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HOJE CU NTOS MELLO E nada malt... RIO, 15 DE MARÇO DE 1941 ANO IV - N." 191 i DOM CASMURRO Diretor: BRICIO DE ABREU lia pAnlnas Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRA ? A CONFUSÃO ERA GERALi Machado de Amit DOM CASMURRO - Pai. 34.1 1SOOO GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO 1SOOO HOJE 500 CO NTOS E nada mait... A SEMANA BRICIO DE ABREU pi';".--' Sou /Hirlidfirio das reedições dos nossos grandes autores. eumprcendo mesmo que ne deixe no olvido, com enorme itt n nnva geração do Itrasil, páginas maravilhosas 4< n-.i,')M'*> nossos, enquanto vemos anualmente milhares de /i-m/ii.-.H.« tit nbras estrangeiras e na maioria péssimas tra- 'im-«- ./«(- nenhuma contribuição vêm trazer á nossa cultu- te. ti Miniiftiio da Educação", nesse sentido, vem prestando aoiiii.wii (tiscmiilvimento cultural, um grande, um inestimável ifi-p.-ii. nrititando obras raras rfo nosso patrimônio, com cm- rfir/i. t nf 111>. permitindo destarte, quc nào fiquem elas no ointl:. ou mt exclusividade daqueles, cuja fortuna permita a on.li.-,.»" ''•' lão raros volumes. Se mais nâo houvesse e mii-i- mit ms nuões «ri por inst/, eu seria "fait", "tan en- mgi <!•> ministro Capanema. Mas, nem sempre a culpa ê dos „,,«,„. nlthiitx. Vários quiseram reeditar Lima Itarrelo e lo- m.nm mm c.\if/citcias descabidas c absurdas da familia, Pa- irei ')'"¦ oqora o "Amiel" conseguiu. Com João do Rio a cousa tminlo .»<"'¦ Ifiniz Junir, êsse admirável jornalista que a bu- rorrm-íri roubou (in redações, bateu-se com a familia de Paulo íJíii/río puni não ceder os direitos de suas obras a ninguém. Pm-iti n t/ue sucederia no futuro. E tinha razão. "Iteligiões ila Hin" " Alma -encantadora das ruas", e nutras livros admira- rus t necessários do grande cronista, sno raridades hoje, Mas mugiirni pude reeditá-los, pois ns direitos pertencem a uma "Soeinlatif Paulo Itarrelo" que ninguém sabe sc existe on não- Vaxsini muiln* outros, Mas ha casas lambem, dc reedições de mitnrcs nossos, que merecem grave censura pelo descaso, pela Mia de cuidado qnc muito prejudicam a rciHllaçàa e a glória étsctis animes e, cuja culfta. cabe exclusivamente aos editores um, deveriam ser chamados ú ordem por quem, não sei mus que deveriam ser punidos. Xão cito exemplos, não entro tm ilrlalbcs. Seria infindável. -j- tf -!- //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo, pela Casa llriguiel-darnier. E' claro qut nãn si halo propriamente de uma reedição que possa ferir o re- u autor. Longe disso. E' uma reedição batata, mal tpresftilada c feita rom um intuito popular e. muito maior in- •lc lucro. Em lodo caso, é uma reedição que se fazia nc- remiria, embora merecesse maior cuidado do seu organizador entanto, r um dos nossos belos espíritos e um nome que m/mirn miiceratnenle, o Sr. Nogueira da Silva. Justamente por iisn, pnr sabe rv senhor \ngueira da Silva um estudioso, é qut twh» i/iif nãn tinha o direito de incluir nas "Obras completas tlr Mm:io dr Azevedo" um volume que não pertence ao autor ti Mulata". Descuido? Falta de lempo para pesquisar? 1'tillti f/f elementos? Indicações erradas? Nào o sei, o que que o volume "O Esqueleto" publicado conto i/f Aliiizin, não Ibe pertence. + * T \n /" erfrçiin de "A mortalha de Alzira", publicada en. inlii i-tisn "Fauchon & Cie., livreiros-editores, 125, rua do Oufirítir. Ilio, que aqui lenho sobre a mesa, diz Aluizio "Pre- iiiiiii n ra/a.t dc sei rtt-Mf llvrn, iiurniu ixu piirir tolero-mt Mia nt i lérld. md it li-in o. Orlei- in> dc letra» r- ai ti prova cabal, que não deveria ter «'rfo difícil ao Sr. lim tln Silva obter, ile quc *'0 Esqueleto" i obra de Wfldi lliliic t Pardal Mallet e não de Aluizio de Azevedo. A un ,-m ni é interessante, sobretudo para a Casa Briguiet- (itiruiii t/u,-, *,. Pta detentora dos direitos de Aluizio, nào o é, i. dim verdadeiros autores, a cujos herdeiros terá que Ms "rside tt explicação para ojèrra- nticaafjtuuttWá tftrSrTNoguetra da Sll- mini snhve " /mulo de nào poder o Sr Nogueira da Silva encon- < iiittiittis VHC nle en/nsfii'/.. esse erro imperdoável, fc n fim A i \ V A técnica do down rir? Técnica, "clown". Concebe isto? Vm "clown" técnico? Nao, meu querido, acho poucas coi- sas para dizer sobre a técnica do "ctown". Nâo resta dúvida que no ri- sn qualquer coisa de mutemattea A prova deve catar ntilguma pá- giiia de Bergson. Ou, pelo menos mi repetição dc utn dito cômico. Na primeira Mareei Achará { i Ni V~vi'M/f , \ s HnPlS'\ if.j0r' ''"^^•hiiSli -Os Fralellini", famoso- rai "O Velho Clown*. célebre desenho de Nlcolas Slernberg a TÉCNICA dn -clown"... /% sim... evidentemente... JTX. a técnica d" "clown". Oh! sim, aviste uma té- cnlca do "clown". Vejamos-' Ve- Íamos! E' da técnica do "clown" que queremos /alar... Mas, antes de tudo, estas duas palavras Usadas nãn llie faz sor- Moi. pnn-iiveinns os razões que levaram o nosso admirado S''. \"/í/(iif( da Silva, a incluir nas obras de Aluizio de Az*- t«í« tr "Esqueleto". Miii:i,i servira-se do pseudônimo que Uitac e Mallet ha- (tnin Hindu, em vários trabalhos, c que, de falo pertencia á 'da:itn rir Noticias" que, numa "ckantagezlnha" para com o *em imlilico. empregava-o para fazer crer na existência de "w iiimiiiilU'0 e distinto escritor. 0'outra parte, o prefacio 1"<' Miii:ii) imbuam tnt "A mortalha de Alzira", èle próprio s'>I>i'íiiiiu-i> vm miras edições... e a V é rarmima- Para con- '«'"'ii ainda sr. Nogueira da Silva, havia tambem o artigo fl"c t-uiiiifirrivs Passos publicou cm "O Álbum" (cuja coleção^ PfmtlmoK) c onde declara, erroneamente, que "O Esquele- " - luí atrlli, imr Olavo Bifa-, Coi-ilar Malltl e Aluizio de ««(¦¦v/o. Esse erro vem sendo cometido, desde então, com fre- liteiiiiti. Artur Mota em "Vultos e Livros", I' série, assevera Esqueleto" de Aluizio, como Velha Sobrinho, no_ seu ti. Hffiiinrit, muita gente. Josiié Monteio, um dos espíritos mais ntpssnnles da nova geração e que longos anos vem, cui- «os-aiiiettlu e ri custa de muita pesquisa, organizando um li- J1 iniiiiilrtissinio sohre "Aluizio, sua vida e sua obra", que "parecerá, pois se acha concluído, interrogado por ti ¦¦ "xwto, lambem é de opinião de que o Sr. Noguei- mi"S'tVt' '"' '"(,U1'^° a" ê,ro Pd"8 indicações falsas de ttJ','"'*""""'" ''« nossa literatura e que por isso não se lhe 1 {i./y)f„., fjm cmira p(n.qUV a direção da publicação de . " •onipteUis de um autor, requer um apurado conhecimen- ^Bta> ^ vez nâo jaz rtr. Faz apenas sor- rir. Na terceira vez. o espectador estoura. £' uni dos meios mali seguros- Tão seguro Qut apenas ousam empregá-lo. Os "clawns" renunciaram a es- te meio. Preferem o admirável dialogo que sóa claro e sõa falso. ²O senhor i utn imbecil. ²Sim? ²O senhor? ²EU? ²Ali! Eu sou um imbecil? ²Sim. ²Prove-o. ²Nâo. ²Por que não quer provar? ²Porque o senhor é tdiota. Examinando de perto, Istn pi- de náo ser j.t«fio engraçado. Desafio que alguém resista ao circo, Francisco Fratellint nâü ignara que é o mestre do u&jêrtí,' junto de quem os ttossoi-jttzedo- res de máximas ejxtfaioxos te- riam muito que^aprender, pois putneia-os^melhiir qtte ninguém, e issp-Jla vinte anos, * * * O Mieífior atcrflíflr rfo "cimo»" é a falta de sorte. Nada faz rit tanto. Feideau e Cotirteiíiie, nos. sos grandes mestres, sabiam dis- to. Que "ctatonerla" e capaz de ganhar em bufoneria a desventu- ra do "pique-asücttc" das RH- lettes tremendamente assustado diante de uma cena caseiro dns Boiilingrtn? Em Alberlo FrattWM encontro, apesar do seu verdadel. ro gênio cômico, alguma coisa mais maravilhosamente "cfoic- vesca" do que •• terceiro corte de cabelos do infortunado Chanu liignnl? E Qrock? O arco çue 0 brilhan- te pelotiqueho náo consegue apa- nhar diante dns olhos dos espe- ctadores e que vai para ile com umn dncllldade desesperatite, as- sim que se esconde atrás de um biombo, i a auxiliar ta /alta da sorfe. elemento particularmente eom ico- E Carlit'1? Não è á mais tre- metida falta de sorte, á fome, que deve a maior parte dns ele- mentos irresislivelmente cômicos dos seus filmes? O Mio da multidão é cruel. A multidão ri de Amolfo. de Alces- te. de Champignol. dc Boubiwrti. che e de Carlito, Sela espancado, r-ubado. enfia- ttad'\ escarnecido, se quiser fn- zer rir. Ofereça as nádegas aos pés ativos. Fique tão pasmado am a sua sorte que esse pasmo chama- ra a desgraça. As moedas de cem réis e de cinco mil réis devem fugir delas próprias com a sua presença, assim como a sua pre- sença deve ser o bastante para despertar oj nioiis espíritos que únrmeiii. dizem, em torno de nós, o perigosn sono dos gatos, tâ- fã- cit dc se interromper. Ser "clown", é. antes de tudo, ter exageradamente desgraçado. Para que a desgraça seja en- graçada, deve ultrapassar a do espectador mediu. Carlito comendo um rato ndo fará rir, mas éle saboreia um pe~ daço de pão duro com precau- ções de conhecedor, e .. público gargalhadas. Sem literatura da minha pàr- te. Grock resumiu com justesa parcçe-nie. o sofrimento táo ne- casario aos "clowns" quanto ans autures trágicos, numa replica que considero shakespeariana até quc provem o contrário, como o "partner" o visse Uater na pró- prta cabeça muitas vezes com um tios sapatos, perguntou: ~- Isto o diverte? Nâo, disse Grock. quando ba- to. não. Mas quando paro é tão bom. ¦. n dr IVIIlirlm Wttrgner titní.t. ÍVíiu cnsifiri ii in o escola (íe Havc "cl-'ct>s'' Para faier rtr, senhor, o ponta-pé mais á esquerda. As- sim. Muito bem. £ o senhor? Ofereça a nádega direita. Disse: a nádega tlircittt. A nadeoa cs- |8k£Í ¦ .(Ri mm "^"¦lyH Charlic Rlvels, o pnllitiço de Buenos- Aires uitcrün nunca foi cômica, Bem. Assim. * * £ os inúmeros imitadores de Sim, mas... a técnica rfnCarlito ieiistcm alguns perfei- "clown"?los) teriam geniu. Ah' Se houvesse uma técnicaPortanto, bem vc. meu aittioo, do "clown".,. Serta extraordtna-quc nãn existe técnica do riu,¦¦clown". Hs ¦Grock", t palha»» genial, desenho de Serge ÁLVARO MOREYRA HliMItERTO DE CAMPOS FUI um caso excecional na literatura brasil eira. Veiu pina o Kio, como Iuntos ou- ti us, t-iini um volume de ver- sus. Como tantos outros, sc mel eu na imprensa. Cumo tantos outros, fez pel fidias pai íi criar nume e ser temido. Como lanlos oulros, açoitou o exilo fncil. um pouco incun Cessa vel. de dai' ao público, passadas a limpo, coincidas o ampliadas anedotas mais ou menos imorais de loilu o mundo... Dc repente uma doença terrivel afastou Hum- beitn tle Campos da vida que pertence :i todos. (Juase cejt« Para 1'óia. êle olhou para dentro c encontrou um ho- ' mem que não era como lanlos oulros. E íoi o que êsse ho- mem contou, nos últimos tem- pos do seu cies li nu. que pos para sempre Humuctlu He Campos no amor c na admi- ração do Brasil. tiltACll.lANO ItAMIl.S rpiíOVXK uma sensibilida- X de nova para o romance. Tira dosjtcimtcrimenlos quo- tidianos um sentido pessoal, que os lorna mais lonjíos pela ressonância. Não carrega ape- nas a tragédia do Nordeste, mas a tragédia, o drama, a comédia, lndus as peças, o re- pertório complelo dn mimdo. "Anjiusliu". por exemplo. E' um homem quc fala. Mais ninífuem. As outras vozes vêm pela voz dele. por onde vêm as figuras, as casas, as ruas, um quintal, um café. As vozes, robieludo. lntiife- rentes, umas; interessadas, ás vezes; com esperança; com desalento; felizes, desgraça- das, normais, delirantes; iodas o lio mini repete e, caí- tias da sua boca. mostram a mesma in quieta ção, o mesmo sofrimento. Angustia. Sim. Angustia, Luxúria tornada pen su men In. A dôr que des- ceu do cérebro e se espalhou peln corpo, dôr de desejo, dôr de paixão, de um corpo por outro corpo, sem instinto jà. inteligência unanime c des- mirada: 'déia fixa, idéia fí- sica, dc carne, de sangue, transformando-se cm tudo, sumindo-se em tudo... ÊRICO VERÍSSIMO COM "Saga" foi a Espanha. Num tempo triste de lá. petnorou pouco. Érico Veiis- simn é daqui. Da terra. Da gente. Nunca viajaria comu célico, igual a Aldous Hux- ley, singrando, rolando, voan- do. por esse mundo. Prefere a geografia menor. Por isso, as criaturas de que conla os casos são criaturas conheci- das, Ha personagens de Éri- co Veríssimo que. quando aparecem, eu almi os braços e grito: Oh! Você por ¦qui! JEAN DOI.ENT ""IA1ZEK as coisas sem que .Uas palavras sofram..." ANTÔNIO NOBRE ESTA rosn neste vaso, nes- ta mesa, nesta sala, neste silencio.,.~~~ EDUARDO GUIMARÃES ERA um adolescente quase louvo, de olhus claros de mulher, Parecia um anjo, (fm anjo que não ae telielnti. A multe, que jii o acompa. nhava, lhe pôs a máscara do amor. ücteve-se ssim um ína- tanle. Depois, foi èle que acompanhou a morte.

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HOJE

CU NTOS

MELLOE nada malt...

RIO, 15 DE MARÇO DE 1941 ANO IV - N." 191 i

DOM CASMURRODiretor: BRICIO DE ABREU lia pAnlnasRedator Chefe: ÁLVARO MOREYRA

A CONFUSÃO ERA GERAL i

Machado de Amit — DOM CASMURRO - Pai. 34.1

1SOOO GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO 1SOOO

HOJE

500CO NTOS

E nada mait...

A SEMANABRICIO DE ABREU

pi';".--'

Sou /Hirlidfirio das reedições dos nossos grandes autores.eumprcendo mesmo que ne deixe no olvido, com enorme

itt n nnva geração do Itrasil, páginas maravilhosas4< n-.i,')M'*> nossos, enquanto vemos anualmente milhares de/i-m/ii.-.H.« tit nbras estrangeiras — e na maioria péssimas tra-'im-«-

— ./«(- nenhuma contribuição vêm trazer á nossa cultu-te. ti Miniiftiio da Educação", nesse sentido, vem prestandoaoiiii.wii (tiscmiilvimento cultural, um grande, um inestimávelifi-p.-ii. nrititando obras raras rfo nosso patrimônio, com cm-rfir/i. t nf 111>. permitindo destarte, quc nào fiquem elas noointl:. ou mt exclusividade daqueles, cuja fortuna permita aon.li.-,.»" ''•' lão raros volumes. Se mais nâo houvesse — e hámii-i- mit ms nuões — «ri por inst/, eu seria "fait", "tan en-mgi <!•> ministro Capanema. Mas, nem sempre a culpa ê dos„,,«,„. nlthiitx. Vários quiseram reeditar Lima Itarrelo e lo-m.nm mm c.\if/citcias descabidas c absurdas da familia, Pa-irei ')'"¦ oqora o "Amiel" conseguiu. Com João do Rio a cousatminlo .»<"'¦ Ifiniz Junir, êsse admirável jornalista que a bu-rorrm-íri roubou (in redações, bateu-se com a familia de PauloíJíii/río puni não ceder os direitos de suas obras a ninguém.Pm-iti n t/ue sucederia no futuro. E tinha razão. "Iteligiões ilaHin" — " Alma -encantadora das ruas", e nutras livros admira-rus t necessários do grande cronista, sno raridades hoje, Masmugiirni pude reeditá-los, pois ns direitos pertencem a uma"Soeinlatif Paulo Itarrelo" que ninguém sabe sc existe on não-Vaxsini muiln* outros, Mas ha casas lambem, dc reedições demitnrcs nossos, que merecem grave censura pelo descaso, pelaMia de cuidado qnc muito prejudicam a rciHllaçàa e a glóriaétsctis animes e, cuja culfta. cabe exclusivamente aos editoresum, deveriam ser chamados ú ordem — por quem, não sei —mus que deveriam ser punidos. Xão cito exemplos, não entrotm ilrlalbcs. Seria infindável.

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//n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dtAliiizw tle Azeredo, pela Casa llriguiel-darnier. E' claro qutnãn si halo propriamente de uma reedição que possa ferir o re-

u autor. Longe disso. E' uma reedição batata, maltpresftilada c feita rom um intuito popular e. muito maior in-

•lc lucro. Em lodo caso, é uma reedição que se fazia nc-remiria, embora merecesse maior cuidado do seu organizador

entanto, r um dos nossos belos espíritos e um nome quem/mirn miiceratnenle, o Sr. Nogueira da Silva. Justamente poriisn, pnr sabe rv senhor \ngueira da Silva um estudioso, é quttwh» i/iif nãn tinha o direito de incluir nas "Obras completastlr Mm:io dr Azevedo" um volume que não pertence ao autor

ti Mulata". Descuido? Falta de lempo para pesquisar?1'tillti f/f elementos? Indicações erradas? Nào o sei, o que

que o volume — "O Esqueleto" — publicado contoi/f Aliiizin, não Ibe pertence.

+ * T\n /" erfrçiin de "A mortalha de Alzira", publicada en.inlii i-tisn "Fauchon & Cie., livreiros-editores, 125, rua do

Oufirítir. Ilio, que aqui lenho sobre a mesa, diz Aluizio n» "Pre-

iiiiiii n ra/a.t dc sei rtt-Mf llvrn, iiurniu ixu piirir tolero-mt

Mia nt i lérld.md it li-in o. Orlei-

in> dc letra»

r- ai ti prova cabal, que não deveria ter «'rfo difícil ao Sr.lim tln Silva obter, ile quc — *'0 Esqueleto" — i obra de

Wfldi lliliic t Pardal Mallet e não de Aluizio de Azevedo. Aun ,-m ni é interessante, sobretudo para a Casa Briguiet-

(itiruiii t/u,-, *,. Pta detentora dos direitos de Aluizio, nào o é,i. dim verdadeiros autores, a cujos herdeiros terá que

Ms "rside tt explicação para ojèrra-nticaafjtuuttWátftrSrTNoguetra da Sll-

mini snhve

" /mulo de nào poder o Sr Nogueira da Silva encon-< iiittiittis VHC nle en/nsfii'/.. esse erro imperdoável,fc n fim

Ai \ V

A técnica do downrir? Técnica, "clown". Concebeisto? Vm "clown" técnico? Nao,meu querido, acho poucas coi-sas para dizer sobre a técnica do"ctown".

Nâo resta dúvida que hà no ri-sn qualquer coisa de mutematteaA prova deve catar ntilguma pá-giiia de Bergson.

Ou, pelo menos mi repetiçãodc utn dito cômico. Na primeira

Mareei Achará

{ i Ni V~vi'M/ f , \

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-Os Fralellini", famoso- rai

"O Velho Clown*. célebre desenho de Nlcolas Slernberga TÉCNICA dn -clown"...

/% sim... evidentemente...JTX. a técnica d" "clown".

Oh! sim, aviste uma té-cnlca do "clown". Vejamos-' Ve-Íamos! E' da técnica do "clown"que queremos /alar...

Mas, antes de tudo, estas duaspalavras Usadas nãn llie faz sor-

Moi. pnn-iiveinns os razões que levaram o nosso admiradoS''. \"/í/(iif( da Silva, a incluir nas obras de Aluizio de Az*-t«í« tr "Esqueleto".

Miii:i,i servira-se do pseudônimo que Uitac e Mallet já ha-(tnin Hindu, em vários trabalhos, c que, de falo pertencia á'da:itn rir Noticias" que, numa "ckantagezlnha" para com o*em imlilico. empregava-o para fazer crer na existência de"w iiimiiiilU'0 e distinto escritor. 0'outra parte, o prefacio1"<' Miii:ii) imbuam tnt "A mortalha de Alzira", èle próprios'>I>i'íiiiiu-i> vm miras edições... e a V é rarmima- Para con-'«'"'ii ainda „ sr. Nogueira da Silva, havia tambem o artigofl"c t-uiiiifirrivs Passos publicou cm "O Álbum" (cuja coleção^PfmtlmoK) c onde declara, erroneamente, que — "O Esquele-" - luí atrlli, imr Olavo Bifa-, Coi-ilar Malltl e Aluizio de««(¦¦v/o. Esse erro vem sendo cometido, desde então, com fre-liteiiiiti. Artur Mota em "Vultos e Livros", I' série, assevera

Esqueleto" de Aluizio, como Velha Sobrinho, no_ seu

ti. Hffiiinrit, muita gente. Josiié Monteio, um dos espíritos maisntpssnnles da nova geração e que há longos anos vem, cui-«os-aiiiettlu e ri custa de muita pesquisa, organizando um li-J1 iniiiiilrtissinio sohre "Aluizio, sua vida e sua obra", que"parecerá, pois já se acha concluído, interrogado porr» ti ¦¦ "xwto, lambem é de opinião de que o Sr. Noguei-mi"S'tVt'

'"' '"(,U1'^° a" ê,ro Pd"8 indicações falsas dettJ','"'*""""'" ''« nossa literatura e que por isso não se lhe1 {i./y)f„., fjm cmira p(n.qUV a direção da publicação de ." •onipteUis de um autor, requer um apurado conhecimen-

^Bta> ^

vez nâo jaz rtr. Faz apenas sor-rir. Na terceira vez. o espectadorestoura. £' uni dos meios maliseguros- Tão seguro Qut apenasousam empregá-lo.

Os "clawns" renunciaram a es-te meio. Preferem o admiráveldialogo que sóa claro e sõa falso.

O senhor i utn imbecil.Sim?

O senhor?EU?Ali! Eu sou um imbecil?Sim.Prove-o.Nâo.Por que não quer provar?Porque o senhor é tdiota.

Examinando de perto, Istn pi-de náo ser j.t«fio engraçado.Desafio que alguém resista aocirco, Francisco Fratellint nâüignara que é o mestre do u&jêrtí,'junto de quem os ttossoi-jttzedo-res de máximas ejxtfaioxos te-riam muito que^aprender, poisputneia-os^melhiir qtte ninguém,e issp-Jla vinte anos,* * *

O Mieífior atcrflíflr rfo "cimo»"é a falta de sorte. Nada faz rittanto. Feideau e Cotirteiíiie, nos.sos grandes mestres, sabiam dis-to. Que "ctatonerla" e capaz deganhar em bufoneria a desventu-ra do "pique-asücttc" das RH-lettes tremendamente assustadodiante de uma cena caseiro dnsBoiilingrtn? Em Alberlo FrattWMencontro, apesar do seu verdadel.ro gênio cômico, alguma coisamais maravilhosamente "cfoic-vesca" do que •• terceiro corte decabelos do infortunado Chanuliignnl?

E Qrock? O arco çue 0 brilhan-te pelotiqueho náo consegue apa-nhar diante dns olhos dos espe-ctadores e que vai para ile comumn dncllldade desesperatite, as-sim que se esconde atrás de umbiombo, i a auxiliar ta /alta da

sorfe. elemento particularmenteeom ico-

E Carlit'1? Não è á mais tre-metida falta de sorte, á fome,que deve a maior parte dns ele-mentos irresislivelmente cômicosdos seus filmes?

O Mio da multidão é cruel. Amultidão ri de Amolfo. de Alces-te. de Champignol. dc Boubiwrti.che e de Carlito,

Sela espancado, r-ubado. enfia-ttad'\ escarnecido, se quiser fn-zer rir.

Ofereça as nádegas aos pésativos. Fique tão pasmado am asua sorte que esse pasmo chama-ra a desgraça. As moedas de cemréis e de cinco mil réis devemfugir delas próprias com a suapresença, assim como a sua pre-sença deve ser o bastante paradespertar oj nioiis espíritos queúnrmeiii. dizem, em torno de nós,o perigosn sono dos gatos, tâ- fã-cit dc se interromper.

Ser "clown", é. antes de tudo,ter exageradamente desgraçado.

Para que a desgraça seja en-graçada, deve ultrapassar a doespectador mediu.

Carlito comendo um rato ndofará rir, mas éle saboreia um pe~daço de pão duro com precau-ções de conhecedor, e .. públicodá gargalhadas.

Sem literatura da minha pàr-te. Grock resumiu com justesaparcçe-nie. o sofrimento táo ne-casario aos "clowns" quanto ansautures trágicos, numa replicaque considero shakespeariana atéquc provem o contrário, como o"partner" o visse Uater na pró-prta cabeça muitas vezes comum tios sapatos, perguntou:~- Isto o diverte?— Nâo, disse Grock. quando ba-to. não. Mas quando paro é tãobom. ¦.

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)¦ titní.t. ÍVíiu cnsifiri

ii in o escola (íeHavc"cl-'ct>s''— Para faier rtr, senhor, dè o

ponta-pé mais á esquerda. As-sim. Muito bem. £ o senhor?Ofereça a nádega direita. Disse:a nádega tlircittt. A nadeoa cs-

|8k£Í ¦ .(Ri mm "^"¦lyH

Charlic Rlvels, o pnllitiço de Buenos-Aires

uitcrün nunca foi cômica, Bem.Assim.

* * £ os inúmeros imitadores deSim, mas... a técnica rfn Carlito ieiistcm alguns perfei-"clown"? los) teriam geniu.Ah' Se houvesse uma técnica Portanto, bem vc. meu aittioo,

do "clown".,. Serta extraordtna- quc nãn existe técnica doriu, ¦¦clown".

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¦Grock", t palha»» genial, desenho de Serge

ÁLVAROMOREYRA

HliMItERTO DE CAMPOS

FUI um caso excecional na

literatura brasil eira. Veiupina o Kio, como Iuntos ou-ti us, t-iini um volume de ver-sus. Como tantos outros, scmel eu na imprensa. Cumotantos outros, fez pel fidiaspai íi criar nume e ser temido.Como lanlos oulros, açoitou oexilo fncil. um pouco incunCessa vel. de dai' ao público,passadas a limpo, coincidaso ampliadas anedotas maisou menos imorais de loilu omundo... Dc repente umadoença terrivel afastou Hum-beitn tle Campos da vida quepertence :i todos. (Juase cejt«Para 1'óia. êle olhou paradentro c encontrou um ho-' mem que não era como lanlosoulros. E íoi o que êsse ho-mem contou, nos últimos tem-pos do seu cies li nu. que pospara sempre Humuctlu HeCampos no amor c na admi-ração do Brasil.tiltACll.lANO ItAMIl.SrpiíOVXK uma sensibilida-X de nova para o romance.

Tira dosjtcimtcrimenlos quo-tidianos um sentido pessoal,que os lorna mais lonjíos pelaressonância. Não carrega ape-nas a tragédia do Nordeste,mas a tragédia, o drama, acomédia, lndus as peças, o re-pertório complelo dn mimdo."Anjiusliu". por exemplo. E'um homem quc fala. Maisninífuem. As outras vozesvêm pela voz dele. por ondevêm as figuras, as casas, asruas, um quintal, um café.As vozes, robieludo. lntiife-rentes, umas; interessadas,ás vezes; com esperança; comdesalento; felizes, desgraça-das, normais, delirantes; —iodas o lio mini repete e, caí-tias da sua boca. mostram amesma in quieta ção, o mesmosofrimento. Angustia. Sim.Angustia, Luxúria tornadapen su men In. A dôr que des-ceu do cérebro e se espalhoupeln corpo, dôr de desejo, dôrde paixão, de um corpo poroutro corpo, sem instinto jà.inteligência unanime c des-mirada: 'déia fixa, idéia fí-sica, dc carne, de sangue,transformando-se cm tudo,sumindo-se em tudo...

ÊRICO VERÍSSIMO

COM "Saga" foi a Espanha.

Num tempo triste de lá.petnorou pouco. Érico Veiis-simn é daqui. Da terra. Dagente. Nunca viajaria comucélico, igual a Aldous Hux-ley, singrando, rolando, voan-do. por esse mundo. Preferea geografia menor. Por isso,as criaturas de que conla oscasos são criaturas conheci-das, Ha personagens de Éri-co Veríssimo que. quandoaparecem, eu almi os braçose grito: — Oh! Você por¦qui!JEAN DOI.ENT""IA1ZEK as coisas sem que.Uas palavras sofram..."

ANTÔNIO NOBRE

ESTA rosn neste vaso, nes-

ta mesa, nesta sala, nestesilencio.,. ~~~

EDUARDO GUIMARÃES

ERA um adolescente quase

louvo, de olhus claros demulher, Parecia um anjo,(fm anjo que não ae telielnti.A multe, que jii o acompa.nhava, lhe pôs a máscara doamor. ücteve-se ssim um ína-tanle. Depois, foi èle queacompanhou a morte.

Page 2: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

HL ¦<>* -r;:^ "¦

^¦.^ifl/,1,l^" ,-;,V!"."'1 "¦ ::^ t.i; 7" * i-t;.,;.::.

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' : ¦¦ v^../! ¦'';'- ¦ .;,i-::: i-^,"J ¦ ^-!- i,v.a?.^.-:.'-..y ¦-¦

n-í .,- ?í :-i.:.a-. y,., .:a., -.,ni; a^.,^.!^.,.....,....^

LEIA HOJE MESMO

MÁYERLING• grande rsmanci ds culeçfcoDOM CASMURRO na tradução

de EDITH MAGARINOS TORRE»

PáriiM 1im)iiiniiiiiiii TEMPO E... DOM CASMURRO

1M441

AaUiiiKKA, *° *l>aicr tantos

sWcb humanos, unto» mo-nuinoutwi e Idciaa, so delxst

entrever mesmo a ruiu» da olvill-:. zaiío, so levar a duvida c o alarma

ao domínio dc tortas ss crianças, aoquebrar a estabilidade rio inundo,provocou um espirito de inquietação,de ne-jaçào. ato ile abdicação. Osseus principais modos de expressãoIoram do dntlalsmo a" "novo maldo século", passando pelo apelo aotntouclciile, no Irracional e recor-rendo * evasão. Todos iisscs movi-mentos ae relacionam com a teoria"etólana" tta disponibilidade, do Mo' gratuito, com as teorias " prousti-nlana". e •'plrandcliana". relativasA Inexistência da personalidade es-,tavel e com um sistema ' freudlnla-1 no" do inconclente.

Depois dc ter dnstruido a noção. rto liomem. que nos legaram os »*•, cUlos anteriores, i rata-se agorn. ou: de renunciar no homem ocidental

e. nceSuorlnmriile. 4 vtda ou flo1 menos á civilização do Ocidente,'

ou htm dc volver a construir um»: civilizarão e uma idéia «o Domem.1 Essa empresa üe reconstrução: pôde parecer demasiada e terrível.'

Na realidade, trata-se de um» em-'' presa em quc periodicamente porfls

. a humanidade c qu* realiza comi exito. Periodicamente e, sobretudo.

depois tias grandes convulsões: gran.des Invasões, mandes guerras, grau-des migrações, grandes revoluções.

Nesse.' tinnses volta a começar oinventario t ouve dc ivjvo a terra eos cens F se observa a si mesmo paiaextrair novos mitos, novas religiões,novas razões de vida. Então sc arlr-ma o nue se chama classicisino; "uma srande época clássica sc desen-volve *m|Ji"i- que um desses inven-

O espirito de reconstrução

.* i*íiba de aparecer

MÁYERLING

O UVRO 1)0 1)1.1

BENJAMIN CRÉMWUX

iclue e quc o critor.artista encontra a sua deposição umconjunto dc idéias .sobre o liomeme a vida, novamente comprovadas,admitidas por todos e. sem embargo,bastante flagrantes alivia, para naudegenerar rm tópicos ,-,u rm acade-miamos, O escritor pode então se

_ apoderar dessas Idéias nutrindo

pode ser perfeita. A eada redesco-berta do mundo sc sesue, pontual-mente, uma época clássica.

O espirito dr lu<|U'.ci;>ção que |iu>ludo novaiiiciiie em duvida contri-bue de falo. para uma olira letim-da provocando e fazendo necessa-rio um ímpeto dc redescoberta e Hereconstrução. O espirito tlr inquie-tacão fez sursir ss teorias e as pra-titãs literárias mais cMiavagaiIles.moiiMriio.su- r a norma. s. Esse cspl-nto correspondia a um período nociual a niatiuma humana produ/ ln-tensainenle. sem Umiie ucm tiscali-zeçSo. avuU iiivcaiiieu.p dc novida-de e erniKii'». A cwa incvatuia a

uma literatura de ordem e dc liar-

SRA VMA VCZ OS TÍSTÍS...

F

ORAM-SE -s testes dasescolas. A moderna me-didrt tia inteligência dascrianças estava retar*

aüeaaaiaa a, aaoasaa pnwreaaiaa aaacaaínlffsiiio tíe parabéns os meninos tt*anWoaa. o, aaafccaaalaia, ale senta.

7" sts« " ' I"'" '","" ¦cnm "5 olhos do quc eom a tin*aua Eu sempre tiie as minhasdiclrlas taaaaaaio ai aaiaalaalaao paaa-veitosa dessa medida. Como tn-dice dc agilidade mental cia temlá o.s suas razões de ser. Com»

prova dc raciocínio claro c pres-to, vale O que nãn sc pode ehumilhar unt pequenino com aclassificação de retardado, o queem- n»rtWiós doméstico signifi-on "burro" ncio :i'iil)tcs fatodote não responder prontamentea tía mera pergunta dc alptoei-

munia. Ao conceito de ainccrldíde,rte riqueza, de «1(1 nalldade deviamconirapor.se, e contrapuseram-se,as Idéias de verdade, de perlelçíw ede equilíbrio. Mas, par» que o es-plrlto de ordem e harmonia se apü-casse d* íorma verdadeira era nc-cessarlo que o rie Inquietação tivessepreparado a sua matéria, rica e ai-dente, , ,„

De um modo neral pude-se afir-mar que o espirito de reconstruçãose manifestou desde 1818. mas, soem 1935, tornou a dianteira ao espi-rito rte inquietação,

A primeira forma assumida peloespirito dc reconstrução, desde 1018.n mals visível, Iol a renovado ça-tolica, com bases tomistaa e Intele-dualislas. cujo pioíela rol JacquevMaritain. Rm todos os períodos rtecrise o catolicismo, como se sabe.lutou, na França, com todas as sita»[orcas para restabelecer s ordem nosespíritos e limitar os efeitos do In-divlduallstno. O restabeleci menlo li.lerario e espiritual mais caracterls-tico a esse respeito è o "Oeulo rioCristianismo". de Chatoaubrlaiid.publicado a sesuir * Revolução.

O Catolicismo se servia da arleeólica ds beleza forma) rtas suascatedrais s de seus rito» para atrairo* cspiriios desregrados pelo scnsua-llsmo dos ideolosos. Ho.te em dia, oCatolicismo opõe fortemente ¦ no-cão dc "vír-a-scr", ao liiatonclsmoque dominou o século XIX. a noçãod- ser 1«l eomo definiu SSo Tomas.Não insistirei sobre o neo-tomismo.não porque nã haja muito a dizeisobre de. mas porque Jí se dissemuito e. sobretudo, pornue o nossomaior interesse, mais cio que na» suasjU!,i menções, está na repercussão drsua doutrina, sobre a sensibilidadeatual, „„,,„„-

Pois hem: como se pede explicaro uicMlsio do neo-lomlsmo nos jo-vens - íão ou foram bastunte nume.iosoí -¦ que se orientam por Mari-lain? Pura alguns não sc traia se-não cie fortificar s tradição grecn-latina, apoiando-a tio catolicismoPara essa espécie de neo-lomlsmomnis próximo dp Hen-.i Massis -ainda de Charles Mann J" "

de Maritain. traia-se õ, vu,,.-.-..».a idéia católica e a neco-romanadn homem, afim de lursr pela tra

- ¦ —- -i Jovens

Antigamente di:tm que a escala exa

IXPÍD.INT!

JF.OaVtuftf.S - Rasai inMirlim dvtltai». !Machido, Edllh Míiaitanrei uunn de tlrotuU, ,

riEMü.VTl; — Nael roguei riI Ia c li m i i

PURTU ALEURI - Hanntli

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Jovens neo-tomlslaa pensam á mar-Rem da política, Foram r. vae ao nw-tomlsmo por um desejo de ordem,de estabilidade, de fadlea da Ubet-dade, Vio, lambem por diversos mo-tlvos, mal esclarecidos att agora;pensam em parte com aquele Biaii-de dama rie que talava Stendhal. eque exclamava, ao saborear um sor-vete; "Pena que não «Ja pesado!",A liberdade total, a ausência de todamoral tira o valor a vida. Esses ho-mens íoiam ao neo-tomismo para encontrai' o sentido do pecado, o «ortodos sentidos, par. armar barreira* eas poder saltai.

Numa coleção de confissões publl-cadns pelos "Cahiers du Móis", como titulo "Exame de conciência". essatendência se manifesta claramente.Converler.se não traz nenhum com-pro ni isso, nos rtiü nm rtos Jovens con.vertidos, Robert Houneri. E escreve:"Eu me sinto, como sempre, perue-

guido pelo tropel brilmuite doa de-sejos e meus sentido* esião mals do(jue nunea slcrlas a todai as coisascuriosa* que passam pela terra...

Seria Injusio. porém, não assina-lar que menos preocupados peladoutrina do que por um» Interpre-(ação do homem e da vld». algunsromancistas — penso em Maurlac.em Georges Bernanos. em JulienOreen — nos propõem uma vlsfto ca-lollcn da vtda. representada'pela lu-ta entre as paixôe* • \ aspiração dialma á santidade entre a carne e oespirito.

Não insistirei muito uo apelo aocomunismo, tão freqüente afjora.como o Catolicismo, ewro os Jovens.E" comum, por outro lado. ver comoum jovem passa do comunismo »ocatolicismo e vice-versa. Muitos den-tre cies. como os neo-tur.latas, nãnvAo ao comunismo pelo desejo deuma "rriem severa, de uma regula,mentação que lhes faça sentir, poicontraste, a doçura da liberdade.Aceitam um conformismo para teía liberdade de se subtrair a de. acei-mm uma regra do Joco para podeifazer trapaças, quando úttejem. Viusc. tnmbem, como a maior pane dosJovens escritores Inspirados no co-numismo foram rapidamente cxpul-sos por heresia ou diletantismo.

Penso, contudo, que alguns Jovensrevolucionários — sobretudo do arupo qui* publicou nos uHimo* anos.a revista "'PliilOíi->plite- depois "Rs-

prlt- - mals 'arde "Rsvtie Marsis-ir": Politzcr. Pi Moriiaiite. H. Lefe.bvrr. Friedmann — teem uma atl-

tude inala característica, Repetemiodo Individualismo, negam a ana-Use Individual, a introspecçào; cen-suram a iteração quc os precedeu poi'ter "renunciado a parte eterna dele*mesmos". Opõem ao indivíduo o ho.mem socloloso, Apagam as dlleren.vas,

Friedmann escreve; "Isto t necea-sarío. Entrar no mumiu com can-dura, deixar que nele eála todo opeae da nossa alma e. em continua-çào. afirmar altivamente um certonumero rte verdades poéticas, nio-"óticas, políticas, místicas, mie (or-mam a expressão Irreparável do en.plrlto",

Mas nto mr rieterei tfto pouco nes-ae ponto. A psição marxista, comoa católica, comporta aceitar ascrenças jã formadas antos da suei'-i». e qu» Importam, se s» quiser.num espirito de reconstrução; masesse espirito não satu da organiza-çfto de depois ria guerra.*

Chegamos açora nrodsnmente áslormas rie todo novas assumidas pe-lo espirito de reconstrução, depoisde 1915. A partir dc l«Jt). JacquesRiviére indicava o ntclodo a se-BUlr, rasclamando dos escritores nque chamava uma grande encostapositiva: "Não renova rtm os — eu-

se aproximar rto esforço para com-preendei', Não imitando o sablo mas• parentando.se novamente com ele.vei* o escritor desemoivtr-se-lhe aíecundidade. E. sem duvida, conti-nuarã ,iendo sempre, au contrario dt;sablo. um inventor um sei falaz. Se-ra necessário, porém, qu-- aparem»ignora-lo. Será necesi-aho que omundo irreal, que ele deve suscitar,nasça somente rie seu e.npciiho emproduzir o real e que a mentir» ar-tistica seja engendrada somente pe-lo amor ã verdade".

Velamos algumas nossas expies-*õet," encosta positiva, paixão d*verdade, «mpenlio -m produzir oresi. Que nutra cois» quer dúer Ri-"¦ senão que iodo o conhecimen-

Valery ¦ Alaln nio nos trouxeram«oluçòes novas, mas facilitaram me-Iodos paia reconstruir o homem,Por 1-itiQ. o* heróis preferidos de Va-ler? e oa de Alaln consistem navolta ao elementar, no apelo ao ele-mentar. No» seus "Entreiiens", Va-leiy conta o seguinte: "tinha umamido que havia escrito, ha 30 anos,um belo ensaio sobre as grandes cl-dades. observei que encontrava umalacuna um pouco extravagante" —Nlo me parece que você tenha pen-sarto no fato de que numa grandecidade haja muita genle reunidanum espaço pequeno: '. no entantoquantas coisas nessa observação tãosimples! - O Instinto literário otraiu fazendo desdenhar, sem cenciência nisso, uma nocío essencial,cuja riqueza é infinita".

Bosa revisão doa problemas, pelaredução «o elementar, comporta, ausolhoa de Vaiéry, nma necessidadeafim cie que seja utll e fecunda, 6s.sunecc.-sklide * a de afaiiar toda lm-precisão e todo preconceito. "AsIdéias ou o*. ídolos — escicve — queaterrem, ha séculos, para enunciaros problemas * concebi! as suas so-luções começam a se ricontrar emoposição, quando nío cm conflito,pelas condições Impostas ao pensa-"""" '" "iria moderna, condiçõei

Uma tentativa de exp icaçãoDe GRACILIANO RAMOS

resultantes do desenvolvimentoprecisão da conexão e da potênciaque a ciência Impo» i Europa e aEuropa impõe ao mundo".

Em relaçào * Alaln. cfldanim dossens "Propôs" se baseia numa Idéinelementar e essencial in c-ual exilaia* mais remotas conseqüências o*que lerem os dois »len'ados volumesde Alaln. sobre "Les 'díes et leiases" compreenderão o quc qui*ridisser. Tenho aqui, contudo, um ra-pido apólogo, dos seus -Propôs tiebonlieur". que Hiistru bem o senmctoclo: Quando ums criancinhagrita e não quer ser consolada, *ama se entrega facilmente is maisengenhosas suposições concernentesa esse caráter infantil e a tudo quelhe afirad» e desaziacin: recorrendo,inclusive, A herança, reconhece J» opai no filho: esse.s ensaios se pro-

que ela -.nesse riesco-alfin 1 rie ti

Valery falava ria busca de idéia simples e Alain procura des-cobrir o alfinete. Isso nío quer direroue r, procura rio alfinete sela aem.

fácil, nem qu» ele expliqueluclo, I c deve

io rto homem e tia vida .-ieve ae re- empreendido desde o começo,compensar • trave! de "ovos cami- j» e subido quais são o* probl--nhos? mas porque se Interessa acima rt»

Permmta-se. ãs vive.- porque Paul rudo uir. Valery e são o. eoncernen.Valery e Alain — rtípois Gide tes ao fiincior.nmeiito Humano. ™Proust — chegaram a ser os mes- problemas dn corpo ein relação aotres lavoritor ria luienitidf. Deve-íe espirito, o estudo de um fenrmenr,Isso a lerem sido os irimeiroe que como o sonho, essa "ausência" romote eiitresaram a essa tarefa imensa ele di/, Da mesma forma Alamde reconstrução. Girie e Proust ii- coiisajra as orimeiras paginas rtenhsm aniquilado as velhas noções: -Lm iã*e* et Im «ces" ¦ Insonia.

C£me£ÓG*ÓÀMA*T/ALS0'4LVABSZ.

"bater papa". Mas só cm Enue-nho Noi;i ume morena fresqui*nha aderiu ao seu convite. Fè-lasentar ao lad-. Sentiu que atemperatura, ambiente, subia eaumentou a velocidade Na altti-ra do Mangue a nt„rena "âo re.ststtu:

Para onde ramos, bemink',?Deixa de ser. curiosa, Hete-

franca- Mas o quc diziam os poe-tas nós. "s meninos, nunca en-(fossámos. Também, nã- era p„s-sivel. com a palmatória em civiuda mesa. a regua na mão da pro-Jcssora e o circula formado parai> "argitment-i" tangida a boloestalado. Hoje em dia que a es-cola evoluiu, transformou-se e sefez um paraiso. nâo cra justo in-veiilar-se este novo instrumentode suplíciu; ri fesie, Hã, por cer-to, guem pense o contràno, En,¦porem, entre a palmatória c oteste, preferia aquela. O boi" eraum castigo, e ao mesmo tempoum estimulo. Despertava entrecompetidores a instinto dc viu-gama sob o desejo dc sabermais. Nú.- è como o teste ijuc le-vanla entre o indivíduo e a suaclasse a barreira <,diasn e per*maueuje da inferioridade-

Há poucos dias um meu amigo,excelente educador, emérito fa-bricador de testes, qtteixuva-seindignada de não ter dad,> uviàresposta oportuna e cabal a umverdadeim teste amoroso que lhearmou uma garota por quem cs-tavt realmente apaixonad». Ad-mirei-me de sua inhabilidade. £êle conin justificativa sò me apre-sentou um argumento: ~ ¦•Ttini-det. meu amigo! O diabo da ti-iníde-j foi que me estragou'7 Snr-ri intimamente vendo a fcttiçcp<>r cima do teiticeir,,. E comomelhor meio de chama-la de re-t.ardad-> nos domínios de Cúpldo.sem exasperar a sua irritaçãoaconselhei-a a ler e »rativar "l.aTlmidité et le Trae'' de Falireiou n repetir Iodos os dias, antesdo vale: "J'ai conflance en malJf stiís maitre de mes n?'"fs. Jeme dom:ne."

Esqueçamos, porem* Esqueça-moa. eni homenagem d alegriadcí que desabrocham para a vt-tía, mais este obstáculo qus toialtruisticamente removido da es-tradn larga do saber. Qttt esteesquecimento seju ahtifadc velosaplausos da infância brasileiraf.a* que escaimam n Instrução dojoio dos complexos Na terrn nfe-hva gue habita mm, onde- if.fifv-fí-"cam TodÕs"

"as credos e todas m

raças, devemos ensinar vn-rhidnos caminhos da '{maldade, daordem e do progresso.

furta gue. em essência rn» 'oialem de um belo susto e de aí-guns litros de gasolina queime.,dos. não cansou surpresa nem es-panto, mormente a nós outrosque nüo possuímos

"'barata' . Oque nos deixou intrigados loi aexcessiva gentileza do sr- Ari-;-Iot" dcixaiid- a chave m, carro tidisposição do meliante.

va como nm convite generosopara um giroziuho desenfas:ia-dar. Por cima do paletó apalpoua velha carteira de motorista. Sea chave do carro estivesse Id risua disposição nada a impediriadaiuele prazer forluit,,. Aproxi-mou-sc. A chave enfiada lá den-tio pareceu dizer-llte iniistente-mente: entre, omitia, »<!"_ façacerimonia, a conforto «rio faicriado apenas para <¦ sr. Kris-tonf

LADRÃO EM GOSO DE FÉRIAS

Y-+M frente ao número S6 rfaf-f rua Emitia Sampaio, fot*-V encontrada abandonada

a "barata" n l .851, per-tencente ao sr. Avistou Brandão,residente cm Marechal Hermes.nt:.cm. m inrcstlfiadares aue oladrão d„ vcir>i'n deve ttr inti-selada -multo para deixa-lo fãtarde ia natie naquele local- O

A imite devia estar agradável-O ladrão certamente jantarabem. num daqueles pequeninas"freges" das vizinhanças da F.s*lação de Marechal Hermes. Emférias, inteiramente liberto dastentações deste mundo, ênsaio-nfazer a quilo subindo calmainen-te a Avenida Sele de Setembro.Diante do n. 82 embata cou. A"barata"'do sr. Alistou là esfft-

OS

a;nrcs dns evacuações io¦mes dc junho de IUOdispersaram ns escrito-res franceses. Depois de

uma estadia de algumas semanasna zonti íiíío ocupada, nfffiííií re-gresaram a Paris, e procuram re-iniciar uma atividade literária oupolítica.

Abel Bounard e Alph-jiise ieChutcaubriand escrevem na re*vista "La Qerbe", de fundaçãorecente.

Dricu La Rochelle e RamonFer na n dez reorganizaram a"N«iiveíle Revue Française", quenão se parece, pelas suas novastendências, com a revista funda*da outrora por Jacques Riviére ena qual colaboraram durantelongos anos homens tais conti.André Gide. Julien Benda eAlain.

O nome de René Benjamin ft-aura em vários quotidianos.

Galtier-Boíssiére, Camille Mau*ciair e Léon Paul Farge encon*tram-se atualmente em ParisPaul Valery na Bretanha. Fran-caís Maurlac, na regiàt, de Bor-tf eos.

Esses nomes não representamevidentemente toda a literaturafrancesa contemporânea, e LyâoMarselha e Nice, sâa para muitosum refútflo. a espera do fim iatempestade que varre a Europa.

A alta figura de paul Cíaudel.que encarna hoje •• mais nobre _

_fjj"iswa fWHtccs."riiTWfiiã õ centroliterário de Lyáo, Vive há váriosmeses num velha castelo da pia*nicie do baixo* Dal finado, cercadode massissas torres, nüm pais decéo fluido que viu Stendhal ts-crever "Le Rattge et le Soir".

Sua gloriosa velhice vai trans-v-.orrendo no estudo da EscrituraSanta, de que fes um fundamen-t" solido para a sita obra Tra-balha atualmente para terminarnina versão do "Cântico dos Can*ticos". Robusto velho de cabelosgrisalhos. Paul Claude! vem asvezes a Lyim acompanhado desua llthar

Henrl Bcraitü, tiniics tle. nauct*mento • dt cotando, vive ífluol-

* + 4-

A "barata" roncou e He saiupor ali o fora. calmamente, a 60quilômetros. Etn Madureira tirou» paletó e. " gravata, abriu a ca-niisa para fantasiar-se de gran-fino- Em Quintino comprou itmcharuto. Em Piedade sentiu ne-cessidade de alguém com quem

E rodou... E rodou... Viu osbares de Copacabana apinhadosde concorrentes judaicos. Adqui*riu idéias novas sobre Ipanema,com cálculos precisos vara quan-d„ voltasse á atividade. Provar-cíonoii á companheira „s bonsares da Lagoa Itodrlg» de Frei-tas e, afinal parou ali. Comi-dou a amiga a descer. Ela pra-testou:

Como? Aqui?Ora, filha, deixa de luxa.

Vanins estirar- g> pernas. Ntioestás vendo que a gasolina sei-.i*

Mns o carro, negro?Deixa, deixa! Meu chofer

amanhã virá apanhar.E ét nm. nán íomis nota?

Umilia Sampaio, IS.Pií.ra.' Como vei é enria-

saf...

O

ar. Joié Osnrlo «le Mllveira,ensaísta e critico port licitesa propoaito de um conciir.-n

ila Revista Acadêmica, para xa-ber quais os melhores romancesbraallelros, eacreven um arligoem que, depois de citar numero-aos livros da literatura brasilc^a,dela ae despedia, mal dissimula"do um rancor justo. Ksie articu.anterior á "hlitzkriec". ainda *oportuno. Depois dele muita (co*te nasceu, mnis tenle morreu, eoa habitantes rie cidades «rande»começaram a dormir debaixo tlnchão, como aluai*,

Maa graça* a llrim. estamosioiijte disso pelo menos por en-quanto, e podemos, cnmo dlr. upoeta Carina Drumond de Aiidm-de. heber honradamente a nossacerveja, Bebendo cerv-Ja, conatalismo, esperando ser chama-doa ao Irihiinai dl*ln» antes queela ae acabe, esquecemos os hum-bardeios aéreos, pensa mns nas |eIras nacionais, coitadas, e nn des-contentamento dum a mito que secansou de nos prestar favores ealinal se aborreceu da nossa in-trata indiferença.

O ir José Oso riu dc Oliveiratem razão Contudo varias pes-soas ficaram magoadas com ele.talvez igualmente com razão. Oque ha neste «nso é apenas umequivocii; tanto nns diferem i-i-mos dos europeus qn» já nem nosentendemos. Scrã bom tentar-mos. embora tarde, uma explicação deste negocio.

O escritor português ilese.iniique nos comportássemos como stestivéssemos á direita dn .Vlsm-tico. ao norte; aqui imaginarãoque o sr. Jnsc Osório dr Oliveira.

- tendo vivido no Rio. lonheress*ns nossos habitns e os tolerasse,Para o estrangeiro do velho min.-do, a correspondência é coisa se-ria O cidadão envia um bilhete¦ nutro, não ohlcni resposta — enaturalmente se ofende: * com.tse falasse a um indivíduo e esl-.se conservasse calado, Nós, bra-sileiros, sabemos o que se deVi'fazer, mas procedemos de motiocontrario, Deixamos para ama-nhã as conversas com pessoas ausentes, arranjamos novo pru/c.as carta* fervilham, envelhecem— e excelentes relações desani-

f. possível mie a nossa descor-lezia seja involuntária. Talw*preguiça, talvez excesso ri" es-crupulo. receio de, arriimaudnalgumas linhas ã-pressa, comei» rleviandades, dií.er incnnvenirn-cias. O verdade é que suínos assim. Nãn agradecemos ns livrosque nos remetem, não agradees-mos as criticas que nos dis per.-aam. Apoiamn-nos em desculpasfrágeis; ns livros ainda não foramlidos ou nos desagradam. . ecusamns o iui/o do critico. Eva-sívas: se admirarmos ns livros,aceitamos a critica. tamb*m permaneceremos em silencio.

Certamente nos considerambárbaros, E somos, A extremaurbanidade reside nn extremooriente. A medida que avançai»para oeste, os povos se tornamcada ve/ menos mesureiros NoRrasil atingimos a culminância.

Nossos vizinhos nãn se espan-tam. Por estes meridianos ma<spróximos o defeito a que nos referimos é comum. Se recebermosuma proposta de qualquer pai*ria America dn Sul, e. ron Ira ria n-rio n mau costume nos interessar-

mos Por ela, é quasiavião ria 1'anair vai liponent* um papelterá para ele nenhuiiçào.

Itealmente ha entr

i t*m tinhaguarde as folhas tim tirai! ;kenvelopes, o frasco de gum.icaixa de nelos. Isto, porem, .ceção: as censuras qu* nusrie l.ishoa mostram que em >somou desleixados,

Poderemos justificar-hos <hdo que possuímos idéas esc;as Indispensáveis á «¦¦mipi»

Seremnossa mnmimoa iiieraitu.i

um sentido pieimliiiiiprovável do lempo rnera indicio d' hocniia

ndos.\ibam

o elogio bem derramai!mal que seja idiota:vê-lo, repeli-lo. um veique realizamos qiialqui

Trabalhaiit pen san

puut

cer-sc: em falta deé (Weniiido com grilotos são impossíveis na

. l*a* east i em i

te do tempo'.' Disrjamos lnbre nós o quc jnleanui* t"nienle. Polirmos ate redi;irmesm.is os louvores, rcl-bincom exagero.

fnrç 11 de irred itn

vida literária da França de hojeDe JEAN VWNEAU

(Especial para DOM CASMURRO, de Vichv)

w OULLCOTT .

mente não muito longe da cida*de. Cabelos caídos sobre a fren-te, monóculo na vista direita, éencontrado em Li/án quando sedirige para seu restaurante pre-dileto.

Está longe a tempo em qut,majestoso como um grande prt-lado, descendo de um luxusoo nn-tamóvel americana dirigido porum' preto resplanüesccntc, HenriBeraud. fazia sua entrada na ct*rfodc com o desejo visível de serreconhecido nos bares elegantes.Hoje, Henrl Beraud. quc lembrasuas orifíeits plebéias, pode, commenos tnverosimelhança. falardas tamancos dos camponeses,que usa, para os leitores de nmgrande jornal ao qual concedesua colaboração.

Outros homens de letras en-centraram novamente a vida debohemta que alguns conheceram - •¦¦¦?•na sua mocidade, O problema da í*iümes ?Mibiimoradia apresentou-se para eles ce|,tos j,;M-U|US ,como para todo mundo, íVáo ha na (0 j|Vl.0

"foi

favor de Estado para a literatura „,„ noiivwood ¦nesse domínio, FelUes são os que stemiiecK firmo.tdescobriram um quarto^cpjnJjiMiix t»r -úM"» esciiiicorrtnle-cm Lyão. cidade pouco i-esiit* oa (timajadaptada ao cnoforto. «em »" ?ropsa

Vè-se. o sr. Annand Salacrau, edic*"* tetas 4=conhecido üiiíor parisiense de••hlstoires de rire", morar numquarto com moveis de côr preta,«o meio de qual se estende umenorme coxim de penas de corvermelho-sangue. Uma escadaPisco» eoíidtia a esse quarto. Emtempo normal Annand Satacroumora em Paris, num suntuosoapartamento, ne avenida Foch. egue foi decorado par ChrístianBcrard,

Farnaux-Reynaud, que dirigiaoutrora. as emissões theatraís daestação oficial de rádio, encon-trou um quarto provisório nalundo to qwrttírAe poü«(«r dt

Guillotiére. Fa; «tü projetoscriações de companhias teatrais.Diante de canecas de vinho••bcaujfles", Feriiatix - Revnaudedifíca programas artísticos e náodesespera tíe conseguir a criaçãocm Lyâo de pecas modernas, mes-mo com risco de afugentar oshonestos burgueses da cidade,para quem Paul Hervieux e Ro-bert de Flers permanecem ocumulo do teatro de vanguarda.

Encontra-se muitos^ vezes comSiiiurn Gaitttllon, que, retiradonum castelo .do Departamento doRhndano, sonha organizar gran*des espetáculos de dansa clássica:"Les Ballets Blancs".

Emmanuel Bote. melancólico e

" Wrath" « defi-Indiretamente.

d ptrsnnaltdriiie

"monosilabico", procura traba- main abriram de /nf-, "n"lhar num quarta de hotel em cm Lijão. Os "habilite" df lPerrache. A roquacidade agrada- d-s ¦•Deux Mapots" r tin ",'vel de si<fl esposa, escultora de encontraram-se aqui. $ão ¦-("grande talento, supre ao silêncio be juni.i cerveiu nu chã. ¦"¦<¦¦-pessimista do autor de "'Amis". vinho "bcauiola", A "íi" '?¦Vê-se as vczcs passar nas ruas so a atmosfera é a mesma iretiradas do centro da cidade, prtstã-se Urros, disx.ac-sc .itma alta silhueta: é a poeta os livros cm preparo c c¦ >• ¦¦"romancista Alexandre Arnoux- se muito oj acootecimenlo^ <Silencioso e distraído, a cabeça ,'icos. Fala-se mal. cam r»coberío rit tim capacete de lã elos confrades- .Viiii lie e-<"contra o frio, Arnoux, que a Aea- ¦¦¦;titra sem critica. Carie- <demia Goncourt tara sem dúvi* fjossue a lista aos inelü''"'-da, em dia próximo, um de seus tauranies, que comunica "<"¦<membros, trabalha na calma de tl-.nrialmettte'' aos amig"f Olim peçiteno hotel cuja fregue- verno vai passando assi">. A-fa, CssC7icíaImcti/c passageira, teratura exilada arma:rnfi ¦nat? é ordinariamente composta brancas para as obra* tuftde escritores, e principalmente de O acaso de um tal transtv'"escritores de sua classe... monotonia da vida não ser:'

André BUlp, com a face grave dido para tados.

Nota sSbre SteinbeckDIRCEU QUINTANILHA

praaai en»»m*tu*i*llca», & pouc* 4o quc menino

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' ' -n—r.' - . .„...„..,.„,,, .,,,....,,„,,.„,„.,.„..,,. .. „„,,„,.,.,..,_,..,.,.-,,, ,,,.^„-,„y,.„„.„..T,,.,,,,,. , ,. ,

r*«rln» sLEIA HOJE MESMO «m

MAYERLING Vm f'A8i»H'KKO na tradu.no

EDITH MAGARINOS TORRES ^¦¦¦¦¦¦¦^^¦^^^^^

"a «é^^HS

WmSÊtmÊlmk. H t Vr p «Bi"O:

...ESPAÇO DOM CASMURRC"

15-3-0.11

Acnlia dc aparecer

MAYERLINGo famono romance na Coleção

DOM CAHMUKl.O

0 LIVRO 1)0 DIA

Rodin ea expressão das mãos

• burgueses de talai*'' (fragmento)

EXISTEM

cmitradtções arespeilo dn inicio ila car-reira artística rie Rodin,

as í certo que estudou eom um¦s Uns e recebeu eni certa épocaiii\-iii'iu'in de Baryr, euja nbra-ii;cxtinnava. F.ra, entan, umtire operaria desamparado, que

mni-rer a irmã liaria, fielnip.itilirira de infância, nãudetido resistir ao golpe e à sn-

"Lr Pciisnír"

Orilnii ilu Padre

ilon es pal ii la ilos e fortes, conhe-ciam a delicadeza de uma mate-ria quc quase se espiritualizava ea nara das tintas que ne Inte-gram an fogo vivo do forno. E'neiesáiin saber e adivinhar cnmoem lodo iimiir, para peneirar osegredo dn que há dc ser. e ele,m est tre iluslre se formou na eu-cola dn pincelana, que é eomo apele de uma d eu* a no esplendordit sun inngnificicncia.

Ira um tilaii de olhos azues,cujo ristí — ãs veees causticante— se tradn/ia (iiiidimente emabaria infantil. O escultor dasináoí cnifln disse Gustavo Kahn,mini bcln trecho das suas refle-xiics, tinha uma garra que re-produziu a suavidade do gestosem dar a impressão de rompe-I.i prla própria força criadora.Parece incrível, mus cm virtuded» vida. nela própria vida. eraeii)niz dc na adoração oculta eem reverencia inciimparavel,

¦-.Tender o amor pelo amor, nn fa-lal sentidii do que surge e sedeslriie para renascer, cnmu osim li ol i xa a dansa tremenda, nasiguificaça.in dns 4 braços od.implacável Slva, Sonha n cr ota.-In enlre as mãos do deus que fat

do "o vinho rie nn copo". Am lüanos n expulsaram (res veses daEscola de Belas Artes. Tornou-se decorador, com um mísero oa-lárlo, no "atelier". dé Charnàer-Beilleuse; executou bustos, jotas,relê um, caricaturas e, em 1864,"cnmo escultor" enviou um Ira-ha lho ao Salão. "9 hnm eni denariz'quebrado", que fnl recusa-rto pnr unanimidade., Executou

• diversos projétns de caráter de-eoratlvn "em colaboração" e tra-hathou em ornamentação arqul-tetònira. sob annnlmato.

Em 187T expnz nn Salão "A ida-de. de bronze", qne , depois foibatisada cnm o nnme de "0 hn-mem que desperta na nature-za". Então, acusaram-no direta-niente; "a obra é um decalquesobre modelo vivo"... Estourouo est-andaln; o eslaliiário era ummistlfleador que não merecia amenor estima. Indignados, PaulDubrris, Falgulére, Chapu, ¦ Car-r ler-Be Ile ii se e Delaplanchcs rie-ciaram que a obra ."não é umdecalque do natural", mau umarealização admirável, sabiam oqne «Iriam", tinham visto o tra-balho. Efoi assim que o Estado,pára desagravar o mestre, adqui-riu a escultura, destina ndo-a aoMuseu dé Artes Decorativas. En-|âo — o* artistas puderam com-preender a causa —. Rodin ex-perimenloii uma reação definitivapara as suas faculdades e talvezsem propósito claro, começou amodelar as figuras ém tamanhomenor. Nâo fazia isso por eo-inodidade. para facilitar o (ram-porte. Era um "baluarte contra obdlo, a Incnmpeensãn e a calunia.

Visitou a Itália. Voltou des-lumbrado cnm Miguel Ângelo ePonaleilo, Introduziu-se nn cn-raçãn da França góiica e se in-clinou reverente dianle do prndi-gio rias catedrais. Escreveu, dese-iihou. nunca abandonou a graçagloriosamente feminina dessesmovimentos; teem espíriin demulher e Rodin ns amava...Das treze "academias" de 1851passamos para a pintura, na qualnos mostra um velho. Mais adían-te, o São João Batista de 18110,de interesse primitivo, e alguns

, (ir. Santo Sa-imt-iit), transformando-se nomo Agostinho. Alas n supe-r. Tédio Juliano Evnard. cnil-ítitlu de qne 11 jovem estavi

ic 11(01 depsra 11 verdadeira inclinação, pe-dinilo-lhe qne lhe executasse nretraio, (isinn.imía maravilhosarm que se vé a fé profunda e amai' clant inteligência.

Entrou para a Pequena Escn-li dr Aries Decorativas c se fez»mi;ii de IVbisIlcr e de FaulinLainiii- .. Depois muiu o líricoCarpMnx. qne o apaixonou com»ü formas dn século XVIII. lãodefinidas nos sens primeiros re-tr.itif dc mulher. Tudo se liga-e«traie, das revoluções mais fe-rti/ct vemos na Historia a unida-ttf dc relação indestrutível.

Ilitsriain — e e exa(o — (|Ue operfil dc Rodin era semelhanteni ilnt mon.ics esculpidos no pnr-lal ila* catedrais góticas. Aquele-*homem condo, poderoso, dc Inn-«a hurlia c cabeleira rigida -- umpeno inclinado, talvez devido áinqui. lurte dns seus pensamen-lm _ fui, n„_ dias da .iiivcnlu-tf. (iprhii-io em Sevres. .• Os de-

fiü ^^1

"Sim João Batista" tireriii-ando — (detalhei

e nue espatifa contra o rochedoo que fez. A dnr, a paixão e osangue. A inocência se escondeenlre o cnmuni que é só figura-ção, cnmo verdade única eapazda morte por veneração e abaa-

Rodin mudou a força e o no-me da sua realização alé tornarconcreto n que carregava no-es-piritn criador. Trabalhava narua, nos Jardins e na "la gulns-guelte ao borde de leau". quan-

f ljk^_ ESTA MAQUINA^

pJLliiM—*SÔMI AS VANTAGENS OA J

E"fala" na linguagem ela- mmnmo dr hn repreiehtí <!ei»

qutntt dsi cifrai » Aol pa». porque alt acréscimo re-,lucro», pot. . boi iluminação torna, centiipltcado. no ¦ume»deitara ¦ iu» loja. atriro pú- todo movimento diário. Utilizar

...;~ ,,«, b,n ,¦»• hfta iluminarão * e*«1íw«fblico e provoca, _.. —.aumento dr vendai IA bo* íluminaçle dt uma«mierclal í,lin iro K|rrd- -"negíeio, Jamai»

., _ » iiirigolavel Fonterenda 1 Ilumine melhor

«mierclal í, muita! vem, o a lua loj», dendê hn.ir. r a «11»iinieo anrrdo do lucMIo drum regiitradon lhe dirá como lol

-f/u..„ i._.i..i_.„n,.n>n.nn aceitada * im pmvidíncii 1

m LIGA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE

retratos. Apareceu "O homem denariz quebrado", n encanto rie"Flora" ou da "Orfanzinha alsa-cia na". Fer,-se paisagista e vol-tou ã escultura no violento im-pulso das caricaturas Passouquase que imediatamente para"A idade de bronze", o "Hnmemque marcha", para chegar à "Adefesa", terrivel nas suas diver-sas designações, , principalmentenuma que se liga ao presente.

Começaram os estudos da "Por-ia do Inferno" Terminou o Adão,o Pensador, as Sombras; em se-

INFORMADO

a Cardeal de Ri-' che lie u das reuniões ' quealguns homens de intell-

gencia faziam em cana de Cun-rart, onde semanalmente se cn-tretinham em conversações debom gôslo e em debate» de as.suntos literários, manifrutuu ogrande ministro de Luiz Xlll ndesejo rie acolhe - lns á sombra doprestigio do Eslado.

Citando um cronista da época,escreve Petit de Jullevillei "LeCardinal, qui avait 1'espril natu-reliement porte aux grandes eho-aes, qul ai malt surtout la langueIranyaise, en laquelle il écrivait-lui-même fort bien, demanda áAl. Boisrobert sl ces personnes nevoudraient point faire un corpset s'assembier régulíérement, etsous une autorlté publique". E'aceito, não sem certo consiran-(I men to, o oferecimento de Ri-chelieu; os companheiros de Con-rart. diz-nos 11 nomeado hlsto-ríador, sentiam perder com asvantagens daquele apoio a suafeliz obscuildade.

Nasceu assim a Academia Fran.cesa. O estadista que lhe deu vl-da não visou quaisquer vaidade*pessuals, tanto que dela não tezparte. Animara-o um interessemals alto: o de disciplinar umastantas energias esparsas.no sen-tido da unidade da pátria.

Morto o Cardeal, o chancelerSéguler não só desejou pertencerá ilustre companhia", como con.seguiu eleger "imortal", comaplauso unanime dós acadêmicos,o seu neto de dezescle anos, omarquês de Coislin!

Creada embora para favoreceraa letras, a Academia Francesanân pretendeu ser ¦ nunca umaassociação literária: "Uma sortede instinto, observa Bolssler, pa>rece tè-la advertido desde o pri*meiro dia de que ele nãn deviacnntentar.se em ser Intelramen-te uma sociedade de homens deletrai". E acieicenU o antigo ae*

gulda "O Leão que chora", a Eva,Hgollno, a Primavera, para agi-tar n espanto, qual um clarlvarlsinistro, com "A bela Heaulmlè-re", que-curpnrifida a trágica ba-lada do pnela Vlllon, que é a an-gustia da velhice ' sem ren.eriln,an recordar as horas 'radiantes

da Juventude perdida. I media a-tamente, resolveu, no primeiroeslioi.ii, 11 monumento de VictorHugo, a "Jnvem Mãe" e às "Me-tamorfnses de Ovidio".

"O pensamento" que parecebeber a água da inspiração, é seu

rim¦*WÈ

"Milo rie Deus-

discípulo. Surgiu, enlão. a for-midável expressão dc "O beijo"e a dolorosa leoria dos Burgue-ses a mercê do vencedor, no meiarios quais vive o choro de AndrieucTAudrés E. a seguir, "A ata-rice e a luxaria", "O pecado","U filho pródigo", "Aírndite", "Amorte de Adnnis", "(1 ídolo cter-n»", "Irmão e Irmã", ns estudospara o Balzac. "As' benções", re-tratos, a estatua de Ralzac," "OEclesiastcs", "Pau e a ninfa" ou"A confidencia".

Num eterno renascimento bus-ca a composição cm "Os primei-meiros funerais". "O bom gênio","O poeta e a pura", "Romeu eJulieta"! "A Constelação", "Aterra t a lua", "Bacantes", "Oeea-nidas". L'm novo rKnio no supre-mo canto do gênio. Rodin nãose detinha: desenhava;: executa-vã^ nrimfcrosas aquarelas fe sur-preen dente >. n)i>vimertlo^è «ra *rravadoí de "(U amores condu-^rindo ¦> piundo" e dns retratosrie Viçtor-llugií, (rabafhadns-coinuma agulha sobre a placa debro me.

Mas ttodin. sobre todasa ascoisas, fez falar as mãos e, ai*Climas vezes, os dedos dn pé ti-veram extraordinária expressão.O meslre. si bem que tivesse dilujá alguma coisa comn gestir de"A idade de bronze", começou a'demonstrar essa rara qualidade

vista nos alrescós rie Adjanlaquando modelou a mão di-

reita de "São João Balistapre-ditando'" — desde a erigem dasua elaboração sucessiva —. oque acontece lambem com osdedos de "A defesa", que sâo oclamor de uma súplica impres-sionante.

Acentuou o signitíi-a.do . em ,"Adão", Como que.referindo-$e àatração da lerra ea fatalidadehumana. O gesto oHginalissi-mn se concentra na mão que,sustenta o, queixo rie "O pensa-dor"; e nas Sombras caem. defôrma dramática como um des-

R.GVTIÊRREZmoronamentn. A graça maravl-Ihnsa se define nas mãos de"Eva",

poema estranho, de crls-tallna naturalidade; persuademna energia da figurinha de Car-not, que devia ser um movlmen-to na pequena cidade de Molay,mas.... o concurso não teve exi-to. A situação se acentua nn"Hgollnn" e se define, qual gestode encanto Juvenil, nn extremode braço do esplendido nò conhe-cldn por "Adele", e se intensificana- "A eterna primavera", quetambem teve várias deslgnaçaões,eomo a maioria das obras de Rn-din, que evoluíram por etapas eépucas, até a concepção defini-Uva.

O geslo qne em "A eierní prl-ma vera" se dulcifica ha sua vi-dade da atração, parece chamaran h as int.» em "A recusa trági-ra", quando o corpo se inclinasobre o precipício Em ronlmsle.os dedos entrelaçados fortemen-le de "A msrtire" indicam o hu-premo abandono no sacrifícioabsoluto.

Chegamos ao "t> beijo", de tãocomn vedor a presença humana.

O original em gesso dessa obraprodigiosa. Augusto Rndin deu,com o propósito de enriquecer aacoleções argentinas, an primei-rn diretor do Museu de Rue nnsAires. Eduardo Schiaffinn, quan-dn ele adquiriu; no "atelier" doartista, n mármore conhecido por"A terra e a lua" e que lambemse chamou "O sol e a lua" e"A alma se desprendendo damatéria".

So "O beijo", vibram unidas agraça e a ternura em máximaexpressão de respeito e delicade-na. Horas inolvidaveis, de gonosuperior e infinito, passamosjunto do grupo famoso. A li-nha de composição se resolve, se-gura, equilibrada; a mão esquer-da da figura de homem insinuaum geslo que nãn se concretizana carie Ír, que é um som pene-trante, que vae se aproximar, masque se desfaz e imalerialíza.Existe uma cnmnvedora sugestão'rte carinho e veneração nos de-dos que tremem em exaltaçãode delicadeza, opostos á linha dotorso e ao apoio rio pé. que Rn-din modelou em harmonia desonoridade imprevista. Tem qual--quer -jc o i s a da expressão datempestuoso instante da "PaslA-ral". quando já se .vislumbra oraio.de snl -40bre a natureza.

E vibra ó simultâneo choquecom o que cada mão de " Os bur-gueses* rie Calais" pode expres-sar: a angustia tremenda deEustache de Saint Pierre, deJean d'Aire, de Jacques e Píer-re de Wissanl, de Jean de Fien-nes ou de Adrieu d'Andres, o dopranto impressionante. Vão nscondenados em desfile trágico,eomo nos antigso calcários... Osburgueses estavam dianle da"Malsnn de Ville", de Calais, re-cordando a sombria exigência deEduardo de Inglaterra .. Tam-bem se achavam em Londres, nasproxmidades de Westminsler.,.Hoje. náo sabemns nada.

Recordamos "Le rêve", na in-tençáo que Judith Cia dei atribueao ':0 sonho" (Igg9). "Cest lerêve... que se aproxima da mu-lhejr e com a mão sustenta a asapara não fazer baru lho". E asmãos de "Afiodila" na supremadega de "A morte rie Adnnis":as mãos de.Anrtnmieda.de 'iBen-«ão"; a mão crispada de Alceste;a que se desfaz em ternura e dórsóhre o corpo de Abel nos "Pri-meiros funerais", que na morte

Bájpi. "*II^1

¦ ¦ «pi ¦ WEt'"J™

Rn dm

lo e indecisàn. e aue cuarda ma orcei.i*-;. V iiiiiii-tem muito respei110 O beijo" mostra o 1

liodin realizou umaquantidade de estudos sèhre asmãos. Teem reprelaçãn e pala-vra aíirmativa em (nda a sua

que guarda mamita caixa de 1imtras duas que numa rariciii siprema ele »m gesto dr adorne:formam a maneira dc ti .Uva,pmlal elernn. A" essas denuninou "A catedral"... Mas nãodeteve ai; toda í1 delicadeza da

"Os burgueses de Calais" — (fragmenteiobra e até checou a lhes con- sua emoção 1até chegou a lhes cnn-ceder a condição de argumentoexclusivo. Assim vemos "A mãorie Deus", nu "A ereaçàn", auda-cioso cnnceiln de beleza e vida;a sinistra "Mão do diabo"; a quesurge de um túmulo arranhandoo ar em'desespero e fatídico ges-,to; as duas mãos estremecidas

oda sansIM-

Variações preliminares da Academia Brasileiracretario perpétuo que as socieda-des deste gênero transformam-se

- facilmente em corrilhos, onde osinteresses pessoais, as afeições,as rivalidades acabam imperan-do, em detrimento da própriainstituição. O ideal da Academia— sãn palavras ainda do mesmoautor — foi ser a representaçãodo espirito francês,

Dentro desse principio lão lar-gn, a Academia conquistou umaimportância tão grande como elaeertamente não haveria alcança-dns e porventura se tivesse con-finado no excluslvlsmo de um rl.gornso e estéril critério de con-fraria.¦ Paul Hervieu, que foi um pu-ro homem de letras, achava qué,quando se desse uma vaga acadê-miea, devia ela suscitar emoçãoe cobiça nas demais classes doInstituto de França, nn- alto cie.ro, nas esferas militares superlo-res, nos círculos mundanos, nosmeios universitários e parla men-tares, e principalmente entre osescritores... E concilie o grandedramaturgo: "Cest

pas lá qu'unevacante académlque *'inscrlt aunonibre des événements ¦ d'ordrepublic, au lleu de n'intéretserqu'un groupe",

Encontrando « seu modelo naInstituição francesa, os homens '

que» »e propuseram a fundar aAcademia Brasileira não se con-formaram de inicia cnm aquela"feliz obscuridade" que tanlnprezavam' os companheiros rie'Cnn)art, e não quiseram esperarsossegados a vinda providencialde um Riehelieu; es forçaram-selogo por descobri-lo e associa-lná iniciativa a que se abalança-vam.

Hi alguma! icnunas pisaadai

João Paraguassú lembrava, atra-vés de reminiscenclas de AlclndoGuanabara, ds primórdlos daherdeira de Francisco Alves. Dis-será Alclndo ao brilhante cronis-ta do "Correio da Manhã" queAlberto Torres, então ministrodo Interior, pleiteara, sob a pre-sidêncla Interina* de Manoel VI-torino, a creação da Academia,segundo o paradigma francês e

- sob sugstáo de Lúcio de Mendon.ça; mas que, ante a indecisão dochefe do governo, preocupado nomomento com graves questõespolíticas, fracassara a tentativa.

A verdade é que Lúcio de Men-donça se havia empenhado for-temente, junto ao titular da Jus-tiça, para que se convertesse emrealidade, com ó prestígio do Es-tado, aquela aspiração de algunsescritores brasileiros, mas, nâo émenos exalo que foi principal.mente no espirito do próprio Al-berto Torres que tal Idéia encon-troú a maior resistência,

Alberto Torres era por nature-u o menos acadêmico dos ho-mens. Quando dizemos o menusacadêmico, queremos significar omenos convencional. Achava ofuturo pensador do "ProblemaMundial" que não passaria de umartificio, sem nenhum alcancenacional, a creação de um instl-luto entre nós, organizado peloestalão dn velho e já algo caducomodelo' francas. Além do nialspensava, e com razão, que a si-tuação dos escritores brasileirosem nada se assemelhava á dosescritores do século Riehelieu e,aislm aendo, uma providênciagovernamental, como a que sepleiteava, concorreria apenas pa-ra que se Instituía» um órgãodecorativo, tem nenhum eenlido

CARLOS POKTES

Nos arquivos do autor de "Fon-tes da Vida" encontravam-se do-cumentns ¦ interessantes referen-tes a essa rase de gestação aca-détnica. Deles tiramos há vinteanos passados uma cópia paraser publicada, a titulo de subsi-rilos da história da Academia1Brasileira, numa revista que en-làn aparecia, sob a direção do es.critor Elisio rie Carvalhn. Are-visla de que se trata — "América.Brasileira" — teve existência efè-mera e^dada a natureia da pu-blicação, pouco conhecidos fica-ram certamente os referidos do.cumentns.

Nu projeto de Lúcln de Men-donça. n governo nn ato da crea-ção da Academia nomearia dei.;acadêmicos que seriam Machadode Assis, Ararípe Junior, Lúcio deMendonça, Silvio Homero, CoelhoNeto, Artur Azevedo, ValentimMagalhães. Inglês de Souza, Ro-drígo Otávio e José Veríssimo..Estes dez elegeriam por sua vezmals vinte, na ordem seguinte:.Joaquim Nabuen, Olavo Bilac,Alberto de Oliveira, Carlos de<Laet, Joio Ribeiro, Urbano Duar-te, Medeiros e Albuquerque, José'do Patrocínio, Ferreira de Arau-Jo, Taunay, Xavier da Silveira,jTeixeira de Melo, Ruv Barbosa,-Virgílio Várzea, Pedro Rabêln,Guimarães Passos, Alcindn Gua-nabara, Albertn Silva, ConstandoAlves e Capistrano d.e Abreu.

Os trinta acadêmicos, assim ei-colhidos pelos dois diferentesprocessos, completariam n qua-dre doa quarenta, elegendo attli-

sua emoç.iilidade estremecida 1mais pura virtude das suas exal-(ações poz nas "Mãos de a man-tes", imortal realização de quemoutorgou a máxima virtude detriunfo às mãos do "Apoio vence-dor", que sustentam, na mole, aestatua dc Sarmicnlo.

dez que seriam considerados .só-cios correspondentes, assim indi.cados: Assis Brasil. RaimundoCorrêa, Clovis Beviluniia. Mar-Uns .Junior, Fnnduiia Xavier,Salvador de Mendonça, l.enncinCorreia. Aluisig Azevedo, LuizGuimarães Junior. O nome deAluitio aparece, pnr equivoco, re-petido nessa relação.

Nãn tendo vingadn ns desejosrie Lúcio de Mendonça, a Acá*demia, ao ciinstituir-sr. comn im».tituiçãn particular, já.não maisconservou Integralmente- a listade nomes que havia vldn ante-riormente lavrada pára o conhe-cimento de Albertn Torres.

Assim é que Ferreira de Arau-Jo, Xavier da Silveira VirgílioVárzea, Alberlo Silva, Constan.cio Alves. Capistrano de 'Abreu,

Assis Brasil. Martim .tuiiior, Fnn-tmira Xavier, Leon cio Correia eJoão Ribeiro tià.ii aparecemniais entre ns funiladnre.. subs-tituldns qur fnritni nnr Pereirada silva, Afonso Celso, SilvaRamos. Fllinto de Alnfelda. Ma-galhãcs de Azeredo, f.ulz Murat,Graça Aranha, Olivcjra lima,Garcia' Redondo, Dnmicin daGama e Eriuardn Prado.

Nãn foi esla somente n altera*çãn. Aquela classificação de só.cios eorrcspniidentcs brasileiros(amhém desapareceu, cnglohan-do-se todos ns quarenta numacategoria unlca.

O oue não deixa <ic ser estra-nho e.que pessoas que figuraramnas listas dn primeiro inntnontit— como Assis Brasil c VirgílioVárzea — fossem, ao apresentar-se candidatos, alguns anos depoisrie.ipaugurada 3 "Casa de Ma.charin de Assis", tân fria menti;acolhidos pelos seus primitivos"íonfrades", qlie ns deixaramsem cerimonia "á porta da rua".

San mlstérlns estes dos deuses,e até ai não pode chegar a In-discreçio ío» curiosos da hlstó-rlk.

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^'";: "¦ '¦ ¦¦¦¦yr^V^Í7y77rrr- Ia-,.,-.-^,-^-.-,-..—,r^^r^s^w^r.,... .laf,.,»..;,.,,,,.*..,,,, ;.,,,, ,,,,„ "VT'W^"í"~^~~í(j-~aVl

LEIA HOJE MESMO

MÁYERLING

EDITH MAGARINOS TORRES

Página 4 DOM CASMURRO iMASCARAS1S-WM1

réÈMi alrit Mariarlda XInu. sua eranrie amiga e sua

Frederico Garcia Lorca

Acaba de aparecer

MÁYERLING

O LIVRO DO 1IIA

Cotn.i ! Margarida XI nu. (rande interprete

» TREVER-ME a destacarA Utn nome da imensa sei-

/l va tíe nossas mortos!Tanta os humildes lavra,

dores da Andaluzia, como ••,' mt-neiros de Asturias c, os carpin*teiros, os pedreiros, os assalaria*dos da cidade e da campo, c-aimíiç mulheres e as crianças, cadauma dessas sombras ardentesteem direito a aparecer diante dclodos, teem lugar na coração detodas- T»das essas sombras ler-fineis teem nome na recordaçãonomes dc fogo e lealdade, nomespuros, antigos e nobres cm» emoine do sai e du atina. Com,, 0sal e a agita se perderam dc tto-

Sim. cama atrever-me a esco-lher um nome, um sõ. entre tan-tos silenciosos? Mas a n-rne qutvon pronunciar lem atràz daisuas sílabas sombrias uniu tal

riqueza mortal, é. tâo pesado eatravessado ric significações qut,a,i pranuiicia-lo sc pronuncia cnome de todos.

Frederico Garciaiu/nr tiiltarn

melancólico, profundoiauça. o po-

vt! Si sc tivesse procuradaquem sacrificar, como se sacrifi-ca um símbolo, nâo sc teria enconlrada em parte alguma outra'como esse. Aa dispararem cont.ro

. êle dispararam contra •> coraçãotía raça.

* .* +Nâo set como jtxar a sua recor.

(facão, A luz violenta da vida Uu-minou upctias um momento o seiirosto agora apagado. Mas nesseamplo minuto de vida a sita li-gura resplandeceu com luz solar.Assim como desde o lempn deGongora c L„pe nâo tornara aaparecer na Espanha tanto tm*pel; criador, tanta inabilidade deforma e dc linguagem, desde essetempo em que os espanhóis dnpou» beijavam ,. hábito dc topeCc Vcga, não sc linha conhecidoem lingua espanhola uma sedn-ção popular trio grande. Tudoque. tocava, mesma nas escala* detío estetisnto misterioso, aa guaicama grande poeta letrado nàopodia renunciar sem se trair, tu*rfo gue tocava sc enchia de essen.cias profundas, de sons quc che*gavani ao fundo ci„ ouvido dasmultidões, se empreguei a pa-lavra estetlsmo, c preciso n&ohaver equivoco. Garcia Loiraera o aníi-estrta na sentido dtencher a sua poesia c o seu tea-tr., de dramas- hnman„$ e tem*pcslaúcs do co'aeá,. mas, porisso. nãa renunciava aos segredosoriginais d0 mistério aoctic. Opovo. Cm maravilhosa intuição,

apoderou da sua poeta que se

nuda, etc, foi talvez o it^tco sn-bre o qual a sombra dc Gongoranão exerceu o domínio de gelaqve no ano de 1927 esterilizou es-tetteamente a grande poesia jo-vem da Espanha- A America, se*parada por séculos dc oceano rf»spaises classícs do idioma, reco-nheceu eomn grande esse poetajovem atraído irresistivelntcitte.para a povo e o sangue. Vi. cmBuenos Aires, há três anos, aoloriftcaçâo maior que um poetada nossa raça recebeu, as gran-des multidões ouviam com cnio*çào e pranto tis suas tragédiasAe inaudita opuleucia verbal.Nelas se renovava, ganhando no-vo fulgor fosfortç» o cteritn dra-ma espanhol, o a»i»r e a mortebailando uma dansa furiosa, t>amor e a moríe mascaradas edesnudos.

* 3- *

Pela lembrança, fotografa-lo, èImpossível. Era unt relâmpagofisico, uma energia em continuarapidez, uma alegria, um res-plendor, uma ternura completa-mente sobrehumana.

A sua pessoa era mágica e nm-rena e traila felicidade.

Par curiosa e insistente coínet-detida os dois grandes poetas jo-

PABW NERVO Aesgotavam luntas as origens dapoesia espanhola, e folklore mt-lenario da Andaluzia e Castilho,levando gradualmente a poctícada graça aérea e vegetal das co*meços da linguagem até a supe-ração da graça e a entrada naselva dramática da ruça. Entãosc separam; enquanto um, Albcr-ti, sc entrega generosamente dcausa dns opriintüos e so vivepara a sua magnífica fé revolu-ctonarttt, o outro, volta cada vezmais. peln literatura; á terra, áGranada, volta até voltar com-plettnnente, até morrer nela. En-tre êlcs não existiram vcrdaQet*ras rivalidades- Garcia Lorca foiquem, cm palavras magníficasofereceu, em nome de todos pre-sentes, uniu grande homenagema Alberti. em. Madrid. Meses de-jxits partia paia Granadas. £ lá.por estranha fatalidade, espera-va-o a moríe, jne reservavam pa-ra Albcr ti... Sem esquecer nnosso grande poeta morto recor-demos um insatnte o nosos gran-dc camarada vivo, Alberti, c tam*bem um grupo de poetas emaSerrana plaja, Miguel Hernún-dez, Smilio Prados, Antônio Apa-rieio, gue continuam de pé,

* * *Mas a inquietação social em

R M

ca -ita e já nc cOntdip Cano ãiWníma nas aldeias da Andaluzia.O seu antl-cstetisina é talvez aorigem da sua enorme pnpulari-dade . na America. Da geraçãobrilhante dc poetas como Alber-ti, Aleixandre, Altolayuirre, Cer-

Garcia Lgrrá — "hombre, lleiaba al nliii> enamorado de au madre

rens rie motor renome "a Espa-nha. Alberti e Garcia Lorca seassemelhavam muito, chegandomesmo à rivalidade. Amb-s an-daluzes dionisíacos, musicais,exuberante*, intimas e populares.

Garcia Lorca. tomava "ittras for-mas mas próximas da sua alm.%de trovador morlsco, Com a sua"troupe" L« Barraca, percorriaos caminhas da Espanha repre-sentando n velho e grande leatro

esquecido: Lope de Rueúa, Lopede Vcga, Cervantes. Os antigosromances dramalisaríos eram de.volvidos por ile ao puro selo deonde tinham saído- os mals lon.ginquos recantos de Castilho os-ststíram ns siins represe» ín ções.Por éle os andaimes, os aslurta-nos. estremenhos tomaram a secomunicar com os seus geniaispoetas apenas adormecidos nosseus corações, já que o espetãculoos enchia de assombro sem sur-preza, Nem 0s trafos antigos nema linguagem arcaica chocavamaqueles camponeses que muitasvezes nunca tinham visto um au*tomovel nem ouvida um gramo*fone. No meia da tremenda, fan-tastica pobreza do camponês es-panhol gue. eu mesmo, vi vlven.d„ em cavernas e alimentando-se—de-hervas- e repties. passam otorvelhinho mágico de poesia le*mudo entre os sonhos dos ve-lhos p-etas o desejt, da cultura.

m * ¦¥.

Vlu sempre naquelas comarcasagonizantes a miséria incrível dopovo, sofreu o inverno, cam otcamponeses, nos prados e nas ca-Unas secas e a tragédia fez cs-tremecer com multas dores o seucoração do sul.

* * *Lembro-me de um caso que

Contava. Dentro de alguns mesesdeveria sair de novo pelas est-a-das la representar "Pertbanez"de Lupe ãe Vcga e Garcia Lerapartiu para percorrer os recun-tos de Extremadura em buscadas trajes. dos trajes autênticosdo século XVII que as velhas fa-miliat camponezas guardam nassuas arcas. Voltou com um im-regamento prodígios- de tcadasazues e dourados, sapatos e. cole-res, roupas que pela primei-a tesviam a luz deste século A suasimpatia irresistível obtinhu tudo.

Uma noite., numa aldeia daExtremadura. sem poder dormir,levantou ãs primeiras luzes d«dia- A paisagem estava cobertade neve. Garcia Lorca se sentoupara vér o sol nascer Junto aumas estatuas derrubadas. Eramfiguras de mármore do séculoXVlll e a lugar era a eitfra^a deum feudo, inteiramente abando-nado. como tantas possessões dosgrandes senhores espanhóis Gar-

-cia-Lerea olhava Os torsos parti-dos, de uma braiicura iluminadapelo sói nascente, quand" umcordeirinho extraviado do seu re.banho começou a pastar juntodele. De repente cruzaram a cs-trada cinco ou sett cerdos negros

James T. Farrell ¦ riüh-ii.

MAURICE EDGARD C0WDREAU

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l'iii"H'M l.ii,'...,M-i- ãil- n-l th. mic,i,i„ lnn<i i|iic Allioil llnlucr A rni iiiiuii-IIii i.iii -l- jiinlnr n<• lite |»ull»in lei- <li-e.ii«lo. (leMieve 'lin llie slnn-e" fliIi.ii1iL.il'-. .le li.l», .1 ,r,~e ef-„-

A. ile.,Hí,V l-iiirell u». fim (tlIMÚim «I» iolHOcln, InmhéiO). V.' leu .uiiiihíi , >t- laicr M-tillr'"" "'»'"'' - »"Ij .-.ea. ,le iiiii,.- «vuleoie .. .-niae lo-liioi-níli,... XS tt ¦., „i |fi.-|.., |ultil

I..1I11 il., miliiiüli iiilf-iiiiii-ii. '¦ ii ao. .-ilit-i .- ili-....ii|in.l.,.. im..'.-!,! iHlo. mir.(liou o iiul.ir ilu lril.mli. ile S|„,N mileni ilinlilar il.i •liii-erldinlc *!¦: i|iic. |iiim ouile l.m h »un mil mi,

•'¦itibi nli iii.i liem ri-nnir iniildi. e-H<tilori>, ( ulurl I)h< « ill». lurri-ll w|tne'"'"" ''•"'f'' ilf e.i/,lii. Iiiiii o Jovem William l.i.rrlj::iii. o Mil lier.ii |»-li> ile*|H-i>liH<lclro em

¦Iii- jiurti. e.ei-iioi.-. aiiiiili--»merl. lie Sim]-, lar nli mw ii|iir.i'iiln I mil iiiiilc- ile|H>|. ,h* ler vaiciiil»,lan.ii. min ¦(• ile ii mi I.i; In- euoi vld» nu. <->eula> caUillfii» .!¦¦ cm 1S0. ein Ini.tj, ile iihIhiIIio (Cii-

I:-|.iiiiIiii. i-u {.,„ t liium,., ii ^; cíiliilíc.,. i* i-iii.lltii-. I' Iiti iiiii- «lin Hlll e .|iu-rlii -e eiiMir iiiiii íleil[< liieiein, ,|,- umu ,(,. „„,.. n,,,,!. ik.lm no hnerior lia Niiiillla l.urrl- •• nmU iIi|ih—íi |hi.-I\>'I|. incle-.pIlu i-ili-í-in; nle (inlire. I'»l «lu- icmi, im.lo ¦> li*nill.,òe- e ll- w|»t«- ou ii i (-.ml um Hluitut- tle imcii-alio iieln inó .. pei., ||„ m, „K.„, rli,im-* da velliii Irlanda •¦' coii.ci- mia i|iu- » leva t-m |H'ikh. dia-,ilu |iei|iieiui liiir^iie.lii Irliimloii vam Ile lun'nle. Sluih. o. Iroiôo* fiiilui UH mm».mi nirini-léin iruillvi..nn| do ciiti.li. «• li-mAi coliiililtuiii nn |iii>oil-eiil- .\«lm lei-iniitH ii triluiria itei l>ini, ri.miitiii. \rn niriii. (-«i-uln. iliiili' mui» i»|Kintii>ii |.nri< erluiii.'ii- KIiuIm laiu-rliiiiii, num (In» ol.ru.¦lin- ire^iieiiliiii (lni-pu. CluMi iiiii.» |iiiI.'mÍ rula») elll IK-ii* r uu '""li lm|Hirlniite» da e«eiilii iiutlun-¦-iitni \M~eliu, .¦ nml. mnle ,sn,ui rellulfui. Mm ml» iiiii im|irevl-i.i li»m du. IMiuí». loi ilu». r.Mle-Mj1 "1" ¦' "" i> iiilere-i- ile ili|ii«iiu.íid e mi-ler ida de iri-i" ceii.unir u hi ¦ |ii-Iii l.-ulliláo .|,i.|il,. "1.11-il.iiM "

|,,|„. (,..,. n erliiueii. eu Iii n dule.ee min (lui.i iiiiriull.a., | urrei | iIcm-iiIiii ,«•„*'¦¦'""" iiileliiiiiiii- »|.i>nr ill-n, n« niilui- iloii. mm- nml. larilc, li> |ir«|iii ihn iiih.i-, fiun íle, o niimdii'¦ 'eiii-ii ii lilein ih' eiie^iir h -rr iiih pnrn nm -eu In tuluuii-: "llie é rui In dc mim iiillniiliiik .lc |uiil-""' "' de lon. r m-kuIii ii- rm-. .viiiuiit Miililunnl or SHul- l,.irrl- i-nlim, ile mu umi Inciilciilaiel,-.i„ i'.iit>'.|i.iniI|.|.ii-. .In I imiflili- KHH". d" |iit|iieuii> i-leim-uli». i|ite C-le rerte ile rtili-jiuo, r.-tuiuiu-i 1:1 liiuii- i. iirlinclru c o semiiirtu «i-ím-i/a fxn dcM-ri-vi-r „ mnl. riei-

Imiiii de .e fi.íi-r e.iiliiii- ,. e.iiMcu- riiiiiiei- Im.laute. Inlcrlor nus iluis; imiree mulio ihiiii n. 1ii|H>»i-Hrln.e.-i—e do iitlliilnite du iuinliiii-'U "(ia«-lliiu.i' Me io de **ut une H« noswi» nvií» uaslntam Ob|j.irii .Vm» Viu*. A uri hu e.iii. um iii» de irnlmllii. nn» iJIiIiiiii. .li Ilmiv i. ile vlllll. l>-n lêinl-

1'1 ' " iiiiiliiiluieiil.i ilu. tn. iii-tilnl Ktiirenü (umi ). 1'iiuier- |iiiiii-n clii/cuius, unili- u m.-iiii não é«"' I"" •' il«* liil-i-rlii. Ineiluíiil. .um lnli'1'lnlinívi'U |mi- h-leriuir, lli I- uiiiIm du ifue umu .uie.>rui de 1(11,1 -¦In. umiiile. eliliul,-., |>i>|n,|y t\,. ,,.,¦ |um>» iiirlndo» |»>r Intcii^ôfN lui- iIi-im Iiiii leceelru loliinii-, o» |>u»-

kiKuii .i riiliuu,, "el.e|„ ,t,. ,„,,!,,-' H|ire-i'nluvi lc liileri-s-J k**"1". irun* ile "tinr»" niut.l,,.<'•> " i* «i"" eiim.i.illrlu .1, du ilm nliiriu, |h>|. A» |ier.-.iiiiim'ii-, >>>' |iiii.tii«>. Vnrirn -i- .enli- n |.n>-Itelluv. 1-111111-1.1 osirevee i-i .Me fiiniv, unlliei- Sli i-, n tu.. líic-"iíi. nlé iri,c ,. tiüu .f u».•¦ cm lllltll (imeelieu i, i-.iuuiMee ,,„. rH .lux-rlui ilheri» au- «'¦'•'n dl/ei |,. e.llo im nllus e ni.tilicmlii iii-Iii "Vniiiiiinril l're.» ", em ll... ilu i<<u»|iHlililn nuo lalluvii |.ln.- bnliim ile..n vn.ui .liiHHiln elii/en.Jllliai •¦Viniuir t.iiri-liijin". |.,,,.„ r u.nvam umn lliicimuein -ii- "<< "H"' deli» n„ .¦uiiitili i lellur

>l'i'lii imii.li. liilereiMiuli- mu e.i.i. Inuu-H > im| -à Hti forlf de arteil'i -"• o impei ilu er)iiiii,<i. nu ii, |i'arrell (cie r:\iitn i|iiuiulo niliuii v <lf vcrtliuli-.ternluiu uiiiie-ii inliin eiuileui. liara Sluil» Innn. O iiieiiluu -o Tineir um-.1. T. I'u -II icii.Im ilu»V"" o. «ur i. mil m-ii li.ln. .li. tet. Jovem, (onlln.i.iii «endii reli- luilitim lifilNHIvu. •* |uuli> ('«reverMuruiHi. im diM iMuilu. Iiildoa. pu. bIii.i,: ficnieiiiii • Ijtrojn, imir.<..u- «•iiiiltiilu.* lulelui. .i-ui noe mnln

{ ...õra* (lo. 7'lcmeimi.' mui- liii|n..liiii-I len Mn llmi|(1mii;*<i 'le-iiuierlruiin.

rnnlltus -le vnl-.r: Ludulu Leiv|...l,i,,Wnl.li. 1'rilNl.. .Mleliuel li.ilil. ,M, .¦ ou HHiiIjí, lli-tt ll.-elil, !¦;<(»III.I

orna t-etelu-ldiiilii ih.i iiíplilii inimiialiillli/tnira. WlllHim Sm.¦. n ».i rie "llnrl.iB Viuimit Mnn "i. lli.rim* TrniipíP", guniin, no* irlnn-

re>«i- i|iu> u||ri>eiiiu luiru u> ii»lcúlu-lm o» |irimeliii-- «no» ,|u vldn lm-

• ¦¦¦lllltf.fi |UH'u' l'\|ll'llllll- H hCll.lltíll-iliiilc, limn jcrvlr o. ile»eio» de rei.xIml|i-iii,tíu eiioiri .iiilcilmle

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llo.v", di- luluie. II ii nli-1 , f\ í..[.

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\'el»iòi Aliireui "Boi.lon [Io»*", i|r Kllllalld IlIlIltllCI-Jí.

iiieiitu* d* eiime, c. eom on eomim-uliflii». um ariiini de Irlaiulf.i'*i|iie nn ih-iiii dc rnri'i'11 uiliiiiirr numrenlldailr iiulAvi-l, i'ii|iiei-e fm-ll-nieiiic as ll..-r.i'< du «iiieiilifle, rre.¦liioniH an chbii. dc iirnr.cr. euiliriu-Ka-ie, tirlicu e, Irati.fnrmudo m>ilu li .lun m ilo IihIi-1'ii, .i-iluc I.HlllK II»rii| Iirau i|iip ie ileltnm ulrnlr |ielnnun vlrllidiidc. i) volume tertniu.iiK>m iiiiih iftia de urltln ite c*lri-nmliiii* fi'sU'Jntii o Ano Novo, Anui.filmo* rcxii-lnin o Ano Xovu. Aimi-nlieeeii o numa e«r|iiliu», Ju/ Wll-

(•miirlnandu, »uh o

'.1iu1|ínn-iim-imlfi,

mmilM e i|ne o mui iiirni.-Afi, eufcii-Himi-lilit pelo* eiitCHao», nmeiu/iiiiiruinlmeiitc, |iHmr,

P.uleiinoK» definir "diiditmeui

1'iiIiIIikiii dul» voluiiii'»: "ChIIiiSIiocí" Mttill) c "liuilloliiiL* Pnr-iy" ll!i:l,1|. i|in- lei-iu lim (-om muilus -eu. iirliiirlro. iiHitu», .NtlMl>"ilf ouilv .nln u iHlóiria. H o fam dclerem siidu ile.»»» ihiiiiii* |iúuIiiii*,kiii»»!.» viiliioie», exiillea inelliiut|tit> f|iuil(|ui-i- nufillM- n vlüflo t|iic oiinlor ii|illi<u nu iiiiiiiiIii e-tlerliir,A» iirlo ile Kr.klue Caldwcll,(|iie itigiin o «e-ln ile um ln»liiuieo ii ria» cu in ffmi<l»A(> ilu mal.lu-l llm ii u- efeito, um» i| uo tni)iti,;i'iu Io «e In mu ii nma ril*nn,-iloHltiuln do» iieixiimiceuai fnrrelt,i "In a»l|.e dl- vl-lli C meu ii. vlvn,i" ¦ foiiiirirtflcu, wV »e nclui A

iiiiekwn, Ik-u .r ei|illeii |Hir i|(iiiiiün »e ci.eimlffi uí-le ih-iiIiiuiihluudcmiH iiui-u n ra» rifla tle, an pn—nu l|in' 1'nldnell »e li|ll(illtilfl delu.

ile di-

¦|.a violenta lui itc la riria lllumlnu >nl» um momento iu r.islin. nl,.,hei l.li. > a nas ado"

qua se atiraram cm cima d<- ror-delro e. em poucos minutos, tinteo espanto e a surpreza de lorca.o despedaçaram e di vraram.Lorca, preso dc itm medo Incrível,imobilizado de terror, i-ia os cel-dos ncyns matarem c devoraremo cordeiro n„ mela das estatua.,caldas, naquele amanhecer soli-tario.

Quando me contou isso. no re-gresser á Madrid a sua vaz trc-mia. pois a tragédia du mortenbsecava alé a,, deliria a suasensibilidade dc criança. Agora,a sita morlc, a sua terrível:mar-~tc,

que- tirada,lios fará esquecer,,-me . traz a recordação daquele'amanhecer

sangrento. -Talvez avida-- Hvefúe 'oferétltlo- ti aquelegrande poda. terno e protélico.adtaiitadumente e em s\mb«la

—tcirivil, a visão da própria mor-te.

Quis trazer 'a todt-s i: recorda-(¦no rio nosso grunüe camaradadesaparecida. Muitos, talvez, cs-verassem dc mim palavra* tran-quitas e poéticas, distantes da

o quisgustieesperanças mas. >i". ¦¦>snírto da Espanha cu. !/i'iricano. espanhol pela "nlingua. só poderia falir ¦desgraças. Nãn sou jji :"'tomei parte na contend.ie as minhas palavras. q'i<

são apaixonadas. E' pre

America Espanhola e a(Hi Espanha, uii» esquinunca ncin ' nunca peruo assassslnato dc quemramos o maior de todo-anjo deste momento elingua. E perdoem-met-das as dares da Espamdc rgue ¦¦ marle de i

O tempo que vai passando...

mino ii-iiuuics doa "bu»- tüiiida. Aamiia moinl, «o li rei mio. « rA|iitlu de uui ajtiai* dotado àt

NO RIO A DIRETORA DO MU-SEU DE ARTE DA CALIfrWRNIA —Realizando uma viagem dc.esiuüospelos paizes da America Latina, clie-gou ao Rio de Janeiro, pelo avião ilaPan-American Airways, a sra Gra-ce Mt"Canii Morley, diretora do Mu-seu de Belas Artes de San Francis-co da Califórnia.

A sra. Morley, tendo já visitadotodos oa países do litoral pacifico edo Rio da Prata, acaba de passaralguns dias em São Paulo, de ondeveiu agora ao Rio de Janeiro Nodia 6 de março, ela prosegulrá a suaviagem aérea, voando pata Belémdo Pará. Pori of Spaiu. Snu Juandc Porto Rico, até oa Kstados Um-dos.

INSTITUTO NACIONAL DECIÊNCIA POLÍTICA — No ntidilo-riiiTii da A, B. I.. realizou o Insti-luto Nacional de Ciência Política aaua sessão semanal de debates eestudos, com uma assistência nume*

Falou em primeiro o Dr. PedroVergara, sobre «O Castllliismo".Fez um estudo profundo dn doutri-na do grande chefe gaúcho, mon-trando a sua projeçAo através dalempo. como norma de erganizacãupolítica.

Em seguida, o Dr. Monte Arraiasproferiu a aua conferência sobre"Getulio Vargas e Positivismo"..!»qual estudou a afinidade da orien-taçâo do Cliete do Governo com ospreceitos da ditadura republicana,preconizados pela escola positiva ,

Por fim, usou da palavra o Dr,Jofto da Rocha Moreira, que estu-dou o trabalho do Presidente Oetu-lio -Vargas em relação au nordeste,mostrando com o apoio de Interes.santes dados estatísticos que aupe-rou a de lodos os goverr.os ante-riores

Encerrando, a scspío. o professorBenjamin Vieira, depois de agrade-cer a presença da grande assisten-cii fez um breve comentário sobrea contribuído dos oradores aos tra-baihoa da Instituto,

A nsistencla acompanhou com .en-ttislasmo a sesüáo, havendo Interes-.santea apartes e aplausos duranteos dlkurscs.

CONFERÊNCIAS — O Sr. Pas-eoal Carlos Magno, cônsul do Brasilem Llverpool, a convite da BrltlsiiBroadcasttng Cor nora l lon, iniciouuma serie de palestras brastinlias.através das quais estudai* obras 11-

Farrell «pllra no» «eu» i|iiadro» du»lda l»liiiiilu-iiorli-i»mi'ii(-uiin |iru<ixtni* de iiilnlniiirit. K o mir tn/ íi-mil ludn n nllu-erliludi.-, •vm «eituu-ilo iicnufliurnlo de |ii'i>|innituilii, slo aen nnnte fnl Ineliilito nn recenteaiituliiBla dr lllernluin iniilelArliiliiii'le-Hiiii'1'li'iniM, i ntilinliieiile |Hir-que pintou o |Miti> uue conhece,Mu é puriine relilnilli|iie ou cnuiha In, romn diria .litlleti Hi-udn, *.um "clere" que entretanto niouai».

Eslas irradirlamentc íp :

tuals ria B B. C.

ão Icilas (lia-hora dn Rio

uiiKióes halji-

UMA ÓPERA BASEADA NA VIDADE AMUND3KN _ O cuiposilor 110.ruegnez Grelrr Tvaii terminou umaópera baseada na vida di' RoaldA111 und pen, O cdiiIipcíiIi> explorador

A nova ópera lem o título de"Oeste-Sul-Leste-Norte", baseandu-se nas quatro príiicitiaii expediçõesde Amuiid.seii: a passagem ds No-rorate, o Polo Sul, a passagem deNordeste e o Polo Norte,

A cena do Poln Norle passa-se nacablne de comando do dirigi vel

O INTERCÂMBIO ENTRE PRO-FESEORES AMERICANOS - O srStephen Duggan, diretor rio Insti-luto Internncinnl de Educarão, emdiscurso que pronunciou «11 NovaYork., leve ocasião de enaltecer apratica rio intercâmbio de prof es-sores e estudantes en're as nnçôísamericanas, como elemento dc altaimportância pnra o melhor entendi-mento reciproco.

Disse, em certa altura da sua ra-ção..o sr. Duggnn;"O perigo que corri o Indepen-.dencla . das nações ê inherente aoatual conflito europeu.

A atitude mais amistosa para comoa Estados Unidns. crença peln nos-«a polillca de "boa vizinha 11 va",torna"evidente a grande oporttmida-do que existe em trazer estudanteslatino-americano para as nosasasUniversidades, nfio só pelo quo Issorepresenta em valor para os seusestudos," como também para umnmelhor compreensão do ciue é a ver-dadeira signlflcaçAo ;!n Dcmocra-cia".

ANIVERSÁRIO DA MORTE DERUY —- Foi comemorado com exce-pclonnl brilhantismo o transcurso doaniversário da morte do urande bra-slleiro Ruy Barbosa. Em sufrágiorte sua alma-foi celebrada missa 11Bmalrln da Olúrla e durante o diaa Casa Ruy Barbosa esteve abertapara visitação publica,

EMPREENDIMENTO. LITERÁRIOINTERESSANTE - Apesar de pa-recer absolutamente regional, a "Bl-bllolecn ãe obras e Autores Fluml-nenses" dlvulua obras nacionais deescritures fluminenses c obras flu-inliicnses dc escritores nacionaisE' um Gmproetidlmento nobre qnemerece o apoio e a simpatia de to-rio* os brasileiros que se dedicam Asletras ou que gastam dn leitura

Trata-se de uma iniciativa moça,sem nenhum" apoio oficial ou de oti-Ira espécie qualquer

A lista de obras publicadas * aseçulnte: "Conaplmçfio dos Buííos",dt Joaquim Laranjeira lEpiaúdlu

hislòricn passado r,n Blii.'.;

Cnini/iilies, eícrliiii" :;:.i: '¦".:"Ritmo rio Século" mm.iiiif. rJe" iContos ppassado.s nn IIJaneiro c da íiiitona dr AL'..1:OUveira: O "Préim.>" ú- I.i-

foiiho"" rie Nilza Mar

c:taiíCONVIDADOS INTEI.ESUL-AMERICANOS PAIÍATAGIO NOS ESTADOS VNUni telegrama rie Washlnitinos que mais dc dei" pc.-. :de nações americanas c-iirabreve aos Esiaiic; Unidasestádio rie tres meses riu:quais estudarão e observamniiuios da cultura, do ci-mnIndtisina. com o objetiva ilvolver as relações entre o.- |hemisfério ocidental. AdemIreraiiia que, do Brasil, uücri torta prol, Pedro Calnuiipi- Americano: ria Ameiiiin.loriadoi" Henrique MarMiir-'mico Josué Golsnd, da Colprof, Roberto Cesta.**r: tio historiador AmuieRui v fUruguay o prof. Ca^ia ; Iescultor e pintor Zorilli fMartin.

JOSE' DE ALENCAR KMANCISMO BRASILEIROpróximo dia 13 cli> coitíiih'ldclo Tiradentes. o escrlUi-Arráes fará umn conferriictema "José de Alencar r ocismo brasileiro".

NA S. B DE CULTURA IN-GLESA —" À Sodedade Braíilei"(le Cultura Iiiplesn niaicnu pi rs «corrente mis um lntei'?sfnnte co";ÍHiito de atividades, parle úe fl"a'jí Iol cumprido eom «"ia! apracio.

Na impossibilidade d? clluniiiimutudo quanlo muda existe por esecvtar, ¦'¦¦""'

.¦ Circlf"

baste paia provar 11 íism-i-çíi-i "C"11"feita . Quinta-feira pr" ~ '" 'e mela horas, o "Draiproporcionará n leiuiriHenry V", de Slinki-sne.H- *"^IB. ás 17 e meia hora*. Mr. Er,cChurch Iniciará uma seri" '^ l""'".'trás sobre -Aspeclos da l:.nlsitt*i"rB ¦abordando o lema "Thr En-Jis Vil-IBCé" No sábado seguiive, 22 ae*exibidos os filmes

" cUwuuieiit*"'»"London Can Talve II" "Aslianu

"Island People" e ' Oxtorrt '. A •[.

serfio lidas as peças "Tlie Breno-

Wlnncr" e "Dlnner nl E!íht". «*"lireUvãmente, de S. Mauglimn e *¦•S. Katifmaun.

Como vemos dessa répliia "r<"réncla — em que nflo íncliilmwi er"lie ir.itras iniclallvas linbiismií. »¦

Sslesiras dn curso de llicratiira «¦

Lr, Erlc Cliurch - ti-ata-sc ds »™proprama á aluíra dns iiiuW»;de dlfiisSo e 111 terra 111 riu t|iir ^sendo Btlnpida.vprla soei edade- w•Uelra de Cultura inilesa,.

Page 5: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

................ ,.„ , ... , r , ,~ '*',';¦'¦ ¦¦.¦,';'.¦,-. . '.:-S-ft;^'ií?l5W*'^?^*W

IE1A HOJE MESMO

MAYERLING

FPITH MAOABINQg TORRB»

i DOM CASMURRO ¦ ¦¦ P.gin» tEM GERAL^ü^_^^^immv 15-3-011 «™-™««i,—«^^—^—

Aruba de aparecer

MAYERLING• famoso rnmsnee na Coleçli

DOM CASMURRO

O LIVRO 1)0 DIA

Filosofia Contemporânea0 HOMEM E A TÉCNICA" - DE OSWALD SPENGLER

SB

olhássemos a evoiuç.lo hle-lúrlca da Humanidade por¦ ,m pi-lsma absolutamente

««tro veríamos, em cada fase daK Pvolínío, em ''Bda deacoD-.ita¦'" ,5°, sm ssd. 'íiierra. esn s«.ff S

* mi HIMOto - « «nal» ia-

Í....I.S tia Iwmsi» * •«"«"' ¦'"'!*s.rr,si,."""«*'íí"^"'tivlenárla ebu.içSo vuleaiüca

i.-ithffi.'*^."»**!rf, Eiicrra. rada descoberta técm-f,'",-Mitifica pelo seu «-'peto par-ü*uSr e não camparallvanle, oo-

''Ti™ dc Oswaldo Spengler. o fl-«£(<> mie profetizou a decadênciaíofirteirtr miUularia "O Homem

E ,,1.ihui»" c bem traduzidaS' "ZUt. »»»,vtti5"'™

viuve •!• em torno da técnica°X

a.K.I.S ad. rfoll«p™wil»lf'--in*."í e tu? '''lacao con) a ^ui

fii-n f a História, .«è;.c mnnieinc parlicularinenia

n-irn ove o Mundo atravessa e™ inrwe tei como seguttiieiilo.

'" 'íSlDOisti, rsi.lc.sl os sn.,-a politlca e tteCal, aprcaeii-

iRiiun com isso nina fase de snsio-

í...0''1!1 "scpíiílci' '*

«inal lwje no*fer no? vem trazer nm pouco ne

íiii o»ia' oa atordoados pelas pai-xóes õe Granadas e peio troar dash=*criaj anti-a«e»í. Nãi, é. decer-in timi lllí ciiiifortadara. Nao é,,m !'»i)frança ile dias melhores queSpengler irns oferece Spengiei cha-

..mu

íiomel!í de

uitii-n íi-nii i" uuvBi-dc para supor-¦ •. s idéia dn matortdade dc tódksar roisits vivas". 'O riPSIíno duhiniipin eslá ,;c_uiiirio o ?ru euiso eum ric rer cumprido. Altera-lo èiBiposifvei". Êwe fatalismo spcii-clpi-iaii': üa.-t* n íc contudo, nmw.rmipr vitrão frosófica poi éle "nes-nm iir.-Pi*.volvida e que encerra apu.iiic-o (ia 'étnica cm rclaçSc aotiniipni d o rie a primttlviilade,

O !i.ii(iatn«ito da tese de Spen-r|Pr parn-e .'¦íí « *eguintc: a .écnl-

io homem, cadaNai

O li,,men) obedece aio domínio e do dom Ini d'ntando, Spengler nãn

i séeulo XVII!. Vem demonstian-

So a sua evo.ut.ao comparaiivanlr

esde aa épocas mals remotas, pomSpengler conudera a técnica níocomo máquina e sim como tática devida. A primeira máquns que aNatureza pôz -a serviço do homem(ol a sua própria mfto. Com ela.utilizando-se dD seu podei- íiivciiti-vo. foi criando outras máquinas au-xlinres, a começar pela pedra lns-cada e pelos meios de orava» ¦- ofogo. Foi dai. pela oplriSo de spen-gler. que o homem com.^oti a seafastar da Nalureza, colocando-secontra Ela. Contra Ela; porque oprogresso da lécnicH, naõa mais eque o progresso dos recursos bélico,--do homem cm sua lula contra aNatureza.

Depo*g das guerras napoleomcas.a técnica da máquina tomou extra-ordinário impulso. As grandes ln-dtixtrlas niultlplicaiam-se. As má-quinas começarem a surgir maiorese em maior número, o cavalo-motor, começou s co.istltu r a raz.noinversa da (alta de trabalho, dnniimet-o de desempregados. Surgi-ram os problemas criados pe a má-quina e coni.êies*. n& eomoalentm eo° apologistas da máquina. Os "epigonos do classic:smo humanista", omundo de Goethe e de Jean-JaíjuesRousteau consideravam a tecnird eos assuntos econômicos cnmo abai-«o da Cullura. Pari eles nSo havialinha de comparação entre uni ro-mnncistae um comerciante, eitr;um poeta e um engenheiro. De ou-tio lado. os apologistas. O snclalis-mo Inglês de Bem tiam Spencei eMil', aceitava a técnica sob a luzmaterialista, como a cvoiiiçfto na-Uiral para a ¦¦[ellcidade do maiornúmero" ou o maior proveito pelominimo esforço... "Os flllstcus dtprogresso — diz Spsngler — se en-tu "Insulavam a cada botão qtie it.i-nha em movimento um a pai el hccuja final'dade era, a» que se su-punha, a economia do trabalho hu-mano".

Spengler discorda de ambos Recenhece o ni^lzclieanlsmo afinnnndo: "A lei humana ê sempre a leida mats forle tom a qnal ae tem derinformar o mata fraco". Parti.id.dn ela-tnlficaç',0 zoológica drw ini-mas Pm herbívoro» e canilin.iwchega á conclusão de que o li.unemcomo animal carnívoro é tambémum animal de rapina doiado de es-

/•or ADOLFO SCHWEITZERpirito Inventivo. Cemo ui, na es-tritura socai da Humanidade, for-mn duas classes que lêem dc c.im-prlr o ecu declino; is que mandame os que obedecem, ou o cércbio ea mão."O odlo, — diz Spengler - nmaln legllinwde i.odor os iienUnicn-to» raciais dc animal de rapinapressupõe o respeito peio adversario. HA nóle um reconhecimento deiKualdBrte em categurla t-spirimai.Mas o animal de rapina despreze osífires que estio pot- baixo. í". os séres quc est.lo per baixu -jíio invt.tii.soa. Todos os coutos, tndns os mitosdivinos, todas as legenda^ ln-iolca»estão che'os desse* motivos Aáguia odeia apenas cs sens H.ioisnrm inveja miiguém, dciiprczo amuilos, ou melhor, a todos, U tles-prezo nllia das nltums pata üauíu.A inveja, espreita dc bmxo paracima. Esses são os dois sen Unir., tra*universais hislói-ico. da humanidade ^organizada cm Estadcs e cla.s

Portanto. etuiuanto existi) en<#i*sen dois " sen lime n los Iiísioi-icimda humanidade", existira a luta eo-tre as massas. Esse é o destino In-evita vel dn homem Nem as ,-nbci.nsnem as mão» podem ailctar o des-tino da técn'ca mnquinivtn, "iiui-que esla se desenvolveu pelas neces-sidades internas e espirituais e neo-rn amadurece a camtnlm da suaplenitude e de seu termo, clncoi -tramo nos hoje numa cuiminn cia

Sobrevoem a? últimas deelfõe..A tragédia esiA a f'nallrar". Eílaé a sentença de Spengler. A maquina eslá se levantando comi"!' oseu criador. "Os cavalos arrasiampaia a morte o vitorioso cujo ^orpose espedaçn"

Quaif sflo os elemento* da (ler-roçada e como Fera o Um da trn.;e-dia humana? A íoüc «¦jenglenannclassifica ot »m ires grupos:

1.° — De umas décadas para cáebseiva-sn que ou dirigentes nai«>começam a fugir da Máquina. Oshomens já omeuram tecnnci iai-secem a Natureza, procuram v.i.iaiaos métodos rie vida ma.c sunriesçue Ela nos olerece. Estfio ress-nscitando as cngilaçôes meiafísii»' oespirilirmo n ocultismo, as íilwofas rellsiosas que duranle inreolempo (rram de.=pre?adas oelos"realistas ".

3." — A leiisão entre as miías e aMáquina tor^a se cada vez tnsiorassumindo um caráter cata?ir6i:co,inevitável. As mãos, em su» ig.io-

A

PARTIR de 1930 para cá. oque" vale dizer durante a

[ase mals ativa da litera-(ura brasileira neste século, osrnmam-i.stas que tios trouxeramal2'im.i cusa de novo e verdade'-ramome interessante preocupa-ram .-e mais com o ambiente dnsseu. iivrivs do que com Os pró*prio-* personagens. Isso. sem dú-vida. serviu gran demente, porqueo quc se desejava, principatmen-te. era mostrar um Brasi] real.verdadeiro, terras ignoradas pelamatoriü dos brasileiros, meios queasfixiavam os quc neles viviam,peiaiitiu dramas que quase sem-pie culminavam com a explora-râo do homem. Foi dai que sur-g:u aquela celebre cmitroversia"Norf-Sur. que deu muita dôrde rabeca aos literatos e afinalficou provada ser apenas exalta-çã., dr- ambas as partes que ae(i"ü:,ui,ir.'ar.i nessa luta,

O que ninguém pode negar eiliip ti Nurte lucrou bastante comissn. Ganhou o interesse do pú-biiro jx*k)s seus problemas, ficouC' niiTido. andou na boca de to-dos Porque multn se falava so-bre ns problemas do Norte, masnu aliem conhecia a fundo essesproblemas e essa vida. Escrito-res mudos d<is rincões nortistas,eleva dm a uma posição de desta-que "in virtude da recente revo-liirá'i que deu uma nova feiçãoa; v usas políticas do pais. apro-vpüainti o ensejo e. em formadf rnniances e memórias, expia-iHi-am cnm alguma paixão, êverdarie. as tragédias que se des-enrolavam no Norte, conseguindoatrair- completamente a opiniãodi grande público.

Hn-jvp, ninguém pode negar,tiitiila precipitaçãn. muita ínex-peripiicia. multa paixão por par-

'ie Cipssps escritores. A mainr pre-Wufiat-áo de iodos eles era pnr atiú n nmbienle nortista, quasesempt. deturpado pela sua Ima-Eiiatmi. . num descaso comple-ln saia tt;, p.rsonagens que se"i 'Viarn nesses ambientes. O quelupr rliüer que o fator humanop.-uco importava nes,ses casos,onde o interesse máximo era re-

iH 11 lenimitratar o "drama" de culturas oude regiões, multas vezes amoldan-do-se esses personagens ás cir-cunstanclas do momento, numdescaso completo pela vida Inti-ma de cada um deles.

Tivemos, é verdade, ótimosnecessário, Indispensáveis roman-ces que focalizaram essas tragé-dias. Mas a moda pegou e acon-teceu que todos os que escreviamcomeçaram a bater na mesmatecla, quase nada de novo a.un-tando ao que ficou dito em trêsou quatro livros. Apenas se tra-tava de mudar de denominação,permanecendo o problema o mes-mo. Assim é que. depois do cicloda eana de açúcar, do gr. Llnsdo Rego. velu uma torrente deromances cíclicos, todos, no en-tanto, narrando o mesmo fato:absorção de culturas rotineiraspela máquina, debacle de senho-res outrora poderosos pelo pro-gresso das usinas.

O primeiro escritor "nortista"a libertar-se desse ramerrão pa-rece-nos ter sido o sr. OracllianoRamos, quando publicou o seu"Angustia". Ai, a" Invés da tra-gédia provocada pilo ambiente,apareceu-nos o personagem apre-sentando um mundo completa-mente liberto das cousas que ocercavam, um mundo estranho,onde existia um homem e «madór. um problema psicológico,uma alma torturada, enfim. On-de se passava esse romance? Nin-guem poderá dizer, pois não hálimitação Ao ambiente. Se o au-tnr o situou geograficamente emAlagoas, o que nele se contem é,porém, universal, e pode aconte-cer. ou ter acontecido em qual-quer nutra parte.

Surgiram, então, outros ro-mancistas que procuraram sepreocupar com esa?s problemas.Ainda aqui convém frisarmos quesurgiram outros romancistas "do

«Trilogia da Província^de JOSUÉ' MONTEILO

APARECERA' BREVE

EM SEU PRIMEIRO VOLUME

IAJELIS FECHADASROMANCE

Irmãos Pongetti. Editores. Rio

Reviêlaa — Jor mitFigurinos

LIVRARIA MOURAns, rua do ouvruon, HS

Telefonei íl-ínii.á» ultima» novliledei «itrin-

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i dlrl-rancia levantam-se contragentes por cauna duma ai \n<--orlada n.".o por. esl oa mas nela Má-quina. IA .eooKa da» Mana emitiao seu destino].

jo _ o desenvolvimento cadavez mainr da Técnica (ez scnlir »começando n se vingar dos sciis se-tias raças prio*- lirancn-,clios. iiit.díüSiiCii, luso determinoua (iprcr-fi) c a oscriivi/ji^io J: nu-necessidade cada vez mais Império-sn ric iiiiilciinit primas. Os povosliidusH'inll»iii.'.i ou n Europa Oei-tlcntnl. teriiin olwisiiidim a prot m

A propósito de «(Prolongue a Vida». Dvrno In utn iil ia, recebe-

o liri-ii dc .1. II. H. Hol-

¦ ilu lll-, iilimln llilinos, <|iit<I l.iliK ", iii-iilm .!<¦ Iiiix.iir

i (|iie o iiiiMi.i mis-

ma lei ÍO-.ltlncnies. iinllitandii-si, cie tcdtsmeios no seu alcance armas, cxin-

Nos (lns do neci.lii passaon «siwviis Dnitifi-s cumi-.iiiiiii' li ofere*cor ns seus recursus liiíiilcos. assua» lorinii an i desrolierias, a todoo mundo eiii i-liediénclii a -tega vnn-lade-dc-podrr. A- nitiias (a.tis;(Sniinnler tncliie »s 'nstis ua;. "(iitran ruças"! i.ncdrri.iiuii-m d,, tiuese lhes ofereça, porque viram nitécnica e nn "i-'vllii-nçãu" n.,n ns

sua' conseqüências ecoiiónilcas maiuma neccj.sldndc rspirilnai. » -i elode se livrarem rto Jugo bi-ancu. omcí» quc os colocará aLima do.,

"Hoje ri" d:H. — dl* SpengTr —mals ou menos por fõilas h- parles— no Exir.-nir Oriente, i.a Indi...

América do Sul c -- Sul rev.iõc J*

ClgélICll lln-t-B-ainndiirccKin (las- suas m'ili',.coti*anllíia.t. ni)ssiv-',itii'iVf o„ siibn-imjaram. Onde quer que exist.i carvão, petróleo ou energia hidtsuiica,pode ser forjada uniu .101» armaconlra o "oiacile (ia Civil /ncã-iFnuslica. O tnimdi) esplurad-, estinljores. O luso habitual do opera-rin hrnr.co (:i:ii|mi..ti,, t-oin c oueoollc, t-eiá i> stia t-mcleiiaç.lo. I'«laè a base real e fina! (Ij lalia riuIniba lio que se verifica i.os paisesbrancos. Nno é uma simples <ri;emat e principio duma latástrolf

—O—

Na íntima pátnna dc "O HomemE a Técnico ' diz Owald Spenílpf"O tempo não sc :>ode detfi: It

rienle 011 de unia renúncia rnutelo-sa. No>so dever é sir-rnisiitcccr semesperança no pesto pci-dino c sen;salvação, como aquele Miliaru ro-mano cujas osses furam enronira-dre- A írente dc umn poria de I',-m-nela c que. durant" a erupção d-iVcstivic

FRA^ MARTINSNorte", parque os do Sul se con-servaram, em grande maioria,sempre fieis a essa completa li-berdade do personagem Issoeqüivale dizer que se operou umasensível transformação no des-envolvimento das nossas letras— transformação essa. aliás, jáde muito esperada por todos,pois que Já se notara a próximalibertação das nossas letras des-se periodo de transição para al-guina cousa tte definitivo, queé justamente essa perfeita com-preensão dn personagem e assuas relações com n meio amblen-te, sem a pressão deste sobreaquele, verificada de inicio.

Agora, porém, acaba de serlançado um livro do sr. LuizMartins ("Fazenda", romanceOualra editora, 1940) em quemals uma vez se bate na velha ecansada tecla da catástrofe so-ciai em desacordo completo como personagem. Em resumo esselivro narra um fato corriqueiro:uma grande fazenda que é tra-gada pelos credores, por dcscui-do. Inépcia ou outra cousa qual-quer. qUe não está bem explica-da, do seu proprietário. Sabe-mos apenas que outrora a razenda foi poderosa e teve o.s seusgrandes dias. como nos enge-nhos do nordeste, o seu senhorera poderoso, fazia e desfazia.Cal, porém, o café, e dai se orl-Bina o drama. Por isso n roman-ce procura traduzir o drama docafé. como o "Sapé" do sr. Per-minio Asfora pretendeu encerraio drama d" algodão, como os ro-mances do sr. Liru do Regoprincipalmente o --Usina", retra-taram tambem o drama do açú-car.

Mas o uue é fato é que podere-mns dessa mesma maneira es-crever centenas de romances so-bre o drama da carnaúba, do saldo feijão, do milho, do arroz, dafarinha da rapadura, da oiticlea,enfim de tudo que esteja sujeitoa uma crise como aconteceu como café. O sr, Mns do Rego. pelomenoa, ainda deixou patente queo drama do seu romance se nri-ginava não pnr motivo de umacrise passageira, mas devido aum fator novo que vinha quebrarcompletamente o sistema econo-mico da região, ou seja a usinapoderosa dispensando 0 traba-Ino de dezenas de braços queconstituíam os negros do eiiRe-nho. Mas o drama do café? AInação, a simples falta de tinocomerciai do proprietário dagrande fazenda fizeram eom ouehouvesse para êle essa tragédia.

Nivli-la ó liemRio rte Jtineiiu, 0 de mtnço de 11)41.

limo, Sr. Dr, Bricio tle Abreu. Dli.Diretor de "OOM CASMURRO" ~Itio tle .1 tintini.

Esta ciiríu c. ao mesmo tempo, umprotesto e um aviso, lim protesto (ft,indivíduo qur se r.è mtiriido c umaviso ás pcisotia que tém prater naleitura, pain que teiilittin cuitítidi,com tis tivrun que se c.tíjócjii nas it.iiroríoa. Aviso semelhante (Içucíe quesc vê cm alguns lugares, eomo esta-çôes tle eslrtida de lerro e banes.para que o pu bifou sc pi «cale eon-

eu idos rio jif.so </c suas carteirasSe alguém entrasse em uma 10)11

dc cafçuttos. escolhesse um par üesapatos que lhe agradasse, pagassert preço es ti pulada, mandasse em-bnãhar c. tm t-Picpitr u tasa. rcrtli.canse (iii!- havia recebido, ao iwisfíáos sapatos uma caixa üc papelãocontendo retalhos imiteis Ac comot de sola, certamente licarla indigna-dti no perceber o lugro de çue /drauiliííin.

A' pafflnn 16B encontra-se o nomedo umn socíertode cxtstnnte na tn-glaterra: "The Lord's Otiy Oliser-waiice Soclcty" e n seguli. entre pn.ríutcsíj. a Irtidun&o: Snuicdatlc. d-:divertimentos dos hords',1

Ora, êsse erro demonstra, clara-mente, que quem truàuziit o llvtontto sabe inqlfs. Se soubesse, coimc-cena a e.rpressiio: "Tln Lord'» lioft"7MB é, trudiiztda pom o portiinufn;"O Dia tto Senhor", ou sefa — oúiimintjo. Vttí i*fc con/undisse —riu:Lords" tdo Senhor, de Deusl coei"O* Z,oi'íl(", ainifei « compreende,mas onde tol isse tramitar (Int rfn-zlii* descobrir que "r.bservanee" t"divertimentos"?!! ir.-o -tio <¦ Ira-duzir i tentar adivinhar u quc fiito

lilás há coisas piores. A' pátiín,,153, num paráqialo que iralá dacriação de galinha* dc laço encon-tra-se o seguinte;"... onde uma grande produção (T«ouo.« era possível nntri quc alguémtirrssc pensada em rtercscenlar limas na raçdo dns aves puro torna-lnjcapaz ife produzir mais ovos".

Deixemos passar sem '¦nmrutárKiiaquela construção Inglesa: "umngrande prodiicSo... tm possive l',

Vnmo.1 ejigitlf srm nunligar n.ft.--te: ¦tornar as aves capai", nor onií'"íii rf que o tradutor ainda náu lmcapta de aprcntlrr qmm.ãtica.

Mfts o que nun potlr licor semprotesto <¦ que se coiititn.da "lime"

lututts foi .

dc vir rcndè-lc.

?r rciirada do ho-

B ainda assim (erlamos um gran-de romance se o sr. Luiz Mar-tliis houvesse se preocupado como seu personagem, desse-lhe al-ma, fizesse-o an menos sefrer. aflmenos nos convencesse de queile estava inativo pnr uma inca-pacldade tal que ressaltasse aosolhos dos leitores.

Mas. infelizmente, não tivemosIsso. Escritor dc grande,* recur-sos. de comprovadas habilidades,n sr. Luiz Martins, contudo, nãose preocupou com o sen perso-nagem. 011 com os seus persona*gens. O fator humano foi des-prezado, por isso o seu livro nâoconvence. Falta-lhe alma. sen-tlmento. vida. embora o aulor te-nha talento suficiente pata issotudo. "Fazenda'',

por isso. paramim não está integrado na nnvaorientação da literatura brasliei-ra. multo embora o sr. Luiz Mar-tins continue 3 ser o bom roman-ciRta de "Lapa" e um ótimo crfl-nlsta e critico de arte.

Dunshee de AbranchesDunshee de Atiranchc*. cujo

faleclmeiila incorreu cm diadesla semana, leve n «eu nn-me fncaliiado romn de um ve-lho iHilllicn de atuação mar-cante alé a ocasião tia iraode-»u*r.* Inn.iwm 11. ,..1...

de aramlr mérito, á frenle danredações de "O Pai*" r rir"Jnrnal da Brasil". Há enlre-tant». uma oulra facela dr>setrande mpli-iln, a qual náo toicurada » que ronslilne um dnsaspetos mals brilhantes da inleligéncia de Dunshee deAbranchvs. Além dr políllriie Jornalhia, f>nnshre de Ahran-ches foi lima autentica vocaçtiorie homem rte letra», mm alua-çiin macnlfica em dlrerrnln ¦<•-nens de ficção. Pilho d« M ira-nhãn. esl rr lou se na Imprensade Sâo t.il iz cnmo a bel leio 11 ist ae i-rpuhiicano das primeirasnoras. No verso e na musa. emIrabalhns rnlelxadns em livros,deixou assinalada* a» cindiu-çóes dessas campanhas mrmo-raveU. Ciilllvou o ramanet.cnm irande hilho — r distanos del*nn um documenln (lo-rloso. eom as páEinau de "4Seiembtada". porventura omals bem trahuthadn romancehislórico brasileira, llvrn nuenos dá lima ressurreição íelt»ne Brandes nane.lamenlns deim>h» hl-lóila política.

Em prol do Maranhão II!cririo Dunshee de Abrtnrhrs feicampanhas que devem ser evo-cadas. Houve um Invlanle emoue ne Satcu na Imarema 4»Rio conlra seu cnnl^i-rnneo eamtito Arlur Azeredo, para de-Tender an jrlnrlaa da lerra en-nium. O último Iraballio deDunshee dr Abranche* foi umamemória ,-*bre "O Caem Maranhão — llvrn es.-rllnem I9TIH para comemorar oel ncoe n trná r I n da BaUladaDesse llvrn deii Inicio, sm oar-la, a o nossa cota bn rador JosuéMontello, e cnnfeMoii a e*i«-lenda de capitulo* bem curie-siw síibre Brandes homens deIrtras etn Sfln Lult iln liara-¦nhilo. Dunsliee dc Aliran"!»-nue mn;rr com cerca'dc olten-tt anns, escreveu e piihllroa,numa demnnsdacSo de vidarfielenle e fecunda, mnls d»d men (os Irabalhns. denlrn dedlferenles rieniriamenlni d»mllur.i n da literatura.

9ne «11 cede 11iiiíi.1, por iiiiiii livraria •'¦ vimos cme.tpusfçrto nm (iuro da autoria de .'.B, S. Hultlane. com o sugestivo ti-tttlo de: "Prolongue a vida!" Atrai.dus pelo titula e mais ainda pelo no-me do autor, entráinr.s ua loja eatltiiiirtmos o livro. Custuu.nos reisI0S000 Ao chegarmos a comi. tiosseprimeiro cuidado lui ct,rlar-llie aspaginas, para faiiUtar a leitura.Começou, eutãa. a nossa amarga sur.presa. A1 medida que tamos abrindoas páginas. íamos lendo, ao acaso,um paràtiralo aqui olllrc acolá E

fazia sentido. Eram um amontoadoúe palavras sem nexo. Observandomais atentamente viemos a desço,brir os mals assombrosos aisparatcs:erros de portugufs si* cot 11 ei Idos. emqcral, por indivíduos semi-anal tabe-los. erros de revisão que transfor-mam as /roses em verdadeiros nbsnr-dos. erros tte tradução indicai iras rfeque a tradutor nâo sabe inglês nemporfnrjuès e talves nem mesmo a mi.teria dc que o livra

res. para llira aumentar a pos.iii-u, eom a palavra homògrata "li-me" — limo rtn fVrsfit essa delicio-sa truta tão comum cm nosso paii,mas quc náo nos consta seja dadaàs .galinhas para lhes alimentar apostura.

E us disparates lido .íchíii por alEsse tamlgerado tradutor la~ o pn.ble Ilaltíane dizer quc se tormnir."embolias" numa garrafa de limo-niida!!.'

Pelo menus t o ijue se Iè á puyiua9; "lia perigo dú se lounsr embolias1 coitada da gramática, no sangueou lecidos. quando a pressão là' cli-minada, da mesma mantira que ieformam numa garrafa de agua-.sotlnoa dc limonada". Ota. cnmo a cm-bníifi é a oblíteração de um vascsangüíneo, para que Sc produzissemembolias em garrafas dc limonadaera precisn que estas tivessem vasossangüíneos. E que será aquela água-soda? Parece ser simplesmente "-W-du-iaiter". água gasosu tque noschamamos vulgarmente úc "st/do'"/,tradu:ido ao pé da lelra. Frain-a-

C á página 12: ",,. o engenhei-ro encarregado rios trabalhos, tinhatres câmaras tle ar comprimido pa.rn lofisomciifo rto iinuio c doi» napraia, parn distribuir em caso deiíociiços", £rro jjnfinor rie concor-iíaiicía: "dois câmaras tlc ar".

Linhas abaixo, na mesma pdffinolll: lia outro perigo a que. estáo tu.jeitos os mergulhadores, sobretudo r,encanamento peio Ofygento corno a.oiilrns cousas c nm veneno se te ti.ver um grande volume úele". Mes-ma que se queira corrigir aquele "en-caniiincnto por oxigênio" qne pare-ne ser envenenamento, a frase con.

A- página 13: ",4 18 000 pes cubt.cos ile tir contem a metade rio pesodn wi/gemo oue o m.:smo volumeciinlem a» nível dn mar".

A' página 10 encontra-se mais:"Enírto iinia poria do oulro lado es-Iara aberta e eles foram para 0hinch. Como sabem, os diretoret decompanhia sempre ttm cfiampagnepara o Inncli e estes vão fizeramexceção á retira. Mas quando abriamíií garrafas, o cíinjjipoütic nfio es-poucou. A pressão na superfície danarrais era tão forle como a dedentre. De qualquer naneira 01 di.retores beberam o vinho, Depois doInnch mila ram n represa e a pres.siio eslava mats lini.ro. l.oqo come-curam o ncíinr inuífo dcsconfotaveltslel, Como a pressão bol.rosse. o Di-11 lio começo» a asnobiar".

Basta! Nem t preciso comentar.Como r.remplo da lalia de rompe.

dn ilflsraso ric elite te~ n icvfsfin grã-lica c da audácia inominável áequem o i-iíüou c o pn; à venda, êo suficiente.

Dl Olintlo Jiú.iii*. Biítmns jlirmassina, porque geiirra-izou.sc. .-ntrenõs. o liàliito ric sc uitritlar traduzirns litros cm idioma clrnuoeiru j.iornma pc.tsoa qunlflucr que precisa ç"i-nfinr o ridn e portanto cr bra pouca,e. depuis dar essa tratiut-ão para 'ssr

-. Oíiniío Remos o idlor nsslRItndo a tra:'nau responsarei por

tidriro lm

simapresentados acima, é per/ei/iedi crio cm português, tia obra deHaldanc. nâo passa de vma capa decartolina com o tltnto, contendoZ50 páginas de papei "as quais seimprimiu limo sucessão de palavrassem conexão umas com aa outras.

£• possível que se julgue estarmosexagerando. As frnrtiiçór. que se fa-tem em nosso pais -- ãrão — snltsíalgumas honrosas exceções, náo prl.viam pela perfeição nem pefa pureiada linguagem, mas são mats ou me-nos inlelegiveis, Para tícs;azer a im-pressão de qve é exagero nosso, eo.mos citar alguns trecli-is dessa de.lestúvel pseitda.traducão:

Fossemos <

inteira. Mas vejamos mais algunsexemplos:

Página 7: "O ar i Introduiid-icom uma bomba para um mergu-thador afim tíe mie seja possivriconseguir um canudo para ele". Pa.ra é(e çiietn — o nr oi, 1» merca-línrdor? Não faz sentido. Mas a fras,-que vem a seguir torna o assuntofltntfn "mis cowiii.to: "Oimiiln monprofundo fôr. maior será a pressão"Quanto mais profundo fór o oue.'O er. n mergulhador on o canudo?

A' pagina 10 se ti: "... sessio 1

dc DOM CASMURRO

r dizerttmel". eridenl

DYENO CASTANHO

A 0. S. B. e prefâsio preezistenteJeneral KLINGER

"ALISTEMO-NOS, PORTANTO, DE CORASÃOA' URGA, NA "CAMPANHA DA BOA

VONTADE"." tfít ISMAEL GOMES BRAGA, num prelam)

P5LO

"Dlarlo de Noticias" de19.1 . cm "Ortografia Poüí-tivlsmo e Esperam o", rema-tando artigo no meztno Or-

gani estampado a 24.XI,40., espia-nel e Ilustrei a aflrmasão de ce po-Eitivtstfls e espero llt istaA são natu-raltueute simpatizantes de simpufí-casãn ortográfica slen'lftca.

Do Sr. Ismael O. BRAGA, diná-mico propagador dn esperanto entrenós. noladamente aotnr de numero-zas publlcasòes atlnentes i limguiide ZAMENHOF resebi em data de25.1.. interesante carta, com esteslermos: "... A ven d o dito V.S. ce osesperantlstas 8. mos precursores pio.neiros ou veteranos da campanhapor uma ortografia slentiflca. tomoa liberdade de remeter-lhe... "Nó-va Ortografia cnm Vocabulário'' deH. DIAS e A. DIAS. publicado cm11)37. Ds ilustres autores axaram...ce eu tinha aotoridade para prefa-slar-lhes o livro... Como ese fatoparése comprovar a léte de V. S,de ce esperantisto * o mczmo ce par.tidário de ortografia raslonal..."

Trez dias depoes espedla eu a de-vida resposta e at dizia: "... Dezce comesel a ler o seu valente pre-fflsio... file lendo lemo se toseaplicado tal cual em preiãslo á mi-nha OSB.. apenas com a terasâo deaerl.os pasos. onde caberiam afirma-sfies mães radieaes. contidas mez-mo no âmago de seu pemsamento.Por al o Sr. pôde avaliar cuanto onprestel. E ica pra nós!) vendo de.pões. com paxerra. o testo do llvrl-nho tmulnto bem feito dentro desua servirifto) mães uma ver ticeiedifieado ante acílas 35 regras de-duzldas dn formulário acompanha-das de listas de cuempios e esesõese por fim ainda o vasto tira-teima,o bolido o "vocabulário ormgrftd-co". Como sòlrc pelas o espíritoumanol c nüo nas sente llie ficamcut ia 11 liadas na carne..! Tenho aIdéa de, na primeira folga (orlarum artigo em torno dista nósn co.respondemsia.,,"

Pões acl está o artigo. Resta ape.nas acresentar a prova do cc digodese preiãslo. perfeitamente apll-cavei A OBS. portanto como cc an*terlor a éla e reedita vel, sem aspelas ce Já o penisanieiito do prefa-slador de 1937 mentalmente náo res.peitava,"O progríso, Impelindo n ornemmodírno ¦ tornar-se rápido ecflsleiite — sob ]wna de ser es-inaiiiiilo — transe comslgo a impe-rlrt/11 nesestdade de simplificar to-das as coezas economiza ndo tempoe esinrso. tio domínio da escritaopéra-se uma rcvolusáo euaw Imcrl.vel por toda a fase do planeta. Ve. ¦Janios Blcums exemplos:..,"'"A ALEMANHA, fl ÁUSTRIA a

. ITÁLIA, ft &SPAHHA... A TUR..

simpil-

10 ira Inevitável a. sempre esbarramrm seu arlvenin

1 rotineiros cm Inoasntramdnrcs Inócuos

QUIA e a PÉRSIA... A StJlCA..O JAPÃO... E asim pelo mundotodo. o modo de escrever complica-do e obscuro dos séculos em ce un-perava o analfabetumo aa lado dopedantizmo dos semiletradis vaesendo abolido pelo progrcsD.Em re/ullado de nm acordo entreo BRAZIL e PORTUGAL devido *inislailva da Academia cie LetrasBraziteir» e da Academia de Slem-slas de LISBOA o sis'ema de gra-far a llmeun.tem " comum ans doespovos tambem acctnnanlioItisâo universal e fatal dftcasão.

Verifica-se coinstlltdade com cas novas IdéasNitnica fs Ita ran

os ce negaram _ra. sorriram rto aéroplano desci-e.ram do te:ígrafo sem fio da mrtei-na falante ria fotografia' animada.Em matéria de ortografia mantémum culto fetlxlsta pelas raízes etl-molojlcns. desconiiescncio emboramiuntos deles ee o latlni' pnptiiar(lns nrtsos avoêmROs nío continhaletras dobradas e ce.landos ornamen.tos gráficos. Introduzidos no fluirdos lempos pela corrente eruditano propózito de superlerlüar-sc anvulgo, avocando a sl o prtvllejio dasaheiusa. Maz nem tal ezljemslaproséd.e nces é sabido ce a escrl-ta dn nóso Idioma se prosesavn netosistema misto, sob a comfuzão mãescompleta e sem serteza nenhumado ce se estava fazendo..." -pode-se portanto, proclamar bem altoae alguma vez se escreveu a nósa

ntic.i frt.sán jittinliziidA (io preiãslocom a ;iii|ilL-ii.i lis,-m.Mi tln wn aotor;— --..iiijiu o método de OFD.'*"A época deu- pemõstleos (ILseutl-dores de etimolojía dos pedantes*itacirres de frazes üregns e iatlnaspusou para .sempre, e não á meiosdc a fazer retornar. Os mestres doIdioma escrevem com a prn fia sim.pinicada c tlinca" — comseitu ce

se. integral sem rezérvas 011 res.trlsces — "e o coaxar Inisesante dasrãs do pa saci ttm o não ncs lamsarãnumea mães na situasão caótica dece já saímos' ~ "Brasas á OSB.""Ler a leme alguma coew escritano sistema nr'nt;rSfico ria éra do es-envân Peru VAZ DE CAMINHAcaoza njr irritasâo. Nem parese |áa lingiia ce falamos. Allstemo-nosportamn dc corasSn á largH"Campanha pnrn

radieaes" 1

i nsiiBoa Vontade"

Iterasóes mãesatualizar ese prefá-pnrn a OSB.. dei-

xo-ns a mien.icmsln dn leitor põesceio reziiitii- á fortislma lentasiio deplanfjnr eu menno ot comsecuênteslo.tlcns. i-B.slonncs adilainFiifc. ce òpi-efnstndor vclernlin rie t!07 apll-caris á "miss au point" de seti pro-vectn pnivscr.

RIO DE JANEIRO Plrdade R.da Capela 102. marsn rte 1941. '

53 - l»ca. FLORIANOPEIXOTO - 2." andaré o novo endereço de

DOM CASMURROTEL: 42-1712(rede interna)

mo

Navio abandonado sem bandeira IDe AUGUSTO DE ALMEIDA FILHO

Navio abandonado sem bandeira 'na tormenta dos sete mareanavio maluconavio fantasmanavio sem rumoquando a^olvota voltarcom o ramo de oliveiraos portos te reccberSo com florese ganhará,? o sorriso de todas as mulheresnavio maluconavio fanlHsmanavio sem rumonavio abandonado sem bandeirana tormenta dos .sete mares.

Page 6: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

P"-í.'M' r...,...,......iii,.,.,^... ^—-w^w-n^™^—-^r..-, çt .,--._--,-—.-. -.,. -...-.,..,„„...-,,_,,,_,,,„..„.,„,.-„,.„^^^

LEIA HOJE MESMO

MAYERLING

EDITH MAQAR1NOB TORRES

PÍRlna I DOM CASMURROi

C:*R#r.:,TcvI«C* Ai 15-3-941

\cc':.á dc aparecer

MAYERLINGo famoso romance na Coleçú,

DUM CAíiMtlKItO

O LIVRO UO DIA

REVISTA DE LIVROS«BOMANCK QUE A PHOPHIA VIDA

ESCREVEU" — O mrrltor Alvatfut n«Oliveira vem ee aumentar • enrique-rer a *na ha ia tem literária "ltn.aiiienln d* mn imvce nue » própria vltli

cheio rte ml ¦

"Hii-naa-

iv Ime nta do,

i cilieii» perlence

qn* pela ana Ulliin * interpretaçãotnrna-ie poetIvel conhecer nin i* ocaráter * ¦¦ tendência* duma peiim,penetra nen noa mu li recondltoi teca a-los ea llma humana para analisar-lheoa Initlntoa, aa imslinicftei. aa qnall-dadea de caráter, ai (raqueta* e iapalxAes, — cnmo Unia, permita pre-

POMO AAIeire.raila i

j ninle mila pmlna t umaiunn-<t»a. O ceiuirln tropical, enuheran-te e violento, serve rte Iiindo par» nmdrama giiantescn tia alum infantil: eel*crlançai enlrcRiics il flilia doa elemen-tos, il int'nmpreeii»*o dos adulto» e anaeu mundo proprln e i-vnfnto, «nde anrnral í oulra. a< hinos™* -.lui dile-rentes e è divertia a n.na.i ria» colhas.A nua vida comn prls lon* Iras, rtni iilli-mm pintas rias Antillias turpreende-nos cxtraorillnarianii-iilf.

Sem rtc»pref.ir n leriiiim. o pitoresco,o rnminre e a descri.;.*.., Kirhard Hu-lhes deixa ver oue nt crianças **»tlret estranhni, capaiei d.» nestoi mamInesperado* e sem a qucltra <to qnc ae

iniler In ha rte d

'•MACHADO DE ABBlS". no lempa ¦no espaçn — De l.tndnlfn Xavier —tn editora Hra alie ira Coopera Uva —Rio.

(i aulor lol companheiro de traba-ihn rie Maishario de Assi» durante dalaano», Juntamente por l«no n Cenlrn Ca-rlnra e a Meta da !." Cnn|ie«sn daaAcademias de Letras snliisilaram-lhenma cnnlrlhitiçAo 1 comemoraçlr ¦*-

de 'i qne, publl-

patinas. E- um trabalho mlnnrtotn rInrimpentavel ans que an InteressamnAo só pnr Machado rte Amls, ma»,¦inda. pelo amWcnle c aa flliirai de

A PRATICA Il.fSTRA-

«ri.inal e mliilllvo de rxpor a male-

"SANTA MELANCOLIA-— De Josía lanai. — Vol. XI da Cnlrtán 'XI detonlo". ria "Atisnelarín. AcadêmicaIvares dr Axevrrio". ria Faculdade rieIreiln da llnlvemldaile de Sln Paulo.O autor obteve o prêmio "Alvares

¦ Aiewln", da Academia Paulista rt*•tra* enm eim* llvrn d» versos que

alntta ile "TENTATIVA", volume ri.isr. IMvstsei Sllvrlra tinlm.-irS*». XII ri»mniM ritle.io. e tambem prendo da".Vademia rie Sio Pauln". julgado prlaAcademia Paulista de Lelra».

Eis o trecho da carta relerente aov.ihime qne vlmns de receber e que

"Editora Ateada*", aem flnalliadt la-cru llv», unicamente viu ndo dar maior• mala Justa alinlficaclo * ,vul|iiluçàoA* prnditçSM dn Centro Acadêmico"XI de Ainstn". Aademla di Leiria daFaculdade de Direito (nua lambem ¦temos...), Departamento de EstudosItrasllelro* e A tnn ria. Se Acadêmica"Alvarn de Aievedo".

Grata» • Deu» qne a gente Intell-(ente ainda náo acalma entie níil...Como admiramos ala Paula)

A-pcur-de que a imprrnia hoje tmdia í inn.lrterada em lodns ns painelr.im.i nma arma. ainda nin ie deu adevida atencAo an herolimo dita leuatolda rto». Nüo é sem riscos, a prollttlo,quando ela t vivida com boa est Iria rie.Nem tln pouco a sua atividade «e li-mila ii cnmnda trincheira de uma me»áe reria<ln, rom horários llmitadna eohrlfacOe* rte uma vida social sobi».modo a.iailavel. Pelo menos t um as-pertn diverso deste, da vida dos sol-

Wehb Mlller.nli, enrnntrei a naü". rnnsstualta popiitairdarie desejada

"O CONQUISTADO»" - D* JeanSikMoa — Traau.lo de Bilte Breca —Livraria Joté Olímpio Editora.

A vida d* remando Cortei, da JeanBihelnn que. sob o titulo "O Conquis-tadoi" acaba de ser publicada na ee-Itçlo "Romance da viria", da LivrariaJoi* Olímpio, * uma narrativa desil.nada nio art aoa estudiosos, aoa d ila-tintes da Maioria como a todo a(rande publico possuído atualmente deam creacente desejo de ln*trulr.se. flautor arqueolnnn eminente, especialis-U em historia americana, nio leve ne-eettldade de ra nla tlar o menor coito,dia pari ler garantida a atenclo doleitor, A vida de Cnrtee i uma pâilnade heroísmo t rie cnirila que nin sc-ria ultrapassaria pela de nenhum her Alda Dumas; e a cnnqiiiiia dn Mlxlrn.uma avenlura empolgante cuja narra.tlva ninguém lera cn mlndlferenvi. Tn-dos ns detalhe* dessa - pindlflosa la-Canha al tln reveladnai o cativeiro deMnnletuma. a retlatenria do» m»li>i.nos, a retirada lorçada doa e»panhéis• depnli a volta dn» meamos para ti.farem uma desforra cnmpleta a ira.tando a cidade c rcdualndo o Império

a teu relevo quase leérirn.s cortes, quc Babe lonatai acusacAe» injusta».

ae vin de pratica

acnld*rie de

aluai dire-

A «BIBLIOTECA'0 GRANDE LIVRO DE W. FERRAZ

Í.Í7/S PIXTO(lliretor do Arquivo e Biblioteca da Paraíba)

^¦^ recc margem a liut-rcs.*ai*iíese opoiiunos comentar ias. E' talvez ueftuclo mais completo que Já ne pu-blicàra cm lingua portuguesa sobrebiblioteconomia. Notava-se c s» eenorme vácua nn.. letras bibtii.grá-

queficassi (inde pree

aifiisâo tia leitu

é-lo.Brasil Cesa dormem e

povo, I3ÇI1

O livro súPi-Ruenrlo o hnmem,riesiacaiido-o na socictlade. dlítin-tulndo-o entre as camadas comunseempre o tivemos. A minira — ouíos^e cm tempi-s (lus Verias, ou riasépocas ric Cicero, ric Houiero. sem-

pre aclmou paisagens tociaa. cen-vencendo e imortal sn lírio. Ou Sé-neca. ou Joíio Bnll-lii. cn Crl.stc,lorim fp s:n=il!ai'i73r:iii) prio csltiui.eletivo ante a.s iiini---as, |-e!o nráusuperior de conlii-ciiiimioí que pos-

Mas'

Rousseau. Pescai, Hugo BjIzscAnatole. Byron. Shakespeare. Damenii Goethe guiavam o mundo nentio dai. Idades rm quc vl vetam, opovo pro prl a men te dito *e cuiiíer-vava a margem, pouco se interej-tando ou sénllnrio s viria cultura!de .sna nação.

Nesse particular de leitura (.ene-raüznda. os Estado.. Unidos lima-ram a dianteira.

E' bem verdade quc já na segun-da metade do XIX séruin. AlbeitOim nos dava o "Petil Manuel dirAmaleur des Livres"'. putiJicado

)io. é de «ignificn ..'.o yaiLsdstor a. ¦ devida»et.uid.-sf i lhe a

nilura técnica. Admi-nlsti-açfio, direíão. pessoal de biblmteca. s'stcma'inação rie liciiário, de-sinfeeção. armários, cnirega d»s II-vros ao leitor, fi-calizaçüo, tudocsiá p-evinto. c-sisbelccirio em nua-dros. cm esquemas claros, no livn.de Oim.

Delenilendo n fitlena de fichárioorcanzado nor Brunct. tal"e* omais racionai na éneea, Aiberl Glmdemonstra a preocupacío do fjtiado cm dotar o povo franté;, dc um

iant.n.i Hlhlio'

I pit-a orgw

merillaç.io e rie bafe. niio vem demuno lonc. E" t-ou-a i-ei-,(lvainen-te nova. qna-c moderna, aiinse con-temporanea.

Na Europa, êsse movimento Oudistribuição rir livrot teve apena;suas fases. £s*e.s quc passavam,que sp nâo lixavam, que sc nioimprimiiim na .íloia popula

ticas. E o quc stsábio iniprr.iviPiiatidn pelo ,'ancicomo se o conhecimento., .sc a cul-tura piidest-?!)] «cr um privilégio

de cada pais. Mesmo em tcmponque nSo vão lonce. a não .ter llnsmeios mais littensos dc v.da cultu-ral, como Paris. L.niitires, títrj:,r,,Homa. enrie cabeçna como Voltairi.

"HOJE TEM ESPE-TACULO!"

Álbum de caricaturasde Alvarus

J A' ENTROU para as o/i-w cfnns díi -íltin Editora o

álbum de caricaturas que Al-narns, o conhecido artista dolápis, vai oferecer brevementeaos seus numerosos "fans" e atodos aqueles que apreciam asobras de inteligência e bom

"Hoje tem Espetáculo,'" é osugestivo titula da coletâneaqur, cheia de humor e origina-liitade. retratará ci:i sutis pagl-nns as figuras mais prestigiosase atuais do nossn mundo lite-rario.

A maioria desses trabalhos jàIlustrou as paginas de DOMCASMURRO, sob a legenda de"Cireo" e com franco e ruidososucesso, Alvarus. entretanto, naintenção dc. torná-lo mais com-pteto e. Interessante, ampliou-o,consideravelmente a ponta desua próxima aparição constituí?uma autentica surpresa.

O prefacio e as legendas dascaricaturas estão confiadas aoescritor Álvaro Moreyra. cuiaespiritualidade e fintira na artede bem escrever, dispensammaiores comentários.

O «iiinfiro dc caricatürtidosserti. aprri.rlmorlammte, de ceme os sens nomes um. e.rceleniecabedal para o espetáculo rliriode alegria qve Alvunis, brer:~mente, realizará.

O estudo. ...tem servido, principalmente a nilfamercairv,. é ,. rio ilustre pnblicis-ta Ernesto Nelson - Las Bibli«-teca* cn los Estados Unidos". Nelese consubstanciam, se er.f.uadram«e ajustam todos o.: connprlmci.te»técnlcoe modernos e tâdis as et-perlénclas que a pratica ensinou.

Depol* de esclarecer a qu» p^n'"tem checado o movimento dt bl-b!'otecaii na nova Amé-ica. ondecada província, por mais humildeque seja. possue o sm nurleo publicn de leitura. Ernelo Neisnn nin-ma nue. uma localidade (iua'qitcrrios Estados Unidos onde não hou-vesse uma biblioteca, sentir-se-i»táo humilhada como se lhe faltas?*

O sistema tia leitura a domicilie,das vlbliolecis ambulantes, da dis-trll)U((;ão rie livros, atraem e evl

de uma maneira extraordinária Asmoças do camijc. os rapazes, o„ me-nino.», todos correm de blclelietnpara aguardar no ponto determina-do a chegada do caminhão de livro»,de jornais, de revisitas. Erse movi-mento de livros, essn espresfiv*distribui!, n o rie cullura popular,constituem uma verdadeira festaA chegada ria revista novs, do jor-nal novo. da novela è como me fo—se uma dis trlbu leão rie dinheiro. E'uma festa dp alegria: a fesia doespirito. A alegria do espírito.

O Brasil, fomente de IMO partcá. acordou paia a leitura irtem»e genernlizada. O dvro deixou dieer um privilégio, um requinte deluxo. de Rranfinismo. pars tornar-se uma necessidade naciona]. Vei-Iflcou-se que um pai* da vastidãoterritorial do nosso, «ilnda lutandocom enorme dillculdude de comi.nlcação, carecia dc ter o seu covomais em contato com as suas idétas.praticamente educado e orientadopara, desse modo, poder fugir aossur loa dn 5 Inovações doutrinárias,tanto maU perigosas, quanto maioré o grfcu de ignorância rie um povo

As camadas populares hrasllciraa.apesar de uma rudimentar forma-Crio caiôlica. são ast-án iDculiivadfls.O misticismo ainda se conserva co-ino dogma no« recantos mals afãs*lados. E um povo nanlni. novo comno nosMO, é facilmente abalado peloscatsiclismas sociais.

O movimento armado de IMf)desencadeou as levas de li-aduçfleaestrangeiras nos n-.ercados brasliei-ros. Livro* de toda parle, conduto,res de todas as idélss. se derrama-vam livremente no selo do Brasil.NAo houve um bridão seletivo edaí. decerto, o álvorolc qu* tlvíra-mos de experimeniar, lentatlve deabalo á nossa Intloie e formoçáoHistérico.

O Instituto Nacional do Livro •

colhido pela morle em IMA, em l.on.dres, nas vésperas de partir mai» nma

Mas o llvrn de víelib Mlller nüo te

1on»e; * lim manuVl 'rie**™.'» "jnràV

1l'tlra, conlém ensalns sobre InrmacAn(le rultura, deveres piof Itt sio nais e nu-trni detalhes. Por ludo. é um doa li-vros ite memórias rie maior incestodn» últimos Irmpnv "hett-teller" riolínern rm llniua Inileta este atoraque o editor Vecchi numa IradiKln rteOrlando Sjitamini Duarte oferece am

quase !H1(I pitlnas. Iniciando a sna eo-lecio -os homem vistos por eles mes.

o Departamento de Imprensa e Pro-paganda tão oreãos novos, centro-ladore?. clistclplinadores da leimrabrasileira. Essa sisiematizaçáo esem duvida uma base para um fu-tuto certo que leremos de condais-tar.

Sâo Paulo e Rio de Janeiro de-en-volvem uma propaganda eficaz «patrotica em prol da d iss emitia çieda leitura entre o povo. Rubi.™Borba de Morais, cujo estágio n<*Estados Unidos serviu para traçaiá terra das or.ndeiras uma orienta-çAo bibliográfica mals racionai emala humana, vem objetivando umplano de grar.de alcance social i»tocante á leitura da» popnlaçoeapaulista*. Os demais Esiados ten- ¦dem a seguir a mesma mu E pauisto. para que se comiga o êxito toi-perado. é prteiso lundar em tftdaparle, em caria cidade, vua. aloe.a,povoado, onde quer que exista unaaglomcraçSo humana uma pequenabiblioteca. E <iue e-t-a pecuena bi-blmtcca não .seja unia obra Oe fa-chada. para efeito ric publicidade.E' preciso que seja mesmo tuna b:-blioteca, dentro da? Instruções bai-xadas pelo Ii.stnuio Nacioni,] duL-vro.O curso de blbliotetái-io ,ns-tiiuido. é o inrilce rie que íario mar-cha (»ra unw sohiç.io deiinlttva.

As bibllote;as públicas tio* titã*d.ts. prln ri pal menle dos grande»Estados, n-",o poderão continuarcomo orgáoí sem vida, rcleeadt.a ápáginas orçamentárias, sem verbassem autonomia, mort as e olvidaaas.Elas pr.nclsam se tornar cenims rieviris, de agitação, servidas (vir mr-cionárin.t t-oinpplcnips q,ir „.n ,„*.sam aplicar iurio que de ino-iw.use vem praticando no mundo di bi-blioteconourn E que os homens Cegoverno se ciiRreguem em tornodessa grande obra de renovaçãocultural rio Brasil, que liá mercorio rio sr. Presidente Qetu'1o Var-gas lodo o apoio e todo <t estimulo.

A biblioteca é o complemeeio riaescola primaria e eomo tal umacélula viva da educação popula:

Melo caminho para que a> O blio-tecas do Brasil alcancem o seu pnn-cipal objetivo .iá ertá percorrida; éo Instituto Nacional rin Livro, cute*dirigente* despendem o maior es-forço e energia para quc éle naos«Ja nunca parirão rie burocraciamas o cerne onde se concentre edonde prom.ine todo o mov,ni*r,iobibliotecário nacional.

As bibliotecas americanas noetém fornecido publlcaçées bibliccrà-f.cas de grande valia. A.s .ia Ulira-ry nf Con»re»s. rem a Cla»aif,cRiionclass E F. class P orientam ef*"'em

íe bi>« a Interela^des oefl-nitl vas do sistema decimal Inieina-

cional rie Dewey. que o ConselhoBbliotecarlo ric São Pauio adoioue que W. Ferraz, apus magiillicAí,comparações, investigações as maisprofunda- e llustraiivas. aceitoucomo o mal? perfeito, o mai« uui.o inaís racional. Além dessas publi-cçaôes, o Instituto Nacional oo Ll-vro distribuiu um opusculo coin tô-das as instruções para a fundaçãode pequenas bibliotecas, e a Revistado Serviço Público tsm Inserido al-guii» trabalhos de mm te Palpitepera o momento brasllejro. A obrade Jaiwo Fischer. sôbre clasiflca-ção declinai, o Sim pie Librai? Ca.

i (eneral eipatihnlviolfneiaa ¦ eniel.

nane» numa epnea em QUC n direitode cnnnitlita tra perlellamente leiiti-mo. t.asas paclna» continuem um ver.dadelro poema íplro, tte ndo de notaro escrúpulo eom qut Brito Brnca aa

"It DRAMA DA F.UROPA" — Johnnualher — Livraria dn Cleho."O drama da Europa" (Inside Cu-tnpel * uma (alrria de retratos do» dl.ta dores e políticos europeus do mo-mento: Hitler. Churchill. Sialln, Mus-sollnl. Ribbrnirnp. Mano — rivais at.anriadoi on subordina d es. Mat * Uni-hem, mullo mais do qne laia. Comoesset homens personifica m políticas

mostrado» aqui todos ot problemas vl.llll dl Enrnra — lodo» ns terrível»problema* que eondmiram o VelhoMundo I tuerra e i derrocada humana

llvrn dn pnrle deste, "O drama daEuropa", polt que ele, comn correi-pnndente na -Europa, (Inrante vario*ano» do -Chlraio Daily Sesrs". é nmreportei cnnsnmartn que conhece todat*t rafiilalf eiiropílü. cnmo a pulms damio c que pmtue um tremendo "latn"

Jnrnallsiicn nara rtetcnhrlr seiredm nn-litiens * ri l pio ma lim» noa ambientesmal» ho.il> * carreiartm."O drama da Europa"

elpata colabo ra doi eat doarlai, Blbbea-trop e Goabbela, tomo taiabèm pei tltde churchill itilla, Pi* XII e átieaiada nul rit periAiul idadei imlnintai damando tuioptu aolltico • (iplrltual.A eomplaaa política dos baleant é ••-tudida amplamenli. e a altuaclo daTurquia merece uma inlli» pirtlculn..inbn «unihei trabalhou pari o teuJnrnal em quase todat li naçAos daEuropa a de Eilramo Orltnte. obier-vandn (uerras. revoluclea » lumuliai,e ennttienelindo eom dmnii • dt-zenas de eiUdlstat dn mali variado a

iler. "O drama da Europa"i livro vivo t real.

"Oi mtANDEH raocrssoí daHISTORIA" - De Henrl Roherl -Edíçlo di 1,1 Traria do (ilaho.

Cnm a I*.* iene. a for» aparecida,áe "Ot fi rendes Proce tios da Hino-ria", eslá cnmpleta a eoleçlo da ti-mon obn de Henrl. Bobe ri, A IA.'aírle ronlfm o a se cu int et cipllulot:¦-A» eavenenidnras". onde Henrl-Ro-berl relala a hittnrla da marquesa deBrin villiers. dl Voitin, de Marli Rniu¦ de niitiai mulheret que coiiomavamresolver tua» questões nilnlitrinrtn te.nenn ans Inlellies que lhes ralam naantipatia "(alarlna de Mtdlcis". his.tnrla dc celebre tlorentina qne romorainha de Fnnçi, ntdennu n nii deain Bartolomeu. em que loram mat-urrados milhar» de huiiiemlta: "Aistucinua Mor ent 1 na" contl nu aci a eoarie final da historia de Catarina deMedIMs: "Henrique VIU", a hlatnrli dncelebre rei Barba Atui, soberano daIndnlerra e de suas <eit ernima»; "Oescândalo rto Panami" em que * nar-rario. em tndnt os teus detalhe» o fa-moto "affalre" que ameaçou ¦ própriavida rta Republica rranresi; e. Ilnil.mente. "Km delesa rin passado", onde¦io reillitado» iltunt ponlnt tia hltln.ria rranceu i rart Ir rie IITA. A te*.duelo t de Bre no Pinto Ribeiro.

"LA FOEME BRF.SIL1EVSE'- (l»ia.IMA) — Anthnloiie nrnnhOe et ba-riilite en Iranciia par HENRI DE LAN-TEUIL.

O» pnetai que lliuram neate livropertencem i (eraçlo de IMA a IMAe tem livros publica dns no (enero. Nto* nhra rrlllra, nm preferencia» da eu-

i idlemi poitugult * c mptiumanli „

i| de M

blhliotralkas sabre os autores parquenAo loi pn*slvel rnnteluir de modannllnrme etlit informacAet. I> llvrn *prefaciada pelo poeta Oletario Marli-na o representa o malnr documentotobre dee anoade poeela nn Braill. fc"Impresso em Itaneet para tina de di-viii.i.lo em piíie» ettranielrnt. onde

áAlar) ¦ pertenra á CdíaçíoCAtMUBBO, VAI. (,*, Alba tdllnri. Ll-vradla, W. Ble, Oi pedidos pai* ra-¦erva át isamnlarci devem a«r leiio*am Aitterea «am i pnstlvel anteceden-Ia, par* Una de reserva de exempla-itt, visto qm a L* edlclo lol fixada«M I.MW exemplai»! —*— ' ¦"'-

aada* pela autai.

"A A BOM A DO CRISTIANISMO"— Unamuno — Tiaduçlo c piefacio4* riddlno d* riiuelredo — Edições"Cultura'' — Mo Paulo.

Entre oi irindei pen sado rei deansm tempo Unamuno ttm, tem du-vida um l««t' *' destaque. Aitmdiisa é • velho proltitoi de Hilimin-ei, cuji mort* durante * revoluçãotrinquitta lanlo consternou o mundu.consldende nm dos «rande* rlattltoad* llniui castelhana em indn» ot ttm.pot. Bem atiram amlm, at ediçóe*"Cultura" escolhendo para vnliime Ide «ua série "Ot Mestres do Pr nua-menlo", um dos livros mai» loteie»-saalea e profundos dn irande ba>cn:"Aionla dn Crlttlanlimn". Llvrn etrril»em 1KS durante seu mi lio em Pari-pela ditadura Primo de Bivera. "Aio-nii do cristianismo-' * tem riuvida,¦ma da* nbra» mal» caracte ri sl leia de

antifo. que A o dt "lula'". Estudando4'rhtianiamn. ele levi a tua analise

á Bíblia a Sin Pauln e Sanln Amt-Unho. a l«nlne, Devcarlet e rateai, eLul tie rn e Cnmle e Maurras.

adquirem boje a tna I rem ente alua-lidade. como o Jesulllsmo lo ml-

Ita rumo n* polllica espanhola, c.imotempre, 1'namumn traia este» a ssu nin»na etn nalt de im pnnln de vista uni.versai pela amplidão e pela prnlunrii-dade. E. assim, um llvrn rico de te.mit. «poente de uma extraordináriaefereticência mental e de ama tranrteindependência,

A traduçlo * de Fldelino Ftiuelredo.euja nome de escritor e de prolessorconatltue a mainr (irantU desse Ira-bilbn. Junte.»* ¦ liso que Fldelino doFliutirtdo cri amno de Lnimuno. aquem tinha prometido editar em por-minta ett* livro a que a mlot Uoinpretavi. No prefacio — "O tllllmn So-

inillse admirável rin espirito rir tina.muno t particularmente do» íentlmen.tos * Mélat que ditaram "A A|onu

CULTURA POLÍTICA"

Almir At Andrade

O nome dc Almir ile Amtra |de ilispecsa cnmi-nlãiln- ¦ js

dm mait' Interes»!nle- <ti.il... íradnie» que sempre ilu-'imi Jnossas riáginas. ma- aimlii m

terra, por Issn iiinuucm inr 1Ihor que no-, pu.lc se :ilrCi.,-

¦im. >' -ni' ..... ..

TIO FELIXAc,5 nio fosse rto t

.to do seu clima de família.

iltlmo» ii.uins ria Br..íü'i.,ii.i,

iu Jlvt-n tios. nue eu leio hol*Mifi-e-Ki.iid.ici, uma vei que r«*-a o passado rio Recife, ma»,>m, e Mihretuiio. porque ree-

. de i i Cava.sil ei rt,;,

rie Fellx ta

Albuquerque Melo. eolipidos e mm-tidos por seu bisneto, Doto deMelo Menezes, e com uma introdu-cão que o autor de "Casa Cirande ¦Senzala". lambem parente do ni«-

muito eeu. e que Importa numaeramie leia do Recife de nutro*tempo*.

Esm Fellx Cavalcanti, pnrAm, eno conheci quando era menino. J»velhinho, sorvendo o eeu rape »eontiitirio-noi hlttoria» rte varlatle*temas. Dava-lhe cu, a Imitar o tra-

AMJI/O SETEtament» uiailo por niiir»* peiída»da minha ramllla, e nome rte "Tio

F»llí". Foi ile. ponanto. uma "fl-

«ura de cn;a". E. ní>E ¦'nt!«nloe"

que nos tleixou. ora divulga rios. fui

K-en« da Inftinci.i. «ente que foi ba-bilual do lar ite ineua palf, liomens« mulheres aoa quais eu conferi*,por direito de parenteeco, o um!»respeitoso rte, tio* ou o male Ijcuall-tarin de pvlmon.

Aquele .Inaé Tait) de Melo. purexemplo, com sua* barba* branca*r seu iodo de bondade, era o "tioCazuza". Tio*, tambem, DenmcilluCavalcanti, por afinidade, uma vetque *« catara com mlnh» tia Nana;tio de verdade fina Cícero Brasliei-ro de MAI". eate caeaio com a tl.iDulce, que ainda vinha a per nobri-nha rto bravo pedm Afonío. o de-ren»or df pavilhio imperial oa lor-

nha mie, em sua companhia. Numdaquíl»» pequeno» vspflrM do Lol- '

de. o "Olinda"', ai nãn mo oneano.Como enjoássemos haatante. e nosrepuinaEs» a comida rte bordo, tiaIjoodon foi I coalnha do paquerepreparar a seu mf-do um pritlnhopara nfls. Faltou no livro um* re-ferencia mal* direta I Dindlnhi

¦ tm i

Dindlnha Títí ira a miHo» CicAro, Casula. Nana,

reu ainda hein moça. de unia pneu.muniu apniihada no sair dn "santtlaahel" onde ouvira o "Baile rteMaxcaras".

Perpaíeain no --.Memorii» d*

primo». Solon. RaniiKM. Zt r-*ell\.

riazlniia. Balut. Maria dr, Carmo,que. nessa deliciosa "peça" d* ml-nha intimidade romo que formamum coro em cuja musica se mitsln-1-a a* «lieridide* dt infância, oe io.nhos da adolescência e a. saudade*daquele* que ji *e foram. Infeliz-ment* quase tedoí!

Cnnfeeao qu« o -Memória» ,]e umCavalcanti" ,por eaae prima parti-cular. me tomou mai? tie meluJed* aiençio rto leitor «

X«m 1i teu-.

f*ro

As exposições temporárias doMuseu Nacional de Belas Artes

phie", de Vnn Gcnrt Srnncrflfc, ..estudo de Jennle M Flemert "Clreulation Work ln Publle Llbrarléa",a publicação "Repori of the Ubra-rrntt wilh Manual da Librar; «ICungre**". a Revista Panamerlcana"Book Khrlf", tudo Isto comorovaa ascensflo ria blblloteccnomlk nomundo moderno, Maa, tftdas efeasobns são em língua estrangeira.Quase tAdas em Inglês. K, dal. aoportunidade de Irai a dista*, nào étim ptisilelie de autores, maa uiuaMlmilaçfto Intuitiva, tim iproveu*-mento rie bases cientificas pira ae-riuçôes claras, reais, vivas, laceis,eapawa de demnibiraçar trtdis asduvidas que as que»tóes da bibllo-teconomla podem suscitar.

MA Biblioteca" é um livro de e«.tudos. orga ninado dentro de umaproRramaçao riidátlea, estilo l.cil.sintelo: é mais uma prdeçlo deprofe**rn-, onde se objetiva comprecluSo e ciarei», tudo que ce

Erende k viria de uma biblioteca.'.

pais. um livro de Brande oportu-niriade e. como lal, deve ner distri-btrrio por todoe oa lecantoi ao

OS

museus e galerias de anti-

eamente consideravam romoum dever expor todas as

coleções que possuíssem, apesartle acumulo e da falta de harmo-nla que disto pudesse resultar.Somente algumas teias pareceu-do destituídas de todo valor eramexcluídas das salas publicas. Es-te método de apresentação Ja fot-

geralmente abandonado e pode-mos dizer que a maioria dos mu-seus modernos sào organizados,de modo a se poder (arar umaapresentação nas melhores con-dlções possíveis, Isto é, com umaseleção dos mals valiosos objetosou obras de arte, que, quasl sem-

pre nào representam slnâo umafraca proporção do conjunto dascoleções,

Orientado neste sistema, o Mu-seu Nacional de Belia Artes, pos.sutndo quadros de multo renome

que nio puderam ser expo&tos

por carência de espaço tem pro-curado apresentar numa de suas

salas menores, exposições tempo-rarlas destas obras, organliando-u ora por escolas, nacionalidadesou então por artistas.

Com o ano de 1EM0 iniciou-se a

mostra de pintura Antiga Ualiana que reuniu telas de mestreseomo Caravaggio, Carrael, Oiter-chino e outros, Falemos um pau*co de alguns destes artistas. Ml-

chelanftelo Ameright dl Cavavag-- río era mals' conhecido pelo no-

me da humilde aldeia lombarda.Caravafgio, perto de Mllào, ondenasceu em 19S9.

Ainda multo moco se apalxo-nou pela pintura emquanto pre-

parava a cal para os artistas queexecutavam a fresco. Foi Inicia-

dor do elaro-esciiro e o artistaemérito que mostrou a Velasqueat ft Rembrandt oa princípios dt

lus na arte do pincel. Estu qualldades puderam ser apreciadasna sua magnífica obra expostaIntitulada: "Frlamo e TisM". .De Amiibale Carraci vimos o"Homem da Espada" que se su.p&e seja o retrato de Michelan-gelo Buonarrotti o celebre escui-tor do "Moysés" e ainda a teia"Tobias recupera a vista".

Carraci era primo de Luiz Car-racl, fundador da famosa Acade-mia de pintura chamada dos "In-cammlnaü". Nasceu cm Bolonhano ano de 15S0 e morreu em Ro-ma em 1606. £ ele certamente amais celebre e vigoroso pintor daescola de Bolonha. Guiado porseu primo Luiz Carraci, começoufazendo excelentes copias deCorregglo, Tlclano e Paolo Ve-ronese. Trabalhou oito anos se-guldos na admirável decoração daGaleria Farnese, obra esta queainda hoje podemos apreciai porpertencer este prédio a atual em-baixada francesa naquela clda-de.

Alem deste pudemos ainda ad-mirar na exibição os seguintesquadros:

Cabeça dc velha iMoronii,Suazna surpreendida pelos ve-

lhoa (Oenüleacha).tirania contemplando os nstroí

(Lanfranchi).8. Sebastião (autor Ignorado* ¦

Martírio de 8. Sebastião iProcac-clnl).

Salomé eom a cabeça de 8.João Batista (GuerchlnoiDe volta t'.o mercado (GiovAnniRosa).

Lot e suas filhas (AgostinhoVenezlano».

S. Jeronirno meditando numagruta (Lucca Cambitio).

Gênios disputando a palma(Procacclnl).Salomé iSassoferrattoi.Da Exposição Flamenga, rea-

lízada em Fevereiro foram esco-Ihidos os assuntos mais típicosdesta Escola que primou pelos re-tratos, paisagens, naturais, mortas e interiores .

Convém notar o grande vasocom flores de Both, "O porto for-tlficado" e o "Pór do Boi'' de Mo-lyn O "interior flamengo", de«ael, um "retrato de Mauríciode Nassau" de Post e outros qua-dros de Rubens e Van Dyck. doisnomes que levaram ao máximo agloria dos pintores flamengas.

Pedro Paulo Rubens, nascidoem 1577, estudou cm Antuérpia,onde as obras de Quentlno Met-zys e seus alunos multo Influíramna aua formação artística. AosS9 anos já era celebre e depoisde muito viajar pela Europa, ins-talou um atelier em Antuérpiaonde começou uma carreira detrlumfos que durou até a auamorte. Foi um ereador iemIgual: retratista, paisagista, pintor de cenas religiosas, hlstori-cas, alegóricas familiares, caça-daa, festas e torneios. Rubensdeixou mals de a.000 obras co-nhecldas em todos os museus tgalerias do mundo. O quadro qucfigurou nesta exposição do Mu-seu de Belas Artes a ele atribui-do, representa uma magníficaCrulcficaçlo.

Do discípula mais famoso deRubens que foi Antônio vanDyck, vimos um S. Sebastião emals dois quadros sacros da .suaeacola. Van Dyck viveu.a maiorparte de sua vida na Itália e naInglaterra, pintando retratos dosreis, príncipes e nobres da ?òrte.btea quadroa sào tio aiiitocr*-

ruiu

Iniciativa do Depart.iI mpre nus e Propanaide aparecer mi -ru Ie que k intitulalitica". Soube ,\para colaboradorescialiva admirável tmet que represem

intelectuais, lucrarca-, financeiras rcon aer il indo a«im

¦cldits

ç;,o rifle» perfeitade reunir aob a chetmir de Andrade umen labor a dn res de r-rn

darem"*, então, uma ação mai* de'alharia sobretura Política".

ticos quanto o próprio .in---- r sr,mesmo tempo valiosos cio-11¦ ,°r-tos psicológicos e hlst-int-o.- 6<n

personagens retratacies.

Em seguida a estas din- "sp1-

siçôes vão ser organiza rias -c^a

duas outras que terão grande in-

terésse para os estudioso* ¦ pes-qnizaciores de Arte. Uma rr;.< re-

une todos os Premlo* de V )=rm

e outra somente dos "A'í!,tís

Ignorados".

As memórias de Vas-conceitos Drumond

O editor Zelio Valvcnifeslá anunciando para hrevr.na coleção "nepniinen1'"1

Historiei»", que já (tivulm-iiaa lembranças do Ch.iltrae as "Memórias necrrln- «ie-

Carlota Joaquína". a livroem que Vasconcelos Um-

mond. cunhado dc Josc Bo-

nlfaclo. e «tiretnr dn fimn»**

panfletn pnlitlco ip Ta-

mnlo", relata a sua vitla.

Cnmo é sabido, ns papei' de

Drumond foram qucimatinem casa de Mel» Morai*- i'"rocasião de um incêndio. Sul-

varam-se, entretanto, esta'

memórias e as cartas An*

dradlnas, que vão ser icti.il-

mente publicadas em ailniduan presente volume, !>"!¦

mond, amigo Intimo do Pa*

triarca, foi o sen Hrfer "*

terreno jornalístico e. com»

tal, participou ativamenteda vida politk-a do prinicimImpério. Vários episódios

históricos até hoje em ide"»sombra são revelados com-

pletainente por esta> menio-

rias. O trabalho de prefacioO notas das "Memórias d'

Drumond foram coiiflado*ao nmso companheiro (luvlí

de Gusmão, que deverá cn-

trngar o seu trabalho an eol*

tor aluda este mês.

Page 7: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

IflA HO.IB MESMO

MÁYERLINGOo»! CASMURRO na tradução

-— de

ÍDITH MAGARINOS TOHIIKB

DOM CASMURRO i Página 7 •

Inli

0\SSUNrO

* dos tais que eo-luonm a nente. Mexe comlodns. Interessa o escritor, o

i—i político, o sociólogo, o arth-, ,, tudd o mundo em geral, quc,

escrevendo, diurja aer11-alRU 1 Nnn

Q

fls pri

itifer

possi

:"i" ns estudioso•ii- ror último,

inláti-Indi' dr

ruir pensa que"". não senhor. EInnnt 111 para cri

c diferenciação —

i rnsir An »A ACADEMIA

A"t l mesmo liavrrã. nu tèm¦' i'"l". re[iri-w-,i(jii,trs rfP tn-";'- essas (i-uirnclas.

p,.„ """"* Miislrrs inoiu Raquetei .im , ,,,„.,,. Ul,,n f.|]nr rm Affa_, , M.,,:1|,,:1„,. ,,,, ,,rv(.rillAlw-h, .lr fnstn., ICnrlnlp),» Garcia,'! " '¦""¦'¦ ('<'Ko Vieira, rte.'"' "" ' ' 1C .1. Il:lil.li„ ,1,. Snilín.' ' ' ""ai "-"lirinliii. Oswaldn"

, ^''"'r ^I.'1'iiiis, já traia.1'ii-lmi. rnm sabedoria e¦ ' i -ii m.Hli.. N-io serei e»

-1 ill 1:1 uri llilcfin ||„.i i ii cindo a alciima

as (lifrifitra-. „,i mn.IM-'. Vwiia.Vrtí

=-i'« Miiehr.ilo. Ia*la"l'"-.'s li ra pre-anii-i. "mJicii- ,a|P.

i V"':ihulari:. critico

e d.is " diferenças do'' i'-iri;v..|. dns dnis

Não

i- Macliniln jirn-i prol

K i'iil.-1-iios Mario do"'("¦ lllllfl I. Hlll' IKllil.l-" "em malrrla d,- |in." s"b .. [imito de vis-di iiramnlira", mm." eui parn recortar >", '"" '«iu ii N1Õ1--• lli'1'iiiirilino Hi-'"' Arraia, de umut». dc mo Joiio ile

s''iis li mm'rins parimos'I'"' luije linzcni o or-"- 'nuaiiilistas. Si- liAiiisilelni ivirreveudn rmiria-

TENDÊNCIAS1,5-3-911

Acaba de aparecer

MÁYERLING

O LIVRO DO DIA

nniili eu tlriir de bunda nome ICaaaai.. Jla-.a.i. ™mn .Im.ta, .aml-tM iii sr sabe, tinha que retomar™„,i,„, naaaaa ,l« faapaaaa alai aaaaaalaaaa.Sins fl1"' vlvrtn queimando prsla-

nn pri-lenca e até traçando ama-"lliiliiJi-s hein porliKuesaa por cau.", ddr uma vi'í qne se trata dc

m>i> li-inlissiim» á nossa técnica de[snrfwiáii e au nosso destino de povo,Uvu- r iiiili'|H'nd('lite.

>i"ki é preciso ser dramático nemuiieri-la para qualquer ile mia Iraiiiiiidu locn em que setor desejanrlfiii". nu cm uue grupo.

Enil"""" -siilbii qne vai na mia,mfxpr rom rasa dc marimbondos..,

0 |.\Sl)l<AiMA DA DISCUSSÃO

VI" grupos sio esses ?

A Academia e a Língua Brasileira ©A LINGUA FALADA K A ESCBITA

S que, no capitulo daa direren-' elnçfios, esquecem a llnRuufutndn, pre-am |ie!o violo do

rui.

nposlo estão os quc pro-

um talo cn ns limado. Lm

iri-eni a profiiiiila üilrri-n-.lente enlre os dois idlo-frucni o impossível parn['iiinni i|Kii,"ãii. anl rui ii «s

tesouro comum a unidadeentre Portugal c o lira-

ir. e vasto, des-'

irirus prnpõi-mo-brasl letra, na

-¦¦¦ >.|"> i- * i-.-i-ii fan. O* cautelosos,i formula sagaz e ri-. liiicna nacional ou", Existem, norem.ur. reputando i

daa "diferenças" e (instituiu um doaseua objetivos,..

Quero dizer que nlo cometo amala mínima dcselegancln para enmoa mestres de hoje em discordardele* e do tu tal regimento, ae ea-tou prestando nlnrera homrnaxem Aerra (lin que fundou eata caaa e ela-borou a ana primeira lei Interna.

desejo i - ou nossos rucabulni

'«'.aa, ,„„

¦".'«."la!,

'.'¦'¦¦ ' "" I ' '.|"l--l

'"•'"tr liiqiiéiiln. Miiapiu-«n/ia d,. hnuIlHrlmiKM !

"" iniüI,, di' falar' elit imviis".y.-tà-li-niiji iTloinlnii o

r nun ü uesiiulíüi

< dc ' , de ie.i'raviiaan-na mgn csqueeldo, ilcpiilh ite umaItmliitcncia efêmera. DIsío, vm sue-

CASSIANO RICARDO EXPÕE NA ACADEMIA 0 SEU PONTO DE VISTA,INICIANDO A CAMPANHA - ÍNTEGRA DA EXPOSIÇÃO DO ILUSTRE

ESCRITOR PAULISTA

SUPRIMIDA, na dlapnMflo re-

cimentai, a parte referenteá* "diferença» no modo tlefalar o merever dm dota po-vita". o que ae esperava da

Aeadema era o cumprimento, pelomenu*, da parle que continuou emvirar, relativa * puhllrafao de um"dicionário rritiro de hrasllelrla-mos". A omissão Inexplicável de umdoi seus objetivos devia ter nma re-rnm pensa qualquer na Imediataexecução dn outra — multo mala ti*ell de ser posto em pratica — alaproveitando-se o material devido aoesforço particular de alguns ese rito-rcu que haviam publicado, emboraesparsa mente. In te res santíssimos vo-rabularlon de termos regionais bra-slleiros; ou hl reall aa ndo-ae lartoInquérito em que fossem ouvidos tn-dos quantos se diapuaesaem a rola-borar em obra de tamanho Inte-

Já ae haviam estabelecido oa và-rloa conceitos de "brasilelrlamn" emdiscussões que tiveram ampla dlvul-e.irío. Pnr brasllelrlsmo devia en-tender-se (explicava Laudellno Frei-re), toda palavra, ou expressSn, dciikh corrente, que sob ¦ forma i"a-letal e diferem lal. despontou na lin-cuairem. provindo da corrupção or-lucra fica. f nnr lira. slnlállra. seman-lira on de penrro. do falar indlte-na c africano, da cirla popular, dasnecessidades reclnnnis ou. ainda,'mediante o procenso da derivarão,vernácula ou híbrida. Os hraallrtri*-mes pndlam ser cla.síificados assim,dc acordo eom a proposta desseeminente fitóloco: a) corruptelas depalavras ou locuções: bl termos deKirin; r) votes novas de formarãoli ihr ida" d) votes novas de forma-Cão normal: ei vocábulos regionais,e Ti vornhulos indigrnas r africa-nns. O cnncriln de Laudellno eramenos lihrral qne n de João Ribeiro.Xavier Marquei — que estranhara •falo — propunha, a eerta da men te.nãn nã qne se alarsasae o conceito

dc- "hrjisllctrlsmti" romn tambémque a nuhlirarãn dn dlrlofãrin debrasilelrismos nreredesse * do dlrio-ii.irlo da academia.

Ita umn crnuile apmntação: a em-prclta parece vitoriosa.

Itui não admitia que no dlelona-rio entrassem "vocábulos de caçoa-ria". (Iraça Aranha queria logo urodicionário da língua brasileira e nãoda portuguesa. Medeiros e Albu-qiierque rra apontado, por causa deuma certa ironia sun. como um ea-critor quc "acerca das coisas deeramatlca. ortografia, sintaxe e le-xi roera rii. tinha idéia* singulares tperturbadoras". Alberto de Fariaachara an ti-regi men tal todo planode dicionário que nào houvesse pjr-tido ria respectiva comls-ão de lexirn-grafia. Ataulfa de Paiva, o nossaidislre relega, lembrava que linha-mo* um acordo firmado com Por-tiiipil cm assunto de dicionários.Promovem-<-c medidas preliminarespara ludn rnrrrr em ordrm, SilvaRamos, an lado de .Iaã« Kihelrn e daAloisio dc Caslro In uma comia-íãoimanifcslamlo-sc nobre

... sumariamente Inqui-nadas dc "cerruplelas" grosseiras

ria adniissivcl. Já o saudoso Tro-fessor Branhcr, a propósito de umexcelente livro de Mnnteho Loeale,tão impregnado dó espirita na elo-nal. havia pedido com Instância armmaçâo dc um léxico de lirasllei-ti-mus que f aci li lasse a leitura dessae de outras obras primores» da D'lera tura americana".

Apesar disso, alguns puristas eu-gem prova de paternidade aos ver-bclcs de pés no chão e cam um avriiividosu. Humberto de tampo»,mals larde, reclama contra esse p1!

engravatado. O seu maior

em perfeita camaradagem. Ricos,pobres, saberbns. humildei, negraI¦¦ries e aborígenes, brancos e menti*ços. Reunidos, todos, no vol um t qut«s havia de agazalhar — sem nenhu-ma dislinçái) de origem. O planndc Humberto parece lão justo quenos levaria a parodiar Huxley, camreferencia á bíblia. Poderíamos dl-zer. r ii (fui. que o nosso dirlonarloseria "o livrn mais democrático dn

Sc ií situação era essa, maior se[az a esperança em inrnn drla quando a Academia designa n Ilustre Si.Afranlo Prixoin para organizar t*»ídicionário, o ciiadoi- de "Fruta dnmato" botaria a questão em prato,limpos, como sr costuma dizer. Sa-liin. riotadn dr uma intellgcneia finae agll — e auior dn alguos romances tiin providos de material lin.guislico brasileiro — vinha Afranloocupar o seu posto com » força t anaturalidade dc uma estrela que —numii constelação — não podia sernutra. Deuses malicioso», porémparece quc tramavam na sombra, Ãdemora na execução dns "pianos -começa a Impacientar na mals inte-ressailos. A celta altura, e a julgaipelo que sc tinha feito, "o dlelona-rio ficaria pronto dai a uns riuten-Io* c sessenia c oito anas" — cal-cuia l.iiií Guimarães. Vem. então.Icfinla-mis Taunay), a primeiragrande tentativa que "se mostroumuitíssimo deficiente. Imprimiram->e 234 paginas dc tal tentam* de"anta" a "mc-delxca", compreen-deudn umas «eis mil palavras ape-nas; cul liei la insufle len li sal ma! " Equal nílo é o espanto dos que acom-pauhavam a qursISn IA.esperançados'-dnnrnilos pohvis", de Vieentcio ilustre Sr. Afranlo Pel»elo. nnmasegunda lentallca, deixa de fli-gatil-v.at o dicionário não por falta delirasllidaile, mas agora por fada d*"lirnsllfiríamos". Sim. par falta delirasilrirlsmos. B c ele mesmn quemmi Io dlr com aquela luminosa cora-grm intelectual quc o torna aempreilhno de um grande respeito. Nfi-lcdi/. nílo; aqui nppllqucl mal a expressão portuguesa — que rnrrlju.li' rlc nirsino unem a diz, não a nós(brasileiros) mas nn* portugueses.numa rumorosa cnmimlraçio A Aea-llrmIii rte Clf-nclas de Lisboa "Cadalu asilei rlnmo" Ivnu transcrever fiel-

Kuro (dlrlglmlD-sf ainda am poitu-¦Ufsrsl cnm experiência proptla.Duas veies a oUlii minha Variemia riu Hrasll pediu-me um dlrio-nario dos ditos biaslleirismos ..Ruas vezes, « trabalho, em começo1*1 censurado e adiado. Os meusverbetes eram plantas mnrtas noliervario. Valia a pena "dlclonarl-tar a voz do vento?"

Ai está. nua e crua, a aua decla-ração, que vale por uma praftaiiitdc fé...

O que se verifica, nio sem algumdesencanto, c que Afranlo Pelktttuhavia aldo designado para prendemte de uma comlssôo Incumbida peliAcademia de "dle lona ri gar a voz dovento". Morieitla sua, por certo Se.a comissão existia. Os brasllelrlsmoslambem deviam existir...

Nulc-se ainda quc a Academia nãipediu a Afranlo um dii-ionario danossa "lingua verde" mas um dlcltnario de braslIclrlamos; isto è, Jus-lamente, dns qu* jã ae haviam ln-trodutlrio cm definitivo na iínguaportuguesa, desde o inicio da colo-nliaçãn até agora.

Parece, pnr ulllmo. quc c aeu Ira-balho, se "duas veies censurado eadiado", não o foi por.falta de bra-silelrlsmn*. mas por excesso deles.Tanto assim quc dois colegas nnssus.tn srs. Claudia de Sousa e Clrincnlin ii Fraga, reunindo a* verbeirsomitidos, sõ nas letras "a" e "h".lhe ofereceram duas gordas e suhs-tancinsas emendas qur mals pareciam dois novos dicionários de vo-cahuhs qur « fulgurante dklona-risla não havia incluída no seu pre-Jeto.

C o que é pior: negando a exis-léncla dos hrisflrirismn» Af tanlaTel xoto. por cerlo que sem o querer,obrigou * nossa Academia a passarpor menos verdadeira perante <• deLisbaa. pois o Ministério da Educa-çào, a,, i|ue nnilelam os jornais, to-mou a si a tarefa de publicar umdicionário dos "ditos brasilcirismos"leomo elemento subsidiaria para aorganização de um futura dicionário ¦da nossa lliiguai. tirando-noa a primaiia da Iniciativa e provando quros "ditos hrasileirismos'1 nào enexistem como já foram centados tregistrados por um douto nn assuntecomo é o sr. Alarico Silveira, cujanotável trabalho, contende setentamil vocábulos, aparecerá dentro depoucos dias.

Não quero cimentar o falo. Nemesla simples referencia comportaqualquer comentário. Unem apenasregistrá-lo com uma certa amar-irura. Por ver que, nesse episódio,¦ nossa Academia aparece cemo fal ¦tosa, lerda no" cum primento da seu -compromisso » Insensível a umgrande problema da cultura hrasl-leira.

FEITOS esses reparos, que Julgo

Indispensáveis, direi agora quediscordo doa mestres de lioje

para melhor concordar com tn, de

E para melhor concordar com o*de ontem lerei que me referir em*hora por alto, a esles quairo pon losfundamentais:

a) as diferenciações;bl o grau de dlferenciaçàa neces-

aario, dn pon In de vista filologlco.para que uma língua se torne "ou-tra" e se declare autônoma;

el o momento preciso em que sepopsa declarar essa autonomia:

d) a con veu iem-ia ou nào dessaautonomia, visto eomo haverá quem

frefira a unidade lingüística entre

ortugal e O Brasil eomn mais ne-cessaria aos Interesses de amnos.

Os elementos de diferenciação —ha esta outra Indagiçãn a fazer —poderão aer explicados apenas pelifllolngira? Será esta suficiente paraesgotar a compreensão do fenômenolingüístico?

De mim, devo dizer que nfio con-algo ser brasileiro quando escreva,sento escrevendo brasileiramente, t-.'possível que lambem escreva em por-tuguês. de vn em quando, afim deque o português me entenda. A ver-dade, porím, é que mr sinto malsbrasileiro e ate me rio dos fllolngostida vez que um português nha rn-tende o que escrevo ..

Confesso, lambem, que ha no meugesto um slmplea desejo dc esela-rerlmento e cooperação

Nada direi de original Ficai riapenas satisfeito se algumas de ml-nhas reflexões servirem para uniahistoria que se escreverá muilobreve,..

Nâo «ou filolago, nem gramáticoe seria excusitda esta advertência.

An conlrarin; detesto o» gramali-cos e fllologns que. no Brasil, aasen-taram praça na sabotagem do le-noracno lingüístico, sem perceberSue

sãs demasiado mesquinhosIa ii te de um problema que nAo e

deles nia* nosso — porque nacional.Oulro deseja meu é o de cxaliar

a nossa amizade cotn Portugal e asua gloria.

A MESCLA TCPf-AFBICANA

XÍ,UM ponlo da letra "

acordu, E' nas diferenças auesurgiram, logo ao inicio ria colam-zaçiio, em virtude da mescla tupi-

declara, em 1B0», guerra aos barba-ios dc Guarapuava, dlilgindo-lhesaquele fnmo.in manlfcMn ouc Ilipolltn ria Casla tanto ridicularizou pureslar escrito cm português caslu;»1'

Quanto á segunda, indo o mund.isalie o que tem havido.

EMBORA estranhando noe o

brasileiro, por simples "tm ricconta", diga quc ecitos passa-

ros Talam a mesma lingua que ele,afirma Freyreiis qui- alguns de lui.pássaras praticam n-esmii a arllicmaravilhosa dc falar palavras por-tuguesas: o "jiuin corta pau" dizdistintamente *> seu nome; o "unisn flcu" é oulro caso; o jacú caçoan-do de caçador quaiule este erra ntiro é nutro ainda; o "chegaste doRio. nõo viste o meu mano Frao-cisco?" será outrn ainda icmiiuranão citado par Freyrdss) c especial-menle e bem tovi. cnm o seu eus-lume ruim de grilar "quc viu"quando enxerga nlgiiem, ao pnutodp ptrsiar magniflviis serviços aocapitão dn mnln na procura üe ne-glns fugidas. Parcrr, pola, diz ocompanheiro de E\ch<vegr, que aPir.iIiiii,ria 1-avla mcsiiin rcsvriariue no duro n poctugues para senliordc uma lerra onde. |iur adianta-menlo, os nassaros já IHr falavama língua eom certa rarreção [rama-tirai e onde o prnprlu bem-te-vi jãsabia multo bem colorar pronomesá portuguesa.

Pois até os pássaros ji sabem fa-lar português, quanlo mais oa in-

A"

lupl, para entrar no seriáo bruta,Nfio podia da nascer escrevendo >n-netos, nem obrigando o pohrr dovotante analfabeta » aprender ape-nas o desenho do nome para garattijá-lo nn livro de ata falsa, cm dia

Vieram ns pnllticns • tomaramconta dessa democracia, tão rica deverdade humana.

Vieram ns gramáticos e. tlrlrlrasmataram a língua matinal em qu»Indígenas e africano* pred iminarumpor tanto trmpo e em lantaa rumei,A língua eslava nascendo, brincandodc rarapinhé. crescendo mestiça, bnlaudo apelido noi outros, falandorm mandlnga s candonga, impnnduum vn cabulo cheia de material inc-dito. triunfando cem os s.ius morii* -mus. ehtcotenndo enm os seus "iiifo"e o* seus "pló" n ouvido delirado acertos fidalgas do bem falar portu-gues, mus vieram os gramáticos...O que houve, neme particular fuaquela precipitação que explicamais lorde, a "Academia antes d>folclore. Rui antes do alfabeto' afilosofia anles da profissão, a ilte-ralula «nle* da lingua. A luto entrens gramáticos resmungões e uma de-mneraela inaeenle. onomatopaica,que nasceu falando errado mas bra-

OlKirliiBitfs. rom os I nu meros

vocábulos lhe vindos do i)(ii,ooincçn a suo di-moiisti uyiKifimra mo st-rvir de um lnn-i-

lelrismo que tanto encontuu iliiimItibciiol ugoni ja num sentido dc•so rtci-lunir dono desse material,

Cuiiio illi Nascentes: "o |htíihIorolouliil p uniu <'|MK'n dc fornint/ãn

ontra lliurmi, Nio se fal um Io naconseriiivAo, enlre nós, de ''formaiquo IA ko uriiiltiii-uiu" c ijiii- os ou-

mnis curiosos i-lciiicniii* ik- iliru-rcn-cliuno.

PSICOLOGIA 1IQS VOCAIJIXOS

AlWluvrii 6 multo mals alacmlu

l"'lii povo ilo quc a slnintu —

— c ilaí iisdiriinuluern-a iii-meçiiirni \n-ln vornliiilnrln, c iiiirjapcnns pelas leis dn f rnscolotdn.

l'ni( mm sc ulfL-ieiii lu ilu outrn

€.• JlOpodovn". E»»n a rii/iin por i|iit-, dn pim-t» lli- llslll |1-|| olri;-ll'll, a sillttlll!tem slibi ii|iniiiiii|ri cunio a pmie i|ii«menos se presta a cinelluinte Inter-l)r«lni;àn. Niiliiriilriunlc. dizem nsquo assim pcu-ii-u — nã" è n *1n-tiuc um niiik-rinl dcs|irc;lvrl; tnm-liem cin uprescniH ift „ m-u (.hiim-|[Ciiii< dn luillcnçfics pnra a dlfercn-i-íik,ii<> eiili-i- os iil.uiiii». Jii um lU»nossos, ,l<uio Ribeiro te com quciiuihIiv,-! ile ciiiiiiriiiln) iiia.ilnrn

ipll-s

miai |i>l<«

mio

os cobres" coinn uma niilenl ciiit-Blen cnlé loilfllimla . ruríni u vr.ilade {¦ i|uc uma -il palnvi-n |«'n1e rc

Ali-nilHiiins. dl/ .;<'nmcs llnrdv. a.i

na. ncdiu.'" -iit«i«'-« ile vldn iIiriis.tinir, |inr unem a prcmuncln; n ]>.ilavra loitlcsn, nTlesu rápido (linto: it imliivm fiunicvn, cinco deie

ii-nlo d \ lin- illm .lij.-l.

Será que chove? Irria perguntado

¦i-í^-w'-' ^H

w^xm^'. In

presas catariam reservadas ao pn»melro. Vinha elo cticoutrar o sei.vagem falando uma linguagem sem"r , sem "f" e nem "1" falo quecausa enorme estranheza aos ero-nistas, Com que direita o bugre. popantecipa vão, havia "comida" tsiaitres consoantes dn português? Sópodia ser por falta dc "lei"', do"rei" ¦ de "fé", como disse Gan-davo. repetido por Barlcus: ".. .quodflde, lege, Reie carcanl". Por ou-tro lado. e para agravar a falta deelegância fllnlogica do selvagem,nota a colonizador que certas piisa-ras lhe falavam a mesma língua,,,o quc cru, realmente, dc hoquialirlrao mala test.nudo doa incrédulosNli o hn In ven çlo, nem Ironia nessasduas surpresas. Pois em razíto daprimeira, (segunda a qaa! o bnipctinha orhlnnçln de falar umn língua

Cainòe»! a governo de Lisbo» aáo

Cassiano Ricardo

o earalba branca an luváua, numdia de rara cinzenta."Maça luiué o mudéo e pó ruim-bisca opc".

A todo momento, informa TeodnroSampaio, estava o colonizador talau-do tupi sem atinar iam a earalugàodisso. As frases lhe saiam "inçadasde vocábulos bárbaros numeroios",Na obra da conquista, as bandeira»quase que nó pairavam lio tupi, nãao português. Nfto propagavam a hn-gua de Camões "que sõ era miro-d ulida depois" cra 9 progresso daadministração. O português, "péde boi", teria ronsliluirin mir>mosério embaraço ã penetração itistiirica, A bandeira falando tupi foiquem rompeu com esse enibaiaçnEla própria nasce dc "banda" e umdocumento antigo dcmoimlra que apalavra "bandeira" causava entra-irhcsu ao português: "qu.indo che-guei aqui (Tocantins) informa, cm1IÜ4, o português Antônio Itapo-o aei Rey, já haviam partido (os pau-llslas) cnm a sua, bandeira, cnmoeles lhe chamavam". O mamclucnnasce de "mamãruca". a Sabara-bussú nasce de Itabeiabovú, O cmboaba nasce du odlo Indígena contrao reinol. CaneludDs e pés largo*fnrmas p grosso das levas cnnquls-tadora*. Sertanejar á a verbo quecerto capitão general inventa paracaracterisar o oficio da época. Todos esses vocábulos são, assim, lm-poslçòcií típicas dn lerra. Sem eles(não sem o pnrluguési teria sidooutra a linguagem dos cafundós.

-No fim do século 1XVIII) e noMaranhão, bandeirante significavaconhecedor da língua geral" — é oque Informa Capistrano ao Barãodn Rio Branco, numa carta siV r;madlvulgada-ivcja-se o ultima númerodá "Revista do Rrasil").

Dc resto, num pais dc Intensamestiçagem, como admitir que só aIdioma se conservaria puro?

Todas ns raças viriam aqui renas-cer. como se diz na linguagem hl-Mlca; e a llngi-a portuguesa ha vi riade pairar, imaculada, acima dessetem moto humano?

w sslm rO padre que sabia Inllm rrzanrin

n itraçfio dou 40 mártires tm línguaafricana. Negros boçais, em cumprn.inçãn. reiaudo em latim: e In-illes tamlicm. O vaqueira de CuH-Hba aapcraiulo o seu lailniirio nococuruto da governança, pura sc fa-aer respeitar, bandeirante falando

sua da mctrupolc 00111 rvi 1nctlco, c na sua sintaxe ". it cre-intensos abalos nu seu slslcimi ta-riii-Iu de Matas aplica brasllciri*.mos acintosos, uas suas snllras.Vem, depois, o período ila mito 110-mia, dc IH22 n(é Itojo. Neste sccuii-d» itcriodo, Portugal não sc aa puradindo c continua lncoi-|toroinlo no»seua léxicos o material Itugullslco dcitrlgcm brasileira. Como se mula dnanorutn! estivesse aconu-cemlo.

Em compensação, comecniti a n-parecer serias Indagações 110 semi-do dc provar a dirercncianrüo já•ipernda entre o português- portu-Kuí-b c o poringuís-brasllciro.

Ab ilircrcnclBçAca represe 11 tnm.assim, umn pequena lilsiorlii, ijuo-RcnMe—Mendouça dUliliu i.-iii lim[ii-ilmlns: lase |irc-bistork-a ilaüu.»iTll| com ns suas primeiras rolhei-tas do bro sllcirl amos j fase hlst uri-co-vluaerdfloa 1(178-192(1), cm quc

Una o estudo do din Ido br.i-sllciro: fase dia Ici (ilógica (a partirdo 1(120) com os seus esiudiis da"llusiia imrliiKiicsu" <ln Hrasll(melhor teria illt» língua brasileiral.

«mils as princiiMis razões que 1*.ctsndiasos apontam para provar adiferenciação?

vencedor, na cuerra de cnlonl-snvão, submeteu-sc ao venci-rto, a prende ndo-lhe a llnxua •os <nsltimes. Tal ronlo JA lm-

neniiiecldo na conquista da Afrl-com Dlogo cum e os Indlgciii*Cninto (jHira *ú ralar em con-ila realizada jM»r português}.'1 vencer, leve iiuc virar 110

A soma devia cftliiair-sc no sen-tido inverso, iiortnnto.

o portuguls somado ao tupi •não o tupi somado ao portuguêã.

Cont o nossa independência, nadamais Justo que o portuj.-ufs rcsii-tiilsne o quc é nosso, dlrio ulguns.ilus o «liirloMi Portugal, em assuo-to do vocabular In — e sem que tiniunisto o menor propósito de lhe ue-«ar n minha Imensa admiração —incorporou â sua língua todas as vn-zes ameríndias; chegou alé a regir-irar. como Blius, pnhivras que mlormnrom, segundo o "dlz-quc diji-iiiii-" dn ma kdlcrucia, por mernadoncnIdos tipográficos, com» "Inu-I1I11" o "píngn". Quando sc deu nm-na indopendvncia |,oIiiica nuda mulanu In lul. lu dizendo, que vol lassem1111 nosso patrimônio lingüístico o*10111 lm Ins tupis qut só laidcrinni cs-tar Incorporados an iHirlugiiõ» rin-i]iiiin(ii nâo iHtssnvnnWde colônia,sim inilhni'1's e milhares dc vora.Iiuios sem sliiiilficiiçHO em Poriu-glitl "nomes dc plantas, ile animais,ilt- vímVs <¦ n|inrencins da terra, da«•ío, do mar, dos utensílios de gner-ra, ile iwsin, dc lavoura, de nave-giurâo, de Indiislrla; palavras brasl-Ilins logniins dos dlolclliiw Indiuc-uns e iifrli-unns; on nem usccndi-n-cin, por serem verdudelrua Invcn-VÒcs do puvo". ItcIvliidlquciu-sO,Ijolg. esse* voefi bu los, o qunl sorll oresiillndo? Taunar «e refere tam-bem aos que nnw-crom depois da In-dcpcndem-la. o nuit Inuai-n 111 sendoIncorporados A liniíim de uttrnntne.Sân eles nada menos de cem mil.devendo ser con>literários "flUienteadn li-vlcogr.ifla ttortuctiesn". MárioHn 111 hur det Min. se mio me cngiimi,cm ISO mil tm üm» mil hrnsllclrls.mos que os lealro' poriugiicscs des-«tnltecem .. . Ito mesmo modo. res.tituam-sc a Portnitiil as pntuvm*quc IcEllIuiiiineiiic llio pcrlriin-in equo cnlrum. entre nis, eni cuinplctiidesuso. Vm dlclanarlo dn lliigualirnsllcliii niio poricrA registrar *rlnrn, vocnlnilos portugueses qu«nãn icnt npllcnçíio em nosso pai*.ItiimoH socos que niio podem fluurarmi arvoro do uniu língua vlvn, mn-tlnnl, rlcn dc colorido e de selvamino a língua brasileira. Peita es-mt tesiltuivan, a diferença se torim-rit mais sensível ainda,

r.m rrsiinio: o viu-iihiilurlo inirtu-.giiGs. "cnplosnmcntc nptitciilndo(i-ntnn illz Sn 11 sil du Sllvclml pela*¦'iiiiirihiilções Inrilgcna c ufrlcnnn opelos pr ml 11 in» dp criaçilo liiloniu"sn ciirlquccen tanto 110 Hrasll que,so fossemos destacar, dn língua pur.(uitucsa, a parlo quc. nos iicrlcncc,tccliinios um vo ai li 11 Ia rio novo *mula oue suficiente nara «instituir

til. o IH-OJii-ill oliii-l,, .llllllle <i<" 11"-sos olhos. Almla i"- (Icuru-es Ilurilvquem afirma ser o loraliuliírlo. na

tus o K-iiilPiif-ht<i dc um iiovii. (ínirnolisciimliii" -11III <• «iiin, mino é

A* foiicdca, A semântica c- no»hrnsllclrlsntos c quc i-iibe n prln-Cipiil responsolilllilmle ila dlleren-rlacüo que sc i-nin|)lelnin cum u

[alMílA IHVEliSA >"AO E' SO'QVE NÍO St ENTENDE.

a • onda, tsso niio, fl

• secundo o niterto flliiloulci..enlre duiis iiik.õc- triliillarlas

dn mlsmo Idioma "uiiimdo sc tur-nar Iniposslvcl, enlre os dois povo-,a ediniiiiiciiijíiii du pensa men 10".

Loinciito nà» praier fiiac qnlelo.dtniilc do iiriiiiiiH.Tuj [do lliia-lrc. S«itssint fosso, c-omo explicar quo ot-spanliiil e o |ioiln;iií-s scjnni Hu-Kuas diferentes.' llim-iú, imitcnln-

lei lm 110 c o poriUKiiís qualquer lin-imssihl li ilude dc çomunleucíio dopcnsiimcniii'.' Pnrccc i|iie não. Ao

r dtsiunO hNisili-iro e o porliitftiôs do qucentre o espanhol c o brasileiro.Prova f- quc culcmlenios lie tudo.tudo quanlo nos dl» 11111 cspnnlml rnão ciilendeinos sctiãi) quurcntn |w«ccento do que iIIt nm purliiituCs fn-ln mio a seu modo.

Qtirnttd iilguiii eslinoselm queraprendei' o portiisitffs, aprende prl-

Nilo f, case o ciso dc um Valer»Larbnud?

PRONUNCIA IjrE NOS SEPAItA

Condido, ns dircrcncloeSea de ocdem fiitictli-ii são tais que um brasl-lelro jii não iiileinle, senão comntullii illfletildailc, o quc fnln umportugiif-s de pronuncia i-nrreitailn.Nntn Itcnntn Mi-niloui/a que tniii»litali-u bruslleicii nAo euplsi-n mal*uue a meinde de uma peça repre-sentado por «-oiuitaiililas iiorluBue-ans. Ainda recentemente, tivemos aliniia disso com Aiucllii Ilcv Cola-fo. Multn gente saiu do teiliro socsuoHjuritiiiln lim' mio haver com-prendido, senão, pnr multo favor,umn tcrçit pnrtc (In representação,— coisa ijiii- iiirihulntii mais & pin-mi nc In ¦ ie nos sciuirn de Porluiinldo 1 sciitiilo iíii.b pnlnvrus qucmuita 1 um de ncepcílo, liem pen-s(linln, u questão 6 bnslimtc aériii,porque ni csirt um ch-ini-uta que snprendo nn quc 11 língua tem ile mnis1,1 iIIih 1I11 nos I inl lv lilu os, consiltuln-d» umn rnzfio dc cnrntcr binkigl(i)vc rdu delimite 111» liiclutavel. SiloInúmeros c pvvtirhluls os cnuos dcbrnslleli-os qne fuliiin o ln«li-s, p*,rexemplo, tão hem como sc liouvoa-sem nascido A margem do TntnlsDc K11I <'(iiiln-s« a uncdiila de quofile hnl 1111 A porin dn rua umn tu-holclii ill/euilo: "ciislnti-se innlAsno slnglcscs". A sun tionferenchi,cm .iiHlolhitim, proiiinu-lailn cmfliteuns Aires, 11 pro|His1(o da guer-ra cumiiílii, causou nnsino, Xo cn-tanto, um brasileiro pronunciandons piilniTits ii iiiziianii, cn 11 seguiriaapenas " urrem edlt i'" o imrltignea,

t ¦1'ii'iii'iuiciiiu c U*l) Mlla» leva*dn 11 sitrln.

nrn, o qne imporia í u lingua fa-In ilu. fclslu 6 a verdadeira lingua enela é (|lli! estú "11 valor pndrilo pó.nr 11 estudo cientifico du llugua<gem", I'm seu reccnio traballin,intiiulniid "1'Iiihuu hrnslleira", o Mr.Kllunill Saillhes, liqlll refcililo |inrJtiirbosii 1,1 nm sobrinho, ti 11 dou d-tu 11 if ii Cliurk-s Ually em favor dessa¦flrmação e com acerto. Pnra oauior do -Traindo do EstilísticatYnnccsu" a lingua ruludn é a anl-m verdadeira, "pois 6 ,t miruta comque us oiitrun ilcviin ser nicillilus",PnrC-ni,'nío ií sú Sitm-lies quc usslmpciisu. O povo, exclui 1111 Uniiiuit, "6o nu-siri- sohcruno du llngiingein".Silii lmi|iehii"ols -as suas seiileni,'»»

• harbarisuiOs". O moderulsslnioSlnrccl Jousso nln rica nlriis: "a,llnguii cscrlln mula mais ê que utintsimples co|ilii da falada; lemos queHiítull' o original, su i|iil>ccnios quBa copia mereça tt. Também Men.Ckcn .cin sen lainoso livro "rimAincrlcun laungungc": "Inquiry lutotln- devilop eni of |:;iis-ilsli lu llm

111 ciemiicrlcai

1 dc,os países aillanlnilos.rem mmn os rilolnwfw eom o ralar("iiniii 111 dn novo. Limlirn inesiii»que na Snccla lm vulioi jornais de-dica dos im assumo, lendo o gorem»ciitufittdo ua subveiiçàn de 7..VHI"knuior" a uma organiza-lo de es-liidliisij, visando o inesinu olijeilio.¦'And ln t,iilin Amcriea, (o rume nen-

1- IIM l'0|llllO plllla

lu; iii Inluil Sinta — liimeiiielnn —- the busliiess lia- ;ikid 1111e111l1.il and less lulcut".

A AKVORE DA I.INGLA

Não quero itlscnllr sobre. <íitemfnzla lingiin não ino os grumnileos;

\c>tf sentido, a comparaçiio d:\

lico 1ios. Menos a linguagem do povo.

Se a nos-it verdadeira tlugns 6 afalada, conto sulislliul-la. nu con-froiuo nun o por 1 ligues, pela Un-tua escrlm e lliernrla, fazendo pas.sar gaio por lebre?

Se escrevemos eni português comifaz Afrn nio Peixoto, o «-"iitrontijestft sendo feito fnlsantente. Poriu-

_ aufs rom port n itiits dá porlugiicsmesmo — é elnrõ. ' '

s OS PEÕES DA SINTAXE

O' i-lgos nãn vim as dltcren-ças que, mesmo no domínio d»slntaie. Jil separam ns nossalitiEiiii 1I.1 porliigue-a. Kinlm-

dlzeiuln nue -c trata lie rtlfcren-, "pouco njircclaveis", os fllulogosiressam que a slnüne o-(íi iitoili-niln; mns. A liorn de concluir, tl-

qne? porque, dlrcui ele», a nossnKrnmntlcii continua sendo a poriu-Buesa e imnpie ns diferenças alnilii"Inlucla pccuianccc a estruturafundam cn tni, n slnlme, com rnris-slinos desvios"' — susienla Maga-Ihães de Azeredo.

-Sem indac-tr o quc eles eiilcnUcmpor esl 1111 ura da liugiin. lem lira reique os fei Iclilslat da estrutura tro-cam as holas toda vez qnt» discutemeste assunto, Quando ira ia 111 do ca-pitulo — diferenciações — Invademo dnmlutu dc oulro cnpltulo — oquc se ocupa das semelhanças cn*tre línguas diferentes. Procuram nadiferenciações, não nos elemento»onde tais dife ren cta ções poilem m-rencontradas, nins Justamente nas

quo czplieurào sempre — no contrn-rio.—os pontos de cont nelo entroas Idiomas que sc destacaram dnmcsinu origem, pm- mnis diferentesque se (ornem tais idiomas, o frnncàs. o espanhol c o italiano terão .isquais forem as vlclssliudcs qne o-tseus pontos dc semelhança, sejamquais forem as vk-islsiudcs que ostransformem .certos pontos do con-tacm o< denuiielnrSo sempre comofilhos de nmn só nin triz latina. F:nluiiiii rilolouo pnradnxnl sc lem-licacii dc dizer quc essas línguas süniguais? Tor certo que não.

A sinlaie í uma especie dc cava-Io de haiiilhn cm quo montam c?r-tos Br11m1ili1.-03.peo1.-s ... So i-11 tan-to, as normas de construção du fra-*e * uiniuulcHção do pensamentoliuinano são ido 111 lens, cm todas nslatiludcs: tanto nqul como na Groen-Iniidln. haverá umn agente, mnn pa-lavra quc trutismitn a nç&o desseiiRCiilr o umn colsn qualquer em quelhe rciiiia a «çio... "NSo hii oe-mio respeitá-los, explienria CastilhoAntônio, umn vez quc nflo ó posut-¦vel escrever sem Ici nem dlreçên",

Alonso Anuído diria: -6 o IorIco,o esqueleto quc mantém consistenteearqulict tirado o nosso pensa men-to",

Quem è que Ji viu — perguntaHerbert Parentes Portes — no ciam*pn das ciências positivas, "a obaor-vaçlío dos fatos levar A negação de-les? V.' o que se pode rhamar per-vorsiio do método cientifico".

Nüo sou tít-nico em questões dofilologia mas poderei ei ptinir me-lhor o meu pensamento.

(Conclue no próximo numero)

DOM CASMURROTem novo endereçoPça. MARECHAL

FLORIANO, 55 ... 2.'andar — Tel.: 42-1712(rede interna) — Rio

Page 8: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

LEIA HOJE MESMO

MAYERLING

EDITH MAGARINOS TORRES

FiflH I FOI ASSIM i DOM CASMURRO t

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MAYERLING• famoMi romance na ('oit-òu

DOM fANMUHlH)

O LIVRO 1)0 DIA

A propósito do drama da "Mayerling'

Cartas Inéditas do Árquiduque Rodolfoo «dmlr.nl ll.ro aue DOM y**fJBHSíí'i"i^j. Anet¦ "*nircin" editada wla "Alba*', "MAVBBLING , de uauae mm,

fuSm.iililc.Mlo d. Editl, M.|.rlno. Tom., ¦¦«•P»»'»iaU.m.*. «^.t..l~.,.l»l._. 1- «»!.«» * "»• •STJSBSÍÍ

Aceite recomendações de minha •posa. Muilo seu

RODOLFO.

de Bertho Szeps Zuckeerkandl

íi" "™'SSSiSIWS^»".™ »«". *-Ü »"."pitWI««»» CONFISSÃO OI*AL

nus pacto» de DOS» CASMÜ1WO. o rom.me wrldlc. d. m.ior M.

ffi n" tem l,»do ¦ pllllllm om. Ji* d. «tll» . w£W"

«uc. em mollo, Têm lr.,er e.cl«reelme«i» e *;«rt».f."*™ "'j!!''

e alnd. um. eontilo.ttlo enotme w «tudo d. eld. de «a» rn-sonaiem e o .mWeiile em goe .KUm. *•»•*"••'™"ÍJ»Í ™1contribuição: — "as cartas do arquWuque Rodolfo", Inéditas parao Brasil.

resotuclo de ftrmtfr uma atmotferacontraria & da curte, Buscava secrs.tamente apoio em elementos que- pu-dessem orienta-lo e caso preciso, au-ailla-lo. No dia em uue encontrouMaurício Bieps. sentiu-se feliz eoonflante; desebrlra o gula de quetanto necessitava. A política inicia-

1883, pelo príncipe, vlsave

CONHEÇO

iamizade tfto que aproximou RodolfoHabsburg de Maurício Szeps.

um dos mals famosos perlodiatas doséculo XIX. De 1883 a-iaíB. ao desa-parecer, tragicamente, o Jovem prln-clpe imperial, os dois amigos viam-

e dlárinmente e carteavam-se. MeuiaI era muito mals velh

ilue e exerceu grande bre éle. Sua Influencia foi semprebenéfica, como o comprova a Hlsto-ria. A guerra teria sido evitada te oprincipe imperial reinasse.

Rodolfo lez suas. as Idéias largase democráticas de meu pnl — amigode Gambetia e. mals tarde de Cie-menceau. O grande (orna! vienenaede que Maurice era redator chefeera francólilo. Naquele momento11882). a laiança entre a Alemanhae a Áustria teria sido cimentada pe-lo beneplácito de Bismarck. Mas, opovo austríaco e grande parte daaristocracia nfto tinha simpatia*pela Alemanha, ou antes pela Prus-¦ia, que desde 1870 «tereia prepon-

"Maria Vetserai" na éneca en in

derancia em tudo. Toleravam, a eus-to, a aliada contra a Bussia, quc aÁustria temia.

Meu pai achou um terreno propi-cio para a sua política anti-prussla-na. nas Impressões de infância doprincipe herdeiro. Este contava oito¦nos apenas, quando rompeu a guer-ra decisiva entre a Alemanha e aÁustria. Terminou em 1866, emKoniggratz. batalha funesta que sr-rebateu & Áustria um predomínio dealguns séculos.

Rodolfo, apesar dos seus poucosanos. impressionou-se profundamen.te com aquele desastre e desde en-tfto. começou a odiar os Hohezollern.O preceptor do príncipe, o conde La*teur. encontrou, certo dia, entre seus

i 1871, quando Guillme Io tez uma visita de reconciliaçãoa Francisco José.

Nessa poesia vibra o desejo de vin-gança dos desastres de Sedan e Ko-níBeratz e exprime a esperança dever. um dia. a roleta do Senhor fui-minar os Hohenzollern,

Aos vinte e cinco snos. o príncipeImperial era um belo rapaz, sedutor,esportivo, elegantíssimo. A aparen-cia nio deixava pressentir a alma deferro em que a energia se equipa-rava & sensibilidade. Os olhos ma-gnlficos exprimiam, com a mesmoIntensidade o amor e o odlo e o sor.riso que lembrava o da mie, eraenigmático.

Este elogio feito pela princesa deSaxe Coburgo. cunhada de Rodolfoè em extremo Justo. Quanto A Intell-gencia. nada deixava ele a desejar.Em cultura, larguesa de vistas, su-plantava todos os dirigentes, que emfln* do século XIX Iriam Influir napolítica européia,

Seria para esperar que FranciscoJosé se sentisse orgulhoso do filho,Mas longe disso — era com descon-li.inça e acentuada hostilidade, nueo Imperador observava a ""espiritual do herdeiro daHabsburg. A corte reacn _velhos arqulduques dominados pelaIgnorância, o conde Taaffe, que sem-pie detestara Rodolfo, sabendo quan-to se opunha ft sua politlca de umeenlrallsmo absoluto e reaclonirio...constituíam Inimigos secrétt», perl-gosos que lançavam o psl autorlta-rio contra o filho cuja eoncepçfto es-pirltual era fundada em democraciamoderna.

Rodolfo, possuído de nobres ambl-eflcs. contava que o imperador lhadesse possibilidade de trabalhar aseu lado. Mas, dentro de pouco tem-po. percebeu oue o excluíam de qual-«ner eopartlclpaçilo nos negócios doBitado, Foi, entfto, que lhe velu a

contratn-se observações de largo al-cance a respeito dos acontecimentosocorridos entre 1882 e 1BB8.

As canas escritas por meu pal fo-ram destruídas por um incêndio nocastelo do conde Taaffe. a quemFrancisco José confiara um cofrecom documentos particulares de Ro-dolfo. Nessas cartas havia uma do-cumentaçSo preciosa sobre a politte*secreta da Europa, com apreelaçflusde um verdadeiro estadista (1).

MORTE DE GAMBETTA

Quando residia em Praga, antesdo periodo em que se viu envolvidopor Intrigas da alta aristoedacia.Rodolfo Já demonstrava um grandepessimismo em reliçlo ft Europa.

PrafC, 14 de janeiro, 1883.Caro Szeps, ha quinze tffos Qtie

Rdo nos vemos. Quanta coisa lem,ocorrido nesse intervalo! Poderio terescrito ie Budapest. mas nüo o fiaporque sabia da mo ida a Parlt.Calculo seu regresso para amanhã tdepois de haver assistido a uma ce-rtmonia bem trágica e fmprewio-nante.

O ano começou tristemente. Ospróprios inímiffos de Gnmbíffa de-tem reconhecer gue ete era um tupirito de escói, um campeio d< tt-berdade. Infelizmente, desapareceuda arena. Èra um titan e uma íl-cura poderosa que sempre me íns-pirau admiração e simpatia. A ale*—•- exuberante dos seus aiverii-

bem demonstra quanto ele ama-UlUBiade rnrnn é dr tapar ml.conclusões se baseam na obser-

A morte de Gambetta me Inquietapor causa da França. Queira Deusque as conseqüências não ultrapas.tem expectativas. Devo Ur uma en-trevista com Blsmarek. Se ela serealisar, não dé noticia no seu lor.nal. Irei a Berlim para as festascomemorativas <« botas áe praia dopríncipe imperial Fredtrtco. Em ta-do o caso, alguns dias passados emBerlim, nào deixam de ser úteis,

Tenho algumas novas para comu.nicar-lhe, nas ftcerSo jwnr quandonos encontrarmos. Sou espionado ittodos os modos... Quando tteeremo terreno pronto, atacarão.

Bastam os ultrajes, que fi tolerei.Até breve. Muito seu

RODOLFO.

INTRIGAS

Rodolfo estava como comandantede infantaria. Poi wsldlr em Viena,no palácio Hofburg- Começaram aiIntrigas. O árquiduque Alberto (tiode Francisco José) recelava que Ro-dolfo Introdutlaie Inovações e paraevitar a aquiescência do imperador,perseguia-o em todoe oe terrenos. BeRodolfo recorda a figura de Orestes,tem também a felicidade de encon-trar um Pllades em Jofto Orth.

De acOrdo com Rodolfo publicouem seu nome uma brochura na qualreclamava fortlficaçóes nas frontel-ras da Áustria. Lembrava a velhainimizade da Prússia. Etse trabalhofoi confiscado pelo Imperador que ln.fllgiu severa punição ao seu autor.Rodolfo ficou oculto, mas sofreuatrozmente, com isso. Numa cartaa Szeps, ele se expande, mas comcerta reserva.

Luxemburgo, 22 de agosto ie 1883.Caro Sieps, todos os assuntos re-

lativos d política fnferaa passarama secundo plano. O que importa aquté a atitude do "Word rfíufsehe Ali-pemefne" (orgia oficial alemio), emrelação i França. Parece que o go.corno de Berlim tem a intenção defater um paste *de armas com aFranca. Ha multas Indícios nessesentido. No momento, a França sase ocupa com suas operações trans.atlânticas. A Rússia ndo está aindaViena parecem em boas refaçôei comlena parecem em boas relações coma Ser«ia e a Rumania, isto t, comas soberanos desses países. A Prus*tia i intima com a Turçula, emborao negue. O sultio id Isca a Nífclio(ret de Montenegro), A Alemanhacontiída a Espanha para fater aedrte i Itália. A aliança comnoscodurou seis anos. As -chances" paraa Alemanha parecem ótimas, EmHamburgo, isto t, ao oeste áo Retch.reúnem tropas, sob o prefeito demanobras.

Tenho a certesa ie que Bismarckt o velho Oullherme, querem antesáe morrer, parar do espetáculo áaFrança esmagada, visto ter se vfel-to ela, fdo bem. depois rfe 1810.

Bstio bem nos seus papeis esses

¦18BB. Nesse ano a política exte-rior apresenta novas dificuldades noOriente e dtssentimcncos graves en-tre a Áustria e a Alemanha. Rodolfotornou-se, entfto, multo popular naHungria, que gozava Uc regimen 11-beral".

Viena, 35 ie abril, 1885.Caro Szeps, toda a ratSa está da

seu lado. A política aríerior sc agia-va. dia a dia. Mas. eu náo uc.o ne-nhum homem de Bifado copes ifedfripir a políliea ria Europa. E' dcespantar que o Imperador tía Ale-manha e seu chanceler dc ferro nãotomem uma posição definitiva dccomando,

Napoleão. no seu apogeu. era mui.to mais importnnfe na Etirojio queBlsmarek hoje. Sei. dc imite segura,que Berlim, quer evitar ronflttas. foimulto apreciada a "briga" entre in.glâses e russos nn Asin. Bcrffi» semeteu para evitar conseqüências

limitações de Bstefania,muno amigo

RODOLFO.

CLEMENCEAU

Foi cm 1883 que Maurício Szepsfalou, pela primeira vez com o prln-cipe Imperial a respeito do papelpreponderante que deorges Clemen-ccaii poderia ter, algum dia, naFrança. Meu pai deu-lhe para leiumn convei-finçiío que tivera comClcinenccnu e quc. segundo seu cos-lume anotara.

— Conheço bem certas combina-.fies políticas, rilsscrn Ciemenceau.Todas se relacionam com o seguinteplnno: Blsmarek estaria disposto arestilulr-nos Meti e Lorena, mascom a condlçfto das províncias nie-mfts da Áustria passarem para novacon [cd ria ção olcmft, o que aumenta.riu extraordinariamente o prestigiode Blsmarek. Meti e Lorena sem aA'sacla f Inaceitável. Mas. aindaque estivessem dispostos a restltuirnos o todo. seria conveniente refle-tlr antes, nfim de nestir bem se de-vemos permitir que a Áustria sejadesmembrado, pnra a Incorporaçãodc províncias ft Ale.nnuha. ser.a

30 anos de existênciaINSPIRAM CONFIANÇA

MATRICULE-SE NAESCOLA REM1NGT0N

DATILOGRAFIA — TAQUIGRA FIA - PORTUGUÊS - INGLCBMATEMÁTICA - CONTABILIDADE

S9-RUA 7 DE SETEMBRO— 59

._^k - 7.⦦W*wÍM'*M

i -mLiÊÊÊm

"Rodolfo", na

(om o ftorieonfe. O trovão se faráouvir, em breve.Comu e sabido, o mes preferido

para entrar tm guerra, ê aquele cmque o trigo começa a amadurc. eo pais inimigo pode abasteceiEm julho, em todas as regiõesAlemanha ressoará o canío "Feststeht und treu átc Wecht am Rhein"(A guarda do Reno vela fielmente/.Queira Deus que as tropas do Da.nubio fiquem cmnoseo Enquanto osacontecimentos se preparam, as usi-nas reais trabalham. Toáos os pre.stgtos sdo de tormenta. Seu muitodevotado.

RODOLFO.

REI DA HUNGRIA

A Imperatriz Elisabeth adorava aHungria. Procurou, ao educar o fl-lho, Incutir nele o mesmo entuslas-mo. Rodolfo aprendeu a falar ohúngaro e so atingir a malorldadeviu-se cercado por pessoa? proemi-nentes que o orientaram para o bemdo seu pala, üm dia escrevendo aSzeps. disse s

.'Todos as minlias esperanças es.táo na Hungria. E' um pais mara-rllfioío".

O conde Tlsza procurou conven-cer Francisco José da vaniaeem dcconfiar-lhe a dlreçüo da Hungria.mas o árquiduque Alberto, A socapa.destruiu as esperances dc Rodolio.despertando desconfianças no Impe-rndor.

Certa noite. Rcdolfo cnsmou Szeps,que. como aempre. entrou, secreta-mente, em Kofburg. O príncipe o es-perava.

Maurício Szeps descreve a entre-vista:"O príncipe imperlni mandou queeu o seguisse. Trajava o unllormtbranco de general e a divisa do To.Sio áe Ouro. Voltava áe um baile.

Atravessamos vários rorredores So principe me disse com vos aba-feda:

Que tempos dlficets! Como aVida t amarga...

Nunca o vira tio agitado. Por fimelucidou tudo:

Como pocl sabe. os húngarosestio áescontentes com a orienta.cio dos negócios. Resolveram con-fiar-me a direção da Hungria, eo.roanio.me como rei. Bsso decisão tottomada, secretamente, petos mtnis-fros. Pensaram em avisar o impe-rador para pedir-lhe reu consenti-mento. mas o arauMUdite Albcrfopassou á frente e despertou a ant.mosiiaáe. Impossibilitando a reati-taçio dessa profeta. E Rodolfo

época em qae conheceu Maria

mais graves. Mas, o resultado eslácada qual para seu 'nao.

A Alemanha repousa em balane-tas. E' o proauto de muitos estadospequenos e de prlncipadns. Não tempara sustenta-la uma crença livrae democrática. Nao tera. por essemotivo, influencia comparável á daFrança nos seus belos tempos. Nestemomento, ns dl/ere"cns enfre prços,ou antes entre fraquezas nas gran-des nações, é mínima. £' por isso

!'ue cada um faz o quc quer e o

gnoraneta e confusão remam emtoda parte.

Se rompesse a guerra aqora e seBlsmarek nio tirasse partido, parafazer o que bem lhe parece, ficariacompleta mente rfescrcdiíorio.

DÍsefando.lhe felicidadeRODOLFO.

Luxemburgo, 25 dc oiifubm, 1885.Caro Szeps, agradeço, cordialmente,'

as noticias Interessantes que mandou.Soube de certas particularidades so-bre nossa aliança coti} a Alemanha.Estará, realmente, em perigo? E.que acontecerá se desaparecer?

O rei da Espanha eslá. segundome parece, em perigo, Terão pordentro em breve, uma nova vor lá.A minha opinião i opinião partilhadapelo Ball-Ptatz tMIntstcrto áo Ex-terlori é que Bismarck quer sc lan-çar sobre a França. Mas, quc tomecuidado, pois a França de Hoje nSot a mesmn de 187u.

Declarar uma guerra simpiesmen.te porque uma Republica não i doagrado de um imperador e de seuchanceler, faser dc uma guerra umaaventura qualquer,'não t. aümissi-vel.

E. porque desejariam os alemães aguerra? Segundo me confiou o raáe Saxe, as simpatias do cí-íreííosaxonlo bem como in bávaro, emrelação i Prússia diminuíram enor.memente.

A Prússia precisa dc lim motivopara se fazer salientar, tia novo. Nânacha que essa situação fali certaponto naturalmente) taça lembraras fantasias áe Napoleão III?

preferível impedi-lo e esperar que aAlsncla e a Lorena nos fossem restl-t.uidas, mals tarde. Sena talvez pre-(crivei ir mals longe: Inzer a guer-ra. se Isso se tornasse absolutamentenecessário, para evitar que as pro-vindas alemfts da Aujtrla passassemá Alemanha.

As relações de meu pal com Geor-ges Ciemenceau tinham um grandevalor para o príncipe imperial queseguia atentamente as diferenças en-tre a Alemanha e a Franca. Ele co-nhccla bem as forças do exércitofrancês. Nfto acreditava em vitoriapara a Alemanha, em nova guerra.

As intrigas políticas continuaram.Paris acreditava na possibilidade dcuma guerra entre a Alemanha e aRussia. Ciemenceau teve novo en-lenrilinento com meu pai. Fot nessemomento critico, que Rodolfo lhemandou a carta seguinte;

Berlim, 19 de maio, 1880.Caro Sscps, Bismarck toma Hçâes

rfe cqiiitaeão: eis o assunto áo 'dia.Excrrita, todas as lordes, seus ossosenferrujados, para o caso áe possi.vas fadigas militares. Vt-u. ha cincadias, guando passava, á trote, petaestrada de Gmnteald, sacudindo oseu chapéu de conraceiro para agra-decer as aclamações, rodos estdomnls ou menos alertados. Que Have.rá de novo? E Bismarck. que sem.pre sc mostrara tdo cauteloso... Se.rá que o povo se cansa áa pat ar.viada? Todos se queixam dos tem.pos difíceis, esperando que a puerraos melhore... Ouvi. muitas veses.pelas cervejarias a ercIamaçíO! "Vi-va a ouerra.'"

Estou cerlo que S. Jlf. o Imperadorda Alemanha surgirá á frente desuas tropas, apesar da sua Idade, nadia qnc Bísmarrfc determinar. Paraum Hohenzollern ndo ha cansaço,nem dcsfalectmento. Bismarck achaqué o titã chegou. A delonga só tra.rá prejuízos.

A constelação de poieres i «Ire-mamente favorável, A Franca e aRússia estão em entendi menlo». Ismbasta. No Oriente, relâmpagos cor-

Bertha Zuckerknnrtl Sieps e seu nelo

.im velho dc abundim'" ' ii.-i-vtdas de França, onde Boulanser es-lava predominando.

Segundo parece, a ldC'a de sulcldnrtfio estava entretanto muito firmea Julgar pelas seguintes palavras;

Hafburg. 27 íe janeiro, 188D.Caro Szcps, saio de Viena por. dois

dias. Assim que voltar, » que esperoserá daqui a dois dias. amsarei. Tal.v(z regresse ate ás duas horas, dc-pois de amanhã Ten'io coisas im-portantes para llie <fi:cr. Sen

RODOLFO.

O príncipe nüo foi apenas um Rn-meu... Deixou a vida porque nãntinha mals esperanças de ser utllaos seus. porque perdem toda con-fiança na Áustria dc Pinnclsco .tose.

Deixou a vida porque sru pal, oimperador nüo confiara nele!

negra muito r

falar-lhe sempre ric i

Passados alguns anos. em 1888. oacaso dispunha tudo para que Ro-dolfo fosse efetivamente rei da Htm-grta. Momento crítico cm que todasas esperanças lhe eram favoráveis.Johann Orth, informado por Rodol-fo precipitou os acontecimentos.

Nos últimos dias de Janeiro 28 a29 ele soube que a lnsurrelçfto fn-lhftra. sendo avisado por um tclegra-ma do conde Karoly.

No auge da excttaçãc Rodolfomandou antecipar preparativos afimde seguir para Meyerllng. onde seencontraria com Maria Vetsera. Nâolhe restavam mats esperanças dereinar na Hungria, nem de modlfl-car a oricntaçfto de Francisco Josc.

ULTIMO ATO DA THAGMHA

O príncipe Imperial encontrou Ma-ria Vetsera no momento mals cri-tico da vida — quando descría detudo e de todos. Amou-a com a pal-xao ardente dos primeiros anos. To-mou a reeo!uçfto de dlvorclar-se pa-ra casar cc*i ela. Sabendo que aimperador nfto o auxiliaria, nesseprojeto, resolveu dirlglr-se direta-mente ao Papa, mas este em vez deresponder diretamente, mandou acarta de Rodolfo ao Imperador,aconselhando-o a ficar inabalável,numa negativa a tal projeto...

A caria do Papa chegou em 27 deJaneiro de 1888. Houve .ft noite umbaile oferecido pelo embaixador daAlemanha. O príncipe imperialachava-se presente, Quando Fran-cisco José viu o filho, voltou-lhe Wcostas, de modo tio ostensivo qifetodos o observaram. J .

O principe real nío tardou em dei-xar a festa e mandando logo cha-mar seu pal. disse-lhe, trêmulo de

— ò imperador me ofendeu, gros-seiramente. em publico. Esta aca-bado. Os laços que -ne

prendiamaqui. J* nfto existem. Libertei-me!

O bilhete que o príncipe mandoua Maurício Szeps antes de pnrttrcom Maria Vetsera parn o seu cas-telo ds caçadas, em Maverllfm. nndedois dias depois suicidou ¦ se. revê-Uva uma desesperaçfto Infinita.Suas ultimas veleidades de reinar sedissipavam, com mis noticias cnega-

(11 — Julgamos oportuno dar aquiesta nota de Paul Geraldy: — Nosbelos tempos de Viena residia emDublin?. Maurício Szcps comduas filhas, Bertlia e Sophm. A-que eles-utiipii mm, gn ™*ram cn te som bre a da porRiiolras. S sombra dai* quais Bcelho-ven lha uma placa que assinala olunar justoi muitas vezes sentou-separa compor uma sinfonia.

A melhor sociedade rie Viena fre-queninva a casa rte Maurício Szeps.Um dos visitantes mals assíduos, era

Rnvale e na Ktwru-* -':Viena.

Bertha casou-se com nr.e tornou-se Mme. Zuckerkr.phia tornou-se Mine. P.i„:

çeau. per conseguinte curTigre.

Houve, entfto. em Pari.,lon" onrie eram acolhido?

suas Walter. Em Vienai oulro oni* « Icasa reiinam Anna rip Nflalllr*. M:.titi'-. I

ivel. Rodin. P PalnlevSophia Ciemenceau np

certo dia. As tetras francês».1phan Sweig... Bertha foi nra festejaria das peças crSavoir. Giraudoux Acharri

Tornaram-se elementospara o Intercâmbio cultinal

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Page 9: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

r«!WWI|PfH»JBH|p*'"— -i--WJ3p}^|pip|piM_M^

¦DOM CASMURRO ¦

MAYERLING. «ande romance da cateçinBO»l CtlSílUKBtl n. I..J.Ü.

— de

E1)|1H MAGARINOS TORRE»

DE LEVEVALOR DE UMA CHÁVENA DE CHÁ

vclu-me, não ha muito, ás maus, um livro curioso. Era nem mals.« mem», uma explicação dn ' teismo",

Nem ("dou i-onlie»-erãn o "teismo". Direi, desde Ingo. que "tela-

-„"'* a religião do chã.- ¦ ro nrovelu ria pena delicada de Kakiwo Okakura.

critor lapunêü eiu-nntroii ent Palilo Vldor um Interprete e

a Você ¦ Página 9

15-3-941

Acaba dc aparecer

MAYERLINGo famoso romance na Coleçfta

DOM CASMURRO

O LIVRO DO DIA

n ürar-lhe o encanto exótico que a nós outros agrada tanto,

enrique'"-a enm um apêndice elucidativo. A' guiza de notas. Incluiu(inal, *

cronologia de dinastia* da China, dn Japão, o sentido de uma ln-

fliildailr de vocábulos dn sanscritn, árabe, chinês, Japonês, Indú, que-— -o texlo.

vro do chá" é utfllsstmo. para divulgação e propaganda.iMsncrla interesse mainr pela fina bebida — lembrando quão longe

Sio tempn em que pnderia ser considerada de luxo, exótica para«brasileiro: instruindo quanto an culto de quc foi alvo, desde sé-,ul<is. entre povos de requintada civilização.

(i chá mi Intmduzidn no Brasil desde 1813. Plantado de inicionn Jardim Botânico daqui, fni, pnucn depuis, distribuído em plantas* sentenlcs para ns arredores ila cidade e para os Estados mals

"""ciin^lrrailo, desde lugo, de qualidade fina, leve em 1171. prêmiortilusu na Exposição Internacinnal de Viena, onde n classificaram•unerior ao da índia e pouco inferior ao da China.

u uai menle a magnífica "ramelia thea" está sendn cultivadaeni larna escala pnr colônias niponicas e fax a riqueza de possuído-™ -' comércio distinguem ns dois tipos principais e conhecem

amouflage do famoso "chá mentira"...aso «lign» de nnta, n chá brasileiro Já é conhecido na ln-

ils lerra e nos fitados Unidos.I' lalia de brasilidadè pedir nm "chã salada", um "Orange

Mnt hiena" quand» n nosso aí eslá para ser consumido á inglesa.lirianitnle, seis chávenas por dia, o que equívale, segundo uma es-

. a cimo quilos pnr ano, pnr pessoa...i para hem que o chã entre mais em nomos hábitos de sn-

" Quc o cliá substitua o inaceitável eocktall venenoso... C, entre

, riiiim rias porcelanas, a ehávena cór de âmbar forme "um cre-ducoinivii do acucar. do creme, dns toasts", constituindo mais que um«issn tempn puclico para Iransínrmar-sc, á maneira nriental emmfin de cultura, manifestaçãn de estética.

íismn" é n culto rto belo entre a mnnotonia das coisas

¦ulo Xlll. na China » "lelsmo" penetrou no domínio da

ulo XV, o Japão viu « "lelsmo" eomn um credo de estética.tão, que a filosofia do chá, unida á estética, á religião se

refletiu nas atitudes, no respeito á humanidade, na adoração daa. nn conhecimento das flores, que ficaram submetidas ana liieralura. na arle. em tndas as manlfesaçnes da vida...

¦ palavras de Okakura: "n âmbar liquido ua porcelana córfim enternece n sábio que pensa na senetude de tonfucio. na

npirtría rte Lan-Ue, nn aroma eléren rte Lak.vamum".A cullura milenar rtn Oriente está cristalizada no "teismo", ao

irm-lti revoltante dos preceitos dn taoismo e rio zeiilsmn.Os chineses atribuíam ao chá a propriedade de fortalecer a vnn-

tade, fortificar a visão.¦ tanistas chamavam-no, rllxir da imortalidade.. budistas 1omavam.no para afugentar o sono nas horas de

i IV ' V fni a bebida favorita dos moradores dn vale

símio da cultura oriental se hasea to ila estudo do

<)« mestres dn chá" eram finos artistas e influíram nn goslnilu indumentária, desenhando motivos para estamparia e para nsmui* ricos bordados.

A cerâmica seguiu a orientação dn 'gosto taolsla.A porcelana loinou colorações que melhor realçassem a do chá

an ilu seu preparo,.,Sn Norte, preferiram o branco. Nu Sul, n esmalte azul. O poeta

Luli-Yti referiu-se muitas vezes á "espuma do nefiit" c disse .que ojade concorria para a Iluda tonalidade verde da bebida enquanto obranco produzia o roxo pálido repulsivo...

Vas lelras I.uh Tu, esse poeta maravilhoso, se tornou u Apóstoloducha, ao escrever a linda Bíblia que ê "Ch'ã-Klng".

t) rh'á-King" tem 1 lomos e 10 capítulos... Nestes esiuda a na-tu ma ri., chá, os utensílios necessários á colheita das folhas, á seleção.mulo as melhores folhas: "as enrugadas como botas de um cavaleirotirlani. enroladas como a cauda de um touro", as que se estendem comoi neblina Mtbre us montes, luminosas cumo o mar tocado pelo hálitodn léflrii. úmidas e macias como a terra recentemente regada pelachuva., ."

III na Bililiii originalíssima de Luh Yu, uni capitula a respeitoiw utensílio* para o chá, do serviço complica d o que vai d» bule emliipr an armário de bambu.

só iii) séciiln XV, o rito do chá tnmou caráter mundano, pas«niin depuis ã prática familiar,

Merece reparo dizerem ser o chá bebida favorita da Inglaterra,sn bebida inglesa, quando aquele pais conheceu n chá depois daIram,» ? da Rússia sendo aceito eom muito maior simpatia nestesúltimos. .

lonas liaim 1 in.1 ul erra,

as. Charles I.amb, adorador da '.'misteriosa bebida" teceu o elo-lio quc por si basta: "no "teismo" ha uma arle de esconder belesa

rr encontrada, dar a entender o que não se atreve a dizer".n parle alguma, ale hoje, teve o chá como na China (donde é"¦mt e no Japão, tamanha Irradiação artística....ln pão sempre possuiu escolas de chá, mestres de chá, de uma

-. variada, profunda. ..mbrarei que ns mestres de ehá eram e sno grandes artistas ar-

(uilctii-, poetas, paisagistas inimitáveis.Buscavam dar sentido ao inanlmadn, criar ambiente para o sonho

t eles coube transformar a arquitetura clássica, a decoração dositiltriores japoneses.

"-rum .jardins mirifieos com lagos em miniatura, punles, pedrasi sombra rio luar, pedras pousadas para as variações do pen--rte ii cem-lhes o templo de Tukugatv, o jardim du templo rieHn .an, hem comn o do palácio Katsii, de Kloto...

' rasas de chá sempre foram famosas como ambientes de su-nde o silencio só é interrompido pelo cantar da água fervente.mimca que evoca o arremesso das cataratas, cobertas por nu-

" cen rtn mar distante, desfazendo-se em espumas nas praias;nnnral, que agita os busques de bambus, o sussurro dos abétos

uiiira o escritor japonês umas tantas expressões que se rela-| («ini o eliá.. Assim, tempestades numa ehávena de chá para"ar uma noitada; pessoa saturada de chá, Isto é, cheia de

mi vice.versa.tie nós, também existem quase cnm o mesmo sentido e peque.

fliá tem-se tnrnadn bem brasileiro... E não é aem razão que"s os idiomas o nosso foi o unlco em que a palavra ehá con-o seu étimo asiático.

teismo" embeleee existência, sejamos teístas,..

EDITH MAGARINOS TORRES

MODELO ORIGINAL lEÇiiLAs._ UNA FlfiDRA NOTÁVELEst A demonstrado que a allmen-taçiio do homem deve ur variadapara fornecer ao organismo as *ub-sta nelas necessárias A saúde. EstanoçAo era desconhecida hi algunt,anoH, sendo que, entilo, alg'.ins fi-siologista* pensaram Introduzir me-d Idas em medicina — calcula ndo aquantidade de calorias e a propor*çfto de anoto fornecido, Mae, a expcrléncia d em uns trou que os regi-mens científicos eram desastrosos eOtie a variedade dos cardápios eminaispen&ável.

A descoberta da vitamina veiodemonstrar o que parecia um uera.doxo. O cientista Funk eom apura-dos estudas chegou i connlusiio di-mie a epidemia de beii-beil. quegrassava no Extremo Onenie eradevida á alimentação exclusiva depeixe fumado c ar roa oor demaisbeneficiado, sendo que com o acre.—cimo de um pouco dc farelo do meu-mo arro/ conseguiram remediar adeficiência de propriedade allmen.tida.

D

Dia dia dee * pesquisa-uui «w. uuvug vitaminas, como |)orexemplo, a K i produto oleoso es-traído do peixe Mc Kee. o qual tema cór do HmAoi, Essa vitamina imaravilhosa e custou anos de "«tu-dos ao grande americano que a

Notemos serem os americano'.ainda nesse romo da química estra-ordinários e hu man ita ris ias Hojecontinuai» pesquisas para obter aração sintética, milagrosa, compos-ta de vitaminas suficientes em ca-lor e no alcance de qualquer mortal,menos favorecido pela fortuna.Duas onças de milagroso produmbastarão por dia. Uma libra de pas-ta custará vinte centavos um resu-mo meno* de dei dotarei pnr annpor uma quantidade de vitamina,essencial* á nutrição humana:

Enquanto nío vem a pauta slnte-tica. usemos o método analítico, va-rlando a alimentação e busoandn aeelementos melhores. Dentre estesrieslaçam-íe legumes e fruta*. Den-ire as frutas — laranjas, uvas. Da»laranjas, Já tratei hi dias. Tiasuvas nue ora enchem, felizmente! ono*so mercado, vindas do sul. deSSo Paulo Mina,., tVlbu.-go lia-.,.,. 5 largo uso. aproveitai!-dn-a

O modelo que apresentamos §destinado a iantares de pouca ceri-mania. Presta-se paru mocinhas quinâo usam tottetes decoladas, nem riegrande aparato, Tem a elegância,discreta tio quc nos vem de Londres,

Atualmente, a Moda ie acha sobi» signo da Inglaterra e da Americado norte. A primeira iii\-lhe os lc-cidos maravilhosamente desenhados,os modelos de linhas distintas; a se.gunda. o gênero esportivo, o tipostandard ao alcance d' todas as boi-sas. E rai. sem que ninguém o per.ceba, operando uma verdadeira re-voluçáo. restittiindo a Moda aos li-mites do rasoavel, fazendo o equili-brio financeiro...

Com uma toilette tpoderemos cha-mar a tal uma loilette?i de algiinr,mil réis a moça de bem gosto scapresenta hoje para juntar c atra-vessa um -salon" cm o ••degaae"que mostrava fio trazer — e isso ha

bem poucos meses..-, um modelo deui to íSe houvesse um concurso de ele-

gancia, náo seria dn ultima o pré-mio... A vantagem esà. hoje emla:cr muito com pott-o. em timrpartido da csbeltez. da linha.,.

A America do Norte presta á fa.milia um auxilio inestimável — con-cone para que a bolsa do marido,/ititcfoniirio nrio esvasie nos diasrfe... recebimento c n tio financeiro"well ofl" socaria tambem aqueles

i possi •nlos

Pertence o modelo tf* hofe á fir-ma londrina Boiirne & /íolünffüiiorlli.A saiu .* í.-oif.lrcioníiiiB com íecidoquadriculado liem fino, a blusa èexecutada cm tricot ric fio brancorm que sc mescla um pouco de

inal isimplicidade encantadora.

de um

Canção de violeta,em lilás menor

EM

Acha mal. nas cercanias deAtenas a sombra dos lourei-ros. Junto ás águas do Ilisso.num templo campestre con.

sagrado a Eros.E' ao crepúsculo. A tarde, coroa.

da de violetas, palideja dilui ndo-st:em lopazios e ametLstas. Um rouxl-nol gorgela.

Ha por tudo — no céu de tonssuaves, no remurmúrio das í rondes,na canção das Imites, no aroma doslilás que embalsama o ambiente, nodulçor ellsco da pnlzagem, na acre-nidade do espetáculo do' ocaso, aJusta proporção dc ponneiiorcs aexata medida a ordem, o método aclareza, o equilíbrio a simplicidadesábia, a harmonia da arte grega, cs.pelhaudo a Natureza.

Pela estrada que vai de Eleusis aAtenas, caminham em direção notemplo de -Eras no bosque sonibio-so. tres raparigas no vicor da ida-de. envoltas em véus de blsso des-calças* de mios dadas engrinaldn-das de aca nto dando a Impressãodás "Três Graças" de Canova. ou detris Isadoraveis nome dado em Pa-ria is discípulas de fsadora Dun-can. A tarde esmaece, desfeita emopalas.

O templo de Eros deus eterno *um alegre delubro silvestre, dos quoforam comuns na Helenla heróica.A estátua do deus entre crespos rn-sala. ergue-se sobre um pliar demármore branco cercado por qun-iro lisas colunas, todas marmóreastambem e de alvura Imnculadamaln altas que o capitei em que sor-rl na sun perpetua Infância a dlvln.dade suprema, o onipotente o oni-potente Amor. Aon pés do deus nu

realmente, ulil e agra-«'».. msní.i . n.l. Irssra. Um- | TI « ^T*^rt H Al ITA I tl,.,d.'s,*"i»d.i iu>. ..2 . ml,Mt|er ben h(,ni fMhll

luilhanles, êsse Imlefi-" ue su a mulher bemembora desprovida

* ¦¦; a, nn ,eiit(dn clissl-

pensando, a Inimitável Co-dia um Instituto

' »•'•¦¦.in» t ,,'n,'..' .!«.'*"a'» eficientes . Digo — lúofÜilMií".»' JT'mr * nn,"a «'""^

ver no mercada -¦ni, ¦",;¦!'' hHr.» ( hlJ-""

pular aem— enlão e-las, qlie *a minha» lello-ra, IiiIkhiAii, só pela leitura e acon.srlharáii driiols de pequena experl-êneta.

LOÇÃO DE KELEZAi infusi.ii dernsmunlntin enm cairaa de liraiija.Fode aer usaria enquanto nio boa-

pepinos, mura ii-

CREME DE PÉTALAS Oi: ROSA:amassai- pel ais > de rosa fresca«. umpauro de lant ha «rin. n.isluiiiiUndepnls. ao suco obtido, 2111) er, dadladrrmina. trst creme di i pelainimitável frescura,

LOÇÃO HIROHEBNILl lirar o*cent roa de 5 ps pi noa maduros, Jun-

para regm

pouco da iemenK' talvez uma dfdun fruil vert.'.

E um avlao chegado n Chttng-klng, CHiilti^. da Clilna, des-.cou uma, apela Inda vckIkíh

rTieg.o.vnpolanaorBc nflfna,

de, abano. Foi: acolhida. porenorme multldãí^e uma menina olereceu.lhe um ramo de llores.,,"Essa senhora é a mulher mais va-lente da China, disse naquela nol-te durante utn tanque te n senho-ra omang.Kal.Shek,.

Na mesma semana.,o exército,,|a-ponéa oferecia pqr-cln 50.00Q .vens...Queria' apanha-la viva ou morta...mas de preíerüntíá — mortn. ¦

Aquela mulher de 6S anos, apa-rentemente decrépita* .dc voz suaveque entre seus compatriotas usava,calças, e revólver i c(niH. lia viu teuto. por lnlciftu;á. própria, guerraaos Japoneses e com tamanho'su-cesso que ho]e'dl.i|)óe de um batidode guerrlfhelròs em numero calcula-do em 3Ó.'00I). ocultos'nas monta-nhas do oeste de Petplng. Ela se

-ehanin — Chão líutang. mns paiamilhões de- chineses é^apenas —Mama Mosquito. " T *—— —

O sistema* de' guerrilhas é o Unlcoque na China poderá quebra ntar oanimo dos Invasores; Os soldados deChao-Yulang, nio poderiam figii-rar em batalhas campais, mas pelacalada da noite usando- de arma-rt Ilhas, dão cabo dc companhias in-tetras rte japoneses.

A senhora: Chão começou suaguerra particular cm 1931, quandoos Japoneses Invadiram a Mandchu-ria. Alistou dois filhes e quatroamigos, que armou (lc fuzis, enca-minha n do "oh para as- montanhas.No seu quartel general construiu umhospital subterrâneo nara Eiianliirarmas e petrechos bélicos. Sã tíe-pois de haver -matado, com suaspróprias mãos. a duas ecmwclasinimigas, os homens da aldeia aapreciaram devidamente e surgiram108 recrutas.

Possue a senhora CI".no um livroonde registra as incursões de seussoldados entre os quais figura smesposo com 75 -njios. dois filhos cuma filha, educada em Unlvci-si-dade.

Segundo os últimas inlocmaijõesdo spu registro nõle figurai)) — ja-poneses mortos 5.000: gucvrlllieiroschineses mortos. 700: material toma-do ao Inlmisto fuzis, (i.000: metra-lhadoras 150; cartuchos 100.non;caminhões militares 2:in. Nota im-portante; nâo liã n menor referén-cia a jationeses "prisicnelros "...

ESn 1031. os Japoneses entraramna aldeia de — Mama Mosquito eInterrogaram cinco pessoas malsimportantes que torturaram paratirar informa ecos. Nada coiiscmun-do os queimaram na praça do mer-

Passados alguns "meses, Mama

Mosquito foi apreendida. Dm aol-dodo llumlnando-lhe o rosto comuma lanterna, um dos espifies chi-

ipanhava, disso lo«*-lo;

Sim, sim á o demônio da ve-lha ern pessoa...

Ao ser levada ao tribunal, chegoucoxeando c cambaleou no sentar-seno banco dos réus,,. Mas. nfto es-queceu de fazer uma saudação aojuiz. d Iw ndo i

Sun uma pohre velha. Terei.

Eor acaso o aspecto dc quem enca-

eça uni corpo oe soldados?O juiz abanou a cabeça, concor.

dando com a debll velhinha, mas ofiscal a acusava tambem de haverusado dc espionagem.

Como o faria so não sal de ca-sa. desde as Ultimas festas do arroz,disse clánum queixume. Hi. porem,coisas" qué' chegam aos ouvidos deuma pobre velha... coisas a respei.to de cinco homens desta aldeia,quc sc vendem aos dois partidos paratirar dinheiro. Os Riierrllheirns oe

-pngam^nara saber o movimento devossas -trõpÜS:— ---¦ —_

Se tu me disseres quem sfioeles eu te darei a liberdade.

Matnã Moíqiiito apontou com seuindicador mtrrado para os espiõeschineses.'que haviam aulado os sol-dados Japoneses c grilou: el-los!

Os espiões foram tirados da salaátropcladamente e eseculados sem

Agentes secretos Japoneses e mu.llieres policiais des Brandes centrospossuem o retrato de Chão e pro-curam reconhece-la em toda mu-lher chinesa... Entretanto

Fogão Gaúcho

poderiam recontiece-la.cega qtie vendo legumes rpuchndo por um boi contar fiue. muitas vezes, rPctpinp; esauelrando-se pe:

Fm ckow oue se achachineses as autoridades enviaram-llie um automóvel para leva-la K

— O que! e\c:amou com cnfSse.Ir de carro? Meus soldados seriamcapazes de pensar que não sei maisviver como dantes com eles nos

Pegou sua velha maleta e seguiupara a cstaçíTo de cabeça erguida,nrrocante.,. Os chefes do exercitose formaram em posiçfto e quandoo trem partia — apresentaram ar-

As privações tem alterado o vlgi-rrie Mama Mosquito. A última vezque os japoneses enviaianí uma es-pediçfio conrrn o centro ocupbdopor ela, empicgarapl S.000 soldadose 50 aviões. Passada a refrega ela. =emeteu ric novo.— de galinhas, noseu escondcriio rlnrio-se dos sustospassados... A Guerrilheira apanht-ra 16 balas...

Continua livre na* suas monta-nhas ^ como um anjo de extermi-

Vamos percorrer o pampa,pelas coxllhas em que o ferro eo aço retemperaram os nervesdos primeiros guardiões dasfronteiras da Pátria.

Noites frias... ouve-se ao lon-rc o canto abafado dos tropel-ros que vão conduzindo umaponte de gado. Mais adiante ve-mos um "pouso". São gaúchosacampados fumando o seu pa-lha, enquanto o chimarrão cer-re a roda. De quando em quan-do a "cordeona" rompe o si;én-cio da noite. E unia voz dolentese eleva:

Pampa da vida,berço dos sonhos meus,és tu ó terra benditabendita gleba de Deus!

Que belo é ver-se o gaúchocom sua indumentária tipien:bomba chás, ponche, lenço aopescoço, chapéu de abas largas.

O gaúcho é. positivamentetrabalhador c ordeiro. E' deoi-cado a todos que o tratam comohomem. No entanto não toleraos "ares" de superioridade da-queles que pisam em seu chão.

Não tolera a afronta e nâo fos?á luta que ela.se lhe impõe.

Nas "fazendas" do interior, ahospitalidade è a virtude mjM.ma. Ninguém bato Inutilmente,á porta de uma casa de gau-cho ,., E' verdade que o tri-çoque distingue o'coração . getiéio-so do gaúcho é a hospital IdadeMas o gaúcho, que vive nos a glo-ninados maiores; adaptados >*vida citadina de Porto Alegre.Pelotas, Rio Orande. embora liaoconheça a Indumentária do sauclio da "gema'.', sinão através ti"cartões e dc jornais, traz em siessa virtude cristã — a hospila-lidade.

Son gauchn lá de fora,Tenho amor an meu rincão,pois a gente não é gente. ,«em a "china" e o chimarrão.

Essa como centenas de ou Irastoadas, soam nos "terreiros" emque se reúnem os peões das es-tanclas.

JOSE* DE FRANCESCO

ENTRE ELAS^ Aqui encontrarão os tr.eus teitòi5l!»i Icítc de reflexões reilas por mpíeres e... a respeito d* mulher'_Sài> re/íejões cui que i-us&am te

ledivenrifis. mas também heraixtt.secretos, cheios de doce tristeza.'.

ha faltas imperdovels para¦qae amamos.MME. DE SEVICNE-

¦i nma tuto pode fulgar.Mme. POMPADOUR.

ma dala em que tcãa mi/lherdesaparecer — cuando nãoamada. Não ha nada ifiatl

que n mulher apaixonada.S. OAY

ulhcr julga com razão e age'

Mme. OEÒFARCY

ulhcr para ser telis não deveias medidas — ser dc uma teza santa ou uma louca.

N. DE LENCLOS

pedra concava da ara arde, odort-fuminite o fogo sacro.

As "Três Graças" atenienses têmnomes amáveis, já que. tudo naGrécia é Jovem e Jocundo: chama-se Musarion Joeesn. e Himnia. Aochocarem Junto do aliar votivo, astris. num' menelo rltlmico de co.rela desenrolam, com primos, dahaste dos corpos graccis. os vellnbosfiníssimos dc bisso coi- do céu daIcnifl, deisando cair como se fossemfolluis como se elas próprias lossemflores de cem petalns. que de vagarse d espeto lassem. E nuas. deslum-brailorameiite nuas no esplendorda tarde vlolacea, depois de quel-nin ran um punhado de Incenso,uma pouca dc mura ou benjoim nologo inspirador c de beijarem comanseio fervido, o socalco da colunade Eros sobre o solo Juncsdo den.iicenas começam, volutuosamen-te modulando nas flautas gemínn-das. a daiisar o ealiulco bailado deamor dansa -oraçío. prece-ldílicaexecutada tielns virgens apaixonadaspara que o Deus misericordioso pro-tegesse a ventura de seus próximosnoivados. Casain-se, confundem-seos bruxolelos do crepusculo e a pas-torcia dos caiamos,

E' entio depois em perene har-monln. enquanto a tarde soluça, es-matada, cór dc pérola, que se vé ogiro, onda vez mals vago das trêsdansnrinas. apagando-se naa obs-curl da d es nrroxoadas do arvoredo:até ao clarão do luar que Inunda obosque, as três finos figuras reapn-recém etn relevo dc prata fosca danoite, como tris ninfas ajoelhadasacs pés de Eros. Implorando a ben-çio do Amor.

MARTINS FONTES.

umi clara balida. I i copo de* Jt rn,'Bs, I chlcara de álcool,¦se a mistura rm deposito de

. _,.. .jor três dias, cantervando-ohem fechado. Coa.se depola em en-ter tela a guarda-xe para nao empequeno* frascos. Ficando um pou.cn espesso, porte-te Juntar um pini-Co língua ile rosas.

LOÇÃO NINON: Indicada conlraespinhas: flor de enxofre, A,l>: rolilcresm, tífl.ll; essência de rosas, 1,0.hnnm, ,1,0; vnsellna pura, SS.ll.

E, pnr hoje. lerei dado as leitorasmullo que pensar,

DAQUI E DALIMARLENE DIETRICH

Martene Dletrich é a star gue malsse preocupa cm parecer bela... Nemuma Outra possue tantas jóias, ten-tas peles, perfumaria* finas, nemtantos vestidas... snbc.se gue elapossue atualmente-. 45 vestidos debaile, 81 de dia, para visitas, cltd,etc.. 31 mais pnra diversos outrosfins. Possue tres Rolls Rance paramostrar a riqueza de sua indumen-tarla de -star best dressei" Seusvestidos para o film -Seven Sinuers"sio tantos que não llie dáo tempode ocupar.se em mais nada durantea filmagem, além de trocar vesti-

PALAVRAS DE WELLSWefls, certa ves, convidou Ruth

Selwsn para uma visita i casa emque residia em Londres. Orquiliosode sua propriedade mostrou-ílie tu.do, desde o pavimento em que tra-balhava ati o terceiro, onrie se ac'm.pa»t as instalações de residôncia.Dali insistiu para irem ainda ao ou-tro destinado aos criados.,, RuthSelwyit um pouco impacientada pro.pói desistirem... do ttominio dascriados, Mas, Wells nem a ouvia,..Foi precedendo-a... Ao chegaremela nio ponde reprimir nm grito üe

qne o deu aos criados?. . E. Wellscom a maior naturalidade: — Porque minha mâe foi uma criada/.,.

A ORAÇÃO DA NOITEcecll B. ie Mllle foi visitar uns

amigos e chegou no momento precisoem que a tllha ia casa luma garo.Unha de cinca anos) pirruceava pa.ra náo recitar a oraçio da noite.Pensando causar-lhe nm susto, le.varam o artista d "nurserg".

for que nâo dis ilreitinhoseu Padre Nosso?

Porque náo entendo Isso.,,Pots. eu vou dite-ta para uocü,

e, com sua linda vos. enlooii a ora-çrfo de modo magistral.., Seguiu.seprofundo e tmpressivo silencio.,,Depois, a pequena, lsmbrando.se do'.rádio, murmurou: Papal do céu,quem fala. agut t Cecll fi. de Mlllede Hollywooa, díteitdo ¦ 6o« noit*• você...

SS ¦¦ Pça. FLORIANOPEIXOTO - 2." andaré o nova endereço de

DOM CASMURROTEL.: 42-1712(rede interna)

RIO

Raras mulheres percebem nos efei.tos do mal. a sun eausíi ,.

Aíiitc. DE MAINTENON

Mme. DU DVFFAND

O homem tem direitos, a mulherdeveres.

S. D. BIDAVLT

.4 velhice tem menos aparêncianas mulheres que nos homens.

Mme. NECKBR

.\a mulher, a dòr só embeleee o

O. SAN D.

PRECEOh! Senhor nosso Dei», Criador da humanidadePerfeição e Poder! Omiscièiu-ia e Bondade!ToiTa lui: sem igual que o vosso amor encerraDignai-vos baixar sobre a face da terra;Oh! lançai vosso olhar nesse triste momentoSobre a chaga» Senhor, dn humano sofrimento,Sohre a lula feroz, lão cheia de ambições,Que extermina o direito e avassala as Nações;Aoa olhares sem lua dos indnmltns povosApontai ns clarões de horisontes mais novos;A semente da Fé construi dura e da União,Fazei-a» germinar ao humano coração.Velai pelo que vive á sombra ria maldade,por quem chora de dór, de angustia e de saudade,Pelo,cego que vê a noite que apavoraNas cascatas de lua da mals sublime aurora;Pelas viuvas sem pão, pelas'etl ancas sem lélu,Pelos órfãos, Senhor, do materna) afeto;Pelos doentes também que nos leitos tristnnhoaVão sentindo morrer ua seus últimos sonhos;Pelo humilde que luta em face da pobreza,pejo ateu que nfio vè vossa Infinita grandeia,Por quem vive

"chorando seus amargo», dias

Nos recantos aem luz daa cadelas sombrias:Por quem nunca enxergou Vosso poder- fecundoPur que a vista sn alcança a* misérias do mundo;.Por que esta humanidade, afilia e snfredor»;Que sé rie vós espera a lu/ cniiforladnra.Por todoa derramai o halsnmn do anuir,E do vosso perdão:,. Assim seja, Senhor!

VAN1ÇE DG ANDRADE CAMARGO

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paj WtmUmlmmii" ¦¦¦.¦¦-¦¦.. .^r^^ay^^Tfí"1"^- '"5" íí- 1 » a-a """ a a

LEIA HOJE MÍI8MÔ

MAYERLfNG J•virwid» romance 4» wjttf" \DOM CASMURRO,na tradução*

_ i. — fEDITH MAPAKWOB TOBjtgjj i

Página 10 DOM CASMURRO

HOJE jT|lfESPEEACULOa^a^aa^^MMBMHI 15.3-941 _ MMMBHHHHHH^HHHMSMB^nHIlH^

Acaba de aparecer

MÁYERLINGDOM CAIMURRO

0 LIVRO DO DU

«A vida é uma canção»e a sua linda música' mui ¦

. j '^¦¦il^n

^B gr BM B»

Ha uns meses atras, a 20THCENTURY-FOX. a. companhia.

:que se orgulha de ter produzidograndes filmes musicais, como

sejam: "Invisível Trnvadtti"' —"Avenida dos Milhões", "Epopéia

. d» Jaíi", resolveu-.quc chegara ahora de se fazer uma nova re-vista musicada,

Imediatamente reuniram-setécnicos, diretores, produtores*' escolheram enredos, trocaramidéias e, finalmente, surgiu o' re-aultado: — Por que não levar àtela a historia magnífica- de"Tin Pan Alley"? Por que pro-"curar mais ainda, ae essas trêspequeninas palavras, por si sósignificam um sucesso garantido?"Tin Pan Alley" — o berço dasmusicas populares americanas —a intensa c comovente historiade1 Homens e mulheres,'que comocompositores, editores, cantores,dansarinos, pianistas, atores edescobridores de estrelas, fizeramde uma rua onde se reuniam dia-.rlamente para expandir suasidéias, e lançar novas melodiasque mais tarde seriam cantadaspor todo o mundo, uma' dasmaiores Industrias dos EstadosUnidos. 71

- -Tin Pan Alley" surgiu no llmdo seeulo passado, ""construída"

¦por-um grupo de crlanças-musi-cistas, que se congregavam narua 14, o centro teatral de. NovaYork. vindas de todas aa partesdo pais. ¦ ¦

Quando o teatro floresceu etransferiu-se para a rua.34. os

n Ifr itietro yè-

¦¦cancioneiros" o acompanharamp, mais tarde, quando essa in-dustria cie teatro creou a Broad-way, "Tin Pan Allcy" também foiIncluída e considerada parte in-tegrante desse centro artísticohoje mundialmente conhecido.

Trabalhando arduamente, diae noite, .creando novas cauçõespopulares, mais tarde verdadei-ros sucessos, t\ Broadway passoua viver um dos períodos mais pai-pitantes da historia musical dos..Estados Unidos.

"A Tida è uma canção" contaráa historia da- rua 46 numa desuas mais brilhantes épocas,quando era chamada "Tin F»nAlley", Isto íoi- no período de1914 a 1319 — quando o teatroestava no seu apogeu ea Broad-way resplandecia cnm suas luzes,e os letreiros tíáaçndo o nomede seus famosos astros e estrelasbrilhavam incessantemente.

Em seus-mínimos, detalhes, ofilme da 20TH CENTURY-FOX,¦¦A vida é uma canção", reproduzfielmente essa celebre rua dc-

..nomlnada "Tin, Pan Alley", comsuas casas de. tijolos .avermelha-dos, que de ambos os lados dírua, uma vez mais; exibem os no-mes das .grandes firmas de edi-tores musicais, que se tornaramJamosos ao sc transferirem paraa. rua 46: — Harry Von Ttlzer,Jetome.H. .Eemick ii c°., Shapi-ro. Bernstein & C.,. Wateramr"Berlin éc Snyder, Mille Brothers.e muitos outros.

Os escritórios, que existiam

ESTA semana deverá ser as-

stnalttdtt por um econte*oi-m.ento' evcelanal -nos

•nos míto> ria tt<ttra;..^ueftmosreferir-nos' á estréia-"''dé JttymtCasta, hoje, ue Rival, o nomede Jayme costa esteve em focohá. meses' quatldu de 'Seu confli-to com a Sociedade Brasileira deAutores Teatrais, A S.B.A-T- ,terminara por proibir tis seu»membros cederem peças ao pn*pular ator sob pena de éxpul-s&o. A estréia áe 'Javme jido"po.''dia. assim, deixar de despertar 'ctcíosídarfe. foi o 'motito por-''que o procurámos cm seu cama- "rim, à Rua Álvaro Alvim.

— O incidente com a SB.A-TfNn mesma pé. Nada tenho feito-''para agravado e, enquanto espe*ro que passe a tempestade, voií"represe"tando autores-novos é"

dentro dessas casas, muitos, de-les abertos devido a um ürçlcosucesso musical, foram reprodu- .sidos fielmente, A maioria delesera colocada cm linha, dividi-dos em compartfmentos de 8x8.mobillados com uiii tilano. gran-1de quantidade de restos de cl-garros é uma enorme escarra-delia; e nesses compartlmentos."os pianistas profissionais loca-vam musicas de sucesso das llr-mas que representavam, para osgrupas de dansarinos ou canto-res, que apesar de .demonstra-rem suas habilidades, rias fôrmasmals diversas, cantando, dan-sando, dizendo piadas esplrltuo-sas. vinham a esses escritórios á'procura de uma nova melodia, .de uma canção enfim, que os .ajudasse a vencer na carreirateatral.

E as belíssimas melodias quesaíam pelas janelas dessas casas,enchendo a rua dc sons melodio-sos, sào revividas de uma ma-neira inesquecível em "A rida é,uma canção". Entre elas, pode-,,mos citar algumas: ¦The; Sbeíkot 'Araby", "Whéh yoti were atulip. and I wore a blg red rose",•Moonllght Bay", "K-K-J-Katy"."America I Lowe You", musicasde grande sucesso" durante aGrande Guerra, e -You Say theSweetcst Things Baby", espe-elalmente composta por HackGordòn e Harry Warren. a duplados compositores famosos deHollywood, para figurar em "A.vida i uma canção"."A vida é uma canção" apre-senta um romance Incomparavel,que' transcorre entre dois esror-çados compositores e suas"sweethearts", as irmãs Blane,artistas de "vaudevllle". Conta-nos os desejos e ambições, os rl-isos e as lagrimas, que constl-tuiam uma' parcela de cada um\'desses antes, que pertenciam à"Tin Pan Aalley".

Em seu super-cast destacarei-mos: Alice Fay. Betty Brable,Jòhn Payne. Jack Oákie, secun-dados poi: Allea Jenkinà, .EstherRalston, Billy..Gílber,t, ".o.enera-,çadlssiino".Ben -Shadrach" Car-.ter e muitas outras celebridades-do .mundo artistico dtt Holly-"wood..

Nâo se esqueçam: -"A Tida éuma canção", a revista das re-vistas, está-sendo' apresentada,com agrado geral' na tela do SãoLuiz.

ki oportimiriade para ns jovens teatrólogosJAYME COSTA, ÊM CONFLITO COM OS VELHOS AUTORES DE TEA*

TRO, APELA PARA A NOVA GERAÇÃOautores velhos. Isto i os clássicasdn teàtftf" Amigos níctii, sócios 'da S'.B.A.T. prontificaram-se o''ceder-me originais incorrendo -'nas'peitas- Claro que récttlei. S,etn troca, resolvi (tar diria 'opor-Umidade' esctèeitíhal'aos autoresjovens det«du'o pais- Represen*tarei autofes nobos, O originaique tenho em mdo para a eiftrela-

da companhia é de uw autorqtie embora seja conhecido comaintelectual dl mérito é represen-tado pela primeira ven. Trata-sede Melo' Nobrega qui escrevera apeca em 1331 e ati agora náo en-contrartt" empresário para elaapesar de se tratar de um ótimotrabalho sub todas im aspectos,''Nossa pente è assim" dará áo

público uma idéia de quanto pi-de èle esperar dos autores fo*vens.

E quente dos clássicos?Representarei Moliére, ém"Aferftco è Força", Escrlbe. numa

velha peça "Camaradagem", qneparece ter sido escrita para esnosso* dias..,

Cem. autores novos « com pe*

NOS CINEMAS"O Estranho caso do dr.

tXUdare"..Lem Ayres, ou nielfiar. o Or.

.-Kildare, tcviiodotcm nundo defans, ou melhor, de clientes-.¦Especialista ent casos do coração,-em-paixonítesi Leio Ayres — ou-James Kildare — "è tntdicé ho*"nesto, muito amável e ttltra-dcdi.-cado, alem de muitíssimo deli.cado... ¦¦

Já tivemos vários ftimes do Dr.Kildare. ou ac Leia'Agres na pelede 'cativante "jovem medica —mas "it- mei.-j-, interessante de tos-doe, o dc mats absorvente' éiitre-cho -é justamente o que a Cine'Metro apresentou' ontetri' e que*-mais uma- vez pâs Letc Ayres ásordens rias., fans que o Queiram ¦consultar a propósito de qual*quer coustnha d» coração... "OEstranho caso do Dr. Kildare" io titulo. Lá está, tombem na

.pele do rabiigento nias nobre pr))Gífíespte ti sempre ótimo; lá estátambém Larpine Day com» MaryLamont. a dedicada enfermeirado:.hospíta,l aque pertenée Kü-\'dufo.i e \qite é ae mesm-f, -tempo-uma criatura que de bani gradose deixaria adoecer para que t

-tratasse o jovem .Dr. Kildare...'Vm fiíme'q\te encdritffiu e

npratfoií a todos, esse "O Estra-nho Caso do Dr. ÇiHlQre", que oCine- Metro nes deW òntefit-"A vingança doê

DttUmitf ""'Randaiph Senti, um fevem ai-

vogado, aventurando' a stirta vaid cidade onde passou suWjuien-tude C" W chegando procura ri'."nimra amizade ie outrora com,aTamifiá pailon. u .velha mâe t" st*us'Quqtra .filhos. Brian Danleivy, Brai Crawford, Stuart.Envine Frank Albertson A recepção è"imprevista e a velha «Sa deixa

.Scótt seguir; ufanem/,, terá, qüe fl-ear para .ps fxstefas que, a,.temi-,lia celebra naquela.noite * ondeaparece a linda Julie-Kina, tele-grafista $a localidade e rep*esen*tada por Kay Francis. Jífíie 4noiva ie um tos'irmãos Daltons',m'asò'4esltno n&ã't*%is"gue elase'unisse'i frai Çrfliofofi e ela'ie'.'íUMiJonB perdidameníe- porRendolph Scott. O desenrolar

• ieste grandioso drama humano

Saibam que....

|M ÍT1ETRO*PMfl\O.61*llü.7rM90,6\4\-*

rr conoicionQDO

)f ihetro x~ m1

fm*um Joyznmedico..:__ ... más lambem erd um ho-1>mem clieto de amor,- e então...

0IÍTRA1H0

tii

Dr.KILDAR!(BR KILDARES STRANOE CASE)

LEW AYRESLIONEL BARRYMORE

'POLTRONA

4Í400 ESTE FILME NAO SERÁ' EXIBIDOtM NEMICM OUTRO CINEMA IIO' DISTRITO FEDERAL DURANTE

PELO MENOS UM ANO

ESTE FILME NAO SERÁ' EXIBIDOEM NENHUM OUTRO CINEMA DE

UAO PAULO DURANTE PELOMENOS 60 DIAS

cine-jORtiPi BRflsneiRO (do d.i.p.

MIO

y * .i

jUi ^r In

comove- alnda-.meis.no finalQuando ns. Quatro frmdoa, vitimasdc penepulçác-, injusta, morremficando exterminada uma fami-liàque att então, viveu na mais.estreita união."A Vingança dos Daltons",,cuia-estréia está marcada para a pro-xima segunda-feira ne ctnemuPtain, será alem ie tudo úm mo- -

'tivo para as tens ie Kay Francü

reyi-la nim papel teio diferente,"O Lobo Solitário"

Warren William, o írresíJÍitieiatiertítireiro. volta ao carta» iaCttielandla. n,a ttla.do Broadxay,na próxima segunda*-feira, mais.umt*. vpz encarriando o "LobaSolitário", o personagem tosei*van le das aventuras policiais, emum iilme semeado ie aventuras,ie crimes misteriosos e cohquis-¦tasainort/sasi — "Jlíoitia ta-fala*

Uidaae".<*Nessa sensacional película de

Coiumbia, Warren,William, carneo "Lobo Splitario", enfrenta umdo* mistérios . mats intrincados,ie stiá longa carreira rfe erimf-nojo-po/ícío.

Aa lado de Warren William. ce-¦remos'a linda Jean-Muír, masWarren Htílí. Vieíor Jery e Eric

¦ Blore. todos perfeitos em seuspapeis."Tude Mo e o céu

lambem"A tragédia imensa ios duques

etc. Prasttn, o sacpificlo sublimeda-famosa fiUle.-D.". todo o-grande drama que Paris assistiu,extaticó e o "mundo conheceuatraqts a ttart-afífa. rfe cronista» ;tipaizànaltoi e portidartóst estará

.mais lima vez revelada na íêía.icom a opartunisstmá reprise quei.de "Tuin isto e o cítt Cambem".

-a Warner vai fazer,1 hoje. no Pa-t-¦laao. ¦¦-¦¦.'"

Tbdo 6 Rio.conhece "Tud.a istvi"e d ciú 'íamoem". Mas... Toda;-

a Rio quer ver mats uma vet,muitas vezes mats.; o filme- Portsso a réppfse çtie dele vai fazera Falado, a partir de hofe.-"Bota não é garganta", i umnoro filme de Boca Larga, ne' qual a veremos jogando umapartida ie football que-é umaverdadeira pilhéria, fasenioproisas tnertvela; driblando,- chu-tanáe e até quando necessárioenaulindo a bola. Os seus 'áimi-'-radares /ícarflo admirados eomaesse novo Boca Larga!

Keste filme Joe E. Brotou dtvi-, de as honras in estrelate com

Martha ttaye,-que também come--te "ffn//W te toios os calibres,arrancando'to publico as mais:gostosas gargalhadas."Boca nãa i garganta""Bock"nSo.i garganta",,è um'

filme feito para tttuerítr os ititi-meios fans das duas maiores bo-cas io cinema. Joe B. Brown eMartha Raye, qut a Paramountnes aprese«ía desde oníem noCinema Pathé.

"Alô Janine", da "Ufa"

O próximo cartaz da Ufa no- Palácio apresentará um espeta-culo mutto divertido « servidopor esplendida ilustraçáo miiii-caí rfe Peter Kreuier. "Alò Ja-níne.'". ilriglda par Carl Boese.eom Maricá Soefcle e JoftamtesReestera, nos principais, papeis. ,i uma história de aventurasamorosas que se desenrolam emambientes de Paris, inclusive "oteatre te revistas "MoulinBleu".

A próxima inauguraçãodo "Cinema Colonial"

O Cinema Colonial, nn farpoda Lapa, i mais um monumentoá cidade mais um marco assina*(ando o progresso, concorrendopara o embeletamenta semprecrescente da Cidade Maravilhosa-

Erguido no mesmo locai onde,num passado gue deixou reenria-efíes profundas, em prédio de es-íile colonial autêntico, estavainstalado o Grande Motel da La*pa. ponfo rfe retixído tta alta sa-ciedade nas vitimas décadas d"Império e es albores da RcptiWi-ea.

O som e a projeção io CinemaColonial, são a que de mais per-feito existe no mundo, pela suaperfeição e etíctencia A tela isvper-luminostt. Inteiramente, ieporcelana branca.

0::£ÍM*tno CotohiâV. a ser <»bh-pinado brevemente, pede ser, sobfades, es aspectos, consideradotim.monumento d'Cidate Mera*vtthosu:

íNOS TEATROSO êuecBio de Menquitinha

e ma eompanhia noli.-artoê Gomei

7 -A Companhia Hesquitinha eem-o sua temporada atual no lunuo-&fo f&itrd Carlos Gomes mana

. sèm dúvida o maior sucesso íea-, irai da temperada ie comédias

7&c tíiit Mesquitiuha fot feliz emescolher pára estréia "Hotel iaFelicidade" a bonita e senfimen-íaCpeça rfe Munhoz Seca que niosá ltie;,ti ótimas oportunidadesde apresentar notável trabalhe.em"Horatío"eomo permite tam-' bemVíIt*- ífelilifl Cosia e FloraMat,yesKaatttdoras atrizes, nasdais'meigas irmãs "tíaruja" . *¦¦."tigmaem*''apresentem «ceie»-

gas clássicas, tenho um étímn ••pertórta para duas nu trt- i,l'poredas e, deste mod; „ decidita SBAT. nle me su,",

E quanto eos artistas?Bem, é men pensamento u

que enveredei por esse ctiminLquanto aos niíinres imvos hr,çar, íambem, artistas m-vos t-acordo com a necessidad* nut .meu teatro fôr tendo. Já nC!s.peça té Melo Nobreza tfa^.-ti ••.trétar uma nova artista LitímVàni. Quem tentar a técnica (»distribuição de personagem ?nmse faz na cinema.

t aí ficam oj leitores dr do,'íCASMURRO informado* .n^tesse nova etapa do "enjo jCosia---"

íe interpretação: ModesinSousa, Rafael ie AlmeidzPera, Maria Costa e Cora Coi»esítfo eowíempíadn.i bem nneantadora. comédia E' itambém se destacar a «tuaçã,peca de Álvaro Aiicusta a>-„cda Silva. Murilo Gandra t Irique Silva, em Importam tSábado, á$ IS horas

'em ren

das moças a preço* i-edir.idr»á cena "Hotel da Felicidade .encantadora peça mt !>is aU*que diverte e emociona jjjn çiJfrdizer será mais uma cam to-ade"Paganiní" no dia 21 na'João Caetano'

Otávio Ranocl e ,, mnestr- *Viana começaram jú n proctina ensaios noturnos, tin -pe'e'-"Paqanini". de Fiam Lehar p".cem que se inicia na pi-oiimnoite deli a temporada tin ora'._de Companhia Brasileira de 0-í.retas, no Tealro jnàn CeeleneComo se sabe. t apesar de mu «espetáculos serio ieali--ndn* ¦preços verdadeiramente pnmil--res. a overeta de FrB,n ith-festá recebendo l\i.vitasn e*m<i*cular montagem. A'-.i-n:n Gemi.di e Pedro Celestino. canlarin .-¦•papeis de protagonista* de "Pa-ganini"."Com açucar até cu"

JVo Recrei» áesde sextefenúltima acha-se em cena ¦ wIj-ío rfe Saint-Clair Senn e Oínrsrfe Barros — "Com ariteer Hien"-

O inimigo das mulhere»Pmcfiptr* continua a obter «f

ío com "O inimigo riai muilu.res" onde nns tive:,e,ito,t mFerreira. A comédia ri" Gn'dnserá dada haie e «ma<tiii lt".-bem em "matlnte".

Dulcina*OdihnAofcantrárta ia que t*t

noticiado, Dulcina e Otíilci *tfozarân e sua temporada enrisde 194J. Para Isso es doi* uniridos comediantes arrendaramRegina, que serei c-ii-erumimenle reformada."s.». c. rr

Peta Associação Brasileira, ttCríticos Teatrais, foi riiician'"!iiimoDímenío em favor in o-ozv..:ação de Sociedades Teatrais jm-ra "s lázaros.Cia. Walter de Siqueira

A Cta. Walter de Sityjpele hoje. no Ginástico.tória singular d eum piei

mo-Luiz*SS5T3E5

DOM CASMURROTem novo endereçoP«a. MARECHAL

FLORIANO. 55 -• Vandar-Tel.: 42-1712(rede interna) — Kio

HOJE2 —4 —« — 8--tt-HORAS

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DESDE"EPOPÉIA DO\1AIZ" QUEIVOCESf ESPERAVAM

UM FILME»ETTYÍAtll

FÁYE^^ JACK OAKIC^-^'N JOHN PAYNE

CRABLE LINDOCOMOESTEl

MELODIAS ]QUE TRA-

'

ZEIHSAU-DADES

ALLEN IENK1N8 • ESTHERRALSTON • N1CHOLAS

. BROTHERS • SEN CARTER t^(TIN PAN ALLEY)

NAC. — "SIDERURGIA" em Mtmltvtute

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ÍÊÍÃ HOJE MESMO

MAYERLING.....nde romance da coleção

',',0,1 IAKMDHRO na tradução

— de

OlirH MA0AK1N08 TORüE»

rllOM CASMURROFIM DE FESTAMilaa 11

15-3.M1*

Acaba de aparecer

MAYERLINGOOM CABMIJKKO

O LIVRO UO DIA

rRGUNTARAM-ME, íttlíltfllTJ re-.cs, ooc que ràprCsen- ¦

I tava paneis rte íiomcíis e** ufií'íici(luriMcníc purqut,,.,..,,. „ papei de Hamleto ao

Í.OItlw. O tiniu í jii•.«ílo lltí-¦ , „ , psiisls 1« 1-"»"", «1<,»J

''.,.. ,'msciiiinoí, e, entre iaí' ,,,,,,as.-i.-sa-",

'» O' «."»'«»-

!¦'.. fcflioii, por ser o mais-orl-¦ „ i nioís iii'1 o "ííi,. íoriti-

S»< ao '-"""o." "'"' ""¦

" .-.,,,1't'tK íí» 'cm tuna idéia: vm.'

, ani I..>« ll'"». « »«i*i'l«.fl.iii/int- rm liims partes; an-

V ,'1,'íi.i. cie fem. t-crfcin i(«íi-ij- no pai /oi i-rfmliiosur

¦ »:s!í;,:faror"««,'<™T«^.|lffl(, juarie o'e ín-Wíiçõo fio üe-

mi' em tomo i« privicliu Uicer-

lí-n oue giaiittrm lém cessai* 0)','.int,-iiicf ns inquietudes, os re-'„.'',-..!< ¦ (' /emires, rft* ser o ;o-

.«cie '<í"

í«PÍ'-if« do- fn/enio-0«ando o ;>a. lhe aparece, Htm-tto leme ainda que seja o m«-iitjue une toma as aparências dtJr umnd" fí"'" " enganar me-iiii.r £ "os ° icnos se debater-

a 'pttotí

rfolor...s*fls íiHemntii-ns.Altuins- pretendem que Hainle-

u é louco Eu me recuso u aceí-:,",,, msio. Ache- nul,

._(.;,,„.¦,). tt ihois oíÍHf... porém 0riidi.. (ienjíi-tiç-atio dos homens.j-J(;i.r,-.r-sr, íicíio-se coüíicííc, *fFlíirfoii'') n temor de ser o ío-,«uc..- í/i rspi'rit.1 d" inferno c.fl.tnlín [•oN.t/UMienteoíe. Disciífçrom êle mesmo, faz mn-projetoaur iwr,i ti suti consciência em.nt*: fni ('"itiiiruír, êfe propri". Cesçtcmí' dr nina neça represen-initiio o Bjsaísiiiflfii dft P«( ("'

iEDRO Bloeli.' Tino: Tnn-nn t-iremat.ogra-Imi. Muda rte "altalate".

i :iii ¦ fiui.i ' f l)'5 hospitais.',

t-iiti-cllii-ji-n. Se descobre um"À-n

uim-uittiid.i [iBf-1n uu)i.-.p-ií, 'nlciiiM. PjiiPí-f náo ter-,.,,< |W|S a sua bondadí é tãç,.

¦::ií nnr somente fa* invejosos

¦íivo a >ii:i capacidade, nem ííi-lnr. formado em . medicina,i-t-o um sn- pri vi lem.'do. remi*

pomo, foi contudo pelo espetro,T.uào.isuaii de.ifiiia ortatÜra wtttrfu sensata, de um penaatW e, ndode «tn mim». "* "¦ *,'

No famoso monólogo; "str euniio ser" — ffam-fefo tira n véocompletamente,

"a vfda i um peso

porn êle, mas nâo tem c»ragemáe se matar. O apelo paru fscía-recer as diluídas é ccmot-eiif*.B' fncll imaginar os »e'iis inceicsfiníea sD/riiiieníos vendo a màe,qite diria', wiiilíier ninurosadc» as-s«sslilo''dti"p(i(, Délxiíe-se óniiíraos pensamentos que o obstdam,Toda a psicologia

'dó papel dt

' Hàiiileto .no's 'i

rí.VélfiAa p->r Hi ¦

. O que Indica, bem .qut Hawtctolem o juízo perfeito, ,e ijtte.com-liiun com.grande maestria e nina.íi(foiij*(ti.'e/ /liinra o plano tfg-in*vestigaçáo na coitt-fciit-in d" Reisew tto. B quando, enfim, se per.stiadz de que-êle f o assnsf.uo dnpai.- de nue alegria intensa sesente- ptishtido. cóm a Idéia dt st.desembaraçar dó peso que a mar.tírisava! A- incerteza Impedia ae*pfosfii- da vingança, estava li-vre, podia vingar o pat,'

É' tim prazer para um artis-ta poder'interpretai-' um caráter'tão complexa,'' Knirètaiit-o, dwrante muitos-anos-desejei repre-sentar Hnmleto, e sô me decidiquando- (i 'a admirável- traduçãode' Mareei sclfic'->b. Fiz a Ofélialio Hnmleto' de Cressonnois, masOfélia "tio me trouxe nada it'imurt. e"hlo esfiirfo de caráter.

Um inglês, muito erudito. apaUxonad-i por' Shakespeare. pergun--toiftne quem'me iniciara no mis- ¦teHoSoHcmletO...

_. Ele ' 'menino!'

respondi-lhe-,Tndas <is t-e^cs em Que. esta aó e

mio

Ao í-é-lo. muitos ricani «uipre-sos.'., Mas será esle ó Pedro Bloch-.'-.Sim, pOiiiue ele nfto tem pose.

nem vive bancando ci gtan-ftno. B'-simples. Accesslvel. Semprít disiiosto

a faier unia IiIhíuc. Nn- redação, na-j-ci-e mals um empiegadr humilde,do que própria meme o' intelectual

Impressões, Julgamentos, LembrançasPOR QUE REPRESENTEI PAPEIS DE HOMENS

S.4S.IH BERNHARDTmostra o fundo a sua alma mis-teima-

Os paped masculinos'si», etngeral, mais tnttlectue.lt do que eapapeis femininos, £ ai este. e.se-gredo ia minha preetttóçd". Ne-nhum caráter feminino abria umcampo táo vasto para ns esítídosdas sensações e ias direi hunifi-ms com« o. estudo dt- HnmletoApenas Fedra me deu o prazer dtfolhear um coração verdadeira-mente angustiado.

fiisso dizer que tive a wrltr0r.a, # creio çut única, í* repre-sentar três RaníTeiost ¦• negroNamletí- de Shakespeare. e ffa»t-feio branco de Rostand. o "At-gltrn", t r> Hainletà florenttn., ttMusset, Loreinaccto.. Hnmleto e o duque de Reivhstadt.teem a «ima desamparada pelamãe- indigna-, a clvilisaç&opos uma surdina nas rtvetaçtie.1do filho de Napoleán, Conte

.Hamleto fat, irtmlo. com Horaçío¦i Aiglon fa? com o professor:Prisioneiro? »áo. mas,.. Nos do/?Hqmtttos, ¦¦.negro e o.branco, amesma cena entre a mâe c- o fi-lho, Cena bnitai em Shaknpea.-re, m«s apavorante de verdade <de selvageria. Em Rostand. aspatav/as sâo escolhidas, a- civlli'sacSo niodèrmt a cólera, a ecríe-sia eriroire o sarcasmo: mn» adór i a mesma. Amei apaixona-

damente essei dois Hamleto»*-.O terceiro, Loremaccio, è o "ie-

nos pui". Os meios ie «tte te-stt.ve para atingir o seu alço ndolíesftmiesíos, mos sãn os de Rfita3cmça,.- O Hemltta de s/in-kespeare se- debate contra an pu-iifutis. as emboscadas, os vtnt-ua». O Hamltto de Ruítend *amarrado petos fios invisíveis d*política: çiianío mafs procura i*livrar, mais se prende.

O Hamlet» ie Musset é afogadonas intrigas, nas orgias t na lu-xttria suntuosa; mas há i>«> fun-do da sua alma a pequenina ,-hn-Mã que ilumina, p-r memento»todo o seu xei. Nao è um pai ns-sassinado, um pai despedaçai- ttraído qut tem que vingar: 4 amie degolada, e tssa mãe, «- aPátria. Detxa-se aehinfhalhar ttratar de covarde paia cliepar nos.(eus fins, Desvenda a verdadeiranatureza ia sua alma para Pftí-Itppe Strozzí. " mais honrado ho-mem dentre o.s Aowews honradosAbre Os diíues do sen coraçãr,magoado num vin magnífico. Jta queixa * de uma força incompa-ravel. Sinh"me completamentefirrtpiada quando interpreto epotta. Em nenhum caráter demulher encontro tiwin (af isnríe-dade de sentimentos, um pderevocativ» tão grande.

Muitos outros papel* mascull-

-iiM„.eíí desejaria ter representa-do! K, t,ntrê-'èlts, Mefistofetes e oAunreii.o, Mus uma mulher sópode interpretar um papel mas-culiiia quando tte e um cérebronum corpo sem musculatura.Vma mulher não poderia repre-sentar Napoleão, Don Juan ouRomeu.

Mefistofeles.,, sim, pots, narealidade é mn «nio perdia-, oesjíírií" juaíipito que acompanhafausto, tim homem real t ponderad"; sào e vip-roso, não. N<>estrangeiro eu vi Hamleto repre-sentado por muitos trágicos esempre tive a sensação de umdesacordo entre o pensamentodevorantt t a plástica dos inter-pretes. Esses trágicos me pare-ciam vendendo saudt. com mus-culos muito sólidos para expri-mlr tantas insonias desesperadastantos combates interiores. 4magoa que devora o infeliz Ham-teto nào lhe pode poupar « e.if».mago caido, a» espaduas enor-mes. Sem sei .que graças aobranco, ns laces se apresrntampálidas: <jt'e oraças ao preto molhos teem olheiras, mas a helaaparência de saitde de í-rio oeorp.i lançti um desafio «<> rosíodesfeito.

Hamleto. Aiglon, Lorenzaccio.são cérebros gue rirem com adúvida t >i desespera, corações

Rádio-teatro, nào! Radiatro- diz-nos Pedro BlochBarulho, agitação, não é rádio-teatro — Rádio-teatro, é uma arte nova— Está vendo o que é rádio-teatro \ — O maior ator é... — Compensa

«ne bafem tempre mais lortt esem cessar sdo torturados personíios epiicfliforej, A alma t/vet-ma o corpo, f precisa que ¦•¦vermos esses Hamletas, tenhamosa. sensação de que o conteúdo u«tfazer estourar a caixa externa.X' preciso que " nrílsta seja dds-pejado de vlrüidadt. preatuamosvér um fantasma «malgamatK.com atamos da vida e Cnm riem-pero. que.p.ondltzem A morte, rton cérebro sempre em luta cuma verdade das coisa* H' ttma. al-ma quejiuer escapar da sua prl-sâo carupt. Por iss" acho queesses papeis ganhará" sempreeir, serem representados por mu-lheres Intelectuais, pois so elaspodem lhes conservar o caráterde seres tisexottd<'s e o perfumedo mistério.

Si eu fosse homem, parece-meque teria feito uma bela cairei-ml No teatro, a parte dos ho~mens, t sempre a mais bela. Mentretanto, é a unlca arte tm ?ue *a» mulheres podem, is teze», sersuperiores aos h-mens,

05 «tainres pintores femininos.Rosa Bonheur. Madeieine Lemai-re, DermaiUBreton. Louise Abbi-ma, Maud Carie tiveram, dentredos seus gêneros, veidadeini ta-lento. Mas nenhuma se eprojrí-mon de Rafael, de Leonard" daVlnci. de Rithens. de Velasquet.de Delacroix. de Xàiiard, Detaíl-le, de Alfredo Sttvens, de MastituLepage. Na música nenhumamulher, antes rie 4i<j.iíí(o Hol-més, teve a sorte de vêr umn ope-ra .sua representada; cecitiaChaminade i uma pianista "vir-tifse" e compositor de grandetalento: nin,. itenhumii dessa»rfiin» «ití/iteres se apr-xmta deBach, Mozart. Beethoven. Wa-guer, Schuinann. Goum-d, JMns.se-neí, Saitit-Saens. Na poesia, Des-tiordes-Valmore, Ackermann, deNoailles, Lucie Delume-Mardrus.Rosem^iid Gérard. de Regnitr.Hclene Picard. Jane Catulle Men

"DIRETRIZES*

A revista de Samuel Wal-ner Ut. anos neste mês demarco. Três anos. Para oacomemorar, ela ganhou malium diretor, e étlmo: Maurl*eis Goulart. Na chefia daredação: Remy Fonseca, járedator-chefe antes. Secre-tario: Otávio Malta. E umaredação prlmelrn Ume. "Di-retriies" passa a ser defini-t(vãmente semanário. Tem,fechada, • aspecto de antes.Aberta, i diferente. E' a suaprimeira novidade. As ou-trás, para on leitores que nàoconheciam n texte de sem-pre, estão no texto rie age-ra: movimentado, esclarece-dor, inteligentíssimo,

(fes.

1 dedica-se mmodificando

poetrinÉsen»....

«lenny Línd e o

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OL ¦ 1 i:i;i:a , „, ,1. nâ„ 1,111 ai. oulro. que (loloi-o*»iueirte'f' pÀnt,Al ' T- ¦¦«,! ,1-, .i„..,t.-,- .,y .-..ll^IUllilO. r^llít.i- «eus. »Mhèló*Ul i! ¦„. .- F| „,„,.„ nril-if» .'t-i-Hii», Tafvifü-lK-1'tHi» Jáinr 1-ln*'»* -., (¦: ,.., M;,.,„. ,,„ „,,;,.., „, h-iiiIí*^* ' ri..'iiíiii-1'itl.i lylnoiilaiU

... .. .:,'.,:'.,',,,.,,, ,. ,1^,1,.''. . .h«S -l-s1jll,.e .latili-Mv li-Milítll «k..,-.-¦¦'¦¦ t.-i;, A ,,,„., |.-u,.,,,:V,,; '•"- '¦"¦ iiilve*.|.,n'.|ii" Aii.lii-i.en. S\k-

¦ ., ,,,,,,.; A .."..Va' '. "té i-.Hiii-'.. i..isthni* ntíiffíde din-

h-.-ti., „ , ,, ' -Jii- vil!,.|iiiniiil'll1.) •¦- iwwíííi"* do,..,... . .,.,,,:, '"" i"~«i"."B .;„,;.„„„,.„ ..«....«.ii?.». ,.,1..,, .,.

'¦'. '" ': ¦"..1,'."!.1'(1 ,]Wf.'h r.n-Htc- ift'.!.JHlí.-ri.1iiBlt«'Mill',.....' '-'" ''" :"'!|!'1"-"' '¦': Vií.-vn! elflKJIinil.-h^tií* l-cri.ntts..,..-„.. ,,„..„, ..,„,,,. . ,%;,„...,„'-b,.,.í[„,, n.

,.. ""' "¦'" I'''-"'""- "*!"'0 .esíimiílhoalW-'". pnr Hvilíh Xlígel. -"'"'n'"- ','..'--;v: Ü 111-11.,.. uma' -ii riram* 1 lc«"Aa-

,'. ¦ . ""¦ ¦""¦ *'¦"""- »mii«'-.í»,f "á..-.n-;il 11.1' in' '(nin p.i^-1a. nu» s»

,. * "- "fl^ld- ;-íi(liiiciiln il,. .c 11 fiiuAos poellcH» •. j. ,

' ""'" "" "«rtt-i,.'-, V-em ,!„,. iietulhes bwIowk' qne par al'! _'

'"' l."i"l"-, ,*m liiiliin, em. nCts, einbcleitttm-essa fpoeu liingin.

I,n,"'" * ,'"""11''1'" ''" "Jeiiny - •¦ tcivtmi iiínliJllíiiriHii imntlirtelil*

'[''.''" Illl|¦" lin- 1.1-vf vii-iii.i. tln.* miíi-nm '

eiviti/ítn: .1 miritieiii»,

' "'" ''! " -ni- '¦ iiiíiíiÍ*! nifl.fti film il'i (-plsfitlle, cvl.indo èspeig-'. ,'[' Is-ltip.i l|tl,. t, flini- ,-||I.i*_,1<. 1,111-,. MCIlsIllIlIllüllH » VIVM

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B i-ic ' '' t--ie/ii ,11 .¦!,, ,\ .«ii-iii Miii-i-ijiii noi.*., não perde' 1's.tcum di-.sLinHdoe um os «rm dirí-iiim de «ne.

escrever para o rádioReportagem ée ARMANDO MIGUEIS

dro Bloch. é o verdadeiro contrastedo sr Abadie, ttiquãnt» eaté. en-terra o gloriosa teatro nacional, eleprocura erguei- o teatro radiofônico.Tem leito o diabo. Acabou com o*diamalhões tão, do agrado de uma -das nossas emissoras. AptMentou anpancadinhas, os ruides de cortina, e

eosttas más"...1 teatro « m.)3erno. Fran-

e nova. Sem condes *barões... Livre de capas * espada*enferrujadas... Ixnti de chora-detrás que causam, medo a certascrianças.

Proves 7"Uarilená vtreus destino"..;-Anhangã".... -Dm milhão de vío-linos",.-.

Quando o radio oensou em se-melhanies criações? — Quando oa"senhores" entendidos sonharamcom estas Inovações?

Pedro Bloch, só tem nos dado, no-«Idades. Nada encontranM» em suaspeças que cheire a mato. Tudo ali.é-seculo XX.-Século do "stuka". Dalancha torpedelra.

E agora, um plagio: Bloch. é utllainda escrevendo.

Me vai falar, Vai contar a voe*»."algo" «bre radio-tea no. Sobre anova-peea que escreveu para o Tea-tro Especificamente

'radiofônico.Muiu gente ficara com a eabeçadoendo, mos.o homem * d* fato.

— Por que se '

Interessou pelorádio.teatro? /Tendo lido «Obre a matéria eouvido multou programas "do gê-nero". convencl-me de algo verda-^eirameute. — curioso. Nem os livrostòbl-e Rãdlo-Teatro. tratavam deHadlo.Tta.lrA,

sunto é tratado -, stmpiorlamentea voe* fica sem «abei- em que eon-aíste .* tão falada -pínsonalldade*desta arte, No Rádio você verificaque—ou a peca è cem por centoteatral* ou -~ aparentemente radio-ronlca. pois o autor (Santa íngenui-dadel). para dar-lhe um cunho "dl.ferente". fe? quadros nequenos Jun-tou musica e. ruídos e mandou aee-lerar o ritmo da representação ico-mo. mandam os "tratadistas"). A"Ouerra dos Mundos", em* faniàs-Mca realização do radio norte-ame.ricano. não * iiiq trabilho radlolA-nlcp. O gênero ila obra. assim eomoa sua slncwnlsaeão não são radio-fAnicos..Triã muitp barulho, multaagitação e mmta gritaria. Ism * ra-dio-teatro? Quando? Por qué? Oquessse conseguiu foi um penico tre-mendev. resultados desásirosoa * amorte: d*, oito peasow, Será tsso umarealfeaçâo' rãdlo-teatralí. Não! O"Bàdio*Teatr<ft deveria ter "per-sontiltdade". ".'eepecialidade". mas is.ao não quer rfiier nem -barulho nemagitação Hà temaa, essencialmenteradlofdnlcoii tlpoe, rttllos; musicas,etc. ete.. Me.,.'',também r»*i«fA-nlcos, Oa recursos do tàdlo-teatreHão Inúmeros t quase Inexplorados,VOZ MUSICA r, ROIDOS fornecemelemento* - específicos'' nue nào ossimplórios # In. entio* dramaIhAes.ou barulhentas recons'itt;l;AM ouadaptações. O* principal recurso de

po imens e ampla que. pisdomlna noràdlo-teatio, Procurei «siudar o as-sqnto. sem me preocupai- com o* ao-mes árrevezados de pietenaas auto.rldades estrangeiras. Seria, entre,tanto, multo cômodo diner -faca ls-so" ou "faça aquilo", sem provarimda. fasendo comentários teóricos.Doutrinar, Não o faria isoladamen.te, sem provas. Por Isso é que alémdos comentários que escrevi, escrevitambém pecas radiofônicas para pio-var que não "dinls" apenas, mai"tanla" lambem, Hatlsel até o gaio.to: RADIATRO. Porque radlo-tea-Iro? Radiatro não é multo mais eu*fopleo? Não è mals simples? NãoIspla A teatro que não tem nada a¦ 1'er-eonT isso? Pois sefa RAPIATRO,Dfll "irADIAVMtiTZiMt," RAOtAO-TOR RADIATOR. nAOIATRÜt,RADIATRAf... Rreve voe* ver* («.da* auaa palaviu ne diclonart».

Entre oa mais entusiasmatioa peloRADIATRO tenho a honra de con-tar com o dr- Jullo Barata, que nãome tem poupado palavras de esti-mulo e compreendendo n meu tra-balho. permitiu a realização cie gra-vatões no- DIP para «s minhas pe-ças.

RADIATRO — «' UMA ARTKNOVA. RADIATRO K VMA ARTEA' ESÓERA DE QÜE&t A ELA SEDEDIQUE. RADIATRO E' A ART£DE APRESENTAR AO MICROFO-NE TRABALHOS ESPECIFICA-MENTE RADIOFÔNICOS- TRA-BALHO» DE CARATER1STIC-MP RO PRIAS. INCONFUNDÍVEIS.MUITO SUAS.

Aparecerlo — certamente as ert-ticas mais disparatadas de eomo.distas, de autores fracassados, d»-ouvintes" 'Slo. de adaptadoies aemKílaa pióprías, ete.... etc.,., etc...Isao. como dizia Toma/ da Silva eOliveira, na minha peça. "Não pôdechovei'", não tem a menor Impou-

O fracasso t uma oolsa multo trls.1* » eu tenho muita pena dw fra-cassados. Deiso-lhes a «atlsfacào depoderem criticar (Com que roupa?Com que idoneidade?) o radiatro.camuflado o> -ouvintes", de "fans",etc,,. Deiso-lhes a naiiala<-ão de la-«rem trabalhos d entio da escolaradlatral e afirmarem depois de in-tegrados no radiatro que aquilo lhespertence, que aquilo não é "especlfi-eamente" radiofônico, dando-lhesum nome diferente, com» se-a ques-tão de nome pudesse ter * menoiImportância. Dníxo-lhee a divertidatarefa de classificarem a- que escre-vo de modernista, futurista ou ma-luquisla..

—OaiTO.ih— a Btfim. sqUsfagão deexpandirem os seus iecUquetmelo Ae "charges" "ingênuas'' ..._,,flue não escapam à cultura de umpsicanalista. Ainda oti tro dia um"autor" eontava-ne o enr«do de umapeca que estava escrevendo. Tia-tava-se, Indiscutivelmente; da ade-pção do sistema que. preconizei.Ouvla-o atentamente, descobrindoaqui e ali. plágios escandalosos detrabalhos mens. Qual não tM omeu espanto quand» o homemtinhoabriu a boca para me dizer:Est* vendo « que è rãdio-tea-tro? Formidável, não e? r, isao semprecisar apelar para os recurso* quevoeé costuma usar.

Cal das nuvens!S* o medíocre, entretanto, tem

satisfação em nào reconhecer e tra-balho alheio, Indivíduos do valor •da cultura de Aníbal Costa. Henrl-que. Pongettl, Oomes Filhei etc, ete,.etc. sabem separar o Joio do trigo.Ainda ha dias recebi uma peça dai,autoria do tule Resend.: Junior, in-teíectual d* valor, intitulada "NE-NHUM VIOLINO" inome que ren-de homenaiem à minha peça

"DMMILHÃO DB VIOLINOS N, escritade acordo com a téenlca que costu-mo desenvolver. Quando -Nenhumviolino" »r Irradiada você verá queadmirável concepçãol

O que eu tenho a dizer, meu caronão cabe numa entrevista, mas numtratado. Afirmo ainda a- voci quesd reallüci cinco tor cento do que altfazer, O que tenho escrito ainda es.tà longe, multo longe, do RADIA-TRO que Idealinel,

Apenas a minha ultima peça "R'proibido rumar e sonnar" tem umradlotroplsmo positivo lão grande.que- é impossível Imaginar-sequer?transportá-la para o tísico ou paraa teia,

Qual • sue opínMo ««bre ritifle.Uelrof

A minha opinião t que. # umaarte nova. praticamente lnesplora-ria. Bntre os nossos rartlo-autoresdestaco Aníbal Costa-, f notável

Esla fertilidade, enienhosldadr t. sa-

or radiogAntcfl que Imprime ao que

feem meiiíií ínleiifo.; esfco longe de Ronsard. dt

Racine, dt Victor Hug-\ dt La-martine. de Musset. de EdmondRostand. de Jean Richepiu e dttantos outros...

Náo falo rio escultura: nã- hêmulher realmente grande escttl-tor.

No teatro, ymtrdrio.

grandes arama* mulheres sépmai.? numerosos do gue os ftc*mens. Sabemos nue Nero foi umgrande ator; mas Teodoro foimaior do QUe êle: Rosctits era,parece, um (tt»r ilustre, e o pot»pnpoii bem e<iro a sua celebri-dade.

De dois séculos para cá. •< no-me de artistas mulheres gue temIlustrado n cena francesa ultra-passa o mimtio de artistas ho-mens. Só temos para opâr s Du-cios, Adrienne Lewuvreur, Ciai-ron, Champmeslé. Georges. Mars,Rachel — Baron, Talma, M^uttet-Sitllp. E' real e incontestável

A Arte teatral me parece maisfeminina: contem nele íotí"s osartifícios que sâo da alçada damulher: o desejo de agradar, afacilidade de exteriortzar os sen-tímetiios e de dissimular "s de-feitos, e a assimilação que è oque dá ainda ã mulher. E oque da ainda á mulher nma pt'qiiena superioridade, é oue sew-1Í0 mulher, as suas qualidade* fi-sicas superam geralmenteas qualidades físicas do homem.A arle teatral, tio bela t tão com-pltta. que reflete todas as -atrasartes, nossa arle, diao, se tornavm pouco inferior porque exigea beleza do corpo e a beleza '"rosío.

Um patenteeis: não pertenço, nun-ea pertenci e provavelmente nuncapertencerei * P R. B.-S. A opiniãoé sincera e insuspeita.

Compensa escrever para rádio.teatro?

Compensa. Nào tenho queixasnesse sentido. Julgo ser o autormais bem pago. As minhas pecasradiofônicas rendem mais do ou*muita peca de teatro. Poderiam ren-der muito mais — ainda se eu áten-desse a todos os pedido* para per-mi tir a sua irradiação. Ms.s só aideixo irradiar quando o diretor doRãdlo-Teatro e o "controle" podemvir ao Rio ouvir aa minhas explica-fões. Foi «que aconteceu com "Ma-rílena" e "Anhaagà".

Como pretere escrever as suas

A' noite. Ei maquina, Quan-do vou escrevei' uma peça Jà sou ln-time de todos os seus personagens,conheço-lhes as mantas, ns careta-ris ticas. sei o que devem fazer, e t.nhepo-lhes s vida e as Unas. Entre.tanto o plano pie-estabelecido é al-leiado. quase sistema tlca meme ntmelo da peça. E' que fazendo-o vi.ver "de veidnde" criam como qu«uma independência de »\tt> qut lhe»permite agirem eomo bem B tten-

A peca imaginada * sempre multndiferente da peça escrita.

Os dislogos, as idéias que ocorremno decurso da composição, levam-ncs para um campo diferente, aemque. isso importe em abandonar atese pre-estabetecida. Ha uma ai te-ia vão de circunstancias, ne palavrasae fatos, mus nin da essíncla, Nu-ma peça radiofônica o nue se escreveneve ter uma associação mental demusica, ruido oa ambos. Isso, entre-tanto é um assunto vastíssimo parauma entrevista. Daria trntMdos.

.— Vsa estimulantes?Nãfcí P'ra quí?!""*" «oí ifi? "

"E" ptolbld • um trabalho curioso como vocevera. Além das duas vecsAes ile temum modo de ser muito seu, multopróprio. H* nma transição originaida ficção psra a realidade, de modeque o ouvinte nío percebe onde estatermina e aquela começa. Alem des.ss forma novs tenho a honra deter como colabora dores, n* partimusical da peça, oa nciavels com-pcsltores Eduardo Guerra e CarlosViana de Almeida. Aln^a o pianistaWerther Polltano. Eduardo Ouerraa-Carlos Viana de Almeida sio, respettvamtnte autores dot famoso'"Capricho Brasileiro" e -Da nusBrasileira".

A valsa "E' proibido fumsr". Iclt-motlv" da peça, composição de Car-los Viana de Almeida e qualquer col.sg de extraordinário, O próprio au-tor confessa ser esta s snt obra-prl-ms. Os que a ouviram no DIP. nanoite, de sua gravação, t.caism ver-dadeira men te empolgados pelo queela possui de belo, de triste, rie sonho

A apresentação rio espetáculo étambem algo de lncomum. Ate cer-tos ruído* nío praticamente "novos",Você ouvirá. Migueis!

Prettttie continuar a proiímir*Sistematicamente não. Plu efarei o que estiver ao meu alcancepela criação do RADIATRO BRA-Sl LEIRO. Ocupam-me o tempo ehospital, a clinica, o consultório,a-ambulatório infantil, c.ilxa de apa-sentarioiia e pensões, sociedades me-dicas. etc...

Não me sobra quase nada paia 011.tros afazeres, Sempre que tiver, en.tretanto. algo de novo para apresen-tir. fs-lo-el sempre que haja tempoe oportunidade.

.Tem algo dt novo npra mis?A maior novidade oue eu tinhs

para lhe contar nfto me * possíveldivulgar ainda. E' esperar umpouco. Mss voce não f tara sem anota rte sensação. Ns n«en "F' prol-birto fumar e sonhai"', Aluirá Zarurcriará um grande psp?l, Zarur. queate- o momento. sA fsKin o RobertoRicardo, tem progredido muito comorsdío-aulor, No. eiuato convenceu-me plenamente Voe* ficará real-¦ mente siii'pre'[iri'Hr) eom o trabalhotío homem dn-, "CtuWlaTei-". E pórbm* chega de eabotliiadu,. não *Miguel»»

DE MUSICAHENRY PURCELl E A MÚSICA INGLESA

N;1 -I HISTORIA Ha Musica a Inglaterra é eitedti quase que aei- :rteiifíiimente como st o poro inales fosse rtfratario e mais suou. ;

de todas es artes. Enquanto que a Alemanha, a Itália e a ;França ocupam paginas r mais pontuas, as Ilhas BrtUitara são men- ;ríonarfo» suptrlicialitiente, ficando na obs<:arida<le e maioiia úe seus ;

greudt musico inglês? \cell. Toaos nõs sabemos.rato de Purcttl. diríamos que o musico lon- ;

redondo do ou» oval. boca retiitlar, olhos \i maneira dt Milton e cabelos crespos e abiindanfes quemoplata. Entretanto, de Pureell pouco sabemos. Nasceu11 I65S, e ítiorríii ali em 1803. sepultado com Iodas as hon-

de Westmtiister. FOi portento, trontemporamu dt Bach.

mdes iiNâo I ¦ na Melai.

i« lazer e

tristes, noriaatingiam o •

ras na (tbíirfíCleveciniste emérito. Pureell começou

metrópole' hritanice, aos 19 anos, isto e. mrtorflofiijín rin famosa abadie. Comeramdias de Nathaniel Lee, Shakespeere. JeEm l«H era mesne de Capeta Real.

Abordando o gênero oprrlstieo, fscrtvtu muitas operas, entretrás. -O nõ eordio desatado"; "Inocência. Inieliz'; "Henrique 11";telho bacharel"; "Anfitrião"; "Spsom Weífs"; "ftei Arthur"; "1

t Enéos"; "Regulas" * "Cltomrnr". Das musicas religiosis cite rvós. *ão citadas nome importantes o ••Jnbilett' e a celebre "

grande ]irr notada 1depois lie ser nomeado

uuicar íi' tragédias e come-Dri/den e Tliomas shaduelí.

The 1Deiini

foi <Para uns. seu "chef-A'ottexto ds Drjiden, mas para Henttrik Wiliem Van Laon /ot "Dido egnéas" — "a única opera tto «ecuio XVII digna de v

Anterior e potttrior no anloi de "O Cavaleiro de Malta", a "Oreat

Britam" deu utn grande numero de compositores como DiinsfaSfe.1370-I4S3: Willtem Byrd. lS4S-l«2í; Oríaiido Gibbani. 15S3-1823; JohnBuli. 15B3-1W8; ríiowias Agustin Ame 1710-18; Vicente Wallace. lll*-es: William stsriidale Btnnett, llie-75; Eificncd Elgar. 1875.; ArtttorS.SnlIíran. 1H3-1M0 r muitos outros.

A musica d* Htnrji Pureell. - o Jíénlo Inglês desaparecido ft«34* anos. eoiiííjtiíH, enfrefflnfo. rhtgar at* nó» tsioorojn e eapressits.

tlnito sensatamente tle toi considerado o maior íe todos. -~—^__ OT,*"'" Pg sjvfrnà.

- RECITAL

Sob o« susplcios da cruzada NaeionsI de Educacio. realteou-sanos estúdios dtt P. R. A.-2, o enunciado recital de mtisies francesa •cargo do pianista Otian* Almeida.

Abrindo o programa. Álvaro Salsado o locutor Ilustre que vemmultando com brilho em nossos meios radiofônica dsndí uma feiçãopuramente cultural à grande, obra rte divulgação do Ministério dsEducação. fe« um estudo sintético do lecltslista e rte Frederico Ohotín,

o maravilhoso manoviano.E- de Álvaro Salsftdo s crAnlca que transcrevemos a seguir:"Direr quem t Orlane de Almeida, não * apresentai" um artista

nue se faz ouvir pela primeira vee- Nem tão pouco, falar dos quali-dades e rta promissora carreira defum Iniciante em Arte. K' sim, trazerao conhecimento dos senhores ouvintes que o pianista (tosta noite tlargamente conhecido no Norte, onde sens concertos 'mio disputado*pelos centro» musicais. T' sim, estabelecer contalo entre os senhoresouvintes e esse consagrado pianista.

Nasceu Orlane de Almeida em Belím do Pari. sendo consideradoporém. "Cidadão de Natal". Com apenas doüe snos completou o eursede piano do Instituto de Musica do Rio Orande do Norte.

Bm 1B3Í. Orlane inaugurou a grande sala de concertos e o planeorquestral da Ewoli Normal de Musica rta Bala.

Quando rt* seu concerto Iniciando a temporada de 1939. na So-eledads d* Cultura Artística de Portíleze. Vieira Monte sehoii oueOrlanr "é bom ums revelação genuína ds srte para a arte".

Salientou-se no curso de Interpretação de Maadalens Taellsfetroonde executou a Sonata em là maior ri* Moeait. qne mereceu splsu-

Pars Danilo, — critico'ris "A Republica" de Natal, brlan* * "umc.énlo no manejo do teclido". enquanto Veríssimo de Melo afirma serÍI* "um dlnemo gerando ss melodias msls ricas, mals belss e matspurss que s* pode Imaginar".

Outro grande órgão rta imprensa nortista, — "O Estado da Bala"assim o aprecicu: "Orlane em torts a execução demonstrou eittdaflo

em obter os msls belos efeitos Ae coloridos s mais perfeita lonorlrisde.=etn preocupar-se eom os efeitos de velocidade".

S. Daou ds "A Gazeta** Üe São Paulo, disse qu* Orlane *t umartista idm'1'avel, um sublime posta do som".

O "Jornal do Brasil" afirmou qu* "oiter Interpretando Debusi)- onVila lobos. Orlan* é sempre o niesmo artista, dizendo noeülss sublimei

lado".f D'Or — brilhante eronlsts do "Dlsrlo de (íotleias" eloaioit assim :

j #ss* virtuoso: "Plrme eomo *. a sua agilidade, sem esbsiTos-.de q«sl-(itier especl*. as esecuçAes «aem límpidas dos sen.' dedos. E* multo ;miro n seu frçseado, possuindo proprledail» d* forma * eandldís/ltltír-

Page 12: MELLO Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRAmemoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00191.pdf · 2012. 5. 7. · //n/r quero me ocupar do easo da reedição das obras dt Aliiizw tle Azeredo,

Difldo—ss -aumento— dopreço do papel, «ncHrpci-do de HHI% em H mêne»,

«DOM CASMURRO»Be vê na contingência deaumentar, provisória men-te, o seu preço para

15000pedindo, por isso, descul-pas aos seus leitores.

¦N." 191 - RIO DE JANEIRO, 15 DE MARÇO DE 1941

DOM CASMURROAS GH*AMPES REPORTAGENS EXCHUSHVAS

Uê o s«u apoio a_^aiUM-tASaMlítiHtf—auiiliando a CHmpiinhn

dais1U.IIII0 AHSIUNAMKsConvida i)ue um amn,-0

assine hoje mesmn

1-IIKI.OSPor 1 ano .... RoguooPor ft metes 2,!ifiHii|

Devido ao aumento n#HHKffc nn prcçn dn pa|ifl,Tomos obrigados a a„.nenlar provisurianionie m

preço*.

Novos rumos aos estudos indígenasNA AMAZÔNIA DOS PARINTINTIN, DOS MAUE' E DOS MURA - VIAJENS AOS CENTROS DO MADEIRA, ÁS CABE-CEIRAS DO ANDIRA' E AOS LAGOS DO PURÚS - O DEUS DOS PARINTINTIN - O REMO MÁGICO DOS MAUE' -A COCA DOS MURA - NECESSIDADE DE DIVULGARMOS AS OBRAS DE CURT NIMUENDAiÚ E CONTINUARMOS A

AÇÃO DO GENERAL RONDON - O SENTIDO SOCIAL DAS VIAJENS E DOS ESTUDOS DE NUNES PEREIRA

Três tipu* de línry da» Indios Man*

UShavi

I presença de Nunes PrrJornalista. |inrta. rlmil<i[:i> —

BM meias Inlrlrluai, * artísticos duBlo mas lutav»mi»' cm localiza-tnE M amigos, que di-su inrunmia-bim, também, tle eslava., realmen-

-t*, n» Cidade Maravilhosa pulsdera umn entrevista a •Varaw

Wr". a respriln ri»- prelensns an-tropáfagns que sillarnm uma cn-

mlssào de limlle* uu Rio BrancaAmazonense. Mas. onde eslava esseIrmão caboclii dn Raul Bcpp "«mu

feite. icmpre ifrem-rhri:arto de umalenga ciage-n e, eomn é=tr. sempreaa Iminência de empreender outr1

risgem mal* longa? E ei- que. uniadessa* tarde--, u encontramos naredação de DOM CASMUKFU. att

çán pnr Em<-. tlitim, pnde-

OS 1-AKIVIIMAtfi I. (IS MURAl'K tempn permanecei

pnde -er assinalaria « área que iier-rnrri durante o espaço ir quiilrcann- dr viaje ns srlrientariissinias epitorescas, rm caiuia. a cavai», api. He avlíu, em "gaiola". Snu,iiimn sabr, fuitrlonártn do Mifiisti-ri» da Asrlcnllura, Incumbido direalizar na Amazônia im esMidotnecessários * niganizaçãn dr servi-ro.-, e as pesquisa» Imprrsc indi veuan fundamento de leio nue lieneflriem e defendam dua* das suasmalnres fontM de energia —

MM* atual da Nação pela Am»-

— Ut rertn. e. mals ainda: que(*«« Interesse nãn paira apenas uri-na d» floresta* nem se ilisper-apela* águas dai|Uelr mundo e-iiiam*' rtil tsse Inlerrssr abraii-zc as reall•Atue» da Amazônia — as sim- ri-queia* t a sna (ente. A Amar.nnla

Ü não è *n paisagem; é aa» cmmarcha para o destino dr civiliza-çàn que o maior rin du munrin lheassegura. E lc-n linli.i de acontecerpoli nâo há na história rins grandes«le» do universo um sn qur dei-lasse de dar unia civilização. Vai

iniciar se, pnr lauta ali. » civiliza--lhe —»»¦

ir.rrer ai refine- nnde essas rlque-tas estão sendo exploradas nn des*barataria* oti. desprezada-, E auinvés de deslumbrar-me aumenternm o» seus ml-lélius e as suas leu-das. ali;inHnneÍ-me an estudo dasnuas realidade*. t'ma delas, a prin-ripai, rie rertn. é o hnmem: n índio,n rahnrlo. o estrangeiro ,. Olulgada ¦ valer-me do indio e dn rahn-elo. rn mu tinas e remadores; »hri-gado a inteirar me das atividadesiln eiirnpeii. dn a-lállro nu do ante*liraiin, voltando As enslas para ipaisagem, entregava-me, sempreque nnlrns afazeres ti permitiam, áinvestigava» do elemento humano— realidade que deslumbra, quraiifiiislla r que Inquieta...

IIcariaria qur me falas*!- - res-peito dr tnriics. Disse que leve ron-talo com êlr».

Estive rom ns 1'arlntlntln nnMadeira, rom ns Maué no Andlrl ectim ds Mura no 1'urús. Fiz duasvlajrns au Madeira, sendn uma alean Maicy, antÍEn rrdiiln dns Ka-

1'arlnlintln e «ulra alé iii.i hn- ter

r In

mns de<-ruidar d* energia.

Ílnrar e enndurlr, nnr dmui

i rejlãn em lerma d,, xomresta, de agua e de hom^r

'*m '.ht "*"* 'IE» ' ' .' 1m * **• fBr "*v% ¦

nXtWÈk-, I' ¦-' tH»AÍ' *

lutlio jjiliilui dc nuaiaiiA

CLOVIS DF. (1VSMA0(]'ara DOM CASMURRO)

ricanislHs Ouvi n- vrlhiisem plena selva dn Anilirã,

srrliifal "nua

Fi-rrrli-ii dr taslm trabalbnn humll.drmrnlr * mídr situou a afãn. pro-fiindamrntr humana. d"-,\ Selva".Ku Já canlieria, poiím, n Madeirarii-dr 1931, isin é. nu ann da Pari-fii"a<,'iin. i|iie devemos au Inlrressede Camlldu Rondnn, in> cniihrrl-mentos etno^rállios e (tnnliigiroh de

fnrt Nlmuen.lu. á bondade r. an ins-llnla indnslrlal de Simr.a Lobo. df"Três Casas" t a um grupo de hra•ilelrns rudes e ig ado- Dr*itraquela ípoca ti mr Interessavam u«Parinlinllii. |i"ts eu vnmrcára * ItrMathew. Glhbnn r Iram Keller.qur se referiam ás correias e ala-

ques desses sclvlcnlas. rom horror eIndiciiacAu. sem. ver' nl.-ao a reaçlonatural, ilgiirixameiilr lostra. íbsn-lutamrntr humana, de um povorumliatldo. ha séculos, por inimigosromo os Miindurnliú e os Mura*Pinihã. • há (iltenla e Unios anosconfinado enire o Tapai»?.. << Ma(leira. ii Marmeios e o Machadc.pnr (iseudns-Hvingados, grritigueint»fa/rndririis, regai nes e unmercian-tes da regino A caca an Indio. as¦•e\|H!riiçnB>" sanguinárias, paia arhai-iira desse» hrasllclrns. eram »t*tanl/adaii alé pir estrangelins peruaiins. hnlivi.iura, ' colombianos .-venexurlaiins tl figura-, cnmn a defaeiano Centauro (o Crlanro). ma-t.iiihrnsr dc história somhrla, ceie-lirlzaram-sr rm façanhas. A- veies(lesa ssom brada a e ás vezes envar-des. cnnlra nu Farlnlliilln. A l'acl-Ítiai-So dns Parlntlntin, — sem re-iursos materiais ã altura da empresa. — promovida pelo Servlçn dePrnirçltn ans Indios. nn Amazonasfoi nma das grandes vtli-rlas fiaInspii iic-ín. r d.i patriotismo de Rondnn e da' seus atitiliare*. denir> asqualc satirniarel sempre a nnlavelfigura de Curl Mmuainla.lü. HiMi-Ingn * eliingrafu. a IIIflls rxtraordl*nárins cniiherimenlos ria pslculngla.ria hlslórla, da sni-lolcgia e da Hn-¦uagem do Índio brasileiro, de verno-o sucesso dn prlmein enlcndlmenlorom os Parinlinlin. V. quando, des-graradamriile. falharam m rccurmisdados pel« (íovei-no riu Pais a Ron-dnn, e a Farillraçftu eslava na enil-nrtirla dr fracassar, foi o ama to-nrnsr Manoel de Snnin Lobu pro-prielírtn dns seringais * das casta-nhals dc "Tré- Casas". Mecenas dupnela Anlhal Teútilo, quem lhe (ntrm auxilio, por ^ompreensãn riuproblema dn índio no Amazonas rda nhia que Rnndau chamara a sirnuriuzlr t -omnliriar. Ora. leudn.depois da «*ael fira ção, n trabalhode Curl Nlimenda]u. acerca rins Pa-rlnllntin. dadn á estampa ni> ".lour-

trai de la Snrieté des Amérfranla-tes", rir pari*, parreru-mr que ain-ria havia algo a realizar-se no r*lu-de da cultura material e espiritualdé-se pavo, E animei-me a ir Hsi-tk-ln, o que me fnl possível gradaiA gnierosa hospitalidade rie SouzaLnbn. senhor rie "Trêi Casas" limlongn convivio com o Kauaiilwa*Pariuliullti me permitiu recolhei o*rlrmrntiis necessários á continua-efio de uma nbra Inciada por l uriNtmiirtiilajú Recolhido, mu Isso.através da narrativa de alguns Pa-rlntiiilln. a revelação da presençaile um Deus, na mística, na poesia,na economia c na nrganira^ãn sn-ciai da tribu paclricada. Elsc lleusse dcnnminava RAII1RA e as «uas"experiências" e as historias emqne aparece, num livro poi mim re*eeitlemeiile publieadc to encuntramparalrlns na ação material t espi-ritual de um Pnronominncr. de uniMar ii nu ima. heróis de nutra* trlbusde vale antagônico;

F, qua nln aus Mauê?Quanto aos Maué fui levado a

wliiilá-los poi' smrlflriL.imiiiis mio haviam ,"le cniislderarins pelo-êncla que andaram peln Vale. Mar-lills. Bates, Cniidreail. Barbosa Rn-d ri gu rs nos deram minguadas infor-marres a respeit» riésse pnvo «uemei-creii de Ataldr Telve a proibi-fíiii formal de comerciai com n*portugueses • que, naturalmente,por vingança, praihln is mulnrrr»da irlbu que falassem o português,numa reaçlo moral e lulrlertualcontra o conqulslador Insnlcnte, 8nm aaliio brasileiro. Barbosi Ko-rirlgurs. encarando ésse pnvo. eh*-versa de llm "dabarliri" das Uaua-exempl limito ã l'e»la da Torandlr». que éle denomina VEAPKR1AFssa fes lu de Inlrlaçáo. muito di-Tfisa dr um "dahaiuri" dos lanapé dn Rio Negrn, não lem o rai-ntwsexnlõglro que éle presumiu. O querecolhi quanlo á essa festa me an-Inrlí.a. cam n devido respeito É me-mncla de Bartinsa Rndriguei. a re*fular aquelas rnnclnsdes.

creriilaiporque os Manemedicinal dn >adornos, cantos, músicas r conti ila-especiais pae essa lesta, tini Mrs-Ire-rir-cerimonia é it liili-lartur ('Inirlartn. cnm a mna direita mellddnuma luva de palha io çaryi rero-brrla de plumas e plu mu Ms de aretInlrmicas. ou simplesmente d< lialha, cheia dc dezenas dfcu.ta trrrnaria é ilnloro-i-t-inin écnuriuzlrin ¦ amparado na dansa

Íielo Mcstre-dc-rrrlmnnla quc. nia

lie dá uma cuia ti-ansbardanl» deçaini iguaiaiial, ura Ihr da umacuia dc lambi ÜirMria lipiia feitadc mandioca i. ora lhe vai rilxcndo.para o cnmra.iac: Sofre!venerrás ua guerra. Snlre! porquerinmlnaifts at distancias. Sofre'pnrqur o leu guaranazal vai daruma linda satea. Sofre! linrqui sr-rá» querido das mulheres. ..

Ora. a sofrimento dn Iniciado sAê alcliiiailn graças ás viitudrs dutarubft. bebida qor allngc ás me*

•nm allu giáu de I er men laça n e po-dr dar mna embriagues qur nur*

, f,(IMBarbnsa

lo do mlciadii. uma inriia. presente» cerimonia que dele w aplcila oucom éle simpalisa. lhe ofercer ¦dádiva riu próprio corpo.,. liso níoé verdade, iá porque o pacleiile,muitas vrzes, c uma criança, já por-quc, aafiih a ação emlirlagadora rintanibá e a- dores das fencadas da.locaudtras. a sua rurrgia física r oseu cstoicisnw nem sem prr se eonsrrvam ilitegrns. A mõn direita m-cha até o notou-la; i,s gaiiRlin. dasaxilas e rias virilhas se enfartafebre o ilrrreia r o ácido fnrmli

coraçãn. Itrlsei-mcqualrn lorandiras a qoase morri..

i: que sicnifknir.ii tem parans Mane e-sa lesta?

lima signiflcaçii.i estraor-llná-ria. Tildo o que ti faiá fíllt, forte

' A' /O el nó logo Nunes rerelra

suportará. O Maue": um Inriividni sej»

e feliz quando ésseindivíduo se deixou morder por al-giima* dezena- de torandlras.

O RKMO MACIÇO DOS MAUK'

EO

RFMO Mlran lin dos !— Viajando

Mágico uu Po

.'lajandn o Rio Andlrt.rio riqni-simo em madeira* dc lei• em minefins. procurei ver. na"TERRA PRETA " u célebre Porantin ou Remo Mágico dos Maue, Eescrevi a respeito uma curiosa mo-nogrnfia. capaz dr. na opinião del,uIí ria Câmara Cascudo, lusliflcar¦ reunião rir um cnnjrpssn rir ame-ra-anlslas paia examinar essa revrfação O Hemn Mágico está Uga-do á nrganlzaçA» anriai, á viria ve-Melosa, a estrutura erniiõmlra e >Iradlçâu dos Mauépeça etnográfica, que eles guai"cuidadosamente, cnm desenhos —losangos, esralanados, gregas e pnn-.

PODERIA

descrever essa Ins — esrarvarin» em madeira du-festa? rfsslma, pesada, negra, qur nío «— Circunstanciadamente? d» rrgiiín. O valor, enlcrtanio.

déssr Remn nnu está na maravilhacararlerislira du gênio da burrada,que é o decoratlvlsino. e *ltn naalmhollrw rins losangos, dua estalo-nados, das gregas, ín- pontos oudos discos, rei'iiherln> pm uma finaeamada rie argila branca e de ar-fila vermelha fts se* desenhos nAosio simples pêndulos > da fantasiados Maué. Iiuai- àqueles i|iie lera-ram K-m<1i tlrunberg > afirmar emcmiirmllifiit » Sliadclli,

"quc u,1n . — pagam a pena" dc uma notável ex-

aiplese. quc é uma dansa rie Inicia- pHiin.üii. Nélrs esti toda a mlllca

çào para o •¦Irmciili, mascniliin tia Ilida a hisiArla. Ifida a nrgnniiaçnnIniciação qtir começa desde iodai desses Imllus

A FESTA DD TOCANUTRA

i O D BRI A descrever essafesta?— Circunstanciadamente?

NDn,., pnrque sáo multiulns e va-Hadns os seus movimentos, Inten-•as r estranhas as suas cores, rom-plenos e difíceis dc expressão osritmos r os versns qur lhe dão «I-gnifii-açin maravilha ri ora. denlrnrie llrismn primitivo disse povo.E-»a Festa da Tnrandlra mio é umaPesta apenas de embriagues r rievnsslrián; é uma fesia de empolgan-ie beleza, dr d esl um hra d ora harmo- .nia. rum um crrlmcnlal de um altosimbolismo. tlir-lhe ri, cimludn. em

allngcmnis, Um mesmo indivldun calasii.lrltip a várhs nutras cerimonias,Ideiillciu ás da primeira liilclaçiíomas mulc ner submetido, exporta-neameulc. todus o* anos, áqurlax

mias ria lulclaçaii desd» d

¦ grave. I!,

dns séculos, trouxcranplaiila Inestimável riiro, fnnlf de euforia e nL" ¦*¦sorvida na forma primitivaÇfiDrt rlvat do cM des guará tilaua simplicidade eles vílii desprinnvus discussões rir rnila ás Ins,,..etie> riipe.lie., ria» missas gtuias edas nossas i-ailioelra». Na sua In-

trindade Idiolüilct él»

meies as irartições r as historia* I^^H^S ¦' \quc o Remn Háglcii lhes i-nnla tu ;.,-0>, T^HM, *1íjl>'fc

'» mr- e nos liãbllns da geraçan que jÊÊÊmÀ^ ^^^H 'tfm, ^*Êvelhos rbegall- WnxWÊ -t^^Êt^Êtm ^V

Não. ainda um mi- TMtf^á^m^Ê ^H r?7.'&-

ludu npnslo lio dr #Jk9kWt ^HPH|H <HTda ri mi Io th americana; Iriitiillin MQ^HIr MÊÊ ¦¦¦°'''-'X:: *

'jam"*^ J

por uma r nnr den a nln dnn estudos ^^ ^|F -mi^mm/Pwíl r ¦

indígenas m. Brasil, llm ^ .^"" ^^| í# tf\^^

uni la lera ridade de alguns pesnui-a- • -m_J': f x\9*\ 1 '

\7$" "k ! '- I •O FAMOSO "IPAIIl" IIOS Ml "HA ^ J

EqtK

me dí' dos Mllm? í '- V; um povo que sofre. » ,' '( * mhá -értllos. n prsn da 'n í ¦ '

compreen sã ii de homens cem n res- 1 ^lidade dc Bales Tendo I ;, .. ,»..„ % ^^^

»a ala. aaaaaaa aaara, a,a,. .-faia*. -íaTléí JT»"*» »?*»_^

" . T«M

Curl Mimiriiilaju. sr e-tendia (ln , T~V - -KW^ms

Iromhrlat, ;i:i Peru us Mura silo '- ¦ " . ,V*

HcusadiiK ric nomadlsmo, de cirl- y t idade. de rapinagem, dc bCicilirr, f. '¦¦,'.¦ : ' *"

dr Incicla. dn «sn da ema , ^ ; i. i-

pnrI»! coca.' • £• *. ¦ '

! •,

Sim. cnmo outra.- Iribus dn ¦ «f . <-t\ '*.-'¦

Vale, rio Tlquie. pur exempl» ns _ M: ,i quc Mut8 !,„.,„ planlaçAes reguiar-s •**•***. «*"' X> i;rimen- Ar L,r[tro.>,ll(ili C(K3. iimsiiinludii a« »

| - , ¦¦ , yM'-\í'\ ' t

luliia-, queimadas, Iritnrarias i- as X] >;i|('. Jtsaciadas a cinza da cmlmillia r a $>lj #:; , '/

llm. depois dc mnlliado. rieusldarte \ -f ..;;.'} ¦:-.. ,

rir uma pa-l,i de mascar Com isso ;.-'.*-

-'- ¦ # ,o Mura engana a fome e » can*»-

* M

" . ¦ . ->"m-\i Mf

ço. a injusliça (lus liomriií c seu 7 gi .., M ? s? m tde-linu riraim Ha civilizadns qiir. ô ¦ «'> >"', í« Wem igual sltiiaçãn, sc rt-Fiisiam m ^x.¦'.

":%<\m „fflá. fa.

"W"* ''*' ¦

num Vic ualqurr. nu m.tliini. .iu J| tt|: U 4* íl *

rou liam, Forras absurdas o leva- ,ík\W Ww ¦£' -ii -ÍL*ram. cnmn a estes, a tais .rime ^M WmÊgtkWKk "": ¦JM»^' Tr* ——' <^V

tribu rios Mura fnl. farçosamciile. " ^^ T^^^BkW^'^ ils^â^h ^aL

m; * noutra» eras. uma grande nação ^tjj* ÊàWÊ^km " 'W~ ¦' ..WÊtWâ^mÊ ... ,'nl:;" dr prseadur.',. com» nutri,- P«*»s Wgk* PÍ9 ..& ^'«' **Mfc-'-'(

'¦ w llie dn Vale tnm» os tiro. estudados *""«s até « p,,r Mclrau*. os Mura teem a esis- O "1'oranlln" nn líi-in» Slágicn di-s .ManeAft n»r lt„ca (icprndrtile Ir uma rmbar- 1|l()|ll llrri,(sam irahalhar psra qur rim. Dei. também, ans mm- "(„

cacau de peM-a; aqueles possuem 1 p„aN ,,htll va„,„ a„ir,, ,«.ja.,. dns. cnlrini. Ias t viajem um -">¦balsa dc tor lor a e esle» a mnnlarla divn|Kna|n^ ,,,„ nosso pais. rom. su- lm sn.lliH: n social e - '¦¦-nis.l-

hcrla numa casca de avnrr Ora r(( ,(S , S(. }„ n„s.lluf rn yt,,A!l ,-tasens "turtr, tt- -m-iqiii.U d» \alc, ns

Jf „„Utrílíl' riições malerial- e lnMr.-„a.i 1.oneram de Hans- E a ohril ór K,m,u.„ „,,,,,„ ,r, |„rt1„, registando fal- - n- ¦•

dure. cm Pon|lnu,rta. tle Iol, -cm duviiH velam a -na -nneleivh •• u 41-

nrslr seculn. o maior cxplordilnr rrlln- a «1.1 pnslçan <.» mi -ii

das nasnas brcntias, o mal. lúcidr dn nu rm contato cnm -¦> n-' >•"••Incrnlivador rins estuilns IndUruas rlrili/adns. e o seu nlnr •ir.i-nniiruna América. O mals eneiíirü 1 Pude vrrllirar. dSf»- m»l" IVmais destemido e o mai- sn.^íln ns farlnllnllii. quc -f>i" n-i- o-"*condutor de hnmeiis dc ciência d» agrlciillnrr*. Irnd/. ¦> mil.ie D"ide hnmcns de ação como Rnqnrte bas* alimriiiar. sp hali.im mrr.c >i

Pinta. Aliplo Miranda Ribeiro. Fu mlnorhs humant* d« \'li ínlehlo de Queiroz, llocline Kulii.ann. Amaznrras pel.t rxpliir.ir.V li,inqui-Duche. Barhosa de Faria PjTinru» Ia ria- terras qur llics perl"nrl)mHorta Barbnsa A mlla ar Barbosa sctidn as suas cn|-rerlas » 'iifitii

inércia. Emanuel Silves Irr Aniarantr rtelerniinailss mai' n'i* 'mi'"' "<• ¦*'"¦ llnuvr nm momrntu. - ná« ...I'- du «efiiieali-nm .iK-f-rni- ¦>.»*¦•>atçd.m-. É vrnsl prf,.|.ar a Jata — rm unt- pnr um Hisiinln de animai i-",,inf

a Nacan. eiqueceiiri-i sc dns mrilms tn c famlntnque Rundon conquislára » da sl- F.m relata» ans M,iné n-iifwi'

gnlftcacfia social, rconunuca puli qur é--e povo. pruilulnr «r-iiU- mtira * culliiral qur linha a sua nbra guaraná, é rspnliniln c 1 irru-inl»

rm (avor dn Indio. vibrou cnnlr» prliis cnmerclanies isnhi-eliirt- '¦:¦'

íle um golpe .nexplfcavcl. rirsorga- tnrsi rins Mnnlclpim rtr Kinfiii-nicandn lhe e atirando an ahaiinou.i nha e de Maués. ei»|p cuin inrai-o Serviço rie Proleçãu an- tndl-js zados ns seus guannájnu 1 --i

Jà agora, cnnlud» setilr-sr que pnvn. dia a -lia. acnmp.-inM '""essa nip-ma Naçán, sanando erros. ' tado. a depicclaç.in ias mi, nun-«al repor a criaçüo de Rondon im laçnrt e da üi» léinhi ii" nr'11»"luiar que llie compele, .\ essa nis* rin guar-iná, nnr IndivM inmnt-tlluttáo. — qne se revignrara. de pitlusos e rupidn-, une e-M" ironmcerta, com a "experiência r o cunhe- giudn ar.» rnnsumlrturci mn nur*

1 ,,'*', cimento de uulms pnvns, — deve se nã, Infcrlnr an dennmini-Hn lu-extra- ^Ar rf,ursn- • léciilcos, nerrssárlu» it". cnnio superior .111 ¦!-¦ - TE"-

4 snluçòo dos prcablcmas que s* RAS". isin é, ãqurlr iiirnirirh Br-prendem an amparo, á valorl/tça». In imllo F issn seria tu II Sr r(

ao) dirrllos d:i luriln. cnmn cidadão mnvrr-sr sr o tnill" Mane H-'"'i-niisu- brasllrlro s cnmo elemento humaim u- mene, mn rem-r-i-iti un- -ei"pesca d(w mJ|s rti(„oa , rins mais Inl* os membro. H-. fnn-nn- „ Cn>

"VillIf^LJ—iTrBsatartP>_ .—.._ímjA. rm Mim An» „u na 11HH' mmatéria de pesca poR ,M CONfiRrSSO DF. Maués.

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ESTt'IIOS INDIOS E, quanto ans Mura. puír <¦>•»•rlfar-me dr que, rnmn > i-nnii'1

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acha que. 1endo.se es- tles pescadores rio lllnr.il i-i nlHi».Iodado mals n Segrr 110 min pa-sam dc esrravns piiiI-tjiImBrasil. Já ê lemp» de pro- rm sua* prsi-arlas pn' t,,n,4*<**<.

Or-ia conversa, esia srni- ninverm» congressos, comu -¦ de ca-'a u hei ins a seringa II-i,tnr. f.»enrin ceferEUiia. Pátttuam. nn Meilcn, dt interrs- le. fHils. a iicies.ln.iilr <"-

sarmns ra .1 tista- c lulilcct-.ials — e-tadamli o tndl» finn-. < n'*brasileiros pela personalidade do Nimucudalii. ¦ riandr.llir imlltiil*índio, pelas suas Initllulióes. pelo cAe. e di-eilos. rnmn ••' nue llir H'«seu Irahalhn agricolir. pela sua ne- H11 ml 1111. — culdarnms ri, n-'£""qurna industria riomé-tli-a. ¦- pelas rar lhe as terras que Ir-n^itiim 1"maiilfr:.laçArs da sua liitcllgcncia amparar, lérnliamcii'!- c 1 "U"'""">"da sua trariiçíui? mente, ns pemlulu* ii;i> -im- l"""'

— Essa í, tamWiii. a minha cpl- ras. rta, suas inrinslrla- 1 '"- *""'nlüo. Tantn assim que, preirupadn pescarias, dc dlvuleai a M"i"f"""em v(r us esludus Indígenas r:n-a- (ões rins sc.is sentlnieiilns e ''* '"'

minliadn» a novos runiii-, Inulel arle. de inlrn-ar lodn, „* nn*nma série rie emiti-ré nelas, no Nur- leir.is pelas "»« ciiraiirn-in." <"deste í-ita Amazunla, - enirrl a pu- arerrrr ãs solicitações il" «rn e«pi-Mirar livros, balcudu.ine prla ne- rit 11 pnr uma esenla »u i"" 'im'cessldade de nue *saes estudos te nllclua. t; lisn, na AniíT"ni» I|Bfaçam "ln-lnco", rom o material portará na valoriraçUn dn mali" '•humano que a Amazônia f- nutras, tur do seu riesilns e ria sus tnnrttregiões dn Pais ainda nns ofere- ta — o Hnmem

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tempo da conqui-lipnrtuguwies

dr agricullnrrs. dc arliluesdares. O resultado foi a re-

açáii. foi a fuga au chicote c a en-xaria. fnl a vindlla. Os portuguesesnãu •«liberam compreender a iisico-logia dn pobre pescador Mura. nau

quiseram compreender que a »rga-niinún sarlal da grande nação oobrigava á aventura permanenteda pesca, dc lago cm lago. -eguuito-

?mas ou o peixe ariscn._p _., ..i longos dias rie

quando as águas cresciam e o ;iei»rrareava Persegui rins, esc --luiprilidus dc pescar Iranle, as Mura rtaglram .. IIr (ama de preguiço.sns e de ladrões,Como alé lá ainda uãn i-hegiran

rxlgcucias ria Saude Punllca." n-se us Mura

"

Ipadii. «ume pnr quc é cnnlie.iiia acimm 11 n. lagos rio rue ás c dn Soll-nuies e riu Rio Negro, iinui os úlltmus representantes dessa irlbuea errem teimosa menlepruflssão quc elegeram há sc-uli»A pesca e a salga rio plr-rucu. nu.*lages rio 1'urús C do Sallmnrs. lerm¦i»s luin a garantia drmals importan trs Industriai,tivas da Amazônia. E' a espenencia. t a habilidade, i a resisenclfísica e moral dc-sa gente que garante ao r»mcrrl;midor a cniiliniiaçfiu dessa pese

RONIION t. NIM1.TNDAJC

, BMEItVO que. tio decorrer1 de-la conversa, está sem-prr faaendn rctercucia- a

Curt Nlmuendajü e ao fietieralRondon,

— E- que admiro a ambos. llm.pela capacidade de Investigar ledasas áreas de cultura dn Indin bvail-leiro. e outrn pelo esforço, pelaenergia, pelo patriotismo rie cw.rde-nar e cnnrintir o movimento, maissimples nu mala cnrnplevn, na rii-rcçán riu Indio

Em trinta > sei» ann» de prima-nénrla lio Brasil Curl Niinueiidajn.— quer Irahalhe para o Servlçu deProlrçãa ans tndliis (rit IWIf *IHI3I; quer trabalhe parados Mil-seus rie Ilaniburfp-deDresrten del.elpaif, rte Gbtenhurgn,' quer tra-halbe para a l.inlverslriade ria ra-Ilf nr nia nn para o Instlluln Carne-gir. — esturinu 10Z Iribus. havendopubllc ad 11 W obras a ren a riea-âstrlbus e lenrtn 47 manuserllos 'óde material llngutstlco. o que dftaa canlnntn dessa* obras ¦> eullo ea mat *sia rte rte um monuiMent'jamais realizado por nutro eslintln-so de igual pcnleçflo cientifica dssciillnras Indígenas da América dnKul As obras de Cml Nimuenria.il.enlrelanln, Inexplicavelmente, ain-da nun foram divulgadas em n»MrPai*, e * pequeno o númern de ea-liidliisns que as conhecem nnh. nam* totalidade, foram publl nu da*em língua alemã, Robert II, La-«le. o eminente sorlálogn amedea-no, eslá divulgando nos EsladnaUnidos alguma* desaa* obras, ha-vendi) mibliradn. em IM!). a ohra dfCurl Niqiuenriajii «tiihí APINA-U(S". Essa olra. que Jft foi poslaem língua piirliignrsa, graças * «o-llelliirir dr Cartns Estevlu. du Mu-seu (loelril. ainda nAu pude ser dada 1 estampa, creln que á falta derr rui sna cnm que «e dehalr aqueleestabelecimento. Os estudlnsni I* Vn intcriu dc cria» ca Maué, pelo rio