danças tradicionais

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danças tradicionais e populares portuguesas

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Page 1: danças tradicionais
Page 2: danças tradicionais

«A Dança é um fenómeno, uma expressão humana,universal: todos os homens – e, até, outros animais –dançam, sejam quais forem a sua raça e a sua religiãoou áreas geográficas e culturais em que se inserem;tal como o riso ou o choro, o amor ou o ódio, a alegriaou a tristeza são comuns a todos os seres humanos,também a dança o é»

(Ribas, 1983, 25)

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são danças carregadas de um forte simbolismo, que o povo realizava de forma espontânea e de livre vontade, em diversos momentos da sua vida social, por puro divertimento ou associadas a momentos de trabalho ou de celebração (religiosa, profana, rituais).

Hoje em dia, estas danças são apenas reproduzidas como espectáculo ou animação, numa perspectiva de demonstração e preservação de um património artístico-cultural popular.

Page 4: danças tradicionais

DANÇA POPULARteve origem no povo

DANÇA TRADICIONALmanteve-se ao longo de

gerações

DANÇAPOPULARIZADAnão tendo origem no

povo, foi por este adoptada(popularizou-

se)

DANÇA FOLCLÓRICAtendo origem no povo,

manteve-se ao longo das gerações(ao mesmo tempo

popular e tradicional)

Em geral não se conhece a origem da maioria das danças por isso não se sabe a categoria a que pertencem, daí se usar a designação Danças Populares e Tradicionais

Ribas(1983); Braga (1994); Varregoso (1994 e 2004); Moura (1998)

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Para compreender a dança tradicional e popular portuguesa (tal como outros tipos de dança) é preciso ter em conta os elementos de que ela é formada e que são:

Variáveis de CONTEXTO

Variáveis COREOGRÁFICAS

1. Simbolismo2. Acessórios3. Música

4. Forma (estrutura espacial)5. Coreografia6. Gestos Técnicos

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A dança pode assumir vários significados em termos de desenvolvimento como, por exemplo, os ligados ao prazer (jogo e divertimento), à harmonia com o mundo (festa e celebração), à beleza (arte popular).

Estes significados atribuem-lhe um simbolismo que é a ideia que está por trás da dança, é a sua razão de ser, é aquilo que a explica, no fundo, é aquilo que se representa ao dançar.

O simbolismo está, ainda, directamente relacionado com as motivações de quem dança que são principalmente, o jogar, o celebrar e o representar, podendo ser, também, na dança infantil, o mover-se, o divertir-se, o imaginar, o fazer em conjunto e o fazer bem. Associado ao simbolismo aparecem danças de trabalho, de sedução, recreativas, rituais, religiosas, ...

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Os acessórios são tudo aquilo que ajuda a reforçar o simbolismo da dança, que visualmente concretiza as personagens, a época, o contexto em que a dança surgiu e se realizava, sendo importante para a motivação. Como principais acessórios nas DTPP temos os trajos e os adereços.

São as roupas originais (ou de imitação) específicas de uma região que estão associadas a profissões (ceifeiro, azeitoneiro,...), ao nível sócio-económico(trajo de camponês abastado, rico/pobre,...), ao estatuto social (solteiro, casado,...) ou às situações da vida diária (trajo domingueiro, trajo de trabalho,...).

São todos os objectos que completam o trajo/fato, podendo ser enfeites (ouro, fios, anéis), adereços de carácter social (chapéus e lenços usados por pudor,...), ou adereços associados ao trabalho (tabuleiros, cântaros, instrumentos agrícolas, cajados, foices, cestos, máscaras,...).

TRAJOS

ADEREÇOS

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A música serve o simbolismo pois dá ênfase ao texto (versos) e à ideia da dança. O ritmo e os instrumentos são os aspectos mais importantes nas DTPP.

RITMO a música serve a dança através do seu ritmo, pois é sobre a base rítmica que se dança e não sobre a melodia. É o ritmo que serve de condutor para a dança, o qual se marca/sente/observa através dos apoios (pés) ou dos batimentos (de mãos ou pés).

INSTRUMENTOS inicialmente os instrumentos musicais correspondiam ao simbolismo, estando as músicas intrinsecamente ligadas a certos instrumentos. Estes podem ser específicos de cada região ou de várias, originais ou de imitação. Os mais vulgares são os ferrinhos, as violas, o cavaquinho, os adufes, o pífaro, a gaita de beiços ou de foles, as castanholas, o acordeão, a cegarrega, as flautas, o harmónio, o cântaro,...

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A forma é a maneira de dançar, a maneira como a dança se executa em termos espaciais e varia em função de vários factores, podendo ser a solo ou colectiva. As formas mais comuns são a roda, a fila, a fileira e a quadrilha.

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A coreografia é a sequência e desenvolvimento da dança feito de forma a exprimir o simbolismo, e diz respeito aos passos usados, às posições assumidas, aos movimentos e gestos usados e às evoluções (deslocamentos) realizados no espaço, quer estes sejam feitos por um dançarino, por um par ou por todo o colectivo. A coreografia é, afinal, um conjunto de figuras que se desenham no espaço e no tempo.

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Nas DTPP, a técnica não era estudada nem considerada mas actualmente existem alguns estudos que delimitam os gestos técnicos destas danças como sendo os passos típicos de certas regiões ou danças e específicos das danças portuguesas.

Passos Básicos: são os passos de fácil execução que correspondem às formas naturais de movimento: passeio, passo corrido ou carreira, passo saltado, saltitado(s) e passo de galope

Passos Específicos: passo de Malhão, passo de Vira, passo de Chula, passo de Corridinho, passo de Valsa Campestre, Troca Passo, Passo e Toca, Tacão e Bico, passos de Escovinhado, Passos de Fandango, passo de Balancé, ...

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Muito embora algumas DTPP sejam específicas de certas zonas do país, muitas delas dançam-se um pouco por toda a parte. Contudo, de acordo com as distinções geográficas e as influências do interior ou litoral, do norte ou sul, do continente ou ilhas adjacentes, é possível identificar os seguintes estilos coreográficos: minhoto, duriense, transmontano, beirão, estremenho, ribatejano, alentejano, algarvio, madeirense e açoreano

(Moura, 1999).