes na inserção dos cotilédones,

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quando o epicótilo e/ou o catáfilo apresentam danos, propiciando a formação de dois novos

epicótilos idênticos ao seminal. Esse desenvolvimento das gemas não está relatado nas RAS

e, devido ao acompanhamento deste caso após o teste de germinação, constatou-se que os

indivíduos formam plântulas sadias e bem desenvolvidas. Com isto, conclui-se que estas

podem ser classificadas como plântulas normais fracas.

As anormalidades nas plântulas mais frequentes foram as decorrentes de oxidações e

torções das raízes. Estas, em alguns casos, apresentando formato espiralado, além disso,

observaram-se torções acentuadas no colo. Verificaram-se casos em que as plântulas que

continham oxidação nos eófilos e/ou epicótilos seminais, passavam a desenvolver dois novos

epicótilos, estes originados das gemas laterais localizadas na inserção dos cotilédones,

nesses casos as plântulas foram consideradas normais fracas (Figura 5). Nestes casos, as

plântulas foram observadas em casa de vegetação por aproximadamente 60 dias, e na fase

de planta jovem essas plântulas apresentaram crescimento próximo a de uma plântula normal

forte.

Figura 5. Plântula normal fraca de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) com

dois epicótilos originados de gemas axilares

.

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A oxidação apenas dos eófilos não interfere no crescimento do epicótilo e, ainda, há o

crescimento de novos eófilos a partir de gema protegida por catafilo do epicótilo seminal,

caracterizado como plântulas normais fracas. Também, observou-se oxidação nos epicótilos

originados das gemas axilares, ainda durante o crescimento inicial, neste caso a plântula foi

considerada anormal.

Em todo o estudo, constatou-se apenas uma plântula albina de expressão tardia, visto

que a plântula sadia apresenta-se despigmentada no início da germinação e passando a ser

clorofilada, porém quando a plântula é albina passa a despigmentar-se com

aproximadamente vinte dias pós-semeadura. Com isto, ressalta-se a importância da

necessidade de trinta dias para avaliação final da germinação, visto que após as estruturas

apresentarem-se clorofiladas, estas passam a serem albinas.

4.2. Qualidade fisiológica dos lotes de sementes de A. cearensis

Os teores de água entre os lotes apresentaram-se semelhantes, variando de 6,4%

(lote 4) a 7,2 % (lote 1) (Tabela 3). Essa semelhança no teor de água é essencial para que

não haja interferência no resultado dos testes de qualidade fisiológica a partir de diferença de

atividade metabólica e velocidade de umedecimento, recomendando-se que a diferença dos

valores do teor de água seja inferior a 2% (MARCOS-FILHO, 1999; COIMBRA et al., 2009).

A germinação difere apenas entre os lotes 2 e 4, em que o lote 2 expressa baixa

viabilidade em relação ao lote 4 com 70 e 87% de germinação, respectivamente, não sendo

observado diferença estatísticas destes para com os demais lotes. Apesar do lote 2 obter a

menor porcentagem de germinação, este não difere do lote 4 na primeira contagem e na

velocidade da germinação. Na primeira contagem da germinação apenas foi observado

diferença entre os lotes 2 e 3 (10 e 1%, respectivamente), enquanto os demais apresentam-

se estatisticamente iguais. A baixa porcentagem de germinação na primeira contagem ocorre

devido à característica da espécie, a qual apresenta lento e desuniforme processo

germinativo, que também reflete na velocidade da germinação.

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Tabela 3. Teor de água (T.A), germinação (G), emergência (E), viabilidade e vigor pelo teste

de tetrazólio (T-VB e T-VG), primeira contagem (PC), vigor de plântulas normais fortes (VP),

índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de plântulas (CP-PL), comprimento

de plântulas normais fortes (CP-PLN) e massa seca de plântulas (MS-PL) de Amburana

cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae).

Variáveis Lote

1 2 3 4 5

T.A (%) 7,2 6,7 6,9 6,4 6,8

G* (%) 82 ab 70 b 83 ab 87 a 79 ab

E (%) 79 a 78 a 83 a 81 a 72 a

T-VB * 86 a 93 a 92 a 98 a 92 a

T-VG** 69 b 78 ab 69 b 92 a 69 b

PC* (%) 4 ab 10 a 1 b 4 ab 3 ab

VP** (%) 45 b 51 ab 29 b 65 a 51 ab

IVG** 1,06 ab 1,22 a 0,90 b 1,18 a 1,15 a

CP-PL ** (cm.plântula-1) 15,9 ab 15,6 ab 14,7 b 19,9 a 16,4 ab

CP-PLN** (cm.plântula-1) 9,4 b 11,9 ab 7,0 b 15,5 a 11,1 ab

MS-PL** (mg.plântula-1) 72,9 b 73,6 ab 72,5 b 88,6 a 78,4 ab

* Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Kruskal-Wallis a 5%

de probabilidade.

** Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 1% de

probabilidade.

O IVG das sementes de A. cearensis variou de 0,90 a 1,22, os valores expressos

próximos a zero ressaltam a necessidade da duração de 30 dias para a avaliação final da

germinação. Apesar disso, o IVG foi capaz de diferenciar a qualidade fisiológica, observando-

se que os lotes 2, 4 e 5 apresentam maior velocidade de germinação que o lote 3 (Tabela 3).

A primeira contagem está indiretamente ligada ao IVG, pois se interpreta que a elevada

porcentagem de plântulas de um determinado lote demonstra a rapidez deste quando

comparado aos demais, inclusive as duas varáveis em questão são considerados como testes

de vigor que se baseiam no desempenho de plântulas (OLIVEIRA, 2009). A exemplo do lote

3 que possui velocidade de 0,90 (Tabela 3), e inferior aos demais lotes, pode-se inferir que as

sementes são menos vigorosas, visto que para que o processo germinativo seja iniciado essas

sementes necessitam primariamente restaurar organelas e tecidos danificados, consumindo,

assim, energia e tempo para a ocorrência da efetiva germinação (VILLIERS, 1973; SENA et

al., 2015).

A emergência e a viabilidade por teste de tetrazólio não diferiram estatisticamente,

sendo observado que o lote 3 apresentou maior emergência (83%) e o lote 5 a menor (72%),

enquanto que a maior porcentagem de sementes viáveis avaliados por tetrazólio foi do lote 4

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(98%) e menor do lote 1 (86%). Apesar da viabilidade das sementes não ter ranqueado, na

classificação do vigor pelo teste de tetrazólio foi observado que os lotes 1, 3 e 5 obtiveram

mesma porcentagem, de 69%, e são tidos como menos vigorosos que o lote 4, no qual

apresentou 92% de sementes vigoras no lote (Tabela 3).

As sementes consideradas vigorosas foram inseridas nas classes 1 e 2, nas quais

apresentam predominância da cor rosa. Quanto à viabilidade, foram contabilizadas as

sementes das classes 1, 2 e 3, nesta ultima classe as sementes apresentam mais de 40% de

coloração vermelho carmim forte e, ou branco leitoso, porém, com cilindro central de coloração

rosa, o que indica que há atividade enzimática no tecido (Figura 6). As sementes da classe 1

que não apresentam deterioração provavelmente originarão as plântulas intactas e as de

classe 2 as plântulas normais fracas, que apresentam pequenos defeitos oriundos do

processo de degradação dos tecidos da semente. Enquanto sementes da classe 3 que

apresentam baixo vigor originam plântulas anormais, já a classe 4 representa as sementes

mortas.

Figura 6. Classificação das sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)

para avaliação da viabilidade e vigor por meio do teste de tetrazólio.

Para eficiente avaliação da viabilidade e vigor das sementes pelo teste de tetrazólio se

faz necessário a definição das condições apropriadas de preparo e pré-condicionamento para

a coloração das sementes (ABBADE et al., 2014). Com as definições metodológicas

estabelecidas para a classificação de vigor, as sementes são classificadas em vigorosas,

viáveis e inviáveis, observando-se a coloração dos tecidos que são indicativos da atividade

enzimática nos tecidos vivos. Quando não há atividade enzimática, o tecido (morto) apresenta

coloração branco leitoso e, quando há atividade, observa-se a coloração vermelho carmim ou

rosa (FRANÇA-NETO et al., 1988).

No teste de vigor de plântulas, o lote 4 apresenta 65% de plântulas normais fortes,

sendo mais vigoroso que os lotes 1 e 3, os quais possuem 45 e 29% de plântulas normais

fortes dentre as plântulas contabilizadas no teste de germinação. O teste de germinação em

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si estabelece um limite de desempenho do lote que, por ser realizado em condições ótimas,

proporciona o máximo potencial germinativo, necessitando, portanto, de testes de vigor a fim

informações complementares na diferenciação da qualidade fisiológica das sementes

(AMARO et al., 2015).

O comprimento de plântulas observado no lote 4 são significativamente maiores que

as do lote 3 (19,9 e 14,7 cm.plantula-1, respectivamente). Foi observado que o comprimento

de plântulas normais fortes e a massa seca apresentam mesmo ranqueamento, em que o lote

4 possui maior comprimento e massa seca (15,5 cm.plântula-1 e 88,6 mg.plântula-1,

respectivamente) quando comparado aos lotes 1 e 3 (9,4 e 7,0 cm.plântula-1; 72,9 e 72,5

mg.plântula-1) (Tabela 3). Nos testes de comprimento e massa seca, leva-se em consideração

que os lotes de sementes mais vigorosas originam plântulas de maior desenvolvimento e

maior ganho de massa, visto que as plântulas em questão possuem maior capacidade de

transformação dos tecidos e suprimento das reservas (AMARO et al., 2015).

Testes que possuem como base o desempenho de plântulas vêm sendo cada vez mais

estudados para a avaliação da qualidade fisiológica de sementes. Esses não são apenas

complementares ao de germinação, mas protagonistas, visto a rapidez e a eficácia, havendo

destaque para o comprimento de plântulas, principalmente em cultivares agronômicas (SENA

et al., 2015). O teste de comprimento de plântulas foi aplicado para avaliação na qualidade

fisiológica de A. cearensis, em que comparados com os demais testes, o comprimento da raiz

principal foi recomendado para a avaliação de vigor, visto a sensibilidade do teste para a

classificação da qualidade fisiológica (GUEDES et al., 2015).

As correlações entre os testes fisiológicos e o vigor de plântulas foram significativas

apenas para o comprimento de plântulas, comprimento de plântulas normais fortes e IVG;

Entre o quais as duas variáveis de comprimento obtiveram correlação positiva forte, em que

o comprimento de plântulas normais fortes apresentou maior correlação (0,9275) (Tabela 4),

sendo, portanto, as variáveis analisadas, proporcionais.

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Tabela 4. Correlação entre vigor de plântulas normais fortes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) (VP) e comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN) e as demais variáveis analisadas (PC: primeira contagem, IVG: índice de velocidade de germinação, CP-PL: comprimento de plântulas, MS-PL: massa seca de plântulas, E: emergência, T-VG: teste de tetrazólio na classificação de vigor).

Correlações Coeficiente P Correlação

VP (%) X PC 0,1475 * 0,3638 Ns

VP (%) X IVG 0,5646 * < 0,0001 Positiva moderada

VP (%) X CP-PL (cm.plântula-1) 0,7857 * < 0,0001 Positiva forte

VP (%) X CP-PLN (cm.plântula-1) 0,9275 * < 0,0001 Positiva forte

VP (%) X MS-PL (mg.plântula-1) 0,3349 * 0,0346 Ns

VP (%) X E (%) 0,1805 ** 0,4463 Ns

VP (%) X T-VG (%) -0,052 ** 0,8276 Ns

CP-PLN (cm.plântula-1) X PC (%) 0,1561 * 0,3362 Ns

CP-PLN (cm.plântula-1) X IVG 0,5816 * < 0.0001 Positiva moderada

CP-PLN (cm.plântula-1) X CP-PL (cm.plântula-1) 0,7918 * < 0.0001 Positiva forte

CP-PLN (cm.plântula-1) X MS-PL (mg.plântula-1) 0,2555 * 0,1114 Ns

CP-PLN (cm.plântula-1) X E (%) -0,1673 * 0,302 Ns

CP-PLN (cm.plântula-1) X T-VG (%) -0,2705 * 0,0913 Ns

* Coeficiente de Spearman ** Coeficiente de Pearson

O comprimento de plântulas normais fortes ao ser correlacionado com as demais

variáveis obteve correlação apenas com o comprimento de plântulas, vigor de plântulas e IVG,

observando-se correlação 0,7918, 0,9275 e 0,5816, respectivamente (Tabela 4). O fato de a

correlação ser positiva implica que quanto maior o comprimento das plântulas normais fortes

maior será o comprimento, o vigor das plântulas e o IVG.

O coeficiente de correlação de Spearman e Pearson varia de -1 a 1 para conjunto de

dados, em Spearman os dados são analisados em postos, apresentando mesma estimativa

da correlação linear de Pearson, visto que deriva deste (LIRA, 2004). Quanto mais próximo a

1 ou -1, mais forte é a correlação, e a proximidade a zero mostra que a correlação é fraca, em

que se pode classificar como correlações fortes quando o coeficiente estiver nos intervalos de

0,70 a 1 e -0,70 a -1 (MIRANDA, 2008).

A correlação para fins de avaliação da eficácia de testes de vigor pode ocasionar

informações incompletas, visto que significância da correlação mostra a semelhança de

variação entre duas variáveis, não necessária precisão correspondente da estimativa quanto

à qualidade fisiológica das sementes em si, portanto, a correlação deve ser aplicada como

modelo estatístico complementar para se entender as variações entre os testes avaliados em

determinado estudo (SENA et al., 2015).

Os lotes de sementes de A. cearensis avaliados apresentam baixa variância entre eles,

a viabilidade avaliada pela germinação torna perceptível que o ranqueamento desta variável

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é sutil, sendo observado, ainda, que o teste de vigor de plântulas normais fortes apresentou

mesmo ranqueamento que o comprimento de plântulas normais fortes e massa seca de

plântulas. Estes estabelecem que o lote 4 é mais vigoro quando comparado ao lote 1 e 3,

enquanto que no comprimento de plântulas o lote 4 é mais vigoroso que o lote 3.

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5. CONCLUSÕES

__________________________________________________________________________

As plântulas de A. cearensis são do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar. A partir da

caracterização morfológica das plântulas, é possível classificá-las em normais fortes e fracas

e anormais.

O teste de vigor de plântulas e o comprimento de plântulas normais fortes são

eficientes para a classificação do vigor de plântulas de A. cearensis.

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1

ANEXO 1 – Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos de Amburana cearensis (cumaru)

__________________________________________________________________________

Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos do cumaru Data: Lote: Repetição:

Características da plântula 1 2 3 4 5 6 7 8 9

1

0 11 12 13 14

1

5 16 17

1

8

1

9

2

0 21

2

2 23 24 25

Comprimento total da plântula

Raiz - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Raiz axial

Comprimento entre 5- 12,8cm

Coloração creme-acobreada

Coifa de coloração castanho-acobreada

Hipocótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cilíndrico curto

Comprimento entre 0,5-1,3

Coloração esverdeada

Presença de pelos finos e escassos

Lenticelas irregulares de coloração

esbranquiçadas

Cotilédones - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Formato oval/oblongo

Pecíolos opostos

Estrias no pecíolo

Comprimento (1,4-2,9) x Largura (0,9-1,4)

Coloração verde claro

Epicótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Comprimento entre 6,4-14,0

Lenticelas irregulares na região basal

De formato cilíndrico e reto

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2

Coloração verde claro

Presença de pelos finos de coloração branca

Eófilos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Compostos (3-4 folíolos)

Alternos

Pecíolo de coloração verde clara

Comprimento entre 0,2-2,5

Folíolo

Alternos

Coloração verde clara

Nervação broquidódroma