micro econ i mia

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Conceitos da microeconomia José Wladimir Freitas da Fonseca 1 O objetivo desta aula é apresentar os princípios elementares da teoria microeconômica começando pelas variáveis determinantes do equilíbrio do mercado, passando pelos fundamentos da teoria da produção e finalizando com as estruturas de mercado. O equilíbrio do mercado O equilíbrio se refere às condições do mercado, as quais, uma vez atingi- das, tendem a persistir. Em economia isso ocorre quando a quantidade de- mandada de um bem no mercado, na unidade de tempo, iguala a quantidade ofertada do bem ao mercado nessa mesma unidade de tempo. Geometrica- mente, o equilíbrio ocorre na intercessão das curvas de demanda e oferta do mercado. O preço e a quantidade para os quais existe esse equilíbrio são conhecidos, respectivamente, como preço e quantidade de equilíbrio. Vejamos abaixo uma tabela na qual encontramos três colunas: na primei- ra observamos os níveis de preços; na segunda, as quantidades demandadas e, na terceira, as quantidades ofertadas. Px(R$) Qdx Qsx 6,00 2 000 8 000 5,00 3 000 6 000 4,00 4 000 4 000 Equilíbrio 3,00 5 000 2 000 2,00 6 000 0 1 Doutor em Ciências Econômicas pela Universi- dade de Toulouse. Mestre em Desenvolvimento Eco- nômico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Enge- nharia Econômica pela Universidade São Judas Tadeu (USTJ). Graduado em Ciências Econômicas pela Faculdade Católica de Administração e Eco- nomia (FAE). Professor adjunto da UFPR. Esse material é parte integrante do Videoaulas online do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.videoaulasonline.com.br

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  • Conceitos da microeconomia

    Jos Wladimir Freitas da Fonseca1

    O objetivo desta aula apresentar os princpios elementares da teoria microeconmica comeando pelas variveis determinantes do equilbrio do mercado, passando pelos fundamentos da teoria da produo e finalizando com as estruturas de mercado.

    O equilbrio do mercado O equilbrio se refere s condies do mercado, as quais, uma vez atingi-

    das, tendem a persistir. Em economia isso ocorre quando a quantidade de-mandada de um bem no mercado, na unidade de tempo, iguala a quantidade ofertada do bem ao mercado nessa mesma unidade de tempo. Geometrica-mente, o equilbrio ocorre na intercesso das curvas de demanda e oferta do mercado. O preo e a quantidade para os quais existe esse equilbrio so conhecidos, respectivamente, como preo e quantidade de equilbrio.

    Vejamos abaixo uma tabela na qual encontramos trs colunas: na primei-ra observamos os nveis de preos; na segunda, as quantidades demandadas e, na terceira, as quantidades ofertadas.

    Px(R$) Qdx Qsx6,00 2 000 8 000

    5,00 3 000 6 000

    4,00 4 000 4 000 Equilbrio

    3,00 5 000 2 000

    2,00 6 000 0

    1 Doutor em Cincias Econmicas pela Universi-dade de Toulouse. Mestre em Desenvolvimento Eco-nmico pela Universidade Federal do Paran (UFPR). Especialista em Enge-nharia Econmica pela Universidade So Judas Tadeu (USTJ). Graduado em Cincias Econmicas pela Faculdade Catlica de Administrao e Eco-nomia (FAE). Professor adjunto da UFPR.

    Esse material parte integrante do Videoaulas online do IESDE BRASIL S.A., mais informaes www.videoaulasonline.com.br

  • 2Conceitos da microeconomia

    Construo do grfico

    Excesso

    Escassez

    2 000 6 0004 000 8 000

    Dx

    Qx

    Px

    Sx

    e

    6

    4

    2

    5

    3

    1

    0

    Grfico 1

    No ponto e, de equilbrio, no existe nem excesso nem escassez da mer-cadoria e o mercado normal. Acima desse ponto temos excesso de oferta e abaixo temos escassez de oferta. Ceteris paribus2, o preo e a quantidade de equilbrio tendem a persistir ao longo do tempo.

    A outra forma de conhecermos o equilbrio conhecendo as equaes da demanda e da oferta, igualando-as. Vejamos: Qdx = Qsx que representa a forma matemtica. Supondo a equao da demanda como sendo: Qdx = 8 000 1 000Px e a equao da oferta sendo Qsx = 4 000 + 2 000Px. Para encontrarmos as quantidades de equilbrio e o preo de equilbrio, basta igualar ambas as equaes. Vejamos:

    Qdx = Qsx

    8 000 1 000Px = 4 000 + 2 000Px

    12 000 = 3 000 Px

    Px = R$4,00 (preo de equilbrio)

    Substituindo esse preo de equilbrio, tanto na equao da demanda como na equao da oferta, obtemos a quantidade de equilbrio.

    Qdx = 8 000 1 000(4) ou Qsx = 4 000 + 2 000(4)

    Qdx = 4 000 unidades de x

    2 Ceteris paribus uma expresso do latim que significa as demais a par ou tudo o mais constan-te, isto , mantendo-se todas as outras variveis inalteradas.

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  • Conceitos da microeconomia

    3

    Variaes na demanda, na oferta e no equilbrio Se a curva de demanda do mercado ou a curva de oferta do mercado

    ou ambas se deslocam, o ponto de equilbrio tambm se deslocar. Ceteris paribus, um aumento da demanda (um deslocamento para cima da curva) causa um aumento no preo e quantidade de equilbrio. Por outro lado, dada a demanda de mercado para uma mercadoria, o acrscimo da oferta do mercado (deslocamento da curva de oferta para baixo) causa uma redu-o do preo de equilbrio, mas um acrscimo na quantidade de equilbrio. O oposto ocorre se houver um decrscimo na demanda e oferta. Se ambas aumentam a quantidade de equilbrio, o preo de equilbrio poder subir, descer ou permanecer o mesmo.

    Vejamos, em um exemplo, como isso possvel: existem 10 000 indiv-duos idnticos no mercado para a mercadoria x, cada um com uma funo de demanda dada por Qdx = 12 2Px, e 1 000 produtores idnticos para a mercadoria x, cada um dos quais seguindo a funo Qsx = 20Px.

    Funo de demanda e oferta do mercado

    Qdx = 10 000 (12 2 Px)

    Qdx = 120 000 20 000 Px

    Qsx = 1 000 (20Px)

    Qdx = 20 000Px

    Determinar a quantidade e preo de equilbrio

    Qdx = Qsx

    120 000 20 000Px = 20 000Px

    Px = R$3,00

    Qdx = 120 000 20 000 (3)

    Qdx = 60 000 unidades

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  • 4Conceitos da microeconomia

    Tabela: variando de 0 a 6

    Px(R$) Qdx Qsx

    6,00 0 120 000

    5,00 20 000 100 000

    4,00 40 000 80 000

    3,00 60 000 60 000

    2,00 80 000 40 000

    1,00 100 000 20 000

    0,00 120 000 0

    Construo do grfico

    Dx

    Px

    8

    4

    6

    2

    7

    3

    5

    1

    020 000 60 000 100 000

    A

    Sx

    Qx

    Grfico 2

    Suponha agora que haja um acrscimo na renda do consumidor de forma que a curva de demanda do mercado se transforme em Qdx = 140 000 20 000Px; e, ao mesmo tempo, haja um desenvolvimento na tecnologia da produo de x de forma que a curva de oferta do mercado se transforme em Qsx= 40 000 + 20 000Px tudo isso Ceteris paribus.

    Quando Dx se desloca para Dxe Sx se desloca para Sx o preo de equi-lbrio de x cai de R$3,00 para R$2,50. A quantidade de equilbrio sobe de 60 000 para 90 000 num perodo de tempo. Isso corresponde a um movi-mento do ponto de equilbrio de A para o ponto B. Assim, quando a curva de

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  • Conceitos da microeconomia

    5

    demanda do mercado inclinada negativamente e a curva de oferta, positi-vamente, o acrscimo tanto na demanda quanto na oferta sempre faz subir a quantidade de equilbrio. Ao mesmo tempo, o preo de equilbrio pode subir, descer ou permanecer no mesmo nvel, dependendo da dimenso do incremento na demanda com relao ao incremento da oferta.

    Construo do grfico

    Dx

    Px

    8

    4

    6

    2

    7

    3

    5

    1

    020 000 60 000 90 000

    A

    Sx

    Qx

    Grfico 3

    B

    Sx

    Dx

    Teoria da produo A funo da produo para qualquer mercadoria uma equao, tabela

    ou grfico mostrando a quantidade (mxima) da mercadoria que pode ser produzida na unidade de tempo para cada conjunto de insumos alternati-vos, quando a melhor tcnica de produo disponvel utilizada.

    Uma funo produo agrcola simples obtida usando-se quantidades alternativas de mo de obra por unidade de tempo para cultivar uma quanti-dade fixa de terra e registrando as produes alternativas da mercadoria por unidade de tempo pelo menos um fator ou insumo fixo no curto prazo. O Produto Mdio do Trabalho (PMET) assim definido como o Produto Total (PT) dividido pelo nmero de unidades de mo de obra utilizado. O Produto Marginal do Trabalho (PMGT) dado pela variao em PT devida a variao de uma unidade na quantidade de mo de obra utilizada.

    Vejamos uma funo da produo em uma tabela:

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  • 6Conceitos da microeconomia

    1 2 3 4 5

    Terra Mo de obra Produto total (PT)

    Produto Mdio do Trabalho (PMET)

    Produto Marginal do Trabalho (PMGT)

    1 0 0 0 -

    1 1 3 3 3

    1 2 8 4 5

    1 3 12 4 4

    1 4 15 3,75 3

    1 5 17 3,4 2

    1 6 17 2,83 0

    1 7 16 2,67 1

    1 8 13 1,63 3

    As trs primeiras colunas da tabela do uma funo produo de curto prazo para o trigo. A terra medida em acres, a mo de obra em homens/ano e o Produto Total (PT) em toneladas/ano. As unidades de terra, mo de obra e trigo so supostas homogneas ou de mesma qualidade. O Produto Mdio (PMET), coluna 4, obtido dividindo-se cada quantidade da coluna 3 pela quantidade correspondente da coluna 2. A Produo Mdia (PMGT), coluna 5, obtida encontrando-se as diferenas entre as quantidades sucessivas da coluna 3. Transportando essas colunas e seus respectivos valores para um gr-fico, temos as formas das curvas do Produto Mdio e do Produto Marginal.

    Estgios da produo possvel utilizar uma relao entre PMET e PMGT para definir trs est-

    gios de produo em relao ao trabalho. O estgio I vai da origem ao ponto em que PMET o mximo; o estgio II vai desse ponto at o ponto em que PMGT 0. O estgio III cobre a faixa na qual PMGT negativo.

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  • Conceitos da microeconomia

    7

    20

    Produto

    I trab II trab III trabPT

    PMET

    PMGT

    em um acre de terra

    10

    01 2 3 4 5 6 7 8

    15

    5

    5

    Grfico 4

    O produtor no opera no estgio III, mesmo que a mo de obra seja gra-tuita, porque ele pode aumentar a produo total usando menos mo de obra em um acre de terra. Similarmente, o produtor no operar no estgio I porque o estgio I para o trabalho corresponde ao estgio III para a terra. Isso deixa o estgio II como o nico procurado pelo produtor racional.

    Produo com dois insumos variveis: isoquantas Consideraremos agora uma empresa que tem somente dois fatores de

    produo: trabalho e capital, ambos variveis. Como todos os fatores so va-riveis, estamos tratando de longo prazo.

    Uma isoquanta mostra as diferentes combinaes de trabalho (T) e capi-tal (K) com as quais uma empresa pode produzir uma quantidade especfica do produto. Uma alta isoquanta refere-se a uma maior quantidade de produ-o e a mais baixa, para uma menor quantidade de produto.

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  • 8Conceitos da microeconomia

    Isoquanta I Isoquanta II Isoquanta III

    T K T K T K

    2 11 4 13 6 15

    1 8 3 10 5 12

    2 5 4 7 6 9

    3 3 5 5 7 7

    4 2,3 6 4,2 8 6,2

    5 1,8 7 3,5 9 5,5

    6 1,6 8 3,2 10 5,3

    7 1,8 9 3,5 11 5,5

    Marcando esses pontos no mesmo par de eixos e conectando-os por curvas ajustadas, teremos trs isoquantas. A empresa poder produzir o pro-duto especfico pela isoquanta I usando 8K e 1T (ponto B) ou usando 5K e 2T (ponto C) ou qualquer outra combinao de T ou K sobre a isoquanta I.

    As isoquantas especificam a medida cardinal de produo. Por exemplo, a isoquanta I deve-se referir a 60 unidades de produo fsica; a isoquanta II, a 100 unidades de produo etc.

    Construo do grfico

    16K

    I

    II

    III

    B

    C

    T

    12

    8

    4

    14

    10

    6

    2

    01 53 10 12 1411 13 1572 964 8

    Grfico 5

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  • Conceitos da microeconomia

    9

    Taxa marginal de substituio tcnica A taxa marginal de substituio tcnica de T por K (TmgStk) refere-se

    quantidade de K de que a empresa pode desistir aumentando a quantidade de T usada para uma unidade do produto e ainda permanecer na mesma isoquanta. TmgStk igual a PmgT/PmgK.

    medida que a firma se move para baixo na isoquanta, TmgStk diminui. Perceba no grfico 5: movendo-se do ponto B para o ponto C na isoquanta I, a empresa desiste de 3 unidades de K por uma unidade adicional de T, assim TmgStk = 3.

    A taxa marginal diminui medida que a empresa se move para baixo sobre a isoquanta, uma vez que quanto menos K e quanto mais T a empresa est usando maior a dificuldade para substituir T por K na produo. Vejamos a tabela ampliada:

    Isoquanta I TmgStk Isoquanta II TmgStk Isoquanta III TmgStk

    T K T K T K

    2 11 4 13 6 15

    1 8 3 10 5 12

    2 5 3 4 7 3 6 9 3

    3 3 2 5 5 2 7 7 2

    4 2,3 0,7 6 4,2 0,8 8 6,2 0,8

    5 1,8 0,5 7 3,5 0,7 9 5,5 0,7

    6 1,6 0,2 8 3,2 0,3 10 5,3 0,2

    7 1,8 9 3,5 11 5,5

    Caractersticas das isoquantas As isoquantas apresentam trs caractersticas bsicas: inclinao na faixa

    relevante; so convexas com relao origem; e nunca, jamais em tempo algum, se cruzam.

    Estruturas de mercado Reconhecem-se na literatura quatro estruturas de mercado bem definidas:

    concorrncia perfeita, monoplio, concorrncia monopolstica e oligoplio. Vejamos cada uma delas separadamente e suas aplicaes.

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  • 10

    Conceitos da microeconomia

    Concorrncia perfeitaCaractersticas do mercado perfeitamente competitivo:

    existe um grande nmero de vendedores e compradores da mercado- ria, cada um to pequeno que no possa afetar o preo do outro;

    os produtos so homogneos;

    existe perfeita mobilidade de recursos;

    consumidores e ofertantes tm perfeito conhecimento dos preos e custos, presentes e futuros.

    Nesse mercado, o preo de uma mercadoria determinado exclusiva-mente pela interseco da curva de demanda do mercado com a curva de oferta do mercado para essa mercadoria a empresa ento dita tomado-ra de preos e pode vender qualquer quantidade da mercadoria ao preo estabelecido.

    Os grficos abaixo demonstram: a curva d a curva de demanda mos-trando uma empresa representativa ou mdia de um mercado perfeitamen-te competitivo. Note que d infinitamente elstica, ou seja, dada por uma reta horizontal no preo de equilbrio do mercado de R$8,00 por unidade. Isso significa que a empresa pode vender qualquer quantidade da mercado-ria a esse preo.

    d

    12

    98

    54

    14

    10

    76

    3210 200 600400 800 q

    Grfico 6 Empresa

    P$

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  • Conceitos da microeconomia

    11

    q

    12

    9

    8

    5

    4

    14

    P$S

    d

    D

    10

    7

    6

    3

    2

    1

    0 20 000 60 00040 000 80 000

    Grfico 7 Mercado

    Determinao do preo no perodo de mercado

    O perodo de mercado, ou prazo muito curto, refere-se ao perodo de tempo no qual a oferta do mercado para a mercadoria completamente fixada. Quando tratamos de mercados perecveis no perodo de mercado, os custos de produo so irrelevantes na determinao do preo de mercado, e a oferta completa da mercadoria colocada venda por qualquer preo que possa ser obtido.

    No grfico abaixo, representamos a oferta fixa do mercado de uma mer-cadoria no perodo de mercado. Se a curva de demanda do mercado dada por D, o preo de equilbrio do mercado R$8,00 por unidade do perodo de mercado. Se tivssemos D, por outro lado, o preo de equilbrio seria R$24,00.

    24

    D

    D

    8

    P$

    40 000

    Grfico 8

    Q

    S

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  • 12

    Conceitos da microeconomia

    Equilbrio da empresa no curto prazo: abordagem total

    Os lucros totais so iguais s receitas totais (RT) menos os custos totais (CT). Assim os lucros totais so maximizados quando a diferena positiva entre RT e CT maior possvel. A produo de equilbrio da empresa aquela na qual seus lucros so maximizados.

    Q P$(R$) RT(R$) CT(R$) Lucros totais(R$)

    0 8,00 0,00 800,00 800,00

    100 8,00 800,00 2000,00 1200,00

    200 8,00 1600,00 2300,00 700,00

    300 8,00 2400,00 2400,00 0,00

    400 8,00 3200,00 2524,00 676,00

    500 8,00 4000,00 2775,00 1225,00

    600 8,00 4800,00 3200,00 1600,00

    650 8,00 5200,00 3510,00 1690,00

    700 8,00 5600,00 4000,00 1600,00

    800 8,00 6400,00 6400,00 0,00

    Na tabela acima a quantidade vezes preo nos d a RT. A RT menos CT nos d os lucros totais. Os lucros totais so maximizados em R$1.690,00, quando a empresa vende 650 unidades da mercadoria por perodo de tempo. Outra forma de perceber o lucro mximo quando a receita marginal for igual ao custo marginal como no grfico abaixo:

    CMg

    D= RMg = P

    Q

    P

    Grfico 9

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  • Conceitos da microeconomia

    13

    Lembrete: no curto prazo a empresa competitiva no pode alterar seus fatores de produo fixos.

    Monoplio puro O monoplio um mercado no qual existe apenas um vendedor produzin-

    do a mercadoria e no h mercadoria substituta, mas muitos compradores.

    Na qualidade de nico produtor de um determinado produto, o mono-polista encontra-se em uma posio nica. Se o monopolista decidir elevar o preo do produto, ele no necessita preocupar-se com concorrentes que, cobrando preo menor, poderiam capturar uma fatia maior do mercado custa do monopolista. O monopolista o mercado, tendo assim completo controle sobre a quantidade de produto que ser colocada venda.

    Isso no significa, no entanto, que o monopolista possa cobrar um preo to alto quanto desejar no dever faz-lo caso seu objetivo seja a maximi-zao de lucros. Uma editora, por exemplo, que tenha os direitos autorais de um livro um caso de monoplio. Se ela vende um livro a R$20,00, por que no vend-lo por R$200,00 se um monoplio? A resposta simples, pois poucas pessoas podero compr-lo a esse preo, e dessa forma a editora teria um lucro muito mais baixo.

    Para poder maximizar lucros, o monopolista deve em primeiro lugar de-terminar as caractersticas da demanda de mercado, bem como seus custos. Tal conhecimento crucial para a tomada de deciso econmica por parte da empresa. Dispondo de tal conhecimento, o monopolista ter ento de decidir qual a quantidade que produzir e vender. O preo unitrio rece-bido pelo monopolista obtido diretamente a partir da curva da demanda de mercado de modo equivalente, ele poder determinar o preo, sendo que a quantidade que vender ser obtida diretamente a partir da curva da demanda de mercado.

    Receita Mdia e Receita Marginal

    A receita mdia do monopolista o preo que recebe por unidade ven-dida exatamente a curva de demanda de mercado. Para poder escolher o nvel de produo capaz de maximizar seus lucros, o monopolista deve tambm conhecer sua receita marginal, ou seja, sua variao de receita, re-sultante da variao da produo em uma unidade. Para entender o relacio-

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  • 14

    Conceitos da microeconomia

    namento entre receita total, receita mdia e receita marginal, considere uma empresa que se defronte com a seguinte curva de demanda: P = 6 Q.

    A tabela a seguir mostra o comportamento das receitas total, mdia e marginal para essa curva de demanda.

    Receita Total, Receita Marginal e Receita Mdia

    Preo(R$) Quantidade (R$)Receita Total

    (R$) (RT)Receita Marginal

    (R$) (RMG)Receita Mdia

    (R$) (RME)

    6,00 0 0,00

    5,00 1 5,00 5,00 5,00

    4,00 2 8,00 3,00 4,00

    3,00 3 9,00 1,00 3,00

    2,00 4 8,00 ,001 2,00

    1,00 5 5,00 3,00 1,00

    A tabela anterior mostra o comportamento das receitas total, marginal e mdia para essa curva de demanda. Observe que a receita zero quando o preo R$6,00, pois a esse preo nenhuma unidade vendida. Entretanto, ao preo de R$5,00 vendida uma unidade, e a receita de R$5,00. Um au-mento na quantidade vendida de 1 para 2 resulta em um acrscimo da recei-ta de R$5,00 para R$8,00, de tal forma que a receita marginal de R$3,00. medida que a quantidade aumentada se eleva de 2 para 3, a receita marginal cai para R$1,00, e quando o nmero de unidades vendidas aumenta de 3 para 4 unidades, a receita marginal torna-se negativa. Quando a receita mar-ginal positiva, a receita aumenta com o acrscimo da quantidade, contudo, quando negativa, a receita diminui.

    Dessa forma, para uma curva de inclinao descendente, o preo (receita mdia) ser superior receita marginal, j que todas as unidades sero ven-didas ao mesmo preo.

    O grfico a seguir ilustra a receita mdia e a receita marginal para os dados contidos na tabela 1. A curva de demanda uma linha reta, e nesse caso a curva da receita marginal tem inclinao duas vezes maior do que a curva da demanda.

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  • Conceitos da microeconomia

    15

    7

    7

    5

    5

    3

    3

    1

    1

    6

    6

    4

    4

    2

    20

    RME(Demanda)

    RMG

    produo

    $ por unidprod.

    Grfico 10

    Deciso de Produo do Monopolista

    Qual a quantidade que o monopolista deveria produzir? Para conseguir maximizar o lucro, o monopolista precisa determinar seu nvel de produo de tal forma que a receita marginal seja igual ao custo marginal. Vejamos um exemplo: suponha que o custo de produo do monopolista seja dado pela equao C (Q) = 50 + Q^2 e a demanda por P = 40 Q.

    Para encontrarmos o lucro mximo devemos fazer RMG = CMG

    RMG = RT : Q, mas RT = QxP, ento temos:

    RT = Q x (40 Q)

    RT = 40Q Q^2

    Aplicando a regra de derivada, temos que a RMG ser:

    RMG = ((40Q Q^2) : Q)

    RMG = 40 2Q : 1 = 40 2Q

    CMG = CT : Q

    CMG = (50 + Q^2) : Q

    CMG = 2Q : 1

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  • 16

    Conceitos da microeconomia

    Logo fazendo CMG = RMG, temos:

    RMG = CMG

    40 2Q = 2Q

    Q = 10

    Ou seja, para uma quantidade de 10 o lucro ser mximo.

    Observemos a tabela abaixo:

    Q P(R$) RT (R$)RMG (R$)

    RME (R$)

    CT (R$)

    CGM (R$) L (R$)

    CME (R$)

    0 40,00 0,00 40,00 40,00 50,00 0,00 50,00

    5 35,00 175,00 30,00 35,00 75,00 10,00 100,00 15,00

    10 30,00 300,00 20,00 30,00 150,00 20,00 150,00 15,00

    15 25,00 375,00 10,00 25,00 275,00 30,00 100,00 18,33

    20 20,00 400,00 0,00 20,00 450,00 40,00 50,00 22,50

    Construo do grfico

    $/p

    40

    30

    20

    15

    10

    0 5 10 15 20 Q

    CMG

    RmeRMG

    Q= 10= Rmg= 20= Cmg= 20

    Lucro Mximo (RMG= CMG)

    Grfico 11

    Obs.: o clculo do custo mdio: sendo o Cme = CT : Q = 50 + Q^2 : Q substituindo os valores de Q na equao obter os valores da tabela acima. Quanto aos valores da Receita Mdia, estes podem ser encontrados atravs da equao da Rme = RT : Q.

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  • Conceitos da microeconomia

    17

    Concorrncia monopolista Um mercado monopolisticamente competitivo semelhante ao perfeita-

    mente competitivo, no qual existem muitas empresas, e a entrada de novas companhias no limitada. Contudo ele difere da competio perfeita pelo fato de os produtos serem diferenciados cada empresa vende uma marca ou verso de um produto que difere em termos de qualidade, aparncia ou reputao, e cada empresa a nica produtora de sua prpria marca. A quantidade de poder de monoplio que a empresa ter depender do seu sucesso na diferenciao do seu produto, em relao aos das demais empre-sas. Ex.: creme dental, detergente de roupas, refrigerantes, cervejas, cigarros, remdios para dor de cabea e para gripe, sabonetes, fraldas para bebs ou geritricas, xampus, desodorantes, produtos esportivos etc.

    Em muitos setores, os produtos que as empresas fabricam so diferencia-dos entre si. Por uma outra razo, os consumidores veem a marca de cada empresa como algo diferente, distinguindo-se das demais. O creme dental Crest, por exemplo, diferente do Colgate, alm de uma dzia de outros. A diferena est parcialmente no aroma, na consistncia e na reputao isto , a imagem que o consumidor tem (correta ou no) sobre a relativa eficcia do creme dental Crest na preveno de cries consequentemente alguns, no todos, esto dispostos a pagar mais caro pelo Crest.

    Pelo fato da Procter & Gamble ser a nica produtora de Crest, ela tem poder de monoplio mas seu poder de monoplio limitado, pois os consumidores podero facilmente substituir Crest por outras marcas, caso seu preo seja majorado. Embora os consumidores que prefiram Crest es-tejam dispostos a pagar mais por ele, a maioria deles no pagar um valor muito maior. O tpico usurio de Crest poderia pagar R$ 0,25 ou at R$ 0,50 a mais por tubo, mas no desembolsaria um real a mais. Para a grande maio-ria creme dental creme dental, e seriam pequenas as diferenas entre as marcas. Portanto, a curva de demanda do creme dental Crest, apesar de ter uma inclinao descendente, razoavelmente elstica. Em razo semelhante de seu limitado poder de monoplio, a Procter & Gamble cobrar um preo mais alto, mas no muito alto do que o custo marginal. Situao semelhante ocorre com o detergente Limpol, com as toalhas de papel Scott e com o re-frigerante Limo Brahma.

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  • 18

    Conceitos da microeconomia

    Causas do xito da competio monopolstica

    Um mercado monopolisticamente competitivo tem duas caractersticas importantes: em primeiro lugar, trata-se de um ambiente comercial no qual as empresas competem vendendo produtos diferenciados, altamente subs-tituveis uns pelos outros, no sendo, entretanto substitutos perfeitos as elasticidades cruzadas de suas demandas so grandes, mas no infinitas. Em segundo lugar, trata-se de um mercado de livre entrada e livre sada re-lativamente fcil a entrada de novas empresas com suas prprias marcas de produtos e tambm relativamente fcil para as empresas que nele j atuam sarem, caso seus produtos deixem de ser lucrativos.

    Para entendermos melhor, vejamos um exemplo entre o creme dental e os automveis. O primeiro monopolisticamente competitivo, mas o segun-do seria melhor caracterizado como um oligoplio. bastante simples para outras empresas lanarem novas marcas de cremes dentifrcios, que venham competir com a Crest, com a Colgate, e assim por diante; tal fato limita a lu-cratividade de produo de Crest ou de Colgate. Se seus lucros fossem gran-des, outras empresas investiriam a quantia necessria (para desenvolvimen-to, produo, propaganda e promoo) no lanamento de novas marcas, o que resultaria numa reduo das fatias de mercado e da lucratividade de Crest e de Colgate.

    O mercado de automveis tambm caracterizado por diferenciao de produtos. Entretanto, as economias de larga escala, envolvidas na produo de automveis, tornam difcil a entrada de outras empresas nesse mercado. Por esse motivo, at meados dos anos 1970, quando ento os produtores ja-poneses se tornaram importantes concorrentes, as trs principais empresas automobilsticas dos EUA tinham para si praticamente todo o mercado.

    Concorrncia monopolstica no mercado de refrigerantes e no mercado de Caf

    Os mercados de refrigerantes e de caf ilustram as caractersticas da com-petio monopolstica. Cada um deles tem uma variedade de marcas que apresenta ligeiras diferenas, mas que so substitutas prximas umas das outras. Embora o consumidor do caf Damasco dificilmente abandone essa marca por ter um aroma ou contedo de cafena diferente do Caf do Ponto, assim como o consumidor de Coca-Cola e o de Pepsi, essa lealdade ge-ralmente limitada. Se o preo de um ou outro desses produtos se tornasse

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  • Conceitos da microeconomia

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    substancialmente mais alto do que os das demais marcas, voc e a maioria dos outros consumidores que vinham adquirindo o caf Damasco, provavel-mente iriam substitu-lo por outras marcas.

    Nesses termos, o que define esse mercado so, antes de tudo, as elastici-dades, que se traduzem pelo comportamento e fidelidade do consumidor por uma marca ou outra.

    Oligoplio Em um mercado oligopolstico o produto pode ou no ser diferenciado.

    O que importa que apenas algumas poucas empresas sejam responsveis pela maior parte ou pela totalidade da produo. Em alguns mercados oli-gopolsticos, algumas ou todas as empresas auferem lucros substanciais em longo prazo, j que as barreiras entrada tornam difcil ou impossvel que novas companhias entrem no mercado o oligoplio o tipo de estrutura de mercado que prevalece. Nos EUA, os exemplos so: automveis, ao, alu-mnio, petroqumica, equipamentos eltricos e computadores.

    As barreiras entrada surgem para que as economias de escala possam tornar no lucrativo o fato de que mais do que algumas poucas empresas coexistam no mercado; as patentes, ou o acesso tecnologia, podero servir para excluir potenciais concorrentes; e a necessidade de despender dinhei-ro para poder tornar uma marca conhecida e obter reputao no mercado poder obstruir a entrada por parte de novas empresas. Por exemplo, po-dero ameaar inundar o mercado com seus produtos e fazer com que os preos caiam, caso uma nova empresa entre no mercado e, para fazer com que sua ameaa seja real, elas podem instalar um excesso de capacidade produtiva.

    A administrao de uma empresa oligopolista complexa, pois envolve decises relativas a preo, nvel de produo, propaganda e investimentos, ou seja, importantes consideraes estratgicas. Pelo fato de haver poucas empresas concorrendo, cada uma deve cautelosamente refletir sobre a forma pela qual suas aes iro afetar empresas rivais, bem como sobre as possveis reaes que suas concorrentes podero apresentar.

    Por exemplo, suponha que, devido a uma reduo havida em suas vendas, a Ford esteja considerando a possibilidade de conceder um descon-to de 10% para estimular sua demanda. Ela necessita ponderar com cautela

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  • 20

    Conceitos da microeconomia

    sobre as possveis reaes que podero ocorrer por parte da Chrysler e da GM. Estas podero eventualmente no apresentar nenhuma reao, ou por outro lado podero conceder descontos menores, situaes nas quais a Ford teria condies de desfrutar de um aumento substancial em suas vendas principalmente custa de suas concorrentes. Ou ento elas poderiam con-ceder descontos iguais aos da Ford, situao na qual todas as trs empresas automobilsticas venderiam mais automveis, mas estariam auferindo lucros menores em razo dos preos mais baixos ou ainda as outras duas se lana-rem numa guerra de preos oferecendo descontos maiores do que a Ford.

    Equilbrio no mercado oligopolstico

    Quando estudamos mais acima vimos que em um mercado perfeitamen-te competitivo o preo de equilbrio torna iguais entre si as quantidades ofer-tada e demandada; no monoplio puro, o equilbrio ocorre quando a Receita Marginal (RMG) igual ao Custo Marginal (CMG); e finalmente na concorrn-cia monopolstica, vimos que seu equilbrio em longo prazo ocorre medida que novas empresas entram no mercado, fazendo com que os lucros caiam a zero.

    O que ocorre que, nesses mercados, cada empresa poderia assumir como premissa o preo ou a demanda do mercado, sem se preocupar muito com suas concorrentes.

    No mercado oligopolstico, no entanto, uma empresa determina seu preo ou seu volume com base, pelo menos em parte, em consideraes estratgicas relativas ao comportamento de suas concorrentes. Ao mesmo tempo, as decises dos concorrentes dependero das decises tomadas pela prpria empresa.

    Atividades 1. Suponha que o mercado de algodo estril seja expresso pelas se-

    guintes equaes: (Demanda = Q = 10 P) e (Oferta = Q = 4 + P).

    Onde:

    P = preo em reais por unidade;

    Q = quantidade em milhares de unidades.

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  • Conceitos da microeconomia

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    a) Quais so respectivamente o preo e a quantidade de equilbrio?

    b) Suponha agora que o governo permita a entrada no mercado brasileiro de duas novas empresas que produzem algodo est-ril acreditando com isso que o preo do mercado cair. Qual ser a nova quantidade de equilbrio e preo de equilbrio desse mer-cado? O governo estava certo em deixar entrar essas duas novas empresas?

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  • 22

    Conceitos da microeconomia

    2. Uma empresa que produz placas de circuito integrado tem a seguin-te funo de produo: (Q = 10K^0,5 T^0,5) em que Q o nmero de placas produzidas diariamente, K o nmero de horas-mquina e T o nmero de horas-homem do insumo mo de obra. J uma empresa concorrente possui a seguinte funo de produo: (Q = 10K^0,6T^0,4).

    a) Se ambas as empresas utilizam iguais quantidades de capital e mo de obra, qual das duas gera maior produo?

    b) Se fixarmos o capital em 9 unidades de mquina como ficam as fun-es de produo?

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  • Conceitos da microeconomia

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    3. Suponha que a funo de demanda do trigo nos EUA seja (Qd = 28 2P) e a funo oferta seja (Qs = 4 + 4P), em que P seja o preo do trigo em dlares e Q seja a quantidade em toneladas. Qual o preo e a quantidade de equilbrio desse mercado?

    4. Uma determinada empresa monopolista rene as seguintes informa-es:

    CT = 100 5Q + Q^2 e sua demanda P = 55 2Q

    Onde:

    CT = Custo Total;

    Q = quantidade;

    P = preo.

    Tratando-se de um monopolista, qual a quantidade que esse monopolis-ta deve produzir para ter lucro mximo? Ainda, qual esse lucro mximo?

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  • 24

    Conceitos da microeconomia

    5. Sobre concorrncia monopolstica e concorrncia perfeita, assinale a alternativa correta.

    a) A curva de demanda da concorrncia monopolstica positiva-mente inclinada enquanto da concorrncia perfeita somente po-sitiva.

    b) Ambas so semelhantes exceto pelo fato de que enquanto na con-corrncia monopolstica existe diferenciao de produto, na per-feita no existe.

    c) Ambas so semelhantes exceto pelo fato de que enquanto na con-corrncia perfeita existe diferenciao de produto, na monopols-tica no existe.

    d) A curva de demanda da concorrncia monopolstica negativa-mente inclinada enquanto da concorrncia perfeita positiva.

    e) As duas tm elasticidades infinitas.

    6. Qual das alternativas abaixo mostra uma caracterstica do oligoplio?

    a) As empresas so conhecidas como tomadoras de preos.

    b) A diferenciao do produto faz com que a elasticidade seja perfeita.

    c) Existem poucas firmas e barreiras para a entrada de novas.

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  • Conceitos da microeconomia

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    d) Existem muitas firmas e barreiras para a entrada de novas.

    e) Os produtos somente podem ser idnticos.

    RefernciasMANKIW, N. Gregory. Introduo Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

    PINDYCK, Robert S.; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. So Paulo: Makron Books, 1994.

    Gabarito1.

    a)

    Fazendo a demanda igual a oferta:

    10 P = 4 + P

    2P = 14

    P = R$7,00

    Substituindo o 7 na demanda:

    Q = 10 P

    Q= 10 7

    Q = 3

    b)

    Com a entrada dessas duas novas empresas idnticas temos uma nova equao da oferta:

    Q = 8 + 2P

    Igualando a nova oferta com a demanda atual:

    8 + 2P = 10 P

    P = R$6,00 (o novo preo mais baixo que o anterior)

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  • 26

    Conceitos da microeconomia

    Substituindo esse novo preo na equao da demanda temos:

    Q = 10 P

    Q = 10 6

    Q = 4

    Com a entrada das novas empresas o mercado ficou maior (maior quantidade e menor preo)

    2.

    a) Se as quantidades de K e T so iguais podemos reescrever as duas equaes:

    Para primeira empresa:

    Q = 10K^0,5T^0,5

    Q = 10X^0,5X^0,5

    Q = 10X^(0,5 + 0,5)

    Q = 10X^1

    Q = 10X

    Para segunda empresa:

    Q = 10K^0,6T^0,4

    Q = 10X^0,6X^0,4

    Q=10X^(0,6 + 0,4)

    Q = 10X^1

    Q = 10X

    Ambas as empresas vo gerar a mesma produo com os mesmos insumos.

    b)

    Q1 = 10K^0,5T^0,5 (substituindo 9 por K)

    Q1 = 10x9^0,5T^0,5

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  • Conceitos da microeconomia

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    Q1 = 10 x 3T^0,5

    Q1 = 30T^0,5

    Q2 = 10K^0,6T^0,4 (substituindo 9 por K)

    Q2 = 10x9^0,6T^0,4

    Q2 = 10x3,73T^0,5

    Q2 = 37,37T^0,5

    3.

    Qs = Qd

    28 2P = 4 + 4P

    6P = 24

    P = 4,00

    Substituindo em Qd = 28 2P

    Qd = 28 2(4)

    Qd = 20

    4. O monopolista maximiza o lucro quando a receita marginal for igual ao custo marginal. Para encontrar a receita marginal, deve-se encon-trar primeiro a receita total. A receita total igual quantidade vezes o preo.

    RT = Q . P

    RT = Q . (55 2Q)

    RT = 55Q 2Q^2

    Sabendo que a receita marginal a derivada da receita total: RMG = 55 4Q

    Sabendo que o custo marginal a derivada do custo total:

    CT = 100 5Q + Q^2

    CMG = 5 + 2Q

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  • 28

    Conceitos da microeconomia

    Igualando ambas as questes:

    RMG = CMG

    55 4Q = 5 + 2Q

    6Q = 60

    Q = 10 (A empresa produzindo 10 unidades maximizar seu lu-cro).

    Encontrando o preo:

    P = 55 2Q

    P = 55 2 . 10

    P = R$25,00

    Encontrando o lucro do monopolista:

    L = RT CT

    L = (55Q 2Q^2) (100 5Q + Q^2)

    L = (55 . 10 2 . 100) (100 5 . 10 + 10^2)

    L = (550 200) (100 50 + 100)

    L = 350 150

    L = 200

    5. B

    6. C

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