medicina legal - educacaocoletiva.com.br · –Áreas de atuação da medicina na interface com o...
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Livros utilizados
Medicina Legal – Texto
e atlas
Hygino de Carvalho
Hercules, Editora
Atheneu, 1ª edição,
2005.
Medicina Legal
Genival Veloso de
França, Editora
Guanabara-Koogan
(GEN), 9ª edição,
2010.
Perícias Médicas –
Teoria e Prática
Emilio Bicalho
Epiphanio, Editora
Guanabara-Koogan
(GEN), 1ª edição, 2009.
Algumas resoluções a serem estudadas
(em parte...)
• Resolução CFM no1.246 de 26/01/1988 (Código de Ética
Médica).
• Resolução CFM no1.480 de 21/08/1997 (Morte encefálica).
• Resolução CFM no1.617 de 16/05/2001 (Código de Processo
Ético-profissional).
• Resolução CFM no1.779 de 05/10/2005 (normatiza o
preenchimento da DO). Resolução CFM no1.826 de 06/12/2007
(Suspensão de procedimentos na morte encefálica).
Principais leis a serem estudadas
(em parte...)
• Decreto-Lei no2.848 de 07/12/1940 (Código Penal - CP).
• Decreto-Lei no3.689 de 3/10/1941 (Código de Processo Penal -
CPP).
• Lei no10.406 de 10/01/2002 (Código Civil - CC).
• Lei no10.826 de 22/12/2003 (“Estatuto do desarmamento”).
• Lei no11.340 de 07/08/2006 (lei “Maria da Penha”).
• Lei no11.690 de 09/06/2008 (altera alguns artigos do CPP).
• Lei no11.705 de 19/06/2008 (lei “seca”).
Alguns dos periódicos utilizados
The American Journal of Forensic Medicine and Pathology
Fator de impacto: 0,603
International Journal of
Legal Medicine
Fator de impacto: 3,03
Forensic Science
International
Fator de impacto: 2,015
A Medicina Legal • Especialidade médica (Associação Brasileira de Medicina Legal).
• Definição ampla:
– Áreas de atuação da Medicina na interface com o Direito.
• Principais áreas de atuação:
– Criminal (enfoque da disciplina!)
– Civil
– Trabalhista / Previdenciária / Securitária
– Ética
• Principais modos de ser exercida:
– Criminal: concurso público estadual (médico-legista), nomeação por autoridade (perito ad hoc) ou escolha da parte (assistente técnico)
– Civil ou trabalhista: escolha da parte (assistente técnico) ou nomeação por autoridade
– Previdenciária: concurso público federal
– Ética: CRM e CFM.
O que faz a Medicina Legal?
• Perícia médica: todo ato médico com o propósito de contribuir com as
autoridades administrativas, policiais ou judiciárias com conhecimentos
específicos da área médica.
– Colabora com a investigação policial: pode oferecer provas objetivas para
uma investigação
– Presta esclarecimentos à justiça em suas mais diversas formas:
– Criminal - por ex.: exame de corpo de delito
– Civil – por ex.: investigação de paternidade
– Trabalhista/previdenciária – por ex.: perícias do INSS
Peritos
• Perícia: exame dos elementos materiais de um fato alegado.
• Perito:
- Detém o conhecimento sobre determinado assunto.
• Principais tipos:
- Civil – contratado pela parte interessada ou nomeado judicialmente – “qualquer
profissão”.
- Criminal – funcionário público ou nomeado judicialmente.
- Previdenciário/securitário – funcionário público
• Peritos da Polícia Civil:
- Perito Criminal – qualquer curso superior.
- Médico-legista.
Peritos oficiais
• Função do perito: atender à autoridades
competentes no sentido de verificar o caso. Não
defender ou acusar!
“visum ad repertum”: ver e repetir.
• Atuação: verificar, procurar e interpretar os
vestígios materiais dos fatos ocorridos.
• Conjunto de elementos materiais denunciadores
do fato criminoso – “corpo de delito”.
Conceitos fundamentais
• Corpo de delito: “Todos os elementos materiais da
conduta incriminada, inclusive meios ou
instrumentos de que se sirva o criminoso.”
Nos Institutos e postos Médico-legais são
realizadas as perícias de corpo de delito onde o
conhecimento médico é essencial a esta análise
na esfera criminal.
A Medicina Legal em Minas
Gerais
• Exercida de 3 maneiras principais:
– Por concurso público estadual: médico legista.
• Uma das carreiras da Polícia Civil de Minas Gerais.
• Último concurso: 2013.
– Por nomeação de autoridade: perito ad hoc.
– Por escolha da parte: assistente técnico.
• Um Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte.
• Postos médico-legais em várias cidades do interior
Organograma estrutural do IML-
BH
IML
DPML DL DA
SPV SPM SCDL SRPAS AP TOX
NECROTÉRIO
PERÍCIAS
INDIRETAS
PSIQUIATRIA SAF
CLÍNICA
ODONTO
- Lesão corporal
- Verificação embriaguez
- Conjunção carnal
- Ato libidinoso
- Perícia de aborto
- Sanidade mental
- Sanidade física
- Perícia de idade
- Antropologia forense
- Odontologia forense
- Aval. conduta profissional
- Perícias de intoxicações
- Necrópsias
Necropsia • Necropsia, autopsia ou tanatopsia: é o exame externo e interno de um
cadáver.
– Necropsia X autopsia
• Pode ser realizada com finalidade clínica ou forense:
• Clínica: autorização obrigatória da família, realizada em hospitais, geralmente por patologistas.
• Forense: não é necessária a autorização da família, realizada geralmente no IML ou postos médico-legais, por legistas.
• Principais propósitos da necropsia forense:
– Determinar a causa mortis.
– Determinar o tempo decorrido da morte.
– Distinguir lesões intra-vitam e post-mortem.
– Identificar o corpo.
– Fornecer elementos para a determinação da causa jurídica da morte (se homicídio, suicídio ou acidente).
– Materializar um ou mais delitos.
• Duas indicações básicas:
– Morte decorrente de causas externas (morte
violenta).
– Morte suspeita.
Quando é necessária uma
necropsia médico-legal?
• CAPÍTULO II (artigos 158 a 184):
– DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL.
• Art. 158: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
Código de Processo Penal – modificado em parte pela
lei 11.690 de 09/06/2008
Art. 159: O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
– § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a
natureza do exame.
– § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
– § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação
de assistente técnico.
– § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
Código de Processo Penal – artigo 159 (continuação)
– § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
– § 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
– § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.”
• Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
descreverão minuciosamente o que examinarem, e
responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei
nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo
máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em
casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação
dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
• Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em
qualquer dia e a qualquer hora.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes
daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará
o simples exame externo do cadáver, quando não houver
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver
necessidade de exame interno para a verificação de
alguma circunstância relevante.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 167: Não sendo possível o exame
de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
• Art. 180: Se houver divergência entre
os peritos, serão consignadas no auto
do exame as declarações e respostas
de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a
autoridade nomeará um terceiro; se
este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame
por outros peritos.
• Art. 182: O juiz não ficará adstrito ao
laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
Perícias no vivo realizadas no IML-
BH:
As mais freqüentes são:
– Lesões corporais
– Conjunção carnal
– Ato libidinoso
– Gravidez, abortamento, parto e puerpério
– Embriaguez e toxicomania
– Sanidade mental
• Finalidade básica:
- Morte violenta
- Morte suspeita
• Falta do SVO em BH
• Centralização atendimento
• Sobrecarga de trabalho
Perícias no morto
realizadas no IML-BH
- CAPÍTULO VI (artigos 275 a 281):
- DOS PERITOS E INTÉRPRETES.
• Art. 275: O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à
disciplina judiciária.
• Art. 276: As partes não intervirão na nomeação do perito.
• Art. 277: O perito nomeado pela autoridade será obrigado a
aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-
réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem
justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja
feita, nos prazos estabelecidos.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a
autoridade poderá determinar a sua condução.
• Art. 279. Não poderão ser peritos:
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns.
I e IV do art. 69 do Código Penal;
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado
anteriormente sobre o objeto da perícia;
III - os analfabetos e os menores de 21 anos.
Código de Processo Penal:
Decreto-Lei 3.689 de 03/10/1941.
• Art. 120 – É vedado ao médico ser perito de
paciente seu, de pessoa de sua família ou de
qualquer pessoa com a qual tenha relações
capazes de influir em seu trabalho.
Código de Ética Médica:
Resolução CFM 1.246/1988.
• Exclusão por própria solicitação.
• Exclusão por impedimento:
– Artigo 279 do CPP
– Artigo 47 do CP
• Exclusão por suspeição:
– Artigo 254 do CPP
– Artigo 135 do CPC
• Exclusão por substituição.
Condições de exclusão do perito
• Proibição ou incapacidade temporária para o
exercício de cargo, função ou atividade pública;
• Proibição ou incapacidade temporária para o
exercício da profissão;
• Por depoimento anterior no processo;
• Por analfabetismo;
• Ter menos de 21 anos.
Condições de impedimento do perito
Fonte: Código de Processo Civi.
• Ser amigo ou inimigo da parte.
• Estar ele próprio respondendo a processo análogo, ou
seu cônjugue, ascendente ou descendente até terceiro
grau.
• Tiver aconselhado qualquer parte.
• For credor ou devedor de parte.
• For tutor, curador, donatário ou empregador de qualquer
das partes.
• For sócio, acionista ou administrador de sociedade
interessada no processo.
Condições de suspeição do perito
Fontes: Códigos de Processo Civi e Penal.
• Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
– Crime doloso:
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco
de produzi-lo;
– Crime culposo:
• II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia.
– Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
Código Penal:
Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940.
- Falso testemunho ou falsa perícia: • Art. 342: Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.
(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que
ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Código Penal:
Decreto-Lei 2.848 de 07/12/1940.
• Médico condenado por homicídio culposo.
Em abril de 2002, o juiz de direito da 7ª Vara Criminal recebeu denúncia por homicídio culposo contra o médico por ter o mesmo agido com negligência, imperícia e imprudência, não observando as regras técnicas da profissão durante o parto de Vânia e seu filho Cauê, sendo o médico condenado criminalmente por dois homicídios culposos neste mês de outubro de 2003.
Fonte: http://www.ptsul.com.br, acesso em 08/07/09.
• Justiça do DF condena ex-médico a 30 anos de prisão
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Depois de um julgamento que durou quase dezoito horas, a Justiça do Distrito Federal condenou nesta madrugada o ex-médico XXXXX a 29 anos de prisão em regime fechado e um ano em regime aberto pelas mortes de Adcélia Martins e Grasiela Murta, que fizeram lipoapiração em 2002 e morreram em seguida. Ele foi condenado por homicídio doloso qualificado, omissão de socorro e exercício ilegal da medicina. Para os jurados, o ex-médico assumiu o risco de matar as pacientes. Apesar da sentença, xxxxxx não saiu do fórum para a prisão, porque ele respondeu o processo em liberdade e compareceu a todos os atos. O ex-médico terá este direito até que seja julgado o último recurso.
Fonte: O Globo, DFTV e GloboNews TV , 08/07 às 05h24min.
Casos da imprensa
Tipos de penas privativas de
liberdade • Prisão simples:
– Destinada às contravenções penais.
– Regimes semi-aberto ou aberto.
– Contraventor é diferente de criminoso!
• Detenção:
– Cumprida inicialmente nos regimes semi-aberto ou aberto.
• Reclusão
– Crimes mais graves.
– Proibição de fiança (penas superiores a 2 anos).
– Cumprida inicialmente nos regimes fechado, semi-aberto e aberto.
Fonte: Nucci - Manual de Direito Penal, 4ª edição, 2008, página 378.
Tipos de morte
• Morte “natural”: decorrente de causas não-
traumáticas, sem transferências de energia.
• Morte violenta: decorrente de causas externas, não
“naturais” (homicídio, suicídio ou acidente).
• Morte suspeita: “quando há possibilidade de não ter
sido natural a sua causa”.
– Nos casos de morte suspeita ou violenta é obrigatório
o exame de corpo de delito (artigo 158 do CPP).
Causas jurídicas de morte violenta
• Acidente: “não intencional” – sem delito a apurar.
• Homicídio: com delito a apurar.
• Suicídio: sem delito a apurar (a princípio...).
– Não é atributo do médico-legista determinar a causa
jurídica de morte violenta!
– O exame médico-legal é uma das peças no inquérito
policial!
Morte súbita
• Conceito controverso!
• Morte fulminante X morte rápida X morte súbita
• “Aquela decorrente de até 1h da evolução dos
sinais/sintomas ou até 24h da última vez que o
indivíduo foi visto com vida.”.
• Nexo temporal não é um bom parâmetro!
• As mortes súbitas são, a princípio, morte
suspeitas, até que se prove o contrário.
Principais causas “naturais” de morte súbita
• Cardiovasculares:
– Cardiopatias (isquêmica, hipertensiva, valvares,
disritmias, etc...), outros. • Sistema nervoso central:
– Acidentes vasculares encefálicos (hemorrágicos ou
isquêmicos), epilepsia, infecções (meningite, etc...),
neoplasias, outros. • Respiratórias:
– Asma, TEP, infecções (epiglotite, pneumonias,
tuberculose, etc...), neoplasias, outros. • Metabólicas: diabetes
ETC ...
Bibliografia básica
• Jornal do CRMMG,
• Medicina Legal Texto e Atlas, Hygino de Carvalho Hercules:
- Parte 1, Capítulo 3
• Livro Perícias Médicas – Teoria e Prática, Emilio Bicalho Epiphanio:
- Capítulo 5
Principais documentos médico legais
• Receitas e solicitação de exames (ML eventuais)
• Atestados
• Relatórios: laudo/auto
- Perícia no vivo
- Perícia no morto
- Indireto
• Parecer médico-legal
• Declaração de óbito
“Atestado de óbito” – Modelo internacional
de Atestado de Óbito
Art. 3º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente. Art. 4º Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal. Art. 5º Assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou.
Ou seja: para prescrever é necessário examinar o paciente e ao prescrever se assume responsabilidade pela prescrição...
Código de Ética Médica: CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
É VEDADO AO MÉDICO:
- Art. 11 – É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco folhas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos.
- Ministério da Saúde: a receita médica deve ser preenchida com letra legível, em português, por extenso, a tinta, de forma informatizada ou manualmente.
- Leiam o parecer consulta 3638/2009 do Jornal do CRMMG número 22, página 10!
Código de Ética Médica: CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
- TEMA: transcrição de receitas.
- EMENTA: constitui infração ética prescrever
tratamento sem exame direto do paciente, salvo
em casos de urgência e impossibilidade
comprovada de realizá-lo.
Jornal do CRMMG, número 22, página 10, junho de 2009.
PARECER CONSULTA
3575/2008
É vedado ao médico receitar de forma ilegível PARECER CONSULTA 3638/2009
CONSULENTE: T.P.
RELATORA: CONSA. CLAUDIA NAVARRO CARVALHO DUARTE LEMOS
Ementa: “É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível” Art. 39 CEM
I - PARTE EXPOSITIVA
Trata-se de consulta sobre a existência de norma ou regulamentação, em vigor, que exija que a
prescrição de receitas, pedidos de exames, etc., sejam legíveis a pacientes e atendentes de postos.
II - PARTE CONCLUSIVA
É pertinente lembrar que, ao prescrever, o médico deve estar atento à legislação vigente, que é
normatizada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e pelo Conselho Federal de
Medicina: Resolução CFM 1246/1988. A legislação rege que o papel para prescrição deve conter
identificação do profissional, registro no Conselho Regional de Medicina; designação da
especialidade, subespecialidade ou competência legalmente atribuída ou reconhecida pelo CFM;
local, número de telefone, endereço.
Consta na Resolução 1246/1988: Código de Ética Médica:
É vedado ao médico:
Art.39: Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar, em branco, folhas de
receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos.
Segundo o Ministério da Saúde, a receita médica deve ser preenchida com escrita legível, em
português, por extenso, a tinta, de forma informatizada ou manualmente.
Portanto, pedidos de exame ou receitas médicas ilegíveis constituem infração ao Código de Ética
Médica e à legislação vigente.
Este é o parecer,
Belo Horizonte, 10 fevereiro 2009.
Conselheira
Claudia Navarro Carvalho Duarte Lemos
Aprovado em Sessão Plenária do dia 14/02/2009.
Atestado médico
Definições: “Atestar é certificar por escrito”. “Documento que resume, de forma objetiva e singela, um fato médico e suas conseqüências”. “Documento que atesta a veracidade em relação a datas, assistência, internações, necessidade de exames complementares, todos de maneira genérica, não especificando a doença”.
- Art. 73 - Revelar o fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente. Parágrafo único - Permanece essa proibição: a) Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou que o paciente tenha falecido. b) Quando do depoimento como testemunha. Nesta hipótese o médico comparecerá perante a aut oridade e declarará seu impedimento. - Art. 74 - Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. - Art. 75 - Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em programas de rádio, televisão ou cinema, e em artigos, entrevistas ou reportagens em jornais, revistas ou outras publicações legais.
Código de Ética Médica: CAPÍTULO IX - SEGREDO MÉDICO – É vedado...
- Art. 76 - Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. - Art. 77 - Prestar a empresas seguradoras qualquer informação sobre as circunstâncias da morte de paciente seu, além daquelas contidas no próprio atestado de óbito, salvo por expressa autorização do responsável legal ou sucessor.
- Art. 78 - Deixar de orientar seus auxiliares e de zelar para que respeitem o segredo profissional a que estão obrigados por lei. . - Art. 79 - Deixar de guardar o segredo profissional na cobrança de honorários por meio judicial ou extrajudicial.
Código de Ética Médica: CAPÍTULO IX - SEGREDO MÉDICO – É vedado...
Atestado médico
Sigilo de diagnóstico: - Só deve haver quebra de segredo a pedido do paciente, por
justa causa ou por dever legal.
- Art. 102 do Código de Ética Médica. - Portaria 3.291/1984 – Ministério da Previdência Social – Necessidade de CID.
- Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade. Art. 81. Atestar como forma de obter vantagens. Art. 82. Usar formulários de instituições públicas para prescrever ou atestar fatos verificados na clínica privada. Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal.
Código de Ética Médica: CAPÍTULO X – ATESTADO E BOLETIM MÉDICO
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta. Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade.
Código de Ética Médica: CAPÍTULO X – ATESTADO E BOLETIM MÉDICO
ALGUNS DESTAQUES DO
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
ABANDONO DE PACIENTE
O MÉDICO NÃO PODE ABANDONAR O PACIENTE
“É vedado ao médico abandonar paciente sob seus cuidados.
( Cap. 5, art. 36) § 1º Ocorrendo fatos que, a seu critério,
prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o
pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de
renunciar ao atendimento, desde que comunique
previamente ao paciente ou a seu representante legal,
assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo
todas as informações necessárias ao médico que lhe
suceder.”
CONSENTIMENTO ESCLARECIDO
O PACIENTE PRECISA DAR O CONSENTIMENTO
“É vedado ao médico deixar de obter consentimento do
paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo
sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de
risco iminente de morte.” (Cap. 4, Art. 22).
DENÚNCIA DE TORTURA
O MÉDICO É OBRIGADO E DENUNCIAR TORTURA
“ É vedado ao médico deixar de denunciar prática de
tortura ou de procedimentos degradantes, desumanos ou
cruéis, praticá-las, bem como ser conivente com quem as
realize ou fornecer meios, instrumentos, substâncias ou
conhecimentos que as facilitem” ( Cap. 4, Art. 25.)
ALGUNS DESTAQUES DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
DIREITO DE ESCOLHA
O MÉDICO DEVE ACEITAR AS ESCOLHAS DOS PACIENTES “No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes, relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas” (Cap. 1, XXI)
ALGUNS DESTAQUES DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
Codigo Penal Brasileiro - Falsidade de atestado médico:
Art. 302 - Dar o médico, no exercício
da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano.
Atestado falso
Atestado Médico
Atestado, segundo o tipo: - Óbito - Vacina - Sanidade física ou mental - Insanidade física ou mental - Capacidade laborativa
Atestado, segundo a procedência: Administrativos Judiciários Oficiosos
Atestado, segundo o conteúdo: Idôneos Graciosos Imprudentes Falsos
Atestado Médico
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002
• Normatiza a emissão de atestados médicos
e dá outras providências.
Resolução CFM
n.º1.658/2002
Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários.
Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.
Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente
observará os seguintes procedimentos:
a.especificar o tempo concedido de dispensa à atividade,
necessário para a completa recuperação do paciente;
b.estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado
pelo paciente;
c.registrar os dados de maneira legível;
d.identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo
ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.
Resolução CFM
n.º1.658/2002
Art. 4º É obrigatória, aos médicos, a exigência de prova de
identidade aos interessados na obtenção de atestados de qualquer
natureza envolvendo assuntos de saúde ou doença.
§ 1º Em caso de menor ou interdito, a prova de identidade
deverá ser exigida de seu responsável legal.
§ 2º Os principais dados da prova de identidade deverão
obrigatoriamente constar dos referidos atestados.
Resolução CFM
n.º1.658/2002
Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o
diagnóstico codificado ou não, quando por justa causa, exercício de
dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante
legal.
Parágrafo único No caso da solicitação de colocação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado.
Resolução CFM
n.º1.658/2002
Art. 6º Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de
sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de atestado de
afastamento do trabalho.
§ 1º Os médicos somente devem aceitar atestados para avaliação de
afastamento de atividades quando emitidos por médicos habilitados e inscritos
no Conselho Regional de Medicina, ou de odontólogos, nos termos do caput
do artigo.
§ 2º O médico poderá valer-se, se julgar necessário, de opiniões de outros
profissionais afetos à questão para exarar o seu atestado.
§ 3º O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser
acatado por quem de direito, salvo se houver divergência de entendimento por
médico da instituição ou perito.
§ 4º Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em
função pericial, este se obriga a representar ao Conselho Regional de Medicina
de sua jurisdição.
Resolução CFM
n.º1.658/2002
Declaração de óbito
• Finalidades
– Confirmar a morte.
– Determinar a causa da morte.
– Satisfazer interesses de ordem civil,
estatístico demográfica e político-
sanitária.
Morte e o Código Civil
• Inscrever em registro público: nascimento e morte
- Art 9º Serão registrados em registro público:
I – os nascimentos, casamentos e óbitos.
- Lei dos Registros Públicos
- Art 29 Serão declarados nos Registros Civis de Pessoas:
I - os nascimentos
II - os casamentos
III - os óbitos
Declaração de óbito
• Lei 6.126/1975:
“Nenhum sepultamento será feito sem certidão oficial
de registro do local de falecimento, extraída após
lavratura do assento de óbito, em vista de atestado
médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de
duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou
verificado a morte”
Declaração de óbito
• RESOLUÇÃO CFM nº 1.779/2005
Art. 1º - O preenchimento dos dados constantes na
declaração de óbito são da responsabilidade do
médico que a atestou.
Art. 2º - Os médicos no preenchimento da declaração
de óbito obedecerão as seguintes normas:
Responsabilidade de
atestar o óbito
I. Morte sem assistência médica (“natural”):
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos
(SVO):
• A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos
médicos do SVO;
Responsabilidade de
atestar o óbito
I. Morte sem assistência médica (“natural”):
b) Nas localidades sem SVO :
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos
médicos do serviço público de saúde mais próximo do local
onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer
médico da localidade.
Responsabilidade de
atestar o óbito
II. Morte com assistência médica (“natural”):
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que
possível, pelo médico que vinha prestando assistência ao
paciente.
Responsabilidade de
atestar o óbito
II. Morte com assistência médica (“natural”):
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob
regime hospitalar deverá ser fornecida pelo médico
assistente e, na sua falta por médico substituto
pertencente à instituição.
Responsabilidade de
atestar o óbito
II. Morte com assistência médica (“natural”):
c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob
regime ambulatorial deverá ser fornecida por médico
designado pela instituição que prestava assistência, ou
pelo SVO;
Responsabilidade de
atestar o óbito
II. Morte com assistência médica (“natural”):
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob
regime domiciliar (Programa Saúde da Família, internação
domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico
pertencente ao programa ao qual o paciente estava
cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao
acompanhamento do paciente.
Responsabilidade de
atestar o óbito
• Paciente natimorto (“natural”):
– Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram
assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a
Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração
igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso
corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas
e/ou estatura igual ou superior a 25 cm.
Responsabilidade de
atestar o óbito
• Paciente com morte violenta ou suspeita:
A Declaração de Óbito deverá,
obrigatoriamente, ser fornecida pelos
serviços médico-legais
Declaração de óbito
3 Vias:
- Branca: SMS
- Amarela:
Família Cartório
- Rosa: variável (IML /
hospitais / posto de saúde)
Bloco I
Bloco II
Bloco III
Bloco IV
Bloco V
Bloco VI
Bloco VII
Bloco VIII
Bloco IX
Atestado de óbito
Solicitação de perícia médico-legal
• Perícia criminal:
- Somente é realizada quando solicitada por uma das
seguintes autoridades:
- Delegado de polícia (civil ou federal).
- Promotor de justiça.
- Juiz.
- Policial militar que estiver presidindo IPM.
• Perícia civil:
- Juiz.
Composição do laudo
• Preâmbulo: solicitante, peritos, local, data, hora, tipo de
perícia
• Histórico: “anamnese médico-legal” – próprio examinado
ou colhido da guia / relatório médico
• Descrição
• Discussão – se necessário – elementos históricos não
batem com a lesão
• Conclusão – afirmativa ou negativa
• Quesitos – perguntas com finalidade de de estabelecer
elementos de um fato típico – padronizados
• Resposta aos quesitos
Quesitos – definições
• Perguntas objetivas que buscam direcionar a conclusão da
perícia em determinado sentido (enquadramento em
determinado crime, defesa de determinado ponto de vista,
etc).
• Podem ser obrigatórios ou complementares (suplementares)
na esfera criminal.
- Quesitos obrigatórios:
– Podem variar de estado para estado.
– Em Minas Gerais foram definidos pelo Decreto Estadual 5.141 de 25/10/1956.
- Quesitos complementares (suplementares):
– Podem ser formulados pela autoridade policial/judiciária, por advogados, assistentes técnicos ou pelo próprio acusado/vítima.
Quesitos – necrópsia Decreto Estadual 5.141 de 25/10/56
1º) Houve morte? Ex.: sim, não, sem elementos para afirmar.
2º) Qual a causa da morte?
Ex.: TCE contuso, hemorragia interna secundária a..., indeterminada...
3º) Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
Ex.: Pérfuro-contundente, contundente, corto-contundente, físico-químico,
biodinâmico, sem elementos para afirmar...
4º) A morte foi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia
resultar em perigo comum?
Ex.: sim, não, sem elementos para afirmar, prejudicado.
Parecer médico legal
• Solicitado na necessidade de esclarecimentos aprofundados.
- Divergências na interpretação de achados da perícia.
• Quem faz um parecer: perito ou professor com competência
“inquestionável” e autoridade “reconhecida” na área.
• Partes: preâmbulo, exposição (motivo, quesitos e histórico),
discussão e conclusão.
- Não há descrição. Dúvidas com respeito à interpretação dos
achados.
• Geralmente baseia-se no(s) laudo(s) e não no exame direto.