memória social e patrimônio cultural nas danças ... · as danças circulares sagradas são...

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1324 MEMÓRIA SOCIAL E PATRIMÔNIO CULTURAL NAS DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS 1 Ana Lúcia Marques Ramires 2 Unilasalle/RS [email protected] 1. Introdução Dançar em círculos pode nos remeter às formas arcaicas, onde a dança era a possibilidade natural de expressar as conexões do individuo, do grupo e destes em relação à natureza e seus ciclos. No Ocidente, à medida que o processo civilizatório avançou e se solidificou, o homem moderno foi restringindo o contato com estas “práticas naturais” realizadas na comunidade. Para Maffesoli “... no paradigma cultural, o qual o mundo está nessa fase tribal, há uma volta de valores que a modernidade julgava estar perdido. A pós-modernidade adota o aspecto emocional e resgata uma sensibilidade entre as novas gerações.” (CAMPOS: 2010). Dança, memória e patrimônio compõem uma tríade que possui historicamente relações intrínsecas, já que estes são os substratos da dança. Esta imbuída daqueles, move e emociona o corpo que é memória e patrimônio vivos. Neste sentido, Costa (2011:19) percebe que: “... a dança nos coloca em contato com uma linguagem completa e complexa, proveniente da única propriedade verdadeira e inseparável que o homem dispõe para manifestar a sua essência, sua cultura, sua história: o corpo.” Vestígios antigos desta ligação podem ser encontrados na Grécia e seus mitos. Mnemosine era a deusa da Memória teve nove filhas com Zeus, as musas. Entre estas últimas nos interessa lembrar aqui, Terpsícore, a dança e Clio, a História. Embora as relações entre memória, patrimônio e danças possam ter a antiguidade dos mitos gregos, o corpus teórico de onde é possível refletir e articular estas temáticas é novo, tendo se constituído no século XX. Cientes desta construção, que tem recebido novas contribuições de diferentes áreas do conhecimento, no século atual, é que inserimos a pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Memória Social e Bens Culturais do UNILASALLE/RS, intitulada Danças Circulares Sagradas: a Memória Social do Grupo Redenção (2002-2012). 1 Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior, que está sendo desenvolvida no âmbito do PPMSBC do UNILASALLE/RS, orientada pela Prof. Dra. Nádia Maria Weber Santos. 2 Graduada/Licenciatura em História pela PUCRS. Professora de História das redes pública e privada em Porto Alegre. Mestranda no PPG Memória Social e Bens Culturais do UNILASALLE/Canoas.

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MeMória social e PatriMônio cultural nas Danças circulares sagraDas1

Ana Lúcia Marques Ramires2

Unilasalle/[email protected]

1. introdução

Dançar em círculos pode nos remeter às formas arcaicas, onde a dança era a possibilidade natural de expressar as conexões do individuo, do grupo e destes em relação à natureza e seus ciclos. No Ocidente, à medida que o processo civilizatório avançou e se solidificou, o homem moderno foi restringindo o contato com estas “práticas naturais” realizadas na comunidade. Para Maffesoli “... no paradigma cultural, o qual o mundo está nessa fase tribal, há uma volta de valores que a modernidade julgava estar perdido. A pós-modernidade adota o aspecto emocional e resgata uma sensibilidade entre as novas gerações.” (CAMPOS: 2010). Dança, memória e patrimônio compõem uma tríade que possui historicamente relações intrínsecas, já que estes são os substratos da dança. Esta imbuída daqueles, move e emociona o corpo que é memória e patrimônio vivos. Neste sentido, Costa (2011:19) percebe que: “... a dança nos coloca em contato com uma linguagem completa e complexa, proveniente da única propriedade verdadeira e inseparável que o homem dispõe para manifestar a sua essência, sua cultura, sua história: o corpo.”

Vestígios antigos desta ligação podem ser encontrados na Grécia e seus mitos. Mnemosine era a deusa da Memória teve nove filhas com Zeus, as musas. Entre estas últimas nos interessa lembrar aqui, Terpsícore, a dança e Clio, a História. Embora as relações entre memória, patrimônio e danças possam ter a antiguidade dos mitos gregos, o corpus teórico de onde é possível refletir e articular estas temáticas é novo, tendo se constituído no século XX. Cientes desta construção, que tem recebido novas contribuições de diferentes áreas do conhecimento, no século atual, é que inserimos a pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Memória Social e Bens Culturais do UNILASALLE/RS, intitulada Danças Circulares Sagradas: a Memória Social do Grupo Redenção (2002-2012).

1 Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior, que está sendo desenvolvida no âmbito do PPMSBC do UNILASALLE/RS, orientada pela Prof. Dra. Nádia Maria Weber Santos.2 Graduada/Licenciatura em História pela PUCRS. Professora de História das redes pública e privada em Porto Alegre. Mestranda no PPG Memória Social e Bens Culturais do UNILASALLE/Canoas.

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02. conceito e Histórico sobre as Danças circulares sagradas

As Danças Circulares Sagradas são danças feitas em círculos que têm por finalidade a integração social. Embora dançar em círculo seja uma atividade muito antiga, o movimento das Danças Circulares Sagradas é recente. Na década de 60, enquanto a Europa se recuperava dos traumas deixados pela Segunda Guerra Mundial e os movimentos sociais reivindicavam liberdade, paz e amor, o bailarino e coreógrafo alemão, Bernhard Wosien (1908 -1986) dedicava seu trabalho à pesquisa e à preservação das danças étnicas europeias, enfatizando nestas, os aspectos do sagrado e do coletivo. “Desde essa época, fui dirigindo meu amor e meu prazer cada vez mais para as danças dos povos, para a sua riqueza em mitos e poesia.” (WOSIEN, 2000: 24). Desta forma, Wosien passou a pesquisar, a coreografar e a adaptar diferentes danças para o círculo, principalmente as que tinham um caráter meditativo. Começava assim, um trabalho de valorização da memória e do patrimônio destas danças.

Em 1976, Bernard Wosien foi à comunidade de Findhorn3 (Escócia), a fim de ministrar um curso de danças. Para lá retornou outras vezes, para dar cursos e as danças então, passaram a fazer parte das atividades diárias daquela comunidade. Com o tempo, estas danças se espalharam pelo mundo, principalmente através de pessoas, que ao visitar Findhorn e ao experimentá-las, acabavam gostando desta forma de dançar, pelas coreografias e pelas possibilidades que elas oferecem como meio de integração humana. “O trabalho de dança em Findhorn, a comunidade da Escócia tornou-se, desde 1976, um exemplo de uma rede internacional de meditação pela dança.” (WOSIEN, 2000: 25). Assim, as danças foram desde o início, concebidas como uma meditação em movimento. Segundo Preiss4 (2011:16), Wosien adaptou as danças folclóricas e étnicas ao círculo, porém conservou nestas, o seu conteúdo cultural e simbólico, chamando-as pela a expressão “Heilige Tange”, que em alemão significa “sagrado”.

(...) mas poucos anos depois já não tinha certeza de ter sido a escolha certa, pois sua intenção era expressar a espiritualidade nas danças, inclusive sugerindo outros nomes como holística ou curativa, mas depois de um tempo

3 Vision: the Findhorn Foundation is a spiritual community, ecovillage and an international centre for holistic learning, helping to unfold a new human consciousness and create a positive and sustainable future.” Disponível em; http://www.findhorn.org/aboutus/vision/ Acesso: 23.12.11Visão: a Fundação Findhorn é uma comunidade espiritual de ecovilas, e um centro internacional para o aprendizado holístico, ajudando a revelar uma nova consciência humana e criar um futuro positivo e sus-tentável.4 Patrícia Preiss: graduada em Artes Visuais pela UFRGS, mora em Porto Alegre - RS, especialista em dança pela PUC/RS. Focalizadora de Danças Circulares Sagradas, tendo feito cursos com diversos foca-lizadores nacionais e internacionais como Marge Oppliger, Cristiana Menezes, Cristina Bonetti, Renata Ramos, Petrus Schoenmaker, Mariani Inselminni, Maria Gabriele Wosien, Fido Wagler, Peter Vallance, Ray Price, Friedel Kloke, Eil. Dados retirados do site da focalizadora. Disponível em: http://www.cereus.com.br/website/interna.php?cdPagina=NTA= Acesso 08.10.2011.

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já não era mais possível a mudança. Também nesta época, Maria Gabriele Wosien, sua filha, havia publicado um livro sobre danças e Antropologia, traduzido em diversas línguas e em inglês Sacred Dance, o termo sagrado acabou se tornando conhecido e permanecendo (PREISS, 2011: 16-17).

Surgiam assim, as Secred Dance ou Danças Circulares Sagradas, ou seja, danças de diferentes tradições, adaptadas ao círculo por Wosien, no sentido de permitir a integração de pessoas, através da linguagem simbólica e efêmera da dança. Em sua origem, segundo Oliveira (2011)5, o movimento Danças Circulares Sagradas surgiu “do encontro entre as danças de Wosien e os valores da ecovila Findhorn6.

O círculo é símbolo de totalidade. Em uma roda de dança todas as pessoas são responsáveis pela formação do círculo, não existe exclusão nem hierarquia, não tem início nem fim. De maneira cooperativa, promove a percepção consciente do respeito e valorização da presença de cada um. .(...) É uma tradição dançar com objetos no centro, como fogueira, velas, flores e mandalas. (...) De mãos dadas, uma palma fica voltada para cima simbolizando receber e a outra voltada para baixo simbolizando doação, equilibrando e circulando energia. Desta maneira, ninguém fica mais para dentro ou para fora da roda, propiciando igualdade e união. (BARDINE; BARDINE; DIEZ, 2009: 5)

A questão do “sagrado” nestas danças é bastante relevante, Bardine, Bardine e Diez (2009), no artigo intitulado: Corpo, Educação Física e Danças Circulares: entre corpos sarados e sagrados, tratam sobre a etimologia do termo sagrado (do latim, sacrum), através de diferentes autores, onde o termo tem significados de: oposição ao profano, revelação, entidade, experiência de deus, conexão com a natureza, “dimensão unificadora humana” (2009:7). Optamos aqui, por transcrever parte das percepções de importantes focalizadoras na prática destas danças, ao verbalizarem sobre as suas experiências com o sagrado:

(...) A memória estava lá, a arte e a experiência pessoal que foi passada a mim pelo meu pai e minha própria experiência é que se você dança de maneira como quem está oferecendo uma oração, então você alcança um nível muito profundo da experiência humana (WOSIEN; WOSIEN7, 2011: 4).

5 Vaneri de Oliveira: psicóloga, professora, coreógrafa e arte educadora mora em São Paulo capital, com experiência em treinamento de pessoal; sócia- diretora do semeiaDança – Danças Circulares e da Paz Universal, desenvolve oficinas de Danças Circulares Sagradas desde 1998 com crianças, jovens e adultos e capacitação para profissionais nas mais diferentes áreas. Alguns locais onde atua e atuou: FEBEM/SP, Ballet Stagium (Projeto Joaninha, Coordenação do Projeto Professor Criativo) Disponível em www.seme-adanca.com.br Acesso em 20.12. 2011.6 A Comunidade de Findhorn foi fundada em 1962, por Peter Caddy, Eileen Caddy e a amiga Dorathy Maclean , pessoas que costumavam praticar meditação. Lembramos que no contexto da época, anos 60 e 70 esta prática esteve muitas vezes, ligada a New Age (Nova Era) e aos preceitos da Contracultura, onde se valorizava entre outros aspectos, a vida em comunidade, voltada para paz, a natureza, o respeito à diversi-dade social e a adoção de algumas práticas religiosas e filosóficas do Oriente.7 Maria Gabriele Wosien: filha de Bernhard Wosien, escritora, coreografa e focalizadora de Dança Sagra-

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(...) Sagrado é o eterno presente. É tu estás inteiro naquilo que faz. Não tem como dançar e não estar ali, senão a gente erra o passo e atrapalha a roda. (OPPLIGER8 2012: 11)

(...) é poder estar muito próximo de uma verdade. (...) eu me encontro quando estou dançando ( ...) você precisa estar presente, no aqui e no agora, senão você erra o passo (...) em Findhorn tem o sagrado todo dia, em tudo que se faz. (RAMOS9, 2012: 10)

Para a prática das Danças Circulares Sagradas não é necessária experiência anterior e também, não deve haver competição porque as danças são, em princípio, movimentos para potencializar os aspectos positivos da vida no planeta, respeitando a individualidade de cada um dos praticantes. Estes são conduzidos por um focalizador, que é o integrante do grupo que possui formação nas Danças Circulares Sagradas e que passa aos demais a coreografia de cada dança, sua origem, a história, a música que acompanha os movimentos, as intenções, os símbolos. Ele também cuida da harmonia e dos valores que mantêm a qualidade das relações interpessoais no círculo.

Focalizador e facilitador são palavras com um sentido irmão, se assim podemos dizer. Vieram para preencher uma lacuna de linguagem quando nos referimos a uma pessoa que não está fazendo o papel nem de professor, nem de líder e nem de orientador. Ela está realmente centralizando uma ideia para que esta possa ser passada com muita clareza e calma para um grupo. (...) O focalizador portanto, é foco de vibrações densas e sutis no Círculo da Dança; cabe a ele sentir o ambiente, o grupo, as pessoas e, com tudo isso, criar um campo flexível, leve e limpo. (RAMOS, 2002:189-190)

da, bacharel em língua e literatura russa. Em suas pesquisas, estuda as origens religiosas e rituais de danças folclóricas europeia. A ênfase de seu trabalho é sobre a experiência consciente de imagens mitológicas e símbolos, relacionados aos seus potenciais de cura. Gabriele baseia suas coreografias em arquétipos e nos movimento tradicionais, onde usa a música sagrada, clássica e folclórica.Ela ganhou uma reputação internacional por meio de cursos de formação de professores, palestras e seminários, bem como através de suas publicações em vários idiomas. Dados retirados do site da focalizadora. Disponível em: http://www.sacreddance-wosien.net/mgwosien/mgwosien.html Acesso 10.04.20128 Marge Oppliger: Consultora em Cultura de Paz e Ecologia Profunda. Instrutora de Yogaterapia e Medi-tação. Formação em Pedagogia Waldorf e Terapia Artística Antroposófica. Formação acadêmica em Oce-anologia, com especialização em Educação Ambiental. Focalizadora de Danças Circulares e Líder Certi-ficada em Danças da Paz Universal, mentorada por Anahata Iradah. Focalizadora credenciada do Jogo da Transformação. Experiências de vida comunitária em Nazaré (SP) e Findhorn (Escócia). Dados retirados do blog da focalizadorahttp://artedeviver-net.blogspot.com.br/ Acesso em 10.04.20129 Renata de Lima Carvalho Ramos: formada em Artes pelo Iadê (1970). É sócia fundadora (1991) dire- formada em Artes pelo Iadê (1970). É sócia fundadora (1991) dire-tora da TRIOM Centro de Estudos, Livraria e Editora. Atua com Danças Circulares desde 1992, quando conheceu a Comunidade de Findhorn, na Escócia e da qual mantém contato anualmente, levando grupos de brasileiros ou trazendo profissionais de lá. É focalizadora de Danças Circulares Sagradas e ministra cursos no estado de São Paulo e outros estados do Brasil. Focaliza Cursos de Formação em Danças Circulares desde 2004. É a organizadora e coautora do livro Danças Circulares Sagradas – uma Proposta de Educação e Cura publicado pela Editora TRIOM e do livro Danças Circulares – Dançando o Caminho Sagrado, de autoria da inglesa Anna Barton. Dados retirados do site Roda Vida – Dança Circular dos Povos. Disponível em: http://dancacircular.wordpress.com/106/ Acesso 10.04.2012

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Com a finalidade de acessar a todos, o focalizador há seu tempo, demonstra passos e gestos, utiliza dicas, imagens; é feito também um pequeno ensaio, ouvimos a música, mas no momento em que a dança inicia e a roda se movimenta, é o instante aonde cada um como uma partícula no todo, vai se ajustar ao ritmo e sintonizar, uma reação em cadeia, até que todo o círculo pulse na mesma cadência. Mais uma vez a metáfora do caminho, partimos no círculo e vamos nos transformando através da experiência. (PREISS, 2011: 23)

Expressas na forma dos movimentos circulares, as Danças Circulares Sagradas compreendem danças tradicionais e contemporâneas de vários tipos como étnica, folclóricas, meditativa, popular, entre outras. Assim, a prática das danças é para PREISS (2011:20), a “forma de incorporar a sabedoria dos povos” enquanto Leipnitz10 (2012: 1) ressalta que:

- (...) a linguagem é corporal, facial, emocional e devocional (assim é para mim!). Através dos passos inspirados na simbologia e guiados pela música, me transporto a um espaço divinamente humano, alegre, intenso, silencioso e musical ao mesmo tempo! (LEIPNITZ, 2011:1)

De Findhorn, as Danças Circulares Sagradas ganharam o mundo através de seus praticantes. No Brasil, estas danças chegaram em 1984, através Carlos Solano11 (MG) que se tornou oficialmente, o primeiro focalizador. Além de Solano, as danças entraram no Brasil através de Sara Marriott, moradora de Findhorn, que em 1983 veio para o Centro de Vivências de Nazaré12 (SP) e de Christina Dora (Sabira) que em 1990 trouxe as dança para Nova Friburgo (RJ). No sul do Brasil, em Porto Alegre as Danças Circulares Sagradas

10 Miriam Tlaija Leipnitz: engenheira civil, formada pela UFRGS e focalizadora de Danças Circulares Sagradas. Mora em Porto Alegre – RS. Dança desde 1997, começou com May East, fez treinamento para focalizar com Marge Oppliger, Friedel Kloke, Mariane Inselmine, Dagmar Hahn, Frida Zacman, Lucia Cordeiro, Pablo Scornik, Judie David, Gwyn Peterdi, Cristina Bonneti, Mandy de Winter, Renata Ramos, Ahmet Luleci, Petrus Schoemaker, Steve Kotanski, Stefan Freedman, Bethan.Dados conforme o depoimento da focalizadora. Porto Alegre, 23.12.2011.11 Carlos Solano é considerado o primeiro instrutor de Feng Shui do Brasil. Formado em Arquitetura e Urbanismo, descobriu o Feng Shui em 1991, por intermédio de um curso de avaliação de paisagem com a arquiteta chinesa Ping Xu, PhD, professora do Mestrado em Urbanismo da Universidade do Colorado, Es-tados Unidos. Fez viagem à China, Hong Kong, Taiwan, Tibete e Nepal, onde estudou Feng Shui com os ar-quitetos Cheng Jian Jun (professor da Universidade de Tecnologia do Sul da China), Wang Yu (coordenador do Departamento de Pesquisa Histórica da Universidade de Wuhan), Michael Chiang, e com os professores Raymond Lo e Master Ho Chin-Chung. Solano é autor do livro Feng Shui / Kan Yu - Arquitetura ambiental chinesa, publicado pela Editora Pensamento, fruto de quatro anos de trabalho. Ministra cursos em diferen-tes estados do Brasil (MG, SP, MS, BA, SC, RS, PR, PE). Dados retirados do blog do autor Disponível em: http://solanobh.blogspot.com.br/ Acesso 18.0820112 “Nazaré Uniluz é uma escola de desenvolvimento integral do ser humano e sua inter-relação com a Totalidade da Vida. Os princípios que norteiam seu trabalho, desde sua criação no início dos anos 80 são a meditação, o silêncio, a plena atenção, a ordem cerimonial, o serviço altruísta. Com práticas que aliam a experiência individual e grupal, oferece-se um rico campo para processos de autoconhecimento e expansão da consciência.”Dados retirados do site: http://www.nazareuniluz.org.br/ Acesso: 28.07.2012

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chegaram através Marge Oppliger, instrutora de Yogaterapia, que também focalizou estas danças em Florianópolis (2012: 4) e no Paraná, segundo Biscosin13 (2012:1) estas danças chegaram através de Lucia Halvass. Tendo morado no Centro de Vivências de Nazaré Paulista entre 1990 e 1993, Marge Oppliger voltou para Porto Alegre em 1993 e iniciou alguns grupos na cidade e interior do estado. Entre 2000 e 2001, Marge Oppliger realizou um curso de formação para um grupo de praticantes, que se tornaram focalizadores, Marge Oppliger foi morar em Florianópolis e posteriormente na Suíça, deixando no Rio Grande do Sul, a semente do movimento das Danças Circulares Sagradas. Alguns focalizadores, formados por ela deram origem ao grupo que é objeto desta pesquisa, o “Grupo Redenção.”

03. usos atuais das Danças circulares sagradas

O site do Semeiadança destaca dez usos atuais das Danças Circulares Sagradas como uma importante forma de integração humana, utilizada em difrentes ocasiões. Primeiramente, como Danças da Paz Universal, onde objetivo seria “o sentimento de unidade” do ser humano. Estas danças também podem são usadas para conexão com os “ciclos naturais”, lembrando as culturas primitivas. É hora de celebrar: “as estações do ano (primavera, verão, outono e inverno); os ciclos da lua; a alternância dia e noite.” Para descontrair, divulgar e levar alegria, usa-se as “dançatas” nos espaços públicos, parques, praças, ruas, espaços de cultura e lazer. No sentido mais histórico, se fazem as danças de “tradição”, dançá-las é “tocar a alma de um povo.” Na área da “Educação” as Danças Circulares Sagradas são ferramentas para trabalhar valores éticos, sociais e a diversidade cultural, atendendo neste sentido outro uso, os “públicos específicos” ou seja, pessoas em conflitos com a lei, situação de risco social, portadores de necesidades especiais, idosos, etc.. Na área da “Saúde”as danças podem proporcionar o equílibrio do corpo em seus aspectos físico, mental e emocional, cuidados especiais e cura. As danças podem ser uma “oração” em movimento, despertando o sentimento de espiritualidade e pertencimento. Nas “empresas” elas são usadas para integrar o grupo, despertar a criatividade, respeito, inclusão e aprender a trabalhar as diferenças pessoais. A última categoria seria das “festas e eventos”: casamentos, aniversário, dia temático (Dia da Criança, das Mães, etc), congressos, seminários, workshop e outros eventos de grupo. Além dos usos apresentados pelo site referido, as Danças Circulares Sagradas são praticadas (cursos de extensão) e estudadas nas universidades como: GAMA FILHO, FMU, USP, PUC/RS, FEEVALE e

13 Adriana BiscosinAdriana Biscosin: sócia do Giraflor Danças Circulares em Curitiba (PR). Musicoterapeuta, Focaliza-dora de Danças Circulares. Mestre em Programação Neurolinguistica. Ministra cursos de Danças Circu-lares em diversas regiões do interior do Paraná e Brasil. Atua com as Danças Circulares na área da saúde, educação e didática.

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agora também no UNILASALLE. No Rio Grande do Sul, na capital e em cidades do interior como Santa Cruz, Bagé e Capão da Canoa existem grupos com práticas regulares, ou seja, pessoas que se encontram em algum momento, durante a semana para dançar, sob a orientação de um focalizador. Atualmente, em Porto Alegre são em torno de vinte grupos, segundo blog Centro de Roda. Na Amazônia, as Danças Cirulares Sagradas se tornaram um Ponto de Cultura, através dos programas Cultura Viva e Mais Cultura do Ministério da Cultura. Ressaltando que, os usos das Danças Circulares Sagradas no mundo atual contribuem para o diálogo intercultural e para as questões de interesse global, Carvalho considera que:

- (...) a dança não é uma coisa abstrata apenas, você não dança só por dançar. Você é o instrumento de uma mensagem, de uma qualidade. Agora aqui em Porto Alegre, a gente está dançando pelas árvores, pela campanha “Vamos Plantar um Milhão de Árvores”; é uma jornada que estamos fazendo por quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e agora vamos para Mato Grosso. (2011:2)

04. a Memória social do grupo redenção de Danças circulares sagradas

O interesse pelas Danças Circulares Sagradas e pelo grupo que está sendo pesquisado surgiu a partir da vivência da pesquisadora ao frequentar o Grupo Redenção14 em 2010 (pois a mesma já praticava estas danças, em outro grupo, no centro de Porto Alegre). Neste grupo há um diferencial, dado que o mesmo está localizado na sala de ginástica do parque Ramiro Souto, situado dentro da área do Parque Farroupilha (Redenção), que é espaço público, cedido pela Prefeitura de Porto Alegre para a realização destas danças. O Grupo é aberto a todos, gratuito, feito através de ações voluntárias e cooperativas. Ali, a prática das Danças Circulares Sagradas começou em 2002 e é dirigida a cada encontro por dois focalizadores voluntários, que se alternam ao longo do ano. Estes oferecem aos praticantes um variado repertório de danças tradicionais e contemporâneas.

Embora, através de quase uma década de funcionamento, este grupo não tenha se institucionalizado, ele persiste produzindo atividades culturais, organizando-se de forma simples, gratuita, voluntária e inclusiva. A própria “coordenação do grupo é circular”. A partir dela é organizado, de comum acordo entre os focalizadores, um cronograma de encontros, que são reforçados por e-mails ou por telefone a todos os praticantes. Com exceção dos focalizadores, que se comprometem a estarem presentes em um ou mais sábados por ano, as demais pessoas comparecem às práticas sempre que desejam. Ou seja, há um comprometimento “subjetivo” e de afinidade de cada integrante. E isto parece manter o grupo vivo há tantos anos.

14 Este grupo ainda não tem nome, para fins desta pesquisa o chamamos de Grupo Redenção.

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Conforme a observação da pesquisadora, apesar de recentes (duas décadas), o movimento das Danças Circulares Sagradas em Porto Alegre e o grupo pesquisado (um dos pioneiros), carecem de dados sobre suas trajetórias e de uma investigação do ponto de vista histórico-cultural, a fim de responder as seguintes questões: Como o movimento das Danças Circulares Sagradas chegou até Porto Alegre? Como o grupo pesquisado, ainda sem nome se formou? Como? Quem eram as pessoas? Quais as recordações dos praticantes e focalizadores, em relação à memória do grupo? Em termos subjetivos, o que os praticantes e focalizadores recordam e sentem ao dançar? Do que mais gostam? O que mantém a continuidade do grupo?

Assim, as questões referidas foram o ponto de partida para a pesquisa em andamento, que verifica os processos de construção e elaboração da Memória Social do Grupo Redenção em dez anos de prática das Danças Circulares Sagradas (2002-2012) em Porto Alegre. Relacionado ao objetivo principal, traçamos outros objetivos que consideramos importantes para investigação como, elaborar um histórico sobre o movimento das Danças Circulares Sagradas, situando a chegada das mesmas em Porto Alegre e a formação do Grupo Redenção e pesquisar e registrar a memória social dos praticantes e focalizadores deste grupo.

Tendo em vista, a natureza do tema, o objeto e os objetivos formulados, concebemos a memória social a partir de Maurice Halbwachs, reatualizando-a, em parte, com algumas das proposições de Jô Gondar. Mesmo que esta critique aquele, nos parece que ambos contribuem de forma complementar e não antagônica, para um corpus teórico interessante, norteador da investigação sobre o Grupo Redenção de Danças Circulares Sagradas.

Desta forma, nossa concepção de memória social parte Halbwachs porque ele a concebe, a partir de uma visão positiva e de integração, o que nos parece contemplar não só o tema, Danças Circulares Sagradas, mas também o objeto de pesquisa, o Grupo Redenção, pois ambos têm como finalidade a união entre as pessoas. De Halbwachs, apropriamo-nos de três conceitos, para conceber a Memória Social do Grupo Redenção de Danças Circulares Sagradas: comunidade afetiva, semente da rememoração e intuição sensível. Para este autor, o processo de lembranças individuais está relacionado à memória do grupo, a que Halbwachs designa “comunidade afetiva” (2006: 39). Assim, lembramos individualmente, sempre dentro das nossas referências coletivas que nos constituem identidades e pertencimentos. Como nossa pesquisa utiliza-se de entrevistas individuais em um grupo de dança, tomamos também, o conceito de “semente da rememoração” (HALBWACHS, 2006:32) que nos ressalta que para relembrar é imprescindível o envolvimento no grupo e o testemunho. Este último não pode ser um simples relato mas deve ter “uma base comum para que a memória (individual) se aproveite da memória

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dos outros.” (HALBWACHS, 2006: 39) .E finalmente o conceito de “intuição sensível” (HALBWACHS, 2006: 42), onde o autor considera que a lembrança ocorre de forma individual , mesmo que aquilo que lembramos seja coletivo.

No primeiro plano da memória de um grupo se destacam as lembranças dos eventos e das experiências que dizem respeito à maioria de seus membros e que resultam de sua própria vida ou de suas relações com grupos mais próximos, os que tiveram mais frequentemente em contato com ele. (HALBWACHS, 2006:51)

No artigo denominado, Quatro Proposições sobre a Memória Social, Gondar salienta que o desafio conceitual está na busca do equilíbrio entre a abertura e o rigor, levando-se em conta “... que o conceito de memória social resulta de uma tentativa de responder as indagações que construímos em dado momento...” (2006:16). Além disto, Gondar destaca que o conceito de memória social é transdisciplinar e “... não pertence a nenhuma disciplina tradicionalmente existente e é um conceito em movimento.” (2005: 22-23). Concordamos com a tese da autora, de que “... a memória social é um processo que se articula pelo afeto e de forma seletiva dentro de um contexto singular...” (2005: 24-26). Embora Gondar critique os quadros de memória, concebidos por Halbwachs, parece-nos que estes autores se complementam, colocando o afeto como elemento constitutivo da memória social.

Embora o enfoque principal de nossa pesquisa seja a Memória Social do Grupo Redenção de Danças Circulares Sagradas, a presente investigação traz inovações e desafios ao aproximar o tema e o objeto de pesquisa, das novas categorias do pensamento, compostas pelos aportes dos Bens Culturais e do Patrimônio Imaterial. Assim, teremos presentes os conceitos e preceitos das Cartas e Legislações da UNESCO, da Constituição Brasileira e do IPHAN

art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer e viver;III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.(BRASIL. Constituição (1988).constituição da república Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988).

Para Gonçalves (2003: 27) o patrimônio imaterial ou intangível “... expressa a moderna concepção antropológica de cultura. Segundo este autor, a ênfase está nas relações sociais ou mesmo nas relações simbólicas...” O mesmo autor ainda ressalta

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que (2003:24) “nessa nova categoria estão lugares, festas, religiões, formas de medicina popular, música, dança, culinária, técnica, etc.” Tal reflexão parece-nos importante tendo em vista que o tema e o objeto evidenciam as relações citadas.

(...) A diversidade cultural manifesta-se não só nas diversas formas em que se expressa, enriquece e transmite o patrimônio cultural da humanidade mediante a variedade de expressões culturais, mas também através dos distintos modos de criação, produção, difusão, distribuição e desfrute artísticos, quaisquer que sejam os meios e tecnologias utilizados. (UNESCO. Art. 4 Definições da Convenção sobre Proteção e Promoção da Diversidade de Expressões Culturais e Artísticas, 2005)

Na produção acadêmica sobre o tema, Danças Circulares Sagradas, encontramos as teses de doutoramento de Almeida (2006) que trata sobre a religiosidade e qualidade de vida nas Danças Circulares Sagradas, de Couto (2008) aborda a dança e o sagrado na educação e a de Ostetto (2006) que investiga as transformações na formação de professores na roda de dança. As dissertações são três: Berni (2002) que faz um estudo um estudo histórico-prático do movimento das Danças Circulares Sagradas e sua inserção na New Age e suas relações com o sagrado na perspectiva fenomenológica; Catib (2010) que estuda as matrizes das danças indígenas presentes nas danças circulares contemporâneas na aldeia de Aguapeu (SP) e Leonardi (2007) que investiga os valores experimentados por doentes mentais de um CAPS que passam por um processo músicoterapêutico, utilizando o canto e as Danças Circulares Sagradas. Além destes, temos o trabalho de Preiss (2011) que trata sobre o ensino-aprendizagem na prática das Danças Circulares Sagradas, sendo o primeiro estudo monográfico do Rio Grande de Sul, o qual nos é importante fonte de pesquisa. Entre os artigos, ressaltamos o de Bardine; Bardine e Diez (2009) intitulado Corpo Educação Física e Danças Circulares Sagradas: entre corpos sarados e sagrados, que perpassa pelas várias concepções de corpo ao longo da história aportando na prática das Danças Circulares Sagradas; de Bonetti, Fleury e Gontijo(2006) sobre envelhecimento e prática de bem-estar em idosas, através das Danças Circulares Sagradas em Goiânia e o artigo de Ostetto (2007), sobre o arquétipo do mestre-aprendiz (Jung) o artigo ressalta os aspectos da criança no adulto.

Sobre a Memória e a História das Danças Circulares Sagradas, utilizamos as obras de Bernhard Wosien, Dança um Caminho para Totalidade; a organizada por Renata Carvalho Lima Ramos, denominada “Danças Circulares Sagradas – Uma Proposta de Educação e Cura”, obra que reúne o depoimento de doze autores sobre estas danças.

Dada a inovação em termos de tema, objeto e referencial teórico, a pesquisa em desenvolvimento tem um caráter descritivo-exploratório, do tipo qualitativa, produzindo as fontes necessárias, através da utilização de entrevistas semi-estruturadas (gravadas

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em áudio e/ou vídeo) a dois focalizadores internacionais, cinco focalizadores nacionais ligados à origem e à história das Danças Circulares no Brasil, cinco focalizadores e cinco praticantes, do Grupo Redenção.

As estratégias de trabalho foram divididas em seis fases distintas: construção teórico-metodológica, pesquisa de campo, transcrição das entrevistas e fichamento, análise das categorias temáticas, escolha de parte das entrevistas e demais acervo sobre o grupo para a produção do vídeo-book sobra a Memória Social do Grupo Redenção de Danças Circulares Sagradas (2002-2012).

considerações Finais

Em formato circular, espiral ou de labirinto, em círculos abertos ou fechados, em geral de mãos dadas, no círculo todos são equidistantes, importantes e bem-vindos às Danças Circulares Sagradas. Tendo em vista, o crescente desenvolvimento da prática destas no Brasil, nos parece oportuna e inovadora a investigação em andamento, que se propõe a uma abordagem do tema e do objeto, a partir da perpectiva da Memória Social e dos Bens Culturais. Inspiramo-nos em Benhard Wosien, ao se preocupar com a preservação da memória dos povos europeus, através das danças e queremos somar e dialogar com outros trabalhos acadêmicos sobre assunto.

Percebemos ao dançar, a riqueza cultural desta prática, em termos simbólicos, das histórias e das memórias e do patrimônio que se compartilha a cada coreografia, pois a dança é em círculo, o qual precisa de cada um e de todos para se realizar. O que nos parece interessante é que todos estes aspectos históricos e culturais podem ser percebidos no próprio corpo do praticante, no ato efêmero da dança, sem condições prévias e no grupo pesquisado, de forma gratuita, cooperativa e inclusiva. Neste sentido, a pesquisa em andamento, procura aprofundar relações, utilizando o fio condutor da memória social, articulado às questões de sociabilidade, diversidade cultural e patrimônio que parecem nos apontar para uma interessante forma de vivenciar a dança, através da arte , da cultura dos povos e do afeto .

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