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METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DE POTENCIAL HIDROELÉTRICO REMANESCENTE Parte 1: Conceitos e Metodologia Dante Gama Larentis, Eng. Civ., MsC., Dr. [email protected] www.larentis.eng.br Foz do Iguaçu, Agosto de 2012 CAPACITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA PROSPECÇÃO DE POTENCIAIS HIDRELÉTRICOS

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METODOLOGIA PARA

ESTIMATIVA DE POTENCIAL HIDROELÉTRICO REMANESCENTE

Parte 1: Conceitos e Metodologia

Dante Gama Larentis, Eng. Civ., MsC., [email protected]

www.larentis.eng.br

Foz do Iguaçu, Agosto de 2012

CAPACITAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA

PROSPECÇÃO DE POTENCIAIS HIDRELÉTRICOS

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Etapas do planejamento do setor hidrelétrico*

CONCEITOS

escala de análise

prazo dos estudos

estágio de implementação

Estudos preliminares

Estudos de inventário

Estudos de viabilidade

regional (bacia hidrográfica)

Registro ANEEL

Aprovação ANEEL

Resgistro ANEEL e AA*

Aprovação ANEEL

Aprovação AA*Licença Prévia

local (projeto)

Leilão de conceção

Projeto Básico

Construção Operação

1 2

3

4

Aprovação AA*Licença Instalação

6Aprovação ANEEL

8

9Aprovação ANEEL

75

indeterminado 2 anos 1 ano 6 meses 1 ano 4 anos > 50 anos

Aprovação AA*Licença Operação

*Adaptado do Manual de Inventário Hidrelétrico

84 GW 101 GW

260 GW

75 GW

Hydrospot

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Esquema do funcionamento de uma central hidrelétrica

CONCEITOS

)( HQfE

Qt

HbVu

NAmaxOp.

NAminOp.

DepMax

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Cálculo do potencial hidrelétrico (energia média gerada)

CONCEITOS

)( HQfE

088,0][]/3[][ mHbmsmQtMWmEm Eficiência (0,9) e correção de unidades

Metodologia do Manual de Inventário Hidrelétrico (Estudos Preliminares)

Metodologia do Manual de Inventário Hidrelétrico (Estudos Finais)

23000

24000

25000

26000

27000

28000

29000

30000

31000

32000

1/7/1952 7/25/1952 2/10/1953 8/29/1953 3/17/1954 10/3/1954 4/21/1955

0

20

40

60

80

100

120

VI (hm3)

VQ (hm3)

Vbal (hm3)

Simulação da série histórica para o período crítico considerando o reservatório cheio no início da simulação e vazio no final

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Energia assegurada x Energia firme x Potência instalada

CONCEITOS

Energia firme: aquela garantida mesmo na ocorrencia da sequencia de vazoes baixas mais severa registrada no historico. No caso do Brasil, o perído crítico é de 1949 a 1956 (Manual de inventário da Eletrobrás). Medida em MWh.

Energia assegurada: é igual a máxima produção que pode ser mantida em uma determinada porcentagem do tempo, por exemplo, 95%. A vazão com uma dada garantia é obtida da curva de permanência de vazões. Medida em MWh.

Potencia instalada: é a soma da potência das turbinas da usina. A potência é sempre um valor superior ao da energia média gerada. Medida em MW.

Fator de capacidade: é dado pela relação entre a energia média e a potência instalada. É adimensional.

Energia média: é a energia produzida ao longo de um determinado período dividida pelo tempo transcorrido. Por exemplo, se uma usina gerou 127.000 MWh em um ano, a energia média é de MW médios (MWm).

Pi

Emfc

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Energia média x Potência instalada (fator de capacidade)

CONCEITOS

088,0][]/3[][ mHbmsmQtMWmEm

Q

t

Qmlp MVR (~70% Qmlp)

Qpmax

Em (MWm)

Pi (MW)

Benefícios

Custos

fc B/C

Não é economicamente viável!

Há um fator de capacidade ótimo abaixo da Qmlp que depende da capacidade de regularização do rio.

Q95

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Aquisição de dados básicos

CONCEITOS

)( HQfE

CARTOGRAFIA (CURVAS DE NÍVEL)

SRTM

MODELOS DIGITAIS DO TERRENO

SÉRIE DE VAZÕES

CHUVA-VAZÃO

bAaQ

VAZÕES REGIONALIZADAS

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Introdução ao programa de prospecção de potenciais

- Parte do zero: identificação dos sítios, com base no MDT, e avaliação de potencial hidrelétrico e seleção de alternativas com base em análise hidrológicas (vazões estatísticas), energéticas, técnico-econômicas e ambientais;

- Permite a obtenção do potencial total hipotético e do potencial energético global viável na bacia;

- Não é um programa de otimização. Função objetivo potencial/fragilidade conduz a valores baixos de potencial na bacia;

- Foco em projetos de pequeno e médio porte (até 50 MW) (tendência no cenário mundial e mais adequado as simplificações adotadas quanto a simulação hidrológica e análise energética);

- Equivale a parte de estudos preliminares de um inventário tradicional, com a vantagem de levantar um número bastante superior de alternativas de projeto, economizando tempo e recurso na etapa final do inventário.

HYDROSPOT

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Avaliação energética distribuída

Prospecção de potenciais

3

Definição e caracterização da área de estudo (bacia hidrográfica)

Pré-processamento

do MDT

População do sistema

Análise hidrológica

1 Avaliação técnico-ambiental distribuída

Mapeamento temático

Composição de indicadores

2*

Avaliação ambiental e energética integrada

Seleção de alternativas sem

restrições

Obtenção de PTH e FTH

Seleção de alternativas cenário base

Obtenção do potencial viável na bacia (PGV)

4Seleção de

alternativas c/ objetivo = PGV

Obtenção da divisão final de

quedas

Banco dados

externo

fragilidades

pressões

Vetor de alternativasde projeto

HYDROSPOT

Otimização energética e análise econômica

Cálculo da séries de vazão de 30

anos

Simulação e otimização energética

5Cálculo da

relação custo/benefício

Divisão final de quedas

*Neste caso, será realizada a parte.

Esquema metodológico geral

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1.1. Pré-processamento do MDT

Definição e caracterização da área de estudo1

MDTSRTM 3”90x90m

1.1.1. Usando o ESRI ArcGIS Spatial Analyst Tools, menu

Hydrology:

- Preenchimento de depressões (fill sinks);

- Direções de fluxo (flow direction);

- Acumulação de fluxo (flow accumulation).

Direções de fluxo

210 221 228

209

201 229214

216

MDT corrigido

212

32 64 128

16

8 24

1

4 8 8

4

3216

168

?

1 1 1

2

8 11

1

Acumulação de fluxo

3

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1.1. Pré-processamento do MDT

Definição e caracterização da área de estudo1

1.1.2. Divisão em Ottobacias:

- Define ordem de divisão;

- Divide sub-bacias e marca rede de

drenagem;

- Extrai informações topológicas

(posição dos exutórios e nascentes,

comprimento dos trechos de rio,

relações de contribuição).

Fonte: Verdin & Verdin (1999)

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Rodovias

Ferrovias

Área Influência

Classificação do uso do solo (alta resolução)

Linhas de transmissão (alta tensão)

1.2. População do sistema

Definição e caracterização da área de estudo1

Hidrografia

Mapa UCs

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1.3.1. Simula inundação nas seções de estações fluviométricas

1.3.2. Obtém relação Cota-Área-Volume

bAaQ

1.3.4. Ajusta equação de regionalização

1.3.5. Regionaliza MVR, Q95 e Qmlp para todos os pixels

1.3.3. Estima Máxima Vazão Regularizável (MVR) (% Qmlp)

23000

24000

25000

26000

27000

28000

29000

30000

31000

32000

1/7/1952 7/25/1952 2/10/1953 8/29/1953 3/17/1954 10/3/1954 4/21/1955

0

20

40

60

80

100

120

VI (hm3)

VQ (hm3)

Vbal (hm3)

088,0][);( HmQMWaPPMáx

1.3. Análise hidrológica

Definição e caracterização da área de estudo1

MVR

bAaQ ou

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Localização do eixo do barramento e casa de força, p/ bacias = n , 1

Definição do local da casa de força(varre buffer de raio CMA em torno do eixo do

barramento p/ p=1,q)

Inundação do reservatório e desenvolvimento da barragem

Identificação do eixo do barramento(percorre drenagem a jusante com um passo

de distância DJ)

Verificação potencial bruto

Vetor de alternativas

Prospecção concluída

Pixel é área

excluida

pixel é o

exutorio bacia

n

YES

NO

NO

Seleciona próximo pixel

Seleciona pixel p

S x HTp >

S x HTp-1

Pixel p é área

excluida

p = q

YES

NO

NO

Desenvolvimento lateral da barragem

Inundação do reservatório e desenvolvimento vertical da

barragem

S < MDA

YES

NO

YES

YES

HB >

MAT

Pl (HT)

<PBM

YES HB = HB +dHB Pixel é área

excluida

NO

NO

YES

Qreg >

MVR

NO

YES YES

YES

NO

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

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Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.1. Localização do eixo do barramento

Perfil longitudinal

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- busca é ordenada de acordo com a hierarquiade Otto bacias, demontante para jusante;

- pixel a pixel, ou com um espaçamento DJ;

- DJ não pode ser inferior a resolução do grid;

- mapa de AR com as áreas excluídas é verificado.

Ex. busca DJ = 600 m

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.1. Localização do eixo do barramento

DJ

Parque

Parâmetro

do modelo

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CMACMA

>MDC>MD

>MDC<MD

<MDC<MD

CASO 1CASO 2(curto-circuito)

A

BC

CMACMA

>MDC>MD

>MDC<MD

<MDC<MD

CASO 1CASO 2(curto-circuito)

A

BC

ParqueParque

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.2. Definição do local da casa de força

- vizinhança do eixo é analisada de modo a identificar o maior produto:

dH (m) x S (%)

- raio que define a área de procura: Comprimento Máximo da Adução (CMA);

- mapa de AR com as áreas excluídas é verificado.

Parâmetro

do modelo

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A alternativa de eixo de barramento e de casa de força é testada de duas formas:

- verificando o potencial bruto do sítio considerando apenas a queda devido à diferença de cota do terreno. Se a potencial for menor que um potencial bruto mínimo (PBM), previamente definido, o sítio é eliminado;

- verificando o mapa de AR, testando se qualquer um dos pixels contidos no trecho de vazão reduzida (meandro do rio) entre o eixo do barramento e a casa de força estão em zona de restrição. Em caso afirmativo, a alternativa é eliminada.

088,0 HQPB f

Vazão asseguradaQ95 (m3.s-1)

Queda d’água devido aodesnível do terreno (m)

Potencial bruto mínimo (PBM) em MWm

Eficiência (0,9) e correção de unidades

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.3. Verificação do potencial bruto

Parâmetro

do modelo

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Os critérios de parada são:

- a Máxima Altura Técnica (MAT): definida pela altura de um barramento considerada tecnicamente viável do ponto de vista construtivo. Se altura do barramento ≥ MAT, o critério de parada é atendido.

- a Declividade Mínima Admissível (DMA) do terreno: refere-se ao desenvolvimento lateral da barragem, portanto, a seção transversal do rio. Quando a barragem é estendida, se a declividade de um dos taludes barrados é inferior a DMA, o critério de parada é atendido.

- a Máxima Vazão Regularizável (MVR) na seção: O valor de MVR é hipotético, obtido como uma fração da vazão média de longo período. Se o volume do reservatório obtido na seção, no período de an’alise, é maior ou igual ao volume potencialmente acumulado no mesmo período pela MVR, o critério de parada é atendido .

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.4. Desenvolvimento da barragem e inundação do reservatório

NAmax

NAmin

dH

Parâmetro

do modelo

Parâmetro

do modelo

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Analisa a vizinhança e procura pixel de maior cota (elevação) no MDT em cada margem do rio em cada elevação dH do nível d’água no reservatório.

2o passo:sentido horário

3o passo: sentidoanti-horário

1º passo:pixel de referênciaa jusante do eixo

2o passo:sentido horário

3o passo: sentidoanti-horário

1º passo:pixel de referênciaa jusante do eixo

Margem do sentido horário

Margem do sentidoanti-horário

1 2

34

5

1

3

4

2

56

7

Margem do sentido horário

Margem do sentidoanti-horário

1 2

34

5

1

3

4

2

56

7

Barramento concluído

Se Cota > NA

Barramento

concluído!

í

H = 1dH H = 2dH H = 4dH

32 64 128

16

8 24

1

Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.4. Desenvolvimento da barragem e inundação do reservatório

NAmax

NAmin

NAmax – 1dH

dH

NAmax

NAmin

NAmax – 1dH

dH

Direções de fluxo

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Avaliação energética distribuída (prospecção de potenciais)3

3.4. Desenvolvimento da barragem e inundação do reservatório

(a)

Clockwiserotation

Find downstreampixel

Dam axis

Passo 1: achar pixel de maior cota fora da calha em ambas as direções (horária e anti) a partir do pixel eixo do barramento

Check neighborselevation

Pick highest pixel

(c)

Dam ends elevation < HBPasso 3: quando sai da calha, passa a procurar o vizinho de maior cota nas duas direções, até superar o nível d’água estipulado

Perpendicularorientation

(b)

Pixel elevation ≤ DHPasso 2: apenas quando ainda está na calha, caso todos vizinhos tenham a mesma cota do eixo, anda na perpendicular à direção de fluxo

Dam development accomplished forgiven water level (d)

Dam ends elevetion ≥ HBPasso 4: quando atinge o nível d’água estipulado em ambas as direções, ou quando um critério de parada é atingido, termina o desenvolvimento da barragem

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Avaliação energética e ambiental integrada4S

eleç

ão d

e al

tern

ativ

as

Etapas:

4.1. Obtenção do potencial e fragilidade totais hipotéticos na

bacia;

4.2. Obtenção do cenário base de potencial e fragilidade totais

na bacia;

4.3. Cálculo do potencial global viável para o cenário base.

As restrições do cenário base consistem em:

- Definir vazão ambiental remanescente a jusante de barramento;

- Definir vazão remanescente para outorgas vigentes no trecho afetado;

- Definir layers de restrição total ao desenvolvimento (parques).

O produto é a divisão final de quedas considerando as restrições de ordem técnico-

econômicas e ambientais, ainda com um grande número de empreendimentos que

serão excluídos na análise benefício/custo.

O produto é a divisão final de quedas sem qualquer restrição ao desenvolvimento.

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Regularização de vazões e otimização de potenciais em iterações k, p/ k = 1 , m

p/ i = 1 , n

Teste de interferência de alternativas i, p/ i = 1 , n(número de alternativas implantadas = j)

Inunda usinaimplantada

Vetor de alternativas vazio

i = n

PTAk = PTAk-1

Pré-seleçãoAlternativa iselecionada

Inventário comj alternativas implantadas

NO

Teste interferênciapor inundação

Teste interferênciapor curto-circuito

PTA = Ʃ Plii=1

i=jOtimiza relação QxH

Alternativas i = 1, n

Regulariza vazõesAlternativas i = 1, n

NO

Inventário concluído

1a iteração

Curto-circuita usina

implantada

YESYES

NO

YES

NO

Avaliação energética e ambiental integrada (seleção de alternativas)4

HYDROSPOT

Vetor de alternativas

Inventário comj alternativas implantadas

YES

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1

2 3

1

2

3

Adução de 2(curto-circuito)

Casa de força de 2

Casa de força de 3(no pé da barragem)

1

2 3

1

2

3

Adução de 2(curto-circuito)

Casa de força de 2

Casa de força de 3(no pé da barragem)

4.1. Teste de interferência por inundação

Avaliação energética e ambiental integrada4

Supondo a alternativa 1 sob teste e a 2 já implantada

Supondo a alternativa 2 sob teste e a 3 já implantada

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A

B

1A

B

1

3E

F 3E

F

2

CD

2

CD

4.2. Teste de interferência por curto-circuito

Avaliação energética e ambiental integrada4

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O potencial total na bacia é calculado por:

, n = número plantas aceitas

O potencial hidroelétrico líquido (Pl) é calculado para cada alternativa de aproveitamento conforme:

Vazão turbinada (m3.s-1)

Queda d’água acumulada hipotética (m)

Potencial líquido emMWatts médios (MWa)

Eficiência (0,9) e correção de unidades088,0 AHT HQPl

MMT QconsQremanQgarnatQacumQutilQ

JAH HacumHlmH

n

PlPTA1

4.3. Otimização de potencial por alternativa e regularização de vazões

Avaliação energética e ambiental integrada4

? ?

?

?

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12

3

088,0 AHT HQPl MMT QconsQremanQgarnatQacumQutilQ

JAH HacumHlmH

NAmax

NAmin

NAmin + 1dH

NAmax – 1dH

dH

NAmax

NAmin

NAmin + 1dH

NAmax – 1dH

dH

Q95

VMR

1

2

3

n-1

n

Hlm

Qutil=V/tDepleção = dH123

4.3. Otimização de potencial por alternativa e regularização de vazões

Avaliação energética e ambiental integrada4

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4.3. Atualização do vetor de alternativas

Avaliação energética e ambiental integrada4

Planta aceita

Vetor de alternativas

Planta eliminadasno remanso da alternativa aceita

Planta eliminadas na alça de vazão reduzida

Demais alternativas no mesmo sítio

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1

2 3

1

2

3

Adução de 2(curto-circuito)

Casa de força de 2

Casa de força de 3(no pé da barragem)

1

2 3

1

2

3

Adução de 2(curto-circuito)

Casa de força de 2

Casa de força de 3(no pé da barragem)

4.3. Atualização do vetor de alternativas

Avaliação energética e ambiental integrada4

Supondo que a alternativa 2 tenha sido implantada

Supondo que a alternativa 1 tenha sido implantada

Redimensiona 2 para o novo nível de jusante

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Cálculo de benefícios

Otimização energética e análise econômica5

BA = 8760. Pr. Ea/106

Cálculo de custos

CO = FT.(CF+CV*Ep).Com

Onde CF e a parte de custo fixo da obra que nao deve se alterar com aalteração da potencia em R$ milhoes; CV é a parte do custo que varia com apotencia em R$ milhoes; Com é o custo de Operação e Manutenção comrelacao ao custo final; FT e o fator a ser pago anualmente pelo investimentona obra. No custo da obra e incorporado o juros do investimento no periododa obra.

Onde BA e o beneficio anual em milhoes de US$; Pr e o preco estimado daenergia vendida em US$/MW; Ea e a energia assegurada da serie em MW.

Este tema será abordado no próximo encontro.

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ESTUDO DE CASO:

RIO TAQUARI-ANTAS - RS

Estudos de inventárioCEEE (1993)

Estudos de inventárioCEEE (1993)

Estudos ambientaisFEPAM (2001)

Estudos ambientaisFEPAM (2001)

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RESULTADOS

Estudo de caso: Taquari-Antas do inventário de 1993 da CEEE

Nos estudos de inventário de 1993, foram avaliados, além de aspectos técnicos e econômicos de produção de energia, impactos sociais e ambientais que poderiam ocorrer com a implementação dos projetos (CEEE, 1993). Na etapa de prospecção inicial de potenciais, foram seguidos os seguintes critérios:

- menos áreas inundadas quanto possível;- grande queda entre tomada d’água e casa de força;- esquemas tipo curto-circuito;- barramento em seções bastante declivosas, inundando áreas

agrícolas pouco produtivas;- barramentos de baixo impacto ambiental;- evitar interferência com centros urbanos e infra-estrutura pública,

como pontes, viadutos, estradas, edificações, túneis, linhas de transmissão, etc.;- acessibilidade ao sítio de construção;- esquemas a fio d’água.

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Parâmetros do inventário de 1993 da CEEE

O inventário de 93 localizou e classificou 79 sítios com potencial hidroelétrico, com um potencial hipotético estimado em 552 MWa. Verificou-se que os melhores sítios para produção de energia também eram os que apresentavam maiores impactos ambientais. De forma a evitar a perda de sítios promissores, algumas plantas tiveram mais de um layout estudado, variando a posição da casa de força, locação da barragem e nível d’água máximo no reservatório. Como resultado, foram obtidas 94 alternativas de aproveitamento na bacia.

A fase de seleção de alternativas do inventário da CEEE foi concluída com 56 plantas, totalizando 467 MWa de energia firme, aproximadamente 85% do potencial máximo hipotético prospectado na fase anterior, com perdas de:

12 MWa por alto (não compensável) impacto ambiental (2 alternativas); 58 MWa por razões econômicas (25 alternativas);15 MWa por interferência com infra-estrutura existente ou por

dependência com outras alternativas escolhidas por serem mais rentáveis.

Após estudo de AAI (FEPAM, 2001), potencial viável é de 336 MWa.

PR

OS

PE

ÃO

SE

LE

ÇÃ

OA

AI

79 sítios94 alternativasc/ 552 MWa

56 plantas c/467MWa

RESULTADOS

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RESULTADOS

Resultados da prospecção

Os valores dos parâmetros utilizados na prospecção dos sítios com potencial são os seguintes:

- Distância a jusante (DJ): 450 m- Comprimento máximo da adução (CMA): 1.800 m- Potencial bruto mínimo (PBM): 10 kWa- Altura incremental do NA (dH): 4 m- Máxima altura técnica do barramento (MAT): 50 m- Declividade mínima admissível (DMA): 10%

Análise hidrológica:

79 sítios94 alternativasc/ 552 MWa

56 plantas c/467MWa

Média longo período Máxima regularizável Posto Período inicio – fim

Área (Km2) Qmlp

(m3/s) Perm (%)

MVR (QT) (m3/s)

Perm (%)

Qmlp QT

(%)

Falha (%)

86440000 1939–2006 3622 87 27 61 39 70 5 86510000 1940-2006 15826 366 27 259 37 71 7 86720000 1941-2006 19200 451 26 310 37 69 25

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RESULTADOS

Resultados da prospecção

- a bacia do Taquari-Antas foi subdividida em 81 unidades (sub-bacias) em uma ordem de divisão de Otto Pfafstetter de nível 2;

- o MDT utilizado foi uma imagem SRTM com resolução de aproximadamente 90x90m;

- as principais características fisiográficas de cada sub-bacia foram calculadas no pré-processamento;

79 sítios94 alternativasc/ 552 MWa

56 plantas c/467MWa

A etapa de prospecção de potenciais foi finalizada com 1933 sítios, com um total de 31266 alternativas:

- 55 sítios oram descartados por interferência do barramento com API;- 2344 sítios foram descartadas por baixo potencial (<PBM).

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RESULTADOS

2600 m

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RESULTADOS

7600 m

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RESULTADOS

Monte Claro

±1600 m

±1100 m

Rio d

as A

ntas

Rio das AntasMonte Claro

±1600 m

±1100 m

Monte Claro

±1600 m

±1100 m

Rio d

as A

ntas

Rio das Antas

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RESULTADOS

Rio das Antas

Rio d

as A

ntas

Rio das Antas

Rio d

as A

ntas

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RESULTADOS

1606

1607

Rio d

as A

ntas

Rio das Antas

1606

1607

1606

1607

Rio d

as A

ntas

Rio das Antas

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RESULTADOS

Resultados da seleção

79 sítios94 alternativasc/ 552 MWa

56 plantas c/467MWa

Os resultados de PTH foram:- total de 252 plantas (alternativas de projeto);- potencial hipotético de 741,6 MWa;- plantas variando entre 10 kWa e 58 MWa; - 177 plantas à fio-d’água; - 75 plantas c/ reservação (vazão regularizada maior que a Q95);- 244 plantas c/ derivação por túnel (curto-circuito) ou pela margem;- 8 dependem apenas da queda gerada pela barragem (geração no pé).

Ajuste tentando alcançar a configuração do inventário de 93

Resultado:- grandes alterações locacionais;- estatísticas gerais foram bastante similares (O PTH foi levemente inferior, de 736 MWa, distribuído em 275 plantas).

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RESULTADOS

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RESULTADOS

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RESULTADOS

Resultados da seleção

79 sítios94 alternativasc/ 552 MWa

56 plantas c/467MWa

Para a definição do cenário base foram estabelecidos:- vazão ambiental a jusante de barramento: 25% da Q95;- comprimento máximo da alça de vazão reduzida dispensada de vazão

ambiental (CMAVR = 250 m);- critério de corte por trecho de rio livre de barramento ativo;- critério de corte por rio de “Classe Especial” (CONAMA 357) ativo.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 50 100 150 200 250 300

No. alternativas implantadas

% d

e P

TH

e F

TH

IFG IPG IPG-IFG

Total de 90 plantas

PGV = 69% do PTH

PGV = 508 MWa