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INTERCÂMBIO COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio Coordenação-Geral de Organização para a Exportação

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Turquia: Capita l: Ancara

População1 : 76,9 mi lhões de habitantes

PIB (2014)2 : US$ 806,11 bi lhões

PIB per capita (2014)2 : US$ 10.482

PIB por setor 3 :

Agr icu l tura: 8,2%

Indústr ia: 26,9%

Serviços: 64,9%

Taxa Média de Cresc. (2003-2013)2 : 5,4%

Taxa de cresc imento (2014)2 : 2,9%

Projeção de Cresc. (2015) 2 : 3 ,1%

1 ONU

2 FMI 3 CIA

Brasi l:

População (proj .) 4 : 202,8 mi lhões de habi tantes

PIB (2014)2 : US$ 2,35 tr i lhões

PIB per capita (2014)2 : US$ 11.604

PIB por setor 4 :

Agr icu l tura: 5,6%;

Indústr ia: 23,4%;

Serviços: 71,0%

Taxa Média de Cresc. (2003-2013)2 : 4,1%

Taxa de Cresc. (2014) 2 : 0 ,1%

Projeção de Cresc. (2015) 5 : -1 ,0%

4 IBGE 5 FMI


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PARTE I – O COMÉRCIO BILATERAL BRASIL – TURQUIA A Turquia possui uma população de aproximadamente 77 milhões de habitantes com uma renda per capta muito próxima a brasi leira, cerca de US$ 10,5 mil. O país teve um forte ritmo de crescimento entre 2003 e 2013, período em que obteve um crescimento médio anual de 5,4%. Em 2014, cresceu 2,9% e, para 2015, a previsão é de uma expansão de 3,1%. Esse crescimento da Turquia ocorreu em paralelo à uma forte expansão do déficit na balança comercial , que subiu de US$ 10,07 bilhões em 2001 para US$ 84,51 bilhões em 2014. As exportações em 2014 foram de US$ 157,71 bilhões, enquanto as importações at ingiram US$ 242,22 bilhões. Com tal expansão do déficit comercial, o superávit em transações correntes existente em 2001, de 1,92% do PIB, se transformou num déficit de 5,83% do PIB em 2014.1

A União Europeia foi o principal parceiro comercial da Turqui a, sendo que 43,5% do valor exportado pela Turquia foi para o bloco europeu em 2014, ao mesmo tempo que 36,7% das importações turcas tiveram origem no bloco. Excluindo os parceiros da União Europeia, a Rússia e a China se destacaram como fornecedores da Turquia, com 10,4% e 10,3% do valor importado, respectivamente.

O comércio brasileiro com a Turquia cresceu muito neste século, saltando de

US$ 166,59 milhões em 2001 para US$ 1,31 bilhão em 2014. Essa cifra de exportações colocou o Brasil com 0,7% de participação nas aquisições da Turquia. As importações de produtos turcos também incrementaram muito, com expansão das compras de US$ 88,46 milhões em 2001 para US$ 882,33 milhões em 2014. O f luxo comercial entre os dois países resultou num superávit para o Brasil de US$ 426,00 milhões em 2014.

1 Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook Database – Outubro 2015)


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PARTE II – O INTERCÂMBIO COMERCIAL AGRÍCOLA

A Turquia é um exportador l íquido de produtos agropecuários, com vendas externas de US$ 18,29 bilhões e importações de US$ 14,68 bilhões. Os principais produtos do setor adquiridos pela Turquia foram o algodão (US$ 3,02 bilhões), o tr igo (US$ 1,33 bilhão), óleo cru de semente de girassol (US$ 1,18 bi lhão) e soja em grão (US$ 1,12 bilhão). No gráf ico II, abaixo, pode-se visualizar a forte expansão das exportações agropecuárias brasileiras para a Turquia neste século. Em 2001, as exportações de produtos agropecuários brasi leiros para a Turquia eram de US$ 34,53 milhões, cifra que expandiu para US$ 636,49 milhões em 2014. As importações, por sua vez, embora tenham crescido, não tiveram a mesma dinâmica. As compras aumentaram de US$ 22,33 milhões em 2001 para US$ 96,22 milhões em 2014. O forte incremento das exportações agropecuárias brasileiras para a Turquia expandiu a part icipação desses produtos na pauta. Em 2001, por exemplo, a participação dos produtos agropecuários era de 20,7 % nas exportações brasileiras à Turquia, porcentagem que aumentou para 48,6% em 2014. O Gráfico III i lustra essa tendência de incremento da participação dos produtos agropecuários.


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O complexo soja foi o principal setor agropecuário brasileiro nas exportações para a Turquia. As importações turcas dos produtos do setor foram de US$ 1,47 em 2014, sendo US$ 1,12 bi lhão de soja em grão e US$ 346,50 milhões em farelo de soja. No que se refere ao comércio de soja em grão, os principais fornecedores foram: Paraguai (28,2%), Brasil (26,9%), Estados Unidos (24,3%) e Ucrânia (16,0%). Já os fornecedores de farelo de soja foram: Argentina (38,4%), Estados Unidos (28,6%), Brasil (21,4%) e Paraguai (11,1%). As exportações brasileiras de produtos do complexo soja para a Turquia subiram muito nos últ imos três anos. Em 2012, as vendas eram de somente US$ 13,55 milhões, cifra que incrementou para US$ 294,24 milhões em 2014. Desse valor, a soja em grão é preponderante, com US$ 234,91 milhões, f icando o farelo de soja com US$ 59,32 milhões. O aumento das exportações dos produtos do complexo soja explica a expansão das exportações brasileiras agropecuárias à Turquia nos últ imos dois anos, quando as vendas aumentaram de US$ 421,50 milhões em 2012 para US$ 636,49 milhões em 2014. O café aparece na Tabela I como o segundo principal produto agropecuário exportado para a Turquia. O país importou do mundo US$ 203,25 milhões em café no ano de 2014. A maior parte das aquisições turcas foram de café solúvel, com registros de US$ 94,12 milhões. Nesse produto, as exportações brasi leiras foram de US$ 7,93 milhões. No café verde, porém, o Brasil exportou US$ 93,02 milhões, sendo o principal fornecedor turco. Além do café verde e solúvel, a Turquia ad quiriu US$ 26,98 milhões de café torrado, produto com participação irrelevante do Brasil. Na terceira posição entre os principais produtos agropecuários exportados para a Turquia apareceu o Algodão não cardado nem penteado. Os produtos de algodão (capítulo 52 da TEC) são os principais produtos agropecuários importados pela Turquia do mundo, com compras no montante de US$ 3,02 bilhões, sendo US$ 1,75 bilhão em algodão não cardado nem penteado. Neste produto, destacaram -se como


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fornecedores: Estados Unidos (52,3%), Turcomenistão (16,2%), Grécia (11,1%) e Índia (5,8%). A participação brasileira, segundo as estatíst icas turcas, foi de 3,5%. A relação prat icamente completa das exportações de produtos agro pecuários brasi leiros à Turquia é apresentada na Tabe la I.


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Nos últ imos dez anos, as exportações agropecuárias para a Turquia subiram de US$ 186,54 milhões (2005) para US$ 636,49 milhões (2014). Todavia, a diversidade dos produtos exportados não melhorou. A part icipação do principal setor exportador, o complexo soja, aumentou a participação de 30% para 46% em dez anos.

A part icipação dos quatro principais setores em 2005 era de 78,1%, participação que aumentou para 85,0% em 2014.


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Os principais produtos agropecuários exportados pela Turquia para o mundo

foram amêndoas e frutas. O país exportou US$ 4,33 bi lhões desses produtos em 2014, sendo US$ 1,34 bi lhão de avelãs, US$ 477,68 milhões de uvas secas, US$ 363,83 milhões de tangerinas, US$ 345,94 milhões de damascos secos.

A participação da Turquia no comércio mundial desses produtos é representat iva,

por esse motivo estão elencados entre os principais produtos agropecuários importados da Turquia pelo Brasil . Para exemplif icar, a Turquia teve um market share de mais de 80,0% do comércio mundial de avelãs (excluindo o intra-comércio da União Europeia). As importações brasileiras do produto foram de US$ 26,51 milhões em 2014, prat icamente fornecidas pela Turquia. Os demais produtos agropecuários importados da Turquia foram relacionados na Tabela II.


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PARTE III – O INTERCÂMBIO COMERCIAL NÃO AGRÍCOLA

Nas exportações não agrícolas destacaram-se os minérios e seus produtos. As vendas desses produtos somaram, aproximadamente, dois terços das exportações não agrícolas para a Turquia. O minério de ferro é o principal produto não agrícola, com exportações de US$ 273,20 milhões em 2014. Além deste minério, foram exportados em 2014: produtos semimanufaturados de minério de ferro ou aço (US$ 71,02 milhões); l igas de aço (US$ 52,64 milhões); produtos laminados planos, de ferro ou aço (US$ 27,14 milhões); estanho em forma bruta (US$ 13,27 milhões); etc .

As exportações de produtos não agrícolas diminuíram em função,

principalmente, da queda de preço do minério de ferro. A quantidade exportada de minério de ferro em 2014 foi praticamente semelhante à de 2012, 3,8 milhões de toneladas, porém, a queda do preço médio de exportação diminuiu as exportações em quase US$ 100 milhões.


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As importações brasi leiras de produtos não agrícolas turcos foram relacionadas na Tabela IV. Destacaram-se as aquisições de barras de ferro ou aço (US$ 169,64 milhões) e as partes e acessór ios de veículos (US$ 116,37 milhões).


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PARTE IV – O MERCADO TURCO PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS As importações turcas de produtos agropecuár ios subiram de US$ 9,87 bi lhões em 2010 para US$ 14,68 bilhões em 2014 . Uma expansão anual de 10,4%. Como já mencionado, os produtos de algodão foram os principais produtos adquir idos pela Turquia, com registro de US$ 3,02 bi lhões em aquisições. Outros produtos com valor elevado nas importações agropecuár ias turcas foram: tr igo (US$ 1,55 bi lhão), c omplexo soja (US$ 1,47 bi lhão), óleo


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de girassol (US$ 1,18 bi lhão), óleo de palma (US$ 491,45) e fumo não manufaturado (US$ 400,98 milhões).

Para uma anál ise mais apurada do intercâmbio comercial agrícola com a Turquia, serão apresentadas as quatro tabelas a seguir:

Tabela V-A – produtos nos quais o Brasi l part icipa com mais de 1% do comércio mundial e que obtém, no mercado em questão, part ic ipação super ior à que possui no mercado mundial;

Tabela V-B – produtos nos quais o Brasi l part icipa com mais de 1% do comércio mundial e que obtém, no mercado em questão, part ic ipação inferior à que possui no mercado mundial;

Tabela V-C – produtos que o Brasi l não exporta para o mercado em questão, mas que possui part ic ipação igual ou super ior à 1% no mercado mundial; e

Tabela V-D - produtos que o Brasi l exporta ou não para o mercado em questão e que possui part ic ipação inferior a 1% no mercado mundial.

O Gráf ico VI mostra a distr ibuição das importações d a Turquia de acordo com os critér ios das quatro tabelas mencionadas, ou seja, a part icipação do valor das importações apresentadas em cada tabela no valor total importado pelo mercado em anál ise. As estat íst icas apresentadas demonstram, todavia, que para 57,1% do valor comercializado o Brasil não possui part icipação elevada no comércio internacional.


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