mÓdulo 7 - centros comunitarios de aprendizajela falta de visões femininas na coberta de assuntos...

177
1 MÓDULO 7: O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Temário Tema 1. ¿Por que não me entrevistam a mim? A irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais. Tema 2. A testosterona das notícias. La falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo. Tema 4. O ledor não tem quem lhe escreva. Tema 5. ¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação. Tema 6. Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias. Tema 7. Entretendo até a morte (da democracia e da vida privada). Tema 8. Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno. Tema 9. A insuportável leveza da objetividade. Tema 10. O bom e o mau dos escândalos políticos. Tema 11. A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento. Tema 12. ¿Y que está acontecendo em Timbucu? Tema 13. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, porem sim em que pensar. Tema 14. A espiral do silencio.

Upload: others

Post on 10-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

1

MÓDULO 7: O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Temário

Tema 1. ¿Por que não me entrevistam a mim? A irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais. Tema 2. A testosterona das notícias. La falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo. Tema 4. O ledor não tem quem lhe escreva. Tema 5. ¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação. Tema 6. Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias. Tema 7. Entretendo até a morte (da democracia e da vida privada). Tema 8. Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno. Tema 9. A insuportável leveza da objetividade. Tema 10. O bom e o mau dos escândalos políticos. Tema 11. A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento. Tema 12. ¿Y que está acontecendo em Timbucu? Tema 13. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, porem sim em que pensar. Tema 14. A espiral do silencio.

Page 2: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

2

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário Introdução O jornalista contemporâneo rara vez vê se a se mesmo como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Parecera ser que sua função é outra muito diferente: “Ser o guardião da sociedade frente ao poder político, representar á gente ao interrogar a todo tipo de funcionários públicos ou celebridades e simplesmente, informar" Na realidade, essas funções totalmente válidas, devem considerar-se só como uma parte das responsabilidades mais amplias que têm os jornalistas ao exercer sua profissão. Suas comunidades precisam muito mais que a relação cotidiana com os políticos e com os diálogos que têm entre eles. E precisam muito mais que o rotineiro reporte do declarado pelos funcionários ou pelas fontes fixas. A problemática social, económica, política, ambiental e cultural pelas que atravessam os países latino-americanos exige do repórter, o editor, o fotógrafo, o chefe de informação ou o diretor de meios uma consciência muito clara de que tipo de cobertas, ângulos, ênfases e temáticas podem resultar mais uteis para os membros da comunidade á que servem. Não se trata, não obstante, de abandonar a independência e a distância de critério que o bom jornalista requer para cumprir adequadamente sua função. Não se procura que se converta num ativista social que represente diretamente grupos ou organizações. ¡Não! Trata-se de que em seus critérios noticiosos, em sua hierarquização da notícia, nas perguntas que delineia para suas fontes, na seleção mesma dessas fontes, o jornalista tenha presente às verdadeiras necessidades de sua comunidade e seja um porta-voz das mesmas.

Page 3: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

3

Se trata, também, de que o jornalista vire a ver a seus ledores e suas audiências e os converta em atores diretos da notícia, convertendo-os em fontes, acudindo a entrevista-os, a pesquisar seus pontos de vista e opiniões, em lugar de deixa-os relegados ao papel de público passivo. É assim como este módulo se refere ao que se lhe chama "jornalismo cívico", que da mesma maneira se conhece como "jornalismo público" ou "jornalismo comunitário", as vezes com algumas diferencias importantes em sua definição. Em suma representa um movimento crescente e significativo para a ruptura com práticas obsoletas do jornalismo, de encaixotar-se no círculo vicioso das elites políticas lançando-se mensagens codificadas ou abertas através da imprensa e tentando manipular á opinião pública. Este módulo 8 se conforma por 14 temas, cujo objetivo é melhorar o enfoque tradicional de coberta jornalística, através de analisar que tão bem ou que tão mal cumprem atualmente as praticas tradicionais do jornalismo da maioria dos meios informativos latino-americanos, com os postulados de promoção e defensa do desenvolvimento social e comunitário. A coleção de problemáticas que guiam o módulo não é exaustiva no desempenho jornalístico, porem oferece um mostruário de aspectos relevantes, que requerem atenção imediata dum jornalista que esteja interessado e comprometido com os desafios do século XXI para contribuir ativamente no desenvolvimento de sua comunidade. Bem-vindo então a nosso módulo, que permitirá gerar uma visão crítica e um analise dos retos que se enfrentam hoje em dia, para que o resto dos módulos se vejam como coadjuvantes na transformação do rol do jornalista nas sociedades latino- americanas contemporâneas. Princípios Básicos do Jornalismo Cívico PRINCIPIOS BÁSICOS DO JORNALISMO CÍVICO (David K. Perry, Universidade de Alabama, Estados Unidos)

1. Esforçar se por situar aos meios informativos e aos jornalistas como

participantes ativos na vida comunitária, em lugar de espectadores distantes.

2. Converter ao meio informativo num foro para a discussão de assuntos

comunitários.

Page 4: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

4

3. Favorecer os temas, eventos e problemas realmente importantes para a gente

comum e corrente.

4. Tomar em conta á opinião pública mediante um processo de discussão e

debate com os membros da comunidade.

5. Usar o jornalismo para promover o capital social.

Descrição dos temas do módulo 7

Tema 1 Começaremos o módulo com um, tema que de tão tradicional e acostumado entre os jornalistas tem terminado por perder toda visibilidade: as rações pelas quais os políticos e funcionários se convertem nas principais y as vezes as únicas fontes ás que recorrem os repórteres para recopilar a informação.

Tema 2 Em segundo termo, discutiremos um tema fundamental para o pluralismo e a diversidade nas perspectivas desde onde se observa a realidade: o género dos jornalistas e a carência de mais mulheres na imprensa contemporânea.

Tema 3 Num módulo interessado em explorar a transformação do papel do jornalista no século XXI, não podia faltar discutir o fenómeno do sensacionalismo e as mudanças que se devem adoptar para reconvertê-lo em informação valiosa socialmente.

Tema 4 Como Cuarto tema reveremos como os jornalistas podem conhecer melhor o que querem, rejeitam ou sugerem seus ledores ou tele videntes, algo fundamental e que muito poucas vezes se toma em conta.

Tema 5 Passaremos depois a comentar a maneira em que as rutinas de trabalho dos meios influem na qualidade da informação recolhida.

Tema 6 Em sexto lugar se analisará a tendência cada vez mais estendida de prestar atenção e dar aceso amplio a temas pouco sérios e questionáveis como bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais, sem apoiar-se em fontes científicas legítimas.

Tema 7 Tampouco podia ficar fora desta enumeração inicial de problemáticas contemporâneas do exercício jornalístico a tendência para o infoentretenimiento e a espetacularização, assim como suas implicações nos processos democráticos e na vida privada dos cidadãos.

Tema 8 A função de orientar e interpretar os acontecimentos para ajudar ao

Page 5: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

5

público a entender o que está acontecendo é vital e por isso se requer rever a labor atual dos editorialistas e articulistas de opinião para determinar como se pode conseguir um maior impacto social.

Tema 9 A objetividade, tão manuseada e tão criticada, é um conceito que o novo jornalista comprometido com o desenvolvimento de sua comunidade deve redefinir e refuncionalizar. O tema 9 oferece algumas alternativas para assumir suas limitações e reenfocar-se para a responsabilidade, a honestidade e o pluralismo.

Tema 10 ¿Que tão favorável ou desfavorável para a sociedade é que os jornalistas desatem escândalos políticos mediante suas investigações ou fontes confidenciais? ¿Como denunciar atos imorais, de corrupção ou de abuso de poder sim gerar desânimo e propiciar apatia e desdém pele sistema político de nossos países latino-americanos?

Tema 11 Muito se fala igualmente de que em sociedades em desenvolvimento como as latino-americanas é indispensável que os meios informativos coadjuvem na labor de divulgação e educação cultural e científica entre a povoação. O tema 11 se dedica a explorar fórmulas para fazer atrativos estes aspectos e gerar uma verdadeira transformação no conhecimento das audiências.

Tema 12 O tema 12 delineia um antigo problema no fluxo internacional de notícias: o ênfase nos países industrializados (especialmente Estados Unidos) e a escassez de notícias ao respeito de países em desenvolvimento que somente aparecem nas notícias quando ocorrem catástrofes y conflitos.

Tema 13 ¿Qual é a verdadeira influência dos jornalistas y das notícias em suas audiências? ¿São manipulados ou persuadidos os ledores e tele videntes pelas mensagens mediáticas? O tema 13 oferece evidências do verdadeiro impacto que se tem na gente.

Tema 14 O tema 14, por último, discute outro dos potenciais efeitos da coberta jornalística nas audiências: as consequências de ignorar aos candidatos débeis num processo eleitoral e elogiar as possibilidades dos fortes.

Page 6: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

6

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário

Esquema de Navegação

Maior representatividade

de gênero

Novos ângulos para a informação policial

Atenção ás demandas da audiência

Procurar novas rutinas para novos temas

Impulsionar o pensamento crítico e

racional

Honestidade e balanço

Denúncias efetivas de escândalos políticos

Incursionar na escritura de temas

socialmente

Coberta balançada e relevante do acontecer

Elaboração de agendas para o

desenvolvimento comunitário

Desafios do jornalismo no

século XXI

O reto de comunicar e captar á audiência

Ampliar o leque de fontes

Cobertas eleitorais realmente balançadas

Fundamentar a análise e as interpretações

Page 7: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

7

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário Ampliar o leque de fontes ¿Por que não entrevistam a mim? A irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais O presente tema se centra principalmente na exposição das rações pelas quais os políticos e funcionários se convertem nas principais e as vezes as únicas fontes ás que recorrem os repórteres para recopilar a informação.

Ampliar o leque de fontes ¿Por que não entrevistam a mim? A

irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 8: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

8

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário Ampliar o leque de fontes ¿Por que não entrevistam a mim? A irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais 1. Diagnóstico do problema Os acontecimentos cobertos pelos meios de comunicação distam muito de ser questões espontâneas que atraem naturalmente a atenção dos jornalistas. Em realidade, os meios não "reportam" o acontecido, senão que o "constroem". Se ouve estranho, porem é certo. Uma pesquisadora norte-americana, Gaye Tuchman, de fato tem um livro titulado assim: “A produção da notícia" Aqui demonstra como os jornalistas desenhamos e seguimos rutinas e estratégias para gerar notícias onde não as haveria por se mesmas. A isto se lhe chama a produção da notícia. Uma maneira em que ocorre o anterior é através das "fontes". Ao respeito: ¿Que fazemos os repórteres cada dia?

1 Não saímos pelas manhãs á estrada a farejar o vento e a vagar sem rumo pela cidade até que nos topamos com um acontecimento merecedor de atenção e coberta.

2 Temos fontes fixas (nas dependências governamentais, os organismos da iniciativa privada, as universidades, as delegações de policia, a Cruz Vermelha), ás que acudimos a diário a recopilar informação.

3 Quem trabalham nesses sítios, interessados em aparecer nos meios, não duvidam em facilitar-nos a labor, preparando boletins, dados e entrevistas que nos evitem voltar com as mãos vazias a nossas redações.

4 Este processo o fazemos pela necessidade de segurar a provisão de matéria prima para meios que requerem encher espaços ou tempos determinados de antemão, porem não sempre consideramos que tem

Page 9: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

9

consequências preocupantes.

Para saber mais... Pelo geral, as fontes favorecidas na imprensa e nos noticiários são as "oficiais" e não as da sociedade civil o da gente comum e corrente. As fontes oficiais (governo e organismos públicos e privados) têm recursos, pessoal e interesse em aparecer cotidianamente no fluxo informativo y pelo tanto terminam monopolizando os espaços e os tempos noticiosos. Isto gera que os ledores ou espectadores terminem conhecendo as versões de quem estão no poder e desconhecendo as posturas alternativas de um grande número de indivíduos e grupos que não têm essas facilidades, o que propicia que se sega mantendo o status quo. 1. Diagnóstico do problema Esta simbiose entre os jornalistas e os políticos existe desde há muitas décadas. Nela cada um tem o seguinte papel:

Políticos

Desejam aparecer nos meios.

Procuram aos repórteres para conseguir

coberta e promover-se diante a opinião

pública.

Organizam suas conferências de prensa em

horários convenientes para os meios.

Dispõem de pessoal que os atende

pessoalmente.

Procuram aos políticos porque estão melhor

organizados para dar informação e assim não

perdem tempo procurando quem pode

proporcionar-lhes declarações ou dados.

Aproveita que têm escritórios de

comunicação, imprensa ou relações públicas

Page 10: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

10

Periodistas especializadas em atender aos repórteres e

em proporcionar-lhes todo tipo de facilidades

e materiais.

Os preferem porque em seus critérios

noticiosos procuram fontes com legitimidade

para opinar.

A igual os políticos oferecem favores,

privilégios e em ocasiões ate dinheiro aos

jornalistas que cobrem a fonte.

No curto prazo estas rações podem ser suficientes para convencer aos jornalistas e editores de que não há que modificar esse sistema de recopilação de notícias. Finalmente, se têm horas de fechamento muito estritas e tampouco se trata de que o jornalista saía á estrada, fareje o vento e decida vagar pela cidade a ver onde encontra um evento digno de converter-se em notícia. 1. Diagnóstico do problema

No mediano e longo prazo, não obstante, manter este ênfase nas fontes governamentais e políticas, é má para á sociedade e é mau para o jornal. É insuficiente para a sociedade porque a discussão ao respeito dos acontecimentos e suas implicações fica somente entre personagens da elite política, os quais têm seus próprios interesses e suas próprias agendas e não reflitam necessariamente as necessidades de suas comunidades. É insuficiente para o meio informativo porque os jornalistas inculpem suas próprias regras de balanço e pluralidade em as notícias, deixando de presentar "o outro lado da notícia", "o ponto de vista de todos os involucrados num feito". É mau para o jornal porque este seguirá sem captar mais ledores para suas seções nacionais e locais.

Page 11: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

11

Importante: A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 1A Nota de El Espectador de Colombia A nota menciona basicamente uma fonte, A Procuradoria Geral da Nação, a qual é de carácter governamental. Uma forma de melhorá-la seria que o jornal, por exemplo, entrevista-se a expertos independentes (engenheiros, académicos de áreas relacionadas com a construção de estradas, etc.) para que ofereçam seu ponto de vista técnico e aos próprios afetados no incidente para conhecer sua versão. Nacional | 11 de fevereiro 2009 – 10:07pm Por: El espectador.com A Procuradoria pesquisará se acidente em Chocó se presentou por negligência O Ministério Público quer estabelecer se o acidente onde perto de 40 pessoas perderam a vida teve relação com a falta de atuar das autoridades para manter um bom estado de rua. A Procuradoria Geral da Nação começou uma indagação preliminar para estabelecer as causas do acidente presentado o passado 3 de fevereiro na rua que une aos departamentos de Chocó e Antioquía, onde perderam a vida aproximadamente 40 pessoas e se resgataram com vida 10 pessoas. De acordo com as informações jornalísticas, o acidente se produziu quando um ônibus afilado á empresa Rápido Ochoa, se precipitou a um abismo pela zona do corregimento de Santa Ana da municipalidade do Carmen do Atrato e caiu ao leito do rio Atrato onde ficou completamente submergido em suas aguas. As informações dos diferentes meios de comunicação manifestam que a causa do acidente estaria diretamente relacionada com o mal estado da rua e a falta de manutenção preventiva, pois ao parecer, esta se encontra em críticas condições e baixo essas circunstâncias, sua utilização se converte em um iminente perigo. Pelo anterior, o Ministério Público ordenou a prática de varias probas com o fim de estabelecer se a falta de adequação e manutenção da rua entre El Carmen e Quibdo no departamento de Chocó foi a causa do fatídico acidente. Dirección web fonte: http://www.elespectador.com/articulo117168-procuradoria-investiga-si-accidente-choco-se-presento-negligencia COPYRIGHT 2009 www.elespectador.com

Page 12: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

12

Proibida sua reprodução total ou parcial, assim como sua tradução a qualquer idioma sem autorização escrita de seu titular. Reproduction in whole or in part, or translation without written permission is prohibited All rights reserved 2009 EL ESPECTADOR O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário Ampliar o leque de fontes ¿Por que não entrevistam a mim? A irresistível atração dos repórteres para as fontes governamentais 2. Análise y reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise y reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de sua labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a continuação. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas meditações.

Pose ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Pasos a seguir.

1. Tome um marcador de cor amarelo, procure as fachadas das seções nacional e

local (o cidade) no jornal do dia e sublinhe ás páginas cada uma das vezes que a fonte

da notícia mencionada pelo repórter é um político ou funcionário público (Presidente,

prefeito, deputados, senadores, presidentes de partidos políticos, ministros ou

secretários de estado, dependências governamentais de saúde, de meio ambiente, de

agricultura, de comércio, etc., candidatos a postos de eleição popular, etc.).

2. Tome um marcador de uma cor diferente e marque o resto das fontes

informativas não políticas ou governamentais mencionadas pelo repórter.

3. Tanto nas fontes políticas como nas outras, marque cada vez que se lhe atribui

informação á fonte, não somente a primeira vez, incluso quando o jornalista não

Page 13: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

13

menciona o nome ou o posto e só escreve "diz", "aclarou", "assinalou", "mencionou",

etc.

4. Se as marcas amarelas são muito mais abundantes que as da outra cor, se

comprova que o jornal selecionado efetivamente favorece á fontes oficiais ou políticas

e não a fontes alternativas mais independentes ou representativas da comunidade.

5. Consulte a Reflexão final

Reflexão final Já seja em cada nota informativa, ou pelo menos de maneira alternada, o jornalista que deseje ser um agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário deve entrevistar e citar a fontes não governamentais. As que estão mais á mão são os expertos universitários no tema, que estão localizáveis em suas instituições de educação superior e facilmente acessíveis. Porem não há que descuidar a porta-vozes de ONGs, de associações cíveis, de organismos sociais e por suposto, a vítimas, testemunhos, cidadãos comuns e correntes que enriqueçam a noticia e rompam com a tradição rotineira de apresentar exclusivamente as declarações da elite política.

Page 14: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

14

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Maior representatividade de género A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" O presente tema gira ao redor duma discussão sobre um tema fundamental para o pluralismo e a diversidade nas perspectivas, desde onde se observa a realidade: o gênero dos jornalistas e a carência de mais mulheres na imprensa contemporânea.

Maior representatividade de gênero

A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de

assuntos "duros"

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 15: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

15

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Maior representatividade de género A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" 1. Diagnóstico do problema Dadas as importantes deferências na socialização de homes e mulheres na maioria das sociedades, é lógico encontrar contrastes nos ênfases, ângulos e percepções das mensagens segundo hajam sido produzidos por comunicadores de um ou outro gênero. Uma repórter de locais que cobra temas como o aborto, a violação, os direitos da mulher, a violência doméstica, etecetera, muito provavelmente lhe dará á informação um tratamento distinto ao que lhe daria um colega de sexo masculino. ¿Qué acontece com a mulher nos meios informativos?

1. Numa grande quantidade de países, á mulher se lhe relega ou se lhe impede

sua participação em numerosas atividades profissionais.

2. Os meios de comunicação tendem a favorecer ao sexo masculino na maioria

das atividades profissionais, desde as posições de repórteres ate as diretivas, ainda

que afortunadamente em alguns países latino-americanos isto tem ido mudando

significativamente.

3. De acordo a estadísticas e estudos realizados em vários países do mundo, á

mulher se lhe discrimina duplamente no caso dos meios informativos (cfr. Lozano,

2006).

4. Há muito poucas mulheres repórteres ou editoras nas seções de política

nacional ou local, economia ou segurança..

Page 16: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

16

5. A falta de mulheres afeta dramaticamente a variedade de ângulos e pontos de

vista que recebe o ledor dadas as deferências em percepção, interesse e enfoques que

se dão entre jornalistas de gênero distinto.

6. Á mulher também se lhe discrimina nessas seções como fonte informativa,

pois com frequência os repórteres tendem a buscar porta-vozes ou expertos de sexo

masculino assumindo que estão mais capacitados para declarar ao respeito dos

chamados temas "duros".

Para saber mais... A nível mundial la participação da mulher como fonte informativa é muito desequilibrada. De acordo ao Projeto de Monitoração dos Meios Globais, baseado num análise de conteúdo exaustivo de 12,893 notícias de imprensa, radio e televisão de 76 países diferentes, só o 21% do total de fontes informativas eram mulheres, uma ligeira melhoria em comparação com 1995, quando haviam representado o 17%. É dizer que por cada mulher entrevistada para que proporcionara dados ou sua opinião sobre um determinado tema, se entrevistava a quatro homes. Estes últimos sobre passavam com muito ás mulheres em todos os temas noticiosos, inclusive em aqueles que tinham que ver com violência de gênero, onde definitivamente houvera sido desejável ter mais o pelo menos a mesma quantidade de mulheres dando sua versão.

Page 17: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

17

IMPORTANTE A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 2. A A república Autoridades identificam 28 pontos críticos em ruas O COE E A DGTT IDENTIFICARAM AS ZONAS DE ACORDO COM A QUANTIDAD DE ACIDENTES Adriana Peguero ([email protected]) Santo Domingo.- A Direção Nacional de Trânsito Terrestre (DGTT) e o Centro de Operações de Emergência (COE) informaram quais são os 28 pontos críticos nas vias expressas do país, nos quais os condutores devem manejar com muita precaução para evitar acidentes lamentáveis. Dos lances de estrada perigosos, catorze se encontram na via expressa Duarte, especificamente no quilômetro 60 de Hatillo Palma, quilômetro 85 no aceso a Bonao, no quilômetro 100 de Sabana del Puerto e no quilômetro 28 de Pedro Brand, na entrada a Villa Altagracia. O diretor da DGTT, Rafael Tobías Crespo, informou de igual maneira que no quilômetro 141 de la citada rua, no aceso á municipalidade de Moca, há que conduzir com supremo cuidado, a igual que no quilômetro 43, na entrada a Villa Altagracia, e no quilômetro 46, na saída dessa municipalidade. O funcionário assinalou que o quilômetro 61 da estrada Duarte, na localidade Pino Herrado, está entre os lances de estrada perigosos, assim como o quilometro 15 que da aceso a Santiago, o quilômetro 155 na entrada a essa província, o 46 em La Cumbre, o 10 na estrada La Vega-Santiago e o quilômetro 14 de Villa Altagracia. Informou que os quilômetros 15 e 20 na entrada a San Isidro e cruzamento de Guerra, da estrada Mella de Santo Domingo, foram incluídos nos lances de estrada nos que há que conduzir com precaução. Enquanto que na via expressa Las Américas se incluíram os quilômetros 25, 33 y 42, os quais se encontram no Cruce del Aeropuerto, a entrada a Boca Chica y Guayacanes. No caso da via expressa Seis de Noviembre, citou e quilômetro cinco que da aceso á província San Cristóbal. Na estrada Sánchez fiz ênfase nos quilômetros 65 no ponte Lucas Díaz, quilômetro 30 de la província, os quilômetros dos e 11 da estrada Azua-Baní, assim como o 90 do Cruce de Ocoa e o 12 que da saída a Santo Domingo. Tobías Crespo destacou que igual que na estrada Ramón Cáceres foram assinalados como de alto risco para o trânsito os quilômetros cinco e oito de Moca. Explicou que a maioria destes pontos estão intervindos e se hão limitado seus carris. Os motoristas José Darío García, presidente da Organização Nacional de Motoconchistas, chamou aos motoristas de motocicletas a cooperar na redução das mortes nos hospitais, devido a que eles são os mais afetados nos feriados de Natal e Semana Santa.

Page 18: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

18

Exortou-lhes a utilizar o casco protetor, não conduzir depois das 7:30 da noite, não montar mais duma pessoa na parte traseira e acolher todas as disposições do COE. (+) CRUZ VERMELHA ATIVA A 20,000 VOLUNTARIOS A diretora da Cruz Vermelha Dominicana, Ligia Leroux, exortou ontem á povoação a atuar com comedimento durante o feriado de Semana Santa e revelou que uns 22,000 voluntários de essa instituição estarão distribuídos no país trabalhando em labores preventivas. Em torno á disponibilidade de sangue com que conta a instituição, Leroux diz que em Santo Domingo têm umas 400 pintas. Em Santiago se fiz um operativo de doação e tipificação que lhes permitiu obter 120 pintas e em San Francisco de Macorís se coletaram 180 pintas. Diz que a demanda tradicional de sangue no país não tem passado de 300 pintas. Diz que uma das maiores exortações que faz a instituição é que as pessoas atuem com prudência e recomenda a integração familiar. Assinalou que além dos socorristas que estarão distribuídos em todo o país, a Cruz Vermelha terá outro pessoal que trabalha na promoção e prevenção. Fuente: http://www.listin.com.do/app/article.aspx?id=97212 Maior representatividade de gênero A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" 1. Diagnóstico do problema O mesmo reporte mundial encontrou nos meios informativos dos 76 países a seguinte relação entre a quantidade de homes e mulheres imersos no jornalismo como repórteres:

Page 19: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

19

Muitas dessas mulheres jornalistas, não obstante, apareciam nas seções do clima o em "soft news", notícias suaves. Na Espanha, uma encosta do Departamento de Comunicação Pública da Universidade de Navarra encontrou em 1997 que só o 34% dos jornalistas eram mulheres (Rodríguez Andrés, s/f).

Page 20: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

20

Maior representatividade de gênero A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" 1. Diagnóstico do problema A desigualdade destas cifras se pode perceber melhor quando advertimos que em todos os países latino-americanos, as mulheres representam aproximadamente o 50% da povoação, pelo que em condições ideais ou justas deveriam contar com essa mesma porcentagem nos meios informativos. A mulher na imprensa Argentina O 78% das notícias são reportadas e presentadas por homes. Onde se presentam as maiores diferenças é na radio, com um 76% de presença masculina sobre um 24% feminina. A voz da mulher se reflita, principalmente, como "experiência pessoal" e poucas vezes como experta ou comentarista especializada. A mulher não é central nas notícias do país. Em comparação com outras temáticas, encontra seu maior protagonismo nas informações de violência ou crimes. Na média, só em 22% dos casos mostra á mulher como sujeito da notícia. A mulher aparece catalogada como vitima num 34% dos casos, contra um 10% dos homes. Fonte: Projeto Global de Monitório de Meios. Informe Nacional 2005: Argentina. A desigualdade nos meios informativos latino-americanos não se da igual em quanto a jornalistas e fontes femininas. Isto se pode evidenciar através do seguinte: "O Projeto de Monitório dos Meios Globais mencionado arriba, concluiu que nos jornais analisados em América Latina somente duas de cada 10 fontes informativas eram mulheres. Em contraste, o mesmo estudo identificava que o número de notas atribuídas a elas era de 44%, um incremento notável em comparação com o ano 2000, onde era do 27%".

Page 21: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

21

Para saber mais... Um análise exaustivo do total de notícias publicadas por dois jornais mexicanos numa semana de 2007 mostrou que as mulheres seguiam estando dramaticamente ausentes. Nas portadas de os dois jornais de reconhecido prestigio nacional, o 100% das fontes citadas nas notícias eram homes. Na informação nacional, somente o 8% das fontes entrevistadas eram mulheres. Na informação internacional, dependente dos serviços internacionais e não dos próprios repórteres de ambos jornais, a situação era muito similar: o 90% das fontes eram homes. Nas notícias locais a situação não era muito diferente. Entre o 82 e o 86% de quem davam sua opinião ou informavam ao respeito da política, a economia, os problemas urbanos, etc. eram homes, em tanto que em esportes subia ao 90%. Nas seções culturais e de espetáculos a situação melhorava só um pouco; menos do 30% das fontes citadas eram do gênero feminino nas culturais e ao redor do 40% nas de espetáculos. Maior representatividade de gênero A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" 1. Diagnóstico do problema A pergunta básica é então: ¿Excluem os jornais conscientemente á mulher e procuram bloquear suas opiniões e pontos de vista para que os ledores tenham somente uma visão masculina dos feitos? A resposta é NÃO. ¿Porem quais são as rações para esta resposta?

Page 22: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

22

Faça clique em cada um dos conceitos para ver mais informação

1. A principal ração é que na política internacional, nacional e local a mulher tem sido relegada de postos e funções importantes e constituem minoria frente aos homes.

2. As rotinas dos repórteres os levam a fontes com autoridade e posição para opinar ou informar e isso explica que estes terminem sendo homes.

3. Homes e mulheres veem a realidade e a interpretam desde distintas óticas. Este parece ser outra ração dos sesgos mencionados arriba.

4. Se o repórter e de sexo masculino, provavelmente tenderá a entrevistar mais fontes de seu mesmo gênero.

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 2.B.

Outra mostra de que certos meios informativos têm feito esforços para dar-lhe seu lugar ás mulheres jornalistas em temas tradicionalmente assignados a homes, é o

noticiário noturno da cadeia NBC dos Estados Unidos o qual tem a uma mulher como correspondente na Casa Blanca (política nacional) e a outra na Bolsa de Valores

(finanças).

Page 23: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

23

Fonte: http://www.listin.com.do/app/article.aspx?id=97212

Maior representatividade de gênero A testosterona das notícias. A falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros" 2. Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de sua labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a continuação. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

É de ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Pasos a seguir.

Exercício 1

Page 24: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

24

1. Leia as entrevistas publicadas em Reporte Índigo ás mulheres jornalistas mais

destacadas no México:

http://www.reportebrainmedia.com/archivo/Reporte/112

2. Considere que tecnicamente os meios informativos só reflitam as disparidades

e a exclusão que se apresenta em nossa sociedade.

3. Medite ao redor das seguintes duas perguntas:

o ¿Se deveria ir mais lá e fazer um esforço por romper com essa realidade

procurando conscientemente para um maior número de mulheres como fontes

informativas?

o ¿Os ledores se beneficiariam duma visão mais plural e a sociedade,

quiçá, mudaria mais rápido?

Exercício 2

1. Escolha a seção de política nacional e de finanças num jornal.

2. Com um marcador amarelo, sublinhe os nomes dos repórteres de sexo

masculino, assim como todos os nomes nas notícias que sejam desse mesmo gênero.

3. Com um marcador de outro color, sublinhe tanto os nomes das repórteres

mulheres, como de nomes femininos no corpo das notícias.

4. Consulte a Reflexão final.

Reflexão final Para resolver o problema de poucas mulheres trabalhando como repórteres ou editoras y assim promover variedade e pluralidade nos ângulos, as perguntas e a hierarquização da informação, se recomenda balançar mais o número de mulheres nas seções de política, finanças e segurança pública, tradicionalmente dominadas pelos homes. A situação tem melhorado muito nos últimos anos, em especial no caso das repórteres mulheres, porem falta ainda muito que fazer ao respeito. O caso de editoras mulheres dessas seções é ainda mais dramático, pois são muito poucas. Com respeito á fontes informativas, tanto os repórteres homes como os de gênero feminino devem buscar conscientemente entrevistar e citar a mais mulheres. Em muitas ocasiões será difícil encontrá-las, pois na sociedade estão muito marginadas nessas áreas, porem o jornalista líder e agente de mudança no desenvolvimento de suas comunidades deve fazer um esforço e ir contra a corrente para ajudar á transformação

Page 25: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

25

e superação dos obstáculos existentes. MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo O presente tema se centra em explorar a transformação do papel do jornalista no século XXI, discutindo o fenómeno do sensacionalismo e as mudanças que se devem adotar para reconvertê-lo em informação valiosa socialmente.

Novos ângulos para a informação policial

Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o

sensacionalismo

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 26: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

26

Page 27: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

27

Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema As críticas á informação policial nos meios informativos têm uma historia muito larga. É, de fato, um dos tipos de notícias que mais propiciam para descrever a um jornal o noticiário radiofónico o de televisão, os termos como:

¡Sensacionalista!

¡Sensacionalista! Por outro lado y digam o que digam os críticos, a chamada "nota vermelha" é sumamente popular entre amplos segmentos dos ledores ou televidentes. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema Entre as muitas razões válidas na crítica a esta classe de informação se encontram as seguintes:

A aparência que dão aos fatos delitivos Geram a aparência de que os fatos delitivos em nossas sociedades se originam por casualidade e sempre por motivos pessoais de malfeitores simplesmente carentes de valores e de formação moral. A realidade é que, como explicam sociólogos y psicólogos sociais, muitos atos delitivos se devem a problemas estruturais da sociedade, como crises económicas, deficiências na oferta educativa, corrupção endémica do sistema político y judicial, etc.

Tendem a ser discriminatórias Com frequência se violam os direitos humanos dos presuntos delinquentes exibindo suas fotografias antes de ser declarados culpáveis e se lhes obriga a

Page 28: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

28

contestar respostas de periodistas sem contar com um advogado presente.

Proximidade Se baseiam em grande medida e boletins ou registros policiais e os jornalistas não fazem mais que reproduzi-los sem ir mais lá e pesquisar por sua conta o fato.

Importante A seguir encontrará dois exemplos do que se tem visto: Exemplo 3.A. Ainda que corretamente redigida esta notícia é representativa da coberta de nota vermelha nos noticiários televisivos locais e nas seções policiais dos jornais. O repórter da os detalhes do acidente e cita a uma fonte oficial. ¿Que se poderia incluir para fazer mais socialmente relevante a notícia? Algumas possibilidades:

a. Proporcionar estadísticas do número de acidentes e mortes em motocicleta

nos últimos anos para ver se pode-se considerar um problema da comunidade ou não

e se requer-se regulá-las melhor;

b. Indagar com parentes, vizinhos e fontes policiais se quem os perseguiam eram

membros de alguma turma para determinar possíveis ameaças á tranquilidade social

nessa parte da cidade;

c. Conselhos de expertos sobre como conduzir motocicletas para evitar

acidentes;

d. Entrevista a psicólogo para explicar o atrativo das motocicletas para os jovens

e o tipo de atitudes que estes devem assumir ao conduzi-las.

Fonte: http://www.multimedios.tv/noticias

Page 29: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

29

Exemplo 3.B. ¿Por que não mudar o ênfase da nota vermelha ao respeito de bêbados, assaltantes e acidentados por algo mais útil para a sociedade? Neste exemplo, jornal El Norte de Monterrey, México, através dum repórter encoberto que finge desejar abrir um comercio de venta de licor, logra desmascarar e denunciar atos graves de corrupção entre funcionários da prefeitura da cidade.

Vende Monterrey proteção a bares Trafica Álcoois permissões e 'imunidade' contra inspetores. Armam funcionários rede de corrupção em dependência municipal Osvaldo Robles (16 fevereiro 2009). - Na Municipalidade de Monterrey, abrir um bar ou negócio com venta de álcool sem ter permissão para operar e violando os horários de fechamento es tão fácil como "chega-lhe ao preço" á mesma autoridade encarregada de fazer cumprir

Page 30: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

30

o Regulamento. Funcionários da Direção de Inspeção e Vigilância -antes chamada Direção de Álcoois- e um coordenador do comité de campanha de Miguel Ángel García Domínguez (do partido PAN) operam una rede de corrução com trâmite ilegal de permissões e cobrança mensal de quotas para permitir aos bares abrir clandestinamente. Esta rede de corrução foi comprovada por um repórter de EL NORTE, que se fiz passar por alguém interessado em abrir um bar na rua Diego de Montemayor, no Centro da Cidade. A cambio duma quota mensal de mil pesos -"barata", por ser recomendado-, o repórter obteve a proteção de René Gallegos Guerra, coordenador de Trâmites e Regularizações da Direção de Inspeção, para abrir e operar um bar de segunda feira a domingo, violando os horários de venta de álcool e sem ser molestado pelos inspetores. Além, o funcionário ofereceu por ao repórter como titular do permissão para venta de álcool 136323, originalmente a nome duma terceira persona, com a garantia de que a modificação seria aprovada pelo Conselho da Cidade uma vez passadas as eleições. Esta mudança de proprietário e endereço, proibido no Regulamento, se faria por uma suma de dinheiro que iria desde os 10 mil pesos ate a quantidade que fora exigida por alguns regedores, a quem Gallegos só identificou como integrantes da Comissão de álcoois do Conselho da Cidade. "Eu te entrego a mudança de endereço e você me paga", diz Gallegos ao repórter. "Não há com que adiantamentos, não há nada. Eu te entrego o papel onde está a novo endereço, que é Diego de Montemayor, te entrego o instrutivo e já..., é dando e dando. “Eu seu o que fala com eles, com os regedores", agregou. "¿Não vê que toda a papelaria chega comigo? Forçosamente tem que vir comigo. Eles (os regedores) não fazem nada siem que eu lhes diga. Eles não o aprovam se eu não se os mando". -¿Seriam os 10 (mil pesos) que nos havias dito pelo trâmite, se lhe questionou. “Depende o que você lhe quer meter, vai sair mais rápido", respondeu o funcionário. “Preciso primeiro que me ló tragas (o expediente), tê-lo já, manda-lo e lhes dizer: '¿você sabes que? Estes estão muito interessados, ¿que onda, quanto? Não, pois tanto', e já lhe digo a você". A rota da ilegalidade começou no mercado preto de licencias de Álcoois.

Page 31: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

31

Nesse mercado, pese a que em teoria são intransferíveis e sua venda é sancionada pelo Regulamento, titulares de permissões oferecem suas licencias para venda de álcool a preços que vão desde 5 mil pesos mensais pela renta ate 450 mil pesos pela venda. Através dum aviso de venda no jornal, o repórter contatou a Adrián Vanegas, antigo proprietário dum bar que operava com licencia a nome de outra pessoa, graças á corrupção da Direção de Inspeção e Vigilância. Vanegas ofereceu a licencia a um preço de 5 mil pesos mensais pela renta ou 125 mil pesos pela compra definitiva. Ao menciona lhe que, de acordo com o regulamento, as licencias são intransferíveis, Vanegas assegurou ter um contato na Direção de Inspeção, encabeçada por Susana Ramos, que ajudaria a "regularizar" a situação. A ligação com a Direção foi Regino Beltrán, um antigo inspetor dessa dependência que atualmente trabalha na Direção de Comercio municipal, ainda que em realidade é coordenador do Distrito 5 do comité de campanha de García Domínguez. Trás varias reuniões com Beltrán no comité de campanha de partido PAN, em Zuazua No. 202, a ligação levou a repórter ate o escritório de Gallegos. Em lugar de administrar a audiência com o coordenador de Trâmites, Beltrán advertiu que cobraria com presentes para a campanha eleitoral de García Domínguez. "Agora que vêm as campanhas", detalhou, "vou ter que falar-lhe a muitos dos que ajudei: 'Ajuda me com isto', 'ouve, empresta-me um muro, vou te pintar publicidade', 'você tem três caminhonetes, empresta-me uma para mover gente', e assim eu vou levando". Segundo Beltrán, ainda que García Domínguez ficou descartado como aspirante á Prefeitura de Monterrey, pois foi designado Fernando Larrazabal, a estrutura da campanha seria vendida a este último, pelo que o pago "em espécie" continuava vigente. Ao acudir á audiência com Gallegos, em seu escritório em Aramberri y Villagómez, este detalhou a repórter os benefícios da proteção, em lugar de uma quota mensal de mil pesos, para abrir imediatamente, em tanto se concretava a mudança de proprietário. O funcionário entregou ao repórter uma nota escrita por ele com o nome e telefone do inspetor Jorge Sánchez, quem cobraria a quota. Na nota escreveu a chave "Gato", que serviria para operar o suposto bar ate as 4:00 horas, sem ser sancionado em caso dum operativo.

Page 32: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

32

“Sim podem chegar li a revisar", aclarou Gallegos. "Não lhes pode negar a entrada, porem vã a dizer: '¿Com quem estás? ', com tal pessoa, com "El Gato". Qualquer problema lhe falas a ele. Se deixam uma multa ou algo, ao seguinte dia a traz para mim". O 10 de fevereiro, Sánchez recebeu afora da dependência municipal os mil pesos correspondentes ao mês de fevereiro para o local fictício que abrira suas portas este fim de semana. Um dia depois, o inspetor entregou ao repórter uma placa oficial que a Municipalidade outorga aos bares legais com a lenda "Toma consciência" e um cartel da Secretaria de Saúde estadual que adverte ao respeito das sanções da Lei Anti-álcool. No discurso, a autorização de novos bares está freada em Monterrey. Nos fatos, a corrupção lhe abre a porta a quem pague o preço. Fonte: http://www.elnorte.com/local/articulo/474/947796/ Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema

Hoje em dia algumas coisas têm mudado. Os meios se profissionalizam e o jornalista pode transformar-se em agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário, utilizando a informação para volvê-la mais útil e adequada para sua audiência. Uma mostra pode ser a atitude vigilante e crítica do poder político, que é um sinal inequívoco de avanços e

de profissionalização nos meios. Frente á passividade e o oficialismo de há anos da maioria dos países, esse tipo de exercício jornalístico é preciso e laudável. Ao longo dos anos, os comunicadores têm ido apreendendo a armar melhor seus casos para que o impacto seja maior. Não obstante, há pontos de inflexão importantes que devemos considerar:

Não devemos confundir a função de crítica, vigilância e denuncia jornalística com o estrondo, o sensacionalismo e a superficialidade.

Page 33: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

33

Sim se está avançando num jornalismo mais independente e questionador, há que procurar agora maior profissionalismo, responsabilidade e sobriedade na abordagem dos temas.

Há que meditar com respeito a: ¿De que serve a denuncia se se empacota com a estridência do sensacionalismo, se se apela ás vísceras e não ã racionalidade dos ledores ou tele videntes?

E por último: ¿De que serve centrar-se na caída dum funcionário menor ou maior se o problema estrutural não se resolve?

Novos ângulos para a informação policial Os ríos de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

1. Diagnóstico do problema A coberta de sucessos dramáticos que ocorrem de vez em vez em alguma cidade (mãe que assassina a seus filhos; jovem que sequestra ou mata a seus amigos ou a seus avos, etc.) gera igualmente cobertas intensas que facilmente caem no sensacionalista. É importante fazer notar que as vezes não basta com entrevistar a um experto, si o jornalista lhe formula as

perguntas inadequadas. Como um exemplo do anterior, por favor revê o seguinte caso. Caso Em uma cidade latino-americana o noivo adolescente de uma moça entra pela noite a casa dela, quando seus pais estavam ausentes e depois dum rato tem um ataque sicótico e mata aos irmãos da noiva, deixando-a mal ferida. Nos dias seguintes, um condutor de televisão convida a seu estudo a um sociólogo prestigiado para que dê sua opinião ao respeito do caso e lhe pergunta se o incidente exemplifica um alarmante incremento de condutas violentas e antissociais na cidade e se é sintoma duma perdida de valores, dum deterioro das normas sociais que representa uma ameaça á segurança e a estabilidade da comunidade. O experto, quem tem realizado múltiplas enquetes e entrevistas em todos os rumos dessa cidade e em todos os estratos socioeconómicos em sua trajetória como investigador, contestar de maneira serena e analítica os questionamentos. Menciona estadística e dados demográficos que demostram que são casos isolados e rejeita que haja uma crise generalizada de valores e uma maior propensão que antes a

Page 34: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

34

cometer assassinatos ou atos violentos. O sociólogo tem que repetir suas respostas muitas vezes, pois o condutor rejeita uma e outra vez as opiniões do experto e insiste em que algo tem que estar mal, já que nos últimos anos se tem presentado casos demasiado radicais que no têm precedentes. Em realidade, a postura de condutor reflita uma característica da profissão do comunicador atual que induze a alguns periodistas a centrar-se nos eventos e não nos processos, no específico e não no contexto. Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema No fundo, esta propensão dum jornalista a enfatizar o mais negativo ou alarmante tem duas rações. Propensão a enfatizar o mais negativo ou alarmante: 1. A fera competência pelo rating, que os obriga a

centrar-se no que maior impacto tenha entre a audiência e o interesse em procurar explicações simples a problemas complexos, pois os tempos e as formas exigem rapidez e brevidade.

2. fato de que a sociedade latino-americana não se tem mudado mais violenta e agressiva. Em todo caso, quem parece houver trocado e houvera-se voltado mais alarmistas e estridentes são alguns meios de comunicação.

A verdadeira imprensa profissional não é a que maior barulho e escândalo faz, senão a que cumpre mais responsavelmente sua função de criticar e vigilar. Na denuncia deve incluir-se contextualização, dados, argumentos, pros e contras, análise sereno y objetivo das circunstâncias. Não centrar-se no superficial nem os detalhes frívolos e escandalosos. Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema Com frequência vemos nos noticiários de televisão e lemos nas páginas de nossos jornais dramas terríveis de

Page 35: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

35

mães que matam ou lastimam a seus filhos e esposos que golpeiam a suas mulheres. Estes reportes se tem agregado á dieta diária de notícias sobre acidentes automobilísticos, bêbados tirados nas aceras, roubos e ajustamentos. As duas perguntas básicas são: ¿Deveriam os meios informativos reportar sobre estes temas? A reposta é sim. Os meios cumprem a função de dizer lhe á gente o que está passando ao seu ao redor. E é importante detectar tendências sociais preocupantes que ameaçam o bem-estar das famílias, a coesão moral e os valores duma povoação que os requer para seguir vivendo de maneira harmônica. Quando um meio exibir uma conduta que ameaça esses valores e essas regras de convivência ajuda a criar consciência na povoação sobre separações á norma que permitem avaliar consequências e tomar medidas, tanto a nível institucional como a nível pessoal, para contê-las e sancioná-las. ¿Deveriam fazê-lo da maneira em que o fazem? A resposta é muito mais problemática e complexa. ¿Qual é a maneira mais adequada de presentar os fatos á audiência, para que esta reaja, se indigne e se mobilize, porem que não caia num comportamento morboso onde o único que importe seja entreter-se com a dor humana? Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema Alguns noticiários televisivos locais, adotando os códigos do melodrama televisivo, incorporam:

Música de fundo

Efeitos especiais

Acercamentos extremos a rostros chorosos

Declarações rasgadas

Page 36: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

36

Cortejos fúnebres carregando o féretro da criança assassinada a golpes por sua

própria mãe

Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 1. Diagnóstico do problema Os locutores adotam um tono grave, afetado. Os movimentos de câmara enfatizam a tragédia. As perguntas agora são:

¿E esto mau?

¿Nesta maneira de narrar os acontecimentos reside o sensacionalismo que tanto

criticam muitos atores sociais?

As respostas se podem obter do seguinte comentário: Bertold Brecht, o dramaturgo alemão, insistia na necessidade de incorporar técnicas de distanciamento em suas obras teatrais para interromper a empatia emocional de suas audiências e obriga-las a mudar a um "modo" racional, analítico, que lhes evitara cair em manipulações sentimentais. Você saiba que... Há mais falta nos noticiários televisivos locais: recorrer ao distanciamento brechtiano incluir a narrativa dramática que pode cativar á audiência - sem cair em excessos de intromissão e exploração da dor humana que infelizmente são muito frequentes - porem assegura-se de interrompi-a dando voz a expertos, autoridades, estadísticas, sociólogos, psicólogos que contextualizem o drama individual e permitam acerca-se de maneira racional, analítica a problemas que em muitas ocasiões têm raízes ou explicações em problemas sociais estruturais de educação, pobreza, marginação, corrupção, impunidade ou incapacidade dos governos para controlar, sancionar ou propiciar condições que evitem estas tragédias humanas. O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário.

Page 37: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

37

Novos ângulos para a informação policial Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo 2. Análise y reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" y como resultado medite ao respeito de sua labor como jornalista.

Exercício de autoaprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a continuação. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Procure 5 notícias típicas de acidentes ou delitos comuns.

2. Leia-as cuidadosamente.

3. Para cada uma de elas construa numa folha uma tabela com o seguinte:

a. Na primeira coluna, as fontes utilizadas pelo repórter que as

escreveu.

b. Na segunda coluna, escreva fontes que poderiam houve-se utilizado

para cobrir desde um ângulo mais social essas mesmas notas. Lembre incluir

expertos, testemunhos, familiares, funcionários policiais e estadísticas gerais do

delito ou acidente em questão.

4. Consulte la Reflexão final.

Reflexão final Do desenvolvimento social e comunitário com a informação policial para volvê-la mais útil y adequada para sua audiência? De fato existem varias maneiras e adota-las não tem por que lhe quita o tradicional atrativo a esta coberta, que por outra parte é necessária em qualquer sociedade.

Page 38: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

38

1. Procure sempre o ângulo social. Conecte o acontecimento específico com

tendências gerais, estadísticas, antecedentes. Mencione que tão estendido está esse

tipo de delito ou acidente.

2. Entreviste a psicólogos criminais, a sociólogos ou qualquer outro experto. Não

se conforme com o parte policial. Procure aos agentes que participaram na detenção,

ou auxilio ou o descobrimento de vítimas ou assassinos e entreviste-os.

3. Questione a testemunhos ou familiares, porem evitando os lugares comuns e

centrando-se no problema social que poderia haver ocasionado o fato. Pregunte sobre

empleo, problemas económicos, opciones educativas que tuvo o no tuvo el afectado,

condiciones generales de inseguridad en el barrio donde se vive, existencia de grupos

delictivos mayores, etc.

Há jornais latino-americanos que de maneira criativa e em ocasiões arriscada hão encontrado formas mais adequadas na coberta de temas de segurança pública ou policial. Repórteres encobertos realizam trâmites oficiais em dependências do governo como se foram cidadãos comuns ou fingem ser taxistas e circulam sem permissão pela cidade para demonstrar o descontrole ou a corrupção das autoridades. Outros mexem nas folhas de pagamento e estados de conta publicados em Internet por dependências públicas e encontram evidências de favoritismos, ilegalidades ou faltantes. Fingindo ser clientes normais, encontram jogos de azar clandestinos ou testemunham subornos a policias, agentes rodoviários ou a funcionários governamentais. Com todo o anterior, os jornais e os noticiários televisivos y radiofónicos introduzem á agenda local diversos temas que fazem reagir, enfurecer e desesperar aos poderosos ou aos funcionários em turno que resultam criticados ou exibidos. Os reportagens, as entrevistas e os editoriais se fazem eco e geram uma espiral de atenção mediática que exige despidos, renuncias e declarações de arrependimento para dissipa-se. Desta maneira, a nota vermelha ou policial se "democratiza" e deixa de refletir um

Page 39: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

39

desbalanço claro para as classes populares.

Page 40: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

40

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva No presente tema se revê como os jornalistas podem conhecer melhor o que querem, rejeitam ou sugerem seus ledores ou tele videntes, algo fundamental e que muitas poucas vezes se toma em conta.

Atenção á demandas da audiência

O ledor não tem quem lhe escreva.

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 41: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

41

Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva 1. Diagnóstico del problema Os jornalistas, baseados em nossa experiência, acreditamos saber que lhe interessa a nossos ledores, tele videntes ou radio escutas e que não.

Não recorremos quase nunca a grupos de discussão (focus groups), nem a entrevistas com a audiência para ver se está satisfeita com o que oferecemos. As cifras da tiragem do jornal ou o rating, que sobem ou baixam dependendo da notícia do dia, são o mecanismo mais sofisticado que chegamos a usar para por a proba nossas convicções ao respeito dos destinatários de seu afazer. É assim como as perguntas que guiam este tema são:

¿É essa experiência suficiente para satisfazer as autênticas necessidades e

interesses de informação dos ledores?

¿Teremos ração ao ignorá-los como usuários?

¿Haverá margem para mudanças nas seções e conteúdos depois de tantos anos

de "bons" resultados?

Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva 1. Diagnóstico do problema Parece claro que os jornais e os noticiários não proporcionam toda a informação que quer e precisa a audiência, ou não a empacotam da maneira ideal.

Page 42: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

42

Nos Estados Unidos se tem feito esforços recentes para contra restar o declive na leitura de jornais que podem ser úteis para o caso dos meios informativos latino-americanos. Um destes esforços é do Instituto de Leitura Informativa (Readership Institute), coordenado pelo diretor da famosa escola Medill de jornalismo da Universidade de Northwestern John Lavine. Para ele, o futuro do jornalismo se encontra em colocar as necessidades dos ledores, tele videntes e escutas na primeira fila de sua missão. Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva 1. Diagnóstico do problema Mediante uma gigantesca enquete a ledores de 100 jornais estadunidenses, o Readership Institute, chegou á conclusão de que os conteúdos mais interessantes e cativados para os ledores, por ordem de maior a menor importância, eram os seguintes:

1. Notícias intensamente locais ao respeito da gente comum e corrente, acontecimentos e anúncios da comunidade e obituários (resenhas ao respeito da vida e resenhas ao respeito das aportações dos recém defuntos na cidade).

2. Notícias ao respeito de "estilos de vida": saúde, exercício e medicina; casa, jardim, bens raízes; comida; moda e beleza; y viagens. Os ledores solicitavam mais quantidade deste tipo de informação e que se abordaram em forma de reportagem, não em notícias simples.

3. Notícias ao respeito de como somos governados e das relações globais: política, governo, guerra e conflitos internacionais. Os ledores solicitavam mais quantidade deste tipo de notícias, com mais seções de opinião ao respeito, mais fotos em color e em reportagem, não em notícia.

4. Desastres naturais e acidentes. Ainda que lhes interessassem tanto estas notícias que apareciam em quarto lugar da lista, os ledores sugeriam não obstante que foram menos notícias e com menos fotos a color, quer dizer, menos sensacionalismo.

5. Cine, televisão e clima. Os pesquisados solicitavam que as notas ao respeito destes temas foram mais curtas e menos complexas que as que apareciam normalmente.

6. Negócios, economia y finanças públicas. Notícias gerais porem também pessoais. Solicitavam maior quantidade, porem acompanhadas de comentários, análise críticos e recomendações, não só as noticias.

7. Ciência, tecnologia e meio ambiente. Pelo geral, os jornalistas latino-

Page 43: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

43

americanos consideram estes três temas como pouco interessantes para seus ledores ou tele videntes. Não obstante, esta investigação demonstrou que para os estadunidenses (igual de enfocados no entretenimento light que os latino-americanos) eram bastante importantes, tanto como para aparecer em sétimo lugar de 26 tipos de informações. Os pesquisados solicitavam mais quantidade, um enfoque mais internacional, informações mais largas e complexas pero abordadas como reportagens e não como notícias simples.

8. Policia, crime e sistema judicial. Os ledores dos 100 jornais incluídos na mostra pediam um enfoque mais local e menos nacional, pero com menos fotos y menos quantidade deste tipo de notícias no geral.

9. Esportes. Interessava-lhes que se cobriram em forma de reportagem, não de notícia, com pontos de vista e análise do repórter.

Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva

1. Diagnóstico do problema

O que o estudo concluiu foi que:

1. Entre o mais importante dum jornal para os ledores era o material de carácter

local, pero não o relativo aos políticos e os funcionários da cidade, senão o

concernente á gente comum e corrente, os vizinhos, os membros ativos da

comunidade em todas as áreas e seções do jornal.

2. Também destacavam a conclusão de que nesta coberta local, os ledores

exigem um tratamento noticioso estilo reportagem já que o de notícias simples não

lhes parece adequado.

Page 44: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

44

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 4.A. O jornal El Mercurio de Chile oferece um exemplo de como procurar o ângulo de utilidade da informação para seus ledores criando a subseção de "Finanças Pessoais" dentro da seção de Economia y Negócios. Nela, o jornal oferece conselhos diante a perdida do emprego, assessoria ao respeito de como criar uma empresa, como obter financiamento, como pagar os impostos, como exportar, etc., dando-lhe um valor agregado muito atrativo aos usuários do meio.

O mesmo jornal oferece igualmente informação muito aterrissada á necessidades e interesses dos ledores nas seções de educação e saúde, e além o faz em maneira de reportagem, como recomenda o estudo realizado nos Estados Unidos. Neste exemplo, o jornal oferece conselhos para retornar ao que se pode considerar um estilo de vida saudável.

Page 45: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

45

Fonte: http://www.economiaynegocios.cl/mis_finanza

Page 46: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

46

Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva

1. Diagnóstico do problema

A temporada do ano onde mais se observa a vocação de serviço dos meios informativos latino-americanos para a comunidade é siem dúvida a natal. As campanhas para recolher brinquedos, roupa e utensílios para crianças e famílias marginadas são mostras da capacidade dos noticiários e os jornais locais para mobilizar á sociedade em favor de causas nobres. O espaço ou o tempo concedido a estes temas é muito e francamente exitoso, o que indica o papel mais direito e comprometido que os meios podem jogar em mitigar problemas sociais. Fora da temporada natal estas campanhas diminuem significativamente, ainda que os jornais e os noticiários televisivos y radiofónicos locais tendem a solicitar o apoio dos tele videntes quando há catástrofes ou quando uma família humilde perde sua casa por o fogo ou requer ajuda para intervenções cirúrgicas. Atenção á demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva

1. Diagnóstico do problema A pergunta final deste tema é:

¿É todo positivo nesta classe de cobertas? Infelizmente não. Em aras de mobilizar a simpatia e reação da audiência, cai se com frequência na exploração da dor aleia e no melodrama.

Page 47: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

47

Além, não se descrevem, analisam nem denunciam os fatores estruturais (corrupção, deficiências do sistema educativo, insegurança laboral, ausência de programas sociais, promessas encompridas dos políticos, etc.) que fazem que as porcentagens de pobres e marginados sigam igual em lugar de ir diminuendo. Em conclusão se pode dizer que ainda estes pontos não sejam atendidos pelos meios, não podemos dizer que suas campanhas altruístas deixem de ter um impacto positivo. Atenção ás demandas da audiência O ledor não tem quem lhe escreva 2. Análise y reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Pasos a seguir.

1. Procure em distintos jornais duas notas de finanças, cultura, entretenimento,

meio ambiente, política, esportes, ou qualquer outro tema, que sejam muito similares

entre sim, porem que difiram no tratamento que se lhe deu com respeito á utilidade

prática para o ledor.

2. Analise a maneira em que ângulo de interesse específico para o público pode

ser incrementado em seu próprio jornal.

3. Consulte a Reflexão final.

Page 48: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

48

Reflexão final Algo que deve ser mais comum nos meios informativos latino-americanos é a investigação ao respeito dos gostos e graus de satisfação de seus ledores ou tele videntes. As empresas de meios devem realizar estudos baseados em enquetes, entrevistas ou grupos de enfoque que lhes permitam detectar que pensam seus públicos de cada uma das seções, ângulos, estilos de redação e desenhos e mais importante ainda, que sentem que falta em quanto a conteúdos ou enfoques para que seja mais relevante o útil. Com toda segurança, os resultados darão pautas claras e diretas ao respeito de que aspectos do meio estão cumprindo adequadamente sua missão e quais podem ser melhorados ou modificados para orienta-se más para o público meta. De fazê-lo assim, o meio seguramente se verá recompensado com maior penetração e aceitação e isso redundará em crescimento e intensificação de prestigio.

Page 49: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

49

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Procurar novas rotinas para novos temas qualidade da informação O presente tema se enfoca na maneira em que as rotinas de trabalho dos meios influem na qualidade da informação obtida.

Procurar novas rotinas para novos temas

¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a

qualidade da informação

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 50: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

50

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação 1. Diagnóstico do problema Um dos mitos mais persistentes no campo do jornalismo é o que descreve aos repórteres como: "Havíeis e sagazes caçadores de notícias que, baseados numa mistura engenhosa de astucia, olfato e sorte, logram descobrir acontecimentos e ações sobressalentes." Ainda que o anterior segue sendo válido em alguns casos, na prática muitos dos jornalistas contemporâneos, mais que caçadores, são recolhedores rotineiros de notícias que acodem a fontes fixas que lhes dão, com frequência, informação oficiosa ou propagandística.

Igualmente, por exemplo, a produção de telenovelas, series de ação, películas e canções comerciais, mais que refletir a criatividade incontrolável e espontânea de autores e diretores, monstra la reiteração exasperante de tramas, temas e fórmulas. O anterior não é resultado de preguiça profissional, nem de falta de preparação ou vontade. A causa se encontra em:

"As necessidades das organizações de meios por assegurar uma provisão de matéria prima que permita o enchido dos espaços ou os tempos previamente estabelecidos." Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação 1. Diagnóstico do problema

Page 51: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

51

Assim, a pergunta ao redor da qual giram as reflexões do presente tema é: ¿Que passaria se um jornal ou um noticiário de televisão enviaram a seus repórteres a procurar notícias e estes não encontraram nenhuma durante um dia determinado?

¿cancelariam a edição?

¿reduziria o jornal o número de paginas acorde

ao número de notícias obtidas?

¿teria um noticiário televisivo distinta duração cada dia, dependendo dos

acontecimentos espontâneos que houvessem ocorrido?

Para conhecer melhor as respostas. Para saber mais... É óbvio que os meios de comunicação, para funcionar eficientemente, requerem estabelecer rotinas de trabalho que assegurem uma provisão adequada da matéria prima que serve para produzir suas mensagens. E muitas vezes, a quantidade de matéria prima requerida não está em função da disponibilidade do conteúdo em se mesmo, senão da quantidade de publicidade que se tenha. Os domingos devem aparecer mais notícias nos jornais não porque os sábados haja mais eventos relevantes que entre semana, senão porque há mais quantidade de anunciantes y estes exigem que haja informação ao redor de seus despregados para captar a atenção dos ledores. Neste contexto, as organizações de meios estabelecem procedimentos rotineiros de produção, nos que prevalecem aqueles que satisfazem as seguintes exigências:

a. Racionalização do trabalho

b. Redução dos costos

c. Redução dos tempos

d. Fiabilidade de quem subministra os materiais

A disponibilidade de recursos económicos, humanos e de infra-estrutura, condicionam em cada organização

Page 52: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

52

de meios as rotinas de trabalho e os processos de produção das mensagens. No caso dos meios informativos, por exemplo, a diversidade de fontes e temas dependerá do número de repórteres com que se conte, o número de horas que estes dediquem efetivamente á recopilação de notícias, o meio de transporte que utilizem (carro próprio ou da empresa, ou transporte público), a infra-estrutura técnica que lhes agilize (ou entorpeça) a elaboração final de suas mensagens, a disponibilidade de arquivos da hemerográficos e bibliográficos em seu meio, e dos demais processos rotineiros de trabalho. Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores o recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação. 1. Diagnóstico do problema A investigadora Gaye Tuchman realizou um longo estudo baseado em observação participante em alguns jornais de New York para detectar o seguinte: "A maneira em que as rotinas de trabalho dos jornalistas, seus valores profissionais e os condicionantes impostos por suas respectivas organizações, afetavam o tipo de conteúdos e temas que apareciam publicados."

1. A maioria dos meios informativos, mediante

suas rotinas de trabalho, estabelecem redes desenhadas para apanhar somente aos

pezes grandes, que dizer, aos altos funcionários públicos e corporativos.

2. Isto os leva a desprezar muitas notícias que podem ser muito relevantes,

porem que não cumprem os critérios de previsão e aceso eficiente.

3. "Os meios informativos de hoje situam aos repórteres nas instituições

legitimadas, onde pode esperar-se que se vão a encontrar acontecimentos que cabe

supor vão atrair aos consumidores de notícias contemporâneos".

4. "Significativamente, todas estas organizaciones mantienen archivos de

información centralizada, reunida, al menos parcialmente, para el uso de los

periodistas".

Page 53: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

53

Para saber más... O que termina sendo notícia, por tanto, não é mais que certa maneira de conhecimento que resulta dos métodos e rotinas empregados pelos jornalistas, para dar conta do que ocorre no mundo. E entre todas as possíveis fontes de informação, os jornalistas tendem a favorecer as oficiais, devido a que estão melhor equipadas para satisfazer as necessidades organizacionais dos repórteres. Em efeito, as dependências dos governos federais, estaduais ou municipais contam com departamentos de comunicação social que facilitam a labor dos repórteres. Os atendem nos horários adequados a sua jornada de trabalho, lhes proporcionam boletins, fotografias, entrevistas com os funcionários. O fato de que o funcionário ocupe um posto político lhe da legitimidade para opinar, o que evita que o repórter perda tempo em determinar se a fonte é acreditável o não. Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores o recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação. 1. Diagnóstico do problema Inclusive os jornais mais prestigiosos do mundo podem cair em estes condicionantes.

Um estudo realizado por Sigal ao respeito da informação publicada pelos reconhecidos

jornais estadunidenses The New York Times e The Washington Post, detectou que:

“58 % do total de notícias haviam sido obtidas por canais rotineiros, como

procedimentos oficiais, comunicados de prensa e eventos não espontâneos”. Num estudo realizado em México no contexto das eleições presidenciais do ano 2000, se encontrou o seguinte:

Page 54: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

54

A maioria das notícias publicadas ao respeito de dito processo proviam de canais

rotineiros (rodas de prensa, boletins, atos oficiais, giras) e informais (foros e

sessões e informação de outros meios).

Muitas poucas se baseavam em procedimentos individuais (investigação do

repórter, entrevistas exclusivas ou documentos), mecanismos que o código

jornalístico considera como muito superiores aos dos anteriores.

Em conclusão e para fechar este diagnóstico se pode dizer que não se trata de eliminar o uso da informação proporcionada em maneira de boletins, comunicados e conferências de prensa. Estes são mecanismos válidos e úteis para que os organismos públicos ou privados dem. a conhecer aos meios e á comunidade seus logros, avances e posicionamentos. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 5.A. Os partidos políticos, As dependências governamentais e qualquer outra instituição ou organismo oficial, organizam conferências de prensa e enviam aos meios informativos boletins e comunicados para promover suas próprias agendas. De li que os jornalistas podam toma-los como alertas de possíveis temas a cobrir y que em caso de considera-los meritórios, se abordem como qualquer outra noticia, procurando fontes informativas diversas e plurais.

Page 56: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

56

RODA DE PRENSA Blanco afirma que “se abre uma nova etapa” em Galicia y aposta por “um novo projeto político” para lograr a vitória eleitoral

Assegura “todo o respaldo” da direção do PSOE ás decisões que adotem em Euskadi Patxi López e os socialistas bascos

02 Marzo 09

O Vice-secretário Geral do PSOE, José Blanco, realizou esta segunda feira, em roda de prensa, uma valoração dos resultados eleitorais do 1 de março e assegurou que “se abre uma nova etapa para os socialistas galegos” que, trás a “necessária autocrítica”, deve dar lugar a “um novo projeto político, que nos leve a uma nova vitória eleitoral”.

Em quanto ás eleições bascas José Blanco afirmou que o resultado eleitoral que tem obtido o PSE “o vão a administrar os próprios socialistas bascos”. Pelo tanto é a eles, com Patxi López ao frente, a quem corresponde traduzir a grande confiança popular recebida, “nas decisões políticas mais acertadas”. “Assim o tem feito ate agora, com todo nosso respaldo, e assim o farão a partir de agora com todo nosso respaldo”, agregou Blanco.

Em seu comparecimento posterior á reunião da Executiva Federal que tem analisado os resultados trás as eleições em Galícia e Euskadi, o Vice-secretário Geral tem destacado que os socialistas bascos tem tido um “sucesso político sem precedentes”, que “abre a possibilidade de que o próximo Lehendakari seja Patxi López”.

Além de manifestar este respaldo, se mostrou convencido de que as decisões que tomem os socialistas em Euskadi “seguirão servindo ao doble afã de desejo de mudança e convivência” que tem manifestado a maioria dos bascos nas urnas.

Blanco insistiu em que a alternância é possível “porque assim o tem querido os bascos” e que “serão as forças políticas vascas as que determinem a fórmula de governo que haja de resultar da composição do Parlamento”.

EMILIO PÉREZ TOURIÑO

Ao respeito da demissão de Pérez Touriño como Secretário Geral do PSdeG-PSOE, Blanco quis “põe-la em valor” e assinalou que se trata duma decisão “que lhe honra”.

Num momento “difícil para ele”, Blanco quis reivindicar e reconhecer publicamente “seu trabalho como dirigente do partido, sua dedicação para Galícia como Presidente e

Page 57: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

57

sua honestidade política e pessoal”. Emilio Pérez Touriño “tem sido um bom Presidente de Galícia e o Partido Socialista sempre contará com ele”.

Blanco, que em nenhum momento iludiu a autocrítica, reconheceu que em Galícia “se tem cometido erros que devem ser reconhecidos, analisados e assumidos”, ainda que destacasse que, fazendo uma projeção do voto exterior, o PSdeG pode obter outro banco por Orense, com o que os socialistas galegos haveriam repetido o resultado de 2005; algo que, não obstante, não tem podido fazer o BNG, “que no foi capaz de reter ao mesmo número de deputados”.

Blanco negou que dos resultados eleitorais se poda desprender um castigo á política de Zapatero a nível nacional, já que os Galegos e bascos têm votado pelo que se lhes perguntava, é dizer, em clave autonómica. Proba de isso é que tendo o Governo da Espanha “o mesmo peso” em Galícia que em Euskadi, o PSdeG tem obtido um pouco menos de apoio y o PSE tem subido oito pontos, “por tanto não há uma causa de política geral”.

A pergunta dos jornalistas Blanco se referiu também a como pode influir na liderança de Mariano Rajoy, o resultado eleitoral em Galícia. Afirmou que “se Rajoy se apropria do sucesso e isso lhe afiança ao frente de seu partido, tenho que felicita lhe”, e confessou que ele tem “especial afeto a que Rajoy continue ao frente do PP”.

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores ou recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação 1. Diagnóstico do problema Como qualquer outra fonte na sociedade, têm coisas valiosas que dizer e os dados e a informação proporcionada pode ser do genuíno interesse dos ledores ou tele videntes. "O que se requer, mais bem, é equilibrar esta informação com a gerada de própria iniciativa por parte do jornalista, para que se obtêm e se afundem os dados e as análises presentados a consideração da audiência."

Page 58: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

58

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 5.B. Esta nota sobre um evento oficial do Ministério do Interior do Perú, ilustra o caso de notícias baseadas em declarações dum funcionário público num evento oficial planejado para a coberta mediática. Os jornalistas, depois de cobrir um evento como o aqui reportado, poderiam buscar expertos, ONG´s ou qualquer outro tipo de fontes alternativas para por em perspectiva o declarado pelo funcionário.

Fuente: http://www.laindustria.pe/index.php?option=com_content&task=view&id=1074&Itemid=8

Page 59: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

59

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Procurar novas rotinas para novos temas ¿Caçadores o recolhedores? As rotinas de trabalho do jornalista e a qualidade da informação Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de sua labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Tome um exemplar recente de seu próprio jornal ou uma edição gravada de

seu noticiário de radio ou de televisão e analise o tipo de procedimento de

recopilação da informação que utilizaram (em caso de não ter, dum que considere

como exemplo).

2. Divida o análise entre:

o Notícias obtidas mediante investigação própria do repórter (entrevistas

exclusivas, documentos encontrados ou obtidos por ele, investigação) e

o Notícias recopiladas mediante procedimentos rotineiros (rodas de

prensa, giras, boletins, comunicados oficiais, discursos em eventos públicos, "photo

opportunities" dos políticos, etc.).

3. Redija um parágrafo concluindo que tão balanceado está seu meio informativo

ou o que tem elegido, entre os dois tipos de procedimentos de obtenção de

informação.

Page 60: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

60

4. Consulte a Reflexão final.

Page 61: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

61

Reflexão final Os distintos níveis de governo, os organismos públicos e privados são entidades políticas e sociais fundamentais em nossos países e têm suficiente relevância como para aparecer em nossos meios informativos. Não obstante, dados seus interesses estratégicos em impor certas agendas, em destacar somente seus logros e em omitir vozes, dados ou ângulos não favorecedores para eles, o jornalista deve ser muito hábil para não converter-se num porta-voz acrítico e involuntário. Entre as estratégias que se podem seguir se encontram as seguintes:

1. Complementar a nota da roda de prensa ou o comunicado com entrevistas a

fontes alternativas (expertos, ONG´s, porta-vozes da oposição ou a competência,

cidadãos afetados ou beneficiados, etc.).

2. Investigar em arquivos se já antes se havia dito ou prometido o mesmo, se se

tem coberto as expectativas e os cronogramas, se as cifras mencionadas são corretas,

etc.

3. Entrevistar antes ou depois das rodas de prensa ou depois de receber o

comunicado ao funcionário o seu equipo para afundar na informação e delineiam lhes

perguntas críticas que obviamente não estavam contestadas no procedimento

rotineiro.

Page 62: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

62

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias. No presente tema se analisará a tendência cada vez mais estendida de prestar atenção e dar aceso amplio a temas pouco sérios e questionáveis como bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais, sem apoiar-se em fontes científicas legítimas.

Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências

Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias

Diagnóstico do problema

Análise y reflexão

Page 63: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

63

Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias.

1. Diagnóstico do problema Durante 2008:

¡Britney Spears se suicidará!

¡Paulina Rubio se divorciará de Colate!

¡Shakira seguirá solteira!

Isto apareceu uma manhã de fins de dezembro de 2007

num noticiário de televisão local que transmitiu, como dúzias de meios de comunicação latino-americanos, as profecias anuais de algum "bruxo" ou "astróloga" destacada. Neste caso, se tratava do chamado Bruxo Maior Antônio Vázquez Alba, quem desde há muitos anos aparece periodicamente nos meios mexicanos. Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema Ainda que ao menos as profecias aparecessem na seção de espetáculos e não na de informação geral (o bruxo também profetiza sobre o governo, o aquecimento global, a política nacional e internacional e os esportes), não deixa de ser lamentável o ver como certos meios seguem prestando-se a promover estes defraudadores e manter, indiretamente, a cultura pseudo científica e supersticiosa entre a povoação. Por suposto, a nota não presentou aos tele videntes um resumo das predições do mesmo bruxo para os anos anteriores e um reconto detalhado de quais se cumpriram e quais não. De houvera-o feito, os televi dentes se houvessem inteirado que: "No passado Vázquez Alba havia anunciado que o equipe de futebol local não voltaria a primeira divisão em muitos anos (só durou um ano em segunda)".

Page 64: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

64

"Que um partido político menor cobraria muita força na região (ate hoje, depois de mais de 10 anos não tem ocorrido)". "E que o presidente da República nesse tempo não culminaria seu mandato (o terminou siem nenhum problema)". Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema Também se houveram inteirado que em suas predições para o 2002 famoso bruxo omitiu:

Qualquer referência ao ocorrido com as Torres Gêmeas.

Tampouco á subsequente invasão a Afeganistão (a pesar

de seus dúzias de predições internacionais).

Ou de seus erros a prognosticar que em 2006:

Alemanha ganhara a copa do mundo (a ganhou Itália

jogando a final com Francia).

Que um candidato presidencial abandonaria a carreira

presidencial antes da eleição (perdeu como diziam as

enquetes, porem participou nelas).

Que o ano anterior se havia equivocado ao vaticinar que no 2007:

Morreria Fidel Castro.

E que Paulina Rubio se casaria e se divorciaria nesse

mesmo ano.

Além de que um governador de uma província renunciaria ao governo por não

lograr sustentar-se ante os problemas políticos e de violência (nunca ocorreu).

Page 65: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

65

Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema

A coberta de profecias de astrólogos o bruxos durante

os fins de ano não é por muito a única que promove

entre a povoação atitudes pouco cientificas e

ignorância.

Interessados num impacto fácil na circulação ou no

rating, os meios informativos dão credibilidade e

difusão a afirmações peregrinas e pouco sustentadas que nunca se atreveriam a

transmitir em outros âmbitos temáticos. Isto é um exemplo da enorme quantidade de profecias que se emitem cada fim de ano, todas elas apoiadas na falta de seguimento cuidadoso da informação pelos próprios meios, e dado também o vago do léxico ("é provável") e de muitas das predições ("uma artista", "um político", "um esportista") o a probabilidade de que ocorram sem nenhum poder sobrenatural de por meio, qualquer "Bruxo Maior" ou astrólogo obterá sempre um certo porcentagem de "acertos". Porem se se contam cuidadosamente seus vaticínios se verá que os acertos nunca sobre passam o que a estadística e a probabilidade prognosticariam. De fato, o bruxo Vázquez Alba, segundo um conto exaustivo, na maioria dos anos tem tido mais do 80% de erros, inferior ás leis da probabilidade Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema

Nesta mesma linha, os reportes sobre OVNIS e extraterrestres são muito frequentes. Por exemplo, apoiando-se em testemunhos sem a menor formação científica ou astronómica quem, a pesar de sua boa fé, resultam enganados por sus próprios sentidos.

Page 66: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

66

Em ocasiões, os próprios jornalistas caem nestes equívocos produto duma posição pouco crítica e de escassa busca de corroborações objetivas externas. Para ilustrar isto, é conveniente que consulte a seguinte. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 6.A. Alguns jornais dão aceso e difundem opiniões e informações que puderam promover o pensamento não científico. Astrólogas, ledoras de tarô, bruxos, "expertos" em OVNIS, caça-fantasmas, etc. se acercam aos meios e logram espaços ou tempos sem questionamentos nem exigências de rigor que já quiseram muitos outros atores políticos e sociais. Como rara vez os meios fazem um seguimento das predições ou afirmações, deixam sem evidenciar a falta de acertos y de validez de ditos personagens.

Page 68: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

68

Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema Não só a prensa e os noticiários difundem e promovem em ocasiones as crenças pseudocientíficas. A televisão estadunidense de ficção também difunde uma boa quantidade de series de televisão ao respeito de médiuns, fantasmas e invasões extraterrestres.

Esta classe de series que tratam ao respeito de fatores sobrenaturais, não é algo novo, pois desde há tempo foram muito exitosos programas como Mistérios sem Resolver e Expedientes Secretos X, que mostravam todo tipo de fenômenos paranormais y pseudocientíficos apresentando-os como válidos e críveis. Na atualidade, canais de televisão de paga como Sony y Warner transmitem em toda Latino-américa varias series que celebram e

naturalizam todo tipo de fenômenos que não estão aceitados nem validados pela ciência. Médium, Ghost Whisperer, Invasão e Supernatural, entre outras, se sumam a series prévias como Feiticeiras (Charmed), Buffy a Caçavampiros, Mistérios sem Resolver y Expedientes Secretos X, por não citar outros tipos de programas como Crossing Over com John Edward. Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema Os noticiários, por sua parte, falam com frequência de chupa-cabras, bruxas que se aparecem misteriosamente na madrugada, misteriosos objetos voadores não identificados e casas nas que se aparecem fantasmas.

"A fantasia e a imaginação são elementos indispensáveis para entreter e divertir a uma

audiência que recorre á televisão para evadir-se da realidade, não para estuda-la

cientificamente."

Page 69: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

69

Outras notícias relacionadas com o tema são: Em muitos programas matutinos para mulheres abundam os horóscopos y as receitas esotéricas que involucram quartzos, limpas e veladoras. A pseudociência e as crenças metafísicas, assim, estão a flor de pele em países que aspiram a sair do subdesenvolvimento. Milhares e milhares de latino-americanos recorrem diariamente á astrologia, o tarô, a magia branca, a leitura de café e a os videntes, bruxos, astrólogos y psíquicos. Creem nos fantasmas, nos extraterrestres, nos poderes sobrenaturais, na telepatia e no contato com os mortos. Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema ¿Que percebe e pensa em realidade a gente?

Opinião 1 Acercar-se á televisão o inclusive aos noticiários ou jornais por espairecimento não significa que no processo não se incorpore informação, valores e visões do mundo e da vida.

Opinião 2 Numerosas investigações no campo da comunicação de massas tem detectado que ainda que a gente que vê este tipo de programas sabe perfeitamente que são ficção, vai cultivando uma predisposição a legitimar estes eventos y a crer neles.

Opinião 3 A situação é pior no caso de estes temas cobertos por repórteres ou tratados em seções informativas. Os ledores ou tele videntes podem perder a linha sobre ficção ou realidade muito mais facilmente.

Page 70: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

70

Segundo uma enquete da National Science Foundation dos Estados Unidos:

Ao redor de 50% dos habitantes desse país crê que há pessoas que têm poderes extra-sensoriais.

42% crê que há casas encantadas. 38% crê que os mortos podem aparecer-se como fantasmas ou espíritos. 33% crê nos OVNIS. 28% crê que há gente que se pode comunicar com os mortos. 28% crê na astrologia.

Preocupantemente, estas cifras representam incrementos importantes em relação a estudos realizados em anos anteriores. Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias 1. Diagnóstico do problema

Em conclusão para finalizar este diagnóstico se pode dizer que é difícil demonstrar a influencia da imprensa, o cine e a televisão nestas crenças paranormais e considera-los a principal causa de seu incremento constante nas últimas décadas. Não obstante é muito factível que estejam contribuindo a reforçar e ampliar estas crenças em lugar de fomentar uma cultura científica que, como insistia Carl Sagan, surpreenda e maravilhe ao público á par que lhe de elementos de ceticismo e rigor crítico para avaliar as afirmações e os testemunhos. Para contribuir á formação e desenvolvimento de sociedades e cidades de conhecimento, a prensa tem muito mais que fazer

que promover a pseudociência e o paranormal.

Page 71: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

71

Importante A seguir encontrará dois exemplos do que se tem visto: Exemplo 6.B. Com muita frequência, basta que o repórter procure a um verdadeiro experto, com formação e bases científicas, para que o que se apresenta como um fenômeno sobrenatural encontre uma explicação clara. Sem dúvida, procurar a fontes científicas para opinar ao respeito de qualquer tipo de sucesso aparentemente inexplicável, permitirá que o meio informativo cumpra com sua missão de proporcionar informação de fontes fidedignas.

Fonte: http://www.pa-digital.com.pa/periodico/buscador/resultado.php?story_id=273525

Page 72: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

72

Exemplo 6.C. Existem publicações em papel e em linha que podem ajudar ao jornalista a encontrar as versões científicas que refutam por completo as afirmações da pseudociência e o paranormal. Convém balançar as notas sobre astrologia, tarô, fantasmas, OVNIS, medicina alternativa, com esta informação ou com testemunhos de expertos.

Page 73: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

73

Fonte: http://www.el-esceptico.org/

Page 74: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

74

Impulsionar o pensamento crítico e racional nas audiências Bruxas, OVNIS, fantasmas e atos sobrenaturais nas notícias Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Procurem os exemplares ou emissões de dezembro 2007 ou princípios de

janeiro de 2008 de seu meio o de algum outro que tome como exemplo, predições y/o

profecias de bruxos, astrólogos, ledores de tarô ou qualquer outra prática não

científica.

2. Crie uma tabla onde aponte cada uma das predições numa coluna, y na coluna

adjacente marca se ocorreram ou não.

3. Medite com os resultados, se o meio devera seguir dando-lhe voz a estas

temáticas e personagens e se não seria útil também informar a la audiência cada ano

sobre os acertos e erros no vaticinado.

4. Consulte a Reflexão final.

Reflexão final É urgente hoje em dia que os latino-americanos desenvolvemos maior interesse e preocupação em perspectivas científicas e racionais que nos permitam ser competitivos a nível mundial em avances científicos e tecnológicos. Os meios informativos têm uma responsabilidade crucial na promoção duma cultura científica básica na povoação e no desenvolvimento de uma consciência crítica que permita á gente questionar, analisar e

Page 75: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

75

avaliar qualquer tipo de afirmação não comprovada. Assim como os repórteres no lhe creem abertamente aos políticos e os sujeitam a um escrutínio crítico assumindo que podem estar falseando a realidade ou promovendo-se pessoalmente, da mesma maneira deveriam de tratar a quem argumentam ter a capacidade de prognosticar o futuro, identificar influências metafísicas nos seres humanos o ter contatos com extraterrestres, Não se trata de cerrar-se a possíveis fenômenos, experiências ou habilidades ainda não determinadas pela ciência. Porem o jornalista deve seguir o axioma de que "entre mais extraordinárias sejam as afirmações que se façam, mais extraordinárias e exigentes devem de ser as probas que se apresentem para sua comprobação". Enviar estes temas ás seções de espetáculos, entretenimento o esportes não é suficiente. Os ledores das mesmas seguiram pensando que é informação, não ficção, e tenderam a trasladar-lhe a credibilidade que lhe tenham a seu jornal ou noticiário de televisão aos com muita frequência charlatões sem escrúpulos que não duvidam, em manipular a ingenuidade da gente. Podem cobrir-se estes temas dando-lhe voz a quem afirmam ter poderes ou conhecimentos especiais. Porem há que fazer-lhes perguntas críticas e difíceis, que os obriguem a dar evidencias objetivas de suas habilidades ou vaticínios. Há que dar-lhe um seguimento rigoroso a seus prognósticos e dar a conhecer com a mesma amplitude com que se lhes permitiu difundi-los, seu gruo de acerto e desacerto. Além em cada caso e em cada ocasião, há que procurar esse outro ponto de vista do que tanto falam os manuais de jornalismo, permitindo a verdadeiros expertos dar opiniões distintas ás que se apresentam pela pseudociência e o paranormal. Há que lembrar que o jornalista agente, defensor e promotor do desenvolvimento social de suas comunidades tem um compromisso muito claro com a educação de seu público, já que é através desta e da promoção duma mentalidade mais científica e racional como se pode lograr mais rapidamente o avance tecnológico, económico e social do país ao que se pertence.

Page 76: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

76

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada) O presente tema se enfoca nas problemáticas contemporâneas do exercício jornalístico a tendência para o "infoentretenimento" e a "espetacularização", assim como suas implicações nos processos democráticos e na vida privada dos cidadãos.

O reto de comunicar e captar á audiência

Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada)

Diagnóstico do problema

Análise y reflexão

Page 77: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

77

O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada) 1. Diagnóstico do problema "Os meios estão no centro da crítica social: degradam a democracia e convertem a vida política em espetáculo, destacando feitos secundários, atentando contra a vida privada, fazendo e desfazendo arbitrariamente os feitos, superficializando os espíritos e dizendo qualquer coisa". O filósofo e sociólogo francês Gilles Lipovetsky tem uma posição muito crítica frente ao papel que jogam os meios de comunicação nesta que ele chama a segunda etapa da

modernidade. "O que apresentam os meios de comunicação, comprometidos numa competência comercial permanente, é uma mistura de neutralidade e de sensacionalismo, de objetividade e de espetacularidade. Não só consumimos objetos e películas, senão também a atualidade encenada, o catastrófico, o real a distancia. A informação se produze e funciona como animação hiper realista e emocional da vida cotidiana, como um

show semi angustiante, semi recreativo que ritma as sociedades individualistas do bem-estar. A liturgia austera do dever se tem afogado na carreira ofegante da informação, no espetáculo y no suspense posmoralista das notícias". O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Segundo o filosofo Gilles Lipovetsky, há um movimento desde dentro dos próprios meios por adotar novos princípios de responsabilidade, normas e códigos de boa conduta para melhorar os métodos de autocontrole e aplicar o respeito á vida privada. Porem ainda neste terminam auto-promocionando-se e convertendo-se em protagonistas. Não há dúvida de que estas reflexões põem a chaga em muitos dos excessos que tem caracterizado nos últimos tempos a alguns jornais e noticiários de radio y televisão. Seus lúcidas afirmações nos permitem perceber a importância e a influência dos meios e suas descrições não deixam de ser fascinantes e carregadas de sentido.

Page 78: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

78

Sem rechaçar no geral as acusações de Lipovetsky a jornais, noticiários, películas e produções de radio, há que considerar não obstante que: "O filósofo deixa de advertir numerosos casos e exemplos de notícias, editoriais, programas, películas, canções e mensagens que aparecem cotidianamente nesses meios tão criticados e que servem para os propósitos de reflexividade, de pensamento crítico, de ativismo e de apropriação criativa por parte das audiências." O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Para procurar o melhoramento do jornalismo latino-americano, podemos rever mais a fundo este tipo de críticas e ver que podemos fazer para remediá-las. Porem: ¿Que papel joga o infoentretenimento? El infoentretenimento ("infotainment" em inglês) é infelizmente um mal que se tem estendido na maioria de nossos meios. Na desesperação de obter maior circulação ou rating, alguns jornais, revistas e noticiários televisivos y radiofónicos recorrem a fórmulas exitosas na ficção e o entretenimento e as combinam com as noticias. O remédio, paradoxalmente, termina sendo pior que a enfermidade. Núm. princípio cresse a venta de exemplares ou la sintonia devido á novidade. Pero muito pronto la gente se cansa y, pior ainda, lhe retira su credibilidade ao meio que tem caído nisso.

Page 79: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

79

O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia e da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Um dos traços mais claros desta espetacularização da informação é a tendência de cobrir tanto a vida política do país e os atos de governo e as reações da oposição como as campanhas eleitorais, desde a ótica de competências esportivas ou carreiras de cavalos ("horseraces") que deslocam o perfil ideológico e de fundo dos funcionários o candidatos para apresentá-los como rivais concentrados numa luta individual de pessoalidades, carismas e habilidades verbais para criticar e desqualificar ao adversário.

Neste respeito, vale a pena ler o que assinala Newman (1999) para Estados Unidos parece estar ocorrendo em grande medida em América Latina em seu comentário. "O sistema político atual está dirigido por marketing com uma ênfase na imagem sobre a substância, na pessoalidade sobre os temas, nos bits de 30 segundos ao respeito do diálogo compreensível e em mudanças

tecnológicas que têm alterado a maneira em que se comunica a informação nos meios. As notícias políticas se têm convertido em entretenimento neste país. As cadeias pertencem a corporações que têm pressupostos e metas de ingressos por cumprir. Se tem volto quase impossível para os políticos o obter coberta para os temas significativos nas notícias da tarde". (p. XV) O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia y da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Os expertos identificam os quatro aspetos identificados no diagrama, como constitutivos do fenómeno de espetacularização nos meios.

Personalização

Refere-se a acento nos indivíduos, á luta entre pessoalidades públicas, o qual ocasiona uma descontextualização dos problemas e o ocultamento de fenômenos estruturais. Os meios informativos terminam por delineia um cenário onde o ênfase se encontra na competência entre homes, equipes, pessoalidades e no em planos de governo, atos o propostas concretas ou posições ideológicas e partidistas. Adicionalmente á coberta dos funcionários e os candidatos em os

Page 80: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

80

telejornais se dê simultaneamente um ênfase nos sondeis de opinião como instrumentos fundamentais para representar nos meios la competência entre eles, a chamada "carreira de cavalos".

Dramatização Refere-se ao tratamento da política como espetáculo ou competição esportiva, apelando ás emoções e não a ração. Os candidatos, desta maneira, planejam atividades pensadas especificamente para os meios, os chamados "pseudoeventos", já que não existiriam sem a presencia dos repórteres e as câmaras de televisão. También aceptan participar en programas cómicos o de variedades, con tal de llegar al público televisivo, aceptando las reglas del juego impuestas por esos géneros y sus productores.

Fragmentação Consiste na apresentação de feitos e assuntos na maneira de "informação cápsula" ("sound bites" em seu termo em inglês), acorde ao ritmo rápido exigido pelos meios audiovisuais. Ao igual que a personalização, esta característica gera descontextualização e falta de visão integral e estrutural dos problemas, propiciando uma ênfase nos "eventos", não nos "processos".

Normalização Refere-se á tendência dos meios informativos a favorecer a apresentação de soluções rápidas que permitam a volta á "normalidade". Os políticos terminam por cair na tentação de oferecer soluciones radicais e simplistas sem que sua possível eficácia seja avaliada ou matizada. Um dos casos mais célebres é o que ocorreu na campanha eleitoral presidencial do 2000 em México, onde Vicente Fox prometeu que resolveria o problema do governo mexicano com os Zapatistas em 15 minutos. Por suposto que não o logrou, e terminou sua gestão sem que se haja normalizado a situação em Chiapas.

Page 81: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

81

Importante A segui encontrará três exemplos do que se tem visto: Exemplo 7. A. O 25 de abril de 2007 o então presidente dos Estados Unidos, George Bush celebrou o Dia Internacional contra a Malária na Casa Branca. Entre as distintas atividades e discursos se incluiu a um grupo de dançantes e músicos tradicionais do oeste de África. Bush decidiu unir-se a eles e tocar os tambores por uns momentos. Ao dia seguinte, jornais e noticiários de televisão destacaram quase em exclusiva este detalhe humorístico, olvidando-se de informar e discutir ao respeito do problema da malária. Este jornal australiano, por outro, dedicou os últimos parágrafos de sua nota ao substancial do acontecimento (ainda que também caiu na armadilha de enfocar-se no mais trivial nos primeiros cinco parágrafos, os mais importantes). Este é um dos numerosos exemplos de como a personalização das notícias faz que se perda o mais substantivo e transcendental dos acontecimentos.

Page 83: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

83

Exemplo 7. B. As conferencias de prensa convocadas pelos políticos e funcionários são os mais clássicos exemplos de pseudoeventos, quer dizer, acontecimentos que só se organizam por que haverá jornalistas presentes e que nunca ocorreriam se estivesse ausente a coberta mediática. Uma consequência de estes pseudoeventos é a capacidade dos políticos para estabelecer a agenda pública de discussão, pois as declarações aparecem simultaneamente em dúzias de meios informativos.

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_G5dYF8l8eMQ/SE34jqsMr4I/AAAAAAAAADg/o73sOGjh-qo/s400/conferencia_de_prensa.JPG&imgrefurl=http://ellineman.blogspot.com/&usg=__BhChXjBT_YuBwvrV_xVRC_lqqS0=&h=303&w=400&sz=34&hl=es&start=41&sig2=BOwEO7KIe5bgxNtN9pWsuQ&um=1&tbnid=ObsUkoG_hKopPM:&tbnh=94&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3Dconferencia%2Bde%2Bprensa%26ndsp%3D18%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26sa%3DN%26start%3D36%26um%3D1&ei=LG7dSeuuKYrIM_DUhNsN Exemplo 7. C.

A fascinação dos meios pulos escândalos sexuais, financeiros ou de qualquer outra

índole dos políticos os leva a reproduzir e a consolidar essa tendência para a trivialização e a dramatização que tanto dano faz á função social e cívica do jornalismo

contemporâneo.

Page 84: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

84

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://img.timeinc.net/time/magazine/archive/covers/1998/1101980202_400.jpg&imgrefurl=http://www.time.com/time/

covers/0,16641,19980202,00.html&usg=__6xq9Lk70dNma-W7mOZcQllGoFUs=&h=527&w=400&sz=41&hl=es&start=8&sig2=EolOmNQtIHBjxgy5gcxI_A&um=1&tbnid=iWpTgzTON__Y2M:&tbnh=132&tbnw=100&prev=/images%3Fq%3D

monica%2Band%2Bbill%26ndsp%3D18%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26sa%3DG%26um%3D1&ei=xW_dSb-

nDoHIMvfW-OQN

Page 85: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

85

O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia e da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Outro fator relevante do fenômeno de espetacularização nos meios é: O acosso e tratamento inumano das vítimas em momentos de tragédia. Por exemplo

1. A câmara lenta mostra os rostos da tristeza e a

angustia.

2. O cronômetro na tela incrementa a sensação de

tragédia.

3. A música dramática nos leva a recorrer á

entranhas - e não ao raciocínio-para interpretar o que se

narra.

4. A voz afetada dos condutores e repórteres exige

aos familiares das vítimas que encenem seu duelo ante as câmaras e os orilha a choro,

á queixa e á expressão duma esperança artificiosa construída como intensidade

dramática e estratégia de rating.

5. Os funcionários públicos se disfarçam e aparecem ante as câmaras com trajes

de campanha e falam no cenário para evitar acusações de negligencia e/ou para

capitalizar sua imagem.

6. Finalmente, a coberta informativa nestes momentos de catástrofes naturais,

acidentes, furações ou terremotos, exemplifica o grau em que o modelo de

espetacularização e sensacionalismo televisivo tem sido adotado pelos noticiários

nacionais ao respeito de qualquer consideração ética e profissional em aras de

incrementar os níveis de audiência.

Page 86: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

86

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 7. D. O interesse dos jornalistas por evidenciar os dramas humanos nas tragédias naturais os faz com frequência traspassar as fronteiras da ética e perturbar a dor e o direito á privacidade das vítimas. Isto não cumpre com os códigos éticos do jornalismo aceitados em muitas partes do mundo.

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://yahel.files.wordpress.com/2008/05/china-llora.jpg&imgrefurl=http://yahel.wordpress.com/2008/05/19/china-llora-

a-sus-victimas-los-muertos-mueren-dos-veces/&usg=__dZ0rz6v68uqBR47hA-K3N5Kb0OQ=&h=500&w=750&sz=88&hl=es&start=46&sig2=N9iq97O5-

1kj6Me0f2UFrg&um=1&tbnid=2YEMGyuhyd025M:&tbnh=94&tbnw=141&prev=/images%3Fq%3Dvictimas%2Bterremoto%26ndsp%3D18%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-

a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26sa%3DN%26start%3D36%26um%3D1&ei=tG7dSf-nOJiwMYfjiOEN

Page 87: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

87

O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia e da vida privada) 1. Diagnóstico do problema Para terminar o diagnóstico do tema, vale a pena mencionar que as fórmulas narrativas do melodrama televisivo, os efeitos especiais do cine de ação, os movimentos de câmara que na ficção fazem rir, chorar ou estremecer ás audiências, são retomadas pelos informativos em detrimento da seriedade, a objetividade e o profissionalismo. Para saber mais... A vida privada e a intimidade das pessoas já não é terreno proibido para os meios. As evidências são:

Os repórteres e suas câmaras se metem á enfermaria e entrevistam a vítimas

com o rosto y as maus desfiguradas.

Entrevistam a resgatadores que deveriam estar concentrados cento por cento

em seu trabalho.

Interpelam aos familiares em estado de soçobra e mexem em seus sentimentos

e suas reações.

Exigem, como nas películas e os programas de televisão, soluções rápidas e

efetivas, finais felizes ou, pelo menos, desenlaces dramáticos que sejam

susceptíveis de ser mostrados nas telas.

Procuram culpáveis e sem esperar evacuações e análises técnicos, conjeturam,

concluem e assinalam sem rodeios quem são os vilãos, quem os heróis e quem

os personagens secundários.

Feles a sua nova vocação protagonista, os condutores e os repórteres ocupam o lugar central da transmissão, falam de sue experiência pessoal, das horas que levam no cenário, de como se tem sentido frente á desgraça humana, de como levam horas sem dormir nem comer. Destacan su éxito en ser los primeros, los únicos con tal o cual exclusiva, con tal o cual acceso, con tal o cual declaración o hallazgo. El drama humano pasa a un segundo plano y en primero queda la pugna frontal de los conductores y las televisoras por ganar exclusivas, generar pasiones e incrementar los ratings.

Page 88: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

88

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. O reto de comunicar e captar á audiência Entretendo ate a morte (da democracia e da vida privada) Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Pasos a seguir.

1. Procure um exemplo de personalização, outro de dramatização, uno mais de

fragmentação e pelo último de normalização em notícias publicadas em seu jornal ou

transmitidas recentemente em seu noticiário de radio ou televisão.

2. Identifique nelas as características assinaladas neste tema 7, e escreva um

comentário para cada uma delas dizendo como poderiam haver evitado cair nesses

erros ou minimiza-los.

3. Consulte a Reflexão final.

Reflexão final A necessidade de insistir em meios informativos verazes, objetivos, equânimes, serenos, se magnifica neste tipo de eventos, porem se refere a todos os momentos e todas as cobertas.

Page 89: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

89

La inactividad y la sumisión de los actores políticos frente a la televisión, ha propiciado que en ciertas ocasiones ésta se presente como juez y parte, protagonista y fiscal, en sancionadora de causas y personas. ¿Que dizem os códigos de ética dos meios jornalísticos do primer mundo ao respeito da coberta de estes temas?: "Os jornalistas devem respeitar os direitos dos involucrados nas notícias e assegura-lhe ao público imparcialidade e confiabilidade em sua coberta; não devem fustigar nem manipular a pessoas que tem sido lançadas ao refletor por ser vitimas dum crime ou por estar relacionadas com uma tragédia". (Asociación de Directores de Noticias de Radio y TV de EUA).

O quarto poder, sem contrapesos nem limitações relevantes, dista muito estes casos de

cumprir sua função democrática de proporcionar informação e análise que permita ao

cidadão conhecer seu entorno e determinar as ações que devem procurar-se para

resolver problemáticas sociais e políticas.

Todas estas tendências para a espetacularização ou o info-entretenimento poderiam

ter, como consequência em longo prazo para o sistema político, a erosão do discurso

político para o simplista e o incremento nas disparidades de status social na participação

cidadã. Como tem assinalado o prestigiado politólogo Dominique Walton, o anterior

provoca a simplificação da argumentação política a qual gera uma falsa sensação de

soluções rápidas aos problemas e a unidimensionalização dos discursos. ·.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a continuação. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Page 90: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

90

Pasos a seguir.

1. Veja este vídeo em youtube do condutor mexicano de Televisa Carlos Loret de

Mola, que deixo o estúdio em México, D.F. para cobrir pessoalmente um furacão em

Chiapashttp://www.youtube.com/watch?v=jmunLhGo2So

2. Analise a maneira em que se apresenta a informação e determine ate que

ponto a nota evita ou promove o protagonismo ao que se faz referência neste tema.

3. Consulte la Reflexão final.

Reflexão final O papel da prensa e os noticiários frente à Internet e frente a sucesso dos programas de ficção não deve ser nem simplificar e dramatizar nem trivializar. Isso não será o que lhes permita sobreviver no novo mundo da informação instantânea e fragmentada da comunicação pela rede. A resposta parece ser muito clara: os meios impressos devem prover algo que a urgência do tempo impede proporcionar sobre todo a Internet: o análise e a contextualização dos acontecimentos, todo o contrario ás tendências criticadas por Lipovetsky. Mitchell Stephens, colaborador da prestigiada revista estadunidense Columbia Journalism Review, coincide no anterior e aclara que os jornais de hoje terão que imitar aos semanários, que se adaptaram á competência dos primeiros oferecendo análises inteligentes do reportado durante os dias anteriores. O autor aclara, não obstante, que o jornalista analista, longe de ficar-se em seu escritório a ler as noticias em Internet, escutá-las na radio ou vê-las na televisão para logo escrever suas reflexões, deve de ser ainda melhor em seu trabalho de campo, voltando-se experto nas situações reais nas que acontecem os feitos: indo mais lá das rodas de prensa, passando mais tempo com os atores da notícia, pesquisando, obtendo dados, etc. O novo código dos jornalistas, conclui, devera prestar muito menos atenção ás

5 perguntas básicas Cumprir as 5 "I"s

Page 91: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

91

Que

Quem

Quando

Onde

Como

Informados

Inteligentes

Interessantes

Incansável

Intuitivos

Page 92: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

92

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno O presente tema se desenvolve ao redor da função de orientar e interpretar os acontecimentos para ajudar ao público a entender o que está acontecendo. O anterior é considerado como vital e por isso se requer rever o labor atual dos editorialistas e articulistas de opinião para determinar como se pode conseguir um maior impacto social.

Fundamentar o análise e interpretações

Editorialistas renascentistas num mundo pós-

moderno

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 93: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

93

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 1. Diagnóstico do problema Atualmente quem escrevem ou falam nas seções de opinião dos meios latino-americanos explicam, criticam, analisam, sugerem, prognosticam, se burlam, leem entre líneas, opinam. Em muitos casos, se convertem em celebridades e são entrevistados na radio y TV. Com frequência, inclusive, se convertem no centro da notícia. Porem: ¿Que papel cumprem no fluxo de informação que cotidianamente chega aos ledores ou tele videntes? De acordo ás teorias clássicas da comunicação de massas, os meios:

Informam á gente o que está acontecendo em

sua localidade, seu país ou o mundo.

Põem em perspectiva as rações pelas que está

acontecendo isso e suas consequências.

Dão a conhecer ás audiências os valores, costumes y manifestações culturais de

sua região o seu país.

E entretém.

Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 1. Diagnóstico do problema Se trata-se, então, de interpretar os acontecimentos e falar de suas causas y e de suas consequências a um público que não sabe bem a bem que sentido dar-lhe a o que as notícias assinalam, podemos assumir que se requerem analistas que por sua formação, sua experiência o sua posição tenham um conhecimento profundo e amplio dos temas que abordam.

Page 94: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

94

E aquí é onde se puderam gerar dois problemas.

PROBLEMA 1 Alguns editorialistas que não se preparam o suficiente estudando, obtendo dados ou documentando-se, ficam com o mesmo conhecimento que qualquer outra pessoa na maioria dos temas que diária ou semanalmente discutem sisudamente e ao respeito dos que se pronunciam com autoridade absoluta.

PROBLEMA 2 A habilidade para escrever e dizer as coisas de maneira agradável, irónica, criativa ou polémica é algo muito meritório e valioso, porem insuficiente para propor análise e propostas de solução mais serias e rigorosas.

Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 1. Diagnóstico do problema É neste momento quando vale a pena perguntar-se: ¿Quantas vezes tem visto a um editorialista abordar temas tão diversos como o planejamento urbano, a inseguridade, a reativação económica, a contaminação ambiental e ate a qualidade na educação? Ainda que há analistas muito bem informados e muito agudos para observar e estudar seu entorno, em geral é difícil aglutinar o conhecimento gerado em todas as esferas da vida, pelo que se sugere concentração nos temas mais familiares e pertos ao articulista.

Page 95: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

95

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 8.A. As páginas editoriais dos jornais, assim como as seções de opinião nos noticiários radiofónicos e televisivos cumprem uma função essencial para a interpretação e debate dos acontecimentos. É importante que quem escrevem os artigos de opinião sejam realmente expertos nos temas e vajam mais lá da retórica e as críticas mais pessoais e superficiais.

Fonte: http://www.elnorte.com

Page 96: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

96

Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 1. Diagnóstico do problema As outras perguntas são: ¿Quem lê aos editorialistas? ¿O ledor comum e corrente ávido de orientação para entender as implicações dos caóticos acontecimentos que se apresentam dia a dia?

Ironicamente não. São os que têm u conhecimento superior á média nos temas que se abordam e que têm posições muito firmes e definitivas sobre os eventos. São políticos, jornalistas, empresários, académicos, artistas, etc. que por seus antecedentes ideológicos dificilmente mudaram sua opinião pelo que lhes diga

um editorialista determinado. Para saber mais...

Muitos articulistas se proporcionam informação contextualizada, argumentos e evidências que ajudam a reforçar ou modificar la visão de ledores expertos sobre temas específicos. Nos meios latino-americanos afortunadamente há muitos deste tipo, tanto nos nacionais como nos locais. Porem há que ter cuidado com os todólogos, aqueles que opinam de todo sem que sejam expertos ou sem ter informação de primeira mano. Eles escrevem bonito, porem seus análises são tão úteis ou tão maus como os de qualquer filho de vizinho. E com frequência, mais que contribuir a essa transformação dos jornais e noticiários em ferramentas críticas de análises e contextualização dos acontecimentos e suas implicações, terminam por trivializar, pessoalizar, dramatizar ou fragmentar, caindo no denunciado pelo filósofo francês.

Page 97: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

97

Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 1. Diagnóstico do problema Há duas frases que podem resultar significativas neste momento como base duma reflexão: Feitos, não declarações. Tendência á declaracionitis de fontes com delírios de omnisciência

Quando um repórter acode á fontes informativas somente para captar uma opinião forte ou controversa ao respeito de qualquer tema, há algumas á que lhes fascina aparecer nos noticiários ou nas páginas dos jornais e para logra-lo estão dispostos a dar declarações ao por maior, tenham

o não tenham elementos, evidencias ou dados. O repórter profissional deve evitar cair na "declaracionitis", essa enfermidade infelizmente tão estendida em nossa região. O público dos meios está interessado em saber principalmente que tem ocorrido em sua localidade, seu país, não em que opinam certas personalidades sobre qualquer tema. Não se fala de expertos aos que recorrem os jornalistas para que proporcionem análise e interpretações dos acontecimentos. Essas contribuições são valiosas e indispensáveis. Se refere a esse tipo de políticos ou personagens de organismos privados, câmaras de comercio ou de industriais, sindicatos, etc., que em lugar de brindar informação ao respeito do que realizam ou dados e estadísticas ao respeito do comportamento de seu âmbito na atualidade, preferem opinar e discutir sobre todo tipo de temas, incluindo aqueles que não sã de sua competência.·. Fundamentar o análise e interpretações Editorialistas renascentistas num mundo pós-moderno 2. Análise e reflexão

Page 98: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

98

Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Leia os seguintes editoriais e identifique qual dos dois tem maior

fundamentação e qual se baseia somente em opiniões subjetivas e geralistas ao

respeito do tema.

Faça clique aquí para descarregar: Editorial 1: Ramón Hernández: Sexo

Faça clique aquí para descarregar: Editorial 2: Milagros Socorro: CEPAL et al

2. Compare a estrutura de ambos editoriais.

3. Analise que elementos permitem que a análise lhe resulte útil ao ledor para

formar seu critério.

4. Consulte a Reflexão final.

Reflexão final

Por suposto, não se trata neste ponto de ir em contra da liberdade de expressão de qualquer cidadão que tem direito a externar sua opinião. Tampouco se trata de sugerir que somente os expertos consumados podam abordar certos temas. Não seria nada mau que nas páginas editoriais ou nas colunas de opinião apareceram expertos em economia, saúde, urbanismo, meio ambiente, educação, etc. opinando principalmente ao respeito dos últimos acontecimentos relacionados com suas

Page 99: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

99

respectivas áreas de conhecimento. Estes expertos têm muito que aportar a nossos ledores ou audiências e permitiriam uma melhor compreensão do que ocorre nesses âmbitos.

Porem também os jornalistas experimentados contam com suficiente informação, contexto e ferramentas de busca e de investigação como para ser capazes de abordar adequadamente os temas que merecem discussão Nestes casos, o que se recomenda é que precisamente os editorialistas não expertos se tomem o tempo para fundamentar suas opiniões, revessem arquivos, façam perguntas a suas fontes, procurem dados específicos que reforcem suas conclusões. E para aqueles editorialistas que não são expertos nem jornalistas, senão colaboradores externos que sabem escrever muito bem e argumentar melhor ao respeito de temas que não são de sua formação profissional, o conselho também seria reduzir a retórica e subir a precisão, á investigação e ás entrevistas com fontes involucradas o expertos.

Ramón Hernández Insípido y livre 08/03/2009 [email protected] Nunca me tem gostado o arroz saboreado nem os alimentos que deixam um sabor a presunto fermentado, tão pronto se tragam. Não importa quantas vezes se enxágue um a boca, sempre fica uma molécula que desgosta e precipita um ataque de pigarra. Passa igual com os maus governantes; não importa quanto hajam mentido seus chefes de informação e propaganda, seus erros, seus agravos nunca desaparecem do todo da memoria coletiva. A guerra que o regime militar tem empreendido contra as processadoras de arroz parece mais uma bufoneada dos Três Loucos que a aplicação perniciosa duma caderneta inspirada nas lições da tríada Lenin-Stalin-Mao, que em lugar de fazer rir banham de sangue e condenam á miséria e á opressão aos povos, a cambio duma promessa de felicidade que nunca cumprem nem podem cumprir. O outro é o certo. Com a eficiência e rapidez com que Cuba desmantelou uma indústria açucareira que fora exemplo de qualidade, produtividade e eficiência, com o fim de converter a seus habitantes em mendicantes e rufiais no nome do socialismo, a dignidade y la luta contra o imperialismo capitalista, agora esta porcada do século XXI a tem empreendido contra o pouco que fica de produção nacional, para benefício de argentinos e brasileiros que nos vendem o que não trazemos de China e Bielorrússia, triangulado por cubanos. Conhecido o monumental fracasso da rota da empanada, a devastação que.

Page 100: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

100

tem coronado as expropriações dos rebanhos e a infertilidade instalada no centro genético Florentino, ¿ou é o diabo seu verdadeiro nome?, bem devem saber os venezuelanos que quiçá para sempre, não por agora, lhes será duro conseguir arroz ate para curar os ataques de diarreia tão recorrentes no alto cirquinho governamental (em singular, como deve ser num regime em o que todo é único). La inépcia demo Milagros Socorro Cepal et al 08/03/2009 Há uns dias se publicou um informe do Center for Economic and Policy Research, com sede em Washington, D. C., titulado "O governo de Chávez depois de 10 anos: evolução da economia e indicadores sociais". O desenvolvimento e conclusões deste documento se baseiam em exatamente os mesmos dados que serviram á secretaria geral de Cepal (Comisión Económica de América Latina y el Caribe), Ana Bárcena, para confirmar, ante as câmaras de CNN, o declarado dias antes por Chávez á jornalista Patricia Janiot, no sentido de que "a taxa de desemprego em Venezuela diminuiu de 11% a 7,4%, a de pobreza, passou de 25% a 8,5% ate o 2007; a de pobreza extrema, de 51% a 28%". ¿Como se explica que dois organismos tão diferentes, aprazados em órbitas tão distintas, baseiem seus cálculos e apreciações nos mesmos dados? Muito simples. A única fonte de informação para todas as instituições internacionais é o próprio Governo. Deixemos que o explique o sociólogo Luis Pedro Espanha, diretor do Instituto de Investigações Económicas y Sociais da UCAB, num livro de próxima aparição: "Há que assinalar que estes organismos (o sistema de Nações Unidas, Banco Mundial, BID, CAF ou Cepal) utilizam informação nacional, que dizer, as cifras oficiais; e as apresentam de maneira homogênea para comparar os países. Em ração de isso, o ‘véu de imparcialidade' que em ocasiões se lhes quer endossar a estas cifras ou métodos internacionais não vão mais lá da validez que têm as próprias cifras nacionais. (...) O nível da pobreza se tem convertido em um dos indicadores de sucesso ou fracasso dos governos. De li que em ocasiões mais que ser um instrumento para a avaliação e ação a política pública, pode utilizar-se como instrumento de propaganda política". Pelo demais, o objetivo de Cepal não é auditar as cifras dos países. É sabido que, desde há dois anos, o Instituto de Estadísticas de Argentina manipula as cifras de inflação (algo que nem sequeira fiz o governo militar) e Cepal segue publicando essa cifra oficial sem o menor questionamento. Em suma, a maioria dos organismos elaboram relatos a partir dos personagens, cenários, trama e diálogos que os governos lhes subministram para

Page 101: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

101

que la película conte o conto esperado. E quando não é assim, Chávez manda uma comissão a reganhar a quem se hão atrevido a dispor versões distintas das de seus escritórios de propaganda. Em julho de 2005, os então ministros Aristóbulo Istúriz, de Educação e Francisco Alejandro Armada, de Saúde, se apresentaram em Santiago de Chile, sede de Cepal, para reclamar porque as cifras de seu informe de então não refletiam "os avances sociais dos últimos quatro anos e contradiziam as conclusões positivas publicados por diferentes agencias de Nações Unidas, como a Unesco e a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outras". O medular do resmungo radicava no dito pelo vice-ministro de Desenvolvimento Social, Carlos Alvarado, quem declarou que Cepal punha "ao país em uma situação de retrocesso, já que utiliza um processo tradicional que não mede o impacto das missões sociais". Por sua parte, Istúriz, sem rubor perceptível, declarou: "Se pode estabelecer um novo mecanismo com Cepal, com mais comunicação, onde podamos proporcionar-lhe diretamente estadísticas atualizadas de Venezuela". Dito e feito. A aceitação sem nenhum exame das douradas cifras do Governo provocou a retratação de Unesco, que em 2005 se fiz eco da publicitada - e mais que duvidosa - erradicação do analfabetismo em Venezuela, para logo reconhecer seu erro e agora dizer que há 7% de analfabetismo. Porem, a margem das cifras, ¿ sabe Cepal o que encobrem? ¿Conhece o custo dos programas oficiais e seu verdadeiro rendimento? ¿Sabe se essa redução da pobreza é transitória ou permanente? (porque se essa cacarejada mudança é pão para hoje y fome para amanhã, não é redução da pobreza senão fluxo súbito de recursos atribuível exclusivamente ao aumento de ingressos petroleiros). ¿Sabe que, junto com essa diminuição da pobreza, se tem produzido um incremento da criminalidade, da desnutrição e de distintas enfermidades, todo contraditório com uma redução da pobreza? Que sabem Cepal et al desta tragédia incomensurável.

Page 102: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

102

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário Honestidade e balanço A insuportável leveza da objetividade O presente tema se fundamenta no análise da objetividade, tão manuseada e tão criticada, como um conceito que o novo jornalista comprometido com o desenvolvimento de sua comunidade deve redefinir e refuncionaliçar. Da mesma maneira se oferecem algumas alternativas para assumir suas limitações e ré enfocar-se para a responsabilidade, a honestidade e o pluralismo.

Fundamentar o análise e interpretações

Editorialistas renascentistas num mundo pós-

moderno

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 103: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

103

Honestidade e balanço A insuportável leveza da objetividade 1. Diagnóstico do problema O tema da objetividade é outro mais da larga lista de assuntos por discutir e melhorar nas críticas que faz Lipovetsky (e muitos mais, aos meios informativos atuais). O dito: "Você e neutral em favor de quem", bem pode aplicar-se ao caso de jornalistas que por procurar a utopia da objetividade deixam de abordar temas, incorporar o que sabem e dar-lhe aceso a más de dois posições quando existem múltiplos maneiras de ver um problema. Um respeitado jornalista estadunidense, Brent Cunningham (2003, julho-agosto), afirma que o culto á objetividade entre os jornalistas os leva muitas vezes a converter-se em receptores passivos das notícias num mundo caracterizado por fontes que desejam dirigir os ênfases e ângulos a seu benefício ("spin"). Para saber mais... Com frequência, os jornais e os noticiários de televisão presumem de balançar o número, espaço ou tempo de suas notícias entre os diferentes candidatos ou participantes num conflito. Dar-lhe o mesmo número de minutos a um candidato e a outro em tela, parecera ser o clímax da objetividade e o equilíbrio informativo. Não obstante, o que se presente de um e outro, o que se destaque ou minimize e a maneira em que se sugere sutil ou abertamente que se interprete, são más importantes que a quantidade de minutos (ou parágrafos) atribuídos a um e outro lado. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto Exemplo 9.A. Pelo geral, os repórteres de jornais europeus tem más liberdade para opinar, interpretar, dar qualificativos e destacar sua própria visão dos feitos. Não obstante, não são menos honestos e verdadeiros que os estadunidenses por fazer isso. É uma maneira adequada e conveniente de explicar os sucessos sem pretender alcançar uma objetividade que dificilmente pode existir.

Page 105: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

105

10.000 funcionários atendem a só 89 senadores

JUAN ARIAS Río de Janeiro 19 MAR 2009 - 00:49 CET

O novo presidente do Senado do Brasil, José Sarney, ex presidente da República e com

meio século de presença na política, tem querido levantar as alfombras da Câmara Alta,

onde 83 senadores representam a os Estados do país. E o resultado tem sido desolador,

dado o grau de corrupção da instituição.

Para começar, tem descoberto que existem 136 diretores executivos, quase dois para

cada senador. Para ter uma ideia, as empresas Petrobras e Vale do Rio Doce, as dois

maiores do país, têm seis e sete executivos respectivamente. O Senado têm 10,000

funcionários - más de mil por cada parlamentário -, muitas vezes com soldos superiores

aos dos senadores. De eles, 3,400 têm chegado através de concurso público, 3,100, a

dedo, e 3,000 estão subcontratados.

Sarney tem começado com uma ação drástica: tem pedido o afastamento do cargo dos

136 diretores e tem encarregado á prestigiosa Fundação Getúlio Vargas um estudo para

levar a cabo una amplia reestruturação administrativa do Senado com o fim de reduzir

gastos, sobre todo num momento de crise como o atual.

Um dos estudos analisará a situação dos mais de 3,000 funcionários empregados pelas

empresas subcontratadas, através das quais tem volto a entrar muitos dos familiares

dos senadores que tiveram que sair trás a aprovação da lei contra o nepotismo no

Parlamento, como revelou o jornal O Globo o domingo passado.

O Senado já foi sacudido o ano passado por um escândalo de corrupção que obrigou a

seu então presidente, Renan Calheiros, a abandonar o cargo ante a acusação de que

empresas que trabalhavam para o Estado pagavam presumidamente a pensão duma

filha fruto da união com seu amante. Todo isso é produto, segundo os analistas

políticos, da falta da grande reforma política que Brasil precisa. Existem mais de 30

partidos. Os mais de 500 deputados solem ser muito sensíveis ao suborno para apoiar

uma o outra lei, o que fiz cambalear-se á mesma presidência em 2005, quando o

presidente Luiz Inácio Lula da Silva estive a ponto de ter que demitir.

Page 106: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

106

Os deputados tem ido acumulando tantos privilégios que chegam a ganhar, entre uns e

outros conceitos, perto de 40,000 euros mensais.

Tanto o Parlamento como o Senado tem sido ate agora lugares onde seus membros

colocavam a toda sua família com soldos superiores aos de qualquer empresa

importante.

Honestidade e balanço A insuportável leveza da objetividade

1. Diagnóstico do problema Nas eleições pelo Distrito Federal no México, em 1997, o famoso condutor do noticiário estrela de Televisa, Jacobo Zabludovsky, anunciou com bombo e pires que seu noticiário, por primeira vez em sua historia, lhe daria rigorosamente o mesmo número de minutos a cada candidato e partido. Em quantidade de segundos, a precisão era perfeita. Não obstante, e demonstrando que a objetividade e o

balanço não se baseiam exclusivamente no tempo ou espaço concedidos, se seguiu observando um claro sesgo para o candidato do partido oficial. Alfredo del Mazo, do PRI, se via em toma aberta, com grandes multidões gritando. Se destacavam seus discursos e suas propostas, assim como o entusiasmo da gente por segui-lo e apoiá-lo. Na mesma quantidade de minutos dedicada ao candidato de oposição, Cuauhtémoc Cárdenas, as câmaras se centravam em acercamentos extremos (extreme close ups) nada favorecedores da cara do candidato e se destacavam conflitos entre os membros da campanha ou acontecimentos negativos ou irrelevantes como a caída de umas gradas numa turma em seu apoio. Desta anedota se pode concluir que a influência dos meios, como o dizem algumas teorias da comunicação de massas, tem que ver não em que nos digam que pensar, pero sem que definam a agenda ao respeito do temas em QUÉ pensar y o contexto desde o qual se decida CÓMO pensar acerca disso no que sim devemos pensar. Que sejamos balançados em tempos e espaços não significa que o sejamos em enquadres e tendências.

Page 107: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

107

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 9.B. Em todo tipo de jornais, os enquadres que se lhe dão aos feitos e as notícias procuram guiar a interpretação dos ledores para a versão da realidade que lhe interessa a meio informativo. Em jornais como Gramma é mais fácil adverti-lo, porem igual se apresenta em outros rotativos que se apresentam como mais objetivos.

Page 108: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

108

Fonte: http://www.granma.cubaweb.cu/miami5/enjuiciamiento/justicia/14.html

Page 109: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

109

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Honestidade e balanço A insuportável leveza da objetividade 2. Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autónoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Pasos a seguir.

1. Analise de acordo a Cunningham, uma nova definição de objetividade,

construída ao redor de estes dois pontos:

Os jornalistas devem aceitar, humilde e publicamente, que o que fazemos é muito mais subjetivo e menos distanciado do que o aura de objetividade implica e o público deseja crer. Se deixamos de afirmar que somos meros observadores objetivos, não diminuirão as acusações de tendenciosos, pero nos permitirá defender o que fazemos desde uma posição menos hipócrita.

Precisamos liberar (e motivar) aos repórteres a que desenvolvem habilidades e as usem para navegar entre afirmações contraditórias, identificando y explicando os supostos que apoiam cada afirmação e avaliando que precisam saber os ledores y tele videntes para entender o que está ocorrendo. precisamos que o repórter seja um "analista", um experto nos temas que cobre para que poda realizar juízos independentes.

2. Construa e escreva sua própria definição de objetividade jornalística.

3. Consulte a Reflexão final.

Page 110: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

110

Reflexão final O jornalista, em realidade, nunca poderá ser completamente objetivo. Não é um extraterrestre alheio á cultura, os valores, as tradições e as maneiras de ser e de pensar da comunidade na que nasceu e cresceu. É um membro ativo da comunidade que segue interatuando com familiares, amigos, colegas e muitas instâncias mais que lhe fazem visíveis certas coisas e invisíveis muitas más. Quando o jornalista recopila informação ao respeito dum determinado acontecimento, faz as perguntas e omite as perguntas que sua particular socialização o tem feito delinear oi ignorar. De aí que a meta mais prudente para o repórter seja, em lugar da objetividade, a honestidade, o balance e o profissionalismo. Admitindo que sua cultura, sua educação, seus valores y sua maneira de pensar o farão sempre ver desde certa perspectiva as coisas, o ou a jornalista deverá ser por sobre todo honesto.

Deverá mencionar todos os dados obtidos e não só aqueles que beneficiam sua própria maneira de pensar.

Deverá evitar manipular a informação, ser parcial ou selecionar certas partes duma entrevista omitindo outras que poderiam modificar o sentido do argumentado. Deverá ser muito estrito e criativo ao procurar o balance da informação, pois em muitas ocasiões, por dois pontos de vista relativamente distintos não esgotam os múltiplos posições que se podem refletir num mesmo acontecimento. Se há três ou quatro partidos políticos de oposição, com distintas orientações e plataformas de trabalho, por exemplo, seria muito parcial retomar somente a opinião de só um ou dois deles.

Page 111: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

111

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Denuncias efetivas de escândalos políticos O bom e o mau dos escândalos políticos O presente tema se enfoca no favorável ou desfavorável que é para a sociedade que os jornalistas desatem escândalos políticos mediante suas investigações ou fontes confidenciais. E a sua vez como denunciar atos imorais, de corrupção ou de abuso de poder sem gerar desânimo e propiciar apatia e desdém pelo sistema político de nossos países latino-americanos.

Análise e reflexão

Denuncias efetivas de escândalos políticos

O bom e o mau dos escândalos políticos

Diagnóstico do problema

Page 112: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

112

Denuncias efetivas de escândalos políticos O bom e o mau dos escândalos políticos 1. Diagnóstico do problema ¿Que tão bom ou que tão mau é que os meios de comunicação apresentem e amplifiquem os escândalos nos que cotidianamente se metem os políticos em cada um dos países latino-americanos? A lista de exibições públicas de corrupção e abuso de poder é interminável e se poderia pensar que toda denuncia de atos ilegais e de corrupção nos meios necessariamente é positiva, por "castigar", ainda que seja só com a exibição, a quem tem transgredido a moral ou a lei. Os escândalos mediáticos poderiam ter varias consequências fundamentais:

1. Ser rituais de absolvição coletiva nos que a denuncia y o castigo robustecem as normas e as instituições que contribuem ao ordem social.

2. Poderia ser que de tanto ver denuncias, acusações, escusas e discussões, o público se farte rápido dum escândalo e passe a prestar sua atenção o seguinte, sem que fosse modificando-se sua percepção básica da política e de seus atores.

3. Quiçá a obsessão de alguns meios com os escândalos afaste a atenção pública dos temas substantivos e a centre em assuntos triviais muito menos importantes que os assuntos públicos de fundo.

Denuncias efetivas de escândalos políticos O bom e o mau dos escândalos políticos 1. Diagnóstico do problema A possibilidade de que a coberta deste tipo de eventos termine gerando um questionamento estrutural do sistema, é outra das possibilidades. O cansaço e a indignação dos cidadãos com um sistema que produze este tipo de situações podem convencê-los da necessidade de fazer mudanças radicais y de apoiar, assim, propostas políticas e eleitorais que prometam uma transformação forte e real do sistema.

Page 113: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

113

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 10.A. Os escândalos políticos podem ter consequências diversas e é difícil predizer exatamente como vai a reagir à audiência e os atores políticos. Ainda que a difusão dos vídeos de René Bejarano embolsando dólares entregados por Carlos Ahumada tinha o propósito de afetar a Andrés Manuel López Obrador, nesse então chefe do Governo do Distrito Federal, ele sobreviveu ao escândalo e logrou inclusive revertê-lo para o tema do complot de Salinas de Gortari, Fernández de Cevallos y Fox.

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário.

Page 114: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

114

Denuncias efetivas de escândalos políticos O bom e o mau dos escândalos políticos

1. Diagnóstico do problema Pelo pronto, para finalizar o diagnóstico se pode dizer que enquetes recentes em vários países latino-americanos indicam que é o cansaço e a indignação o que prevalece nos cidadãos ante os escândalos. Os cidadãos reportam altos e preocupantes graus de desconfiança nos partidos políticos, o congresso e os funcionários públicos e expressam um alarmante

desinteresse no seguimento e a participação política. Para corroborar isto, por favor, revê a seguinte nota: SEGOB, 2002 para o caso do México. Apenas 4% confia nos partidos: enquete Segob 2009-04-18 • IMPRESO POLÍTICA

Rechaça 66% que haja comícios limpos, segundo a consulta que levantou o INEGI.

Page 115: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

115

Foto: Claudia Guadarrama/Archivo

APENAS 9 POR CENTO DA POVOAÇAO MOSTRA ALTO INTERÉSSE NA POLÍTICA; NA FOTO, O CEN PERREDISTA

Só 4 por cento da povoação mexicana confia nos partidos políticos, porcentagem muito por debaixo ao 42 por cento alcançado pela Igreja, enquanto que apenas 9 por cento dos cidadãos mostra alto interesse na política do país.

Assim o revelam os resultados da Enquete Nacional sobre Cultura Política e Práticas Cidadãs 2008 (ENCUP), da Secretaria de Governação, que também da conta de que se bem 31 por cento da povoação tem muita confiança no IFE, 66 por cento não considera que as eleições sejam limpas.

Para a ENCUP 2008 o INEGI entrevistou a 4 mil 383 pessoas maiores de 18 anos, repartidas nas 31 entidades federativas e o Distrito Federal, a qual atirou também que 52 por cento dos cidadãos estão pouco ou nada satisfeitos com a atual democracia em México, enquanto que 59 por cento da povoação diz não estar de acordo com sacrificar algumas liberdades a cambio de viver siem pressões económicas.

A enquete da conta que enquanto a Igreja tem 42 por cento de confiança entre os cidadãos, o Exército alcança 38, o IFE 31, a Câmara de Deputados 8 e o Senado apenas 7 por cento.

Um dos dados mais reveladores deste exercício é que “só 4 por cento da povoação mexicana tem confiança nos partidos políticos”.

Destaca-se que ainda que a maioria das pessoas está de acordo em ter a democracia como forma de governo, outra parte importante manifesta ter pouco interesse na política e, fora de âmbito eleitoral, se reportam níveis muito baixos de participação na vida pública.

“Só 9 por cento externou um alto interesse na política e menos da quarta parte diz haver participado em atividades políticas distintas á emissão do voto”, comenta.

Desenhada num questionário no que se fizeram entrevistas cognitivo-técnicas — servem para provar o conteúdo das perguntas e melhorar seu fraseio com a finalidade de aumentar a validade e a confiabilidade do instrumento, minimizando a incorreta interpretação das perguntas — os resultados atiraram também que 77 por cento dos cidadãos prefere que o governo intervinha o mais possível na solução dos problemas da sociedade.

“Chama a atenção também a coexistência entre a crença maioritária no valor da democracia e um conjunto de atitudes que pareceram mais vinculadas ao apego a

Page 116: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

116

estruturas não democráticas, tais como a crença de que os próprios problemas da sociedade são assunto do governo y não da sociedade mesma”, agrega.

Do mesmo modo, estabelece que 84 por cento dos pesquisados disseram estar orgulhosos de ser mexicanos e entre os motivos para isso estiveram a cultura, a herança histórica e a linguagem; não obstante, “nenhum incluiu, de entre os temas listados, o cumprimento de leis como motivo de orgulho e só 1.3 por cento incluiu á política nesse sentido”.

Realizada entre o 3 e 28 de novembro de 2008, o exercício tive como base para a amostragem a Enquete Nacional de Ocupação e Emprego (ENOE) e estive conformada por 76 perguntas, que foram agrupadas em oito rubros: ter a credencial de eleitor; avaliação do sistema político; decisões e acordos para governar das elites; normas e atitudes das elites; normas e atitudes políticas dos cidadãos; relação dos cidadãos com o governo; relação dos cidadãos com outros cidadãos; e religiosidade.

Chaves Cultura democrática

A ENCUP surge da necessidade de conhecer os traços da cultura política da povoação mexicana, para promover uma maior presença das características próprias da cultura democrática e impulsionar a participação cidadã.

A primeira versão da ENCUP se realizou em dezembro de 2001, como parte do Programa Especial para o Fomento da Cultura Democrática, criado no contexto do Plano Nacional de Desenvolvimento 2001-2006.

México/Susana Hernández Para saber mais... Atrás de muitos escândalos mediáticos estão grupos e facções políticas que querem eliminar a seus adversários mais que defender o estado de direito. Alguns meios se prestam a isso e não têm sido consequentes nem cuidadosos com a preservação dos direitos cidadãos e com as regras básicas da ética jornalística. As audiências o notam e o padecem, e isto tem levado a incrementar o desencanto, a apatia e a desconfiança não só para os políticos exibidos, senão para os próprios meios de comunicação.

Page 117: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

117

Denuncias efetivas de escândalos políticos O bom e o mau dos escândalos políticos 2. Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Lia o texto "o escândalo político - John B. Thompson" nesta direção de

Internet: http://www.lapaginadefinitiva.com/dblibros/148

2. Tome em conta que John B. Thompson é um científico social amplamente

reconhecido a nível mundial e autor dum dos livros clássicos sobre os escândalos

políticos e o papel da prensa neles.

3. Consulte la Reflexão final.

Reflexão final

Não se sugere aqui que os meios deixem de ventilar e mostrar os escândalos políticos. A supervisão crítica do desempenho dos políticos e a exibição de seus abusos e suas corruptelas pode e deve servir para o fortalecimento da democracia e duma cultura da legalidade. Alguns meios, de fato, o tem logrado em base a cobertas éticas e zelosas dos princípios e valores que nunca devem sacrificar-se em aras do rating ou a circulação. O que nunca devem fazer os meios é erigir-se em juízes e assumir a culpabilidade ou a inocência dos involucrados. As atitudes de numerosos condutores de televisão ou repórteres nas entrevistas a involucrados não são de jornalistas senão de juízes e inquisidores. Há que abster-se de emitir juízos. Deixemos os veredictos aos julgados ou

Page 118: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

118

a comissões independentes. Não esquecemos que a difusão de escândalos políticos também contribui a exacerbar a apatia cidadã para a política, desmobilizando-a e afastando-a cada vez mais dos jornais e os noticiários. ·.

Page 119: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

119

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento O presente tema se centra no feito de que em sociedades em desenvolvimento como as latino-americanas é indispensável que os meios informativos coadjuvem no labor de divulgação e educação cultural e científica entre a povoação. Assim se dedica a explorar fórmulas para fazer atrativos estes aspectos e gerar uma verdadeira transformação no conhecimento das audiências.

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para

o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não

morrer no intento

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 120: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

120

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema Uns dos pontos que mais interessam ás audiências são: A saúde e a ciência Ainda que este parecesse ir à contra da percepção histórica de muitos jornalistas latino-americanos ao respeito da falta de interesse nestes temas (em particular da ciência), existem evidencias de que, bem manejados, podem resultar um grande gancho para atrair ao público cumprindo um objetivo elogiável. No esquema seguinte poderá consultar os pontos a ressaltar com respeito a estes dois temas:

Tema Saúde O tema da saúde, por obvias rações, resulta importante para todo tipo de públicos. Claro está, sempre e quando se lhe aborde desde a perspectiva prática e utilitária para os ledores e tele videntes. Com frequência, os meios informativos cobrem estes temas a nível macro, dando-lhe seguimento ás declarações dos secretários ou ministros de saúde, cobrindo a inauguração de hospitais, referindo-se a estadísticas gerais de morbidez, etc. Infelizmente, este tipo de aproximações ao tema não resulta tão atrativo e impactante para nossos públicos. O que eles querem são conselhos de como cuidar-se melhor, de como evitar a diabetes, a pressão arterial alta, o colesterol, a gastrite, etc. Querem também notícias ao respeito de avances médicos nessas enfermidades que são tão comuns e correntes em seu entorno e que em ocasiões padecem eles mesmos.

Tema Ciência As notícias ao respeito de ciência, por outra parte, tendem a estar quase ausentes nos jornais latino-

Page 121: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

121

americanos. Se acaso, uma que outra se inclui nas seções de cultura ou vida, sempre e quando sejam sumamente impactantes. Em contraste, como se menciona no tema 6, nossos jornais e noticiários em alguns casos dão espaço profuso e sistemático a todo tipo de questões paranormais e pseudocientíficas, como la astrologia, o tarô, as crenças em OVNIS e em contatos extraterrestres e inclusive em fantasmas e videntes. É verdade que em termos gerais, o anterior se deve ao feito evidente de que as notícias sobre ciência são menos atrativas para nossos públicos que as paranormais.

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico del problema Há duas rações poderosas para procurar reverter a situação ao redor de que as notícias ao respeito de ciência sejam menos atrativas para nossos públicos que as paranormais.

O compromisso de nosso meio informativo com o desenvolvimento de nossas comunidades implica adoptar uma posição clara e firme ao respeito da criação de consciências críticas e cívicas que evitem crenças e atitudes simplistas e desinformadas nas audiências

Esse mesmo compromisso deve intensificar nosso apoio á criação duma sociedade que valore a informação científica e que a senta perto para explicar suas doenças, seus passatempos, seus trabalhos e suas inovações.

Page 122: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

122

Se queremos diminuir a brecha de conhecimento, desenvolvimento tecnológico e social que têm nossos países com o primer mundo (Estados Unidos, Europa, Japão) devemos por nosso grão de areia na conformação de públicos sensibilizados para o uso e adopção de procedimentos científicos para solucionar os problemas de toda índole que aflige América Latina. Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: É importante assinalar uma vez revisado o exemplo, que não se trata de colocar este compromisso por encima do sucesso de nosso meio em circulação o rating. Há muitas maneiras de empacotar a informação de ciência e tecnologia de maneira tal que se cumpra essa função social inclusive gerando maior interesse e exposição a nossos meios. A informação ao respeito da ciência não tem por que ser aborrecida. Exemplo 11.A. O New York Times, um dos jornais mais prestigiosos do mundo, orgulha-se de sua seção de ciência, com a qual contribui a fomentar o avance e a mentalidade a favor do conhecimento em seus ledores. Em jornais e noticiários de países mais pequenos, ou de carácter local, se sugere que o tipo de notícia científica seja mais popular e com ângulos mais práticos para as audiências específicas de nosso meio.

Page 123: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

123

Fonte: http://www.nytimes.com/pages/science/index.html

Page 124: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

124

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema Li estão os canais de cable como:

Discovery Channel

Animal Planet

Discovery Civilization

Discovery Science

Learning Channel

History Channel

PBS

BBC

São uma mostra dos altos ratings e interesses que podem despertar as temáticas científicas quando são bem abordadas.

Page 125: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

125

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema O mesmo ocorre nas publicações impressas com revistas como:

National Geographic

Discover

Scientific American

Muy Interesante

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema Há grandes jornais que contam com seções fixas dedicadas á saúde e á ciência, como:

The New York Times

The Guardian

El País

Page 126: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

126

Além de permitir-lhes cumprir sua importante função de promotores da divulgação científica e por tanto do pensamento crítico e analítico de seus públicos. Estas seções nos jornais servem também para imprimir-lhes maior credibilidade e prestigio, aspectos fundamentais na atualidade para posicionar aos meios de comunicação. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 11.B. Cada vez os jornais ibero-americanos entendem mais a importância para os ledores da informação sobre ciência e saúde e dedicam mais seções e coberta a esses temas. Só há que lembrar que o importante é adaptar a informação ás verdadeiras necessidades das audiências e evitar as notas gerais que não dão sugestões de prevenção ou tratamento concretos.

Page 127: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

127

Fuente: http://www.elpais.com/suple/salud/

Page 128: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

128

Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 1. Diagnóstico do problema Os ledores e tele videntes já estão cansados da mesma informação genérica e distanciada da política e a economia.

¡Querem outros temas mais próximo a suas vidas e mais relevantes que lhes sejam verdadeiramente úteis para tomar decisões práticas e para resolver suas dúvidas individuais! A coberta intensa e prática de temas de saúde e de ciência pode ser uma das táticas mais exitosas dos meios para incrementar a satisfação de suas audiências e inclusive incrementar sua penetração.

Lembre que os ledores preferem reportagens e entrevistas ás simples notas informativas neste tipo de temas. Incursionar na escritura de temas socialmente relevantes A ciência e a saúde não são só para o Discovery Channel. Como cobrir temas científicos e de saúde e não morrer no intento 2. Análise y reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Page 129: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

129

Passos a seguir.

1. Considerando o revisado no tema e algumas investigações livres que você

poda realizar, duma possível resposta ás seguintes perguntas:

o ¿Que tão difícil é para um meio informativo local cobrir estes temas

com ângulos práticos e próximos a seus ledores, radio escutas ou tele videntes?

o ¿É tão fácil como cobrir qualquer outro tema?

2. Consulte a Reflexão final.

Reflexão final Com respeito ao tratamento de temas de saúde, basta com procurar a médicos locais de cada especialidade e entrevistá-los com perguntas concretas, não abstratas, ao respeito da incidência dos padecimentos que eles tratam na comunidade, as causas, as medidas preventivas adequadas, os tratamentos mais comuns, os prognósticos de melhoria e os custos aproximados.

Al recurrir a médicos de la localidad, el periodista da una sensación de mayor proximidad a su comunidad y se asegura que las estadísticas, la incidencia, las causas y los tratamientos estén adecuados al caso particular del área en la que trabajamos. Por supuesto, al redactar lo que nos haya dicho el médico debemos evitar los tecnicismos y los términos científicos que normalmente usan. No por ser de la localidad serán menos crípticos en su lenguaje. Hay que pedirle en la entrevista que explique cada término en palabras más comunes y asegurarse de haberle captado adecuadamente la información. Enquanto aos temas de ciência, é um pouco mais complicado, porem acessível. Nas universidades grandes de cada cidade ou região há pelo geral professores investigadores nas áreas de engenharia, computação, biologia, meio ambiente, inteligência artificial, óptica, psicologia, astronomia, medicina, energia, arqueologia, química, etc. Basta com que o repórter incorpore como fontes permanentes a estes professores investigadores para que por um lado poda difundir entre os públicos da comunidade o conhecimento que se está gerando em suas próprias universidades e para que por outro os investigadores locais liguem os avances científicos reportados a nível internacional com o que poderia suceder a nível nacional ou local.

Page 130: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

130

Neste último é tão fácil como rever as notícias de ciência que chegam a nosso meio informativo através das agencias e procura-lhes o ângulo local ou nacional entrevistando ao investigador mais próximo em especialidade ou temática.

Page 131: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

131

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? O presente tema delineia um antigo problema no fluxo internacional de notícias: o ênfase nos países industrializados (especialmente Estados Unidos) e a escassez de notícias sobre países em desenvolvimento que somente aparecem nas notícias quando ocorrem catástrofes e conflitos.

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que está acontecendo em

Timbucu?

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 132: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

132

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema O presente tema se fundamenta nos seguintes questionamentos:

¿Que tão balanceada geograficamente é a

informação internacional?

¿Se oferecem notícias diária ou semanalmente

ao respeito de cada um dos 247 países do mundo de

maneira proporcional a sua povoação e equilibrada

em quanto ao positivo e negativo que se apresenta sobre eles?

¿Logra receber o público a informação adequada para formar-se uma ideia não

estereotipada nem simplista sobre as diferentes nações do mundo?

De antemão há duas condições que podem dar um marco de resposta a estas perguntas:

Infelizmente, a informação internacional na maioria dos meios informativos apresenta um preconceito evidente para uma maior quantidade de notícias ao respeito os países desenvolvidos (em particular os Estados Unidos) e um maior enfoque ao respeito do negativo quando se chegam a cobrir aos países em desenvolvimento.

Estes preconceitos não se apresentam devido a um estado natural das coisas onde certos países merecem mais coberta e outros menos. Certamente, os jornalistas devem respeitar em certo grau a importância estratégica das nações e dar-lhes coberta acorde a ela.

Seria ilógico pedir-lhes que lhe dem. o mesmo espaço ou tempo a países como República Dominicana e Grã Bretanha. O peso, científico e de poder sobre a agenda mundial é muito maior no segundo que no primer caso e a atenção mediática deve reconhecê-lo.

Porem com muita frequência, a coberta internacional dos meios informativos não se

Page 133: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

133

baseia nesses critérios e se explica por outros padrões que sim podem ser questionáveis. Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema As agencias de notícias, direta ou indiretamente, têm preconceitos:

CULTURAIS POLÍTICOS IDEOLÓGICOS TÉCNICOS

Estes preconceitos lhes fazem sobre representar a seus próprios países e a seus aliados estratégicos ou principais adversários. Tampouco têm correspondentes em cada um dos países do mundo, pelo que sua coberta é limitada. Colocam escritórios nas capitais de só alguns países e desde li mobilizam a seus correspondentes ao resto da região quando chega a ocorrer algo. A Agence France Press, por exemplo, tem somente um escritório em toda Latino-américa, em Montevideo, Uruguai, com contatos ou correspondentes menores (stringers) em alguns países grandes. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 12.A. Devido á impossibilidade económica de ter escritórios em cada país do mundo, as grandes agencias internacionais de notícias e meios de alcance mundial como CNN selecionam umas quantas nações e situam em suas capitais seus escritórios. Do que pela facilidade obvia de sua presença nelas, ditas cidades apareçam mais em seus fluxos informativos e que para trasladar-se ao resto dos países na região designada tenham que ocorrer eventos sumamente dramáticos que terminam inclinando o tipo de notícias que se chegam a reportar.

Page 134: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

134

Fuente: http://www.afp.com/afpcom/es/content/world/latin-america

Page 135: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

135

Fonte: http://www.cnnasiapacific.com/factsheets/?catID=8

Page 136: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

136

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema As agencias estadunidenses lhe dão maior importância a Cuba a Venezuela, por exemplo, que a muitos outros países latino-americanos com maior peso demográfico e económico, devido á agenda ideológica e política de seu país. Argentina, Chile, Brasil y México têm menor coberta em muitas ocasiões que esses dois países a pesar a ser más grandes e mais fortes.

O problema se intensifica ao advertir que os preconceitos dessas agencias não só permanecem na oferta de coberta internacional que recebem as audiências de seus respectivos países, senão que se "exportam" inclusive ás ofertas de informação internacional que proporcionam a imensa maioria dos meios latino-americanos a seus públicos devido a sua dependência em ditas agencias.

O problema não só é de quantidades. Mais grave ainda são os preconceitos para as crises e conflitos quando chegam a aparecer países que normalmente estão fora da atenção sistemática das agencias.

Brasil Brasil pode reproduzir a mesma agenda noticiosa que Estados Unidos, em lugar de contar com maior informação sobre países com os que pode ter laços comerciais mais fortes e relevantes. E o mesmo lhe passa ao resto das nações desta região.

Estados Unidos Dos Estados Unidos conhecemos do bom, o mau e o regular, de seus avances científicos, de seus triunfos esportivos, de seus prêmios cinematográficos, de seus explorações no espaço, de seus processos eleitorais e não só dos psicopatas que assassinam estudantes e professores nas universidades, de países pouco cobertos somente nos chegamos a inteirar de suas crises, catástrofes e conflitos.

Page 137: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

137

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema Se deve reflexionar ao respeito das seguintes perguntas:

¿Que informação recebem os chilenos ao

respeito do México?

¿E os mexicanos ao respeito de Colômbia?

¿E os colombianos ao respeito de Nicarágua?

¿E os nicaraguenses ao respeito de Bolívia?

Em primer lugar, muito pouca, pois as agencias internacionais que cobrem a região não têm estas nações entre suas prioridades (ver Lozano, 2000). Em segundo lugar, a escassa prioridade geopolítica e económica para os Estados Unidos da maioria dos países latino-americanos provoca que para que um país como Peru apareça no fluxo informativo internacional, tem que ocorrer algo muito grave e dramático. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 12.B. As notícias recebidas ao respeito de outros países de América Latina com muita frequência são de crise ou catástrofes, dando uma visão real, porem parcial, do que ocorre nelas. Como depois da crise em questão desaparecem do espetro noticioso e só aparecem meses depois, quando se tem gerado uma nova, os ledores ou tele videntes ficam com uma percepção torcida da situação nesses países.

Page 138: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

138

Fonte: http://www.clarin.com/diario/2009/01/09/um/m-01836418.htm

Page 139: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

139

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema Assim, o enfoque de "coups & earthquakes" ao respeito da maioria de nossos países propicia uma desinformação significativa e pior ainda, imagens simplistas e estereotipadas de suas realidades. Se conhece como enfoque de "coups & eartquakes" a tendência das agencias informativas internacionais e os grandes meios informativos do mundo industrializado de centrar-se principalmente em golpes de estado, crises políticas e catástrofes naturais quando chegam a cobrir acontecimentos nos países em desenvolvimento. Ante a ausência dum balance de notícias negativas com outras positivas ou neutras, os públicos internacionais ficam com uma visão parcial do estado de coisas no país em questião.

Se Peru aparece um mês devido a um terremoto, desaparece dois e reaparece por uma repressão policial, desaparece novamente e três meses depois se fala de uma crise de saúde pública, a audiência de outros países termina acreditando que todos esses meses em que não se cobriu o país seguiram acontecendo coisas negativas e terríveis.

Não se trata de negar que na maioria de nossos países há crises e conflitos. A prensa tem a obrigação de cobri-los e de dar-lhes a conhecer. Seria ingênuo pensar que devido a subdesenvolvimento não existem mais problemas, corrupção, conflitos e acidentes o catástrofes de maiores dimensiones devido á pobreza, a corrupção e outros fatores.

Page 140: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

140

Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 1. Diagnóstico do problema Nao se deve esquecer que a obrigação da prensa também é a de ser balanceada e proporcionar informação suficiente para que a audiência tenha uma visião crítica porem ampla e o mais completa possível que lhe permita entender e avaliar.

A este respeito, há um conceito que é interessante conhecer: Fluxos desbalanceados a nível nacional São desequilíbrios a nível internacional, que desgraçadamente, também se dão na coberta que fazem alguns meios de seu próprio país. Se se revê a informação que certos jornais e noticiários

apresentam como "nacional" se poderá observar a ênfase nos acontecimentos ocorridos na capital e omissões significativas da maioria das cidades restantes. Para finalizar o diagnóstico, se delineia a seguinte pergunta: ¿Quando logram entrar ao fluxo informativo as cidades grandes, medianas e pequenas dum país que não têm a sorte ou a desgraça de ser capital de sua nação? Infelizmente, a maioria das vezes só aparecem nas notícias nacionais quando ocorrem crise, conflitos, catástrofes ou acidentes. O quando o presidente faz giras de trabalho por elas, o que representa algo assim como "notícias da capital na província". Importante A continuação encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 12. C. Com frequência, os meios informativos latino-americanos agrupam numa seção especial as notícias acerca de cidades e regiões do país diferentes á capital. Isto gera que nas seções de "informação nacional" se privilegiem as notícias geradas em e ao respeito da capital, deixando de incorporar no debate global o que ocorre ou opinam no interior do país. Além, para que uma cidade não capital poda aparecer no fluxo noticioso tem que haver se apresentado um conflito ou evento dramático ou existir uma gira de um funcionário público federal ou um candidato.

Page 141: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

141

Fonte: http://www.eluniversal.com.mx/estados/

Page 142: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

142

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? 2. Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite sobre seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha resultado

realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Considerando o revisado no tema e algumas investigações livres que você

poda realizar, duma possível resposta ás seguintes perguntas:

o ¿Que hã da visão da política, a economia, o meio ambiente, o

desenvolvimento científico e cultural de essas outras cidades?

o ¿Até qué ponto se pode promover um autêntico federalismo e uma

maior integração no país quando se ignoram sistematicamente as contribuições e as

problemáticas de outras povoações?

2. Situando-se numa postura mais estrita, analise a seguinte pergunta,

considerando o mesmo desnível informativo ao nível local.

o ¿Até que ponto os meios locais se centram no que ocorre nas

prefeituras, as oficinas governamentais estaduais, provinciais ou federais, as câmaras

de comercio e da indústria, a maioria situadas no centro geográfico da cidade ignoram

as áreas periféricas?

3. Consulte a Reflexão final.

Page 143: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

143

Page 144: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

144

Reflexão final Se se é um repórter de meios locais ou nacionais com baixo pressuposto, é muito difícil resolver o problema do desequilíbrio informativo internacional. O ideal seria contratar a maior quantidade de agências informativas internacionais, da maior diversidade de países e regiões possíveis, y contar com editores da seção que se encarguem de editar e combinar os escritórios de varias agências numa soa mensagem noticioso. Se o anterior não é possível devido á carência de recursos económicos suficientes, há muito por fazer dentro das limitantes de contar com uma soa ou com duas agências internacionais. Está amplamente documentado que os meios informativos usam uma porcentagem mínima do total de notícias geradas pelas agências e disponíveis para seu uso. Ironicamente, os editores das seções internacionais, ao avaliar os centos de notícias disponíveis nos serviços contratados, tendem a reproduzir os mesmos critérios e terminam privilegiando a informação ao respeito dos grandes países industrializados e a mentalidade de crise e conflitos para incluir países menos desenvolvidos. Uma solução parcial, assim, seria que os jornalistas encarregados de selecionar as notícias internacionais que aparecerão em seu jornal ou noticiário, cambiarão seus parâmetros e revisarão a fundo aas notas disponíveis, selecionando maior quantidade de notas sobre a própria região geográfica (outros países latino-americanos, por exemplo) e buscando um maior balance entre o negativo (que deverá seguir selecionando-se) e acontecimentos mais neutrais o positivos. Outra maneira muito económica de balançar a informação poderia ser consultar jornais em linha de outros países próximos e abrir uma coluna na seção internacional onde se reportem noticias tomadas de ditos meios, dando-lhes o crédito correspondente. O mesmo poderia fazer-se nas cobertas ocasionais que chegam pelas agências informativas. O editor da seção poderia procurar em jornais em linha dos países assinalados, para procurar informação complementária, alternativa ou contraria, de novo dando-lhe o crédito correspondente ao meio consultado. Com respeito ao desequilíbrio na coberta nacional, se poderia tentar algo similar, revisando a fundo as notas enviadas pelos correspondentes e brindando-lhes maior peso na seção nacional. Ainda que as seções dedicadas aos "estados" ou "províncias" são preferíveis a uma ausência total, fazem pensar que o que ocorre fora da capital não

Page 145: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

145

tem importância para a nação em seu conjunto. Por isso a necessidade de que em temas autenticamente de relevância nacional se procure a opinião de fontes informativas que residem em distintas partes d território e que se abordem ângulos regionais e não somente o correspondente ao da capital. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 12.D. Sítios como o de "Prensa Escrita" põem á mau de qualquer jornalista uma enorme quantidade de jornais latino-americanos com versão em linha que permitiriam complementar la informação recebida das agências ou serviços internacionais de notícias.

Fonte: http://www.prensaescrita.com/

Page 146: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

146

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Coberta balanceada e relevante do acontecer internacional ¿E que esta acontecendo em Timbucu? Atividade 1. Análise de notícias internacionais

Nome Análise de notícias internacionais

Descrição

Modalidade Individual

Indicações 1. Descarregue o seguinte documento e utilize-o para analisar 20

das últimas notícias internacionais publicadas ou transmitidas por seu

meio informativo.

.

2. Revise a informação e veja que tão balanceada esta em quanto

a países cobertos e em quanto a tendências.

3. Envie a tabela e sua análise ao tutor para sua evolução e

retroalimentação.

Formato e envio

Para envia-la ao tutor sega as indicações:

1. Elabore a atividade num arquivo de Word, o qual deve ter uma

fachada que inclua os seguintes dados:

Nome do diplomado

Nome da atividade

Nome completo do participante

Nome do professor tutor

Data de entrega

Arquivo nomeado da seguinte

Page 147: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

147

maneira: Nombreparticipante_M8_T10_E5

2. Enviar através do "Centro de Mensagens" da plataforma

educativa. Faça clique no botão que se encontra na parte

inferior da página do curso.

3. Aguarde a que receba sua retroalimentação e avalição por

parte do tutor.

Avaliação A atividade tem um valor de 4 pontos.

TABELA:

Encabeçado País ao que se refere Tendência (positiva, neutral o negativa)

Page 148: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

148

Page 149: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

149

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. O presente tema se enfoca em analisar qual é a verdadeira influência dos jornalistas e das notícias em suas audiências, e se se pode considerar que são manipulados ou persuadidos os ledores e tele videntes pelas mensagens mediáticas. Oferecem-se evidências do verdadeiro impacto que se tem na gente.

Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário Não te digo que pensar ao respeito

das notícias, pero sim te digo em que pensar.

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 150: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

150

Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 1. Diagnóstico do problema Ainda que os jornalistas nos consideramos conhecedores de nossa influência nos públicos e na sociedade em geral, em realidade há enormes lagunas na compreensão do verdadeiro impacto que exercemos sobre ledores, tele videntes e radio escutas.

Considerando isto, o presente tema gira ao redor das seguintes perguntas:

¿Que tanto aceita o público as versões da realidade que lhe proporemos nas

notícias?

¿Ate que ponto questionam o dito por repórteres e fontes informativas?

¿Que tão passivos o tão manipuláveis são os membros das audiências?

Ainda que estas perguntas sejam muito difíceis de contestar categoricamente, pois varia muito em cada país, em cada tipo de notícia e em cada grupo de receptores, a investigação científica da comunicação oferece boas aproximações á avaliação do impacto jornalístico no individual e no social. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 1. Diagnóstico do problema Uma das explicações melhor consensuadas com respeito ao comentado é: Os meios informativos não lhe dizem á gente QUE pensar ao respeito dos acontecimentos resenhados, porem sem lhe dizem EN QUE pensar. A este respeito em primeira instância podemos pensar que as notícias teriam este direito e dramático efeito:

Page 151: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

151

NOTICIA

EFECTO: Dizer-lhe ás pessoas que pensar. “O que dissera o repórter, ou a fonte entrevistada, seria adotado pelo ledor ou tele vidente sem nenhum filtro".

COMENTARIO Este tipo de efeito está descartado desde há mucho.

Como se pode ver, a gente, sem importar sua idade, sexo, educação ou classe social, tende a ser ativa ao expor-se aos meios de comunicação e é capaz de avaliar, rechaçar, questionar ou retomar só parcialmente as versões da realidade que se lhe apresentem nas páginas dos jornais ou nas telas do televisor. Os antecedentes das pessoas, sua cultura, sua família,

sua experiência própria, etc., servem de barreiras e filtros que evitam a crença direita no que os meios lhes oferecem. Neste sentido, ainda se a notícia vai redigida de tal maneira de que o ledor ou tele vidente simpatize ou repudie determinados atores sociais ou situações, é muito provável que essas posturas não sejam as finalmente adoptadas pelos receptores. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 1. Diagnóstico do problema Não obstante, o anterior não significa que as notícias deixem de ter outro tipo de efeitos importantes na gente. Com frequência há uma influência clara, porém de uma maneira distinta á que normalmente se pensa.

Os pesquisadores da comunicação e o jornalismo têm encontrado, por exemplo, que os

meios informativos sim têm um grande efeito e controle ao respeito da agenda de

discussão pública das comunidades, ao delinear lhe a seus públicos certos temas para

cada dia e omitir muitos mais.

McCombs, Shaw y Weaver (1997)

Assim, os meios não são exitosos em dizer lhe á gente que pensar, pero sim o são em

dizer lhe acerca de que pensar.

Page 152: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

152

A lista de temas sociais, económicos, políticos, ambientais e humanos que não são abordados diariamente pelos diários e os noticiários é infinita, e nela radica o verdadeiro poderio dos meios. Cada manhã, no caso dos jornais, ou cada noite, no dos noticiários, os jornalistas apresentam uma minúscula seleção de assuntos e temas do total que originalmente foi ou pôde haver sido coberto. Os recursos dos meios são limitados, e de milhares de atos, processos, acontecimentos o temas, só unos quantos alcançam a incluir-se no fluxo noticioso diário. Importante A segui encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 13.A. Os meios informativos estabelecem a agenda de discussão pública cada dia. Mediante códigos como a situação da noticia (primeira plana, interiores, parte superior ou inferior, titulares do noticiário) como do tamanho (número de parágrafos ou segundos) lhe indicam ao público sobre que temas deve centrar sua atenção e com que grau de atenção. Os centos de temas que não apareçam na coberta do dia, por más importantes que sejam, deixarão de estar presentes na mente das audiências.

Page 153: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

153

Fonte: http://el-nacional.com/www/site/p_contenido.php

Page 154: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

154

Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 1. Diagnóstico del problema Assim, ainda que os cidadãos podam diferir do juízo adiantado pelo jornalista ao respeito do tema x ou y, não poderão nunca gerar uma opinião, nem em favor nem em contra, dos milhares e milhares de temas que simplesmente não se incluem no cardápio noticioso e que por isso não são "visíveis" para as pessoas. Em muitos dos temas discutidos neste módulo, se tem visto como nos meios informativos se omite cobrir uma grande quantidade de temas que são relevantes para os cidadãos e como os que sim se cobrem se levam a cabo em muitas ocasiões desde ângulos e tratamentos que não resultam ser os mais adequados para o desenvolvimento das comunidades. Es así como se pueden generar las situaciones siguientes:

Ao centrar se no espetacular e o frívolo, por exemplo, alguns meios estabelecem uma agenda que dista muito de ser a adequada para impulsionar o desenvolvimento comunitário ou a resolução dos autênticos problemas estruturais da sociedade.

Sie se destaca la pseudociência e o paranormal, se pode impedir que a discussão pública se centre em temas científicos e de avance tecnológico.

Ao enfocar-se no anedótico, na nota vermelha, deixam de propor-lhe ao ledor ou tele vidente que pense em questões relacionadas com as causas psicológicas sociais, económicas e políticas do crime, a delinquência, a corrupção, a impunidade, etc.

Desta maneira, em relação á imposição de agendas de discussão pública, os meios com frequência estabelecem os temas menos adequados para o melhoramento das comunidades ás que servem.

Page 155: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

155

Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 13. B. Este jornal digital chamado "A Rede de Boas Notícias" procura contra restar á agenda dos grandes meios de comunicação, orientada ao conflitivo e o catastrófico, incorporando informação sobre aspectos positivos.

Fonte: http://www.goodnewsnetwork.org/

Page 156: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

156

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 1. Diagnóstico do problema

Por último, os temas políticos, tão abundantes e prioritários na informação jornalística, deveram igualmente tratar-se desde perspectivas distintas, procurando os ângulos mais práticos para o público, evitando centrar-se só nas fontes de sempre e, sobre todo, evitando no possível as tendências para a dramatização, a personalização, a fragmentação e a naturalização dos atores e suas declarações.

O jornalista deve conhecer mais detalhadamente o tipo de

influencia e impacto que tem nos indivíduos y na sociedade. O

efeito de estabelecimento da agenda é um de eles.

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. 2. Análise y reflexão Com a finalidade de que poda realizar uma análise e reflexão do exposto neste primer tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

A influência dos meios informativos

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a continuação. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Page 157: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

157

Passos a seguir.

1. Considerando o revisado no tema e algumas investigações livres que você

poda realizar, analise os seguintes pontos:

a. A influência dos meios informativos se da não em quanto a persuasão

ou o convencimento direto sobre como reagir frente aos acontecimentos, senão no

estabelecimento das agendas que os cidadãos abordarão durante o dia ou a

semana.

b. O jornalista comprometido com o desenvolvimento de sua

comunidade deverá reflexionar ao respeito do tipo de temas e ângulos que

favorece.

2. Escreva em cada ponto se está de acordo ou não com as afirmações e em que

fundamenta sua resposta.

3. Consulte a Reflexão final para contrastar.

Reflexão final

Já conscientes de que a influência de nossos meios informativos se da não em quanto a persuasão ou o convencimento direito ao respeito dos ângulos das notícias, senão no estabelecimento das agendas que os cidadãos abordarão durante o dia ou a semana, o jornalista comprometido com o desenvolvimento de sua comunidade deverá reflexionar sobre o tipo de temas e ângulos que favorece. Praticamente cada um dos temas abordados neste módulo pode ajudar a identificar o tipo de agenda que seria mais conveniente para promover o desenvolvimento comunitário.

A agenda melhoraria substancialmente se como jornalistas damos aceso não só a fontes governamentais ou oficiais, senão também a expertos, ONG´s e cidadãos comuns e correntes. Também seria mais adequada se balanceamos mais as

Page 158: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

158

fontes informativas ás que acudimos por sexo, dando lhe o espaço ou o tempo adequado a fontes femininas.

Nossa influência em quanto ao estabelecimento da agenda também se orientaria mais positivamente se nos enfocamos em temas "intensamente" locais com ângulos cívicos, ao respeito de estilos de vida, ciência e saúde.

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Elaboração de agendas para o desenvolvimento comunitário. Não te digo que pensar ao respeito das notícias, pero sim te digo em que pensar. Atividade 2. Hierarquização de temas publicados e discussão ao respeito de que tão relacionado estão no tema de desenvolvimento social

Nome Hierarquização de temas

Descrição Hierarquização de temas publicados e discussão ao respeito de que tão relacionado estão no tema de desenvolvimento social

Modalidade Individual

Indicações 1. Faça uma lista dos temas tratados na seção nacional de seu

meio informativo durante uma semana ou do meio que deseje.

2. Hierarquize-os de maior a menor importância de acordo ás

vezes que apareceram e ao espaço ou tempo que ocuparam.

3. Discuta num mínimo de três parágrafos que tão adequada é

esta agenda desde a perspectiva do desenvolvimento social e

comunitário.

4. Faça uma lista alternativa de pelo menos cinco temas que a seu

juízo são mais importantes que os aparecidos durante a semana e que

não receberam coberta alguma ou que apareceram pero de maneira

pouco significativa.

5. Envie as duas listas e seus parágrafos de discussão a seu tutor

Page 159: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

159

para sua avalição e retroalimentação.

Formato e envio

Para envia-la ao tutor sega as indicações:

4. Elabore a atividade num arquivo de Word, o qual deve ter uma

fachada que inclua os seguintes dados:

Nome do diplomado

Nome da atividade

Nome completo do participante

Nome do professor tutor

Data de entrega

Arquivo nomeado da seguinte

maneira: Nombreparticipante_M8_T10_E5

5. Enviar através do "Centro de Mensagens" da plataforma

educativa. Faça clique no botão que se encontra na parte

inferior da página do curso.

6. Aguarde a que receba sua retroalimentação e avalição por

parte do tutor.

Avaliação A atividade tem um valor de 3 pontos.

Page 160: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

160

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Cobertas eleitorais realmente balanceadas A espiral do silencio O presente tema, por último, discute outro dos potenciais efeitos da coberta jornalística nas audiências: as consequências de ignorar aos candidatos débeis num processo eleitoral e elogiar ás possibilidades dos fortes.

Cobertas eleitorais realmente balanceadas

A espiral do silencio

Diagnóstico do problema

Análise e reflexão

Page 161: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

161

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Cobertas eleitorais realmente balanceadas A espiral do silencio 1. Diagnóstico do problema

Uma pesquisadora alemã, Elizabeth Noelle Newman (1991), analisou em varias eleições

nacionais em seu país que acontecia com os candidatos aos que os meios não lhes

davam muita importância ou aos que diziam que iam muito abaixo nas sondagens

públicas.

Ela concluiu que o que terminava ocorrendo era uma espiral do silencio ao redor do

candidato afeitado, uma profecia que se auto-cumpria em quanto ás poucas

probabilidades do político para alcançar a posição desejada. Outra maneira de influência dos meios ao respeito das audiências, as vezes não detectada pelos próprios jornalistas, é sua capacidade de impulsionar ou minimizar a prominência designada a personagens políticos ou sociais pelas audiências.

É dizer, se bem num princípio os meios só reportavam o que parecia estar ocorrendo nas preferências dos votantes, devido a esta mesma coberta, as audiências e por tanto os votantes, deixavam de prestar-lhe atenção a esse candidato. Seus seguidores experimentavam desanimo e por tanto eram menos vocais e menos entusiastas na promoção de seu candidato, o que gerava uma espiral do silencio que cada vez se fazia mais grande ate terminar deixando sem possibilidades ao afetado.

Page 162: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

162

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social y comunitário. Cobertas eleitorais realmente balanceadas A espiral do silencio 1. Diagnóstico do problema Em muitos casos, a função dos meios de criar espirais do silencio inicia o primer dia das pré-campanhas ou campanhas eleitorais, quando os jornais e as revistas decidem dar um tratamento diferente a cada candidato de acordo á importância, poder e desempenho prévio de seus partidos. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 14. A. Esta gráfica ilustra o modelo da teoria da Espiral do Silencio, em onde as posições minoritárias se vão debilitando a consequência da pouca exposição mediática ou da versão mediática das escassas probabilidades dos candidatos.

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://scielo.isciii.es/img/revistas/index/v16n57/3336-f1.jpg&imgrefurl=http://scielo.isciii.es/scielo.php%3Fpid%3DS1132-12962007000200007%26script%3Dsci_arttext&usg=__3JrtG6UwXstgd402kUH639DaBE

Q=&h=300&w=342&sz=39&hl=es&start=3&sig2=g8I8BQWm_6b8fQLcQlcnuA&um=1&tbnid=4auAOHHqiBSZbM:&tbnh=105&tbnw=120&prev=/images%3Fq%3Despiral%2Bdel%

Page 163: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

163

2Bsilencio%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26sa%3DG%26um%3D1&ei=KH_dSdiVOZfIM8bP-OEN

Se bem o anterior tem seu lógica e pode inclusive ser uma estratégia de ponderação tão válida como a proposta dum aceso equilibrado para cada um dos candidatos, na pratica termina por não promover um sistema autenticamente democrático onde as melhores propostas do momento tenham a mesma consideração e a mesma divulgação para as audiências. Para saber mais... Se em cada processo eleitoral, os meios proporcionaram mais atenção, espaço e possibilidades aos partidos maiores e consolidados, ¿em que momento os partidos pequenos e os candidatos de opções novidades poderão competir em igualdade de circunstancias com os já entronizados na política nacional? A contenda, assim, sempre é costa arriba para as alternativas não oficiais. Por todo o anterior, os jornalistas devemos de ser muito cuidadosos e conscientes ao momento de cobrir campanhas eleitorais. De novo, não se trata de propor que em cada contenda se de exatamente o mesmo espaço ou tempo a cada partido ou candidato. É obvio que há muitos fatores contextuais que podem justificar uma maior ou uma menor coberta segundo os casos (candidatos apáticos, falta de visão e estratégia neles, temáticas mais relevantes para os votantes, etc.). Porem conhecer este impacto de espiral do silencio pode conscientizar-nos ao respeito do poder que temos como jornalistas para promover contendas mais democráticas e justas ou para reforçar o status quo e permitir que as opções políticas tradicionais sejam as únicas que podem aspirar a governar a nação. A espiral do silencio pode dar-se também em outros âmbitos mais lá das contendas eleitorais. Em cada caso onde os meios decidam deixar de cobrir a uma personagem político, cultural, religioso ou social, se poderá apresentar um efeito de espiral do silencio.

Page 164: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

164

Cobertas eleitorais realmente balanceadas A espiral do silencio 1. Diagnóstico do problema

Um impacto oposto ao da espiral do silencio é o de propiciar o fenômeno psicológico

chamado em inglês por Elizabeth Noelle Newman (1991) "the bandwagon effect" (o

efeito de subir-se ao carro dos ganhadores). Na medida em que os meios vão gerando a ideia de que um dos candidatos se perfila como o ganhador ou outro se perfila como perdedor, os votantes se sentem impelidos psicologicamente a ficar do lado do bando vencedor, para evitar o sentimento de frustração que lhes provocaria a derrota de seu candidato. Por isso, mudam seu voto nas últimas semanas e o dirigem a quem os meios e as enquetes prognosticam como vencedor. Importante A seguir encontrará um exemplo do que se tem visto: Exemplo 14.B Exemplo 14. B. Os partidos políticos, conhecedores do fenómeno psicológico de não quer terminar no lado dos derrotados, tratam de influenciar aos votantes com mensagens de certeza do triunfo, para que não percam o ânimo e sentam que ao votar por eles poderão subir-se ao carro dos ganhadores. A primeira fotografia corresponde ás eleições do 2000 no México, nas que Vicente Fox logrou convencer a muitos votantes de que o outro candidato opositor Cuauhtémoc Cárdenas, não tinha possibilidades de triunfo e que era preferível votar por ele. O segundo se refere á estratégia de Manuel López Obrador, também nas eleições mexicanas, pero do 2006, para procurar reforçar a ideia em seus

seguidores de que ele ganharia.

Page 165: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

165

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://farm1.static.flickr.com/21/35175527_1383165529.jpg%3Fv%3D0&imgrefurl=http://flickr.com/photos/49598202%40N00/35175527/&usg=__koO6pTBU4zdaFs_e1iwrURSgL7M=&h=343&w=500&sz=52&hl

=es&start=6&sig2=2kvuGMTLD68n9-3W8wmZ2A&um=1&tbnid=XOn1ZWw3YB-ktM:&tbnh=89&tbnw=130&prev=/images%3Fq%3D%2522ya%2Bganamos%2522%2Bfo

x%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-US:official%26sa%3DG%26um%3D1&ei=0H_dSYuFI5rMMsiageUN

Fonte: http://images.google.com.mx/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_EZ38IjI

0pK4/SaIHnZmrBEI/AAAAAAAAIaM/NAba-60oR-Q/s400/amlocampa%C3%B1a.jpg&imgrefurl=http://kikka-

roja.blogspot.com/2009_02_01_archive.html&usg=__SZqnVJU7xMhMzTwvpmlBN5U7WgQ=&h=238&w=302&sz=25&hl=es&start=12&sig2=0k00VWBGV_xfAHhX8ITb2A&um=1

&tbnid=6I_peoI8ERmT0M:&tbnh=91&tbnw=116&prev=/images%3Fq%3D%2522ya%2Bganamos%2522%2Bfox%26hl%3Des%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:en-

US:official%26sa%3DG%26

Page 166: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

166

No caso de eleições nas que há um candidato oficial e dos ou três candidatos de oposição, é muito comum que os meios enquadrem a contenda de tal forma que ao final só um dos contendentes de oposição se vê com possibilidades de competir prosperamente com o da oposição. Isto propicia as chamadas a "voto útil" e o efeito de subir-se ao carro dos ganhadores para certa

porcentagem da povoação, que assim modifica sua intenção de voto e faz menos factível a reversão das tendências assinaladas previamente. O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Cobertas eleitorais realmente balanceadas A insuportável leveza da objetividade 2. Análise e reflexão Com a finalidade de que poda realizar um análise e reflexão do exposto neste tema, se lhe solicita que realize o seguinte "exercício de auto-aprendizagem" e como resultado medite ao respeito de seu labor como jornalista.

Exercício de auto-aprendizagem

A espiral do silencio e o efeito "bandwagon"

Indicações:

Realize de maneira autônoma o que se indica a seguir. Uma vez que obtenha o

resultado realize suas reflexões.

Cabe ressaltar que este exercício não é avaliável nem se deve enviar ao tutor.

Passos a seguir.

1. Realize um análise minucioso e fundamentado ao redor dos 2 termos vistos

neste tema:

1. "A espiral do silencio"

2. "The bandwagon effect"

Page 167: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

167

2. Gere o que consideraria como uma definição própria.

3. Analise uma serie de situações jornalísticas nas quais ambos termos seriam

aplicáveis.

4. Consulte a Reflexão final para contrastar.

Reflexión final

Não é nada fácil propor soluções claras para este apartado dedicado á espiral do silencio e ao efeito de subir-se ao carro dos ganhadores. Como se discutia no tema é difícil para os jornalistas dar o mesmo peso e atenção de inicio ao fim a cada um dos candidatos e, em ocasiões, o problema pode estar nos mesmos candidatos que não estão desempenhando-se bem ou que não estão na carreira eleitoral procurando realmente o triunfo. O primer passo é, não obstante, entender este grande poder da prensa para intervir drasticamente nos resultados eleitorais. Tendemos a vernos como simples intermediários que não afeitam diretamente quem termina sendo eleito e quem não. Porem entender que em ocasiões podemos jogar um papel central no resultado de processos vitais para a democracia de nossos países deveria fazer-nos mais precavidos e cuidadosos ao desenvolver nossa coberta.

Uma proposta inicial seria a de não adoptar acriticamente a coberta tradicional de candidatos e partidos de acordo a seu peso e poder atual na política. Se bem a ponderação de acordo a estes fatores é valida, devemos estar muito receptivos a dar-lhes uma verdadeira oportunidade a candidatos e opções que podam trazer propostas novas e frescas que promovam o cambio das estruturas políticas obsoletas ou corruptas.

Page 168: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

168

O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário. Atividades

Tema Atividades Ponderação

Coberta balanceada e relevante do

acontecer internacional

Atividade 1 Análise de notícias internacionais

4 pontos

Elaboração de agendas para o

desenvolvimento comunitário

Atividade 2 Hierarquização de temas publicados e discussão ao respeito de que tão relacionado estão no tema de desenvolvimento social

3 pontos

Atividade 3 Reflexão ao respeito da aprendizagem

3 pontos

Page 169: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

169

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário

Glosario Agenda de discussão pública Uma das teorias do jornalismo que melhor tem explicado a maneira em que os meios informativos influem nas pessoas é o enfoque do estabelecimento da agenda (agenda setting theory). Desenvolvida a começos dos anos setenta pelos investigadores Maxwell McCombs e Donald Shaw com base no análise das eleições presidenciais de 1968 nos Estados Unidos, a teoria veio a explicar de maneira clara e convincente a maneira em que os meios, ao selecionar e hierarquizar as notícias que devem chegar a suas audiências influem na prioridade que as mesmas lhe outorgam aos diferentes temas sociais. Assim, os temas mais destacados nos meios se convertem nos temas mais importantes na agenda dos ledores, tele videntes e radio escutas.

Canais rotineiros Entre os mecanismos adoptados pelos repórteres para assegurar a provisão de matéria prima (notícias) se encontram os que se podem denominar "pseudoeventos", é dizer, atos que se planejam ex profeso pelas fontes para atrair aos jornalistas e converte-se em notícia. As conferencias de prensa, as giras, os boletins de prensa, as entrevistas concedidas a distintos meios nos mesmos dias, às declarações de banqueta e outros mais constituem canais rotineiros nos quais os repórteres obtêm informação legitimada e oportuna para seus meios. Em certos jornais e noticiários, as notas recopiladas desta maneira são a maioria, deixando a um lado as investigações próprias dos repórteres.

Crenças paranormais São aquelas que tratam de explicar fenômenos naturais mediante argumentos e procedimentos não científicos e que carecem de mecanismos de comprovação e validação empírica. O método científico exige que quando um investigador delineia uma afirmação (sua hipótese de trabalho) deve acompanha-a de sua negação (la hipótese nula) e comprometer-se a refutar esta última com procedimentos objetivos, transparentes e replicáveis (é dizer, que permitam que outros investigadores usando os mesmos procedimentos cheguem aos mesmos resultados). Ne os astrólogos, nem os curandeiros, nem os médiuns, bruxos, ufólogos, ledores de tarô, etc. adoptam a metodologia científica para confirmar sus afirmações.

Page 170: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

170

Diversidade Devido a seu compromisso com a sociedade á que servem, os meios de comunicação requerem aspirar á maior diversidade possível em quanto a fontes informativas, temas, ângulos e posturas. A democracia promove a expressão de todas as vozes e todas as posições e o jornalismo tem a missão de preserva-la e consolida-la. Deixar fora da coberta informativa a grupos sociais e posições ideológicas contrarias ao meio é empobrecer o debate público e a representatividade do que se presenta como notícia.

Efeito "Bandwagon" De acordo á investigadora alemã da opinião pública Elizabeth Noelle-Neuman, o efeito "bandwagon" é aquele que por rações psicológicas provoca que os seguidores dum candidato, ao perceber o fracasso de sua campanha, prefiram cambiar sua intenção de voto para outro contendente que se considere mais viável de obter o triunfo para evitar a sensação de derrota.

Enquadre A teoria do enquadre ("framing") é uma das mais populares hoje em dia para explicar a maneira em que a maneira em que se redige uma nota, se hierarquiza e se destaca a informação propicia que a gente interprete o acontecimento desde certas perspectivas e não outras. O enquadre noticioso (news frame) se refere ao processo de seleção e ênfase de palavras, expressões e imagens por parte do repórter para conferir um ponto de vista, enfoque ou ângulo ao respeito do acontecimento. Estes enquadres, ao ser recebidos pela audiência, influem na maneira em que esta pensa e aborda o acontecimento, assim como em suas atitudes e crenças ao respeito do mesmo.

Encuetes Técnica de investigação quantitativa que se baseia na aplicação de entrevistas mediante questionários com respostas fechadas ou de opção múltiplo para indagar questões relacionadas com a conduta e as opiniões das pessoas. Se baseia na seleção de uma mostra representativa da povoação meta mediante procedimentos aleatórios, é dizer, que asseguram que todos e cada um dos membros da povoação têm a mesma possibilidade de ser escolhidos. O tamanho da mostra se baseia em formulas estadísticas que tomam em conta o nível de confiança (tipicamente o 95%) e a margem de erro (tipicamente o 5%, ainda que nas sondagens eleitorais tende a ser do 2.5 ou 3% devido ao grado de certeza que se deseja).

Espiral do Silencio Teoria ao respeito da opinião pública desenvolvida pela investigadora alemã Elizabeth Noelle Neuman e que consiste em explicar a maneira em que a ausência de coberta jornalística sobre um candidato ou partido, ou a coberta negativa sobre suas

Page 171: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

171

possibilidades de obter o triunfo, provocam desânimo em seus partidários ao grau de deixar de promover entre amigos e conhecidos à campanha eleitoral de seu contendente. Isto provoca que cada vez se apresente menos entusiasmo entre eles e sentam menos segurança de que seja uma opção viável, o que gera ansiedade psicológica nestes seguidores e uma tendência a ser menos vocais e agressivos na busca de proselitismo. O efeito, assim, é o de uma espiral do silencio no que cada vez vai crescendo no eleitorado a percepção de que o candidato em questão tem perdido força e importância, o qual termina convertendo-se numa profecia que se auto cumpre.

Grupos de discussão Técnica qualitativa de investigação que consiste em ter sessões de discussão com vários grupos de entre 6 e 10 pessoas cada um pertencentes a um grupo de interesse determinado (ledores dum jornal tele videntes dum canal ou noticiário, radio escutas). Normalmente se conta com um moderador (o pesquisador mesmo, ou alguém treinado por ele) que leva uma guia de temas para por a consideração do grupo (por exemplo, que lhes gosta e que não lhes gosta do jornal ou noticiário; que recomendas agregar ou eliminar, que tanto utilizam a informação que recebem etc.) e que evita que se saiam de tema ou que somente falem poucas das pessoas participantes. As sessões duram entre uma e duas horas e são gravadas em áudio ou em vídeo para posteriormente fazer transcrições exaustivas e analisar as contribuições de seus membros.

Info-entretenimiento Tendência atual nos meios informativos de retomar as fórmulas exitosas do entretenimento e a ficção para fazer mais atrativas as notícias. Uso de editorialização, dramatização, efeitos visuais como câmaras lentas ou subjetivas, efeitos de sonido e de edição. Entre as estratégias utilizadas pelos editores e produtores de notícias se inclui a personalização (ênfase nos indivíduos, aos que se trata como celebridades ou vilãos), a dramatização (apresentação dos acontecimentos de maneira emocional e apelando aos sentimentos e não á ração) e a fragmentação (uso de frases breves e simplistas para explicar aspetos complexos e amplos). Em geral, se refere a empacotamento da notícia como espetáculo e pelo tanto a sua trivialização.

Objetividade Conceito que se refere á pretensão dos meios informativos e de seus jornalistas de não tomar partido e manter-se neutrais frente a uma realidade a la que se procura refletir de maneira fiel e sem distorções. A base principal deste argumento é a ideia de que o mundo social está composto de verdades essenciais e que o jornalismo, em sua coberta desse mundo, deve refleti-las objetivamente. O consenso atual entre os estudiosos do jornalismo é que a objetividade não pode alcançar-se, devido aos condicionantes sociais, educativos, religiosos, culturais dos comunicadores assim como aos interesses comerciais, políticos ou ideológicos dos donos ou gerentes dos meios de comunicação.

Page 172: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

172

De aí que se recomende mais que procurar a objetividade, que se aspire a uma maior diversidade, honestidade e explicitação aos ledores das posições ideológicas desde as quais aborda o meio a realidade.

Jornalismo cívico A proposta de realizar um jornalismo cívico consiste na convicção de que os meios informativos têm um compromisso com a vida pública que vai más lá de proporcionar informação ou dados. De acordo ao livro clássico deste enfoque, As raízes do jornalismo cívico (The roots of civic journalism), os princípios básicos que propõe são:

1. Situar aos jornais e jornalistas como participantes ativos da vida em suas

comunidades, mais que como espetadores distanciados.

2. Converter ao jornal num foro para a discussão de problemas comunitários

3. Favorecer os temas, eventos ou problemas mais importantes para a gente

comum e corrente.

4. Tomar em conta á opinião pública mediante um processo de discussão e

debate entre membros duma comunidade.

5. Usar o jornalismo para incrementar o capital social.

Produção da notícia Contrario a crença de que os meios informativos só funguem como intermediários entre a realidade e os ledores ou tele videntes, os estudiosos do jornalismo tem demostrado que as notícias se constroem, se produzem. Assim como as empresas obtêm sua matéria prima de algum fornecedor e posteriormente a transformam mediante procedimentos determinados, assim os repórteres obtêm dados e declarações mediante procedimentos sistemáticos e rotineiros que as transformam em noticias ou reportagens. As rotinas de trabalho (quotas de notícias, número de repórteres designados a cada seção, horas ou dias disponíveis para investigar um determinado tema, recursos documentais disponíveis, etc.) determinam em grande medida que se logra recopilar e como. As limitações em recursos económico e humanos, pelo geral, obrigam a cobrir uma cidade, região ou país com uma rede amplia de pescadores nas que muitos peixes pequenos ou medianos não ficam apanhados, só os muito grandes. Assim, as fontes favorecidas são as governamentais ou oficiais e os cidadãos comuns e correntes se vem ignorados ou minimizados como geradores das notícias.

Sound bite

Page 173: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

173

Termo derivado originalmente da radio, porem que se tem ido aplicando cada vez mais á televisão. Se refere a um segmento de áudio ou vídeo dentro duma notícia, na que se escuta diretamente a voz duma fonte informativa e não o resumo do que diz por parte do repórter. Estes fragmentos, á medida que passa o tempo, tem ido fazendo-se cada vez mais curtos, ao grau de que na atualidade tendem a durar só entre 6 e 8 segundos na média. Isto significa que o único que escutará o tele vidente ou radio escuta serão as declarações mais estridentes, chamativas ou controvérsias duma fonte informativa e não o contexto completo no que as diz.

Page 174: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

174

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor o desenvolvimento social e comunitário

Bibliografia Cunningham, B. (2003, julio-agosto) Cunningham, B. (2003, julio-agosto). Re-thinking objetivity. Columbia Journalism Review, pp. 24-32.

Global Media Monitoring (2009) Global Media Monitoring. (2009). Global Media Monitoring Project 2005. Obtido o 10 de março de 2009 de: htp://www.globalmediamonitoring.org/research/top_10_highlights

Lozano, J.C. (2000) Lozano, J.C. (2000). Informação internacional e prensa latino-americana. Diálogos da Comunicação, (57), 49-60.

Lozano, J.C. (2000) Lozano, J.C. (2001). Espetacularização na coberta informativa das eleições mexicanas á presidência. Comunicação e Sociedade, 14 (1), 29-49. Universidade de Navarra, Pamplona, Espanha.

Lozano, J.C. (2000) Lozano, J.C. (2006). Teoria e investigação da comunicação de massas (2a. ed.). México: Pearson.

McCombs, M. Shaw, D. L. y Weaver, D. (Eds.). (1997) McCombs, M. Shaw, D. L. y Weaver, D. (Eds.). (1997). Communication and democracy: exploring the intellectual frontiers in agenda-setting theory. Mahwah, Nueva Jersey, Estados Unidos: Lawrence Earlbaum Associates.

Newman, B.I., (1999)

Page 175: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

175

Newman, B.I., (1999). The mass marketing of politics: Democracy in an age of manufactured images. Sage, Thousand Oaks, Estados Unidos.

Noelle-Neumann, E. (1991) Noelle-Neumann, E. (1991). The theory of public opinion: The concept of the spiral of silence. In J.A. Anderson (Ed.), Communication Yearbook, 14, (pp 256-287). Newbury Park, CA: Sage.

Proyecto Global de Monitoreo de Medios (2005) Projeto Global de Monitoreo de Meios. Informe Nacional 2005: Argentina. Obtido el 10 de março de 2009 de: http://www.globalmediamonitoring.org/research/country_reports

Rodríguez, A. (s/f) Rodríguez, A. (s/f). Características sociodemograficas e laborais dos jornalistas espanhóis e índice de satisfação profissional. Obtenido el 7 de marzo de 2006 de http://www.ull.es/publicaciones/latina/ambitos/9/art26.htm

Secretaría de Gobernación (2002, agosto) Secretaria de Governação (2002, agosto). Conhecendo aos cidadãos mexicanos: principais resultados da Enquete Nacional ao respeito de Cultura Política e Práticas Cidadãs 2001 de la SEGOB. Este País, (137), Suplemento especial.

Secretaría de Gobernación (2001) Secretaria de Governação (2001). Práticas Cidadãs 2001 da SEGOB. Este País, (137), Suplemento especial.

Sitios web de consulta sobre el nuevo papel del periodista

Columbia Journalism Review: http://www.cjr.org/

Biografías y vidas: http://www.biografiasyvidas.com/

Buscar biografía de: http://www.buscabiografias.com/

Directorio de Servidores Estadísticos del

Mundo: http://www.ine.es/htdocs/serv/estadist.htm

Fairness & Accuracy in Reporting: http://www.fair.org/index.php

Page 176: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

176

Guide to Investigative Journalism - Public Broadcasting System

(PBS): http://www.pbs.org/wnet/expose/

Newslab - Working for excellence in Journalism: http://www.newslab.org/

News University: Training for Journalists, Anytime,

Anywhere.: http://www.newsu.org/

Organización Mundial de la Salud: http://www.who.int/es/

Poynter Institute Online: http://www.poynter.org/

Recursos para Periodistas, Universidad de

Navarra: http://www.unav.es/fcom/guia/index_recursos.htm

Tips for

Interviewing: http://darkwing.uoregon.edu/~sponder/j641/Interview.htm

MÓDULO 7 O jornalista como agente, defensor e promotor do desenvolvimento social e comunitário

Ferramentas Lhe apresentamos uma serie de ferramentas que lhe serão de grande utilidade em seu labor como jornalista. Procurador de biografias Sítios nos que pode realizar buscas de biografias de personagens famosos históricos e atuais.

Biografias e vidas

URL: http://www.biografiasyvidas.com/

Buscar biografías

URL: http://www.buscabiografias.com/

Instituto Nacional de Estadística Este sitio lhe permitirá encontrar estadísticas demográficas, económicas e sociais já existentes divididas e categorizadas por continente. URL: http://www.ine.es/ Exposé Sitio web dedicado a apresentar reportagens de investigação jornalística em América. URL: http://www.pbs.org/wnet/expose NewsLab

Page 177: MÓDULO 7 - Centros Comunitarios de AprendizajeLa falta de visões femininas na coberta de assuntos "duros”. Tema 3. Os rios de sangue. A supremacia da nota vermelha e o sensacionalismo

177

Sitio web com diferentes recursos, artigos de ajuda para o labor jornalística, estratégias jornalísticas, entre outros. URL: http://www.newslab.org/ News University Cursos de capacitação em linha para jornalistas. URL: http://www.newsu.org/ Organización Mundial de la Salud (OMS) Sitio oficial da Organização Mundial da Saúde, em espanhol. URL: http://www.who.int/es/ Poynter Institute Online Sitio de notícias e conselhos para jornalistas. URL: http://www.poynter.org/ e-periodistas Sitio onde poderá encontrar bases de dados, livros, notícias e mais recursos relacionados com o jornalismo. URL: http://www.unav.es/fcom/guia/index_recursos.htm Tips para entrevistar Página onde se apresentam algumas recomendações ao momento de realizar uma entrevista. URL: http://darkwing.uoregon.edu/~sponder/j641/Interview.htm