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Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde/ Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas Departamento de Apoio à Gestão Participativa CHAMADA PARA SELEÇÃO DE PROJETOS DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL: FORTALECIMENTO DO PROTAGONISMO DE USUÁRIOS E FAMILIARES, TRABALHO, CULTURA E INCLUSÃO SOCIAL DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - 2015 Portaria GM nº 3088, de 23.12.2011; Portaria GM nº 132, de 26.01.2012 e Portaria GM nº 854, de 22 de agosto de 2012. 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Saúde instituiu através da Portaria GM 3.088/2011 a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), composta por diversos pontos de atenção que se norteiam pela singularização do cuidado e têm no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) seu ponto estratégico e articulador. A RAPS reafirma os direitos preconizados na Lei 10.216 de 2001 e tem como objetivo principal promover o cuidado em liberdade com atenção integral, garantindo a salvaguarda dos direitos e o exercício da cidadania de pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. A estratégia de Reabilitação Psicossocial compõe a RAPS com o objetivo de desenvolver ações de fortalecimento e qualificação de iniciativas articuladas com os recursos do território nos campos do trabalho/economia solidária, habitação, educação e cultura, que garantam o exercício da cidadania, o fortalecimento do protagonismo de usuários e familiares da RAPS e a produção de novas possibilidades de projetos de vida, sendo entendida como um conjunto de práticas que buscam transformar as relações de poder entre as pessoas e as instituições. Ressalta-se que a estratégia não se restringe a um ponto de atenção ou ações isoladas, mas envolve a criação de novos campos de negociação e formas de sociabilidade. Considerando que tais ações contribuem para o fortalecimento da contratualidade deste público no território e consequente qualificação dos pontos de atenção da RAPS, a Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS/MS torna público o lançamento desta Chamada para seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial: Fortalecimento do Protagonismo de Usuários e Familiares, Trabalho, Cultura e Inclusão Social na Rede de Atenção Psicossocial – 2015, nos termos das Portarias GM nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011, nº 132, de 26 de janeiro de 2012 e nº 854, de 22 de agosto de 2012. 2. OBJETIVO

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Page 1: Ministério da Saúde Departamento de Ações Programáticas ...portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/setembro/18/Chamada... · INTRODUÇÃO O Ministério da Saúde instituiu

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde/ Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa

Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

Departamento de Apoio à Gestão Participativa

CHAMADA PARA SELEÇÃO DE PROJETOS DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL:

FORTALECIMENTO DO PROTAGONISMO DE USUÁRIOS E FAMILIARES, TRABALHO, CULTURA E

INCLUSÃO SOCIAL DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - 2015

Portaria GM nº 3088, de 23.12.2011; Portaria GM nº 132, de 26.01.2012 e

Portaria GM nº 854, de 22 de agosto de 2012.

1. INTRODUÇÃO

O Ministério da Saúde instituiu através da Portaria GM 3.088/2011 a Rede de Atenção

Psicossocial (RAPS), composta por diversos pontos de atenção que se norteiam pela

singularização do cuidado e têm no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) seu ponto

estratégico e articulador. A RAPS reafirma os direitos preconizados na Lei 10.216 de 2001 e

tem como objetivo principal promover o cuidado em liberdade com atenção integral,

garantindo a salvaguarda dos direitos e o exercício da cidadania de pessoas com transtorno

mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

A estratégia de Reabilitação Psicossocial compõe a RAPS com o objetivo de

desenvolver ações de fortalecimento e qualificação de iniciativas articuladas com os recursos

do território nos campos do trabalho/economia solidária, habitação, educação e cultura, que

garantam o exercício da cidadania, o fortalecimento do protagonismo de usuários e familiares

da RAPS e a produção de novas possibilidades de projetos de vida, sendo entendida como um

conjunto de práticas que buscam transformar as relações de poder entre as pessoas e as

instituições. Ressalta-se que a estratégia não se restringe a um ponto de atenção ou ações

isoladas, mas envolve a criação de novos campos de negociação e formas de sociabilidade.

Considerando que tais ações contribuem para o fortalecimento da contratualidade

deste público no território e consequente qualificação dos pontos de atenção da RAPS, a

Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS/MS torna público o

lançamento desta Chamada para seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial:

Fortalecimento do Protagonismo de Usuários e Familiares, Trabalho, Cultura e Inclusão Social

na Rede de Atenção Psicossocial – 2015, nos termos das Portarias GM nº 3.088, de 23 de

dezembro de 2011, nº 132, de 26 de janeiro de 2012 e nº 854, de 22 de agosto de 2012.

2. OBJETIVO

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Esta Chamada tem como objetivo apoiar financeiramente projetos de Reabilitação

Psicossocial através de ações de fortalecimento do Protagonismo de Usuários e Familiares,

iniciativas de Trabalho, Cultura e Inclusão Social da Rede de Atenção Psicossocial, que

contemplem pessoas de todas as idades e com diferentes necessidades em saúde.

Poderão participar da seleção projetos de reabilitação psicossocial desenvolvidos em

todas as modalidades de CAPS, Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Acolhimento, e os

demais pontos de atenção da RAPS, Associações/ Organizações de Usuários e Familiares,

Centros de Convivência e Cultura, conjuntamente com entidades e dispositivos que promovam

as interfaces entre saúde mental e trabalho, Economia Solidária, cooperativas sociais, cultura e

cidadania.

3. REQUISITOS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

As propostas deverão ser elaboradas pelos atores da RAPS (profissionais, usuários e

familiares) em parceria com as respectivas Coordenações de Saúde Mental do município ou

estado, garantindo o protagonismo de usuários e familiares na construção do projeto. A

apresentação da proposta é de responsabilidade da Secretaria Municipal ou de Estado da

Saúde, com designação de referência técnica que irá acompanhar a execução do projeto.

Os projetos deverão contemplar ao menos uma das linhas de ação abaixo

apresentadas:

1. Protagonismo de usuários e familiares da RAPS: Projetos voltados à participação

direta de usuários e familiares nas estratégias de defesa de direitos e controle social

do Sistema Único de Saúde (SUS), à luz dos marcos regulatórios de direitos humanos

em saúde mental.

São exemplos de ação:

a. apoio ao desenvolvimento e regularização/formalização de associações de

usuários e familiares que atuem no campo da saúde mental na perspectiva

de garantia dos direitos;

b. encontros, conferências e outros eventos;

c. elaboração de publicações impressas e materiais audiovisuais voltados ao

tema;

d. intercâmbio de experiências entre atores de movimentos sociais e

associações;

e. processos formativos para ampliação de conhecimentos de usuários,

familiares e outros atores da sociedade acerca da Reforma Psiquiátrica e

de direitos humanos;

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f. elaboração de estratégias para aumento da contratualidade e participação

de usuários e familiares nos pontos de atenção da RAPS;

g. parceria em ações de defesa de direitos junto à Defensoria Pública do

estado e/ou projetos universitários, com enfoque nos processos de

desinstitucionalização (desinternações, levantamento de interdições,

acesso a benefícios sociais, tomada de decisão apoiada, ampliação e

qualificação das redes de atenção psicossocial);

h. processos mobilizatórios de garantia do direito à moradia solidária,

terapêutica e/ou inclusiva.

2. Fortalecimento de experiências de geração de trabalho e renda/Economia

Solidária e cooperativismo social: os projetos deverão se estabelecer com

foco na inserção produtiva e geração de renda, com especial enfoque nas

estratégias de empreendimentos solidários.

São exemplos de ação:

a. instituição/fortalecimento de experiências de geração de renda e

economia solidária, tais como reciclagem, estamparia, confecção,

agricultura/horta comunitária, produtos alimentícios e artesanais,

prestação de serviços, comercialização de artigos, organização de coletivos

culturais com fim econômico etc.;

b. intercâmbio entre atores de experiências de inserção produtiva e/ou

geração de renda, movimentos sociais e associações voltados ao tema;

c. contratação de consultoria para o fortalecimento das articulações entre

trabalho e Economia Solidária;

d. fortalecimento de redes regionais de trabalho e renda;

e. apoio e/ou realização de projetos de economia criativa.

É desejável que projetos voltados para inclusão pelo trabalho sejam elaborados em

parceria com incubadoras de cooperativas e empreendimentos solidários vinculados às

universidades, prefeituras ou redes regionais e com a Secretaria do Trabalho e

Emprego/Economia Solidária do município ou estado. Em projetos de intervenção em cultura,

a articulação com as Secretarias correspondentes também é desejável. As incubadoras de

cooperativas e empreendimentos estão ligadas aos programas de extensão universitária ou a

gestões públicas e visam apoiar a construção, implantação, capacitação e qualificação de

projetos desenvolvidos por empreendimentos econômicos solidários, cooperativas sociais,

iniciativas de geração de trabalho e renda desenvolvidos, sobretudo, pelos segmentos mais

vulneráveis da sociedade.

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3. Projetos de educação inclusiva e continuada: os projetos deverão realizar

ações de educação e formação continuada sob o paradigma da Convenção

sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e da Lei Brasileira de Inclusão

da Pessoa com Deficiência.

São exemplos de ações:

a. Apoio a experiências para alfabetização de adultos, educação continuada

de usuários e familiares, com articulação intersetorial;

b. Apoio a experiências e/ou realização de ações de inclusão digital;

c. Apoio a experiências escolares de gestão educacional na diversidade;

4. Comunicação audiovisual e impressa: os projetos deverão se organizar em

torno de produções que levem em conta a linguagem audiovisual como

principal ferramenta de educação popular, mobilização social, articulação

político-institucional, defesa de direitos humanos em saúde mental,

incidência política e advocacy.

São exemplos de ação:

a. Produção de cartilhas, folders, portais eletrônicos, vídeos, jornais e outros;

b. Apoio e/ou criação de rádios populares, comunitárias e educomunitárias;

c. Apoio e/ou criação de programas televisivos locais e veiculados em mídias

eletrônicas;

d. Apoio e/ou criação de publicações impressas e periódicos;

e. Apoio e/ou elaboração de filmes que revelem questões relacionadas à

saúde mental;

f. Apoio e/ou criação de tecnologias digitais (ex. aplicativos).

5. Acesso à cultura e expressões artísticas e culturais: os projetos deverão ter a

finalidade de realizar ações culturais e artísticas com fins não econômicos,

como também ligadas às expressões e narrativas de histórias locais, em

parceria com empreendimentos solidários, coletivos culturais e/ou serviços

públicos.

São exemplos de ação:

a. Apoio à construção e formalização de grupos de teatro, música, dança e

outras expressões culturais;

b. Apoio à realização de mostras, apresentações, exibições e encontros

culturais;

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c. As de mesma natureza e finalidade elencadas na Linha de Ação 2, desde

que com fins não econômicos;

Considerando o caráter intersetorial do componente de reabilitação psicossocial,

também é desejável a articulação com as Secretarias de Cultura, Trabalho, Emprego e

Economia Solidária, Assistência e Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, entre outros.

4. INSCRIÇÃO

Para participar desta seleção o proponente deverá:

1. Elaborar o Projeto de Reabilitação Psicossocial de forma participativa entre usuários,

profissionais, gestores e comunidade;

2. Inscrever-se nesta Chamada para seleção de Projetos de Reabilitação Psicossocial:

Fortalecimento do Protagonismo de Usuários e Familiares, Trabalho, Cultura e Inclusão Social

da Rede de Atenção Psicossocial – 2015 até às 23h59min do dia 13 de outubro de 2015, por

meio do preenchimento do formulário eletrônico disponível em:

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=22658 com a seguinte

documentação:

I – Ofício assinado pelo gestor de saúde solicitando o incentivo financeiro e identificando o projeto ou o conjunto de projetos que serão beneficiados;

II – Projeto de reabilitação psicossocial, conforme Anexo I – Roteiro para apresentação de projetos;

III – Planilha de custos: planilha com relação dos materiais de consumo a serem adquiridos, contratações/capacitações com os custos dos mesmos, passagens e diárias referentes aos intercâmbios de experiência e demais despesas, respeitando o prazo de seis meses para execução do recurso;

IV – Termo de compromisso do gestor local assegurando a aplicação integral do incentivo financeiro no projeto ou no conjunto de projetos, em até 06 (seis) meses a contar da data do repasse dos recursos.

4. O formulário eletrônico deverá ser preenchido pela Coordenação de Saúde Mental do

estado ou do município com aval do (a) Secretário (a) de Saúde, devendo ser resultante de

processo coletivo de construção junto a profissionais, usuários, familiares e atores

intersetoriais envolvidos. As inscrições se darão exclusivamente por meio do formulário

eletrônico;

5. Para projetos de geração de trabalho e renda, empreendimentos solidários e/ou

cooperativas sociais é necessário realizar o cadastrar-se no CIST (Cadastro de Iniciativas de

Inclusão Social pelo trabalho). Caso a iniciativa/empreendimento já tenha se cadastrado no

CIST, não é necessário realizar nova inscrição. O CIST está disponível em:

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=865

6. O envio destes documentos é indispensável para a análise do projeto.

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7. O mesmo ente federativo pode apresentar mais de 01 (um) projeto, independente das

linhas de ação desejadas. Cada projeto pode contemplar uma ou mais linhas de ação.

8. O Anexo II apresenta documentos que podem ser consultados para auxiliar na elaboração

dos projetos.

5. SELEÇÃO

Os projetos serão avaliados por uma Comissão de Seleção composta por membros da

Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS/MS. Para a seleção,

serão priorizados os projetos que, além dos termos do Art. 5º da Portaria 132/2012, se

enquadrem nos seguintes critérios:

1. promovam a Desinstitucionalização: Serão considerados prioritários os projetos

sediados em municípios/regiões em processo de desinstitucionalização de hospitais

psiquiátricos, especialmente os que beneficiem usuários egressos de internações de longa

duração;

2. possibilitem a sustentabilidade: serão priorizados projetos que evidenciem meios

de continuidade e sustentabilidade do projeto após o término do financiamento pro esta

Chamada;

3. promovam a qualificação dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial

(RAPS): serão priorizados projetos sediados em municípios/regiões que possuam pontos de

atenção da RAPS;

4. pautem-se em ações de Articulação Intersetorial: serão priorizados projetos que

apresentem articulação intersetorial com áreas como cultura, esporte, lazer, trabalho,

educação, justiça, sistema socioeducativo, assistência social, direitos humanos e outros.

5. Contribuam diretamente para a produção de Tecnologias Sociais inovadoras.

6. Previsão de ações de reabilitação psicossocial pactuadas nos Planos de Ação da Rede

de Atenção Psicossocial Regionais ou Estaduais aprovados.

Só serão considerados para fins de seleção os projetos que contarem, na sua

constituição e execução, com a participação de usuários e familiares de saúde mental.

Serão aceitos projetos intermunicipais, devendo o proponente indicar o município

responsável pelo recebimento e gestão do incentivo e ofício de pactuação entre os gestores

envolvidos.

6. INCENTIVO FINANCEIRO

1. A Portaria nº 132/2012 do Ministério da Saúde foi instituída com o objetivo de

ampliar o incentivo financeiro para estados e municípios que desenvolvam projetos de

reabilitação psicossocial. Trata-se de um recurso de custeio - em parcela única - para a

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efetivação da estratégia de Reabilitação Psicossocial. Por esse motivo é vedado o uso do

recurso para aquisição de equipamentos ou bens permanentes, conforme estipulado pela

Portaria 3º 448 de 13 de setembro de 2002, do Ministério da Fazenda.

2. Os projetos deverão apresentar planilha orçamentária adequada a uma das

modalidades de repasse a seguir, indicando a modalidade em que deseja concorrer:

projetos contemplados com 15.000,00 (trinta mil reais) para programas de reabilitação

psicossocial que beneficiem entre 10 e 50 usuários;

Projetos contemplados com R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para programas de

reabilitação psicossocial que beneficiem entre 51 e 150 usuários;

projetos contemplados com R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para programas de

reabilitação psicossocial que beneficiem mais de 150 usuários.

A escolha de cada modalidade de repasse pelo proponente será realizada

considerando as seguintes dimensões dos projetos:

a. capacidade de execução do recurso pela equipe;

b. população beneficiada direta e indiretamente, na execução e no impacto das ações

realizadas;

c. natureza das ações propostas (intercâmbio, produção cultural territorial,

empreendimento solidário, associativismo etc);

O repasse será feito pelo Fundo Nacional de Saúde diretamente aos Fundos Municipais

ou Estaduais de Saúde, com execução financeira do projeto de acordo com a legislação local, o

que reforça a importância de articulação do proponente com a Secretaria Municipal ou

Estadual de Saúde.

O prazo para execução total do recurso é de até seis meses a partir da data de repasse

ao Fundo de Saúde.

7. RESULTADO DA SELEÇÃO

A listagem com os projetos selecionados estará disponível no portal do Ministério da

Saúde www.saude.gov.br/mental, a partir do dia 25 de outubro de 2015.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prestação de contas será realizada através de envio por parte do (a) gestor (a) de

relatório técnico final com detalhamento de todas as atividades desenvolvidas durante a

execução do projeto. Por ocasião de divulgação dos selecionados, serão apresentadas mais

informações acerca do acompanhamento do projeto e prestação de contas. A ausência de

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encaminhamento de prestação de contas inviabilizará a participação do ente em chamadas

futuras.

Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail [email protected].

Brasília, 15 de setembro de 2015

ROBERTO TYKANORI KINOSHITA

Coordenador - Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

CGMAD/DAPES/SAS/MS

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ANEXOS

ANEXO I - ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

1. Identificação

Nome do projeto

Estado

Município

Dados da associação/cooperativa social/experiência/serviço que realiza o projeto, caso esteja

em funcionamento (endereço, telefones, e-mail)

Secretaria Municipal da Saúde de referência (endereço, telefones, e-mail)

Coordenador(a) de Saúde Mental do município (nome, telefones, e-mail)

Referência Técnica responsável pelo projeto (nome, telefone, e-mail)

Dados de entidades parceiras e outros parceiros intersetoriais

Linha(s) de Ação do Projeto

Modalidade de repasse

2. Justificativa

Contextualizar a RAPS do município/região; fundamentar a pertinência e relevância do projeto

para a ampliação da autonomia dos usuários de saúde mental, incluindo aqueles com

necessidades decorres do uso de álcool e outras drogas e indicar as melhoras esperadas das

condições de vida, no sentido da garantia dos direitos sociais, de maneira objetiva (máximo de

duas páginas). Apresentar de que forma se deu a participação de usuários e familiares na

construção da proposta. Deve haver ênfase em aspectos qualitativos e quantitativos, evitando-

se dissertações genéricas sobre o tema.

3. Objetivos

Definir com clareza o que se pretende alcançar com o projeto.

4. Metas/produtos/resultados esperados

Indicar e quantificar metas, produtos e/ou resultados esperados de modo a permitir a

verificação de seu cumprimento, além da identificação dos beneficiários (direta ou

indiretamente) do projeto. As metas devem dar noção da abrangência da ação a ser realizada.

5. Metodologia/estratégia de ação

Explicar, sucintamente, como o projeto será desenvolvido (ações/atividades previstas, meios

de realização); os serviços envolvidos e as parcerias intersetoriais; detalhar como as diferentes

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etapas serão implementadas e qual a inter-relação entre as mesmas; indicar os mecanismos de

acompanhamento e avaliação do projeto a serem usados; proposta objetiva de continuidade e

sustentabilidade, esclarecer onde e com quem o projeto será realizado.

6. Cronograma de desenvolvimento do projeto

Detalhar a duração do projeto, fixando as datas estimadas para início e término (se houver)

das várias ações em que o mesmo se desmembrará.

7. Registro e divulgação das ações e resultados.

Proposta de registro das ações a serem realizadas e divulgação do projeto realizado.

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ANEXO II. SOBRE OS DOCUMENTOS QUE PODEM CONTRIBUIR NA ELABORAÇÃO DO

PROJETO

Relatório Final da I Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em 1986. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0206cnsm_relat_final.pdf

Relatório Final da II Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em 1992. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0208IIcnsmr.pdf

Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em 2001. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/relatorios/saude_mental.pdf

Brasil. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Coordenação Geral de Saúde Mental. Saúde Mental e Economia Solidária: Inclusão Social pelo Trabalho. I Oficina de Experiências de Geração de Trabalho e Renda da Saúde Mental. Editora MS, 2005. Disponível em http://www.cooperativismopopular.ufrj.br/saudemental/pdf/Saude_Mental_Economia_Solidaria.pdf

Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Coordenação Geral de Saúde Mental, 2006. Relatório final do Grupo de Trabalho Interministerial Saúde Mental e Economia Solidária, instituído pela Portaria Interministerial nº 353, de 7 de março de 2005. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4A5E01F7014A9C274BCE42D6/Recomenda%C3%A7%C3%B5es%20GT.pdf

Portaria nº 3027 de 26 de novembro de 2007 – aprova a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt3027_26_11_2007.html

HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – 4. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_gestores_trabalhadores_sus_4ed.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Redes de produção de saúde. Política nacional de Humanização da atenção e Gestão do SUS. – Brasília : Ministério da saúde, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redes_producao_saude.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Educação Popular e Saúde. Brasília-DF, 2007. Disponível em: www.bvseps.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=1105

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Decreto nº 6949 de 25 de agosto de 2009: Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm

Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria Nacional de Economia Solidária. Conferência Temática de Cooperativismo Social: caderno temático. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2010. Disponível em http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A28000013731C1E94D5DBD/cad_tematico_cooperativismo.pdf

Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental-Intersetorial, realizada em 2010. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_final_IVcnsmi_cns.pdf

Portaria GM no 3088, de 23 de dezembro de 2012, institui a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_comp.html

Portaria GM no 132, de 26 de janeiro de 2012, institui o incentivo financeiro de custeio para o desenvolvimento do componente de reabilitação psicossocial. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0132_26_01_2012.html

Portaria GM no 854, de 22 de agosto de 2012, que define os novos procedimentos para os Centros de Atenção Psicossocial. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/prt0854_22_08_2012.html

Vasconcelos, E. M. (coord.). Cartilha de ajuda e suporte mútuos em saúde mental: para participantes de grupos. Rio de Janeiro: Escola do Serviço Social da UFRJ; Brasília: Ministério da Saúde, Fundo Nacional de Saúde, 2013. Disponível em http://www.crprj.org.br/documentos/noticia2014_070214_04.pdf

Brasil. Decreto nº 8.163, de 20 de dezembro de 2013. Institui o Programa Nacional de Apoio ao Associativismo e Cooperativismo Social - Pronacoop Social, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8163.htm

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 224 p. : il. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/2_caderno_educacao_popular_saude.pdf

Brasil. Novos Comentários à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Brasília, 2014. Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/convencao-sdpcd-novos-comentarios.pdf

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Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) – Lei

nº 13.146 de 06 de julho de 2015. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm