memorial da resistência
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Memorial da Resistencia de Sao Paulo
Discentes: Camila Gregório – 56.659 Fernanda Carneiro – 54.885 Mayara Amaral – 54.900 Renata Cordeiro – 56.663 Sintia Cunha – 56.664 Vanessa Oliveira – 56.666
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Disciplina: Museologia e PatrimônioDocente: Profª Drª Manoela Rossinetti Rufinoni
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
Prédio construído em 1914 – projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo1914 – 1939: Escritórios e armazéns da Estrada de Ferro Sorocabana1940 – 1983: Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS)1983 – 1997: Delegacia de Defesa do Consumidor (DECON)1997 – 1998: A administração do prédio é transferida da Secretaria de Justiça para a Secretaria de Estado da Cultura, em virtude da atuação de ex-presos políticos, de familiares de mortos e desaparecidos, de organizações de Direitos Humanos e instâncias governamentais.
Ao longo dos anos, pensou-se em diversas alternativas para o uso dos espaços. Foi iniciado então, um projeto de recuperação do edifício por meio do escritório de arquitetura Haron Cohen.
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
As primeiras propostas eram de adequar o prédio para um Projeto da Escola Superior ou Universidade Livre de Música ou para uma escola de teatro dedicada a ópera, artes cênicas e circo. Pensava-se também em um memorial, dando assim um destino específico para o antigo espaço do DEOPS.1999: Tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).
Nesse ano, então, foi realizada uma exposição no espaço térreo do prédio – ANISTIA 20 anos – rememorando os vinte anos da promulgação da Lei de Anistia de 1979. No térreo, foram realizadas duas atividades culturais: A exposição sobre a Anistia e a peça teatral “Lembrar é resistir”.
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
2002: Foram concluídas as obras no edifício, este foi entregue totalmente restaurado e com novas instalações para abrigar o MUSEU DO IMAGINÁRIO DO POVO BRASILEIRO e o MEMORIAL DO CÁRCERE.
O Decreto nº 46.507 (21 janeiro de 2002) cria o Museu do Imaginário do Povo Brasileiro, sob a curadoria de Emanoel Araújo. E o Decreto nº 46.508 do mesmo ano e data cria o Memorial do Cárcere. Porém, em 5 de julho do também mesmo ano, o Decreto 46.900 revoga o anterior e cria através da Secretaria de Estado da Cultura o MEMORIAL DA LIBERDADE.
A implantação do Museu do Imaginário do Povo Brasileiro não se concretiza, o Decreto nº 46. 461 (20 janeiro de 2004), revoga o anterior e institui, no âmbito da Secretaria de Estado da Cultura, a ESTAÇÃO PINACOTECA.
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
Apenas a proposta do Memorial da Liberdade chegou a ser implantada e permanecida sobre a gestão do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Foram realizadas, em 2002, três produções culturais que marcaram a inauguração do Memorial da Liberdade: a instalação “Intolerância” de Siron Franco; a mostra “Cotidiano vigiado – Repressão, Resistência e Liberdade nos Arquivos do DOPS 1924-1983” e a exposição “Cidadania – 200 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão”.2005: Realização da Exposição “Caderno de Notas – Vlado, 30 anos”, no espaço das celas do memorial. Esta exposição teve o objetivo de marcar as três décadas do assassinato do jornalista Vladimir Herzog.
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
2006: A gestão do Memorial da Liberdade, pertencente até então ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, é neste ano transferida para a administração da Pinacoteca do Estado, uma vez que essa instituição já ocupava o edifício desde de 2004 com a Estação Pinacoteca.
A denominação de Memorial da Liberdade e a reforma do espaço carcerário que o descaracterizou não condiziam com a história de repressão vivida pelo DEOPS/SP. Isso causou um enorme descontentamento por parte dos militantes políticos.
Nesse sentido, após inúmeras reivindicações junto ao Poder Público, o Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo sensibilizou a administração estadual no ano de 2007 para a necessidade de um novo olhar a esse espaço.
Breve Historico e Implicaçoes´ ~
2007: O Memorial da Liberdade recebe um novo projeto, uma nova perspectiva museológica. Com o objetivo de ampliar sua ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural, por meio da problematização e atualização de distintos caminhos da memória da resistência e da repressão.
Assim, atendendo ao convite da Pinacoteca do Estado, foi elaborado o projeto pelas Professoras da USP: Maria Cristina Oliveira Bruno (Museu Arqueologia e Etnologia – MAE), Maria Luiza Tucci Carneiro (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH) e a educadora da Ação Educativa da Pinacoteca, Gabriela Aidar.2008: Ocorre a aprovação desse projeto e a alteração do nome MEMORIAL DA LIBERDADE para MEMORIAL DA RESISTÊNCIA.
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, uma equipe multidisciplinar trabalhou em cima do, então projeto aprovado, para a implantação e inauguração do Memorial da Resistência no dia 25 de janeiro de 2009.
Arquitetura e Restauro
Arquitetura e Restauro
Revitalizaçao da Regiao~ ~
Prédio da Estação Pinacoteca antes
do restauro
Revitalizaçao da Regiao~ ~
Prédio da Estação Pinacoteca
atualmente. Projeto de revitalização sem
inclusão social
Revitalizaçao da Regiao~ ~
O governo do estado investiu na construção
da Sala São Paulo,
Pinacoteca, Estação da Luz,
Estação Pinacoteca,
mas sem promover qualquer interação
desses monumentos
com seu entorno.
Revitalizaçao da Regiao~ ~
Prédio da Estação Pinacoteca e um lado de seu entorno
Lateral frontral da Estação Julio Prestes
Revitalizaçao da Regiao~ ~
Escola Superior de Música
Fundo da Sala São Paulo
Programa Museologico
O programa museológico do Memorial da Resistência está estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda e comunicação patrimoniais, orientados para a abordagem sobre enfoques temáticos que evidenciam as amplas ramificações de repressão e as estratégias de resistência, por meio de seis linhas de ação:
•Centro de Referência•Lugares da Memória•Coleta Regular de Testemunhos•Exposições•Ação Educativa•Ação Cultural
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Exposiçao de Longa DuraçaoA organização temática da exposição de longa duração foi
estruturada a partir de um roteiro expositivo dividido em quatro módulos:Módulo A: O edifício e suas memóriasMódulo B: Controle, repressão e resistência: o tempo político e a memóriaMódulo C: A construção da memória: o cotidiano nas celas do DEOPS/SPMódulo D: Da Carceragem ao Centro de Referências
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Módulo A: uma área de acolhimento ao visitante e explanação das características do edifício e da institucionalização do DEOPS/SP
Módulo B: um espaço para inflexão sobre a inserção do controle, da repressão e da resistência nos meandros da trajetória histórica do Brasil.
Maquete referente à especificidade desse espaço em momento da repressão política (ditadura militar – 1969/1971) pois contatamos que o espaço prisional passou por diferentes reformas ao longo de sua existência.
Módulo C: a construção da memória: o cotidiano nas celas do DEOPS/SP
Na primeira cela
Na segunda cela
Na terceira cela
Na quarta cela
No corredor, uma plotagem que evoca a missa realizada pelos frades dominicanos quando estiveram presos no DEOPS/SP.
Desdobramentos dos detalhes prisionais: corredor de banho de sol
Módulo D: da carceragem ao centro de referência
MEMORIAL DA RESISTENCIA: ESPACO QUE EXTRAVASA A ARQUITETURA
“Assim a história desse espaço extrapola as imagens de ‘armazém’ da Sorocabana e de ‘porão’ da ditadura militar para alcançar uma dimensão ainda maior: a do controle do cidadão pelo Estado brasileiro, em tempos de república e em tempos ditatoriais” (Memorial da Resistência de São Paulo. Pág 39)
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Exposiçao “Anistia 20 Anos” e Espetaculo Teatral “Lembrar é resistir”
No ano que o prédio foi tombado pelo Condephaat (1999), a exposição temporária “ANISTIA 20 ANOS” e o espetáculo teatral “LEMBRAR É RESISTIR” ocuparam o antigo edifício do DEOPS.
“ANISTIA 20 ANOS” Aberta ao público de 29 de agosto a 26 de setembroExposição composta por 50 painéis, com textos e reproduções de fotografias, documentos policiais, cartazes, e jornais, entre outros. Objetivo: Mostrar o contexto político-social do país durante a ditadura militar e detalhar o processo da luta pela anistia política que culminou no movimento pelas eleições diretas para a Presidência da República, em 1984.Organização: Arquivo Público do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania.
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Espetáculo teatral “LEMBRAR É RESISTIR” Local: Espaço carcerário abandonadoEm cartaz: 09 de setembro de 1999 a 17 de dezembro de 2000Concebido por Analy Alvarez com o objetivo de marcar a nova fase do uso do edifício, como um espaço livre e democrático, sem permitir que fossem esquecidas as histórias de resistência e de opressão impregnadas nas paredes desse lugar.
Exposiçao “Anistia 20 Anos” e Espetaculo Teatral “”Lembrar é resistir
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Após a restauração do edifício (4 de julho de 2002) aconteceram três realizações culturais:
- Instalação “Intolerância” de Siron Franco Composta de dez esculturas e 880 figuras humanas executadas com roupas e sapatos preenchidos com espumaCoordenação Técnica e Produção: Expomus Exposições, Museus, projetos Culturais, 2002
- Mostra “Cotidiano Vigiado – Repressão, Resistência e Liberdade nos Arquivos do DOPS 1924-1983”Composta de documentos e fotos de prontuários do acervo DEOPS /SP
- Exposição “Cidadania – 200 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão Espaço das antigas celas
Exposiçao “Vozes Silenciadas”
2004 Realizada no térreo da estação Pinacoteca e com curadoria da Profª Maria Luiza Tucci Carneiro
Seminário “Arquivos da Repressão e da Resistência”. Realizado pelo Proin.
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Exposiçao “Caderno de Notas – Vlado, 30 anos”
2005 Local das antigas celasInaugurada em 25 de outubro de 2005Objetivo: Marcar as três décadas do assassinato do jornalista Vladimir Herzog.Organização: Sindicato dos Jornalistas no Estado de São PauloCoordenação: Radha AbramoReuniu obras de 45 artistas da Associação Paulista de Artistas Plásticos
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Exposiçao “Direito à Memoria e à Verdade. A Ditadura no Brasil 1964-1985”
Depois da alteração do nome de Memorial da Liberdade para Memorial da Resistência (2008), inaugurou-se a exposição “Direito à Memória e à Verdade. A Ditadura no Brasil 1964-1985”, marco inicial dos trabalhos de implantação do novo projeto museológico.
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ACAO EDUCATIVA~
O Memorial da Resistência e a Pinacoteca têm um projeto de ação educativa integrado. O que diferenciam ambos são os conteúdos - no Memorial é mais ligado a uma documentação histórica e a Pinacoteca a análise de imagens.
Existe um curso de formação específico para os educadores do Memorial da Resistência que, no caso, são profissionais já formados em História ou Ciências Sociais. O Curso oferece metodologias que focam a Educação em Direitos humanos e são discutidos três pontos principais que regem a pesquisa histórica desse espaço: Controle Policial; Repressão Institucionalizada e Resistência Política.
As VISITAS GUIADAS são realizadas perante agendamentos sendo o público alvo composto por estudantes e grupos espontâneos. Os educadores também ficam no espaço para orientações no momento em que a pessoa ou grupo o procura. Cada educador orienta grupos de no máximo 20 pessoas.
Não existe nenhum projeto de ação educativa diretamente ligado com a comunidade, com o entorno da região, o que há são parcerias com escolas.
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Estabelecem-se eixos de ação para o projeto educativo do Memorial da Resistência, são elas: Encontro com professores – uma vez por mês acontece esse encontro para discutir os conceitos e potenciais educativos da exposição permanente. Rodas de conversa – através da parceria com o Fórum Permanente de Ex-presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo é possível estabelecer rodas de conversa com ex-presos políticos.
~ ~Linhas de Açao: eixos de discussao
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-Centro Referência: um local agregador de experiências desenvolvidas tanto pelas linhas de ação do Memorial como por estudos de instituições voltadas à pesquisa e à extroversão dos principais conceitos norteados do memorial.-- Lugares da memória: Este programa visa expandir o alcance preservacionista do Memorial da Resistência.- Coleta Regular de testemunhos: registro de testemunhos de ex-presos políticos e de familiares de mortos e desaparecidos , que permite a construção de um banco de dados referencial sobre o DEOPS/SP.
Linhas de Açao: eixos de discussao~
ACAO CULTURAL~
Pensando em desenvolver maior interação da parte dos alunos que participam das visitas educativas criou-se um modelo comunicativo de visitas educativas.- Ação Cultural: Promoção de eventos para atualização das discussões sobre as práticas de controle e repressão e as ações dos grupos de resistência durante regimes autoritários, e até mesmo democráticos , com abordagens multidisciplinares que possam renovar as interpretações sobre o passado recente.
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Dentro da proposta da Ação cultural têm-se os seguintes eventos:
- Seminários Acadêmicos e temáticos: Espaço para debate e a reflexão acerca do nosso passado político.- Mostra de filmes: Este meio foi criado para propiciar um debate sobre o período da ditadura militar, além de difundir e preservar o cinema político brasileiro.- Lançamento de livros: Enquanto um centro de referência a memória o Memorial se vê no direito de promover a publicação , lançamento e apresentação de livros que favoreçam o debate sobre a violação dos direitos humanos e o direito à memória.- Sábados resistentes: È um espaço de discussão entre militantes, pesquisadores, estudantes e interessados em geral no debate sobre temas ligados às lutas contra repressão , em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964.
ACAO CULTURAL~
Revitalizaçao do Complexo Julio Prestes
As readequações
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