mieloma múltiplo - caso clínico

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MIELOMA MÚLTIPLO JOÃO PAULO PAN CARLIN GILBERTO A TESSER AUGUSTO VINÍCIUS ORO POPP UNIVALI -UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CCS – Centro De Ciências Da Saúde Disciplina de Imunologia

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Apresentação de slides contendo um caso clínico sobre mieloma múltiplo além da epidemiologia, fisiopatologia, fatores envolvidos,sintomas dessa doença.

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Page 1: Mieloma múltiplo - Caso clínico

MIELOMA MÚLTIPLO

JOÃO PAULO PAN CARLINGILBERTO A TESSER AUGUSTO

VINÍCIUS ORO POPP

UNIVALI -UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCCS – Centro De Ciências Da SaúdeDisciplina de Imunologia

Page 2: Mieloma múltiplo - Caso clínico

aumenta com a idade (68 anos)Raro antes dos 40 anosA incidência em homens e negros é maiorSegunda doença onco-hematologica mais prevalente no mundo700 mil novos casos por ano12 mil casos anuais no Brasil

Epidemiologia

Page 3: Mieloma múltiplo - Caso clínico

CausasIdiopática

Radiação

Herbicidas

Metais pesados

Vírus

Page 4: Mieloma múltiplo - Caso clínico

MIELOMA MÚLTIPLO

Proliferação e acúmulo maligno de plasmócitos na medula óssea, constituindo uma população clonal.

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Page 6: Mieloma múltiplo - Caso clínico

Mieloma

Comprometimento Medula Óssea

Dano aos ossos adjacentes

Supressão da função imunológica

Liberação de Proteína M

Acúmulo de Células Mieloma

na Medula

Anemia

Page 7: Mieloma múltiplo - Caso clínico

Proteínas M

Mutação nos genes codificantes

Produção de :Anticorpos(IgG, IgM, IgA) ou

fragmentos modificados

Cadeias pesadas e leves

Elevadas no sangue ou na urina de doentes

(Proteínas de BANCE-JONES)

Page 8: Mieloma múltiplo - Caso clínico

Proteínas M

Sangue e Urina

ImunoglobulinaMUTADA

A produção de cadeias leves é maior que o necessário para combinar com pesadas (Proteínas de Bence Jones)Aumento produção da Proteína Monoclonal

AMILOIDOSEVISCOSIDADE

Page 9: Mieloma múltiplo - Caso clínico

Doença Óssea

COLUNA VERTEBRAL

CRÂNIO ESTERNO COSTELAS

Ativação dos osteoclastos

Inibição dos osteoblastos

REABSORÇÃOÓSSEA

FAO:IL-1IL-6 TNF – α/ βRANK L dickkoppf 1

Liberação de Ca²+

DANO RENAL

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FISIOPATOLOGIA

Anemia

Expansão neoplásica da Medula Óssea

Inibição da hematopoiese (TNF-α)

Page 12: Mieloma múltiplo - Caso clínico

Cansaço e fraqueza, devido à anemia

Aumento dos níveis de cálcio no sangue.

Dores ósseas constantes

Fraturas ósseas espontâneas

Plasmocitomas

Mau funcionamento dos rins

Infecções de repetição

SINAIS e SINTOMAS

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25% dos pacientes.

Proteínas de cadeia leve:nefrotoxicidade direta formação de cilindros -> Obstrução

Podem se depositar nos glomérulos ou na membrana basal.

Hipercalcemia: depósitos de cálcio intracelulares que lesionam as células tubulares renais.

Depósitos amilóides nos túbulos

Hiperuricemia

Infiltração pelas células do mieloma nos túbulos

Lesão Renal

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Tratamento

Quimioterapia

Radioterapia

Transplante de MO

Bisfosfonatos

Eritropoetina

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Isabel Archer: 55 anosDona de casa

Com fadiga Sem anormalidades no exame físico

Meados de 1989, Anemia LEVE WBC 3600/μl (normal = 5000/μl).

Elevada taxa de hemosedimentação

IgG at 3790 mg/dl (normal = 600-900 mg/dl)IgA 14 mg/dl (normal = 200 mg/dl)IgM 53 mg/dl (normal = 75-150 mg/dl)

Eletroforese revelou alto nível de IgG monoclonal sérico (cadeia leve kappa).

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Visitas regulares revelaram aumento de IgG sérico.

Abril 1991, 4.520 mg / dl

Jan-Nov 1992, 5.100 mg / dl

Dezembro 1992, dor súbita nas costas. Ressonância magnética da coluna torácica: PLASMOCITOMA afetando corpo vertebral, comprimindo medula espinhal.

Tratamento: Corticóide, decadron, IR a coluna vertebral.Os sintomas melhoraram, IgG aumentada para 6312 mg / dl. Agravamento da anemia.Tratamento: transfusão de sangue; o melfalano ea prednisona.

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Abril de 1993Quimioterapia, Vincristina, Adriamicina e Decadron.

Redução transitória IgG (6,785 mg/dl a 5308 mg/ml)Posterior IgG aumentada para 8200 mg / dl

Tratados com ciclofosfamida, etoposide, e Decadron.

Fevereiro 1995, febre alta e dor no peito.Encontro radiográfico de PNEUMONIATratada com antibióticos.

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Maio de 1995, febre alta e dor no peito recorrente.

Streptococcus pyogenes cultivadas em amostras de escarro e sangue.

Em curso, os níveis séricos de IgG estabilizados em 6200 mg / dl.

Sintomas: dores ósseas persistentes.Tratamento: transfusões de sangue regulares

Diagnóstico: MIELOMA MÚLTIPLO, um tumor maligno das células plasmáticas

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1 – Sra. Archer tornou-se anêmica e neutropênica (baixa contagem de leucócitos). Qual foi a causa disso?

A anemia é causada pelo deslocamento físico dos precursores de eritrócitos, onde devido a proliferação de mielomas na medula óssea não há espaço para esses precursores se proliferarem, causando uma diminuição da produção de eritrócitos e consequente anemia.

Também ocorre uma inibição específica da eritropoiese pela citocina domicroambiente e os efeitos de adesão molecular nos capilares renais dando uma explicação mais funcional da anemia. O TNF-α foi identificado como um inibidor importante da eritropoiese; no entanto, o mieloma ativo resulta em uma interação complexa de fatores que pode causar não só anemia, mas também neutropenia.

A neutropenia também tem como causa o crescimento e multiplicação desordenada de mielomas que acabam ocupando o espaço físico dos precursores dos neutrófilos sendo assim, impossível destes se diferenciarem, deixando o enfermo bastante susceptível a infecções bacterianas.

Page 21: Mieloma múltiplo - Caso clínico

2- Conforme a doença progrediu, tornou-se suscetível a infecções piogênicas. Qual é a base de sua suscetibilidade a essas infecções?

No mieloma múltiplo a função dos linfócitos T está alterada, causando uma ativação anômala de monócitos/macrófagos. Entretanto, o fator preponderante para maior susceptibilidade a infecções purulentas é pela multiplicação desordenada dos mielomas que acabam causando neutropenia. Os neutrófilos são os responsáveis por ser a primeira barreira celular de ataque a bactérias, devido ao menor número desses leucócitos, a pessoa se torna mais suscetível a infecções bacterianas.

Page 22: Mieloma múltiplo - Caso clínico

3 - Você pode concluir que seria útil administrar gamaglobulina intravenosa para proteger contra a infecção piogênica. Por que esse tratamento teria menos sucesso do que o esperado?

Pois apesar da administração de IgG, que seria benéfica por providenciar a opsonização de bactérias, a imunidade contra bactérias não teria sucesso como o esperado porque a deficiência de neutrófilos é um fator preponderante para que a pessoa continue sendo suscetível a infecções, principalmente bacterianas.

Page 23: Mieloma múltiplo - Caso clínico

4 - A imunoglobulina monoclonal no soro é chamada de "M-componente", onde o "M" representa mieloma. A presença de um componente-M no soro significa diagnóstico de mieloma múltiplo?

Somente a presença de proteína M no soro não é suficiente para o diagnóstico de mieloma múltiplo. Para que seja confirmado o mieloma múltiplo é necessário que além da presença de proteína M sérica, seja evidenciada a presença de plasmocitoma em biópsia de medula óssea e que também se observe evidências de dano aos órgãos afetados pelo mieloma múltiplo, como :anemia, lesões líticas na radiografia do esqueleto, insuficiência renal e hipercalcemia. Um plasmocitoma medular também secretará proteína M na circulação.

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5 - Muito raramente o individuo com mieloma múltiplo tem dois “M-componentes” no seu sangue. Embora esses dois “M-componentes” se derivam de diferentes regiões constantes dos genes, a região de ligação do antígeno deles são ambas codificadas pela mesma região variável do gene. Explique como isso acontece.

Isso ocorre porque em um Linfócito B é possível produções de imunoglobulinas com diferentes cadeias constantes. Dependendo do tipo de sinalização há secreção de diferentes imunoglobulinas (IgG, IgD, IgM, IgE, IgA). O Linfócito B possui uma gama de diferentes classes de anticorpos que pode secretar, no entanto, todas essas classes possuem a mesma região variável, tendo assim o mesmo parátopo para um único determinante antigênico. Isso ocorre porque cada Linfócito B possui apenas um gene para essa estrutura.

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6 – Verificou-se que o nível sérico de IgG da Sra. Archer era monoclonal porque ele migrou como uma faixa estreita na eletroforese em gel de agarose e reagiu com os anticorpos de cadeia kapa mas não de cadeia lambda. Que outra evidencia pode ser relevante para provar a monoclonalidade dessa IgG?

Em doentes com mieloma, a eletroforese do sangue permite calcular a quantidade de proteína do mieloma (proteína M) e identificar a característica do pico M específico de cada doente. O aspecto prático importante da proteína monoclonal é que ela aparece como um pico pontiagudo (pico M) na eletroforese.

O pico M refere-se ao padrão pontiagudo que ocorre na eletroforese de proteínas quando uma proteína monoclonal está presente.

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BibliografiaABRALE- Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

DURIE, G. M. - International myeloma foundation -revisão resumida do mieloma e das opções de tratamento

Geha & Rosen, Case Studies in Immunology, 5th Ed, 2008, Garland.

HUNGRIA , BONE disease in Multiple Myeloma Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(1):60-66

OLIVEIRA et al Infecção em Mieloma Múltiplo Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(1):77-85

http://www.myelomapt.org/glossario.php

http://vilamulher.terra.com.br/mieloma-tipo-de-cancer-ja-tem-tratamento-11-1-60-699.html

http://www.janssen-cilag.pt/disease/detail.jhtml?itemname=multiplemyeloma_about

http://www.mielomamultiplo.org.br/

http://www.medcorp.com.br/medcorp/upload/downloads/Beta2%20Microglobulina%20 %20Revisão%20Resumida%20do%20Mieloma%20e%20das%20Opções%20de%20Tratamento_2006713105320.

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