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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH
(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES
JOSENILDA APRIGIO DANTAS DE MEDEIROS
Macaíba/RN
Dezembro de 2018
ii
JOSENILDA APRIGIO DANTAS DE MEDEIROS
MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH
(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Ciências Florestais da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como
parte das exigências para obtenção do título de Mestre
em Ciências Florestais (Área de Concentração em
Ciências Florestais - Linha de Pesquisa: Sementes,
propagação e fisiologia de espécies florestais).
Orientador:
Prof. Dr. Salvador Barros Torres
Coorientador:
Prof. Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco
Dra. Cibele dos Santos Ferrari
Macaíba/RN
Dezembro de 2018
iii
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Medeiros, Josenilda Aprigio Dantas de.
Morfologia de plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A. C.
Smith (Fabaceae) aplicada à análise de vigor de sementes / Josenilda Aprigio Dantas de Medeiros. - 2019.
56f.: il.
Dissertação(M estrado)-Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade
Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Programa de Pós-
Graduação em Ciências Florestais, Macaíba, 2018.
Orientador: Salvador Barros Torres.
Coorientador: Mauro Vasconcelos Pacheco.
Coorientadora: Cibele dos Santos Ferrari.
1. Fabaceae - Dissertação. 2. Qualidade de sementes -
Dissertação. 3. Sementes florestais - Dissertação. 4.
Classificação do vigor de plântulas - Dissertação. I. Torres, Salvador Barros. II. Pacheco, Mauro Vasconcelos. III. Ferrari,
Cibele dos Santos. IV. Título.
RN/UF/BCZM CDU 631.53.02
Elaborado por Raimundo Muniz de Oliveira - CRB-15/429
iv
v
À Dra. Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas (in
memorian) que me incentivou nos estudos,
me apresentou o meio acadêmico e segue como
minha eterna inspiração.
DEDICO
vi
AGRADECIMENTOS __________________________________________________________________________
Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e ao corpo docente,
pela oportunidade de fazer o curso.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo
apoio financeiro.
Ao meu orientador Salvador Barros Torres e meus coorientadores Mauro Vasconcelos
Pacheco e Cibele dos Santos Ferrari, pela dedicação na elaboração deste trabalho e pela
paciência.
A todos os meus professores do ensino básico, pois sem eles não seria possível estar
na pós-graduação.
Aos meus pais, José Aprigio Sobrinho e Francisca Dantas de Araújo, pelo amor,
sacrifícios e apoio incondicional aos meus estudos.
Ao meu irmão Josenilson Aprigio Dantas que me criou e tornou possível a continuidade
dos meus estudos.
A Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas (in memorian), que além de me criar me
apresentou a academia e continua a ser minha inspiração acadêmica e de vida.
A meu sobrinho querido Daniel Aprigio de Queiroz Dantas (in memorian) e Josefa
Gomes de Queiroz (in memorian) pelas experiências compartilhadas e amor incondicional.
Ao meu esposo, Jean Cledson Nunes de Medeiros, pelo amor e apoio em todo o
processo de produção deste trabalho.
A Tom, Majú, Max e Marie (in memorian) que contribuíram com muito amor e carinho.
À equipe do Laboratório de Sementes Florestais - LSF (UAECIA/UFRN): Francival
Cardoso Felix, Maria Luiza de Lima Castro, Sarah P. L. Nunes e Wendy Matos.
À equipe do Laboratório de Análise de Sementes - LAS da Universidade Federal Rural
do Semi-Árido (UFERSA).
vii
RESUMO
__________________________________________________________________________
MORFOLOGIA DE PLÂNTULAS DE Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH
(FABACEAE) APLICADA À ANÁLISE DE VIGOR DE SEMENTES
O teste de vigor de plântulas tem sido pouco utilizado para classificação de lotes de sementes,
principalmente no tocante às espécies florestais nativas. Objetivou-se caracterizar os
aspectos morfológicos de plântulas de A. cearensis e utilizá-los na classificação de vigor de
lotes de sementes. O estudo foi conduzido em duas etapas: caracterização morfológica de
sementes e plântulas e caracterização fisiológica dos lotes de sementes. O teste de vigor de
plântulas normais fortes e o comprimento de plântulas normais fortes foram correlacionados
com os resultados dos demais testes da caracterização fisiológica. Para esta, realizou-se os
testes de germinação, emergência, primeira contagem da germinação, índice de velocidade
de germinação, tetrazólio, comprimento e massa seca de plântulas. O delineamento
experimental utilizado foi o inteiramente casualizado. Para os dados paramétricos utilizou-se
o teste de Tukey e para os não paramétricos, aplicou-se o teste de Kruskal-Wallis. Para a
correlação entre as variáveis que determinam o vigor dos lotes, utilizou-se o coeficiente de
Spearman para dados não-paramétricos e Pearson para os paramétricos . As análises foram
realizadas com o software estatístico Bioestat 5.0. As sementes de A. cearensis possuem
formato oblongo e presença de ala, do tipo papiráceo e transparente. Oposto a ala são
observados o hilo e a micrópila. O embrião é axial composto por dois cotilédones carnosos,
eixo reto e cônico com plúmula pouco visível. As plântulas de A. cearensis são do tipo semi-
hipógea fanerocotiledorar, com emissão da raíz primária no quarto dia e presença de plântulas
normais ao nono dia após a semeadura. A partir da caracterização morfológica das plântulas
foi possível classificar as plântulas em normais fortes, fraca e anormais. O teste de vigor de
plântulas normais fortes, comprimento de plântulas normais fortes, massa seca e tetrazólio
apontaram o lote 4 como mais vigoroso e os demais como menos vigorosos. As plântulas são
do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar. A partir da caracterização morfológica das plântulas,
é possível classificar as plântulas em normais fortes e fracas e anormais. O teste de vigor de
plântulas e o comprimento de plântulas normais fortes foram eficientes para a classificação
do vigor de plântulas de A. cearensis.
Palavras-chave: Fabaceae, qualidade de sementes, sementes florestais, classificação do
vigor de plântulas.
viii
ABSTRACT
__________________________________________________________________________
SEEDLING MORPHOLOGY OF Amburana cearensis (ALLEMÃO) A. C. SMITH
(FABACEAE) APPLIED TO SEED VIGOR ANALYSIS
Seed vigor test has been little used for classification of seed lots, especially for native forest
species. The objective of this study was to characterize the morphological aspects of seedlings
of A. cearensis and to use them in the classification of vigor of seed lots. The study was
conducted in two stages: morphological characterization of seeds and seedlings and
physiological characterization of seed lots. The vigor test of normal seedlings vigor and the
length of strong normal seedlings were correlated with the results of the other tests of the
physiological characterization. For this, realized the test of germination, emergence, first
germination count, germination speed index, tetrazolium, length and dry mass of seedlings
were performed. The experimental design was completely randomized. For the parametric
data the Tukey test was used and for the non-parametric, the Kruskal-Wallis test was applied.
For the correlation between the variables that determine the vigor of the lots, the Spearman
coefficient was used for non-parametric data and Pearson for the parametric data. The
analyzes were performed with the statistical software Bioestat 5.0. The seeds of A. cearensis
have an oblong shape and presence of a papyraceous and transparent wing. Opposite the
wing are observed the hilum and the micropyle. and the micropyle. The embryo is axial
composed of two fleshy cotyledons, straight and conical axis with barely visible plumule. The
seedlings of A. cearensis are semi-hypogean phanerocotylar, with emission of the primary root
on the fourth day and presence of normal seedlings on the ninth day after sowing. From the
morphological characterization of the seedlings it was possible to classify the seedlings into
strong and weak and abnormal normal ones. The vigor test of strong normal seedlings, length
of normal seedlings, dry mass and tetrazolium indicated lot 4 as more vigorous and the others
as less vigorous. The seedlings are of the semi-hypogean type fanercotizer. From the
morphological characterization of the seedlings, it is possible to classify the seedlings into
strong and weak and abnormal normal ones. The seedling vigor test and the length of normal
strong seedlings were efficient for the vigor classification of A. cearensis seedlings.
Keywords: Fabaceae, seed quality, forest seed, vigor classification of seedlings.
ix
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 3
2.1. Caatinga .............................................................................................................. 3
2.2. Amburana cearensis............................................................................................ 4
2.3. Descrição morfológica de plântulas ..................................................................... 7
2.4. Qualidade fisiológica de sementes ...................................................................... 9
2.5. Classificação de vigor pelo desempenho de plântulas....................................... 10
3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 13
3.1. Caracterização morfológica ............................................................................... 13
3.1.1. Morfologia de sementes e plântulas ........................................................... 13
3.1.2. Morfometria de sementes e plântulas ........................................................ 13
3.2. Qualidade fisiológica de sementes .................................................................... 14
3.2.1. Classificação do vigor de plântulas..............................................................15
3.3. Delineamento estatístico ................................................................................... 15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 16
4.1. Descrição morfológica de sementes e plântulas de Amburana cearensis .......... 16
4.1.1. Morfologia de sementes e plântulas............................................................ 16
4.1.2. Morfometria de sementes e plântulas......................................................... 18
4.1.3. Classificação do desempenho de plântulas ............................................... 20
4.2. Qualidade fisiológica dos lotes de sementes de Amburna cearensis ................ 23
5. CONCLUSÕES ........................................................................................................ 29
LITERATURA CITADA .................................................................................................. 30
ANEXO 1 - Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos de Amburana cearensis
(cumaru) ...................................................................................................................... 44
x
LISTA DE FIGURAS __________________________________________________________________________
Figura 1. Morfologia externa (A, B) e interna (C, D) de semente de Amburana cearensis
(Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). co: cotilédone, ei: eixo hipocótilo radícula, hi: hilo, mc:
micrópila, al: ala, cc: cilindro central, pl: plúmula. ................................................................. 16
Figura 2. Processo germinativo de plântula normal de Amburana cearensis (Allemão) A.C.
Sm. (Fabaceae). ca-catáfilo, co-cotilédones, eo-eófilos, ep-epicótilo, hi-hipocótilo, rz-raíz. . 17
Figura 3. Raiz primária de Amburana cearensis com coifa (A), catáfilo (B), cotilédone (C),
eófilos em desenvolvimento (D) e venação do folíolo (E). coi: coifa, ca: catafilo, ga: gema
axilar...................................................................................................................................... 18
Figura 4. Classificação das plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)
em normais fortes (PL-N), normais fracas (PL-NF) e anormais (PL-AN). bi-bifurcação, ox-
oxidação, to-torção ............................................................................................................... 21
Figura 5. Plântula normal fraca de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)
originada de gemas axilares................................................................................................. 22
Figura 6. Classificação das sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)
para avaliação da viabilidade e vigor por meio do teste de
tetrazólio.................................................................................................................................25
xi
LISTA DE TABELAS __________________________________________________________________________
Tabela 1. Estatística descritiva da biometria das sementes de Amburana cearensis (Allemão)
A.C. Sm. (Fabaceae) .......................................................................................................... 19
Tabela 2. Estatística descritiva da morfometria das plântulas normais fortes de Amburana
cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). .......................................................................... 20
Tabela 3. Teor de água (T.A), germinação (G), emergência (E), viabilidade e vigor pelo teste
de tetrazólio (T-VB e T-VG), primeira contagem (PC), vigor de plântulas normais fortes (VP),
índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de plântulas (CP-PL), comprimento
de plântulas normais fortes (CP-PLN) e massa seca de plântulas (MS-PL) de Amburana
cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) ........................................................................... 24
Tabela 4. Correlação entre as plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm.
(Fabaceae) normais fortes (PN) e comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN) e as
demais variáveis analisadas (G: germinação, PC: primeira contagem, IVG: índice de
velocidade de germinação, CP-PL: comprimento de plântulas, MS-PL: massa seca de
plântulas................................................................................................................................. 27
xii
LISTA DE ABREVIATURAS __________________________________________________________________________
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento RAS – Regras para Análise de Sementes MMA – Ministério do Meio Ambiente
1
1. INTRODUÇÃO
__________________________________________________________________________
A Caatinga ocupa área aproximada de 800.000 km², com ocorrência nos Estados do
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma
pequena faixa ao norte de Minas Gerais (PRADO, 2003; LEITE; MACHADO, 2009). A
ocorrência de endemismo nesse bioma torna importante e fundamental a conservação da sua
biodiversidade (ALVES et al., 2013; COSTA et al., 2016), que apresenta diversas
fitofisionomias em função de diferentes padrões de solo e de irregularidade na precipitação
(MMA, 2008a). Diante dessas variações do bioma, há dificuldade na identificação de espécies
vegetais em seus estádios juvenis, bem como estudos inexpressivos acerca dos aspectos
morfológicos nos estádios iniciais do desenvolvimento de plantas, sobretudo, quando
relacionados com a estrutura dos órgãos vegetativos de indivíduos adultos (FEITOZA et al.,
2014).
No bioma Caatinga, há uma expressiva ocorrência de espécies da família Fabaceae,
entre as quais se encontra a espécie Amburana cearensis (Alemão) A. C. Sm. que é nativa
desse bioma e ocorrente ainda em toda a América do Sul, desde o Peru até a Argentina
(CARVALHO, 1994; CANUTO; SILVEIRA, 2006). Devido as suas diversas utilidades, como
carpintaria, perfumaria e farmacologia (MAIA, 2004), essa espécie esteve inclusa na lista das
ameaçadas de extinção de 1998 (OLDFIELD, 1998). Porém, na última publicação de espécies
ameaçadas, encontrava-se na lista de projeção futura para voltar a ser classificada como
ameaçada de extinção (MARTINELLI; MORAIS, 2013).
Devido ao interesse econômico e ao atual estádio de conservação, A. cearensis tem
sido estudada quanto à qualidade fisiológica de sementes, bem como aos aspectos
morfológicos de sementes e plântulas. A morfologia de plântulas pode fornecer informações
importantes para a classificação de lotes, visto que a plântula representa a fase inicial do
desenvolvimento do embrião, apresentando, principalmente, radícula, hipocótilo, cotilédone
(s) e gema plumular, que darão origem à raiz primária, caule e folhas (FERREIRA;
BORGHETTI, 2004). Assim, a integridade dessas estruturas essenciais na semente irá refletir
no desenvolvimento adequado das plântulas e, consequentemente, em seu estabelecimento
em campo, sendo, então, a classificação de vigor de plântulas um teste de vigor promissor
para classificação de lotes de sementes.
Apesar da morfologia da plântula de espécies florestais ser usada como parâmetro na
avaliação da qualidade fisiológica de lotes, esta quando intactas não tem sido relacionada aos
testes de classificação da qualidade fisiológica de lotes. Plântulas intactas apresentam todas
2
as suas estruturas essenciais desenvolvidas, proporcionais e sadias (BRASIL, 2009), que
podem ser consideradas como plântulas normais fortes. Lotes de sementes que apresentam
maior percentual de plântulas normais fortes possuem maiores chances de emergirem e
produzirem plantas normais em condições adversas em campo (KRZYZANOWSKI;
NAKAGAWA, 1999). A caracterização de plântulas apresentada nas Regras para Análise de
Sementes (RAS) é generalizada, visto que não há definição de parâmetros para descrição
detalhada da morfologia de plântulas normais fortes, fracas e anormais (BRASIL, 2009).
Portanto, são necessários parâmetros que descrevam detalhadamente a morfologia de
plântulas. Com isso, aumentaria a eficiência do teste de classificação de vigor de plântula para
espécies florestais.
A classificação de plântulas como indicativo avaliador de vigor é um parâmetro em que
se detecta lotes de sementes resistentes às adversidades de campo, sendo também um
critério ainda mais específico que vai de acordo com a caracterização morfológica de cada
espécie, tornando a classificação de vigor ainda mais segura e rigorosa (OLIVEIRA et al.,
2009).
Assim, objetivou-se caracterizar as plântulas de A. cearensis quanto aos aspectos
morfológicos e utilizá-los para a classificação de vigor de lotes de sementes. Com objetivos
específicos de:
- Caracterizar morfologicamente sementes e plântulas de A. cearensis, utilizando essas
características para adequar a metodologia do teste de vigor de plântulas para a espécie.
- Caracterizar morfologicamente plântulas normais e anormais de A. cearensis;
- Avaliar o vigor de lotes de sementes de A. cearensis de acordo com as características
morfológicas de suas plântulas.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
__________________________________________________________________________
2.1. Caatinga
A Caatinga possui ampla biodiversidade da qual e população local carente faz
intensivo uso, sendo dependente dos recursos deste Bioma (BRASIL, 2011). Devido à ampla
ocorrência de endemismo, a vegetação da Caatinga tem sido considerada importante para a
conservação da biodiversidade (ALVES et al., 2013; COSTA et al., 2016). Além disso, esta
tem sido fonte de renda fundamental para a população, visto as atividades econômicas das
áreas agrossilvipastoril, industrial, farmacêutica, química e ainda a base alimentar da
população carente, principalmente em períodos prolongados de seca (BRASIL, 2011).
Na Caatinga predomina o clima semiárido com característica marcante de forte
insolação e ventos secos e fortes devido à localização da região à linha do Equador (MAIA,
2004). Outra característica importante é a concentração de chuva em uma estação curta de
aproximadamente três meses consecutivos, intercalando com longos períodos de seca,
exercendo, portanto, efeitos acentuados sobre as características morfofuncionais das plantas
ocorrentes na região (QUEIROZ, 2009).
As condições desfavoráveis do ambiente na Caatinga ocasionam as mais diversas
adaptações necessárias à sobrevivência das mais variadas espécies vegetais, entre estas,
cerca de 600 espécies de plantas lenhosas identificadas (MAIA, 2004). A vegetação desse
bioma é composta, principalmente, por espécies xerofíticas, na qual apresenta
predominantemente fisionomia arbustivo-arbórea. Nessa fisionomia são observadas plantas
de porte baixo, em torno de 4 a 7 m de altura, e com as seguintes características: ramificações
intensas, lignificação precoce, emaranhado de galhos, ramos com espinhos ou acúleos e, por
vezes, tricomas urticantes (QUEIROZ, 2009).
Além das características anteriormente citadas, as quais compreendem resposta ao
meio inóspito, as espécies vegetais do bioma Caatinga possuem diversas adaptações como,
por exemplo, cascas claras para redução do aquecimento dos tecidos vivos, folhas pequenas
de textura coriácea a fim de reduzir a perda de água, perda de folhas em prol da diminuição
da evapotranspiração, caules verdes para contribuição da fotossíntese e acúmulo de água no
caule e raízes (MAIA, 2004).
Pesquisas sobre morfologia de espécies da Caatinga não são realizadas com
frequência e, quando acontecem, utilizam espécies mais recorrentes e que já foram
amplamente estudadas. Assim, dentre as descrições morfológica de sementes e plântulas de
espécies desse bioma, têm-se os trabalhos realizados com as espécies Bauhinia forficata
Link. (pata-de-vaca) (SILVA et al., 2003), Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira-do-
sertão) (FELICIANO et al., 2008), Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (angico) e
4
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong (tamboril) (BARRETO; FERREIRA, 2011),
Licania rígida Benth. (oiticica) (DINIZ et al., 2015) e Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon
& G.P.Lewis (catingueira) (MENDONÇA et al., 2016).
Em relação às espécies já identificadas na Caatinga, estima-se que 1.300 são de porte
arbóreo-arbustiva, divididas em 170 famílias, em que dessas espécies 270 são endêmicas e
tendo a família Fabaceae como a mais representativa (FORZZA et al., 2010; DANTAS et al.,
2015). Em levantamento florístico realizado em Monteiro - PB foram verificados 3.495
indivíduos distribuídos em 14 famílias. Destas, a família Fabaceae foi a mais representativa,
seguida das famílias Euphorbiceae e Anacardiaceae (PEREIRA JÚNIOR et al., 2012). Nesse
estudo, apenas dois indivíduos de A. cearensis foram encontrados, enquanto que para a C.
pyramidale havia 287. Em Taboleiro Grande – RN, constatou-se a predominância de
Fabaceae, e similar amostrado no Estado da Paraíba, a A. cearensis apresentou a menor
ocorrência, apenas um indivíduo (BESSA; MEDEIROS, 2011).
Em estudo realizado em Serra Negra do Norte – RN, foram amostrados 2.448
indivíduos, representados por 22 espécies, das quais 13 são arbóreas e nove pertencentes à
classificação atual da família Fabaceae. Para esta, constatou-se 420 indivíduos de C.
pyramidale, 139 de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., 112 de Piptadenia stipulacea (Benth.)
Ducke (jurema-branca), 90 de Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan (angico) e apenas
10 indivíduos de A. cearensis (SANTANA, 2005). Em trechos de Caatinga da microrregião do
vale do Pajeú - PE, as famílias de maior representatividade foram Euphorbiaceae, Cactaceae
e Fabaceae. Para esta última, verificou-se maior ocorrência de C. pyramidale, não tendo sido
encontrado indivíduos de A. cearensis (RODAL et al., 2008).
A ampla ocorrência de espécies da família Fabaceae, conhecidas como leguminosas,
deve-se ao fato destas se originarem em condições tropicais de alta temperatura,
apresentando biodiversidade global de 19.325 espécies inseridas em 727 gêneros. As
particularidades das espécies desta família vão desde os hábitos de crescimento, árvores,
arbusto, lianas e ervas, até as estratégias de captação de nitrogênio atmosférico por meio da
simbiose com bactérias (SOUZA, 2012).
2.2. Amburana cearensis
A Amburana cearensis é uma espécie nativa do semiárido nordestino, popularmente
conhecida como cumaru (LORENZI; MATOS, 2002; OLIVEIRA et al., 2011), pertence à família
Fabaceae, podendo ocorrer ainda em toda a América do Sul, especificamente do Peru à
Argentina, da mesma forma que a Amburana acreana (Ducke) A. C. Sm., nativa e de ampla
ocorrência no sudoeste da Floresta Amazônica (CANUTO et al., 2008). As espécies A.
acreana e A. cearensis são muito semelhantes, sendo confundidas por alguns pesquisadores
5
como sinonímias, mas ambas são distintas e as únicas espécies que compõem o gênero
Amburana.
A A. cearensis tem sido utilizada no semiárido desde a época em que os indígenas
habitavam a região, sendo ainda usufruída atualmente pela população local. A espécie utiliza
como estratégia a perda de folhas durante a estação seca seguida de floração e frutificação
como dispersão das sementes do tipo anemocórica, visto que necessita do vento para a
eficiência. Essa espécie adapta-se a todos os tipos de solo e possui sensibilidade ao fogo.
Por sua característica xerófita, pode ser encontrada em composição vegetal em associação a
Auxemma oncocalyx (Allemão) Taub (pau-branco), Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
(angico), Tabebuia impetiginosa (Max. Ex DC.) Standl. (ipê-roxo), Myracroduon urundeuva
Allemão (aroeira), Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá), e Ziziphus joazeiro Mart. (joazeiro)
(MAIA, 2004).
Em relação às diversas finalidades econômicas, a A. cearensis tem sido aplicada
industrialmente na área alimentícia e na fabricação de sabonetes e perfumes (MAIA, 2004). A
madeira de A. cearensis é a principal matéria-prima da movelaria fina, esculturas e marcenaria
em geral, o que a tem aproximado da lista de espécies ameaçadas (HILTON-TAYLOR 2000;
RAMOS et al., 2004). Na alimentação, o pó da entrecasca pode ser adicionado ao queijo de
coalho, proveniente do leite de cabra, obtendo característica sensorial, físico-química e
microbiológica satisfatórias (BENEVIDES et al., 2010). Além da confecção dos barris de
madeira, os extratos da espécie aceleram o envelhecimento da cachaça, conferindo
aceitabilidade pelos consumidores quanto à cor, sabor e aroma (SOUZA et al., 2013).
Os diversos produtos econômicos de A. cearensis são provenientes do extrativismo
considerado predatório (CAMPOS et al., 2013). Este resultou na inserção da espécie na lista
de ameaçadas de extinção em 1998 (OLDFIELD, 1998), permanecendo por 10 anos (MMA,
2008 b). Na última publicação de espécies ameaçadas, a A. cearensis não está presente,
constando como “espécie de valor econômico e com declínio verificado ou projetado”
(MARTINELLI; MORAIS, 2013).
A importância econômica e ecológica da A. cearensis tem estimulado estudos
farmacológicos, os quais comprovam a eficiência dos extratos da casca como antissépticos
contra bactérias (SÁ et al., 2014) e atividade anti-inflamatória (LOPES et al., 2013). Em análise
de espécimes cultivadas de A. cearensis, verificou-se dez compostos, sendo quatro destes
inéditos (ácido p-hidroxi-benzoico, aiapina, estereoisômeros e ácido o-cumárico glicosilado)
(CANUTO et al., 2010).
Em relação à qualidade fisiológica de sementes, há vários estudos envolvendo A.
cearensis, como a padronização do teste de tetrazólio para a avaliação da viabilidade das
sementes (GUEDES et al., 2010c); estresse hídrico, verificando a limitação da formação de
plântulas normais a partir de -0,6 MPa (ALMEIDA et al., 2014); e, o teste de envelhecimento
6
acelerado apontando que o período de 48 h de envelhecimento é adequado para detectar
diferenças entre lotes de sementes (GUEDES, 2012).
A. cearensis possui dois estudos quanto à caracterização morfológica em seu estádio
de desenvolvimento inicial, os quais se contradizem em alguns aspectos. Cunha e Ferreira
(2003) afirmam que a semente dessa espécie apresenta germinação do tipo semi-hipógea,
possuindo raiz primária, hipocótilo com lenticelas e epicótilo com pilosidade visível apenas
com auxílio de lupa. Por outro lado, Loreiro et al. (2013) afirmam que a germinação é do tipo
epígea, a raiz primária com coifa, o epicótilo apresenta pilosidade, e não há nenhuma
informação sobre o hipocótilo.
A fase adulta da A. cearensis está morfologicamente bem definida, propiciando fácil
reconhecimento. O caule é ereto de casca lisa, variando de coloração amarela a vermelha,
em que solta lâminas finas e transparentes; suas folhas, assim como na fase inicial de
desenvolvimento, são compostas e alternas do tipo imparipinadas com sete a onze folíolos e
apresentando venação bronquidódroma. A semente é rica em cumarina e possui aroma forte
que perdura mesmo após longos períodos de armazenamento (MAIA, 2004). Para estas, há
informações específicas quanto à formação de tamanho máximo de lotes de sementes, cujo
peso máximo é de 500 kg, sendo que um quilo de sementes pode variar de 950 a 2.300
unidades (BRASIL, 2013).
Não é fácil formar lotes de sementes de A. cearensis de qualidade, devido à espécie
encontrar-se próxima ao risco de extinção e por seus frutos serem deiscentes e possuírem
apenas uma semente. Portanto, deve-se prezar pela coleta antecipada à abertura dos frutos,
visto que as sementes são aladas e facilmente dispersas pelo vento (MAIA, 2004). Sendo
assim, é necessário o conhecimento da fenologia e do processo de maturação dos frutos. O
ponto de colheita ou coleta dos frutos de A. cearensis deve ser realizado quando estes ainda
estão fechados, com fendas no ápice e coloração marrom-escura, apresentando textura
enrugada, aos 54 dias após antese e não podendo ultrapassar 63 dias (LOPES et al., 2014).
As condições adequadas para a germinação das sementes de A. cearensis estão
definidas em Brasil (2013). As temperaturas indicadas para a condução do teste de
germinação são as constantes de 25 e 30°C e a alternada de 20-30°C, tendo o período de 30
dias para completar o processo germinativo, utilizando os substratos papel, vermiculita ou
areia. Em viveiro, sem o controle da temperatura do ambiente, é possível a produção de
mudas de qualidade utilizando dois substratos: 30% de areia somado a 70% de solo e 50%
de solo e esterco somados a 50% de areia (QUEIROZ et al., 2012). A posição de semeadura
ideal dever ser com as sementes de lado (deitadas) em profundidade de 3,5 cm (GUEDES et
al., 2010b).
Pesquisas sobre a micropropagação de A. cearensis ainda são escassos. O único
estudo envolvendo esse procedimento foi realizado a partir de explantes originados da
7
germinação de sementes in vitro, sendo que para a multiplicação utilizou-se o ápice caulinar,
e os seguimentos nodal e cotiledonar. Tendo este último apresentado maior proliferação de
brotos em meio de cultura com adição de 4,44 µM de BAP (6-benzilaminopurina), cuja etapa
de enraizamento apresentou 92% quando adicionado 10,0 µM de AIB (ácido indol butírico).
Apesar do sucesso da multiplicação, o processo de aclimatação das mudas foi inferior a 50%
(CAMPOS et al., 2013), portanto, necessitando de novos estudos sobre metodologias de
propagação assexuada.
2.3. Descrição morfológica de plântulas
A descrição morfológica, pertencente ao ramo da Botânica, teve início na Grécia Antiga
com o filósofo Teofrasto de Ereso, discípulo de Aristóteles, sendo reconhecido como o “Pai da
Botânica”. Porém, a morfologia atual se baseia na obra Philosophia botânica de Linnaeus
(1751) (GONÇALVES; LORENZI, 2007). A partir daí todo o desenvolvimento de uma planta
pode ser caracterizado e classificado por suas diferentes fases, desde a fecundação até a
senilidade (SOUZA, 2009).
A morfologia de plântulas pode auxiliar na identificação prévia de espécies (DUKE;
POLHILL 1981; OLIVEIRA et al., 2014a), servindo de subsídio para reconhecimento do
estabelecimento das plantas em condições naturais, bem como para a produção de mudas
(BELTRATI, 1995; ABUD et al., 2010), além de informações quanto a taxonomia por meio da
análise das estruturas das plântulas (PAOLI; SANTOS, 1998; BAO et al., 2014).
A morfologia de sementes e plântulas é de fundamental importância para a botânica
fisiológica, sistemática e filogenia, pois auxilia no conhecimento sobre o armazenamento de
sementes, conservação e regeneração de florestas, colonização de áreas por espécies
nativas e ainda com relação a pesquisas de plantas tóxicas e medicinais (SOUZA, 2009). O
estudo morfológico pode auxiliar também na interpretação de testes laboratoriais, além de
permitirem a identificação botânica de espécies, sendo parâmetro importante para reconhecê-
las em bancos de sementes na fase de plântula ou em formações florestais (MELO et al.,
2004; PIMENTA et al., 2013), possuindo então, alto valor para se conhecer e estabelecer a
dinâmica da floresta e manejo silvícola (AMO, 1979; SOUZA, 2009).
Diversos guias de identificação, baseados no conhecimento morfológico de espécies,
têm sido publicados para facilitar a identificação de espécies em campo. Entre estes, o Guia
da Biodiversidade de Fabaceae do Alto Rio Negro com informações sobre as descrições das
espécies e ambiente, distribuição geográfica e o potencial de uso econômico ou ecológico de
cada táxon identificado na área (SOUZA, 2012); Guia Ilustrado e Manual de Arquitetura Foliar
para Espécies Madeireiras da Amazônia Ocidental, em que todas as espécies são
representadas por imagens do tronco, base do tronco, casca interna e externa previamente
caracterizadas e as folhas foram diafanizadas (técnica para semitransparência)
8
(OBERMÜLLER et al., 2011); Guia de campo: vegetação do Cerrado 500 espécies, o qual
apresenta fotos das espécies taxonomicamente identificadas (MEDEIROS, 2011).
As informações morfológicas dos estádios iniciais de desenvolvimento facilitam a
identificação mais apropriada das espécies (GURGEL et al., 2012), indicam fatores
reguladores da dinâmica ecológica por meio da ocorrência de determinada espécie e auxiliam
em estudos silviculturais e ecológicos, atuando como índices para determinar o estádio
sucessional em que se encontra a vegetação (MONTORO, 2008). Estas informações também
auxiliam na interpretação do teste de germinação em ambiente de laboratório (OLIVEIRA,
1993; CUNHA; FERREIRA, 2003).
A fase plântula tem seu início definido a partir do fim do processo germinativo (emissão
de raiz) e seu fim segue com divergências entre os pesquisadores (SOUZA, 2009).
Fisiologicamente, o indivíduo será considerado plântula enquanto este for dependente das
reservas da semente, ou seja, até a queda dos cotilédones quando o indivíduo passa a ser
autótrofo (FERREIRA; BORGUETTI, 2004). Do ponto de vista morfológico, seu término se dá
pela completa expansão do eófilo (primeira folha) (SOUZA, 2003; SOUZA, 2009).
A classificação de plântulas pode ser de acordo com a posição dos cotilédones, em
que estes podem apresentar-se abaixo do solo, acima da superfície deste ou no nível do solo,
com denominação de hipógea, epígea e semi-hipógea, respectivamente (SOUZA, 2009).
Quanto a esse tipo de classificação, a Licania rigida apresenta-se como hipógea (DINIZ et al.,
2015), a Hymeneae courbaril como epígea (DUARTE et al., 2016) e a A. cearensis como semi-
hipógea (CUNHA; FERREIRA, 2003).
A classificação quanto ao tipo de plântulas possui várias tipologias, sendo as mais
comumente usadas a de Duke (1965), que classifica as plântulas como criptocotiledonar
(cotilédones envoltos pelo tegumento) e fanerocotiledonar (cotilédones livres do tegumento);
Rizzini (1965) que se baseia na emergência dos cotilédones sobre a superfície do solo
classificando-as em hipógea quando os cotilédones permanecem no solo e epígea quando os
cotilédones apresentam-se acima da superfície do solo; e Miquel (1987) com cinco
classificações sendo elas: cotilédones foliáceos epígeo-fanerocotiledonar, cotilédones
carnosos epígeo-fanerocotiledonar, fanerocotiledonar na superfície (semi-hipógea),
criptocotiledonar na superfície ou abaixo (hipógea), criptocotiledonar acima do nível do solo
(epigea) (SOUZA, 2009).
As plântulas normais são aquelas que apresentam suas estruturas essenciais
definidas para prosseguir seu desenvolvimento quando manejadas em condições favoráveis
(BRASIL, 2009). De acordo com Ferreira e Borguetti (2004) a plântula é inicialmente composta
por raiz primária, hipocótilo, cotilédones e gema plumular, os quais originarão raiz, caule e
folhas. As Regras para Análise de Sementes (RAS) definem estruturalmente como plântula
normal as que apresentam raiz primária, hipocótilo, epicótilo, gemas terminais e cotilédones;
9
considerando ainda, que além de intactas podem apresentar pequenos defeitos e infecções
secundárias (BRASIL, 2009).
2.4. Qualidade fisiológica de sementes
A qualidade de sementes é fundamental para a produção e consequentemente para o
sucesso de estabelecimento de áreas plantadas, seja para fins conservacionistas ou
comerciais (ULLMANN et al., 2015). Assim, há necessidade de avaliações e testes que visem
o acompanhamento e o manejo adequado para se prolongar ao máximo a qualidade
fisiológica das sementes. Esta, pode ser avaliada tanto por testes de viabilidade, quanto por
testes de vigor. Os testes de viabilidade determinam se as sementes estão vivas ou mortas
(SANTOS; PAULA, 2005). O teste mais habitual tem sido o teste de germinação, em que as
sementes expressam o máximo potencial germinativo, determinando o limite de desempenho
do lote; e ainda levando em consideração que este teste é realizado em condições ótimas de
ambiente (BESSA et al., 2015).
O teste de germinação apresenta duas correntes de método avaliativo quanto à
germinação da semente, o biológico e o tecnológico. A de cunho biológico, a semente será
considerada germinada quando há a emissão da raiz primária, evento que ocorre na transição
da fase II para a III da embebição da semente, sinalizando o fim do processo germinativo
(BEWLEY et al., 2013). Na tecnologia de sementes, considera-se germinadas as sementes
que resultam em plântulas normais, que devem apresentar todas as suas estruturas
essenciais (raiz primária, hipocótilo, epicótilo, primeiras folhas e gemas) que permitam
eficiente estabelecimento em campo (BRASIL, 2009).
As espécies respondem distintamente às condições ideais de germinação, visto que
para que a mesma ocorra é necessário conhecimento acerca da faixa ótima de temperatura,
fotoperíodo, substrato e a existência ou não de dormência (FERREIRA et al., 2007). Devendo-
se seguir, portanto as orientações contidas em Brasil (2009), levando em consideração que o
teste de germinação ocorre em condições ótimas, o teste de emergência das plântulas em
campo torna-se necessário, bem como outros testes de vigor para complementar as
informações do teste de germinação (OHLSON et al., 2010; BESSA, 2015). Assim, o teste de
emergência tem sido amplamente executado, visto a sua semelhança ao de germinação,
diferindo-se no fato de serem realizados em condições não controladas (FERREIRA;
BORGUETTI, 2004).
O vigor consiste no conjunto de propriedades das sementes, que determinará o
potencial de uma emergência rápida e uniforme, assim como o desenvolvimento de plântulas
em condições adversas do ambiente (AOSA, 2009; FRANÇA-NETO et al., 2012). O vigor
também tem sido definido como a soma das propriedades da semente, que determina o seu
10
nível de atividade e desempenho durante o processo germinativo e emergência de plântulas
em campo (ISTA, 1981; OLIVEIRA et al., 2009).
Os testes de vigor objetivam identificar diferenças representativas no potencial
fisiológico de lotes de sementes, de modo a incrementar informações às proporcionadas pelo
teste de germinação (MARCOS-FILHO, 2015). As sementes em que se observam bom
desempenho são classificadas como vigorosas, enquanto que as de baixo desempenho são
consideradas de baixo vigor (ISTA, 1981; OLIVEIRA et al., 2009).
O teste de tetrazólio é oficializado nas RAS (BRASIL, 2009) e tem por objetivo avaliar
a viabilidade e vigor de sementes. Este teste tem sido utilizado devido à rapidez em que se
obtém os resultados e pelo fato de que a dormência de determinadas espécies não interfere
na absorção de água, visto que não há necessidade de procedimento de superação, o que
seria necessário para a realização do teste de germinação e emergência em campo
(FERREIRA et al., 2007).
Em relação ao procedimento do teste de tetrazólio, este segue o princípio de que as
enzimas das desidrogenases estão presentes apenas nos tecidos vivos, assim o cloreto de
tetrazólio (2, 3, 5 cloreto trifenil de tetrazólio) ao ser absorvido pelos tecidos irá reagir, gerando
um composto de cor vermelha chamado formazan, enquanto que nos tecidos mortos, por falta
de atividade respiratória, permanecerão descoloridos (SEIDLER, 1991; FERREIRA et al.,
2007).
Além de espécies agronômicas, a recomendação da metodologia do teste de tetrazólio
tem sido realizado em diversas espécies florestais como Araucaria angustifólia (Bertol.)
Kuntze (araucária) (OLIVEIRA et al., 2014 b), A. cearensis (cumarú) (GUEDES et al., 2010c),
C. pyramidale (catingueira) (SOUZA et al., 2017). O teste de tetrazólio para a avaliação de
viabilidade e vigor de A. cearensis deve ser realizado após pré-umedecimento de sementes
escarificadas em água por 24 horas e temperatura de 35°C para a retirada do tegumento. Em
seguida, colocam-se as sementes imersas em solução de tetrazólio a 0,05% por três horas a
40°C (GUEDES et al., 2010c).
2.5. Classificação de vigor pelo desempenho de plântulas
Entre os testes de vigor que avaliam o desempenho de plântulas há os de velocidade
e primeira contagem da germinação (McDONALD, 1975; MARCOS-FILHO, 2015), tempo
médio de germinação, comprimento e massa seca de plântulas (OLIVEIRA et al., 2009). A
primeira contagem é realizada durante o teste de germinação, avaliando-se as plântulas
consideradas normais, conforme Brasil (2009; 2013). A primeira contagem da germinação de
sementes de Bixa orellana (urucum) foi realizada no nono dia após a semeadura (FERREIRA;
NOVEMBRE, 2016), para sementes de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich (ipê-do-cerrado) no
11
décimo quarto dia (NERY et al., 2008), para a Chorisia glaziovii O. Kuntze (paineira) no quinto
dia (SILVA et al., 2016). As espécies possuem velocidade de germinação distintas, visto que
o nível de vigor de um lote tende a ter diferença de desempenho de outro devido aos fatores
externos em que as sementes podem ter sido submetidas, a exemplo da forma de
armazenamento das sementes que pode influenciar no desempenho e desenvolvimento de
plântulas.
A velocidade de germinação é avaliada durante o teste de germinação, em que se
utilizam fórmulas para se calcular. As fórmulas utilizadas levam em consideração o tempo e o
número de sementes germinadas. A fórmula proposta por Kotowski (1926) é o inverso da
média ponderada do tempo com a germinação como fator de ponderação, sendo a fórmula:
coeficiente de velocidade de germinação = (G1 +...Gi/G1xT1+...GixTi) x 100; enquanto que a
proposta de Edmond e Drapala (1875) é inversa a de Kotowski, Tempo médio = (G1xT1 + ...
GixTi/ G1+...Gi); a fórmula de Maguire (1962) é a mais usual em que o índice de velocidade
germinação = G1/T1+...Gi/Ti (OLIVEIRA et al., 2009).
A qualidade fisiológica de sementes de A. cearensis armazenadas foi avaliada por
meio de teste de emergência, índice de velocidade de emergência, comprimento e massa
seca. A partir desses testes foi observada a perda da qualidade fisiológica ao longo do tempo,
independentemente da embalagem utilizada (GUEDES et al., 2010a).
O vigor das plântulas é classificado de acordo com os critérios das RAS, em que
classifica a normalidade de plântulas como intactas, com pequenos defeitos e anormais
(BRASIL, 2009). Esta classificação não tem sido amplamente utilizada como parâmetro de
classificação de vigor de lotes de sementes. O teste de classificação de plântulas consiste na
contabilização apenas do percentual de plântulas normais fortes (plântulas intactas) ao fim do
teste de germinação, em que o resultado é relacionado ao vigor dos lotes avaliados, e
consequentemente, seu potencial de desenvolvimento em campo. As plântulas que
apresentam pequenos defeitos ou infecções secundárias são consideradas plântulas normais
fracas, não sendo computadas no teste (KRZYZANOSWKY; NAKAGAWA, 1999).
Os testes de vigor baseados em desempenho de plântulas utilizados para a
classificação de vigor de lotes de sementes mais utilizados são os de primeira contagem,
velocidade de germinação, comprimento e massa seca de plântulas (MARCOS-FILHO, 2015).
A classificação de plântulas aplicadas na classificação de vigor de lotes de sementes
tem sido estudada para grandes culturas como o feijão (NETO, 2006) e soja (MOTA, 2000).
Essa classificação tem como base os critérios das RAS anteriormente citados, em que as
plântulas podem ser normais fortes, normais fracas e anormais, sendo os lotes com maior
porcentagem de plântulas normais fortes os considerados mais vigorosos (NAKAGAWA,
1999; OLIVEIRA, 2009).
12
Em trabalho com A. cearensis, Guedes et al. (2015) utilizou o comprimento de
plântulas normais para a avaliação da viabilidade e classificação de vigor de lotes, no qual
obteve mesmo ranqueamento da primeira contagem e da emergência de campo; mostrando-
se eficiente para avaliação do vigor (GUEDES et al., 2015). A avaliação dos lotes de sementes
de Bixa orellana, visando à adequação do teste de envelhecimento acelerado, foi realizada a
classificação de plântulas em duas etapas; as plântulas da primeira avaliação que foram
classificadas como normais (plântulas intactas) foram retiradas e contabilizadas como normais
fortes, e na segunda avaliação as que permaneceram foram posteriormente classificadas em
normais fortes e fracas, seguindo dessa forma a metodologia proposta por Nakagawa (1999)
(FERREIRA; NOVEMBRE, 2016).
13
3. MATERIAL E MÉTODOS
__________________________________________________________________________
3.1. Caracterização morfológica
As de sementes de A. cearensis foram provenientes dos municípios de Soledade – PB
(7° 3’ 25’’ S/36° 21’ 46’’ W; altitude: 521 m) e Petrolina – PE (9° 23’ 34’’ S, 40° 30’ 28’’ W;
altitude 376 m). As sementes coletadas em Soledade formaram quatro lotes, em que cada
lote é originado de uma árvore matriz, enquanto o quinto lote é originário de matrizes do
município de Petrolina, assim, foi formado um lole único composto de sementes dos cinco
lotes par a caracterização morfológica das sementes e plântulas. O trabalho foi desenvolvido
na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, pertencente à Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba, RN, entre fevereiro e maio de 2017.
3.1.1. Morfologia de sementes e plântulas
As sementes foram descritas quanto as suas estruturas internas e externas, com
auxílio de lupa, microscópio de varredura e carta de Munsell. Já para as plântulas, foi realizada
a semeadura de 100 sementes em papel toalha específico para germinação, organizadas em
sistema de rolos, em câmara de germinação a 25 °C e fotoperíodo de 12 h. Anterior à
semeadura, as sementes foram previamente desinfestadas em hipoclorito de sódio a 2% por
2 minutos e tratadas com fungicida Dithane NT (5 g/kg de sementes).
O processo germinativo das sementes foi descrito por meio de observações diárias e
registro de imagens, sendo acompanhado desde a emissão da raiz primária até o surgimento
dos primórdios foliares, observando-se o tempo médio necessário para a ocorrência de cada
evento (protrusão da raiz primária, desenvolvimento das estruturas internas e a formação das
primeiras folhas). Para cada estrutura, realizou-se a descrição do formato, coloração, posição
da estrutura na plântula, presença de pelos, estrias e lenticelas.
As plântulas foram morfologicamente classificadas conforme Miquel (1987), sendo
diferenciadas quanto à posição dos cotilédones na germinação (epígea, semi-hipógea ou
hipógea), tipo de cotilédone (foliáceo ou carnoso) e a persistência do tegumento
(fanerocotiledonar ou criptocotiledonar).
3.1.2. Morfometria de sementes e plântulas
A biometria de 600 sementes de A. cearensis foi mensurada com auxílio de paquímetro
digital, para obter o comprimento, a largura e a espessura. As plântulas foram mensuradas
com régua milimétrica, onde foram mensuradas todas as partes que compõem a plântula (raiz,
hipocótilo, epicótilo, cotilédones, eófilos) para posterior elaboração de planilha avaliativa de
classificação de plântulas. Os dados morfométricos das sementes e das plântulas foram
submetidas à estatística descritiva no programa estatístico Bioestat 5.0 (AYRES et al., 2007)
14
3.2. Qualidade fisiológica de sementes
Foram avaliados cinco lotes de sementes de A. cearensis, sendo para o teor de água
inicial das sementes, cada lote determinado a partir de duas repetições de 4,5 g por meio do
método da estufa a 105 °C/24 horas (BRASIL, 2009). Para a instalação do teste de
germinação, realizou-se a semeadura de 200 sementes com oito repetições de 25 sementes,
em papel toalha específico para germinação, organizado em sistema de rolos, em germinador
tipo Biochemical Oxigen Demand (BOD), a 25 °C e fotoperíodo de 12h. Anterior à semeadura,
as sementes foram previamente desinfestadas em hipoclorito de sódio a 2% por 2 minutos e
tratadas com fungicida Dithane NT (5 g/kg de sementes) (BRASIL, 2013).
A qualidade fisiológica das sementes dos lotes de A. cearensis foi avaliada a partir das
variáveis seguintes:
Germinação: no 30° dia após a semeadura foram contabilizadas as plântulas normais
(fortes e fracas) (BRASIL, 2013) e resultado expresso em porcentagem;
Índice de velocidade de germinação (IVG): realizou-se a contabilização diária de
sementes que originaram plântulas normais (fortes e fracas), calculado de acordo com
a equação proposta por Maguire (1962);
Primeira contagem da germinação: a partir de observações da morfologia da espécie,
foram contabilizadas as sementes que originaram plântulas normais (fortes e fracas)
no 11° dia após a semeadura, com resultado expresso em porcentagem;
Comprimento e massa seca de plântulas: ao fim do experimento, as plântulas normais
foram mensuradas com auxílio de régua graduada em milímetros, resultado expresso
em cm.plântula-1; As plântulas sem os cotilédones foram postas em estufa de
ventilação forçada de ar a 65 °C, por 48 horas, para a determinação da massa seca;
Emergência em campo: no 30° dia após a semeadura foram contabilizadas as
plântulas normais (fortes e fracas) com resultado expresso em porcentagem
Tetrazólio: As sementes foram pré-hidratadas em água destilada a 35 °C, por 24 horas,
para retirada total do tegumento e eficiente coloração das sementes. Posteriormente,
quatro repetições de 25 sementes foram submersas em solução de tetrázólio de
0,075%, por 3 horas, em temperatura de 25 °C. (GUEDES et al., 2010c). Assim, as
sementes foram classificadas em quatro classes: Classe 1 (viável muito vigorosa) –
sementes de coloração rosa, classe 2 (viável vigorosa) – sementes que apresentam
até 40% dos cotilédones com coloração vermelho carmim forte ou branco leitoso e o
cilindro central na coloração rosa, classe 3 (viável não vigorosa) – mais de 40% de
coloração vermelho carmim forte ou branco leitoso nos cotilédones e entorno do
cilindro central que permanece rosa, classe 4 (Não viável) – coloração vermelho
15
carmim forte e branco leitoso no cilindro central. Para avaliação da viabilidade foi
considerada a porcentagem de sementes das classes 1, 2 e 3, enquanto para a
classificação do vigor a porcentagem das classes 1 e 2.
3.2.1. Classificação do vigor de plântulas
Para fins de classificação de plântulas para aplicabilidade em teste de vigor, as
plântulas foram caracterizadas como normais fortes, quando apresentando todas as estruturas
observadas na morfologia, para a espécie, apresentando-se intactas; anormais para aquelas
que apresentam suas estruturas essenciais danificadas, deformadas, deterioradas, ou
plântulas albinas; e normais fracas para as que apresentam pequenas deformidades que não
interferem em seu desenvolvimento (Brasil, 2013). A classificação foi realizada com auxílio de
planilha avaliativa elaborada a partir da morfometria das plântulas (Anexo 1) no fim do teste de
germinação, ao 30° dia pós semeadura. A planilha foi elaborada a partir de adequação da
metodologia proposta por Krzyzanowski e Nakagawa (1999), critérios das Regras para Análise
de Sementes (BRASIL, 2009), descrição morfológica e morfometria de plântulas da espécie.
Os lotes foram classificados seguindo a planilha morfométrica, onde cada lote foi
contabilizado, as plântulas classificadas como normais fortes (plântulas intactas) e os dados
foram expressos em porcentagem. A partir da classificação de plântulas normais fortes, foi
possível realizar uma variável complementar ao teste de vigor de plântulas normais fortes (VP),
o comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN): ao fim do experimento, as plântulas
classificadas como plântulas normais fortes foram mensuradas com auxílio de régua graduada
em milímetros e o resultado expresso em cm.plântula-1. Para fins de adequação e avaliação da
eficiência do teste de vigor de plântulas normais fortes e comprimento de plântulas normais
fortes para a A. cearensis, os resultados foram correlacionados com os demais testes de vigor.
3.3. Delineamento estatístico
Os dados biométricos das sementes e morfométricos das plântulas foram submetidos
à análise estatística descritiva. Para a caracterização fisiológica dos lotes, o experimento foi
inteiramente casualizado, sendo os dados submetidos à Análise de Variância S sendo as
médias comparadas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade para dados paramétricos e
Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade para os não-paramétricos. A correlação entre as
variáveis analisadas foi realizada com o coeficiente de Spearman e Pearson. O software
estatístico utilizado foi o Bioestat 5.0 (AYRES et al., 2007).
16
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
__________________________________________________________________________
4.1. Descrição morfológica de sementes e plântulas de Amburana cearensis
4.1.1. Morfologia de sementes e plântulas
A semente possui formato oblongo, com testa de coloração predominantemente
marrom escuro (5R 2.5/2). Quando embebida por 24 h em água, é possível distinguir a testa
do tegumen, de coloração marrom amarelada (5Y 6/6). O hilo, de formato oval, possui cor
castanha clara (5Y 8/2) e, ainda, micrópila puntiforme (Fig. 1A), ambos opostos a inserção da
ala. Verificou-se a presença de ala, do tipo papiráceo e transparente na extremidade (Fig. 1B).
O eixo hipocótilo-radícula tem formato reto e cônico com plúmula pouco visível (Fig. 1C),
sendo o embrião de tipologia axial envolvido composto por dois cotilédones grossos e
carnosos, de coloração amarelada (5Y 8/4) (Fig. 1D).
Figura 1. Morfologia externa (A, B) e interna (C, D) de semente de Amburana cearensis
(Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae). co: cotilédone, ei: eixo hipocótilo radícula, hi: hilo, mc:
micrópila, al: ala, cc: cilindro central, pl: plúmula.
cc
pl
17
A germinação da A. cearensis é do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar, com emissão
de raiz primária no quarto dia e presença de plântulas normais ao nono dia após a semeadura
(Fig. 2). A raiz (7,78 cm ± 0,31) é cilíndrica, apresentando inicialmente cor cinza-claro (10Y
8/8) e, posteriormente, amarelo-pálido (5Y 8/3), ainda é verificada a presença de coifa fina de
coloração acobreada (5YR 8/6) de difícil distinção a olho nu (Fig. 3A). Esse fato,
provavelmente, tenha dificultado a constatação deste órgão por Cunha et al. (2003),
entretanto, não acontecendo o mesmo com Loreiro et al. (2013) que o descreve. O hipocótilo
(0,91 ± 0,05) é curto de coloração verde-amarelo (5GY 7/4), possuindo lenticelas ao longo de
todo seu comprimento, e com rápido desenvolvimento entre o 5° e 9° dia pós semeadura (Fig.
2).
Figura 2. Processo germinativo de plântula normal de Amburana cearensis (Allemão) A.C.
Sm. (Fabaceae). ca-catáfilo, co-cotilédones, eo-eófilos, ep-epicótilo, hi-hipocótilo, rz-raíz
18
O epicótilo (10,30 ± 0,35) possui, inicialmente, coloração cinza-claro (10Y 8/8),
passando a verde-amarelo (5GY 7/4), com presença de lenticelas na região basal e catáfilos
na região intermediária e/ou próximo aos eófilos. Os catáfilos são folhas especializadas e que,
neste caso, protegem as gemas laterais (Fig. 3B). Os cotilédones são opostos, isófilos e do
tipo carnoso de formato oblongo e peciolado, havendo estrias ao longo do pecíolo (Fig. 3C).
Estes, inicialmente, apresentam coloração cinza-claro (10Y 8/8) e, posteriormente, verde-
amarelo (5GY 7/4), constatações similares foram descritas por Loreiro et al. (2013).
Os eófilos são compostos predominantemente imparipinados, com cinco a sete folíolos
(Fig. 3D) de pecíolo curto. Estes desenvolvem-se inicialmente dobrados, dando a impressão
de ápice pontiagudo, o que explica a descrição morfológica realizada por Cunha (2003).
Porém, quando os folíolos estão totalmente abertos, apresentam formato elíptico com base e
ápice arredondados com nervura broquidódroma (Fig. 3E), coloração verde-amarelo (5GY
7/4) e pelos curtos e espaçados na porção abaxial. Diante do verificado, é perceptível que há
divergência na descrição realizada também por Loreiro et al. (2013), os quais apontam os
folíolos de ápice agudo e nervura peninérvea.
Figura 3. Raiz primária de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) com coifa (A),
catáfilo (B), cotilédone (C), eófilos em desenvolvimento (D) e venação do folíolo (E). coi: coifa,
ca: catafilo, ga: gema axilar.
4.1.2. Morfometria de sementes e plântulas
As sementes apresentam comprimento médio de 14,12 mm, com medida mínima de
9,6 e máxima de 19,1 mm. A largura média é de 9,53 mm com mínimo de 7,1 e máximo de
12,7 mm, enquanto que a espessura possui média de 4,6 mm e mínimo de 3,3 e máximo de
19
7,7 mm (Tabela 1). Para determinar tamanho médio das sementes, Loreiro et al. (2013)
analisaram 100 sementes de A. cearensis e encontraram médias bem próximas para
comprimento, largura e espessura (14,4, 10,4 e 4,7 mm, respectivamente). A partir das
medidas biométricas, constatou-se que as sementes são de formato oblongo, podendo ser
considerada delgada, visto que o comprimento é cerca de três vezes a espessura média das
sementes, enquanto que a média da largura é aproximadamente duas vezes a média da
espessura.
Tabela 1. Estatística descritiva da biometria das sementes de Amburana cearensis (Allemão)
A.C. Sm. (Fabaceae).
Mín.
(mm)
Máx.
(mm)
Média ± Erro
(mm) Variância
Desvio
Padrão
CV
(%)
Assimetria
(G1)
Curtose
(G2)
Comprimento 9,6 19,1 14,12 ± 0,07 2,8 1,6623 11,8 0,1054 -0,4834
Largura 7,1 12,7 9,53 ± 0,04 0,8 0,8958 9,4 0,3631 0,1077
Espessura 3,3 7,7 4,60 ± 0,02 0,4 0,6074 13,2 1,278 2,9278
A assimetria e curtose da biometria das sementes estão majoritariamente bem
próximas de zero (Tabela 1), exceção da espessura, apresentando assim proximidade da
distribuição normal (ZUFFO et al., 2016), enquanto que a morfometria das plântulas apresenta
padrões contrários ao observado na biometria das sementes, observando-se que apenas o
epicótilo apresenta proximidade de zero na assimetria e curtose simultaneamente (Tabela 2).
Na distribuição estatística, a assimetria determina a frequência da distribuição entre
valores de 1 e -1, enquanto que a curtose mede a dispersão dos valores caracterizando o
grau de achatamento da distribuição de frequência (ACCHILE et al., 2017). A assimetria de
todas as variáveis da biometria das sementes apresenta-se positiva, enquanto que as
curtoses de largura e de espessura estão classificadas em platicúrtica e do comprimento
leptocúrtico (Tabela 1). Na morfometria, é observado que a assimetria em todas as variáveis
é positiva e a curtose apresenta-se como platicúrtica para raiz, eófilos, comprimento e largura
dos cotilédones, enquanto que, para hipocótilo e epicótilo, é leptocúrtica (Tabela 2).
20
Tabela 2. Estatística descritiva da morfometria das plântulas normais fortes de Amburana
cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae).
Mín. (cm)
Máx. (cm)
Média ± Erro (cm)
Variância Desvio Padrão
CV (%)
Assimetria (G1)
Curtose (G2)
Raiz 5 12,8 7,78 ± 0,31 2,6 1,6164 21 1,0966 2,0741
Hipocótilo 0,5 1,3 0,91 ± 0,05 0,1 0,2825 31 0,0453 -1,467
Epicótilo 6,4 14 10,30 ± 0,35 3,5 1,8826 18 0,091 -0,1767
Éofilos 0,2 3 0,93 ± 0,05 0,2 0,4669 51 1,6307 4,1869
Comp. Cotilédon
e 1,4 2,9 2,11 ± 0,06 0,1 0,3202 15 0,0006 0,6583
Larg. Cotilédon
e 0,9 1,4 1,06 ± 0,02 0,0 0,1160 11 0,8427 1,1003
As plântulas normais fortes de A. cearensis apresentam estruturas proporcionais, em
que a raiz apresenta média de 7,78 cm com mínimo observado de 5 cm e máximo de 12,8,
enquanto o epicótilo possui média de 10,3 cm com mínimo e máximo de 6,4 e 14,0 cm,
respectivamente. O hipocótilo apresenta-se com uma estrutura reduzida, apresentando 0,91
cm de média com mínimo e máximo correspondentes as 0,5 e 1,3 cm.
Os cotilédones são isófilos, em que o par de cotilédones possui mesmo comprimento
e largura, em média 2,11 e 1,06 cm, respectivamente. Assim como os cotilédones, os eófilos
e o hipocótilo apresentam baixa variância, porém, os éofilos apresentam alto coeficiente de
variação (51%), o que é explicado devido ao baixo quantitativo de estruturas avaliadas, visto
que na espécie estudada é observado investimento de gasto energético aparente no
desenvolvimento primário da raiz e, posteriormente, no epicótilo, sendo os eófilos
desenvolvidos a partir da metade do processo de crescimento da plântula. Ainda há a
influência do substrato papel, que limita o crescimento dos eófilos, os quais ficam em contato
direto ao substrato.
4.1.3. Classificação do desempenho de plântulas
A partir da caracterização morfológica e morfométrica das plântulas realizada com
auxílio de planilha morfométrica (Anexo 1), foi possível classificar as plântulas em normais
fortes, normais fracas e anormais (Figura 4), seguindo as recomendações das Instruções para
Análise de Sementes Florestais (Brasil, 2013). A morfometria das plântulas normais fortes
consistiu na mensuração de cada parte componente da plântula (raíz, hipocótilo, epicótilo,
eófilos e cotilédones). A partir disso, a planilha morfométrica (Anexo 1) foi estruturada com
intervalos de comprimento mínimo e máximo observado para cada estrutura anteriormente
avaliada na morfologia, e a média do comprimento total das plântulas foi utilizado como critério
de seleção de plântulas normais fortes.
21
Figura 4. Classificação das plântulas de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)
em normais fortes (PL-N), normais fracas (PL-NF) e anormais (PL-AN). bi-bifurcação, ox-
oxidação, to-torção.
Na morfologia das plântulas foram identificadas as principais anormalidades, bem
como os “pequenos defeitos” que caracteriza uma plântula como normal fraca para a espécie
em estudo. Foram classificadas como plântula normal forte, todas aquelas que não
apresentavam torções, oxidações, bifurcações, albinismo, e que apresentavam
proporcionalidade das estruturas e estavam de acordo com os critérios de seleção da planilha
avaliativa, os demais critérios foram: estruturas dentro do intervalo de comprimento mínimo e
máximo atribuído para cada estrutura e o comprimento médio total da plântula igual ou
superior a 19 cm.
As plântulas normais fracas mais recorrentes da A. cearensis apresentam leve torção
no colo, região de transição do hipocótilo e raiz; pontos de oxidação na raiz, provocando a
sua bifurcação; e desenvolvimento de gemas axilares presentes na inserção dos cotilédones,
22
quando o epicótilo e/ou o catáfilo apresentam danos, propiciando a formação de dois novos
epicótilos idênticos ao seminal. Esse desenvolvimento das gemas não está relatado nas RAS
e, devido ao acompanhamento deste caso após o teste de germinação, constatou-se que os
indivíduos formam plântulas sadias e bem desenvolvidas. Com isto, conclui-se que estas
podem ser classificadas como plântulas normais fracas.
As anormalidades nas plântulas mais frequentes foram as decorrentes de oxidações e
torções das raízes. Estas, em alguns casos, apresentando formato espiralado, além disso,
observaram-se torções acentuadas no colo. Verificaram-se casos em que as plântulas que
continham oxidação nos eófilos e/ou epicótilos seminais, passavam a desenvolver dois novos
epicótilos, estes originados das gemas laterais localizadas na inserção dos cotilédones,
nesses casos as plântulas foram consideradas normais fracas (Figura 5). Nestes casos, as
plântulas foram observadas em casa de vegetação por aproximadamente 60 dias, e na fase
de planta jovem essas plântulas apresentaram crescimento próximo a de uma plântula normal
forte.
Figura 5. Plântula normal fraca de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) com
dois epicótilos originados de gemas axilares
.
23
A oxidação apenas dos eófilos não interfere no crescimento do epicótilo e, ainda, há o
crescimento de novos eófilos a partir de gema protegida por catafilo do epicótilo seminal,
caracterizado como plântulas normais fracas. Também, observou-se oxidação nos epicótilos
originados das gemas axilares, ainda durante o crescimento inicial, neste caso a plântula foi
considerada anormal.
Em todo o estudo, constatou-se apenas uma plântula albina de expressão tardia, visto
que a plântula sadia apresenta-se despigmentada no início da germinação e passando a ser
clorofilada, porém quando a plântula é albina passa a despigmentar-se com
aproximadamente vinte dias pós-semeadura. Com isto, ressalta-se a importância da
necessidade de trinta dias para avaliação final da germinação, visto que após as estruturas
apresentarem-se clorofiladas, estas passam a serem albinas.
4.2. Qualidade fisiológica dos lotes de sementes de A. cearensis
Os teores de água entre os lotes apresentaram-se semelhantes, variando de 6,4%
(lote 4) a 7,2 % (lote 1) (Tabela 3). Essa semelhança no teor de água é essencial para que
não haja interferência no resultado dos testes de qualidade fisiológica a partir de diferença de
atividade metabólica e velocidade de umedecimento, recomendando-se que a diferença dos
valores do teor de água seja inferior a 2% (MARCOS-FILHO, 1999; COIMBRA et al., 2009).
A germinação difere apenas entre os lotes 2 e 4, em que o lote 2 expressa baixa
viabilidade em relação ao lote 4 com 70 e 87% de germinação, respectivamente, não sendo
observado diferença estatísticas destes para com os demais lotes. Apesar do lote 2 obter a
menor porcentagem de germinação, este não difere do lote 4 na primeira contagem e na
velocidade da germinação. Na primeira contagem da germinação apenas foi observado
diferença entre os lotes 2 e 3 (10 e 1%, respectivamente), enquanto os demais apresentam-
se estatisticamente iguais. A baixa porcentagem de germinação na primeira contagem ocorre
devido à característica da espécie, a qual apresenta lento e desuniforme processo
germinativo, que também reflete na velocidade da germinação.
24
Tabela 3. Teor de água (T.A), germinação (G), emergência (E), viabilidade e vigor pelo teste
de tetrazólio (T-VB e T-VG), primeira contagem (PC), vigor de plântulas normais fortes (VP),
índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento de plântulas (CP-PL), comprimento
de plântulas normais fortes (CP-PLN) e massa seca de plântulas (MS-PL) de Amburana
cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae).
Variáveis Lote
1 2 3 4 5
T.A (%) 7,2 6,7 6,9 6,4 6,8
G* (%) 82 ab 70 b 83 ab 87 a 79 ab
E (%) 79 a 78 a 83 a 81 a 72 a
T-VB * 86 a 93 a 92 a 98 a 92 a
T-VG** 69 b 78 ab 69 b 92 a 69 b
PC* (%) 4 ab 10 a 1 b 4 ab 3 ab
VP** (%) 45 b 51 ab 29 b 65 a 51 ab
IVG** 1,06 ab 1,22 a 0,90 b 1,18 a 1,15 a
CP-PL ** (cm.plântula-1) 15,9 ab 15,6 ab 14,7 b 19,9 a 16,4 ab
CP-PLN** (cm.plântula-1) 9,4 b 11,9 ab 7,0 b 15,5 a 11,1 ab
MS-PL** (mg.plântula-1) 72,9 b 73,6 ab 72,5 b 88,6 a 78,4 ab
* Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Kruskal-Wallis a 5%
de probabilidade.
** Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 1% de
probabilidade.
O IVG das sementes de A. cearensis variou de 0,90 a 1,22, os valores expressos
próximos a zero ressaltam a necessidade da duração de 30 dias para a avaliação final da
germinação. Apesar disso, o IVG foi capaz de diferenciar a qualidade fisiológica, observando-
se que os lotes 2, 4 e 5 apresentam maior velocidade de germinação que o lote 3 (Tabela 3).
A primeira contagem está indiretamente ligada ao IVG, pois se interpreta que a elevada
porcentagem de plântulas de um determinado lote demonstra a rapidez deste quando
comparado aos demais, inclusive as duas varáveis em questão são considerados como testes
de vigor que se baseiam no desempenho de plântulas (OLIVEIRA, 2009). A exemplo do lote
3 que possui velocidade de 0,90 (Tabela 3), e inferior aos demais lotes, pode-se inferir que as
sementes são menos vigorosas, visto que para que o processo germinativo seja iniciado essas
sementes necessitam primariamente restaurar organelas e tecidos danificados, consumindo,
assim, energia e tempo para a ocorrência da efetiva germinação (VILLIERS, 1973; SENA et
al., 2015).
A emergência e a viabilidade por teste de tetrazólio não diferiram estatisticamente,
sendo observado que o lote 3 apresentou maior emergência (83%) e o lote 5 a menor (72%),
enquanto que a maior porcentagem de sementes viáveis avaliados por tetrazólio foi do lote 4
25
(98%) e menor do lote 1 (86%). Apesar da viabilidade das sementes não ter ranqueado, na
classificação do vigor pelo teste de tetrazólio foi observado que os lotes 1, 3 e 5 obtiveram
mesma porcentagem, de 69%, e são tidos como menos vigorosos que o lote 4, no qual
apresentou 92% de sementes vigoras no lote (Tabela 3).
As sementes consideradas vigorosas foram inseridas nas classes 1 e 2, nas quais
apresentam predominância da cor rosa. Quanto à viabilidade, foram contabilizadas as
sementes das classes 1, 2 e 3, nesta ultima classe as sementes apresentam mais de 40% de
coloração vermelho carmim forte e, ou branco leitoso, porém, com cilindro central de coloração
rosa, o que indica que há atividade enzimática no tecido (Figura 6). As sementes da classe 1
que não apresentam deterioração provavelmente originarão as plântulas intactas e as de
classe 2 as plântulas normais fracas, que apresentam pequenos defeitos oriundos do
processo de degradação dos tecidos da semente. Enquanto sementes da classe 3 que
apresentam baixo vigor originam plântulas anormais, já a classe 4 representa as sementes
mortas.
Figura 6. Classificação das sementes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae)
para avaliação da viabilidade e vigor por meio do teste de tetrazólio.
Para eficiente avaliação da viabilidade e vigor das sementes pelo teste de tetrazólio se
faz necessário a definição das condições apropriadas de preparo e pré-condicionamento para
a coloração das sementes (ABBADE et al., 2014). Com as definições metodológicas
estabelecidas para a classificação de vigor, as sementes são classificadas em vigorosas,
viáveis e inviáveis, observando-se a coloração dos tecidos que são indicativos da atividade
enzimática nos tecidos vivos. Quando não há atividade enzimática, o tecido (morto) apresenta
coloração branco leitoso e, quando há atividade, observa-se a coloração vermelho carmim ou
rosa (FRANÇA-NETO et al., 1988).
No teste de vigor de plântulas, o lote 4 apresenta 65% de plântulas normais fortes,
sendo mais vigoroso que os lotes 1 e 3, os quais possuem 45 e 29% de plântulas normais
fortes dentre as plântulas contabilizadas no teste de germinação. O teste de germinação em
26
si estabelece um limite de desempenho do lote que, por ser realizado em condições ótimas,
proporciona o máximo potencial germinativo, necessitando, portanto, de testes de vigor a fim
informações complementares na diferenciação da qualidade fisiológica das sementes
(AMARO et al., 2015).
O comprimento de plântulas observado no lote 4 são significativamente maiores que
as do lote 3 (19,9 e 14,7 cm.plantula-1, respectivamente). Foi observado que o comprimento
de plântulas normais fortes e a massa seca apresentam mesmo ranqueamento, em que o lote
4 possui maior comprimento e massa seca (15,5 cm.plântula-1 e 88,6 mg.plântula-1,
respectivamente) quando comparado aos lotes 1 e 3 (9,4 e 7,0 cm.plântula-1; 72,9 e 72,5
mg.plântula-1) (Tabela 3). Nos testes de comprimento e massa seca, leva-se em consideração
que os lotes de sementes mais vigorosas originam plântulas de maior desenvolvimento e
maior ganho de massa, visto que as plântulas em questão possuem maior capacidade de
transformação dos tecidos e suprimento das reservas (AMARO et al., 2015).
Testes que possuem como base o desempenho de plântulas vêm sendo cada vez mais
estudados para a avaliação da qualidade fisiológica de sementes. Esses não são apenas
complementares ao de germinação, mas protagonistas, visto a rapidez e a eficácia, havendo
destaque para o comprimento de plântulas, principalmente em cultivares agronômicas (SENA
et al., 2015). O teste de comprimento de plântulas foi aplicado para avaliação na qualidade
fisiológica de A. cearensis, em que comparados com os demais testes, o comprimento da raiz
principal foi recomendado para a avaliação de vigor, visto a sensibilidade do teste para a
classificação da qualidade fisiológica (GUEDES et al., 2015).
As correlações entre os testes fisiológicos e o vigor de plântulas foram significativas
apenas para o comprimento de plântulas, comprimento de plântulas normais fortes e IVG;
Entre o quais as duas variáveis de comprimento obtiveram correlação positiva forte, em que
o comprimento de plântulas normais fortes apresentou maior correlação (0,9275) (Tabela 4),
sendo, portanto, as variáveis analisadas, proporcionais.
27
Tabela 4. Correlação entre vigor de plântulas normais fortes de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. (Fabaceae) (VP) e comprimento de plântulas normais fortes (CP-PLN) e as demais variáveis analisadas (PC: primeira contagem, IVG: índice de velocidade de germinação, CP-PL: comprimento de plântulas, MS-PL: massa seca de plântulas, E: emergência, T-VG: teste de tetrazólio na classificação de vigor).
Correlações Coeficiente P Correlação
VP (%) X PC 0,1475 * 0,3638 Ns
VP (%) X IVG 0,5646 * < 0,0001 Positiva moderada
VP (%) X CP-PL (cm.plântula-1) 0,7857 * < 0,0001 Positiva forte
VP (%) X CP-PLN (cm.plântula-1) 0,9275 * < 0,0001 Positiva forte
VP (%) X MS-PL (mg.plântula-1) 0,3349 * 0,0346 Ns
VP (%) X E (%) 0,1805 ** 0,4463 Ns
VP (%) X T-VG (%) -0,052 ** 0,8276 Ns
CP-PLN (cm.plântula-1) X PC (%) 0,1561 * 0,3362 Ns
CP-PLN (cm.plântula-1) X IVG 0,5816 * < 0.0001 Positiva moderada
CP-PLN (cm.plântula-1) X CP-PL (cm.plântula-1) 0,7918 * < 0.0001 Positiva forte
CP-PLN (cm.plântula-1) X MS-PL (mg.plântula-1) 0,2555 * 0,1114 Ns
CP-PLN (cm.plântula-1) X E (%) -0,1673 * 0,302 Ns
CP-PLN (cm.plântula-1) X T-VG (%) -0,2705 * 0,0913 Ns
* Coeficiente de Spearman ** Coeficiente de Pearson
O comprimento de plântulas normais fortes ao ser correlacionado com as demais
variáveis obteve correlação apenas com o comprimento de plântulas, vigor de plântulas e IVG,
observando-se correlação 0,7918, 0,9275 e 0,5816, respectivamente (Tabela 4). O fato de a
correlação ser positiva implica que quanto maior o comprimento das plântulas normais fortes
maior será o comprimento, o vigor das plântulas e o IVG.
O coeficiente de correlação de Spearman e Pearson varia de -1 a 1 para conjunto de
dados, em Spearman os dados são analisados em postos, apresentando mesma estimativa
da correlação linear de Pearson, visto que deriva deste (LIRA, 2004). Quanto mais próximo a
1 ou -1, mais forte é a correlação, e a proximidade a zero mostra que a correlação é fraca, em
que se pode classificar como correlações fortes quando o coeficiente estiver nos intervalos de
0,70 a 1 e -0,70 a -1 (MIRANDA, 2008).
A correlação para fins de avaliação da eficácia de testes de vigor pode ocasionar
informações incompletas, visto que significância da correlação mostra a semelhança de
variação entre duas variáveis, não necessária precisão correspondente da estimativa quanto
à qualidade fisiológica das sementes em si, portanto, a correlação deve ser aplicada como
modelo estatístico complementar para se entender as variações entre os testes avaliados em
determinado estudo (SENA et al., 2015).
Os lotes de sementes de A. cearensis avaliados apresentam baixa variância entre eles,
a viabilidade avaliada pela germinação torna perceptível que o ranqueamento desta variável
28
é sutil, sendo observado, ainda, que o teste de vigor de plântulas normais fortes apresentou
mesmo ranqueamento que o comprimento de plântulas normais fortes e massa seca de
plântulas. Estes estabelecem que o lote 4 é mais vigoro quando comparado ao lote 1 e 3,
enquanto que no comprimento de plântulas o lote 4 é mais vigoroso que o lote 3.
29
5. CONCLUSÕES
__________________________________________________________________________
As plântulas de A. cearensis são do tipo semi-hipógea fanerocotiledorar. A partir da
caracterização morfológica das plântulas, é possível classificá-las em normais fortes e fracas
e anormais.
O teste de vigor de plântulas e o comprimento de plântulas normais fortes são
eficientes para a classificação do vigor de plântulas de A. cearensis.
30
LITERATURA CITADA
ABBADE, E. L. C.; TAKAKI, M. Teste de tetrazólio para avaliação da qualidade de sementes
de Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith - Bignoniaceae, submetidas ao armazenamento.
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1
ANEXO 1 – Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos de Amburana cearensis (cumaru)
__________________________________________________________________________
Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos do cumaru Data: Lote: Repetição:
Características da plântula 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1
0 11 12 13 14
1
5 16 17
1
8
1
9
2
0 21
2
2 23 24 25
Comprimento total da plântula
Raiz - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Raiz axial
Comprimento entre 5- 12,8cm
Coloração creme-acobreada
Coifa de coloração castanho-acobreada
Hipocótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Cilíndrico curto
Comprimento entre 0,5-1,3
Coloração esverdeada
Presença de pelos finos e escassos
Lenticelas irregulares de coloração
esbranquiçadas
Cotilédones - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Formato oval/oblongo
Pecíolos opostos
Estrias no pecíolo
Comprimento (1,4-2,9) x Largura (0,9-1,4)
Coloração verde claro
Epicótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Comprimento entre 6,4-14,0
Lenticelas irregulares na região basal
De formato cilíndrico e reto
2
Coloração verde claro
Presença de pelos finos de coloração branca
Eófilos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Compostos (3-4 folíolos)
Alternos
Pecíolo de coloração verde clara
Comprimento entre 0,2-2,5
Folíolo
Alternos
Coloração verde clara
Nervação broquidódroma