mergulho diário edição 10 - 09/05/2016

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Mais de 180 mil mineiros atualizam cadastro eleitoral em uma semana Fluxo nos cartórios eleitorais foi intenso nos últimos dias | Página 3 mergulhodiário 09 de maio de 2016 Facom/ UFJF Edição 10 Foto: Rafael Antunes Dia das Mães movimenta comércio juiz-forano Comeciantes ainda contabilizam resultado das vendas | Páginas 4 Foto: Bruna Luz UNIVERSIDADE UFJF inicia segunda edição do Programa de Formação Empreendedora Página 5 CULTURA Colecionadores compartilham paixão com familiares e influenciam suas preferências Página 8 e 9

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Page 1: Mergulho Diário Edição 10 - 09/05/2016

Mais de 180 mil mineiros atualizam cadastro eleitoral em uma semana

Fluxo nos cartórios eleitorais foi intenso nos últimos dias | Página 3

mergulhodiário09 de maio de 2016 Facom/ UFJF Edição 10

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Dia das Mães movimenta comércio juiz-forano

Comeciantes ainda contabilizam resultado das vendas | Páginas 4

Foto: Bruna Luz

UNIVERSIDADEUFJF inicia segunda edição do

Programa de Formação Empreendedora

Página 5

CULTURAColecionadores compartilham

paixão com familiares einfluenciam suas preferências

Página 8 e 9

Page 2: Mergulho Diário Edição 10 - 09/05/2016

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O que faz um bom jornalista?

OPINIÃOmergulhodiário

EXPEDIENTEJornal Laboratório da

Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora

(UFJF), produzido pelos alunos da disciplina Técnica de Produção em

Jornalismo Impresso

ReitorProf. Dr. Marcus David

Vice ReitoraProfª. Drª. Girlene Alves da Silva

Diretor da Faculdade de Comunicação Social

Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira

Vice-diretoraProfª. Drª. Marise Pimentel Mendes

Coordenadora do Curso de Jornalismo

IntegralProfª Drª Claúdia de Albuquerque Thomé

Chefe do Departamento de metódos aplicados e técnicas laboratoriais

Profª Drª Maria Cristina Brandão de Faria

Professores Orientadores

Prof. Me. Guilherme Moreira FernandesProf. Me. Rodrigo Fonseca Barbosa

EdiçãoBruno Marangon

Lucas Guedes

DiagramaçãoIsabella Gonçalves

Naiara Neves

ReportagemBruna Luz

Bruno PaivaDébora AlvesLucas GuedesMoisés Fialho

Rafael Antunes

Contato:[email protected]

facabook.com/mergulhodiario(32) 2102-3612

09/05/2016

Editorial

Parafraseando a clássica frase “no fim, a vida passa diante de nossos olhos”, tudo o que passamos ao longo das últimas dez edições vem à tona ao concluirmos a primeira etapa do “Mergulhão de Impresso”. Pautas caíram, colegas nos deixa-ram, a internet falhou, a luz acabou, fontes não responderam e conflitos não faltaram, mas o compromisso com o leitor jamais deixou de ser nossa prioridade. Afinal, o que seria de nós sem vocês? Contudo, mais do que nunca fo-mos confrontados com alguns dos questionamentos e dilemas que assolam o exercício jornalístico. Semelhante a uma experiência de autoconhecimento, vivemos uma crise de identidade, na qual somos levados a refletir sobre o papel do jornalista num cenário cada vez mais “caótico” no que diz respeito à troca de informações. Quem somos nós nesse processo? Quem devemos ser? Quem podemos ser? Quem re-almente somos? A diferença entre teoria e práti-ca, acadêmico e profissional, ima-ginário e real, torna-se cada vez mais evidente à medida em que nos aproximamos de nossa formação e entramos em contato com “o mun-do lá fora”. Ligados ao passado, ten-

tamos nos preparar para o futuro, mas ainda sem entender as revolu-ções que acontecem ao nosso redor, embora estas aconteçam, em alguns casos, sem que nossos sentidos se-jam capazes de percebê-las. Enquanto isso, uma nova oportu-nidade de participar desse processo evolutivo nos é apresentada como a próxima tarefa da disciplina: pro-duzir uma revista. Assim como no Mergulho Diário, nos compromete-mos a cumprir nossa função como porta-vozes da informação, valori-zando uma abordagem diversifica-da quanto às nossas fontes, rica em dados e verídica diante dos fatos, na esperança de que você, caro leitor, continue a nos acompanhar. Para concluir nossa reflexão, dei-xamos aqui alguns questionamentos que podem suscitar um importante debate na sociedade dos tempos de hoje, não só entre aqueles cuja vida está intimamente ligada à comuni-cação. Qual é a filosofia dos jorna-listas? O que é a realização profis-sional para um jornalista? O que faz um bom jornalista? Estamos formando bons jornalistas, ou ape-nas perpetuamos aquilo que tanto criticamos?

Errata Na edição n°8 (página 4), infor-mamos que a Agricultura Fami-liar é responsável por 38% de toda produção agrícola nacional. Na verdade, ela é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos consumidos pelos

brasileiros, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os 38% apresentados relacionam a Agricultura Familiar à geração to-tal de receita dos estabelecimentos agropecuários do país.

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POLÍTICAmergulhodiário

09/05/2016

Mais de 180 mil mineiros atualizaram cadastro eleitoral

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Processo de alteração terminou na última semana; resultado será auditado pelo TSE

Rafael Antunes

Na última sexta-feira (6), a Justiça Eleitoral finalizou o Cadastro Nacio-nal de Eleitores em todo o Brasil. O processo começou há cerca de dois meses, mas só na última semana, mais de 180 mil pessoas compareceram aos cartórios de todo o estado. Eles deram entrada nos documentos para come-çar a votar ainda em 2016 e alteraram dados pessoais, como endereço de vo-tação entre cidades da região e zonas de Juiz de Fora e demais pendências. O número final ainda não foi confir-mado pela Justiça. O cadastro é o banco de dados do sistema de alistamento eleitoral, que agrupa todo o eleitorado brasileiro inscrito no país e no exterior. Em Juiz de Fora, a exemplo de outras cidades do estado, o atendimento se prolongou durante a noite, nos dois últimos dias, para que nenhum elei-tor que tivesse ido a um dos locais deixasse de ser atendido. A técnica judiciária, Vilma Sinott, ainda não tem o balanço de eleitores da cidade que compareceram aos cartórios eleitorais dentro do prazo, mas disse que, quem não foi atendi-do, não poderá fazer modificações para a próxima eleição: “A pessoa

que não transferiu vai votar no mes-mo local e quem não fez o título pela primeira vez, os eleitores novos, não vão votar agora”, disse. Ela salientou que o prazo que ven-ceu na última semana não interfere no pagamento de multas para elei-tores ausentes em outros processos: “Quem deixou de votar em apenas uma ou duas eleições, pode verificar esta situação normalmente e pagar essa multa em outra data”, explicou. Vilma informou que a identificação biométrica, que levou centenas de eleitores aos cartórios, não será uti-lizada este ano: “A biometria não foi necessária porque a eleição de 2016 não vai trabalhar com essa identifi-cação. No entanto, todo e qualquer eleitor que compareceu à justiça elei-toral por este motivo foi devidamen-te atendido”, concluiu. A partir de agora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve re-ceber dos órgãos estaduais os re-latórios, até o dia 28 de junho. No dia seguinte, começa o processo de auditoria dos dados do cadas-tro eleitoral, que está previsto para terminar no dia 7 de julho.

Vereador de Juiz de Fora lança curso nesta segunda

Cidadãos terão acesso a nove aulas introdutórias sobre temas diversos

relacionados a política.

O vereador Jucelio Maria (PSB) lança hoje (9), o Curso de Cultu-ra Política, voltado para cidadãos que querem aprender o básico so-bre a área e seu funcionamento. As aulas pretendem formar uma rede de multiplicadores do co-nhecimento político, estimular a curiosidade, a busca por conheci-mento, a formação humanística e crítica e consolidar a vivência da política como aspecto imprescin-dível na sociedade. O curso é online e, ao todo, serão disponibilizados nove vídeos, que divulgados todas as segundas-fei-ras, às 10:30, nos canais de comu-nicação do vereador, com os te-mas: “O que é política?”; “Espaço público, privado e bem coletivo”; “Participação Política”; Gover-no Representativo Democrático”; “Divisão dos Poderes”; “Funções do Legislativo”; “Sistema Eleito-ral”; “Políticas Públicas” e “Orça-mento Público”.

Foto: Rafael Antunes

Foto: Lucas Guedes

Quem não fez o título pela primeira vez não poderá votar nas próximas eleições.

Jucelio Maria criou curso para que cidadãos entendam melhor sobre política

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CIDADEmergulhodiário

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“Dia das Mães” em Juiz de Fora estimula a economia, mas não reaquece o mercado

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Especialista aponta crise financeira como uma das causas

Calçadão fica movimentado em véspera de Dia das Mães

Bruna Luz

Ontem (8) foi celebrado o Dia das Mães, segunda data mais importan-te para o comércio juiz-forano, atrás somente do Natal. Para o segmen-to, o dia é uma oportunidade para alavancar vendas e estimular a eco-nomia. Contudo, a expectativa dos comerciantes pode ter sido frustrada pelo cenário de austeridade econô-mica, que torna o consumidor cada vez mais cauteloso. O comerciante Bruno Rodrigues, comenta que blusas de meia estação, vestidos e batas foram os itens mais comprados, por terem um preço re-duzido. E mesmo com um resultado aquém do esperado, ele reitera que a iniciativa de fazer ofertas ajudou a ga-rantir as vendas - mesmo aquelas não direcionadas às mães. “Como estamos com uma promo-ção de desconto progressivo de até 20%, a maioria dos clientes apro-veitou para levar mais peças, garan-

tindo o maior desconto possível na aquisição”, explica o vendedor. “Assim, saiu daqui satisfeito com o presente para a mãe e com seu guarda roupa renovado”, afirma. Segundo a sub-gerente da loja, Juliana Almeida, o movimento este ano teve um decréscimo em comparação aos anteriores devido à crise: “Esse ano as pessoas estão escolhendo uns presentes mais em conta, em torno de 100 a 200 reais”, revela. Além disso, ela pontua que os clientes escolheram a véspera da data para comprar o presente. “O movimento maior foi de última hora, mas o melhor dia mesmo foi sá-bado, quando o shopping estava lota-do e teve muita saída de presentes”. A sub-gerente comenta ainda que, de-pois das 18h, também foi registrado um movimento expressivo, em par-te pelo fechamento do comércio no centro da cidade, fazendo com que as

pessoas migrassem para o shopping. Mesmo com baixo resultado, o município é especialmente impul-sionado por sua dependência do co-mércio, como indica o economista Fernando Agra. “Uma cidade que tem um setor industrial mais forte não depende tanto dessas datas. Juiz de Fora ainda depende muito pelo fato do comércio ser um grande em-pregador da cidade”, explica.

Impacto econômico

Estudante de Engenharia Mecatrô-nica, Raysa Friaça tem o hábito de não comprar presentes para a mãe antes da data. “Geralmente as coisas em datas comemorativas ficam mais caras. E se você esperar uns dias, com-pra o mesmo presente por um valor menor”. Entretanto, a estudante conta que, este ano, a crise não afetou seu poder de compra, e planeja comprar roupas para a sua mãe, gastando em torno de R$50. Fernando Agra avalia que a atual conjuntura econômica brasileira tor-na os consumidores mais cautelosos: “A educação financeira desperta mais atenção das pessoas, seja pela infla-ção que corrói o poder de compra, seja pelo desemprego que tem afetado muita gente”, aponta. Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio) apontou que o item preferido para presentear as mães este ano foram roupas, seguido de cosmé-ticos, flores, joias e objetos de decora-ção. Segundo a entidade, ainda não há um balanço do resultado da data para o mercado, já que os comerciantes ainda estão contabilizando as vendas. A previsão é de que as informações sejam divulgadas nos próximos dias.

Foto: Bruna Luz

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UNIVERSIDADE

mergulhodiário

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UFJF inicia segunda turma do Programa de Formação Empreendedora em Juiz de Fora

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Minicurso é voltado para qualquer pessoa que queira abrir um negócio inovador

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) iniciou a segunda turma do Programa de Formação Empreendedora na última quarta-feira (4), reunin-do 30 participantes. O progra-ma tem como objetivo inserir os alunos no mundo do empreen-dedorismo, dando aos interes-sados a oportunidade para cria-ção de negócios e a aquisição do conhecimento necessário para o teste da viabilidade técnica, mercadológica e financeira de suas ideias de negócios. Alguns dos projetos se-lecionados anteriormente são o “Avisa Gás”, sistema que alerta ao usuário quando o gás está acabando; o “Invent”, projeto ba-seado na criação de impressoras 3D que permitem a utilização de vários tipos de materiais, inclu-sive biodegradáveis; o “Box Or-gânico”, plataforma de compra e venda de produtos orgânicos e o “All Bees” sistema de hardwa-re/software que visa aumentar a produtividade dos processos de fabricação em confecções. Segundo Leonardo Frossard, responsável pela In-cubadora de Base Tecnológica (IBT), os projetos que foram selecionados na primeira tur-ma estão bem encaminhados e estão fazendo um trabalho interessante. “A nova turma também me surpreendeu, pois são pessoas muito engajadas. Porém, vale lembrar que os mesmos critérios da edição an-terior serão levados em conta, sobretudo o enquadramento das propostas no conceito de base tecnológica.”, comenta.

Divisor de águas Para o projetista Paulo de Do-menico Filho, cuja oportunidade de participar do Programa coincidiu com o momento em que foi premiado em um concurso local de empreendedo-rismo, o aprendizado foi um divisor de águas. “Gostaria de ter conhecido o Centro há 50 anos, pois hoje eu seria outra pessoa. Estudei em uma escola técnica e, consequentemente, minha formação foi pouco direcionada para o aspecto gerencial. O que eu aprendi em três meses de Formação Empreen-dedora, não aprendi em meio século de vida”, reconhece. Já o graduando em Engenharia Elétrica Leandro Silva considera que a chance de visualizar outros aspectos do empreendedorismo mais a fundo foi um dos grandes atrativos do curso. “Às vezes você tem uma grande ideia, mas não sabe como colocá-la em prá-tica, bem como os passos que antece-dem a criação de um negócio. É possí-vel encontrar muito conteúdo sobre o assunto na internet, mas é muito dife-rente quando você tem alguém lhe ins-truindo melhor”. afirma ele, exemplifi-cando com atividades como o Canvas de Proposta de Valor, ferramenta para modelagem de negócios. O programa é promovido pelo Centro Regional de Inovação e Trans-ferência de Tecnologia (Critt/UFJF) e é dividido em duas etapas. A primeira, com duração de dois meses, consiste na preparação dos alunos para a cria-ção de uma Plano de Negócios e a qua-lificação nos temas Empreendedoris-mo e Inovação. Já na segunda etapa, os empreendedores são instruídos para a criação do Plano, sendo também sele-cionados sendo também selecionados os projetos com maior potencial tec-nológico, mercadológico e financeiro.

Professor português ministra palestras sobre Ambientes

Decorativos no Brasil e Portugal

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe no Insti-tuto de Ciências Humanas (ICH) e no Anfiteatro da Reitoria, nos dias 12 e 13, às 18h, e dia 14, às 10h30, o professor da Escola das Artes da Universidade Católica Portugue-sa (UCP), Gonçalo Mesquita S. de Vasconcelos e Sousa. Ele irá minis-trar o curso “Ambientes Decorati-vos em Portugal e no Brasil, sécu-los XVIII a XX”. O curso é aberto à população, e irá dar certificado aos participantes que tiverem 75% de frequência. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo te-lefone (32) 3690-2027 da Fundação Museu Mariano Procópio (Mapro), das 8h às 12h e das 14h às 18h. As vagas são limitadas. A oportunida-de é ofertada pela Mapro; pela Pre-feitura de Juiz de Fora (PJF); pelo Laboratório de História da Arte da UFJF; contando, ainda, com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da UFJF.

Moisés Fialho

Novos participantes conheceram um pouco mais sobre o programa

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SEGURANÇAmergulhodiário

09/05/2016

Assaltantes rendem dono de estabelecimento após obrigarem gerente a colaborar

Assaltantes são capturados após assalto a posto no bairro Cerâmica

O dono de um bar na Zona Norte de Juiz de Fora foi rendido ontem (8) após assaltantes entrarem em sua casa. De acordo com informações da Polícia Militar, os bandidos roubaram primeiro o estabelecimento, quando renderam o gerente do local, e o obrigaram a ir até a residência do proprietário. Assim, conse-guiram convencer a vítima a abrir o portão para que os criminosos invadissem. Os autores levaram duas

televisões, várias espadas japonesas que serviam de decoração, três relógios e quantia em dinheiro, le-vando também o carro da vítima, usado na fuga. Antes de se dirigirem à residência da vítima, os assaltantes levaram R$ 2.000,00 do caixa do bar, além de dinheiro e pertences dos funcionários. As informações foram repassadas para outras unidades de Polícia, que seguem com o rastreamento.

Após ser acionada nesse sábado (7) pelo COPOM, a Polícia Militar recebeu a denúncia de roubo a mão armada por dois assaltantes a um posto de gasoli-na localizado no bairro Cerâmica, na Zona Norte de Juiz de Fora. Segundo boletim, os criminosos chega-ram ao posto a pé. Após informações de moradores do bairro, a Polícia apurou que os autores do crime escaparam em um carro Gol, encontrado no bairro

Carlos Chagas, na frente de uma residência que foi descoberta ser de um dos bandidos. Após revistar a casa, os policiais encontraram a quantia de R$ 2.242,00 reais, valor aproximado ao roubado no posto, além de R$ 1.100,00 de origem não declarada. Os suspeitos foram detidos e a P.M. confirmou que eram realmente os criminosos, quan-do as vítimas os reconheceram por fotografia.

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Exposição Extremos05/05 a 02/06

Espaço Reitoria - UFJF

Rixas entre bairros provoca morte na Zona Norte e deixa vítima em estado grave na Vila Ozanan

Um homem de 27 anos foi encontrado morto no Bairro Benfica na Zona Norte neste domingo (8). Após ser levado para a UPA Norte, foi constatado que teria sofrido uma perfuração abdominal, provocada por arma branca. Posteriormente, a P.M. analisou as imagens do Sistema de Monitoramento e identificou dois suspeitos, sendo que um deles possuía uma faca. A vítima possui passagem pela Polícia por roubo e furto, e a motivação do crime segue em investigação,

com suspeita de ter sido provocada por rivalidade de bairros. Uma vítima de 27 anos segue em estado grave após tiroteio no bairro Vila Ozanan, na região central de Juiz de Fora, neste domingo (8). Outra vítima, de 16 anos, que conseguiu escapar, relatou que os autores dos disparos se tratavam de moradores do bairro Olavo Costa, que são reconhecidos por participarem em brigas de bairros.

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ESPORTE

mergulhodiário

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América MG leva a melhor contra Atlético MG

Vasco conquista Campeonato Carioca pela 24ª vez

América Mineiro levanta taça e quebra jejum de 15 anos sem vencer o campeonato

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Na tarde de ontem, em Belo Horizonte, o Atlético-MG disputou a segunda partida da final do campeonato mineiro contra o América-MG. O jogo, que aconteceu no Mineirão, terminou com o placar de 1 a 1, com gols de Clayton (Atlético) e Danilo (América). O resultado, somado à vitória do América Mineiro por 2 a 1 no pri-meiro jogo, deu ao time a conquista do título, quebrando um jejum de 15 anos sem vencer o campeonato.

No Rio de Janeiro, o Vasco conquistou, de forma invicta, mais um campeonato carioca. Com o Maracanã lotado, seu adversário era o Botafogo, que já entrou em campo em desvantagem, por ter perdido o primeiro jogo por 1 a 0. Com gols de Leandrinho (Botafogo) e Rafael Vaz (Vasco) a partida terminou empatada em 1 a 1 e deu ao clube cruzmaltino seu 24º título de campeão do Rio.

O camisa 14, Rafael Vaz, fez o gol de empate que deu o título ao Vasco

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Santos freia Audax e se consagra campeão paulista Em São Paulo, pela 22ª vez em sua história, o Santos levantou novamente a taça de campeão paulista. A par-tida, que aconteceu na Vila Belmiro, foi contra o Audax, time que cresceu durante o campeonato e foi respon-sável pela eliminação de clubes tradicionais, como São Paulo e Corinthians. O atacante Ricardo Oliveira fez o único gol do jogo, e deu a vitória ao clube da Vila.

confira as edições anteriores do mergulho diário!

https://issuu.com/mergulhodiario

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CULTURA mergulhodiário

09/05/2016

Colecionadores revelam como o hábito reforça laços entre diferentes gerações

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Encontro de amantes da atividade reúne até 30 participantes por edição em JF

O hábito de colecionar não é algo novo na cultura brasileira e, em alguns casos, pode ser passado de geração a geração, sem interrup-ção. Embora por vezes, incom-preendida, essa atividade pode ser compartilhada entre familiares, reforçando laços entre parentes e influenciando, direta e indireta-mente, interesses e preferências daqueles que decidem ou não dar continuidade a esse hobby. Para o neurocirurgião Marcelo Quesado, colecionar é um lazer para os finais de semana, viagens e momentos livres, mas pode con-tribuir muito até mesmo para o ambiente familiar: “Meus filhos leram não só os quadrinhos que tenho em acervo, mas também revistas e livros, como a coleção completa dos contos dos irmãos Grimm. E essa diversidade de for-matos de leitura foi essencial para a educação deles”, reconhece. “Comecei a colecionar histórias em quadrinhos (HQs) quando ainda era adolescente, comprando em bancas e nos famosos ‘sebos’

para completar algumas séries. Cheguei a ter a coleção completa de “Conan, o Bárbaro” lançada no Brasil nas décadas de 70 e 80; além de várias publicações d’”O Fantasma” - um personagem que poucos conhecem; e do “Tarzan” - publicações das décadas de 50 e 60 - que adquiri de outros colecio-nadores”, conta. Pai de dois filhos, ele revela que com o tempo, começou a ficar di-fícil “garimpar” entre as lojas que, tradicionalmente, comercializa-vam nesse segmento: “Natural-mente é difícil encontrar algumas edições específicas, e os sebos de Juiz de Fora têm se especializado cada vez mais em livros didáticos, reduzindo o comércio de HQs, cuja demanda é, de fato menor, sobretudo se tratando das mais antigas”, aponta. “Não há como acompanhar o mercado, pois o volume de pro-dução de quadrinhos é muito alto. A DC Comics, por exemplo, lança inúmeras revistas mensalmente, nas quais diferentes personagens

Lucas Guedes

Colecionadores mineiros e de outros estados se reúnem em encontro juiz-forano.

(Foto: Divulgação)

podem aparecer”, explica Quesa-do. “Com o tempo acabei optando por adquirir mais as graphic no-vels, uma espécie de livro em que o escritor transforma uma história em um livro ilustrado, o que, para alguns é considerado até mesmo uma obra de arte”.

De pai para filho Quesado acredita que colecio-nar, independente do que seja, é uma atividade positiva também para os laços familiares. “É mui-to saudável, pois você comparti-lha interesses comuns com seus parentes e amigos. Além disso, ter um hobby como esse, que te permite relaxar, mudar o foco, quebrar a rotina e criar um con-traponto à correria do dia a dia, também é muito importante”, defende o neurocirurgião. O filho mais novo do cirurgião, Frederico Quesado, confirma que a atividade sempre foi comparti-lhada pelo pai, que, apesar de ze-loso com o que tem, fez questão de dividir com ele e seu irmão mais velho: “Além dos quadrinhos, que sempre pudemos pegar à vontade, meu pai tem uma coleção de ca-nivetes. Toda vez que ele encontra um novo, compra outros dois para nos dar. Mas garanto que nunca nos machucamos”, brinca. “Ele viaja a trabalho com frequ-ência e compra um canivete em todos os lugares aonde vai. Já foi para a França e comprou um clás-sico francês. Meu irmão foi para a Suíça e ele pediu um Vitorinox - o famoso canivete suíço. Já na Ale-manha comprou o tradicional ca-

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CULTURA mergulhodiário

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nivete alemão, fazendo o mesmo quando esteve nos Estados Unidos. Essa coleção em particular ele tem desde pequeno, reunindo alguns bem antigos”, ressalta o estudante. Porém, ele admite que a verdeira paixão do pai foi, por muito tempo, as HQs: “Ele sempre foi apegado a elas e isso ficou evidente quando a coleção do Conan foi furtada, algo que ainda o deixa frustrado e cha-teado”, revela. “Nesse aspecto, acho que sou muito diferente dele e do meu irmão. Mais desprendido, sabe? Colecionar é um hábito bacana, mas exige dinheiro, espaço e cuidado. É algo que me atrai, mas quero fazer de forma diferente”, diz. “Praticamente tudo o que eu gosto herdei do meu pai, incluin-do as preferências musicais. Ele tinha uma coleção de discos de vinil dos Beatles, minha banda favorita, que está aqui em casa até hoje. Essa in-fluência foi direta não só na música, mas também nos quadrinhos, na tec-nologia (eu sentava no colo dele para jogar os primeiros videogames da his-tória, os ‘avôs’ dos que eu jogo hoje) e também em filmes, como Star Wars”, afirma.

Manutenção da cultura Colecionador de moedas e cédu-las antigas, que vão desde os réis da virada do século XIX para o século XX, até moedas de 1 centavo (reti-radas de circulação há alguns anos), o estudante de Administração Lu-cas Macedo conta que herdou o há-bito, literalmente, do falecido avô: “Ele tinha o hábito de colecionar várias coisas, que iam desde lacres de latas de alumínio até chaveiros

e chaves perdidas, passando por cartões de contato e revistas”, elenca. “Ele era a pessoa mais parecida co-migo que eu já co-nheci, pois nunca tivemos o hábito de jogar coisas fora e sempre achá-vamos que, em alguma ocasião, iriamos usá-las”, relembra Macedo. “É uma forma de se distrair das ma-zelas do dia a dia e se divertir. Acho que é da natureza humana se apegar

de alguma forma a alguns obje-tos ou hábitos. É uma forma de resgatar uma lembrança, se dis-trair e passar o tempo com coisas que você gosta”. De acordo com o secretário do Clube de Colecionadores de Juiz de Fora (Cojufo), Waltencir Costa, a continuidade dos acervos pesso-ais entre parentes não é incomum, sendo uma das principais formas de se manter essa tradição. “Há

colecionadores que herdam do pai não só a admiração, mas também os itens preservados. Outros pa-rentes também participam, amigos são influenciados, tornando essa uma cultura fortalecida”, afirma. Ainda segundo ele, os encontros promovidos pelo Clube - em par-ceria com a Sociedade Filatélica - reúnem de 20 a 30 colecionadores para exporem suas coleções, em geral, oriundos da Zona da Mata e Vertentes, mas, em alguns casos, até mesmo de outros estados, re-cebendo uma média de 100 visi-tantes registrados por edição. “As moedas, selos e álbuns de figuri-nhas esportivas são os que mais chamam a atenção do público”, destaca. “Além destes, também temos HQS, álbuns diversos, cédulas, miniaturas (carros esportivos e de passeio; avi-ões; motos e super-heróis), cartões-postais e telefônicos, calendários de bolso, imãs de geladeira e muitos outros”, explica. Costa avisa que ain-da este mês, no próximo dia 21, um novo encontro deve ser realizado no Centro Cultural Bernardo Mascare-nhas (CCBM - Avenida Getúlio Var-gas, 200 - Centro), de 10h às 16h.

“Ele era a pessoa mais parecida comigo que eu já conheci, pois nunca tivemos o hábito de jogar coisas fora e sem-pre achávamos que, em alguma ocasião, iriamos usá-las”.

Frederico Quesado foi diretamente influenciado pelas HQs do pai.

(Foto: Arquivo Pessoaç)