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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 3 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA SGOB O Centro de Convenções Ulysses Guima- rães, de Brasília, será palco de mais uma edição do nosso 47° Congresso de Gine- cologia e Obstetrícia do Distrito Federal, idealizado com muito carinho desde o con- teúdo científico até a programação social. As comissões trabalharam arduamente para brindar-lhes com um ótimo evento. Grandes nomes da medicina mundial e nacional estarão presentes com os quais poderemos interagir, trocar ideias e fazer amizades. Nesta edição, enviamos a programação detalhada com os respectivos palestrantes, para incentivar inscrições dos que ainda não as fizeram. Vamos participar, sem dúvida será uma oportunidade ímpar de atuali- zação científica. Sejam todos bem-vindos. Carlos Portocarrero Sanchez Presidente da SGOB

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 3

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA SGOB

O Centro de Convenções Ulysses Guima-rães, de Brasília, será palco de mais uma edição do nosso 47° Congresso de Gine-cologia e Obstetrícia do Distrito Federal, idealizado com muito carinho desde o con-teúdo científico até a programação social.

As comissões trabalharam arduamente para brindar-lhes com um ótimo evento.

Grandes nomes da medicina mundial e nacional estarão presentes com os quais poderemos interagir, trocar ideias e fazer amizades.

Nesta edição, enviamos a programação detalhada com os respectivos palestrantes, para incentivar inscrições dos que ainda não as fizeram.

Vamos participar, sem dúvida será uma oportunidade ímpar de atuali-zação científica.

Sejam todos bem-vindos.

Carlos Portocarrero SanchezPresidente da SGOB

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal4

DIRETORIA FEBRASGOPresidente: Etelvino de Souza Trindade

Diretoria Administrativa: Vera Lúcia Mota Diretor Financeiro: Francisco Eduardo Prota Diretor Científico: Nilson Roberto de Melo

Diretor de Defesa Profissional: Hélcio Bertolozzi Soares

Vice-Presidente Região NorteJúlio Eduardo Gomes Pereira

Vice-Presidente Região NordesteOlímpio Barbosa Moraes Filho

Vice-Presidente Região Centro-OestePaulo Roberto Dutra Leão

Vice-Presidente Região SudesteAgnaldo Lopes Da Silva Filho Vice-Presidente Região Sul

Jorge Abi Saab Neto

DIRETORIA SGOB BIÊNIO 2014/2015

Presidente: Carlos Portocarrero SanchezVice-presidente: Jean Pierre Barguil Brasileiro

Secretário-geral: Vinicius Medina LopesTesoureira: Cínara Costa Gusmão

Diretor Científico: David Barreira Gomes SobrinhoDiretor de Defesa Profissional e Honorários Médicos: Josenice de Araújo S. Gomes

Diretor de Comunicação e Divulgação: Alysson ZanattaDiretora de Eventos: Lucila Nagata

Diretor de Informática: Leonardo CampbellDiretora de Ações Sociais: Adriana Gualda GarridoDiretor de Cultura: José Domingues dos Santos Júnior

Conselho Fiscal

- Hitomi Miura Nakagawa- Rosaly Rulli Costa

- Adelino Amaral Silva

Suplentes do Conselho Fiscal- Carla Maria Martins da Silva- Adalberto Xavier Ferro Filho

- Evaldo Trajano de Souza Silva Filho

Conselho Consultivo- Alberto Carlos Moreno Zaconeta

- Walquiria Quida Salles Pereira Primo- Frederico José Silva Corrêa

- Evaldo Trajano de Souza Silva Filho- Antonio César Paes Barbosa

DIRETORIAS COMISSÃO ORGANIZADORA

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 5

COMISSÃO ORGANIZADORA

47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal

Presidente: Carlos Portocarrero SanchezVice-presidente: Jean Pierre Barguil Brasileiro

Tesoureira: Cínara Costa GusmãoSecretário-geral: Vinicius Medina Lopes

Comissão científica: David Barreira Gomes Sobrinho

Comissão Científica de Ginecologia

Presidente: David Barreira Gomes Sobrinho

Adalberto Xavier Ferro Filho

Adelino Amaral da Silva

Alysson Zanatta

Antonio César Paes Barbosa

Bruno Ramalho de Carvalho

Carlos Portocarrero Sanchez

Etelvino de Souza Trindade

Frederico José da Silva Correa

Hitomi Miura Nakagawa

Josenice de Araújo Silva Gomes

Walquiria Quida Sales Pereira Primo

Comissão Científica de Obstetrícia

Presidente: Alberto Carlos Moreno Zaconeta

Adriana Gualda Garrido

Bruno Ramalho de Carvalho

David Barreira Gomes Sobrinho

Evaldo Trajano de Souza Silva Filho

Lucila Nagata

Comissão Social

José Domingues dos Santos Júnior

Lucila Nagata

Comissão de Temas Livres

Presidente: Alysson Zanatta

Ginecologia

Andrea Duarte Damasceno Vieira

Antonio Carlos Rodrigues da Cunha

Ceres Nunes de Resende Oyama

Demétrio Antônio Gonçalves da Silva Gomes

José Domingues dos Santos Junior

Lucilia Domingues Casulari da Motta

Miriam da Silva Wanderley

Walquiria Quida Sales Pereira Primo

Obstetrícia

Alberto Carlos Moreno Zaconeta

Alysson Zanatta

Bruno Ramalho de Carvalho

David Barreira Gomes Sobrinho

José Paulo da Silva Netto

Lucilia Domingues Casulari da Motta

Marta Alves de Freitas

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal6

REGIMENTO DAS SESSÕES

1. DAS ATIVIDADES NAS MESAS

1.1. Cabe ao presidente abrir e encerrar as sessões, apresentar e passar a palavra ao participante da conferência e entregar-lhe o certificado;1.2. Ao coordenador das mesas caberá abrir a sessão, apresentar e dar a palavra aos participantes; coordenar as atividades no plenário; fazer os comentários que julgar pertinentes e no final das exposições entregar os certificados.Obs: Ressaltamos, mais uma vez, a importância do cumprimento dos horários para o melhor aproveitamento científico de todos.

2. DAS CONFERÊNCIAS

2.1. As conferências serão proferidas no tempo de 40 minutos, cabendo 20 minutos para comentários ao final de sua apresentação.

3. DAS MESAS REDONDAS E CURSOS

3.1. A direção dos trabalhos caberá ao coordenador;3.2. Cada expositor terá 20 minutos para sua apresentação que será somente sob a forma dedata-show;3.3. Ao final de todas as exposições, poderão ser formuladas perguntas, pelo auditório, objetivas e sintéticas, dirigidas ao Coordenador e/ou palestrantes, no tempo de 20 a 40 minutos.

4. DOS DEBATES

4.1. Duração de 60 minutos, dirigido por um coordenador e com a participação de debatedores;4.2. Cabe ao Coordenador abrir a sessão e provocar perguntas e/ou comentários da Mesa e do Plenário sobre o tema em discussão sem, contudo, permitir a desordem;4.3. Ocorrendo discussão muito longa, deverá o coordenador interferir e procurar encaminhar os debates para outros aspectos do tema ou passar a outro tema, evitando, assim, radicalização de posições.

5. DA SESSÃO DE PÔSTERES

5.1. Haverá local designado pela Comissão Organizadora para afixação de trabalhos apresentados em pôsteres;5.2. O pôster deve ser afixado e retirado pelo autor ou co-autor;5.3. Os trabalhos poderão ser afixados no espaço identificado pelo número do seu pôster a partir das 7h30, do dia 13/08/2014, e retirados a partir das 17h, do dia 15/08/2014;5.4. Solicitamos aos autores apresentadores que estejam presentes à área de pôsteres e próximos aos seus trabalhos, para que os congressistas possam apreciá-los e debatê-los com o melhor aproveitamento possível, principalmente, nas datas e horários abaixo:

14/08 (de 16h40min às 17h00min): Trabalhos de Ginecologia.15/08 (de 16h40min às 17h00min): Trabalhos de Obstetrícia.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 7

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Seja bem-vindo ao 47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal.

A Comissão Organizadora deseja proporcionar o máximo de facilidade e aproveitamento nestes dias; para tal, selecionamos uma lista de informações úteis sobre o evento.

RECEPÇÃO / SECRETARIA 12/08 - 14:00 às 18:0013/08 a 15/08 - 07:30 às 18:00

AVISOSNÃO É PERMITIDO FUMAR NAS DEPENDÊNCIAS COMUNS DO CENTRO DE CONVENÇÕES. NÂO É PERMITIDO O USO DE CELULAR E BIPS SONOROS NOS AUDITÓRIOS.POR FAVOR, DESLIGUE SEU APARELHO OU PROGRAME-O PARA O MODO SILENCIOSO AO ENTRAR EM UM AUDITÓRIO OU SALA.

CRACHÁ - USO OBRIGATÓRIO 1. O participante credenciado deverá usar seu crachá durante todo o período do Congresso;2. Todo crachá terá código de barras;3. Para acesso ao Centro de Convenções e aos auditórios o congressista deverá passar o código de barras do seu crachá na leitora, só assim o acesso lhe será permitido;4. Não transfira seu crachá a terceiros, pois uma vez lido o código de barras e outra pessoa tentar acesso os seguranças serão acionados, com o objetivo de garantir a segurança dos participantes.5. Essa identificação objetiva garantir e facilitar acesso a locais restritos, como também propiciar maior integração entre os participantes.

CERTIFICADO (INFORMATIZADO)Os certificados serão impressos pelos próprios congressistas pelo site a partir do dia 18/08/2014 e ficará disponível até o dia 30/10/2014.

MÍDIA DESKOs palestrantes poderão testar o material a ser apresentado durante as atividades na mídia desk. Solicitamos que o apresentador deixe o

seu material com pelo menos duas horas de antecedência da sua aula.

HORÁRIO A Comissão Organizadora solicita aos colegas participantes das atividades científicas que sigam rigorosamente os horários das apresentações.

TURISMOTeremos à disposição dos professores convidados, congressistas e acompanhantes uma recepcionista da Inter Terraço Turismo na secretaria do evento para informações turísticas e sobre passagens aéreas.

TRADUÇÃO SIMULTÂNEAO serviço de tradução simultânea estará disponível para os participantes do evento. Os fones poderão ser retirados, mediante apresentação de documento de identidade no balcão de entrega.

AGÊNCIA DE TURISMOA Agência Oficial de Turismo, InterTerraço, estará com uma estrutura montada para atender a todos os participantes na secretaria do evento.

TELEFONES ÚTEIS

SGOB (61) 3245-3681/3245-4530/9622-1215

ART3 PROMOÇÕES – Montadora Oficial (61) 3965-6608 / 8173-3290

Bombeiros 193

SAMU 192

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal8

PROFESSORES NACIONAIS PROFESSORES INTERNACIONAIS

Adalberto Xavier Ferro Filho (DF)Adelino Amaral Silva (DF)Adolfo Wenjaw Liao (SP)Adriana Garrido Garrido (DF)Adriano Bueno Tavares (DF)Augusto Henriques Fulgêncio Brandão (MG)Alberto Carlos Moreno Zaconeta (DF)Alexsandra Ramalho da Costa Arume (DF)Alysson Zanatta (DF)Ana Paula Rocha Cronemberger (DF)Ana Rosa dos Santos (DF) Andrea Mariane de Deus (SP)Angela Koury Menescal Landwehr (DF) Antônio Carlos Rodrigues da Cunha (DF)Antônio César Paes Barbosa (DF)Artur da Rocha Moreira Neto (DF)Bruno Ramalho de Carvalho (DF)Carla Maria Martins da Silva (DF)Carlos Alberto Moreno Zaconeta (DF)Carlos Portocarrero Sanches (DF)Carmita Helena Najjar Abdo (SP) Coríntio Mariani Neto (SP)Danielle do Brasil DeFigueiredo (DF)David Barreira Gomes Sobrinho (DF)Demetrio Antônio Gonçalves Silva Gomes (DF)Denise Gomes Cidade (DF)Eduardo André Viana Alves (DF)Eduardo Borges da Fonseca (PB) Eduardo Cordiolli (SP)Ernesto Antonio Figueiró-Filho (MS)Etelvino de Souza Trindade (DF)Fabio Santana Passos (DF)Farid Buitrago Sanchez (DF)Fernanda Cristina Afonso Salum (DF)Fernando Marcos dos Reis (MG)Frederico José Silva Corrêa (DF)Gilmaria Borges de Sousa (DF)Hitomi Miura Nakagawa (DF)Isa Maria de Mello (DF)Isabella Paolilo Calazans Corrêa (DF)

Ivaldo Silva (SP)Jânio Serafim de Sousa (DF)Jean Pierre Barguil Brasileiro (DF)João Lindolfo Cunha Borges (DF)José Paulo da Silva Netto (DF)Josenice de Araujo Silva Gomes (DF)Leonardo Martins Campbell (DF)Lizandra Moura Paravidine Sasaki (DF)Luciana Segurado Cortes (DF)Lucila Nagata (DF)Marco Aurelio Albernaz (GO)Marco Aurélio Pinho de Oliveira (RJ)Maria Ângela da Paz (DF)Marjorie Moreira de Carvalho (DF)Marta Curado Franco Finotti (GO)Melânia Maria Ramos de Amorim (PE)Miriam da Silva Wanderley (DF)Mirian Helena Hoeschl Abreu Macedo (DF)Nelson Diniz de Oliveira (DF)Nilma Antas Neves (BA)Octacilio Figueiredo Netto (PR)Paulo Afonso Kalume dos Reis (DF)Paulo Arlindo Polcheira (DF)Paulo Guimarães (DF)Petrus Leonardo Barron Sanchez (DF)Renata Ribeiro (DF)Roberta Gava Tedesco Horta (DF)Rogerio Gonçalves Vasconcelos (DF)Rosaly Ferreira Rulli Costa (DF)Rosangela Maria Santini Ferreira da Silva (DF)Roseli Mieko Yamamoto Nomura (SP)Sérgio Podgaec (SP)Sergio Zerbini Borges (DF)Silandia Amaral da Silva Freitas (DF)Sophie Françoise Mauricette Derchain (SP)Tatiana Valverde da Conceição (DF)Valeria Leal Mathias (DF)Vinicius Medina Lopes (DF)Walquiria Quida Salles Pereira Primo (DF)

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 9

PROFESSORES INTERNACIONAIS

DR. ALFREDO CELIS LÓPES - PERUDoutor em Medicina. Professor associado da Faculdade de Medicina

da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima - Peru. Presidente da Sociedade Peruana de Obstetrícia e Ginecologia.

DR. EDUARD GRATACÓS – ESPANHA (VIDEOCONFERÊNCIA)Professor de Obstetrícia e Ginecologia e Chefe do Departamento de

Medicina Materno-Fetal do Hospital Clínic, em BarcelonaEditor-chefe do jornal Fetal Diagnosis and Therapy

Diretor do Erasmus Mundus Centro de Doutoramento em Medicina Fetal, em Barcelona, Leuven, e Lund

Publicou mais de 250 artigos científicos Experiência de mais de 1200 cirurgias ao longo de 15 anos

DR. CEANA NEZHAT – ESTADOS UNIDOSProfessor Adjunto de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford Presidente da Associação Americana de Ginecologia Laparoscopia (AAGL) Diretor do Centro Médico Nezhat, Centro de Endometriose, Cirurgia Minimante Invasiva

e Medicina Reprodutiva de Atlanta, Estados Unidos.

CARLO TANTINI - ITÁLIAProfessor com especializacao em ginecologia e obstetricia junto

a Universidade de Estudos de Firenze.Consultor Médico-cirúrgico junto à Universidade de SienaMembro Diretivo do Grupo Girese para o Desenvolvimento e Difusão da Técnica HisteroscópicaAutor e/ou co-autor de 235 publicações originais e monografias

relacionadas a sua especialidade.

KIPROS NICOLAIDES – INGLATERRA (VIDEOCONFERÊNCIA)

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal10

PROGRAMAÇÃO SOCIAL

Dia 13 de agosto de 2014 Horário: 19h

Abertura do evento

Música: P.I.TchaikowskyCoreografia: Gisele Santoro Filha

Elenco:Quebra-Nozes: Luis Ruben Gonzales*

Clara: Paula Penachio* Valsa das Flores: Ana Luiza Grossi e Alice Roberte (Solistas)

Carol Roberte, Enya Friede, Leticia Capobianco, Manuela Santos, Maria Antonieta Mendes, Juliana Carvalho, Lara Borges, Lara Nunes,

Luisa Pellegrini, Luiza Sperling, Raysla Godoy, Thuany Campbell

* Solistas convidadosLuis Ruben Gonzales (solista do Ballet Gonzales)

Paula Penachio (foi solista da São Paulo Companhia de Dança e do Ballet de Santiago)

Trechos do BalletO Quebra Nozes

PROGRAMAÇÃO SOCIAL

Foto

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PROGRAMAÇÃO SOCIAL

Auditório Planalto

18:30 – Abertura do Congresso

19:00 – Ballet Quebra Nozes

Área de exposição

18:00 – Happy Hour

Música ao vivo voz e Violão (Di Brasil)

Área de exposição

18:00 – Happy Hour

Música ao vivo – Banda Duo Infinity

Dia 13 de agosto de 2014

Dia 14 de agosto de 2014

Dia 15 de agosto de 2014

Área de exposição

19:30 – Coquetel de abertura

Música ao vivo voz e violão (Di Brasil)

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ANOTAÇÕES

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 13

QUARTA-FEIRA, 13 DE AGOSTODE 201447º CONGRESSO DE GINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA DO DISTRITO FEDERALProcedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê?

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal14

QUARTA - FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2014

SALA 01

08:00 às 12:00Curso pré-congresso (G) - Noções teóricas e práticas de cirurgia de alta frequência em ginecologia

08:00 às 12:00Coordenador(a): Walquiria Quida Salles Pereira Primo (DF)

08:00 às 08:30Princípios básicos de eletrocirurgia em CAFAdalberto Xavier Ferro Filho (DF)

08:30 às 09:00Entendendo a aparelhagem do CAFMirian Helena Hoeschl Abreu Macedo (DF)

09:00 às 09:30Tipos de procedimentos: indicações e contraindicações de CAF Nilma Antas Neves (BA)

09:30 às 10:00 Intervalo

10:00 às 10:30Efeitos indesejados do CAFIsabella Paolilo Calazans Corrêa (DF)

10:30 às 11:00Conduta na margem comprometidaSophie Françoice Mauricette Derchain (SP)

11:00 às 11:30Demonstrações em vídeoAdalberto Xavier Ferro Filho (DF)/Isa Maria Mello (DF

11:30 às 12:00 Discussão

SALA 02

08:00 às 12:00 Curso pré-congresso (CMI) - Atualização em histeroscopia

08:00 às 12:00Coordenador (a):Carlo Tantini (Itália)

08:00 às 08:30Definindo conceitos: histeroscopia ambulatorial, alcances e limites. Histeroscopia cirúrgica (hospitalar). Frederico José Silva Correa (DF)

08:30 às 09:00Instrumentais e técnica.Josenice de Araújo Silva Gomes (DF)

09:00 às 09:30Quando suspeitar de câncer de endométrio na visão histeroscópica. Leonardo Martins Campbell (DF)

09:30 às 10:00 Intervalo

10:00 às 10:30Miomectomia, polipectomia, retirada de corpo estranho: como eu faço e como reduzo as complicações. Carlo Tantini (Itália)

10:30 às 11:00Sinéquias uterinas, malformações Müllerianas, ablação endometrial: como eu faço e como reduzo as complicações. Valeria Leal Mathias (DF)

11:00 às 11:30 Como corrigir defeitos da cicatriz da cesariana (istmocele). Lizandra Moura Paravidine-Sasaki (DF)

11:30 às 12:00 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 15

SALA 03

08:00 às 12:00 Curso pré-congresso (O) - “Assistência pré-natal: revisando condutas”

08:00 às 12:00Coordenador(a): Melania Maria Ramos de Amorim (PE)Denise Gomes Cidade (DF)

08:00 às 08:15Diagnóstico de TP e momento ideal da internação. Gilmaria Borges de Sousa (DF)

08:15 às 08:30Acompanhante no TP: empecilho, moda ou benefício comprovado? Petrus Leonardo Barron Sanchez (DF)

08:30 às 08:45Dieta zero e posição deitada: os benefícios superam o desconforto? Petrus Leonardo Barron Sanchez (DF)

08:45 às 09:00Assistência multidisciplinar: conflito de poderes ou modelo ideal? Melania Maria Ramos de Amorim (PE)

09:00 às 09:15Primeiro período: assistência, intervalo entre os toques e a ausculta dos bcfs. Partograma. Denise Gomes Cidade (DF)

09:15 às 09:30Manejo da dor no TP: o que podemos oferecer no SUS? Ernesto Antonio Figueiró-Filho (MS)

09:30 às 10:00 Intervalo

10:00 às 10:15Segundo período: conceitos atuais de duração normal. Puxos dirigidos (“mandar” a paciente fazer força) benéficos ou deletéreos? Posição materna. Denise Gomes Cidade (DF)

10:15 às 10:30Assistência ao expulsivo e episiotomia: fazemos demais? Dicas para diminuir a realização sem aumentar as lacerações. Melania Maria Ramos de Amorim (PE)

10:30 às 11:45Clampeamento do cordão, dequitação e quarto período: assistência baseada em evidências. Silândia Amaral da Silva (DF)

11:45 às 11:00Recepção do RN: silêncio receptivo. Entrega ao neonatologista VS contato pele a pele. Há benefícios? Carlos Alberto Moreno Zaconeta (DF)

11:00 às 11:15Conduta nas lacerações com ou sem episiotomia. José Paulo da Silva Netto (DF)

11:15 às 12:00 Discussão

SALA 01

12:00 às 14:00 Simpósio Patrocinado Merck Sharp Dohme

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal16

SALA 01

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (G) - Climatério

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Josenice de Araújo Silva Gomes (DF)

14:00 às 14:20Como abordar? Marta Curado Carvalho Franco Finotti (GO)

14:20 às 14:40Perda de massa óssea (osteopenia e osteoporose): diagnóstico e manejo clínico. João Lindolfo Cunha Borges (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 02

14:00 às 15:00Curso intracongresso (CMI) - Cuidados pré e pós-operatórios: ajustando a prática às evidências atuais

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Hitomi Miura Nakagawa (DF)

14:00 às 14:20Avaliação pré-operatória: o que é preciso e qual a interpretação dos exames complementares. Ana Paula Cronemberger (DF)

14:20 às 14:40Prescrição de analgésicos no pós-operatório: revisando as drogas e as doses. Walquiria Quida Salles Pereira Primo (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 03

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (O) - Temas atuais em obstetrícia

14:00 às 11:00 Coordenador(a): Melania Maria Ramos Amorim (PE)

14:00 às 14:40Parto domiciliar: análise crítica. Eduardo Cordiolli (SP)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 01

15:00 às 16:40 Mesa redonda 01 (G) - Tumores ovarianos: atualização

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Adriana Gualda Garrido(DF)

15:00 às 15:20Métodos diagnósticos nos tumores ovarianos. Adriana Gualda Garrido(DF)

15:20 às 15:40Indicações de marcadores tumorais e genéticos. Sophie Françoise Mauricette Derchain (SP)

15:40 às 16:00Rompeu o tumor: o que fazer? Walquiria Quida Salles Pereira Primo(DF)

16:00 às 16:40 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 17

SALA 02

15:00 às 16:40Mesa redonda 02 (CMI) - Procedimentos minimamente invasivos para o tratamento de miomas

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Frederico José da Silva Correa (DF)

15:00 às 15:20Miomectomia histeroscópica: técnica, truques e critérios de segurança. Carlo Tantini (Itália)

15:20 às 15:40Miomectomia laparoscópica: quando indicar e como fazer. Existem limites? Jean Pierre Barguil Brasileiro (DF)

15:40 às 16:00Atualização sobre embolização das artérias uterinas. Paulo Guimarães (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

16:40 às 17:00 Intervalo

SALA 03

15:00 às 16:40 Mesa redonda 03 (O) - Desafios na gemelaridade

15:00 às 16:40 Coordenador (a): Guaraci Lelis Beleza (DF)

15:00 às 15:20O que muda na assistência pré-natal? Ernesto Antônio Figueiró-Filho (MS)

15:20 às 15:40Avaliação ecográfica: fluxograma do que procurar e quando. Danielle do Brasil DeFigueiredo(DF)

15:40 às 16:00Momento e via de parto nos diversos tipos de gemelaridade. Alexsandra Ramalho da Costa Arume (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

16:40 às 17:00 Intervalo

SALA 01

17:00 às 18:00 Conferência 01 (G) - Vacinação contra HPV : Estado Arte

17:00 às 18:00 Presidente: Walquiria Quida Salles Pereira Primo(DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Nilma Antas Neves (BA)

SALA 02

17:00 às 18:00 Conferência 02 (CMI) - Miomectomia endoscópica: limites e antigos paradigmas

17:00 às 18:00 Presidente: Adelino Amaral Silva (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Marco Aurelio Pinho de Oliveira (RJ)

SALA 03

17:00 às 18:00Conferência 03 (O) - Obstetrícia 2.0: problemas do obstetra na época do Facebook, WhatsApp e outros

17:00 às 18:00 Presidente: Lucila Nagata (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Eduardo Cordiolli (SP)

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal18

ANOTAÇÕES

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 19

QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTODE 201447º CONGRESSO DE GINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA DO DISTRITO FEDERALProcedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê?

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal20

QUINTA - FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014

SALA 01

08:00 às 09:00Painel 01 (G) - Estética ginecológica: indicações e riscos. Labioplastia, peeling genital, lipoplastia, botox e outros: análise crítica

08:00 às 09:00 Coordenador (a): Isa Maria Mello (DF)

08:00 às 08:20Visão do ginecologista. Octacilio Figueiredo Neto (PR)

08:20 às 08:40Visão do cirurgião plástico. Rosangela Maria Santini Ferreira da Silva (DF)

08:40 às 09:00 Discussão

SALA 02

08:00 às 09:00 Painel 02 (CMI) - Segurança do paciente

08:00 às 09:00 Coordenador(a): Antônio Carlos Rodrigues da Cunha (DF)

08:00 às 08:20Quais os princípios da segurança do paciente em ambiente hospitalar. Eduardo André Viana Alves (DF)

08:20 às 08:40Quais as peculiaridades da paciente Obstétrica. Maria Ângela da Paz (DF)

08:40 às 09:00 Discussão

SALA 03

08:00 às 09:00 Painel 03 (O) – Protocolo Assistencial

08:00 às 09:00 Coordenador(a): Angela Koury Menescal Landwehr (DF)

08:00 às 08:40Assistência à gestante usuária de crack. Marjorie Moreira de Carvalho (DF)

08:40 às 09:00 Discussão

SALA 01

09:00 às 10:40 Mesa redonda 04 (G) - Anticoncepção

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Valéria Leal Mathias (DF)

09:00 às 09:20Contracepção em pacientes com HIV. Marta Curado Carvalho Franco Finotti (GO)

09:20 às 09:40Contracepção hormonal e sexualidade. Carmita Helena Najjar Abdo(SP)

09:40 às 10:00Uso de sistema intrauterino liberador de levonogestrel (SIU-LNG) em populações especiais (obesas, com câncer de mama, pós-trombose, adolescentes e outras). Carla Maria Martins Silva(DF)

10:00 às 10:40 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 21

SALA 02

09:00 às 10:40 Mesa redonda 05 (CMI) - A via vaginal é pouco explorada? O que sabemos fazer?

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Paulo Afonso Kalume Reis (DF)

09:00 às 09:20Eu trato todas as distopias genitais por via vaginal. Paulo Arlindo Polcheira (DF)

09:20 às 09:40Eu trato a incontinência urinária de esforço por via vaginal. Jânio Serafim de Sousa (DF)

09:40 às 10:00Eu trato urgências e complicações (como hemorragias, abscessos, fístulas) por via vaginal. Octacilio Figueiredo Netto(PR)

10:00 às 10:40 Discussão

SALA 03

09:00 às 10:40 Mesa redonda 06 (O) - Uso racional de medicamentos em obstetrícia

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Alberto Carlos Moreno Zaconeta (DF)

09:00 às 09:20200, 400, 600mg ...qual é a dose de progesterona que tem amparo científico? Eduardo Borges da Fonseca (PB)

09:20 às 09:40Segurança da ondansetrona no primeiro trimestre: onde estão as evidências? Coríntio Mariani Neto (SP)

09:40 às 10:00Antidepressivos na gestação: avaliação da segurança fetal e perinatal - Tatiana Valverde da Conceição (DF)

10:00 às 10:40 Discussão

10:40 às 11:00 Visita aos expositores

SALA 01

11:00 às 12:00 Conferência 04 (G) - Sexualidade humana: como abordar e conduzir

11:00 às 12:00 Presidente: Renata Ribeiro (DF)

11:00 às 12:00 Conferencista: Carmita Helena Najjar Abdo(SP)

SALA 02

11:00 às 12:00Conferência 05 (CMI) - Novas telas, novos slings, novas técnicas cirúrgicas…evoluções reais e “caminhadas em círculo” no tratamento cirúrgico da incontinência urinária

11:00 às 12:00 Presidente: Jânio Serafim Neto (DF)

11:00 às 12:00 Conferencista: Octacilio Figueiredo Netto (PR)

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SALA 03

11:00 às 12:00Conferência 06 (O) - Avaliação fetal não invasiva no primeiro trimestre: onde estamos e para onde vamos? (videoconferência)

11:00 às 12:00 Presidente: Eduardo Borges da Fonseca(PB) / Danielle do Brasil DeFigueiredo (DF)

11:00 às 12:00 Conferencista: Kypros Nicolaides (Inglaterra)

SALA 01

12:00 às 14:00 Simpósio Patrocinado: MSD

12:00 às 14:00 Tema: Stezza: uma combinação inovadora em contracepção oral

12:00 às 14:00 Presidente: Maria Celeste Osório Wender (RS)

12:00 às 14:00 Palestrante: Eliana Aguiar Petri Nahás (SP)

SALA 02

12:00 às 14:00 Simpósio Patrocinado: BIOLAB

12:00 às 14:00 Tema: A evolução da neuroplasticidade e seu impacto sobre a sexualidade feminina.

12:00 às 14:00 Palestrante: Profª Dra. Carmita Helena Najjar Abdo e Profº Dr. Ivaldo Silva (SP)

SALA 03

12:00 às 14:00 Simpósio Patrocinado: JONHSON

12:00 às 14:00Tema: Sínteses em Ginecologia e Obstetrícia - A Evolução das Suturas no Fechamento de Tecidos na Cirurgia Ginecológica.

12:00 às 14:00 Palestrante: Dra. Andrea Mariane de Deus (SP)

SALA 01

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (G) - Climatério

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Rosaly Ferreira Rulli Costa (DF)

14:00 às 14:20Esquemas terapêuticos (dose e vias) para terapia hormonal (estrogênica e progestagênicas). Mirian da Silva Wanderley (DF)

14:20 às 14:40 Quando iniciar e por quanto tempo manter. Demetrio Antônio Gonçalves Silva Gomes (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 23

SALA 02

14:00 às 15:00 Sessão de vídeos - Histeroscopias cirúrgicas

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Marco Aurélio Pinho de Oliveira (RJ)

14:00 às 14:10 Polipectomia - Alysson Zanatta, Jânio Serafim de Sousa, Paulo Arlindo Polcheira (DF)

14:10 às 14:20Miomectomia - Carlos Portocarrero Sanchez, Raquel Meirelles Gaspar Coelho, Flavielly Souza Estrela, Érika Vieira de Souza Jordão, Adelino Amaral Silva (DF)

14:20 às 14:30 Ablação endometrial - Jean Pierre Barguil Brasileiro (DF)

14:30 às 14:40 Metroplastia - Frederico José Silva Correa (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 03

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (O) - Temas atuais em obstetrícia

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Roberta Gava Tedesco Horta (DF)

14:00 às 14:40 Aspectos atuais do acompanhamento da gestante RhD negativo. Augusto Henriques Fulgencio Brandão (MG)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 01

15:00 às 16:40 Mesa redonda 07 (G) - Revisando conceitos para melhorar a prática ginecológica

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Bruno Ramalho de Carvalho (DF)

15:00 às 15:20Insuficiência androgênica: definindo o diagnóstico para evitar excessos e omissões. Fernando Marcos dos Reis (MG)

15:20 às 15:40Síndrome pré-menstrual: como identificar e orientar? Marta Curado Carvalho Franco Finotti (GO)

15:40 às 16:00Vulvovaginite recorrente: atualização. Isa Maria de Mello (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

SALA 02

15:00 às 16:40 Mesa redonda 08 (CMI) - Histerectomia: escolhendo a melhor via para a paciente

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Antonio Cesar Paes Barbosa (DF)

15:00 às 15:20Ainda há espaço para histerectomia abdominal na era da cirurgia minimamente invasiva? Etelvino de Souza Trindade (DF)

15:20 às 15:40Via vaginal: novas técnicas para um velho procedimento (que é eficaz e reprodutível). Octacilio Figueiredo Netto (PR)

15:40 às 16:00Laparoscópica: 25 anos após a primeira publicação, é uma realidade? Ceana Nezhat (EUA)

16:00 às 16:40 Discussão

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal24

SALA 03

15:00 às 16:40 Mesa redonda 09 (O) – Obesidade: atualizando conceitos para um problema crescente

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Lucila Nagata(DF)

15:00 às 15:20Orientações pré-concepcionais para melhorar o status reprodutivo. Hitomi Miura Nakagawa (DF)

15:20 às 15:40Particularidades do pré-natal e parto na paciente obesa. Alberto Carlos Moreno Zaconeta (DF)

15:40 às 16:00Particularidades do pré-natal e parto após cirurgia bariátrica. Roseli Mieko Yamamoto Nomura (SP)

16:00 às 16:40 Discussão

16:40 às 17:00 Visita aos expositores

SALA 01

17:00 às 18:00 Conferência 07 (G) – SOP: como prevenir as complicações?

17:00 às 18:00 Presidente: Rosaly Ferreira Rulli Costa (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Fernando Marcos dos Reis (MG)

SALA 02

17:00 às 18:00Conferência 08 (CMI) - A Evolução da cirurgia minimamente invasiva ginecológica nas ultimas 03 décadas.

17:00 às 18:00 Presidente: Alysson Zanatta (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Ceana Nezhat (USA)

SALA 03

17:00 às 18:00 Conferência 09 (O) - “Erro médico em obstetrícia: aspectos legais”

17:00 às 18:00 Presidente: Sérgio Zerbini Borges (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Roseli Mieko Yamamoto Nomura (SP)

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 25

SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTODE 201447º CONGRESSO DE GINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA DO DISTRITO FEDERALProcedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê?

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal26

SEXTA - FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014

SALA 01

08:00 às 09:00 Painel 03 (G) - Patologias benignas de mama: como conduzir

08:00 às 09:00 Coordenador(a): Fernanda Cristina Afonso Salum (DF)

08:00 às 08:20Nódulo. Rogerio Gonçalves Vasconcelos (DF)

08:20 às 08:40Mastalgia e mastite não-puerperal. Farid Buitrago Sanchez (DF)

08:40 às 09:00 Discussão

SALA 02

08:00 às 09:00Painel 04 (CMI) - Esterilização histeroscópica após mais de 10 anos de experiência mundial

08:00 às 09:00 Coordenador(a): Antônio Carlos Rodrigues da Cunha (DF)

08:00 às 08:20Técnica. Adriano Bueno Tavares (DF)

08:20 às 08:40Resultados. Adriano Bueno Tavares (DF)

08:40 às 09:00 Discussão

SALA 03

08:00 às 09:00 Painel 05 (O) - Seleção de trabalhos de obstetrícia para exposição oral e discussão

08:00 às 09:00Coordenadores: Alberto Carlos Moreno Zaconeta(DF) / Lucila Nagata (DF) / Evaldo Trajano de Sousa Silva Filho (DF)

08:00 às 08:10

3º lugar: Associação da Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer Entre Filhos de Mães Adolescentes e Adultas. Mirna Rêgo Melo Mourão; Artur Da Rocha Moreira Neto; Felipe Rezende Moreira Carvalho. Secretaria de Estado de Saúde, Brasília (DF) Brasil.

08:10 às 08:202º Lugar: Marcadores Séricos Para Trombofilias E Associados À Pré-Eclâmpsia Grave. Ernesto Antônio Figueiro Filho; Vanessa Marcon de Oliveira; Cristiane Munaretto Ferreira. FARMED-UFMS, Campo Grande (MS), Brasil.

08:20 às 08:30

1º lugar: Desfechos Materno-Fetais das Gestações Subsequentes à Intervenção Terapêutica com Enoxaparina Sódica Baseada em Sistema de Pontuação em Gestantes com Trombofilias Ernesto Antônio Figueiro Filho; Vanessa Marcon de Oliveira; Cristiane Munaretto Ferreira. FARMED-UFMS, Campo Grande (MS), Brasil.

08:30 às 09:00 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 27

SALA 01

09:00 às 10:40 Mesa redonda 10 (G) - Endometriose: novo enfoque para um velho problema

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Adelino Amaral Silva (DF)

09:00 às 09:20A endometriose em diferentes fases da vida da mulher: história natural e importância socioeconômica. Sérgio Podgaec (SP)

09:20 às 09:40Como evitar o sub e o sobrediagnóstico? Adriana Gualda Garrido (DF)

09:40 às 10:00Quais as orientações práticas atuais para conduzir após o diagnóstico clínico e por imagem? Alysson Zanatta (DF)

10:00 às 10:40 Discussão

SALA 02

09:00 às 10:40Mesa redonda 11 (CMI) - Acidentes e complicações em cirurgia laparoscópica ginecológica

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Marco Aurélio Pinho de Oliveira (RJ)

09:00 às 09:20Como evitar e tratar lesões gastrointestinais. Jean Pierre Barguil Brasileiro (DF)

09:20 às 09:40Como evitar e tratar lesões do trato urinário. Alfredo Celis Lopez (Peru)

09:40 às 10:00Como evitar e tratar lesões vasculares e neurológicas. Ceana Nezhat (EUA)

10:00 às 10:40 Discussão

SALA 03

09:00 às 10:40 Mesa redonda 12 (O) – Novos olhares e novas condutas em obstetrícia

09:00 às 10:40 Coordenador(a): Marta Alves de Freitas (DF)

09:00 às 09:20Podemos operar a gravidez ectópica através de colpotomia posterior? Alysson Zanatta (DF)

09:20 às 09:40Parto instrumental com “saco plastico”: o revolucionario método divulgado pela OMS. Fabio Santana dos Passos (DF)

09:40 às 10:00A cesárea eletiva antes de 39 semanas acarreta prejuízos perinatais? Nelson Diniz de Oliveira (DF)

10:00 às 10:40 Discussão

10:40 às 11:00 Visita aos expositores

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal28

SALA 01

11:00 às 12:00 Painel (G) - Seleção de trabalhos de ginecologia para exposição oral e discussão

11:00 às 12:00 Coordenador(a): Alysson Zanatta (DF)

11:00 às 11:103º Lugar: Incidência de Malignidade em Pólipos Endometriais. Mariana Fonseca Roller; Vinicius Medina Lopes; Jean Pierre Brasileiro; Leilane Gabriele Noleto; Valéria Leal Mathias; Natália Ivet Zavattiero Tierno. Instituto VERHUM, Lago Sul (DF), Brasil

11:00 às 11:20

2º lugar: Idade da Mulher e Predição de Resultados em Ciclos de Fertilização in vitro Utilizando Agonista e Antagonista do GnRH. Flavielly Souza Estrela; Erika Vieira de Souza Jordão; Hitomi Miura Nakagawa; Antônio César Paes Barbosa; David Barreira Gomes Sobrinho; Bruno Ramalho de Carvalho. GENESIS - Centro de Assistência em Reprodução Humana, Brasília (DF), Brasil

11:20 às 11:301º lugar: Ressecção Segmentar Colorretal Laparoscópica para Endometriose. Jean Pierre Brasileiro; Vinicius Medina Lopes; Leilane Gabriele Noleto; Mariana Fonseca Roller; Valéria Leal Mathias; Aluísio Mendes da Rocha Filho.Instituto VERHUM, Lago Sul (DF), Brasil

11:30 às 12:00 Discussão

SALA 02

11:00 às 12:00Conferência 10 (CMI) - Cirurgia de endometriose: como encontrar o ponto de equilíbrio entre deixar doença VS radicalidade

11:00 às 12:00 Presidente: Jean Pierre Barguil Brasileiro (DF)

11:00 às 12:00 Conferencista: Marco Aurélio Pinho de Oliveira (RJ)

SALA 03

11:00 às 12:00Conferência 11 (O): CIUR - como o entendíamos e como o entendemos hoje (videoconferência)

11:00 às 12:00 Presidente: Evaldo Trajano Souza Silva Filho (DF) / Alberto Carlos Moreno Zaconeta(DF)

11:00 às 12:00 Conferencista: Eduard Gratacós (Espanha)

SALA 01

12:00 às 14:00 Simpósio Patrocinado: SABIN

SALA 01

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (G) - Climatério

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Luciana Segurado Cortes (DF)

14:00 às 14:20Fogachos: opções terapêuticas não hormonais. Demétrio Antônio Gonçalves Silva Gomes (DF)

14:20 às 14:40Intercorrências clínicas no climatério (HAS, diabetes, doenças reumáticas e câncer). Marco Aurélio Albernaz (GO)

14:40 às 15:00 Discussão

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 29

SALA 02

14:00 às 15:00 Sessão de vídeos: Laparoscopia

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Alfredo Celis Lopez (Peru)

14:00 às 14:10EndometrioseFrederico José Silva Correa (DF)

14:10 às 14:20MiomectomiaCarlos Portocarrero Sanchez, Raquel Meirelles Gaspar Coelho, Flavielly Souza Estrela, Érika Vieira de Souza Jordão, Antônio César Paes Barbosa (DF)

14:20 às 14:30Gravidez EctópicaJean Pierre Barguil Brasileiro (DF)

14:30 às 14:40HisterectomiaAlysson Zanatta, Jânio Serafim de Sousa, Paulo Polcheira (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 03

14:00 às 15:00 Curso intracongresso (O) - Temas atuais em obstetrícia

14:00 às 15:00 Coordenador(a): Marcelo Costa Cronemberger Marques (DF)

14:00 às 14:40Vacina para coqueluche na gestação: o que o obstetra precisa saber? Ana Rosa dos Santos (DF)

14:40 às 15:00 Discussão

SALA 01

15:00 às 16:40 Mesa redonda 13 (G) - Sangramento uterino anormal

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Vinicius Medina Lopes (DF)

15:00 às 15:20Definição. Classificação. Algoritmo diagnóstico. Antônio César Paes Barbosa (DF)

15:20 às 15:40Tratamento clínico: esquemas práticos nas distintas faixas etárias. Marco Aurélio Albernaz (GO)

15:40 às 16:00Tratamento invasivo: para qual paciente? Hitomi Miura Nakagawa (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal30

SALA 02

15:00 às 16:40 Mesa redonda 14 (CMI) - Atualização em endometriose

15:00 às 16:40 Coordenador(a): David Barreira Gomes Sobrinho (DF)

15:00 às 15:20Diagnóstico pré-cirúrgico da endometriose. Sérgio Podgaec (SP)

15:20 às 15:40Endometriomas ovarianos: qual a melhor estratégia de tratamento. Carlos Portocarrero Sanchez (DF)

15:40 às 16:00Aconselhamento reprodutivo e manejo da dor: o que eu digo para minha paciente que tem endometriose profunda? Frederico José da Silva Correa (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

SALA 03

15:00 às 16:40 Mesa redonda 15 (O) - Novidades em obstetrícia: análise crítica

15:00 às 16:40 Coordenador(a): Silandia Amaral da Silva Freitas (DF)

15:00 às 15:20Uso do pesario na gestação gemelar. Adolfo Liao (SP)

15:20 às 15:40Rastreamento da pré-eclâmpsia no primeiro trimestre: os benefícios justificam o custo e superam potenciais malefícios? Evaldo Trajano de Souza Silva Filho (DF)

15:40 às 16:00Sonopartograma: há benefícios em levar o ultrassom para a sala de parto? Lucila Nagata (DF)

16:00 às 16:40 Discussão

16:40 às 17:00 Visita aos expositores

SALA 01

17:00 às 18:00 Conferência 12 (G) - Na ginecologia do século XXI, a clínica ainda é soberana?

17:00 às 18:00 Presidente: Vinicius Medina Lopes (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Etelvino de Souza Trindade (DF)

SALA 02

17:00 às 18:00Conferência 13 (CMI) - Cirurgia laparoscópica sobre perspectivas diferentes: dor pélvica e infertilidade

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 31

17:00 às 18:00 Presidente: Carlos Portocarrero-Sacnhez (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Alfredo Celis Lopez (Peru)

SALA 03

17:00 às 18:00Conferência 14 (O) - Ultrassonografia na gestação: interpretação racional para evitar iatrogenia e sobremedicação

17:00 às 18:00 Presidente: Evaldo Trajano de Sousa Silva Filho (DF) / Artur da Rocha Moreira Neto (DF)

17:00 às 18:00 Conferencista: Adolfo Liao (SP)

TEMAS LIVRES47º CONGRESSO DE GINECOLOGIA E

OBSTETRÍCIA DO DISTRITO FEDERALProcedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê?

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal32

Cód. doTrabalho Título do Trabalho Autores Resumo E-mail

1 4344

PT - CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON PARA CESARIANAS EM DOIS HOSPITAIS PÚBLICOS DO DISTRITO FEDERAL

ESCS/FEPECS/SES-DF - CLAUDIA VICARI BOLOGNANI- (apresentador)-(autor)

UNESP - LÍLIAN BARROS DE SOUSA MOREIRA REIS

ESCS/FEPECS/SES-DF - NAYHARA RODRIGUES CAFUNDÓ

ESCS/FEPECS/SES-DF - THALITA ALVES DE OLIVEIRA

UNESP - ADRIANO DIAS

UNESP - IRACEMA MATTOS PARANHOS CALDERON

OBJETIVOUtilizar a classificação das cesáreas de Robson nos partos cesáreos (PC) realizados no HMIB e HRAN da SES-DF e avaliar os índices de PC nessas maternidades.

MATERIAL E MÉTODOEstudo de corte transversal, descritivo, com amostra de conveniência que incluiu todos os partos realizados no período de Janeiro a Dezembro de 2013, no HMIB e HRAN que são referência para 15 das 31 Regiões Administrativas do DF. Os dados foram coletados de prontuários eletrônicos, pelo sistema Intersystems trackCareTM. Os PC foram categorizados em 10 grupos, considerando-se características totalmente inclusivas e mutuamente exclusivas. A frequência dos eventos foi medida no programa SPSS Statistics v.22 e a pesquisa foi aprovada pelo CEP/FEPECS.

RESULTADOSEm 2013, ocorreram 6.579 partos, sendo 3.398 partos normais (PN 51,6%) e 3.181 PC (48,4%). O HMIB foi responsável por 4.659 (70,7%) destes partos, sendo PN 2.290 (49.2%) e PC 2.369 (50,8%) e o HRAN 1.920 (29,1%) do total de partos, sendo PN 1.108 (57,7%) e PC 812 (42,3%). Na classificação de Robson, tiveram: G1 (Nulípara, feto único, cefálico, ≥ 37 sem, trabalho de parto (TP) espontâneo) 622 (19,6%); G2 (Nulípara, feto único, cefálico, ≥ 37 sem, induzido ou cesárea antes do TP) 502 (15,8%); G3 (Multípara sem cesárea anterior, feto único, cefálico, ≥ 37 semanas, TP espontâneo) 172 (5,4%); G4 (Multípara sem cesárea anterior, feto único, cefálico, ≥ 37 semanas, TP induzido ou cesárea antes do TP) 229 7,2%; G5 (Multípara com cesárea prévia, feto único, cefálico, ≥ 37 semanas) 1078 (33,9%); G6 (Nulíparas com apresentação pélvica) 110 (3,5%); G7 (Multíparas com apresentação pélvica inclusive com cesárea prévia) 92 (2,9%); G8 (Gestações múltiplas inclusive com cesárea prévia) 84 (2,6%); G9 (Gestações córmicas ou oblíquas inclusive com cesárea prévia) 21 (0,7%); G10 (Gestação única, feto cefálico, ≤ 36 semanas inclusive com cesárea prévia) 271 (8,5%).

CONCLUSÕESAs taxas de cesáreas no DF estão compatíveis com as taxas encontradas no SUS/ Brasil, mas muito acima do recomendado pela OMS (15%). O Grupo 5 foi mais prevalente, mas elevadas taxas foram observadas nos Grupos 1 e 2. Isto reforça a recomendação para estratégias especificamente dirigidas às nulíparas e à prevenção da primeira cesárea.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 33

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PT - CARCINOMA INFLAMATÓRIO DE MAMA UM DESAFIO DIAGNÓSTICO

UNB - BÁRBARA AMERQUÍDIA LOPES- (autor)

UNB - SALETE DA SILVA RIOS

UNB - CARINA TIEMI IMAI

UNB - CAROLINA DOROTEU DA SILVA

UNB - ANA CAROLINA RIOS CHEN- (apresentador)

INTRODUÇÃO- O câncer inflamatório é o tipo mais letal de câncer de mama, representando cerca de 1-6% dos tumores mamários. Trata-se de uma entidade clínica agressiva com elevado risco de recidiva local e à distância mesmo após o tratamento.

CASO CLÍNICO-JFS, feminina, branca, 43 anos, GIIPII compareceu ao HUB queixando-se de aumento do volume e da temperatura de mama esquerda associados à hiperemia. Referiu ainda leve dor em pontada, com enrijecimento progressivo da mama, espessamento da pele, e aumento da aréola. Negou outras neoplasias na família. Referiu etilismo importante (6 litros de cerveja por final de semana) há 10 anos e negou tabagismo. Ao exame: Inspeção: Mama esquerda aumentada de tamanho (30% >que MD), pele em casca de laranja, com presença de sinais flogísticos e enrijecimento difuso. Palpação: presença de espessamento notadamente na região retroareolar. Linfonodos palpáveis em axila esquerda, estando estes aumentados, endurecidos e aderidos aos planos profundos. A mamografia mostrou achados inespecíficos e a paciente foi imediatamente biopsiada. O estudo histolópatológico da pele e mama revelou carcinoma ductal infiltrante comprometendo a pele com presença de êmbolos linfáticos neoplásicos. A imuno-histoquímica mostrou imunomarcação positiva para receptores hormonais e negativa para oncoproteína CerbB2 (HER2/neu). A paciente fez quimioterapia neoadjuvante e em seguida foi submetida à mastectomia radical modificadaà Madden com esvaziamento axilar à esquerda. Apresenta evolução favorável até o momento.

COMENTÁRIOS- A sobrevida de pacientes com câncer inflamatório de mama é de menos de 5% em cinco anos, enquanto nas neoplasias não inflamatórios é de 85.1%nesse mesmo período. O quadro clínico com predomínio dos sinais inflamatórios é explicado pela embolização vascular e linfática, sobretudo a nível da derme. O diagnóstico diferencial se faz com as mastites e as dermatites. O carcinoma inflamatório da mama é uma forma rara e agressiva de neoplasia mamária e o seu diagnóstico clínico representa um desafio até mesmo para o médico experiente. O declínio em suas taxas de mortalidade dependem do rastreio generalizado com mamografia, diagnóstico preciso, e aumento do número de mulheres que recebem o tratamento mais adequado para a sua condição.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal34

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PT - DISGENESIA GONADAL PURA 46, XX - ESTUDO DE CASO

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CLARA SOUSA NUNES- (apresentador)-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - LARA NOVAES TEIXEIRA

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - YCARO PINTO MILHOMEM

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - STEPHANIE MARCHIORI SANT’ANNA LEAL DE OLIVEIRA

INTRODUÇÃO: A disgenesia gonadal pura é caracterizada pelo fenótipo feminino infantil, desenvolvimento incompleto dos ovários, que são praticamente desprovidos de folículos, e órgãos genitais externos e internos hipoplásicos. Não apresenta alterações na estatura ou malformações genéticas e cursa com hipogonadismo hipergonadotrófico. As digenesias gonadais são infrequentes, sendo encontradas em 1/10.000, porém correspondem a 40% das causas de amenorreia primária, sendo seu subtipo mais prevalente a Síndrome de Turner, seguido da DGP 46, XX. RELATO DE CASO Paciente 47 anos, casada, procurou o Serviço devido ausência de menstruação aos 22 anos. Refere telarca e pubarca aos 18 anos. Ao exame: mamas tuberosas, infantilizadas, estágio IV de Tanner. Vulva: pilificação rarefeita, lábios hipoplásicos. Especular: colo epitelizado, OE circular. Toque: colo fibroelástico, impérvio, útero diminuto, anexos não tocados. Ultrassonografia transvaginal : útero infantil e ovários atróficos. Cariótipo: A análise das metáfases obtidas do sangue periférico, revelou cromossomos normais. O cariótipo determinado foi 46XX característico do sexo feminino, não estando excluída a hipótese diagnóstica de Disgenesia Gonadal Pura XX, que é de herança autossômica recessiva. Exames Laboratoriais: FSH 66,8; LH 22,1; progesterona 0,250; prolactina 9,18; estradiol 27,6. Após avaliação, foram prescritos estrógenoe progestágeno, passando a apresentar sangramento do tipo “borra de café” que durava 3 dias. Parou com terapia hormonal após um ano de uso por conta própria. Evoluiu com osteopenia.

COMENTÁRIOS: O diagnóstico da Disgenesia Gonadal Puraé feito através da história clínica e das dosagens hormonais de LH, FSH, estradiol e testosterona, além do USG pélvicae cariótipo. A importância do diagnóstico precoce é para que se evitem complicações como osteoporose, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. A gonadectomia bilateral é controversa, sendo mandatória apenas quando houver a presença do cromossomo Y, pois nestes casos é frequente a formação de gonadoblastoma. É importante levar em consideração a escolha da paciente sobre o uso de hormônios. Acreditava-se que somente era mulher aquela que menstruasse. Não mais se utiliza tal aforisma, e se for de sua vontade recusar a terapia hormonal, deverá ser orientada quanto aos riscos e benefícios. É importante também oferecer suporte psicológico a estas pacientes.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 35

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PT - REFLEXÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AS MULHERES EM PROCESSO DE ABORTAMENTO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - WESLLEY DOS SANTOS BATISTA- (apresentador)-(autor)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - FRANCISCO PAULO CERQUEIRA MOTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - CLÉCIO FERNANDESFERREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - MAGNO CONCEICAO DAS MERCES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ANANDA LOBO PEDREIRA COSTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ALINE VASCONCELOS SILVA

INTRODUÇÃO: O aborto é o processo de eliminação do produto da concepção, com o peso menor ou igual a 500 gramas, no período anterior a 22º semana de gestação. As mulheres que induzem o aborto enfrentam um grande problema no que diz respeito à falta de apoio dos profissionais que lhe assistem, pois na maioria das vezes elas são julgadas e taxadas pela sociedade, bem como pelas pessoas de seu próprio convívio. Assim, a assistência que será prestada deverá acontecer através de uma conduta ética, que é caracterizada pela presença do respeito no diálogo e nas atitudes.

OBJETIVO: Analisar a percepção da equipe de enfermagem no cuidar de mulheres em processo de abortamento no Centro Obstétrico de um Hospital Público de Feira de Santana-BA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo. Realizou-se no Centro Obstétricode um Hospital Público de Feira de Santana-BA. Os sujeitos da pesquisa foram os componentes da equipe de Enfermagem. Utilizou-se para coleta de dados uma entrevista semi-estruturada, levantando dados de identificação e caracterização dos participantes; coletando informações acerca da percepção da equipe de enfermagem sobre o cuidar às mulheres em processo de abortamento no Centro Obstétrico. A coleta de dados foi iniciada após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética.

RESULTADOS: Com o estudo foi possível separar o discurso em quatro categorias: 1) a visão dos profissionais de enfermagem em relação ao processo de abortamento; 2) o questionamento dos profissionais de enfermagem às mulheres sobre a etiologia do aborto; 3) a influência dos valores morais na assistência às mulheres em processo de abortamento e 4) o conhecimento da humanização pela equipe de enfermagem em relação ao processo de abortamento. Percebeu-se que é negada a mulher o direito do diálogo, onde observaram o constante silêncio, tornando distante a assistência humanizada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relevância dessa pesquisa é centrada na possibilidade de despertar nos profissionais da saúde e estudantes em formação, reflexões sobre o cuidado, que vão além do conhecimento científico e de procedimentos técnicos, envolvendo percepções, sentimentos, ética, dentre outros. No que diz respeito, especificamente, à equipe de enfermagem, os resultados dessa investigação podem ampliar conhecimentos e favorecer o cuidado, por meio de um planejamento adequado, incluindo a sistematização da assistência de enfermagem.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal36

5 4350

PT - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O IMPACTO DO ABORTAMENTO FRENTE À SAÚDE DA MULHER

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - WESLLEY DOS SANTOS BATISTA- (apresentador)-(autor)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - FRANCISCO PAULO CERQUEIRA MOTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - CLÉCIO FERNANDESFERREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - MAGNO CONCEICAO DAS MERCES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ANANDA LOBO PEDREIRA COSTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ALINE VASCONCELOS SILVA

INTRODUÇÃO: A promoção à saúde da mulher é um dos princípios norteadores do PNAISM (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher), que visa qualificar e humanizar a assistência às mulheres em situação de abortamento, onde enfatiza o promover a atenção obstétrica e neonatal, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras¹.

OBJETIVO: Obter mais conhecimentos sobre a Política de Atenção a Saúde da Mulher com enfoque no processo de abortamento.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico que é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para a realização deste, foi feito um levantamento bibliográfico a cerca da temática em questão, utilizando as bases de dados do MEDLINE e LILACS, no período de 2000 a 2010.

RESULTADOS: O estudo aponta que é de grande relevância ressaltar que a mulher quando chega ao serviço de saúde abortando, teme o desconhecido, pois a mesmanão sabe a quais procedimentos será submetida. Destaca-se a necessidade desta mulher receber assistência que contemple não apenas suas necessidades físicas, mas também suas necessidades emocionais, independente da etiologia do aborto, através da oportunidade de falar sem ser julgada². Ao invés de oferecer o acolhimento e a orientação que é preconizado pelo Ministério da Saúde, a equipe de saúde tece comentários sobre os possíveis motivos que encorajaram a mulher a praticar o aborto, sem ao menos conhecer o contexto de vida da mesma.Pontuam-se também as crenças e valores acerca deste tema, o torna uma prática “pecaminosa”, reprovada, um “erro” de quem o realiza, o que restringe o direito que a mulher possui de tomar decisões sobre seu próprio corpo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: As equipes de enfermagem deverão oferecer uma atenção especial, colocando em prática o acolhimento que é conceituado pelo Ministério da Saúde como, o tratamento digno e respeitoso, a escuta, o reconhecimento e a aceitação das diferenças, o respeito ao direito de decidir, assim como o acesso e a resolutividade da assistência, a orientação onde informações importantes serão passadas à paciente sobre a tomada de decisões ecomo a mesma deverá proceder em relação ao auto cuidado.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 37

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PT - RELATO DE EXPERIÊNCIA COM EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA GESTANTES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - WESLLEY DOS SANTOS BATISTA- (apresentador)-(autor)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - FRANCISCO PAULO CERQUEIRA MOTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - CLÉCIO FERNANDESFERREIRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - MAGNO CONCEICAO DAS MERCES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ANANDA LOBO PEDREIRA COSTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - ALINE VASCONCELOS SILVA

INTRODUÇÃO: Grupos de Sala de Espera trata-se de uma modalidade de intervenção psicoterapêutica de suporte que oferece tranquilidade e informações aos pacientes e seus familiares. Neste espaço, encontram-se gestantes que necessitam de orientações para a prevenção de morbi-mortalidade tanto maternas quanto perinatal.

OBJETIVO: Relatar os efeitos do trabalho desenvolvido em Sala de Espera com pacientes obstétricos em um hospital do interior da Bahia METODOLOGIA: Estudo de natureza descritiva, do tipo relato de experiência desenvolvido por acadêmicos de Medicina e Odontologia da UEFS. As atividades ocorreram duas vezes por semana, com duração de 60 minutos/dia, durante três meses. Inicialmente foram ministradas palestras sobre prevenção de complicações, a importância do auto cuidado e a necessidade de consultaspré-natais e do acompanhamento odontológico. Em seguida, esclarecimento das seguintes questões: Como me sinto/sentirei? O que irá acontecer? O que devo fazer? Oque devo evitar durante a gravidez?

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O trabalho de salas de espera resultou em efeitos positivos, principalmente para as pacientes, na medida em que estas responderam com satisfação demonstrando uma relação de proximidade e confiança, além de diminuir o nível de ansiedade, o que favorece a aderência aos cuidados propostos. Instigamos a reflexão sobre a necessidade da assistência psicológica para o apoio emocional e o esclarecimento de diversas questões clínicas. Orientamos sobre trabalho de parto, causas de aborto, hábitos dietéticos, higiene oral, aleitamento materno e discutimos sobre as consequências mediante o uso de drogas lícitas e ilícitas. Com a interação entre acadêmicos-pacientes compreendemos melhor as necessidades das gestantes e as reflexões sobre a realidade de saúde pública da mulher.

CONCLUSÃO: Um Grupo de Sala de Espera vai muito além de ocupar espaço e tempo ociosos, com a transformação do período de espera pelas consultas. Logo, surge a necessidade de maiores investimentos e divulgação desta ação, a fim de efetivar a educação em saúde durante o acompanhamento pré-natal.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal38

7 4352PT - FARMACODERMIA NA GESTAÇÃO

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - JULIANNE CAMPOS- (apresentador)

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - BRUNA BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - SALETE DA SILVA RIOS

INTRODUÇÃO- O uso de medicações na gravidez deve ser cuidadoso, devido aos riscos de efeitos colaterais e teratogenicidade, especialmente no primeiro trimestre. Apesar das penicilinas serem seguras na gestação (categoria B), ainda assim, existem efeitos adversos que devem ser considerados. Uma dessas alterações é a sensibilidade à droga. As reações de hipersensibilidade envolvem respostas imunológicas individuais, sendo as manifestações cutâneas as mais comuns. Estas lesões assumem múltiplos aspectos clínicos, sendo o exantema máculo-papular o principal deles. As lesões podem ser solitárias ou levar a quadros generalizados e fatais. Em geral, as reações não ocorrem na primeira exposição ao medicamento, pois a memória imunológica específica não costuma existir antes da primeira administração.

RELATO DO CASO- Gestante, 34 anos, casada, G4P3A0, oito semanas de gestação, procurou o Serviço com queixa de lesões hiperemiadas, não pruriginosas, difusas pelo corpo. História recente de faringoamigdalite, com cultura de swab de orofaringe positiva para Streptococus do grupo B, tendo sido tratada com penicilina benzatina 1.200.000 UI IM. Ao exame, apresentou exantema máculo-papular cutâneo difuso e útero gravídico compatível com a idade gestacional. Foram solicitados exames da rotina pré-natal e estes não apresentaram alterações. Fechou-se o diagnóstico como farmacodermia, e a gestante foi tratada comcorticóide durante 40 dias, obtendo regressão total das lesões em 90 dias.

COMENTÁRIOS- Reações cutâneas desencadeadas por drogas são frequentes e podem ser difíceis de distinguir de outras patologias, especialmente na gestação. Os antibióticos são as drogas mais envolvidas nestas reações. Frente a uma gestante com este quadro dermatológico, faz-se necessário o diagnóstico diferencial com as erupções polimórficas da gravidez, o prurigo gestacional, o eczema da gravidez, a foliculite pruriginosa da gravidez e a reaçãode Jarisch-Herxheimer. Tal reação ocorre em pacientes com sífilis algumas horas após o tratamento antimicrobiano, devido à liberação de toxinas na corrente sanguínea. Muitas vezes se apresenta com exacerbações de lesões de pele podendo ter como conseqüência prematuridade e morte fetal. Por isso, o obstetra deve estar atento a possíveis reações adversas aos antimicrobianos, diagnosticando e tratando adequadamente estas alterações, evitando assim maiores complicações ao binômio materno-fetal.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 39

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PT - SÍNDROME DE BEHÇET COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ÚLCERAS GENITAIS

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - BRUNO HIROSHI SAKAMOTO LEAL-(apresentador)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - NATACHA THALITA AMORIM

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DIOGO DE ARAUJO

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

INTRODUÇÃO - A Síndrome de Behçet é uma afecção inflamatória multissistêmica de acometimento vascular e etiologia ainda desconhecida. Rara em grande parte do mundo, tem prevalência de 0,1 a 7.5 casos por 100.000 pessoas em países ocidentais. É caracterizada por ataques recorrentes de vasculite difusa, envolvendo artérias e veias, com tendência à formação de trombos. Os sintomas característicos são úlceras dolorosas localizadas nas regiões genitais e orais, eritema nodoso, inflamação ocular e artrite.

CASO CLÍNICO - Paciente, 44 anos, foi encaminhada ao ambulatório de ginecologia, com queixa de dor em queimação na região vulvo-perineal associada à úlcera genital há 1 mês. Referiu histórico de úlceras genitais e orais com padrão de exacerbação e remissão espontâneas, nódulos eritematosos subcutâneos dolorosos em face e vagina, bem como artralgia. Sentia também dor ocular com hiperemia ocasional. Ao exame: genitália externa sem alterações; vagina com rugosidade e elasticidade normais, presença de ulceração hiperemiada com bordas edemaciadas, coberta por fibrina localizada no terço anterior da vagina, dolorosa à palpação. Foi realizada biópsia e o resultado mostrou tratar-se de lesão benigna, associada à inflamação crônica e aguda supurativa com neoformação vascular e vasculite mista de linfócitos, polimorfonucleares e neutrófilos podendo corresponder à úlcera de Behçet. A paciente foi tratada com corticóide oral e tópico apresentando regressão completa da lesão. Vem em acompanhamento periódico visto que a úlcera costuma recrudescer.

COMENTÁRIOS - Diante de um caso de úlcera genital, faz-se necessário realizar o diagnóstico diferencial com doenças que cursam com lesões ulcerosas, como, por exemplo, as DST herpes, sífilis e cancro mole. Entretanto, é fundamental pensar-se também na Síndrome de Behçet, cujo diagnóstico exige a presença de úlcera na cavidade oral e pelo menos mais dois outros achados entre ulceração recorrente genital, uveíte, lesões cutâneas e teste de patergia positivo. O tratamento depende do grau de acometimento da doença, sendo os corticosteroides tópicos a primeira escolha terapêutica. O diagnóstico precoce e o acompanhamento por equipe multidisciplinar é essencial a fim de se evitar complicações, especialmente as oculares que podem evoluir rapidamente para perda completa da visão.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal40

9 4354PT - ENDOMETRIOSE UMBILICAL

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - IVAN VORIQUE DE MELO E SOUSA-(apresentador)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - RAFAELLA COSTA BERNARDES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - REBECA MOREIRA SALGADO

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

INTRODUÇÃO - Endometriose umbilical, também chamada de Nódulo de Villar, é definida como a presença de glândulas endometriais ectópicas dentro do umbigo sem uma historia prévia de endometriose pélvica. A pelve é o local mais acometido, apresentando sintomas como dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia, sintomas urinários, intestinais e infertilidade. Porém, além da apresentação pélvica, há também a endometriose cutânea que pode ser classificada em primária e secundária. As formas secundárias incluem lesões que ocorrem sobre cicatrizes cirúrgicas prévias. Já as formas primárias ou espontâneas são mais raras e podem se localizar na cicatriz umbilical, região perianal ou inguinal. Apesar de o umbigo ser o principal sítio primário cutâneo, é patologia incomum, com frequência estimada entre 0,5 a 1% do total de casos.

RELATO DE CASO - Paciente de 38 anos refere abaulamento nodular em região umbilical há 1 ano, com crescimento progressivo associado a dor e sangramento no período menstrual, quando o nódulo se rompe. Refere ainda dor em flancos bilateralmente. Nega outras patologias bem como uso e alergia medicamentosa. G5P3A2, laqueadura há 3 anos. Ao exame: nódulo hipercrômico, em região umbilical com pápulas eritematosas hemorrágicas. Palpação: Abdome doloroso em andar inferior. Especular: Colo posterior, epitelizado, vagina trófica, OE em fenda, secreção fisiológica. Toque: Colo posterior, doloroso à palpação, anexos impalpáveis. Esta paciente foi biopsiada e o diagnóstico confirmou endometriose cutânea.

COMENTÁRIOS - O nódulo de Villar pode se tornar um dilema diagnóstico uma vez que pode simular um melanoma maligno ou o clássico Nódulo de Irmã Maria José, que é um tumor metastático sinalizador de neoplasia intra-abdominal. Qualquer outro quadro que apresente massa subcutânea ou descoloração da pele umbilical, como nevo benigno, quelóide, lipoma, abscesso, cisto, ou uma hérnia, bem como um depósito metastático a partir de uma patologia maligna, devem ser considerados no diagnóstico diferencial. Assim, o exame histopatológico é fundamental para o diagnóstico. Neste, devem ser visualizadas glândulas endometriais, estroma e depósitos de hemossiderina nos macrófagos, sendo necessários dois desses três critérios para confirmação. O tratamento é cirúrgico e raramente ocorre recorrência local. A malignização é extremamente rara.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 41

10 4355PT - HERPES ZOSTER NA GESTAÇÃO

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - BRUNA BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - JULIANNE CAMPOS- (apresentador)

INTRODUÇÃO - O Vírus da Varicela Zoster é um dos oito tipos de herpes vírus que causa infecção em humanos. Apresenta duas formas clínicas: a varicela propriamente dita ou “catapora”, e o herpes zoster. O vírus, na raiz ganglionar dorsal, permanece latente, até que seja estimulado por fatores ainda desconhecidos. Entretanto,acredita-se que a redução da imunidade celular relaciona-se ao processo. A apresentação cutânea viral é decorrente da reativação do Herpes vírus varicela zoster (HVZ), após resolução de uma infecção primária. Na gestação, tem sido descrito que o herpes zoster pode associar-se a embriopatias.

RELATO DO CASO - CN, 33 anos, GIIIPIAI, idade gestacional de 12 semanas, compareceu para consulta de rotina com queixa de ardência e prurido na região do hemitórax esquerdo. Refere ser portadora de hipotireoidismo, em uso de levotiroxina. Negou HIV e outras situações associadas à imunossupressão. Ao exame, apresentou bom estado geral, PA 110/70 mmHg, útero gravídico compatível com a idade gestacional. Observou-se presença de múltiplas lesões cutâneas vesículo-bolhosas, confluentes, com líquido amarelo citrino em seu interior, sobre uma base eritematosa, estendendo-se pela regiãoântero-posterior do terço médio do hemitórax esquerdo, correspondendo aos dermátomos de T6 a T8 e dirigindo-se ao abdome.

COMENTÁRIOS - A importância deste caso reside no fato de que o herpes zoster pode sofrer complicações se não for tratado adequadamente. As complicações maternas mais importantes são as alterações visuais, neurológicas e a neuralgia pós- herpética; situação em que a paciente pode persistir com dor local durante anos após odesaparecimento das lesões cutâneas. O tratamento correto e hábil pode evitar a maioria destas sequelas. O período da gravidez, entretanto, pelo risco do uso das drogas anti-virais, configura-se numa situação dramática onde há que se decidir pelo bem estar- materno versus risco fetal. A este respeito, no entanto, em reunião de consenso ficou estabelecido que o uso de drogas anti-virais na gestação, poderá ser adotado, quando houver manifestações severas, ou seja, presença de mais de 50 lesões herpéticas. Este tratamento reduzirá o tempo de duração da doença, diminuindo assim a dor e o sofrimento da paciente.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal42

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PT - SÍNDROME DE ROKITANSKI-KÜSTER-HAUSER

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES- (apresentador)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - BRUNA BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - JULIANNE CAMPOS

INTRODUÇÃO - A síndrome deMayer-Rokitansky-Küster-Hauser é uma condição incomum, com incidência de 1 para cada 5.000 nascimentos de meninas. É a segunda causa mais frequente de amenorréia primária, após as disgenesias gonadais. É uma forma de agenesia Mülleriana, e se caracteriza pela ausência congênita do terço superior da vagina, útero e trompas. O fenótipo e o cariótipo das pacientes são normais (XX). A idade no momento do diagnóstico costuma ser entre 15 e 18 anos.

RELATO DO CASO - Paciente feminina, 24 anos, com agenesia uterina, diagnosticada há 9 anos, devido amenorréia primária. Negou outras queixas. Foi solicitada ecografia e ressonância magnética de pelve, onde se identificou agenesia uterina e presença de ovários bilaterais. Não foram visualizadas outras alterações anatômicas, inclusive do sistema urinário, que costumam cursar comesta síndrome. Apresentou telarca aos 9 anos e pubarca aos 10 anos, com desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários completamente normais. Ao exame físico, a genitália apresentava pilificação com distribuição normal, presença de pequenos lábios tópicos e simétricos, com aproximação e pequeno colabamento dos mesmos, logo abaixo do meato uretral. Grandes lábios e clitóris sem alterações. Ao exame especular, foi visualizada vagina anatomicamente menor que o habitual, mostrando mucosa com rugosidade e elasticidade normais, ausência de colo uterino. Ao toque vaginal, percebeu-se vagina em fundo cego e encurtada, estando reduzida a aproximadamente 1/3 do seu comprimento habitual.

COMENTÁRIOS- A síndrome deMayer-Rokitansky-Küster-Hauser é uma entidade rara que deve ser suspeitada frente a um caso de amenorréia primária com caracteres sexuais secundários presentes. O exame ginecológico pode detectar encurtamento do canal vaginal ou ausência da vagina e útero. Há um grande impacto psicológico e na qualidade de vida da paciente, decorrentes do diagnóstico da síndrome de Rokitansky; por isso, deve ser proporcionado um tratamento multidisciplinar. A impossibilidade de engravidar devido ausência do útero é o aspecto mais difícil de ser aceito. Às pacientes que desejam ter filhos, deve ser encorajada a adoção e apresentada a possibilidade de ter filhos biológicos por meio da técnica de reprodução assistida, porque estas mulheres possuem ovários funcionantes, e produzem óvulos normais.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 43

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PT - CISTOADENO-FIBROMA SEROSO DE OVÁRIO

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - SALETE DA SILVA RIOS-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - ANA CAROLINA RIOS CHEN

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - BRUNA BASTOS GONÇALVES

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - JULIANNE CAMPOS- (apresentador)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - VINICIUS BURNETT ABOUD SOUZA DA EIRA

INTRODUÇÃO - O cistoadenofibroma seroso é um tumor infrequente da superfície ovariana. É raro em adultos jovens, sendo mais prevalente em mulheres de meia-idade, representando cerca de 1,7% dos tumores benignos do ovário. Geralmente, são unilaterais e estão associados a lesões pré-malignas do endométrio e aos leiomiomas uterinos, especialmente em mulheres mais idosas. São constituídos por elementos tanto sólidos quanto císticos e costumam apresentar nódulos fibróticos de consistência endurecida. Originam-se do epitélio superficial, derivado embriológico do epitélio Mülleriano.

RELATO DO CASO - MOP, 31 anos, compareceu para consulta de rotina sem queixas. Tratava-se de nuligesta em uso de desogestrel há 3 anos. Tinha antecedentes de fibroadenomas e mãe com história de neoplasia mamária. Exame físico sem alterações. Foi colhido o colpocitológico e solicitada ecografia transvaginal. Este exame revelou imagem sólida de 2,7 x 2,3 cm, sugerindo teratoma. Diante desse achado, o progestágeno oral foi suspenso, solicitou-se ressonância nuclear magnética pélvica e marcadores tumorais. As dosagens séricas de CA125, CA19.9, CA15.3, antígeno carcinoembrionário, α–fetoproteína e α-hCG foram normais. Na conclusão do laudo da ressonância, foi descrito, um nódulo lobulado, circunscrito, com áreas hiperdensas/hiperintensas, medido 3,8 x 2,6 cm, sem sinais de agressividade. A paciente foi submetida à exérese da lesão via laparoscópica e o estudo histopatológico mostrou tratar-se de um cistoadenofibroma seroso.

COMENTÁRIOS - O cistoadenofibroma seroso ovariano pode apresentar-se com um quadro de abdome agudo devido ruptura da parte cística da lesão, ou de forma silenciosa que é a forma mais comum. A importância deste caso reside no fato de que se deve enfatizar a necessidade de investigação de patologias ovarianas mesmo em pacientes assintomáticas, que costumam apresentar estestumores como achados acidentais à ecografia. Neste exame, estas lesões apresentam-se frequentemente como imagens císticas, uniloculares simples, com projeções papilares ou nódulos murais – cistos complexos. O achado de massa predominantemente cística com nódulo parietal é altamente sugestivo deste tipo de patologia. Entretanto, mesmo em pacientes com lesões que sugerem cistoadenofibroma, a confirmação do diagnóstico se impõe pelo estudo histopatológico, estando recomendada exérese do tumor para avaliação e afastamento de neoplasia maligna.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal44

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PT - CÂNCER DE MAMA EM PACIENTE EXTREMAMENTE JOVEM - RELATO DE CASO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - THALITA RAMOS RIBEIRO-(apresentador)-(autor)

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - ANA CAROLINA DE CARVALHO ALMEIDA BOSON

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - CAMILA DA GAMA CAMPOS

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - JÚLIA DE SOUZA ARAÚJO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - NAYARA SANTOS SOARES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - RAFAELLA BRITTO

INTRODUÇÃOO câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente em mulheres e sua incidência vem aumentando a cada ano: para 2014 o INCA estima 57.120 novos casos. A doença tem seu pico de ocorrência em torno dos 50 anos e é bastante incomum antes dos 30 anos. Representa a principal causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras e a detecção precoce associada ao tratamento efetivo tem reduzido a mortalidade e aumentado as chances de cura.

RELATO DO CASOC.S.C., feminino, 29 anos, G2P2A0, natural do Gama-DF, técnica em há 3 anos, sem história familiar de câncer de mama ou ovário, procurou serviço médico com queixa de nódulo palpável na mama esquerda há 1 ano. Mamografia em correlação com ecografia mamária mostrou seis imagens nodulares sólidas de contornos lobulados e limites bem definidos, as três maiores no QSM/ME medindo 2,1 x 0,9 cm, 1,2 x 0,8 cm e 1,2 x 0,6 cm, BIRADS 4A. Realizada punção das mesmas com citologia sugestiva de fibroadenoma. Seguimento seis meses após mostrou que os nódulos no QSM/ME tornaram-se coalescentes com limites pouco precisos e contornos irregulares e mediam em sua totalidade 5,1 x 1,9 cm, e evidenciou linfonodo suspeito na axila esquerda, BIRADS 4C. Biópsia evidenciou carcinoma ductal infiltrante de mama grau 3 de Nottingham, receptores de estrogênio e progesterona positivos e HER-2 negativo com metástase para linfonodo axilar. Estadio clínico T3N1M0. Realizada quimioterapia neoadjuvante (4AC+4T) com resposta clínica completa e mastectomia radical modificada com reconstrução imediata com expansor.

COMENTÁRIOSRecentemente uma recomendação do INCA / Ministério da Saúde gerou polêmica ao afirmar que o rastreamento do câncer de mama deve ser iniciado após os 50 anos e a cada dois anos. Essa prática é condenada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que mantém a recomendação anterior do próprio INCA / Ministério da Saúde, que é a de rastreamento anual após os 40 anos. Sabe-se que o diagnóstico antes dessa idade é raro e incomum, mas a doença cursa, em geral, com pior prognóstico. Apesar do caso descrito não preencher critérios para rastreamento, o mesmo nos remete à lembrança da importância do rastreamento nas pacientes jovens (especialmente antes dos 50 anos) devido ao aumento crescente da incidência da neoplasia maligna da mama nesta faixa etária. A mortalidade por câncer de mama entre as brasileiras de 30 a 69 anos teve um aumento de 16,7% de 1990 a 2010 em consequência principalmente da dificuldade de acesso à consultas médicas e da falta de informação sobre rastreamento. Isso comprova em fatos e justifica com argumentos que o aumento da idade e do intervalo do rastreamento não traria benefícios à população brasileira.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 45

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PT - A PERCEPÇÃO DE ACADÊMICAS DE MEDICINA SOBRE A IDADE IDEAL PARA ENGRAVIDAR

FACIPLAC - BRUNO YOSHIMITSU CAVICHIOLI SATO- (apresentador)-(autor)

FACIPLAC - BRUNA VIANA VIEIRA

FACIPLAC - FELIPE MATEUS DE MACÊDO RAMALHO SANTOS

FACIPLAC - NAYARA FERREIRA COSTA

FACIPLAC - DAVID BARREIRA GOMES SOBRINHO

Objetivo: Avaliar se a informação sobre o declínio da fertilidade feminina com a idade influencia na decisão sobre a idade ideal para engravidar.Material e Método: Trata-se de um estudo transversal analítico realizado no mês de maio de 2014 em instituição de ensino superior do Distrito Federal com acadêmicas de medicina de 17 a 34 anos de idade. Para coleta dos dados foram aplicados dois questionários: (1) o primeiro avaliou a decisão sobre idade ideal para engravidar, baseada no conhecimento prévio da estudante; e (2) o segundo forneceu a informação sobre a taxa de fertilidade por faixa etária através de gráficos, seguida de nova pergunta sobre a idade ideal para engravidar. Foram colhidos 159 questionários e os dados analisados com o programa EpiInfo.Resultados: Observamos que 17,6% das estudantes de medicina mudaram de opinião em relação à melhor idade para engravidar. Dentre os fatores que influenciaram diretamente na escolha do melhor momento para engravidar, mais da metade (50,3%) consideraram a estabilidade financeira, seguida por conclusão de planos futuros (32,7%), relacionamento estável (15%) e apenas6,3% consideraram o fator risco biológico como o fator mais importante.Conclusão: Apesar de não ser fator determinante na decisão de engravidar, nosso trabalho permite concluir que o conhecimento sobre o declínio da fertilidade com a idade da mulher é muito importante, pois quase 20% da estudantes de medicina mudaram de opinião após receber essa informação.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal46

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PT - ASSOCIAÇÃO DA PREMATURIDADE E BAIXO PESO AO NASCER ENTRE FILHOS DE MÃES ADOLESCENTES E ADULTAS

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE - MIRNA RÊGO MELO MOURÃO-(autor)

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE - ARTUR DA ROCHA MOREIRA NETO- (apresentador)

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE - FELIPE REZENDE MOREIRA CARVALHO

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE - CLARISSA CARVALHO DE ARAÚJO MOREIRA

Objetivo: Comparar baixo peso ao nascer (BPN) e prematuridade entre recém-nascidos de mães adolescentes e adultas. Método: Estudo observacional, transversal e retrospectivo de recém-nascidos de baixo peso de mães adolescentes que tiveram assistência ao parto no Hospital Materno Infantil (HMIB) da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (HMIB/SES-DF), no ano de 2012. A população em estudo foi de 6.461 nativivos de gestaçãoúnica dividida em dois grupos: 1.087 recém-nascidos de mães adolescentes e 5374 de mães adultas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população de mães adolescentes compreende a faixa etária de 10 a 19 anos. Os dados da pesquisa foram obtidos do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. As variáveis analisadas são: idade gestacional no dia do parto e peso ao nascer (Baixo peso ao nascer) no momento do parto. Utilizaram-se os testes do Qui-Quadrado e Odds Ratio com intervalo de confiança (IC) de 95% e nível de significância de 5%. Resultados: Foram analisados 6461 recém-nascidos sendo a população estratificada em dois grupos: 16,82% (1087) recém-nascidos de mães adolescentes e 83,18% (5.374) de mães adultas. Osrecém-nascidos de baixo peso (RNBP) representaram 14,19% (917) do total dos nascimentos do HMIB, sendo que desses bebês 2,94% (190) vieram de mães adolescentes e11,25% (727) de mães adultas. Os recém-nascidos prematuros do hospital em estudo representam 16,42% (1061) do total de nascimentos, sendo 211 prematuros de mães adolescentes representando 19,41% (211/1.087) e 850 prematuros de mães adultas que representam 15,81% (850/5.374). Quanto à associação entre idade gestacional e baixo peso ao nascer, encontrou-se OR = 26,83 (IC95% = 18,22 – 39,51) p < 0,0001. Conclusão: O estudo demonstrou que a gravidez na adolescência se associou a maior frequência de pré-termos de baixo peso ao nascer. É necessária, desta forma, uma adequada atenção aopré-natal nos serviços de saúde para realizar a prevenção e controle da prematuridade e do BPN.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 47

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PT - ANÁLISE BIOÉTICA DA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA DO CÂNCER DE MAMA NAS RELIGIOSAS CONSAGRADAS CATÓLICAS

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - WALQUIRIA QUIDA SALLES PEREIRA PRIMO-(autor)

UNIVERSIDADE DE BRASILIA - HERNANDA CORTES ROCHA- (apresentador)

INTRODUÇÃO. O câncer de mama é uma doença crônica e grave de saúde pública responsável por milhares de mortes em todo o mundo. A nuliparidade e a não amamentação são alguns dos fatores de risco para a ocorrência da doença. Fatores esses que abarcam as mulheres que optaram por seguir a vida religiosa consagrada, conhecidas popularmente como freiras. A morbimortalidade do câncer de mama é minimizada por meio da realização dos exames preventivos secundários, o autoexame, o exame clínico e a mamografia.

OBJETIVO. Analisar como ocorre a prevenção secundária do câncer de mama em religiosas consagradas católicas, utilizando como referenciais teóricos o princípio da autonomia, a Bioética de Intervenção e a Bioética de Proteção.

MATERIAIS E MÉTODOS. Estudo exploratório, descritivo, de natureza quantitativa e qualitativa. Foi realizado no período de 03 de agosto a 19 de outubro de 2010, e envolveu religiosas consagradas católicas dos institutos de vida ativa. O instrumento utilizado foi um questionário estruturado, autoaplicável que abrangia 15 questões fechadas, mistas e abertas. Do total de 76 questionários distribuídos nos institutos religiosos de vida ativa, 40 (52,6%) foram preenchidos e devolvidos com uma das vias do termo de consentimento livre e esclarecido devidamente assinada (TCLE). Contudo, 36 questionários (47,4%) não foram devolvidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UnB, atendendo à Resolução 196/96 CNS/MS.

RESULTADOS. Do total da amostra, a maioria das mulheres pesquisadas estavam na faixa etária entre 60 a 69 anos e estavam acima da média brasileira quanto ao acesso à universidade. Em relação ao autoexame das mamas, 5% das pesquisadas disseram nunca ter realizado o exame, enquanto 95% já realizaram o mesmo. Concernente ao exame clínico médico, 60% das pesquisadas consideram a visita ao ginecologista importante para todas as mulheres. Quanto à mamografia, 22,5% não realizaram esse exame enquanto 77,5% já o realizaram. Finalmente, 40% das religiosas informaram ter acesso às informações sobre saúde por mais de um meio de comunicação.

CONCLUSÃO. Concluiu-se que o grupo estudado teve acesso às informações sobre saúde e que teve ciência da prevenção secundária do câncer de mama. Os resultados satisfatórios do estudo, podem ter ocorrido pois, as instituições as quais as religiosas consagradas faziam parte foram indicadas por uma instituição da Igreja Católica da qual as mesmas são associadas. De qualquer forma, enfatiza-se que, o assunto deve ser tratado de forma séria com ações concretas nas ações de saúde pública e que o indivíduo seja protegido e tenha o acesso à saúde conforme preconiza a Constituição Federal.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal48

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PT - AVALIAÇÃO DE ÓBITOS NEONATAIS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL EM 2012

HRC - LEANDRA FERREIRA DO NASCIMENTO- (apresentador)-(autor)

HRC - RAPHAELE CAMARGO LEITE PEREIRA

HRC - ROSANE DA COSTA VIANA

Realizado estudo retrospectivo, transversal e quantitativo, com coleta de dados contidos em 32 Fichas de Investigações de Óbito Infantil e Fetal (síntese, conclusões e recomendações), referentes aos óbitos neonatais ocorridos no HRC em 2012 que foram investigados pelo Comitê de Prevenção e Controle de Óbito Infantil e Fetal da Regional de Saúde de Ceilândia/SES-DF.O propósito foi o de avaliar os óbitos neonatais investigados no HRC, correlacionando causas, sexo fetal, peso ao nascer, fatores socioeconômico e pré natais, e evitabilidade do mesmo. Foram incluídas fichas referentes aos óbitos neonatais precoces e tardios, e excluídos os pós-neonatais, com faixa etária ao óbito ignorada e que ocorreram em outros estabelecimentos de saúde, domicílio, via pública, no trajeto para serviço de saúde ou local ignorado. Em relação ao gênero, encontraram-se 15 masculinos, 16 femininos, 01 indiferente. Peso ao nascer, 24 inferior a 2500 g e 7 superior. Faixa etária ao óbito, 27 neonatal precoce e 5 tardio. Idade materna, 22 entre 14 e 25 anos, 9 entre 26 e 35 e 1 acima de 35 anos. Via de parto realizada:, 8 cesareas e 24 vaginais. Escolaridade materna, 8 com fundamental, 15 médio e 9 ignorado.Causa básica do óbito, 2 desconhecidos, 1 DHEG, Infecção neonatal, CardiopatiaCongênita, Anencefalia, Roprema, Sindrome Hipóxia-Isquêmica, Hipoplasia pulmonar, Sepse estafilocócica, sindrome transfusão feto fetal, Encefalocele, Hemorragia pulmonar, 03 Corioamnionites, 11 Prematuridade e 5 Malformação Congênita Múltipla. Evitabilidade dos óbitos 16 sim, 11 não, 5 inconclusivo. Existência de problema no planejamento familiar no acesso,7 sim, 16 não, 9 inconclusivo, e na assistência 8 sim, 14 não, 10 inconclusivo. Problema no acesso ao pré-natal, 10 sim e 20 não, e na assistência, 15 sim e 14 não. Problemas na assistência ao parto, 2 sim e 28 não. Problemas na Assistência ao recém-nascido na maternidade, 8 sim e 24 não.A mortalidade no período neonatal é um importante indicador de saúde materno-infantil, refletindo as condições sócio econômicas, reprodutivas e, principalmente, as relacionadas à assistência pré-natal, ao parto e aosrecém-nascidos.Foi observado que a mortalidade neonatal está diretamente relacionada com a imaturidade, extremos de baixo peso e muito baixo peso ao nascer; que a prematuridade é uma causa de destaque para a ocorrência de óbito neonatal, seguida pelas malformações congênitas. A maioria dos fatores de risco para a mortalidade neonatal é evitável, sendo indispensável reconhecimento de causa básica dos óbitos através de estudo detalhado, para que medidas de prevenção e assistência sejam aplicadas para redução das taxas de mortalidade neonatal. A assistência pré-natal adequada é considerada medida essencial para prevenção de óbitos neonatais.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 49

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PT - PREVALÊNCIA DE PARTO GEMELAR NO HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA DF, NO ANO DE 2013

HOSPITAL REGIONAL TAGUATINGA - BARBARA ELLEN TOLEDO GOUVEIA- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL TAGUATINGA - SIMONE MOURA LOPES VIANA

HOSPITAL REGIONAL TAGUATINGA - CAROLINA ROHLFS PEREIRA

ObjetivosApresentar a prevalência de partos gemelares ocorridos no Centro Obstétrico do Hospital Regional de Taguatinga de Janeiro a dezembro de 2013.Demonstrar a via de parto, a idade gestacional no momento do parto, o índice de Apgar , bem como o peso, o sexo e a discordância de peso dos recém nascidos.

Material e métodosEstudo observacional transversal, baseado no banco de dados do Centro Obstétrico. Os dados de idade gestacional foram avaliados pelo Capurro.

ResultadosEm 2013 foram realizados 4412 partos, desses, 45 foram gemelares, correspondendo a uma taxa de 1,01%.A via de parto mais incidente foi a cesariana (40 casos)equivalente a 88,8% dos casos. O parto vaginal ocorreu em5 casos (11,1% dos casos). Dos recém nascidos, 84,4% eram do mesmo sexo e 15,5% do sexo oposto.Tivemos 21 PIG, AIG foram 61 e não houve relato de GIG. Quatro recém nascidos tiveram pesos discordante. Ressaltando que em 8 recém nascidos não foi relatada a idade gestacional.Os recém nascidos de termos corresponderam a 54,7 % e os pré termo foram 45,2%. Considerando o índice de apgar como marcador subjetivo de sofrimento fetal, em uma população de 90 nascidos, somente 1 caso registrado de apgar abaixo de 7 no 5° minuto.

ConclusãoA taxa de partos gemelares no HRT em 2013 foi abaixo da média nacional, que é de 2% ao ano. Houve correspondência com o dados de literatura para os achados de maior índice de prematuros e a alta prevalência de cesareana, ressaltando-se que a gemelaridade não contraindica o parto vaginal. As boas condições de nascimento podem inferir, cuidados pré natais, eassistência ao parto adequados.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal50

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PT - CAUSAS INCOMUNS DE SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL: DOENÇA DE VON WILLENBRAND

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - FERRARI FERREIRA FARIAS- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - CARLOS PORTOCARRERO SANCHEZ

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - JORDANNA SANT’ANNA DINIZ E MOURA

IntroduçãoO sangramento uterino anormal corresponde atualmente a 20% das consultas ginecologicas. Esta presente em todas as faixas etarias, com maior prevalencia nos extremos da vida reprodutiva. Tendo em vista a classificação aceita pela FIGO, PALM-COEIN, dentre as causas associadas estão os disturbios de coagulação, sendo o fator de Von Willenbrand responsavel por 13% dos casos. A Doença de Von Willebrand é uma doença congénita, quer devido a alterações quantitativas do factor de von Willebrand (Fator VIII), quer a alterações qualitativas do mesmo. Na clinica associada a esse disturbio de coagulação, a menorragia esta presente em 35 a 65% das mulheres afetadas, dentre outras como epistaxes, hemorragias gastrintestinais, equimoses, hematomas e gengivorragias; Relato de CasoMSM, 19 anos, nuligesta, procurou o ambulatório de ginecologia em novembro de 2011 com história de menometrorragia há 20 meses, referia tratamentos prévios com diversos anticoncepcionais, antiinflamatorios e acido tranexamico sem sucesso. Nos antecedentes pessoais patológicos, negava doenças próprias, internações, uso crônico de medicações, traumas e cirurgias prévias. Negava também, etilismo e tabagismo. Ao exame ginecológico, incluindo especular e toque vaginal, não foramevidenciadas anormalidades. Submetida a ecografia transvaginal em 2011, volume uterino 69cm³, endométrio de 3mm, ovário direito: 6,5 cm³ e ovário esquerdo: 5,4cm³. Rotina laboratorial em janeiro de 2012 sem alterações, incluindo coagulograma normal. Apos tratamento convencional sem sucesso, foi ampliada a investigação com histeroscopia ainda em janeiro de 2012, evidenciando cavidade endometrial normal, sendo então encaminhada ao ambulatório de hematologia, onde foi diagnosticada como portadora do fator VIII 4b, conclusivo para doença de Von Willebrand.

ComentariosA doença de von Willebrand se configura como importante causa para investigacao nos casos de pacientes refratarias a terapeutica convencional para sangramento uterino anormal.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 51

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PT - TRATAMENTO DE ENDOMETRIOSE PROFUNDA REALIZADA NO HOSPITAL REGIONAL DO GAMA

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - LAYSE DE SOUZA PARENTE- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - CARLOS PORTOCARRERO SANCHEZ

HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - JORDANNA SANT’ANNA DINIZ E MOURA

IntroduçãoA endometriose acomete atualmente 176 milhões de mulheres em idade reprodutiva. Caracteriza-se por uma condição inflamatória causada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Geralmente associada à dor pélvica e infertilidade. Possui padrão hereditário poligênico e multifatorial. Os sintomas são dismenorréia, dispareunia profunda, menorragia, disquezia, disúria e fadiga crônica.Sua etiologia é incerta, tendo três teorias: menstruação retrógrada, metaplasia celômica e disseminação linfática em mulheres imunologicamente e geneticamente susceptíveis.O diagnóstico padrão ouro é laparoscópico, e de acordo com a classificação que aborda os aspectos morfológicos macroscópicos da lesão a endometriose pélvica possuiria três categorias: peritoneal superficial, ovariana cística e infiltrante profunda.

Relato de CasoEBSL, 38 anos, portadora de distrofia miotonica tipo 1, historia previa de TVP em MIE, referiu dor em baixo ventre de forte intensidade por mais de 12 meses, associada a dismenorreia intensa, dispareunia e disquezia. Refere diagnostico anterior de endometriose, intervenção cirurgica e terapias farmacologicas previas sem sucesso. Ao exame fisico mostrou dor a mobilização uterina com FSD livre. Foi realizada pesquisa de endometriose profunda com ecografia transvaginal e preparo intestinal em 24/07/13 apresentando: utero com pequenos miomas; endometrio ecogenico; ovario direito e esquerdo contendo imagens sugestivas de endometrioma e sinais de aderencia ao corpo uterino. Retosigmoide com presença de nodulo hipoecogenico sugestivo de endometriose medindo 5,0x1,3cm, atingindo mucosa, comprometendo 60% da circunferencia intestinal, a aproximadamente 12cm da borda anal. A colonoscopia realizada em 15/10/2012 apresentou compressão extrinseca em sigmoide distal, com mucosa integra. Em RMN de 21/12/2012 apresentou utero miomatoso, alças intestinais normais, ovarios aumentados de volume, com estrutura multicisticas, com algumas formaçoes ovalares, hiperintensas, sugerindo focos de endometrioma. Foi realizada histerectomia subtotal, salpingooforectomia bilateral e retosigmoidectomia parcial de 20 cm, com posterior anastomose termino-terminal, por laparotomia. No momento evolui com remissão dos sintomas, em uso continuo de desogestrel.

ComentariosA endometriose profunda acomete 5% da população devendo ser sua abordagem multidisciplinar ( proctologia, urologia e ginecologia). A cirurgia (laparotomica ou laparoscópica) é indicada quando há queixa de dor pélvica intensa e infertilidade, sendo indicada com intuito de exérese da maior quantidade da doença, apos o uso de terapias farmacológicas inefetivas.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal52

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PT - IMPACTO DAS VARIAÇÕES DA RESPOSTA SEXUAL DENTRE OS TRIMESTRES DE GESTAÇÃO

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO - JÚLIA ALESSANDRA SANTOS FERREIRA- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO - SYLVIA MARIA OLIVEIRA DA CUNHA CAVALCANTI

HOSPITAL REGIONAL DA ASA NORTE - PATRÍCIA DA CUNHA CAVALCANTI ALARCAO

OBJETIVO: Identificar as variações na resposta sexual das pacientes dentre os trimestres da gestação e comparar também com período pré-gestacional.

MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando um corte transversal, realizado por meio de aplicação de um questionário às gestantes do pré-natal de baixo risco do Distrito Federal, nos meses de março, abril e maio de 2014. O número de participantes foi de 72 gestantes. Os critérios de inclusão abrangeram: ser gestante e não possuir patologias passíveis de agravar a gestação. O questionário foi aplicado pelas autoras, que utilizaram perguntas objetivas, criando-se um banco de dados que possibilitou, através do programa SPSS, as análises associativas.

RESULTADOS: Foram entrevistadas 72 gestantes, sendo a maioria de terceiro trimestre de idade gestacional (51; 70,8%) e com idade menor que 25 anos (34; 47,2%). A prevalência em termos de escolaridade foi de segundo grau completo (30; 41,7%). Grande parte delas morava com o parceiro (60; 83,3%) e o catolicismo foi a religião mais presente (32; 44,4%), porém com pouca disparidade da evangélica (29; 40,3%) . Com relação ao número de gestações anteriores, maioria das gestantes era de primigestas (29; 40,3%). Observando-se as gestantes que registraram sintomas incomodativos à relação sexual (30; 41,7%) - como náuseas, vômitos, cansaço, dores nas mamas e dores na genitália -, não houve diferença entre a faixa etária mais nova (idade menor ou igual a 25 anos, 46,7%) e a mediana (entre 26 e 35 anos, 46,7%). Também foram mais presentes os sintomas incomodativos em gestantes de terceiro trimestre (26; 51%), havendo registro das mesmas também com relação à ausência de vontade de ter relação sexual (75% das 20 pacientes que relataram não ter vontade).Com relação à alteração da vida sexual (45 das gestantes responderam positivamente; 62,5%), o aspecto mais relevante foi a diminuição de capacidade de excitação (30; 66,7%) em comparação com alterações de lubrificação e número de orgasmos aumentado ou diminuído.A maioria das participantes refere não ter orientação sobre sexualidade na gestação (70,8%) e, logo, referem interesse na maior abordagem do assunto (70,8%).

CONCLUSÕES: Os profissionais de saúde que atendem as gestantes podem contribuir para a sexualidade saudável delas por meio de orientações adequadas, levando em consideração a idade da paciente, seu grau de escolaridade, seu estado civil, sua crença religiosa e cultural e o número de gestações anteriores. Cabe ao profissional promover a qualidade de vida explicando e afastando os riscos e temores da gestante e elucidando como elas podem se sentir melhor frente às dificuldades orgânicas e psicossociais da gravidez que possam afetar a vida sexual. Como o assunto é de significativa importância, ressalta-se a sugestão de estudos longitudinais mais abrangentes, com maior número de pacientes.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 53

23 4370

PT - GESTANTE RENAL CRÔNICA COM UM BOM DESFECHO PÓS-NATAL UM RELATO DE CASO

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO - JÚLIA ALESSANDRA SANTOS FERREIRA- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO - RENATA FRANCO DO CARMO

HOSPITAL REGIONAL DE SOBRADINHO - ANDREA PALMEIRA BARROS KAVAMOTO

Introdução: Relato de caso de gestante obesa, hipertensa e diabética, que evoluiu com nefropatia dialítica durante a gestação, porém evoluiu com bons resultados pós-natais ao binômio mãe-filho.Relato de Caso: L.M.L., 38 anos, casada, G9P0C1A7, hipertensa crônica, com diabetes mellitus tipo II e obesidade. Ao ser diagnosticada gestação em curso (IG de 8 semanas), paciente já estava internada devido a quadro franco de uremia. Teve diagnóstico de insuficiência renal, sendo encaminhada ao serviço de Pré-Natal de Alto Risco do Hospital Materno-Infantil de Brasília. Com IG de 26 semanas e 3 dias, desencadeou acidose metabólica, sendo logo encaminhada à UTI do Hospital Regional de Sobradinho. Após estabilização do quadro, pôde ser acompanhada na enfermaria obstétrica de Alto Risco, sob uso de anti-hipertensivos otimizados e insulinoterapia de respectiva posologia ajustada conforme progressão da gestação, além de hemodiálise seis vezes por semana. A interrupção do parto foi indicada na 34ª semana, via cesariana, devido às comorbidades maternas, ao crescimento fetal restrito e à prematuridade. O RN, do sexo feminino, chorou ao nascer, com índice de Apgar 7 1º’ e 9 5º’, peso 1285g. Permaneceu sob cuidados intensivos de neonatologia nos primeiros 29 dias de vida e recebeu alta do HRS com peso 2.235g, aos 55 dias de vida. A mãe foi encaminhada aos serviços da nefrologia em cidade de origem, já com indicação de hemodiálise 3xsemana. Comentários: A incidência de IR tem aumentado nosúltimos anos principalmente com etiologia relacionada à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus. No seguimento pré-natal de pacientes nefropatas, deve ser feito controle rigoroso de PA, além de avaliação mensal da função renal e rotina pré-natal normal, pois a insuficiência renal desencadeada precocemente na gestação eleva o risco de mau prognóstico materno e fetal. O obstetra deve ser atento a gestantes com doença renal pré-existente, pois elas são mais susceptíveis a desenvolver pré-eclâmpsia sobreposta, que frequentemente ocorre em IG precoce (antes da 30ª semana de gestação). Orientações sobre ingesta protéica e hídrica devem ser abordadas, assimcomo sobre exercícios físicos leves e pouco ganho ponderal. A avaliação do bem estar-fetal deve ser feita periodicamente por meio de perfil biofísico fetal e USGdoppler, podendo-se monitorar índice de líquido amniótico, crescimento fetal e fluxos útero-placentário.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal54

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PT - 53 DIAS DE PRORROGAÇÃO DE GESTAÇÃO, EM PACIENTE COM 9 CM DE DILATAÇÃO CERVICAL: UM RELATO DE CASO.

ESCS/HRT - THAÍS DOURADO REIS NÓBREGA- (apresentador)-(autor)

ESCS/HRT - DEBORAH FRANKE DA SILVA

ESCS/HRT - JÚLIA TRENTIN TIBÉRIO

ESCS/HRT - SIMONE MOURA LOPES VIANA

ESCS/HRT - JACIREMA SIMONE MACIEL FLOR

Introdução: A prematuridade apresenta etiologia multifatorial e é considerada a principal causa de mortalidade perinatal em todo o mundo, tem como importantes fatores predisponentes as condições socioeconômicas desfavoráveis, a assistência pré-natal precária e a presença de infecções genitourinárias. A melhora na qualidade da assistência à gestante e aos fetos de alto risco levou a um importante decréscimo na mortalidade dos recém-natos prematuros de todo mundo. Relato de caso: Gestante, 24 anos, gesta 3 P0 A2, com os dois abortos ocorridos em torno do quarto mês de gestação; recorreu ao serviço médico com queixa de sangramento vaginal rutilante em gestação com 25 semanas e 2 dias. Onde foi constatado dilatação cervical de 9 centímetros, bolsa íntegra e protrusa, dinâmica uterina efetiva e presença de secreção vaginal amarelada fétida. Aos exames laboratoriais, foram identificados leucocitose e achados sugestivos de infecção do trato urinário (ITU). A pacientefoi submetida à tocólise, cortico e antibioticoterapia. Após53 dias de internação, na 33ª semana de gestação, devido ao desencadeamento de novo trabalho de parto, foi realizada cesariana, de um feto em apresentação pélvica, encontrando-se líquido meconial, fétido e quente. O neonato nasceu com 1975g, Apgar 6/8 e Capurro somático de 34 semanas e 1 dia. Não houve confirmação de infecção neonatal e devido quadro sugestivos de semi-obstrução intestinal, o recém- nascido (RN) foi submetido à laparotomia constatando-se pâncreas anular e realizada duodenostomia. O RN recebeu alta médica, em boas condições sem demais intercorrências, após 21 dias da cirurgia.Comentários: No referido caso, o parto prorrogou-se por 52 dias após o desencadeamento do trabalho de parto, favorecendo a maturidade pulmonar e melhorando as chances de sobrevida do RN. O tratamento dos fatores causais do trabalho de parto prematuro, vaginose bacteriana e ITU, provavelmente foram fundamentais para sucesso obtido. A criança nasceu em boas condições e suaúnica complicação decorreu de malformação genética rara.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 55

25 4372

PT - CÂNCER SINCRÔNICO DE COLO DO ÚTERO E DE ENDOMÉTRIO: RELATO DE CASO

HCFMRP-USP - THALITA RAMOS RIBEIRO- (apresentador)-(autor)

INTRODUÇÃOA ocorrência simultânea de neoplasias malignas múltiplas do trato genital feminino é relativamente rara. A literatura estabelece como neoplasias sincrônicas aquelas que têm origem em sítios diferentes, podendo até ter a mesma localização - desde que se exclua que uma é metástase da outra, e que são passíveis de disseminação à distância a partir de suas vias específicas. Atualmente admite-se que a histologia não deve necessariamente ser diferente em cada uma, visto que existem vários tipos de carcinoma com subtipos histológicos semelhantes em sítios primários diferentes.

RELATO DO CASOM.L.M.B., feminino, 64 anos, DUM aos 49 anos, com queixa de sangramento pós-menopausa. USTV: útero 158 cm3, miométrio heterogêneo, endométrio heterogêneo e hiperecoico com 7,4mm, ovários normais. Submetida a histeroscopia com biópsia em duas lesões distintas: lesão difusa, irregular e heterogênea ocupando toda a cavidade endometrial e lesão polipoide na cérvice. CCO foi insatisfatória devido atrofia vaginal e representação apenas do epitélio escamoso. A biópsia de ambas as lesões teve como diagnóstico adenocarcinoma endometrioide grau 2 com imunohistoquímica favorecendo endocérvice como sítio primário. Exame físico: lesão exofítica sangrante no orifício cervical de 1cm, paramétrios livres. Devido à incerteza diagnóstica (clínica favorecendo neoplasia de endométrio com provável metástase cervical e biópsia favorecendo neoplasia cervical) optou-se pela abordagem cirúrgica com vistas ao tratamento de ambas: Wertheim-Meigs + lavado peritoneal, salpingooforectomia bilateral e omentectomia infracólica. Inventário da cavidade: lesão vegetante no fundo uterino com 4cm invadindo mais da metade do miométrio e lesão no colo uterino com 2cm. Anatomopatológico foi compatível com adenocarcinoma grau 2 misto, com predomínio endometrioide e diferenciações epidermóide, muco-secretora e em células claras, de origem sincrônica uterina e cervical; a lesão do colo invadia 4,9mm da parede cervical e media 3cm de extensão e havia duas lesões no endométrio (uma plana e uma polipoide medindo 2,0cm e 2,5cm respectivamente) invadindo microscopicamente menos da metade do miométrio; demais estruturas livres de neoplasia e ausência de malignidade nos 41 linfonodos avaliados. Estadio patológico: cervical pT1b1pN0, endometrial pT1apN0.

COMENTÁRIOSNeoplasias ginecológicas sincrônicas são em geral incomuns, mas quando acontecem geralmente acometem ovário e endométrio ou mama e ovário. O caso relatado mostra dois tumores sincrônicos com etiologias e patogenias completamente distintas. Ainda que no câncer de endométrio a metástase cervical seja relativamente frequente, no câncer cervical o comprometimento se dá por contiguidade e seria esperado acometimento do corpo do útero por lesão expansiva. Neste caso o fato de ambos os tumores serem de estadio inicial (colo Ib e endométrio Ia) corrobora o diagnóstico histopatológico de que se tratam de tumores distintos de aparecimento simultâneo.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal56

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PT - HIPOGONADISMO HIPOGONA-DOTRÓFICO: RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO

HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ - VANIA MARCELLA DE SOUZA ALVARENGA- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ - LUCIANA SEGURADO CÔRTES

HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ - JANE EYRE MIRANDA LACET VIEIRA

HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ - DILENE MORAIS BARBOSA DA SILVA

HOSPITAL REGIONAL DO PARANOÁ - SANTIAGO SILVA FRANÇA

INTRODUÇÃO: O Hipogonadismo Hipogonadotrófico é uma forma de amenorréia primária podendo ser reversível em 31% dos casos. Caracteriza-se por níveis reduzidos ou ausentes de gonadotrofinas, hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). As causas mais comuns são cromossomopatias congênitas, traumatismos cranianos, cirurgia ou radioterapia. O diagnóstico é suspeitado diante da ausência ou parada de desenvolvimento puberal após 16 anos em meninas. O tratamento visa induzir o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e estabelecer terapêutica hormonal de substituição.

RELATO DE CASO: Paciente S.P.O., 16 anos, foi atendida no Hospital Regional do Paranoá no dia 13/09/2013, apresentando quadro de amenorréia primária e pubarca anterior à telarca. Negava atividade física extenuante, patologias crônicas, alterações olfatórias ou uso de contraceptivo oral. Histórico de apendicectomia pregressa. Ao exame apresentou M2 P3 pelos critérios de desenvolvimento de Tanner. Tireóide não palpável. Foram solicitados exames para comprovação da suspeita clínica de hipogonadismo hipogonadotrófico, sendo de maior relevância a Prolactina: 10,14ng/ml; LH 0,03mui/ml; FSH: 0,3mui/ml; TSH: 2,81mui/ml; T4L: 1,24ng/dl; Estradiol < 11,8pg/ml; SDHEA: 121ng/ml; 17-Hidroxiprogesterona: 0,67ng/dl; Cariótipo em sangue periférico: 30 células em metáfase, 46XX. Ecografia pélvica demonstrou útero em anteversoflexão, contornos regulares, medindo 0,9x 1,3x 2,4cm, com volume 4,8cm³, miométrio homogêneo, ovário direito tópico, contornos regulares, medindo 0,9x 1,0x 1,2cm e volume 0,6cm³; ovário esquerdo tópico, contornos regulares, medindo 1,5x 1,0x 1,2cm volume 1,0cm³; com impressão diagnóstica de útero infantil. Na ressonância nuclear magnética de hipófise foi observado sela túrcica de forma e dimensões normais, contornos regulares,adeno-hipófise, neuro-hipófise, haste e quiasma ópticos sem alterações, não sendo descrito bulbo olfatório. Diante da investigação diagnóstica, o caso trata-se de hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático, pois o cariótipo é normal e há ausência de tumores ovarianos e do SNC. A terapia estrogênica foi instituída e será complementada com a adição de progesterona afim de alcançar a descamação endometrial.

COMENTÁRIOS: É de suma importância o domínio da clínica do hipogonadismo hipogonadotrófico, realçada no caso em análise pela descrição de uma paciente em amenorréia primaria, pois negava menarca após os 16 anos e ausência de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários próprios da idade. A suspeita clínica precocedo diagnóstico com posterior comprovação através de exames complementares, reflete em tratamento hormonal adequado, evitando o atraso do desenvolvimento estatural e os sintomas advindos do hipoestrogenismo.

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PT - SÍNDROME DE ROKITANSKY: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO HOLÍSTICA DE PACIENTES

HRPA - SANTIAGO SILVA FRANÇA- (apresentador)-(autor)

HRPA - LUCIANA SEGURADO CÔRTES

HRPA - VANIA MARCELLA DE SOUZA ALVARENGA

HRPA - ANDRÉ FRANÇA DO NASCIMENTO

HRPA - LUIS OTAVIO PEREIRA

HRPA - JOÃO ULISSES GONZAGA

SÍNDROME DE ROKITANSKY: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO HOLÍSTICA DE PACIENTES

França, S.S; Côrtes, L.S; França, A; Ulisses, J; Pereira,L.O.G; Alvarenga, V.M.S

INTRODUÇÃO: A síndrome de Rokitansky consiste na falta do desenvolvimento Mülleriano, amenorréia primária, ausência ou hipoplasia da vagina. O útero pode ser normal, porém desprovido de um conduto ao intróito, ou pode haver apenas cordões bicornes rudimentares presentes. A função ovariana, o crescimento e desenvolvimento são normais.

RELATO DE CASO: Paciente O.R.C.S., 50 anos, casada, G0 P0, deu entrada no Hospital Regional do Paranoá dia 06/05/2014 para realização de ooforectomia por cisto ovariano direito. Relatava amenorréia primária e dispareunia. Ao exame físico evidenciava estatura 1,55m e ao toque: canal vaginal curto de aproximadamente 3cm, ausência de colo, indolor à mobilização, presença de abaulamento em fórnix lateral direito. Ecografia de abdome total (23/09/2013) apresentou nefrolitíase à esquerda e cisto ovariano direito medindo 8,1x8,0x7,1cm de paredes lisas, alem de hidronefrose e a ecografia transvaginal na qual não se visualizava útero e ovário esquerdo, FSD livre e cisto ovariano direito, medindo 7,7x7,2x7,6cm, volume 219,10cm³, repleto de debris. No pré-operatório, durante a visita dos Residentes de Ginecologia, aventou-se a provável Síndrome de Rokitansky pela clínica apresentada, sendo solicitada Ressonância Nuclear Magnética de pelve (exame de alta especificidade e sensibilidade diagnóstica neste caso), onde evidenciou hipoplasia vaginal e agenesia uterina, além de volumoso cisto anexial direito; confirmando o diagnóstico de Síndrome de Rokitansky. A paciente foi submetida à laparotomia exploradora no dia 29/05/2014, observando ao inventário da cavidade abdominal, um volumoso cisto anexial direito e agenesia uterina, caracterizando como Síndrome de Rokitansky tipo II, pois a anomalía mulleriana está associada a doenças ovarianas (cisto ovariano), e alterações renais (hidronefrose e nefrolitíase). Realizou-se ooforectomia direita e a paciente teve alta hospitalar após três dias da cirurgia em bomestado geral.

COMENTÁRIOS: A Síndrome de Rokitansky incide cerca de 1:5000 recém-nascidas. No presente caso observa-se ausência de avaliação da paciente como um todo, ressaltando seu diagnóstico tardio, aos 50 anos de idade, da Síndrome em questão, por meio da observação clínica e exame físico. O diagnóstico foi selado pela RNM e Laparotomia exploradora. Assim, reforça-se a importância da análise integral da paciente, usando-se de anamnese criteriosa, assim como exames laboratoriais e imagem, além de laparotomia exploradora, para, enfim, adquirir um diagnóstico coeso.

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PT - CÂNCER DE OVÁRIO E GESTAÇÃO EM PACIENTE COM CÂNCER GÁSTRICO PRÉVIO: RELATO DE CASO

HCFMRP-USP - THALITA RAMOS RIBEIRO- (apresentador)-(autor)

INTRODUÇÃOA incidência de massas anexiais na gestação varia de 1:81 a 1:8.000 gestações, sendo a maioria benigna. Os tumores malignos são raros e variam de 1:10.000 a 1:100.000 gestações.

RELATO DO CASOM.L.S, feminino, 25 anos, sem história familiar de neoplasia, G2PC1A0, IG 24 sem, tratamento prévio para câncer de estômago há 2 anos (pT3pN0, quimioterapia neoadjuvante, gastrectomia subtotal e quimioterapia adjuvante com término há 1 ano), encaminhada do pré-natal devido massa anexial bilateral. Marcadores tumorais alterados: CA 19.9:40,7, AFP: 127 e α-HCG: 12.544 (gestação). Endoscopia digestiva alta: sem lesões suspeitas.Exames de imagem seriados na gestação:- US 1o trimestre: sem massas - US 2o trimestre: ovário direito (OD) com massa sólido-cística com margens regulares e reforço acústico posterior de 9,2x4,7x7,3 cm (vol. 170cm3); ovário esquerdo (OE) com massa sólido-cística com margens indefinidas, reforço acústico posterior e vol. de 664cm3

- US 3o trimestre: OD com massa sólido-cística com traves no interior e vascularização aumentada de 9,2x13,8x8,7cm (vol. 577cm3); OE com massa sólido-cística complexa altamente vascularizada de 13,8x15,6x13,3 cm (vol.1428cm3) Ressonância magnética mostrou útero gravídico e tumorações irregulares de grande volume em topografia de OD e OE ocupando praticamente toda a cavidade abdominal e deslocando o útero e as demais estruturas superiormente, a maior delas (da esquerda) de volume similar ao do útero gravídico. Paciente seguiu em acompanhamento conjunto e ao completar 32 semanas foi realizada cesariana, histerectomia total e anexectomia bilateral (congelação positiva para malignidade). Inventário da cavidade: anatomia completamente distorcida, útero hipotônico e sangrante após nascimento, duas grandes tumorações de aspecto cerebroide e conteúdo sólido-cístico na topografia dos ovários, menor à direita (± 15 cm) e maior à esquerda (± 20 cm), ambas aderidas ao útero (principalmente à direita) e ao reto-sigmoide. Anatomopatológico mostrou à macroscopia OE de 1450g e OD de 1333g e à microscopia ovários infiltrados por adenocarcinoma grau 2 com múltiplas áreas de diferenciação mucinosa, tubas e útero sem invasão neoplásica e lavado peritoneal sem critérios de malignidade. Imunohistoquímica para definir sítio primário não permitiu distinção entre neoplasia primária ovariana ou gástrica metastática. Indicada quimioterapia adjuvante; recém-nascido evoluiu sem complicações.

COMENTÁRIOSO câncer de ovário é o quarto tumor ginecológico em freqüência e o primeiro em mortalidade. A associação de câncer de ovário e gestação é bastante rara. É normalmente assintomático e constitui achado incidental na US obstétrica. O tratamento e o prognóstico dependem basicamente da IG e do tipo histológico. Se necessário, alguns quimioterápicos podem ser administrados na gravidez sem prejuízo para o feto. O caso relatado ainda nos remete à lembrança da associação ntre neoplasias malignas ovarianas e do trato gastrointestinal.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 59

29 4378PT - CORIOCARCINOMA: RELATO DE CASO

HCFMRP-USP - THALITA RAMOS RIBEIRO- (apresentador)-(autor)

INTRODUÇÃOO coriocarcinoma é um tumor maligno originado no trofoblasto, com grande potencial invasivo e metastatizante. Aproximadamente 50% se origina de mola hidatiforme, sendo que 1:40 casos de mola hidatiforme se transforma em coriocarcinoma; 25% ocorre após abortos e 25% como complicação de gravidez normal, ocorrendo apenas 1 caso de coriocarcinoma a cada 150.000 gestações.

RELATO DO CASOD.R.S., 26 anos, G3P2A1, com queixa de sangramento vaginal em grande quantidade. DUM desconhecida - referia atraso menstrual prévio; b-hCG 1.954. Havia realizado curetagem uterina na cidade de origem com diagnóstico histológico de restos ovulares e deciduais parcialmente necróticos e hemorrágicos com áreas supuradas. Trintadias após o procedimento apresentou sangramento vaginal volumoso e foi submetida a uma segunda curetagem ainda na cidade de origem com diagnóstico histológico de neoplasia trofoblástica de alto grau com caracteres de coriocarcinoma. Persistia com sangramento vaginal de grande volume poucos dias após o procedimento e procurou a emergência do serviço onde foi realizada ecografia transvaginal que mostrou útero globoso medindo 16,5 x 9,2 x 11,9 cm (volume 939 cm3) e formação hiperecoica de limites imprecisos com áreas anecoicas de permeio na cavidade endometrial com íntimo contato com as paredes uterinas e fluxo aumentado ao Doppler; b-hCG 5.000.000.Ao exame físico palpava-se massa endurecida e pouco móvel 3 cm acima da cicatriz umbilical. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica e foi submetida a laparotomia exploradora com histerectomia total, anexectomia bilateral e biópsias de peritônio. Inventário da cavidade: útero aumentado de volume com lesão endometrial vegetante e friável acometendo a serosa uterina e cistos teca-luteínicos à esquerda. Anatomopatológico confirmou diagnóstico de coriocarcinoma de endométrio infiltrando mais de dois terços do miométrio, poupando istmo e colo e com implantes peritoneais. Tomografia de tórax evidenciou nódulos pulmonares suspeitos para metástase. Descartados outros sítios de doença à distância. Estadiamento III. Indicada quimioterapia adjuvante com esquema EMA-CO.

COMENTÁRIOSO coriocarcinoma é uma neoplasia epitelial rara pertencente às neoplasias trofoblásticas gestacionais. É caracterizado histologicamente por células do sincicio e do citotrofoblasto, e ao contrário da mola hidatiforme, não forma vilosidades coriais. O tumor não possui vasos próprios e se nutre invadindo e destruindo os vasos do tecido onde se localiza. Clinicamente há elevação dos níveis de b-hCG como na mola hidatiforme. Na maioria dos casos, quando da ocasião do diagnóstico, o tumor já é metastático e os principais sítios de metástase são vagina, pulmão, cérebro e fígado. Entretanto é um tumor com excelente resposta à quimioterapia e os índices de cura chegam a80%. Apesar de o caso descrito não apresentar nenhuma particularidade, o mesmo é válido para ressaltar a importância de se estar atento a essa possibilidade diagnóstica.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal60

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PT - GRAVIDEZ ECTÓPICA ABDOMINAL 13SEM: RELATO DE CASO / ABDOMINAL ECTOPIC PREGNANCY OF13SEM: A CASE REPORT

UFPI - CAMILA BRITO ARAUJO-(apresentador)-(autor)

UFPI - JEFFERSON TORRES NUNES

FACID - RAFAEL DE MOURA LOPES

UFPI - SUELE SANTOS ROCHA

UFPI - HENDERSON DA SILVA RETRÃO

Introdução: A gravidez ectópica (GE) se dá quando o oócito fecundado se implanta em local extra uterino. Éresponsável por 1-2% de todas as gestações. De acordo com a CDC (Centers for Disease Control and Prevention) a incidência de GE é de aproximadamente 20 casos para cada1000 gestações nos EUA. O principal fator de risco para uma GE é a doença inflamatória pélvica. A Ultrassonografia transvaginal tem possibilitado a visualização da gravidez ectópica, permitindo uma precisa localização e dimensão.As trompas, principalmente na região da ampola, são olocal mais comum de GE sendo responsável por 95-98% dos casos. Pode ocorrer ainda a implantação extratubária, no entanto, é uma situação rara responsável por 1-3% doscasos de GE, ou seja, uma taxa de um caso para cerca de 15 mil gestações normais. Objetivo: Relatar um caso de gravidez ectópica abdominal de 13sem4d com paciente estável. Relato de Caso: Gestante de 26 anos, natural de Manoel Emídio/PI, G4P3(2V,1C); deu entrada na maternidade de referência do Estado por amenorreia há cerca de 2 meses associado a dor pélvica. Não apresentava sangramento transvaginal. Trazia ultrassonografia evidenciando gravidez abdominal com feto vivo. P.A.:100/80mmHg. Foi realizada a internação hospitalar da paciente e solicitado nova ultrassonografia. US: gestação ectópica íntegra com feto vivo no curso de 13sem4d, gravidez abdominal (?), presença de coleção em fundo de saco de Douglas. Após autorização da família e concentimento da paciente realizou-se laparotomia exploradora. No inventário cirúrgico percebeu-se a presença de massa com média de 9cm em epíplon, sangramento de moderado volume em cavidade abdominal, retirada de placenta+feto+epíplon em bloco, revisão de alças, limpeza da cavidade, retirada de trompa direita e laqueadura de trompa esquerda. Realizado hemotransfusão intraoperatória. Paciente permaneceu internada em UTI por 24 horas, fez uso de clindamicina 900mg de 8/8 horas e Gentamicina 80mg de 8/8horas por 5 dias. Após estabilização clínica, recebe alta hospitalar. Considerações finais: A gravidez ectópica abdominal é uma situação que ocorre em baixo percentual, no entanto, reflete complicações maternas importantes se não tratados precocemente. A gravidez abdominal é um tipo de GE rara, no entanto, o número de casos vem aumentando, seja por aumento da incidência de doença inflamatória pélvica, seja pela anticoncepção de urgência ou por aumento do número de casos antes não diagnosticados por imprecisão. Com o surgimento da Ultrassonografia casos mais iniciais de GE são confirmados com precisão antes do procedimento cirúrgico, diminuindo o tempo de investigação clínica e possibilitando uma resolução mais rápida, o que faz com que haja um declínio significativo no número de complicações.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 61

31 4380

PT - TRATAMENTO DA MENOPAUSA CIRÚRGICA EM PACIENTE JOVEM COM CÂNCER DE OVÁRIO E METÁSTASE MAMÁRIA: TERAPIA HORMONAL (TH) É UMA OPÇÃO?

HUB - PEDRO RODRIGUES DOS REIS- (apresentador)-(autor)

HUB - EMILIE ZINGLER

UNB - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES

UNB - VINICIUS BURNETT ABOUD SOUZA DA EIRA

HUB - MIRIAM DA SILVA WANDERLEY

INTRODUÇÃO:O tumor borderline seroso é o mais comum dentre os borderlines do ovário. Geralmente é indolente, a sobrevida média em 10 anos é de mais de 95% e a cirurgia conservadora pode ser uma opção. O estadiamento cirúrgico, em especial em pacientes jovens, pode ter grande impacto sobre a qualidade de vida e induzir a morbidades associadas ao hipoestrogenismo.RELATO DO CASO:Paciente de 18 anos, com USG evidenciando imagem cística ovariana, bem definida, multiloculada, com partes sólidas, medindo 12x8x11cm³. Ao exame, tumoração palpável em fossa ilíaca direita e em fundo de saco vaginal, com cercade 10 cm, aderida ao útero. Indicada laparotomia exploradora. Durante a cirurgia foi evidenciada massasólida cística, com vegetações em ovário direito e esquerdo, além de pequenos implantes em omento e em fundo de saco posterior. Foi realizado estadiamento cirúrgico completo com citorredução de lesões suspeitas. O laudo histopatológico confirmou tumor borderline seroso ovariano bilateralmente, moderadamente diferenciado, com lavado peritoneal negativo e ausência de doença em linfonodos, omento e trompas. Paciente evoluiu com fogachos e secura vaginal, sendo encaminhada para o ambulatório de climatério. Foi ofertado à paciente TH para o tratamentodos sintomas climatéricos, mas ela optou por não utilizar. Durante o seguimento clínico foi detectado nódulo em QSL de mama direita de contornos irregulares com calcificações de permeio. Foi realizado setorectomia, cujoanatomo-patológico diagnosticou carcinoma papilar metastático para linfonodo intramamário, compatível com recidiva do tumor ovariano. Atualmente em uso de tamoxifeno.COMENTÁRIOS:O uso de TH em pacientes ooforectomizadas pós tratamento para câncer de ovário, especialmente em mulheres jovens cujo hipoestrogenismo afeta em grande medida sua qualidade de vida, ainda é controverso, principalmente devido a escassez de dados na literatura. Existem poucos estudos publicados onde não se observou diferença na sobrevida livre de doença quando comparado ao controle, porém esses dados são limitados. Nesse caso em especial o dilema quanto a sua prescrição se torna ainda maior pela história de metástase para linfonodo mamário. A discussão sobre riscos e benefícios com a paciente é fundamentalpara que ela possa tomar uma decisão.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal62

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PT - SÍNDROME DE INSENSIBILIDADE PARCIAL AOS ANDROGÊNIOS: RELATO DE CASO

HUB - PEDRO RODRIGUES DOS REIS- (apresentador)

HUB - EMILIE ZINGLER-(autor)

UNB - ILKA LIDIANE BASTOS GONÇALVES

UNB - VINICIUS BURNETT ABOUD SOUZA DA EIRA

HUB - MIRIAM DA SILVA WANDERLEY

INTRODUÇÃO: A síndrome de insensibilidade aos androgênios é uma desordem do desenvolvimento sexual causada por defeitos na função dos receptores de androgênios. É herança ligada ao X e afeta pacientes com cariótipo 46XY, que passam a apresentar virilização inadequada, podendo ser completa (Síndrome de Morris) ou parcial. A primeira tem apresentação típica: mulher, amenorreia primária, escassez de pelos, testículos e agenesia uterina. A segunda tem apresentação heterogênea, desde infertilidade masculina/ginecomastia até clitoromegalia, hipospadia e amenorreia primária. Dianteda complexidade do tema, objetivamos relatar caso de insensibilidade parcial aos androgênios acompanhado no HUB.RELATO DE CASO: Paciente de 28 anos, atendida no ambulatório de Ginecologia Endócrina do HUB em 2011 devido à genitália ambígua. Apresentou desenvolvimento puberal com desenvolvimento mamário adequado, pilificação em conformação ginecoide e amenorreia primária. Exame físico: altura 1,76m, peso 68kg, IMC22kg/m2, Tanner M5P5 e ausência de hirsutismo. Observou-se clitoromegalia, hipospádia, orifício perinealúnico, gônadas inguinais bilateralmente e comprimento do canal vaginal 6cm. Complementares: 17α estradiol 72, FSH8,26, LH 1,13, testosterona 921, SDHEA 209,17αOHprogesterona 311, ecografia: agenesia deútero/ovários, testículos em canais inguinais, cariótipo46XY. Diante da hipótese de Insensibilidade Parcial aos Androgênios, paciente foi submetida à clitoridoplastia + vaginoplastia + neouretroplastia + orquidectomia bilateral. Iniciou reposição hormonal com estrogênios conjugados e, posteriormente, estradiol 2mg/dia, juntamente com dilatação vaginal.COMENTÁRIOS: A insensibilidade parcial aos androgênios, também conhecida como pseudo-hermafroditismomasculino parcial, é entidade de prevalência desconhecida, devido à grande variedade de formas clínicas, inclusive formas atípicas. O diagnóstico baseia-se na história e exame clínicos, dosagem hormonal, imagem e sequenciamento genético. O tratamento é feito de acordo com a escolha do sexo do neonato (a depender do grau de insensibilidade) e pode ser realizado com reposição hormonal, orquidectomia, cirurgias corretivas do trato urogenital e suporte psicológico. Diante das consequências físicas e psicológicas que esse diagnóstico pode acarretar aos pacientes e familiares, é importante que seja realizado com a maior brevidade possível, a fim de iniciar o quanto antes o tratamento adequado.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 63

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PT - INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA DO SISTEMA RH COM FETO NORMAL / RH INCOMPATIBILITY OF BLOOD SYSTEM WITH NORMAL FETUS

UFPI - CAMILA BRITO ARAUJO-(autor)

UFPI - JEFFERSON TORRES NUNES

FACID - RAFAEL DE MOURA LOPES- (apresentador)

UFPI - SUELE SANTOS ROCHA

UFPI - HENDERSON DA SILVA RETRÃO

UFPI - MARCUS DAVI PESSOA DE ROSALMEIDA

Introdução: O sistema Rh é responsável por 80 a 90% dos casos de doença hemolítica perinatal clinicamente detectável. A mãe Rh negativo é sensibilizada pelos antígenos Rh positivos do filho levando a uma produção de anticorpos anti-Rh, resultando na destruição dos eritrócitos fetais. Essa alteração ocorre no momento do parto e caso não seja feito a imunoglobulina humana a mãe produz estes anticorpos. Na gestação seguinte, a mãe já possuindo anticorpos livres no sangue e, caso o feto seja Rh positivo, o feto começa a sofrer ataque pelas células de defesa da mãe, causando hemólise fetal, com anemia, icterícia grave e morte fetal. O Exame de COOMBS indireto, feito na mãe, detecta estes anticorpos anti-Rh livres no sangue materno.O COOMBS direto, feito no feto, detecta o complexo anticorpo-antígeno, o antígeno são as hemácias Rh positivas do feto. Objetivo: Relatar um caso gestante Rh negativo com COOMBS indireto com níveis elevados e feto normal Relato de Caso: Gestante de 28 anos, natural de Campo Grande/PI, G3P1(C)A1, IG: 35s (DUM) / 35s3d (US 1°T), tipagem sanguínea O negativo, deu entrada na MDER, no dia 03/01/14, encaminhada de Picos-PI por apresentar lombalgia e dor em baixo ventre tipo cólica há 2 dias. Nega perdas vaginais, alérgica a AAS. Traz COOMBS INDIRETOpositivo com titulação 1/1024. Ao exame: P.A 120/80 mmHg, fundo uterino compatível com a idade gestacional, feto vivo, cefálico, dorso à esquerda, BCF: 155bpm. Foi internadacom hipótese diagnóstica de incompatibilidade sanguínea. Exames complementares: cardiotocografia com padrão tranquilizador, VDRL: negativo, tipagem sanguínea O negativo, US gestacional com Doppler: IG: 35s 2d, FC:166bpm, ILA: 5,4 (oligohidrâmnio moderado), PHF: normal, VSM da ACM: normal (feto não anêmico), COOMBS INDIRETO: positivo. Encaminhada ao Centro Cirúrgico para resolução do parto por cesariana no dia 14/01/14. Examesdo recém nascido do dia 14/01/14: tipagem sanguínea O positivo e 16/01/14, hemoglobina: 12.9; hematócrito: 37.1%; leucócitos: 12.200; plaquetas: 303.000. Consideraçõesfinais: A doença hemolítica do recém nascido é uma causa significativa de mortalidade e morbidade fetal e neonatal em pacientes que não fizeram a profilaxia da aloimunização. Existem relatos de casos de recém nascidos (RN) nascidos de mães sensibilizadas que não apresentaram doença hemolítica grave, no entanto, estes casos ocorreram em mães que apresentaram um COOMBS INDIRETO com titulações baixas.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal64

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PT - MARCADORES SÉRICOS PARA TROMBOFILIAS E ASSOCIADOS À PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE

FAMED-UFMS - ERNESTO ANTONIO FIGUEIRO FILHO- (apresentador)-(autor)

FAMED-UFMS - VANESSA MARCON DE OLIVEIRA

FAMED-UFMS - CRISTIANE MUNARETTO FERREIRA

Objetivo: Verificar a associação entre ocorrência de pré-eclâmpsia grave/eclampsia em gestação anterior com a presença de trombofilias hereditárias (deficiência de antitrombina, proteína C e proteína S, mutação no fator V e hiper-homocisteinemia) e trombofilias adquiridas (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico e α2 glicoproteína I). Material e Método: Estudo observacional transversal de 84 gestantes com histórico de pré-eclâmpsia grave/eclampsia em gestação anterior (Grupo PE), e 32 gestantes sem histórico de complicações gestacionais (Grupo CO) no período de maio de 2007 a maio de 2013.Rastreou-se a presença de anticorpos anticardiolipina IgM e IgG, anticoagulante lúpico, anti-α2-glicoproteína I, avaliação dos níveis séricos de proteína C, proteína S, antitrombina, homocisteína e pesquisa de mutação do gene do fator V. Os dados foram analisados por meio do teste t de Student e/ou teste Exato de Fisher, considerando significativo p<0,05. Resultados: Os marcadores para trombofilias adquiridas e/ou hereditárias foram detectados em 64,3 (54/84) das pacientes do Grupo PE e em 9,4% (3/32) das pacientes do Grupo CO. Os marcadores para trombofilias hereditárias possuiu frequência nas pacientes alocadas no grupo PE de 46,4% (39/84) e no Grupo CO frequência de 6,3% (2/32). As trombofilias adquiridas foram positivas em 31,0% (26/84) das gestantes do Grupo PE e em3,1% (1/32) no Grupo CO. A presença de ambos os marcadores para trombofilias (adquirida e hereditária) na mesma paciente foi encontrada em 13,1% (11/84) das pacientes do grupo PE e nenhuma do grupo CO.Verificou-se associação significativa (p<0,001 RR 1,86 IC95% 1,44–2,41) entre a presença de marcadores para trombofilias e a ocorrência de pré-eclâmpsia grave/eclampsia em gestação anterior. Houve associação significativa deste grupo com a identificação de anticorpos antifosfolípides (p=0,003 RR 1,48 IC95% 1,25-1,75). Também se observa a associação da presença de marcadores para trombofilias hereditárias juntamente e ao histórico da ocorrência de pré-eclâmpsia grave/eclampsia (p=0,0001 RR 1,59 IC95% 1,30-1,93). Conclusão: A identificação dos marcadores para trombofilias, em gestantes, pode ser clinicamente útil para determinar quais pacientes possuem maiores riscos de complicações obstétricas.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 65

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PT - DESFECHOS MATERNO-FETAIS DAS GESTAÇÕES SUBSEQUENTES À INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA COM ENOXAPARINA SÓDICA BASEADA EM SISTEMA DE PONTUAÇÃO EM GESTANTES COM TROMBOFILIAS

FAMED-UFMS - ERNESTO ANTONIO FIGUEIRO FILHO- (apresentador)-(autor)

FAMED-UFMS - VANESSA MARCON DE OLIVEIRA

FAMED-UFMS - CRISTIANE MUNARETTO FERREIRA

Objetivo: Avaliar os desfechos materno-fetais das gestações subsequentes à intervenção terapêutica com enoxaparina sódica baseada em sistema de pontuação. Metodologia: Estudo observacional, comparativo, retrospectivo a partir da revisão de prontuários de gestantes submetidas ao Protocolo Assistencial para trombofilias do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia – Núcleo Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), entre novembro/2009 a dezembro/2013. Foram incluídas gestantes cujas gestações anteriores foram complicadas por aborto, óbito fetal/perinatal ou pré-eclâmpsia, com pelo menos um marcador sérico para trombofilias e utilizaram enoxaparina sódica norteada pelo Sistema de pontuação adaptado de Sarig em gestação atual. Os desfechos materno-fetais das gestações anteriores e subsequentes à intervenção foram comparados. Os dados foram analisados através do teste do Qui-Quadrado com correção de Yates ou Teste Exato de Fisher, considerando significativos valor p<0,05. Resultados: Foram incluídas 109 pacientes com 254 gestações anteriores a intervenção com enoxaparina sódica, das quais 20,5% (52/254) resultaram em óbito fetal/perinatal, 48,8% (124/254) em abortamento, 14,2% (36/254) desenvolveram pré-eclâmpsia, 11,8% (30/254) evoluíram com partos pré-termo e 18,9% (48/254) com partos a termo. Entre as gestantes estudadas, 36,7% (40/109) usaram apenas enoxaparina sódica, 41,3% (45/109) associaram enoxaparina sódica ao ácido acetilsalicílico (AAS) 100mg/dia, 12,8% (14/109) enoxaparina sódica e suplementação de ácido fólico e vitamina B6 e B12 nas doses de 10 e 0,1 mg/dia respectivamente, e 9,2% (10/109) utilizaram enoxaparina sódica associada ao AAS 100mg/dia e suplementação de ácido fólico e vitamina B6 e B12 nas doses descritas anteriormente. A dose de enoxaparina sódica utilizada com maior frequência foi de 40mg/dia, em 76,2% dos casos. Das 109 gestações tratadas, 0,9% (1/109) resultaram em aborto, 2,7% (3/109) em óbito fetal/perinatal e 15,6% (17/109) desenvolveram pré-eclâmpsia. Os nascidos vivos de parto a termo perfizeram 68,0% (74/109) das gestações e de parto pré-termo 28,4% (31/109). Houve redução significativa do número de óbitos fetais/perinatais e abortos (p<0,0001), e elevação significativa do número de nascidos vivos de parto a termo (p<0,0001) e pré-termo (p<0,05). Conclusão: A intervenção terapêutica com enoxaparina sódica em gestantes com marcadores para trombofilias e antecedentes de complicações obstétricas mostrou-se eficaz na melhora dos desfechos materno-fetais subsequentes.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal66

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PT - PERCEPÇÕES DOS ALUNOS DO QUARTO ANO DE MEDICINA EM RELAÇÃO AO MÉTODO TEAM BASED LEARNINGTBL (APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES) APLICADO EM PEQUENOS GRUPOS NA DISCIPLINA ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

FAMED-UFMS - ERNESTO ANTONIO FIGUEIRO FILHO- (apresentador)-(autor)

FAMED-UFMS - FRANCISCO JOSÉ MENDES DOS REIS

Introdução: Team based Learning (TBL) é estratégia recente de ensino-aprendizagem que desenvolve habilidades de comunicação, trabalho em equipe, gerenciamento e tomada de decisões. Objetivos: Avaliar a percepção dos alunos do 4º ano de medicina em relação ao método TBL aplicado em pequenos grupos.

Métodos:Estudo observacional, quanti-qualitativo, com questionários aplicados aos alunos do 4º ano antes da primeira aula (Q1), após a primeira aula (Q2) e após a última aula em TBL (Q3). Os questionários baseiam-se em escalas de Likert e perguntas abertas. O TBL foi aplicado durante 9 semanasde estágio prático, sendo o número total de alunos de 62, divididos em 4 grupos (15 a 16 alunos/grupo). As aulas teóricas ocorreram no período vespertino (3x/semana) com aplicação do TBL em 16 aulas com os conteúdos da disciplina.

Resultados: Dos alunos estudados, em resposta ao Q1, 97% desconheciam o método e 56,2% manifestaram dúvidas se o método seria útil em sua aprendizagem. Entretanto 93,7% gostariam de saber mais sobre o método. Em resposta ao Q2, 59,2% dos alunos manifestaramdúvidas se preferiram o método TBL em relação ao método tradicional, todavia 95,9% gostariam de seguir o estágio vivenciando o método e 100% concordaram que o TBL contribuiu para o aprendizado nesta primeira aula. Em resposta ao Q3, 60% dos alunos preferiram o TBL em relação ao método tradicional, 68% afirmaram que o TBL motivou-os a estudar mais e 100% referiram impacto positivo na aprendizagem. Ao final do questionário após a última aula TBL, solicitou-se aos alunos a citar cinco palavras que definissem a representação do TBL para sua aprendizagem. As palavras mais frequentes foram: “trabalho em grupo/equipe”, “discussão”, “aplicação”, “inovação” e “estudo”. Conclusões: Houve mudança na percepção prévia dos alunos que vivenciaram o TBL em relação ao método tradicional, tendo o TBL um impacto positivo na aprendizagem em pequenos grupos.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 67

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PT - CUSTO DE RN EM UTI NEONATAL COM DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNOS RESPIRATÓRIOS, CARDIOVASCULARES E CRESCIMENTO FETAL

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - EVALDO LIMA COSTA-(apresentador)-(autor)

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - ADRIANA COCINELL DE LIMA

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - RAFAELA FERREIRA MIZIARA

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - SARAH LIZ LAGES MACHADO

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - LORRAINY LOPES RABELO

ESCOLA SUPARIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ESCS - PAULA GOMES LIMA

Objetivo: o objetivo deste trabalho é verificar o custo das diárias pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devido à internação de recém-nascidos (RN) na UTI neonatal (UTI neo) do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) no período de 01/01/2013 a 31/12/2013 relacionando com alguns tratamentos de transtornos relacionados com a duração da gestação e com o crescimento fetal e tratamento de transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período neonatal

Método: trata-se de um estudo retrospectivo e transversal dos RN internado na UTI neo do HMIB no período de 01/01/2013 a 31/12/2013, observando a quantidade de diárias e os custos das mesmas para as doenças a cima mencionada. Na UTI neo do HMIB existe 40 leitos e o custo da diária na UTI neo, paga pelo SUS é R$ 508,63. Resultados: Na UTI neo do HMIB foram cobradas 5534 diárias ao SUS no referido período totalizando um valor de R$ 3.349.958,99 o total das diárias das doenças analisadas, sendo as de maiores frequências e correspondeu a 3.434 diárias perfazendo um percentual de62,05% do total das diárias no valor de R$ 2.096.289,26, já as diárias do tratamento de transtornos relacionados com a duração da gestação e com o crescimento fetal foram de1728 correspondendo ao valor de R$ 1.055.023.19 o percentual desta doença foi 31,22%, e quanto ao tratamento de transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período neonatal o percentual desta doença foi de 30,83% com um total de 1706 diárias com um valor de R$ 1.041.266.07. O valor da diária cobrado pelo HMIB ao SUS em todas as doenças foi de R$ 610,36. Conclusões: as diárias dos RN internados na UTI neo com doença maisgrave teve o mesmo valor dos RN que apresentaram doença de menor gravidade, consequentemente menor quantidades de arsenal terapêutico tanto como em quantidade e qualidade do mesmo. Deveria ser feito uma melhor análise dos valores das diárias cobrados pelo HMIB, já que os pacientes com doença de tratamento de transtornos relacionados com a duração da gestação e crescimento fetal deve ter usado surfactantes onde uma ampola tem um custo de mais de mil e cem reais.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal68

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PT - CERCLAGEM LAPAROSCÓPICAPRÉ-CONCEPCIONAL (DE INTERVALO) EM PACIENTE COM AMPUTAÇÃO CERVICAL PRÉVIA RELATO DE CASO

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - ALYSSON ZANATTA- (apresentador)-(autor)

CLÍNICA SAÚDE DA MULHER - BRUNO RAMALHO DE CARVALHO

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - KARLA AMARAL

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - PAULO ARLINDO POLCHEIRA

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - JÂNIO SERAFIM DE SOUSA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - ALBERTO MORENO ZACONETA

Introdução: a cerclagem laparoscópica é método efetivo para o tratamento da insuficiência istmo-cervical (IIC), com taxas de parto no terceiro trimestre (71,4%-83,3%) e fetos vivos (90-100%) semelhantes às de pacientes submetidas a cerclagem abdominal por laparotomia. Seus benefícios consistem naqueles da cirurgia laparoscópica em relação à laparotomia, como menor dor e recuperação pós-operatória mais satisfatória. Apesar de ter sido descrita há 17 anos, não há relatos do procedimento na literatura nacional. Relato de caso: LCS, 37 anos. Infertilidade primária há 7 anos, com uma falha de inseminação intrauterina. Antecedente de conização há 8 anos, por NIC II. Exame físico: ausência de colo à inspeção. Fundo de saco exibindo pregueamento ciatricial recobrindo um orifício irregular, interpretado como orifício cervical externo, que permitia a passagem de cateter SPU Wallace. Uma vez que a paciente estava em fase de preparação para FIV e não havia corpocervical identificável, optou-se pela realização de cerclagem laparoscópica de intervalo.Técnica: acesso por laparoscopia ginecológica tradicional com 4 punções. A incisão do peritôneo uterino anterior permite o desenvolvimento do espaço vesico-uterino para exposição do istmo uterino. Da mesma maneira, o peritôneo posterior do ligamento largo é incisado bilateralmente, superiormente aos ligamentos útero-sacros e medialmente aos vasos uterinos. São criadas duas “janelas” no ligamento largo, preferencialmente entre os ramos arteriais uterinos ascendente e descendente, para passagem de fita cardíaca Ethicon® (ref FAB46) de cerclagem. A fita cardíaca é ajustada com leve tensão sobre o istmo Por fim, faz-se a peritonização anterior sobre a fita cardíaca.A cirurgia durou 80 minutos, com sangramento desprezível. A paciente recebeu alta em 24 horas com adequada recuperação. No momento, encontra-se sob ciclo de fertilização in vitro, aguardando transferência de embriões congelados devido à hiper-resposta ovariana.Comentários: a cerclagem laparoscópica istmo-cervical é técnica factível, com ampla experiência relatada na literatura e com benefícios em relação à cerclagem por laparotomia. Necessita maior popularização em nosso meio como método opcional de tratamento da IIC.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 69

43 4394 PT - CISTOADENOMA MUCINOSO EM GESTANTE

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - ELLEN QUEIROZ GOMES-(apresentador)-(autor)

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - SIMONE MOURA LOPES VIANA

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - RESSALA SALUM FILHO

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - LUCIA HELENA SOARES

HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA - GEORGIANA PONTES PAULO

IntroduçãoOs tumores de ovário durante a gestação tem uma incidência de 1/938, sendo que o cistoademona mucinoso é o segundo mais comum com incidência de 23,17%, ressaltando-se que é mais comum em pacientes jovens e apresenta grandes dimensões. Os tumores mucinosos são revestidos por células que se assemelham às células das glândulas endocervicais e em 80% dos casos tem caráter benigno. Os tumores malignos são raros, ocorrendo em menos 5 % dos casos. O tratamento durante a gestação vai depender: do tamanho do tumor, sintomatologia clínica, características ecográficas, idade gestacional e a da paciente aceitar ou não o tratamento proposto pela equipe médica.Caso B.M.N., 31 anos, G3P1CA1, feminino, camareira, união estável, residente em Taguatinga. Paciente gestante com diagnóstico de cisto em região anexial direita em ecografia do primeiro trimestre. Foi encaminhada ao pré-natal de alto risco, sendo proposta a laparotomia exploradora para exérese de cisto. A paciente preferiu não se submeter a procedimento cirúrgico. Durante o acompanhamento foi diagnosticado diabetes gestacional. Internada no HRT no dia 06/09/2013 com dor abdominal, foi medicada com analgésicos e recebeu alta para segmento ambulatorial. Reinternada no dia 19/09/2013 com dor intensa em abdômen, sem sinais de trabalho de parto (IG: 30 sem), foi realizado punção do cisto guiado por USG e retirado2000ml de líquido seroso, recebendo alta no dia 25/09/2013. No dia 15/10/2013 é internada novamente com quadro de dor abdominal (IG: 34 sem+4d), realizado analgesia e nova punção com volume de 2300ml. Recebendo alta no dia23/10/2013 e orientada a retorno semanal para avaliação. No dia 30/10/2013 veio para realizar CTB e queixou de perda de líquido via vaginal em grande quantidade no dia27/10/2013. Realizada internação com rastreamento para infecção, USG gestacional e especular com perda de líquido claro pela vagina. Realizado parto cesárea no dia31/10/2012 com IG: 37sem+5d, com incisão mediana, e realizado exérese cisto (ooforectomia) à direita. Recém- nascido com peso de 3485gr, apgar 8/9, sexo feminino, capurro 37+4. No pós-operatório evoluiu com anemiasendo necessária hemotransfusão, recendo alta no 5º dia de pós- operatório. O anatomopatológico revelou um cistoadenoma mucinoso medindo 50 x 28 x 26 cm. ComentáriosOs cistos de ovário durante a gestação geralmente são diagnosticados durante os exames de rotina do pré-natal. Deve ser feito o acompanhamento rigoroso para evitar complicações como rotura e torção. A melhor época para tratamento cirúrgico é o segundo trimentre, pelo menor risco de complicações para a gestação. A via de parto é controversa sendo indicado cesariana segmentar traansversa com ooforectomia nos casos de obstrução do canal de parto. Alguns autores indicam punção do tumor com agulha ou trocarte, mas existe o risco de ruptura do tumor e extravasamento de material mucinoso para cavidade abdominal.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal70

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PT - GRAVIDEZ ESPONTÂNEA SEM INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE TURNER

UNB - FABYANNE MAZUTTI DA SILVA- (apresentador)-(autor)

UNB - BÁRBARA AMERQUÍDIA LOPES

UNB - CECÍLIA RAMOS FIDELES

UNB - MIRIAM DA SILVA WANDERLEY

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Turner caracteriza-se pela presença de baixa estatura e atraso puberal (60-90% dos casos) em pacientes com linhagem celular pura 45, X ou em mosaico. Apenas 5-10% das pacientes apresentam puberdade espontânea e 2-7% engravidam espontaneamente, sendo que 87-92% dessas possuem genótipo em mosaico.RELATO DO CASO: Paciente, casada, cariótipo 45X0 (86,4%), 46XX (4,5%) e 47XXX (7,1%), estatura 1,32 m, telarca e pubarca aos 17 anos e menarca aos 19 anos, engravidou espontaneamente aos 23 anos de idade. Iniciou acompanhamento Pré-Natal com 30 semanas de idade gestacional, exames laboratoriais e de imagem normais e não apresentou quaisquer intercorrências no período. Foi internada com 40 semanas e 2 dias de idade gestacional em pródromos de trabalho de parto e evoluiu com rotura prematura de membranas, sendo indicado parto cesáreo por desproporção céfalo-pélvica. No puerpério, apresentou como única intercorrência cefaléia pós-raquianestesia tratada com analgesia e hidratação. O recém-nascido, do sexo masculino, com 2775g, 49 cm de comprimento e 36 cm de perímetro cefálico, Apgar 8/10, evoluiu bem e recebeu alta junto com a mãe. A paciente permaneceu em amenorréia no pós-parto durante 10 meses enquanto amamentava e fazia uso de Micronor. Devido a adesão inadequada a diversos anticoncepcionais orais e posterior expulsão espontânea de DIU de cobre, foi realizada laqueadura tubária videolaparoscópica, permanecendo em acompanhamento no ambulatório de Ginecologia do Hospital Universitário de Brasília.

COMENTÁRIOS: Conforme relatos na literatura, a gravidez é rara em pacientes com Síndrome de Turner e, quando ocorre, pode ter complicações maternas graves, tais como hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e dissecção de aorta. Deve ser oferecido, portanto, um pré- natal cuidadoso a essas mulheres. Entre as complicações fetais, há 29% de abortos precoces, 7% de natimortos e 20% de crianças com malformações cromossômicas, como Síndrome de Turner e Trissomia do 21, o que não ocorreu no caso em questão. A gravidez é contraindicada em casos de malformações cardíaca ou aórtica e deve ser oferecida adequada anticoncepção a todas as pacientes, além de adequado aconselhamento genético.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 71

454397

PT - DOENÇA DE MONDOR

FMSSG - MARLI CAMARA ABELHA- (apresentador)-(autor)

HMCC - CAMILA ABELHA BINATTO

FMS - MARTA PINHO DA COSTA

INTRODUÇÃO:Em 1939 o cirurgião francês Henri Mondor descreveu a doença como uma flebite cordonal da parede torácica que a partir desta data ficou conhecida com o seu nome. A doença consiste de um cordão fibroso devido a umatromboesclerose de um vaso superficial . As mulheres são mais afetadas que os homens e a incidência é maior no quadrante superior externo das mamas, mas pode ocorrer na parede torácica e em outros sítios como pênis, membros superiores, abdômen e região inguinal. As veias frequentemente acometidas são as toraco-epigastricas, a torácica lateral e a veia epigástrica superior e mais raramente as tributárias da veia jugular externa e mamária externa. Trata-se de uma patologia benigna, rara e autolimitada, devendo sempre ser afastada sua relação com o carcinoma mamário. A causa é idiopática e pode estar associada a trauma direto, esforço muscular, cirurgia mamária, biopsia com agulha grossa, uso de roupas apertadas, radiação, câncer de mama e processo inflamatório e infeccioso como a Hepatite C.

RELATO DO CASO:A paciente E.P.L, 31 anos, branca, referia dor na região lateral da mama direita e aparecimento de cordão fino e endurecido, retraindo a pele, partindo da axila em direção ao mamilo, que surgiu após atividade física (Figura 1 e 2). Ao exame físico havia um cordão fibroso subcutâneo no sentido radial em direção a aréola, tracionando a pele. A ultrassonografia foi inconclusiva e a mamografia mostrou segmento vascular mais calibroso e ectsiado na incidência de perfil (figura 3,4,5) no quadrante superior externo da mama direita. A paciente foi medicada comanti-inflamatório tópico e segue em observação.

COMENTÁRIOS:Os principais sintomas são dor e retração da pele atingindo o trajeto venoso comprometido. O achado físico é um cordão fibroso, duro, longitudinal e intracutâneo. Outros sintomas menos comuns são febre, equimose e hiperemia da pele. A ultrassonografia e a mamografia são utilizadaspara confirmar diagnóstico e afastar malignidade associada. Na mamografia é observada uma densidade tubular, dilatada, longa e superficial. A ultrassonografia revela estrutura tubular anecoica superficial e o estudo com Doppler demonstra ausência de fluxo sanguíneo. O tratamento é conservador com anti-inflamatórios e analgésicos. A regressão dos sintomas, ocorre em 2 a 6 meses e o vaso trombosado desaparece em 6 a 7 meses. O controle clínico é recomendado por 01 ano.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal72

46 4398

PT - INJEÇÃO DE SOLUÇÃO FISIOLÓGICA NA PELVE PARA MELHORAR ACURÁCIA DO DIAGNÓSTICO EM ENDOMETRIOSE PROFUNDA: RELATO DE CASO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - DAVID BARREIRA GOMES SOBRINHO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - CARLOS PORTOCARRERO SANCHEZ-(apresentador)-(autor)

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - BRUNO RAMALHO DE CARVALHO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - TACIANA FONTES ROLINDO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - ADELINO AMARAL SILVA

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - HITOMI MIURA Nakagawa

Introdução: A ultrassonografia transvaginal é método de uso comum para o diagnóstico de endometriose ovariana e, modernamente, para avaliação da endometriose profunda infiltrativa (EPI). Estudos recentes demonstram sensibilidade de 98% em casos de lesões que afetam o retossigmoide e de 95% em lesões retrocervicais, com especificidade de 100% e 98%, respectivamente. O preparo intestinal permite melhor visibilização da região, diminuindo artefatos e permitindo identificar com maior eficiência as camadas intestinais afetadas pela doença. Sabe-se que a avaliação retrocervical é beneficiada pela presença de líquido folicular pós-ovulatório no fundo de saco posterior, mas o exame nem sempre é realizado no período imediatamente após ovulação. Dessa forma, postulou-se que a infusão de líquido na cavidade pélvica poderia mimetizar o efeito ecográfico do líquidopós-ovulatório e facilitar a identificação da EPI.Relato do Caso: GMS, 31 anos, nuligesta, queixava-se de infertilidade com 2 anos de evolução, associada a dismenorreia intensa e suspeita clínica de endometriose. À histerossalpingografia, constatavam-se tubas uterinas pérvias. Ao exame físico não apresentava lesões aparentes. Não se identificavam lesões à ultrassonografia bidimensional. Após infusão de 30 mL de solução fisiológica a 0,9%, através de cateter endocervical (sonda vesical nº14), realizou-se nova avaliação ultrassonográfica, que permitiu a identificação precisa dos limites do compartimento pélvico posterior, destacando-se os ligamentos uterossacros, que puderam ser visibilizados em posição anatômica sem alterações aparentes, o que não acontece habitualmente sem presença do líquido na pelve. Comentários: Atualmente, a avaliação por imagem é de suma importância para o diagnóstico não invasivo da endometriose, bem como seu estadiamento. Consequentemente, é ferramenta importante para a escolha da técnica cirúrgica terapêutica a ser utilizada. Umasimples modificação do exame convencional, pela infusão intracavitária de solução fisiológica, pode ser promissora na melhora da acurácia diagnóstica da endometriose profunda infiltrativa.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 73

47 4399

PT - ALTERNATIVA MINIMAMENTE INVASIVA PARA RETIRADA PEÇAS CIRÚRGICAS NO INTRAOPERATÓRIO LAPAROSCÓPICO: RELATO DE CASO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - DAVID BARREIRA GOMES SOBRINHO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - RAQUEL MEIRELLES GASPAR COELHO GUIMARÃES-(apresentador)-(autor)

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - CARLOS PORTOCARRERO SANCHEZ

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - ANTÔNIO CÉSAR PAES BARBOSA

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - BRUNO RAMALHO DE CARVALHO

GENSESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - TACIANA FONTES ROLINDO

Introdução: O controle da dor pós-operatória é uma das prioridades cotidianas, pois está intimamente relacionado a satisfação do paciente, mobilização precoce e redução do tempo de hospitalização. Por essa percepção, as cirurgias minimamente invasivas são hoje o padrão ouro para o tratamento de doenças benignas e malignas ginecológicas. Com o intuito de minimizar a dor pós-operatória e oferecer benefícios estéticos, nota-se tendência à redução donúmero e do tamanho das incisões em procedimentos laparoscópicos. Vários estudos vêm comparando a vídeo-laparoscopia convencional às técnicas demini-laparoscopia (o termo refere-se à execução de incisões com até 3 mm) e laparoscopia com acesso único, conhecida como Laparoendoscopic Single-Site Surgery (LESS). ALESS baseia-se no uso de trocater único de inserção umbilical, que acomoda até três instrumentos cirúrgicos simultaneamente e permite não apenas a execução da cirurgia, mas também a retirada da peça cirúrgica do interior da cavidade. Entretanto, embora a aplicação em procedimentos ginecológicos encontre respaldo em estudos recentes, é restriro o acesso ao instrumental. Na tentativa de oferecer resultado semelhante aos obtidos com a LESS, encontra-se alternativa pelo uso da óptica de histeroscopia de 3 mm para a visualização da cavidade abdominal, utilizando-se para retirada da peça cirúrgica o trocater de10 mm, sem a necessidade de extensão de outras incisões, como ocorre na prática atual.Relato do Caso: FSB, 34 anos, nuligesta, queixava-se de infertilidade com 2 anos de evolução; apresentava dilatação da porção ampular da tuba uterina esquerda à histerossalpingografia e sinais de aderências peritubárias.À ressonância nuclear magnética de pelve, observavam-se sinais de hidrossalpinge à esquerda com diâmetro de 1,6 cm. A paciente foi submetida a laparoscopia, com três punções, sendo uma umbilical com trocater de 10 mm para passagem da óptica, e duas outras, em flanco direito e esquerdo, com trocateres de 5 mm para passagem dos instrumentos cirúrgicos necessários à salpingectomia. Para retirada da peça cirúrgica (tuba uterina esquerda),utilizou-se óptica de histerocopia de 3 mm, introduzida pelo trocater de 5 mm no flanco direito, retirando-se a peça pelo trocater de 10 mm umbilical. Dessa forma, não houve necessidade de expandir uma das incisões dos trocateres de5 mm para retirada da peça cirúrgica, tornando a cirurgia esteticamente mais aceita e com menor desconfortopós-operatório.Comentários: Com recursos simples disponíveis e facilmente reprodutíveis é possível fazer cirurgias ginecológicas cada vez menos invasivas, mais seguras, com menor morbidade para a paciente e melhores resultados estéticos para as pacientes.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal74

48 4400

PT - LEIOMIOSSARCOMA DE VULVA: RELATO DE CASO

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - WALQUIRIA QUIDA SALLES PEREIRA PRIMO-(autor)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - JEÍZA ANDRADE DE SANTANA BRITO

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - LEONARDO MARTINS CAMPBELL

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - NÍVIA MARIA XIMENES SABÓIA-(apresentador)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - RENATA BISINOTO MALUF

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - DUNYA BASILIO

Introdução. Leiomiossarcoma de vulva é um tumor raro, corresponde a 1% dos cânceres de vulva. Contudo, é o sarcoma de vulva mais frequente. É mais encontrado nos grandes lábios e na área da glândula de Bartholin. Quando localizado na glândula de Bartholin são equivocados com doença benigna, atrasando o diagnóstico. Geralmente são maiores que cinco centímetros e apresentam comportamento biológico incerto. O tratamento preconizado é cirúrgico.Descrição do caso. CMES, 47 anos de idade, separada. Foi encaminhada ao serviço de ginecologia oncológica do HBDF com história de tumoração em topografia de glândula de Bartholin há nove meses, de três cm de tamanho, sem dor. Há sete meses referia prurido e pontada no local. Nega sangramento e odor desagradável. Houve várias tentativas de drenagem sem resultado. Foi realizada biópsia que evidenciou neoplasia maligna de padrão fusocelular com as seguintes características: pleomorfismo nuclear leve a moderado, 16 mitoses /10 CGA e necrose ausente. Não foi realizado estudo imunoistoquímico. Tabagista seis cigarros por dia. Menarca aos 19 anos. G3P3A0. Ciclos menstruais regulares. Antecedente familiar: mãe faleceu de câncer do colo do útero. Nega uso de medicamentos. Ao exame físico: BEG, hidratada, corada e eupneica. Mamas: sem alterações, Abdômen: sem alterações. Região inguinal esquerda e direita; ausência de linfonodos palpáveis. Exame ginecológico: colo do útero e vagina sem alterações. Genitália externa: tumoração de mais ou menos cinco centímetros, em topografia de glândula de Bartholin a direita, endurecida, fixa, sem ulceração ou necrose. Colpocitologia: sem alterações. Avaliação proctológica: sem anormalidades. RNM: lesão expansiva em topografia de glândula de Bartholin e grandes lábios à direita, mantendo planos de clivagem com toda estrutura adjacente. Foi submetida à vulvectomia radical e linfadenectomia inguinal bilateral sem intercorrências em setembro de 2013. Resultado do histopatológico da peça operatória: leiomiossarcoma convencional, de 5 cm de tamanho, grau 3,índice mitótico: 21/10CGA, margem inferior comprometida focalmente e invasão angiolinfática ausente. Linfonodos não comprometidos. Estadiamento IB. Foi indicada como tratamento adjuvante radioterapia. Realizado seguimento em junho de 2014 sem anormalidades.Comentários. Neoplasia de músculo liso localizada na glândula de Bartholin pode ser confundida com cisto de glândula de Bartholin. Portanto, qualquer lesão vulvar com característica incomum e evolução insidiosa deve ser cuidadosamente avaliada e biopsiada.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 75

49 4401PT - RELATO DE CASO: MELANOMA VULVAR

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - WALQUIRIA QUIDA SALLES PEREIRA PRIMO-(autor)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - JEÍZA ANDRADE DE SANTANA BRITO

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - LEONARDO MARTINS CAMPBELL

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - NÍVIA MARIA XIMENES SABÓIA-(apresentador)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - RENATA BISINOTO MALUF

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - DUNYA BASILIO

Introdução: o melanoma de vulva é raro, porém é o segundo câncer invasivo de vulva mais frequente. Corresponde cerca de 5% a 10% dos cânceres de vulva. Geralmente são pigmentados, em relevo e podem ser ulcerados. A localização mais frequente é nos pequenos lábios e clitóris. Acometem mulheres brancas e na pós-menopausa. O prognóstico é baseado no tamanho e principalmente na profundidade do tumor. O tratamento indicado é a exérese do tumor com margens de segurança de 2 cm para lesões planas e 3 cm para lesões em relevo. O estadiamento é baseado no nível de Clark e Breslow, baseado na profundidade da invasão nos termos da histologia descritiva da pele.Descrição do caso: JJP, sexo feminino, 80 anos, casada, aposentada, natural do Espírito Santo. Foi encaminhada ao serviço de ginecologia oncológica do HBDF com história de “mancha” escurecida em região vulvar à esquerda identificada em ginecológica de rotina em março de 2013. Assintomática e nega ter notado surgimento de lesão no local. Antecedentes ginecológicos e obstétricos: G2PN2A0, menopausa aos 50 anos, não soube informar idade da menarca, um parceiro sexual, nega história de DSTs e uso crônico de medicamentos. Nega tabagismo ou etilismo. Colpocitologia oncótica em março de 2013: sem alterações. Exame físico: bom estado geral, hidratada, normocorada, eupneica, lúcida, afebril. Mamas normais. Abdômen levemente globoso, flácido, indolor à palpação superficial e profunda, sem sinais de irritação peritoneal ou visceromegalias. Genitália externa: lesão enegrecida em face interna de pequeno lábio à esquerda medindo aproximadamente 3 x 4 cm. Apresenta também outras lesões satélites em face interna de pequeno lábio à direita. Linfonodos inguináis não palpáveis. Exame especular: normal. Membros inferiores: normais. Realizado biópsia de lesão vulvar evidenciando melanoma maligno. Clark nível IV e Breslow 2,3 mm de espessura máxima. No dia27/08/2013 foi submetida à vulvectomia radical e linfadenectomia inguinal bilateral sem intercorrências. Resultado do histopatológico da peça operatória: melanoma maligno, extensivo superficial, Clark nível III e Breslow 1,6 mm de espessura máxima e linfonodos não comprometidos. A imunoistoquímica revelou expressão para proteína S -100, gp100 e Melan A.Comentários: a abordagem clássica do melanoma vulvar é cirúrgica com a realização da vulvectomia radical e linfadenectomia inguinofemoral. Quando necessário está indicado a linfadenectomia pélvica, sobretudo nos casos avançados da doença. O prognóstico está relacionado com o tamanho da lesão e a profundidade de invasão. O comprometimento linfonodal aumenta na medida em que a invasão local se aprofunda, no nível III de Clark, ocorre em cerca de 23% dos casos. As taxas de sobrevida depacientes operadas são de 100% no nível II, 83% no nível III, 65% no nível IV e 23% no nível V. É rara uma sobrevida longa para as pacientes que apresentam comprometimento linfonodal, ou seja, a maioria delas morre em consequência da doença.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal76

504402

PT - A PRATICABILIDADE DO GINECOLOGISTA REALIZAR A RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE ENDOMETRIOSE DO RETOSSIGMOIDE: 5 ANOS DE EXPERIÊNCIA

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - ALYSSON ZANATTA- (apresentador)-(autor)

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - JÂNIO SERAFIM DE SOUSA

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - PAULO ARLINDO POLCHEIRA

Introdução: A endometriose de retossigmoide é comumente diagnosticada apenas durante as cirurgias de ressecção de endometriose profunda. Nessa situação, a paciente poderá necessitar de avaliação intraoperatória por cirurgião coloproctologista, ou a cirurgia ser interrompida e a ressecção ser programada para um segundo tempo cirúrgico, já que o seu tratamento definitivo é a excisão cirúrgica. Alternativamente, o cirurgião ginecológico pode optar pela ressecção da endometriose do retossigmoide, aumentando as chances de tratamento completo em umúnico tempo.

Objetivo: Os objetivos desse estudo são: avaliar a prevalência de endometriose do retossigmoide em um serviço de referência, as frequências de seu diagnósticopré- e intraoperatório, as taxas de sucesso de sua ressecção cirúrgica, a necessidade de avaliação intraoperatória por coloproctologistas e urologistas, e as complicaçõesinerentes à ressecção de endometriose do retossigmoide quando realizada pelo cirurgião ginecológico.

Material e Métodos: estudo descritivo retrospectivo. Foram incluídas 123 pacientes consecutivas operadas pelo autor entre os meses de novembro de 2008 a junho de 2014, em dois serviços privados (São Paulo e Brasília). Não houve critério de exclusão.Resultados: As pacientes tinham 34,5 ± 5,6 anos, e todas com pelo menos um sintoma doloroso relacionado à endometriose profunda. Vinte e sete (56,8%) relatavam infertilidade conjugal. Quarenta e quatro (35,8%) pacientes tinham endometriose de retossigmoide. Foram realizados49 procedimentos de ressecção, que incluíram 19 ressecções segmentares (retossigmoidectomias), 26 ressecções discoides, e 4 ressecções superficiais (“shaving”). Em 9 (20,4%) pacientes, o diagnóstico da endometriose do retossigmoide foi realizado apenas durante a cirurgia. Todas as lesões de endometriose do retossigmoide identificadas, tanto antes como durante a cirurgia, foram removidas pela equipe de cirurgiões ginecológicos. O coloproctologista ou urologista foramconsultados durante o procedimento em 5 (11,3%) ocasiões. Houve 1 (2,3%) caso cada de fístula reto-vaginal e de estenose ureteral, ambos tratados de forma conservadora.

Conclusões: há uma alta prevalência de endometriose do retossigmoide em pacientes referenciadas para tratamento cirúrgico de endometriose profunda, e 1 a cada 5 pacientes terá o diagnóstico realizado apenas durante a cirurgia. A realização da ressecção cirúrgica pelo cirurgião ginecológico pode tornar possível o tratamento completo imediato em único tempo cirúrgico, e com taxas favoráveis de complicações inerentes ao procedimento. Em uma pequena parte dos casos, pode ainda haver a necessidade de avaliação intraoperatória por outros especialistas.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 77

51 4403

PT - TRATAMENTO DE VOLUMOSO TERATOMA IMATURO DE OVÁRIO EM ADOLESCENTE NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE DE BRASÍLIA DF

HRAN - LEANDRO SANTOS DE ARAÚJO RESENDE- (apresentador)-(autor)

Introduão: o teratoma imaturo de ovário contém células dos três folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme) e contém estruturas imaturas ou embrionárias. Esse tumor de célula germinativa corresponde de 2-5% das neoplasias ovarianas e diferem, significativamente, dos tumores ovarianos de origem epitelial. Acometem, normalmente, mulheres na idade fértil, geralmente mais jovens, raramente atingem tamanhos maiores que 10 cm e muitas vezes são encontrados bilateralmente. O tratamento preconizado pela figo (federação internacional de ginecologia e obstetricia) é cirurgico, porém, em casos selecionados, com estadiamento inicial (ia) pode-se optar por tratamento menos radical, com intuito de preservar a futura fertilidade da paciente.

Relato de caso: apresentamos um caso, com paciente de 15 anos, solteira, estudante, parda, atendida no ambulatório de ginecologia oncológica do hospital reginal da asa norte (hran) com quadro de aumento de volume abdominal há 4 meses. Menarca aos 12 anos e sexarca aos 14; imc 22 kg/m2 em uso de anticoncepcional oral como método contraceptivo. Realizou ecografia transvaginal que evidenciou lesão anexial medindo 21 cm no maior diâmetro, com volume estimado de 1940 ml. Marcadores tumorais: ca125: 92,6; cea, ca 15.3 e hemograma normais. Foi submetida a laparotomia exploradora, com anexectomia e biópsia incisional, em cunha, de ovário contra lateral. Anátomo patológico evidenciou teratoma imaturo maligno no resultado e biópsia de ovário contra lateral normal. Foi optado pelo acompanhamento ambulatorial regular a cada 3 meses da paciente, com intuito de preservar a fertilidade e status hormonal. Foi oferecido opção por captação de óvulos de ovário sadio para a família e porterior complementação cirúrugica, o que foi descartado pela família por falta de condições financeiras de fazê-lo pelo sistema público de saúde.

Discussão: as neoplasias malignas de ovário acomentem, frequentemente, mulheres jovens, que ainda mantém desejo reprodutivo. Casos selecionados, em estadiamento inicial da doença, podem ser conduzidos de maneira conservadora, com intuito de preservar a função reprodutiva e não alterar o status hormonal naquelas pacientes que ainda não apresentaram desenvolvimento puberal completo. O seguimento será realizado com consulta a cada 90 dias, onde será realizado exame físico, ecografia transvaginal e coleta de sangue para marcadores tumorais por 3Anos, inicialmente, e mais outros 2 anos com consultas semestrais, totalizando 5 anos, que corresponde ao período onde ocorre grande parte das reicidivas. Tal opção de acompanhamento só deve ser realizado onde existe serviço multiprofissional e que a paciente tenha certeza de ser reavaliada periodicamente por profissional experiente e capacitado.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal78

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PT - A IMPORTÂNCIA DA COLPOSCOPIA REALIZADA POR PROFISSIONAIS HABILITADOS PARA RASTREAMENTO DE LESÕES PRECURSORAS DO CANCER CERVICAL EM CITOLOGIAS NEGATIVAS

UFTM - LEANDRO SANTOS DE ARAÚJO RESENDE- (apresentador)-(autor)

Introdução: A infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV) é condição necessária para o desenvolvimento de lesões precursoras do câncer cervical. Estima-se 15.590 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil no ano em curso. O exame de eleição para o rastreamento dessas lesões no Brasil é a citologia oncótica, pela técnica de Papanicolau. Quanto a paciente apresenta-se dentro da população alvo ela é submetida a tal exame e, caso apresente alterações significativas (ASC-H, LIEAG ou AGC) ela é encaminhada para realizar o exame de colposcopia. A colposcopia, juntamente com a citologia oncótica, aumenta a sensibilidade e especificidade da detecção das lesões precursoras de maneira significativa, porém, é uma técnica examinador-dependente.Objetivo: Demonstrar a importância de realizar colposcopia por profissional habilitado através da detecção de lesões precursoras e/ou câncer cervical em mulheres que apresentavam exame citológico inflamatório.

Métodos: Corte transversal de 176 casos onde as mulheres apresentavam citologia inflamatória por, pelo menos, 2 anos. Pacientes encaminhadas para clínica privada de colposcopia e submetidas a exame ginecológico. Durante investigação clínica observou-se que as pacientes apresentavam citologia inflamatória e, ao realizar a colposcopia, apresentavam lesões cervicais que foram biopsiadas. Critérios de exclusão: gestantes, imunossuprimidas e pacientes que já realizaram tratamento para lesões cervicais. O exame foi realizado sempre pelo mesmo profissional e as amostras histológicas enviadaspara o mesmo laboratório.

Resultados: A idade média das pacientes foi de 33,5 anos. O resultado histológico final foi: 152 (86%) normais ou inflamatórios; 16 (9%) NIC1; 2 (1%) NIC2; 4 (2%) NIC3; 1 carcinoma escamoso e 1 adenocarcinoma in situ.

Conclusão: A colposcopia aumenta a sensibilidade e especificidade para o rastreamento de lesões precursoras do câncer cervical. O ginecologista habilitado e treinado pode ser capaz de identificar lesões cervicais graves em pacientes com exame citológico normal, que não teriam indicação de colposcopia. Dessa forma, o tratamento pode diminuir a incidência dos casos de neoplasia cervical e, ainda, fazer o diagnostico mais precoce de tal doença.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 79

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PT - CASOS FALSO-POSITIVOSDE ASCITE E TUMOR OVARIANO SUSPEITO DE MALIGNIDADE

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - LEONARDO MARTINS CAMPBELL- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - NÍVIA MARIA XIMENES SABÓIA

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - RENATA BISINOTO MALUF

HOSPITAL MATERNO INFANTIL - FREDERICO ALVES FERREIRA

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - JEÍZA ANDRADE DE SANTANA BRITO

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - WALQUIRIA QUIDA SALLES PEREIRA PRIMO

IntroduçãoO câncer de ovário é altamente letal com diagnóstico geralmente em estádios avançados, sendo a ascite como achado frequente. O ovário tem localização intra-abdominal dificultando a biópsia e retardando o diagnóstico e o tratamento. O método diagnóstico presuntivomundialmente mais utilizado é o “Índice de Risco de Malignidade” (IRM), combinando ultrassonografia, status menopausal e CA125 sérico. A ascite é um parâmetro ultrassonográfico do IRM e deve-se conhecer seus fatores etiológicos para evitar erros diagnósticos. Relatamos dois casos de ascite de etiologia não neoplásica com parâmetros diagnósticos sugestivos de câncer de ovário apesar de os tumores ovarianos terem histologia benigna.

CasosTLS, 61 anos, menopausa aos 49, G1PC1A0, tabagista, dor em fossa ilíaca direita e distensão abdominal desde dezembro/2013. Encaminhada em fevereiro/2014 com massa anexial direita complexa acusticamente “suspeita” associada a ascite e CA125 de 1.201,5 U/ml, IRM de10.813,5. Hígida, mãe e dois irmãos falecidos por câncer hepático. Apesentava ascite de moderado volume e derrame pleural unilateral. Submetida a laparotomia exploradoracom tumor anexial de aspecto benigno sem doençaextra-ovariana, histolologia “fibroma”. Resolução da ascite e do derrame pleural sugerem “Síndrome de Meigs”.FVG, 62 anos, menopausa aos 45, G4P4A0, hipertensa há 15 anos, portadora de artrite reumatóide, possuía esplenomegalia e leucopenia crônicas, com TGO, TGP e TAP normais. Acompanhada pela hepatologia sem apresentar parâmetros diagnósticos para hepatopatia. Atendida em dezembro de 2013, com distensão abdominal e perda ponderal de 6 kg há seis meses. Achado tomográfico de massa ovariana, CA125 de 82, doppler sugeriu malignidade. IRM 738. Evoluiu com derrame plural e ascite volumosa. Propedêutica não evidenciou metástases. Laparotomia exploradora com tumoração anexial de aspecto benigno,sem doença extra-ovariana. Histologia “cistoadenoma seroso”.

ComentáriosA ascite é uma manifestação comum a várias doenças caracterizada como derrame líquido intra-abdominal. Para diagnóstico pode-se avaliar o gradiente de albuminasoro-ascite (GASA). Resultado maior que 1,1g/dL sugere transudato comum na hipertensão portal, ascite cardiogênica e síndrome de Meigs. Resultado menor que1,1g/dL sugere exsudato cujas causas podem ser neoplasia, tuberculose peritoneal, síndrome nefrótica e outras. A avaliação do IRM precisa levar em consideração causas de ascite não neoplásica em seu diagnóstico diferencial.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal80

54 4407PT - DOENÇA DE BEHÇET: RELATO DE CASO

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - WALQUIRIA QUIDA SALLES PEREIRA PRIMO-(autor)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - NÍVIA MARIA XIMENES SABÓIA

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - MARINA WANDERLEY PAES BARBOSA- (apresentador)

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL - FLAVIA MARINI OLIVEIRA VENUCIANO

Introdução. A doença de Behçet (DB) é uma afecção inflamatória multissistêmica de natureza autoimune caracterizada por lesões vasculíticas que se manifestam basicamente por meio de úlceras orais recorrentes, úlceras genitais, lesões cutâneas, artrite e uveíte, além de um estado de hipercoagulabilidade responsável pela formação de trombos venosos e arteriais.Descrição do caso. APSCM, 18 anos de idade. Natural de Brasília. Foi encaminhada ao serviço de ginecologia oncológica do HBDF em maio de 2014 com quadro de úlcera vulvar e oral há 30 dias, dolorosa e acompanhada de febre. Antecedentes ginecológico e obstétrico: menarca aos13 anos, nulípara, início de vida sexual há um ano, faz uso de contraceptivo hormonal oral há oito meses e UM: 13 de maio de 2014. Antecedentes pessoais: refere quadro de úlcera genital há um ano. Na época, fez tratamento com antibiótico e as lesões desapareceram após 15 dias de tratamento. Nega tabagismo ou etilismo. Exame físico: bom estado geral, hidratada, normocorada, eupneica, lúcida, afebril no momento. Presença de úlceras em extremidade distal da língua, com características de aftas. Mamas normais. Abdômen: normal. Região inguinal: ausência de linfonodos palpáveis. Exame ginecológico: colo do útero e vagina: sem alterações. Vulva: lesão ulcerada profunda, de 8 cm por 8 cm em grande lábio à direita, desde o terço médio até fúrcula, dolorosa, fundo sujo, com áreas de necrose, com destruição de tecido local e exposição de tecido celular subcutâneo. Colpocitologia: sem alterações. Teste HIV, VDRL negativos. Fez uso de doxaciclina 100 mg de 12/12hs por 4 semanas. Durante esse período houve melhora importante do quadro. Com 7 dias de tratamento referiu dor articular severa, principalmente no joelho direito, comprometendo a deambulação. Além de febre e epigastralgia. Impressão diagnóstica de Doença de Behçet. Solicitado parecer do reumatologista que confirmou o diagnóstico de DB. Realizado teste de patergia: negativo. Exame oftalmológico: sem alterações. Está em uso de prednisona 20 mg/dia, cloroquina 250 mg/dia e colchicina0,5 mg de 12/12h há 7 dias. Houve regressão acentuada da úlcera genital, oral e desaparecimento das dores articulares. Comentários. a paciente apresentou lesões vulvares e orais, além de artrite. Nem todos os casos de DB têm alterações oculares e menos da metade das vezes apresenta teste patergia positivo. Os critérios para o diagnóstico são: os critérios maiores que incluem: úlceras orais, úlceras genitais, lesões oculares, lesões cutâneas e teste da patergia. E, os critérios menores que compreendem a artrite, lesões cardiovasculares, tromboflebite, alterações neurológicas, lesões gastrintestinais e história familiar.Para o diagnóstico, são necessários 3 critérios maiores, ou 2 critérios maiores mais 2 menores.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 81

55 4408

PT - IDADE DA MULHER E PREDIÇÃO DE RESULTADOS EM CICLOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO UTILIZANDO AGONISTAE ANTAGONISTA DO GNRH

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - FLAVIELLY SOUZA ESTRELA-(apresentador)-(autor)

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - ERIKA VIEIRA DE SOUZA JORDÃO

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - HITOMI MIURA Nakagawa

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - ANTÔNIO CÉSAR PAES BARBOSA

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - DAVID BARREIRA GOMES SOBRINHO

GENESIS - CENTRO DE ASSISTÊNCIA EM REPRODUÇÃO HUMANA - BRUNO RAMALHO DE CARVALHO

Objetivos: Avaliar a capacidade da idade da mulher de predizer resultados em ciclos de fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI). Metodologia: Analisaram-se retrospectivamente 434 ciclos de ICSI com transferência embrionária realizados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012. Foram incluídos no estudo ciclos realizados em mulheres com até 40 anos de idade, submetidas a indução de ovulação em protocolo longo com análogo agonista (n = 291) ou antagonista do GnRH (n = 143), cujos oócitos foram fertilizados com espermatozóides do parceiro obtidos de ejaculado fresco e embriões transferidos no ciclo de tratamento. Excluíram-se ciclos de inseminação intrauterina convertidos para ICSI (n= 41) ou com PGD/PGS (n = 5), mulheres maiores de 40 anos (n = 144) e ovodoadoras (n = 26). Foram analisadas as áreas sob as curvas do tipo Receiver Operating Characteristic (ROC) para determinar a capacidade da idade da mulher submetida à ICSI de predizer a ocorrência de gravidez bioquímica, gravidez clínica e nascimento, considerando-se estatisticamente significativo p < 0,05. Resultados: Entre as mulheres submetidas ao protocolo com análogo agonista do GnRH, a idade da mulher foi capaz de predizer gravidez bioquímica (AUC = 0,613; p < 0,001), gravidez clínica (AUC = 0,623; p < 0,001) ou nascimento (AUC = 0,640; p < 0,001). No protocolo com antagonista do GnRH, entretanto, a idade da mulher não foi capaz de predizer gravidez bioquímica (AUC = 0,543; p > 0,05), gravidez clínica (AUC = 0,499; p > 0,05) ou nascimento (AUC = 0,509; p > 0,05).

Conclusões: Na amostra estudada, a capacidade da idade da mulher de predizer resultados da ICSI foi demonstrada apenas para ciclos utilizando análogo agonista do GnRH, mas não o antagonista. Como as indicações preferenciais para ciclos antagonistas se mesclam entrehiper-respondedoras e pobres-respondedoras os dados, não analisados discriminadamente para cada indicação, podem ter interferido nos resultados.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal82

56 4409

PT - FISIOTERAPIA PÉLVICA PARA TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO ORGASMO FEMININO OU ANORGASMIA: RELATO DE CASO

PELVI - PATRICIA FRANÇOIS DINIZ- (apresentador)-(autor)

PELVI - ALYSSON ZANATTA

PELVI - PAULO ARLINDO POLCHEIRA

Introdução: a anorgasmia, definida como atraso ou ausência persistente ou recorrente em atingir o orgasmo após uma fase de excitação adequada, pode atingir 50 A 70% de todas as mulheres sexualmente ativas. Apesar da sua importância, são poucas as mulheres anorgásmicas que relatam o problema a seus médicos ginecologistas, O tratamento pode incluir fisioterapia pélvica com exercícios específicos, e os resultados são variáveis.Relato de caso: JZ, 33 anos, foi encaminhada à fisioterapia com diagnóstico de anorgasmia. Relatava que sentia o desejo a excitação, mas não conseguia completar as etapas da resposta sexual, devido à dificuldade em atingir o orgasmo quando mantinha relação.O exame clínico revelou sensibilidade e reflexos normais, porém incoordenação à contração do assoalho pélvico, apresentando dificuldade para relaxamento e fraqueza da musculatura, classificada como AFA 2 (escala de 0 a 5). Realizava 13 contrações máximas sem resistência opositora e não conseguia sustentá-las, o que indicava a necessidade do treinamento de fibras fásicas e tônicas. Além disso, apresentava leve tensão e dor em parede pélvica lateral esquerda.Os objetivos do tratamento foram: treinar a percepção e coordenação de contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, além do ganho de força muscular. Como recursos fisioterapêuticos foram utilizados a massagem perineal, biofeedback com eletromiografia, educador, cinesioterapia e a eletroestimulação.A paciente realizou 10 sessões de fisioterapia no período de janeiro a abril de 2014, sendo as duas últimas sessões com intervalo de um mês. Foi observada melhora considerávelna coordenação, percepção e força, tanto em fibras fásicas como em fibras tônicas, classificada posteriormente como AFA 4. A paciente já conseguia realizar 30 contrações máximas com resistência opositora, seguida de 20 segundos de sustentação. Relatava não sentir mais a tensão emparede pélvica esquerda. No momento, segue treinamento diário. Classifica sua melhora como 10 (escala 0 a 10), e não apresenta mais a dificuldade em atingir o orgasmo. Comentários: A fisioterapia pélvica pode ser ferramenta efetiva para o tratamento da anorgasmia. A combinação de recursos como a massagem perineal, biofeedback com eletromiografia, educador, cinesioterapia e eletroestimulação, mesmo que durante curto prazo de tratamento, podem ter resultados altamente satisfatórios.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 83

57 4410

PT - ENDOMETRIOSE INGUINAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO CIRÚRGICO

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - ALYSSON ZANATTA- (apresentador)-(autor)

HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA- JOSENICE ARAUJO DA SILVA GOMES

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - PAULO ARLINDO POLCHEIRA

PELVI UROGINECOLOGIA E CIRURGIA GINECOLÓGICA - JÂNIO SERAFIM DE SOUSA

DI LAMARTINE CIRURGIA PLÁSTICA - JULDÁSIO GALDINO DE OLIVEIRA JR.

DI LAMARTINE CIRURGIA PLÁSTICA - JEFFERSON DI LAMARTINE GALDINO AMARAL

Introdução: Endometriose inguinal é doença rara, com incidência menor que 1% das pacientes com endometriose pélvica. Não há relatos de caso indexados na literatura nacional. O seu tratamento definitivo é a excisão cirúrgica ampla.

Relato do Caso: JQS, 31 anos, referia dismenorreia, dor e parestesia cíclicas em região inguinal direita, tornando-a acamada (já não deambulava) durante o período menstrual. Referia também nódulo umbilical com dor cíclica local. Não havia tentado concepção e negava cirurgias prévias. Já havia recebido análogo de GnRh em duas ocasiões, e encontrava-se sob uso de dienogeste, ambos sem qualquer resultado. Relatava que sua mãe havia recebido “altasdoses de estrogênio” durante a sua própria gestação, na tentativa de se “evitar um aborto”.Ao exame clínico, apresentava massa inguinal direita de 4 cm, dolorosa e sem sinais flogísticos, além de nódulo umbilical de 2 cm. Biópsia prévia de ambas as lesões confirmava suspeita clínica de endometriose. Tinha dor e espessamento de ligamento útero-sacro direito ao toque vaginal. A ressonância magnética demonstrou lesão de endometriose profunda paracervical direita.Após excisão da endometriose umbilical, a laparoscopia permitiu a confirmação dos achados ultrassonográficos e excisão das lesões pélvicas, com margens de segurança. Fez-se então a incisão direta sobre a lesão inguinal, dissecção do canal inguinal até o orifício inguinal interno e cavidade peritoneal. Procedeu-se à remoção da lesão com preservação neurovascular. A excisão incluiu parte da fáscia transversal, infiltrada pela lesão. Não havia hérnia inguinal. Reconstruiu-se a parede abdominal com tela sintética de polipropileno para prevenção de herniação e fez-se cobertura da mesma com retalho dermogorduroso abdominal, seguida por transposição de tecido com zetaplastia tradicional.A cirurgia durou 220 minutos, não houve intercorrências e a paciente recebeu alta em 4 dias. Houve remissão completa dos sintomas dolorosos, em 9 meses de seguimento.

Comentários: a endometriose profunda é doença distinta que não conhece limites anatômicos. Neste caso, a ausência de hérnia inguinal e cirurgias prévias falam contra a teoria da menstruação retrógrada para explicar a origem da doença. A excisão cirúrgica pode requerer equipe multidisciplinar e o resultado é altamente satisfatório, quando a lesão é completamente removida.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal84

58 4411

PT - USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS EM MULHERES COM CEFALÉIA: REVISÃO DE LITERATURA

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG - LUCAS CRUZ COSTA LEAL-(apresentador)-(autor)

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG - LUCIANO FRANKLIN SEIXAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG - GEANNE MARIANO ALVES

Objetivo: Ralizar revisão dos aspectos mais recentes da literatura relacionados ao uso de anticoncepcionais hormonais em pacientes portadoras de cefaléia e migrânea. Métodos: Realizou-se levantamento do materialbibliográfico publicado no período de 2008 a 2013 nas bases de dados Medline e Lilacs com os unitermos: cefaléia, migrânea e contraceptivos hormonais. Foram encontrados 25 artigos, dos quais 6 foram selecionados por serem textos que mais se adequaram à proposta da pesquisa. Resultados: A prevalência de migrânea na população feminina norte-americana é de 18%, esta caracteriza-se por ser uma doença que atinge seu pico na idade reprodutiva, períodono qual a contracepção hormonal é a forma mais comum de controle de natalidade. Estudos têm demonstrado que a administração de contraceptivos hormonais orais combinados para pacientes com migranêa pode aumentar o risco de AVC isquêmico em até 02 a 04 vezes quando comparado com as pacientes migranosas que não utilizam esse tipo de medicação. Com base nesses dados, mulheres que sofrem de migranêa com aura devem evitar o uso de anticoncepinais orais combinados contendo estradiol. Conclusão: Ao se prescrever anticoncepcionais orais combinados deve-se levar em consideração o tipo decefaléia e os fatores de risco adicionais para AVC isquêmico da paciente como: tabagismo, idade maior que 35 anos, hipertensão, dislipidemia e trombofilias. Dados recentes sugerem que as pílulas que contém somente progestágenos possuem um perfil mais favorável para serem usados nos casos de migranêa com aura ao reduzir o número de dias com dor, a quantidade de analgésicos e a intensidade dos sintomas associados, além de aparentemente não estarem associadas com aumento da incidência de eventos isquêmicos. É importante frisar que são necessários mais estudos para corroborar essa recomendação.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 85

59 4412

PT - CETOACIDOSE DIABÉTICA NA GESTAÇÃO: DESFECHO MATERNO E FETAL DAS PACIENTES COM CETOACIDOSE DIABÉTICA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - JULIANNE CAMPOS- (apresentador)-(autor)

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - ELTON LUIZ BERÇA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - LANA CRISTINA MOREIRA BAPTISTA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - MARÍLIA BONFIM E SILVA DE MORAES

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - MIRIAM DA SILVA WANDERLEY

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - PAULO SÉRGIO FRANÇA

INTRODUÇÃO: A Cetoacidose Diabética (CAD) é uma complicação aguda e grave do Diabetes Mellitus (DM) e associa-se a elevadas taxas de morbidade e mortalidade para as mães e seus fetos. Caracteriza-se por hiperglicemia descontrolada, acidose metabólica, desidratação e cetose e decorre da deficiência absoluta ou relativa de insulina. Na sua atenção, deve-se considerar a admissão oportuna em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob cuidados clínicos e obstétricos combinados.

OBJETIVO: Determinar as características clínicas na admissão e evolução das pacientes internadas com cetoacidose diabética (CAD).MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se um estudo retrospectivo identificando mulheres grávidas com CAD admitidas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Materna do Hospital Materno Infantil de Brasília – Secretaria deEstado de Saúde do DF, no período de 6 de Junho de 2013 a 5 de Junho de 2014.

RESULTADOS: Entre as 299 mulheres no ciclográvido-puerperal internadas durante o período de estudo, 4 gestantes foram admitidas com diagnóstico de CAD. Os critérios diagnósticos para CAD incluiram medidas séricas de: glicose > 250 mg/dL; pH < 7,3; HCO - < 18 mEq/L além de cetonúria. As causas precipitantes mais comuns foram: infecção (50%), insulinoterapia inadequada (50%). A CAD ocorreu como primeira manifestação do diabetes em 50% das pacientes. A média de idade gestacional na admissão foi de 33,1 semanas. A média de glicose na admissão foi de 343 mg/dl, pH de 7,31 e HCO - > 10,875 mEq/1. O tempo médio para corrigir a hiperglicemia (glicose < 200 mg/dl) foi de 8,75 horas. Não houve mortes maternas e a duração média de internação foi de 4 dias. Uma paciente apresentou morte fetal intra-uterina (25%) antes da hospitalização.

CONCLUSÃO: A cetoacidose diabética durante a gravidez é uma emergência médica potencialmente fatal, tanto para a mãe quanto para o filho. Ambos beneficiam-se de atenção especializada em unidades de tratamento intensivo.Medidas preventivas de CAD através da educação do paciente, da vigilância intensiva e do controle metabólico ideal durante a gravidez também podem diminuir a sua ocorrência.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal86

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PT - SIRENOMELIA E A DIFICULDADE DO DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL: RELATO DE CASO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - LETÍCIA LOPES LOPES DANTAS-(autor)

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - FABRÍCIO NUNES DA PAZ- (apresentador)

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - LIDIANA LÔBO CARNEIRO MAGALHÃES

Introdução:A sirenomelia é uma patologia que tem a fusão dos membros inferiores do feto como principal característica. Pode vir combinada com anormalidades orgânicas, como malformações renais. Entre os fatores de risco foram destacados a idade materna, diabetes e uso de cocaína.As principais teorias patogênicas são a do sequestro vascular e da blastogênese defeituosa. A primeira relata artéria umbilical única, de origem vitelínica, que desvia o sangue dos membros inferiores à placenta, com consequente fusão dos membros.A teoria da blastogênese imperfeita refere alteração no final da fase de gástrula, comprometendo a formação do broto que daria origem à parte caudal do embrião.

Relato:Paciente feminina, 32 anos, idade gestacional 36 semanas, de acordo com a DUM, que iniciou o acompanhamentopré-natal no segundo trimestre, G4P3A0, antecedentes de partos normais e sem intercorrências durante a gestação, sem histórico de DM 2, HAS, etilismo, tabagismo ou malformações congênitas na família.A ultrassonografia obstétrica de segundo trimestre determinou IG de 22 semanas e 3 dias. Foram identificados oligoâmnio, coração apresentando aumento das câmaras esquerdas, CIV e derrame pericárdico. Rim direito não visualizado. Rim esquerdo apresentou 2 imagens císticas. A ultrassonografia de terceiro trimestre definiu IG de 35 semanas e 3 dias e mostrou ausência de estômago e bexiga. Mediante cesariana, obteve-se recém-nascido de 36 semanas de gestação, único, apresentação pélvica; comuma artéria e uma veia no cordão umbilical e adramnia. Ao exame físico: peso 1800 g, estatura: 44 cm; cianótico, anictérico; sem respiração espontânea; RCR, em 2 tempos, FC de 60 bpm; ausculta pulmonar dificultada; presença de dois cistos branquiais nas laterais do pescoço; fusão dos membros inferiores; genitália indefinida; ausência de ânus. Comentários:O caso demonstra a dificuldade de diagnóstico ultrassonográfico da sirenomelia, pela não visualização da fusão dos membros inferiores, devido à adramnia, resultado da agenesia renal. Isso reforça a importância da ultrassonografia com Doppler. Este método pode revelar a persistência da artéria vitelina e ausência dos vasos renais; além de alguns sinais que podem ajudar, como a presença de artéria umbilical única.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 87

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PT - INCIDÊNCIA DE MALIGNIDADE EM PÓLIPOS ENDOMETRIAIS

INSTITUTO VERHUM - MARIANA FONSECA ROLLER- (apresentador)-(autor)

INSTITUTO VERHUM - VINICIUS MEDINA LOPES

INSTITUTO VERHUM - JEAN PIERRE BRASILEIRO

INSTITUTO VERHUM - LEILANE GABRIELE NOLETO

INSTITUTO VERHUM - VALÉRIA LEAL MATHIAS

INSTITUTO VERHUM - NATÁLIA IVET ZAVATTIERO TIERNO

Objetivo: Analisar a incidência de lesões malignas e pré malignas em material de biópsia obtido de pacientes submetidas à polipectomia histeroscópica.

Material e Métodos: Realizada análise de 614 prontuários de pacientes com pólipo endometrial visualizado por histeroscopia. Todas as pacientes foram submetidas à polipectomia com biópsia de endometrio por histeroscopia cirúrgica no período compreendido entre 2009 a 2013. Foram avaliados: concomitância de pólipos endometriais e endocervicais, incidência de alterações malignas e pré malignas nos pólipos e média de idade nas pacientes com resultado histopatológico alterado.

Resultados: De um total de 614 histeroscopias para polipectomia, em 513 (83,55%) encontrou-se apenas pólipo endometrial e em 101 (16,45%) houve concomitância de pólipo endocervical. Em 600 casos (97,7%) a histologia evidenciou alterações benignas e em 14 (2,3%) pacientes o resultado apresentou lesões malignas ou pré malignas. Destas, 03(0,48%) correspondiam à pólipos com hiperplasia simples ou complexa com atipia, 07 (1,14%) biópsias evidenciaram pólipos neoplásicos com endométrio atróficoe em 03 (0,48%) casos evidenciou-se doença concomitante no pólipo e no endométrio adjacente. Em 01 (0,16%) caso houve presença de pólipo benigno e câncer no endométrio adjacente. Todos os pólipos endocervicais foram benignos. A média de idade das pacientes com exame histopatológico alterado foi de 56 anos (variando de 33 a 79 anos). Conclusão: Nesta análise, a incidência encontrada de malignidade restrita ao pólipo endometrial foi de 1,14%, dado este concordante com a literatura, onde há relatos de incidência de tumores malignos confinados a pólipos endometriais variando de 0 a 4,8%, na dependência dos critérios de seleção das pacientes e do método utilizado para fazer o diagnóstico (Haimov-Kochman et al., 2009).

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PT - DIABETES MELLITUS TIPO1 COMPLICADO COM CETOACIDOSE DIABÉTICA DURANTE A GESTAÇÃO: RELATO DE UM CASO

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - JULIANNE CAMPOS- (apresentador)-(autor)

INTRODUÇÂOA Cetoacidose Diabética (CAD) é uma complicação aguda grave do Diabetes Mellitus (DM). Caracteriza-se por hiperglicemia descontrolada, acidose metabólica, desidratação e cetose, decorrentes da deficiência profunda de insulina, normalmente resultando em uma emergência médica. Acomete principalmente pacientes com DM1, embora também possa ocorrer no DM2 após doença clínica ou cirúrgica grave.A inadequada ação da insulina, associada à liberação excessiva de hormônios contrainsulínicos (glucagon, cortisol e catecolaminas), exacerba a hiperglicemia sérica, provocando diurese osmótica e consequente desidratação, levando à hipovolemia profunda e depleção eletrolítica. Níveis reduzidos de insulina (hormônio anabólico) favorecem processos catabólicos – lipólise, proteólise, glicogenólise e gliconeogênese.

RELATO DO CASOJPA, 20 anos, G2P0A1, idade gestacional: 29semanas e 3dias, baixo peso(IMC: 22,7kg/m2), história prévia de DM1 desde os 14 meses. Negou alergias e outras comorbidades. Compareceu ao serviço de emergência obstétrica do Hospital Regional do Gama (HRG) queixando-se de cefaléia e epigastralgia. Referiu uso de insulina glargina 30UI pela manhã regularmente.À admissão, queixou-se de metrossístoles, iniciada tocólise com Nifedipina. Glicemias: 5 medidas nas primeiras 18 horas, mínima:107, máxima:221mg/dL e média de 192,2mg/dL. Gasometria: acidose metabólica grave (pH:7,08; BE:-25; HCO -:6,8).Ao exame, apresentou edema palpebral bilateral, discreto edema de membros inferiores, PA:100/70mmHg, útero gravídico compatível com a idade gestacional. Solicitados exames, EAS, urocultura, hemocultura, swab nasal e retal. Resultados: EAS com leucócitos numerosos, flora bacteriana acentuada, corpos cetônicos(+++) e proteinúria(++). Dessa forma, iniciou-se antibioticoterapia com cefazolina. Evoluiu com dispnéia, taquipnéia (FC>120bpm) e hiperêmese. Trocado antibiótico por Ceftriaxona, mantido 10 dias por hipótese de ITU/sepse.

COMENTÁRIOSNo passado, CAD ocorria, na grande maioria das vezes, no DM1. A incidência global de CAD na gestação era de aproximadamente 10 a 20% no final de 1970. Atualmente esse cenário tem mudado e a CAD é cada vez mais relatada em indivíduos com DM2 ou DM Gestacional(DMG) sem adequado controle, com incidência em torno de 0,5 a 3% de todas gestações complicadas por diabetes.Embora pouco frequente no diabetes pré-gestacional ou DMG, a CAD desenvolve-se mais rapidamente em gestantes do que em não-gestantes, o que pode resultar no reconhecimento e tratamento tardios, podendo trazer riscosà vida da mãe e do feto.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 89

63 4420

PT - LEISHMANIOSE E GESTAÇÃO: RELATO DE CASO/LEISHMANIASIS AND PREGNANCY: A CASE REPORT

UFPI - ANA MARIA CARREIRO DE MELO- (apresentador)-(autor)

UFPI - JAILSON COSTA LIMA

UFPI - ANA MARIA PEARCE DE ARÊA LEÃO PINHEIRO

UFPI - JOSÉ ARIMATÉA DOS SANTOS JÚNIOR

UFPI - ANAIDE ROSA DE CARVALHO NASCIMENTO

UFPI - CAMILA BRITO ARAUJO

INTRODUÇÃO: Leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose emergente, causada pelo protozoário do gênero Leishmania, com ampla distribuição em países de clima tropical . No Nordeste do Brasil, se verifica 90% dos casos. O quadro clínico varia desde formas assintomáticas até a forma clássica por febre, anemia, hepatoesplenomegalia, manifestações hemorrágicas, linfadenomegalia. Existe discussão quanto a droga no tratamento na gestação, já que medicamentos utilizados não são considerados seguros. Devido o alto risco de mortalidade materno-fetal há concordância na indicação do tratamento. As principais drogas são os antimoniais pentavalentes, aminosidina, pentamidina e anfotericina B. RELATO DE CASO: Paciente 31 anos, procedente de Amarante- PI, G5P4A0, gestação com 27 semanas deu entrada na maternidade de referência com quadro de febre, cefaléia, astenia e disúria. Ao exame físico encontrava-se estável, febril, eupnéica, ausculta cardiopulmonar fisiológica, abdome gravídico palpável três dedos acima da cicatriz umbilical. Iniciado tratamento empírico para infecção do trato urinário com cefalotina, após coleta da urocultura. No terceiro dia de internação, evoluiu com persistência da febre e taquicardia, sendo encaminhada para UTI materna. Os exames complementares evidenciaram hemoglobina de 5,1; leucócitos 1400 (38% de segmentados e 28% de bastões), plaquetas de 106.000. US abdominal com esplenomegalia. US obstétrica com feto único, placenta anterior , peso fetal 1224g, ILA 14,2 e biometria fetal compatível com 28 semanas. Foi então solicitado teste sorológico para leishmaniose, dengue, culturas e troca do antibiótico por Cefepime. Teste rápido para calazar altamente reagente iniciando-se Anfotericina B lipossomal. Sem melhora clínica do quadro, interrompeu-se a gestação por via alta, no D7 de anfotericina, após diagnostico ultrassonográfico de oligodrâmnio severo.Iniciado Unasyn, com melhora do quadro. COMENTÁRIOS: A associação de LV e gravidez é infrequente, e não tem estimativa de calazar em gestantes, decorrente de poucas publicações de casos, mesmo em áreas endêmicas. A possibilidade do envolvimento de mulheres em idade reprodutiva desperta preocupação, tanto em relação aos riscos de transmissão vertical, comoaos possíveis efeitos da medicação específica para a mãe no concepto. Exames laboratoriais realizados no concepto encontra-se em andamento. Através do relato foi possível o registro de um caso da associação de leishmaniose viscerale gestação tratada com Anfotericina B.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal90

64 4422

PT - ABDOME SUBAGUDO COMO MANIFESTAÇÃO DE ROTURA UTERINA APÓS PARTO NORMAL: RELATO DE CASO

UNB - FABYANNE MAZUTTI DA SILVA- (apresentador)-(autor)

UNB - EMILIE ZINGLER

UNB - THIAGO DE LIMA NISHIYAMA

UNB - AIRTON FRANCISCO DOTTO BAU

UNB - ALUISIO MENDES DA ROCHA FILHO

UNB - ALBERTO MORENO ZACONETA

INTRODUÇÃO: A rotura uterina acomete 0,2 a 1,4% dos trabalhos de parto em mulheres com antecedente de cesárea. O quadro é tipicamente agudo e catastrófico e seu manejo poucas vezes suscita dúvidas, sendo habitualmente necessária histerectomia para salvar a vida da gestante. Entidade menos frequente é a rotura que não se segue de choque hipovolêmico, na qual a paciente se apresenta com dor abdominal de intensidade variável nos dias subsequentes ao parto. O manejo desta entidade não é consensual e, por sua raridade, é pouco provável que surja um protocolo baseado em evidências. Assim, é importante relatar experiências de tratamento e evolução para guiar a condução de novos casos. Relatamos a conduta adotada em um caso de ruptura uterina intraparto diagnosticada no terceiro dia pós-parto.RELATO DE CASO: AMMM, 23 anos, G3P2A0 (cesárea há cinco anos e parto normal há três anos), evoluiu com parto normal após trabalho de parto espontâneo a termo, conduzido com ocitocina. Apresentou dor abdominal intensa e hipotensão no período expulsivo, com pronta recuperação após suporte. Nos primeiros dias pós-parto, apresentou dor abdominal à descompressão, porém, manteve-se afebril. Cogitou-se hipótese de rotura uterina, contudo, optou-sepor conduta expectante em função do bom estado geral. Devido à piora da dor, foi realizada TC de pelve com contraste no terceiro dia, que mostrou rotura uterina em região ístmica associada a coleção sugestiva de hematoma. Como a paciente permanecia afebril, com algia moderada e leucograma normal, optou-se por manter conduta expectante. Entretanto, a piora da dor abdominal e do estado geral levou à laparotomia exploradora no quinto dia, que mostrou útero hipotônico, solução de continuidade de10cm em istmo, áreas de necrose e friabilidade das bordas, impedindo a histerorrafia. Realizada, então, histerectomia subtotal. A paciente teve febre no pós-operatório e recebeu antibioticoterapia venosa por 7 dias. Recebeu alta em boas condições.COMENTÁRIOS: Com a incidência crescente de cicatrizes uterinas, espera-se aumento da frequência de casos de rotura uterina, seja na forma de apresentação clássica ou subaguda. No caso aqui apresentado, o manejo conservador não se mostrou efetivo para pacientes com manifestação subaguda.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 91

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PT - PREVALÊNCIA DOS FATORES DE INFERTILIDADE EM PACIENTES SUBMETIDAS À FERTILIZAÇÃO IN VITRO

INSTITUTO VERHUM - LEILANE GABRIELE NOLETO- (apresentador)-(autor)

INSTITUTO VERHUM - VINICIUS MEDINA LOPES

INSTITUTO VERHUM - JEAN PIERRE BRASILEIRO

INSTITUTO VERHUM - MARIANA FONSECA ROLLER

INSTITUTO VERHUM - ALUISIO MENDES DA ROCHA FILHO

INSTITUTO VERHUM - NATÁLIA IVET ZAVATTIERO TIERNO

Objetivo: Avaliar os fatores de infertilidade dos casais submetidos à fertilização in vitro (FIV) em uma clínica particular de Brasília-DF, no período de 01 ano.

Material e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo e descritivo, cujos dados foram obtidos de 344 prontuários de pacientes submetidas à FIV entre janeiro e dezembro de2013. A classificação da etiologia da infertilidade foi baseada nos critérios listados a seguir: 1) Fator masculino - sêmen com padrão anormal em pelo menos duas ocasiões (OMS, 2010). 2) Fator ovulatório - (A) Baixa reserva ovariana: contagem de folículos antrais abaixo de onze na ultrassonografia transvaginal, entre o 2º e 5º dia do ciclo menstrual (ASRM, 2012); (B) Síndrome de ovários policísticos (SOP): diagnosticada segundo Consenso de Rotterdam 2004/Revisão de 2012. 3) Fator tubo-peritoneal - história de laqueadura tubária; evidência de obstrução tubária ou de aderências tubo-peritoneais em histerossalpingografia ou videolaparoscopia. 4) Endometriose - diagnóstico confirmado por ressonância magnética; ultrassonografia para rastreio de endometriose; videolaparoscopia; ou pelo menos duas ecografias transvaginais, com intervalo maior que trinta dias entreelas apresentando imagem de cistos ovarianos sugestivosde endometriomas. 5) Múltiplos - associação de mais de um fator. 6) Infertilidade sem causa aparente (ISCA) - sem evidência de quaisquer dos fatores acima. 7) Outros - quando o fator de infertilidade não se enquadrava em nenhum dos critérios acima.

Resultados: O principal fator de infertilidade foi o masculino (30,80%), seguido pelo ovulatório (18,30%) – destes, 13,65% dos casos foi classificado como baixa reserva ovariana e 4,65% como SOP. ISCA correspondeu a16,56% das causas de infertilidade e tubo peritoneal/endometriose a 18,01% - sendo o tubo-peritoneal responsável por 10,46% dos casos de infertilidade e endometriose por 7,55%. Outras causas de infertilidade estiveram presentes em 2,03% dos casais. Em 12,20% dos casais encontrou-se associação de mais de um fator (múltiplos).

Conclusão: Nesta amostra, o fator de infertilidade mais prevalente foi o masculino, com uma taxa próxima à referida pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM, 2004), que é de 35%.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal92

66 4424PT - PREVALÊNCIA DE HIPOTIREIOIDISMO NA GESTAÇÃO

UNB - BRUNO LELITSCEW DA BELA CRUZ FARIA- (apresentador)-(autor)

UNB - PAULO SÉRGIO FRANÇA

UNB - AUGUSTO CÉZAR FLORÊNCIO COSTA

UNB - ALEXSANDRA RAMALHO DA COSTA ARUME

UNB - MAURÍCIO GOMES PEREIRA

INTRODUÇÃO: O hipotireoidismo clínico e subclínico durante a gestação têm sido associados a efeitos adversos na gravidez e no desenvolvimento fetal.OBJETIVO: Determinar a prevalência do hipotireoidismo nas gestantes atendidas no Ambulatório de Pré-natal de Baixo Risco do Hospital Universitário de Brasília.

MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo de série de casos, retrospectivo, identificando as mulheres grávidas com hipotireoidismo atendidas no período entre 6 de Janeiro a 27 de Maio de 2014. Todas as gestantes realizaram a dosagem do TSH no Laboratório de Patologia Clínica do hospital. Os critérios diagnósticos utilizadosforam os recomendados pelas Diretrizes do Hipotireoidismo, da Sociedade Latino-Americana de Tireóide, que estabelece o diagnóstico quando os valores sanguíneos do TSH nas mulheres grávidas estiverem acima dos limites superiores para cada trimestre da gravidez (2,5 mU/L para o primeiro trimestre e 3 mU/L para o segundo e terceiro trimestres). Classifica-se como hipotireoidismo clínico ou manifesto (H) quando o TSH for maior que 10 mU/L (independente do nível de T4 livre) ou quando o TSH for até 10 mU/L mas apresentar níveis baixos de T4 livre. O hipotireoidismo subclínico (HS) é diagnosticado quando o TSH for até 10 um/L com T4 livre normal.

RESULTADOS: Entre as 294 gestantes atendidas, 203 realizaram exame de TSH. Destas, 44 apresentaram o diagnóstico de hipotireoidismo, resultando em prevalência de 22%.

CONCLUSÃO: Os resultados desse estudo demonstraram a importância de avaliar a função da tireoide na atenção pré-natal e a necessidade do desenvolvimento de estudos que avaliem a eficácia das medidas tomadas.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 93

674425

PT - HÉRNIA INCISIONAL ESTRANGULADA E GESTAÇÃO: RELATO DE CASO

UFPI - ANA MARIA CARREIRO DE MELO- (apresentador)-(autor)

UFPI - JAILSON COSTA LIMA

UFPI - SUELE SANTOS ROCHA

UFPI - CAMILA BRITO ARAUJO

UFPI - LIA ANDREA COSTA FONSÊCA

UFPI - ANAIDE ROSA DE CARVALHO NASCIMENTO

INTRODUÇÃO:As hérnias incisionais ocorrem em locais do abdômen que já foram submetidos a uma incisão cirúrgica, e são resultantes da cicatrização inadequada dessas incisões.Os principais fatores que levam ao desenvolvimento de hérnias incisionais são: infecção da ferida cirúrgica no pós-operatório, obesidade, tratamentocom corticoides e quimioterapia, complicações respiratórias (tosse) no pós-operatório, má nutrição e idade avançada.OBJETIVO:Alertar para as possíveis complicações que a hérnia incisional pode ocasionar . RELATO DE CASO: Gestante 25 anos, G3P1(V)A1, IG (US 1ºtri): 22sem, internada em maternidade de referência com queixa de dor em baixo ventre, vômitos, epigastralgia e massa em região abdominal à esquerda após esforço evacuatório. Evoluiu com piora dos vômitos e da dor abdominal. Antecedentes cirúrgico: cicatriz em abdomen devido hérnia diafragmática na infância. Realizou US abdominal que evidenciougestação com 21sem, feto vivo com 418g, placenta anterior grau 0,líquido amniótico normal, massa heterogênea em aspecto de “pseudorim”, em topografia de cólon descendente, medindo 9,2x4,0cm.Aparelho urinário de aspecto habitual. Realizou ressonância nuclear magnética que mostrou saco herniário com edema de parede contendo no seu interior íleo e mesentério (Hérnia encarcerada). Paciente foi submetida à herniorrafia mais enteroanastomose de jejuno com colocação de tela. Evoluiu no pós-operatório referindo fome, peristalse satisfatória e dreno suctor com diminuição progressiva do débito. Foi introduzida dieta a partir do 3º dia após procedimento cirúrgico e no 8º dia de internação paciente teve alta hospitalar. COMENTÁRIOS: As principais complicações da hérnia incisional são o encarceramento e o estrangulamento. Paciente do caso possuía alça intestinal isquemiada sendo necessário a ressecção da mesma.Apesar de tudo, paciente evoluiu bem obstetricamente e trânsito intestinal normal.

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal94

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PT - RESSECÇÃO SEGMENTAR COLORRETAL LAPAROSCÓPICA PARA ENDOMETRIOSE: COMPLICAÇÕES E TAXA DE CONVERSÃO

INSTITUTO VERHUM - JEAN PIERRE BRASILEIRO- (apresentador)-(autor)

INSTITUTO VERHUM - VINICIUS MEDINA LOPES

INSTITUTO VERHUM - LEILANE GABRIELE NOLETO

INSTITUTO VERHUM - MARIANA FONSECA ROLLER

INSTITUTO VERHUM - VALÉRIA LEAL MATHIAS

INSTITUTO VERHUM - ALUISIO MENDES DA ROCHA FILHO

Objetivo: Avaliar a taxa de complicações e de conversão para laparotomia em pacientes submetidas à videolaparoscopia para ressecção segmentar colorretal por endometriose profunda com comprometimento intestinal, operadas pelo mesmo cirurgião em um período de 05 anos. Material e Métodos: Realizada análise retrospectiva de 306 prontuários de pacientes submetidas à videolaparoscopia por endometriose no período entre janeiro de 2009 a dezembro de 2013. Foram avaliados: os achados cirúrgicos de acordo com a localização da endometriose; taxa de conversão cirúrgica para laparotomia; presença de complicações no pós operatório das pacientes submetidas à ressecção segmentar colorretal e a média de idade das mesmas.

Resultados: Das 306 pacientes, 156 (51%) apresentavam a doença em ovário e peritôneo, 104 (34%) em peritôneo e 46 (15%) em intestino com lesão atingindo a camada muscular e/ou mucosa. Estas últimas foram submetidas a ressecção segmentar colorretal e apresentavam uma média de idade de 33 anos, variando de 25 a 42 anos. Nas cirurgias de ressecção colorretal houveram apenas 02 (4,3%) casos de complicações maiores descritos, tratando-se de um caso de fistula reto vaginal no ano de 2009 e um caso em que houve necessidade de conversão para laparotomia (taxa de conversão de 2,17%) que apresentou deiscência da anastomose no pós operatório com reabordagem cirúrgica para realização de colostomia, no ano de 2010.

Conclusão: O estudo atual revelou baixa taxa de complicações maiores no pós operatórias quando comparada aos dados da literatura onde foram encontradas taxas variando entre 6,3% (Marpeau et al., 2004) e 12,9 % (Boileau et al., 2012), sendo as mais citadas as fístulas vesicais, intestinais e estenose da anastomose intestinal.Em relação à conversão para laparotomia, a taxa encontrada também apresentou resultado satisfatório quando comparada às relatadas por Darai et al., 2007 e Marpeau et al., 2014 que apresentaram conversão de 7,8% e 12,5% respectivamente. Assim, apesar dos estudosmostrarem um maior potencial de morbidade na cirurgia de resseção segmentar colorretal por endometriose, os resultados encontrados no atual estudo tem mostrado que a endometriose intestinal pode ser abordada com sucesso e está associada a baixas taxas de complicação e morbidade.

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 95

Anotações

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal96

Anotações

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Procedimentos minimamente invasivos: quando, como e por quê? 97

Anotações

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47º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal98

Anotações