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i UM DESENHO DA FUNÇÃO DE GESTÃO DE RISCO PARA UMA SGFIM: Vânia Quelhas da Silva Costa Santos Caso de estudo aplicado a um Fundo de Investimento Mobiliário Trabalho de Projeto apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Estatística e Gestão de Informação

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UM DESENHO DA FUNÇÃO DE GESTÃO DE RISCO

PARA UMA SGFIM:

Vânia Quelhas da Silva Costa Santos

Caso de estudo aplicado a um Fundo de Investimento

Mobiliário

Trabalho de Projeto apresentado como requisito parcial para

obtenção do grau de Mestre em Estatística e Gestão de

Informação

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Título: Um desenho da Função de Gestão de Risco para uma SGFIM:

Subtítulo: Caso de estudo aplicado a um Fundo de Investimento Mobiliário Vânia Quelhas da Silva Costa Santos MEGI

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MGI

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NOVA Information Management School

Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação

Universidade Nova de Lisboa

UM DESENHO DA FUNÇÃO DE GESTÃO DE RISCO PARA UMA SGFIM:

Caso de estudo aplicado a um Fundo de Investimento Mobiliário

por

Vânia Quelhas da Silva Costa Santos

Trabalho de Projeto apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em

Estatística e Gestão de Informação, Especialização em Análise e Gestão de Risco

Orientador: Doutor Luís Vasco Lourenço Pinheiro

Maio 2016

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AGRADECIMENTOS

À amiga Ana Nunes que, me incentivou a fazer o mestrado e apoio que me dedicou durante todo o

meu percurso na Nova IMS.

À Dra. Paula Geada pela orientação prestada e por ter acreditado neste projeto desde o primeiro

momento.

Ao meu orientador Doutor Luís Vasco Lourenço Pinheiro por todo tempo dedicado, empenho e

perseverança demonstrada.

Aos meus pais e ao meu namorado pela compreensão e apoio permanente.

À Sociedade Gestora a quem dedico este Trabalho de Projeto, por me ter dado a oportunidade de

desempenhar funções na área sobre a qual me formei na Nova IMS e, a um conjunto de pessoas que

contribuíram com a sua experiência para a concretização do presente trabalho, nomeadamente:

Maria Canha, Filipa Magalhães, Irina Almeida, Joel Carvalheira, Alexandre Carrapatoso, Tiago Pedro,

Teresa Caldeira, Tiago Santos, Inês Garcia, Ana Guimarães e Marta Ferreira.

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RESUMO

Em resposta às crises financeiras, as entidades de supervisão europeias têm vindo a aumentar o nível

de medidas regulatórias em matéria de gestão de risco, que implicam custos de transformação e de

adaptação das Instituições, em prol do estabelecimento de um maior nível de proteção dos

investidores e da confiança no sistema financeiro.

Assumindo a indústria de gestão de ativos em Portugal uma dimensão cada vez mais considerável, é

crucial que as Sociedades Gestoras portuguesas assegurem uma Função de Gestão de Risco eficaz.

Em Portugal, esta tarefa tornou-se num desafio constante quer por força das inúmeras medidas

regulamentares que as Sociedades Gestoras têm de cumprir (muitas vezes não acompanhadas por

uma devida clarificação do regulador das metodologias a utilizar para determinados riscos

relevantes), quer pela inexistência, na presente indústria, de uma cultura de divulgação das práticas

de gestão de risco adotadas.

A indefinição das técnicas a adotar para a apreciação dos riscos, dá-nos assim a oportunidade,

perante uma necessidade organizativa interna, de apresentar um Trabalho de Projeto que sugere um

desenho da Função de Gestão de Risco para uma Sociedade Gestora de Fundos de Investimento

Mobiliário (SGFIM) no âmbito da gestão de Fundos de Investimento Mobiliários (FIM).

O desenho da Função de Gestão de Risco proposto focará a sua análise no risco financeiro e será

desenvolvido à luz das demais exigências legais existentes na legislação portuguesa até fevereiro de

2015 e de recomendações emitidas pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos

Mercados (doravante referida na sigla inglesa ESMA).

O presente trabalho contará, ainda, com a ilustração do referido desenho através de um caso de

estudo, aplicado a uma carteira multi-ativos composta por obrigações, fundos e futuros de índices de

ações.

PALAVRAS-CHAVE

Risco; Regulação; Investidores; Sociedades Gestoras; Fundos de Investimento Mobiliário; Função de

Gestão de Risco

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ABSTRACT

After the past financial crisis, European supervisory authorities have increased the level of regulation

in the field of risk management. This implied a cost transformation and institutional adaptation in

order to ensure a higher level of investor protection and restore confidence in the global financial

system.

Considering the asset management industry in Portugal has grown to a considerable size, it becomes

a challenge for Portuguese Investment Assets Management’s Companies to guarantee the

effectiveness of the Risk Management Function. In Portugal, this task has become a constant

challenge either by the numerous regulatory measures for the industry that the Asset Management’s

Companies must comply with (too often not accompanied by a regulator’s proper clarification of the

approach/methodology that can be used when dealing with certain relevant risks) or due to the

absence, in Portugal, of a culture on risk management disclosures.

Given the confusion that prevails regarding the techniques that are necessary to adopt for risk

assessment, this Project suggests a design of the Risk Management function for an Asset

Management Company that manages Undertakings for Collective Investments.

The design of the Risk Management Function focuses its analysis on financial risk, taking into account

the Portuguese legal requirements established until February 24, 2015, and the guidelines issued by

the European Securities and Markets Authority (ESMA).

This work also includes the illustration of the proposed design through the use of a case study,

applied to a multi-asset portfolio, consisting of bonds, stock and futures indexes.

KEYWORDS

Risk; Regulation; Investors; Management Company; Investment Funds; Risk Management

Function

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ÍNDICE

1. Introdução .................................................................................................................... 1

1.1. Enquadramento do problema e justificação do Trabalho de Projeto ................... 2

1.2. Objetivos do estudo .............................................................................................. 2

2. Revisão da Literatura .................................................................................................... 5

2.1. Enquadramento legal do OIC ................................................................................ 5

2.2. Avaliação e gestão de riscos exigidas a um FIM .................................................... 7

2.3. Identificação das necessidades em matéria de gestão de riscos financeiros ..... 11

3. Metodologia ............................................................................................................... 15

3.1. Exposição global .................................................................................................. 16

3.2. Risco de Crédito e Risco de Taxa de Juro ............................................................ 19

3.3. Risco de Liquidez ................................................................................................. 21

3.4. Risco de Taxa de Câmbio e Risco de Contraparte ............................................... 24

4. Caso de estudo: Aplicação do processo da gestão do risco a um FIM ....................... 26

4.1. Exposição global .................................................................................................. 27

4.1.1. Exposição global a IFD .................................................................................. 27

4.1.2. Risco de Mercado ......................................................................................... 28

4.2. Risco de Crédito e Risco de Taxa de Juro ............................................................ 35

4.3. Risco de Liquidez ................................................................................................. 37

4.4. Risco de Taxa de Câmbio e Risco de Contraparte ............................................... 41

4.5. Decomposição do risco de mercado por fator de risco ...................................... 43

5. Conclusões .................................................................................................................. 45

6. Bibliografia .................................................................................................................. 47

7. Anexos ........................................................................................................................ 49

7.1. Política de Gestão de Risco.................................................................................. 50

7.2. Simulação histórica do VaR por ativo e respetivo total dos ganhos e perdas

diários da carteira ................................................................................................ 57

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Riscos para a Instituição Financeira ........................................................................... 3

Figura 2 – Tipologias de OIC ....................................................................................................... 6

Figura 3 – Princípios gerais da função do risco .......................................................................... 7

Figura 4 – Responsabilidades das partes envolvidas na função de gestão do risco .................. 9

Figura 5 – Desenho dos processos e respetivas atividades da função de gestão do risco ...... 10

Figura 6 – Riscos financeiros relevantes para um OICVM ....................................................... 11

Figura 7 – Processo de gestão de risco .................................................................................... 15

Figura 8 – Total dos retornos representados pela simulação histórica e histograma ............. 29

Figura 9 – Decomposição do Risco de mercado por ativo ....................................................... 30

Figura 10 - Contribuição de cada ativo em percentagem do VaR da carteira e peso relativo

em carteira ....................................................................................................................... 31

Figura 11 – Teste de precisão do VaR estimado ...................................................................... 33

Figura 12 - Cenário de esforço ................................................................................................. 34

Figura 13 – Exposição por fatores de risco de mercado .......................................................... 43

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Composição discriminada da carteira ..................................................................... 26

Tabela 2 – As dez piores observações e respetivo VaR da exposição global em IFD .............. 28

Tabela 3 – Mapa de cupões ..................................................................................................... 36

Tabela 4 – Maturidade em dias para cada cupão .................................................................... 36

Tabela 5 – Decomposição do risco da componente obrigacionista ........................................ 37

Tabela 6 – Níveis de liquidez e ponderadores ......................................................................... 39

Tabela 7 – Resultados dos fatores de risco de liquidez e respetivo apuramento de nível ..... 40

Tabela 8 – Apuramento do perfil de liquidez da carteira ........................................................ 41

Tabela 9 – VaR dos ativos denominados em moeda diferente do euro ................................. 42

Tabela 10 – Decomposição do risco de mercado por fator de risco ....................................... 43

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AEVMM Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados

APFIPP Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios

CERS Committee of European Securities Supervisors

CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

DGFIA Diretiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos

EFAMA European Fund and Asset Management Association

ESMA European Securities and Markets Authority

ETTJ Estrutura Temporal das Taxas de juro

FIM Fundo de Investimento Mobiliário

IFD Instrumentos Financeiros Derivados

IOSCO International Organization of Securities Commissions

OIA Organismo de Investimento Alternativo

OIANF Organismos de Investimento em Ativos Não Financeiros

OIAVM Organismo de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários

OIC Organismo de Investimento Coletivo

OICVM Organismo de Investimento Coletivo de Valores Mobiliários

OII Organismo de Investimento Imobiliário

SGFIM Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário

UCITS Undertakings for Collective Investment in Transferable Securities

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1. INTRODUÇÃO

O eclodir das crises financeiras e a consequente recessão económica que se fez sentir, levou à

reformulação do sistema de supervisão e regulação europeu (Larosière et al., 2009), tendo-se dado

particular enfoque ao processo da gestão do risco.

A indústria da gestão de ativos em Portugal tem uma dimensão considerável, pelo que é essencial

possuir um processo de gestão de riscos efetivo e robusto, conforme exigido pelo Regime Geral dos

Organismos de Investimentos Coletivo, adiante abreviadamente designado por “Regime Geral”

(Assembleia da República, 2015).

Perante este contexto e na sequência de uma reorganização interna de uma SGFIM portuguesa

(doravante designada de Sociedade Gestora), o presente Trabalho de Projeto surge com o propósito

de colmatar a necessidade da Sociedade Gestora em implementar uma Função de Gestão de Risco

no âmbito da gestão de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM).

O projeto sugere um desenho da Função de Gestão de Risco financeiro relevante para um FIM, tendo

em consideração as demais exigências legais existentes na legislação portuguesa até fevereiro de

2015 e as linhas orientadoras emitidas pela ESMA, sendo este desenho posteriormente ilustrado

através de um caso de estudo.

Para o efeito, o trabalho de projeto encontra-se dividido em cinco capítulos, sendo que no capítulo 1

procedemos ao enquadramento do problema em estudo, explicando as motivações que justificaram

a escolha do tema e identificando a linha condutora dos objetivos específicos a serem alcançados.

No capítulo 2 realizamos a revisão da literatura apresentada em três subcapítulos, designadamente

os seguintes: enquadramento legal dos fundos de investimento mobiliários (subcapítulo 2.1),

igualmente designados de Organismos de Investimento Coletivo (OIC); enquadramento legal

português para a avaliação e gestão dos riscos dos OIC (subcapítulo 2.2); e identificação das

necessidades da Sociedade Gestora em matéria de gestão de riscos financeiros (subcapítulo 2.3).

Segundo a norma internacional de risco 31000, a Função de Gestão de Risco relaciona-se em três

grandes pilares, sendo estes os Princípios, a Estrutura e o Processo (International Organization for

Standardization, 2009). No subcapítulo 2.2, relativo ao enquadramento legal português para a

avaliação e gestão dos riscos dos OIC, damos início ao desenho da Função de Gestão de Risco, onde

serão ilustrados os dois primeiros pilares da Função de Gestão de Risco referidos anteriormente.

No capítulo 3 desenharemos o pilar da função de gestão do risco relativo ao Processo, à luz da

atividade de gestão de FIM desenvolvida pela Sociedade Gestora, que contemplará, entre outros, a

definição das metodologias de risco a adotar.

No capítulo 4 o desenho do processo proposto no capítulo anterior será ilustrado através da sua

aplicação prática a uma carteira com diferentes ativos financeiros, composta por obrigações, fundos

e futuros de índices de ações. O quarto capítulo contará adicionalmente com a análise crítica dos

resultados obtidos e com sugestões específicas de gestão de risco.

No capítulo 5 apresentaremos a conclusão do projeto, composta pelo sumário executivo, limitações

e recomendações para trabalhos futuros.

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1.1. ENQUADRAMENTO DO PROBLEMA E JUSTIFICAÇÃO DO TRABALHO DE PROJETO

O presente ponto pretende identificar o problema em estudo e demonstrar as motivações que

levaram à escolha do tema.

A Sociedade Gestora, à qual se remete o presente trabalho de projeto, tinha subcontratada a Função

de Gestão de Risco a uma entidade externa, no caso em concreto, ao Depositário dos OIC geridos

pela própria.

Sucede que, em julho de 2014, a Diretiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativos

(adiante designada por DGFIA), a qual foi parcialmente transposta para o direito português através

da Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro, alertava que a Função de Gestão de Risco não poderia ser

subcontratada ao Depositário (O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia, 2011).

Perante este novo enquadramento legal, e em face ao aumento das imposições regulamentares,

surge a oportunidade de propor, através do presente Trabalho de Projeto, uma orientação em

matéria de gestão de risco relevante para os FIM, dado que a Sociedade Gestora poderia optar por

internalizar a Função de Gestão de Risco.

Neste sentido, apurámos que, para além da impossibilidade legal do Depositário continuar a

desempenhar a Função de Gestão de Risco, o trabalho até então desenvolvido não contemplava as

demais orientações emitidas pela ESMA que, conforme o próprio regulador português (no caso, a

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários - CMVM) esclarece, deverão ser igualmente

consideradas como requisitos legais (CMVM, 2015).

Assim, para além de uma necessidade legal, uma Função de Gestão de Risco robusta, que implica a

identificação e da monitorização dos riscos relevantes para cada OIC e a definição de limites de

tolerância para cada risco e da gestão desses limites, possibilitará apoiar a tomada decisões de

investimento, demonstrar aos investidores que o negócio é eficientemente gerido e potenciar

retornos (Smith & Stulz, 1985), na medida em que poderá evitar a exposição a riscos desnecessários,

e, com isto, proporcionar o crescimento da Sociedade Gestora.

Com efeito, a viabilização da internalização da Função de Gestão de Risco na Sociedade gestora, para

além de ir ao encontro de uma exigência legal, proporciona igualmente o crescimento da Sociedade

Gestora que aposta no desenvolvimento dos seus colaboradores especializados.

1.2. OBJETIVOS DO ESTUDO

Em termos arquitetónicos o presente desenho da Função de Gestão de Risco seguirá a proposta

viabilizada pela norma internacional de risco ISO 31000:2009, adiante abreviadamente designada de

ISO 31000, que estabelece os princípios e linhas de orientação gerais sobre a gestão do risco, passível

de ser aplicada a qualquer organização independentemente do seu tipo ou dimensão. A ISO 31000

sugere uma Função de Gestão de risco assente em três pilares: princípios, estrutura e processo.

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Importa referir que o sistema de gestão de riscos é igualmente definido na esfera legal portuguesa.

Estabelece o Banco de Portugal como um dos princípios gerais para um sistema de controlo interno

“Um sólido sistema de gestão de riscos, destinado a identificar, avaliar, acompanhar e controlar

todos os riscos que possam influenciar a estratégia e os objectivos definidos pela instituição, que

assegure que o seu cumprimento e que são tomadas as acções necessárias para responder

adequadamente a desvios não desejados;” (Banco de Portugal, 2008).

O Banco de Portugal auxilia-nos, ainda, na tipificação dos riscos em dois grupos: i) financeiros, como

sendo o risco de crédito, risco de mercado, risco de taxa de juro e risco cambial; ii) e não financeiros,

tratando-se do risco operacional, risco de estratégia, risco de compliance e do risco de reputação

(Banco de Portugal, 2007). Em complemento, o Acordo de Basileia III introduz como risco financeiro

crucial o risco de liquidez (Basel Committee on Banking Supervison, 2010).

Neste contexto, a figura 1 resume os riscos materiais a que uma Instituição Financeira está ou pode

vir a estar exposta.

Figura 1 - Riscos para a Instituição Financeira Fonte: Banco de Portugal e Acordo de Basileia III

Para além do desenho da Função de Gestão de Riscos, a Sociedade Gestora necessita, conforme

identificado no subcapítulo 2.2, que a avaliação e a gestão dos riscos financeiros, a que um OIC se

encontra sujeito, seja adaptada às exigências regulamentares portuguesas.

Neste contexto, a linha orientadora dos objetivos específicos a serem alcançados, para efeitos do

desenho da Função de Gestão de Risco neste projeto, seguirá o seguinte plano:

1. Realizar o enquadramento legal português dos OIC;

2. Identificar a regulação nacional em matéria de gestão do risco exigida em fevereiro de

2015, bem como os princípios gerais para a gestão de risco determinados pela ISO 31000;

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3. Desenhar a estrutura da função da gestão do risco, tendo em conta o contexto externo e

interno da Sociedade Gestora;

4. Identificar as necessidades da Sociedade Gestora, tendo em consideração o trabalho que já

se encontrava a ser realizado;

5. Desenhar o processo da gestão do risco;

6. Identificar possíveis metodologias aplicáveis à gestão dos riscos financeiros a que os FIM

possam estar expostos;

7. Ilustrar o processo de gestão de risco concebido a um determinado FIM através de um caso

de estudo.

No próximo capítulo realizamos a revisão da literatura apresentada em três subcapítulos,

designadamente os seguintes: enquadramento legal dos OIC (subcapítulo 2.1); enquadramento legal

português para a avaliação e gestão dos riscos dos OIC (subcapítulo 2.2); e identificação das

necessidades da Sociedade Gestora em matéria de gestão de riscos financeiros (subcapítulo 2.3).

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Procede-se, de seguida, ao enquadramento legal dos OIC, com o intuito de identificar o tipo de OIC a

ser utilizado no caso de estudo ilustrado no capítulo 4, à explicação do que em Portugal legalmente

se pretende em matéria de avaliação e gestão dos riscos dos OIC e à identificação das necessidades

da Sociedade Gestora em matéria de gestão de riscos financeiros.

2.1. ENQUADRAMENTO LEGAL DO OIC

Conforme definição constante na alínea aa) do número 1 do artigo 2.º do Regime Geral, os OIC são

“…instituições, dotadas ou não de personalidade jurídica, que têm como fim o investimento coletivo

de capitais obtidos junto dos investidores, cujo funcionamento se encontra sujeito a um princípio de

repartição de riscos e à prossecução do exclusivo interesse dos participantes;”.

Com a entrada em vigor do Regime Geral, os OIC subdividem-se em duas categorias:

1. Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários abertos, designados de

OICVM, onde a expressão é reservada aos organismos de investimento que respeitam os

requisitos de investimento previstos na Diretiva n.º 2009/65/CE, do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 13 de julho de 2009 (igualmente conhecida como UCITS IV);

2. Organismos de investimento alternativo ou, abreviadamente, OIA, que podem ou não se

reger exclusivamente pelos requisitos de investimento previstos na UCITS IV e que ainda se

subdividem em:

� Organismos de Investimento Alternativo em Valores Mobiliários (OIAVM) abertos ou

fechados, cujo objeto é o investimento coletivo em valores mobiliários ou outros ativos

financeiros;

� Organismos de Investimento Imobiliário (OII) abertos ou fechados, cujo objeto é o

investimento em ativos imobiliários;

� Organismos de Investimento em Ativos Não Financeiros (OIANF) fechados, cujo objeto

inclua o investimento em ativos não financeiros que sejam bens duradouros e tenham

valor determinável (inclui, entre outros, imóveis e unidades de participação em OII e

participações em sociedades imobiliárias).

Quanto à forma1 um OIC pode assumir a forma contratual de fundo de investimento ou a forma

societária.

1 Cf. Número 1, Artigo 5.º do Regime Geral

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Designadamente os fundos de investimento são patrimónios autónomos sem personalidade jurídica2.

O património do OIC é representado por partes de conteúdo idêntico, sem valor nominal,

denominadas de “unidades de participação”3 e os seus titulares designam-se de “participantes”4.

Quando à espécie5, os OIC podem ser abertos, se as unidades de participação forem em número

variável, ou fechados, se as unidades de participação forem em número fixo.

Tratando-se de OICVM, estes são OIC abertos e têm como objeto o investimento coletivo de capitais

obtidos junto de investidores não exclusivamente qualificados em ativos financeiros, conforme

definido na subalínea i) da alínea aa) do número 1 do artigo 2.º do Regime Geral.

A figura 2 identifica, de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 2/2015 (doravante designado de

Regulamento), oito tipologias de OIC.

Figura 2 – Tipologias de OIC Fonte: Regulamento da CMVM n.º 2/2015

A existência de um OIC apenas é possível se coexistir a colaboração das seguintes entidades: uma

entidade responsável pela gestão, um depositário e as entidades comercializadoras, as quais “…

agem de modo independente e no exclusivo interesse dos participantes.”, conforme disposto no

artigo 15.º do Regime Geral.

Tendo em consideração o enquadramento legal anteriormente exposto, reunimos condições para

identificar qual o OIC a ser utilizado no caso de estudo. Assim, o estudo proposto será realizado

sobre um OICVM, sob a forma contratual de fundo de investimento, do tipo flexível, que no capítulo

4 será retratado por FIM.

No subcapítulo seguinte identificamos o que a lei portuguesa exige em matéria de gestão do risco e

realizamos um diagnóstico às necessidades da Sociedade Gestora, tendo em consideração o trabalho

que já se encontrava a ser desenvolvido pela entidade subcontratada.

2 Cf. Alínea u), Númeroº 1, Artigo 2.º do Regime Geral 3 Cf. Número 1, Artigo 7.º do Regime Geral 4 Cf. Número 1, Artigo 9.º do Regime Geral 5 Cf. Número 1, Artigo 10.º do Regime Geral

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2.2. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE RISCOS EXIGIDAS A UM FIM

Antes de proceder à apresentação do compromisso que as Sociedades Gestoras têm para com a lei

portuguesa ao nível da avaliação e gestão de risco a um FIM, importa referir que, de acordo com a

norma internacional de risco 31000, qualquer Organização deverá atuar em conformidade com os

seguintes princípios para a gestão do risco:

Figura 3 – Princípios gerais da função do risco Fonte: Norma internacional de risco 31000

Os Princípios acima identificados na Figura 3 representam o primeiro pilar da Função de Gestão de

Risco proposta e norteiam um conjunto de princípios gerais aplicáveis a qualquer Organização que

pretenda uma gestão do risco eficaz.

Identificados os Princípios, expõe-se de seguida o que o Regime Geral particulariza em relação ao

compromisso da Sociedade Gestora para com os seus investidores.

Na aplicação da sua política de gestão de riscos, e em função da atividade desenvolvida, a Sociedade

Gestora “… deve formular previsões e efetuar análises relativamente ao contributo do investimento

para a composição, a liquidez e o perfil de risco e de rendimento das carteiras dos organismos de

investimento coletivo antes de executar o investimento.”, conforme previsto no número 1 do artigo

79.º do Regime Geral.

A Sociedade Gestora deverá, assim, em primeiro lugar, criar uma Política de Gestão de Riscos que

(Comissão Europeia, 2010):

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1. Contemple os procedimentos que permitam avaliar os riscos a que cada OIC que gere se

encontra exposto;

2. Identifique o método de cálculo de exposição global eleito;

3. Estabeleça a distribuição das responsabilidades em matéria de gestão de risco no seio da

Sociedade Gestora; e

4. Determine em que condições, conteúdo e frequência que o reporte de informação devam

ser realizados pela unidade responsável ao conselho de administração6.

O Regime Geral clarifica que é necessário manter um sistema documentado dos processos, dos

mecanismos e das técnicas adotadas. No caso de se verificar ou prever o incumprimento dos limites

de risco definidos, a Sociedade Gestora terá que atempadamente despoletar ações de correção,

tendo em consideração a defesa dos interesses dos participantes. 7

Para além da necessidade de identificar, avaliar e gerir os riscos a que os OICVM se encontram

expostos, o Regime Geral8 determina que a Sociedade Gestora deverá igualmente assegurar o

cumprimento dos limites relativos à exposição global em instrumentos financeiros derivados (IFD) e

ao risco de contraparte associado aos IFD transacionados fora de mercado regulamentado ou em

sistema de negociação multilateral.

Segundo o Regime Geral9, e no que respeita aos processos, a Sociedade Gestora, deverá garantir que

os riscos de uma determinada posição tomada e o perfil de risco do OICVM são avaliados com base

em dados fiáveis e que esses processos seja devidamente documentados, bem como confirmar

frequentemente se o nível de risco estabelecido para o OICVM cumpre com o sistema de limite de

risco definido internamente.

No que concerne aos mecanismos10, o Regime Geral esclarece que a Sociedade Gestora deverá

realizar: i) testes retroativos periódicos para apreciar a validade dos mecanismos de avaliação do

risco existentes, assentes em estimativas e previsões baseadas em modelos, igualmente designados

de backtests; e ii) testes de esforço (ou stress tests) periódicos que permitam avaliar os riscos

significativos para o OICVM.

Entende o Banco de Portugal por testes de esforço a técnica de gestão de risco que visa avaliar os

efeitos potenciais, nas condições financeiras de uma Instituição, resultantes de alterações nos

fatores de risco em função de acontecimentos adversos (Banco de Portugal, 2011).

Segundo ISO 31000, para que a Função de Gestão de Risco seja continuamente eficaz é necessário

estabelecer um forte compromisso entre as partes envolventes identificadas na Figura 4.

A Figura 4 resume as responsabilidades das partes envolvidas na função de gestão de risco da

Sociedade Gestora.

6 Cf. Número 1, Artigo 38.º da Diretiva 2010/43/EU da Comissão, de 1 de julho; 7 Cf. Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral 8 Cf. Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral 9 Cf. Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral 10 Cf. Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral

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9

Figura 4 – Responsabilidades das partes envolvidas na função de gestão do risco Fonte: Regime Geral

Importa referir que as diretrizes europeias esclarecem que a Sociedade Gestora deverá manter uma

função permanente de gestão dos riscos, independente do ponto de vista hierárquico e funcional das

unidades operacionais11.

Reunimos, assim, condições para concluir acerca do desenho da Estrutura, composta:

1. Por uma Política de Gestão de Risco; e

2. Pelas disposições organizativas, que poderão ser consubstanciadas num manual de

procedimentos, que descrevam:

• O contexto da implementação da função de gestão do risco;

• A responsabilização das partes envolvidas;

• Os recursos existentes;

• Os processos;

• As atividades desenvolvidas; e

• Os mecanismos de reporte realizados.

A título de exemplo, o presente Projeto sugere uma redação da Política de Gestão de Risco que se

encontra disposta no Anexo 7.1. Esta proposta teve como base as diretrizes do Regime Geral

anteriormente descritas e o modelo de política sugerida pela ISO 31000.

11 Cf. Artigo 12.º da Diretiva N.º 2010/43/UE

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10

Ainda no que concerne à Política de Gestão de Risco sugerida, importa ressalvar que apesar da

mesma se poder aplicar a qualquer tipo de OIC, a Sociedade Gestora deverá ter presente que deve

adaptar a política ao perfil de risco de cada OIC gerido.

Em termos da frequência de comunicação de informação, por parte da Unidade de Gestão de Risco

ao Órgão de Administração, o Banco de Portugal, prevê que a Função de Gestão de Risco preste

aconselhamento, elabore e apresente “… um relatório, de periodicidade pelo menos anual…” (Banco

de Portugal, 2008).

Quanto ao conteúdo do relatório, o Órgão de Administração da Sociedade Gestora deverá, pelo

menos, ser informado da concordância entre os atuais níveis de risco incorridos e o perfil de risco

definido para cada OIC gerido, do grau cumprimento dos limites impostos, da adequação e eficácia

do processo de gestão de riscos, verificando se foram tomadas medidas corretivas no caso de

deteção de eventuais deficiências.

Adicionalmente, e em matéria de IFD, o Regime Geral prevê a exigência de comunicar anualmente à

entidade de supervisão os tipos de instrumentos utilizados, o método utilizado para calcular a

exposição global, as análises realizadas às posições em IFD em termos de testes de esforço e a

avaliação do risco de mercado, caso o método escolhido para calcular a exposição global tenha sido

este (CMVM, n.d.).

O manual de procedimentos não foi exemplificado no presente trabalho, dado que carece da própria

experiencia organizativa. Contudo, e ainda acerca deste tema, sugerimos Figura 5 um esquema dos

processos e das respetivas atividades suscetíveis de serem desenvolvidas no referido manual de

procedimentos no contexto da Função de Gestão de Risco.

Figura 5 – Desenho dos processos e respetivas atividades da função de gestão do risco

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11

A literatura que se segue ilustra o que legalmente em Portugal se pretende para cada risco relevante

no âmbito da gestão de um OICVM e identifica o trabalho realizado pela entidade subcontratada em

termos de avaliação e gestão de risco dos OIC geridos pela Sociedade Gestora.

2.3. IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES EM MATÉRIA DE GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

Segunda a ESMA os riscos relevantes para um OIC sumarizam-se no risco de liquidez, risco de

mercado, risco de contraparte, exposição global do OIC a IFD e risco operacional. Dado o facto da

Sociedade Gestora já ter implementado um processo de gestão de risco operacional, este não será

alvo de análise, ficando o presente trabalho focalizado para a análise dos riscos financeiros,

conforme esquematizado na figura 6.

Figura 6 – Riscos financeiros relevantes para um OICVM Fonte: ESMA

No âmbito da gestão dos OIC, como risco de liquidez entende-se “(…) o risco de uma posição na

carteira do OICVM não poder ser vendida, liquidada ou encerrada com um custo reduzido num

espaço de tempo suficientemente curto (…)”12. Este conceito retrata o risco de liquidez dos ativos do

OIC. Contudo, num OIC deveremos igualmente considerar o risco de liquidez proveniente de

responsabilidades, nomeadamente a capacidade para satisfazer a política de resgates estabelecida

nos respetivos documentos constitutivos do OIC13.

A Sociedade Gestora, em matéria de gestão do risco de liquidez, encontra-se a hierarquizar a

exposição à liquidez em quatro níveis, aferindo-a com base no tipo de valorização dos ativos que

compõem a carteira de cada OIC gerido. Assim, para os devidos efeitos, considera-se como ativos de

12 Cf. Número 8, Artigo 3.º da Diretiva 2010/43/EU da Comissão, de 1 de julho 13 Cf. Número 4, Artigo 79.º do Regime Geral

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12

maior liquidez os que dispõem de preço de mercado diário. Quanto aos que têm preços técnicos

calculados com base em modelos de avaliação internos são considerados como pouco líquidos.

A Sociedade Gestora encontra-se a realizar testes de esforço assentes na combinação de cenários de

choques paralelos no preço das ações e na taxa de juro. Contudo, não utilizam os resultados como

meio de decisão na tomada de posições em relação ao risco.

O alerta da ESMA aos investidores, sobre a utilização de estratégias de alavancagem por parte do

OIC, tais como o recurso ao crédito ou a produtos como os derivados (ESMA, 2014), demonstra a

preocupação do regulador em monitorizar o aumento da posição de risco proveniente da

alavancagem utilizada.

Neste sentido, e no que respeita a alavancagem via aquisição de IFD, o Regime Geral impõe às

Sociedades Gestoras determinados limites estatutários à exposição global a IFD de cada OICVM

gerido. Para efeitos do seu cálculo, o número 2 do artigo 134.º do Regime Geral identifica duas

abordagens possíveis, uma baseada no método dos compromissos e outra baseada no risco de

mercado da carteira do OICVM.

A exposição global em IFD, assente na abordagem baseada no método dos compromissos é

equivalente ao somatório das posições em IFD apuradas ao justo valor do ativo subjacente14 que

geram exposição adicional e/ou alavancagem15.

A exposição global em IFD calculada via abordagem baseada no valor sujeito a risco, igualmente

designado por “Value-at-Risk” (ou VaR), entende-se como uma medida de perda máxima potencial

que um OICVM pode sofrer num dado horizonte de tempo e para um determinado intervalo de

confiança16.

No âmbito dos OICVM, entende-se, assim, por risco de mercado “ (…) o risco de prejuízo para o

OICVM resultante de flutuações do valor de mercado das posições da sua carteira devidas a

alterações das variáveis de mercado, nomeadamente das taxas de juro, das taxas de câmbio, do

preço das participações sociais e dos produtos de base ou da solvência de um emitente.”17

A Sociedade Gestora tem que assegurar que o método escolhido para calcular a exposição global de

cada OICVM gerido é o mais adequado e tem em consideração a estratégia de investimento seguida.

No entanto, existem situações em que a Sociedade Gestora é orientada a utilizar a abordagem

baseada no VaR, como, por exemplo, quando o OICVM detém posições de IFD complexos18.

14 Cf. Número 2, Artigo 135.º do Regime Geral 15 Cf. Alínea g, número 1, Artigo 2.º do Regime Geral, entende-se por «Efeito de alavancagem», qualquer

método pelo qual é aumentada a posição em risco de um organismo de investimento coletivo gerido através da

contratação de empréstimos em numerário ou em valores mobiliários, do recurso a posições sobre derivados ou

por qualquer outro meio.” 16 Cf. Número 3, Artigo 134.º do Regime Geral 17 Cf. Número 9, Artigo 3.º da Diretiva 2010/43/EU da Comissão, de 1 de julho 18 Cf. Número 1, Artigo 18º do Regulamento

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13

A Sociedade Gestora, até ao final do ano de 2015, encontrava-se a apurar a exposição global a IFD de

cada OIC gerido através da abordagem baseada no método dos compromissos. No entanto,

verificou-se que a Sociedade Gestora poderia melhorar este processo se, ao nível do risco, tivesse em

consideração as linhas orientadoras da ESMA emitidas para esta matéria19.

O risco de contraparte resulta “…da possibilidade de que a contraparte de uma transacção não

cumpra as suas obrigações antes da liquidação final dos movimentos da transacção.”20. No âmbito da

gestão de OICVM, este risco é apenas evidenciado para IFD transacionados fora de mercado

regulamentado e de sistema de negociação multilateral21. Neste sentido, em dezembro de 2015, a

Sociedade Gestora não possuía nas suas carteiras ativos desta natureza, por conseguinte não se

encontrava aplicar as técnicas recomendadas pela ESMA.

A Sociedade Gestora também se encontra a calcular o indicador sintético de risco e de remuneração

(doravante designado de ISRR), que segundo o Regime Geral é requisito parcial do apuramento do

perfil de risco do OIC. O cálculo do ISRR consiste no apuramento da volatilidade do OIC verificada nos

últimos cinco anos22. Este perfil de risco é classificado por sete níveis de risco estabelecidos por

intervalos de volatilidade23.

Com referência a dezembro de 2015, outras medidas de risco são calculadas pela Sociedade Gestora,

nomeadamente, medidas de risco relativas como a volatilidade dos retornos diários das carteiras

comparada face aos verificados na carteira de referência (igualmente designada de benchmark), o

tracking error e o risco de perda.

O tracking error24 é, segundo Hwang e Satchell, um indicador que apura a volatilidade da diferença

entre o retorno da carteira, neste caso da carteira do OIC, e o retorno do benchmark (Hwang &

Satchell, 2001).

O risco de perda (designação atribuída pela Sociedade Gestora), é semelhante ao tracking error,

divergindo somente por considerar apenas as diferenças negativas dos retornos entre a carteira e o

benchmark, colocando assim de parte os retornos positivos.

Como medidas de avaliação de desempenho da carteira, a Sociedade Gestora utilizava o rácio de

Sharpe25 (Sharpe, 1966) e o information ratio26. Ambos avaliam o acréscimo de rentabilidade por

unidade de risco assumida. Enquanto o rácio de Sharpe assume o risco como o desvio-padrão dos

retornos diários, o information ratio assume o tracking error. Relativamente ao acréscimo de

rentabilidade o rácio de Sharpe calcula-se face à taxa de juro sem risco (assumindo-se a Euribor de 3

meses) e o information ratio face à rentabilidade do benchmark.

19 CESR’s Guidelines on Risk Measurement and the Calculation of Global Exposure and Counterparty Risk

for UCITS, CERS/10-788, 2010 20 Número 7, Artigo 3.º da Diretiva 2010/43/EU da Comissão, de 1 de julho 21 Cf. Artigo 136.º do Regime Geral 22 A rentabilidade efetiva é dada pela fórmula prevista no artigo 71.º do Regulamento e a fórmula

relativa à volatilidade é disposto no artigo 72.º do Regulamento. 23 Cf. Número 2, Artigo 73.º do Regulamento 24 �������� ���� = ���� − �� �ã� (������ � ������� − ������ � ��������) 25 �á��� �ℎ��� = (������� �� �!"�#� $ �� %&�� '�( �!')�)

��'"!�#* ��ã� �� �!"�

26 �,�������� ����� = (������� �� �!"�#������� �� -��).( �.)�� .!�/#����� �� �!"�

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14

Conscientes das exigências do Regime Geral anteriormente explanadas em relação à Função de

Gestão de Risco e o trabalho já desenvolvido pela entidade subcontratada, conclui-se ainda assim

que existe uma grande margem de melhoria.

A título de exemplo, se identificarmos os riscos mais relevantes para um OICVM de obrigações,

incontestavelmente concluiríamos que se tratava do risco de crédito e risco de taxa de juro, riscos

estes que não foram retratados no trabalho já desenvolvido.

Por outro lado, importa referir que o regulador pouco adianta em relação à gestão dos riscos

relevantes para as obrigações, sendo somente referenciado que a avaliação creditícia dos ativos de

um OIC não se pode basear apenas em notações de risco emitidas por agências de notação de risco27.

Segundo a ESMA, a principal razão pela qual não se referenciam técnicas de medição é porque estas

devem ser adequadas e proporcionais à natureza, escala e complexidade das atividades

desenvolvidas pela Sociedade Gestora (CESR, 2009; ponto 30, pág 16).

No próximo capítulo, desenharemos o pilar da função de gestão do risco relativo ao processo, à luz

da atividade de gestão de FIM desenvolvida pela Sociedade Gestora, que comtemplará, entre outros,

a definição das metodologias de risco a adotar.

27 Cf. Número 6 do artigo 79.º do Regime Geral

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15

3. METODOLOGIA

No presente capítulo procede-se ao desenho do pilar da Função de Gestão de Risco relativo ao

processo, o que implica a apresentação das etapas envolventes ao nível do processo de gestão de

risco e da descrição da metodologia utilizada.

O processo de gestão de risco, segundo a ISO 31000, compreende as seguintes etapas (identificadas

de forma resumida na Figura 7):

1. Apreciação do risco, que consiste na tarefa de identificar, analisar e avaliar os riscos

relevantes;

2. Tratamento do risco, aplicável na sequência da deteção da quebra dos limites de tolerância

definidos e que pressupõe a alteração da exposição a determinado risco existente;

3. Monitorização e revisão, que implica a vigília periódica do sistema de limites de risco

implementado, bem como a verificação periódica da sua eficácia e eficiência; e

4. Reporte e consulta dos resultados, que se deverá conceder sempre que solicitado, dando a

conhecer, relativamente no que diz respeito a situações irregulares detetadas, as causas, as

consequências e diligências tomadas para tratar o risco identificado.

Figura 7 – Processo de gestão de risco

Fonte: Norma internacional de risco 31000

Segundo a ESMA, o processo de gestão de risco deve resultar de procedimentos que permitam à

Sociedade Gestora avaliar a exposição do OICVM a todos os riscos relevantes, nomeadamente dos

riscos de mercado, de liquidez, de contraparte e operacional (CESR, 2010, ponto 1, p. 5).

Iniciaremos, de seguida, a apresentação das metodologias, nomeadamente, a apresentação da

métrica de VaR como medida sumária de diversos riscos financeiros, a decomposição do risco

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16

proposta por Pearson (2002), a exposição das linhas orientadoras da ESMA no que respeita a

exposição global a IFD e a sugestão de duas abordagens destintas para a análise do risco de liquidez

de um OIC.

Importa referir que as metodologias apresentadas, apenas representam possíveis abordagens para a

análise dos riscos propostos, não pretendendo, portanto, ser uma análise exaustiva.

3.1. EXPOSIÇÃO GLOBAL

Conforme descrito no capítulo 2, o cálculo da exposição global em IFD pode ser realizado por uma

das seguintes abordagens: i) baseada nos compromissos; ii) assente no VaR; ou iii) através de outros

métodos avançados de avaliação do risco.

Para a abordagem baseada nos compromissos, o Regime Geral estabelece como limite máximo o

valor líquido global do OICVM28. O cálculo corresponde ao somatório, em valor absoluto, dos

seguintes elementos29:

1. Valor da posição equivalente nos ativos subjacentes relativamente a cada IFD para o qual

não existe mecanismos de compensação ou de cobertura;

2. Valor da posição equivalente nos ativos subjacentes relativamente a cada IFD, líquidas após

aplicação de mecanismos de compensação ou de cobertura;

3. Valor das posições equivalentes nos ativos subjacentes associadas a técnicas e a

instrumentos de gestão, tais como acordos de recompra ou empréstimo de valores

mobiliários existentes.

No caso em que o valor da posição equivalente do ativo subjacente for medido pelo valor nocional30,

o mesmo será ajustado de acordo com a natureza de cada instrumento, designadamente:

1. Nos futuros, pelo preço de referência;

2. Nas opções, pelo resultado da multiplicação entre o preço à vista do ativo subjacente e o

delta da opção;

3. Nos forwards e swaps, pelo valor nocional.

Para o cálculo através da abordagem baseada nos compromissos a ESMA identificou as metodologias

para uma conversão exata da posição para determinados IFD no valor de uma posição equivalente

do ativo subjacente (CESR, 2010).

Segundo a ESMA, os mecanismos de compensação são definidos como a combinação de transações

sobre IFD e/ou de ativos financeiros com o mesmo ativo subjacente, onde a maturidade dos IFD não

28 Cf. Número 5, Artigo 173.º do Regime Geral 29 Cf. Número 1, Artigo 17º do Regulamento 30 Cf. Número 2, Artigo 17.º do Regulamento

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17

é relevante e cujo objetivo é eliminar o risco associado às posições tomadas através de outros IFD

e/ou ativos financeiros (CESR, 2010, caixa 5, p. 13).

Por mecanismos de cobertura, a ESMA define como sendo a combinação de transações de IFD e/ou

de ativos financeiros (transações que podem, inclusivamente, ter ativos subjacentes diferentes), cujo

objetivo é cobrir o risco associado a posições tomadas através de outros IFD e/ou ativos financeiros.

Os OICVM que invistam em IFD de taxa de juro com vista a reduzir a exposição ao risco taxa de juro

possuem regras específicas denominadas pela ESMA de netting-duration rules, dispostas nas linhas

orientadoras da CERS n.º 10-788 de 2010, relativas à mensuração do risco e ao cálculo da exposição

global e risco de contraparte para OICVM.

A exposição global assente na abordagem baseada no VaR, conforme o artigo 18.º do Regulamento

assume os seguintes pressupostos:

1. Uma periodicidade de cálculo, no mínimo, diária;

2. A detenção da carteira do OIC por um período de um mês (20 dias);

3. Um intervalo de confiança a 99%;

4. Observações tendo por referência um período mínimo de um ano (250 dias úteis);

5. Informação histórica atualizada, no mínimo, trimestralmente.

Existem diversas formas de calcular o VaR. No entanto, os pressupostos definidos pelo Regulamento

sugerem a utilização da metodologia assente na simulação histórica.

Segundo Jorion (2007, p. 17), o VaR assente na simulação histórica estima a maior perda de valor que

um/a título/carteira pode sofrer, tendo presente um determinado horizonte temporal (período) e

uma determinada probabilidade (nível de confiança).

A perda máxima esperada provém de um dos retornos simulados e obtidos com base em cenários

hipotéticos, construídos a partir de uma série de preços históricos. A referida simulação de cenários

hipotéticos beneficia, assim, de uma distribuição empírica obtida através do processamento

temporal da variável de retorno, sendo o VaR dado, em termos estatísticos, pela seguinte expressão:

0������1� � [∆4% < −4�6] =∝ (1)

Em que, ∆4% são as variações do valor (ganhos/perdas) da carteira, simulados para um determinado

horizonte temporal e −4�6 a perda associada ao valor crítico ∝, correspondente ao nível de

confiança definido.

O Regime geral prevê que o cálculo do VaR da carteira do OIC possa ser realizado relativamente ao

valor líquido global do OIC, designado de VaR absoluto, ou relativamente ao VaR da carteira de

referência31, designado de VaR relativo32.

31 A Sociedade Gestora pode determinar, para o OIC que gere, como objetivo de gestão atingir a

rentabilidade de uma carteira de referência, que pode ser, por exemplo, uma carteira fictícia criada pela própria Sociedade Gestora ou um índice de mercado.

32 Cf. Número 3, Artigo 18.º do Regulamento

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18

Para um melhor entendimento, o VaR relativo representa-se pela seguinte expressão:

9 : ;<=#9 : � ) ���!� �� ��>��ê�)! 9 : � ) ���!� �� ��>��ê�)! ∗ 100 (2)

Como limites prudenciais relativos à exposição global em IFD, o VaR não pode exceder33: i) máximo

20% do valor líquido global do OIC, no caso da abordagem baseada no VaR absoluto; e ii) máximo de

200% do valor sujeito a risco da carteira de referência, no caso da abordagem baseada no VaR

relativo.

No presente trabalho, apesar do regulador apresentar duas alternativas de cálculo do VaR, damos

nota de que apenas vamos utilizar a medida de VaR absoluto.

Contudo, o cálculo do VaR por si só não é suficiente para gerir o risco de mercado da carteira

(Pearson, 2002, chapter 11, pg 168). Para fundamentar as decisões tomadas é necessário ter

consciência da exposição ao risco de cada ativo em carteira e estudar o efeito que essa exposição

poderá ter na sequência de uma variação dos pesos desses ativos.

Para tal medição, utilizaremos uma técnica designada por Pearson (2002) de “Decomposição do

Risco”, a qual consiste em apurar a contribuição de cada ativo para o risco de mercado da carteira,

que é dada pela seguinte expressão:

C������D�çã� ����� = F! = GH(I)GIJ K! (3)

Identificados os ativos com maior contribuição, poderemos reduzir o risco de mercado da carteira

diminuído o peso desses ativos. Para tal, utilizaremos a expressão dada por (Pearson, 2002, pag.

171):

∆F = GH(I)GIJ K! ∗ (I!∗# IJ)

IJ (4)

O VaR calculado através da simulação histórica pressupõe que o passado recente se repetirá. Este

pressuposto leva-nos a uma das limitações documentada na literatura, de que o método pode não

prever a ocorrência de eventos extremos (Basak & Shapiro, 2001).

Por forma a colmatar a referida limitação, torna-se necessário complementar a análise de risco de

mercado com a realização de testes de esforço (Jorion, 2007, p. 357). A realização de testes de

esforço passa, assim, por estabelecer cenários extremos (desenvolvidos no ponto 3.3), com o

objetivo de analisar o impacto da sua ocorrência no valor do ativo/carteira.

O Regulamento estabelece, ainda, que para efeitos da aferição da razoabilidade34 do VaR calculado, a

Sociedade Gestora deverá realizar testes de precisão (designados em inglês de backtestings), com

uma periodicidade mínima mensal, que possibilitem estabelecer, para cada dia útil, uma comparação

entre o VaR calculado e as variações reais do valor da carteira (ou seja apuramento de

ganhos/perdas diários), pressupondo a manutenção da composição da mesma.

33 Cf. Número 5, Artigo 18.º do Regulamento 34 Cf. Número 6, Artigo 18º do Regulamento

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19

Segundo Jorion, os testes de precisão aplicados ao modelo de VaR utilizado, consistem num conjunto

procedimentos estatísticos, utilizados por forma a comparar se as perdas reais estiveram em linha

com as perdas estimadas pelo VaR (Jorion, 2007, p. 139).

No presente trabalho, e para efeitos de exemplificação de testes de precisão ao modelo de VaR

utilizado, apenas utilizaremos as orientações da ESMA.

A ESMA define que, sob a hipótese de um intervalo de confiança de 99%, o número exato de

exceções35 para cada um dos OICVM é de 2,5 para os últimos 250 dias úteis (1 ano de observações).

Um número maior de exceções indica que o VaR encontra-se subestimado, pelo que o OICVM deverá

rever seu modelo de VaR, nomeadamente quanto aos pressupostos assumidos, aos parâmetros

utilizados ou ainda através da aplicação de um fator multiplicador de agravamento (CESR, 2010, p.

30).

Com o propósito de analisar o risco de mercado das obrigações, será proposta, no subcapítulo

seguinte, uma abordagem conjunta para o risco de crédito e risco de taxa de juro através do cálculo

do VaR.

3.2. RISCO DE CRÉDITO E RISCO DE TAXA DE JURO

O Banco de Portugal entende que o Risco de crédito consiste na “Probabilidade de ocorrência de

impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir

os seus compromissos financeiros perante a instituição (…). O risco de crédito existe, principalmente,

nas exposições em crédito (incluindo o titulado), linhas de crédito, garantias e derivados.”(Banco de

Portugal, 2007, pág 25).

Recordando a recomendação do Regime Geral relativa à avaliação creditícia dos ativos de um OIC, de

que a mesma não se baseie apenas em notações de risco emitidas por agências de notação de

risco36, começaremos por explicar no que consiste a referida notação.

A notação de risco de crédito (igualmente designada de rating) é um processo que permite aferir a

probabilidade de incumprimento das entidades emitentes da divida, cuja notação é emitida por

empresas especializadas designadas de agências de notação de risco, internacionalmente

reconhecidas e sujeitas à supervisão da ESMA.

A IOSCO, no seu código de conduta, define a notação de risco de crédito como uma opinião, e não

como uma recomendação de investimento, dada sobre uma entidade ou sobre a emissão de

determinado valor mobiliário, cuja avaliação é realizada através de um sistema de classificação

padronizado (International Organization of Securities Commissions, 2004) e passível de sofrer

alterações no decurso da sua existência.

35 Entenda-se por exceções o número de vezes que a perda real excedeu a perda estimada pelo VaR. 36 Cf. Número 6 do artigo 79.º do Regime Geral

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20

Por risco de taxa de juro, o Banco de Portugal define a “Probabilidade de ocorrência de impactos

negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de juro, por via de

desfasamentos de maturidades ou de prazos de refixação das taxas de juro, da ausência de

correlação perfeita entre as taxas recebidas e pagas nos diferentes instrumentos, ou da existência de

opções embutidas em instrumentos financeiros do balanço ou elementos extrapatrimoniais.”(Banco

de Portugal, 2007).

Da anterior definição retiramos que, a avaliação de instrumentos financeiros cujo preço depende das

taxas de juro passa por analisar o risco inerente ao preço e ao reinvestimento dos rendimentos

distribuídos, designadamente, o cupão, sendo o preço de uma obrigação dado pela seguinte

expressão:

0�ç� � ������çã� = 0L,N = ∑ P =(QRS)TU + W

(QRS)TN�XQ (5)

Em que C são os cupões, Y é a taxa de desconto37, Z é o número de anos para a maturidade e [ o

valor de reembolso.

Uma possível abordagem para medir a exposição ao risco de taxa de juro da carteira é através do

cálculo do VaR da componente obrigacionista, que pressupõe a utilização das taxas de juros

disponíveis no mercado para diferentes maturidades, cujo procedimento encontra-se explanado no

subcapítulo 4.2.

A sucessão de taxas de juro de obrigações com diferentes maturidades é designada de Estrutura

Temporal das Taxas de Juro (ETTJ).

A gestão do risco de taxa de juro passa por decidir se, perante a intenção de diminuir a sua

exposição, deveremos recorrer à transferência do risco, ou se, na existência de uma estrutura de

ativos e passivos, poderemos aplicar uma estratégia de imunização por forma a preservarmos o valor

do capital.

Apesar de existirem inúmeras propostas para calcular o risco de uma carteira, foi nossa intenção

acatar a recomendação da ESMA em utilizar a metodologia do VaR para calcular os risco a que a

carteira se encontra exposta.

No subcapítulo 4.2 além de calcularmos o VaR segregámos também o risco de crédito e de taxa de

juro. Para o cálculo do risco de taxa de juro foi necessário apurar em primeiro lugar os principais

fluxos financeiros associados aos ativos em carteira, os respetivos períodos e as taxas de desconto

desses mesmos fluxos. Depois, o cálculo do risco de crédito foi obtido por diferença entre o risco

total, apurado através dos preços das obrigações (VaR total), e o risco de taxa de juro (VaR taxa de

juro).

No caso em concreto da componente obrigacionista optámos por utilizar diretamente os preços das

obrigações como principal fator de risco. A utilização do fator preço prende-se não só pela

facilidade/disponibilidade de informação bem como pela liquidez do instrumento e da

quantidade/diversidade dos participantes envolvidos na dívida soberana tornando em nosso

37 A taxa de desconto é a taxa que iguala o valor atual dos cupões futuros de uma obrigação ao seu

preço de mercado.

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entender o cálculo do risco mais fidedigno do que se tivéssemos utilizado os spreads de crédito e

taxas de juro isoladamente.

3.3. RISCO DE LIQUIDEZ

No âmbito de um OIC, a gestão do risco de liquidez implica que, em qualquer altura, a Sociedade

Gestora garanta que cada OICVM que gere consiga cumprir com o perfil de liquidez definido, e, bem

assim, com a política de resgate estabelecida nos respetivos documentos constitutivos38.

O risco de liquidez é um dos riscos para o qual não existem recomendações técnicas ao nível da

legislação nacional, onde apenas é referido o que é necessário fazer mas não como fazer, dado que o

procedimento a adotar depende das características particulares do OIC. Assim, apresentamos de

seguida duas abordagens de gestão do risco de liquidez.

Para efeitos do apuramento da exposição ao risco de liquidez numa carteira de um OICVM, o

regulador nacional requer o cálculo da mesma em duas vertentes39. A primeira é relativa ao risco de

liquidez dos ativos, onde se requere o apuramento:

1. Percentagem da emissão dos ativos detida pelo organismo;

2. Volume médio de transação do ativo;

3. Diferencial entre os preços de compra e de venda; e

4. Existência de “contratos de fomento de liquidez”40.

A segunda vertente respeita ao risco de liquidez dos passivos, que, tendo em consideração a

natureza do FIM, gere-se identificando os movimentos de subscrição, de transferência e de resgate

das unidades de participação do mesmo, por forma a evitar o risco de entrar em incumprimento.

Para avaliar a liquidez começamos por propor a abordagem do VaR ajustado à liquidez, designado

por Jorion de LVaR (Jorion, 6ª Edição, Capítulo 26). Trata-se de uma metodologia paramétrica que

consiste em adicionar ao risco de mercado do ativo/carteira o efeito do risco de liquidez, mais

precisamente, o efeito proveniente do diferencial entre preços de compra e de venda do

ativo/carteira. A metodologia paramétrica é assim dada pela seguinte expressão:

\4�6 = 4�6 + \Q (6)

Em que:

\Q = PQ] ∗ �U ∗ 4�1�� �1���1 � �������

38 Cf. Número 4, Artigo 79.º do Regime Geral 39 Cf. Alínea c), Número 1 do Artigo 14.º do Regulamento 40 Segundo a CMVM “A prática de mercado aceite denomina-se “contrato de liquidez”. Uma sociedade

aberta (o emitente), cujas acções estejam admitidas à negociação num mercado regulamentado em Portugal,

pode celebrar um contrato (“contrato de liquidez”) com um intermediário financeiro (instituição de crédito ou

empresa de investimento), através do qual o emitente coloca à disposição do intermediário financeiro (“IF”)

uma certa quantidade de acções próprias ou uma dada quantia, de forma a habilitar o IF a realizar operações

de compra e venda no mercado a contado, por conta do emitente, sobre acções por si emitidas.”

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A medida que regista o diferencial entre preços de compra (bid) e de venda (ask), com a designação

em inglês de bid/ask spread, é dada pela seguinte expressão “S”:

� = ^(_`a)# ^ (bcd)^(ecd) (7)

Em que P (mid)41 significa a média simples do preço de compra e de venda. Em suma, quanto mais

pequeno for o diferencial de preços de compra e de venda mais líquido será o ativo/carteira.

Para apurar o spread médio da carteira (doravante designado de �∗) calculámos primeiro os spreads

médios de cada ativo e depois ponderámos esses spreads pelos respetivos pesos dos ativos em

carteira.

Sendo o VaR da expressão anterior determinado através do modelo paramétrico, vamos no presente

caso em estudo adaptar esta medida por forma a ir de encontro à recomendação do regulador,

utilizando para tal o cálculo do VaR através do método da simulação histórica.

Na verdade, a monitorização do risco de liquidez vai muito para além do apuramento de métricas

que definam os riscos de liquidez dos ativos e passivos da carteira. É necessário traçar o perfil de

liquidez do OIC, por forma a verificar se o mesmo é consistente com a estratégia de investimento

assumida pelo mesmo e pelo apetite ao risco de liquidez definido. Para este efeito, contribuíram as

recomendações da ESMA aplicáveis a fundos alternativos (ESMA, 2011).

A exposição ao risco de liquidez dos ativos é o indicador de mercado que oferece diversas

informações relevantes, dado que depende de fatores como o número de contrapartes no mercado

disponíveis para realizar o negócio, a frequência das transações, o volume das transações, o tempo

que leva a realizar uma transação ou o custo de transação da mesma (Association of the Luxembourg

Fund Industry, 2013).

Juntando a esta ideia a definição da ESMA de que o perfil de risco de liquidez do OIA é obtido pela

conjugação de três vertentes, nomeadamente o perfil de liquidez da carteira, o perfil de liquidez do

investidor e o perfil de financiamento, surge a possibilidade de apurar o nível de liquidez, tendo em

consideração a conjugação e ponderação de distintos fatores de risco descritos no subcapítulo 4.3.

Para concluir o perfil de risco do OIC, a ESMA esclarece, ainda, que deverá ser tido em consideração

pelo menos o seguinte:

1. Se existem direitos de reembolso em circunstâncias excecionais previstos nos documentos

constitutivos;

2. Qual a frequência de resgates prevista nos documentos constitutivos;

3. Qual o período de aviso prévio exigido para resgates nos documentos constitutivos; e

4. Qual a percentagem de ativos em carteira sujeita a mecanismos de avaliação especiais.

41 P(mid) = ^(_`a)R ^ (bcd)

]

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Segundo o Regime Geral, é necessário avaliar o risco de liquidez do OICVM em condições

excecionais, e para tal a Sociedade Gestora deverá realizar testes de esforço42. O objetivo é verificar

se a Instituição perante um determinado cenário adverso tem capacidade de dar resposta e manter a

sua solvência.

As orientações emitidas pela ESMA, no que respeita à gestão de risco dos OIA (ESMA, 2011, caixa 33,

paragrafo 2, p. 79), sugerem como testes de esforço a simulação de cenários hipotéticos e análises

de sensibilidade. A título de exemplo de cenários:

� Hipotéticos

- Verificar o impacto da falta de liquidez de ativos em carteira, através do aumento

significativo do diferencial de preços de compra e de venda ou do tempo de execução

das ordens;

- Simular um pedido de resgate atípico;

- Responder, de imediato, às responsabilidades assumidas relativas ao risco de mercado

e cobertura, resultantes, por exemplo, de chamadas de margem, de prestar garantias

ou de liquidar linhas de crédito;

• Análise de sensibilidade

Assumir a variação de um único fator de risco, como, por exemplo, um aumento de um

determinado número de pontos de base da Estrutura Temporal das Taxas de Juro ou a

desvalorização de determinada classe de ativo em carteira.

Outro tipo de cenário possível de se aplicar, são os cenários históricos onde se replica

acontecimentos passados considerados como extremos, tal como, 11 de setembro de 2001 ou a crise

financeira conhecida como sub-prime de 2007 (Larosière et al., 2009). No entanto, a utilização destes

cenários encontra-se limitada pela existência das séries históricas de preços dos ativo/carteira, que

podem não existir, inviabilizando, assim, a realização do mesmo.

Segundo a ESMA, a frequência dos testes de esforço é adequada à natureza do OIC, tendo em conta

a estratégia de investimento, o perfil de liquidez, o tipo de investidor e a política de reembolso do

OIC.

A ESMA igualmente esclarece que se os testes de esforço apresentarem um risco de liquidez

significativamente maior do que o risco de liquidez esperado, a Sociedade Gestora deverá agir no

melhor interesse dos investidores do OIC e implementar um plano de contingência, que poderá

implicar a adequação da gestão de liquidez, da política e de procedimentos necessários para corrigir

o limite excedido.

Conforme anteriormente referido, os testes de esforço complementam a medida do VaR. A definição

e implementação de cenários extremos seguem as seguintes etapas:

1. Identificar os fatores de risco relevantes para valorizar a carteira no dia t;

42 Cf. Alínea e), Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral

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2. Definir o cenário a implementar;

3. Implementar o cenário;

4. Valorizar a carteira usando o cenário em causa;

5. Obter os ganhos e perdas do cenário.

De acordo com o Regime Geral, deveremos igualmente realizar testes para apreciar a validade dos

mecanismos de avaliação do risco de liquidez43 (designados em inglês de backtesting).

Por forma a reduzir a exposição ao risco de liquidez, outras medidas poderão ser estabelecidas pela

Sociedade Gestora nos documentos constitutivos do OIC, como por exemplo:

� No contexto de uma perspetiva de investimento de longo prazo, proceder à aplicação de

penalizações por resgate antecipado (prática comum realizada nos depósitos);

� Definir direitos de reembolso em circunstâncias excecionais44, como, por exemplo, definir

que, perante um cenário de agravada falta de liquidez do OIC, as operações de subscrição e

resgate possam ser suspensas;

� Aferir os impactos de ter em carteira ativos que sejam identificados como pouco líquidos.

Com o objetivo de, no caso de estudo, analisar a componente da carteira exposta a moeda

estrangeira, no subcapítulo seguinte abordaremos o risco de taxa de câmbio que, com o intuito de

apresentar uma solução de redução desse risco, será complementado pela definição do risco de

contraparte.

3.4. RISCO DE TAXA DE CÂMBIO E RISCO DE CONTRAPARTE

O Banco de Portugal entende por risco de taxa de câmbio a “Probabilidade de ocorrência de impactos

negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio,

provocados por alterações no preço de instrumentos que correspondam a posições abertas em

moeda estrangeira (…)” (Banco de Portugal, 2007).

Como tal, conclui-se que também o risco de taxa de câmbio é um risco de mercado, dado que o

preço dos ativos encontram-se sujeitos às oscilações da taxa de câmbio.

Na carteira de um FIM, o cálculo da exposição ao risco de taxa de câmbio poder-se-á realizar através

do somatório de posições detidas em moeda diferente da moeda utilizada para refletir as posições

em carteira. Outra forma possível de se quantificar o risco cambial é através da utilização do método

do VaR, a qual teremos a oportunidade de demostrar no subcapítulo 4.4.

Conscientes da exposição ao risco de diminuição do preço dos seus ativos, o OIC reconhece a

necessidade de realizar a cobertura do risco de taxa de câmbio através da transferência deste risco,

43 Cf. Alínea d), Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral 44 Cf. Artigo 221.º do Regime Geral

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que poderá ser conferida pela aquisição de um IFD fora de mercado regulamentado, como, por

exemplo, um forex forward.

Os forex são definidos pela CMVM como contratos de derivados sobre divisas ou como derivados de

relações monetárias, sob a forma de operações cambiais, sendo o investidor remunerado de acordo

com as diferenças de valorização das moedas em que investe. A tipologia dos forex encerra-se em

dois tipos: contratos à vista sobre divisas (ou forex spot) e contratos de derivados sobre divisas (ou

forex forward).

A exposição do OIC a um forex forward sujeita o OIC à exposição de outro risco denominado de

contraparte, dado que o contrato é estabelecido com uma terceira entidade.

O Regime Geral, quanto ao risco de contraparte existente no âmbito de uma transação de IFD fora de

mercado regulamentado ou de sistema de negociação multilateral, estipula limites prudenciais

específicos45, que respeitam à limitação da exposição máxima ao risco de contraparte por transação,

consoante se trate de uma instituição de crédito ou não.

Para além dos limites anteriormente descritos à contraparte, o Regime Geral também estabelece

limites de concentração por entidade46, o que acaba por adicionalmente restringir a exposição a

determinada contraparte no conjunto de negócio realizado.

O Regime Geral clarifica, ainda, que, para o tipo de contratos em apreço, é necessário que a

Sociedade Gestora se certifique que é atribuído o justo valor à exposição ao risco de contraparte

identificado, não devendo este valor apenas se basear nos preços indicados pela contraparte47.

Assim sendo, a Sociedade Gestora deverá assegurar uma avaliação adequada, nomeadamente,

assente num valor de mercado ou, se esse valor não se encontrar disponível, num modelo de

determinação do valor que utilize uma metodologia universalmente reconhecida48 e onde a sua

verificação seja realizada por um terceiro independente da contraparte.

No subcapítulo 4.4, procederemos ao apuramento da exposição ao risco de taxa de câmbio da

carteira. Por forma a evidenciarmos os limites prudências anteriormente identificados do risco de

contraparte utilizaremos, como sugestão de gestão ao risco cambial, a aquisição de um forward

cambial.

45 Cf. número 2 do artigo 176º do Regime Geral 46 Cf. número 8 do artigo 176º do Regime Geral 47 Cf. artigo 136º do Regime Geral 48 Cf. número 3 do artigo 170º do Regime Geral

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4. CASO DE ESTUDO: APLICAÇÃO DO PROCESSO DA GESTÃO DO RISCO A UM

FIM

Por forma a conseguir-se abranger o maior número de riscos financeiros a que um FIM estaria

exposto, optou-se por analisar a carteira de um FIM aberto, do tipo flexível, composta por onze

ativos, especificamente cinco obrigações, quatro fundos representativos de índices de ações e dois

futuros de índices de ações, conforme ativos descriminados na Tabela 1.

Para aplicar o processo de gestão de risco desenhado no capítulo 3 ao FIM selecionado, começámos

por articular com os serviços da Sociedade Gestora a disponibilização dos dados necessários à

concretização do caso de estudo.

Para efeitos de simplificação do exercício académico, adotaram-se os seguintes pressupostos para a

carteira selecionada: ausência de rotatividade, inexistência de comissões de transação, de gestão e

de outro tipo de custos de natureza diversa (v.g. impostos).

Tabela 1 - Composição discriminada da carteira

Dando início ao processo de gestão de risco, começamos pela etapa de identificar os riscos

financeiros relevantes para o FIM em estudo, cuja análise seguirá a seguinte ordem:

� Exposição global a IFD;

� Risco de mercado;

� Risco de crédito e risco de taxa de juro;

� Risco de liquidez; e

� Risco de taxa de câmbio e risco de contraparte associado a IFD fora de mercado

regulamentado.

N.º Tipo de ativo Designação QuantidadeValor de mercado

(em Euros)

1 Obrigação Dívida Soberana Italiana 1.200.000 1.297.200

2 Obrigação Dívida Soberana Francesa 1.000.000 1.023.300

3 Obrigação Dívida Soberana Portuguesa 2.000.000 2.172.800

4 Obrigação Dívida Soberana Alemã 1.000.000 1.038.150

5 Obrigação Dívida Soberana Espanhola 1.000.000 1.032.100

6 Fundo de Índice de Ações Fundo de Índice de Ações EURO STOXX 50 30.000 1.099.344

7 Futuro de Índice de Ações Futuro do Índice CAC 40 200 1.038.900

8 Fundo de Índice de Ações Fundo Índice de Ações S&P 500 da iShares 10.000 1.886.524

9 Fundo de Índice de Ações Fundo Índice de Ações S&P 500 da SPDR 10.000 1.896.616

10 Fundo de Índice de Ações Fundo Índice de Ações Emergente 60.000 1.964.635

11 Futuro de Índice de Ações Futuro do Índice Euro STOXX 50 100 366.900

Total 14.816.468

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4.1. EXPOSIÇÃO GLOBAL

No presente subcapítulo iremos analisar a exposição global sobre dois pontos de vista: i) da detenção

em carteira de IFD; e ii) da carteira como um todo.

4.1.1. Exposição global a IFD

Analisando a exposição global a IFD através do método dos compromissos, identificamos que a

carteira em estudo possui dois IFD.

Os instrumentos correspondem a dois futuros de índices de ações, em que, tendo em consideração o

respetivo ativo subjacente e posição longa, se encontram a ser utilizados com o intuito de obter

exposição adicional ao mercado de ações europeu e onde para os quais não existem mecanismos de

compensação ou de cobertura.

Reunimos, assim, condições para calcular a respetiva exposição global a IFD, que correspondem ao

valor da posição equivalente do ativo subjacente expressa pela seguinte expressão (CESR, 2010):

kl����çã� m1���1 � nop = �ú(��� �� )���� ��'∗� ( �q� �� )���� ��∗�í"�r �� í��!)�" r�� /r�- r � ) ���!� ≤ 100% � (8)

�kl����çã� m1���1 � nop = PQL∗QL∗u.wwxQy.zQw.ywz U + P]L∗QL∗{.Qxy

Qy.zQw.ywz U�

�kl����çã� m1���1 � nop = 9,49%

A exposição global a IFD do FIM em estudo representa cerca de 9,49% do valor total da carteira, o

que nos indica que o limite prudencial encontra-se a ser respeitado, uma vez que é inferior a 100%

do valor total da carteira.

No que respeita à exposição global a IFD apurada através do VaR absoluto49, o limite máximo

prudencial, para a detenção da carteira do OIC por um período de um mês (20 dias) e para um nível

de confiança a 99%, é de 20% do valor total da carteira.

Nestes termos, e considerando que o VaR calculado neste estudo teve por base observações diárias e

não observações mensais, foi necessário aplicar o fator temporal sugerido pela ESMA para ajustar o

referido limite prudencial.

Assim, para um VaR com observações diárias, obtemos um limite máximo de 4,47% do valor total da

carteira, obtido pela seguinte expressão (CESR, 2010, pag. 27):

4�6(l ���) ≈ ~$� ∗ 20%�

� 4�6(1 ��) ≈ ~ Q]L ∗ 20%� (9)

� 4�6(1 ��) ≈ 4,47%

49 Cf. Número 5, Artigo 18.º do Regulamento

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Tendo-se calculado o VaR pelo método da simulação histórica (cujo procedimento de cálculo

encontra-se explicado no subcapítulo seguinte) para os IFD existentes em carteira, verificou-se que a

perda obtida representava apenas 1,27% do valor da carteira (inferior ao limite diário permitido de

4.47%).

Tabela 2 – As dez piores observações e respetivo VaR da exposição global em IFD

Perante este resultado conclui-se que também por esta abordagem o FIM encontra-se a respeitar o

limite prudencial.

Em suma, o regulador ao impor os limites anteriormente referidos à exposição global a IFD, tem

como objetivo apurar o respetivo nível de alavancagem que o FIM possui, o que no presente caso

poderemos determinar como reduzido.

4.1.2. Risco de Mercado

Com a finalidade de apurar a exposição ao risco de mercado do FIM em estudo, calculou-se o VaR

através da simulação histórica, utilizando-se os pressupostos definidos pelo regulador,

nomeadamente: (i) um intervalo de confiança a 99%; (ii) um total de observações diárias superior a

um ano; e (iii) informação histórica atualizada.

De referir, a este respeito que, para o presente caso de estudo, utilizaram-se dados históricos diários

dos preços compreendidos entre 3 de setembro de 2013 e 6 de agosto de 2015, correspondendo o

referido período a um total de 502 observações diárias.

Constatou-se que existiam dias na série histórica selecionada para os quais não existiam dados. Por

simplificação do exercício académico, assumiu-se para as datas que não dispunham de dados o preço

do dia anterior. Esta correção apenas se verificou nos Índices de Ações e representou cerca de 1.7%

do total da amostra.

Obs. #Total dos retornos dos

ativos em carteira

473 -271.684

291 -237.029

103 -206.028

109 -199.690

333 -189.431

431 -187.844

493 -175.784

102 -173.619

349 -164.062

365 -160.765

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Obtida a série histórica de dados dos últimos dois anos, e assumindo os pressupostos anteriormente

referidos, foi necessário identificar as etapas para a determinação do cálculo do VaR do dia 6 de

agosto de 2015 (último dia do período), através do método da simulação histórica. O resultado da

simulação histórica do VaR por ativo e respetivo total dos ganhos e perdas diários da carteira estão

disponíveis no Anexo 7.2. As etapas foram as seguintes:

1. Identificação dos fatores de risco e cálculo do valor de mercado de cada ativo;

2. Obtenção das séries históricas dos fatores de risco;

3. Apuramento dos retornos para cada ativo no horizonte temporal selecionado;

4. Cálculo da simulação histórica do valor de mercado para cada ativo, utilizando para tal os

retornos anteriormente apurados aplicados ao valor atual;

5. Apuramento dos ganhos e perdas entre os valores de mercado simulados e o valor de

mercado atual para cada ativo;

6. Soma dos ganhos e perdas de todos os ativos de acordo com a ordem das simulações

realizadas;

7. Ordenação dos ganhos e perdas totais da carteira de forma decrescente e escolha do

percentil do VaR, que no caso em concreto é de 99%;

8. Aplicação do fator temporal, com o objetivo de transformar o VaR de 1 dia para 20 dias.

Figura 8 – Total dos retornos representados pela simulação histórica e histograma

O VaR obtido indica que, nos próximos cem dias apenas se espera um dia com uma perda diária

superior a €187.844 (valor este correspondente a 1.27% do valor total da carteira).

-290000

-190000

-90000

10000

110000

210000

Euro

s

VaR - Simulação Histórica

Ganhos e perdas diários da carteira

0% 5% 10% 15% 20%

Histograma

Distribuição normalizada

Distribuição dos ganhos e perdas da carteira

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Observamos através da Figura 8 que, na simulação histórica existiram apenas existiram cinco

observações que foram superiores ao VaR da carteira (ilustrado na Figura 8 pela linha verde), o

correspondente a 1% do tamanho da amostra.

Adicionalmente, poderemos verificar através do histograma apresentado na Figura 8 que a

distribuição do total dos retornos simulados é semelhante a essa mesma distribuição normalizada,

mas, ainda assim, verificamos que a distribuição da simulação histórica comporta maior risco, dado

que a frequência das observações associadas às maiores perdas é superior.

Por forma a introduzirmos a técnica sugerida por Pearson (2002) de “Decomposição do Risco”,

relembramos através da Figura 9 a composição da carteira em estudo.

Figura 9 – Decomposição do Risco de mercado por ativo

Descriminando o peso da carteira em estudo por tipo de ativo, a mesma possui uma componente

obrigacionista que ascende a cerca de 44,30%, uma componente acionista que representa cerca de

46,21% e por final uma exposição relativa a futuros com cerca de 9,49%.

Analisando a volatilidade do período resultante dos preços dos ativos, começamos a ter a indicação

de quais os ativos que poderão ser alvo de atenção por parte da gestão do risco. Assim, verificamos

através da Figura 9 que, de uma forma independente, o ativo com maior oscilação de preços é o

Fundo Índice de Ações Emergente. Por outro lado, concluímos que a componente acionista é

substancialmente mais volátil do que a componente obrigacionista da carteira.

Aproveitando a informação relativa rácio de Sharpe50 disposto na Figura 9, verificamos que o ativo

que estabelece a melhor relação entre rentabilidade e volatilidade é a Dívida Soberana Portuguesa

(dispondo este do maior rácio de Sharpe em carteira, quer em termos absolutos, quer em termos

relativos). Ainda assim o Fundo Índice de Ações Emergente, como sendo o ativo que de forma

independente assume a maior volatilidade, apresenta, em termos relativos, o terceiro pior rácio de

Sharpe da carteira, sendo o pior rácio de Sharpe relativo atribuído ao Futuro do Índice Euro STOXX

50.

50 Relembrando a fórmula 6á��� �ℎ��� = (������� �� �!"�#� $ �� %&�� '�( �!')�)

��'"!�#* ��ã� �� �!"� , importa referir que

não tivemos em consideração no cálculo a taxa de juro sem risco, pelo facto de no período em análise se terem verificado taxas muito baixas.

DesignaçãoAtivo (% da

carteira)

Contribuição

de risco (% da

carteira)

Contribuição

de risco

(% do VaR @

0,01)

Volatilidade do

período

anualizada

Taxa de

rentabilidade

média anual

Sharpe

Ratio

Dívida Soberana Ita l iana 8,76 0,01 0,70 1,90 4,15 2,18

Dívida Soberana Francesa 6,91 0,01 0,54 1,01 1,94 1,92

Dívida Soberana Portuguesa 14,66 0,01 0,88 3,49 10,75 3,08

Dívida Soberana Alemã 7,01 0,02 1,27 1,72 2,69 1,57

Dívida Soberana Espa nhola 6,97 0,00 0,22 1,29 2,86 2,23

Fundo de Índice de Ações EURO STOXX 50 7,42 0,20 15,82 17,35 18,48 1,07

Futuro do Índice CAC 40 7,01 0,18 14,56 16,68 13,93 0,84

Fundo Índice de Ações S&P 500 da iSha res 12,73 0,22 17,34 14,25 24,03 1,69

Fundo Índice de Ações S&P 500 da SPDR 12,80 0,22 17,22 14,27 24,12 1,69

Fundo Índice de Ações Emergente 13,26 0,34 26,68 18,36 9,00 0,49

Futuro do Índice Euro STOXX 50 2,48 0,06 4,76 17,84 14,87 0,83

Total 1,27 100,00

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Em termos de exposição, importa referir que a carteira em estudo possui apenas posições longas (ou

seja, pesos das posições com sinal positivo), não existindo assim qualquer posição curta com

contribuições negativas, ou seja, não existe qualquer ativo a fazer cobertura de risco das posições em

carteira.

Prosseguindo para a utilização da técnica sugerida por Pearson (2002) de “Decomposição do Risco”,

a qual consiste em apurar a contribuição de cada ativo para o risco de mercado total verificado,

obtivemos os resultados dispostos na Figura 9.

Por forma a termos uma perceção visual da contribuição de cada ativo, apresentamos na figura 10 a

respetiva representação gráfica.

Figura 10 - Contribuição de cada ativo em percentagem do VaR da carteira e peso relativo em

carteira

Visualizando a Figura 10, constatamos que o Fundo Índice de Ações Emergentes (com um peso

relativo em carteira de cerca de 13,26%), foi, à semelhança do resultado de volatilidade, o ativo que

mais contribuiu para o risco de mercado total da carteira, com quase 27%. Adicionalmente

verificámos que, as posições detidas em ativos do mercado de ações americanas possuem

contribuições igualmente significativas, nomeadamente os Fundos Índice de Ações S&P 500 da

iShares e da SPDR, representando estes dois ativos cerca de 34,56% do risco de mercado total da

carteira. Ainda com bastante expressividade em termos de risco de mercado temos as restantes

posições subjacentes em ações (nomeadamente, o Futuro do Índice CAC 40, o Futuro do Índice Euro

STOXX 50 e o Fundo de Índice de Ações EURO STOXX 50), que no seu conjunto representam 35,14%

do risco total de mercado da carteira.

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32

As referidas contribuições, que no seu conjunto representam cerca de 96,38% do risco total de

mercado da carteira, são essencialmente justificadas pela volatilidade associada a esses ativos

(ações), conforme anteriormente tivemos a oportunidade de verificar. Assim, aumentando as

posições nestes ativos estaríamos a contribuir para aumentar o risco total de mercado da carteira.

A técnica “Decomposição do risco”, por um lado, clarifica as posições que devem ser o foco de

atenção por parte do gestor. Por outro, esta ferramenta também indica as posições que não

necessitam de ser o foco de preocupação, mesmo que possuam posições significativas, como é o

caso da posição detida em divida soberana portuguesa (que individualmente possui a maior posição

relativa em carteira de quase 15% e apenas contribui com 0,88% para o risco total da mercado da

carteira).

Importa referir que a técnica em apreço poderá ser aplicada em diferentes análises. Anteriormente,

utilizámos a técnica para decompor o risco por ativos, mas, poderíamos ter repartido esta

informação por outras vertentes, como por tipo de fator de risco, setor de atividade, país ou moeda.

No subcapítulo 4.5 teremos a oportunidade de utilizar a referida técnica por tipo de risco,

demonstrando, assim, em termos globais, a exposição que a carteira em estudo possui em risco de

crédito, taxa de juro, taxa de câmbio e preço.

Passando para a exemplificação da redução do risco, estabelecemos o objetivo de reduzir a

exposição ao risco de mercado da carteira de 1,27% para 1%, utilizando para tal a redução do peso

do ativo que mais contribuiu para o risco de mercado da carteira.

Como o Fundo Índice de Ações Emergentes tem a maior contribuição de risco total da carteira, torna-

se o candidato selecionado para reduzir o risco de mercado total da carteira. O impacto de reduzir o

peso do referido ativo de 13,26% para 2,76% pode ser obtido a partir da seguinte expressão

(Pearson, 2002):

∆F = GH(I)GIJ K! ∗ (I!∗# IJ)

IJ � (10)

� ∆F = 0,34% ∗ (],�w%# Qu,]w%)Qu,]w% �

� ∆F = −0,27%

Onde GH(I)

GIJ K! corresponde à contribuição de risco de mercado do ativo em termos percentuais do

valor total da carteira, que poderemos observar na Figura 9.

Assim, se reduzirmos o peso do Fundo Índice de Ações Emergentes em carteira de 13,26% para

2,76%, atingimos o objetivo de ter um risco de mercado de 1% do valor da carteira.

Conforme anteriormente referido no capítulo 3.1, para efeitos da aferição da razoabilidade do VaR

calculado, a Sociedade Gestora deverá realizar testes de precisão com uma periodicidade mínima

mensal.

Para a realização do teste de precisão proposto pela ESMA ao modelo de VaR utilizado, era

necessário obter os valores de VaR estimados para 502 observações à posteriori. No entanto, por

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33

uma questão de limitação de dados históricos disponíveis apenas foi possível estimar 177

observações de VaR.

O referido teste consiste em averiguar se existe um nível de overshootings aceitável na amostra. Um

overshooting ocorre quando se verifica que o retorno do dia excedeu a perda estimada pelo VaR para

esse dia (CESR, 2010).

Figura 11 – Teste de precisão do VaR estimado

Da Figura 11 resulta o teste de precisão realizado para a carteira em estudo, onde contabilizamos

seis casos excedidos, o que, para um nível de confiança de 99% ultrapassa consideravelmente 1% da

amostra (177 observações).

Um maior número de exceções pode indicar que o VaR se encontra subestimado e, nesse caso,

deveremos rever o modelo de VaR utilizado, nomeadamente quanto aos pressupostos assumidos,

aos parâmetros utilizados ou ainda através da aplicação de um fator multiplicador de agravamento

(CESR, 2010, p. 30).

Tomando em consideração a anterior recomendação da ESMA, decidimos aplicar um fator de

agravamento ao VaR estimado, utilizando para tal a metodologia proposta pelo Acordo de Basileia II

em que o fator mínimo aplicado é de três (Basel II Market Risk, 2009). Aplicando este fator

multiplicador sobre o VaR, verificámos que, para além de continuar a respeitar o limite prudencial

diário de VaR (3,80% do valor total da carteira, isto é, abaixo do limite diário permitido de 4,47%,

conforme apurado no subcapítulo 4.1.1 na expressão matemática n.º 9), deixam de existir

overshootings.

O regulador igualmente determina que a Sociedade Gestora deverá realizar periodicamente testes

de esforço que permitam avaliar o risco de mercado em condições excecionais.

Para o efeito, selecionámos um cenário histórico que captasse o efeito da correlação entre os ativos

da carteira (CESR, 2010), o que através de choques independentes (cenário hipotético ou uma

análise de sensibilidade) não seria possível captar.

-350.000

-250.000

-150.000

-50.000

50.000

150.0001 8

15

22

29

36

43

50

57

64

71

78

85

92

99

10

6

11

3

12

0

12

7

13

4

14

1

14

8

15

5

16

2

16

9

17

6

Milh

ares

de

euro

s

Total dos retornos VAR @ 0,01

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34

O teste de esforço consubstanciou-se em primeiro lugar em selecionar o evento extremo, tendo sido

escolhido a falência da Lehman Brothers. De seguida selecionou-se o período histórico que abrangeu

o mês do auge da crise financeira (outubro de 2008).

No entanto, deparámos que a atual componente obrigacionista em carteira não existia no período

histórico selecionado, pelo que foi necessário realizar um processo de seleção de ativos para replicar

a atual carteira, tendo-se utilizado como critérios de seleção: a maturidade, o tipo de cupão, a

duração e o país de cada obrigação em carteira.

Neste contexto apurou-se a rentabilidade da carteira para 22 observações, tendo sido selecionada a

observação que gerou o maior impacto negativo no valor total da carteira. A Figura 12 revela o

impacto detalhado dessa observação em cada um dos ativos da carteira.

Figura 12 - Cenário de esforço

O teste de esforço realizado demostra que, historicamente, a pior rentabilidade diária ocorrida no período selecionado implicaria uma perda do valor da carteira equivalente a 5,31%. Com efeito, a carteira que valia inicialmente € 14.816.468 (100%), após aplicação do choque passaria a valer € 14.030.134 (94,69% do valor inicial da carteira), ou seja menos €786.333.

Pela observação da Figura 12 concluímos que, em termos gerais e, à semelhança da conclusão obtida da análise da decomposição do risco de mercado, também aqui a componente acionista foi a que mais contribuiu para a desvalorização global da carteira.

Comparando com o risco de mercado inicialmente estimado (de 1,27%), o risco de mercado medido nas condições adversas (de 5,31%) revela a vulnerabilidade da carteira perante o fator de risco de flutuação dos preços dos ativos. Este resultado alerta assim para a necessidade de adotar medidas corretivas do VaR inicialmente estimado, sustentando que a aplicação do fator multiplicador de agravamento do VaR anteriormente realizada foi prudente.

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35

Com o propósito de analisar o risco de mercado das obrigações através do cálculo do VaR pelo

método simulação histórica, e tendo em consideração que o preço das obrigações tem duas

componentes explicativas, será proposto, no subcapítulo seguinte, uma abordagem conjunta para o

risco de crédito e risco de taxa de juro.

4.2. RISCO DE CRÉDITO E RISCO DE TAXA DE JURO

Tal como referido anteriormente neste subcapítulo iremos concentrar-nos apenas na componente

obrigacionista e nos riscos subjacentes, taxa de juro e crédito. Pelas razões explicadas optámos pela

utilização do preço das obrigações para cálculo do risco total e só depois procedemos à segregação

das componentes taxa de juro e crédito.

Importa relembrar que a carteira é composta por cinco obrigações de taxa fixa emitida por estados

europeus, isto é, divida soberana, com cupões periódicos.

A primeira etapa passou pela recolha dos preços históricos de cada uma das obrigações para assim

procedermos ao cálculo do VaR total.

Calculando o VaR da componente obrigacionista através do método da simulação histórica

anteriormente exposta (com um horizonte temporal de 1 dia e um intervalo de confiança de 99%)

apurámos um valor de €16.020, o correspondente a 0,24% do total da componente obrigacionista da

carteira.

De seguida passámos ao tratamento da parte relativa ao risco de taxa de juro da componente

obrigacionista da carteira, analisando-se para tal o efeito da ETTJ no preço das obrigações.

Pretende-se assim apurar os novos preços para cada obrigação em carteira no período temporal

compreendido entre 3 de setembro de 2013 e 6 de agosto de 2015, tendo apenas em consideração o

efeito da taxa de juro. Para tal, e tratando-se do cálculo do VaR de instrumentos de taxa de juro, é

necessário estimar uma estrutura de taxas de juro à vista adaptada aos períodos de pagamento de

cupões de cada obrigação em carteira (Pearson, 2002, chapter 4, pg. 57), uma vez que o preço51 pode

incorporar vários cupões.

Para o devido efeito, concretizámos as seguintes etapas de avaliação das obrigações:

1. Identificação das datas de pagamento dos cupões (Tabela 3);

2. Identificação das maturidades em dias desses cupões (Tabela 4);

3. Estimação dos novos pontos de taxas de juro à vista tendo em consideração o período de

pagamento dos cupões;

4. Cálculos do novo preço após apuramentos das novas taxas;

5. Cálculos dos ganhos e perdas.

Começamos por construir o mapa das datas de pagamento dos cupões para cada obrigação disposto

na Tabela 3, com referência à data do último dia do período em estudo.

51 0�ç� � ������çã� = ∑ P =

(QRS)�U + W(QRS)���XQ

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36

Tabela 3 – Mapa de cupões

Com o objetivo de calcular o novo preço da obrigação, incorporando apenas a parte relativa ao efeito da taxa de juro, teremos que apurar as maturidades dos respetivos cupões, constantes na Tabela 4, com referência a última data do período (6 de agosto de 2015).

Tabela 4 – Maturidade em dias para cada cupão

No entanto, as maturidades observadas dos cupões das obrigações em carteira não correspondem às maturidades das taxas de juro à vista disponíveis no mercado. Com efeito, é necessário determinar os fatores de desconto que permitam calcular as taxas de juro à vista para as maturidades que não existem.

Para construir uma ETTJ adaptada para cada obrigação em carteira, foram anteriormente selecionadas as taxas de juros à vista necessárias, sendo que, a taxa de juro à vista corresponde a uma taxa de juro aplicável hoje numa operação com início imediato e com um único fluxo de caixa52, e o fator de desconto para a maturidade Z, define-se assim como o valor atual de uma unidade

monetária com vencimento no momento Z53.

Considerando o horizonte temporal dos cupões das diferentes obrigações em carteira, identificadas na Tabela 3, foram selecionadas as taxas EURIBOR54 para os prazos de 2, 3, 6, 9 e 12 meses e as taxas de juros swap da zona euro para 2, 3 e 4 anos.

A simulação histórica do VaR do risco de taxa de juro que pretendemos demonstrar, tem por base a utilização das alterações históricas das taxas de juro para calcular as hipotéticas taxas de juro e preços das obrigações.

Para extrair os pontos da curva de taxa de juro à vista necessários, utilizou-se o método de interpolação linear, que em termos estatísticos, e dadas as taxas de desconto para as maturidades x e z conhecidas, a nova taxa de juro à vista para a maturidade y é dada pela seguinte expressão:

52 Z�l� �D�� à ����� = �L,N = � Q�(�,�)�Q/N − 1

53 L,� = �1 + �(L,N)�#N, em regime de capitalização discreta

54 Segundo o Banco de Portugal, “As taxas EURIBOR são as taxas de juro de referência do mercado

monetário do euro, para os prazos compreendidos entre 1 semana e 1 ano, correspondendo às taxas oferecidas,

para os diferentes prazos, por um “prime bank” a outro “prime bank” no mercado interbancário do euro para a

concessão de crédito sem garantia.”

DesignaçãoFrequência

do cupãoC1 C2 C3 C4

Dívida Soberana Ita l iana 2 1-Nov-15 1-Mai-16 1-Nov-16 1-Mai-17

Dívida Soberana Frances a 1 25-Jul -16 25-Jul -17

Dívida Soberana Portuguesa 1 16-Out-15 16-Out-16 16-Out-17

Dívida Soberana Alemã 1 12-Out-15 12-Out-16 12-Out-17 12-Out-18

Dívida Soberana Espanhola 1 30-Jul -16

Maturidade em dias

Designação C1 C2 C3 C4

Dívida Soberana Ita l iana 87 269 453 634

Dívida Soberana Frances a 354 719

Dívida Soberana Portugues a 71 437 802

Dívida Soberana Alemã 67 433 798 1.163

Dívida Soberana Espanhola 359

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37

�(0, Y) = (�#S)�(L,$)R(S#$)�(�,�)(�#$) (11)

Estamos assim em condições de apurar os novos preços hipotéticos para cada obrigação e calcular o VaR da componente taxa de juro, seguindo os passos da abordagem histórica anteriormente descritos.

Como resultado do VaR da parte relativa à taxa de juro, obtivemos um Var de € 85.69 considerando

um horizonte temporal de 1 dia e um intervalo de confiança de 99%, o que corresponde a 0.53% do

VaR relativo ao total da componente obrigacionista da carteira.

Sugerimos, então, que a exposição ao risco de crédito fosse obtida pela diferença entre o VaR da

componente obrigacionista e o VaR do risco de taxa de juro, conforme demonstrado na Tabela 5.

Tabela 5 – Decomposição do risco da componente obrigacionista

Da leitura à Tabela 5 retira-se que o VaR da componente obrigacionista é essencialmente

proveniente do risco de crédito (correspondendo a cerca 99,47% do peso do VaR da componente

obrigacionista) e não do risco de taxa de juro.

Em termos gerais, a divida soberana portuguesa foi a que mais contribui para o risco da componente

obrigacionista, o que se encontra em linha com a notação de risco de crédito emitida pelas agências

de classificação de risco de crédito em que, de todos os Estados representados em carteira, à data de

6 de agosto de 2015, o Estado Português é o que disponha de uma pior notação de risco de crédito.

No entanto, importa referir que, o contributo da divida soberana portuguesa para o risco total da

componente obrigacionista também é influenciado pelo respetivo peso do ativo em carteira (cerca

de 13% do valor da carteira).

4.3. RISCO DE LIQUIDEZ

Em matéria da gestão do risco de liquidez, vamos aplicar a metodologia LVaR apresentada no

capítulo 3 e sugerir uma abordagem particular construída com base nas disposições da DGFIA e dos

requisitos do regulador português.

Retomando a metodologia apresentada no capítulo 3 relativa ao VaR ajustado à liquidez, recordamos

a fórmula:

DesignaçãoPaís de

risco

VaR

Contribuição

das

Obrigações

VaR

Risco de

Taxa Juro

VaR

Risco de

Crédito

Nocional YTM Mduration

Dívida Soberana Italiana IT 2.843,00 -2 2.845 1.200.000 0,07% 1,05

Dívida Soberana Francesa FR 28,04 2 26 1.000.000 -0,18% 1,63

Dívida Soberana Portuguesa PT -16.867,26 -4 -16.863 2.000.000 0,37% 1,25

Dívida Soberana Alemã DE 79,90 -74 154 1.000.000 -0,20% 1,97

Dívida Soberana Espanhola ES -2.104,03 -8 -2.096 1.000.000 0,03% 0,98

-16.020 -86 -15.935

0,53% 99,47%

VAR @ 0,01 (99%)

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38

\4�6 = 4�6 + \Q (12)

Em que 4�6 é calculado segundo a abordagem paramétrica. Esta abordagem tem como prossuposto

que os ganhos e perdas diários do ativo/carteira seguem uma distribuição normal. Contudo, este

prossuposto pode levar à subestimação do risco apurado, dado que, na realidade, os ganhos e perdas

normalmente não assumem esta distribuição (Alves, 2011).

Perante esta limitação da abordagem paramétrica, optámos por seguir a abordagem da simulação

histórica seguindo assim a recomendação do regulador.

Assim, para um horizonte temporal de 1 dia e intervalo de confiança de 99%55, obtivemos o seguinte

resultado:

\4�6 = 4�6 + PQ] ∗ �∗U ∗ 4�1�� �1���1 � ��������

\4�6(99%) = 187.844 + PQ] ∗ 0,07%U ∗ 14.816.468 � (13)

� \4�6(99%) = 192.832

Para apurar o spread médio da carteira (na expressão acima identificado como �∗) calculámos

primeiro os spreads médios de cada ativo e depois ponderámos esses spreads pelos respetivos pesos

dos ativos em carteira.

O ajustamento incremental ao valor do VaR da carteira, explicado pelo custo da liquidez, foi de 0,03%

do valor total da carteira, ou seja um risco incremental de quase €5.000.

A segunda proposta para medir o risco de liquidez da carteira vai ao encontro de uma abordagem

empírica ponderada por fatores de risco à qual designámos de “Análise Ponderada de Fatores de

Risco de Liquidez”.

Propomos, então, que seja apurado um perfil de liquidez para a carteira em estudo em três fases. A

primeira fase passa por determinar os níveis de liquidez (compreendidos entre sete níveis) e o peso

de três fatores de risco (de seguida definidos) atribuídos ao ativo consoante o seu tipo. Numa

segunda fase, apuraremos para cada ativo o nível de liquidez de cada fator de risco inerente ao ativo

consoante uma escala (de seguida identificada). Na terceira fase, ponderamos os níveis dos fatores

de risco anteriormente obtidos pelo respetivo peso relativo em carteira. A soma ponderada dos

valores anteriores permite obter o perfil de liquidez global da carteira.

Os níveis de liquidez foram determinados tendo em consideração a sugestão da DGFIA, que define

sete níveis de liquidez compreendidos entre 0 a 6, em que o valor zero da escala corresponde ao

nível de liquidez mais elevado e o valor seis corresponde ao nível de liquidez menor.

Os fatores de risco escolhidos tiveram em consideração as exigências do regulador português56,

nomeadamente, o diferencial de preços de compra e venda do ativo, o volume médio de transação

do ativo, e a percentagem da emissão detida pelo OIC do ativo. Adicionalmente, acrescentamos

como um dos fatores de risco a percentagem de concentração/detenção do ativo no mercado pelos

55 Que numa distribuição normal o correspondente valor crítico é de 2,33. 56 Subalínea i), da alínea c, do número 1 Artigo 14.º do Regulamento da CMVM n.º 2/2015

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39

dez maiores investidores.

As escalas identificadas na segunda, terceira e quinta colunas da Tabela 6, foram determinados

tendo presente a informação de mercado dos ativos da carteira em estudo, para os quais se

definiram os seguintes pressupostos:

1. O valor mínimo dos fatores de risco é zero;

2. A média obtida em cada fator de risco corresponde ao nível de liquidez três;

3. Os valores máximos obtidos em cada fator de risco corresponde ao sexto pior nível de

liquidez;

4. Os níveis de liquidez intermédios sem valores foram apurados através de uma média

simples entre os níveis de liquidez com valores (média, máximo e mínimos anteriormente

obtidos);

5. Os valores dos níveis em falta foram obtidos através da aplicação de um fator multiplicador

de dois ao nível com valor mais próximo.

Assim quanto maior for a amostragem de títulos, mais credíveis serão os intervalos

determinados.

O fator relativo à percentagem da emissão detida pelo OIC do ativo, teve por base os limites a

participações detidas pelo OIC e pela Sociedade Gestora, impostos pelo Regime Geral57 aos seguintes

tipos de ativos: obrigações e ações.

Tabela 6 – Níveis de liquidez e ponderadores

A determinação dos fatores de risco teve em consideração a informação de mercado disponível para

cada tipo de ativo. A título de exemplo, se quisermos obter para uma obrigação, ou para qualquer

outro ativo que não seja transacionado em mercado regulamento, a informação relativa ao volume

médio de transações não se encontra disponível.

Assim, para os fatores de risco escolhidos, foi distribuído uma maior ponderação aos fatores que

poderão melhor refletir a liquidez de um ativo seguindo a seguinte ordem:

57 Artigos 146.º e 175.º do Regime Geral

Nível de

liquidez

Diferencial

de preços de

compra e de

venda (%)

Volume

médio de

transação de

ações

Participação

detida pelo

OIC (% da

emissão)

Concentração

de mercado

(% da

emissão)

0 0,00 761.429.196 0 0

1 0,005 380.714.598 0,005 1

2 0,03 204.851.940 0,25 9,32

3 0,06 28.989.283 0,5 17

4 0,98 8.386 2 37,01

5 1,91 4.193 5 57

6 3,82 0 10 100

Tipo de ativo

Obrigações 80 0 15 5

Ações 15 80 5 0

Ponderadores (%)

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40

1. O volume de mercado;

2. O diferencial de preços de compra e venda;

3. A percentagem da emissão detida pelo OIC do ativo; e

4. A percentagem de concentração/detenção do ativo no mercado.

No que respeita aos pesos, ao fator principal atribuímos uma maior ponderação, por termos

verificado, empiricamente, que é o fator mais frequentemente utilizado para medir o risco de

liquidez dos ativos em questão. Para os seguintes fatores de risco atribuímos uma percentagem

menor (de 15% para o segundo e de 5% para o terceiro), dado não termos uma evidência concreta da

sua relevância. Apesar desta decisão ser subjetiva, decidimos incorporar as recomendações do

regulador, não deixamos assim de refletir no apuramento do perfil de liquidez da carteira novos

fatores risco.

A Tabela 7 identifica os resultados dos indicadores de risco de liquidez e respetivo apuramento do

nível de liquidez tendo em consideração os intervalos definidos.

Tabela 7 – Resultados dos fatores de risco de liquidez e respetivo apuramento de nível

Por forma a obter o perfil de risco de liquidez da carteira, ponderámos cada resultado obtido pelo

peso atribuído ao fator de liquidez relevante e pelo peso do ativos em carteira, tendo obtido um

nível de liquidez igual a 2, ou seja elevado, conforme demostramos na Tabela 8.

Diferencial de preços de

compra e venda (%)

Volume médio de

transação

Participação detida pelo

OIC (% da emissão)

Concentração de mercado

(% da emissão)

Tipo de ativo

Obrigações

1 0,0319 - 0,08795 12

2 0,0305 - 0,04655 1

3 0,1945 - 0,22625 6

4 0,0211 - 0,05879 3

5 0,0404 - 0,05832 5

Ações

6 0,0683 957.266 0,00012 10

7 0,0259 114.125 - 0

8 0,0101 110.551.860 0,00001 57

9 0,0101 4.095.501 0,00003 28

10 0,0720 57.185.204 0,00010 32

11 0,0379 1.031.740 - 0

Diferencial de preços de

compra e venda (%)

Volume médio de

transação

Participação detida pelo

OIC (% da emissão)

Concentração de mercado

(% da emissão)

Tipo de ativo

Obrigação

1 2 - 1 2

2 1 - 1 1

3 3 - 1 1

4 1 - 1 1

5 2 - 1 1

Ações

6 3 4 0 2

7 1 4 - 0

8 1 3 0 5

9 1 4 0 3

10 3 3 0 3

11 2 4 - 0

Resultados dos fatores

Resultados dos fatores

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41

Tabela 8 – Apuramento do perfil de liquidez da carteira

Revelado o nível de liquidez da carteira em estudo, concluímos que, caso exista a necessidade de

vender de imediato os ativos em carteira, o risco de não os vender de forma célere é reduzido.

Este indicador torna-se uma ferramenta útil para a gestão dos resgates, na medida em que auxilia o

gestor a tomar decisões, dando a indicação de quais os ativos que mais rapidamente conseguirá

vender para fazer face aos pedidos de resgates dos participantes, levando assim, a que o risco de

entrar de incumprimento seja menor.

O subcapítulo seguinte tem como o objetivo de medir risco de taxa de câmbio da carteira, o qual

complementado com uma proposta de cobertura. A referida cobertura, no entanto, ilustrará o risco

de contraparte acautelado pelo regulador.

4.4. RISCO DE TAXA DE CÂMBIO E RISCO DE CONTRAPARTE

Encontrando-se as unidades de participação da carteira em estudo em euros e existindo em carteira

ativos denominados noutras moedas diferentes do euro, é necessário proceder ao câmbio do preço

desses ativos. Esta conversão cambial dos ativos leva a que a carteira esteja exposta ao risco de taxa

de câmbio. No caso em estudo a carteira dispõe de ativos em dólares.

Recorrendo uma vez mais ao método do VaR pela abordagem da simulação histórica, calculamos o

risco da componente cambial da carteira de €72.200, considerando um horizonte temporal de um

dia e o intervalo de confiança de 99%, valor que corresponde a 0,49% do valor da carteira.

Diferencial de preços de

compra e venda (%)

Volume médio de

transação

Participação detida pelo

OIC (% da emissão)

Concentração de mercado

(% da emissão)

Tipo de ativo

Perfi l de

liquidez

(por ativo)

Ativo

(%

carteira)

Perfi l de

l iquidez da

carteira

Obrigação

1 0,30 - 0,15 0 1 0,09 0,05

2 0,15 - 0,15 0 0 0,07 0,02

3 0,45 - 0,15 0 1 0,15 0,10

4 0,15 - 0,15 0 0 0,07 0,02

5 0,30 - 0,15 0 1 0,07 0,03

Ações

6 0,45 3 0,00 0 4 0,07 0,28

7 0,15 4 0 4 0,07 0,26

8 0,15 2 0,00 0 3 0,13 0,36

9 0,15 3 0,00 0 4 0,13 0,45

10 0,45 2 0,00 0 3 0,13 0,40

11 0,30 4 0 4 0,02 0,10

1 2

Resultados

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42

Tabela 9 – VaR dos ativos denominados em moeda diferente do euro

O gestor, perante este cenário, pode optar por fazer uma cobertura do risco cambial, se fixar o

câmbio dos ativos denominados em moeda diferente, evitando, assim, a exposição da carteira às

flutuações da taxa de câmbio.

A cobertura do risco cambial pode concretizar-se através da celebração de contratos de IFD fora de

mercado regulamentado, onde se transfere o risco para uma terceira entidade, a contraparte, a qual

possui expectativas contrárias no que respeita ao comportamento das taxas de câmbio. A título de

exemplo, ilustramos de seguida a cobertura do risco taxa de câmbio através da aquisição de um forex

forward.

Assim, tendo em consideração o valor de mercado ativos denominados em USD, a respetiva

quantidade e o câmbio do momento em que celebramos o contrato de aquisição do forex forward,

ascendemos a uma exposição total €5.747.774,22 à data de 6 de agosto de 2015, correspondente a

cerca 39% do valor da carteira.

A celebração de um contrato de IFD fora de mercado regulamento, prossupõe, por outro lado, a

exposição da carteira a um novo risco, o da contraparte.

O apuramento da exposição ao risco de contraparte associado a IFD transacionados fora de mercado

regulamentado, de acordo com a abordagem baseada nos compromissos58, tem em consideração o

nocional do contrato, expurgado de eventuais as garantias prestadas pela contraparte e de

mecanismos de compensação, que neste caso em particular não existam.

Para apurarmos o montante a contratualizar, é necessário ter presente os limites prudenciais. Se a

contraparte for uma instituição de crédito o limite da exposição pode ir até 10% do valor da carteira,

caso contrário pode ir até 5% do valor da carteira. Nestes termos, o gestor terá que repartir o

montante a contratualizar por diversas contrapartes por forma cumprir com as exigências legais.

58 Cf. número 8 do artigo 136º do Regime Geral

Em euros

Fatores de risco Risco de câmbio

Risco de

flutuação dos

preços

Fundo Índi ce de Ações S&P 500 da iShares -23.697 -24.565

Fundo Índi ce de Ações S&P 500 da SPDR -23.824 -25.152

Fundo Índi ce de Ações Emergente -24.678 -10.462

Subtotal -72.200 -60.178

Total -132.378

Designação

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43

4.5. DECOMPOSIÇÃO DO RISCO DE MERCADO POR FATOR DE RISCO

Conforme anunciado no subcapítulo 4.1.2 utilizaremos a técnica “Decomposição do risco” por tipo

de fator de risco, para demonstrar, em termos globais, a exposição que a carteira em estudo possui

em cada tipo de fator de risco.

Tabela 10 – Decomposição do risco de mercado por fator de risco

A presente análise da decomposição do risco, só foi possível devido ao trabalho desenvolvido nos

subcapítulos anteriores onde se teve a intenção de obter a exposição independente aos riscos de

flutuação dos preços, de câmbio, de crédito e de taxa de juro.

Figura 13 – Exposição por fatores de risco de mercado

Fatores de riscoFlutuação

dos preçosCâmbio Crédito Taxa de Juro

Risco de

Mercado

Dívida Soberana Ital iana - - 535 781 1.316

Dívida Soberana Francesa - - -171 1.190 1.018

Dívida Soberana Portuguesa - - 247 1.411 1.658

Dívida Soberana Alemã - - -640 3.022 2.382

Dívida Soberana Espanhola - - 397 25 422

Fundo de Índice de Ações EURO STOXX 50 29.717 - - - 29.717

Futuro do Índice CAC 40 27.355 - - - 27.355

Fundo Índice de Ações S&P 500 da iShares 7.658 24.914 - - 32.572

Fundo Índice de Ações S&P 500 da SPDR 7.297 25.047 - - 32.344

Fundo Índice de Ações Emergente 24.175 25.946 - - 50.120

Futuro do Índice Euro STOXX 50 8.939 - - - 8.939

Total 105.140 75.907 369 6.429 187.844

Peso relativo ao valor da carteira 0,71% 0,51% 0,00% 0,04% 1,27%

Peso relativo ao valor do VaR 55,97% 40,41% 0,20% 3,42% 100,00%

Designação

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44

Analisando a Figura 13, concluímos que a maior exposição por fator de risco é o risco da flutuação

dos preços, representando 55,97% do risco de mercado da carteira, seguida pelo risco taxa de

câmbio que apresenta 40,41%. Estes dois fatores de risco, em conjunto, explicam 96,38% do risco de

mercado da carteira.

Depreende-se igualmente que perante tão elevada exposição ao risco cambial, a sugestão avançada

no subcapítulo 4.4 em eliminar este risco transferindo o mesmo para uma terceira entidade com a

qual realizamos o contrato de derivados (a contraparte), parece ser uma decisão prudente em

matéria de gestão de risco.

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45

5. CONCLUSÕES

No atual contexto português, onde a visão de mercado encontra-se bastante focada para uma

análise de rentabilidades, novas exigências regulamentares chamam à atenção das Sociedades

Gestoras para o alcance de uma maior robustez em relação à análise dos riscos a que se encontram

expostas.

A gestão de risco de uma carteira pode proporcionar ganhos ou evitar perdas na sequencia das

recomendações de risco inerentes aos investimentos a realizar, verificando-se, à posteriori, se essas

recomendações foram eficazes. A isto, designamos de uma gestão eficaz do risco que pode conduzir

a um impacto muito positivo no nível reputacional da Sociedade Gestora.

Aceite o desafio de sugerirmos um desenho da Função de Gestão de Risco para uma Sociedade

Gestora portuguesa, recomendámos uma abordagem baseada em três grandes pilares, sendo estes

os princípios, a estrutura e o processo.

Para reproduzir o processo de gestão de risco de um FIM, identificámos uma possível abordagem

consubstanciada numa medida sumária de riscos denominada de VaR. Com esta medida

introduzimos a técnica de “Decomposição do Risco”, onde dissecámos o contributo de cada título em

carteira para o risco de mercado, sensibilizando, assim, o gestor para as principais fontes de risco

existentes. Com a referida medida foi-nos ainda possível avaliar os riscos subjacentes ao risco de

mercado de uma forma individual, nomeadamente o risco de taxa de juro, o risco de crédito, o risco

de liquidez e o risco cambial. Ainda no que respeita ao risco de liquidez, sugerimos uma possível

abordagem cada vez mais apreciada pelos gestores europeus, que batizámos de Análise Ponderada

de Fatores de Risco.

O presente trabalho de projeto contemplou, para a análise do risco a um FIM, as demais exigências

legais, bem como orientações da ESMA e as conclusões obtidas da pesquisa das melhores práticas de

gestão do risco ao nível nacional.

Uma das conclusões retiradas ao nível nacional foi que, apesar de a gestão do risco ser um tema em

voga, a divulgação das políticas e das práticas de gestão de risco continua a ser um ato voluntário

(Ereira & Canadas, 2000), não existindo assim, ao nível da gestão de FIM, a informação que seria

desejavel para retirar conclusões concretas no que respeita às abordagem a utilizar. Ao nível

europeu, de acordo com um estudo realizado pela Associação Europeia de Fundos e de Gestão de

Ativos verificou-se que, perante leis e regulamentos pouco prescritivos, a indústria europeia

desenvolve, de uma forma individual, as suas próprias abordagens à gestão de risco (EFAMA, 2011).

Assistindo ao aumento de inúmeras medidas regulamentares que as Sociedades Gestoras têm de

cumprir (muitas vezes não acompanhadas por uma devida clarificação do regulador das

metodologias a utilizar para determinados riscos) e, cumulativamente, não existindo uma

uniformização nas práticas de gestão de risco adotadas pela indústria, leva-nos a acreditar que o

presente tema será alvo de novos desenvolvimentos.

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46

Relativamente às limitações do presente trabalho de projeto importa referir que, tendo presente que

abordagem realizada à temática do risco envergou para uma vertente financeira, o estudo realizado

não se debruçou sobre os riscos designados de “não financeiros”, igualmente relevantes na gestão

diária de risco numa Instituição, como sendo, o risco operacional, o risco de estratégia, o risco de

compliance, o risco de reputação ou o risco legal. Importa ainda salientar que, no presente trabalho,

por forma a simplificar o exercício, apenas sugerimos uma abordagem possível por tipo de risco.

Em conclusão, esperamos que este trabalho possa contribuir para clarificar o caminho a seguir pela

Sociedade Gestora e dado o ponto de partida para estabelecer uma Função de Gestão de Risco na

Sociedade Gestora portuguesa, retendo sempre a premissa de que, se estivermos conscientes dos

riscos a que nos encontramos expostos tornar-se-á inevitavelmente mais fácil tomar decisões.

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47

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7. ANEXOS

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50

7.1. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO

1. Contextualização interna

A presente declaração de intenções que tem como objetivo imanar as diretrizes da gestão do risco da

Sociedade Gestora/Organização.

Pretende-se apresentar os fundamentos para conceber, implementar, monitorizar, rever e melhorar

continuamente a gestão do risco em toda a Organização.

A Sociedade Gestora tem como objeto social a gestão e representação de fundos de investimento

mobiliário, abertos ou fechados, a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de

outrem, e a consultoria para investimentos.

A Sociedade Gestora reconhece duas grandes áreas de risco, do tipo financeiro e não financeiro.

Identificam-se como riscos financeiros a probabilidade de ocorrência de eventos que afetem de

forma significativa a condição financeira da Organização, e que resultam exclusivamente de fatores

exógenos, os quais estão para além do poder de intervenção da Organização, sendo estes, por

exemplo, o risco de crédito, liquidez, mercado, cambial ou de taxa juro.

Os riscos não financeiros, resultam de fatores endógenos à própria Organização, e são identificados

como se tratando do risco operacional, compliance, reputacional ou de estratégia.

2. Fundamentação da Organização para gerir o risco

O Conselho de Administração considera fundamental para a Sociedade Gestora, que os Fundos e as

Carteiras que administra possuam um processo de gestão dos riscos adequado e eficaz.

A Sociedade Gestora partilha da definição identificada pela Organização Internacional de

Normalização relativa a Processo de Gestão dos Riscos como o processo de aplicação sistemática de

políticas, procedimentos e práticas da gestão às atividades de comunicação, consulta,

estabelecimento do contexto e identificação, análise, avaliação, tratamento, monitorização e revisão

do risco.

Pretende-se que o Processo de Gestão dos Riscos garanta:

� O desempenho eficiente e rentável, no médio e longo prazo, da atividade através de uma

utilização eficaz dos ativos e recursos;

� O efetivo cumprimento das obrigações legais e regulamentares a que se encontra sujeita;

� A apropriada gestão dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas, assegurando a

estabilidade e sobrevivência da sociedade;

� A prudente e adequada avaliação dos ativos e responsabilidades;

� A existência de informação financeira e de gestão completa e fiável.

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51

Os objetivos anteriormente identificados são atingidos através da fomentação contínua de uma

cultura e um ambiente de controlo adequados, assegurado pela implementação e manutenção de

atividades de controlo, mecanismos de avaliação do ambiente de controlo bem como um efetivo

processo de monitorização.

3. Responsabilização

A Direção responsável por implementar e manter o processo da gestão do risco e assegurar a sua

adequação, a eficácia e a eficiência dos controlos existentes é a Unidade de Gestão de Riscos (UGR).

Devido à estrutura orgânica da Sociedade Gestora, os riscos não financeiros encontram-se a ser

geridos pela Unidade de Compliance (UC).

Num nível inicial, o Órgão de Administração define a apetência ao risco da Sociedade Gestora, onde

se determina que riscos quer evitar, aceitar, diversificar, transferir (cobertura total ou parcial).

A apetência ao risco pode numa primeira fase ser definida em 3 níveis:

� Indesejável, mas a probabilidade de ocorrer é tão diminuta que não vale a pena incorrer a

custos de gestão;

� Indesejável e a probabilidade considerável, pelo que torna-se viável a cobertura; e

� Muito indesejável e a probabilidade diminuta, mas tem que se fazer a cobertura.

Contudo, a decisão de cobertura também depende do perfil do investidor da carteira, ou seja, para

investidores que sejam avessos ao risco teremos que eliminar o efeito da incerteza do lucro

esperado.

O Órgão de Administração, para cada OIC, aprova e revê sempre que necessário o respetivo perfil de

risco identificado na ficha do OIC criada pela UGR.

A monitorização realizada pela UGR passa igualmente por analisar, para cada OIC, se o nível atual de

risco mantem-se em linha com o perfil de risco aprovado pelo Órgão de Administração.

A UGR assegura a manutenção de um sistema de alerta que tenha por base os níveis de tolerância

aos riscos definidos pela Sociedade Gestora.

O Órgão de Administração deverá ser informado pela UGR quando as métricas de riscos excederem a

tolerância definida ou quando o perfil de risco observado não coincide com o aprovado.

O Órgão de Administração define, com o apoio da UGR, planos de contingência para dar resposta a

limites quebrados, devendo dar instruções à gestão para a aplicação imediata do plano.

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52

A fim de cobrir eventuais riscos de responsabilidade profissional59 decorrentes da atividade

desenvolvida, a Sociedade gestora:

� Detém fundos próprios suplementares suficientes para cobrir eventuais riscos resultantes

de responsabilidade civil profissional, a título de negligência; ou

� Pode optar por possuir seguro de responsabilidade civil profissional suficiente que cubra a

responsabilidade por atos de negligência profissional e que seja adequado aos riscos

cobertos.

De acordo com a CMVM, o incumprimento das regras relativas à avaliação e gestão de riscos

constitui uma contraordenação muito grave, encontrando-se previsto no Regime Geral a aplicação

de coima que pode variar entre € 25 000 e € 5 000 000.

4. Integração aos processos organizacionais

A gestão do risco é integrada em todos os processos e práticas da Organização, de modo a ser

pertinente, eficaz e eficiente. O plano da gestão do risco é discutido e garantido no planeamento

estratégico e do negócio da Organização através do Comité existe para o efeito.

5. Conflitos de Interesses

Independente das restantes áreas funcionais da Sociedade gestora, a Direção de Gestão de Riscos,

não se encontra envolvida em quaisquer funções de decisão, execução, registo ou de controlo dos

investimentos realizados.

De forma genérica, e por forma a minimizar o risco de ocorrência de conflitos de interesses interno,

estão estabelecidas as seguintes normas:

1. Os Colaboradores não podem intervir na apreciação nem no processo de decisão, sempre

que estiverem em causa operações, contratos ou outros atos em que sejam direta ou

indiretamente interessados os próprios, os seus cônjuges, parentes e afins, da linha reta e

até ao quarto grau da linha colateral, ou pessoas que com eles vivam em união de facto ou

economia comum, ou ainda sociedades ou outros entes coletivos em que aqueles

detenham, direta ou indiretamente, qualquer interesse;

2. Sempre que ocorra qualquer situação, relacionada com um Colaborador ou com o seu

património, que seja suscetível de pôr em causa o normal cumprimento dos seus deveres

ou o desempenho objetivo e efetivo das suas funções, no interesse da Sociedade gestora

ou dos seus Clientes, o Colaborador dará do facto imediato conhecimento à estrutura

hierárquica ou, sendo membro do Conselho de Administração, aos demais membros do

órgão;

3. Os Colaboradores não podem intervir, fora do âmbito profissional, em assuntos de

terceiros que tenham como contraparte a Sociedade gestora;

59 Cf. Número 7, Artigo 70.º do Regime Geral

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53

4. A resolução de conflitos de interesses respeita, escrupulosamente, as disposições legais,

regulamentares e contratuais aplicáveis.

6. Recursos

A Direção de Gestão de Riscos é composta por três colaboradores e tem como responsável o Dr. XXX.

Encontra-se documentado no manual de procedimentos da UGR os processos, as atividades, as

técnicas, as ferramentas, o conteúdo e frequência do reporte ao Órgão de Administração.

Os sistemas da gestão da informação utilizados são:

� Bloomberg/Reuters Terminal;

� Plataforma Interna de Rentabilidades;

� Aplicação de base de dados que comtempla informações relativa a fichas técnicas de títulos

e índices de mercado, preços, composição de carteiras, etc.

� Aplicação de Backoffice;

� Aplicação de Frontoffice.

A UGR possui a intenção de garantir um planeamento de formação dos seus colaboradores com um

número mínimo anual de 35 horas.

7. Mecanismos de comunicação e relato interno

A promoção da responsabilização estabelece-se igualmente via implementação de mecanismos de

comunicação interna. A UGR tem definido a comunicação bimestral de resultados através do Comité

de Risco onde se encontra presente o Órgão de Administração a UGR e a Unidade de Investimentos

(UI).

Nos referidos Comités, segregados por área de negócio, é detalhado o posicionamento de cada OIC

gerido a vários níveis de análise.

Adicionalmente, em sede de Comité, prevê-se a identificação, discussão e a definição de soluções

para a resolução dos limites quebrados.

No âmbito da análise diária efetuada pela UGR, são controlados limites internamente estabelecidos e

verificado se o perfil de risco a periodicamente revisto coincide com o aprovado. Caso se verificar

incumprimento de limites, encontra-se estipulado a comunicação imediata ao Órgão de

Administração, que decidirá acerca da resolução do mesmo. O acompanhamento é reportado

mensalmente através de relatórios individuais de carteira, que são enviados via e-mail ao Órgão de

Administração, e igualmente divulgados à UI.

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54

8. Mecanismos de comunicação e relato externo

A UGR encontra-se apta para, em qualquer momento, fornecer ao investidor informações

complementares sobre os limites quantitativos aplicáveis na gestão de riscos do organismo de

investimento coletivo, sobre os métodos utilizados para o efeito e sobre a evolução recente dos

riscos e dos rendimentos das principais categorias de instrumentos60.

Igualmente, com uma periodicidade mínima anual, a UGR disponibiliza informação relativa à

evolução do risco do organismo de investimento alternativo, identificado as respetivas

condicionantes/fatores relevantes para o resultado obtido61.

Em cumprimento com o exigido pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, no que respeita ao

estabelecimento e manutenção de uma Função de Gestão de Riscos, a UGR em conjunto com a UC,

elabora anualmente um Relatório de Risco, que constitui um documento a ser apresentado ao órgão

de administração e ao órgão de fiscalização, onde são identificados os incumprimentos verificados na

Organização e as medidas adotadas para corrigir eventuais deficiências.

A Sociedade Gestora envia anualmente à CMVM, relativamente aos organismos de investimento

coletivo em valores mobiliários e aos organismos de investimento alternativo em valores mobiliários

geridos, relatório62 com informações que reflitam uma imagem verdadeira e apropriada dos tipos de

instrumentos financeiros derivados utilizados, dos riscos subjacentes, dos limites quantitativos e dos

métodos escolhidos para calcular os riscos associados às transações de instrumentos financeiros

derivados.

O referido relatório é entregue até 30 de abril do ano seguinte ao que respeita.

9. Compromisso

Na aplicação da política de gestão de riscos e em função da natureza do investimento previsto, a

Sociedade Gestora compromete-se a formular previsões e efetuar análises relativamente ao

contributo do investimento para a composição, a liquidez e o perfil de risco e de rendimento das

carteiras dos organismos de investimento coletivo antes de executar o investimento.

As análises referidas no número anterior são efetuadas com base em informação fiável e atualizada,

tanto em termos quantitativos como qualitativos.

A UGR compromete-se a garantir o princípio de repartição de riscos, bem como, a diligenciar se os

mecanismos que asseguram as decisões de investimento em nome dos organismos de investimento

coletivo são aplicados em conformidade com os objetivos, política de investimento e limites de risco

de cada carteira gerida pela Sociedade Gestora.

A análise e controlo dos riscos não impede a ocorrência de perdas e pode falhar na estimativa da

probabilidade, diversos motivos como por exemplo, pela complexidade do ativo; rotatividade da

carteira quando utilizado dados históricos; alterações imprevisíveis de mercado.

60 Cf. Número 7, Artigo 158.º do Regime Geral 61 Artigo 220.º do Regime Geral 62 Cf. Artigo 138.º do Regime Geral

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55

Podem inclusivamente existir riscos que não estejam a ser monitorizados, por razões de

desinformação ou por nunca terem surgido.

Para fazer face ao disposto a UGR compromete-se a realizar teste periódicos que permitam avaliar as

métricas utilizadas, bem como rever numa base mensal os riscos a que cada OIC gerido se encontra

exposto.

A UGR tem ainda o compromisso de identificar se o OIC investe em ativos complexos, e se por este

motivo a análise de risco encontra de alguma forma condicionada.

A Sociedade Gestora, cumpre com as exigências previstas no Regime Geral, nomeadamente no que

respeita à adotação mecanismos, processos e técnicas adequados e eficazes ao perfil de risco de

cada investimento coletivo (OIC), de forma a63:

� Identificar, avaliar e gerir os riscos a que os organismos de investimento coletivo (OIC) que

gerem estão ou poderão estar expostos;

� Assegurar o cumprimento dos limites relativos à exposição global em instrumentos

financeiros derivados (IFD) e ao risco de contraparte associado aos IFD transacionados fora

de mercado regulamentado e em sistema de negociação multilateral;

� Garantir que os riscos de uma determinada posição tomada e o perfil de risco do OICVM

são avaliados com base em dados fiáveis e esse processo seja devidamente documentado;

� Realizar testes retroativos periódicos para apreciar a validade dos mecanismos de avaliação

do risco existentes, assentes em estimativas e previsões baseadas em modelos, igualmente

designados de backtests;

� Realizar testes de esforço periódicos que permitam avaliar os riscos significativos para o

OICVM, igualmente designados de stress tests;

� “Estabelecer, aplicar e manter um sistema documentado de limites internos relativos às

medidas utilizadas para gerir e controlar os riscos relevantes para cada OIC…”;

� Confirmar frequentemente se o nível de risco estabelecido para o OICVM cumpre com o

sistema de limite de risco referido no número anterior;

� No caso de se verificar ou prever o incumprimento dos limite de risco, “… assegurar ações

de correção atempadas no interesse dos participantes.”

Relativamente aos riscos de uma determinada posição tomada, e para efeitos da avaliação da

qualidade creditícia dos ativos dos organismos de investimento coletivo, esta não se baseia

exclusivamente em notações de risco emitidas por agências de notação de risco, mas também, como

exemplo, por análise ao emitente, setor, nível subordinação de dívida, data de maturidade.

63 Cf. Número 3, Artigo 79.º do Regime Geral

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56

No que diz respeito à utilização de instrumentos financeiros derivados (IFD) a Sociedade Gestora tem

em consideração as diretrizes provindas no artigo 134.º e seguintes do Regime Geral dos OIC, bem

como as linhas orientadoras emitidas pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos

Mercados (ESMA).

Para efeitos do cálculo da exposição global em IFD a Sociedade Gestora decidiu aplica a todos os OIC

geridos a abordagem baseada nos compromissos, pelo que declare não possuir em nenhum

organismo gerido: i) estratégias de investimento complexas; ii) investimento em instrumentos

financeiros derivados não padronizados (exóticos); ou iii) que a abordagem baseada nos

compromissos não possibilite uma mensuração adequada do risco de mercado da carteira do

organismo.

A exposição global de cada organismo de investimento coletivo em valores mobiliários em

instrumentos financeiros derivados não excede o valor líquido global da respetiva carteira.

Igualmente, a utilização de medidas ou índices de rentabilidade e risco dos organismos de

investimento coletivo comercializados em Portugal são calculados e divulgados, nos termos definidos

em regulamento da CMVM n.º 2/2015.

A diversificação dos riscos prudenciais estabelecidos no artigo 176.º do Regime Geral é garantida

pela UC.

10. Procedimentos relativos à avaliação de risco

Em anexo à presente Politica, encontram-se os seguintes documentos:

1. Anexo I - Ficha de avaliação de riscos padronizada, para cada carteira gerida, que resume o

perfil de risco da carteira, os procedimentos de controlo e monitorização existentes e os

limites internos estabelecidos;

2. Anexo II - Tabela Riscos, onde são identificados os riscos suscetíveis de existir nos OIC

geridos pela Sociedade Gestora, de onde é validada periodicamente a sua aplicabilidade a

cada OIC e cuja conclusão se materializa em relatórios a apresentar em sede de Comité ou

ao Órgão de Administração.

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57

7.2. SIMULAÇÃO HISTÓRICA DO VAR POR ATIVO E RESPETIVO TOTAL DOS GANHOS E PERDAS DIÁRIOS DA CARTEIRA

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

1 04-09-2013 2.150 1.962 10.275 10.366 29.052 666 -4.033 28 -4.793 288 -583 45.378

2 05-09-2013 6.039 7.310 14.911 14.522 36.640 1.063 -4.779 -3.331 -9.614 -5.321 -1.675 55.765

3 06-09-2013 10.661 10.499 -7.396 -6.873 19.890 4.242 2.131 2.525 -4.408 5.040 2.624 38.934

4 09-09-2013 -1.537 -2.951 7.045 7.735 40.371 -131 -1.129 -23 5.638 -200 -18 54.799

5 10-09-2013 19.798 20.075 12.045 11.292 12.899 6.947 144 -1.509 -2.074 -2.809 679 77.487

6 11-09-2013 5.214 1.136 -193 222 -5.160 772 206 1.126 -792 1.623 729 4.883

7 12-09-2013 -866 -3.279 -3.314 -2.190 -21.039 385 -52 1.105 -10.839 2.078 820 -37.190

8 13-09-2013 2.071 2.404 4.954 3.392 13.474 1.026 -1.388 130 -22.051 890 -632 4.268

9 16-09-2013 10.466 9.088 5.225 6.753 16.231 3.197 5.202 1.851 19.431 1.740 1.455 80.640

10 17-09-2013 -1.517 -1.627 4.870 4.075 -7.917 -254 3.042 488 7.245 -831 1.201 8.776

11 18-09-2013 7.212 6.015 -1.018 -714 58.009 1.649 779 -1.025 4.784 -1.921 949 74.720

12 19-09-2013 9.430 8.223 -4.424 -3.767 -11.968 3.157 4.437 2.995 3.932 4.973 2.657 19.646

13 20-09-2013 -1.122 2.052 -12.355 -13.458 -43.183 1.426 1.992 -686 5.701 -902 2.270 -58.265

14 23-09-2013 -7.297 -6.860 -4.414 -3.577 11.530 -5.911 1.383 998 -5.752 1.518 1.024 -17.359

15 24-09-2013 5.274 3.726 -1.786 -1.488 -13.765 2.282 617 1.609 13.880 2.973 -607 12.716

16 25-09-2013 2.062 -619 -12.681 -12.717 -22.506 378 -231 -328 -1.134 338 -407 -47.846

17 26-09-2013 -1.683 -1.486 12.446 11.127 13.448 -629 -4.669 -125 2.815 142 -2.510 28.874

18 27-09-2013 -936 -372 -13.262 -12.721 -27.571 -378 -3.969 1.047 13.649 2.057 -338 -42.795

19 30-09-2013 -9.006 -10.296 -10.732 -11.303 -23.583 -3.534 -75 567 20.831 285 1.348 -45.496

20 01-10-2013 14.563 12.404 15.071 15.521 39.423 4.843 6.275 -33 10.106 -1.482 4.305 120.996

21 02-10-2013 -5.784 -9.410 -9.136 -10.284 -369 -1.132 2.843 28 -16.867 80 -2.104 -52.135

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58

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

22 03-10-2013 -6.194 -7.372 -22.879 -21.805 -13.046 -2.019 -741 242 18.369 492 23 -54.930

23 04-10-2013 9.624 8.934 22.840 22.543 34.465 3.045 3.228 -765 20.948 -2.492 1.044 123.415

24 07-10-2013 -1.498 250 -19.470 -19.376 -20.086 -881 835 1.127 4.718 1.823 763 -51.795

25 08-10-2013 -8.240 -7.609 -20.868 -20.521 -17.673 -1.514 -2.010 -460 2.888 -527 -1.676 -78.208

26 09-10-2013 1.507 -1.759 8.206 7.670 21.658 -760 -1.068 -94 -3.108 307 -1.008 31.551

27 10-10-2013 24.320 22.656 41.229 42.142 47.039 8.249 2.499 -735 1.001 -1.845 33 186.588

28 11-10-2013 2.579 1.232 8.788 8.432 5.023 745 3.379 659 13.182 895 855 45.768

29 14-10-2013 368 123 5.159 6.141 9.219 248 954 282 3.096 709 394 26.693

30 15-10-2013 10.116 8.119 -8.559 -10.181 -13.827 3.714 954 -1.498 1.330 -2.443 -87 -12.362

31 16-10-2013 5.286 -3.052 24.927 25.924 13.962 1.471 712 -298 3.470 -1.345 924 71.982

32 17-10-2013 -1.994 -612 -6.972 -7.513 -8.044 -366 2.135 1.852 -1.723 3.647 1.144 -18.448

33 18-10-2013 8.176 8.575 11.052 11.174 274 2.077 1.879 974 -4.756 1.677 1.163 42.266

34 21-10-2013 -361 -1.579 957 1.156 -2.271 121 -312 -602 9.195 -918 543 5.929

35 22-10-2013 5.051 4.624 -2.842 -3.669 4.463 1.700 3.900 2.285 3.485 2.746 2.688 24.432

36 23-10-2013 -9.337 -8.116 -8.351 -6.628 -44.969 -3.506 -191 464 -141 829 989 -78.956

37 24-10-2013 6.158 3.785 2.839 2.817 -7.698 2.807 -1.896 -438 5.303 -710 -603 12.364

38 25-10-2013 -1.081 -973 8.476 8.363 8.856 -363 -3.895 -144 -1.049 -84 -1.649 16.456

39 28-10-2013 -4.508 -4.749 5.332 4.484 14.154 -1.334 1.435 -104 303 141 692 15.846

40 29-10-2013 10.503 6.239 15.577 16.787 11.900 3.286 2.217 799 -673 747 223 67.605

41 30-10-2013 -3.049 -973 -8.138 -8.019 -9.419 -1.086 -2.117 1.194 37 2.542 -485 -29.510

42 31-10-2013 9.171 6.451 15.695 13.866 1.376 3.145 3.543 2.409 -473 2.383 2.317 59.881

43 01-11-2013 -4.993 -7.136 18.102 19.258 15.056 -1.919 3.631 806 13.801 -227 2.451 58.830

44 04-11-2013 2.864 4.141 2.855 2.619 8.307 1.085 13 -426 546 284 -1.048 21.239

45 05-11-2013 -9.113 -9.098 -391 281 -33.809 -3.005 -1.474 -2.215 -28 -3.219 -2.510 -64.581

46 06-11-2013 7.208 8.567 4.158 3.591 412 2.667 -1.512 251 13.276 623 34 39.274

47 07-11-2013 -4.295 -1.457 -10.800 -10.831 -22.021 -1.203 6.780 3.065 7.782 4.226 3.241 -25.514

48 08-11-2013 -2.158 -5.105 32.880 33.237 3.292 -1.328 1.090 -1.607 -6.582 -3.031 -85 50.602

49 11-11-2013 6.661 7.696 -5.308 -5.657 -15.808 2.545 229 281 12.866 489 44 4.035

50 12-11-2013 -6.620 -6.184 -7.892 -8.337 -14.767 -2.166 -429 -477 -8.613 -432 173 -55.743

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59

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

51 13-11-2013 -4.681 -5.733 7.946 7.483 -4.065 -1.937 2.620 1.242 1.069 2.227 660 6.829

52 14-11-2013 11.573 10.548 13.070 15.001 35.388 4.259 2.174 382 -1.054 610 1.731 93.683

53 15-11-2013 716 3.060 3.294 3.156 32.236 361 -999 -457 -1.821 -818 -918 37.811

54 18-11-2013 8.585 4.455 -7.991 -7.680 16.204 3.245 562 412 1.903 753 -254 20.194

55 19-11-2013 -9.584 -11.814 -8.548 -9.092 -16.365 -3.812 14 -780 -3.288 -1.430 -234 -64.935

56 20-11-2013 -358 -488 7.951 7.922 -12.616 -361 -487 786 -4.084 1.050 -175 -859

57 21-11-2013 -1.969 -3.416 9.154 8.588 -8.139 -120 706 129 -950 -890 1.136 4.229

58 22-11-2013 4.663 5.997 -1.191 -831 3.023 1.085 1.636 -558 3.557 -1.320 1.304 17.366

59 25-11-2013 5.539 5.355 3.838 3.869 -19.342 2.043 550 483 544 898 -154 3.622

60 26-11-2013 -2.845 -5.448 -7.124 -7.372 -1.364 -837 2.729 381 4.540 1.071 490 -15.780

61 27-11-2013 6.239 3.651 3.619 3.717 11.713 2.156 -1.317 -527 2.560 -1.095 -997 29.719

62 28-11-2013 3.542 2.426 -3.743 -3.763 -3.898 1.191 -1.318 311 1.025 672 -1.117 -4.671

63 29-11-2013 -1.942 -1.694 831 217 22.338 -712 -844 230 1.506 233 -900 19.262

64 02-12-2013 -2.124 -2.182 1.910 2.782 -34.319 -833 -606 -356 -9.625 -1.656 -1.179 -48.188

65 03-12-2013 -23.224 -27.448 -14.507 -13.600 -13.257 -7.152 348 432 11.396 335 422 -86.255

66 04-12-2013 -8.690 -6.237 -903 -2.898 -3.100 -3.161 -3.290 -2.092 -3.719 -3.857 -1.498 -39.446

67 05-12-2013 -14.059 -11.797 -18.457 -17.365 -21.996 -4.537 -2.880 -731 -4.843 -3.133 -1.949 -101.746

68 06-12-2013 11.650 7.870 15.654 15.613 37.852 3.228 1.691 -174 1.027 801 1.142 96.354

69 09-12-2013 2.563 882 252 -396 -1.917 1.231 3.018 -195 -553 265 1.589 6.740

70 10-12-2013 -10.409 -10.574 -9.763 -8.844 -2.204 -3.312 3.275 231 1.905 121 2.454 -37.121

71 11-12-2013 -6.079 -1.145 -24.563 -25.401 -46.953 -2.228 -487 28 5.127 368 292 -101.041

72 12-12-2013 -6.488 -4.456 -1.715 -1.267 -6.788 -2.491 -2.180 -934 -3.505 -1.596 -1.566 -32.985

73 13-12-2013 -2.423 -2.557 1.298 776 6.382 -502 850 180 1.399 605 63 6.072

74 16-12-2013 21.464 16.663 9.091 8.695 9.983 6.655 1.064 -712 1.201 -435 1.039 74.708

75 17-12-2013 -13.230 -12.237 -6.912 -7.381 -17.906 -3.577 228 566 -70 873 -573 -60.218

76 18-12-2013 12.648 10.085 43.833 44.540 51.232 3.238 -1.501 -560 1.069 -1.926 -1.250 161.409

77 19-12-2013 20.779 17.195 1.130 2.187 -32.759 6.543 169 484 4.857 -693 -206 19.686

78 20-12-2013 6.858 2.537 9.307 8.401 -4.625 1.204 -990 -124 1.679 -972 -255 23.021

79 23-12-2013 8.074 8.263 6.892 7.378 11.234 3.635 -2.880 -246 586 -209 -1.681 41.047

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60

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

80 24-12-2013 0 615 6.344 7.698 13.868 0 -107 28 215 101 -875 27.888

81 25-12-2013 0 0 -138 -139 -144 0 169 28 259 28 93 158

82 26-12-2013 0 0 8.153 7.773 -18.181 0 169 28 259 28 93 -1.678

83 27-12-2013 13.353 14.393 -8.059 -8.407 22.013 5.028 -910 -1.473 2.769 -3.451 763 36.019

84 30-12-2013 -2.990 -607 -7.361 -8.063 1.129 118 4.332 1.145 1.022 1.582 2.071 -7.621

85 31-12-2013 0 4.856 16.924 15.932 23.266 0 -656 109 -351 318 -56 60.342

86 01-01-2014 0 0 -2.741 -2.755 -2.854 0 169 28 259 28 93 -7.773

87 02-01-2014 -16.230 -17.281 -5.642 -4.241 -62.852 -5.903 6.092 -53 16.393 -602 5.826 -84.494

88 03-01-2014 5.728 4.916 11.157 10.752 8.550 1.320 3.349 1.073 13.634 473 3.435 64.387

89 06-01-2014 -2.671 -4.525 -10.933 -10.704 -24.310 -717 -1.043 170 12.627 1.404 -1.705 -42.408

90 07-01-2014 15.535 7.985 13.395 13.502 10.285 5.031 3.190 -165 15.487 752 2.786 87.783

91 08-01-2014 1.409 -122 5.969 6.617 -631 -709 -152 -124 3.509 -1.169 617 15.213

92 09-01-2014 -7.210 -7.803 -3.205 -3.536 -14.960 -1.894 -330 -631 47 90 1.149 -38.283

93 10-01-2014 4.956 5.774 -3.442 -3.696 25.675 1.785 549 1.296 5.349 3.480 -124 41.603

94 13-01-2014 3.172 2.810 -25.280 -25.217 -23.550 829 584 79 4.851 1.223 340 -60.159

95 14-01-2014 1.757 2.437 19.491 19.108 20.061 827 -306 -205 850 -23 14 64.011

96 15-01-2014 18.067 13.857 20.479 21.149 10.195 6.013 264 -702 10.434 -805 517 99.468

97 16-01-2014 -6.384 -2.639 -4.526 -5.351 -12.897 -1.740 193 1.012 3.663 2.407 409 -25.854

98 17-01-2014 1.214 1.948 2.928 3.761 1.578 350 -211 1.274 6.469 1.539 -320 20.530

99 20-01-2014 696 -984 -1.531 -1.539 -1.594 -233 430 635 6.221 849 359 3.309

100 21-01-2014 -350 240 4.343 3.971 -4.265 117 -1.315 -73 4.118 264 -1.010 6.040

101 22-01-2014 -1.558 601 3.179 3.292 28.260 -116 -330 -791 -1.095 -945 -84 30.411

102 23-01-2014 -11.111 -10.684 -35.802 -36.005 -69.139 -3.728 -675 89 -7.618 1.721 -666 -173.619

103 24-01-2014 -31.738 -29.111 -37.810 -38.498 -49.001 -11.300 -2.175 1.313 -9.110 2.425 -1.022 -206.028

104 27-01-2014 -5.599 -4.493 -8.592 -9.217 -6.989 -729 -487 261 6.056 -421 -6 -30.215

105 28-01-2014 8.350 10.277 11.507 12.570 12.668 2.190 1.600 331 4.030 -23 1.724 65.225

106 29-01-2014 -7.568 -6.950 -17.021 -17.217 -27.050 -2.298 443 907 468 1.787 -371 -74.871

107 30-01-2014 5.441 5.747 35.179 35.679 33.990 852 1.800 1.391 1.932 794 883 123.688

108 31-01-2014 -3.787 -3.355 -1.456 -2.243 13.152 -364 3.202 2.095 5.524 2.680 1.672 17.118

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61

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

109 03-02-2014 -19.380 -14.585 -47.761 -47.676 -61.045 -6.565 762 -143 -3.222 8 -84 -199.690

110 04-02-2014 1.657 2.276 13.999 13.836 40.580 124 940 -374 -2.977 -2 241 70.299

111 05-02-2014 -735 378 -4.261 -4.431 -9.285 0 1.236 28 3.918 262 950 -11.939

112 06-02-2014 18.419 17.655 16.856 17.238 32.724 5.445 -601 -1.834 1.866 -3.073 -202 104.493

113 07-02-2014 10.511 9.796 17.078 18.412 4.701 3.658 2.278 1.188 217 2.272 271 70.382

114 10-02-2014 -2.872 1.966 1.940 1.092 -23.369 -845 -222 -758 -6.478 -888 -596 -31.029

115 11-02-2014 16.014 11.771 21.759 22.067 43.738 5.082 -387 159 -2.315 -2 -646 117.241

116 12-02-2014 6.739 5.092 7.180 7.836 7.008 2.268 -1.465 -557 -3.972 -1.011 -745 28.373

117 13-02-2014 881 2.051 -2.457 -3.044 -10.641 712 323 1.087 -4.673 2.272 271 -13.220

118 14-02-2014 7.925 6.261 8.746 8.421 22.322 2.013 1.402 -375 6.885 -887 1.129 63.842

119 17-02-2014 349 -838 -1.926 -1.937 -2.006 471 1.957 58 6.760 -22 606 3.472

120 18-02-2014 -1.572 -958 -4.882 -4.308 -25.677 118 1.694 723 2.036 996 665 -31.164

121 19-02-2014 875 1.918 -8.941 -9.016 -9.804 -118 -764 -12 -305 79 -35 -26.122

122 20-02-2014 349 3.710 13.065 12.655 9.057 -353 -1.722 -808 -4.924 -1.498 -744 28.788

123 21-02-2014 3.497 4.007 -5.851 -4.746 9.657 1.883 2.288 764 3.359 1.017 852 16.726

124 24-02-2014 7.843 10.858 11.980 9.516 1.573 2.225 -505 -556 7.308 -1.061 300 49.480

125 25-02-2014 1.214 -588 -2.086 -462 -23.829 815 346 784 8.662 1.048 487 -13.610

126 26-02-2014 -3.457 -3.647 8.096 8.035 9.842 -581 1.410 1.136 5.867 1.556 408 28.665

127 27-02-2014 -4.685 -354 6.715 6.897 33.900 -1.629 1.291 1.265 9.934 2.011 1.028 56.373

128 28-02-2014 3.659 1.417 -7.833 -8.609 -26.344 0 -575 -2.313 -2.938 -3.685 -546 -47.767

129 03-03-2014 -32.636 -27.122 -4.127 -3.464 -25.414 -9.581 1.031 1.216 -1.745 3.043 634 -98.165

130 04-03-2014 30.233 25.549 25.395 26.697 32.268 9.358 2.918 -475 3.670 -1.271 1.273 155.615

131 05-03-2014 -1.042 -1.418 3.084 577 2.926 -234 2.642 129 9.486 -246 2.037 17.941

132 06-03-2014 4.181 6.509 -13.137 -12.135 9.470 1.054 -2.299 -1.331 -152 -2.321 -936 -11.098

133 07-03-2014 -16.838 -11.995 -1.102 -713 -26.978 -5.370 522 -153 6.283 -216 751 -55.810

134 10-03-2014 -2.119 1.428 -1.273 -1.074 -13.704 -711 1.464 482 6.143 1.068 1.417 -6.880

135 11-03-2014 0 -5.347 -7.020 -7.100 -19.634 -119 -666 -244 3.183 -124 -151 -37.223

136 12-03-2014 -8.832 -10.151 -5.332 -5.674 -2.037 -2.612 -996 683 -7.398 1.556 -318 -41.111

137 13-03-2014 -17.451 -13.628 -16.441 -16.695 -30.486 -5.382 -632 1.237 -8.040 2.195 -250 -105.575

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62

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

138 14-03-2014 -4.524 -8.188 -11.513 -11.443 4.274 -2.427 381 -374 3.900 -611 309 -30.217

139 17-03-2014 16.504 13.057 15.963 16.253 22.897 5.742 1.017 -354 11.307 -652 93 101.828

140 18-03-2014 8.101 10.219 11.826 12.313 25.570 2.767 663 159 6.388 130 289 78.425

141 19-03-2014 892 -843 3.647 3.325 -27.828 597 -891 -707 565 -1.445 -563 -23.251

142 20-03-2014 5.003 4.702 18.417 18.581 16.387 1.192 -998 -1.463 -2.450 -2.770 -54 56.548

143 21-03-2014 2.310 1.848 -9.332 -9.181 10.017 1.706 1.372 290 5.725 222 407 5.385

144 24-03-2014 -14.367 -15.024 -13.906 -14.099 12.700 -14.116 -420 956 3.046 2.385 -152 -52.997

145 25-03-2014 15.635 16.776 10.732 11.147 24.324 5.289 1.324 431 -1.712 486 534 84.967

146 26-03-2014 12.580 9.930 -7.450 -8.013 10.866 4.122 2.548 763 2.333 730 828 29.238

147 27-03-2014 2.105 -1.067 1.639 2.387 31.534 719 1.380 1.236 2.250 1.106 416 43.706

148 28-03-2014 12.589 7.236 7.645 6.402 13.822 4.547 -183 330 -918 -683 651 51.437

149 31-03-2014 -3.283 -4.359 13.108 13.697 10.575 -473 462 -424 -2.381 -866 142 26.198

150 01-04-2014 8.321 7.689 9.202 9.177 19.533 2.012 310 -877 3.309 -653 -102 57.921

151 02-04-2014 0 1.174 9.885 9.700 7.505 824 -301 -757 3.203 -1.855 93 29.472

152 03-04-2014 6.885 4.575 3.956 4.692 -859 1.997 2.553 713 2.388 885 1.101 28.886

153 04-04-2014 8.551 8.292 -20.257 -20.426 -3.071 2.453 3.534 1.608 14.542 2.606 1.824 -344

154 07-04-2014 -14.597 -10.196 -25.866 -26.781 3.012 -4.641 -65 -494 158 -73 93 -79.450

155 08-04-2014 -3.953 -3.744 226 895 15.044 -1.528 -907 -776 662 -958 -541 4.421

156 09-04-2014 2.759 4.227 12.297 12.339 6.694 826 227 -626 2.674 -684 -24 40.710

157 10-04-2014 -9.295 -6.783 -43.790 -44.534 -25.243 -3.297 684 1.307 2.872 2.391 308 -125.382

158 11-04-2014 -12.850 -11.184 -16.804 -16.640 141 -4.396 -2.335 -475 -5.503 486 -981 -70.541

159 14-04-2014 6.325 4.879 23.662 23.698 4.901 2.285 778 -42 561 -408 269 66.907

160 15-04-2014 -12.928 -9.002 13.813 14.532 -28.855 -4.422 1.657 1.255 3.580 2.324 533 -17.511

161 16-04-2014 16.261 13.740 19.572 19.195 24.700 5.444 -30 -193 6.087 -732 338 104.382

162 17-04-2014 5.750 4.245 2.959 3.212 18.217 2.265 -1.142 -1.329 2.303 -1.848 -327 34.305

163 18-04-2014 0 0 137 137 142 0 169 28 259 28 93 994

164 21-04-2014 0 0 9.321 9.634 -9.323 0 169 28 259 28 93 10.209

165 22-04-2014 16.288 -352 6.924 6.303 -6.880 5.331 368 -254 4.224 -378 240 31.815

166 23-04-2014 -6.661 -6.814 -6.051 -5.556 -15.845 -2.452 -335 109 -2.639 -327 -24 -46.595

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63

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

167 24-04-2014 2.922 6.622 1.910 2.097 -87 705 -1.402 -123 -942 -744 -864 10.095

168 25-04-2014 -13.192 -7.286 -15.869 -16.157 -27.003 -4.107 -512 632 -3.406 1.514 -122 -85.506

169 28-04-2014 6.069 3.905 3.600 3.937 7.201 1.543 -1.358 -173 -2.650 -104 -327 21.643

170 29-04-2014 14.316 9.196 14.181 13.442 24.271 5.436 204 934 -846 994 -200 81.928

171 30-04-2014 -1.362 -818 -1.877 -821 -11.566 -699 1.368 822 3.816 790 318 -10.028

172 01-05-2014 0 0 -258 -1.610 1.951 0 -442 -113 3.228 -73 -376 2.308

173 02-05-2014 -5.627 -5.497 -2.518 -1.465 11.056 -2.100 1.403 1.485 119 1.277 563 -1.305

174 05-05-2014 687 1.999 2.793 2.586 -11.698 704 873 -273 2.603 -326 358 306

175 06-05-2014 -7.023 -8.684 -23.531 -23.554 1.508 -2.576 1.107 -524 5.263 -529 416 -58.126

176 07-05-2014 3.964 5.917 13.562 12.857 12.949 1.533 -1.215 -504 -380 -631 -494 47.559

177 08-05-2014 16.830 13.650 7.471 8.380 5.210 5.520 1.753 1.535 5.553 1.653 700 68.254

178 09-05-2014 -5.413 -5.923 14.122 14.734 8.390 -1.967 -1.613 -273 -4.424 79 -445 17.267

179 12-05-2014 9.009 8.177 18.451 16.874 33.180 3.025 -571 -173 -3.935 -154 -905 82.979

180 13-05-2014 1.518 3.129 9.040 9.926 15.048 808 815 881 -702 1.802 44 42.310

181 14-05-2014 1.347 347 -10.441 -10.938 12.285 230 580 1.312 319 2.052 436 -2.471

182 15-05-2014 -16.480 -12.591 -15.878 -15.665 -17.656 -5.638 -4.842 278 -12.112 1.776 -1.914 -100.720

183 16-05-2014 4.437 1.146 8.753 9.162 28.281 1.285 2.820 -553 -788 -929 1.536 55.149

184 19-05-2014 171 -2.663 4.849 4.231 -2.149 815 -2.512 -92 -8.261 -355 -808 -6.775

185 20-05-2014 -1.019 -1.991 -10.933 -10.921 -15.014 -581 -4.214 -22 -9.488 311 -1.525 -55.397

186 21-05-2014 7.828 3.872 17.973 17.974 17.384 2.444 2.060 -223 10.557 -809 1.635 80.695

187 22-05-2014 1.521 2.221 8.879 9.098 18.219 694 -1.366 1.101 2.240 917 -1.476 42.048

188 23-05-2014 4.554 3.383 11.312 11.825 252 1.500 3.832 178 8.379 -204 1.763 46.774

189 26-05-2014 16.969 8.138 -2.350 -2.362 -2.447 4.366 4.647 308 4.847 331 1.201 33.650

190 27-05-2014 1.656 1.615 13.123 13.220 -15.274 681 -653 428 -243 916 240 15.709

191 28-05-2014 1.156 115 4.723 4.460 17.872 0 1.015 548 6.485 1.127 407 37.909

192 29-05-2014 -166 1.152 8.223 8.011 3.890 227 -1.006 -272 -4.007 -667 -905 14.480

193 30-05-2014 659 -2.416 -1.533 -1.266 -31.554 113 792 -492 118 -425 260 -35.744

194 02-06-2014 1.155 1.614 7.381 7.653 11.508 1.019 110 98 -5.581 -385 387 24.959

195 03-06-2014 -1.646 -2.418 -5.217 -5.483 6.550 -1.016 -536 -622 -948 -1.000 -201 -12.538

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64

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

196 04-06-2014 -1.983 -577 7.846 7.472 -6.816 -226 51 -242 -83 -628 15 4.828

197 05-06-2014 10.584 10.969 3.824 4.063 11.846 3.173 5.072 1.501 7.065 2.352 2.651 63.098

198 06-06-2014 9.005 7.312 11.332 11.970 22.055 2.808 4.737 1.628 13.448 1.571 2.635 88.502

199 09-06-2014 6.010 2.156 8.784 8.964 14.317 1.561 29 -471 8.400 -1.492 -297 47.961

200 10-06-2014 969 906 6.737 6.192 17.184 555 -3.975 -1.521 -2.723 -798 -1.838 21.687

201 11-06-2014 -8.393 -7.918 -4.473 -3.975 -4.534 -2.328 -300 578 -2.030 916 25 -32.431

202 12-06-2014 -1.138 -342 -16.117 -16.697 -12.304 -446 872 678 657 452 -4 -44.389

203 13-06-2014 -650 -2.623 7.426 7.820 2.646 -112 1.164 678 -2.530 411 699 14.931

204 16-06-2014 -6.810 -7.773 -3.173 -3.006 -13.905 -2.123 -826 278 -1.696 119 -737 -39.652

205 17-06-2014 4.453 5.989 9.011 8.249 4.365 899 -1.587 -1.021 -1.678 -1.583 -855 26.242

206 18-06-2014 986 -1.374 7.087 8.054 14.703 673 -1.684 328 -341 745 -1.159 28.017

207 19-06-2014 12.632 7.339 358 -277 -13.051 4.140 1.261 758 2.358 1.288 858 17.663

208 20-06-2014 -4.542 797 4.938 4.667 -2.895 719 -652 -302 -2.138 -827 -5 -239

209 23-06-2014 -7.654 -12.971 -1.271 -314 -4.781 -4.693 1.636 -22 -441 472 632 -29.407

210 24-06-2014 2.297 922 -11.500 -11.530 -1.047 336 1.892 248 2.399 -12 945 -15.051

211 25-06-2014 -9.820 -12.087 5.327 4.526 807 -3.241 262 258 1.518 1.237 660 -10.552

212 26-06-2014 -5.284 -4.775 1.005 1.017 4.730 -2.819 836 178 439 330 406 -3.937

213 27-06-2014 -2.324 -234 -1.456 630 -793 -455 614 -471 -2.317 -927 123 -7.611

214 30-06-2014 -998 -3.862 -6.883 -8.446 -11.592 796 543 -22 -3.239 934 650 -32.119

215 01-07-2014 10.485 9.163 14.428 14.326 20.515 2.384 1.023 258 3.062 330 386 76.358

216 02-07-2014 -1.319 -4.075 4.541 4.457 14.449 -226 -1.117 -351 -501 -1.078 -785 13.995

217 03-07-2014 12.216 10.755 16.239 16.744 18.890 4.176 2.041 458 3.720 200 973 86.410

218 04-07-2014 -5.552 -5.207 2.081 2.092 2.167 -2.120 1.068 198 2.256 461 611 -1.945

219 07-07-2014 -12.303 -14.419 -7.947 -7.661 -2.777 -4.265 519 158 -240 250 -131 -48.817

220 08-07-2014 -15.435 -14.740 -13.091 -13.174 -9.796 -5.224 -1.313 397 -5.090 914 -443 -76.996

221 09-07-2014 5.892 4.306 4.291 4.257 6.723 2.189 -1.818 -192 -9.145 -384 -951 15.169

222 10-07-2014 -17.578 -14.176 -2.908 -3.926 -5.935 -6.184 -1.762 228 -9.185 632 -474 -61.268

223 11-07-2014 1.870 4.106 2.733 3.403 -2.087 116 931 148 4.053 79 680 16.031

224 14-07-2014 10.190 7.819 7.966 7.563 13.617 4.075 -42 -192 1.971 -323 -122 52.524

Page 76: MEGI Trabalho de Projecto - run.unl.pt · uma devida clarificação do regulador das metodologias a utilizar para determinados riscos relevantes), quer pela inexistência, na presente

65

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

225 15-07-2014 -10.097 -10.865 3.544 3.682 6.046 -3.109 380 78 -2.660 8 406 -12.588

226 16-07-2014 17.156 15.565 12.999 13.695 11.144 4.878 110 178 2.920 179 386 79.210

227 17-07-2014 -14.384 -13.077 -21.574 -21.926 -36.932 -5.273 1.446 98 2.937 611 1.002 -107.072

228 18-07-2014 2.035 -48 19.554 18.955 31.012 814 1.199 -271 2.551 -604 777 75.973

229 21-07-2014 -9.811 -2.480 -3.528 -3.526 6.670 -2.437 227 158 1.123 109 162 -13.334

230 22-07-2014 17.238 16.172 16.378 17.181 26.714 5.840 -147 -132 -1.950 -474 -463 96.359

231 23-07-2014 1.009 1.307 4.467 3.989 2.047 230 -159 208 4.279 602 -34 17.945

232 24-07-2014 9.064 8.308 95 -95 8.776 3.103 438 -371 2.004 -856 123 30.589

233 25-07-2014 -15.151 -19.075 -4.076 -3.568 -2.909 -5.355 754 308 4.028 893 972 -43.181

234 28-07-2014 -509 3.958 -642 -744 12.126 -231 1.630 -222 5.262 -484 649 20.794

235 29-07-2014 6.081 4.541 -3.762 -4.113 -7.250 2.083 636 348 419 591 74 -353

236 30-07-2014 -7.559 -12.849 1.977 2.273 -7.887 -1.956 -3.076 -401 2.495 -1.187 -1.398 -29.569

237 31-07-2014 -18.096 -16.142 -36.279 -37.285 -33.343 -6.130 379 507 -4.567 1.044 191 -149.721

238 01-08-2014 -13.930 -10.279 -10.945 -10.190 5.318 -5.294 -1.212 58 -5.937 481 -609 -52.539

239 04-08-2014 -2.262 3.461 14.327 14.217 19.013 0 1.961 28 4.208 -323 1.265 55.895

240 05-08-2014 2.792 4.188 -11.864 -12.201 -23.382 -119 -779 -421 -4.143 -735 -394 -47.060

241 06-08-2014 -7.660 -6.748 -397 -305 -14.701 -2.865 -1.669 397 -4.894 1.748 -785 -37.879

242 07-08-2014 -14.201 -13.831 -7.546 -7.326 -4.667 -4.332 -792 258 -1.851 581 -83 -53.790

243 08-08-2014 -2.841 -751 15.274 15.316 10.881 -852 2.011 78 943 -222 1.070 40.906

244 11-08-2014 14.424 12.023 8.950 9.501 28.880 5.370 1.340 78 2.592 279 1.021 84.458

245 12-08-2014 -7.909 -8.295 -325 -456 4.573 -3.007 731 98 1.565 269 93 -12.664

246 13-08-2014 11.861 8.237 13.476 13.466 11.373 4.124 637 327 3.712 1.162 415 68.791

247 14-08-2014 1.226 2.724 8.764 7.979 2.941 120 835 307 6.473 -372 210 31.207

248 15-08-2014 -7.873 10.695 -5.451 -4.422 -10.547 -4.197 286 527 2.118 1.211 171 -17.481

249 18-08-2014 12.861 -4.841 21.069 20.691 24.469 6.186 -1.000 -500 -640 -1.203 -618 76.473

250 19-08-2014 7.143 6.386 16.106 16.704 15.695 2.028 1.128 277 4.554 510 318 70.848

251 20-08-2014 -3.462 -3.540 13.738 13.778 5.104 -1.305 -404 128 1.057 99 -53 25.139

252 21-08-2014 14.062 12.616 2.366 1.680 -11.523 4.881 777 -241 3.488 -192 191 28.104

253 22-08-2014 -10.113 -9.560 2.616 2.838 517 -2.702 1.162 198 1.314 79 581 -13.071

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66

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

254 25-08-2014 23.699 21.740 16.747 17.060 21.985 7.456 2.388 1.204 11.399 1.502 1.380 126.561

255 26-08-2014 10.498 12.083 4.808 5.014 15.513 4.060 -158 -151 -3.165 -392 -656 47.454

256 27-08-2014 -1.676 828 -4.469 -4.112 6.070 -459 -1.546 307 -1.466 329 -1.202 -7.395

257 28-08-2014 -8.401 -6.617 537 -207 -17.769 -3.676 -1.758 -81 -4.324 -72 -950 -43.318

258 29-08-2014 3.218 2.854 12.573 12.322 4.422 348 -65 88 418 299 240 36.718

259 01-09-2014 168 0 575 578 598 927 730 426 2.803 609 455 7.870

260 02-09-2014 1.350 -474 -1.657 -1.472 -3.800 578 -767 -370 -893 -652 -121 -8.279

261 03-09-2014 12.134 10.204 -3.471 -2.733 23.186 4.503 110 -569 1.352 -442 289 44.561

262 04-09-2014 20.173 17.507 27.246 26.932 26.006 6.843 2.860 2.220 9.433 2.181 1.138 142.538

263 05-09-2014 330 -2.195 7.452 7.627 15.780 0 1.418 -221 8.722 -22 854 39.746

264 08-09-2014 -2.618 -2.432 3.293 3.531 -14.703 -1.120 -706 -171 -1.612 -471 -784 -17.792

265 09-09-2014 -8.531 -5.107 -18.026 -17.948 -30.574 -2.471 -1.255 -400 -4.117 -401 -1.321 -90.151

266 10-09-2014 660 -117 10.029 10.127 -5.312 0 -976 -171 -1.479 8 -620 12.149

267 11-09-2014 -2.808 -3.033 999 614 -14.428 -1.244 -744 -141 -1.362 128 -151 -22.169

268 12-09-2014 -661 351 -16.513 -16.248 -26.555 0 -405 -500 694 -1.082 -317 -61.235

269 15-09-2014 -1.182 -3.158 1.939 1.286 -6.395 -227 -335 207 -1.719 679 64 -8.841

270 16-09-2014 -3.728 -4.106 11.275 11.632 22.624 -1.135 637 -350 -1.384 -162 -151 35.152

271 17-09-2014 6.295 4.475 16.486 16.368 -3.873 1.822 672 426 2.755 429 269 46.127

272 18-09-2014 10.155 7.974 1.542 1.393 -6.133 3.286 -299 -838 -196 -1.472 -34 15.378

273 19-09-2014 334 1.583 12.109 11.636 -516 3.121 1.246 496 3.287 1.301 709 35.307

274 22-09-2014 -2.850 -8.669 -17.478 -16.762 -32.842 -5.656 145 307 140 279 -83 -83.468

275 23-09-2014 -15.967 -18.163 -10.504 -10.157 -10.707 -5.655 -685 -171 -868 -622 -493 -73.992

276 24-09-2014 11.087 13.238 24.728 24.702 38.593 4.595 -358 247 219 179 -171 117.059

277 25-09-2014 -12.665 -14.131 -26.212 -26.906 -38.397 -4.992 286 277 2.375 1.059 -83 -119.388

278 26-09-2014 4.956 9.312 25.027 26.415 19.260 2.070 -89 78 1.701 98 -122 88.707

279 29-09-2014 -10.373 -8.283 -3.579 -5.001 -39.969 -3.431 -358 8 -1.913 208 -249 -72.941

280 30-09-2014 14.249 14.075 3.077 3.125 8.397 5.195 954 476 951 828 583 51.909

281 01-10-2014 -11.527 -12.004 -24.379 -23.680 -38.951 -4.098 614 217 2.472 628 162 -110.547

282 02-10-2014 -30.998 -29.526 -6.558 -6.691 3.440 -9.786 -1.119 -270 2.786 -670 -416 -79.808

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67

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

283 03-10-2014 0 9.803 44.072 44.167 41.014 3.430 169 -271 1.087 -671 93 142.895

284 06-10-2014 11.808 1.093 -22.898 -23.290 3.838 -937 -511 28 515 328 -132 -30.160

285 07-10-2014 -19.004 -18.433 -31.165 -30.857 -19.528 -6.109 -1.004 -490 -2.126 -32 -543 -129.289

286 08-10-2014 -11.181 -9.753 23.190 23.094 19.204 -2.867 -711 128 -2.976 28 -544 37.611

287 09-10-2014 -3.761 -7.602 -31.142 -32.407 -24.266 -1.325 -501 28 -195 188 -613 -101.597

288 10-10-2014 -18.349 -16.823 -12.226 -11.178 -33.098 -6.284 545 -241 1.049 48 456 -96.100

289 13-10-2014 1.830 2.297 -49.021 -50.156 584 369 -207 -301 -1.460 -571 388 -96.248

290 14-10-2014 1.645 2.037 16.947 18.538 26.194 983 -278 397 -235 978 -171 67.034

291 15-10-2014 -36.651 -37.744 -39.026 -41.521 -52.007 -13.843 -3.557 337 -13.742 1.397 -672 -237.029

292 16-10-2014 -10.187 -5.407 2.648 3.684 -13.475 -1.273 -6.527 -1.864 -10.727 -1.957 -1.693 -46.779

293 17-10-2014 33.318 21.634 29.453 30.893 29.419 9.965 5.181 28 10.301 -371 536 170.358

294 20-10-2014 -11.085 -3.272 12.510 12.252 -215 -3.482 -2.109 327 -4.858 728 -988 -193

295 21-10-2014 25.201 23.709 50.069 50.084 21.199 7.659 2.061 28 359 -781 654 180.243

296 22-10-2014 6.750 5.731 -3.491 -3.130 -2.589 1.476 27 148 7.683 88 211 12.906

297 23-10-2014 12.153 13.553 22.377 22.740 -20 4.778 -8 78 518 -521 -25 75.621

298 24-10-2014 -4.841 -6.377 10.763 9.756 10.086 -1.209 -693 -221 2.944 -172 -153 19.884

299 27-10-2014 -11.172 -8.806 -6.597 -6.425 -19.469 -4.125 -422 228 -5.660 529 -74 -61.995

300 28-10-2014 12.741 4.695 16.241 16.091 33.908 4.908 51 178 -2.828 -222 93 85.855

301 29-10-2014 -3.059 -1.263 12.354 13.109 18.720 -2.180 -91 108 -2.633 -302 -694 34.069

302 30-10-2014 2.345 8.220 14.950 15.901 21.410 1.462 -68 297 -2.377 959 -84 63.015

303 31-10-2014 28.813 22.710 34.970 34.050 22.281 9.342 2.203 357 4.658 528 172 160.086

304 03-11-2014 -10.879 -9.823 7.530 7.658 -9.598 -3.195 -245 -420 -2.495 -631 261 -21.837

305 04-11-2014 -16.660 -16.734 -16.131 -15.988 -8.151 -5.610 -481 247 -880 888 192 -79.308

306 05-11-2014 18.175 20.914 21.033 21.346 -8.014 6.545 -32 128 2.438 -22 44 82.556

307 06-11-2014 4.780 5.064 24.534 24.238 -6.754 1.548 1.528 -22 818 48 517 56.299

308 07-11-2014 -13.043 -9.218 -10.361 -9.784 -224 -4.506 405 -92 2.715 258 -103 -43.952

309 10-11-2014 11.415 8.060 11.115 10.205 10.628 3.362 665 28 857 -621 339 56.052

310 11-11-2014 3.001 5.660 -6.369 -6.184 -10.393 1.428 759 -2 1.854 128 457 -9.660

311 12-11-2014 -17.077 -15.910 3.618 4.159 2.025 -6.636 -327 28 -1.435 178 -5 -31.380

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68

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

312 13-11-2014 535 2.113 -3.775 -4.730 -11.366 1.448 -716 -22 1.894 198 -398 -14.820

313 14-11-2014 3.221 3.845 -6.768 -6.440 8.659 -120 582 28 2.750 -41 -5 5.710

314 17-11-2014 8.376 5.190 12.569 12.164 -9.146 3.127 641 -241 856 -481 192 33.247

315 18-11-2014 14.682 9.222 -2.124 -1.562 -3.006 4.173 -421 -271 -636 -391 -54 19.611

316 19-11-2014 873 975 -5.727 -5.555 -3.769 472 -8 -720 -378 -1.722 -202 -15.762

317 20-11-2014 -6.629 -7.428 5.568 5.209 -994 -2.119 110 278 896 1.210 24 -3.875

318 21-11-2014 29.305 27.496 32.739 33.032 86.768 10.896 2.472 128 5.832 629 655 229.951

319 24-11-2014 6.836 3.202 -2.460 -1.963 -24.185 2.300 982 168 2.006 -152 221 -13.044

320 25-11-2014 6.283 2.740 -6.199 -6.132 -17.603 800 734 58 1.648 258 143 -17.271

321 26-11-2014 -337 -1.782 -12 -317 19.755 684 -915 158 -2.180 228 -448 14.836

322 27-11-2014 6.084 2.142 5.900 5.931 6.144 2.049 251 28 1.946 128 93 30.698

323 28-11-2014 1.343 2.138 -1.729 -1.893 -37.060 340 -185 -102 -1.129 -321 -202 -38.802

324 01-12-2014 -5.204 -2.963 -15.811 -15.445 -36.389 -1.810 -444 -42 219 -782 -182 -78.853

325 02-12-2014 1.855 2.377 25.481 25.302 13.316 909 405 228 656 -62 -567 69.901

326 03-12-2014 3.703 830 18.405 18.591 16.816 1.361 876 78 2.680 479 261 64.079

327 04-12-2014 -17.612 -16.114 -12.435 -12.668 -7.448 -6.778 -1.634 -251 -1.327 -652 -518 -77.437

328 05-12-2014 28.470 23.349 17.853 18.384 11.489 10.128 1.089 58 854 -42 113 111.744

329 08-12-2014 -9.803 -10.241 -17.775 -18.414 -34.169 -2.912 -161 477 1.806 1.230 192 -89.771

330 09-12-2014 -28.338 -25.797 -9.960 -10.005 -27.494 -9.144 -2.191 -171 -6.181 78 -695 -119.898

331 10-12-2014 -5.680 -8.899 -41.267 -40.655 -40.548 -1.968 -1.368 -72 -3.974 -102 -518 -145.050

332 11-12-2014 4.672 -1.230 15.212 14.391 -10.679 815 -304 28 -1.832 128 -302 20.900

333 12-12-2014 -30.667 -28.192 -38.074 -37.985 -40.156 -11.266 -2.400 28 -638 398 -479 -189.431

334 15-12-2014 -32.014 -25.308 -9.191 -9.622 -24.282 -9.586 548 48 319 288 222 -108.578

335 16-12-2014 26.359 23.476 -26.191 -25.857 -14.717 8.367 -661 -72 -140 198 192 -9.044

336 17-12-2014 1.787 4.312 63.306 63.293 72.663 1.203 1.213 277 1.595 428 133 210.211

337 18-12-2014 36.587 33.977 55.448 55.340 35.914 10.791 584 -92 3.348 -151 271 232.017

338 19-12-2014 -3.976 -9.467 16.852 17.076 22.968 -2.176 904 247 3.742 378 370 46.919

339 22-12-2014 4.683 13.010 8.521 8.735 27.145 2.657 915 178 1.054 88 557 67.543

340 23-12-2014 12.773 14.629 11.545 12.029 -8.684 4.071 15 -122 -1.072 -101 -203 44.881

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69

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

341 24-12-2014 0 -3.606 -3.530 -3.069 658 0 145 178 696 78 44 -8.406

342 25-12-2014 0 0 -4.474 -4.498 -4.659 0 169 28 259 28 93 -13.054

343 26-12-2014 0 0 12.604 11.627 22.393 0 169 28 259 28 93 47.202

344 29-12-2014 -1.536 4.343 7.352 8.098 -6.979 -575 -695 307 -3.218 1.127 -55 8.167

345 30-12-2014 -14.696 -18.020 -10.738 -11.444 3.363 -5.877 1.650 -2 4.498 78 192 -50.995

346 31-12-2014 0 6.846 -9.762 -10.417 10.923 0 -44 8 -695 8 241 -2.890

347 01-01-2015 0 0 -935 -940 -974 0 169 28 259 28 93 -2.271

348 02-01-2015 -1.384 -6.194 15.010 14.820 -9.522 351 2.903 427 8.665 198 636 25.911

349 05-01-2015 -40.749 -34.211 -23.352 -22.522 -23.801 -14.157 -2.111 -251 -2.117 -540 -252 -164.062

350 06-01-2015 -8.282 -6.949 -11.008 -10.289 -1.180 -1.460 -1.014 78 -6.043 378 -400 -46.170

351 07-01-2015 8.345 6.868 31.728 31.726 51.114 1.344 -246 -221 -6.936 -21 222 123.922

352 08-01-2015 39.794 38.160 40.954 41.401 41.255 14.243 145 -321 7.039 -351 14 222.333

353 09-01-2015 -30.756 -20.841 -22.856 -23.779 -14.578 -11.835 -364 327 -2.186 428 -75 -126.516

354 12-01-2015 13.586 12.686 -13.509 -13.111 -14.690 5.691 667 -122 2.309 -221 241 -6.472

355 13-01-2015 17.836 14.991 4.440 4.875 27.410 5.723 -104 257 657 148 44 76.277

356 14-01-2015 -14.249 -15.746 -13.930 -14.015 -13.647 -4.227 678 247 -1.987 487 261 -76.127

357 15-01-2015 23.066 24.106 7.782 7.382 30.920 6.770 204 327 1.612 946 -25 103.092

358 16-01-2015 15.346 9.592 35.637 35.270 27.856 6.531 1.590 327 1.154 377 360 134.040

359 19-01-2015 7.315 7.527 -6.338 -6.372 -6.600 1.604 169 -171 557 78 172 -2.057

360 20-01-2015 7.599 12.297 13.139 13.886 6.521 2.510 524 -649 895 -589 14 56.147

361 21-01-2015 8.895 8.998 -229 -529 32.966 2.833 -127 -191 1.411 -699 -55 53.273

362 22-01-2015 16.145 16.104 69.136 69.117 80.493 6.522 1.790 407 6.455 677 913 267.758

363 23-01-2015 22.471 20.080 16.780 17.127 13.364 6.960 145 497 1.942 776 291 100.432

364 26-01-2015 8.199 7.611 -1.303 -699 -4.984 3.036 -304 -470 -2.610 -1.147 -380 6.949

365 27-01-2015 -11.329 -11.222 -48.262 -48.976 -35.140 -4.409 -540 108 -930 138 -203 -160.765

366 28-01-2015 -4.836 -3.145 -8.682 -8.932 -5.129 -2.177 -1.014 197 -2.219 1.026 -272 -35.183

367 29-01-2015 4.371 5.295 11.886 12.579 -5.726 2.299 110 58 -1.269 118 44 29.765

368 30-01-2015 -6.450 -5.941 -18.935 -19.236 -48.944 -2.503 548 148 895 855 340 -99.223

369 02-02-2015 6.653 4.848 14.938 14.570 26.422 1.862 145 -141 21 -91 291 69.518

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70

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

370 03-02-2015 12.254 10.885 3.944 3.503 12.682 5.559 820 427 2.384 48 192 52.698

371 04-02-2015 1.436 3.998 15.341 15.936 13.721 -644 760 -101 2.838 -141 113 53.258

372 05-02-2015 -478 2.213 -2.872 -2.195 -11.017 -108 15 177 1.646 -21 -5 -12.645

373 06-02-2015 -5.578 -3.201 21.544 20.771 -5.986 -1.291 -245 8 21 347 24 26.415

374 09-02-2015 -14.415 -8.416 -9.933 -9.655 -4.516 -4.859 -1.393 -101 -3.702 198 -400 -57.193

375 10-02-2015 11.200 9.601 20.766 21.197 -4.251 3.173 370 -92 -237 88 44 61.860

376 11-02-2015 -3.375 -4.093 -1.402 -1.600 -16.940 -868 -329 48 557 267 -134 -27.868

377 12-02-2015 13.053 10.661 6.949 6.407 30.119 4.458 666 257 993 257 -5 73.816

378 13-02-2015 8.442 7.255 9.259 10.068 24.039 3.868 406 -171 715 -340 -154 63.387

379 16-02-2015 -1.740 -1.310 6.478 6.512 6.746 -1.488 -743 28 299 98 -253 14.627

380 17-02-2015 -632 328 -6.303 -5.911 -13.966 -107 429 -351 -177 -638 -55 -27.383

381 18-02-2015 9.344 9.615 2.497 1.970 1.932 2.883 880 148 61 466 390 30.185

382 19-02-2015 7.383 7.687 3.461 3.310 -3.243 2.543 -68 -241 3.731 -111 -75 24.377

383 20-02-2015 1.808 -6.835 9.140 9.388 10.868 421 346 108 -296 377 -183 25.143

384 23-02-2015 8.318 13.047 7.385 7.069 -11.909 2.627 1.175 28 3.171 -121 489 31.279

385 24-02-2015 7.884 5.342 4.533 4.867 27.413 3.444 737 48 -176 -51 143 54.182

386 25-02-2015 -769 -744 -5.086 -4.924 -7.466 -620 74 407 1.149 675 271 -17.033

387 26-02-2015 10.904 5.744 25.193 25.434 29.075 3.003 819 417 3.483 178 479 104.728

388 27-02-2015 6.541 8.674 -6.089 -5.896 -1.094 1.849 559 -12 -2.170 -538 202 2.026

389 02-03-2015 -1.815 -7.029 13.944 14.110 -786 0 -127 -201 -1.580 -748 -134 15.635

390 03-03-2015 -12.870 -10.034 -6.396 -7.172 -13.815 -3.577 -1.049 -42 -473 9 -203 -55.623

391 04-03-2015 9.343 9.812 8.665 8.766 -3.981 2.271 263 -151 2.397 -649 -104 36.633

392 05-03-2015 11.243 9.509 10.278 10.230 5.585 4.000 1.647 247 3.206 427 588 56.961

393 06-03-2015 -149 838 5.368 5.677 3.123 304 -576 -12 1.444 -290 -104 15.624

394 09-03-2015 -1.354 -5.649 6.420 6.489 -8.946 -912 677 98 1.601 776 192 -608

395 10-03-2015 -13.102 -11.360 -3.885 -4.130 -16.045 -3.760 -103 277 358 974 93 -50.684

396 11-03-2015 24.693 23.822 22.522 23.034 43.226 7.907 110 158 713 48 -173 146.058

397 12-03-2015 -2.536 -1.871 8.174 7.772 -4.118 -905 -718 -400 791 -588 -134 5.468

398 13-03-2015 5.230 4.687 13.232 13.318 1.884 1.310 51 -141 -1.456 -230 -154 37.729

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71

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

399 16-03-2015 13.734 10.472 12.203 13.158 10.048 5.422 -127 -351 594 -957 -55 64.143

400 17-03-2015 -9.011 -6.364 -10.752 -11.577 17.364 -3.562 -778 -122 -1.319 -171 -154 -26.446

401 18-03-2015 -1.339 516 -24.236 -24.787 -1.364 -699 -778 407 -2.209 1.324 24 -53.142

402 19-03-2015 746 1.136 27.325 27.987 3.703 801 110 148 852 -51 163 62.917

403 20-03-2015 16.687 9.940 -11.663 -11.744 -318 2.147 584 78 358 327 44 6.439

404 23-03-2015 -7.045 -6.271 -25.171 -24.736 -16.615 -7.298 -1.016 -420 -2.448 -1.086 -75 -92.182

405 24-03-2015 8.568 7.501 -6.821 -8.072 11.790 4.357 -305 227 -493 -171 -55 16.526

406 25-03-2015 -12.753 -13.875 -35.430 -34.708 -39.249 -4.406 228 108 -869 497 14 -140.443

407 26-03-2015 -4.893 -3.102 10.376 10.278 -2.925 -2.331 525 297 61 327 242 8.855

408 27-03-2015 3.127 5.497 3.450 2.980 4.591 816 -68 78 536 9 242 21.257

409 30-03-2015 15.152 10.317 32.878 32.992 48.177 5.598 169 28 -18 -330 192 145.154

410 31-03-2015 -10.112 -10.011 1.287 1.678 14.230 -2.907 1.236 128 2.140 437 291 -1.602

411 01-04-2015 6.803 5.261 -12.257 -11.550 18.560 1.415 -542 -92 1.130 78 -253 8.552

412 02-04-2015 1.177 2.668 -13.615 -15.139 8.050 -201 169 -2 1.564 -449 24 -15.755

413 03-04-2015 0 0 -15.303 -15.384 -15.936 0 169 28 259 28 93 -46.046

414 06-04-2015 0 0 20.916 22.091 33.802 0 169 28 259 28 93 77.386

415 07-04-2015 14.387 15.355 13.795 13.263 9.645 5.439 643 178 3.521 556 44 76.824

416 08-04-2015 -6.085 -2.320 12.116 12.640 47.252 -2.183 110 327 -37 825 14 62.658

417 09-04-2015 9.910 14.558 30.072 30.128 42.145 3.494 -305 -171 -1.024 -270 -303 128.234

418 10-04-2015 10.686 6.182 20.127 19.802 11.568 3.560 145 -72 891 -31 -55 72.804

419 13-04-2015 4.148 2.577 -1.956 -2.090 -4.612 1.665 -9 -72 -1.656 -21 -25 -2.051

420 14-04-2015 -12.826 -6.723 -11.999 -12.354 -7.540 -4.290 -341 128 -294 158 -6 -56.087

421 15-04-2015 5.336 6.667 3.320 4.540 8.391 1.677 525 -72 1.307 58 93 31.843

422 16-04-2015 -13.345 -5.735 -14.029 -14.455 1.322 -4.910 -1.136 -191 -3.495 -1 -283 -56.260

423 17-04-2015 -22.511 -11.633 -29.460 -29.737 -42.383 -8.162 -330 -151 -1.978 -101 -402 -146.847

424 20-04-2015 12.306 -7.642 29.285 29.506 10.586 4.683 -81 -22 -335 -240 73 78.119

425 21-04-2015 1.174 2.634 -1.896 -1.622 11.876 905 501 -72 1.349 -91 93 14.852

426 22-04-2015 733 3.637 11.212 11.118 23.092 301 501 -92 4.260 -897 242 54.107

427 23-04-2015 -7.318 -6.645 -12.548 -12.647 -3.603 -2.906 -365 198 219 148 -6 -45.474

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72

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

428 24-04-2015 5.748 4.560 -4.144 -4.372 -1.914 1.717 74 128 121 -91 -55 1.770

429 27-04-2015 17.736 14.024 -10.945 -10.597 4.578 6.333 323 128 852 178 93 22.704

430 28-04-2015 -15.869 -18.118 -9.511 -10.401 -13.001 -5.929 109 178 595 128 163 -71.657

431 29-04-2015 -29.717 -27.355 -32.572 -32.344 -50.120 -8.939 -1.316 -1.018 -1.658 -2.382 -422 -187.844

432 30-04-2015 904 4.266 -34.868 -35.194 -46.318 412 526 -301 1.090 -1.180 -6 -110.670

433 04-05-2015 6.915 5.907 39.255 40.110 37.270 1.954 -10 -92 1.307 -611 -85 131.921

434 05-05-2015 -24.352 -20.815 -28.099 -28.454 -28.051 -9.001 -759 148 -3.003 -122 -274 -142.780

435 06-05-2015 1.682 1.577 -34.580 -34.801 -51.948 1.363 -307 -162 -3.166 -522 -155 -121.017

436 07-05-2015 1.981 -1.785 20.969 20.938 11.143 522 324 48 2.341 78 -155 56.405

437 08-05-2015 28.930 25.662 36.435 36.368 37.135 8.972 609 -22 1.447 499 212 176.247

438 11-05-2015 -4.449 -7.185 -1.643 -1.725 -11.110 -1.222 50 -92 -870 -442 73 -28.613

439 12-05-2015 -14.300 -10.852 -15.323 -15.591 -16.600 -4.700 -129 -232 -236 -472 -105 -78.540

440 13-05-2015 -6.642 -2.924 -23.067 -22.838 -20.724 -2.484 -69 8 -633 -472 34 -79.811

441 14-05-2015 15.792 14.349 10.313 10.863 9.720 6.252 -307 -301 1.131 79 54 67.945

442 15-05-2015 -7.786 -826 -4.716 -4.844 8.048 -3.791 705 308 1.666 700 242 -10.295

443 18-05-2015 6.786 -10.443 28.598 28.441 3.336 2.485 -34 158 -434 8 -56 58.847

444 19-05-2015 23.525 21.933 27.281 27.700 32.336 9.049 728 298 655 719 133 144.357

445 20-05-2015 5.133 4.807 8.186 7.705 8.526 1.305 324 -42 -632 -142 -46 35.125

446 21-05-2015 2.335 2.444 2.429 2.405 -10.062 500 -664 -2 -38 78 -185 -759

447 22-05-2015 -1.311 -305 12.408 13.039 24.172 -399 -10 -22 259 78 -26 47.884

448 25-05-2015 0 -5.080 6.013 6.045 6.262 0 -10 28 1 8 -105 13.162

449 26-05-2015 -14.586 -5.411 -2.261 -2.488 -12.587 -6.198 -546 108 -831 899 -56 -43.958

450 27-05-2015 15.671 19.809 12.490 12.702 -5.117 6.813 228 128 -2.120 28 64 60.697

451 28-05-2015 -8.163 -8.158 -9.871 -10.262 -33.642 -3.295 -582 28 -1.527 8 -473 -75.936

452 29-05-2015 -23.643 -26.901 -18.030 -17.872 -25.475 -8.059 205 78 -3.019 448 -56 -122.325

453 01-06-2015 451 4.585 14.045 13.557 2.920 824 -427 -202 -4.714 -471 63 30.632

454 02-06-2015 -3.153 -3.943 -39.721 -39.573 -31.935 -1.233 -666 -591 957 -1.521 -86 -121.464

455 03-06-2015 5.868 6.249 -15.800 -15.565 -31.519 1.959 49 -202 857 -1.594 -46 -49.742

456 04-06-2015 -8.083 -9.317 -9.780 -9.092 -23.399 -2.051 169 8 -439 530 -116 -61.569

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73

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

457 05-06-2015 -15.376 -14.312 17.782 16.898 13.042 -4.951 -643 -72 -2.133 -202 -76 9.959

458 08-06-2015 -10.244 -10.804 -40.982 -41.212 -31.273 -3.973 205 -72 159 -272 -36 -138.505

459 09-06-2015 -3.704 -1.499 1.066 711 -10.372 -2.114 109 -252 1.416 -924 -26 -15.588

460 10-06-2015 22.299 18.544 15.709 15.555 21.366 8.080 -70 278 -1.197 530 -156 100.939

461 11-06-2015 9.256 7.688 17.172 17.583 1.743 2.289 -608 -42 2.914 610 -176 58.429

462 12-06-2015 -15.954 -14.426 -15.766 -15.755 -1.395 -4.859 -2.162 -52 -3.150 680 -753 -73.592

463 15-06-2015 -20.502 -18.022 -10.912 -10.738 -24.889 -6.391 -3.639 -392 -7.368 -22 -953 -103.829

464 16-06-2015 4.853 4.855 16.183 16.471 6.608 1.280 145 198 1.621 600 -86 52.727

465 17-06-2015 -8.260 -10.416 -11.780 -12.308 -3.672 -2.763 1.010 158 2.762 28 343 -44.898

466 18-06-2015 6.594 3.146 15.922 15.342 14.314 2.569 433 78 1.459 -22 -106 59.729

467 19-06-2015 2.967 2.055 -7.214 -10.084 -15.812 3.934 -215 78 259 579 23 -23.430

468 22-06-2015 45.914 38.638 11.501 15.392 30.370 11.781 1.849 -182 4.257 -1.193 463 158.791

469 23-06-2015 8.516 12.591 30.743 30.443 50.234 2.548 1.248 28 3.152 279 423 140.204

470 24-06-2015 -4.594 -2.262 -20.047 -19.801 -20.491 -1.518 -789 308 -3.288 329 -336 -72.489

471 25-06-2015 -1.341 -206 -5.734 -5.999 -6.736 -203 528 158 558 169 363 -18.443

472 26-06-2015 3.725 3.916 6.057 6.993 -11.896 1.525 -850 -252 -1.637 -743 -126 6.713

473 29-06-2015 -46.648 -39.014 -50.890 -51.266 -55.573 -15.899 -3.561 108 -9.488 1.402 -854 -271.684

474 30-06-2015 -11.634 -17.708 19.038 19.669 45.094 -3.176 385 278 -684 909 473 52.645

475 01-07-2015 20.385 20.511 31.285 31.074 15.206 5.766 1.227 428 4.133 309 363 130.686

476 02-07-2015 -9.853 -9.578 -6.997 -7.566 3.907 -3.364 -792 -22 -1.605 98 -126 -35.897

477 03-07-2015 -4.349 -5.908 -5.091 -5.118 -5.302 -2.546 974 -2 660 628 43 -26.010

478 06-07-2015 -25.421 -20.525 4.499 4.921 -44.790 -8.120 -1.634 -521 -4.754 208 -406 -96.543

479 07-07-2015 -22.673 -23.914 19.617 19.463 -21.552 -7.758 1.252 178 -1.489 818 263 -35.797

480 08-07-2015 10.109 7.558 -42.691 -43.083 -78.850 3.795 830 158 -344 -591 123 -142.985

481 09-07-2015 29.720 26.093 10.431 10.466 45.352 10.827 265 -102 3.579 -241 113 136.503

482 10-07-2015 36.331 32.554 2.190 2.512 27.036 12.448 1.310 -492 6.125 -2.650 343 117.708

483 13-07-2015 17.658 19.914 48.546 48.766 42.046 5.605 877 248 3.865 1.030 73 188.628

484 14-07-2015 6.593 7.171 6.978 6.694 2.300 1.431 661 28 1.119 149 63 33.187

485 15-07-2015 5.960 3.097 9.532 9.497 -11.830 2.342 649 158 1.159 659 343 21.564

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74

Obs. #

Data

Fundo de Índice de

Ações EURO

STOXX 50

Futuro do Índice CAC 40

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da iShares

Fundo Índice de

Ações S&P 500 da SPDR

Fundo Índice de

Ações Emergente

Futuro do Índice Euro STOXX 50

Dívida Soberana Italiana

Dívida Soberana Francesa

Dívida Soberana

Portuguesa

Dívida Soberana

Alemã

Dívida Soberana Espanhola

Total dos ganhos e perdas diários

486 16-07-2015 14.811 14.922 28.245 28.033 38.314 5.160 253 -222 1.758 -602 -156 130.517

487 17-07-2015 -2.483 1.928 9.442 9.930 5.617 -499 684 68 359 409 23 25.478

488 20-07-2015 5.274 2.734 1.848 1.585 -11.764 1.699 -11 78 1.896 108 -7 3.442

489 21-07-2015 -12.539 -7.272 -26.349 -26.358 -19.255 -4.277 -191 8 -2.575 -102 -56 -98.966

490 22-07-2015 -2.065 -4.781 -2.351 -2.611 -26.978 -1.308 229 128 858 379 -7 -38.506

491 23-07-2015 -1.331 1.022 -20.009 -19.698 -28.882 -202 -311 -122 -200 78 -206 -69.861

492 24-07-2015 -10.207 -5.615 -19.562 -19.905 -28.207 -3.233 133 28 958 308 43 -85.258

493 27-07-2015 -26.430 -27.096 -28.558 -29.095 -55.169 -8.359 -335 28 -580 -152 -37 -175.784

494 28-07-2015 12.852 10.328 27.999 28.471 25.008 3.338 373 98 499 308 93 109.368

495 29-07-2015 5.897 8.244 26.114 25.904 32.975 2.378 49 208 -1.239 98 93 100.719

496 30-07-2015 2.257 5.901 9.420 9.648 -10.348 616 85 -72 1.259 398 -77 19.087

497 31-07-2015 6.606 7.824 -11.777 -11.646 11.998 2.051 97 -172 -41 -191 -37 4.711

498 03-08-2015 9.550 7.561 -525 -579 -26.809 3.671 169 -22 -481 228 -77 -7.313

499 04-08-2015 -3.255 -2.029 8.251 8.045 19.494 -1.615 601 178 159 208 113 30.151

500 05-08-2015 16.323 17.481 1.877 2.750 -3.964 6.287 -311 -92 -141 -801 -227 39.182

501 06-08-2015 -2.780 -500 -18.695 -18.519 -20.540 -1.097 193 -102 -1 -22 -37 -62.100