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NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS
Módulo II
Conceitos e Funções dos Nutrientes
Autores:
Eng. Agrônomo Professor Gilson Sergio Bastos de Matos
Eng. Agrônomo Professor Marcos André Piedade Gama
Eng. Agrônomo Mestre Antônio Anízio Leal Macedo Neto
Belém - Pará
2020
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Sumário 1. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS .................1
1.1. DIAGNOSE VISUAL ........................................................................................ 1
1.2. DIAGNOSE FOLIAR ......................................................................................... 9
2. INTERAÇÃO ENTRE NUTRIENTES ........................................................ 17
3. NUTRIÇÃO MINERAL E QUALIDADE DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS.....18
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1. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS
A avaliação do estado nutricional das plantas ou de um plantio é uma prática importante de
ser realizada quando se deseja melhorar, corrigir ou mesmo prever correções e adubações. Ou seja,
é interessante do ponto de vista de melhoria da produtividade de diversas culturas agrícolas e
florestais.
Em termos práticos, essa avaliação consiste na comparação de uma “amostra”
representativa das condições atuais de um plantio (mediante coleta de plantas) com um “padrão
nutricional” pré-estabelecido. Nesse padrão, se considera plantas de condições normais em termos
nutricionais, com aspecto de crescimento e rendimento teoricamente ideais.
Essa comparação pode ser feita com “padrões” locais, que seria o mais adequado em
termos de respostas, ou mesmo com regionais e internacionais, principalmente quando se inicia um
trabalho sem uma base boa de informações. A avaliação do estado nutricional de plantios é uma
prática importante e comumente utilizada por grandes empresas do setor agrícola e florestal
brasileiro.
Importante sempre considerar que a avaliação do estado nutricional, geralmente, é uma
ferramenta complementar a análise química do solo, principalmente quando se deseja realizar
correções e adubações.
A seguir são destacados os principais métodos utilizados para avaliação do estado
nutricional de plantios
1.1. DIAGNOSE VISUAL
A identificação dos sintomas visuais de deficiência e excesso se baseia no fato de que
macro e micronutrientes exercem as mesmas funções em todas as plantas (Malavolta, 2006). Assim,
a falta ou o excesso proporcionam semelhantes desordens nutricionais nas plantas, exemplos:
Aspectos importantes que devem ser considerados quando se usa da diagnose visual na
avaliação do estado nutricional: i) Os sintomas quando visíveis já são resultado de uma série de
1 O N faz parte das proteínas, a clorofila é uma proteína fundamental, responsável pela fotossítese e pigmentação verde. Na ausencia de N as folhas se apresentam amareladas.
2 O P é importante na produção de polissacarídeos (ex: amido), sua deficiência leva a acumulação de açúcares solúveis, levando a produção de antociaminas, que dão tons roxos nas folhas mais velhas.
3 A falta de K leva ao acumulo de aminoácidos básicos, que dão origem a poliaminas, que levam a clorose e a necrose das pontas das folhas mais velhas.
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eventos prévios, conforme Malavolta et al. (1997) e ii) dependendo da cultura e de seu ciclo de
cultivo, a diagnose visual pouco contribuirá para recuperação da produtividade.
Os sintomas de alterações nutricionais nas plantas são diferentes dos causados por
doenças e insetos, sendo por isso necessário considerar três princípios básicos para essa distinção:
Outras formas de se diferenciar sintomas ou alterações morfológicas que ocorrem nas
espécies cultivadas (Tabela 1):
Tabela 1. Aspecto geral das distinções entre deficiências e excessos nutricionais, desordens
fisiológicas e problemas por pragas e doenças.
Causa Padrões
Deficiências minerais Generalizada no campo e na exposição (N, S, E, O);
Simetria;
Gradiente.
Excesso Generalizado ou concentrado (em reboleiras);
Uma ou mais espécies;
Simetria;
Gradientes
Desordens fisiológicas Escaldadura de queimadura por sais;
Manchas secas e grandes em frutos e folhas;
Página inferior da folha prateada
Vento: folhas rasgadas, margens secas;
Manchas pequenas
Frio: amarelecimento ou cor roxa;
Enrolamento e deformação de folhas: calor excessivo, herbicidas.
Insetos Deformações: Insetos sugadores (não generalizadas);
Furos: Besouros, lagartas, (não generalizados);
Manchas pequenas e amareladas: sugadores, trips, gafanhotos, ácaros (não
generalizados);
Pragas das raízes: murchamento das folhas e ramos, morte descendente ou
secamento de ponteiros (não generalizado).
Doenças Vírus: menor crescimento, sintomas foliares com ou sem simetria e
gradiente (não generalizados);
Manchas: bactérias (não generalizadas no campo e na planta);
Fungos: presença e hifas ou esporos (não generalizados).
Fonte: Malavolta (2006).
De forma geral os sintomas de deficiências de macro e micronutrientes podem ser
reconhecidos no campo (Figura 1) (Tabela 2 e 3). A caracterização visual dos sintomas ajuda os
profissionais na tomada de decisão quanto à necessidade de análises mais detalhadas (a análise
química foliar e do solo) e quanto ao uso de adubação corretiva.
1. A generalização: os sintomas nutricionais devem ser generalizados, ou seja, ocorrem em várias ou todas as plantas de uma determinada área;
2. O gradiente: Sintomas causados por elementos móveis devem apresentar severidade crescente, das folhas mais velhas para as folhas mais novas. Para elementos poucos móveis as injúrias devem ser mais severas nos órgãos mais novos;
3. A simetria: os sintomas ocorrem em lados opostos simetricamente nas plantas.
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Figura 1 - Chave de identificação dos sintomas de deficiência e toxidade nutricional em plantas,
adaptada de McCauley (2011).
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Nutrientes Móveis
Nutrientes Pouco Móveis
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Tabela 2 – Chave geral para identificação dos sintomas de deficiências e excessos nutricionais em
plantas. Sintoma Forma mais provável
Folhas ou órgãos mais velhos
Clorose em geral uniforme (dicotiledôneas) - N
Cor verde azulada com ou sem amarelecimento das margens - P
Clorose e depois necrose das pontas e margens - K
Clorose internerval seguida ou não da cor vermelho-roxa - Mg
Murchamento (ou não), clorose e bronzeamento - Cl
Clorose uniforme, com ou sem estrangulamento do limbo e manchas pardas
internervais, encurvamento (ou não) do limbo
- Mo
Sintomas iguais aos do nitrogênio - Co
Folhas ou órgãos mais novos
Murchamento das folhas, colapso do pecíolo, clorose marginal, manchas nos frutos;
morte das gemas
- Ca
Clorose geralmente uniforme - S
Folhas menores e deformadas; morte da gema; encurtamento de internódios;
superbrotamento de ramos; suberização de nervuras; fendas na casca
- B
Murchamento, cor verde azulada, deformação do limbo; encurvamento dos ramos;
deformação das folhas; exsudação de goma (ramos e frutos)
- Cu
Clorose, nervuras em reticulado verde e fino - Fe
Clorose, nervuras em reticulado verde e grosso, tamanho normal - Mn
Lanceoladas (dicotiledôneas), clorose internerval, internódio curto; morte de gemas ou
região de crescimento
- Zn
Necrose nas pontas - Ni
Fonte: Malavolta (2006).
Tabela 3 – Alterações principais que podem ocorrer nas plantas em função de deficiências e
excessos dos macro e micronutrientes. Nitrogênio
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Folhas Amareladas, Inicialmente as mais velhas, como resultado da proteólise;
- Ângulo agudo entre caule e folhas;
- Dormência de gemas laterais;
- Redução no perfilhamento;
- Senescência precoce;
- Folhas menores devido ao menor número de células
Químicos
- Baixo teor de clorofila;
- Produção de outros pigmentos algumas vezes
Crescimento
- Em geral diminuído, com possível aumento no comprimento das raízes em alguns casos
Citológicos
- Pequenos Núcleos
- Cloroplastos pequenos
Metabólicos
- Redução na síntese de proteínas;
- Alto conteúdo de açúcares e alta pressão osmótica.
Sintomas de
excesso
Em geral não identificados, pode haver redução na frutificação.
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Fósforo
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Cor amarelada das folhas, a princípio das mais velhas, pouco brilho, cor verde-azulada ou
manchas pardas;
- Ângulos foliares mais estreitos;
- Menor perfilhamento;
- Gemas laterais dormentes;
- Número reduzido de frutos e sementes;
- Atraso no florescimento.
Químicos
- Aumento de pigmentos vermelhos ou roxos em algumas espécies;
- Aumento no conteúdo de carboidratos;
- Aumento na relação P orgânico/ P inorgânico
Anatômicos
- Restrição na diferenciação dos caules.
Sintomas de
excesso
Não reconhecidos diretamente: pode haver deficiência de micronutrientes, metais pesados (Cu, Fe,
Mn, Zn)
Potássio
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Clorose e depois necrose das margens e pontas das folhas, inicialmente das mais velhas;
- Internódios mais curtos em plantas anuais;
- Diminuição da dominância apical;
- Menor tamanho de frutos (laranja);
- Deficiência de ferro induzida (acúmulos de ferro nos nós inferiores).
Anatômicos
- Diferenciação prejudicada dos tecidos condutores;
- Perda da atividade cambial.
Químicos
- Aumento nas frações de nitrogênio alfa amínico e amídico;
- Aumento no teor de putrescina;
- Alto conteúdo de ácidos orgânicos;
- Menor teor de açúcar e amido em órgãos de reserva.
Sintomas de
excesso
Deficiência de magnésio induzida.
Cálcio
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Amarelecimento de uma região limitada da margem das folhas mais novas;
- Crescimento não uniforme da folha, do qual resultam formas tortas, às vezes com um
gancho na ponta;
- Murchamento e morte das gemas terminais;
- Gemas laterais dormentes;
- Deformação de tubérculos acompanhada de desintegração interna;
- Manchas necróticas internervais;
- Murchamento das folhas e colapso do pecíolo;
- As raízes mostram a deficiência precocemente: aparência gelatinosa das pontas, pelos
inchados, cessação do crescimento apical;
- Pequena frutifiçaão ou produção de frutos anormais (podridão estilar do tomate);
- Produção pequena ou nula de sementes, mesmo com flores normais (em cereais);
- Menor nodulação das leguminosas.
Anatômicos ou histológicos
- Mitocôndrios menores e com menos proteína;
- As células radiculares não se diferenciam;
- Dificuldades para a mitose.
Sintomas de
excesso
Não são conhecidos, possível deficiência de potássio e magnésio.
Magnésio
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Clorose das folhas, usualmente começando e sendo mais severa nas mais velhas;
- Clorose internerval, às vezes necrose (cafeeiro): em algumas espécies a clorose é seguida
pelo desenvolvimento de cor alaranjada, vermelha (algodoeiro) ou roxa; o padrão de clorose
reflete a distribuição de magnésio no tecido.
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Anatômicos
- Numerosos cloroplastos pequenos
Químicos
- “Carregador” de fósforo ou simplesmente uma consequência do papel de magnésio em
sistemas enzimáticos implicados no metabolismo do fósforo.
Sintomas de
excesso
Não identificados: possível carência de potássio e cálcio.
Enxofre
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Clorose, primeiro nas folhas mais novas;
- Coloração adicional em algumas plantas – laranja, vermelho, roxo;
- Folhas pequenas;
- Enrolamento das margens das folhas;
- Necrose e desfolhamento;
- Internódios curtos;
- Redução no florescimento;
- Menor nodulação nas leguminosas.
Citológicos
- Meios e anormal, talvez pela falta de proteínas com enxofre especificas.
Químicos
- Aumento no teor de carboidratos;
- Diminuição nos açúcares redutores;
- Redução na síntese de proteína.
Sintomas de
excesso
Clorose internerval em algumas espécies.
Boro
Sintoma de
Deficiência Visíveis
- Folhas pequenas, com clorose irregular ou sem clorose, de formas bizarras ou deformadas,
mais grossas e quebradiças, com nervuras suberificadas (cortiça) e salientes: às vezes tons
vermelhos ou roxos;
- morte do meristemas apical do caule – comum em muitas plantas (cafeeiros), a
regeneração a partir de gemas axilares pode dar: galhos em leque (cafeeiro) na parte do
ramo principal ou no caule, aspecto de arbusto (pinheiro), clorose, margens necróticas,
deformação das folhas ocorrem diferentemente nas várias espécies;
- O caule às vezes racha (tomateiro, eucalipto);
- As raízes podem ser escuras com as pontas engrossadas e depois necróticas e ramificadas;
- O florescimento pode não ocorrer, frutos deformados com lesões externas e internas,
cortiça na casca. Má polinização.
Anatômicos
- O parênquima desenvolve-se às custas de tecidos vasculares, as células em muitas partes
da planta ficam maiores;
- Paredes celulares muito finas;
- Colapso dos vasos condutores.
Sintomas de
excesso
Clorose reticulada (cafeeiro, citrus) e queima das margens (zonas de acumulação de boro).
Cloro
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Diminuição no tamanho das folhas (primeiro sintoma);
- Murchamento de folíolos apicais das folhas mais velhas (tomateiro);
- Clorose, bronzeamento, necrose;
- Supressão da frutificação;
- Raízes curtas, não ramificadas.
Sintomas de
excesso
- Necrose das pontas e margens;
- Amarelecimento prematuro e abscisão das folhas.
Cobre
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Folhas inicialmente verde-escuras localizadas em “ramos aquosos” vigorosos (laranjeiras),
tornando-se cloróticas (pontas, margens), as folhas encurvam-se e as nervuras podem ficar
muito salientes (cafeeiro);
- Falta de perfilhamento e “topo caído” (cana-de-açúcar);
- Morte descendente (“dieback”) de ramos;
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- Gemas múltiplas.
Químicos
- Aumento na concentração de nitrogênio alfa amínico, menor absorção de O2.
Sintomas de
excesso
-Deficiência de ferro induzida;
- Manchas aquosas e depois necróticas das folhas, desfolhamento precoce (cafeeiro);
- Diminuição no crescimento, diminuição na ramificação (cafeeiro);
- Cessação do crescimento radicular e radículas enegrecidas (cafeeiro).
Ferro
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Clorose das folhas novas (rede verde fina das nervuras sobre fundo amarelado) seguida de
branqueamento. O padrão coincide com a distribuição do ferro no tecido;
- Diminuição no crescimento e na frutificação.
Químicos
-Menor teor de clorofila , elevada produção de pigmentos vermelhos e amarelos;
- Alta relação K/Ca;
- Alto teor de ácido cítrico.
Sintomas de
excesso
Manchas necróticas nas folhas.
Manganês
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Clorose das folhas novas (rede verde grossa das nervuras sobre o fundo amarelado)
seguida de branqueamento;
- Manchas pequenas e necróticas nas folhas;
- Formas anormais das folhas.
Citológicos
- Cloroplastos vacuolados.
Químicos
- Menor teor de amido.
Fisiológicos
- Respiração diminuída, menor atividade fotossintéticas.
Sintomas de
excesso
- A princípio deficiência de ferro induzida, depois manchas necróticas ao longo do tecido condutor.
Encarquilhamento de folhas largas;
- Menor nodulação nas leguminosas.
Molibdênio
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Clorose malhada geral, manchas amarelo-esverdeadas ou laranja brilhantes em folhas mais
velhas e depois necrose (manchas relacionadas à distribuição de molibdênio);
- Murcha das margens e encurvamento do limbo para cima (tomateiro) ou para baixo
(cafeeiro);
- Áreas úmidas e translúcida em algumas espécies;
- Floração pode ser suprimida;
- Leguminosas podem mostrar sintomas de falta de nitrogênio;
- No gênero Brassica o “rabo de chicote” (“whiptail”) consiste de folhas que crescem
rapidamente quase desprovidas de limbo;
- Menor nodulação nas leguminosas.
Químicos
- Alto teor de nitrato
Sintomas de
excesso
- Glóbulos amarelo-ouro no ápice da planta (tomateiro);
- A faixa de concentração entre deficiência e excesso pode ser de um milhão de vezes.
Zinco
Sintomas de
deficiência Visíveis
- Diminuição no comprimento dos internódios com a formação dos tufos terminais de folhas
perenes (“rosette” de laranjeira, cafeeiro, pessegueiro) ou plantas anãs (milho, arroz, cana-
de-açúcar);
- Folhas novas pequenas, estreitas e alongadas;
- Diminuição na produção de sementes.
Químicos
- Acumulação de amidas (glutamina e asparagina) e nitrogênio alfa amínico;
- Certos sintomas foliares podem ser induzidos pela aplicação de L (+) isoleucina;
- Maior atividade da RNAse
9 Sintomas de
excesso
Indução de carência de ferro.
Fonte: Malavolta (2006).
1.2. DIAGNOSE FOLIAR
A avaliação do estado nutricional pode ser realizada com auxílio da diagnose foliar, que é
realizada a partir da análise química do tecido vegetal. Em geral, deve ser utilizada em conjunto
com outras formas de avaliação, como a análise química do solo. O tecido vegetal mais utilizado na
análise é o da folha, pois é o órgão que melhor reflete o estado nutricional da planta. No entanto, é
sempre importante considerar as características de cada espécie. No caso de espécies florestais, por
exemplo, é sempre interessante uma análise de outros órgãos, como casca, galhos e madeira, além
da folha.
Os principais usos da diagnose foliar estão apresentados na Tabela 4, pela qual é possível
observar que essa ferramenta de avaliação nutricional pode ser utilizada até mesmo na determinação
da quantidade de adubo a ser aplicada (por exemplo, adubação nitrogenada na cultura do café).
Tabela 4 – Usos da diagnose foliar. Finalidade Tipos
Avaliação do estado
nutricional
Diagnose de sintomas visuais
Identificação da fome escondida
Levantamentos do estado nutricional
Indicações de interações entre elementos
Indicação de exigências nutricionais diferentes entre espécies e variedades
Identificação das relações entre nutrição, pragas e moléstias
Indicação de fatores não nutricionais
Determinação de doses
de adubo ou de ajustes
nas doses
Estabelecimento do adubo e da quantidade para a produção e qualidade
Ajuste das doses dentro do ano agrícola ou no seguinte
Identificação da eficiência da época e da localização do adubo com
respeito à colheita, qualidade e meio
Comparação de fontes de nutrientes
Identificação do(s) elemento(s) Responsável(eis) pelo efeito do produto
Fonte: Malavolta (2006).
Observação
Na entrada de novas fontes de fertilizantes no mercado (por exemplo: remineralizadores) a
análise de solo e foliar (diagnose foliar) são as ferramentas bases para se avaliar a eficiência do
produto na disponibilização dos nutrientes às culturas
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Para realizar a diagnose foliar em um cultivo, fazenda, agricultor ou empresa é importante
que sejam consideradas cinco etapas:
Os procedimentos para a coleta de amostras vegetais são os seguintes:
1. Plano de amostragem
2. Retirada das amostras foliares
no campo
3. Preparo das amostras
4. Análise química do
tecido vegetal
5. Interpretação dos resutados
Divida a lavoura em áreas (talhões) homogêneos, conforme adistribuição e cultivo estabelecido na propriedade, se possível, queapresente uniformidade em idade, variedade, espaçamento, tipo de soloe manejo da lavoura.
Em cada talhão, caminhando em ziguezague, retire a folha indicada conforme a cultura desejada.
Faça a coleta pela manhã entre 7 e 11 horas, de preferência quando não tenha chovido nas últimas 24 horas.
Em cada talhão, colete folhas de pelo menos 20 plantas e misture paraformar uma amostra composta para enviar para o laboratório. Paraculturas perenes retirar 4 folhas por planta nos 4 lados da planta (oupontos cardeais) amostrando a meia altura da planta (terço médio)
Todas as amostras devem ser colocadas em sacos de papel bem limpos. Nunca coloque a amostra em saco usado ou sujo.
Identifique as amostras colocando uma etiqueta correspondente ao talhão, quadra ou área homogênea de coleta
As amostras devem ser enviadas imediatamente para o laboratório. Casoisto não seja possível, coloque em isopor com capacidade deaproximadamente 50 litros, contendo uma lâmpada de 150 W, durante72 horas para realizar a pré-secagem.
Nunca faça amostragem após uma adubação foliar ou pulverização;colete as amostras após um período de 30 dias, evitando o efeito deresíduos de fertilizantes
Enviar as amostras em sacos de papel, evitando que o material demore mais de 48 horas entre a coleta e o processamento no laboratório comercial mais próximo.
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O processo de amostragem foliar depende, obviamente, da espécie que será avaliada e,
para isso, é apresentada a Tabela 5, com um resumo das principais recomendações por cultura
agrícola de alta representatividade econômica.
Tabela 5 - Recomendações gerais para amostragem foliar em algumas culturas de interesse
econômico. Cultura Época Tipo de folha Nº de plantas por
talhão*
Abacateiro Meio do período chuvoso, 3 a
4 meses após a brotação
Folhas de ramos frutíferos, quatro folhas
por árvore nos quatro quadrantes a meia
altura da planta
20
Abacaxi Meio do período chuvoso Quarta folha a partir do ápice da planta,
folha “D”, recém-madura, num ângulo de
45º
25
Aceroleira Início do florescimento Folhas recém-maduras, retiradas de ramos
frutíferos a meia altura nos quatro
quadrantes
50
Algodoeiro
herbáceo
Início do florescimento Limbo das folhas maduras próximas as
massas
30
Algodoeiro
arbóreo
Início do florescimento Folhas recém-maduras 30
Arroz Meio do perfilhamento Folha Y (posição ocupada em relação à
folha mais nova desenrolada acima)
50
Bananeira Meio do período chuvoso Folha III (abaixo e opostas às flores);
porção mediana (10 cm largura) clorofilada
50
Cacaueiro Meio do período chuvoso Terceira folha a partir da ponta, lançamento
recém-maduro, plantas a meia sombra
25
Cafeeiro Meio do período chuvoso Terceiro e quarto pares de folhas, a partir
da ponta, ramos a meia altura e produtivos
30
Caju Florescimento Folhas recém-maduras, na parte mediana de
ramos do ano nos quatro quadrantes
30
Cana-de-açúcar Seis meses após a germinação
para cana planta ou aos
quatro meses após o corte
para a cana soca
Folha +3, na região de inserção da bainha
do colmo. Utilizar os 20 cm centrais da
folha, eliminando-se a nervura central
30
Cenoura Inicio do florescimento Nervura principal das folhas recém-
maduras
40
Citros Meio do período chuvoso Folhas de ciclo do inverno, de ramos
frutíferos, frutos com 2 a 4 cm de diâmetro,
3ª ou 4ª folha a partir do fruto nos quatro
quadrantes
25
Coqueiro Meio do período chuvoso Coletar 3 folíolos de cada lado da parte
central da folha 14, em plantas adultas, ou
na folha nova de plantas jovens
15
Cupuaçuzeiro Meio do período chuvoso Terceira folha a partir da ponta, lançamento
recém-maduro plantas a meia sombra
25
Dendezeiro Final do período chuvoso Folíolos na folha 17 em plantas adultas ou
na folha 9 em plantas jovens, retirando 3
folíolos de cada lado na parte central da
folha, em um total de 100 a 150 folíolo
20
Eucalipto Meio do período chuvoso Folhas recém-maduras, ramos primários 20
Feijão Início do florescimento Primeira folha madura a partir da ponta do
ramo
30
Goiabeira Meio do período chuvoso ou
um mês após terminar o
crescimento de ramos
Quarto par, retirados de ramos terminais
sem frutos nos quatro quadrantes
30
Guaranazeiro Meio do período chuvoso Folhas recém-maduras, retirados de ramos a
meia altura nos quatro quadrantes
25
12 Gramíneas Meio do período chuvoso Folhas recém-maduras ou toda parte aérea 30
Leguminosas Florescimento Folhas retiradas de todas as posições na
parte aérea
30
Mamoeiro Florescimento Folha “F” na axila com a primeira flor
completamente expandida
20
Mandioca Três a quatro meses de idade Primeira folha recém-madura a partir do
ápice da haste
30
Maracujazeiro Final do período chuvoso,
florescimento
Quarta folha a partir da ponta de ramos
medianos
25
Melancia Primeiro fruto Pecíolo da 6ª folha a partir da ponta 30
Melão Floração do 1º fruto Pecíolo da 6ª folha a partir da ponta 30
Milho Aparecimento da
inflorescência feminina
(cabelo)
Folha oposta e abaixo da espiga, retirando-
se o terço central (30 cm)
30
Pepino Primeiro fruto Pecíolo da 6ª folha a partir da ponta 40
Pimenta - do -
reino
Meio do período chuvoso Primeira folha madura, com pecíolo, a
partir do broto terminal dos ramos de
frutificação, localizadas na parte média da
planta, nos quatro quadrantes
30
Pimentão Primeiros frutos Pecíolo da 6ª folha a partir da ponta 40
Pinus Meio do período chuvoso Folhas recém-maduras, de ramos primários 20
Pupunheira Meio do período chuvoso Coletar folíolos do quinto central de folhas
medianas, 2 a 3 meses antes do corte
30
Repolho Formação da cabeça Nervura principal da folha envolvente 30
Seringueira Meio do período chuvoso Quatro folhas recém-maduras à sombra, na
base do terço superior da copa, nos quatro
quadrantes
20
Soja Florescimento pleno Coletar os trifolíolos 3ª ou 4ª folha com
pecíolo, a partir do ápice da haste principal
30
Sorgo Emborrachamento ou nove
semanas
Folha +4, a partir do ápice na posição
mediana da planta, eliminando-se a nervura
central
30
Tomateiro Florescimento pleno ou
primeiros frutos
Primeira folha sem pecíolo abaixo do 2º
cacho floral
40
*Essa dimensão pode variar dependendo da homogeneidade da área. Fonte: Malavolta et al. (1997) e Raij (1991)
adaptado por Veloso et al. (2007).
Após a coleta foliar e análise química laboratorial se procede pela interpretação dos
resultados obtidos, que podem ser realizada a partir dos valores de referência ou “faixas de
suficiência”, conforme exemplos apresentados nas tabelas 6 e 7.
A fase de interpretação auxilia na definição dos resultados que se encontram abaixo ou
acima das faixas de referência, e que demonstra se a planta ou um plantio está deficiente ou com
excesso de determinado nutriente.
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Tabela 6 - Faixa de teores adequados de macronutrientes para algumas culturas. Cultura N P K Ca Mg S
g kg-1
Abacateiro 16 - 20 0,8 – 2,5 7 - 20 10 - 30 2,5 – 8,0 2,2 – 6,0
Abacaxi 15 - 17 0,8 – 1,2 22 - 30 8 - 12 3 - 4 2 - 3
Aceroleira 20 - 24 0,8 – 1,2 15 - 20 15 - 25 1,5 – 2,5 4,0 – 6,0
Algodoeiro herbáceo 35 - 40 2,0 – 2,5 14 - 16 30 - 40 4,0 – 5,0 2,0 – 3,0
Algodoeiro arbóreo 26 - 33 2,0 – 3,0 24 - 27 15 - 38 18 - 23 6,0 – 12,0
Arroz 27 - 35 1,8 – 3,0 13 - 30 2,5 - 10 1,5 – 5,0 1,4 – 3,0
Bananeira 27 - 36 1,8 – 2,7 35 - 54 3 - 12 3 - 6 2,5 - 8
Cacaueiro 20 - 25 1,8 – 2,5 13 - 23 8 - 12 3,0 – 7,0 1,6 – 2,0
Cafeeiro 26 - 32 1,2 – 2,0 18 - 25 10 - 15 3,0 – 5,0 1,5 – 2,0
Caju 20 2,1 17 2 1 1,5
Cana-de-açúcar 18 - 25 1,5 – 3,0 10 - 16 2,0 – 8,0 1,0 – 3,0 1,5 – 3,0
Cenoura 20 - 30 2,0 - 4,0 40 - 60 25 - 35 4 – 7 4 - 8
Citros 23 - 27 1,2 – 1,6 10 - 15 35 - 45 2,5 – 4,0 2,0 – 3,0
Coqueiro – folha 14 22 1,2 14 - 2,0 1,5
Dendezeiro – folha 17 25 1,5 10 6 2,4 2,1
Eucalipto 14 - 16 1,0 – 1,2 10 - 12 8 - 12 4 - 5 1,5 – 2,0
Feijão Vigna 18 - 22 1,2 – 1,5 30 - 35 50 - 55 5 - 8 1,5 – 2,0
Feijão Phaseolus 30 - 50 2 - 3 20 - 25 15 - 20 4 - 7 5 - 10
Goiabeira 22 - 26 1,5 – 1,9 17 - 20 11 - 15 2,5 – 3,5 3,0 – 3,5
Guaranazeiro 45 - 50 3,0 – 4,0 10 - 15 3,0 – 5,0 2,0 – 3,0 1,5 – 2,0
Mamoeiro - limbo 45 - 50 5 - 7 25 - 30 20 - 22 10 4 - 6
Mandioca 51 - 58 3,0 – 5,0 13 - 20 7,5 – 8,5 2,9 – 3,1 2,6 – 3,0
Maracujazeiro 40 - 50 4 - 5 35 - 45 15 - 20 3 - 4 3 - 4
Melancia 25 - 50 3 - 7 25 - 40 25 - 50 5 - 12 2 – 3
Melão 25 - 50 3 - 7 25 - 40 25 - 50 5 - 12 2 - 3
Milho 27 - 35 2,0 – 4,0 17 - 35 2,5 – 8,0 1,5 – 5,0 1,5 – 3,0
Pepino 45 - 60 3 - 12 35 - 50 15 - 35 3 - 10 4 - 7
Pimenta - do -reino 34, 7 3,2 19, 5 17,6 5,8 2,8
Pimentão 30 - 60 3 - 7 40 - 60 10 - 35 3 - 12 -
Pinus 12 - 13 1,4 – 1,6 10 - 11 3,0 – 5,0 1,5 – 2,0 1,4 – 1,6
Pupunheira 35 2 11 4 3 2
Repolho 30 - 50 4 - 7 30 - 50 15 - 30 4 - 7 3 - 7
Seringueira 26 - 35 1,6 – 2,3 10 - 14 7,6 – 8,2 1,7 – 2,4 1,8 – 2,6
Soja 45 - 55 2,6 – 5,0 17 - 25 4 - 2 3 - 10 2,5
Sorgo 25 - 35 2,0 – 4,0 14 - 25 2,5 – 6,0 1,5 – 5,0 1,5 – 3,0
Tomateiro 40 - 60 4 - 8 30 - 50 14 - 40 4 - 8 3 - 10
Fonte: Malavolta et al. (1997), Magat (1991), Raij (1991), Raij et al. (1996), Veloso et al. (1998) adaptado por Veloso
et al. (2007).
14
Tabela 7 - Faixa de teores adequados de micronutrientes para algumas culturas. Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn
mg kg-1
Abacateiro 50 - 100 5 - 15 50 - 200 30 - 100 0,05 – 1,0 30 - 100
Abacaxi 20 - 40 5 - 10 100 - 200 50 - 200 - 5 - 15
Aceroleira 25 - 100 5 - 15 50 - 100 15 - 50 - 30 - 50
Algodoeiro herbáceo 20 - 30 30 - 40 60 - 80 20 - 40 1 - 2 10 - 15
Arroz 4 - 25 3 - 25 70 - 200 70 - 400 0,1 – 0,3 10 - 50
Bananeira 10 - 25 6 - 30 80 - 360 200 - 2000 - 20 - 50
Cacaueiro 30 - 40 10 - 15 150 - 200 150 - 200 0,5 – 1,0 50 - 70
Cafeeiro 50 - 80 10 - 20 50 - 200 50 - 200 0,1 – 2,0 10 – 20
Cana-de-açúcar 15 – 50 8 - 10 200 - 500 100 - 250 0,15 – 0,30 25 - 50
Cenoura 30 - 80 5 - 15 60 - 300 60 - 200 0,5 – 1,5 25 - 100
Citros 36 - 100 4 - 10 50 - 120 35 - 300 0,1 – 1,0 25-100
Coqueiro 10 5 40 100 - 15
Dendezeiro 12 – 14 10 50 - 250 50 0,1 – 0,6 18
Eucalipto 40 - 50 8 - 10 150 - 200 100 - 600 0,5 – 1,0 40 - 60
Feijão Vigna 150 - 200 5 - 7 700 - 900 400 - 425 0,2 – 0,3 40 - 50
Goiabeira 20 - 25 10 - 40 50 - 150 180 - 250 - 25-35
Mamoeiro - limbo 20 - 30 4 - 10 25 - 100 20 - 150 - 15 - 40
Mandioca 30 - 60 6 - 10 120 - 140 50 - 120 - 30 - 60
Maracujazeiro 40 - 100 10 - 15 120 - 200 40 - 250 1,0 – 1,2 25 - 60
Melancia 30 - 80 10 - 15 50 - 300 50 - 250 - 20 - 60
Melão 30 - 80 10 - 15 50 - 300 50 - 250 - 20 - 100
Milho 10 - 25 6 - 20 30 - 250 20 - 200 0,1 – 0,2 15 – 100
Pepino 25 - 60 7 - 20 50 - 300 50 - 300 0,8 – 1,3 25 - 100
Pimenta - do -reino 34 11 261 100 - 53
Pimentão 30 - 100 8 - 20 50 - 300 30 - 250 - 30 – 100
Pinus 20 - 30 5 - 8 50 - 100 200 - 300 0,10 – 0,30 34 - 40
Pupunheira 30 9 126 142 - 23
Repolho 25 - 75 8 - 20 40 - 200 35 - 200 0,5 – 0,8 30 - 100
Seringueira 20 - 70 10 - 15 70 - 90 15 - 40 1,5 – 2,0 20 – 30
Soja 21 - 55 10 - 30 50 - 350 20 - 100 1,0 – 5,0 20 - 50
Sorgo 4 - 20 5 - 20 65 - 100 10 - 190 0,1 – 0,3 15 – 10
Tomateiro 30 - 100 5 - 15 100 - 300 50 - 250 0,4 – 0,8 30 -100
Fonte: Malavolta et al. (1997), Magat (1991), Raij (1991), Raij et al. (1996), Veloso et al. (1998) adaptado por Veloso
et al. (2007).
OBSERVAÇÃO
Algumas empresas mediante experimentos e/ou banco de dados próprios, de resultados de
análises foliares e produção dos cultivos nos talhões, estabelecem faixas nutricionais padrões
personalizadas para suas fazendas.
15
Para ilustrar o processo de diagnose foliar será apresentado a seguir um exemplo prático e
simples de avaliação do estado nutricional em um plantio de eucalipto, que foi realizado em área de
produtor florestal no estado do Pará:
Passo 1
Planejamento
amostral
Talhão comercial
homogêneo onde
foram determinadas
coleta de 20 amostras
simples
(caminhamento em
zigue-zague) para
formar uma composta
Passo 2
Coleta Foliar
Procedimento padrão
para eucalipto –
seleção do galho no
terço médio, se
retirando 4 folhas
semimaduras dos
ramos primários
Passo 3
Armazenamento e
envio
Embalagem em sacos
de papel para envio ao
laboratório
Fonte: Google Earth (2020) e autores.
16
Passo 4
Análise Laboratorial
Essa etapa é realizada em laboratório de confiança do produtor, profissional ou empresa
que está solicitando a análise. Nesse ponto o laboratório emitirá um laudo com os resultados
analíticos da sua amostra. São diversos os laboratório públicos e privados no mercado disponíveis
para análise foliar.
Passo 5
Diagnóstico
Realizado pelo profissional após o recebimento do laudo, consiste na interpretação dos
resultados da análise (Tabela 8), a partir de faixas de suficiência disponíveis na literatura (Tabela 9).
Tabela 8 – Resultados das análises dos teores de macro e micronutrientes nos tecidos foliares de
cinco clones de eucalipto aos 18 meses após plantados sobre Latossolo Amarelo distrófico textura
média de Moju, Pará.
Talhão N P K Ca Mg Cu Fe Mn Zn
----------------------g kg-1------------------------------
-------------------mg kg-1------------
03
11,83 0,68 5,14 1,94 0,75
6,40 160,0 168 9,75
Fonte: Autores
Tabela 9 - Faixas adequadas de concentração de macro e micronutrientes em folhas de Eucalyptus. Nutriente Gonçalves (1995)
Macronutrientes (g kg-1)
N 13,5 -18
P 0,9 - 1,3
K 9,0 - 13
Ca 6,0 - 10
Mg 3,5 - 5,0
S
Micronutrientes (mg kg-1)
B 30, - 50
Cu 7- 10
Fe 150 - 200
Mn 400 - 600
Zn 35 - 50
Mo 0,5 - 1,0
17
Ao final dessa etapa o técnico pode emitir uma tabela ou gráfico de interpretação, bem
como anexar ao relatório o laudo original proveniente do laboratório e a interpretação da análise:
Nutriente Resultado Interpretação (Status)*
N 11,83 Baixo
P 0,68 Baixo
K 5,14 Baixo
Ca 1,94 Baixo
Mg 0,75 Baixo
Cu 6,4 Baixo
Fe 160,0 Adequado
Mn 168 Baixo
Zn 9,75 Baixo
*Conforme as faixas adequadas de Gonçalves (1995).
OBSERVAÇÃO
É importante ressaltar que o diagnóstico foliar é feito de forma complementar a análise do solo. Esta
corresponde a forma principal de avaliação, pois quantifica a quantidade de nutrientes no solo
disponíveis para a planta. Em cultivos comerciais, as duas ferramentas, análises de solo e de folhas,
são utilizadas conjuntamente para a tomada de decisão quanto a correções e adubações. A análise de
solo será trabalhada na disciplina Fertilidade do Solo.
2. INTERAÇÃO ENTRE NUTRIENTES
Os elementos possuem alta interação entre si, principalmente, em função do tipo e classe
textural do solo, de práticas ou sistemas de manejo adotados, do nível de acidez e das concentrações
dos nutrientes no solo. Essas interações devem ser consideradas na avaliação do estado nutricional
dos plantios mediante as análises químicas de folhas e solos (Tabela 10).
Uma importante interação, por exemplo, é a relação entre Ca, Mg e K, que de forma geral
devem seguir uma ordem de concentração no solo Ca > Mg > K. Em termos práticos, a falta de
calagem ou de utilização de fontes de Ca e Mg, com uso contínuo de NPK pode proporcionar um
aumento na disponibilidade de K, que poderia prejudicar a absorção de Ca e Mg. O excesso de
calagem, por outro lado, sem as adubações com fontes de potássio seria um problema para
disponibilidade deste último.
18
Outro exemplo importante, muitas vezes desconsiderado, é a relação entre P e Zn. São
comuns adubações pesadas com a base de P, sem considerar utilização de micronutrientes, como o
Zn. Esse aumento de P pode prejudicar a eficiência do Zn na planta.
Por isso, a análise de solo e do tecido foliar são importantes para o monitoramento dessas
interações, que dependendo do grau podem ser prejudiciais ao desenvolvimento e produtividade da
planta.
Tabela 10. Principais interações entre nutrientes.
Íon Segundo íon presente Efeito do segundo sobre o primeiro
Cu Ca2+ Antagonismo
Mg2+, Ca2+ K+ Inibição competitiva
H2PO4- Al3+ Inibição não competitiva
K+, Ca2+, Mg2+ Al3+ Inibição competitiva
H3BO3- NO3-, NH4 Inibição não competitiva
K+ Ca2+ (Alta concentração) Inibição competitiva
SO42- SeO4
2- Inibição competitiva
SO42- Cl- Inibição competitiva
MoO42- SO4
2- Inibição competitiva
Zn2+ Mg2- Inibição competitiva
Zn2+ Ca2+ Inibição competitiva
Zn2+ H2BO3- Inibição não competitiva
Zn2+ H2PO4- Inibição não competitiva
Fe2+ Mn2+ Inibição competitiva
K+ Ca2+ (baixa concentração) Sinergismo
MoO42- H2PO4
- Sinergismo
Cu MoO42- Inibição não competitiva
N S Sinergismo
N Si Sinergismo
P Mg Sinergismo
P B Antagonismo
P Metais Pesados Inibição
Zn Fe Antagonismo
Cd Zn Inibição
Fonte: Adaptado de Malavolta (1997) e Silva Trevizam (2015).
3. NUTRIÇÃO MINERAL E QUALIDADE DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS
A qualidade é definida como o conjunto de características que aumenta o seu valor
nutritivo para o homem ou para o animal ou que acentua suas propriedades organolépticas ou
aumente o seu valor comercial ou industrial ou a resistência ao transporte e armazenamento.
19
Para ilustrar a importância do estado nutricional dos plantios é apresentado a seguir um
conjunto de tabelas (X a Y) que demonstram alguns efeitos de diferentes nutrientes na qualidade de
produtos agrícolas de algumas culturas.
Tabela 11 – Principais efeitos do N na qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Algodoeiro Maior período vegetativo e atraso a
maturação. Com K suficiente,
aumenta o peso dos capítulos, das
sementes e porcentagem de fibra,
índice micronaire (finura e
maturidade), maturidade da fibra,
resistência à tração.
Sabino et al., (1994)
Amendoim
Mamona
Arroz
Sem efeito no teor de óleo de
mamona, ou efeito negativo. Ídem
no amendoim;
Aumento na porcentagem de grãos
inteiros no beneficiamento;
Aumento no teor de proteína e
diminuição no de lisina.
Nakagawa et al., (1994)
Cafeeiro Excesso prejudicial à qualidade de
bebida. Deficiência, grãos (favas)
menores.
Barbosa & Fonseca (1994)
Cana-De-Açúcar Balanço com K, aumento teor de
sacarose. Excesso, diminuição
sacarose e aumento de redutores
Malavolta (1993)
Citrus Doses crescentes – aumento no
número e diminuição no tamanho
das frutas. Maior acidez do suco.
Reverdescimento da casca
(excesso)
Malavolta (1994)
Feijão e Caupi Aumento produtividade muitas
vezes acompanhado de diminuição
no teor de proteína. Teor de
aminoácidos essenciais pode
aumentar
Malavolta (1994)
ARF (1994)
Raízes e tubérculos Batatinha: Promoção vegetação,
formação e armazenamento de
amido, quando não excessivo.
Cenoura: Excesso, menor
resistência ao armazenamento.
Beterraba: desequilíbrio N/K, mais
raízes rachadas.
Sementes em Geral Adequado: efeito favorável
germinação e vigor; idem na
integridade das membranas;
Aumento tamanho sementes de
alface;
Armazenamento na semente:
nutrição de nascediça e seu
estabelecimento
Campora (1994)
Seringueira Associado ao P: mais látex. Sá (1994)
Soja Muito N-NO3 nos caules = menor
proteína nos grãos. N+S: mais N
proteína no grão e menos não
protéico. N+K: efeito semelhante.
Adição de N: mais proteína nos
grãos
Bastos (1994)
Sfredo & Carrão (1994)
Trigo N aplicado no emborrachamento –
mais proteína nos grãos;
Didonet (1994)
20
Maior longevidade das folhas –
maior teor de proteína nos grãos.
Fonte: Adaptado por Malavolta (2006).
Tabela 12 – Relação entre o P e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Abacaxi Excesso de P (desequilíbrio N/P): diminui o
peso. P equilibrado: frutas mais firmes com
mais vitamina C
Corre & Fernandes (1994)
Algodão Regularização de maturação e abertura dos
frutos. Aumento no peso dos capulhos e
comprimento das fibras
Sabino et al.(1994)
Amendoim Teor de óleo inversamente proporcional ao
fornecimento de fósforo de óleo/ha
diretamente (maior produção de grãos)
Nakagawa et al. (1994)
Café
Cana-de-açúcar
Deficiência piora a qualidade da bebida
P2O5 aumenta a produção mas pol % cana
pouco afetada
Malavolta (1991)
Korndorfer (1994)
Citrus Frutos de planta deficiente – albedo mais
grosso, coluna central destacada, menos
suco e relação sólido-solúveis/acidez, menor
tamanho, acidez e vitamina C
Malavolta &Violante
Netto (1991)
Hortaliças - Alho: perda no armazenamento
inversamente proporcional ao teor do P na
túnica
- Cebola: aumenta a produção, tamanho e
precocidade
- Pimentões: planta deficiente, queda das
flores, por isso menos frutos
- Tomate: aumenta tamanho, peso,
coloração e valor nutritivo. Excesso
prejudica
Sasaki & Seno (1994)
Mamona Teor de óleo aumenta em doses moderadas
e cai com excessiva
Nakagawa et al. (1994)
Mandioca P aumenta o teor do amido Malavolta (1994)
Raízes e tubérculos Aumenta na viscosidade da fécula da batata
e melhores propriedades aglutinantes
Campora (1994)
Soja Melhora da qualidade das proteínas dos
grãos
Sfredo & Panizzi (1994)
Fonte: Adaptado por Malavolta (2006).
21
Tabela 13 - Relação entre o K e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Algodão Deficiência: senescência precoce (perda de
folhas e amadurecimento mais cedo). Maior
peso do capulho. Aumento no comprimento da
fibra e no índice micronaire (finura e maturidade
da fibra)
Silva et al. (1994)
Arroz Menor acamamento (maior teor de lignina);
Menos grãos chochos. Menos grãos manchados
pela brusone
Barbosa Filho &
Fonseca (1994)
Cana de Açúcar Aumento teor sacarose no colmo e diminuição
no teor de fibra.
Correção do efeito prejudicial de excesso do N
(=maior vegetação)
Excesso: efeito melassinogênico (= dificuldade
cristalização)
Malavolta (1994)
Feijão Grãos com menos proteína quando K deficiente ARF (1994)
Frutas de clima temperado Videira: brilho nos bagos. Pêssego: maior cor
vermelha do fruto. Macieira: Frutos maiores.
Deficiência: na Videira: cachos compactos e
pequenos. Maças e pêssego com falta de K:
menor tamanho. Maior acidez da maçã, do
pêssego e da uva para vinho
Pereira et al. (1994)
Frutas tropicais Deficiência de K: abacaxi: não frutifica.
K aumento cor da casca, firmeza do fruto e
acidez.
Excesso: miolo muito desenvolvido, polpa
pálida e dura.
Hortaliças Alho: deficiência de K, má conservação;
Cebola: deficiência, escamas finas e má
conservação;
Pimentão: Falta de K – menos tamanho e
número de frutos;
Tomate: deficiência – distúrbios no
amadurecimento (irregularidade, escurecimento
dos vasos, paredes brancas;
Repolho: deficiência – menor número de
cabeças comerciáveis
Sasaki & Seno (1994)
Melão e Melancia Deficiência: frutos menos resistentes. Correa (1994)
Sementes Cereais: K acelera germinação. Reserva de K e
outros elementos – nutrição de nascediça;
Soja: maior germinação e menos
envelhecimento precoce;
Algodão: Maior peso;
Alface: maior peso e vigor
Sá (1994)
Soja Menos doenças de semente, maior peso.
Interações positivas NxK e PxK,
respectivamente no teor de óleo e sanidade das
sementes.
Sfredo & Panizzi
(1994)
Fonte: Sá e Buzeti (1994) adaptado por Malavolta (2006).
22
Tabela 14 - Relação entre o Ca e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Algodoeiro Aumento na precocidade e no peso médio do
capulho;
Diminuição no índice micronaire (finura e
maturidade da fibra)
Silva et al. (1994)
Amendoim Semente com maior vigor e germinação Nakagawa et al.
Feijão Aumento no teor de proteína e de P, K, Ca,
Mg, S, Fe, e Na nos grãos
ARF (1994)
Frutas de clima temperado Aumento no tamanho das maças;
Maior teor de sólidos solúveis na cereja;
Menor rachadura das frutas de cerejeira e da
laranjeira;
Maior firmeza das frutas do pessegueiro.
Pereira et al. (1994)
Frutas de clima tropical Abacaxi: pouco efeito depressivo da
deficiência nos sólidos solúveis e na acidez.
Frutos descolorido, polpa gelatinosa e
prematuras;
Mamão: alteração Ca/K, aumento excreção de
látex pela fruta (meleira).
Correa & Fernandes
(1994)
Hortaliças Alho: deficiência de Ca prejudica a
conservação;
Pimentão: frutos menores, em menor número,
tons marrons na região estilar – deficiência de
Ca;
Chicória: queima das pontas das frutas quando
há deficiência;
Aipo e Couve-de-Bruxelas: coração negro
quando falta Ca.
Sasko & Seno (1994)
Melão Gelatimento ou encaroçamento da polpa do
melão deficiente em Ca
Corrêa (1994)
Fonte: Sá e Buzeti (1994) adaptado por Malavolta (2006).
Tabela 15 - Relação entre o Mg e a qualidade dos produtos agrícolas. Amendoim Sementes com maior germinação e vigor
(calagem)
Nakagawa et al. (1994)
Batatinha Deficiência diminui tamanho dos tubérculos Campora (1994)
Citrus Frutas menores, menos ácidas e com menos
vitamina C
Mourão Filho (1994)
Feijão e Caupi Aumento no teor de Ca e Mg dos grãos
(calagem)
ARF (1994)
Frutos de clima temperado Pêssego: mais frutos de maior diâmetro Pereira et al. (1994)
Frutos de clima tropical Abacaxi: pouco efeito da carência na acidez,
brix e açúcares totais
Correa & Fernandes
(1994)
Hortaliças Alho: má conservação quando Mg deficiente;
Pimentão: menos frutos e menor tamanho
quando Mg deficiente;
Favorece cor do fruto.
Sasaki & Seno (1994)
Oleaginosas Acumulação nas sementes Sá (1994)
Semente em geral Melhora tamanho, germinação, conservação,
resistência a pragas e doenças
Sá (1994)
Fonte: Sá e Buzeti (1994) adaptado por Malavolta (2006).
23
Tabela 16 - Relação entre o S e a qualidade dos produtos agrícolas.
Cultura
Efeito Fonte
Algodoeiro Menor índice de precocidade com
adição de S. Aumento no peso do
capulho e da semente. Maior
comprimento da fibra. Maior
deposição de celulosa na fibra
Silva et al. (1994)
Cana-de-açúcar Mais açúcar por hectare (1 kg s =
50 kg de açúcar)
Malavolta et al. (1989)
Feijão Maior teor de cistina ARF (1994)
Frutas tropicais Abacaxi – pouco efeito na acidez e
nos sólidos solúveis
Correa e Fernandes (1994)
Hortaliças Aumento teor óleos voláteis (alil-
bissulfeto e alil-propil-bissulfeto)
Sasaki & Seno (1994)
Soja Aumento teor óleo e proteína dos
grãos
Sfredo & Panizzi (1994)
Fonte: Sá e Buzeti (1994) adaptado por Malavolta (2006).
Tabela 17 - Relação entre o B e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Abacaxi Deficiência de B ou aplicação tardia de N- rachadura
do fruto (Cracking)
Correa & Fernandes
(1994)
Algodão B + nutrientes adequados – regularização da
precocidade;
Aumento peso do capulho e no comprimento da fibra
Silva et al. (1994)
Batatinha
Citrus
Melhora no tipo comercial;
Queda anormal de frutos, menor tamanho, mal
formados, exsudação de goma, albedo e centro com
manchas escuras, sementes pequenas, escuras ou
ausentes, menor – de suco (carência de B)
Castellane (1994)
Rodriguez (1980)
Hortaliças Alface: deficiência – redução na formação da cabeça;
Alho: deficiência – chochamento, má conservação;
Cebola: deficiência -perda de peso, apodrecimento,
sabor acre;
Couve-flor: manchas escuras na inflorescência
(cabeça), pedúnculos ocos e necrosados
(inflorescência);
Pimentão: deficiência – abortamento das flores, pouca
ou nenhuma formação de frutos;
Tomate: deficiência – manchas marrons e exsudação
parda nos frutos, rachadura e necrose.
Sasaki & Seno (1994)
Castellane (1994)
Mamão Deficiência: exsudação de látex pelo fruto (meleira),
também possível desequilíbrio K, Ca, Mg,
escurecimento do sistema vascular do fruto
Correa & Fernandes
(1994)
Melão Deficiência: encaroçamento (ondulações) da casca Correa (1994)
Sementes em geral
Maiores germinação e vigor (relação com membranas) Sá (1994)
Videira Deficiência: maior frequência de cachos com bagoinha
(frutos pequenos e apirenos, “choca com pintinhos”),
bagos achatados.
Pereira et al. (1994)
Fonte: Malavolta et al. (2006).
24
Em relação ao Cl, existem poucos relatos quanto aos efeitos desse nutriente na qualidade
de produtos agrícolas (Tabela 18), provavelmente por ser em geral fornecido como KCl.
Tabela 18 - Relação entre o Cl e a qualidade dos produtos agrícolas. Efeito Fonte
Efeito na combustibilidade do fumo, isto é, à
diminuição do tempo em que o charuto permanece
aceso
A matéria seca e o teor de vitamina C do repolho
chinês caem quando a água de irrigação tenha menos
de 150 mg/L de Cl-
XU et al. (2000)
Fonte: Malavolta et al. (2006).
Tabela 19 - Relação entre o Cu e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Abacaxi Deficiência de cu e de Zn, solos orgânicos ou arenosos – pescoço torto Correa & Fernandes (1994)
Alface Deficiência: cabeça não se forma Castellane (1994)
Café Melhora qualidade bebida
Citrus Deficiência: frutos menores, casca dura, menos acidez, sólidos e
vitamina C
Excesso: indução de deficiência de Fe
Mourão Filho (1994)
Tomate Aumenta tamanho frutos Sasaki & Seno (1994)
Fonte: Sá e Buzeti (1994) adaptado por Malavolta (2006).
Tabela 20 - Relação entre o Fe e a qualidade dos produtos agrícolas. Cultura Efeito Fonte
Café
Citrus
Deficiência: grãos âmbar
Deficiência: menor
tamanho
Mourão; Filho (1994)
Couve-flor Deficiência: crescimento retardado Sasaki & Seno (1994)
Tomate Deficiência: Frutos descoloridos Sasaki & Seno (1994)
Fonte: adaptado de Malavolta et al. (2006).
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Referências
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