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METODOLOGIA PARA A PREVISÃO DE VAZÕES UMA SEMANA À FRENTE NA BACIA DO ALTO/MÉDIO RIO GRANDE
Operador Nacional do Sistema Elétrico Presidência Rua da Quitanda 196/22º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9594 fax (+21) 2203-9444
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ONS NT 139/2008
METODOLOGIA PARA A PREVISÃO DE VAZÕES UMA SEMANA À FRENTE NA BACIA DO ALTO/MÉDIO RIO GRANDE
REVISÃO 1 - MAIO/2009
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Sumário
1 Introdução 5
2 Objetivo 7
3 Descrição da Área em Estudo 8
4 Metodologia Atual de Previsão de Vazões Semanais 10
5 O Modelo SMAP 13 5.1 Metodologia 13 5.2 Calibração e validação dos parâmetros 20 5.3 Testes de desempenho do modelo 25 5.3.1 Introdução 25 5.3.2 Métodos de reinicialização do modelo 26 5.3.3 Variáveis e índices para análise do
desempenho 28
6 Aplicação do Modelo SMAP à Bacia do Alto/Médio Rio Grande 30
6.1 Configuração das sub-bacias 30 6.2 Dados básicos 32 6.2.1 Estações e dados fluviométricos 32 6.2.2 Estações e dados pluviométricos 32 6.2.3 Previsões de precipitação 34 6.2.4 Séries de vazões naturais e incrementais 46
7 Resultados 48 7.1 Calibração e validação dos parâmetros do
modelo 48 7.2 Testes de desempenho do modelo 61 7.3 Comparação com o desempenho da
metodologia atual 72
8 Conclusões e Recomendações 98
9 Operacionalização da Metodologia Proposta 100
10 Referências Bibliográficas 101
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ANEXOS
ANEXO 1 - Estações pluviométricas selecionadas para os estudos
ANEXO 2 - Figuras correspondentes à identificação e remoção do viés da previsão
de precipitação do modelo ETA
ANEXO 3 - Faixas de variação dos coeficientes de representação espacial das
estações pluviométricas
ANEXO 4 - Hidrogramas de vazões observadas e calculadas nas etapas de
calibração e de validação dos parâmetros do modelo
ANEXO 5 - Hidrogramas de vazões observadas e calculadas e erros de previsão
obtidos nas etapas de testes de desempenho do modelo
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1 Introdução
O Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS tem a responsabilidade de elaborar
a previsão de vazões naturais médias diárias, semanais e mensais para todos os
locais de aproveitamentos hidroelétricos do Sistema Interligado Nacional - SIN,
além da geração de cenários mensais a partir do segundo mês, a serem utilizados
nos processos de planejamento e programação da operação do SIN. O processo
atual de previsão de vazões semanais, para a grande maioria das bacias, utiliza
modelos estocásticos, que se baseiam na série histórica de vazões e nas últimas
afluências naturais verificadas, não considerando observações de estações
pluviométricas ou fluviométricas, nem tampouco informações de previsão de
precipitação. Além disso, são obtidas previsões de vazões totais em locais de
aproveitamentos hidroelétricos através do sistema PREVIVAZ, sendo as vazões
relativas às bacias incrementais calculadas a partir de diferenças matemáticas entre
os valores obtidos nessas previsões, sem nenhuma consideração de defasagem
temporal devido ao translado da água entre os aproveitamentos.
O sistema de previsão de vazões semanais PREVIVAZ vem sendo adotado pelo
ONS para praticamente todos os aproveitamentos do SIN desde 2000, sendo
formado por uma gama extensa de modelos estocásticos (94 modelos). A escolha
do modelo que é utilizado em cada semana para cada aproveitamento é realizada
pelo sistema através da análise dos erros médios quadráticos da previsão para todo
o histórico.
Desde 2000, o ONS vem acompanhando o desempenho desta modelagem, com
base na comparação entre as vazões naturais previstas e observadas. A partir das
análises efetuadas, verificou-se a necessidade de aprimorar o processo e as
modelagens utilizadas na obtenção das previsões de vazões naturais semanais dos
aproveitamentos integrantes do SIN, bem como as previsões relativas às bacias
incrementais, principalmente nas bacias hidrográficas do subsistema Sul, ou em
aproveitamentos localizados nas cabeceiras dos diferentes rios.
Considerando a predominância significativa da hidroeletricidade no parque gerador
de energia elétrica do Brasil, a qualidade da previsão da vazão natural dos
aproveitamentos hidroelétricos apresenta-se como fator fundamental no
planejamento e programação da operação do SIN, pois, a partir destas informações,
se tomam decisões de operação visando otimizar os usos dos recursos disponíveis.
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Em novembro de 2003, foi criado o “Grupo de Trabalho para o aperfeiçoamento dos
Modelos de Planejamento da Operação” – GT2, no âmbito do ONS, com o objetivo
de analisar e propor aperfeiçoamentos dos modelos computacionais implantados no
planejamento e programação da operação, bem como estabelecer metodologias
complementares para apoio à decisão operativa. Para tratar de temas específicos
associados ao acompanhamento e previsão hidrometeorológica, foi criado o
Subgrupo Hidrologia.
A partir do início de 2004, o ONS, com o acompanhamento do subgrupo Hidrologia
e da ANEEL, providenciou o desenvolvimento e passou a utilizar novas modelagens
de previsão de vazões, utilizando distintas metodologias nas seguintes bacias:
- Bacia do rio Iguaçu (modelo Fuzzy – Redes Neurais).
- Bacia incremental da UHE Itaipu, no rio Paraná (modelo misto
conceitual/estocástico SMAP-MEL).
- Bacias incrementais das UHEs São Simão e Cachoeira Dourada, no rio Paranaíba
(modelo conceitual distribuído MGB-IPH).
- Bacia do rio Uruguai (modelo misto de Redes Neurais - Mineração de
Dados/PREVIVAZ – MPCV).
Algumas destas metodologias se basearam na previsão direta das vazões
incrementais, alterando assim o processo existente, que consistia no cálculo das
vazões relativas às bacias incrementais a partir de diferenças de vazões totais.
Considerando o melhor desempenho destas novas metodologias, quando
comparado com os resultados da aplicação da metodologia até então vigente,
baseada no sistema Previvaz para previsão de vazões uma semana à frente, a
ANEEL autorizou o ONS a utilizá-las em seus processos de planejamento e
programação da operação desde janeiro de 2008.
A partir da aplicação destas novas metodologias para a previsão de vazões uma
semana à frente, o ONS incluiu em seu Plano de Ação o desenvolvimento da
aplicação destas metodologias a outras bacias do SIN, a começar pela bacia do
Alto/Médio rio Grande, que compreende o trecho até a UHE Porto Colômbia.
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2 Objetivo
Esta nota técnica apresenta uma proposta de aperfeiçoamento da metodologia da
previsão de vazão uma semana à frente na bacia do alto/médio rio Grande (até a
UHE Porto Colômbia), envolvendo a utilização do modelo conceitual concentrado -
SMAP, que considera como insumo as observações de estações pluviométricas e
fluviométricas e as informações de previsão de precipitação na bacia, e tem como
produto a previsão direta das vazões incrementais entre aproveitamentos.
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3 Descrição da Área em Estudo
A bacia do rio Grande está localizada ao sul do estado de Minas Gerais e ao norte
de São Paulo, entre as latitudes 19° 30’ e 22° 30’ S, e longitudes 43º 30’ e
51° 00’ W.
O rio Grande nasce no Alto do Mirantão, na Serra da Mantiqueira, município de
Bocaina de Minas, no estado de Minas Gerais, em altitude aproximada de 1.900m.
A extensão maior da bacia está orientada predominantemente no sentido de
SE a NW. Após percorrer cerca de 1.300km, o rio Grande se junta ao rio Paranaíba,
formando, então, o rio Paraná.
Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Aiuruoca, Ingaí,
Capivari, do Cervo, do Peixe, Sapucaí, São João, Sapucaí Paulista, Pardo e Turvo;
e pela margem direita os rios das Mortes, Jacaré, Uberaba e Verde ou Feio.
A bacia ocupa uma área total de aproximadamente 143.000 km², dos quais cerca de
60% encontra-se em território mineiro e o restante no estado de São Paulo. Em
relação à área em estudo (a montante da UHE Porto Colômbia), o rio Grande
possui uma área de drenagem de 77.427 km2.
O clima na região do Alto Rio Grande é tropical com chuvas de verão e estiagem no
inverno, com temperatura média anual de 20°C. A jusante da usina de Furnas, o
clima é mais quente e úmido, com temperatura média anual variando entre 23°C e
24°C.
O período mais quente do ano é dezembro-janeiro, quando a temperatura máxima
absoluta chega a atingir até 40°C. Os meses mais frios são junho e julho, quando
são registradas temperaturas mínimas absolutas próximas a 0°C.
A precipitação média anual na bacia do rio Grande varia em torno de 1.500mm,
exceto em algumas regiões da Serra da Mantiqueira, onde ultrapassa 3.000mm.
A região tem uma estação chuvosa no verão, estendendo-se de outubro a março,
quando ocorrem cerca de 80% do total precipitado sobre a bacia. A estação seca é
definida pelos meses de junho, julho e agosto, no inverno. Os meses de abril, maio
e setembro são considerados meses de transição entre as estações seca e
chuvosa.
No verão ocorrem chuvas intensas e altas temperaturas que são causadas
principalmente pelo aquecimento do ar durante o dia, disponibilidade de umidade na
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atmosfera, deslocamento de frentes frias e áreas de instabilidade e pela atuação da
Zona de Convergência do Atlântico Sul - ZCAS.
O trimestre mais chuvoso é formado pelos meses de dezembro, janeiro e fevereiro,
sendo que o mês mais chuvoso do ano oscila entre dezembro e janeiro.
Durante o inverno, somente o deslocamento de frentes frias ocasiona precipitação
na região, porém, neste período, elas contam com uma menor quantidade de
umidade disponível na atmosfera, o que acarreta em chuvas menos intensas.
A rede hidrográfica da bacia, estando sob influência das chuvas de verão, registra
maiores vazões nos meses de dezembro e janeiro.
A área em estudo, com 77.427 km2, representa 56% da bacia do rio Grande e
possui 10 aproveitamentos hidroelétricos em operação integrados ao SIN, sendo
estes Camargos, Itutinga, Funil, Furnas, Mascarenhas de Moraes, L.C.Barreto,
Jaguara, Igarapava, Volta Grande e Porto Colômbia.
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4 Metodologia Atual de Previsão de Vazões Semanais
Assim como na maioria das bacias do SIN, a metodologia atual de obtenção da
previsão de vazões semanais na bacia do rio Grande é realizada a partir da
utilização do sistema PREVIVAZ, sendo calculada, para alguns locais de
aproveitamentos na bacia (postos bases), sempre a previsão das vazões naturais
totais. Para os demais aproveitamentos (postos não base), as previsões de vazões
naturais totais são obtidas por regressões lineares, a partir das previsões realizadas
para um posto base próximo. Os postos base e as equações de regressão para o
cálculo da vazão prevista dos postos não base são definidos a partir do estudo da
série histórica de vazões de cada aproveitamento e das relações estatísticas entre
postos de uma determinada bacia. Os coeficientes das equações de regressão são
diferentes para cada mês do ano e são obtidos a partir das séries de vazões médias
mensais dos aproveitamentos hidroelétricos.
Como nos processos de programação da operação do SIN são necessárias séries
de vazões incrementais, as mesmas são calculadas por simples diferença entre as
vazões naturais totais previstas para os locais de aproveitamentos, conforme a
expressão a seguir:
( ) ∑∈
−=Montxmont
txmonttxtx QtotprevQtotprevQincprev ),(,),( (4.1)
onde:
Qincprev (x ; t) : vazão incremental prevista no aproveitamento x e no
instante/semana t (m3/s).
Qtotprev (x ; t) : vazão natural total prevista no aproveitamento x e no
instante/semana t (m3/s).
Qtotprev (xmon ; t) : vazão natural total prevista no aproveitamento xmon, pertencente
ao conjunto dos aproveitamentos situados imediatamente a montante do
aproveitamento x, e no instante/semana t (m3/s).
O processo de previsão de vazões naturais semanais no ONS é realizado, em
geral, às quartas-feiras, para o Programa Mensal de Operação – PMO, e às
quintas-feiras, para as revisões semanais do PMO. Nestes dias, os Agentes de
Geração de aproveitamentos definidos como base enviam previsões de vazões
naturais diárias dos próximos três ou dois, respectivamente, possibilitando ao ONS
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obter, a partir destas vazões previstas e das vazões naturais diárias verificadas até
o dia da previsão, a vazão semanal estimada da semana em curso (Q). Na figura
4.1 é possível observar este esquema para a previsão em uma quarta-feira.
Figura 4.1 – Esquema ilustrativo do processo de previsão de vazões
O sistema PREVIVAZ [CEPEL, 2004], desenvolvido pelo Centro de Pesquisas de
Energia Elétrica – CEPEL, possui um conjunto de modelos estocásticos univariados
para calcular previsões de vazões semanais para os aproveitamentos integrantes
do SIN, com um horizonte de até seis semanas à frente.
Este sistema é formado por 94 modelagens estocásticas que contemplam os
modelos auto-regressivos e de médias móveis, com estrutura estacionária ou
periódica, ou seja, os modelos AR(p) e PAR(p), com “p” de até ordem 4,
PARMA (p,1) e ARMA (p,1), com “p” de até ordem 3. As transformações podem ser
logarítmica, Box & Cox ou sem transformação [Guilhon, 2003]. Os métodos de
estimação de parâmetros se baseiam no método da máxima verossimilhança,
utilizando-se o método dos momentos, o método de regressão simples e o de
regressão em relação à origem das previsões.
O sistema PREVIVAZ funciona dividindo o histórico de vazões semanais em duas
metades, estimando, para cada uma das 52 semanas, os parâmetros de todos os
modelos estocásticos do sistema para a primeira metade do histórico e verificando o
valor do índice (raiz quadrada) do erro médio quadrático (RMSE) para a segunda
metade, conforme a equação 4.2, a seguir.
T
2)tobs,Q T
1t t prev,(Q∑=
− (4.2)
Onde:
Q
Q Q S S DTSS D Q Q S S DTS QTS
Semana Prevista
Observado Previsto
Qprev Dias da semana
Dia da PrevisãoSemana em curso
Próxima Semana Operativa
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Qprev,t – vazão prevista no instante t.
Qobs,t – vazão observada no instante t.
T – número total de semanas da metade do histórico considerada.
Em seguida, o sistema PREVIVAZ inverte, estimando os parâmetros de todos os
modelos estocásticos do sistema para cada uma das 52 semanas, utilizando a
segunda metade da série histórica, e verifica o erro médio quadrático para a
primeira metade. Ao final, calcula-se então a média dos erros médios quadráticos
das duas metades para todos os modelos e ordena-se de modo a escolher, dentre
as 94 opções de modelo, aquele que apresente o menor valor médio de erro médio
quadrático.
Após a escolha do modelo, o PREVIVAZ estima novamente os parâmetros,
considerando agora todas as semanas do histórico completo e passa a utilizar esse
modelo, com novos parâmetros estimados, para a previsão de vazões de cada
semana específica, utilizando a tendência hidrológica, isto é, os últimos valores de
vazões naturais semanais observados no histórico recente.
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5 O Modelo SMAP
5.1 Metodologia
O modelo SMAP (Soil Moisture Accounting Procedure) é um modelo conceitual de
simulação hidrológica, do tipo transformação chuva-vazão. Foi desenvolvido em
1981 por Lopes, J.E.G., Braga, B.P.F. e Conejo, J.G.L., apresentado no
International Symposium on Rainfall-Runoff Modeling realizado em Mississipi,
U.S.A. e publicado pela Water Resourses Publications [LOPES ET AL., 1982].
O modelo foi aplicado com sucesso em diversas bacias brasileiras e vem sendo
utilizado pelo ONS, desde janeiro de 2008, em combinação com o modelo
estocástico multivariado “MEL”, para a previsão de vazões uma semana à frente da
bacia incremental da UHE Itaipu, no rio Paraná [ONS/FCTH, 2005]. Além do bom
desempenho nesta bacia, tanto na fase de testes como na fase de
operacionalização, a escolha desse modelo para aplicação à bacia do alto/médio rio
Grande deve-se também aos seguintes aspectos:
- Facilidade de entendimento da metodologia e do funcionamento do modelo e de
seus parâmetros, o que permite a realização de alguns ajustes/aprimoramentos,
quando necessário.
- Facilidade na obtenção dos dados de entrada necessários e na aplicação para a
grande maioria das bacias do SIN.
O modelo SMAP, em sua versão original (figura 5.1), é constituído por três
reservatórios lineares hipotéticos representando: o reservatório do solo (Rsolo); o
reservatório da superfície (Rsup), correspondente ao escoamento superficial da
bacia; e o reservatório subterrâneo (Rsub), correspondente ao escoamento
subterrâneo da bacia (escoamento de base).
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Figura 5.1 – Esquema do modelo SMAP original (3 reservatórios)
Para bacias com significativas planícies de inundação, onde, em eventos de fortes
chuvas, são verificados importantes extravasamentos pelas margens e
amortecimentos nos picos das cheias, torna-se conveniente a inclusão de um
quarto reservatório linear para representar o armazenamento e o escoamento de
água nessas planícies. Na aplicação do modelo SMAP à bacia incremental de
Itaipu, na sub-bacia do rio Ivinhema (afluente da margem direita do rio Paraná), foi
necessária a consideração deste quarto reservatório, conforme ilustrado na figura
5.2. Para as demais sub-bacias daquele estudo, foi utilizado o esquema original do
modelo SMAP, apresentado na figura 5.1.
Q
Er P - Es Es
PEp
RsoloStr
Cap
c
Crec
Rsub
Kkt
Rsup
K2t
Ed
Eb
Rec
Er P - EsP - Es EsEs
PPEpEp
RsoloStr
Cap
c
Crec
Rsub
Kkt
Rsup
K2t
Ed
Eb
Rec
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Figura 5.2 – Esquema do modelo SMAP aplicado à sub-bacia do rio Ivinhema – Inc. Itaipu (4 reservatórios)
Para a aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande, constatou-se a
necessidade de inclusão do quarto reservatório nas sub-bacias dos rios Verde em
Porto dos Buenos e Sapucaí em Paraguaçu, afluentes da margem esquerda, a
montante da UHE Furnas.
Nestes estudos, foram realizadas algumas alterações em relação à utilização
tradicional do modelo SMAP. Uma destas alterações refere-se ao ajuste na
configuração do modelo para operação com quatro reservatórios, conforme pode
ser visto na figura 5.3.
Figura 5.3 – Esquema do modelo SMAP aplicado à bacia do rio Grande (4 reservatórios)
Rsub
Kkt
Rsolo
Str
Crec
Cap
c
Rec
Rsup2
Ed2K3t
Ed
RsupK1t
K2tH
Eb
Er P - Es
Es
PEp
Marg
RsubRsub
Kkt
Rsolo
Str
Crec
Cap
c
Rec
Rsup2
Ed2
Rsup2
Ed2K3t
Ed
RsupK1t
K2tH
Eb
ErEr P - EsP - Es
Es
PPEpEp
Marg
Qcalc
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A opção por esse ajuste justifica-se pelo fato que, para vazões relativamente
baixas, não há extravasamentos pelas margens e escoamento pelas planícies.
Outra vantagem da utilização deste esquema de quatro reservatórios é que, caso
queira-se inibir o funcionamento do quarto reservatório, basta fixar um valor
relativamente elevado para o parâmetro H. Dessa forma, pode-se utilizar o
esquema do modelo SMAP apresentado na figura 5.3 para qualquer sub-bacia.
As variáveis de estado de cada um dos quatro reservatórios são atualizadas a cada
instante de tempo, de acordo com o seguinte procedimento:
Rsolo(t) = Rsolo(t-1) + P(t) – Es(t) – Er(t) – Rec(t) (5.1)
Rsub(t) = Rsub(t-1) + Rec(t) – Eb(t) (5.2)
Rsup(t) = Rsup(t-1) + Es(t) – Marg(t) – Ed(t) (5.3)
Rsup2(t) = Rsup2(t-1) + Marg(t) – Ed2(t) (5.4)
Se Rsolo(t) ≤ Str ⇒ Rsolo(t) = Rsolo(t)
Se Rsolo(t) > Str ⇒ Rsup(t) = Rsup(t) + Rsolo(t) - Str ; (5.5)
⇒ Rsolo(t) = Str
onde:
Rsolo(t): reservatório do solo no instante de tempo t (mm).
Rsub(t) : reservatório subterrâneo no instante de tempo t (mm).
Rsup(t) : reservatório da superfície no instante de tempo t (mm).
Rsup2(t): reservatório da superfície/planície no instante de tempo t (mm).
P(t) : precipitação média na bacia, a ser considerada pelo modelo no instante de
tempo t (mm).
Es(t) : escoamento para o reservatório de superfície no instante de tempo t (mm).
Er(t) : evapotranspiração real no instante de tempo t (mm).
Rec(t) : recarga subterrânea no instante de tempo t (mm).
Eb(t) : escoamento básico, proveniente do reservatório subterrâneo, no instante
de tempo t (mm).
Marg(t) : extravasamento pelas margens no instante de tempo t (mm).
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Ed(t) : escoamento superficial, proveniente do reservatório da superfície, no
instante de tempo t (mm).
Ed2(t) : escoamento superficial, proveniente do reservatório da superfície/planície,
no instante de tempo t (mm).
Str : capacidade de saturação do solo (mm).
t : instante de tempo (no atual estudo: 1 dia).
O modelo SMAP com quatro reservatórios é composto de sete funções de
transferência, sendo que a separação do escoamento superficial é baseada no
método do SCS (Soil Conservation Service do United States Department of
Agriculture) [Soil Conservation Service, 1972]. Essas funções são as seguintes:
0Es Ai P Se
SAiP
Ai)(PEs
RsoloStrS Ai P Se 1.
(t)(t)
(t)
2(t)
(t)
1)(t(t)
=⇒≤
+−
−=
−=⇒> −
(5.6)
(t)(t)(t)(t)(t)(t)(t)(t)(t)(t)
(t)(t)(t)(t)(t)
Tu ))Es-(P-(Ep)Es- (PEr Ep )Es-(P Se
EpEr Ep )Es-(P Se 2.
×+=⇒≤
=⇒>
(5.7)
0Rec Str 100Capc Rsolo Se
Str100CapcRsoloTu
100CrecRec Str
100Capc Rsolo Se 3.
(t)1)(t
1)(t(t)(t)1)(t
=⇒≤
−=⇒>
×−
×−×××−
(5.8)
0Marg H Rsup Se
)0.5-(1H)-(RsupMarg H Rsup Se 4.
(t)1)-(t
K1t11)-(t(t)1)-(t
=⇒≤
=⇒> ×
(5.9)
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)0.5-(1RsupEd 5. K2t11)-(t(t) ×= (5.10)
)0.5-(1Rsup2Ed2 6. K3t11)-(t(t) ×= (5.11)
)0.5-(1RsubEb 7. Kkt11)-(t(t) ×= (5.12)
onde:
StrRsolo
Tu 1)(t(t)
−= (5.13)
Ai : abstração inicial (mm).
Ep(t) : evapotranspiração potencial (mm).
Tu(t) : teor de umidade do solo (adimensional).
Capc : capacidade de campo (%).
Crec : parâmetro de recarga subterrânea (%).
H : altura representativa para início de escoamento em planícies (mm).
K1t : constante de recessão do escoamento para planícies (dia).
K2t : constante de recessão do escoamento superficial (dia).
K3t : constante de recessão do escoamento da superfície/planícies (dia).
Kkt : constante de recessão do escoamento básico (dia).
O cálculo da vazão é dado pela equação:
86.4Ad)EbEd2(Ed
Qcalc ) t () t () t () t (
×++= (5.14)
onde:
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Qcalc(t) : vazão total calculada pelo modelo no instante de tempo t (m3/s).
Ad : área de drenagem da bacia considerada (km2).
As constantes de recessão - K1t, K2t, K3t e Kkt - são associadas à duração do
intervalo, medido em dias, no qual a vazão do correspondente reservatório cai à
metade de seu valor (não considerando nova recarga nesse período). O eventual
transbordo do reservatório do solo é transformado em escoamento superficial.
Os dados de entrada do modelo são os totais diários de chuva - P(t), os totais diários
de evapotranspiração potencial - Ep(t), e as vazões médias diárias observadas em
cada bacia considerada no estudo - Qobs(t).
O total diário de chuva - P(t), a ser considerado pelo modelo no instante de tempo t,
em cada bacia, é calculado a partir das seguintes expressões:
Pb(t) = P1(t) x ke1 + P2(t) x ke2 + P3(t) x ke3 + ........ + Pn(t) x ken (5.15)
P(t) = Pb(t - 3) x kt(-3) + Pb(t - 2) x kt(-2) + Pb(t - 1) x kt(-1) + Pb(t) x kt(0) + Pb(t + 1) x kt(+1) (5.16)
onde:
ke1 + ke2 + ke3 + ........ + ken = 1 (5.17)
kt(-3) + kt(-2) + kt(-1) + kt(0) + kt(+1) = 1 (5.18)
Pb(t) : precipitação média observada na bacia, no instante de tempo t (mm).
P1(t) ; P2(t) ; .. ; Pn(t) : precipitação observada em cada posto pluviométrico da bacia,
no instante de tempo t (mm).
ke1 ; ke2 ; .. ; ken : coeficientes de representação espacial de cada posto
pluviométrico, ou seja, o peso de cada posto no cálculo da precipitação média Pb(t)
observada na bacia.
kt(-3) ; kt(-2) ; .. ; kt(+1) : coeficientes de representação temporal, ou seja, os pesos
utilizados para o cálculo da precipitação média P(t) na bacia, a ser considerada pelo
modelo.
Os coeficientes de representação temporal foram utilizados para o cálculo da
precipitação média na bacia a ser considerada pelo modelo devido aos seguintes
aspectos:
- Em geral, as medidas de precipitação nos postos pluviométricos são realizadas às
7:00h, ou seja, a maior parte da precipitação ocorrida no dia t só é medida e
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computada no dia t+1. Dessa forma, principalmente em bacias com tempo de
concentração relativamente pequeno, a vazão média do dia t pode ser influenciada
pela precipitação medida no dia t+1.
- Em bacias com tempos de concentração maiores, pode haver uma defasagem
temporal entre os picos de precipitação e de vazão. Neste caso, modelos
concentrados ou mesmo semiconcentrados, como o SMAP, têm mais dificuldades
de reproduzir esta defasagem, caso a precipitação média observada na bacia no
instante de tempo t (Pb(t)) seja considerada integralmente como a precipitação a ser
utilizada pelo modelo no instante de tempo t (P(t)).
Os totais diários de evapotranspiração potencial - Ep(t), a serem utilizados para cada
trecho incremental, são obtidos a partir dos valores mensais de evapotranspiração
potencial estimados pelo modelo SISEVAPO [Müller, 2001], para o reservatório
localizado no exutório desse trecho incremental. Esse modelo é utilizado pelo ONS
para o cálculo da evaporação líquida de todos os reservatórios do SIN. A
formulação utilizada para o cálculo da evapotranspiração potencial - Ep(t) é a
seguinte:
Ep(t) = Epus.jus (t) x kep (5.19)
onde:
Epus.jus (t) : evapotranspiração potencial mensal fornecida pelo modelo SISEVAPO
[ONS, 2004] para a usina correspondente à bacia estudada ou, no caso de bacias
em locais de estações fluviométricas, para a usina imediatamente a jusante da
bacia (mm).
kep : coeficiente de ajuste da evapotranspiração potencial média da bacia.
Na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande, foram utilizadas
planilhas eletrônicas Excel. Para as etapas de calibração, validação e testes de
desempenho do modelo foram utilizados períodos e conjunto de dados de entrada
distintos.
5.2 Calibração e validação dos parâmetros
Para o modelo SMAP aplicado à bacia do alto/médio rio Grande, os parâmetros
calibrados, para cada sub-bacia estudada, foram os seguintes:
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Ai : abstração inicial (mm).
Str : capacidade de saturação do solo (mm).
Capc : capacidade de campo (%).
Crec : parâmetro de recarga subterrânea (%).
K2t : constante de recessão do escoamento superficial (dia).
Kkt : constante de recessão do escoamento básico (dia).
H : altura representativa para início de escoamento em planícies (mm).
K1t : constante de recessão do escoamento para planícies (dia).
K3t : constante de recessão do escoamento da superfície/planícies (dia).
ke1 ; ke2 ; .. ; ken : coeficientes de representação espacial de cada posto
pluviométrico.
kt(-3) ; kt(-2) ; .. ; kt(+1) : coeficientes de representação temporal.
kep : coeficiente de ajuste da evapotranspiração potencial média da sub-bacia.
Vale ressaltar que os seis primeiros parâmetros (Ai ; Str ; Capc ; Crec ; K2t e Kkt)
são os mesmos a calibrar quando se utiliza a versão original do modelo SMAP com
três reservatórios. Os três parâmetros seguintes (H ; K1t e K3t) são decorrentes da
incorporação do quarto reservatório, que representa o eventual extravasamento
pelas margens e escoamento pelas planícies de inundação. Os coeficientes ke ; kt e
kep devem ser calibrados com vistas a uma melhor representatividade dos dados
de precipitação média da sub-bacia - P(t) e de evapotranspiração potencial média da
sub-bacia - Ep(t) , a serem utilizados pelo modelo.
Neste estudo, assim como no estudo anterior, realizado para a bacia incremental da
UHE Itaipu, optou-se por fixar o valor da abstração inicial – Ai em 2,0mm.
As faixas adotadas para possíveis variações dos demais parâmetros, obtidas, em
geral, a partir da aplicação do modelo SMAP em bacias de diversas regiões
brasileiras, são apresentadas na tabela 5.1.
O valor mínimo do parâmetro H (altura representativa para início de escoamento em
planícies) deve ser estimado com base nos resultados preliminares da calibração e
na experiência do hidrólogo na sub-bacia. Sugere-se, nas primeiras iterações da
calibração, fixar um valor elevado para esse parâmetro (200,00 por exemplo), que
iniba o funcionamento do quarto reservatório (ver figura 5.3). Caso os resultados da
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calibração indiquem a existência de significativos amortecimentos em eventos de
grandes cheias ou uma distribuição irregular dos coeficientes de representação
temporal - kt, com valor de kt(-3) e/ou kt(-2) relativamente alto, é conveniente a
ativação do quarto reservatório. Nestes casos, o valor mínimo de H deverá ser
fixado acima dos valores máximos da variável de estado Rsup obtidos na calibração
de eventos/períodos com cheias pequenas e médias. Não há valor máximo para o
parâmetro H.
Os valores mínimos e máximos dos coeficientes de representação espacial das
estações pluviométricas – ke dependem da quantidade de estações existentes na
sub-bacia e em sua proximidade, bem como na localização e situação relativa de
cada estação.
Tabela 5.1 – Faixas de variação dos parâmetros do modelo
Para iniciar a calibração, é necessário fornecer valores iniciais para as variáveis de
estado do modelo, ou seja, valores de Rsolo(0), Rsub(0), Rsup(0) e Rsup2(0). Estes
valores são calculados pelas seguintes expressões:
Str 100Tuin Rsolo (0) ×= (5.20)
4,68 Ad )0,5 - (1
Ebin Rsub Kkt) / (1(0) ××
= (5.21)
Parâmetro Valor Mínimo
Valor Máximo
Str 50 mm 2.000 mmCapc 30% 50%Crec 0% 100%
H variável -K1t 0,2 dia 10,0 diaK2t 0,2 dia 10,0 diaK3t 10,0 dia 60,0 diaKkt 30,0 dia 180,0 dia
ke1 ; ke2 ;..; ken variável variávelkt(-3) ; kt(-2) ;..; kt(+1) 0 1
kep 0,8 1,2
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4,68 Ad )0,5 - (1
Supin Rsup K2t) / (1(0) ××
= (5.22)
4,68 Ad )0,5 - (1
Sup2in Rsup2 K3t) / (1(0) ××
= (5.23)
onde:
Tuin : teor de umidade inicial do solo (%).
Ebin : vazão básica inicial (m3/s).
Supin : vazão superficial inicial, proveniente do reservatório da superfície (m3/s).
Sup2in: vazão superficial inicial, proveniente do reservatório da superfície/planície
(m3/s).
A correta estimativa dos valores de Tuin, Ebin, Supin e Sup2in é importante para o
bom desempenho do modelo. Para isso, deve-se sempre iniciar o período de
calibração no meio para o final do período seco do ano, com valores baixos de
umidade do solo e de vazão superficial. Dessa forma, a vazão básica inicial (Ebin)
deverá ser próxima da vazão observada inicial (Qobs(o)). Para a estimativa do valor
de Supin, deve-se verificar a quantidade de chuva ocorrida nos dias anteriores. O
valor de Sup2in, em geral, é nulo.
Para calibração dos parâmetros de cada sub-bacia, utilizou-se a rotina solver da
planilha eletrônica Excel, de forma semi-automática e iterativa, ajustando-se, a cada
passo, um dos parâmetros listados na tabela 5.1. A função objetivo adotada foi a
maximização do valor da seguinte expressão:
SomaCoef = Cef + Cer (5.24)
onde:
)Qobs - (Qobs
)Qcalc - (Qobs - )Qobs - (Qobs Cef 2
(t)
2 (t) (t)
2 (t)
∑∑∑= (5.25)
n
Qobs)Qobs - (Qcalc abs
- 1 Cer
n
1t (t)
(t)(t)∑== (5.26)
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Cef : coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe [Nash, 1970].
Cer : coeficiente de erro relativo.
Qobs : vazão média observada no período considerado (m3/s).
O coeficiente de eficiência - Cef apresenta valores sempre inferiores à unidade,
podendo variar na faixa de valores compreendidos entre −∞ e 1. Valores elevados
do coeficiente de eficiência (próximos à unidade) indicam elevada associação entre
os dados observados e calculados, representando um bom ajuste do modelo aos
dados de campo. A obtenção de um coeficiente de eficiência igual à unidade
representaria o ajuste perfeito (ou seja, a coincidência perfeita) entre as vazões
observadas e calculadas. Devido à sua formulação, o coeficiente de eficiência é
mais sensível aos desvios nas vazões mais elevadas.
O coeficiente de erro relativo - Cer também apresenta valores sempre inferiores à
unidade, podendo variar na faixa de valores compreendidos entre −∞ e 1. Da
mesma forma, a obtenção de um coeficiente de eficiência igual à unidade
representaria o ajuste perfeito entre as vazões observadas e calculadas. Devido à
sua formulação, o coeficiente de eficiência é mais sensível aos desvios nas vazões
mais baixas.
Como SomaCoef é a soma dos dois coeficientes, o mesmo pode variar
entre −∞ e 2, sendo que a obtenção de uma soma igual a 2 representaria o ajuste
perfeito entre as vazões observadas e calculadas. Devido à sua formulação, este
coeficiente, utilizado na função objetivo para calibração automática do modelo, é
sensível aos desvios em todo o período do ano, tanto nas vazões mais baixas,
quanto nas vazões mais elevadas.
Para a etapa de calibração dos parâmetros do modelo, são selecionados de dois a
cinco períodos distintos de 365 dias, procurando situações hidrológicas
diversificadas na bacia, ou seja, períodos com cheia anual baixa, média e alta.
Uma vez calibrados os parâmetros, passa-se à etapa de validação dos mesmos,
selecionando de dois a cinco períodos distintos de 365 dias, diferentes dos usados
na etapa de calibração. Os parâmetros Ai ; Str ; Capc ; Crec ; H ; k1t ; K2t ; K3t ; Kkt
e os valores dos coeficientes kt, mais relacionados às características físicas da
bacia, são os mesmos obtidos na etapa de calibração. Os valores dos coeficientes
de distribuição espacial - ke, e o coeficiente de ajuste da evapotranspiração
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potencial média da bacia - kep, mais relacionados à representatividade dos dados
de entrada do modelo, são redefinidos para cada período.
Nas duas etapas (calibração e validação) procurou-se trabalhar com uma rede de
estações pluviométricas mais densa possível, sem distinção entre estações
telemétricas e estações convencionais. O objetivo é assegurar uma maior
distribuição espacial nos valores de precipitação observada na bacia, permitindo a
obtenção de parâmetros do modelo mais representativos possíveis.
5.3 Testes de desempenho do modelo
5.3.1 Introdução
A etapa de testes de desempenho do modelo é realizada com a seleção de
períodos distintos dos utilizados nas etapas anteriores. O objetivo é a verificação do
desempenho do modelo em situações semelhantes às que ocorrerão na fase de
operacionalização do mesmo (operação em tempo real), com uma rede de estações
pluviométricas de menor densidade (só as que disponibilizam dados diariamente)
do que a utilizada na calibração e validação, bem como com a incorporação das
previsões de precipitação para dez dias à frente (de forma diferente das etapas de
calibração e validação, onde foram utilizados apenas valores observados de
precipitação).
Vale ressaltar as principais características destes testes:
- Simula-se a previsão de vazão uma semana à frente, que é realizada para a
elaboração do Programa Mensal de Operação (PMO) e suas revisões semanais.
- Os parâmetros do modelo são os obtidos nas etapas de calibração e validação.
- Os dados de entrada do modelo são: os valores observados de precipitação nas
estações pluviométricas que disponibilizam dados diários por meio de satélite, rádio,
telefonia etc.; os valores estimados de evapotranspiração potencial fornecida pelo
modelo SISEVAPO; e as previsões de precipitação dos dias seguintes ao da
previsão.
- Utilizam-se as vazões observadas dos últimos 31 dias e são realizadas previsões
de vazões do dia e dos dias seguintes ao dia da previsão. A vazão prevista para a
próxima semana operativa é calculada a partir da média das vazões diárias
previstas para os dias correspondentes.
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5.3.2 Métodos de reinicialização do modelo
O modelo SMAP opera de forma contínua no tempo. A cada intervalo de tempo, há
incorporação de precipitação média na bacia, contabilização de perdas por
evaporação, liberação de escoamentos e atualização do nível d’água em cada um
dos quatro reservatórios. Após algum tempo de uso, é normal a ocorrência de
desvios entre o hidrograma de vazões observadas e o hidrograma de vazões
calculadas pelo modelo. Em relação às vazões calculadas, esses desvios, em geral,
são devidos aos seguintes fatores:
- Erro ou falha nos dados observados de precipitação.
- Não representatividade ou baixa densidade da rede de estações pluviométricas
considerada na etapa de testes/operacionalização.
- Não representatividade dos dados de evapotranspiração potencial.
- Deficiência dos parâmetros do modelo obtidos nas etapas de calibração/validação.
- Deficiência nas formulações básicas do modelo.
Caso esses desvios não sejam corrigidos, ou seja, caso não haja um ajuste
razoável entre o hidrograma de vazões observadas e o hidrograma de vazões
calculadas pelo modelo em um período significativo de dias anteriores ao dia da
previsão, a qualidade das vazões previstas poderá ser comprometida. Este ajuste
pode ser obtido a partir da reinicialização do modelo com a aplicação de dois
métodos: o ajuste das variáveis de estado iniciais do modelo; e o ajuste dos valores
da precipitação observada a serem considerados pelo modelo (“chuva perfeita”).
O primeiro método baseia-se no emprego de um algoritmo de otimização para o
cálculo das variáveis de estado - Rsub, Rsup e Rsup2 (níveis de três reservatórios
lineares considerados no modelo), no início do período de 31 dias anteriores ao dia
da previsão, com vistas à minimização dos desvios entre os hidrogramas observado
e calculado neste período.
O segundo método (“chuva perfeita”), utilizado com sucesso nas bacias
incrementais da UHE Lajeado [de Jesus, 2001] e da UHE Itaipu [ONS/FCTH, 2006],
consiste no uso do modelo de forma reversa, calculando-se, por meio de um
algoritmo de otimização, os valores da precipitação observada - P*(t) a serem
considerados pelo modelo, também com vistas à minimização dos desvios entre os
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hidrogramas observado e calculado no período de 31 dias anteriores ao dia da
previsão.
Os dois métodos, de certa forma, atuam no ajuste da precipitação observada. No
primeiro método, ao ajustar os níveis d’água dos reservatórios lineares do modelo
no início do período de 31 dias anteriores ao dia da previsão, altera-se, de forma
indireta, a precipitação ocorrida antes deste período. No segundo método, de forma
direta, ajusta-se a precipitação observada a ser considerada pelo modelo, ao longo
de todo o período de 31 dias anteriores ao dia da previsão.
Nos dois métodos, é conveniente impor limites mínimos e máximos, tanto no ajuste
das variáveis de estado iniciais, como no ajuste dos valores de precipitação a serem
considerados no modelo, fixando-se percentuais mínimos e máximos a serem
aplicados, respectivamente, nas variáveis de estado calculadas quando da
simulação da semana anterior ao dia da previsão e nas chuvas médias na bacia
calculadas com base nas estações consideradas na etapa de
testes/operacionalização.
Neste estudo, optou-se pela utilização concomitante dos dois métodos, já que o
desempenho de ajuste das variáveis de estado é melhor no período de chuvas
fracas ou nulas e o desempenho do método de ajuste das chuvas médias a serem
consideradas no modelo é melhor no período de chuvas médias e fortes. O
algoritmo de otimização é semelhante ao utilizado na etapa de calibração, com o
uso da função objetivo que procura a maximização da expressão 5.24. Com relação
aos limites mínimos e máximos dos ajustes, foi proposta a utilização de valores
baseados nas seguintes expressões:
0,8 Eb(t) ≤ Ebin ≤ 1,2 Eb(t) e 0,5 P(t) ≤ P*(t) ≤ 2,0 P(t) (5.27)
onde:
Ebin : vazão básica inicial, no começo do período de 31 dias anteriores ao dia
da previsão (m3/s).
Eb(t) : vazão básica calculada pelo modelo na simulação semanal anterior,
correspondente ao dia relativo a Ebin (m3/s).
P*(t) : precipitação a ser considerada pelo modelo na etapa de
testes/operacionalização (mm).
P(t) : precipitação média na bacia, definida conforme equações (5.15) e (5.16),
com os valores de ke e kt obtidos nas etapas de calibração/validação e com a rede
de estações pluviométricas disponíveis na etapa de testes/operacionalização.
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5.3.3 Variáveis e índices para análise do desempenho
Devido à maior disponibilidade de dados de previsão de precipitação com início na
quarta-feira, todas as simulações de desempenho do modelo foram realizadas
sempre iniciando neste dia da semana. Para a análise dos resultados dos testes,
foram calculadas as vazões médias observadas e previstas para o fechamento da
semana operativa em curso e, principalmente, para a próxima semana operativa. As
expressões utilizadas foram as seguintes:
3
Qobs Qobs Qobs Qobs d3ºd2ºd1º3d
++= (5.28)
3
Qpre Qpre Qpre Qpre d3ºd2ºd1º3d
++= (5.29)
7
Qobs Qobs Qobs Qobs Qobs Qobs Qobs Qobs d10ºd9ºd8ºd7ºd6ºd5ºd4ºs1º
++++++=
(5.30)
7
Qpre Qpre Qpre Qpre Qpre Qpre Qpre Qpre d10ºd9ºd8ºd7ºd6ºd5ºd4ºs1º
++++++=
(5.31)
onde:
Qobs 3d : vazão média observada nos próximos três dias, para fechamento da
semana em curso. No caso do estudo, quarta, quinta e sexta-feira (m3/s).
Qpre 3d : vazão média prevista (calculada pelo modelo) para os próximos três dias,
para fechamento da semana em curso (m3/s).
Qobs iºd : vazão média observada no “i-ésimo” dia do período de previsão (m3/s).
Qpre iºd : vazão média prevista para o “i-ésimo” dia do período de previsão (m3/s).
O índice estatístico MAPE foi utilizado neste estudo para avaliação do desempenho
do modelo e para posterior comparação com o desempenho da metodologia atual.
Este índice foi obtido a partir da seguinte expressão:
n
Qobs100 )Qobs - (Qpre abs
n
1i (t)
(t)(t)∑=
×
=MAPE (5.32)
onde:
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MAPE : média dos valores absolutos percentuais dos erros (%).
abs(x) : valor absoluto de x.
Qpre(t) : vazão média prevista no período considerado (m3/s).
Qobs(t) : vazão média observada no período considerado (m3/s).
n : número de testes realizados.
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6 Aplicação do Modelo SMAP à Bacia do Alto/Médio Rio Grande
6.1 Configuração das sub-bacias
O trecho do estudo, denominado como alto/médio rio Grande, corresponde à bacia
do rio Grande até o aproveitamento de Porto Colômbia, com 77.427km2. Conforme
mencionado no item 3, existem dez aproveitamentos em operação neste trecho
(Camargos, Itutinga, Funil, Furnas, Mascarenhas de Moraes, L.C.Barreto, Jaguara,
Igarapava, Volta Grande e Porto Colômbia). Para aplicação do modelo, optou-se
pela previsão direta das vazões apenas para os aproveitamentos de Camargos,
Funil, Furnas e Porto Colômbia. Os demais aproveitamentos deverão ter suas
vazões previstas calculadas com base em regressão linear, obtida a partir dos
valores previstos para estes quatro locais, conforme descrito no item 9.
Algumas estações fluviométricas existentes na bacia foram consideradas como
pontos de cálculo do modelo, devido à importância de suas localizações e de suas
áreas de controle. Estas estações foram a do rio Verde em Porto dos Buenos e a do
rio Sapucaí em Paraguaçu, situadas na bacia incremental entre as UHEs Furnas e
Funil, bem como a do rio Sapucaí Paulista em Fazenda Capão Escuro, localizada
na bacia incremental entre as UHEs Porto Colômbia e Furnas. A tabela 6.1 e a
figura 6.1 mostram, respectivamente, as principais características e a localização
das sub-bacias selecionadas para a aplicação do modelo.
Tabela 6.1 – Principais características das sub-bacias
Sub-bacia Área Incremental Rio Área
(km2) % do total
1 - Camargos UHE Camargos Grande 6.279 8,1 2 - Funil UHE Funil / UHE Camargos Grande 9.491 12,3 3 - Porto dos Buenos Porto dos Buenos Verde 6.366 8,2 4 - Paraguaçu Paraguaçu Sapucaí 9.501 12,3 5 - Furnas UHE Furnas / UHE Funil; Porto
dos Buenos; Paraguaçu Grande 20.501 26,5
6 - Fazenda Capão Escuro Fazenda Capão Escuro Sapucaí Paulista
5.906 7,6
7 - Porto Colômbia UHE Porto Colômbia / UHE Furnas; Fazenda Capão Escuro
Grande 19.383 25,0
Total 77.427 100,0
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Figura 6.1 – Localização das sub-bacias
-48.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6
-48.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6
-22.8
-22.6
-22.4
-22.2
-22
-21.8
-21.6
-21.4
-21.2
-21
-20.8
-20.6
-20.4
-20.2
-20
-19.8
-19.6
-19.4
-22.8
-22.6
-22.4
-22.2
-22
-21.8
-21.6
-21.4
-21.2
-21
-20.8
-20.6
-20.4
-20.2
-20
-19.8
-19.6
-19.4
0200
4006008001000120014001600180020002200
1
2
3 4
5 6
7
Porto Colômbia
Fazenda
Capão Escuro
Furnas
Funil Camargos
Porto dos Buenos Paraguaçu
Altitude (m)
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6.2 Dados básicos
6.2.1 Estações e dados fluviométricos
A tabela 6.2 apresenta as estações fluviométricas utilizadas nos estudos.
Tabela 6.2 – Estações fluviométricas utilizadas nos estudos
Código Estação Rio Área de Drenagem
(km²)
Operadora
61012001 Madre de Deus de Minas Grande 2.097 Cemig 61060001 Fazenda Laranjeiras Aiuruoca 2.102 Cemig 61425000 Paraguaçu Sapucaí 9.501 Furnas 61537000 Porto dos Buenos Verde 6.366 Furnas 61787000 Fazenda Capão Escuro Sapucaí Paulista 5.906 Furnas 61795000 Conceição das Alagoas Uberaba 1.984 Furnas
As principais estações fluviométricas foram as três citadas anteriormente, ou seja,
Paraguaçu, Porto dos Buenos e Fazenda Capão Escuro. As demais estações foram
utilizadas no tratamento das vazões incrementais (item 6.2.4).
6.2.2 Estações e dados pluviométricos
Com vistas às etapas de calibração e validação dos parâmetros do modelo SMAP,
trabalhou-se com uma rede de estações pluviométricas mais densa possível. Desta
forma, com base no período de dados a ser utilizado nos estudos (1995 a 2007), foi
realizada uma ampla pesquisa de estações existentes na bacia e, posteriormente,
uma coleta de dados junto à CEMIG, FURNAS e ANA (por meio da HIDROWEB),
além dos dados já disponíveis na Base de Dados Técnica – BDT do ONS. As
estações pluviométricas selecionadas para o estudo estão apresentadas na figura
6.2 e relacionadas em tabela constante do anexo 1. Nessa tabela, são ainda
informadas as estações que possuem seus dados disponibilizados diariamente
(tempo real) e aquelas que foram utilizadas nas etapas de calibração/validação dos
parâmetros e de testes de desempenho do modelo.
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Figura 6.2 – Localização das estações pluviométricas
-48.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6
-48.8 -48.6 -48.4 -48.2 -48 -47.8 -47.6 -47.4 -47.2 -47 -46.8 -46.6 -46.4 -46.2 -46 -45.8 -45.6 -45.4 -45.2 -45 -44.8 -44.6 -44.4 -44.2 -44 -43.8 -43.6
-22.8
-22.6
-22.4
-22.2
-22
-21.8
-21.6
-21.4
-21.2
-21
-20.8
-20.6
-20.4
-20.2
-20
-19.8
-19.6
-19.4
-22.8
-22.6
-22.4
-22.2
-22
-21.8
-21.6
-21.4
-21.2
-21
-20.8
-20.6
-20.4
-20.2
-20
-19.8
-19.6
-19.4
Aiuruoca
Alagoa
AndrelândiaB.Jardim
Carvalhos
Faz.Laranjeiras
Faz.Paraíba
M. de Deus
Pte Costa
S.Vicente
Santana do Garembeu
SE Itutinga
SE Liberdade
Barroso
Bom Sucesso
Campolide
Carandaí
Carrancas
Cruzília
Ibertioga
Ibituruna
Itumirim
Luminárias
Porto do ElvasPorto Tiradentes
Resende CostaSão Tiago
SE BarbacenaUHE Itutinga Usina Barbacena
Usina São João del Rei
Vila Rio das Mortes
BaependiCaxambu
Conceição Do Rio Verde
Cristina
Fazenda CachoeiraFazenda Juca Casimiro
Itanhandu
Palmela Dos Coelhos
Porto Dos Buenos
Pouso Alto
Três Corações
Usina Congonhal
Usina Do Chicão
Virginia
Bairro do Analdino
Bairro Santa CruzBrasópolis
Cambuí (Csme)
Careaçu
Conceição dos Ouros
Fazenda da Guarda (Parque)
Maria da Fé
Monsenhor Paulo
Ponte do Rodrigues
Santa Rita do Sapucaí
São João de Itajubá
Sapucaí-Mirim
SE Pouso Alegre
Silvianópolis
UHE São Bernardo
UHE Xicão
Vargem do Cervo
Alfenas
Boa Esperança
Campos Gerais
Candéias
Carmo da Cachoeira
Carmo do Rio Claro
Coqueiral
Fama
Formiga
Guapé
Ilicínea
Juréia
Paraguaçu
Ponte Fernão Dias
Santana do Jacaré
SE Pimenta
Três Pontas
UHE Furnas
UHE Poço Fundo
Usina Couro do Cervo
Usina Nepumoceno
AntinópolisBrodosqui Cobiça
Fazenda Boa Sorte
Fazenda Carvalhais
Fazenda Santa Cecília
Fazenda Santo Antônio II
Franca
Ipuã
Bom Jesus da Penha
Conceição das Alagoas Conquista
Delfinópolis
Desemboque
Fazenda Poço Bonito
Fazenda São Domingos
Fazenda Sassafras
GuaranésiaGuaxupé
Itaú de Minas
Ituverava
Lagoa
Ponte Joaquim Justino
SE Jaguara
UHE Luiz Carlos Barreto (Estreito)
UHE Masc. de Moraes
UHE Porto Colômbia
UHE Volta Grande Usina Junqueira
Usina Santana
Veríssimo
Zelândia
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As falhas existentes no período de estudos foram preenchidas com dados
observados em estações próximas. Em geral, foram selecionadas apenas estações
cujas falhas existentes não fossem superior a 25% do período total do estudo (1995
a 2007). A análise de consistência dos dados pluviométricos foi realizada tanto em
nível diário, por meio de Análise de Agrupamento (clusters) e Componentes
Principais (ACP) [Han, 2000], técnicas já apresentadas e aplicadas em trabalhos
anteriores desenvolvidos pelo ONS, quanto em nível médio anual, por meio de
comparação entre estações e com base na topografia da área da bacia. Entre as
estações selecionadas para o estudo, não foi identificada qualquer inconsistência
significativa. Em poucas estações, dados inconsistentes em curtos períodos foram
também substituídos por dados de estações próximas.
Vale ressaltar que algumas estações cujos dados são disponibilizados diariamente
foram implantadas após 1995 e, por isso, não têm históricos completos em todo o
período utilizado nos estudos. Nesses casos, na etapa de testes de desempenho do
modelo, foram utilizados dados de uma estação convencional mais próxima.
6.2.3 Previsões de precipitação
A previsão de precipitação diária utilizada nos estudos foi realizada pelo modelo
numérico de previsão de tempo ETA [Black T.L., 1994], no Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC. Os pontos de grade utilizados do modelo
ETA têm resolução espacial 40 x 40 km e a chuva média em cada sub-bacia foi
calculada a partir de média aritmética.
A precipitação prevista utilizada foi sempre para o intervalo de 10 dias à frente, no
período de 1996 a 2003, com previsões efetuadas sempre com início às quartas-
feiras.
A tabela 6.3 apresenta a comparação entre os valores de precipitação média anual
prevista e de precipitação média anual observada, bem como a relação entre os
mesmos, em cada uma das sete sub-bacias consideradas pelo modelo. Verifica-se,
em todas as sub-bacias, uma tendência de superestimativa dos valores de
precipitação prevista, principalmente em sub-bacias que possuem desníveis mais
acentuados em suas cabeceiras. A topografia mais elevada e irregular justifica os
valores maiores da relação Pprev/Pobs nas sub-bacias 3 - Porto dos Buenos,
4 - Paraguaçu, 1 - Camargos e 2 - Funil e os valores menores nas sub-bacias
6 - Fazenda Capão Escuro e 7 - Porto Colômbia. Contudo, na mesma tabela 6.3, o
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alto valor observado para esta relação para a sub-bacia 5 - Furnas (1,51) não pode
ser justificado pela topografia e sua causa deve ser investigada em conjunto com a
equipe técnica do CPTEC.
Tabela 6.3 – Precipitação média anual prevista e observada em cada sub-bacia - Período 1996/2003
Pela figura 6.3, elaborada com os dados de precipitação total média observada e
prevista nos nove primeiros dias de cada previsão para a sub-bacia 1 - Camargos,
percebe-se que a precipitação prevista pelo modelo ETA tem um comportamento
semelhante à observada, alterando apenas a magnitude, o que indica que o modelo
foi capaz de determinar os fenômenos meteorológicos que ocorrem na bacia, porém
possui uma tendência (viés) a superestimar os totais previstos.
Pprev/PobsObservada Prevista
1 - Camargos 1.434,6 1.820,3 1,272 - Funil 1.400,4 1.774,8 1,273 - Porto dos Buenos 1.499,5 2.154,4 1,444 - Paraguaçu 1.435,6 1.838,3 1,285 - Furnas 1.333,9 2.013,3 1,516 - Fazenda Capão Escuro 1.532,1 1.716,6 1,127 - Porto Colômbia 1.476,6 1.614,8 1,09
Sub-baciaPrecipitação
Média Anual (mm)
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Figura 6.3 – Precipitação total média observada e prevista no período 1996/2003 na sub-bacia 1- Camargos
Para a sub-bacia 1 - Camargos, essa tendência se apresenta ao longo de todo o
ano. Já para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia, conforme apresentado na figura 6.4,
apenas no período agosto/novembro esta característica de superestimativa é mais
marcante.
Figura 6.4 – Precipitação total média observada e prevista no per. 1996/2003 na sub-bacia 7 - Porto Colômbia
CAMARGOS
0
20
40
60
80
100
120
1404/
811
/818
/825
/8 1/9
8/9
15/9
22/9
29/9
6/10
13/1
020
/10
27/1
03/
1110
/11
17/1
124
/11
1/12
8/12
15/1
222
/12
29/1
25/
112
/119
/126
/1 2/2
9/2
16/2
23/2 2/3
9/3
16/3
23/3
30/3 6/4
13/4
20/4
27/4 4/5
11/5
18/5
25/5 1/6
8/6
15/6
22/6
29/6 6/7
13/7
20/7
27/7
Prec
ipita
ção
Acu
mul
ada
9 di
as (m
m)
ObservadasMédia Móvel 7PrevistasMédia Móvel 7
Agosto a Novembro Dezembro e Janeiro Fevereiro e Março
Abril a Julho
PORTO COLÔMBIA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
4/8
11/8
18/8
25/8 1/9
8/9
15/9
22/9
29/9
6/10
13/1
020
/10
27/1
03/
1110
/11
17/1
124
/11
1/12
8/12
15/1
222
/12
29/1
25/
112
/119
/126
/1 2/2
9/2
16/2
23/2 2/3
9/3
16/3
23/3
30/3 6/4
13/4
20/4
27/4 4/5
11/5
18/5
25/5 1/6
8/6
15/6
22/6
29/6 6/7
13/7
20/7
27/7
Prec
ipita
ção
Acu
mul
ada
9 di
as (m
m)
ObservadasMédia Móvel 7PrevistasMédia Móvel 7
Agosto a Novembro Dezembro e Janeiro Fevereiro e Março
Abril a Julho
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Com vistas à identificação e remoção deste viés, foram realizados estudos para
cada uma das sete sub-bacias consideradas no modelo. Para isso, foram adotadas
as seguintes premissas:
- Os estudos devem considerar o total de precipitação prevista acumulada no
período e não apenas seus valores diários. Esta decisão justifica-se pelo fato de
que o modelo ETA, de forma geral, consegue prever, com razoável qualidade, a
ocorrência ou não de chuvas nos próximos dias, porém, além da tendência a
superestimar os totais, em diversas vezes há uma defasagem entre a previsão e a
observação dos dias de chuva com maior intensidade. Um estudo com uso apenas
dos dados diários (valores previstos e observados no primeiro dia; idem para o
segundo dia etc.) tenderia a mostrar uma grande dispersão entre os valores
previstos e observados, prejudicando a análise, a identificação dessa defasagem e
a remoção do viés das previsões. Neste estudo, consideraram-se os totais
observados e previstos nos primeiros nove dias, já que a precipitação do décimo
dia, pelos testes efetuados com o uso do modelo, não apresentou influência
significativa na vazão da próxima semana operativa.
- Devem-se considerar períodos distintos do ano na identificação e remoção do
viés, já que o viés e os sistemas meteorológicos que ocasionam precipitação não
têm o mesmo padrão ao longo dos meses.
Tendo em vista as análises das características climáticas da região e a
uniformização desses períodos nas sete sub-bacias consideradas, foram adotados
quatro períodos distintos para identificação e remoção do viés: agosto a novembro;
dezembro e janeiro; fevereiro e março; e abril a julho.
A metodologia utilizada para a identificação e remoção do viés das previsões de
precipitação, para cada uma das sete sub-bacias e cada um dos quatro períodos,
foi a seguinte:
- Obtenção dos totais de precipitação observada e prevista nos primeiros nove dias
de cada previsão realizada no período 1996/2003.
- Elaboração de curvas de permanência de precipitação observada e de
precipitação prevista, como os exemplos das figuras 6.5 a 6.8, relativas à sub-bacia
1 - Camargos.
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- Elaboração de gráficos de precipitação prevista versus precipitação observada,
plotando-se pontos de mesma freqüência da curva de permanência, como os
exemplos das figuras 6.9 a 6.12, relativas à sub-bacia 1 - Camargos.
- Ajuste de uma equação do segundo grau aos pontos do gráfico precipitação
prevista VS precipitação observada, passando pela origem e limitado aos valores de
precipitação prevista maiores do que a precipitação observada. Nestes estudos,
optou-se pelo não cruzamento da reta de 45º, ou seja, evita-se que o valor
considerado como previsto seja maior do que o valor previsto fornecido diretamente
pelo modelo.
- Cálculo da precipitação diária prevista com remoção de viés para os dez dias de
previsão, por meio da seguinte expressão:
9dias ETA
9dias(t)ETA(t) Ptot
PtotpreP Ppre ×= (6.1)
onde:
( ) ( )9dias ETA
2 9dias ETA9dias PtotbPtot a Ptotpre ×+×= (6.2)
Ppre (t) : precipitação diária prevista com remoção de viés, para cada um dos dez
dias de previsão (mm).
PETA (t) : precipitação diária prevista pelo modelo ETA, para cada um dos dez dias
de previsão (mm).
Ptotpre 9dias : precipitação total prevista com remoção de viés, acumulada para os
nove primeiros dias de previsão (mm).
Ptot ETA 9dias: precipitação total prevista pelo modelo ETA, acumulada para os nove
primeiros dias de previsão (mm).
a e b : constantes da equação do segundo grau obtida para remoção de viés, em
cada sub-bacia e em cada período considerado.
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Figura 6.5 – Curvas de permanência de precipitação - Período agosto/novembro - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 6.6 – Curvas de permanência de precipitação total - Período dezembro/janeiro - Sub-bacia 1 - Camargos
CAMARGOS - Período Agosto/Novembro
0
50
100
150
200
250
300
1% 7% 13% 18% 24% 30% 36% 42% 48% 54% 60% 65% 71% 77% 83% 89% 95%
Prec
ipita
ção
Tota
l 9 d
ias
(mm
)
Prevista
Observada
CAMARGOS - Período Dezembro/Janeiro
0
50
100
150
200
250
1% 13% 24% 35% 46% 57% 68% 79% 90%
Pre
cipi
taçã
o To
tal 9
dia
s (m
m)
Prevista
Observada
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Figura 6.7 – Curvas de permanência de precipitação - Período fevereiro/março - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 6.8 – Curvas de permanência de precipitação - Período abril/julho - Sub-bacia 1 - Camargos
CAMARGOS - Período Fevereiro/Março
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
1% 13% 24% 35% 46% 57% 68% 79% 90%
Prec
ipita
ção
Tota
l 9 d
ias
(mm
)
Prevista
Observada
CAMARGOS - Período Abril/Julho
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1% 7% 13% 18% 24% 30% 36% 42% 48% 54% 60% 65% 71% 77% 83% 89% 95%
Prec
ipita
ção
Tota
l 9 d
ias
(mm
)
Prevista
Observada
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Figura 6.9 – Precipitação total observada e prevista - Período agosto/novembro - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 6.10 – Precipitação total observada e prevista - Período dezembro/janeiro - Sub-bacia 1 - Camargos
CAMARGOS - Período Agosto/Novembro
y = 0,00392x2 + 0,42709xR2 = 0,99056
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm)
Prec
ipita
ção
tota
l Obs
erva
da 9
dia
s - y
- (m
m)
146,2
y = x
CAMARGOS - Período Dezembro/Janeiro
y = 0,00179x2 + 0,69219xR2 = 0,97544
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm)
Prec
ipita
ção
tota
l Obs
erva
da 9
dia
s - y
- (m
m)
172,0
y = x
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Figura 6.11 – Precipitação total observada e prevista - Período fevereiro/março - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 6.12 – Precipitação total observada e prevista - Período abril/julho - Sub-bacia 1 - Camargos
CAMARGOS - Período Fevereiro/Março
y = 0,00127x2 + 0,65057xR2 = 0,98080
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm)
Prec
ipita
ção
tota
l Obs
erva
da 9
dia
s - y
- (m
m)
275,1
y = x
CAMARGOS - Período Abril/Julho
y = 0,00725x2 + 0,59979xR2 = 0,99057
0
20
40
60
80
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Precipitação total Prevista 9 dias - x - (mm)
Prec
ipita
ção
tota
l Obs
erva
da 9
dia
s - y
- (m
m)
55,2
y = x
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As figuras 6.13 e 6.14 apresentam os dados de precipitação total média observada
e prevista, sem e com remoção do viés, respectivamente, nos nove primeiros dias
de cada previsão, para a sub-bacia 1 - Camargos. As figuras 6.15 e 6.16
apresentam esses dados para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia. Com base nas
mesmas, percebem-se os bons resultados obtidos com a aplicação da metodologia
adotada para a identificação e remoção do viés da previsão de precipitação
fornecida pelo modelo ETA. É possível verificar que, com a remoção do viés da
previsão, os dados apresentam uma melhor distribuição em relação à reta de 45º,
bem como a média dos valores de precipitação prevista se aproxima mais da média
dos valores de precipitação observada.
A tabela 6.4 apresenta as constantes a e b e os correspondentes limites de
aplicação das equações de segundo grau obtidas para a remoção do viés da
previsão de precipitação, para cada sub-bacia e período analisado.
Tabela 6.4 – Constantes a e b e limites de aplicação das equações obtidas para remoção do viés da previsão de precipitação
Observa-se que para as sub-bacias 6 - Fazenda Capão Escuro e 7 - Porto
Colômbia somente se fez a correção do viés para os meses de agosto a novembro.
O anexo 2 apresenta as figuras correspondentes à identificação e remoção do viés
da previsão de precipitação do modelo ETA, para cada uma das sete sub-bacias
consideradas na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande.
1 - Camargos 0,00392 0,42709 146,2 0,00179 0,69219 172,0 0,00127 0,65057 275,1 0,00725 0,59979 55,2
2 - Funil 0,00443 0,44497 125,3 0,00072 0,80994 264,0 0,00225 0,57288 189,8 0,01544 0,26893 47,3
3 - Porto dos Buenos 0,00351 0,35244 184,5 0,00238 0,47241 221,7 0,00155 0,49249 327,4 0,00814 0,39126 74,8
4 - Paraguaçu 0,00341 0,47233 154,7 0,00203 0,63334 180,6 0,00308 0,52903 152,9 0,00795 0,48164 65,2
5 - Furnas 0,00119 0,52182 401,8 0,00204 0,47112 259,3 0,00152 0,51448 319,4 0,00745 0,44803 74,1
6 - Fazenda Capão Escuro 0,00487 0,43763 115,5 - - - - - - - - -
7 - Porto Colômbia 0,00037 0,74494 689,4 - - - - - - - - -
a b Limite (mm)
Limite (mm) a b Limite
(mm)b Limite (mm) a b
Sub-bacia
Período
Agosto/Novembro Abril/Julho
Período
Dezembro/Janeiro
Período
Fevereiro/Março
Período
a
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Figura 6.13 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, sem remoção do viés, na sub-bacia 1 - Camargos
Figura 6.14 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, com remoção do viés, na sub-bacia 1 - Camargos
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação Observada 9 dias (mm)
Prec
ipita
ção
Prev
ista
9 d
ias
(mm
)
Camargos
47,9Média das Precipitações Previstas =
36,9Média das Precipitações Observadas =
P prevista > P observada =
P prevista ≤ P observada =
73%
27%
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação Observada 9 dias (mm)
Prec
ipita
ção
Prev
ista
9 d
ias
(mm
)
Camargos
38,2Média das Precipitações Previstas =
36,9Média das Precipitações Observadas =
P prevista > P observada =
P prevista ≤ P observada =
56%
44%
Com Remoção de Viés
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Figura 6.15 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, sem remoção do viés, na sub-bacia 7 - Porto Colômbia
Figura 6.16 – Precipitação observada e prevista pelo modelo ETA, com remoção do viés, na sub-bacia 7 - Porto Colômbia
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação Observada 9 dias (mm)
Prec
ipita
ção
Prev
ista
9 d
ias
(mm
)
Porto Colômbia
44,7Média das Precipitações Previstas =
39,2Média das Precipitações Observadas =
P prevista > P observada =
P prevista ≤ P observada =
59%
41%
0
50
100
150
200
250
300
0 50 100 150 200 250 300
Precipitação Observada 9 dias (mm)
Prec
ipita
ção
Prev
ista
9 d
ias
(mm
)
Porto Colômbia
41,3Média das Precipitações Previstas =
39,2Média das Precipitações Observadas =
P prevista > P observada =
P prevista ≤ P observada =
55%
45%
Com Remoção de Viés
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6.2.4 Séries de vazões naturais e incrementais
As séries de vazões das sub-bacias referentes às estações fluviométricas (Porto
dos Buenos, Paraguaçu e Fazenda Capão Escuro) foram fornecidas por FURNAS.
Na análise de consistência realizada não foi detectado qualquer problema com os
dados. As falhas existentes na série de Fazenda Capão Escuro foram preenchidas
com base em correlação de vazões diárias entre dados desta estação e da estação
de Fazenda São Domingos, situada a jusante, no mesmo rio Sapucaí Paulista, com
uma área de drenagem de 6.252 km2.
No período entre 01/janeiro/95 a 31/dezembro/2001, foi utilizada a série oficial de
vazões naturais da sub-bacia 1 - Camargos, definida no projeto de revisão das
séries de vazões da bacia do rio Grande, desenvolvido pelo ONS [ONS, Fev/2004].
Para o período posterior, a série de vazões foi obtida pelo processo de modulação
[ONS, 2005], a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio
Grande em Madre de Deus de Minas e do rio Aiuruoca em Fazenda Laranjeiras,
utilizando tempos de viagem iguais a 14 e 15 horas, respectivamente.
A série de vazões incrementais da sub-bacia 2 - Funil foi obtida pela diferença entre
a série oficial de vazões naturais de Funil e a série de vazões naturais de Camargos
anteriormente mencionada, devidamente propagada com tempo de viagem igual a
13 horas. Em alguns dias do período de estiagem, foi necessária a realização de
tratamentos específicos para eliminar valores extremamente baixos e oscilações
diárias injustificáveis.
Para obtenção da série de vazões incrementais da sub-bacia 5 - Furnas, primeiro foi
calculada a vazão incremental bruta Furnas/Funil, obtida pela diferença entre a
série oficial de vazões naturais de Furnas e a série oficial de vazões naturais de
Funil, devidamente propagada com tempo de viagem igual a 36 horas. O passo
seguinte foi o tratamento da vazão incremental Furnas/Funil, com uso do processo
de modulação, a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio
Verde em Porto dos Buenos e do rio Sapucaí em Paraguaçu, utilizando tempos de
viagem iguais a 12 e 10 horas, respectivamente. Por fim, as vazões incrementais da
sub-bacia 5 - Furnas foram obtidas pela diferença entre as vazões incrementais
tratadas Furnas/Funil e as vazões observadas em Porto dos Buenos e em
Paraguaçu, devidamente propagadas.
A série de vazões incrementais da sub-bacia 7 - Porto Colômbia foi calculada com
metodologia semelhante à da sub-bacia 5 - Furnas. Primeiro, calculou-se a vazão
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incremental bruta Porto Colômbia/Furnas, obtida pela diferença entre a série oficial
de vazões naturais de Porto Colômbia e a série oficial de vazões naturais de
Furnas, devidamente propagada com o uso dos tempos de viagem, passando pelos
aproveitamentos de Mascarenhas de Moraes (23h), L.C.Barreto (7h), Jaguara (5h),
Igarapava (10h), Volta Grande (12h) e Porto Colômbia (11h). O passo seguinte foi o
tratamento da vazão incremental Porto Colômbia/Furnas, com uso do processo de
modulação, a partir dos dados fluviométricos observados nas estações do rio
Sapucaí Paulista em Fazenda Capão Escuro e do rio Uberaba em Conceição das
Alagoas, utilizando tempos de viagem iguais a 8 e 6 horas, respectivamente. Por
fim, as vazões incrementais da sub-bacia 7 - Porto Colômbia foram obtidas pela
diferença entre as vazões incrementais tratadas Porto Colômbia/Furnas e as vazões
observadas em Fazenda Capão Escuro, devidamente propagadas. No período
entre 01/abril e 31/dezembro/2002, foi necessária a realização de tratamentos
específicos para eliminar valores extremamente baixos e oscilações diárias
injustificáveis.
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7 Resultados
Para as etapas de calibração, de validação e de testes de desempenho do modelo,
para posterior comparação com os resultados obtidos com a metodologia atual
utilizada para a bacia do alto/médio rio Grande, foram utilizados os períodos
constantes da tabela 7.1. Conforme mencionado nos itens 5.2 e 5.3, em cada uma
das três etapas, foram selecionados anos com situações hidrológicas diversificadas
na bacia, ou seja, períodos com cheias anuais baixa, média e alta. Os períodos
tiveram sempre seu início em 01/agosto e término em 31/julho, de modo a propiciar
melhores condições para a calibragem dos parâmetros, pois, do meio para o final
do período seco, a vazão básica inicial (Ebin), em geral, é próxima da vazão
observada inicial.
Tabela 7.1 – Períodos utilizados nas etapas de calibração, validação e testes do modelo
Etapa Período Calibração dos parâmetros 1998/1999 ; 1999/2000 ; 2000/2001 e 2003/2004 Validação dos parâmetros 1995/1996 ; 2004/2005 ; 2005/2006 e 2006/2007 Testes de desempenho 1996/1997 ; 1997/1998 ; 2001/2002 e 2002/2003
7.1 Calibração e validação dos parâmetros do modelo
Para a calibração dos parâmetros do modelo SMAP, em cada uma das sete sub-
bacias consideradas nos estudos, foi utilizada a metodologia descrita no item 5.2.
Para as sub-bacias 3 - Porto dos Buenos e 4 - Paraguaçu, foi necessária a ativação
do quarto reservatório do modelo, para simular os extravasamentos para planícies e
os significativos amortecimentos que ocorrem em eventos de grandes cheias (no
caso específico da etapa de calibração, da cheia observada no período 1999/2000).
Conforme já citado no item 6.2.2, as estações pluviométricas utilizadas para as
etapas de calibração e validação dos parâmetros do modelo estão apresentadas no
anexo 1. O anexo 3 apresenta os valores utilizados para a definição da faixa de
variação dos coeficientes de representação espacial das estações pluviométricas –
ke. Em geral, procurou-se estabelecer valores maiores, tanto de mínimos como de
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máximos, para estações isoladas, localizadas dentro da sub-bacia, e valores
menores para estações situadas fora da sub-bacia.
As figuras 7.1 a 7.4 apresentam os hidrogramas observados e calculados pelo
modelo SMAP na sub-bacia 1 - Camargos, nos quatro anos considerados na etapa
de calibração. São mostrados, ainda, os hidrogramas do escoamento básico,
provenientes do reservatório subterrâneo do modelo. As figuras 7.5 a 7.8
apresentam os hidrogramas correspondentes à etapa de validação. As figuras
relativas a todas as sete sub-bacias estão apresentadas no anexo 4.
Figura 7.1 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 1998/1999 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1/8/1998 1/9/1998 1/10/1998 1/11/1998 1/12/1998 1/1/1999 1/2/1999 1/3/1999 1/4/1999 1/5/1999 1/6/1999 1/7/1999
Q bas ica calc Q obs Q calc
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Figura 7.2 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 1999/2000 - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 7.3 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 2000/2001 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
100
200
300
400
500
600
700
1/8/1999 1/9/1999 1/10/1999 1/11/1999 1/12/1999 1/1/2000 1/2/2000 1/3/2000 1/4/2000 1/5/2000 1/6/2000 1/7/2000
Q bas ica calc Q obs Q calc
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
350
1/8/2000 1/9/2000 1/10/2000 1/11/2000 1/12/2000 1/1/2001 1/2/2001 1/3/2001 1/4/2001 1/5/2001 1/6/2001 1/7/2001
Q bas ica calc Q obs Q calc
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Figura 7.4 – Etapa de calibração dos parâmetros do modelo - Período 2003/2004 - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 7.5 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 1995/1996 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
100
200
300
400
500
600
1/8/2003 1/9/2003 1/10/2003 1/11/2003 1/12/2003 1/1/2004 1/2/2004 1/3/2004 1/4/2004 1/5/2004 1/6/2004 1/7/2004
Q bas ica calc Q obs Q calc
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1/8/1995 1/9/1995 1/10/1995 1/11/1995 1/12/1995 1/1/1996 1/2/1996 1/3/1996 1/4/1996 1/5/1996 1/6/1996 1/7/1996
Q bas ica calc Q obs Q calc
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Figura 7.6 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2004/2005 - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 7.7 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2005/2006 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1/8/2004 1/9/2004 1/10/2004 1/11/2004 1/12/2004 1/1/2005 1/2/2005 1/3/2005 1/4/2005 1/5/2005 1/6/2005 1/7/2005
Q bas ica calc Q obs Q calc
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
1/8/2005 1/9/2005 1/10/2005 1/11/2005 1/12/2005 1/1/2006 1/2/2006 1/3/2006 1/4/2006 1/5/2006 1/6/2006 1/7/2006
Q bas ica calc Q obs Q calc
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Figura 7.8 – Etapa de validação dos parâmetros do modelo - Período 2006/2007 - Sub-bacia 1 - Camargos
As tabelas 7.2 a 7.8 apresentam os parâmetros finais e os resultados da avaliação
do ajuste do modelo SMAP obtidos para cada uma das sete sub-bacias
consideradas nos estudos.
Vazões (m3/s)
0
100
200
300
400
500
600
700
1/8/2006 1/9/2006 1/10/2006 1/11/2006 1/12/2006 1/1/2007 1/2/2007 1/3/2007 1/4/2007 1/5/2007 1/6/2007 1/7/2007
Q bas ica calc Q obs Q calc
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Tabela 7.2 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 1 - Camargos
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Camargos Camargos Camargos Camargos bacia Camargos Camargos Camargos Camargosdata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 100 100 100 100 100 Str 100 100 100 100 100K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 42 42 42 42 42 Capc 42 42 42 42 42Kkt 150 150 150 150 150 Kkt 150 150 150 150 150H 200 200 200 200 200 H 200 200 200 200 200
K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 45 62 70 48 Ebin 53 50 58 51Supin 1 5 5 0 Supin 0 1 2 0
Dados Média Dados MédiaAd= 6.279 6.279 6.279 6.279 Ad= 6.279 6.279 6.279 6.279Kep 1,04 1,01 1,07 1,09 1,05 Kep 1,08 0,93 1,02 1,00 1,01
Posto EVP Camargos Camargos Camargos Camargos Posto EVP Camargos Camargos Camargos CamargosPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média
2144001 0,00 0,10 0,09 0,05 0,06 2144001 0,10 0,10 0,09 0,10 0,102144007 0,02 0,02 0,12 0,06 0,05 2144007 0,02 0,15 0,15 0,02 0,092144010 0,10 0,10 0,05 0,10 0,09 2144010 0,00 0,10 0,07 0,08 0,062144018 0,10 0,00 0,00 0,10 0,05 2144018 0,07 0,00 0,10 0,05 0,062144019 0,00 0,08 0,10 0,10 0,07 2144019 0,10 0,10 0,03 0,05 0,072144021 0,03 0,10 0,00 0,10 0,06 2144021 0,05 0,05 0,07 0,10 0,072144022 0,10 0,09 0,00 0,00 0,05 2144022 0,10 0,00 0,10 0,10 0,082144024 0,08 0,09 0,09 0,10 0,09 2144024 0,07 0,10 0,00 0,00 0,042144025 0,06 0,06 0,08 0,10 0,08 2144025 0,00 0,02 0,10 0,09 0,052144038 0,00 0,05 0,05 0,05 0,04 2144038 0,00 0,05 0,00 0,05 0,032244057 0,10 0,07 0,03 0,02 0,05 2244057 0,10 0,04 0,03 0,10 0,072244065 0,10 0,10 0,08 0,10 0,09 2244065 0,10 0,02 0,10 0,02 0,062144039 0,10 0,04 0,08 0,10 0,08 2144039 0,10 0,10 0,02 0,10 0,082144042 0,11 0,08 0,15 0,02 0,09 2144042 0,09 0,07 0,13 0,05 0,082244150 0,10 0,02 0,09 0,00 0,05 2244150 0,10 0,10 0,01 0,10 0,08
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33 0 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33-1 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 -1 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados Médiamedia -2% 1% -2% -5% -2% media -4% -1% -6% 1% -3%desv.padrao -7% 7% 0% -10% -3% desv.padrao -7% 1% -9% 10% -1%C.Eficiencia 0,936 0,918 0,941 0,948 0,936 C.Eficiencia 0,916 0,862 0,876 0,902 0,889C.E.R 0,906 0,908 0,926 0,913 0,913 C.E.R 0,895 0,884 0,879 0,897 0,889soma coef. 1,842 1,826 1,867 1,861 1,849 soma coef. 1,811 1,746 1,754 1,799 1,778Erro Méd. % 9% 9% 7% 9% 9% Erro Méd. % 10% 12% 12% 10% 11%Erro Méd. m3/s 11 12 8 13 11 Erro Méd. m3/s 13 18 11 13 14
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Tabela 7.3 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 2 - Funil
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Funil Funil Funil Funil bacia Funil Funil Funil Funildata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 125 125 125 125 125 Str 125 125 125 125 125K2t 3,9 3,9 3,9 3,9 3,9 K2t 3,9 3,9 3,9 3,9 3,9
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 46 46 46 46 46 Capc 46 46 46 46 46Kkt 135 135 135 135 135 Kkt 135 135 135 135 135H 200 200 200 200 200 H 200 200 200 200 200
K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 70 76 76 66 Ebin 74 64 72 56Supin 0 0 0 0 Supin 0 0 0 0
Dados Média Dados MédiaAd= 9.491 9.491 9.491 9.491 Ad= 9.491 9.491 9.491 9.491Kep 1,05 1,18 1,09 1,20 1,13 Kep 1,18 1,11 1,07 1,06 1,10
Posto EVP Funil Funil Funil Funil Posto EVP Funil Funil Funil FunilPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média
2144037 0,02 0,15 0,02 0,02 0,05 2144037 0,02 0,07 0,06 0,15 0,082144005 0,07 0,00 0,07 0,02 0,04 2144005 0,06 0,00 0,02 0,00 0,022144006 0,00 0,08 0,00 0,00 0,02 2144006 0,10 0,03 0,10 0,00 0,062144038 0,02 0,10 0,10 0,02 0,06 2144038 0,02 0,10 0,02 0,07 0,052144000 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2144000 0,10 0,10 0,00 0,10 0,082144023 0,00 0,00 0,03 0,03 0,02 2144023 0,00 0,10 0,01 0,00 0,032143006 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2143006 0,10 0,00 0,05 0,09 0,062143005 0,07 0,00 0,00 0,10 0,04 2143005 0,00 0,10 0,10 0,02 0,062043018 0,15 0,02 0,15 0,15 0,12 2043018 0,02 0,02 0,09 0,07 0,052143008 0,11 0,02 0,02 0,04 0,05 2143008 0,10 0,03 0,11 0,02 0,072144009 0,06 0,10 0,05 0,03 0,06 2144009 0,10 0,00 0,00 0,00 0,032144002 0,10 0,00 0,06 0,07 0,06 2144002 0,00 0,10 0,10 0,00 0,052144028 0,02 0,03 0,10 0,10 0,06 2144028 0,04 0,00 0,10 0,10 0,06204450 0,06 0,00 0,00 0,07 0,03 204450 0,00 0,00 0,00 0,10 0,032143009 0,04 0,00 0,00 0,00 0,01 2143009 0,05 0,10 0,00 0,03 0,042144020 0,09 0,07 0,10 0,10 0,09 2144020 0,10 0,03 0,07 0,05 0,062144024 0,10 0,10 0,10 0,01 0,08 2144024 0,10 0,10 0,06 0,00 0,062144031 0,09 0,04 0,10 0,02 0,06 2144031 0,08 0,03 0,00 0,10 0,052143063 0,00 0,10 0,10 0,01 0,05 2143063 0,02 0,08 0,10 0,10 0,07
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0,050 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50-1 0,45 0,45 0,45 0,45 0,45 -1 0,45 0,45 0,45 0,45 0,45
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados 0 0 0 Médiamedia -2% -4% -4% -4% -4% media -5% -3% -1% -2% -3%desv.padrao -7% -10% -8% -10% -9% desv.padrao -9% -4% 1% -4% -4%C.Eficiencia 0,942 0,873 0,885 0,903 0,901 C.Eficiencia 0,921 0,952 0,930 0,906 0,927C.E.R 0,909 0,822 0,872 0,847 0,862 C.E.R 0,882 0,880 0,906 0,839 0,877soma coef. 1,851 1,694 1,757 1,749 1,763 soma coef. 1,804 1,832 1,836 1,745 1,804Erro Méd. % 9% 18% 13% 15% 14% Erro Méd. % 12% 12% 9% 16% 12%Erro Méd. m3/s 16 31 22 27 24 Erro Méd. m3/s 17 17 10 24 17
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Tabela 7.4 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 3 - Porto dos Buenos
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Porto dos BuenosPorto dos BuenosPorto dos BuenosPorto dos Buenos bacia Porto dos BuenosPorto dos BuenosPorto dos BuenosPorto dos Buenosdata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 110 110 110 110 110 Str 110 110 110 110 110K2t 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 K2t 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 42 42 42 42 42 Capc 42 42 42 42 42Kkt 150 150 150 150 150 Kkt 150 150 150 150 150H 50 50 50 50 50 H 50 50 50 50 50
K3t 28 28 28 28 28 K3t 28 28 28 28 28K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 63 71 78 42 Ebin 58 67 78 58Supin 9 5 4 3 Supin 0 6 0 0
Dados Média Dados MédiaAd= 6.366 6.366 6.366 6.366 Ad= 6.366 6.366 6.366 6.366Kep 0,99 0,99 1,03 1,16 1,04 Kep 1,02 0,92 1,04 0,82 0,95
Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Posto EVP Furnas Furnas Furnas FurnasPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos ChuvaFator Fator Fator Fator Média
2144004 0,09 0,00 0,00 0,00 0,02 2144004 0,10 0,10 0,00 0,07 0,072144003 0,00 0,10 0,07 0,07 0,06 2144003 0,00 0,00 0,00 0,10 0,032145001 0,10 0,10 0,06 0,10 0,09 2145001 0,10 0,09 0,10 0,00 0,072245065 0,15 0,12 0,07 0,02 0,09 2245065 0,14 0,02 0,15 0,02 0,082145008 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2145008 0,00 0,10 0,02 0,00 0,032244068 0,02 0,07 0,10 0,10 0,07 2244068 0,10 0,00 0,10 0,09 0,072145024 0,05 0,00 0,09 0,10 0,06 2145024 0,10 0,10 0,08 0,07 0,092145023 0,10 0,00 0,00 0,10 0,05 2145023 0,00 0,10 0,02 0,10 0,052244071 0,09 0,10 0,07 0,00 0,06 2244071 0,07 0,00 0,10 0,10 0,072145003 0,15 0,15 0,15 0,08 0,13 2145003 0,09 0,15 0,15 0,15 0,132244054 0,15 0,02 0,15 0,15 0,12 2244054 0,15 0,02 0,03 0,02 0,052145009 0,00 0,00 0,00 0,06 0,02 2145009 0,10 0,10 0,10 0,06 0,092245080 0,00 0,05 0,05 0,00 0,02 2245080 0,05 0,05 0,05 0,05 0,052144037 0,00 0,10 0,10 0,10 0,08 2144037 0,00 0,10 0,04 0,10 0,062145049 0,10 0,10 0,10 0,02 0,08 2145049 0,00 0,07 0,07 0,07 0,05
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 1 0,36 0,36 0,36 0,36 0,360 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34 0 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34-1 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 -1 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados Médiamedia -2% -3% -4% -6% -4% media -4% 5% -2% -2% -1%desv.padrao -8% -2% -4% -7% -5% desv.padrao 4% 13% -3% 5% 5%C.Eficiencia 0,929 0,919 0,866 0,919 0,908 C.Eficiencia 0,939 0,835 0,895 0,919 0,897C.E.R 0,916 0,900 0,896 0,867 0,895 C.E.R 0,887 0,864 0,909 0,900 0,890soma coef. 1,844 1,820 1,763 1,786 1,803 soma coef. 1,826 1,698 1,804 1,819 1,787Erro Méd. % 8% 10% 10% 13% 11% Erro Méd. % 11% 14% 9% 10% 11%Erro Méd. m3/s 10 16 10 22 15 Erro Méd. m3/s14 25 9 12 15
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Tabela 7.5 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 4 - Paraguaçu
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu bacia Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçu Paraguaçudata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 115 115 115 115 115 Str 115 115 115 115 115K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 K2t 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 50 50 50 50 50 Capc 50 50 50 50 50Kkt 140 140 140 140 140 Kkt 140 140 140 140 140H 55 55 55 55 55 H 55 55 55 55 55
K3t 45 45 45 45 45 K3t 45 45 45 45 45K1t 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 K1t 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 70 80 85 55 Ebin 63 65 75 56Supin 20 30 15 18 Supin 0 7 7 0
Dados DadosAd= 9.501 9.501 9.501 9.501 Ad= 9.501 9.501 9.501 9.501Kep 0,86 0,94 0,87 1,08 0,94 Kep 1,07 1,03 0,98 0,81 0,97
Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Posto EVP Furnas Furnas Furnas FurnasPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média
2245084 0,05 0,00 0,01 0,00 0,02 2245084 0,01 0,10 0,09 0,10 0,072245087 0,10 0,02 0,08 0,02 0,05 2245087 0,10 0,02 0,10 0,07 0,072245070 0,10 0,00 0,10 0,10 0,08 2245070 0,00 0,00 0,10 0,00 0,032246050 0,10 0,10 0,10 0,02 0,08 2246050 0,02 0,10 0,09 0,10 0,082245074 0,00 0,10 0,00 0,00 0,03 2245074 0,10 0,10 0,10 0,00 0,072245066 0,10 0,00 0,00 0,00 0,03 2245066 0,10 0,05 0,00 0,01 0,042245088 0,05 0,06 0,02 0,10 0,06 2245088 0,10 0,02 0,10 0,10 0,082145017 0,02 0,02 0,11 0,15 0,08 2145017 0,06 0,05 0,02 0,15 0,072145022 0,07 0,02 0,02 0,15 0,07 2145022 0,02 0,15 0,02 0,05 0,062245086 0,00 0,10 0,06 0,02 0,05 2245086 0,10 0,00 0,00 0,00 0,032245000 0,10 0,09 0,10 0,00 0,07 2245000 0,06 0,00 0,10 0,10 0,072245083 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2245083 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002245089 0,10 0,00 0,00 0,05 0,04 2245089 0,10 0,10 0,09 0,00 0,072245085 0,00 0,10 0,00 0,10 0,05 2245085 0,07 0,10 0,00 0,02 0,052245104 0,02 0,10 0,10 0,02 0,06 2245104 0,02 0,02 0,02 0,03 0,022245010 0,02 0,06 0,10 0,02 0,05 2245010 0,10 0,10 0,02 0,10 0,082246143 0,00 0,00 0,10 0,00 0,03 2246143 0,04 0,00 0,00 0,00 0,012245195 0,02 0,10 0,10 0,10 0,08 2245195 0,00 0,00 0,10 0,01 0,032245194 0,10 0,10 0,00 0,10 0,08 2245194 0,00 0,09 0,00 0,10 0,052145023 0,05 0,04 0,00 0,05 0,03 2145023 0,00 0,00 0,05 0,05 0,03
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 1 0,36 0,36 0,36 0,36 0,360 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44 0 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44-1 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 -1 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados Médiamedia -3% -3% -5% -5% -4% media -5% -1% -7% -2% -4%desv.padrao -5% 9% -2% -4% -1% desv.padrao 0% 0% -8% 1% -2%C.Eficiencia 0,912 0,862 0,897 0,895 0,892 C.Eficiencia 0,939 0,757 0,906 0,913 0,879C.E.R 0,882 0,874 0,868 0,871 0,874 C.E.R 0,877 0,894 0,884 0,887 0,886soma coef. 1,794 1,736 1,765 1,766 1,765 soma coef. 1,817 1,651 1,790 1,801 1,765Erro Méd. % 12% 13% 13% 13% 13% Erro Méd. % 12% 11% 12% 11% 11%Erro Méd. m3/s 21 24 18 25 22 Erro Méd. m3/s 18 28 13 18 19
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Tabela 7.6 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 5 - Furnas
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Furnas Furnas Furnas Furnas bacia Furnas Furnas Furnas Furnasdata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 85 85 85 85 85 Str 85 85 85 85 85K2t 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 K2t 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 44 44 44 44 44 Capc 44 44 44 44 44Kkt 140 140 140 140 140 Kkt 140 140 140 140 140H 200 200 200 200 200 H 200 200 200 200 200
K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização Média Inicialização MédiaTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 75 85 120 90 Ebin 80 60 92 85Supin 31 36 36 0 Supin 13 20 5 7
Dados DadosAd= 20.501 20.501 20.501 20.501 Ad= 20.501 20.501 20.501 20.501Kep 1,12 0,97 1,16 1,09 1,09 Kep 1,12 1,20 1,08 0,88 1,07
Posto EVP Furnas Furnas Furnas Furnas Posto EVP Furnas Furnas Furnas FurnasPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média
2145042 0,08 0,00 0,08 0,00 0,04 2145042 0,00 0,05 0,00 0,04 0,022145030 0,00 0,08 0,00 0,00 0,02 2145030 0,00 0,00 0,00 0,08 0,022146084 0,12 0,12 0,02 0,12 0,10 2146084 0,12 0,02 0,12 0,07 0,082145041 0,02 0,02 0,02 0,08 0,04 2145041 0,02 0,08 0,08 0,02 0,052045020 0,02 0,12 0,03 0,02 0,05 2045020 0,12 0,09 0,02 0,02 0,062145044 0,00 0,08 0,05 0,00 0,03 2145044 0,07 0,08 0,08 0,00 0,062046028 0,12 0,02 0,02 0,02 0,05 2046028 0,02 0,02 0,02 0,12 0,042145032 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2145032 0,08 0,00 0,00 0,00 0,022045021 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 2045021 0,08 0,08 0,02 0,06 0,062045028 0,02 0,02 0,04 0,12 0,05 2045028 0,02 0,12 0,12 0,02 0,072045026 0,02 0,02 0,02 0,08 0,04 2045026 0,03 0,08 0,02 0,02 0,042146027 0,11 0,02 0,09 0,12 0,08 2146027 0,02 0,02 0,04 0,05 0,032044027 0,00 0,05 0,06 0,00 0,03 2044027 0,07 0,00 0,05 0,00 0,032045004 0,08 0,02 0,08 0,08 0,07 2045004 0,02 0,08 0,08 0,08 0,072145043 0,00 0,08 0,08 0,00 0,04 2145043 0,00 0,08 0,00 0,08 0,042145007 0,08 0,04 0,08 0,01 0,05 2145007 0,08 0,00 0,08 0,08 0,062145021 0,00 0,00 0,08 0,01 0,02 2145021 0,03 0,07 0,05 0,01 0,042145022 0,04 0,08 0,00 0,08 0,05 2145022 0,00 0,00 0,08 0,08 0,042145023 0,08 0,08 0,04 0,01 0,05 2145023 0,08 0,00 0,00 0,00 0,022144006 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 2144006 0,04 0,00 0,04 0,04 0,032145047 0,00 0,00 0,00 0,04 0,01 2145047 0,05 0,00 0,00 0,07 0,032046027 0,12 0,06 0,12 0,12 0,11 2046027 0,02 0,12 0,06 0,02 0,052146026 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 2146026 0,04 0,00 0,04 0,04 0,032045031 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2045031 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 1 0,25 0,25 0,25 0,25 0,250 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25-1 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 -1 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados 0 0 0 Média Resultados Médiamedia -6% -9% -10% -11% -9% media -6% 0% -4% -1% -3%desv.padrao -4% -15% -6% -16% -10% desv.padrao -5% 2% 2% 1% 0%C.Eficiencia 0,930 0,862 0,771 0,868 0,858 C.Eficiencia 0,931 0,890 0,909 0,892 0,905C.E.R 0,855 0,811 0,803 0,825 0,823 C.E.R 0,843 0,811 0,874 0,830 0,840soma coef. 1,785 1,672 1,573 1,692 1,681 soma coef. 1,774 1,702 1,783 1,722 1,745Erro Méd. % 14% 19% 20% 18% 18% Erro Méd. % 16% 19% 13% 17% 16%Erro Méd. m3/s 37 70 58 71 59 Erro Méd. m3/s 34 50 21 47 38
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Tabela 7.7 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 6 - Fazenda Capão Escuro
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Fazenda Capão EscuroFazenda Capão EscuroFazenda Capão EscuroFazenda Capão Escuro bacia Fazenda Capão EscuroFazenda Capão EscuroFazenda Capão EscuroFazenda Capão Escurodata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 240 240 240 240 240 Str 240 240 240 240 240K2t 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 K2t 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 46 46 46 46 46 Capc 46 46 46 46 46Kkt 80 80 80 80 80 Kkt 80 80 80 80 80H 200 200 200 200 200 H 200 200 200 200 200
K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 63 64 54 44 Ebin 50 46 59 61Supin 0 0 0 0 Supin 0 0 0 0
Dados Média Dados MédiaAd= 5.906 5.906 5.906 5.906 Ad= 5.906 5.906 5.906 5.906Kep 0,88 0,90 0,99 0,88 0,91 Kep 0,89 1,00 0,87 0,90 0,92
Posto EVP P.ColômbiaP.ColômbiaP.ColômbiaP.Colômbia Posto EVP P.ColômbiaP.ColômbiaP.ColômbiaP.ColômbiaPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos ChuvaFator Fator Fator Fator Média
2147001 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 2147001 0,04 0,15 0,04 0,04 0,072047032 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2047032 0,02 0,08 0,08 0,00 0,052047031 0,04 0,15 0,11 0,04 0,08 2047031 0,04 0,04 0,15 0,04 0,072047104 0,22 0,22 0,22 0,19 0,21 2047104 0,15 0,18 0,22 0,18 0,182147054 0,22 0,04 0,22 0,21 0,17 2147054 0,22 0,04 0,04 0,22 0,132047018 0,14 0,04 0,04 0,09 0,08 2047018 0,12 0,15 0,15 0,14 0,142147166 0,00 0,05 0,06 0,02 0,03 2147166 0,15 0,00 0,14 0,00 0,072047016 0,04 0,15 0,15 0,15 0,12 2047016 0,15 0,15 0,15 0,15 0,152048009 0,14 0,00 0,00 0,09 0,06 2048009 0,03 0,08 0,00 0,00 0,032047067 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2047067 0,08 0,08 0,01 0,08 0,062047101 0,00 0,15 0,00 0,00 0,04 2047101 0,00 0,05 0,03 0,15 0,06
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 1 0,15 0,15 0,15 0,15 0,150 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25-1 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 -1 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados Médiamedia -1% -3% -3% -5% -3% media 0% 1% -4% -2% -1%desv.padrao 2% -5% -2% -10% -4% desv.padrao 5% 7% 8% 8% 7%C.Eficiencia 0,951 0,921 0,951 0,906 0,932 C.Eficiencia 0,963 0,881 0,765 0,944 0,888C.E.R 0,918 0,894 0,901 0,889 0,901 C.E.R 0,925 0,856 0,877 0,893 0,888soma coef. 1,869 1,814 1,852 1,795 1,833 soma coef. 1,888 1,737 1,642 1,838 1,776Erro Méd. % 8% 11% 10% 11% 10% Erro Méd. % 7% 14% 12% 11% 11%Erro Méd. m3/s 8 10 9 22 12 Erro Méd. m3/s 7 14 6 10 9
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Tabela 7.8 – Parâmetros finais e resultados do ajuste obtidos - Sub-Bacia 7 - Porto Colômbia
Pode-se verificar, com base nos valores da soma do coeficiente de eficiência e do
coeficiente de erro relativo e nos valores dos erros médios (%) das vazões diárias
calculadas em relação às vazões observadas, bem como nas figuras apresentadas
no anexo 4, os bons resultados obtidos nas etapas de calibração e validação dos
parâmetros do modelo SMAP, para todas as sete sub-bacias consideradas nos
estudos. De modo geral, as três sub-bacias relativas às estações fluviométricas e a
FINAL VALIDAÇÃO FINAL CALIBRAÇÃO
bacia Porto ColômbiaPorto ColômbiaPorto ColômbiaPorto Colômbia bacia Porto ColômbiaPorto ColômbiaPorto ColômbiaPorto Colômbiadata inicial 01/08/95 01/08/04 01/08/05 01/08/06 Adotado data inicial 01/08/98 01/08/99 01/08/00 01/08/03 Adotadodata final 30/07/96 31/07/05 31/07/06 31/07/07 data final 31/07/99 30/07/00 31/07/01 30/07/04Parâmetros Parâmetros
Str 115 115 115 115 115 Str 115 115 115 115 115K2t 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 K2t 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0
Crec 100 100 100 100 100 Crec 100 100 100 100 100Ai 2 2 2 2 2 Ai 2 2 2 2 2
Capc 42 42 42 42 42 Capc 42 42 42 42 42Kkt 100 100 100 100 100 Kkt 100 100 100 100 100H 200 200 200 200 200 H 200 200 200 200 200
K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K3t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 K1t 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Inicialização InicializaçãoTuin 20 20 20 20 Tuin 20 20 20 20Ebin 92 88 105 111 Ebin 108 80 128 85Supin 15 16 6 7 Supin 0 12 0 6
Dados Média Dados MédiaAd= 19.383 19.383 19.383 19.383 Ad= 19.383 19.383 19.383 19.383Kep 1,04 1,20 1,07 1,20 1,13 Kep 1,12 1,20 1,08 0,99 1,10
Posto EVP Porto ColômbiaPorto ColômbiaPorto ColômbiaPorto Colômbia Posto EVP Porto ColômbiaPorto ColômbiaPorto ColômbiaPorto ColômbiaPostos Chuva Fator Fator Fator Fator Média Postos Chuva Fator Fator Fator Fator Média
2146078 0,02 0,12 0,12 0,02 0,07 2146078 0,07 0,02 0,06 0,02 0,041948001 0,00 0,08 0,00 0,00 0,02 1948001 0,08 0,08 0,08 0,07 0,081947002 0,05 0,00 0,00 0,08 0,03 1947002 0,08 0,08 0,08 0,03 0,072046009 0,02 0,12 0,12 0,02 0,07 2046009 0,12 0,02 0,02 0,02 0,052048004 0,08 0,08 0,02 0,06 0,06 2048004 0,02 0,08 0,02 0,02 0,042146026 0,08 0,00 0,08 0,08 0,06 2146026 0,08 0,02 0,08 0,08 0,072046031 0,00 0,02 0,08 0,04 0,04 2046031 0,01 0,00 0,08 0,08 0,042047067 0,12 0,02 0,12 0,12 0,10 2047067 0,12 0,02 0,02 0,02 0,041947008 0,08 0,00 0,08 0,00 0,04 1947008 0,00 0,00 0,00 0,08 0,022048011 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 2048011 0,00 0,04 0,00 0,04 0,022047116 0,08 0,00 0,00 0,08 0,04 2047116 0,00 0,01 0,01 0,00 0,001948003 0,12 0,09 0,12 0,12 0,11 1948003 0,12 0,12 0,02 0,12 0,102047101 0,02 0,08 0,02 0,08 0,05 2047101 0,06 0,08 0,08 0,08 0,072046011 0,06 0,03 0,00 0,04 0,03 2046011 0,01 0,07 0,00 0,08 0,042047016 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 2047016 0,01 0,08 0,08 0,00 0,042046027 0,01 0,02 0,00 0,06 0,02 2046027 0,08 0,08 0,08 0,00 0,062047045 0,00 0,00 0,05 0,00 0,01 2047045 0,00 0,00 0,07 0,08 0,042047115 0,00 0,00 0,00 0,08 0,02 2047115 0,08 0,00 0,05 0,08 0,052048096 0,08 0,08 0,00 0,00 0,04 2048096 0,03 0,08 0,08 0,08 0,072048042 0,05 0,09 0,06 0,02 0,05 2048042 0,02 0,12 0,02 0,02 0,052047118 0,04 0,08 0,06 0,00 0,05 2047118 0,00 0,00 0,08 0,01 0,02
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado Dist.Temporal Fator Fator Fator Fator Adotado
3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 1 0,05 0,05 0,05 0,05 0,050 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11 0 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11-1 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 -1 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84
soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 soma coef. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Resultados Média Resultados Médiamedia -3% 0% -1% -3% -2% media -5% -3% -5% 0% -3%desv.padrao -4% 0% -1% -8% -3% desv.padrao -9% 11% -2% 5% 1%C.Eficiencia 0,962 0,876 0,938 0,944 0,930 C.Eficiencia 0,934 0,865 0,872 0,922 0,898C.E.R 0,904 0,850 0,880 0,892 0,881 C.E.R 0,889 0,864 0,894 0,871 0,879soma coef. 1,867 1,726 1,818 1,836 1,812 soma coef. 1,823 1,729 1,765 1,793 1,777Erro Méd. % 10% 15% 12% 11% 12% Erro Méd. % 11% 14% 11% 13% 12%Erro Méd. m3/s 22 40 27 42 33 Erro Méd. m3/s 31 56 17 33 34
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sub-bacia 1 - Camargos apresentam os melhores resultados devido ao processo de
obtenção de suas séries de vazões, por meio de medições diretas. As demais sub-
bacias (2 - Funil, 5 - Furnas e 7 - Porto Colômbia) apresentam resultados
ligeiramente inferiores em relação às primeiras, em razão do processo de obtenção
de suas séries de vazões, calculadas por meio de diferenças entre vazões
observadas no local e nos aproveitamentos de montante, devidamente propagadas.
7.2 Testes de desempenho do modelo
Os testes de desempenho do modelo SMAP aplicado à bacia do alto/médio Grande
envolveram um total de 208 simulações (4 anos x 52 semanas) para cada uma das
sete sub-bacias consideradas nos estudos, utilizando a metodologia descrita no
item 5.3. Os testes foram realizados considerando sempre a quarta-feira como o dia
da elaboração da previsão, com um horizonte de dez dias à frente. Dessa forma, as
vazões médias previstas para os dias restantes da semana operativa em curso e
para a próxima semana operativa foram calculadas com base nas médias das
vazões diárias previstas para o período entre o primeiro e o terceiro dia da previsão
e entre o quarto e o décimo dia da previsão, respectivamente.
As simulações foram realizadas para três situações distintas:
- Uso das previsões originais de precipitação do modelo ETA.
- Uso das previsões de precipitação do modelo ETA com a remoção do viés,
conforme metodologia descrita no item 6.2.3.
- Uso dos dados observados de precipitação na rede de estações pluviométricas
(telemétricas e convencionais) em substituição aos dados de precipitação prevista.
Esta última situação, simulada em três das sete sub-bacias, é conhecida como
"previsão perfeita" e avalia, de certa forma, os erros da modelagem, que incluem:
- Erros na concepção do processo utilizado pelo modelo na transformação de
chuva em vazão.
- Erros nos valores obtidos para os parâmetros do modelo.
- Erros nos dados básicos de entrada do modelo (precipitação média observada,
vazão observada e evapotranspiração potencial estimada).
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As figuras 7.9 a 7.12 apresentam alguns exemplos de simulações realizadas para a
sub-bacia 1 - Camargos, considerando a remoção do viés das previsões de
precipitação do modelo ETA. Em todas as simulações percebe-se o bom ajuste
entre os hidrogramas observados e calculados pelo modelo SMAP até o dia da
previsão (ponto assinalado com uma cruz), mostrando o bom desempenho da
metodologia de reinicialização do modelo, descrita no item 5.3.2.
O desempenho do modelo nos dez dias de previsão depende, principalmente, do
desempenho das previsões de precipitação em cada evento. Por exemplo, na
simulação da previsão realizada no dia 6/11/1996, apresentada na figura 7.9, com
uma situação de hidrograma de vazões observadas em fase de ascensão (até o dia
5/11/1996), o modelo de previsão de precipitação indicou ausência de chuvas ou
chuvas fracas no período de dez dias à frente. Como de fato isto ocorreu, as vazões
previstas para o período entre 6/11 e 15/11 ficaram bem aderentes às vazões
observadas. Já na simulação da previsão realizada no dia 30/01/2002, apresentada
na figura 7.11, com uma situação de hidrograma de vazões observadas em fase de
início de recessão (até o dia 29/01/2002), o modelo de previsão de precipitação
indicou a presença de fortes chuvas no período de dez dias à frente, com uma
precipitação prevista acumulada em torno de 150mm. Embora tenham-se
registradas chuvas em alguns dias desse período, a precipitação observada
acumulada foi apenas cerca de 50mm, resultando em um hidrograma de vazões
observadas bem abaixo do hidrograma previsto.
Figura 7.9 – Simulação da previsão do dia 6/11/1996 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
6/10/1996 13/10/1996 20/10/1996 27/10/1996 3/11/1996 10/11/1996
Q basica calc Q obs Q calc
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Figura 7.10 – Simulação da previsão do dia 4/02/1998 - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 7.11 – Simulação da previsão do dia 30/01/2002 - Sub-bacia 1 - Camargos
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
4/1/1998 11/1/1998 18/1/1998 25/1/1998 1/2/1998 8/2/1998
Q basica calc Q obs Q calc
Vazões (m3/s)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
30/12/2001 6/1/2002 13/1/2002 20/1/2002 27/1/2002 3/2/2002
Q basica calc Q obs Q calc
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Figura 7.12 – Simulação da previsão do dia 22/01/2003 - Sub-bacia 1 - Camargos
As figuras 7.13 a 7.23 mostram, nos 4 anos utilizados para a etapa de testes, as
vazões previstas e os respectivos desvios da previsão da próxima semana
operativa para a sub-bacia 1 - Camargos, para as simulações sem e com a
remoção do viés da previsão de precipitação do modelo ETA.
Vazões (m3/s)
0
100
200
300
400
500
600
22/12/2002 29/12/2002 5/1/2003 12/1/2003 19/1/2003 26/1/2003
Q basica calc Q obs Q calc
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Figura 7.13 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação
Figura 7.14 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
0
100
200
300
400
500
600
07/0
8/96
18/0
9/96
30/1
0/96
11/1
2/96
22/0
1/97
05/0
3/97
16/0
4/97
28/0
5/97
09/0
7/97
20/0
8/97
01/1
0/97
12/1
1/97
24/1
2/97
04/0
2/98
18/0
3/98
29/0
4/98
10/0
6/98
22/0
7/98
29/0
8/01
10/1
0/01
21/1
1/01
02/0
1/02
13/0
2/02
27/0
3/02
08/0
5/02
19/0
6/02
07/0
8/02
18/0
9/02
30/1
0/02
11/1
2/02
22/0
1/03
05/0
3/03
16/0
4/03
28/0
5/03
09/0
7/03
Vazõ
es d
a pr
óxim
a se
man
a op
erat
iva
(m3 /s
)
0
200
400
600
800
1000
1200
Prec
ipita
ções
9 d
ias
(mm
)
PrevistasObservadas
Camargos
114
Vazão Média Observada =
Vazão Média Calculada =
121
Com Remoção de Viés
0
100
200
300
400
500
600
07/0
8/96
18/0
9/96
30/1
0/96
11/1
2/96
22/0
1/97
05/0
3/97
16/0
4/97
28/0
5/97
09/0
7/97
20/0
8/97
01/1
0/97
12/1
1/97
24/1
2/97
04/0
2/98
18/0
3/98
29/0
4/98
10/0
6/98
22/0
7/98
29/0
8/01
10/1
0/01
21/1
1/01
02/0
1/02
13/0
2/02
27/0
3/02
08/0
5/02
19/0
6/02
07/0
8/02
18/0
9/02
30/1
0/02
11/1
2/02
22/0
1/03
05/0
3/03
16/0
4/03
28/0
5/03
09/0
7/03
Vazõ
es d
a pr
óxim
a se
man
a op
erat
iva
(m3 /s
)
0
200
400
600
800
1000
1200
Prec
ipita
ções
9 d
ias
(mm
)
PrevistasObservadas
Camargos
124
Vazão Média Observada =
Vazão Média Calculada =
121
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Figura 7.15 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação
Figura 7.16 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
0
100
200
300
400
500
600
0 100 200 300 400 500 600
Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
Vazã
o Pr
evis
ta S
eman
a O
pera
tiva
(m3 /s
)
Camargos
Q prevista > Q observada =
Q prevista ≤ Q observada =
46%
54%
Com Remoção de Viés
0
100
200
300
400
500
600
0 100 200 300 400 500 600
Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
Vazã
o Pr
evis
ta S
eman
a O
pera
tiva
(m3 /s
)
Camargos
Q prevista > Q observada =
Q prevista ≤ Q observada =
55%
45%
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Figura 7.17 – Erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação
Figura 7.18 – Erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
-80%
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%07
/08/
96
18/0
9/96
30/1
0/96
11/1
2/96
22/0
1/97
05/0
3/97
16/0
4/97
28/0
5/97
09/0
7/97
20/0
8/97
01/1
0/97
12/1
1/97
24/1
2/97
04/0
2/98
18/0
3/98
29/0
4/98
10/0
6/98
22/0
7/98
29/0
8/01
10/1
0/01
21/1
1/01
02/0
1/02
13/0
2/02
27/0
3/02
08/0
5/02
19/0
6/02
07/0
8/02
18/0
9/02
30/1
0/02
11/1
2/02
22/0
1/03
05/0
3/03
16/0
4/03
28/0
5/03
09/0
7/03
Erro
s re
lativ
os n
a pr
evis
ão d
a pr
óxim
a se
man
a op
erat
iva
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
Prec
ipita
ções
9 d
ias
(mm
)
Precipitações Previstas
Precipitações Observadas
Camargos
7%Média dos erros relativos =
-4% 14% 11% 7%
-80%
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
07/0
8/96
18/0
9/96
30/1
0/96
11/1
2/96
22/0
1/97
05/0
3/97
16/0
4/97
28/0
5/97
09/0
7/97
20/0
8/97
01/1
0/97
12/1
1/97
24/1
2/97
04/0
2/98
18/0
3/98
29/0
4/98
10/0
6/98
22/0
7/98
29/0
8/01
10/1
0/01
21/1
1/01
02/0
1/02
13/0
2/02
27/0
3/02
08/0
5/02
19/0
6/02
07/0
8/02
18/0
9/02
30/1
0/02
11/1
2/02
22/0
1/03
05/0
3/03
16/0
4/03
28/0
5/03
09/0
7/03
Erro
s re
lativ
os n
a pr
evis
ão d
a pr
óxim
a se
man
a op
erat
iva
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
Prec
ipita
ções
9 d
ias
(mm
)
Precipitações Previstas
Precipitações Observadas
Camargos
-1%Média dos erros relativos =
-10% 5% 0% 0%
Com Remoção de Viés
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 68 / 102
Figura 7.19 – Erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação
Figura 7.20 – Erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
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800
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)
Precipitações Previstas
Precipitações Observadas
Camargos
18,3%Média dos erros absolutos =
13% 24% 19% 17%
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Figura 7.21 – Médias dos erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Sem remoção de viés da previsão de precipitação
Figura 7.22 – Médias dos erros relativos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
-40%
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Erros médiosMédia Móvel
Camargos
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Figura 7.23 – Médias dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Com remoção de viés da previsão de precipitação
Da análise das figuras anteriores, percebe-se um ganho significativo nos resultados
das previsões de vazões com a aplicação do processo de remoção do viés da
previsão de precipitação fornecida pelo modelo ETA, para a sub-bacia
1 - Camargos. Este ganho se dá em três dos quatro anos considerados na etapa de
testes de desempenho do modelo, com a diminuição do erro médio anual da
previsão (4% em 1997/98, 3% em 2001/02 e 3% em 2002/03). Mesmo no ano que
não há melhoras (1996/97), o aumento nos erros médios é muito pequeno (cerca de
1%). Outro aspecto importante é a eliminação da tendência do modelo apresentar
previsões superestimadas. Com o uso das previsões originais do modelo ETA, sem
a correção do viés, o erro médio relativo das previsões foi de +7%. Quando se
utiliza as previsões de precipitação com a remoção do viés, esse erro é reduzido
para -1%. Por fim, pela figura 7.23, nota-se que, para a sub-bacia 1 - Camargos, a
redução média dos erros da previsão de vazão com a aplicação do processo de
remoção do viés da previsão de precipitação é de 2,3% (de 18,3% para 16,0%).
O anexo 5 apresenta os conjuntos de figuras similares para todas as sub-bacias
consideradas nos estudos.
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Sem Remoção de ViésMédia MóvelCom Remoção de ViésMédia Móvel
Camargos
Erros MédiosPeríodo Original Com Ganho Com
Remoção RemoçãoAgosto / Novembro 25,5% 20,9% 4,5%Dezembro / Janeiro 25,1% 22,7% 2,4%Fevereiro / Março 22,3% 19,1% 3,1%
Abril / Julho 6,1% 6,3% -0,2%Ano 18,3% 16,0% 2,3%
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A tabela 7.9 apresenta os erros médios (MAPE) obtidos nas previsões de vazões do
período de dias restantes da semana operativa em curso (1º ao 3º dia de previsão)
e da próxima semana operativa (4º ao 10º dia).
Tabela 7.9 – Erros médios - MAPE - obtidos na previsão de vazões (%)
Na análise desta tabela, pode-se verificar que:
- Há ganhos significativos, em quase todas as sub-bacias estudadas, nos resultados
das previsões de vazões do 4º ao 10º dia, ao utilizar o processo de remoção do viés
das previsões de precipitação do modelo ETA. Com relação às previsões do 1º ao
3º dia, esses ganhos, em geral, não são significativos, devido à forte dependência
das vazões previstas para este período em relação às vazões e chuvas observadas
nos dias anteriores ao dia da previsão e ao fato desses erros serem de menor porte,
o que dificulta possíveis melhorias.
- As sub-bacias com os piores desempenhos, incluindo os relativos ao uso da
"previsão perfeita" (uso dos valores da chuva observada nas previsões de
precipitação), são: 5 - Furnas (incremental Furnas / Funil - Porto dos Buenos -
Paraguaçu); e 7 - Porto Colômbia (incremental Porto Colômbia / Furnas - Fazenda
Capão Escuro). Este fato justifica-se pelo processo de obtenção das séries de
vazões destas duas sub-bacias, que é feito de forma indireta, por meio de
diferenças entre vazões observadas (ver item 6.2.4).
Vale ressaltar que, na aplicação do modelo SMAP à bacia do alto/médio rio Grande,
foram detectadas possibilidades de futuros aprimoramentos pontuais do modelo, a
saber:
- Entre os meses de abril a setembro, o modelo tende a apresentar uma inércia
maior do que as naturais existentes nas sub-bacias. A causa disto pode estar ligada
Previsão do 1º ao 3º dia Previsão do 4º ao 10º diaPrevisões de Precipitação Previsões de Precipitação
ETA ETA Previsão ETA ETA Previsãooriginal c/ rem. viés perfeita original c/ rem. viés perfeita
1- Camargos 9,0 8,8 7,8 18,3 16,0 9,72 - Funil 10,2 10,2 - 17,0 15,6 -3 - Porto dos Buenos 8,4 8,5 7,5 18,4 14,8 9,94 - Paraguaçu 11,1 11,2 - 17,3 16,6 -5 - Furnas 13,9 12,8 12,4 26,8 18,5 15,76 - Fazenda Capão Escuro 8,3 8,1 - 15,1 15,0 -7 - Porto Colômbia 12,6 11,4 - 22,1 17,8 -
Sub-bacia
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à eventual ocorrência de chuva localizada na bacia, a qual, neste período, produz
cheias com pequeno volume e hidrogramas de vazões com rápidas ascensão e
recessão. O modelo, que trabalha com chuva média na bacia, não consegue gerar,
neste período, hidrogramas com tais características. Vale ressaltar que este
comportamento do modelo, em geral, não ocorre no período outubro/março, quando
as chuvas tendem a serem mais intensas, freqüentes e distribuídas. Como um
possível aprimoramento do modelo, pode-se testar o uso de valores diferentes do
parâmetro K2t (constante de recessão do escoamento superficial): o primeiro,
maior, para o período outubro/março; e o segundo, menor, para o período
abril/setembro.
- Na etapa de testes ou na fase de operacionalização, o método utilizado para
reinicialização do modelo, de ajuste dos valores da precipitação observada a serem
consideradas pelo modelo ("chuva perfeita"), pode ser aprimorado, dando-se
maiores pesos às datas mais recentes, de forma a uma maior compatibilização
entre o hidrograma calculado pelo modelo e o hidrograma observado, nos dias
anteriores mais próximos ao dia da previsão. Os valores dos desvios diários entre
as vazões observadas e calculadas nos últimos "X" (31) dias podem ser
ponderados por uma distribuição logarítmica, dando-se maiores pesos às datas
mais recentes. Neste caso, a equação que fornece o peso a ser aplicado a cada dia
"i" do período de "X" dias é a seguinte:
1) (Xln
(i)ln - 1)(iln Peso 1)i-(N ++
=+ (7.1)
7.3 Comparação com o desempenho da metodologia atual
Conforme citado no item 4, a metodologia atual de obtenção da previsão de vazões
semanais na bacia do rio Grande é realizada com a aplicação do modelo
PREVIVAZ, a partir de séries de vazões naturais totais. As previsões de vazões
incrementais, necessárias para uso dos modelos de programação da operação do
SIN, são calculadas por simples diferença entre as vazões naturais totais previstas
para os locais de aproveitamentos, conforme a expressão 4.1. Cabe ressaltar três
aspectos fundamentais que foram considerados:
a) Nos estudos reportados nesta nota técnica, para a previsão de vazões do 1º ao
3º dia, necessária para o fechamento das vazões observadas/previstas da semana
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em curso, foi utilizado o modelo estocástico PREVIVAZH [CEPEL, 2008], da família
de modelos de previsão de vazão, que desagrega uma previsão semanal de vazões
em valores diários.
b) O sistema PREVIVAZ é processado para os postos base (Camargos, Funil,
Furnas e Porto Colômbia) sendo calculadas previsões para os demais locais
intermediários (Itutinga, Mascarenhas de Moraes, Luiz Carlos Barreto, Jaguara,
Igarapava e Volta Grande) por regressões lineares baseadas nas séries mensais
dos postos base.
c) Para estes postos não base não foi realizada uma análise de desempenho.
A metodologia proposta para a previsão da vazão da próxima semana operativa na
bacia do alto/médio rio Grande (até a UHE Porto Colômbia) envolve a utilização do
modelo conceitual concentrado SMAP, que considera como insumo as observações
em estações pluviométricas e fluviométricas e as informações de previsão de chuva
na bacia, e tem como resultado a previsão direta das vazões incrementais entre
aproveitamentos. Nesta aplicação, considera-se, também, a remoção do viés da
previsão de precipitação fornecida pelo modelo ETA, conforme descrito no item
6.2.3.
As comparações entre os desempenhos da metodologia atual e da metodologia
proposta foram feitas em relação às vazões previstas na sub-bacia 1 - Camargos e
nas bacias incrementais Funil/Camargos, Furnas/Funil e Porto Colômbia/Furnas.
Além dessas quatro bacias, foram comparadas as vazões previstas para a bacia
total de Furnas, apenas para auxílio à análise dos resultados das duas
metodologias, já que os modelos de programação e planejamento da operação
utilizados pelo ONS trabalham com séries de vazões incrementais e estas vazões
incrementais previstas hoje são obtidas por diferença entre as previsões de vazões
totais. As vazões previstas com a metodologia proposta foram obtidas da seguinte
forma (ver tabela 6.1, no item 6):
- Camargos: Vazões previstas para a sub-bacia 1 - Camargos.
- Funil/Camargos: Vazões previstas para a sub-bacia 2 - Funil.
- Furnas/Funil: Vazões previstas para a sub-bacia 5 - Furnas, somadas às vazões
previstas nas sub-bacias 3 - Porto dos Buenos (com tempo de viagem de 12 horas)
e 4 - Paraguaçu (com tempo de viagem de 10 horas).
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- Porto Colômbia/Furnas: Vazões previstas para a sub-bacia 7 - Porto Colômbia,
somadas às vazões previstas na sub-bacia 6 - Fazenda Capão Escuro (com tempo
de viagem de 8 horas).
- Furnas: Vazões previstas para a bacia incremental Furnas/Funil, somadas às
vazões previstas nas bacias Camargos e Funil/Camargos, devidamente
propagadas.
As figuras 7.24 a 7.29 apresentam as previsões de vazões da próxima semana
operativa (4º ao 10º dia) para Camargos. A figura 7.30 apresenta os erros médios
absolutos referentes às previsões com as duas metodologias. A figura 7.31 mostra
os ganhos/perdas nos resultados da previsão ao utilizar a metodologia proposta em
relação à metodologia atual. As figuras 7.32 a 7.39; 7.40 a 7.47; 7.48 a 7.55 e 7.56
a 7.63 apresentam os correspondentes gráficos referentes, respectivamente, às
bacias incrementais de Funil/Camargos, Furnas/Funil, Porto Colômbia/Furnas e à
bacia total de Furnas.
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 75 / 102
Figura 7.24 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 1996/97
Figura 7.25 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 1997/98
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) Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
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15/0
4/98
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) Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
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Figura 7.26 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 2001/02
Figura 7.27 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Simulação para o período 2002/03
CAMARGOS 2001/02
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Tota
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) Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
CAMARGOS 2002/03
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 77 / 102
Figura 7.28 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Metodologia Atual
Figura 7.29 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos - Metodologia Proposta
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CAMARGOS Metodologia Proposta
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 78 / 102
Figura 7.30 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Sub-bacia 1 - Camargos
Figura 7.31 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Sub-bacia 1 - Camargos
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 79 / 102
Figura 7.32 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Simulação para o período 1996/97
Figura 7.33 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Simulação para o período 1997/98
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) Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS
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Figura 7.34 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Simulação para o período 2001/02
Figura 7.35 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Simulação para o período 2002/03
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) Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS
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Figura 7.36 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Metodologia Atual
Figura 7.37 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos - Metodologia Proposta
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INCREMENTAL FUNIL / CAMARGOS Metodologia Proposta
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Figura 7.38 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Funil/Camargos
Figura 7.39 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Funil/Camargos
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 83 / 102
Figura 7.40 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 1996/97
Figura 7.41 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 1997/98
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INCREMENTAL FURNAS / FUNIL
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 84 / 102
Figura 7.42 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 2001/02
Figura 7.43 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Simulação para o período 2002/03
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INCREMENTAL FURNAS / FUNIL
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Figura 7.44 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Metodologia Atual
Figura 7.45 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil - Metodologia Proposta
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Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
Vazã
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)
INCREMENTAL FURNAS / FUNIL Metodologia Proposta
PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 86 / 102
Figura 7.46 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Furnas/Funil
Figura 7.47 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Furnas/Funil
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Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7
INCREMENTAL FURNAS / FUNIL
Médias dos Erros AbsolutosMet. Atual Met. Proposta GANHO
Agosto / Novembro 26,8% 21,5% 5,4%Dezembro / Janeiro 27,5% 15,4% 12,1%Fevereiro / Março 21,2% 13,3% 7,9%
Abril / Julho 16,6% 8,8% 7,8%Ano 22,6% 14,8% 7,8%
Período
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Melhora Média =
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Piora acima de 30% =
7,8%
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INCREMENTAL FURNAS / FUNIL
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 87 / 102
Figura 7.48 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Simulação para o período 1996/97
Figura 7.49 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Simulação para o período 1997/98
1996/97
0
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1.000
1.500
2.000
2.500
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4/97
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3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
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3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
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Figura 7.50 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Simulação para o período 2001/02
Figura 7.51 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Simulação para o período 2002/03
2001/02
-400
-200
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19/0
6/02
03/0
7/02
17/0
7/02
Vazã
o (m
3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
2002/03
-200
0
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3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
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Figura 7.52 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Metodologia Atual
Figura 7.53 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas - Metodologia Proposta
-500
0
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0 500 1.000 1.500 2.000 2.500
Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
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INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS Metodologia Atual
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0 500 1.000 1.500 2.000 2.500
Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
Vazã
o Pr
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(m3 /s
)
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS Metodologia Proposta
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 90 / 102
Figura 7.54 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas
Figura 7.55 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia incremental Porto Colômbia/Furnas
0%
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21/1
1
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19/1
2
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16/1
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13/2
27/2
13/3
27/3
10/4
24/4 8/5
22/5 5/6
19/6 3/7
17/7
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os Metodologia Atual
Met. Atual Média Móvel 7
Metodologia Proposta
Met. Proposta Média Móvel 7
INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
Médias dos Erros AbsolutosMet. Atual Met. Proposta GANHO
Agosto / Novembro 58,7% 19,3% 39,4%Dezembro / Janeiro 44,0% 24,3% 19,6%Fevereiro / Março 38,6% 12,1% 26,5%
Abril / Julho 26,0% 6,9% 19,1%Ano 41,9% 14,8% 27,1%
Período
-100%
-50%
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100%
150%
200%
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Mel
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et. P
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Melhora Média =
Semanas de Melhora =
Melhora acima de 30% =
Piora acima de 30% =
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INCREMENTAL PORTO COLÔMBIA / FURNAS
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 91 / 102
Figura 7.56 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 1996/97
Figura 7.57 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 1997/98
1996/97
0
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1.000
1.500
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o (m
3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
FURNAS TOTAL
1997/98
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Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
FURNAS TOTAL
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 92 / 102
Figura 7.58 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 2001/02
Figura 7.59 – Previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Simulação para o período 2002/03
2001/02
0
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7/02
Vazã
o (m
3 /s)
Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
FURNAS TOTAL
2002/03
0
500
1.000
1.500
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28/0
5/03
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6/03
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Observado Metodologia Atual Metodologia Proposta
FURNAS TOTAL
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 93 / 102
Figura 7.60 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Metodologia Atual
Figura 7.61 – Vazões observadas e previstas para a próxima semana operativa - Bacia total de Furnas - Metodologia Proposta
0
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Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
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)
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1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500
Vazão Observada Semana Operativa (m3/s)
Vazã
o Pr
evis
ta S
eman
a O
pera
tiva
(m3 /s
)
FURNAS TOTAL Metodologia Proposta
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 94 / 102
Figura 7.62 – Média dos erros absolutos na previsão de vazões da próxima semana operativa - Bacia total de Furnas
Figura 7.63 – Ganhos/Perdas nos resultados da previsão de vazões da próxima semana operativa com a adoção da metodologia proposta - Bacia total de Furnas
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
1/8
15/8
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26/9
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0
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21/1
1
5/12
19/1
2
2/1
16/1
30/1
13/2
27/2
13/3
27/3
10/4
24/4 8/5
22/5 5/6
19/6 3/7
17/7
Méd
ia d
os E
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Abs
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os
Metodologia Atual Met. Atual Média Móvel 7 Metodologia Proposta Met. Proposta Média Móvel 7
FURNAS TOTAL
Médias dos Erros AbsolutosMet. Atual Met. Proposta GANHO
Agosto / Novembro 24,2% 18,8% 5,4%Dezembro / Janeiro 25,6% 14,1% 11,4%Fevereiro / Março 20,2% 11,2% 9,0%
Abril / Julho 12,8% 7,4% 5,3%Ano 19,9% 13,0% 7,0%
Período
-100%
-80%
-60%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
7/8/96 6/8/97 1/8/01 7/8/02
Mel
hora
s M
et. P
ropo
sta
- M
et. A
tual
Melhora Média =
Semanas de Melhora =
Melhora acima de 30% =
Piora acima de 30% =
7,0%
63%
12%
2%
FURNAS TOTAL
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Nos resultados obtidos com a metodologia atual para a bacia incremental
Furnas/Funil e, principalmente, para a bacia incremental Porto Colômbia/Furnas,
ocorreram grandes oscilações semanais das previsões de vazões, com a presença
de alguns valores negativos. Este fato justifica-se pelo uso, na metodologia atual, de
um modelo univariado, sem informações de previsão de precipitação, o qual obtém
as previsões de vazões incrementais pela diferença entre as previsões de vazões
totais (ver item 4).
No caso da incremental Porto Colômbia/Furnas, as condições hidrológicas, em um
determinado instante em Porto Colômbia, podem ser diferentes das observadas em
Furnas. Assim, após o final de um período de dias chuvosos na bacia, o hidrograma
de vazões em Furnas já pode estar em fase de recessão e o hidrograma de vazões
em Porto Colômbia ainda estar em fase de ascensão. A metodologia atual, ao
utilizar um modelo univariado cujos resultados são muito influenciados pela
tendência hidrológica, em geral prevê, nestes casos, vazões crescentes em Porto
Colômbia e decrescentes em Furnas. Como conseqüência, as vazões incrementais
Porto Colômbia/Furnas, obtidas pela diferença entre as previsões de vazões nos
dois locais, tendem a ser superestimadas. No caso contrário, após um período de
dias com estiagem e o início de um período de dias chuvosos, o hidrograma de
vazões em Furnas já pode estar em fase de ascensão e o hidrograma de vazões
em Porto Colômbia ainda estar em fase de recessão. Nestes casos, a metodologia
atual prevê, em geral, vazões decrescentes em Porto Colômbia e crescentes em
Furnas. Como conseqüência, as vazões incrementais Porto Colômbia/Furnas,
obtidas pela diferença entre as previsões de vazões nos dois locais, tendem a ser
subestimadas e, em alguns casos, resultam em valores negativos.
A tabela 7.10 apresenta os principais resultados obtidos nas simulações das
previsões de vazões da próxima semana operativa (4º ao 10º dia), com a aplicação
da metodologia atual e da metodologia proposta. Os resultados representam a
média de 208 simulações para cada local de comparação, ou seja, foram realizadas
52 simulações em cada um dos quatro anos já citados na tabela 7.1.
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ONS H:\Projeto8.10\Grande\NT 139 2008\Rev 1\NT 139-2008 R1.doc 96 / 102
Tabela 7.10 – Principais resultados obtidos nas simulações das previsão de vazões da próxima semana operativa (do 4º ao 10º dia da previsão)
Da análise da tabela e figuras anteriores percebe-se que: - Os erros médios das previsões de vazões da próxima semana operativa obtidas
com a metodologia proposta apresentaram pouca variação entre as bacias. Os
erros médios, em geral, diminuíram com o aumento da área de drenagem de cada
bacia, de 16,0% para a bacia de Camargos para 14,8% nas bacias incrementais de
Furnas/Funil e de Porto Colômbia/Furnas. Este fato pode ser explicado pela
configuração semiconcentrada do modelo SMAP adotada para estas duas bacias
incrementais, dividindo-se a primeira em três sub-bacias (3 - Porto dos Buenos, 4 -
Paraguaçu e 5 - Furnas) e a segunda em duas sub-bacias (6 - Fazenda Capão
Escuro e 7 - Porto Colômbia).
- Os erros médios das previsões obtidas com a metodologia atual apresentaram
grande variação entre as bacias, variando de 18,6% para Camargos e 41,9% para a
incremental Porto Colômbia/Furnas. Os erros tendem a crescer quando a previsão é
realizada para bacias incrementais, em razão da metodologia utilizada (item 4), a
qual obtém a previsão da vazão incremental a partir da diferença entre as previsões
de vazões de bacias totais.
- Com a implantação da metodologia proposta, em geral, há ganhos significativos
nos resultados das previsões de vazões da próxima semana operativa em todas as
bacias estudadas. De forma geral, estes ganhos ocorreram em todos os períodos
do ano. A menor redução dos erros médios da previsão de vazão ocorreu em
Camargos (2,6%) e a maior na bacia incremental Porto Colômbia/Furnas (27,1%).
Com a implantação da metodologia proposta, nota-se, também, em todas as bacias
Erros Médios Erros maiores que 40%
Metodologia Metodologia Diminuição Melhoras Piorasdos maiores maiores
erros médios que 30% que 30%(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
1- Camargos 18,6 16,0 12 8 2,6 59 10 3Incremental Funil/Camargos 25,8 15,6 19 10 10,2 63 15 3Incremental Furnas/Funil 22,6 14,8 15 7 7,8 61 13 3Incremental Porto Colômbia/Furnas 41,9 14,8 37 6 27,1 79 33 1Furnas Total 19,9 13,0 14 5 7,0 63 12 2
PropostaFrequência
MAPEGanhos com uso da metodologia proposta
BaciaAtual Proposta Atual
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estudadas, uma redução significativa na ocorrência dos grandes erros de previsão,
principalmente na bacia incremental Porto Colômbia/Furnas.
Sem considerar eventuais vantagens do tipo de modelo utilizado em cada
metodologia, os ganhos nos resultados das previsões de vazões, com a
implantação da metodologia proposta, decorrem, basicamente, de cinco fatores:
- Do uso de informações de previsões de precipitação, com a aplicação da
metodologia de identificação e remoção de eventual viés da previsão;
- Da utilização de informações de chuvas e vazões observadas em estações
existentes nas bacias;
- Do uso de intervalo de tempo diário para processamento do modelo, o qual
permite uma melhor aderência às condições hidrológicas vigentes nas bacias;
- Da utilização de uma configuração semiconcentrada para o modelo SMAP,
dividindo-se as maiores bacias incrementais em duas ou três sub-bacias (a
metodologia atual utiliza o modelo PREVIVAZ, que é univariado); e
- Do uso direto de séries de vazões incrementais.
Com relação ao último item, vale ressaltar que, mesmo para previsões em bacias
totais, como nos casos das bacias de Camargos e de Furnas Total, o desempenho
da metodologia proposta é, de forma geral, melhor que o da metodologia atual.
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8 Conclusões e Recomendações
A metodologia atual utilizada para obtenção da previsão de vazões da próxima
semana operativa (uma semana à frente), na bacia do alto/médio rio Grande, é
realizada a partir do uso do modelo estocástico univariado PREVIVAZ, que não
considera informações de previsão de precipitação e informações de chuva e
vazões observadas em estações existentes na bacia. As previsões de vazões das
bacias incrementais, necessárias para alimentação dos modelos utilizados pelo
ONS nos processos de programação da operação do SIN, são calculadas pela
diferença entre as previsões de vazões totais obtidas em locais de aproveitamentos.
A metodologia proposta para a previsão de vazões da próxima semana operativa
envolve: a utilização do modelo determinístico SMAP, de forma semiconcentrada
(dividido em sub-bacias), com o uso de observações de estações fluviométricas e
pluviométricas existentes na bacia; o uso de informações de previsão de
precipitação; e a utilização de séries de vazões incrementais e, em conseqüência, a
previsão direta das vazões incrementais. Após as simulações da aplicação desta
metodologia proposta, pode-se concluir que:
- De forma geral, o uso de previsões de precipitação traz ganho significativo nos
resultados das previsões de vazões. Contudo, foi verificado um viés positivo nas
previsões fornecidas pelo modelo ETA (tendência de superestimar os valores da
precipitação prevista), sendo desenvolvida, nestes estudos, uma metodologia para
identificação e remoção deste viés, que poderá ser utilizada em qualquer bacia do
SIN.
- A comparação entre os desempenhos da metodologia proposta e da metodologia
atual foi realizada com base em 208 simulações semanais, envolvendo quatro anos
com condições hidrológicas distintas e quatro bacias incrementais (Camargos,
incremental Funil/Camargos, incremental Furnas/Funil e incremental Porto
Colômbia/Furnas). Os resultados obtidos mostraram, de forma geral, um ganho
significativo nos resultados das previsões das vazões da próxima semana operativa
com o uso da metodologia proposta, a saber:
a) Redução significativa dos erros médios da previsão de vazões em todas as
bacias e em todos os períodos do ano.
b) Redução significativa da ocorrência de grandes erros da previsão.
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Além disso, com base na experiência adquirida com a operacionalização de novos
modelos em outras bacias do SIN (ver item 1), pode-se afirmar que a necessidade
do uso de observações de estações fluviométricas e pluviométricas, com a
implantação da metodologia proposta, proporcionará um ganho na qualidade do
acompanhamento das condições operativas dos aproveitamentos e das condições
hidrológicas da bacia do alto/médio rio Grande.
Desta forma, recomenda-se a utilização da metodologia proposta nesta nota técnica
para a previsão de vazões dos dias restantes da semana em curso e da próxima
semana operativa para os aproveitamentos da bacia do alto/médio rio Grande, para
uso nos processos do Programa Mensal da Operação (PMO) e de suas revisões.
Como aprimoramentos futuros, recomendam-se ainda:
- A aplicação de novos testes de desempenho desta metodologia para a bacia do
alto/médio rio Grande, com o uso de alguns aprimoramentos do modelo SMAP,
conforme citado no item 7.2.
- A aplicação desta metodologia para o restante da bacia do rio Grande, bem como
para outras bacias do SIN.
- A realização de estudos para identificação e eventual remoção de viés das
previsões de precipitação fornecidas pelo modelo ETA para outras bacias do SIN.
- O maior uso, de forma direta, de séries de vazões incrementais nos processos de
programação e planejamento da operação do SIN.
- O desenvolvimento e uso de um sistema computacional, em substituição às
planilhas eletrônicas existentes, visando proporcionar maior agilidade no
processamento das informações e na obtenção das previsões.
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9 Operacionalização da Metodologia Proposta
Para a operacionalização da metodologia proposta para a previsão de vazões da
próxima semana operativa nos locais dos aproveitamentos são necessários os
seguintes passos:
- Obtenção, em tempo real, dos valores de chuva observada nas estações
pluviométricas da CEMIG, FURNAS e INMET.
- Obtenção das informações das previsões de precipitação fornecida pelo modelo
ETA e correção do viés da previsão (item 6.2.3).
- Obtenção dos valores de vazão observada nas estações fluviométricas da CEMIG
e FURNAS.
- Cálculo das vazões incrementais das sete sub-bacias consideradas no modelo
SMAP.
- Cálculo das previsões de vazões, a partir da execução do modelo SMAP aplicado
à bacia do alto/médio rio Grande, para as bacias incrementais de Camargos,
Funil/Camargos, Furnas/Funil e Porto Colômbia/Furnas.
- Cálculo das previsões de vazões para as bacias incrementais de Mascarenhas de
Moraes/Furnas, L.C.Barreto/Mascarenhas de Moraes, Jaguara/L.C.Barreto,
Igarapava/Jaguara, Volta Grande/Igarapava e Porto Colômbia/Volta Grande, a partir
das previsões da bacia incremental Porto Colômbia/Furnas e de forma proporcional
às vazões médias de longo termo (MLT) de cada bacia incremental.
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