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MIELOMENINGOCELEPARTE II
UNIVERSO- UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
DANIELA MATOS GARCIA OLIVEIRA
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA II
MIELO- QUADRO CLÍNICO
Alterações funcionais relacionadas ao alteração
sensorial e motora no nível da lesão e abaixo dela;
Podem ocorrer alterações funcionais de membros
superiores;
Baixo rendimento escolar.
Alterações de linguagem.
Deficiência no controle vesical e intestinal
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL NEUROLÓGICODEVE SER DETERMINADO VISANDO:
Avaliar a função residual
Avaliar a extensão do desequilíbrio muscular das
principais articulações;
Prever o grau e característica das deformidades
Avaliar a necessidade e órteses, cirurgias, fisioterapia;
Avaliar a função vesical e intestinal;
Fundamentar a análise de estudos de seguimento a
longo prazo;
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL SENSITIVODÉFICIT DE SENSIBILIDADE:
❖ Perda do feedback sensitivo pode alterar a resposta eferente.
❖ Possibilidade de sensações anômalas.
❖ Aumenta o risco de traumatismo nos tecidos moles.
❖ Uso da visão para compensar o déficit do feedback somatossensitivo.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL DE LESÃO
NÍVEL TORÁCICO:
➢ Paralisia flácida tronco e MMII
➢ Dificuldade para controlar o tronco
➢ Deformidades posturais são comuns
➢ Deambulação é difícil, com alto gasto energético
➢ Fazem uso de cadeira de rodas
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL DE LESÃO
LOMBAR ALTA (L1-L2)
➢ Movimento de quadril
➢ Iliopsoas, sartório e adutores
➢ Tendência à luxação de quadril
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL DE LESÃO
NÍVEL L3 – LOMBAR MÉDIA
❖ Apresentam forte flexão de quadril, aduçãocom rotação e alguma extensão de joelhocontra gravidade
❖ Podem deambular com órteses KAFO emuletas
❖ Apresentam forças deformantes no quadril
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL DE LESÃO
NÍVEL L4-L5 – LOMBAR BAIXA
➢ Apresentam flexão de joelho, dorsiflexão einversão
➢ Isquiotibiais (L4-S2) estão parcialmenteativos e tibial anterior (L4-L5) apresentaminervação completa(dorsiflexão)
➢ Comum deformidades nos pés
➢ Deambulação com órtese tipo AFO
➢ 20% dos adultos continuam a deambular
MIELO- QUADRO CLÍNICO
NÍVEL DE LESÃONÍVEL SACRAL
➢ Podem apresentar tríceps grau 2, glúteo médio grau 3, glúteo máximo grau 2.
➢ Apresentam melhor estabilidade no quadril
➢ Órteses tornozelo pé devem ser usadas para manter alinhamento do pé
➢ Adquirem deambulação comunitária
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES POSTURAISESCOLIOSE
✓ Pode ter etiologia congênita, adquirida ou uma associação de ambas.
✓ Escoliose pode ocorrer por anormalidades dos arcos vertebrais, hemivértebras, fusão de ossos vertebrais e/ou desequilíbrio muscular.
✓ Incidência varia de acordo com o nível de lesão
[torácico e lombar alto (80%), lombar baixa
(20%) e sacral (9%)].
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES POSTURAISCIFOSE CONGÊNITA.
➢ Caracterizada por uma angulação posterioracentuada com gibosidade proeminente no ápiceda curva.
➢ Pele fina + alteração da sensibilidade=escarificações.
➢ Mais frequente em lesões torácicas e lombaresaltas.
➢ Em alguns casos, osteotomia corretiva comremoção da vértebra proeminente.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES POSTURAISHIPERLORDOSE.
➢ Não está presente ao nascimento.
➢ Defeito no arco vertebral posterior da coluna
+
➢ Desequilíbrio entre flexores e extensores de quadril (leva à inclinação pélvica anterior)
➢ Geralmente associada à contratura em flexão do quadril
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
Geralmente secundárias ao desequilíbrio
postural associado à posição intrauterina.
QUADRIS
Flexo de quadris MUITO COMUM!!!!!
Nível torácico e lombar alto
Desequilíbrio Muscular +
Não ocorre perda da flexão fisiológica
Posteriormente, prolongado período na
posição sentada (C.R.)
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMIIJOELHOS
Geralmente acometimento é simétrico
Flexo de joelhos
Em lesões altas:
▪ Desequilíbrio Muscular +
▪ Prolongado período na posição sentada(C.R.)
➢Marcha “Crouch gait” órtese de reação ao solo
➢ Flexo maior que 30º correção cirúrgica
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMIIJOELHOS
Hiperextensão de joelhos
Bem menos frequente
Nível L3 ou L4 Quadríceps forte e ausência de
isquiotibiais
Frouxidão dos ligamentos e cápsula articular
Se o recurvatum dificulta a posição sentada em
público e entrada e saída de automóveis
Indicação cirúrgica (quadricepsplastia)
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
PERNAS
Torção Tibial
História natural pouco conhecida
Alinhamento anormal do pé em RI ou RE
Patela “olha” para frente e pés estão
posicionados para dentro ou fora.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
PÉS
▪ Equino
▪ Paralisia completa de MMII.
▪ Equino Varo
▪ Deformidade mais frequente
▪ Função presente dos mm Tibiais anterior e
posterior
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
PÉS
Calcâneo
Pode ser associado ou não com o varo.
Dorsiflexores fortes (associado a tibiais).
Ausência de flexores plantares
Úlceras de pressão frequentes em calcâneo
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
PÉS
Cavo
Paralisia dos mm. intrínsecos
Demais presentes.
Frequentemente associado com garras nos
dedos
Tratamento cirúrgico objetiva pé plantígrado.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
DEFORMIDADES EM MMII
LUXAÇÃO DE QUADRIL
Pode ser congênita ou se desenvolver depois
Desequilíbrio entre flexores/adutores com
abdutores/ extensores
MIELO- QUADRO CLÍNICO
MOBILIDADE
• Atraso no DNPM de mínimo a moderado.
• A paralisia dos MMII diminui a estimulação
sensório motora.
• Paralisia de MMII, tônus baixo, dificuldade para
aquisição de controle de cabeça ->
diminuição ou pouca motivação para
movimentação.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
MARCHA COMUNITÁRIA: paciente deambula com ou sem
auxílio de órteses ou auxílio-locomoção, não
necessitando de cadeira de rodas em nenhuma
situação.
DOMICILIAR: paciente deambula com ou sem
auxílio de órtese ou auxílio-locomoção, entro de
casa e na escola (curtas distâncias), necessita
de cadeira de rodas – CR- para longas
distâncias.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
MARCHA
NÃO-FUNCIONAL: paciente deambula com ou
sem auxílio de órteses e/ou auxílio-locomoção,
apenas como exercício. Utiliza cadeira de rodas
como meio de locomoção dentro e fora de casa.
NÃO-DEAMBULADOR: não deambula em nenhuma
situação, fazendo uso constante de cadeira de
rodas.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
PREDITIVOS PARA MARCHA
“Equilíbrio”/ Controle na posição: -
deambuladores comunitários apresentaram:
equilíbrio de tronco bom na posição de
joelhos e
regular ou bom na posição de pé
Força Muscular - glúteo máximo ≥ 3
Obs sobre quadríceps (presente também em
não-deambuladores)
Zilda A. Palhares, 2000
MIELO- QUADRO CLÍNICO
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
Quando adquiridas, geralmente em período
posterior: déficit motor, escoliose, incoordenação,
fraqueza...
Aspectos sociais e atitudinais dos pais também
podem contribuir para a dependência.
Atividade de autocateterismo vesical e controle
do reflexo intestinal podem ser realizados com
maior dificuldade.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
COGNIÇÃO❖ A inteligência não está relacionada com o grau de
comprometimento motor
❖ Testes de inteligência classificaram esta população
dentro da faixa de normalidade, porém abaixo da
média da população
❖ Crianças com MMC necessitam de grande
movimentação e exploração do ambiente nos 1ºs
anos de vida.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
ALTERAÇÕES VESICAIS❖ A inervação da bexiga ocorre pelos
segmentos sacrais (S2-S4) da ME.
❖ Cerca de 80% das crianças com MMCapresentam incontinência vesical e intestinal.
❖ Podem evoluir para infecção crônica do tratourinário, hidronefrose, refluxo vésico-ureterale insuficiência renal, podendo serconsideradas uma importante causa demorte nestes pacientes.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
ALTERAÇÕES VESICAIS
✓ Além da importância da prevenção decomplicações renais, é essencial a tentativade manter-se:
✓ Pacientes secos e limpos
✓ Pacientes livres do odor de urina
✓ A avaliação da bexiga, rins e ureteres deveser feita por meio de estudo urodinâmico,uretrocistografia miccional e ultra-som
Identificação do TIPO de bexiga
Escolha do tratamento
MIELO- QUADRO CLÍNICO
ALTERAÇÕES VESICAIS
✓ O manejo ideal da bexiga neurogênica naMMC é:
❖ Realização do cateterismo vesical intermitente
❖ Uso de medicação específica+
MIELO- QUADRO CLÍNICO
ALTERAÇÕES VESICAIS
❖ Pacientes e família devem ser bemorientados e treinados quanto ao manejo dasituação e treinados quanto a isso.
❖ Manejo adequado permite a continênciasocial, com possibilidade de permanênciasecos por 3 a 4 horas.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
Sob a perspectiva da CIF...
DEFICIÊNCIAS podem ocorrem em funções :
❑ Musculoesqueléticas e Relacionadas com oMovimento
❑ Funções de tolerância ao exercício.
❑ Aparelho respiratório e sono.
❑ Funções genitourinárias.
❑ Funções mentais
❑ Sistema imunológico.
MIELO- QUADRO CLÍNICO
Sob a perspectiva da CIF...
RESTRIÇÕES DA PARTICIPAÇÃO eLIMITAÇÕES DA ATIVIDADE:
✓ Mobilidade
✓ Marcha
✓ Autocuidado