ministÉrio da educaÇÃo secretaria de educaÇÃo … · os fungos pertencem ao reino fungi e são...

31
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA (IFMG-SJE) CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SILVICULTURA MICHELE APARECIDA DE JESUS, TAMIRES BORGES RODRIGUES TRATAMENTOS ANTIFÚNGICOS EM SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS SÃO JOÃO EVANGELISTA MINAS GERAIS NOVEMBRO 2013

Upload: hoangkien

Post on 09-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS – CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA (IFMG-SJE) CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SILVICULTURA

MICHELE APARECIDA DE JESUS, TAMIRES BORGES RODRIGUES

TRATAMENTOS ANTIFÚNGICOS EM SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS

SÃO JOÃO EVANGELISTA – MINAS GERAIS NOVEMBRO – 2013

MICHELE APERECIDA DE JESUS, TAMIRES BORGES RODRIGUES

TRATAMENTOS ANTIFÚNGICOS EM SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Silvicultura, do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Campus São João Evangelista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Tecnólogo em Silvicultura. Orientador: Prof. Dr. Aderlan Gomes da

Silva.

SÃO JOÃO EVANGELISTA – MINAS GERAIS

NOVEMBRO – 2013

FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pelo Serviço Técnico da Biblioteca do

Instituto Federal Minas Gerais – Campus São João Evangelista

J58t JESUS, Michele Aparecida de, 1990 -

Tratamentos antifúngicos em sementes de espécies florestais./ Michele Aparecida de Jesus; Tamires Borges Rodrigues. São João Evangelista, MG: IFMG - Campus São João Evangelista, 2013.

28 p.: il. Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (graduação) Apresentado ao Instituto Federal Minas Gerais – Campus São João Evangelista – IFMG, Curso de Tecnologia em Silvicultura , 2013. Orientador: Prof. Dr. Aderlan Gomes da Silva. 1.Sementes. 2. Germinação. 3. Antifúngicos. 4. Florestas. I. Instituto Federal Minas Gerais – Campus São João Evangelista. Curso de Tecnologia em Silvicultura . II. Título.

CDD 634.9562

Dedicado à glória de Deus, nosso

criador e salvador.

Agradecimento

Agradecemos a todos aqueles que entraram e saíram das nossas vidas,

por ter ajudado, atrapalhado, atormentado, divertido, ensinado, magoado,

acompanhado, invejado e por fim aqueles que torceram pelo nosso sucesso.

“A natureza é o único livro que oferece um

conteúdo valioso em todas as suas folhas.”

Johann Goethe

DE JESUS, MICHELE APARECIDA; RODRIGUES, TAMIRES BORGES. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, novembro de 2013.Tratamentos antifúngicos em sementes de espécies florestais. Orientador: Aderlan Gomes da Silva.

RESUMO

Busca-se constantemente o uso de substâncias naturais como forma de substituir produtos químicos.E no que se refere aos tratamentos em sementes esta busca reflete em pesquisas com produtos naturais, como extrato de babosa, extrato pirolenhoso, ou seu óleo fracionado, entre outros. Foram objetivos do presente trabalho testar a eficácia de fungicidas comerciais e de produtos alternativos no combate de fungos em sementes de espécies florestais, bem como realizar o levantamento dos gêneros fúngicos que ocorrem nas mesmas. O experimento foi conduzido nos Laboratórios de Semente e de Botânica do Instituto Federal de Minas Gerais, Campus São João Evangelista. O delineamento utilizado foi o delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 4x8, com quatro espécies florestais (Anadenanthera peregrina, Cassia grandis, Cedrela fissilis, Koelreuteria paniculata) e oito tratamentos químicos (Testemunha; Hipoclorito de sódio (10 mL.L-1); Sulfato de cobre (10 gL-1); Enxofre (6 gL-1); Extrato pirolenhoso diluído (200 mL.L-1); Fração oleosa de extrato pirolenhoso (20 mL.L-1); Fungicida Opera® (2 mL.L-1); e Extrato de babosa (400 g + 50 mL de álcool)) com quatro repetições. O fungicida Opera® mostrou-se mais eficaz no combate aos fungos observados nas sementes das espécies florestais testadas. A espécie Cassia grandis apresentou a menor infestação fúngica quando comparada às demais. O gênero Aspergillus apresentou maiorfrequêncianas sementes das espécies trabalhadas.

Palavras chaves:fungicida; incidência fúngica; sementes.

DE JESUS, MICHELE APARECIDA; RODRIGUES, TAMIRES BORGES. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, November 2013.Antifungal treatmentsonforest tree seeds.Advisor: Aderlan Gomes da Siva.

ABSTRACT

Continuously the use of natural materials as a means of replacing chemicals has been the aim of studies. And when it comes to treatments for seed this search reflects in research on natural products such as aloe vera extract, pirolignous extract or its fractionated oil, among others. The objectives of this study were to test the efficacy of commercial fungicides and alternative products in combating fungi in seeds of forest species as well as undertake a survey of fungal genera that occur in them. The experiment was conducted at Seed Laboratory and Botany Laboratory of Instituto Federal de Minas Gerais, campus São João Evangelista. The design was a completely randomized design in a factorial 4x8, with forestry species (Anadenanthera peregrina, Cassia grandis, Cedrela Cedrela, Koelreuteria paniculata), and eight chemical treatments ( control; Sodium hypochlorite (10 mL.L- 1) ; copper sulfate (10 g L - 1), Sulfur (6 g L - 1) ; pirolenhoso diluted extract ( 200 mL.L - 1) ; oily fraction pirolenhoso extract ( 20 mL.L - 1 ) ; Opera® Fungicide ( 2 mL . L- 1), and aloe vera extract (400 g + 50 mL of alcohol ) with four replications . Opera® fungicide was more effective in combating fungi detected in tested seeds of forest species. The Cassia grandis species had the lowest fungal infestation compared to the others. The genus Aspergillus showed a higher frequency in the seeds of the species tested. Keywords: fungicide, fungalincidence; seeds.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 10

3 MATERIAIS E METÓDOS ..................................................................................... 13

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 15

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 23

9

1INTRODUÇÃO

São poucos os estudos sobre a sanidade de sementes florestais, mas as

doenças em plantas são notadas pelos seres humanos há séculos,desde o período

em que se acreditava que as pragas em lavouras eram castigo divino, até o período

atual em que se investe em pesquisas para compreender a evolução da doença e o

seu combate de forma sustentável (AMORIM; REZENDE; BERGAMIN FILHO,

2011). A busca pelo maior controle da sanidade do plantio bem como a busca

poruma forma eficiente de combatea pragas torna necessário analisar o efeito de

diferentes tratamentos químicos no controle de patógenos em sementes.

Segundo Barrocas; Machado (2010) as sementes de modo geral podem abrigar e

transportar microrganismos, causadores ou não de doenças. Os agentes associados

às sementes podem ser classificados em organismos de campo,com predominância

de fitopatógenos e organismos de armazenamentorepresentados por um pequeno

número de saprófitas.No que se refere à associação patógeno/semente os fungos

são os maiores representantes dessa relação,seguidos pelas bactérias e vírus.

Dentre os fungos fitopatogênicos, a maioria pode ser transmitida pelas sementes de

seus hospedeiros (BRASIL, 2009a).

No que tange a germinação de sementes essa associação, tanto interna quanto

externa, pode diminuir o poder germinativo e gerar plântulas de baixo vigor além de

constituir em ameaça para o plantio por ser fonte de inóculo, garantindo a

sobrevivência temporal, disseminação e introdução do patógeno em áreasaté então

livres de inóculo(BRASIL, 2009b).

Sendo assim, a realização de trabalhos que busquem soluções para problemas

fitossanitários é de grande importância, principalmente, quando se pensa em

produção de sementes de qualidade.

O presente trabalho teve como objetivos testar a eficácia de fungicidas

comerciais e de produtos alternativos no combate de fungos em sementes erealizar

o levantamento dos gêneros fúngicos que ocorrem em sementes de quatro espécies

florestais.

10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

No Brasil, tem sido grande a preocupação no que se refereà conservação de

espécies florestais.Busca-se através de leie outros atos normativos proteger e

restringir o uso dessas espécies, principalmente as nativas, no intuito de impedir a

destruição das florestas (SIRVINSKAS, 2012).

A espécieAnadenanthera peregrina (Benth.)pertence à família Fabaceae e é

uma espécie decídua, heliófita, que pode atingir até 20 metros de altura. Apresenta

rápido crescimento sendo muito indicada para reflorestamento de áreas degradadas.

Sua casca é rica em tanino, sua é madeira muito utilizada em construção civil, naval

e confecção de dormentes. Produz flores anualmente o que tem sido o motivo para

seu uso como planta ornamental indicada para arborização de parques e praças

(LORENZI, 2002).

Cassia grandisL. f.pertencente à família Fabaceae, conhecida popularmente

como cássia rosa, é uma árvore decídua, heliófita que pode atingir até 20metros de

altura. Ocorre naturalmente na região amazônica. Sua madeira pode ser usada na

construção civil e é muito usada na arborização urbana na região centro-sul do país

em grandes avenidas, porém essa indicação tem sido questionada devido ao fato

das vagens lenhosas terem peso próximo a um quilo e poderem causar acidentes

(LORENZI, 2002).

Cedrela fissilis (Vell.) pertence à família Meliacea e é conhecida como cedro

rosa. É uma planta heliófita, que pode atingir até 25metros de altura, possui tronco

cilíndrico e retilíneo com ramos pouco tortuosos (LORENZI, 2002). Ocorre

naturalmente em todo o país, mas em maior intensidade do Rio Grande do Sul até

metade do Rio de Janeiro. Apresenta-se resistente a alguns patógenos. A realização

de plantios homogêneos da espécie não tem sido recomendada devido à sua

susceptibilidade à broca das meliáceas (BRACK et al., 2011). Sua madeira

apresenta fácil trabalhabilidade e é macia ao corte, muito empregada em

compensados e construção civil (RODRIGUES et al., 2010).

Originária da Ásia, Koelreuteria paniculata L.é conhecida como caliotéria uma

espécie que pertence à família Sapindaceae. Trata-se de uma árvore decídua e

ornamental que pode atingir de 6 a 17metros de altura. Apresenta copa ampla,

forma de cúpula ou arredondada. Seu tronco é marrom-acinzentado, enrugado e

sulcado quando adulto. Possuem frutos tipo cápsula infladas e verdes e assementes

11

são esféricas, pequenas e negras (KAT FLORES E PAISAGISMO, 2013). O período

de floração, normalmente ocorre no início do verãoe no outono acontece a queda

das flores. A espécie é adaptada a uma ampla variedade de solos, sendo capaz de

tolerar períodos de secas e poluição atmosférica. Muito indicada para arborização

urbana e paisagismo(MISSOURI BOTANICAL GARDEN, 2013).

A produção de mudas de espécies lenhosas pode ser realizada pelos

métodos assexuados, por propagação vegetativa, e sexuada, que se refere à

produção de mudas por meio de sementes (WENDLING; DUTRA; GROSSI,2006).

No Brasil a qualidade sanitária das sementes é relegadaa um segundo plano,

o que é um erro, visto que 90% da produção agrária destinada à alimentação são

propagadas por sementes(GOULART, 2005).

A semente é um dos insumos mais importantes da produção constituindo-se

em fator determinante do sucesso ou fracasso, uma vez que ela contém todas as

potencialidades produtivas da planta (genética) e é o principal insumo ao alcance do

pequeno agricultor (COSTA; CAMPOS, 1997).

A aquisição de sementes de qualidade genética e fisiológica é indispensável

para a implantação de um viveiro visto que ela representa um custo significante no

valor final das mudas e das plantações, por poder comprometer sua

qualidade(MACEDO, 1993). A baixa disponibilização de mudas de espécies nativas

é uma consequência da dificuldade de adquirir sementes de qualidade por não se

tratar de um plantio de larga escala (TOTTI; MEDEIROS, 2006)

Os fungos pertencem ao Reino Fungi e são organismos eucariotos que

podem ser unicelulares ou multicelulares. São seres heterotrófitos considerados, por

alguns autores vegetais inferiores,por serem desprovidos de clorofila. Normalmente

se nutrem de matérias em decomposição(SILVA; COELHO, 2006).Os fungos

produzem corpos de frutificação, onde são produzidos e armazenados os esporos,

os quais são liberados ao ar e se depositam na superfície atacada. Para que eles

possam sobreviver é necessário que existam as condições básicas e ideais que

favoreçam o ataque (SILVA, 2008).

Apesar de poucos estudos na literatura sobre tratamentos fúngicos em

sementes florestais a maioria dos autores citam determinados fungos característicos

em sementes, sendo eles patogênicos ou nãocomo:Fusarium, Phomopsis,

Colletotrichum, Cladosporium, Alternaria, Aspergillus, Pestalotia, Monilia,

12

Trichoderma, Penicillium, Geotrichum (STRAPASSON; SANTOS; MEDEIROS, 2002;

SANTOS; MEDEIROS; SANTANA, 2001; NASCIMENTO et al., 2006).

Assim, o tratamento de sementes com produtos químicos, principalmente

fungicidas, é considerado uma prática usual e eficiente para aumento da produção.O

uso de fungicidas em sementes é adotado por muitos produtores, principalmente na

área agrícola, por assegurar populações adequadas do plantio mesmo em

condições desfavoráveis à germinação (HENNLNG et al., 2010).

No combate a patógenos prefere-se o uso de produtos químicospor serem

mais eficientes, dentre eles pode-se dizer que os fungicidas perdem em vendas

apenas para o herbicida. Os fungicidas têm a função de prevenir ou controlar

doenças causadas por fungos patogênicos.Podem atuartanto na formação quanto

na germinação dos esporos ou eliminando os fungos presentes já instalados na

matéria orgânica(RIBAS, 2010).

Visando conhecer as propriedades antimicrobianas realizam-se pesquisas

com produtos naturais oriundos de plantas. Essas propriedades podem ser usadas

no controle da microflora associada às sementes. Pelo fato de produtos naturais

serem de fácil aplicação e em alguns casos eficientes, tem sido usadospor

pequenos produtores e representam grande avanço em melhoria da economia e

qualidade final do produto(MORAIS et al.,2008). A utilização de substâncias naturais

como fungicida visa o baixo impacto ambiental, buscando o controle natural de

doenças causadas por fungos (GOMES, 2008).

13

3MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido nos laboratórios de Sementes e deBotânica

do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus São João Evangelista.

Para realização do trabalho adquiriram-se sementes de quatro espécies

através da Sociedade de Investigações Florestais (SIF), sediada em Viçosa, Minas

Gerais. As atividades laboratoriais foram conduzidas no período junho a julho de

2013.

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC), em arranjo fatorial

com dois fatores, sendo quatro níveis para o fator espécie e oito níveis para o fator

tratamento da semente.As quatro espécies das quais se utilizaram as sementes

foram Anadenanthera peregrina, Cassia grandis, Cedrela fissilis, Koelreuteria

paniculata. Foram realizadas quatro repetições por tratamento, sendo cada repetição

composta com vinte e cinco sementes (Tabela 1).

Tabela 1 - Tratamentos baseados em fungicidas comerciais e produtos alternativos no combate de fungos em sementes florestais aplicados às sementes das espécies - Anadenanthera peregrina, Cassia grandis, Cedrela fissilis e Koelreuteria paniculata.

N° do Tratamento Tipo de Tratamento

T1 Testemunha - apenas enxágue com água

T2 Hipoclorito de sódio (10 mL.L-1

)

T3 Sulfato de cobre (10 g.L-1

)

T4 Enxofre (6 g.L-1

)

T5 Extrato pirolenhoso diluído (200 mL.L-1

)

T6 Fração oleosa de extrato pirolenhoso (20 mL.L-1

)

T7 Fungicida Opera® (2 mL.L-1

)

T8 Extratode babosa ((400 g + 50 mLde álcool)/L)

Para a obtenção da fração oleosa de extrato pirolenhoso utilizaram-se 500 mL

de extrato pirolenhoso bruto os quais foram destilados em extrator de Soxhlet. Este

processo pode ser descrito simplificadamente da seguinte forma:em temperatura

aproximada de 115 ± 5º C (SANTOS; OLIVEIRA; FERNÁNDEZ, 2009) aqueceu-se

oextrato pirolenhoso bruto para seu fracionamento por um período de duas horas.

Após as duas horas desligou-se o equipamento e deixou-se esfriar. Retirou-se a

fração oleosa do copo extrator.

O extrato de folha de babosa foi obtido a partir de um macerado de 394,40 g

de parte verde (casca) sendo descartada a polpa. Em seguida adicionou-se ao

14

macerado 50 mL de álcool e completou-seo volume para um litro de solução com a

adição de água. Por fim coou-se a solução.

As sementes foram submetidas aos tratamentos por cinco minutos, e não

houve enxágue para retirada do resquício desses. Findados os cinco minutos, as

sementes foram colocadas para germinar em placas de Petri transparentes forradas

com papel germiteste, que foram previamente esterilizados em autoclave. A

germinação foi conduzida em câmara de Demanda Bioquímica de Oxigênio (BOD)

segundo o método blottertest em temperatura alternada de 20°C/30°C, em regime

de 8 horas de escuro e 16 horas de claro. Avaliaram-se o número de sementes

germinadas e número de sementes infestadas por fungos diariamente durante 15

dias.

Depois dessa etapa iniciou-se um novo procedimento no laboratório de

Botânica onde foi realizada a identificaçãodos gêneros fúngicos que infestaram as

sementes trabalhadas. Com auxílio de uma lâmina de barbear foramrealizados

cortes das estruturas para preparar as lâminas. As estruturas fúngicas foram

transferidas para lâminas de vidro para microscopia contendo corante

safraninadiluído em água como meio de montagem e foram cobertas com uma

lamínula de vidro.A observação das lâminas foi realizada em microscópio óptico de

luz transmitida. Realizou-se a identificação dos fungos conforme descrições de

Barnett; Hunter (1972) e Carmichaelet al., (1980).

Os dados foram submetidos à análise de variância e procedeu-se em seguida

a determinação do intervalo de confiança para as médias dos tratamentos, ao nível

de 5% de significância.

15

4RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve interação significativa entre espécie e tratamento para as variáveis

percentual de germinação e percentual de incidência de fungos, ao nível de 5% de

significância, pela análise de variância (Tabela 2).

Tabela 2 - Resumo da análise de variância

Fonte de variação GL QM Incidência (%) P QM Germinação (%) P

Espécie (E) 3 44596,1 <0,001 26656,1 <0,001 Produtos (P) 7 5242,7 <0,001 1061,3 <0,001 E x P 21 807,9 <0,001 198,8 0,039 Resíduo 96 44,6 115,3 Total 127

Os resultados de percentuais de germinação de sementes de quatro espécies

florestais submetidas à desinfestação com diferentes produtos e conduzida em

câmera de BOD à 20/30 °C e fotoperíodo de 16 horas de claro, em um período de

15 dias (Figura 1).

Figura 1 - Percentual de germinação de sementes de quatro espécies florestais submetidas à desinfestação com diferentes produtos e conduzida em câmera de BOD em temperaturas alternadas de 20°C noturno e 30°C diurno e fotoperíodo de 16 horas de claro e 8 horas de escuro.T1 - testemunha; T2 - hipoclorito de sódio; T3 - sulfato de cobre; T4 - enxofre; T5 - extrato pirolenhoso diluído; T6 - fração oleosa de extrato pirolenhoso; T7 - fungicida Opera®; T8 - solução de babosa. Barras de erro em y representam o intervalo de confiança ao nível de 5% de significância.

16

A espécie C. fissilis apresentou maior percentual de germinação,enquanto C.

grandis apresentou a menor, possivelmente por necessitar de maiores teores de

umidade e maior período de tempo para que ocorra a germinação. Outro fator é que

as sementes da espécieC. grandis possuem dormência e a quebra da mesma é

indicada objetivando aumentar a taxa de germinação e reduzir o tempo de

germinação. Segundo Lorenzi (2002) a espécie C. grandis apresenta baixo poder

germinativo por necessitar de algum tratamento que supere sua dormência.

O tratamento com enxofre (T4) apresentou importante influência no que tange

a germinação das sementes: A. peregrina com 50%, C. grandis com 1%, C. fissilis

com 89% eK. paniculata com 49% de sementes germinadas. A maioria dos testes de

quebra de dormência de sementes que utiliza ácido opta pelo ácido sulfúrico,

composto produzido a partir do enxofre. Segundo MB Consultores LTDA (1999)

produz-se ácido sulfúrico 98% através das etapas de fusão e combustão do enxofre,

conversão catalítica do dióxido de enxofre (SO2) e absorção do trióxido de enxofre

(SO3).

Braga (2010) ao trabalhar com espécie de Senna alata (L.) Roxb demonstrou

que o uso de ácido sulfúrico gerou resultados significativos na superação da

dormência em sementes dessa espécie quando submetidas à imersãoem ácido

sulfúricopor 60 minutos.Costa et al. (2013) ao estudar a eficiência de tratamentos

pré-germinativos em sementes de mororó observaram que o tratamento mais

indicado para superação de dormência foi o ácido sulfúrico.

A incidência de fungo nas sementes não foi um fator de interferência

relevante no processo de germinação, uma vez que a espécie C. fissilis foi a mais

afetada por fungos e a que apresentou maiores porcentagens de germinação.

(Figura 2). Acredita-se que a taxa de germinação poderia ser ainda mais elevada

caso não houvesse a incidência de fungos nas sementes, visto que Corvelo et al.,

(1999) ao estudar a maturação fisiológica de sementes de cedro observaram que a

germinação máxima foi de 93%. A presença de Aspergillus, Penicillium e Rhizopus,

segundo Silva et al. (2007) podem afetar a qualidade das sementes ocasionando a

redução da germinação e vigor.

17

Figura 2 - Incidência percentual de fungos em sementes de quatro espécies florestais submetidas à desinfestação com diferentes produtose conduzida em câmera de BOD em temperaturas alternadas de 20°C noturno e 30°C diurno e fotoperíodo de 16 horas de claro e 8 horas de escuro.T1 - testemunha; T2 - hipoclorito de sódio; T3 - sulfato de cobre; T4 - enxofre; T5 - extrato pirolenhoso diluído; T6 - fração oleosa de extrato pirolenhoso; T7 - fungicida Opera®; T8 - solução de babosa. Barras de erro em y representam o intervalo de confiança ao nível de 5% de significância.

Nas sementes da espécie C. grandis houve incidência muito baixa de fungos,

o que pode indicar a presença de alguma substância inibidora em sua semente

podendointerferirde forma negativana ocorrência de fungos, Carvalho; Nakagawa

(2000) propõem que os teores dos compostos de reserva influenciam tanto no vigor

quanto na qualidade de armazenamento das sementes. Tais substâncias,

componentes de massa de semente, é que serão utilizados pelos fungos como

nutrientes. Outra hipótese é a dormência existente nas sementes dessa espécie

que por diminuir a embebição de água pelas sementes resulta em menor umidade

desfavorecendo por consequência o desenvolvimento dos fungos.Para reduzir o

processo de deterioração das sementes (inibindo a ação de organismos saprófitas) é

necessário condições de temperatura, umidade e oxigênio que reduzam a atividade

metabólica das sementes bem como os níveis de respiração do embrião

(CARVALHO; NAKAGAWA, 2000).

18

No que se refere aos tratamentos estudados o fungicida Opera® apresentou o

melhor controle dos fungos, seguido pela fração oleosa de pirolenhoso. Já o uso do

extrato pirolenhoso diluído resultou em maior incidência fúngica.

Theisen et al. (2010) ao investigar a ação de duas formulações de extrato

pirolenhoso na supressão de doenças da fase inicial e no crescimento de plântulas

da cultura da soja, observaram que o tratamento de sementes com extrato

pirolenhoso, bruto ou destilado, inibiu agerminação das sementes de soja e não

apresentaram resultados consistentes quanto à supressão dos fungos.

A pesquisa de produtos naturais como extrato de babosa e extrato

pirolenhoso, ou seu óleo fracionado, para tratamentos de sementes é necessária

para tentar oferecer informações a respeito de novas possibilidades de tratamento

de sementes, principalmente para uso em sistemas orgânicos de produção ou para

uso em localidades onde há disponibilidade de produtos como o extrato pirolenhoso,

que é um subproduto da indústria de produção de carvão.

Nesse trabalho, o uso de babosa para combater a incidência fúngicaem

quatro espécies florestais foi ineficiente. Steffen (2010) em seu estudo de plantas

medicinais e seus usos populares tradicionais afirma que a babosa é usada desde a

antiguidade para embalsamar corpos, retardando sua decomposição possivelmente

por diminuir as ações de agentes decompositores.Tratamentos com substâncias

fungicidas extraídas de elementos naturais como babosa, semente de nim, piteira,

saboneteira entre outras tem sido menos eficiente se comparado aos tratamentos

com fungicidas e outros produtos comerciais. O uso de óleo e extrato de faveira

mostrou-se eficiente ao reduzir o crescimento micelial e germinação de conídios de

F. oxysporum f. sp. tracheiphilum em sementes inoculadas artificialmente com esse

fungo (RIBEIRO, 2008).

A utilização de fungicida no combate a fungos em plantas ou em sementes

mostra-se muito eficiente quando se trata do uso de produtos como Opera®,

Captan, Thiram entre outros. Pinto (2000) em seu trabalho para Embrapa obteve

resultados satisfatórios usando o tratamento thiram + thiabendazole e carboxin +

thiram no controle de Fusarium moniliforme associado às sementes de milho.

Identificaram-se sete diferentes gêneros fúngicos nas espécies florestais

trabalhadas sendo eles: Aspergillus; Cercospora; Fusarium; Pestalotia; Penicillium;

Rhizopus e Trichoderma(Tabela 3). A avaliação com diferentes tratamentos

19

fungicidas e hipoclorito de sódio na redução da incidência de patógenos em

sementes de angico vermelho, cássia do Sultão e jacarandá-da-Bahia Silvar; Jesus

Junior; Leoni Belan (2011)identificaramFusarium, Aspergillus, Alternaria e Penicillium

associados às sementes. Ao relacionar em uma lista de fungos, fitopatogênicos e

saprófitas, em sementes de Piptadenia paniculata (angico) detectaram cinco

gêneros fitopatogênicos: Fusarium, Phomopsis, Colletotrichum, Cladosporium e

Alternaria; e seis saprófitas: Aspergillus, Pestalotia, Monilia, Trichoderma, Penicillium

e Geotrichum(STRAPASSON; SANTOS; MENDEIROS, 2002).

20

Tabela 3 - Gêneros fúngicos encontrados em sementes de quatro espécies florestais submetidas a diferentes tratamentos.

Espécies Tratamentos Gêneros fúngicos

Anadenanthera

peregrina

Testemunha Aspergillus, Rhizopus

Hipoclorito de sódio Rhizopus

Sulfato de cobre Aspergillus

Enxofre Aspergillus

Extrato pirolenhoso diluído Rhizopus,Penicillium

Fração oleosa de pirolenhoso Aspergillus, Trichoderma

Opera® Aspergillus

Babosa Aspergillus

Cassia grandis

Testemunha Aspergillus

Hipoclorito de sódio Aspergillus, Rhizopus

Sulfato de cobre Aspergillus, Fusarium

Enxofre Aspergillus, Fusarium

Extrato pirolenhoso diluído Aspergillus

Fração oleosa de pirolenhoso Aspergillus, Rhizopus

Opera® -

Babosa Aspergillus

Cedrela fissilis

Testemunha Aspergillus, Fusarium, Rhizopus

Hipoclorito de sódio Rhizopus

Sulfato de cobre Aspergillus

Enxofre Aspergillus, Cercospora, Fusarium,

Penicillium

Extrato pirolenhoso diluído Aspergillus

Fração oleosa de pirolenhoso Fusarium

Opera® Aspergillus

Babosa Aspergillus

Koelreuteria

paniculata

Testemunha Aspergillus

Hipoclorito de sódio Aspergillus, Fusarium, Pestalotia

Sulfato de cobre Aspergillus, Penicillium

Enxofre Aspergillus

Extrato pirolenhoso diluído Aspergillus

Fração oleosa de pirolenhoso Aspergillus

Opera® Aspergillus

Babosa Aspergillus

21

Não foi possível identificar dois gêneros fúngicos pelas dificuldades ao

realizar cortes de estruturas para prepararas lâminas. Houve também alguns casos

a evaporação do meio de montagem o que dificultou a visualização das estruturas

fúngicas. Mais uma dificuldade encontrada foram as várias possibilidades de

gêneros que apresentam características semelhantes descritas por Barnett; Hunter

(1972) e Carmichael et al (1980).Segundo Barnett; Hunter (1972) a dificuldade de

identificação/classificação é que a taxonomia envolve classificações baseadas em

aspectos morfológicos aplicados a chave de classificação. Thompson et al. (2005)

ao trabalhar com flagelados acreditam que a dificuldade em trabalhos de

identificação de gêneros é pela falta de pesquisadores e de boas informações e

descrições na literatura.

Dentre os gêneros identificados destaca-se o Aspergillus, por ter infestado as

sementes das quatro espécies e mostraram-se resistentes na maioria dos

tratamentos testados.Acredita-se que fungos oportunistas podem interferir na

identificação de fungos fitopatogênicos e ao avaliarem diferentes cultivares

detectaram maior contaminação por Aspergillus,Rhizopus e Penicillium, e mesmo

esses apresentando grau de contaminação semelhantes foram capazes de

mascarar o desenvolvimento do Amphobotrys(MARRONI; UENO; MOURA, 2007).

As espécies C. fissilis e A. peregrina foram infestadas por maior númerode

gêneros fúngicos que as demais, possivelmente, por serem mais suscetíveis a

ataques de patógenos.As sementes dessas espécies não apresentam dormência

(RODRIGUES et al., 2007), logo pode-se dizer que seus tegumentos são

permeáveis à água permitindo a maior absorção e retenção de umidade,o que

somado a temperatura da BOD forma um microclima ideal para a infestação dos

fungos (SILVA, 2008).

22

5CONCLUSÃO

A espécie que apresentou taxa de germinação mais elevada foi a C. fissilis e

a que apresentou baixo percentual de germinação.

O fungicida Opera® foi mais eficientedentre os tratamentos testados.

As sementes daespécieC. fissilisforam a mais susceptíveisenquanto as da

espécieC. grandis apresentaram uma infestação fúngica menor se comparado às

demais.

Identificaram-se sete diferentes gêneros fúngicos associados às sementes

das espécies florestais trabalhadas sendo eles: Aspergillus; Cercospora; Fusarium;

Pestalotia; Penicillium; Rhizopus e Trichoderma.

O gênero Aspergillus apresentou maior ocorrência nas sementes das

espécies trabalhadas.

23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM,B. L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A..Manual de Fitopatologia: Princípios e Conceitos. 4 ed. Piracicaba: Agronômica Ceres, 2011. BARROCAS, E. N.; MACHADO, J. C. Introdução a patologia de sementes e testes convencionais de sanidade de sementes para a detecção de fungos fitopatogênicos. Informativo ABRATES vol. 20, nº.3, 2010. BRACK, P.; GRINGS, M.; KINUPP, V.; LISBOA, G.; BARROS, I.Descrição de espécies arbóreas estratégicas para os pequenos agricultores. Descrição de espécies arbóreas de uso estratégico para agricultura familiar. Listagem preliminar. UFRGS, 2011. BARNETT, H. L.; HUNTER, B. B. Illustrated genera of imperfect fungi. 3.ed. Minneapolis, Minnesota: Burgess Publishing Company,1972. BRAGA, L. F.; SOUSA, M.P.; BRAGA, J.F.; DELACHIAVE, M.E.A. Escarificação ácida, temperatura e luz no processo germinativo de sementes de Senna alata (L.) Roxb. Revista Brasileira de Plantas Medicinais. Botucatu, SP. v.12, n.1, p.1-7, 2010. BRASIL. Manual de Análise Sanitária de Sementes. Teste de Sanidade de Sementes das Regras para Análise de Sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 1. ed. 2009a. BRASIL. Regras para análise de sementes. Teste de Sanidade de Sementesdas Regras para Análise de Sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília: 2009b. CARMICHAEL, J. W.; KENDRICK, W. B.; CONNERS, I. L.; SINGLER, L. Genera of hyphomycetes. Alberta: The University of Alberta Press, 1980. CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal: Funep. 2000. COSTA, J. G; CAMPOS, I. S. Recomendações básicas para a produção de sementes de milho no nível da pequena propriedade rural. Embrapa-Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre, Instrução Técnica n. 4, p.1-3, 1997. COSTA, E. S.; SANTOS NETO, A. L.; COSTA, R. N.; SILVA, J. V.; SOUZA, A. A.; SANTOS, V. R. Dormência de sementes e efeito da temperatura na germinação de sementes de mororó. Revista de Ciências Agrárias, v. 56, n. 1, p. 19-24, jan./mar. 2013. CORVELLO, W. B. V.; VELLELA, F. A.; NEDEL, J. L.; PESKE, S. T. Maturação fisiológica de sementes de cedro (Cedrela fissilis Vell.). Revista Brasileira de Sementes, vol. 21, nº 2, p.23-27, 1999.

24

GOMES, D. P. Efeito do óleo de nim na qualidade sanitária e fisiológica de sementes de soja. In: Encontro Latino Americano de Iniciação Científica (INIC), 12., 2008, São José dos Campos-SP. Anais. São José dos Campos-SP: Univap, 2008. GOULART, A. C. P. Fungos em sementes de soja detecção, importância e controle. Embrapa Agropecuária:Dourados, 2005. HENNLNG, A. A.; FRANÇA NETO, J. B.; KRZYZANOWSKL, F. C.; LORLNL, I. Importância do tratamento de sementes de soja com fungicida na safra 2010/2011, ano de “La Niña”. Circular técnica: 82. Embrapa Soja. Londrina, 2010. KAT FLORES E PAISAGISMO.Koelreuteria paniculata.Disponível em: <www.katflores.com.br/conheca-a-coreuteria---Koelreuteriapaniculata/>. Acesso em: 09 de novembro de 2013. LORENZI. H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 2002. MISSOURI BOTANICAL GARDEN.Koelreuteria paniculata. Disponível em: <www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/PlantFinderDetails.aspx?Kenpercode=a550>. Acesso em: 09 de novembro de 2013. MACEDO, A. C. Produção de mudas de espécies florestais: espécies nativas. São Paulo: Fundação Florestal, 1993. MB CONSULTORES LTDA. Processo de fabricação de Ácido Sulfúrico. Manual de ácido sulfúrico, 1999. Disponível em: <www.h2so4.com.br/2so4/download/arquivos/manualdeacidosulfurico .pdf>. Acesso em: 10 de novembro de 2013. MARRONI, I. V.; UENO, B.; MOURA, A. B. Avaliação de microrganismos fitopatogênicos associados às sementes de mamona nas cultivares Cpact 40 e Sara.In: Simpósio Estadual de Agroenergia, 1.; Reunião Técnica Anual de Agroernergia-RS, 1., 2007, Pelotas. Anais... Pelotas: EmbrapaClima Temperado,2007. MORAIS, L. A. S.; RAMOS, N. P.; GONÇALVES, G. G.; BETIOL,W.; CHAVES, F. C. M. Atividade antifúngica de óleos essenciais em sementes de feijão cv. carioquinha. Horticultura Brasileira, 2008. NASCIMENTO, W. M. O.; CRUZ, E. D.; MORAES, M. H. D.; MENTEN, J. O. M. Qualidade sanitária e germinação de sementes de Pterogyne nitens Tull. (Leguminosae – Caesalpinioideae). Revista Brasileira de Sementes, vol. 28, nº 1, p.149-153, 2006. PINTO, N.F.J.A. Tratamento fungicida de sementes de milho contra fungos do solo e o controle de Fusarium associados a sementes. Scientia Agricola, v.57, n 3, 2000. RIBAS, P.P. Compatibilidade de Trichoderma spp.a princípios ativos de fungicidas comerciais aplicados a cultura de feijão. Dissertação apresentada

25

como um dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Fitotecnia Ênfase em Fitopatologia.RS, 2010. RIBEIRO, V. Efeito de fungicida e produtos naturais sobre o desenvolvimento Fusarium oxysporum f. sp. tracheiphilun em semente de CAUPI. Paraiba, 2008. RODRIGUES; R. R.; GANDORFI, S.; NAVI, A.; BRANCALION, P. Capacitação para viveiros do Clickárvore - SOS – Mata Atlântica. LERF Esalq/UST, 2007. Disponível em: <www.lerf.esalq.usp.br>. Acesso em 10 de novembro de 2013. RODRIGUES, B. P.; MAURI, R.; SILVA, A. G.; OLIVEIRA, J. T. S. Caracterização dendrológica e anatômica de Cedrela fissilis vell. (Meliaceae). XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2010. SANTOS, A. F.; MEDEIROS, A. C. S.; SANTANA, D. L. Q. Fungos associados às sementes de espécies arbóreas da Mata Atlântica. Boletim. Pesquisa. Florestal. Colombo, n. 42. p. 57-70, 2001. SANTOS, M. E.; OLIVEIRA,S. V. W. B.; FERNÁNDEZ, G. S. Potencial para a coleta do extrato pirolenhoso em carvoarias na Amazônia mato-grossense com ênfase no município de Sinop/MT. Abordagens técnicas de Gestão Ambiental, 2009. SILVA,J. C.Deterioração, durabilidade e preservação de madeiras.Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Florestal - DEF/UFV. 2008. SILVA, P. V.;BARROSO, R. V.;MACHADO, A. K. S.;PASIN, L. A. A. P. Fungos associados às sementes de girassol (Hellianthus annus L.) e capuchinha (Tropaeolum Majus L.) em diferentes condições de armazenamento.Arquivo Instituto Biológico, São Paulo, v. 74, n. 1, p. 39-42, 2007. SILVA, R. R.; COELHO, G. D. Fungos: principais grupos e aplicações biotecnológicas. Instituto de Botânica. São Paulo, 2006. SILVAR,L. G.; JESUS JUNIOR, W. C.; LEONI BELAN, L. L.; Pereira, A. J.; Pirovani, D. B. Identificação e quantificação de patógenos em sementes tratadas de espécies florestais. XIV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2011. SIRVINSKAS, L. P. Manual de direito ambiental. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. STEFFEN, S. J.Plantas medicinais: usos populares tradicionais. Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, 2010. STRAPASSON, M.; SANTOS, A. F.; MEDEIROS, A. C. S. Fungo associados a sementes de angico vermelho (Piptadeniapaniculata).Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo: EMBRAPA Florestas, n45., p. 137-141, 2002.

26

THEISEN, G.; CAMPOS, A. D.; NUNES, C. D.; LUCAS, M. K.Efeitos de extratos pirolenhosos utilizados como tratamento de sementes sobre doenças da fase inicial e crescimento de plântulas de soja.Comunicado Técnico. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010. THOMPSON, F. L.; OLIVEIRA, V. M.; AZEVEDO, J. L.; ARAÚJO, W. L.; INÁCIO, C. A.; SELEGHIM, M. H. R. Taxonomia: Microbiana, de Procariontes, de Fungos, de Protozoários e de Vírus. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. 2005. Disponível em: <wwww.cgee.org.br/atividades/redrecp.php?idproduto>.Acesso em: 12 de novembro de 2013. TOTTI, L. C.; MEDEIROS, A. C. S.Maturação e Época de colheita de sementes dearoeira-vermelha. Comunicado Técnico. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. WENDLING, I.; DUTRA, L. F.; GROSSI, R. F. Produção de mudas de espécies lenhosas. Colombo: EMBRAPA Florestas, PR, 2006.

27

APÊNDICE I

Gênero Aspergillus encontrado na semente de Koelreuteria paniculata.

Gênero Fusarium encontrado na semente de Cassia grandis.

Gênero Rhizopus encontrado na semente de Anadenanthera peregrina.

28

Gênero Pestalotia encontrado na semente de Koelreuteria paniculata.

GêneroPenicillium encontrado na semente de Cedrela fissilis.

GêneroCercosporaencontrado na semente de Anadenanthera peregrina.

29

APÊNDICE II

Gênero detectado e não identificado presente na sementede Koelreuteria paniculata.

Gênero detectado e não identificado presente na semente de Cassia grandis.