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ORGANIZADOR 1 FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA FEAM 2014 CLÍNICO GERAL / SOCORRISTA PLANTONISTA PROVA OBJETIVA

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ORGANIZADOR 1

FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – FEAM 2014 CLÍNICO GERAL / SOCORRISTA PLANTONISTA – PROVA OBJETIVA

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ORGANIZADOR 2

FUNDAÇÃO ELETRONUCLEAR DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – FEAM 2014 CLÍNICO GERAL / SOCORRISTA PLANTONISTA – PROVA OBJETIVA

LÍNGUA PORTUGUESA

A violência não é uma fantasia Lya Luft

A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais.

Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros.

As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades.

Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos, em geral, organizados na internet.

É natural e bom que grupos de jovens queiram se distrair: passear pelos corredores, alegres e divertidos, ir ao cinema, tomar um lanche, fazer compras. Porém correr, saltar pelas escadas rolantes, eventualmente assumir posturas agressivas ou provocadoras e bradar palavras de ordem, não é engraçado.

Derrubar crianças ou outros jovens, empurrar velhos e grávidas, não medindo consequência de suas atitudes, não é brincadeira. Shoppings são lugares fechados, com grande número de pessoas, e, portanto, podem facilmente virar perigosos túneis de pânico.

Juventude não é sinônimo de grossura e violência (nem de inocência e ingenuidade). Neste caso, os que perturbam são jovens mal-educados (a meninada endinheirada também não é sempre refinada…) ou revoltados.

Culpa deles? Possivelmente da sociedade que, por um lado, lhes aponta algumas vantagens materiais, por outro não lhes oferece boas escolas, com muito esporte também em fins de semana, nem locais públicos de prática esportiva com qualidade (esportistas famosas como as tenistas irmãs Williams, meninas pobres, começaram em quadras públicas americanas).

Parece que ainda não se sabe como agir: alguns jornalistas ou psicólogos e antropólogos de plantão, e gente de direitos humanos às vezes tão úteis, acham interessante e natural o novo fenômeno, recorrendo ao jargão tão gasto de que “as elites” se assustam por nada, ou “as elites não querem que os pobres se divirtam”, e “os adultos não entendem a juventude”.

Pior: falam em preconceito racial ou social, palavrório vazio e inadequado, que instiga rancores. As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.

No momento em que as manifestações violentas de junho estão aparentemente calmas (pois queimam-se ônibus e crianças, há permanentes protestos menores pelo Brasil), achar irrestritamente bonito ou engraçado um movimento juvenil é irresponsabilidade. E é bom lembrar que, com shoppings fechando ainda que por algumas horas, os empregados perdem bonificações, talvez o emprego.

As autoridades (afinal, quem são os responsáveis?) às vezes parecem recear uma postura mais firme e o exercício de autoridade: como pode ocorrer na família e na escola, onde reinam confusão e liberalismo negativo, queremos ser bonzinhos, para desamparo dessa meninada.

Todos devem poder se divertir, conviver. Mas cuidado: exatamente por serem jovens, os jovens podem virar massa de manobra. Os aproveitadores de variadas ideologias, ou simplesmente os anarquistas, os violentos, estão sempre à espreita: já começam a se insinuar entre esses adolescentes, ou a organizar grupos de apoio a eles — certamente sem serem por eles convidados.

Bandeiras, faixas, punhos erguidos e cerrados e palavras de ordem não são divertimento, e nada têm a ver com juventude. Não precisamos de mais violência por aqui. É bom abrir os olhos e descobrir o que fazer enquanto é tempo.

(www.veja.abril.com.br)

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ORGANIZADOR 3

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1) De acordo com o texto de Lya Luft, pode-se afirmar que a violência:

a) é parte integrante do nosso DNA, da mesma forma que o cuidado e a solidariedade o são b) está determinada com base no meio em que se vive, estando descartado o componente genético c) equivale ao nosso DNA, de modo que vai determinar o nível de cuidado e de atenção com o próximo d) torna-se evidente quando o tema é DNA, pois o meio é excludente e define os traços psíquicos do

indivíduo

2) No segundo parágrafo, a repetição da expressão “Temos medo de” tem uma intenção estilística, a qual pode ser compreendida como:

a) modo de enfatizar todos os medos sociais, já que, assim, eles podem ser valorizados e extintos b) meio de deflagrar para o leitor que os medos são inerentes ao ser humano desde sempre c) estratégia linguística que pode facilitar a leitura de maneira a não desgastar tema “medo” d) modo de elencar, de forma enfática, a quantidade de medos que temos hoje

3) Segundo o texto, no que diz respeito às notícias dadas pela imprensa, o medo está associado à:

a) proficiência por reconhecer que não há perspectivas de práticas de autoritarismo b) ociosidade em função de não se ter o que fazer para melhorar c) indignidade no exercício do papel de um cidadão participativo d) consciência acerca da realidade em que se vive

4) No quinto parágrafo, a maneira como a autora constrói estruturalmente seu discurso nos permite a observação de que esta se baseia, respectivamente, em uma relação de:

a) tristeza/ alegria b) coesão/ submissão c) concessão/ restrição d) causa/ consequência

5) Em termos de modo de organização do discurso, é correto afirmar que o texto de Lya Luft é predominantemente:

a) narrativo b) descritivo c) expositivo d) argumentativo

6) No nono parágrafo, a autora faz uso de aspas em alguns momentos. Este uso serve como:

a) estratégia para separar a fala da autora de outra(s) voz(es) b) modo de se enfatizar o valor estilístico das palavras/ expressões em foco c) meio de se amenizar o significado desses termos/ expressões entre aspas d) forma de situar o leitor acerca da verdade indiscutível presente nestas falas

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ORGANIZADOR 4

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7) “...palavrório vazio e inadequado...” É possível afirmar que o processo de formação do termo “palavrório” é: a) conversão b) parassíntese c) derivação sufixal d) composição por aglutinação

8) “... ‘as elites não querem que os pobres se divirtam’...” No período destacado, a oração sublinhada exerce função sintática igual àquela sublinhada em: a) Não havia muitas atividades. b) As mulheres querem salários dignos. c) Os homens são seres incompreendidos. d) De repente, ninguém ouviu mais a voz dele.

9) “As elites, meus caros, não estão nos nossos shoppings; estão em seus iates e aviões pelo mundo.” A expressão sublinhada na passagem em destaque sinaliza: a) traço oficial de coloquialidade, típica deste gênero textual, pois há intertextualidade e não existem

falácias na construção do texto b) possível desejo de aproximação com o leitor, a fim de que se construa um texto com traços de

cumplicidade entre enunciador/ coenunciador c) elo determinado pela atração das partes do discurso, de modo que elas possam interagir, mesmo que

concordando uma com a opinião da outra necessariamente d) viável intenção de aproximação com o leitor, entretanto, sem dar a ele abertura real à troca de

informações, já que um texto não pode dialogar com o leitor

10) “As notícias da imprensa nos dão medo em geral.” A função sintática da expressão sublinhada é: a) objeto indireto b) adjunto adnominal c) complemento nominal d) objeto direto preposicionado

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11) Uma das hipóteses mais aceitas nos últimos anos sobre a fisiopatologia da síndrome do cólon irritável, é que o aumento da disponibilidade de um determinado neurotransmissor na mucosa local pode induzir a ocorrência de diarreia, enquanto a de-sensibilização de seus receptores levaria à ocorrência de constipação intestinal ou à alternância do padrão intestinal. Tal neurotransmissor tem um papel na regulação da motilidade gastrointestinal e percepção visceral. O neurotransmissor envolvido na fisiopatologia apresentada é: a) serotonina b) acetilcolina c) substância P d) ácido gama-aminobutírico

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12) Um paciente portador de diabetes mellitus tipo 1, há longa data, vem apresentando nas duas últimas semanas, episódios repetidos de hipoglicemia assintomática, detectados na autoaferição de suas glicemias capilares. Apesar de pequenos ajustes no esquema de insulinização (NPH + regular), o paciente continua apresentando episódios de hipoglicemia negligenciada. Em uma tarde, o paciente é encontrado caído, inconsciente, com quadro sugestivo de coma hipoglicêmico. Um médico o atende e, considerando a inviabilidade da administração oral de carboidratos, bem como a incapacidade de obtenção de acesso venoso, ele deve optar por administrar: a) instilação nasal de solução aquosa de glicose a 2% b) 100mg de hidrocortisona intramuscular c) 0,5mg de adrenalina subcutânea d) 1mg de glucagon intramuscular

13) Durante os esforços de reanimação de um paciente em parada cardiorrespiratória em AESP (atividade elétrica sem pulso), estando o paciente já intubado, é observado que o hemitórax direito se encontra abaulado e não se expande durante as manobras de ventilação. A percussão torácica revela a presença de timpanismo torácico ipsilateral (à direita). Diante desse caso, deve ser a conduta imediata: a) tracionar o acesso à via área, colocando sua extremidade distal ao nível de T4 b) drenar o tórax direito com jelco, no 2º espaço intercostal, linha hemiclavicular c) providenciar a troca do tubo orotraqueal por outro de calibre mais adequado d) reposicionar o paciente, realizando as manobras em decúbito lateral direito

14) Uma paciente de 42 anos se queixa de palpitações e mal-estar. Ao exame físico, ela se apresenta um pouco ansiosa e taquicárdica (cerca de 150bpm), não havendo sinais de deterioração hemodinâmica e/ou congestão pulmonar. Um eletrocardiograma revela a presença de atividade atrial com frequência de cerca de 300/min, caracterizada por um padrão “serrilhado” com ondas negativas em D2, D3 e aVF, associada com condução ventricular alternante (2 ou 3 ondas atriais para cada complexo QRS). O diagnóstico correto da arritmia apresentada pela paciente é: a) flutter atrial b) fibrilação atrial c) taquicardia reentrante antidrômica d) bloqueio atrioventricular de 1º grau

15) Um paciente de 27 anos dá entrada no setor de emergência com quadro caracterizado por palpitações e hipotensão arterial, iniciado há cerca de 20 minutos. Ao eletrocardiograma (ECG), é observada uma taquiarritmia de complexos QRS alargados e intervalos RR regulares. O paciente traz um ECG antigo em que é observado o seguinte padrão: intervalo PR curto, presença de onda delta e duração prolongada do QRS. Diante desses dados, o diagnóstico correto para a taquiarritmia apresentada pelo paciente é:

a) taquicardia paroxística supraventricular por reentrada nodal b) taquicardia por macro-reentrada AV antidrômica c) taquicardia ventricular tipo torsade de pointes d) fibrilação atrial aguda

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16) Uma paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico e síndrome de anticorpo antifosfolipídio foi internada para tratamento cirúrgico de artroplastia total de quadril esquerdo, procedimento indicado em razão de osteonecrose local. No terceiro dia pós-operatório, a paciente apresenta episódio súbito de dor torácica tipo pleurítica à direita e dispneia intensa. Uma gasometria arterial colhida logo em seguida do início do quadro revela apenas alcalose respiratória, mas um eletrocardiograma revela taquicardia sinusal e padrão S1Q3T3. Nos dias subsequentes, a radiografia de tórax revela elevação da cúpula frênica direita e leve derrame pleural ipsilateral. A melhor hipótese diagnóstica para o quadro dessa paciente é: a) atividade lúpica b) vasculite coronariana c) tromboembolismo pulmonar d) fenômeno de Raynaud pulmonar

17) Um paciente de 62 anos apresenta quadro de pneumonia comunitária grave, evoluindo com sepse grave. Para o reconhecimento do choque séptico, por definição, é necessária a presença de: a) instabilidade hemodinâmica responsiva à oferta de corticoide intravenoso b) hipotensão arterial grave refratária à reposição de volume c) pressão arterial média menor que 50mmHg d) nível de lactato sérico maior que 26mg/dl

18) Uma paciente admitida em função de rebaixamento transitório do nível de consciência evoluiu com quadro de pneumonia por broncoaspiração. A paciente entrou em insuficiência respiratória aguda, mostrando-se refratária à oferta suplementar de oxigênio sob máscara com reservatório. Foi considerado o diagnóstico de SARA (síndrome da angústia respiratória aguda ou síndrome do desconforto respiratório agudo). Compatível com esse diagnóstico, a análise clínica e por exames complementares da paciente deve revelar a presença de: a) pressão capilar pulmonar > 18mmHg b) complacência pulmonar aumentada c) infiltrados alveolares difusos d) relação PaO2/FiO2 > 300

19) A coexistência de hemólise intramedular, plurissegmentação de neutrófilos, pancitopenia e mielose funicular posterior deve levantar a hipótese diagnóstica principal de: a) deficiência de vitamina B12 b) beta-talassemia major c) anemia sideroblástica d) deficiência de G6PD

20) Para o tratamento específico da etiologia básica de pacientes com paralisia de Bell, parece haver benefício da introdução do seguinte fármaco em associação ao corticoide: a) ciclofosfamida b) natalizumab c) gabapentina d) valaciclovir

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21) Um paciente de 67 anos, portador de adenocarcinoma de pulmão em estágio IV, evolui com quadro de anasarca. A investigação diagnóstica inicial revela um padrão compatível com síndrome nefrótica, presumivelmente paraneoplásica. O padrão histopatológico mais provável da glomerulopatia paraneoplásica vigente em tal situação é: a) lesão mínima b) nefropatia membranosa c) glomerulonefrite mesangiocapilar d) glomeruloesclerose segmentar e focal

22) Uma paciente de 33 anos dá entrada na unidade de emergência em função de quadro caracterizado por início súbito de intensa dispneia e dor torácica tipo pleurítica (à direita). A paciente usa cronicamente anticoncepcional oral e tem uma hipótese de trombofilia adquirida. Os critérios de Wells revelam uma elevada probabilidade de tromboembolismo pulmonar e a dosagem de D-dímero revela um valor superior a 500ng/ml. Entre os exames abaixo listados, aquele que apresenta a maior probabilidade de confirmar tal diagnóstico é: a) ecocardiograma transesofágico b) ultrassonografia com Doppler de MMII c) angiotomografia computadorizada de tórax d) cintilografia de ventilação-perfusão do tórax

23) Uma paciente de 64 anos encontra-se em investigação diagnóstica em caráter de urgência em razão de amaurose fugaz unilateral. Há cerca de 6 meses, a paciente vem apresentando quadro de cefaleia, anorexia e febre intermitente. Relata, ainda, dores musculares proximais, nas cinturas pélvica e escapular, com limitação dos movimentos principalmente pela manhã, além de claudicação intermitente de mandíbula. Seus exames iniciais revelam anemia normocrômica e normocítica e uma velocidade de hemossedimentação extremamente elevada (110mm) na primeira hora. O exame complementar com o maior potencial para revelar o diagnóstico correto é: a) pesquisa de bandas oligoclonais no liquor b) biópsia da artéria temporal c) eletroneuromiografia d) pesquisa do FAN

24) Um paciente de 20 anos encontra-se internado em razão de cetoacidose diabética, tendo a condição precipitada por uma infecção urinária. Iniciado o tratamento padrão – hidratação venosa, insulinoterapia intravenosa contínua e reposição de potássio, além do tratamento do fator de descompensação –, o paciente evolui com resposta adequada da glicemia capilar, atingindo cerca de 5 horas após, um valor de 220mg/dl, momento em que é optado pela adição ao esquema terapêutico de reposição de glicose intravenosa e redução da infusão de insulina IV contínua para 1 unidade/hora. Cerca de uma hora após, são obtidos os seguintes dados laboratoriais: glicemia = 175mg/dL; pH = 7,22; bicarbonato de sódio = 14mEq/L; pesquisa de cetonúria 2+. Nesse momento, a conduta correta a ser definida é: a) suspender a insulina intravenosa, passando ao uso subcutâneo intermitente b) modificar o esquema de insulinização para incluir insulina lispro c) manter infusão intravenosa contínua de insulina d) associar insulina NPH no esquema

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25) A chamada terapia 3-H (hipervolemia, hemodiluição, hipertensão) tem sido discutida há alguns anos como possível estratégia terapêutica para:

a) choque cardiogênico por IAM de parede inferior b) insuficiência arterial aguda de MMII c) injúria renal aguda pré-renal d) hemorragia subaracnoide

26) Um paciente vitimado por trauma decorrente da colisão frontal de veículos é trazido à unidade de emergência com evidências de TCE grave (escore de coma Glasgow = 8 pontos), hemotórax traumático à direita e múltiplas fraturas em membros e bacia. Reiniciados os procedimentos do ABCDE (secundário), o paciente é tratado de forma pertinente e conduzido ao setor de tomografia computadorizada (TC) e, posteriormente, ao CTI. A TC de crânio revela pequena lâmina de hematoma subdural à direita (< 5 mm), contusão parenquimatosa em ambos os hemisférios e edema cerebral bilateral. Horas após, o paciente evolui com deterioração neurológica, sendo observado anisocoria (direita > esquerda, sendo a pupila direita midriática e não fotorreagente) e descerebração à direita. A melhor explicação para a deterioração neurológica do paciente é:

a) hérnia de uncus b) morte encefálica c) vasospasmo difuso d) fratura de base de crânio

27) Uma paciente de 68 anos de idade dá entrada na unidade de emergência em função de quadro de enterorragia volumosa. Segundo ela informa, o quadro atual foi detectado há mais ou menos 45 minutos, representando o 3º episódio de hemorragia digestiva baixa que a paciente apresentou nos últimos 7 meses. Na história patológica pregressa da paciente, há apenas o relato de um episódio de pneumonia (há 1 ano) e de doença de Paget, estando em uso de bifosfonato oral. A paciente encontra-se levemente taquicárdica (112bpm) e hipotensa (98 x 50mmHg), além de apresentar abaulamentos na calota craniana, especialmente na região frontal. Após resgate volêmico com solução salina 0,9%, tendo sido normalizados os níveis tensionais, é solicitada uma colonoscopia diagnóstica, cujo laudo mais provavelmente foi compatível com:

a) metástase intestinal de osteossarcoma b) doença diverticular do cólon c) adenocarcinoma de cólon d) angiodisplasia colônica

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28) Um paciente de 34 anos, vivendo com HIV/AIDS há 7 anos, retorna para atendimento médico após ter abandonado o seguimento especializado nos últimos 3 anos. No momento, o paciente relata febre, dispneia intensa e tosse não produtiva. Ao exame clínico, encontra-se taquidispneico, febril, hipocorado (2+/4+) e hipo-hidratado (3+/4+), exibindo a presença de candidose oral e estertores bolhosos de finas e médias bolhas, dispersos em ambos hemitóraces. Uma radiografia de tórax revela infiltrados difusos, não havendo evidências de linfonodomegalias hilares ou mediastinais, nem de derrame pleural. A gasometria arterial revela hipoxemia acentuada, com alcalose respiratória significativa, e a dosagem de LDH sérica é muito elevada. É iniciado tratamento para pneumonia por Pneumocystis jiroveci com sulfametoxazol-trimetoprim, e o paciente é intubado e submetido à ventilação mecânica. Ao longo dos próximos dias, o paciente evolui com injúria renal aguda. A análise dos índices de falência renal revela uma dosagem de sódio urinário elevada e excreção fracionada de sódio maior que 3%. Além disso, há eosinofilia no hemograma e eosinofilúria na pesquisa direta. Examinando o paciente com mais calma, há evidências de exantema maculopapular difuso em tronco e membros. A melhor explicação para a deterioração da função renal do paciente é: a) síndrome de reconstituição imune b) sepse por Pneumocystis jiroveci c) nefrite intersticial alérgica d) injúria renal pré-renal

29) Uma paciente de 37 anos procura assistência médica em razão de nervosismo, tremores e dor na região cervical. Segundo informa, o quadro se iniciou há uma semana com dor na região central e anterior do pescoço. Ela usou analgésicos comuns, obtendo pequeno alívio do quadro. A paciente evoluiu, então, com nervosismo, tremores finos de insônia e déficit de concentração. Ao exame físico, apresenta dor à compressão leve da tireoide, não havendo hiperemia local. Seus exames revelam VHS extremamente elevado, T3 e T4 elevados e TSH suprimido (< 0,01UI/mL). A captação tireoidiana de iodo radioativo foi muito baixa. O diagnóstico correto a ser atribuído à paciente é: a) doença de graves b) tireoidite crônica de Hashimoto c) tireoidite crônica fibrosante de Riedel d) tireoidite subaguda dolorosa de De Quervain

30) A tríade clínica caracterizada por disfagia intermitente, halitose e regurgitação do alimento à boca é associada ao diagnóstico de: a) acalásia b) divertículo de Zenker c) megaesôfago chagásico d) síndrome de Plummer-Vinson

31) Uma paciente de 21 anos de idade encontra-se pálida e ictérica. Ela nega dispneia ou dor torácica. Seus exames laboratoriais iniciais revelam anemia moderada (hemoglobina de 8,5g/dL), levemente macrocítica (VCM = 103fL), hiperbilirrubinemia indireta e aumento da desidrogenase lática. A contagem de reticulócitos é elevada (índice de produção de reticulócitos superior a 2,5%) e a dosagem de haptoglobina sérica, baixa. O teste de Coombs direto é positivo, mas as pesquisas de FAN e de anticorpo anti-DNA de dupla hélice são negativas. O melhor tratamento a ser inicialmente instituído na paciente é: a) imunoglobulina b) plasmaférese c) ácido fólico d) corticoide

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32) O agente etiológico mais comum das pneumonias comunitárias graves é: a) Streptococcus pneumoniae b) Haemophilus influenzae c) Staphylococcus aureus d) Klebsiella pneumoniae

33) Um paciente de 18 anos, usuário de drogas ilícitas injetáveis, procura assistência médica 4 dias após ter iniciado quadro de febre baixa, dor abdominal (quadrante superior direito), náuseas e vômitos. Ao exame físico, é observada a presença de icterícia em mucosas (2+/4+). O hepatograma revela intensa transaminite (ALT = 1.100U/L e AST = 815U/L), com hiperbilirrubinemia de predomínio da fração direta. Solicitada a pesquisa de marcadores virais da hepatite, foram obtidos os seguintes resultados: anti-HAV IgM negativo; anti-HAV IgG positivo; anti-HBc IgM positivo; anti-HBc IgG negativo; HBsAG negativo; anti-HBs negativo; anti-HCV negativo. Esse quadro é compatível com o diagnóstico de: a) hepatite A e B agudas b) hepatite A aguda e hepatite B crônica c) hepatite B aguda e hepatite C crônica d) hepatite B aguda e passado de hepatite A

34) O eletrocardiograma de um paciente de 65 anos com queixas de fadiga e palpitações mostra um ritmo sinusal com ondas T amplas e simétricas (“ondas T em tenda”) em V2 a V4 e ondas P aplanadas difusamente. A conduta imediata indicada nesse caso é: a) gluconato de cálcio b) metoprolol intravenoso c) instalação de marcapasso transvenoso d) cardioversão elétrica com corrente bifásica

35) Uma paciente de 42 anos, portadora de artrite reumatoide há longa data, em uso de terapia tripla (metotrexate, sulfassalazina e hidroxicloroquina), queixa-se de dor e parestesias na mão direita. A pesquisa do sinal de Tinel e a realização da manobra de Phalen evidenciam, na mão direita, sensação de choque elétrico da face palmar do 1º quirodáctilo até a metade radial do 4º quirodáctilo. O diagnóstico desse caso é de: a) sinovite do carpo b) mononeurite múltipla c) síndrome do túnel do carpo d) necrose asséptica do escafoide

36) Pacientes com pancreatite aguda podem ter seu prognóstico estimado por certos escores que lançam mão de variáveis clínicas, laboratoriais e/ou radiológicas para prever a evolução e a incidência de desfechos clínicos desfavoráveis. Entre os critérios de Ranson, inclui-se: a) hipercalcemia b) hiperamilasemia c) queda do hematócrito maior que 10% d) documentação de necrose superior a 50% do parênquima

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37) Uma paciente de 35 anos, portadora de asma brônquica em tratamento irregular, queixa-se de tosse crônica, dispneia e lesões cutâneas em membros inferiores (MMII). Ao exame físico, a paciente apresenta-se levemente dispneica, com discretos estertores em velcro, em ambas as bases pulmonares, além de apresentar uma púrpura palpável em região pré-tibial bilateralmente e diminuição da sensibilidade superficial em bota, simétrica, em ambos MMII. Seu hemograma revela leve anemia, trombocitose discreta e acentuada eosinofilia. A pesquisa de ANCA (anticorpo anticitoplasma de neutrófilo) é positiva. O diagnóstico adequado para essa paciente é de: a) vasculite de hipersensibilidade b) síndrome de Churg-Strauss c) crioglobulinemia mista d) aspergilose invasiva

38) Quando comparadas com a heparina não fracionada, as heparinas de baixo peso molecular apresentam as seguintes vantagens, EXCETO: a) melhor biodisponibilidade, o que gera uma relação entre dose e efeito mais previsível, tornando

desnecessária a monitoração do grau de anticoagulação b) em razão do menor tamanho médio das moléculas, há uma maior seletividade na inibição da trombina,

com efeito desprezível sobre o fator X ativado c) menor interferência com o fator plaquetário 4, levando a uma menor probabilidade da ocorrência de

trombocitopenia induzida por heparina d) menor afinidade pelas proteínas plasmáticas, pelas células endoteliais e pelos macrófagos, o que gera

um efeito terapêutico mais efetivo

39) Um paciente com tríade de Beck, pulso arterial paradoxal e alternância elétrica no ecocardiograma apresenta provavelmente: a) pericardite constrictiva b) cardiomiopatia restritiva c) cardiomiopatia alcoólica d) tamponamento cardíaco

40) Uma paciente de 28 anos de idade evolui de forma grave poucos dias após ter sido iniciado tratamento com 1mg/kg/dia de prednisona e 2,4g/dia de mesalamina, esquema instituído para tratamento de retocolite ulcerativa. A paciente evolui com sinais de síndrome da resposta inflamatória sistêmica, instabilidade hemodinâmica e insuficiência respiratória aguda, instalando-se, ao longo de 3 dias, falência orgânica múltipla. Em razão da progressiva deterioração clínica, ocorre o óbito no 4º dia de internação hospitalar. Ao ser realizada a necropsia, observa-se a presença de úlceras múltiplas nas porções distais do duodeno. Um hemograma colhido duas semanas antes de iniciado o tratamento descrito, mostrava a presença de eosinofilia (12% dos leucócitos). Diante desses dados, a melhor hipótese diagnóstica para a evolução grave da paciente é: a) anafilaxia b) mastocitose sistêmica c) sepse por Gram-negativo d) gastroenterite eosinofílica

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CONHECIMENTOS DE CLÍNICA GERAL EM EMERGÊNCIA

41) A identificação de sintomas indicativos de encefalopatia de Wernicke em um paciente etilista requer a pronta administração de: a) tiamina b) ácido fólico c) vitamina B12 d) glicose hipertônica 42) Na condução de um caso de hemorragia subaracnoidea por ruptura de aneurisma, é comum utilizar a terapia denominada “triplo H” para melhorar a perfusão cerebral. Na composição dessa terapia, encontram-se os seguintes itens, EXCETO: a) hipertensão b) hipervolemia c) hemodiluição d) hipernatremia 43) No tratamento de um paciente com edema agudo de pulmão, a instituição de ventilação não invasiva apresenta os seguintes benefícios, EXCETO: a) redução da pCO2 b) diminuição da pós-carga c) prevenção de atelectasias d) deslocamento de líquido para fora dos alvéolos 44) O tratamento da hipertensão arterial em um paciente com dissecção aórtica aguda pode ser iniciado com as seguintes drogas, EXCETO: a) nitroprussiato de sódio b) hidralazina c) diltiazem d) esmolol 45) A reação do tipo Jarisch-Herxheimer pode ocorrer durante o tratamento da seguinte doença infecciosa: a) tétano b) dengue c) leptospirose d) meningite meningocócica 46) A respeito da avaliação e condução de um paciente com crise asmática aguda, é correto afirmar que: a) a capacidade pulmonar total diminui durante a crise b) a ocorrência de leve hipercarbia é comum e não indica gravidade c) os corticoides administrados por via oral têm a mesma eficácia da via venosa d) o brometo de ipratrópio não acrescenta eficácia à nebulização com beta-2 agonista

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47) São manifestações esperadas na cetoacidose diabética, EXCETO: a) leucocitose b) respiração superficial c) elevação da amilase sérica d) dor abdominal, simulando abdome agudo cirúrgico 48) A suspeita de infarto agudo do miocárdio, acometendo o ventrículo direito, aumenta quando há infarto concomitante da parede: a) anterior b) inferior c) lateral d) septal 49) Na avaliação de um paciente que foi recebido na emergência em coma, deve-se suspeitar de intoxicação por opioide, diante do seguinte achado: a) miose b) ataxia c) tremores d) espasticidade 50) Pacientes com neoplasias malignas, sob tratamento quimioterápico, devem receber antibioticoterapia empírica imediatamente em caso de febre e contagem de neutrófilos (por mm3) abaixo de: a) 1500 b) 1000 c) 750 d) 500

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