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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO ACADÊMICO ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO TERESINA 2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO ACADÊMICO

ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO

IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

TERESINA 2015

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ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO

IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

TERESINA 2015

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Enfermagem – Mestrado e Doutorado, da Universidade Federal do Piauí, para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Orientadora: Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade. Área de Concentração: A Enfermagem no Contexto social brasileiro. Linha de Pesquisa: Processo de Cuidar em Saúde e Enfermagem.

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Universidade Federal do Piauí

Serviço de Processamento Técnico

Biblioteca Setorial do Centro de Ciências da Saúde

Monteiro, Ana Karine da Costa. M772i Impacto da educação permanente online no conhecimento

de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação / Ana Karine da Costa Monteiro. – – Teresina, 2015.

89 f.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Piauí, Programa de

Pós-Graduação em Enfermagem, 2015. Orientadora: Profª. Drª. Elaine Maria Leite Rangel Andrade. Bibliografia

1. Estomia. 2. Educação à distância. 3. Capacitação em serviço. I. Título. II. Teresina – Universidade Federal do Piauí.

CDD 610.73

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ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO

IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

Aprovada em 24 de fevereiro de 2015

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade (Orientadora) Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Isabel Amélia Costa Mendes (1a Examinadora) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz (2a Examinadora) Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí

___________________________________________________________________

Profa. Dra. Márcia Teles de Oliveira Gouveia – Suplente Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Enfermagem – Mestrado e Doutorado, da Universidade Federal do Piauí, para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

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Ao meu pai (in memoriam) por acreditar em mim e ter

ensinado a não desistir dos meus sonhos deixando seu exemplo de força, dignidade e luta.

A minha mãe pelo companheirismo, minha força nesta e

em outras caminhadas.

Aos meus irmãos pelo carinho, amor e torcida.

Obrigada por vocês me mostrarem o verdadeiro valor da vida. São eternos em meu coração. Amo vocês!

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AGRADECIMENTOS A Deus, meu refúgio e fortaleza, por iluminar os meus caminhos e pela sua

presença na minha caminhada. Faz-me ainda mais forte na fé. Toda honra e toda glória a ti, Senhor.

Ao meu pai José da Costa Monteiro Filho (in memoriam), exemplo de força e

de luta, que me ensinou a ser persistente e a não ter medo de buscar meus ideais, mostrando-me que é possível concretizar meus maiores sonhos. Sua breve partida impediu que acompanhasse algumas dessas conquistas. A sua ausência é ainda muito difícil. Aprendi que quando se ama, o coração eterniza. E, pai você está eternizado em nossos corações.

À minha mãe Maria Amélia da Costa Monteiro por todo seu amor incondicional,

carinho e sinceridade. A senhora é muito especial em nossas vidas, deixo registrado todo o amor que sinto por você.

Aos meus irmãos Ivia Patrícia, Aline Monteiro e José Neto pelas amizades de

todas as horas e por compartilharem os momentos de angústias e alegrias. À minha irmã gêmea Karol Monteiro por estar sempre presente em minhas

caminhadas, superando comigo cada desafio e torcendo pelo meu sucesso. Sei que posso contar com você em todos os momentos. Agradeço a Deus pela sua vida, tenho orgulho de ser sua irmã.

À minha sobrinha Lívia Monteiro representante de um futuro lindo. Tenho

orgulho de ser sua “dindinha”.

Aos meus cunhados, Geovane e Letice, por torcerem sempre pelo meu sucesso.

Aos familiares, e amigos pela torcida, palavras de estímulos, carinho e

amizade.

À Universidade Federal do Piauí, que possibilitou o meu crescimento e formação profissional e às professoras do Programa de Pós-graduação em Enfermagem-Mestrado e Doutorado Acadêmico pelos conhecimentos transmitidos e motivação profissional.

À minha orientadora Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade, com toda

admiração, pelos grandes ensinamentos proporcionados desde a minha formação acadêmica até a trajetória atual. Você é competente, dedicada, humilde, um exemplo de ser humano e uma excelente profissional.

Às Profa. Dra. Isabel Amélia Costa Mendes e Profa. Dra. Maria Helena Barros

Araujo Luz pela inestimável contribuição para consolidação deste estudo.

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À Profa. Dra. Márcia Teles de Oliveira Gouveia pela amizade, incentivo, apoio e torcida na minha vida pessoal e profissional, além das suas sugestões e aprimoramento neste trabalho.

A professor Dr. Jesusmar Ximenes Andrade pelos ensinamentos e pela

atenção e ajuda em dirimir as várias dúvidas acerca dos aspectos estatísticos do estudo, apesar de seus inúmeros afazeres.

Aos colegas do mestrado pela companhia prazerosa e compartilhamento ao

longo da caminhada, em especial, à minha amiga Ivalda Rodrigues pelo apoio e incentivo, exemplo de determinação. À Moniki Barbosa por escutar e dividir comigo ansiedades, dúvidas e anseios. À Tamires Barradas e Cecília Passos pela disponibilidade em ajudar-me, sempre que precisei, além dos momentos de aprendizado.

Aos tutores Maria do Carmo, Elenir, Cecílio, Isabela, Bianca, José Lucas,

Patrícia, Nathália e Sarah, pertencentes do Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Estomaterapia e Tecnologia (GEPEETEC) que ajudaram e contribuíram na execução deste trabalho. Às instituições de saúde Prontomed, HTI e Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, que acreditaram na proposta da pesquisa, ao permitir sua execução.

Aos enfermeiros participantes do estudo, tornando possível sua realização.

A todos que confiaram na minha capacidade e torceram pelo meu sucesso.

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“Confia no Senhor de todo o teu coração,

e não te estribes no teu próprio entendimento.

Reconhece-o em todos os teus caminhos,

e ele endireitará as tuas veredas”.

(Provérbios 3.5-6)

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RESUMO

MONTEIRO, A.K.C. Impacto da Educação Permanente Online no Conhecimento de Enfermeiros sobre Estomas Intestinais de Eliminação. 2015. 89f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2015.

Enfermeiros após a formação necessitam ser capacitados permanentemente sobre estomas para prestar assistência segura e de qualidade aos clientes que necessitam desse tipo de intervenção cirúrgica. Este estudo teve por objetivo verificar o impacto da Educação permanente online no conhecimento de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação. Estudo quase-experimental, do tipo grupo único, antes e depois, realizado em três hospitais de grande porte do estado do Piauí, no período de agosto, setembro e outubro de 2014, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. O conhecimento dos enfermeiros foi avaliado antes e após Educação permanente online. Fizeram parte dessa etapa 111 enfermeiros. Destes, 54% evadiram-se, tendo como principal motivo a falta de tempo (74,1%). Participaram efetivamente da Educação permanente online, 51 enfermeiros. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: caracterização sociodemográfica, formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet e o Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação e identificação das causas de evasão da Educação permanente online. Entre os 51 enfermeiros que participaram da Educação permanente online a média de acertos no Teste de conhecimento no pré-teste e pós-teste foi 25,5 (dp=4,2) e 31,5(dp=3), respectivamente. Essa diferença de médias foi estatisticamente significante (p=0,000). A efetividade da Educação permanente online pode ser justificada pela flexibilidade da aprendizagem adaptada conforme as necessidades dos enfermeiros e acessibilidade em qualquer tempo e espaço. Essa forma de Educação permanente tem sido vista como viável e adequada para as condições de trabalho da maioria dos enfermeiros. Palavras chave: Estomia. Educação a Distância. Capacitação em serviço. Educação Continuada. Enfermagem.

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ABSTRACT

MONTEIRO, A.K.C. Impact of Online Continuing Education on Nurses Knowledge on Stomata of Intestinal elimination. 2015. 89f. Dissertation (Master of Nursing) - Health Sciences Center Federal University of Piauí, Teresina, 2015. Nurses after the formation, needs to be trained permanently on stomata to provide safe and quality care to clients who need this type of surgery. This study aimed to verify the impact of online Continuing Education in the knowledge of nurses on intestinal elimination stomata. A study quasi-experimental, single group kind, before and after, conducted in three large hospitals in the state of Piauí, in the period of August, September and October 2014, after approval by the Committee Research Ethics. The nurses' knowledge of intestinal elimination stomata was evaluated before and after online Continuing Education. Were part of this step 111 nurses. Of these, 54% were evaded, the main reason the lack of time (74.1%). Effectively participated in the online Continuing Education, 51 nurses. To collect data three instruments were used: sociodemographic characteristics, graduation and experience, use of computers and the Internet, knowledge Test on intestinal stoma for disposal and identification of causes of dropout of the online Continuing Education. Among the 51 nurses who participated in the online Continuing education the mean score on the knowledge test in the pre-test and post-test was 25.5 (SD = 4.2) and 31.5 (SD = 3), respectively. This mean difference was statistically significant (p = 0.000). The effectiveness of online Continuing education can be justified by the flexibility of learning adapted according to the needs of nurses and accessibility at any time and space. This form of Continuing Education has been seen as viable and suitable for the working conditions of most nurses. Key-words: Ostomy. Distance Education. Inservice Training. Continuing Education. Nursing.

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RÉSUMEN

MONTEIRO, A.K.C. Impacto de la Educación Continua Online en el Conocimiento de Enfermeras acerca de Estomas de Eliminación Intestinal. 2015. 89f. Disertación (Maestría en Enfermería) - Centro de Ciencias de la Salud de la Universidad Federal de Piauí, Teresina, 2015. Las enfermeras después de la formación, deben estar capacitados permanentemente

para proporcionar una atención segura y de calidad en estomas a los clientes que necesitan este tipo de intervenciones. Este estudio tuvo como objetivo verificar el impacto de Educación Continua online en el conocimiento de los enfermeros sobre estomas de eliminación intestinal. Un estudio cuasi-experimental, de grupo único, antes y después, retenido en tres grandes hospitales en el estado de Piauí, en el período de agosto, septiembre y octubre de 2014, después de la aprobación por el Comité de Ética de la Investigación. El conocimiento de las enfermeiras de los estomas eliminación de intestinal se evaluó antes y después de la Educación Continua online. Fueron parte de este paso 111 enfermeras. De estos, 54% se evadió, la razón principal fué la falta de tiempo (74,1%). Participó activamente en la línea de Educación Continua, 51 enfermeras. Para colectar los datos se utilizaron tres instrumentos: características sociodemográficas, la formación y la experiência profisional, el uso de computadoras e Internet, prueba de conocimientos sobre estomas de eliminación intestinal y la identificación de las causas de la deserción de educación continua online. Entre las 51 enfermeras que participaron en la educación continua online la puntuación media en la prueba de conocimientos en el post-test previo a la prueba y posterior fue 25.5 (DE = 4,2) y 31,5 (SD = 3), respectivamente. Esta diferencia de medias fue estadísticamente significativa (p = 0,000). La eficacia de la educación continua online puede estar justificada por la flexibilidad de aprendizaje adaptado de acuerdo a las necesidades de las enfermeras y la accesibilidad en cualquier tiempo y espacio. Esta forma de Educación Continua se ha considerado como viable y adecuada para las condiciones de trabajo de la mayoría de las enfermeras. Palabras claves: Estomía. Educación a Distancia. Capacitación en Servicio Educación Continua. Enfermería.

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LISTA DE FIGURA

Figura 1 – Fluxograma da pesquisa. Teresina, 2015. 30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição dos enfermeiros, segundo as características sociodemográficas. Teresina, 2015.

37

Tabela 2 – Distribuição dos enfermeiros, segundo a formação. Teresina, 2015.

38

Tabela 3– Distribuição dos enfermeiros, segundo a experiência com estomas intestinais de eliminação.

38

Tabela 4 – Distribuição dos enfermeiros, segundo o uso do computador e Internet. Teresina, 2015.

39

Tabela 5 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Conceito”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

40

Tabela 6 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Indicação”, antes e após educação permanente online. Teresina, 2015.

40

Tabela 7 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Classificação”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

41

Tabela 8 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pré-Operatório”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

42-43

Tabela 9 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Imediato”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

44

Tabela 10 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Mediato”, antes e após a Educação permanente online. Teresina, 2015.

45

Tabela 11 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Tardio”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

46

Tabela 12– Comparação da média de conhecimento dos enfermeiros sobre Estomas Intestinais de Eliminação antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015

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LISTA DE SIGLAS

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

EaD Educação a Distância

EPS Educação Permanente em Saúde

ESF Estratégia Saúde da Família

GEPEETEC Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Estomaterapia e Tecnologia

IES Instituição de Ensino Superior

IVC Índice de Validação de Conteúdo

RNAO Registered Nurses Association of Ontario

SACS Studio Alterazioni Cutanée Stomali

SPSS Statistical Package for Social Science

SUS Sistema Único de Saúde

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

WWW World Wide Web

WOCN Wound, Ostomy and Continence Nurses Society

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15 1.1 Objetivos 17 1.1.1 Objetivo Geral 17 1.1.2 Objetivos Específicos 17 2 REFERENCIAL TEMÁTICO 18 2.1 Educação permanente em enfermagem 18 2.2 Uso de tecnologias da informação e comunicação para educação permanente

21

2.3 O enfermeiro frente às pessoas com estomas intestinais de eliminação 24 3 METODOLOGIA 28 3.1 Delineamento metodológico 28 3.2 Local e período 28 3.3 Características das instituições 29 3.4 População e amostra 31 3.5 Variáveis do estudo 31 3.5.1 Variável dependente 31 3.5.2 Variáveis independentes 31 3.6 Educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação 32 3.7 Instrumentos de coleta de dados 34 3.7.1 Caracterização do perfil sociodemográfico, de formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet

34

3.7.2 Identificação das causas de evasão da educação a distância 3.7.3 Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação

34 34

3.8 Procedimentos de coleta de dados 35 3.9 Análise dos dados 35 3.10 Aspectos éticos 36 4 RESULTADOS 37 4.1 Caracterização do perfil dos enfermeiros participantes do estudo quanto aos aspectos sociodemográficos, de formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet.

37

4.2 Avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online.

39

4.3 Comparação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online.

46

5 DISCUSSÃO 48 5.1 Caracterização do perfil dos enfermeiros participantes do estudo quanto aos aspectos sociodemográficos, de formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet.

48

5.2 Avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online.

50

5.3 Comparação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online.

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6 CONCLUSÃO 59 REFERÊNCIAS 61 APÊNDICES 72 ANEXOS 78

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1 INTRODUÇÃO

Os profissionais de saúde necessitam ser capacitados permanentemente

para atender às mudanças que ocorrem em um mundo globalizado e competitivo. A

renovação e modificação de paradigmas pedagógicos, os diversos recursos

disponíveis necessários para a aquisição de conhecimentos possibilitam aos

profissionais desenvolverem habilidades e competências esperadas pelo mercado de

trabalho.

A tecnologia permeia o saber desde o momento inicial da construção do

conhecimento, apresentando-se como marco referencial na mudança de atitude. No

entanto, o que se observa é despreparo profissional para acompanhar e incorporar

esses avanços, uma vez que há necessidade do enfermeiro desenvolver

competências de avaliação tecnológica necessárias para o gerenciamento de

assistência de qualidade, humana e segura (PERES et al., 2010).

A educação permanente é um processo contínuo de construção do

conhecimento que envolve aspectos humanos, sociais e profissionais do sujeito

envolvido. Ela contribui para potencializar o desenvolvimento pessoal do trabalhador,

que não deve englobar somente a capacitação tecnicista, mas também a aquisição

de novos conhecimentos, comportamentos e competências (PASCHOAL;

MANTOVANI; MÉIER, 2007). É necessário que sejam usadas metodologias

adequadas com informações aplicáveis e de qualidade e que acompanhem as

mudanças tecnológicas de um mundo globalizado, bem como as suas demandas de

saúde (SOUZA et al., 2012).

Internacionalmente, as experiências de educação a distância (EaD) sobre

estomas estão mais relacionadas a clientes (FEN LO et al., 2011; BOHNENKAMP et

al., 2004; CRAWFORD et al., 2012), embora em menor quantidade foram realizadas

com graduandos de enfermagem e enfermeiros (REED, 2012; BALES, 2010).

No Brasil, existe lacuna de estudos que focalizem a educação permanente

de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação utilizando os recursos da EaD,

por isso a necessidade de realizar pesquisas dessa natureza.

De acordo com Souza et al., (2012) ainda são também incipientes

pesquisas científicas brasileiras na área de Estomaterapia, sendo esta uma

especialidade recente e com poucos profissionais formados. É um campo amplo, no

qual o enfermeiro precisa ser capacitado, pois lida com todo processo terapêutico do

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cliente estomizado e presta assistência à família. Por isso, é necessária a criação de

cursos de aperfeiçoamento com a finalidade de aprimorar o ensino-aprendizado,

assim como a qualidade da prestação do cuidado.

Os cuidados aos clientes estomizados devem objetivar a independência

tendo como foco o autocuidado. Mas, para isso é preciso atender às necessidades de

aprendizagem destes clientes para o seu sucesso educacional, assim como a do

familiar. Observa-se que as lacunas existentes entre educação e serviços de apoio ao

cliente estomizado acontecem devido à formação dos enfermeiros voltar-se apenas

para cuidar e não para ensinar (GEMMIL et al., 2011).

Os clientes estomizados precisam de suporte físico e emocional para

adaptarem-se a esta nova mudança. Para isso, é necessário que o enfermeiro esteja

preparado, não somente para o suporte clínico especializado, mas para integrar o

cliente na assistência (GEMMIL et al., 2011). A assistência ao estomizado nos

serviços de saúde deve ser especializada, interdisciplinar, com foco na reabilitação,

em que o cliente deve ser orientado quanto ao autocuidado, prevenção de

complicações relacionadas aos estomas e fornecimento de equipamentos coletores e

adjuvantes de proteção e segurança (BRASIL, 2009a).

O enfermeiro é o profissional que mais conhece o cliente, devido à

proximidade gerada durante a prestação do cuidado. Uma pesquisa realizada em uma

unidade de internação de clínica cirúrgica de um hospital escola do interior de São

Paulo referente à atuação do enfermeiro mostrou a importância do cuidado

humanístico e sua atuação no processo de reabilitação, orientações e de estímulos

no autocuidado, interferindo positivamente na qualidade de vida do cliente (FINI;

SANTOS; SILVA, 2012). Outro estudo realizado em uma clínica de oncologia cirúrgica

identificou que a percepção dos enfermeiros quanto à confiança na capacidade de

cuidar desses clientes é influenciada pela oportunidade de prática para aquisição de

habilidades (GEMMIL et al., 2011).

A justificativa deste estudo está na promoção da educação permanente nos

hospitais para o desenvolvimento profissional, tendo em vista a melhoria da qualidade

dos serviços prestados e a integração entre academia e serviço. O profissional de

saúde precisa se manter atualizado e para isso devem ser oferecidas melhores

condições de atuação profissional que terá impactos positivos não somente nos

setores de saúde, mas na qualidade do cuidado prestado ao cliente.

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A educação a distância (EaD) é uma ferramenta adequada de qualificação

de enfermeiros que enfrentam obstáculos, como por exemplo, a falta de tempo ou

recursos financeiros na busca de atualizações sobre a temática.

Define-se, portanto, como objeto deste estudo, a verificação do impacto da

educação permanente online no conhecimento de enfermeiros sobre estomas

intestinais de eliminação.

Para nortear essa investigação, elegeram-se as seguintes questões de

pesquisa: Qual é o perfil dos enfermeiros participantes do estudo? Qual o

conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes da

educação permanente online? Qual o conhecimento dos enfermeiros sobre estomas

intestinais de eliminação após a educação permanente online? Existe diferença no

conhecimento de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a

educação permanente online?

1.1Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Verificar o impacto da educação permanente online no conhecimento de

enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação.

1.1.2 Objetivos Específicos

Caracterizar o perfil dos enfermeiros participantes do estudo quanto aos

aspectos sociodemográficos, de formação e experiência profissional, uso do

computador e da Internet.

Avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após a educação permanente online.

Comparar o conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após a educação permanente online.

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2 REFERENCIAL TEMÁTICO

2.1 Educação permanente em Enfermagem

A educação é um processo contínuo e dinâmico que permite a aquisição

do conhecimento, a construção do pensar crítico e reflexivo capaz de levar o

profissional a ter compromisso com sua prática pessoal e de trabalho (PASCHOAL;

MANTOVANI; MEIER, 2007). A educação dos profissionais de Enfermagem merece

atenção especial, pois estes devem estar cada vez mais preparados para as

mudanças que ocorrem em sua volta (PASCHOAL; MANTOVANI; MEIER, 2006). Isso

porque as políticas neoliberais de mercado da sociedade capitalista exigem dos

trabalhadores produtividade e qualificação das atividades a serem realizadas (SILVA

et al., 2010 a).

A aprendizagem faz parte do processo evolutivo do ser humano e não deve

ser limitada apenas à escola. A formação dos profissionais pode-se dar de diferentes

maneiras, como: educação permanente, educação em serviço e educação continuada

(PASCHOAL; MANTOVANI; MEIER, 2006). Estes meios promovem modificações

pessoais e profissionais, diminuem as dificuldades existentes, subsidiam a

continuidade da aprendizagem e promovem melhores condições de atuação

profissional (PASCHOAL; MANTOVANI; MEIER, 2007).

A educação permanente, educação em serviço e educação continuada são

termos bastante confundidos pelos profissionais. Isso pode ser corroborado com uma

pesquisa realizada em um hospital de ensino que tinha como objetivo discutir a

concepção de educação permanente, continuada e em serviço com enfermeiros. Os

resultados encontrados mostraram a dificuldade desses profissionais em diferenciar

esses termos. Contudo, ao longo da pesquisa, por meio de sessões de grupo focal,

os conceitos construídos pelo grupo foram ao encontro dos achados da literatura

(PASCHOAL; MANTOVANI; MEIER, 2007). De acordo com os mesmos autores, a

educação permanente integra a educação continuada e em serviço. Embora tenha os

mesmos fins, as metodologias empregadas são diferentes. A educação permanente

é intrínseca ao sujeito, e está relacionada à formação do seu caráter e sua interação

social. A educação continuada é planejada, direcionada e pode ser realizada por

meios de cursos e pós-graduação. A educação em serviço ocorre no cotidiano do

trabalho, e parte da necessidade de solução imediata de um determinado problema.

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As iniciativas de educação dos profissionais na área da saúde no Brasil

tiveram destaque com iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS) e com as

Diretrizes Curriculares Nacionais, nos anos 90 (JESUS et al., 2011). Em 2007, a

Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007 estabeleceu diretrizes para a

implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde adequando-

a às diretrizes operacionais e ao regulamento do Pacto pela Saúde. A educação

permanente é definida como aprendizagem no trabalho, em que o processo de

aprendizagem dos trabalhadores ocorre a partir das necessidades e problemas

encontrados no cotidiano das organizações, visando a mudanças de práticas e atitude

(BRASIL, 2009 b).

A concepção da educação permanente de Henri Desroche, sociólogo das

religiões e do cooperativismo, bem como fundador de várias experiências em

formação de adultos e em educação permanente, é sua característica comunitária,

cujos fins não são apenas atender às demandas imediatas do mercado de

capacitação dos profissionais caracterizado pelo aprendizado formal, técnico

(THIOLLENT, 2012). A educação permanente direciona o profissional na busca de

competências que vão além da capacitação técnica, com aquisição de novos

conhecimentos, habilidades e atitudes, considerada intrínseca, que visa à

transformação pessoal, profissional e social do trabalhador (PASCHOAL;

MANTOVANI; MEIER, 2007).

A Educação Permanente em Saúde (EPS) tem como objetivo, dentre

outros, a mudança do modelo assistencial no Brasil, com modificações das atitudes

da equipe e aproximação dos usuários nos serviços. Em um relato de experiência

realizado com estudantes de graduação em Medicina, Nutrição e Enfermagem e por

usuários nas Unidades de Saúde da Família da Faculdade de Medicina de Petrópolis

sobre as percepções das sessões interativas, usadas como ferramenta da EPS,

mostrou que para os estudantes ela promove interdisciplinaridade, além de considerá-

la um valioso instrumento de ensino-aprendizagem. Para os usuários, a interação

existente entre o serviço, ensino e interdisciplinaridade é resolutivo e traz benefícios

individuais, bem como para a comunidade. A visão interdisciplinar da EPS é devido à

pedagogia problematizadora que busca a mudança de práticas e enfoca os problemas

de saúde presente na comunidade (EZEQUIEL et al., 2012).

Uma revisão da literatura revelou que são poucas as publicações a respeito

da implementação de educação permanente nos serviços de saúde voltadas para a

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Enfermagem, sendo que no Brasil os estudos estão mais concentrados nas regiões

sudeste e centro-oeste. Dentre as estratégias de educação permanente encontradas

nesta pesquisa, destacaram-se a realização de oficinas educativas problematizadoras

e a utilização do ambiente virtual Moodle para o treinamento em serviço de controle

de infecção de sítio cirúrgico. Um achado importante foi que as estratégias de

implementação de educação permanente não mudavam os processos de trabalho,

com impactos na qualidade da assistência e na melhoria das condições de trabalho

(CAVALCANTE et al., 2013).

Um estudo realizado em um hospital universitário de Juiz de Fora, Minas

Gerais, com a equipe de Enfermagem, teve como objetivo identificar demandas e

expectativas, fatores que interferiam na qualificação de trabalhadores e proposição de

práticas de capacitação na perspectiva da educação permanente. O resultado

mostrou que dentre as demandas e expectativas de qualificação estão a associação

dos aspectos educativos ao contexto do trabalho; quanto às dificuldades, têm-se o

impasse de colocar em prática o conhecimento adquirido por questões

administrativas, além da necessidade de mudanças nas práticas de capacitação. A

pesquisa promoveu a elaboração de diretrizes para a estruturação do serviço de

educação permanente do hospital universitário, em conformidade com o SUS. A

participação coletiva na construção do mesmo promoveu um envolvimento e

valorização do profissional em sua própria educação, bem como a dos técnicos e

auxiliares de Enfermagem (JESUS et al., 2011).

A educação permanente foi objeto de pesquisa em um estudo realizado em

hospital privado, de grande porte, no município de Belo Horizonte, e revelou que as

ações educativas não estavam articuladas ao processo de trabalho e que existia a

necessidade de aprimoramento gerencial dos enfermeiros, possibilitando a realização

da pedagogia de problematização. Esse instrumento permite a construção de um

pensar crítico-reflexivo a partir da problematização das situações vivenciadas no dia

a dia do trabalho. A capacitação dos enfermeiros deve ser sustentada em concepção

e no incentivo ao crescimento dos indivíduos, com melhoria do cuidado prestado

(RICALDONI; SENA, 2006).

Outro estudo mostrou que a implantação de um programa de educação

permanente e continuada teve várias dificuldades, principalmente aquelas ações

voltadas para as equipes de Enfermagem. Mesmo após eleger uma clínica piloto para

focalizar estratégias e ações não se obteve êxito, apontado pela baixa adesão dos

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servidores a sobrecarga de trabalho, desmotivação e resistência à mudança. Contudo,

as causas que contribuíram para tal achado podem estar relacionadas à metodologia

usada no processo educativo, que se baseava de forma centralizada, apenas com

repasse de informações, sem levar em consideração as experiências dos profissionais

(COTRIM-GUIMARÃES, 2009).

A transformação das ações dos trabalhadores nos serviços parte da

articulação da teoria e prática, no processo educativo, com as políticas institucionais.

Ocorre de maneira satisfatória quando a Educação permanente opõe-se aos modos

tradicionais de ensino e é inserida no contexto histórico, social, econômico, político,

ético e fundamentados na liberdade individual e coletiva (SILVA et al., 2010).

2.2. Uso de tecnologias da informação e comunicação para a educação permanente

A transformação que ocorre na sociedade contemporânea provoca a

valorização e produção de conhecimento, implicando mudança no perfil do

trabalhador, que passa a exigir qualificação, inovação e criatividade, abrindo espaço

para os avanços tecnológicos no processo entre educação e trabalho. Nessa

sociedade tecnologizada, são impostas diferentes áreas do saber e a educação é um

elemento fundamental no processo de inserção do indivíduo nesta nova ordem social

(SCHNITMAN, 2011).

A adoção de recursos tecnológicos na educação permanente contorna

barreiras como: dificuldades de deslocamento dos profissionais, falta de estrutura

física no trabalho destinado às aulas presenciais, desmotivação profissional, inúmeros

vínculos empregatícios, devido remuneração inadequada. As ferramentas

tecnológicas propiciam a educação em serviço, e os profissionais atualizam-se e

valorizam-se constantemente (MENDES et al., 2007).

A palavra tecnologia vem do grego tekhno (de tékhné, arte) e logía (de

logos, ou linguagem proposição). A sigla TIC (Tecnologias de Informação e

Comunicação) envolve desde a aquisição até distribuição de informação por meios

eletrônicos, digitais, entre outros, resultante da fusão de tecnologias da informação

como a informática com as tecnologias de comunicação como as mídias eletrônicas e

as telecomunicações (BRASIL, 2013).

Torna-se um desafio a relação das TICs e a Enfermagem na medida em

que alguns profissionais resistem à apropriação destas tecnologias ou resistem ao seu

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uso como ferramenta nas diversas dimensões do cuidado. Não se pode abdicar,

recuar ou negar essas transformações importantes no contexto da saúde e

Enfermagem, uma vez que é cada vez mais comum a presença das TICs no cotidiano

do trabalho, considerado indispensável e que pode beneficiar o cuidado integral do

ser humano (BAGGIO; ERDMANN; DAL SASSO, 2010). A Resolução CNE/CES nº 3,

de 7 de novembro de 2001 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso

de Graduação em Enfermagem apresenta em seu art. 5° entre outras competências

e habilidades o uso adequado de novas tecnologias, tanto de informação e

comunicação quanto de ponta, para o cuidar de Enfermagem (BRASIL, 2001).

A incorporação tecnológica pode aumentar a oportunidade de participação

dos profissionais de Enfermagem em atividades de capacitação. A EaD serve como

estratégia para educação permanente frente às novas tecnologias, sendo cada vez

mais requisitada no cenário nacional como possibilidade de educação. Essa

modalidade supre a carência de formação dos diferentes profissionais, pois ultrapassa

barreiras físicas e temporais (RANGEL-S et al., 2012). A EaD é utilizada como

alternativa ao método presencial (HERMIDA, 2006). Os seus métodos de ensino

estimulam o pensamento crítico-reflexivo do aluno, a democratização de informações

e de conhecimentos.

De acordo com Alves (2011), o ensino Online promove a democratização

do conhecimento, rompendo obstáculos na aquisição do mesmo, à medida que atende

um maior número de pessoas, ultrapassa barreiras físicas para indivíduos que moram

em lugares distantes ou não dispõe de tempo pré-estabelecido para estudar.

A EaD teve seu conceito definido oficialmente no Decreto nº 5.622 de 19

de dezembro de 2005 como modalidade educacional, na qual são usados meios e as

TICs nas práticas didático-pedagógicas cujas atividades são realizadas em diferentes

espaços temporal e espacial (BRASIL, 2005). Passou a integrar de maneira regular o

sistema educacional brasileiro pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

Lei n. 9394 aprovada em 20 de dezembro de 1996. Tem ganhado força e expressão

na sociedade, pois permite a autoaprendizagem e o uso de diferentes recursos

tecnológicos, integrando novas metodologias e práticas pedagógicas (OLIVEIRA,

2007).

No Brasil, o uso de TIC foi trabalhado por alguns autores no campo da

educação permanente. Uma pesquisa realizada no período de abril de 2009 a março

de 2010 usava o Projeto Telessaúde Brasil como exemplo de educação permanente

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a distância, voltada para profissionais da Atenção Básica de Saúde. Nela observou-

se que o modelo de EaD tornou-se importante instrumento na Estratégia Saúde da

Família (ESF), pois houve aumento da adesão dos profissionais. O interesse na

participação dos trabalhadores pode ser relacionado à falta de barreiras espaciais e

temporais para a qualificação profissional promovida pela EaD (FARIA; DAVID, 2010).

Estudo desenvolvido na cidade de Londrina revelou que a maioria dos

enfermeiros (88%) interessou-se pela possibilidade da abertura de cursos de EaD

para a atualização profissional. Dentre os temas de interesse citados, surgiram:

liderança de equipe, cirurgias videolaparoscópicas, ética profissional, instrumentais

cirúrgicos, anestesia, transplantes, gerenciamento, protocolos de uso de material

descartável passível de reprocessamento, controle de órteses e próteses e fisiologia

geral (ORTIZ; RIBEIRO; GARANHANI, 2008).

Foi realizado o desenvolvimento, aplicação e avaliação de um curso a

distância sobre tratamento de feridas, através da Internet, utilizando o TelEduc. Teve

como população alvo, enfermeiros de hospitais e escolas de Campinas. Obteve-se

opinião positiva em relação ao curso pela grande maioria dos alunos, com melhores

resultados no pós-teste (RIBEIRO; LOPES, 2006).

O curso sobre "Cardioversão/Desfibrilação" foi desenvolvido e avaliado na

modalidade de EaD para enfermeiros que atuavam no município de Campinas,

utilizando a metodologia de ensino Aprendizagem Baseada em Casos. A versão do

software utilizada foi o TelEduc. De modo geral, o curso teve boa aceitação e foi

avaliado positivamente pelos alunos (SANCHES; LOPES, 2008).

Também foi desenvolvida na modalidade a distância, em Ambiente Virtual

de Aprendizagem (AVA), um curso para a prevenção e controle de dor

musculoesquelética com servidores na função de administrativo da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul. A modalidade de EaD se mostrou satisfatória para

desenvolver educação em saúde para trabalhadores, pois o curso se adequava ao

horário dos alunos, e os mesmos puderam absorver informações importantes sobre

práticas, prevenção e manejo da dor musculoesquelética. O modelo de educação em

saúde foi recomendado para o desenvolvimento de outros cursos de formação e

capacitação dos trabalhadores de saúde (PORTELLA, 2012).

Vários recursos tecnológicos, além do computador, podem ser usados

como alternativa para atualização de profissionais, como foi o caso do dispositivo

móvel usado na medida indireta da pressão arterial, avaliado satisfatoriamente pelos

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profissionais de Enfermagem com bom desempenho após o curso. O uso da

ferramenta (Tablet) foi recomendado para promover educação permanente em outras

experiências. Dentre os aspectos positivos apontados tem-se a flexibilidade do tempo,

local e data; facilidade do uso do dispositivo em qualquer ambiente no local de

trabalho. O estudo apontou a importância do incremento de outras tecnologias para o

acesso ao conhecimento, em particular, a de um disposto móvel para a educação

permanente em saúde (TOGNOLI, 2012).

A educação permanente em saúde destina-se a um público multidisciplinar

com foco nos problemas encontrados nos serviços, e é importante que seja usada na

resolução de problemas, geralmente por meio de oficinas de trabalho, supervisão

dialogada (SILVA, 2009).

A utilização das novas tecnologias que estão sendo disponibilizadas para

a saúde permitirá à equipe de Enfermagem e, em especial, ao enfermeiro que cuida

do cliente estomizado, objeto desse estudo, nível de assistência com mais qualidade.

Cuidado digno que deve ser realizado antes da realização do procedimento cirúrgico,

no pré-operatório até o plano de alta em que o cliente será capaz de se autocuidar

apresentando boa aceitabilidade. No entanto, para que isso ocorra é premente aliar

educação permanente no trabalho, favorecida por novos recursos tecnológicos, para

a aquisição de novos saberes e práticas.

2.3 O enfermeiro frente às pessoas com estomas intestinais de eliminação

O conhecimento é capaz de transformar a realidade. Ele é um mecanismo

usado pelo ser humano em conhecer e entender o ser e estar no mundo e o que

acontece em sua volta. O enfermeiro apresenta como requisitos básicos de

conhecimento: competência, independência e autonomia (SANTOS; CESARETTI,

2005). Deve estar preparado para atender os familiares e os clientes com estoma,

para a redução da sua condição, com a produção de um cuidado qualificado,

humanizado e integral.

A pessoa estomizada recorre constantemente aos profissionais de saúde

em busca de informações e resoluções de suas necessidades. São contrariados pela

limitação de alguns profissionais em termos de conhecimento e habilidades,

distanciando usuários e trabalhadores de saúde (BELLATO et al., 2006).

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Em um estudo realizado com enfermeiros da ESF do Distrito Sanitário I, de

um município do Triângulo Mineiro, buscou identificar o conhecimento dos

profissionais sobre ileostomia. Observou-se que os enfermeiros demonstraram

conhecimento em relação à ileostomia, porém a maioria desconhecia as possíveis

complicações. Percebeu-se nas falas isoladas um déficit na formação do enfermeiro,

somado à falta de experiência em sua vivência profissional (POGGETOI et al., 2012).

A Declaração Internacional dos Direitos dos Estomizados preconiza que a

pessoa estomizada deverá ter cuidados de Enfermagem especializados no período

perioperatório, em nível hospitalar e em suas próprias comunidades.

No pré-operatório de estomias intestinais de eliminação, os cuidados

especializados podem ser feitos por meio da consulta de Enfermagem com

possibilidade de promover melhor aceitação do cliente acerca do estoma e do seu

tratamento, orientar sobre o procedimento a ser realizado, estimular o autocuidado.

Além disso, a sistematização da consulta pré-operatória de Enfermagem pode

contribuir para redução de complicações no pós-operatório e permitir um cuidado

integral e humanizado (MENDONÇA et al., 2007).

No transoperatório, o enfermeiro pode contribuir ao minimizar a ansiedade

e o medo do cliente com o procedimento cirúrgico. No pós-operatório tem-se o

atendimento às necessidades biológicas e psicossociais da pessoa estomizada, a

prevenção ou detecção de complicações e efetivação do processo de reabilitação e

reintegração social (SANTOS; CESARETTI, 2005).

O plano de alta é imprescindível e inclui a prestação do cuidado ao cliente

e à família. Um estudo realizado com equipe multidisciplinar de assistência às crianças

estomizadas acerca do processo de alta mostrou distanciamento do planejamento e

processo de alta hospitalar, assim como a falta de comunicação entre a equipe,

refletindo negativamente na qualidade da assistência prestada (BARRETO et al.,

2008).

Os clientes estomizados requerem recursos apropriados e profissionais

capacitados para lidar com os impactos físicos, emocionais e sociais gerados pela

presença do estoma. Tais fatores retardam a recuperação e reabilitação dos clientes,

dificulta o convívio social, por isso, cabe ao enfermeiro, o cuidado holístico dessa

população que está cada vez mais comum no cotidiano de trabalho (LUZ et al., 2009).

De acordo com Stumm, Oliveira e Amaral (2008), o enfermeiro faz a

mediação do processo de construção e aceitação do estomizado e sua adaptação em

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todos os âmbitos. Para isso o profissional deverá fornecer subsídios de enfrentamento

tanto para o cliente como para o familiar, em que os cuidados serão efetivamente

realizados, com ações educativas de cunho preventivo, promocionais e de detecção

precoce de problemas.

Um levantamento da produção científica no período de 1970 a 2004

mostrou que a orientação para a educação do estomizado requer dos enfermeiros a

implementação de novos instrumentos para a melhoria da qualidade da assistência

de modo mais humanizado. Nota-se despreparo desses profissionais para assisti-los,

o que exige atualização por meio de recursos educacionais nos hospitais (REVELES;

TAKAHASHI, 2007).

A Enfermagem precisa acompanhar os avanços científicos e tecnológicos

que ocorrem em nossa sociedade por meio da educação permanente. Com o

incremento de novas tecnologias e a globalização, o indivíduo pode ter rápido acesso

ao conhecimento. A busca por cursos de aperfeiçoamento e atualização é

fundamental no processo de cuidar, incluindo o campo da Estomaterapia (SOUZA et

al., 2012). O sofrimento psicossocial e físico provocado pelo estoma requer um

profissional preparado para atuar com qualidade na assistência (LUZ et al., 2009;

SOUZA et al., 2012).

No curso de extensão realizado em 2010, na Faculdade de Enfermagem

da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, objetivando capacitar graduandos e

profissionais de Enfermagem para o cuidado ao cliente com estomas urinários e

intestinais, demonstrou alto nível de satisfação com o curso. Concluiu-se com o estudo

que a educação permanente é fundamental para o enfermeiro adquirir e aumentar o

conhecimento, oferecendo qualidade na prestação do cuidado (SOUZA, 2012).

Um aspecto importante que deve ser levado em consideração no cuidado

ao cliente com estoma é a educação voltada para o autocuidado. De acordo com

Bellato et al. (2006), a educação não só no sentido de garantia de direitos, mas educar

para que os clientes se tornem protagonistas no processo de (re)construção do seu

papel na sociedade e autônomo no seu próprio cuidado.

O autocuidado é a capacidade do indivíduo realizar atividades para

benefício próprio e para a manutenção da vida e bem-estar (GEORGE et al., 2000).

O processo de autocuidado permite que a pessoa com estoma seja o elemento ativo

e responsável para o melhor desempenho de sua condição, qualidade de vida, saúde

e bem-estar. As ações de autocuidado, por sua vez, visam atender três tipos de

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requisitos: universal, desenvolvimento e desvio de saúde. No primeiro, ligado às

necessidades básicas comuns aos seres humanos, como por exemplo, manutenção

de ingestão suficiente de água e alimento, equilíbrio entre atividade e descanso, a

prevenção de riscos à vida e ao bem-estar e os aspectos relacionados à promoção do

funcionamento e desenvolvimento humano. No segundo, são as demandas que

ocorrem durante as adaptações que ocorrem no processo de vida e do

desenvolvimento humano. No terceiro, incluem alterações advindas de problemas de

saúde que podem gerar dificuldades na manutenção correta do cuidado

(MONTENEGRO; FONTES, 2011).

O trabalho de planejamento adequado desenvolvido pelos serviços e

equipe de saúde que envolva suporte psicológico e educação para a saúde pode ser

ferramenta que possibilita o autocuidado e adaptação da pessoa estomizada para

melhor qualidade de vida (CASCAIS; MARTINI, ALMEIDA, 2007).

No que se refere aos conhecimentos sobre o autocuidado e a importância

das orientações de Enfermagem para a adaptação de pessoas com estomas, estudo

desenvolvido em um Centro de Referência em Teresina–PI, constatou que quando os

clientes tinham conhecimento sobre o autocuidado sentiam-se seguros para cuidar do

estoma, e quando orientados havia melhor compreensão das alterações ocorridas.

Isso foi observado naqueles que regularmente compareciam às consultas de

Enfermagem. Os que não foram orientados tinham sentimento de negação e referiam

alterações no estilo de vida (NASCIMENTO et al., 2011).

O autocuidado desenvolvido pelos indivíduos e o cuidado realizado no

contexto familiar tem que ser acompanhados em nível ambulatorial, em que os

conhecimentos e saberes advindos dos clientes devem ser respeitados, porém

integrados aos desenvolvidos no serviço de saúde. Neste caso, as práticas educativas

dialogadas realizadas pelo enfermeiro podem ser eficazes na transformação de um

sujeito ativo, autônomo e independente (MARTINS, ALVIM, 2011).

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3 METODOLOGIA

3.1 Delineamento metodológico

Estudo quase experimental, do tipo grupo único, antes e depois. Este tipo de

pesquisa envolve intervenção, apresentação da variável independente aos

participantes e observação da variável dependente em dois momentos, antes e depois

da intervenção (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).

Houve uma intervenção, que foi a educação permanente online sobre estomas

intestinais de eliminação, e a finalidade desse procedimento foi verificar o efeito da

variável independente (educação permanente online) na variável dependente

(conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação) antes e após

a intervenção.

3.2 Local e período

O estudo foi realizado em três hospitais de grande porte do estado do Piauí,

um público e dois privados, no período de agosto, setembro e outubro de 2014.

3.3 Características das instituições

O primeiro local trata-se de hospital universitário que faz atendimento à

demanda espontânea e referenciada. Possui 67 leitos para internação nas mais

diversas especialidades médicas, todos à disposição do Sistema Único de Saúde.

Possui equipamentos de alta tecnologia e instalações físicas como urgência e

emergência, ambulatorial, clínicas básicas, outros consultórios não médicos, salas de

Enfermagem e pequena cirurgia, cirurgia e de recuperação, odontologia. O segundo

é hospital privado com 39 leitos que presta serviços especializados à demanda

espontânea e atendimento à urgência e emergência, ambulatorial e hospitalar. O

terceiro, também hospital privado com aproximadamente 46 leitos para atendimento

ambulatorial, média e alta complexidade (CADASTRO NACIONAL DE

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2014).

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3.4 População e amostra

A população foi composta pelos 159 enfermeiros pertencentes ao quadro

de funcionários das instituições. A amostra foi do tipo não probabilística, por

conveniência e selecionada de acordo com os seguintes critérios de exclusão: estar

afastado por férias e licença médica à época da coleta de dados; não concordar em

participar da educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação,

recusando a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

(APÊNDICE A).

Fizeram parte dessa etapa 111 enfermeiros. Destes, 31 (28%) evadiram

após responder o pré-teste e dos que iniciaram a educação permanente online, 30

(37%) evadiram antes do término da intervenção. Participaram efetivamente da

educação permanente online, 51 enfermeiros (Figura 1).

Para este estudo, foi adotado o conceito de evasão, segundo Santos e

Oliveira Neto (2009), como “desistência definitiva do estudante em qualquer etapa do

curso”.

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Figura 1 – Fluxograma da pesquisa. Teresina, 2015.

População (n=159)

Atenderam aos critérios de

exclusão (n=111)

Pré-teste (n=111)

H1:111 H2: 21 H3:26

H1: 82 H2:15 H3:14

Educação permanente Online

(n=81)

Perdas

H1:63

H1:19

H2:8

H2:7

H3:10

H3:5

Perdas

H1:21

Pós-teste (n=51)

H1:42

H2:5

H2:3

H3:4

H3:6

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3.5 Variáveis do estudo

3.5.1 Variável dependente

A- Conhecimento do enfermeiro sobre estomas intestinais de eliminação.

3.5.2 Variáveis independentes

A - Variáveis relacionadas ao perfil sociodemográfico.

B - Variáveis relacionadas à formação.

C - Variáveis relacionadas à experiência profissional.

D - Variáveis relacionadas ao uso do computador.

E - Variáveis relacionadas ao uso da Internet.

F – Educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação.

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3.6 Educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação

Título do Programa: Educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação. Objetivo: oferecer educação permanente sobre estomas intestinais de eliminação para os enfermeiros de hospitais do estado do Piauí e avaliar o conhecimento dos mesmos sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online. Público Alvo: enfermeiros de hospitais do estado do Piauí. Carga Horária Total: 48h. Conteúdo: Unidade 1 Revisão da Anatomia e Fisiologia sistema digestório; Unidade 2 Conceito, indicações, classificação e características

normais dos estomas intestinais de eliminação; Unidade 3

Assistência de Enfermagem no período perioperatório dos estomas intestinais de eliminação;

Unidade 4 Complicações precoces e tardias dos estomas intestinais de eliminação;

Unidade 5 Direito das pessoas com estoma e procedimento de troca do equipamento coletor de uma e duas peças.

Agenda:

Data Atividadade Carga Horária/Encontro

04/08/2014 a a 15/08/2014

Adapatação ao ambiente virtual de aprendizagem do Moodle – Instituição A

2h/Presencial na instituição A

18/08/2014 a 22/08/2014

Adapatação ao ambiente virtual de aprendizagem do Moodle – Instituição B

2h/Presencial na instituição B

25/08/2014 a 29/08/2014

Adapatação ao ambiente virtual de aprendizagem do Moodle – Instituição C

2h/Presencial na instituição C

01/09/2014 a 05/09/2014

Plantão de dúvidas e pré-teste

2h/Presencial nas instituições A, B e C

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08/09/2014 a 12/09/2014

Módulo 1 5h/AVA Moodle

15/09/2014 a 19/09/2014

Módulo 2 5h/AVA Moodle

22/09/2014 a 26/09/2014

Módulo 3 5h/AVA Moodle

29/09/2014 a 03/10/2014

Módulo 4 5h/AVA Moodle

06/10/2014 a 10/10/2014

Módulo 5 5h/AVA Moodle

11/10/2014 a 15/10/2014

Plantão de dúvidas e pós-teste

2h/Presencial nas instituições A, B e C

Metodologia: Ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do Moodle e o acesso será realizado por meio de login e senha enviados automaticamente pelo AVA para o e-mail fornecido pelo enfermeiro na inscrição. Pré-requisitos:

Não estar afastado por férias e licença médica na época da coleta de dados;

Concordar em participar do treinamento sobre Estomas intestinais de eliminação mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);

Ter acesso à Internet.

Avaliação: Aplicação de pré e pós-teste. Certificação: receberão certificado aqueles que tiverem 100% de participação nas atividades do programa de treinamento Online. Investimento: O curso oferecido é gratuito.

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3.7 Instrumentos de coleta de dados

3.7.1 Caracterização do perfil sociodemográfico, de formação e experiência

profissional, uso do computador e da Internet.

Para a caracterização do perfil sociodemográfico, da formação e

experiência profissional, uso do computador e da Internet foi utilizado um instrumento

adaptado de Rangel et al., (2004) e Cavalcanti (2013) (APÊNDICE B).

3.7.2 Identificação das causas de evasão da educação a distância

Para identificar as causas de evasão dos participantes no estudo foi utilizado

um instrumento que incluiu fatores situacionais, falta de apoio acadêmico, problemas

com a tecnologia, falta de apoio administrativo e sobrecarga de trabalho (ALMEIDA,

2008) (APÊNDICE C).

3.7.3 Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação

Para obter informações referentes ao conhecimento dos enfermeiros sobre

estomas intestinais de eliminação foi usado um teste elaborado e validado quanto a

aparência e conteúdo por Campos (2015). O teste possui 39 afirmativas, sendo três

relacionadas ao conceito (1, 2 e 3), uma a indicação (4), uma a classificação (5), onze

a assistência de enfermagem no pré-operatório (6 a 16), dezesseis a assistência de

enfermagem no pós-operatório imediato (17 a 32), três a assistência de enfermagem

no pós-operatório mediato (33 a 35), quatro a assistência de enfermagem no pós-

operatório tardio (36 a 39) (ANEXO E). Para cada uma das afirmações o enfermeiro

selecionou uma resposta considerando as opções: Verdadeiro (V), Falso (F) ou Não

sei (NS). O escore total foi obtido pela soma dos acertos no teste. O conhecimento foi

considerado satisfatório quando os participantes obtiveram percentuais de acerto nos

itens do Teste igual ou superior a 80%.

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35

3.8 Procedimentos para coleta de dados

A coleta de dados foi realizada em quatro etapas, a saber:

Etapa 1: Identificação dos enfermeiros da instituição, nos turnos da manhã,

tarde e noite, mediante lista previamente fornecida pela gerência de Enfermagem,

para exposição dos objetivos da pesquisa e convite à participação na educação

permanente online sobre estomas intestinais de eliminação. Em caso de aceite por

parte dos enfermeiros abordados, solicitou-se a assinatura do TCLE, e-mail para

contato e telefone. Após, os enfermeiros participantes da pesquisa foram cadastrados

no AVA do Moodle e login e senha de acesso ao ambiente foram enviados para eles

por e-mail. Foi criado um grupo no dispositivo móvel para cada hospital por meio do

aplicativo WhatsApp para maior interação e troca assíncrona de mensagens de texto.

Etapa 2: Pré-teste e adaptação dos enfermeiros ao AVA do Moodle, por

meio de encontro presencial na instituição, de acordo com a disponibilidade dos

enfermeiros. Uma semana antes do início do curso foram disponibilizados vídeos de

apresentação e demonstração de uso do AVA, bem como fórum de boas- vindas com

relatos dos participantes sobre procedência, experiências com estomas intestinais de

eliminação e expectativas quanto ao curso.

Etapa 3: Educação permanente online. As cinco unidades foram

disponibilizadas paulatinamente, composta de vídeos, fórum e atividades hot

potatoes.

Etapa 4: Pós-teste, por meio de encontro presencial na instituição, de

acordo com a disponibilidade dos enfermeiros.

Em todas as etapas, contou-se com a ajuda de dez tutores procedentes do

Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Estomaterapia e Tecnologia (GEPEETEC)

da Universidade Federal do Piauí.

3.9 Análise dos dados

Os dados obtidos foram codificados para elaboração de um dicionário de

dados. Após transcritos, com o processo de dupla digitação, utilizou-se planilhas do

aplicativo Microsoft Excel. Uma vez corrigidos os erros, os dados foram exportados e

analisados no programa Statistical Package for Social Science Versão 18.0 (SPSS

Versão 18.0).

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Utilizaram-se estatísticas descritivas (média, frequência, porcentagem,

desvio padrão, máximo/mínimo) e inferenciais (avaliação dos domínios e do pré e pós-

teste) ao nível de significância de 0,05. O teste de Wilcoxon (amostras pareadas) foi

realizado para comparar as médias de cada domínio assim como o desfecho final do

pré e pós-teste.

3.10 Aspectos éticos

O estudo teve apreciação e aprovação dos três hospitais em que o estudo foi

realizado (ANEXO B, C e D) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

Universidade Federal do Piauí, sob o parecer n° 667.482 (CAAE nº

22822314.2.0000.5214) segundo a normatização 466/2012 referente aos aspectos

éticos observados quando da realização de pesquisas em seres humanos (ANEXO

A).

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37

4 RESULTADOS

Os resultados deste estudo estão apresentados em três capítulos, de acordo

com os objetivos propostos.

4.1 Caracterização do perfil dos enfermeiros quanto aos aspectos sociodemográficos,

de formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet

Participaram da educação permanente online sobre estomas intestinais de

eliminação 51 enfermeiros e o índice de evasão foi de 74,1% por falta de tempo, 48,3%

sobrecarga de trabalho e 22,4% falta de condições de estudo no trabalho e em casa.

Os dados sociodemográficos, de formação e experiência profissional, uso do

computador e da Internet estão apresentados nas Tabelas 1,2,3 e 4.

Tabela 1 – Distribuição dos enfermeiros, segundo as características sociodemográficas. Teresina, 2015.

Variáveis Dados Sociodemográficos

n % x(dp) Mínimo Máximo

Sexo

Masculino 5 9,8

Feminino 46 90,2

Total 51 100

Estado civil

Solteiro 23 45,1

Casado 28 54,9

Total 51 100

Idade 32,9(6,4) 24 55

Legenda: x - média dp - desvio-padrão

A maioria dos enfermeiros era do sexo feminino, 46 (90,2%), casada, 28

(54,9%), com idade média de 32,9 (dp=6,4).

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Tabela 2 – Distribuição dos enfermeiros, segundo a formação. Teresina, 2015.

Variáveis Formação

n % x(dp) Mínimo Máximo

Graduação

Público 40 78,4

Privado 11 21,6

Total 51 100

Especialização

Sim 48 94,1

Não 3 5,9

Total 51 100

Mestrado

Sim 7 15,2

Não 39 84,8

Total 46* 100

Tempo de formação 8,7 (5,4) 1 30

Legenda: x - média dp - desvio-padrão *Considerados os que responderam apenas uma alternativa da questão

Mais da metade dos enfermeiros, 40 (78,4%), eram formados em instituições

públicas, especialistas, 48 (94,1%) e apenas 7 (15,2%) possuíam mestrado. A média

do tempo de formação dos enfermeiros participantes do estudo foi de 8,7 (dp=5,4),

sendo que o participante com menos tempo de experiência tinha um ano e o

participante com maior tempo de experiência tinha 30 anos de atuação.

Tabela 3 – Distribuição dos enfermeiros, segundo a experiência com estomas intestinais de eliminação. Teresina, 2015.

Variáveis

Contato com o Estomizado

n %

Contato com o estomizado

Sim 46 90,2

Não 5 9,8

Total 51 100

Meio que ocorreu o primeiro contato

Graduação 29 69

Trabalho 13 31

Total 42* 100

Legenda: *Considerados os que responderam apenas uma alternativa da questão

A maioria, 46 (90,2%), afirmou ter tido contato com o estomizado, na graduação

29 (69%).

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Tabela 4 – Distribuição dos enfermeiros, segundo o uso do computador e Internet. Teresina, 2015.

Variáveis Uso do computador e internet

Computador Internet

N % n %

Possui

Sim 51 100 51 100

Frequência

Uso diário 35 68,6 40 78,4

Não diário 16 31,4 11 21,6

Total 51 100 51 100

Local

Casa 27 58,7 31 66

Outros locais 19 41,3 16 34

Total 46* 100 47* 100

Legenda: *Considerados os que responderam apenas uma alternativa da questão

Todos os enfermeiros possuíam computador e Internet, de uso diário 35

(68,6%) e 40 (78,4%), respectivamente e o acesso dessas ferramentas era em casa

27 (58,7%) e 31 (66%).

4.2 Avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após educação permanente online.

Na avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação verificou-se que no pré-teste apenas 13 (25,5%) obtiveram porcentagem

de acertos ≥ 80. Após a educação Online, o número de enfermeiros que obtiveram

acertos ≥ 80 aumentou para 39 (76,5%).

Nas Tabelas 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 são apresentadas as porcentagens de acertos

por domínios no Teste de conhecimento, antes e após a educação permanente online

sobre estomas intestinais de eliminação.

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Tabela 5– Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Conceito”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D1: Conceito

A Acertos Pré-teste Pós-teste

N % n %

1. Estomias intestinais de eliminação são resultantes de intervenções cirúrgicas que consistem na exteriorização de um segmento intestinal, através da parede abdominal, criando uma abertura artificial para a saída do conteúdo fecal e flatos (V).

51

100

49

96,1

2. Colostomia consiste na exteriorização do intestino delgado (F).

36 70,6 43 84,3

3. Ileostomia consiste na exteriorização do intestino grosso (F).

41 80,4 44 86,3

Todos os participantes, 51 (100%), acertaram a definição de estomas

intestinais de eliminação, antes da intervenção educativa, com diminuição dos

números de acertos no pós-teste, 49 (96,1%). Nas questões 2 e 3 sobre a definição

de colostomia e ileostomia houve maior desempenho no pós-teste, 43 (84,3%) e 44

(86,3%), respectivamente.

Tabela 6 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Indicação”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D2: Indicação

Acertos

Pré-teste Pós-teste

N % n %

4. O câncer, as doenças inflamatórias do intestino (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), as malformações congênitas (ânus imperfurado) e os traumas abdominais (ferimento por arma de fogo ou branca e acidente automobilísticos) são as causas mais frequentes para a confecção de uma estomia intestinal de eliminação (V).

49

96,1

51

100

Referente às indicações de estomias intestinas de eliminação obteve-se 100%

de acertos no pós-teste.

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Tabela 7 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Classificação”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D3: Classificação

Acertos Pré-teste Pós-teste

N % n %

5. As estomias são temporárias quando possibilitam o restabelecimento do trânsito intestinal normal e definitivas quando não pode ser reconstruído o trânsito para restabelecer a função esfincteriana anal (V).

47

92,2

51

100

Quanto à classificação, após a educação permanente online, todos os

enfermeiros 51 (100%) responderam corretamente o item.

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Tabela 8 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pré-Operatório”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D4: Assistência de Enfermagem

no Período Pré-Operatório

Acertos

Pré-teste

N % n %

6. Na consulta pré-operatória de Enfermagem são avaliados o conhecimento do cliente sobre o seu diagnóstico, a cirurgia que será realizada e suas possíveis consequências, antecedentes familiares, alérgicos, estado nutricional, hábitos de eliminação, atividades da vida diária relacionada ao autocuidado (vestuário, higiene), atividades sociais, de lazer e trabalho, estado emocional, padrão cultural e educacional (V).

50

98

50

98

7. Os clientes e familiares devem ser instruídos sobre qual segmento do intestino será removido e em qual segmento será confeccionado o estoma (V).

50 98 47 92,2

8. Os clientes e familiares devem ser instruídos sobre o tipo, forma, cor e efluente do estoma que será confeccionado (V).

44 88 49 96,1

9. Os clientes e familiares devem receber informações quanto ao equipamento coletor e adjuvantes de proteção e segurança.

50 98 49 96,1

10. É importante educar o cliente sobre o potencial impacto do estoma na intimidade e funcionamento sexual do cliente com o parceiro (V).

49 96,1 50 98

11. A demarcação do local do estoma deve ser realizada exclusivamente no pré-operatório (V).

8 15,7 20 39,2

12. O estoma ideal deve ser posicionado através do músculo reto abdominal (V).

6 11,8 47 92,2

13. A demarcação do local do estoma diminui a incidência de complicações e assegura o autocuidado (V).

38 74,5 50 98

14. A demarcação do estoma pode ser realizada pelo cirurgião que fará o procedimento, pelo enfermeiro estomaterapeuta ou enfermeiro capacitado (V).

10 19,6 46 90,2

15. A demarcação do local do estoma não deve ser feita próxima a depressões, pregas cutâneas, proeminências ósseas, entre outros acidentes anatômicos, o que pode permitir o vazamento do conteúdo drenado na pele periestomal (V).

43 84,3 50 98

Continua

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43

Tabela 8 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pré-Operatório”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D4: Assistência de Enfermagem

no Período Pré-Operatório

Acertos

Pré-teste

N % n %

16. Após a demarcação do local do estoma devem ser realizados, se possível, testes de sensibilidade e adaptação ao equipamento coletor (V).

42

82,4

50

98

Conclusão

Em relação à assistência de Enfermagem no pré-operatório, o item 6 não sofreu

alteração no resultado após educação permanente online: 50 (98%). Nos itens 7 e 9

houve diminuição do número de acertos no pós-teste, com 47 (92,2%) e 49 (96,1%),

respectivamente.

Observou-se menor porcentagem de acertos: 6 (11,8%), antes da educação

permanente online, no item referente ao posicionamento ideal do estoma, com

aumento significativo de acertos no pós-teste (92,2%). No item 11 foi encontrado um

total de acertos maior no pós-teste, porém com percentual menor: 20 (39,2%), se

comparado aos outros itens. Para os demais itens houve predomínio de mais de 90%

de acertos das respostas no pós-teste.

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Tabela 9 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Imediato”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D5: Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Imediato

Acertos Pré-teste Pós-teste

n % n %

17. O equipamento coletor deve ser colocado imediatamente após a confecção do estoma para prevenir complicações da pele periestomal decorrente do vazamento de efluentes (V).

43

84,3

49

96,1

18. O equipamento adequado no pós-operatório imediato é aquele que possui bolsa coletora transparente e que permite a visualização e avaliação do estoma, efluente e possíveis complicações (V).

46 90,2 51 100

19. Nos primeiros dias após a cirurgia o estoma pode ficar edemaciado (V).

44 86,3 51 100

20. A cor do estoma deve ser vermelha e ao toque o estoma deve ser frio (F).

16 31,4 14 27,5

21. A forma do estoma pode ser redonda ou oval (V).

42 82,4 50 98

22. A presença de flatos no interior do equipamento coletor é o primeiro sinal de que o intestino voltou a funcionar (V).

31 60,8 45 88,2

23. As primeiras eliminações dos estomas intestinais podem ser verdes, indicando presença de bile (V).

17 33,3 39 76,5

24. Na ileostomia em condições normais as fezes são mais líquidas e irritantes para a pele do que aquelas que saem por uma colostomia (V).

41 80,4 45 88,2

25. Em situações anormais a quantidade de efluente que sai de uma ileostomia pode ser superior a 2000 ml em 24h (V).

24 47,1

37 72,5

26. A pele periestoma deve ser desnudada, pálida e eritematosa (F).

35 68,6 45 88,2

27. A protrusão de uma colostomia não deve ser inferior a 5 mm (V).

11 21,6 27 52,9

28. A protrusão de uma ileostomia não deve ser inferior a 20 mm (V).

7 13,7 14 27,5

29. Sangramento, edema, necrose, descolamento mucocutâneo do estoma são complicações precoces dos estomas intestinais de eliminação (V).

37 72,5 43 84,3

30. Durante oito semanas, o diâmetro do estoma deve ser verificado todas as vezes que se realiza a troca do equipamento (V).

23 45,1 35 68,6

31. A base adesiva protetora da pele deve ser cortada para se ajustar a base do estoma (V).

43 84,3 47 92,2

32. A escolha do equipamento coletor não deve considerar o tipo de estoma, efluente, tamanho, forma e destreza do cliente (F).

46 90,2 51 100

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Quanto à assistência de Enfermagem no pós-operatório imediato, o item que

tratava da cor do estoma teve menor porcentagem de acerto no pós-teste, 14(27,5%).

Nos demais itens, observou-se maior desempenho após educação permanente online

e os menores percentuais obtidos foram nos itens 27 e 28 sobre a protrusão da

colostomia e ileostomia com 27 (52,9%) e 14 (27,5%), respectivamente.

Tabela 10– Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Mediato”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D6: Assistência de Enfermagem no

Período Pós-Operatório Mediato

Acertos Pré-teste Pós-teste

N % N %

33. Na colostomia descendente e sigmoide as fezes são geralmente sólidas (V).

29

56,9

45

88,2

34. No pós-operatório mediato, clientes e familiares devem ser preparados para alta hospitalar com o ensino sobre o estoma, cuidado com a pele periestoma, equipamento coletor (colocação, troca e esvaziamento), nutrição, vestuário, imagem corporal, aspectos psicológicos, recreacionais e sexuais (V).

50

98

49

96,1

35. O cliente deve ser contra referenciado para ambulatório ou serviço especializado de assistência (V).

47 92,2 47 92,2

No domínio pós-operatório mediato observou-se aumento do número de

acertos no item 33, no pós-teste, 45 (88,2%).

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Tabela 11 – Percentual de acertos dos enfermeiros, segundo o domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Tardio”, antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

D7: Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório Tardio

Acertos Pré-teste Pós-teste

N % n %

36. Clientes e familiares devem receber informações sobre políticas públicas para a Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas (V).

50

98

51

100

37. O cliente deve ser estimulado a participar em associações de estomizados ou em grupos de apoio (V).

50

98

50

98

38. A irrigação da colostomia definitiva é um método seguro e efetivo para clientes com estomas no cólon descendente e sigmoide (V).

16

31,4

28

54,9

39. Retração, estenose, prolapso do estoma e hérnia paraestomal são complicações tardias dos estomas intestinais de eliminação (V).

36

70,6

51

100

Os melhores resultados quanto à assistência de Enfermagem no pós-operatório

tardio foram relacionados às informações sobre políticas públicas e às complicações

tardias dos estomas intestinais de eliminação, com 51 (100%) acertos após a

educação permanente online. O menor percentual de acerto foi no item 38, que tratava

da irrigação da colostomia, entretanto no pós-teste esse percentual passou para 28

(54,9%).

4.3 Comparação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após Educação permanente Online.

Houve diferença estatisticamente significante no conhecimento sobre estomas

intestinais de eliminação após educação permanente online (P=0,000), conforme

Tabela 12.

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Tabela 12 – Comparação da média de conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após a educação permanente online. Teresina, 2015.

Conhecimento sobre Estomas Intestinais de Eliminação

X Dp P

Pré-teste 25,5 4,2 0,0001

Pós-teste 31,5 3

x - média dp - desvio-padrão 1Teste Wilcoxon

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5 DISCUSSÃO

5.1 Caracterização do perfil dos enfermeiros quanto aos aspectos sociodemográficos,

de formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet

No presente estudo a taxa de evasão foi de 54%, tendo como principal causa

a falta de tempo: 43 (74,1%). A falta de tempo foi um dos principais responsáveis pela

evasão em outros estudos (SANCHES; LOPES, 2008; SANTOS; OLIVEIRA NETO,

2009; MEZZARI et al., 2013, CENSO EAD, 2013). Por ser realidade presente em

nosso meio, alguns estudos como os de Hart (2014) desenvolveram um instrumento

válido e confiável capaz de medir a persistência dos alunos de Enfermagem em cursos

Online de modo a identificar riscos e evitar abandonos.

Com relação aos dados sociodemográficos, os enfermeiros participantes do

estudo eram em sua maioria, 46 (90,2%), do sexo feminino. Esse resultado é similar

a outros trabalhos encontrados na literatura que tratam da educação permanente

online na Enfermagem (RIBEIRO; LOPES, 2006; SANCHES; LOPES, 2008;

SWEENEY et al., 2008; KHATONY et al., 2009; CAVALCANTI, 2013; GONÇALVES,

2013). Ressalta-se a questão do gênero na Enfermagem com a prevalência feminina

na profissão (COFEN, 2011). A média da idade, 32,9 anos, foi semelhante à

encontrada no cenário nacional e em outros estudos (RIBEIRO; LOPES, 2006;

COFEN, 2011; CAVALCANTE, 2013).

Mais da metade dos enfermeiros, 40 (78,4%), foram procedentes de instituições

públicas. Pesquisa realizada por Rocha e Nunes (2013) mostrou que de 1973 a 2008,

embora a oferta de vagas fosse maior na rede privada, ainda a maioria dos

profissionais graduados no Estado do Piauí era oriunda de Instituições de Ensino

Superior (IES) Públicas. No entanto, houve crescimento expressivo do setor privado,

uma vez que, com a criação dos cursos de Enfermagem em 2001, a oferta de vaga

superava a de instituições públicas. As vagas de Enfermagem oferecidas no setor

público representam 22% e privado 78%, portanto, pode-se perceber o crescimento e

prevalência de vagas no Piauí capaz de determinar teoricamente o perfil dos futuros

profissionais.

Cerca de 48 (94,1%) dos enfermeiros possuíam especialização e apenas 7

(15,2%) mestrado. A qualificação promove na profissão, avanços, cientificidade,

tecnologia, bem como melhoria na prática do cuidado. Configura-se expansão nas

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49

especialidades de Enfermagem, que habilita o profissional o conhecimento específico,

aprofundado, complexo, e permite a construção e produção de novos conhecimentos

e fazeres (ERDMANN, 2009). A Enfermagem representa 60% dos profissionais no

SUS, em que se faz importante prepará-la e capacitá-la para maior visibilidade da

profissão e atendimento às novas demandas da sociedade (SCOCHI et al., 2013).

Em estudo conduzido por Cavalcanti (2013) em um curso presencial e a

distância no estado do Piauí com temática na área da Estomaterapia mostrou que dos

43 enfermeiros inscritos, apenas 1 participante possuía mestrado. Apesar dos cursos

de Pós-graduação stricto sensu estarem em franco crescimento, observa-se o

desequilíbrio regional na implantação e distribuição destes e em ritmo menos

acelerado do que a implantação de cursos de graduação (ERDMANN, 2009;

ERDMANN; FERNANDES; TEIXEIRA, 2011; SCOCHI et al., 2013). Soma-se a isso,

a restrição de tempo, custos financeiros, responsabilidades na família e no trabalho

são apontados como causas que impossibilitam os estudos de pós-graduação

(CATHRO, 2011). No Piauí, há apenas um curso de doutorado acadêmico em

Enfermagem, recentemente implantado.

A média do tempo de formação foi de 8,7 (dp= 5,4) anos, com o tempo mínimo

de 1 ano e, 30 anos o maior tempo de atuação. Resultado similar na variação do tempo

de exercício foi encontrado em um trabalho realizado no Hospital Universitário de

Pernambuco sobre o conhecimento dos enfermeiros em estomas intestinais de

eliminação (MONTEIRO et al., 2014).

Referente à experiência com estomas intestinais de eliminação, notou-se que

a maior parte dos enfermeiros, 46 (90,2%), teve contato com o paciente estomizado,

na graduação 29 (69%) e o meio predominante em que ocorreu esse primeiro contato.

Durante a formação, o tema é repassado de forma generalizada, voltada na maioria

das vezes a teoria, e o preparo para o cuidado prestado ao cliente e à família ocorre

principalmente na prática. A temática estomia exige do profissional saberes e

habilidades especializadas para o cuidado eficaz e seguro, por isso é necessário a

realização de capacitações para suprir as necessidades e limitações, além de

contribuir na promoção e construção do conhecimento e aquisição da aprendizagem

(ARDIGO; AMANTE, 2013).

Todos os enfermeiros participantes do estudo possuíam computador e acesso

à Internet diariamente, 35 (68,6%) e 40 (78,4%), respectivamente, e o uso dessas

ferramentas era feito em casa: 27 (58,7%) e 31 (66%). Uma pesquisa realizada em

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São Paulo com objetivo de identificar o perfil, as competências e a fluência digital do

enfermeiro mostrou que, apesar de 86,7% acessarem a Internet diariamente e em

casa 81,7%, ainda havia déficit para aplicação exitosa das tecnologias na prática de

Enfermagem (TANABE; KOBAYASHI, 2013).

No Quênia, um estudo identificou atitude positiva dos enfermeiros em relação

ao uso de computadores e que o posicionamento em relação à informatização, mais

especificamente, ao computador, tem melhorado ao longo dos anos (KIPTURGO et al.,

2014). Vale ressaltar a importância deste recurso tecnológico como ferramenta na

aquisição de conhecimentos. No sul da Califórnia, 87% dos participantes

entrevistados tinham interesse em participar de cursos Online, independentemente de

idade, preparação educacional e experiência (SWEENEY et al., 2008).

5.2 Avaliação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após a Educação permanente online.

Neste estudo, os enfermeiros tiveram 65,4% de acertos no pré-teste. Após a

intervenção houve aumento na média de acertos no Teste de conhecimento para

80,8%. Desse modo, o presente estudo confirma a importância da Educação

permanente online que utiliza estratégias de ensino EaD para a aquisição de novos

saberes e habilidades.

O resultado supracitado encontra-se de acordo com os estudos que utilizaram

a EaD para a capacitação de enfermeiros. Estudo quase experimental, antes e depois,

realizado em unidade terapia intensiva de um Hospital Universitário de Fortaleza sobre

a temática Úlcera por Pressão (UPP) demonstrou que a média de acertos no pós-

teste, após a educação Online, aumentou para 73% (ARAÚJO, 2012). Houve também

um maior número de acertos, 88,3%, após realização do curso Online e presencial na

temática UPP com enfermeiros de um hospital de grande porte do estado do Piauí

(CAVALCANTI, 2013). Tweed e Tweed (2008) também obtiveram em seus estudos

com enfermeiros de terapia intensiva em um hospital de referência terciária na Nova

Zelândia, um escore médio de 89% no pós-teste.

Ainda são incipientes as pesquisas voltadas para o impacto da aplicação do

uso de tecnologias educativas no conhecimento de enfermeiros na área de estomia.

Dos estudos que tratam sobre a avaliação de sua aplicação, já é possível observar

resultados satisfatórios.

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Bales (2010) desenvolveu um recurso de aprendizagem baseado no

computador e avaliou seu efeito sobre a confiança dos profissionais de Enfermagem

na prestação dos cuidados de estomia. Verificou-se que o recurso eletrônico

disponível foi altamente positivo, com diferença estatisticamente significante antes e

após a intervenção Online.

A intervenção educativa, por sua vez, não traz aprendizagem duradoura. Tal

achado pode ser corroborado com os resultados de acertos nos pós-testes um e dois

meses após aplicação do Programa e-learning para enfermeiros e estudantes de

Enfermagem sobre classificação de UPP e diagnóstico diferencial entre lesões de

umidade, na qual a quantidade de acertos diminuiu em relação ao primeiro pós-teste

(BEECKMAN et al., 2008). Isso demonstra a necessidade constante de cursos de

educação continuada para o aperfeiçoamento. A aprendizagem Online é um formato

viável para a continuidade dos estudos (SWEENEY et al., 2008).

No que se refere ao cliente estomizado, a presença do enfermeiro é

fundamental, devido à segurança e apoio prestado. É tido como orientador de suas

práticas e auxílio nas dificuldades enfrentadas. No entanto, existem deficiências do

cuidado que precisam ser sanadas por meio de qualificações e capacitações para a

atuação exitosa da competência profissional (MAURICIO; OLIVEIRA; LISBOA, 2013).

Observou-se a melhoria da aprendizagem nos itens listados no Teste de

conhecimento após educação permanente online. No primeiro domínio, apesar do

decréscimo de acertos no pós-teste referente ao conceito de estomas intestinais de

eliminação, 49 (96,1%), os participantes demonstraram ter adquirido conhecimento

sobre o segmento intestinal envolvido, 43 (84,3%) e 44 (86,3%). Em todos os casos o

conhecimento foi considerado adequado, pois o percentual de acertos foi maior que

80% do teste. Desempenho satisfatório também foi encontrado para os domínios

“Indicação” e “Classificação” do estoma intestinal de eliminação, com 51 (100%)

acertos no pós-teste.

De acordo com a RNAO (2009), para a relação terapêutica eficaz com o cliente,

é necessário que o enfermeiro tenha conhecimento específico sobre a condição ou

doença que levou à realização da cirurgia temporária ou permanente e o tipo de

estomia. Estudo desenvolvido no hospital de grande porte de Goiânia com

profissionais de Enfermagem identificou que, embora 60% julgassem saber sobre

estomia e cuidados envolvidos, havia fragilidade nos conhecimentos específicos.

Oitenta e nove por cento não havia participado de capacitações acerca da temática

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(SILVA et al., 2010 b). Outra pesquisa, realizada na clínica cirúrgica de um hospital

público de grande porte na cidade de Salvador, mostrou que 77,2% dos enfermeiros

mostraram não ter conhecimento técnico-científico para cuidar do cliente estomizado

(ALVES et al., 2011).

O enfermeiro deve possuir conhecimento científico sobre a doença e seus

determinantes, além de habilidades práticas para o cuidado (GEMELLI; ZAGO, 2002).

Para tanto, os enfermeiros devem possuir recursos disponíveis para ajudar a manter

as suas habilidades nesse cuidado (BALES, 2010).

O embasamento teórico promove segurança na atuação profissional junto ao

cliente (GEMELLI; ZAGO, 2002). Com isso, as necessidades humanas básicas

afetadas pelo adoecimento podem ser atendidas e o cuidado integral, praticado. Além

disso, o conhecimento técnico-científico do enfermeiro contribui para a reabilitação do

cliente à sua nova condição, o prepara para o autocuidado e reinserção social

(ARDIGO; AMANTE, 2013).

Referente ao domínio “Assistência de Enfermagem no Período Pré-Operatório”,

houve redução do número de acertos nas questões 7 e 9, no pós-teste. Na questão

11, embora o conhecimento tenha melhorado após a Educação permanente online, o

desempenho dos enfermeiros foi inferior a 80% do Teste. Para os demais itens as

pontuações foram superiores a 90% ao final da educação permanente online.

Segundo a WOCN (2009), a educação pré-operatória envolve a informação

sobre o aspecto fisiológico, cirúrgico, nutricional, psicológico, social, sexual, técnico e

de demonstração dos equipamentos coletores. Deve ser fornecida a todos os clientes

e à família dos que necessitam de cirurgia de estomia. Observa-se o despreparo

profissional para atuar junto ao cliente estomizado, com rejeição aos cuidados, devido

à formação inadequada e deficiente na área de Estomaterapia (MONGE; AVELAR,

2009).

No que diz respeito aos itens que versavam sobre a instrução dos pacientes e

familiares quanto ao segmento intestinal a ser removido, e equipamentos coletores e

adjuvantes de proteção e segurança, houve diminuição dos acertos para 47 (92,2%)

e 49 (96,1%), respectivamente. Ainda assim, o percentual obtido foi satisfatório, com

percentual acima de 90%.

Salome et al. (2014) ao estudarem sobre os conhecimentos dos professores de

dois cursos de graduação em Enfermagem em relação ao papel do enfermeiro na

preparação do paciente no pré-operatório identificaram que 85,6% da universidade A

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e 80% da universidade B sabiam educar os clientes sobre a cirúrgia, e em geral ao

preparo prévio quanto ao estoma, equipamento coletor, programas de assistência

pública e testes de sensibilidades aos equipamentos.

Contraditoriamente, estudo realizado por Silva et al. (2010) com a equipe de

Enfermagem de um hospital de grande porte mostrou que 78% não conheciam os

diferentes dispositivos e acessórios para o cuidado com o estoma disponíveis em sua

realidade profissional. Dentre estes, 100% desconheciam gazes e compressas, régua

de mensuração de estomia (13%), dispositivo de duas peças com base adesiva e

bolsa (42%), dispositivo de 1 peça (67%). Ainda, 55,5% afirmaram que estes recursos

não são suficientes.

Alves et al. (2011) verificaram que, dentre os cuidados realizados no período

pré-operatório por enfermeiros, 54% não ofereciam apoio psicológico aos pacientes;

86% não orientavam o cliente e/ou familiar sobre o procedimento e 86% não

realizavam a demarcação da localização do estoma.

A apreensão dos conhecimentos e habilidades pelos clientes deve ocorrer o

mais precoce possível, com reforço durante a hospitalização e mantido na alta

hospitalar (BELLATO et al., 2006). A família exerce importante apoio; no entanto, pode

encontrar-se fragilizada e requerer ajuda dos profissionais, uma vez que, na maioria

das vezes, responsabiliza-se diretamente pelo cuidado e suporte emocional do

estomizado (SILVA; SHIMIZU, 2007). Desse modo, é reforçada a necessidade de

orientações aos clientes, que deverá ser estendida aos familiares.

O item 11 apresentou um aumento de 8 (15,7%) para 20 (39,2%), no pós-teste.

No entanto, o conhecimento dos enfermeiros sobre a realização da demarcação no

pré-operatório ainda é considerado insatisfatório. Esse dado é preocupante ao se

pensar que o cirurgião ou outro integrante da equipe de saúde, capacitado nos

princípios da realização do procedimento, pode realizar a demarcação do estoma, e

esta deve ser realizada sempre que possível (WOCN, 2009). Em uma pesquisa

realizada no Serviço de Atenção ao Paciente com Estomia no município de João

Pessoa–PB, 100% dos clientes estudados afirmaram a não realização da demarcação

no pré-operatório (AGUIAR et al., 2011).

A demarcação reduz as complicações dos estomas e da pele periestomal

(WOCN, 2009). Diferentemente aos achados deste trabalho, no estudo realizado com

docentes dos cursos de graduação em Enfermagem de duas universidades privadas,

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identificou-se que a maioria dos participantes sabia da realização deste procedimento

no período pré-operatório (SALOME et al., 2014).

No domínio intitulado “Assistência de Enfermagem no Período Pós-Operatório

Imediato” houve a diminuição do conhecimento dos participantes no item 20, após

educação permanente online. As questões 23, 25, 27, 28 e 30, apesar do aumento

dos acertos no pós-teste, não foi suficiente para atingir o percentual de 80%.

No presente estudo, os enfermeiros sentiram dificuldades em identificar o

aspecto normal do estoma, representado pelo baixo percentual de acertos: 14

(27,5%). Resultado contrário foi encontrado por Silva et al. (2010 b) onde 78% da

equipe de Enfermagem responderam corretamente o item em que o aspecto do

estoma deve ser vermelho vivo, brilhante e úmido.

O estoma deve ser avaliado imediatamente no pós-operatório, assim como as

condições da pele periestomal (WOCN, 2009). Uma análise deve ser feita quanto a

sua localização na parede abdominal, ocorrências de sangramento, coloração e

protrusão, de modo a detectar precocemente as complicações (SANTOS, 2005).

Os itens 23 e 25 estavam relacionadas às características das primeiras

eliminações dos estomas e às quantidades anormais de efluentes de uma ileostomia,

no qual se obteve o percentual de acertos de 39 (76,5%) e 37 (72,5%),

respectivamente.

Ao investigar o conhecimento referente à assistência pré e pós-operatória de

estomias intestinais com 34 enfermeiros do Hospital Universitário de Recife, Barreto

(2013), evidenciou-se que dentre as condutas pós-operatória consideradas mais

importantes estavam as características inerentes ao estoma/área periestomal, 32

(94,1%) e ao efluente 31 (91,1%). A desidratação e distúrbios eletrolíticos ocorrem

com mais frequência no período pós-operatório imediato e é encontrado

principalmente após a criação de uma ileostomia ou jejunostomia (WOCN, 2009). A

passagem habitual das fezes de uma ileostomia é cerca de 800 ml por dia (BURCH,

2011). Saber identificar os efluentes e suas normalidades é fundamental para a

assistência de Enfermagem adequada e segura nesse período.

Referente à protrusão da colostomia e ileostomia, o índice de acertos foi de 27

(52,9%) e 14 (27,5%), respectivamente. A protrusão refere-se a extensão da alça

intestinal exteriorizada através do abdômen (SANTOS, 2005). Na colostomia a

protrusão é cerca de 5 milímetros (BURCH, 2011). Na ileostomia, a abertura é elevada

2 a 3 cm a partir da pele, de modo a assegurar a passagem do efluente diretamente

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ao equipamento coletor, com o mínimo possível de contato com a pele, devido ao PH

alcalino e enzimas digestivas presentes nas fezes (SAUNDERS; HEMINGWAY,

2008).

Sobre o diâmetro do estoma, presente no item 30, o conhecimento dos

enfermeiros foi considerado insatisfatório, 35 (68,6%). A mensuração do estoma deve

ser feita frequentemente nas primeiras oito semanas após confecção, tempo que o

edema pós-operatório leva para regredir. Alguns fatores como o ganho ou perda de

peso pelo estomizado também requer a verificação periódica (BURCH, 2011).

Em um estudo realiazado por İlhan e Toruner (2014), cujo objetivo era avaliar

os conhecimentos e competências dos enfermeiros neonatais em relação aos

cuidados com a pele periestomal dos recém-nascidos, verificou-se que o uso do guia

medição do diâmetro do estoma raramente foi utilizado (7,3%), bem como a tesoura

de ponta curva. Consequentemente, o adaptador não era cortado adequamente,

portanto o tamanho não corrigido, o que poderia ocasionar o riscos de fulgas e lesões

na pele.

Com relação ao domínio “Assistência de Enfermagem no Pós-Operatorio

Mediato”, os enfermeiros apresentaram bom conhecimento no item 33, 45 (88,2%), se

comparado ao pré-teste, 29 (56,9%). Nesse item foi abordada a consistência das

fezes na colostomia descente e sigmóide.

Os efluentes de uma colostomia vão depender da localização no intestino

grosso (SANTOS, 2005). Geralmente, as fezes são formadas e devem ser recolhidas

por um equipamento coletor que é substituído de acordo com a frequência da

passagem das fezes (BURCH, 2011). Embora possa causar dermatite de contato, os

seus efluentes não são diretamente corrosivo para a pele (SAUNDERS;

HEMINGWAY, 2008).

Observou-se no domínio “Assistência de Enfermagem no Pós-Operatório

Tardio” percentuais acima de 98%, com exceção do item 37, que tratava da irrigação

da colostomia, em que o número de acertos foi 28 (54,9%).

A irrigação da colostomia permite o controle do hábito intestinal, à medida que

regula a eliminação das fezes pelo estoma (SANTOS, 2005; CESARETTI et al., 2008).

Os profissionais de sáude têm responsabilidade na orientação dos benefícios e

desvantagens do uso desse método para as pessoas colostomizadas durante a alta

hospitalar, em associações de estomizados, e nos ambulatórios (SANTOS, 2005;

CESARETTI; SANTOS; VIANNA, 2010).

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Estudo realizado com colostomizados que participavam da consulta de

Estomaterapia de cinco instituições de saúde pertencentes à subregião de Lisboa e

Vale do Tejo identificou que os enfermeiros (91,2%) eram quem mais informavam os

clientes sobre técnica de irrigação, e dos que praticavam a técnica, (84,9%) o fizeram

na presença deste profissional. Nesse trabalho, também foi observada a importância

do processo de ensino-aprendizagem realizado pela equipe de Enfermagem na

influência do cliente quanto à decisão e escolha do método (ESPADINHA; SILVA,

2011).

5.3 Comparação do conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de

eliminação antes e após educação permanente online

Houve diferença estatisticamente significante no conhecimento dos

enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação após a educação permanente

online (p=0,000). No entanto, alguns estudos utilizaram a intervenção a distância em

diversas áreas do cuidado, com efeitos insatisfatórios ou sem distinção no

desempenho dos estudantes e profissionais de Enfermagem quando comparado ao

método tradicional (KHATONY et al., 2009; HORIUCHI et al., 2009; BORHANI et al.,

2011; ÖZTÜRK; DINÇ, 2014).

Borhani et al. (2011) realizaram um estudo quase experimental com objetivo de

avaliar o efeito da aprendizagem virtual no conhecimento e atitudes dos estudantes

de Enfermagem no curso de distúrbios hidroeletrolíticos. Para isso, dividiram

aleatoriamente sua amostra em dois grupos, presencial e a distância. Conforme a

aplicação de um pré e pós-teste verificaram-se que as médias de conhecimentos no

grupo convencional foi superior ao grupo virtual no final do curso.

No Japão, a avaliação dos resultados da aprendizagem de alunos de pós-

graduação identificou que não houve diferença nos escores pós-testes do grupo

controle e experimental. Desse modo, o estudo concluiu que os métodos de

aprendizagem via web na educação continuada em Enfermagem são, em muitos

aspectos, equivalentes a usar método de aprendizagem tradicional. Apesar dos

resultados terem sido os mesmos nas duas modalidades, três vantagens da EaD

foram relatadas: menor taxa de evasão, flexibilidade da aprendizagem via web, citada

pela maioria dos participantes, e menores custos para os enfermeiros (HORIUCHI et

al., 2009).

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Também não houve diferença estatisticamente significante sobre o

conhecimento dos alunos de duas universidades de Ancara na temática cateterização

urinária, na modalidade virtual e convencional. No entanto, os estudantes que

receberam a intervenção Online tiveram escores mais altos em termos das

competências da sondagem vesical, com melhores desempenhos em alguns passos

críticos de cateterização (ÖZTÜRK; DINÇ, 2014).

Khatony et al. (2009), ao compararem os métodos presenciais e a distância na

Educação permanente de enfermeiros sobre AIDS, verificaram que não houve

diferença significativa no pré e pós-teste entre os grupos e concluiu que a capacitação

via web é tão eficaz quanto ao ensino tradicional.

A efetividade da educação permanente sobre estomas intestinais de eliminação

pode ser justificada pela flexibilidade da aprendizagem Online, ao se adaptar

conforme as necessidades dos enfermeiros, e a acessibilidade em qualquer tempo e

espaço. Esses fatores contribuem para o sucesso da EaD no ensino de Enfermagem

(HOLLY, 2009).

Neste estudo, alguns recursos utilizados no curso, como vídeos e hipertextos

didáticos virtuais auxiliados pelo software educacional Hot Potatoes contribuíram para

a retenção dos conteúdos. Os vídeos produzem mais realismo, com resposta

emocional imediata do estudante. É um recurso multimídia eficaz, ao criar um contexto

significativo para a aprendizagem (NASCIMENTO, 2006).

Com relação ao Hot Potatoes, é um software educacional interativo que inclui

seis aplicações. Foi desenvolvido no Canadá e está disponível para as plataformas

Windows, Linux e Mac com acesso gratuito. Pode ser utilizado para fins pedagógicos,

a partir da via World Wide Web (HOT POTATOES, 2009).

Outra ferramenta com bastante aceitabilidade pelos participantes e que ajudou

no desempenho satisfatório dos enfermeiros foi o aplicativo móvel Whatsapp, à

medida que havia o feedback imediato sobre as programações, dificuldades de

acesso e resoluções das dúvidas.

O Whatsapp é um aplicativo multiplataforma, que permite a troca de

mensagens pelos usuários. Nele é possível criar grupos de até 50 participantes, e

enviar imagens, vídeos e áudio. Não precisa de senhas ou nome de usuários,

considerado como um recurso que facilita a aprendizagem em capacitações mediadas

a distância (OLIVEIRA et al., 2014).

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Em suma, a aprendizagem Online na educação permanente é apontada como

viável e considerada adequada para as condições de trabalho da maioria dos

enfermeiros, não devendo limitar o seu uso (RIBEIRO; LOPES, 2006; SANCHES;

LOPES, 2008; SWEENEY et al., 2008; KARAMAN, 2011; ARAÚJO, 2012;

CAVALCANTI, 2013; KARAMAN; KUCUK; AVDEMIR, 2014).

Vale lembrar que os módulos e vídeos educativos deste estudo estavam

estruturados e dispostos conforme as diretrizes (RNAO, 2009; WOCN, 2010),

recomendações internacionais e literatura pertinente acerca da temática, de modo a

tornar o conhecimento científico e baseado em evidências.

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6 CONCLUSÃO

A Educação permanente online concedeu impacto positivo no conhecimento

dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação, evidenciado a partir da

melhora significativa no desempenho geral dos participantes e para cada domínio do

conhecimento testado.

A EaD é um método eficaz, flexível e capaz de adequar-se às características

exigidas pela profissão. O enfermeiro pode acessar as aulas em qualquer lugar e

horário, imprimir os materiais, estudar e revisar sempre que achar necessário.

O ensino a distância promove autonomia, uma vez que há a liberdade na

escolha do horário de estudo pelo próprio aluno, tornando-o protagonista no processo

de aprendizagem. No entanto, requer dedicação e compromisso, como a organização

do tempo, para não acumular atividades nem interferir na permanência do curso.

É importante que os hospitais possibilitem aos profissionais o uso das TIC’s na

obtenção de conhecimentos. O acesso à Internet é fundamental para a aprendizagem

Online. O engajamento dos líderes e da gerência é necessário para a difusão e êxito

dos treinamentos.

A maioria dos participantes teve contanto com o cliente estomizado. A presença

do estoma provoca uma série de alterações biopsicossociais e o enfermeiro, por ser

o profissional que lida diretamente no cuidado, ao estar preparado, promove uma

relação terapêutica eficaz, facilitando a adesão, adaptação e o autocuidado.

É necessário um saber especializado, já que a temática Estomaterapia não é

vista suficientemente na graduação, e apresenta lacunas, com déficits de

conhecimento na prática. A educação permanente é uma ferramenta importante que

deve ser utilizada na capacitação dos profissionais. A atualização terá reflexos

positivamente não só para o hospital, mas na qualidade da assistência prestada à

pessoa com estoma.

As causas externas foram os principais fatores de evasão no curso. A falta de

tempo foi o motivo de desistência relatado pela maioria dos enfermeiros. Esse

resultado foi similar ao encontrado no cenário nacional e em outros estudos que

utilizaram a intervenção Online.

São limitações deste trabalho o tamanho amostral que não permitiu a

generalização dos resultados. Além disso, nos materiais para leitura havia artigos em

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inglês, e por nem todos os participantes terem o domínio da língua, isso pode ter

interferido no número de acertos de alguns tópicos do Teste.

A indisponibilidade de acesso à Internet em algumas instituições de trabalho e

problemas técnicos ocorridos na plataforma durante os finais de semana podem ter

contribuído para a desistência dos enfermeiros. Isso porque a permanência desses

profissionais é na maioria das vezes no hospital, devido aos inúmeros vínculos

empregatícios e as folgas serem frequentes nos finais de semana.

A sobrecarga de trabalho dificultou a aplicação do pré e pós-teste. Para

contornar esse problema foram identificados os horários mais adequados do plantão

para aplicação. Não se sabe até que ponto houve a interferência na concentração do

participante durante as respostas do Teste.

Para os próximos estudos, observações posteriores deverão ser investigadas,

não somente após o término do curso, para detectar o real impacto dessa ferramenta

no ensino. Além disso, frente aos avanços tecnológicos, novas pesquisas devem ser

realizadas a partir da utilização de novos métodos de obtenção de conhecimento na

educação permanente dos profissionais. É interessante, na área de estomias

intestinais de eliminação, que a atualização periódica seja associada à prática, para

maior assimilação da aprendizagem.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO ACADÊMICO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a):

Você está sendo convidado (a) a participar da educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação. Inicialmente você responderá um questionário sobre suas características sociodemográficas, de formação, experiência profissional, uso do computador e Internet, e outro sobre estomas intestinais de eliminação de forma totalmente voluntária. Será realizada com você adaptação ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Moodle, por meio de encontro presencial na instituição de acordo com a sua disponibilidade. No final do programa, você responderá novamente o questionário sobre estomas intestinais de eliminação. Antes de concordar em participar da educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação e responder este questionário, é muito importante que você compreenda as informações e instruções contidas neste documento. Os pesquisadores responderão todas as suas dúvidas antes que você se decida a participar. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos quais tenha direito. O objetivo do estudo é verificar o impacto da educação permanente online no conhecimento de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação. Procedimentos: sua participação nesta pesquisa consistirá no recebimento da educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação e no preenchimento de um mesmo questionário antes e após a educação permanente. Tanto, pré-teste (antes da educação permanente online) como pós-teste (após a educação permanente online) serão aplicados no seu local de trabalho e deverão ser e devolvidos para o pesquisador, logo após serem respondidos. Benefícios: esta pesquisa aumentará o seu conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação. Riscos: a sua participação na educação permanente online sobre estomas intestinais de eliminação e o preenchimento do questionário poderão lhe causar algum constrangimento, caso isso ocorra, por favor, informe o pesquisador e para evitar danos maiores para você, seus dados não constarão mais na pesquisa. Sigilo: as informações fornecidas por você terão sua privacidade garantida pelos pesquisadores responsáveis. Os sujeitos da pesquisa não serão identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados em qualquer forma. Ciente e de acordo com o que foi anteriormente exposto, eu_________________________________________________, estou de acordo em

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participar desta pesquisa, assinando este consentimento em duas vias, ficando com a posse de uma delas. Local e data: ___________________, __/__/__. Assinatura: _______________________ N.identidade:_____________________ Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato: Comitê de Ética em Pesquisa – UFPI – Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga SG10- CEP: 64.049-550 - Teresina - PI tel: (86) 3215 – 5734 email: [email protected].

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APÊNDICE B: INSTRUMENTO DE CARACTERIZAÇÃO DO ENFERMEIRO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E

DOUTORADO ACADÊMICO

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

PARTE I - CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA

1. Sexo:

Feminino ( ) Masculino ( ) 2. Idade (anos completos):__________________________________________

3. Qual o seu estado civil?

a) Solteiro (a) b) Casado (a) c) Separado (a) /desquitado (a) /divorciado (a) d) Viúvo (a)

4. Formação/ Graduação:

a) Federal b) Estadual c) Privada

5. Fone: ( )_____________________________________________________ PARTE II – FORMAÇÃO

6. Há quanto tempo está formado? (Anos completos): ______________________________________________________________

7. Possui especialização? a) Sim b) Não

8. Possui mestrado? a) Sim b) Não

9. Possui doutorado?

a) Sim

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b) Não

PARTE III- EXPERIÊNCIAS COM ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

10. Teve contato com paciente estomizado? a) Sim b) Não

11. Em que meio ocorreu seu primeiro contato com paciente estomizado?

a) Família b) Graduação c) Trabalho d) Outros: __________________________________________________

PARTE IV– USO DO COMPUTADOR 12. Você possui computador?

a) Sim b) Não

13. Com que frequência você utiliza computador?

a) Diariamente b) De 3 a 6 vezes por semana c) 1 ou 2 vezes por semana d) Esporadicamente e) Nunca

14. Onde você utiliza computador com mais frequência?

a) Em casa b) No trabalho c) Lan house

PARTE V – USO DA INTERNET

15. Você tem acesso à Internet? a) Sim b) Não

16. Com que frequência você utiliza a Internet?

a) Diariamente b) De 3 a 6 vezes por semana c) 1 ou 2 vezes por semana d) Esporadicamente e) Nunca

17. De onde você tem predominantemente acessado a Internet?

a) Da minha casa b) Do meu local de trabalho c) Lan house

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APÊNDICE C: INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE EVASÃO DA EDUCAÇÃO

A DISTÂNCIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO ACADÊMICO

Evasão do curso a distância

Marque com (X) a alternativa que melhor adequa ao motivo da sua desistência no curso Objetos Virtuais de Aprendizagem sobre Estomas Intestinais de Eliminação?

1) ( )Problemas familiares, falecimento( pai, mãe, filho, etc)

2) ( ) Problemas de saúde

3) ( ) Falta de tempo

4) ( ) Falta de condições de estudo no trabalho e em casa

5) ( ) Sobrecarga de trabalho

6) ( )Falta de organização pessoal

7) ( )Inúmeros vínculos empregatícios

8) ( ) Instabilidade da Internet

9) ( ) Falta de computador

10) ( ) Falta de acesso à Internet

11) ( ) Falta de habilidade para utilizar as ferramentas de interação do Curso: fórum

de discussão, envio de mensagens por e-mail ou whatsapp

12) ( ) Não identificação com a área do curso

13) ( ) Falta de feedback do tutor

14) ( ) Falta de atendimentos às expectativas pessoais

15) ( ) Falta de informação sobre a importância do Curso que estava realizando

Outros (especificar):___________________________________________________

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ANEXOS

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ANEXO A: PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA

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ANEXO B: AUTORIZAÇÃO DO HOSPITAL PRONTOMED

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ANEXO C: AUTORIZAÇÃO DO HOSPITAL DE TERAPIA INTENSIVA- HTI

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ANEXO D: AUTORIZAÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- HU

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ANEXO E- TESTE DE CONHECIMENTO SOBRE ESTOMIAS INTESTINAIS DE

ELIMINAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE/DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E

DOUTORADO ACADÊMICO TESTE DE CONHECIMENTO SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

Para a realização do Teste de Conhecimento sobre Estomas Intestinais de Eliminação, selecione uma resposta, considerando as opções: (1) Verdadeiro (2) Falso (3) Não sei

V F NS

CONCEITO

1. Estomias intestinais de eliminação são resultantes de intervenções cirúrgicas que consistem na exteriorização de um segmento intestinal, através da parede abdominal, criando uma abertura artificial para a saída do conteúdo fecal e flatos.

2. Colostomia consiste na exteriorização do intestino delgado.

3. Ileostomia consiste na exteriorização do intestino grosso.

INDICAÇÃO

4. O câncer, as doenças inflamatórias do intestino (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), as malformações congênitas (ânus imperfurado) e os traumas abdominais (ferimento por arma de fogo ou branca e acidente automobilísticos) são as causas mais frequentes para a confecção de uma estomia intestinal de eliminação.

CLASSIFICAÇÃO

5. As estomias são temporárias quando possibilitam o restabelecimento do trânsito intestinal normal e definitivas quando não pode ser reconstruído o trânsito para restabelecer a função esfincteriana anal.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO

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6. Na consulta pré-operatória de Enfermagem são avaliados o conhecimento do cliente sobre o seu diagnóstico, a cirurgia que será realizada e suas possíveis consequências, antecedentes familiares, alérgicos, estado nutricional, hábitos de eliminação, atividades da vida diária relacionada ao autocuidado (vestuário, higiene), atividades sociais, de lazer e trabalho, estado emocional, padrão cultural e educacional.

7. Os clientes e familiares devem ser instruídos sobre qual segmento do intestino será removido e em qual segmento será confeccionado o estoma.

8. Os clientes e familiares devem ser instruídos sobre o tipo, forma, cor e efluente do estoma que será confeccionado.

9. Os clientes e familiares devem receber informações quanto ao equipamento coletor e adjuvantes de proteção e segurança.

10. É importante educar o cliente sobre o potencial impacto do estoma na intimidade e funcionamento sexual do cliente com o parceiro.

11. A demarcação do local do estoma deve ser realizada exclusivamente no pré-operatório.

12. O estoma ideal deve ser posicionado através do músculo reto abdominal.

13. A demarcação do local do estoma diminui a incidência de complicações e assegura o autocuidado.

14. A demarcação do estoma pode ser realizada pelo cirurgião que fará o procedimento, pelo enfermeiro estomaterapeuta ou enfermeiro capacitado.

15. A demarcação do local do estoma não deve ser feita próxima a depressões, pregas cutâneas, proeminências ósseas, entre outros acidentes anatômicos, o que pode permitir o vazamento do conteúdo drenado na pele periestomal.

16. Após a demarcação do local do estoma devem ser realizados, se possível, testes de sensibilidade e adaptação ao equipamento coletor.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO

17. O equipamento coletor deve ser colocado imediatamente após a confecção do estoma para prevenir complicações da pele periestomal decorrente do vazamento de efluentes.

18. O equipamento adequado no pós-operatório imediato é aquele que possui bolsa coletora transparente e que

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permite a visualização e avaliação do estoma, efluente e possíveis complicações.

19. Nos primeiros dias após a cirurgia o estoma pode ficar edemaciado.

20. A cor do estoma deve ser vermelha e ao toque o estoma deve ser frio.

21. A forma do estoma pode ser redonda ou oval.

22. A presença de flatos no interior do equipamento coletor é o primeiro sinal de que o intestino voltou a funcionar.

23. As primeiras eliminações dos estomas intestinais podem ser verdes, indicando presença de bile.

24. Na ileostomia em condições normais as fezes são mais líquidas e irritantes para a pele do que aquelas que saem por uma colostomia.

25. Em situações anormais a quantidade de efluente que sai de uma ileostomia pode ser superior a 2000 ml em 24h.

26. A pele periestoma deve ser desnudada, pálida e eritematosa.

27. A protrusão de uma colostomia não deve ser inferior a 5 mm.

28. A protrusão de uma ileostomia não deve ser inferior a 20 mm.

29. Sangramento, edema, necrose, descolamento mucocutâneo do estoma são complicações precoces dos estomas intestinais de eliminação.

30. Durante oito semanas, o diâmetro do estoma deve ser verificado todas as vezes que se realiza a troca do equipamento.

31. A base adesiva protetora da pele deve ser cortada para se ajustar a base do estoma.

32. A escolha do equipamento coletor não deve considerar o tipo de estoma, efluente, tamanho, forma e destreza do cliente.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO

33. Na colostomia descendente e sigmoide as fezes são geralmente sólidas.

34. No pós-operatório mediato, clientes e familiares devem ser preparados para alta hospitalar com o ensino sobre o estoma, cuidado com a pele periestoma, equipamento coletor (colocação, troca e esvaziamento), nutrição, vestuário, imagem corporal, aspectos psicológicos, recreacionais e sexuais.

35. O cliente deve ser contra referenciado para ambulatório ou serviço especializado de assistência.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO

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36. Clientes e familiares devem receber informações sobre políticas públicas para a Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas.

37. O cliente deve ser estimulado a participar em associações de estomizados ou em grupos de apoio.

38. A irrigação da colostomia definitiva é um método seguro e efetivo para clientes com estomas no cólon descendente e sigmoide.

39. Retração, estenose, prolapso do estoma e hérnia paraestomal são complicações tardias dos estomas intestinais de eliminação.

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