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1 MDA/SAF/ CNPq N 0 . 58/2010 Chamada 2 A) Título: Rede de Agroecologia da Unicamp: integração ensino, pesquisa e extensão na construção participativa de saberes agroecológicos. B) Identificação da Instituição de Execução Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Instituto de Biologia - Faculdade de Engenharia Agrícola - Instituto de Economia - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - Instituto de Geociências - Faculdade de Ciências Aplicadas - Faculdade de Engenharia de Alimentos - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação - Colégio Técnico de Campinas - Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares CNPJ: 46.068.425/0001-33 Endereço: Cidade Universitária Zeferino Vaz Rua Monteiro Lobato, 255 CEP 13.083-862 - Campinas - SP - Brasil C) Identificação do coordenador Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib Departamento de Biologia Animal Instituto de Biologia (IB) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Endereço: Rua Monteiro Lobato, 255 Cidade Universitária Zeferino Vaz CEP 13.083-862 - Campinas - SP - Brasil E-mail: [email protected] Telefone: (19) 3521-6330

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MDA/SAF/ CNPq – N0. 58/2010

Chamada 2

A) Título: Rede de Agroecologia da Unicamp: integração ensino, pesquisa e extensão na

construção participativa de saberes agroecológicos.

B) Identificação da Instituição de Execução

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

- Instituto de Biologia

- Faculdade de Engenharia Agrícola

- Instituto de Economia

- Instituto de Filosofia e Ciências Sociais

- Instituto de Geociências

- Faculdade de Ciências Aplicadas

- Faculdade de Engenharia de Alimentos

- Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação

- Colégio Técnico de Campinas

- Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares

CNPJ: 46.068.425/0001-33

Endereço: Cidade Universitária Zeferino Vaz – Rua Monteiro Lobato, 255

CEP 13.083-862 - Campinas - SP - Brasil

C) Identificação do coordenador

Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib

Departamento de Biologia Animal – Instituto de Biologia (IB)

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Endereço: Rua Monteiro Lobato, 255

Cidade Universitária Zeferino Vaz

CEP 13.083-862 - Campinas - SP - Brasil

E-mail: [email protected]

Telefone: (19) 3521-6330

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D) Objetivos

Objetivo geral

Apoiar e dinamizar a Rede de Agroecologia da Unicamp, com vistas à consolidação e

ampliação de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, a partir de uma articulação

interinstitucional, de caráter participativo e interdisciplinar, que contribua para a interação

entre agricultores1, consumidores, estudantes, extensionistas, docentes e pesquisadores no

processo de construção e aplicação de saberes agroecológicos, contribuindo para o

empoderamento dos agricultores familiares e de suas comunidades, de acordo com as

diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural e do Plano Nacional

de Extensão Universitária2.

Sendo assim, na seqüência são expostos os objetivos específicos propostos e suas

respectivas linhas de ação:

Objetivo específico 1 (OE 1):

Consolidar a Rede de Agroecologia da Unicamp visando fomentar a construção de

conhecimento e a troca de saberes em Agroecologia entre agricultores, consumidores,

estudantes, extensionistas, docentes e pesquisadores, promovendo a visibilidade de suas

ações, o fortalecimento e a ampliação de parcerias para o desenvolvimento de projetos

interinstitucionais, multi e interdisciplinares, de ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia.

Linhas de ação do OE 1:

1.1. Estruturação física da sede da Rede de Agroecologia da Unicamp;

1 Este projeto inclui atores do ambiente rural e urbano por considerar que a agricultura urbana é complementar à produção do

meio rural (Drescher et al., 2000) em termos de auto-abastecimento, fluxos de comercialização e de abastecimento de

mercado (Machado e Machado, 2002). Também se entende que suas experiências têm um rico potencial de troca no processo

de construção dos conhecimentos agroecológicos.

2 Plano Nacional de Extensão Universitária, elaborado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas

Brasileiras e pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e do Desporto, define diretrizes, objetivos e

metas para a extensão universitária no país refletindo o compromisso da universidade com a transformação da sociedade

brasileira em direção à justiça, à solidariedade e à democracia (BRASIL, 2000/2001).

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1.2. Implantação de uma biblioteca, uma videoteca e um acervo de memória na sede da Rede

de Agroecologia da Unicamp;

1.3. Concepção, implantação, edição, publicação e gerenciamento do um sítio eletrônico;

1.4. Concepção, criação, alimentação e gerenciamento de bancos e bases de dados e

informações3, digitais, inseridos [inseridas] no sítio eletrônico, alusivos a temas da

Agroecologia, importantes subsídios para ações de ensino, pesquisa e de extensão e de

cooperação interinstitucional;

1.5. Sistematização e inserção de experiências dos membros da Rede de Agroecologia da

Unicamp no sistema “Agroecologia em Rede” (http://www.agroecologiaemrede.org.br/);

1.6. Construção e operação de mecanismos de comunicação interna na Rede de Agroecologia

da Unicamp e dela com o ambiente externo.

Objetivo específico 2 (OE 2):

Institucionalizar a Rede de Agroecologia da Unicamp, reforçando as concepções teóricas

entre seus participantes e construindo de forma participativa sua missão, suas linhas de ação e

respectivas metas.

Linhas de ação do OE 2:

2.1. Discussão e reflexão participativa das percepções e linhas de ação dos atores da Rede de

Agroecologia da Unicamp, à luz do conceito de Agroecologia4 e tendo em conta as suas

experiências, em busca de formar um marco referencial aplicável às dinâmicas da própria

3 Incluindo mas não se restringindo a: monografias, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, sistematizações de

experiências, publicações em geral, banco de competências e vagas para estágio. 4 Ressaltando-se que o conceito de Agroecologia, proposto pela ABA, fundamenta este projeto.

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Rede, como elemento para processos de comunicação e de referência para ensino, pesquisa e

extensão.

2.2. Construção participativa do "Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão

em Agroecologia" da Rede de Agroecologia da Unicamp, com base na Política Nacional de

Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER e no Plano Nacional de Extensão

Universitária;

2.3. Participar na elaboração do "Programa de Extensão em Agroecologia da Unicamp"5;

2.4. Promoção e ampliação da interação, nos âmbitos local, regional, estadual, nacional e

internacional, com organizações associativas e de articulação como a Associação Brasileira de

Agroecologia - ABA, Articulação Nacional de Agroecologia - ANA, Articulação Paulista de

Agroecologia – APA, Rede de Agroecologia Mantiqueira-Mogiana e Sociedade Científica

Latinoamericana de Agroecologia – SOCLA, tendo em vista os propósitos deste projeto e da

própria Rede de Agroecologia da Unicamp;

Objetivo específico 3 (OE 3):

Promover espaços de construção, intercâmbio e aplicação dos saberes agroecológicos,

envolvendo agricultores familiares, consumidores, extensionistas, docentes, pesquisadores e

estudantes.

Linha de ação do OE3

3.1. Realização de estudos e pesquisas sobre a temática da Agroecologia;

3.2. Organização de eventos para aprimoramento conceitual, construção e desenvolvimento de

métodos e técnicas em Agroecologia, aplicáveis a ações de ensino, pesquisa e extensão, à

formulação de políticas públicas e à gestão de organizações de agricultores.

5 A elaboração do Programa de Agroecologia da Unicamp é uma ação sob gestão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos

Comunitários – PREAC (http://www.preac.unicamp.br/).

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E) Justificativa

Historicamente, a agricultura tem passado por intensas modificações em seus padrões

tecnológicos e sociais, adotando a premissa de que o desenvolvimento tecnológico seria capaz

de suplantar as restrições ambientais que limitavam a sua produtividade (EHLERS, 1999;

ROMEIRO & SALLES FILHO, 1997).

Um dos períodos de maiores transformações na agricultura brasileira foi a chamada

“Revolução Verde”, que ocorreu a partir da década de 1960, a qual se propunha combater a

fome mundial aumentando a produtividade do trabalho e da terra através da geração e difusão

de “pacotes tecnológicos” (ALMEIDA; PETERSEN; CORDEIRO, 2001). Rapidamente o

Estado brasileiro mobilizou esforços para a difusão do padrão tecnológico “modernizador”,

apoiando a adaptação e validação do padrão agrícola que se tornara convencional em países

centrais (EHLERS, 1999) e ignorando a complexidade da realidade agrária e ambiental de

nosso país. Os desdobramentos desta reorientação da produção também se fizeram presentes

nas diretrizes para a pesquisa, educação e extensão rural. Desta forma, promoveu-se no país

uma “modernização conservadora” (GRAZIANO NETO, 1982), apoiada na manutenção da

estrutura fundiária concentrada, favorecendo as propriedades de maiores portes capazes de

atender aos requisitos da desejada industrialização do campo, visando, fundamentalmente, a

exportação de commodities, produção de matéria-prima e biomassa para as agroindústrias em

ascensão. Esta foi apoiada por uma estrutura de pesquisa e extensão tecnicista e difusionista.

Desconsiderou-se neste processo a força produtiva e a necessidade de apoio ao

fortalecimento da agricultura familiar, que além de excluída e marginalizada passou por um

processo de desqualificação social de seus saberes, o que implicou em uma intensa erosão do

conhecimento tradicional e conseqüente perda de autonomia (LUZZI, 2007).

Este modelo convencional, insustentável nas suas formas de produção e exploração de

recursos naturais e humanos, resultou na intensificação dos problemas sócio-ambientais já

existentes e na geração de novos (ALTIERI, 1995). Segundo Gliessman (2000) firma-se,

então, a visão de que a agricultura "moderna" não teria capacidade de produzir alimentos

suficientes para a população global em longo prazo simplesmente porque deteriora as

condições que a torna possível. Assim, afirma ser

“necessária uma nova abordagem da agricultura e do

desenvolvimento agrícola, que construa sobre aspectos de

conservação de recursos da agricultura tradicional local,

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enquanto, ao mesmo tempo, se exploram conhecimento e

métodos ecológicos modernos.” (GLIESSMAN, 2009).

Nesta perspectiva, o debate agroecológico no Brasil ganhou força nas últimas três

décadas (LUZZI, 2007), colocando em pauta a necessidade premente de discussões sobre os

métodos alternativos de produção agrícola e de novas diretrizes na pesquisa científica e

extensão para a validação destas práticas (ALTIERI, 1995).

A Agroecologia é uma ciência emergente,

“entendida como enfoque científico, teórico, prático e

metodológico, com base em diversas áreas do conhecimento,

que se propõe a estudar processos de desenvolvimento sob uma

perspectiva ecológica e sociocultural e, a partir de um enfoque

sistêmico, adotando o agroecossistema como unidade de

análise, apoiar a transição dos modelos convencionais de

agricultura e de desenvolvimento rural para estilos de

agricultura e de desenvolvimento rural sustentáveis”

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGROECOLOGIA, 2004).

Segundo Gomes e Borba (2004), a Agroecologia está fundamentada em bases

epistemológicas diferentes das vigentes nas ciências tradicionais, incorporando a

complexidade, a dúvida, a incerteza, a inter ou transdisciplinaridade e o reconhecimento dos

saberes tradicionais. Desta forma, esta abordagem pode representar uma ruptura

paradigmática do modelo vigente, resgatando a lógica de complexificação das agriculturas

tradicionais e buscando, além de mudanças sócio-econômicas e tecnológicas nos processo em

nível de agroecossistemas, avançar para mudanças sociais e ecológicas complexas que

implicam não somente em rumos para a agricultura sustentável, mas em um modelo de

sociedade sustentável (GÙZMAN-CASADO et al., 2000). De acordo com Moreira e Carmo

(2004), coloca-se à academia e ao extensionismo os grandes desafios de realizar uma revisão

dos pressupostos epistemológicos e metodológicos que guiam ações de pesquisa e

desenvolvimento, revertendo a fragmentação do conhecimento das ciências convencionais e

promovendo, na prática, esforços interdisciplinares e interinstitucionais para a promoção do

desenvolvimento rural sustentável da agricultura familiar pautado na Agroecologia. E para tal,

obviamente, também se faz necessária uma atuação bastante intensa na formação de

profissionais qualificados para o trabalho nesta nova realidade.

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É buscando construir ferramentas para o enfrentamento destes desafios que se

apresenta o projeto para a consolidação da Rede de Agroecologia da Unicamp.

Em sua história, esta Universidade pública sempre agiu no sentido de mobilizar

esforços para tornar a inserção social uma diretriz para suas ações. Desta forma, desde a

década de 1970, grupos vêm atuando fortemente tanto no ensino, quanto na pesquisa e

extensão com vistas ao desenvolvimento de tecnologias de base ecológica, da extensão rural e

da agricultura familiar.

A Unicamp é também reconhecidamente uma pioneira na inserção do debate

agroecológico no âmbito universitário brasileiro. O Instituto de Biologia, que desde 1972 já

trabalhava com o desenvolvimento de técnicas de manejo de agroecossistemas na perspectiva

ecológica, foi uma das primeiras instituições públicas do país a ter em seus quadros de

formação acadêmica uma disciplina de Agroecologia6 (1998). E em 1999 promoveu um

Workshop de Agroecologia que mobilizou mais de 100 pessoas de todo o Brasil.

Da mesma forma, a Faculdade de Engenharia Agrícola, em sua área de Planejamento e

Desenvolvimento Rural Sustentável, implantada em 1995, criou duas disciplinas AP535-

Desenvolvimento Rural Sustentável e AP515 – Extensão Rural, onde em ambos os conteúdos

constavam a discussão da Agroecologia. Posteriormente, em meados dos anos 2000, a

disciplina AP555- Fundamentos da Agroecologia foi criada em nível de pós-graduação e há

cerca de 2 anos, esta disciplina entrou no projeto de formação do engenheiro agrícola da

Unicamp. Paralelamente ao ensino, ao ser criada a área de Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável definiu-se as linhas de pesquisa, entre elas a de Agroecologia, Agricultura

Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável. A partir daí registrou-se um aumento na

demanda de estudantes de pós-graduação buscando desenvolver pesquisas em Agroecologia.

Hoje, a Agroecologia pauta trabalhos em diversas outras unidades da Universidade.

Em especial no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Instituto de Economia, Instituto de

Geociências, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Faculdade de Ciências Aplicadas,

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação, Incubadora Tecnológica de Cooperativas

Populares e no Colégio Técnico de Campinas. Além destas, há vários outros grupos formados,

incluindo-se organizações de alunos que também realizam atividades nesta temática.

6 A disciplina NE433 “Tópicos em Agroecologia” foi criada em 1998 e faz parte do quadro de disciplinas do

curso de Pós-graduação em Ecologia da Unicamp.

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Todas estas instâncias da Universidade têm uma longa história de articulação interna e

externa. Estas parcerias em projetos de pesquisa e extensão e em disciplinas (de ensino médio,

graduação e pós-graduação), atuam na perspectiva interdisciplinar e plurimetodológica. E

assim, buscam promover a construção de conhecimentos em Agroecologia e a formação de

atores para a facilitação dos processos de desenvolvimento local junto a agricultores

familiares e suas comunidades.

Dentre as parcerias organizacionais do grupo da Unicamp destacam-se instituições de

assistência técnica e extensão rural (ATER) pública (como a Coordenadoria de Assistência

Técnica Integral do Estado de São Paulo e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São

Paulo) e privada (como a Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região),

organizações de agricultores (como a Família Orgânica e Vila Yamaguishi), organizações de

consumidores (como o Trocas Verdes), instituições de pesquisa (como a Agência Paulista de

Tecnologia dos Agronegócios e a EMBRAPA Meio Ambiente) e instituições de ensino (como

a UNESP de Botucatu e o Centro Paula Souza).

Diante deste quadro, em setembro de 2010, estes grupos internos e externos à

Unicamp reuniram-se na “Oficina da Articulação de Agroecologia da Unicamp” para traçarem

estratégias de potencialização, integradas nesta temática, para suas ações. Deste encontro

nasceu a Rede de Agroecologia da Unicamp, rede sociotécnica interinstitucional de apoio à

agricultura familiar.

A Rede se baliza na Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural

(PNATER) e no Plano Nacional de Extensão Universitária, entendendo que ambos se

coadunam ao colocarem a necessidade da integração entre o saber acadêmico e o popular na

construção dos conhecimentos agroecológicos para a promoção do empoderamento da

agricultura familiar sob novos paradigmas de desenvolvimento rural. Também partilha a

premissa de que este conhecimento se consolida através de ações indissociáveis de ensino,

pesquisa e extensão.

Sendo assim, o projeto apresentado a seguir constitui a base de consolidação desta

Rede na Unicamp, sendo fundamental para que se estabeleçam condições para seu processo

de reconhecimento institucional e para criar espaços adequados de ação e continuidade,

entendendo que estes objetivos têm a sociedade como beneficiária.

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F) Envolvimento do proponente e/ou de sua instituição com projetos em execução no

país relacionados com os objetivos da proposta;

O coordenador do projeto (Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib) é engenheiro

agrônomo, formado pela Universidade de Alexandria (Egito, 1964), onde também atuou como

docente e obteve o grau de Mestre em Entomologia (1968). Em 1972 foi admitido no quadro

de docentes do Departamento de Zoologia (atualmente Biologia Animal), do Instituto de

Biologia da Unicamp, onde permanece até hoje. Em 1976 obteve o grau de doutor nesta

mesma instituição. Em 1982 obteve a livre docência. Tornou-se Professor Titular da área de

Controle Biológico em 1986.

Já publicou mais de 85 artigos científicos em revistas indexadas e orientou mais de 50

alunos dos mais diversos níveis acadêmicos.

Atualmente exerce o segundo mandato como Pró-Reitor de Extensão e Assuntos

Comunitários da Unicamp, sendo a representação institucional junto ao Fórum de Pró-

Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. Também é responsável pela

coordenação do Projeto Rondon pela Unicamp.

Desde 2004 é responsável pela área de Agroecologia, onde além de ministrar duas

disciplinas (BE599 -“Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável” na graduação em

Ciências Biológicas e NE433 - “Tópicos em Agroecologia” na pós-graduação em Ecologia),

desenvolve pesquisa e extensão na área e orienta alunos de graduação, mestrado e doutorado,

dedicando-se a estudos sobre manejo de agroecossistemas, controle biológico e indicadores de

sustentabilidade no enfoque de apoio à transição agroecológica e à agricultura familiar.

Cabe ressaltar que nas disciplinas ministradas conta com a colaboração do Dr. José

Maria Gusman Ferraz (ABA) além de docentes da FEA, FEAGRI, IE e parceiros externos da

Embrapa Meio Ambiente, Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região, dentre

outros. E, reafirmando a importância da interação entre os diversos atores envolvidos na

construção dos saberes agroecológicos, estas duas disciplinas aceitam alunos especiais, o que

vem possibilitando seu acesso para pessoas com as mais diversas formações, inclusive para

agricultores.

De 2003 a 2005 foi responsável institucional pelo “Consórcio Brasil–EUA em

Agroecologia e Desenvolvimento Rural” (CAPES-FIPSE) que promoveu o intercâmbio de

estudantes de graduação e professores com a Universidade da Califórnia (Berkeley) e a

Universidade de Nebraska (Lincoln).

Foi responsável pelos projetos de extensão:

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- “Qualificação de agricultores familiares para processos de transição agroecológica em

assentamentos rurais" (FAEPEX/2007). Coordenador: Mohamed Habib. Equipe: Marcelo Vaz

Pupo, Adriana Lenadro, Ana Érika Dias Ferreira, Carolina Violante Peres, Cíntia Rizoli Ruiz

da Silva, Eugênia Carolina Barioni.

- “Qualificação de agricultores urbanos da Cooperativa “Cio da Terra” para processos de

transição agroecológica, visando à produção orgânica (2008/2009) (FAEPEX/ 2008).

Coordenador: Mohamed Habib. Equipe: Giovanna Garcia Fagundes, Aida Gamal Mahamoud,

Camila Maioralli, Carlos Scatena, Clarisse Boni de Oliveira.

Na atualidade é orientador dos projetos de iniciação científica “'Monitoramento

participativo da sustentabilidade em duas unidades de produção orgânica em Jaguariúna, SP”

(Victor Renk Maciel) e “Estudo etnobotânico de plantas medicinais usadas pela comunidade

da Associação “Cio da Terra” (Fernanda Piccolo Binotti).

Nestes projetos, registrou-se uma interação bastante forte com organizações de ATER

e de agricultores. Esta interação também ocorre através de parcerias do seu laboratório em

projetos sob a coordenação de parceiros intra e interinstitucionais. Dentre estes se destaca a

participação no projeto da Rede de Agroecologia Mantiqueira Mogiana da Embrapa Meio

Ambiente e nos cursos para formação de agentes de ATER coordenados pela FEAGRI/

Unicamp.

Assim como a coordenação, a equipe institucional deste projeto detém comprovada

experiência teórica, metodológica e empírica com projetos equivalentes ao proposto,

detalhada a seguir. Da mesma forma o “item J” contempla a reconhecida capacidade dos

parceiros externos da Rede (ANC, CATI, APTA, Centro Paula Souza, Família Orgânica,

ITESP, Trocas Verdes, UNESP Botucatu) que também fazem parte da equipe.

Instituto de Biologia

Além da equipe do proponente, o IB conta para este projeto com a professora Marlene

Aparecida Schiavinato, que tem formação na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia

Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: fixação de nitrogênio, leguminosas,

metais pesados, adubos verdes, fitoextração.

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Projetos em andamento:

- „Efeito de brassinosteróide no crescimento, metabolismo e fixação de nitrogênio em plantas

de Cajanus cajan cultivadas sob estresse salino”. Coordenador: Marlene Aparecida

Schiavinato.

Projeto de extensão

- “Projeto Viveiro de Plantas Nativas.” Coordenador: Marlene Aparecida Schiavinato.

Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI)

A equipe da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp para este projeto é

formada pela professora titular Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco; pelas pesquisadoras

doutora Julieta Aier de Oliveira e Kellen Maria Junqueira; pelos pós doutores Vanilde Souza

Esquerdo e Regina Camargo; pelos doutorandos Ana Paula Fraga Bolfe, Ricardo Serra

Borsatto, Wilon Mazalla Neto; pelos mestrandos Lourival de Moraes Fidelis e Taísa Marotta

Brosler; pelos bolsistas de graduação – IC/ITI Erika Oliveira, Carolina Dorte, Gabrielle

Astier, Giuliano Spazziani, Larissa Krenus, Lucas Krasucki, Rubens Praude.

Projetos em andamento

- "Segurança Alimentar no campo: redesenhos agroecológicos da produção em áreas de

assentamentos e de remanescentes de quilombos” – Coordenador: Julieta Teresa Aier de

Oliveira (FEAGRI) – CNPq 019

- “Redescobrindo saberes e novos caminhos para a extensão universitária: Um projeto de

intervenção no Assentamento 12 de outubro do Horto Vergel de Mogi Mirim- SP”. – CNPq

033 – Coordenador: Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco.

- “O Fortalecimento do ensino de extensão rural nas Ciências Agrárias através do

redescobrimento de saberes e da troca de conhecimentos” (Pesquisa e extensão) – PROEXT

2009 – Coordenador: Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco.

Cursos de extensão ministrados:

- Curso: “Agroecologia e produção agrícola e pecuária de base ecológica" Coordenador:

Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco. FEAGRI – DATER/ MDA.

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- Cursos “Redescobrindo saberes: novos caminhos da ATER” . Coordenador Sonia Maria

Pessoa Pereira Bergamasco.

Disciplinas oferecidas7

- Graduação:

FA015 – Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável

FA061 – Agroecologia e Extensão Rural

- Pós- Graduação:

AP535 – Desenvolvimento Rural Sustentável

AP555 – Fundamentos de Agroecologia

AP184F – Agricultura Familiar, Agroecologia e Assentamentos Rurais: Abordagens Teórico-

Metodológicas.

Orientações em andamento:

-"Processos sociais, identidades e representações do mundo rural". Aline Tiana Rick.

Doutorando em Ciências Sociais/IFCH/UNICAMP.

- "Sistemas Agroflorestais: um caminho para a agricultura sustentável sob a luz da cultura

camponesa". Ana Paula Fraga Bolfe. Doutorando em Ciências Sociais (IFCH).

- "Agricultura tradicional em comunidades quilombolas e a Agroecologia no município de

Adrianóplois-PR. Lourival de Moraes Fidelis" - Mestrando em Planejamento e

Desenvolvimento Rural Sustentável (FEAGRI).

- "Agroecologia e a construção de um novo caminho para a reforma agrária". Ricardo Serra

Borsatto. Doutorado em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável (FEAGRI).

- "Materiais não convencionais na construção civil: presente, passado e futuro no processo de

conhecimento dos assentados de Mogi-Mirim-SP". .Taísa Marotta Brosler. Mestrando em

Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável (FEAGRI).

- "Agroecologia em áreas de Reforma Agrária: entre o debate teórico e construção concreta

dos agricultores". Wilon Mazalla Neto. Doutorando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável (FEAGRI).

7 Todas as disciplinas contempladas neste item “F” estão sob responsabilidade de algum membro da equipe e apresentam

aderência com o presente projeto.

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Instituto de Economia

O grupo do Instituto de Economia para este projeto é composta pelos professores

Ademar Ribeiro Romeiro (do Núcleo de Economia Agrícola e do Meio Ambiente.) e Bastiaan

Philip Reydon (do Departamento de Política e História Econômica) e Miguel Juan Bacic (do

Departamento de Teoria Econômica).

Pesquisas em andamento:

-“Avaliação Econômico-Ecológico da Pecuária no Brasil” (Macroprograma 1/ Embrapa)

Coordenador: Ademar Ribeiro Romeiro.

- “Projeto em Instituições e mercados de terras”. Coordenador: Bastiaan Philip Reydon.

- “Análise do mapeamento e das políticas para arranjos produtivos locais no Brasil”

Coordenador: Juan Miguel Bacic.

Projeto de extensão

- Desenvolvimento de hortas comunitárias em conjunto com a ONG Novo Encanto utilizando

permacultura. Coordenador: Bastiaan Philip Reydon

Disciplinas de graduação:

- CE753 Economia do Meio Ambiente

Disciplinas de pós- graduação:

- Economia Ecológica;

- Métodos de Valoração de Recursos Naturais;

- Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Tomada de Decisão em Complexidade

Ecológica.

- Especialização: Gestão da Sustentabilidade e da Responsabilidade Social Corporativa

Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCH)

O IFCH está representado neste projeto pelo Prof. Fernando Antonio Lourenço,

Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp, e professor do Departamento de Sociologia dessa

universidade desde 1984. Na Unicamp, foi coordenador do curso de graduação em Ciências

Sociais, Diretor do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP) e, atualmente, coordena o

Centro Interno de Estudos Rurais do IFCH (CERES). Suas atividades de pesquisa e ensino se

concentram nas áreas da sociologia da questão agrária, sociologia das desigualdades, teoria

sociológica e pensamento social brasileiro.

Pesquisas em andamento:

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- “Observatório das migrações em São Paulo”. (FAPESP).Coordenador: Profa. Dra. Rosana

Baeninger (NEPO e Programa de Pós-Graduação em Demografia - IFCH). Participa como

pesquisador do Estudo Temático 12: Trajetórias Sociais dos Trabalhadores Migrantes na

Agroindústria Paulista, orientando 02 bolsas IC PIBIC/Unicamp, 01 bolsa IC Fapesp e 01

bolsa Pesquisa SAE/Unicamp.

-“Políticas públicas, reconversões produtivas e recomposições identitárias no Nordeste

brasileiro: um olhar a partir do mundo rural” (CNPq/UFCG e Unicamp). Coordenador: Profa.

Dra. Marilda Menezes (UFCG). Participa como um dos pesquisadores principais.

Projeto de extensão

- “Oficinas de imagens sobre as condições de vida e trabalho dos migrantes nas modernas

usinas paulistas: formando agentes multiplicadores no mundo rural.” (2009)

(FAEPEX/PREAC/Unicamp). Coordenador: Fernando Antonio Lourenço

Orientações em andamento:

- “Entre os atos do poder e as pressões populares: a política agrária dos governos estaduais

brasileiros entre 1959 a 1963. Orientando: Bernard José Pereira Alves. Agência: CNPq.

Início: 2010.

- “O lugar desmanchado, o lugar recriado? Enredos e desenredos de jovens rurais do Vale do

Jequitinhonha na migração internacional. Orientando: José Carlos Alves Pereira. Agência:

FAPESP. Início: 2008.

-“O narrador afro-brasileiro nos Cadernos Negros”. Orientando: Vinebaldo Aleixo de Souza

Filho. Agência: Programa Internacional de Bolsas de Pós-graduação da Fundação Ford.

Início: 2009.

-“Na sombra do agronegócio - sistemas agroflorestais no rural de Pernambuco”. Orientanda:

Mariana de Oliveira Portella. Agência: CNPq. Início: 2008.

Sobre o Centro de Estudos Rurais do IFCH (CERES)

O CERES reúne pesquisadores, professores e estudantes de pós-graduação e

graduação dedicados ao estudo dos processos e relações sociais que envolvem sujeitos e

instituições ligados à produção de bens, serviços e símbolos no mundo rural. Trata-se de um

grupo interdisciplinar de pesquisadores, com a predominância de estudiosos vinculados às

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áreas de antropologia social e sociologia rural.

O principal objetivo do CERES ao se integrar à Rede de Agroecologia da Unicamp é

contribuir com a perspectiva das humanidades na formulação dos projetos e no

desenvolvimento das atividades de pesquisa, ensino e extensão da Rede. A relevância da

perspectiva das humanidades foi assim formulada por José Saramago:

“Do ponto de vista empresarial, não fazem falta as

humanidades. A pergunta fundamental das humanidades é o que

é o ser humano, enquanto que, para os círculos empresariais e

tecnocratas que se ocupam da utilidade imediata, [a pergunta] é

para que servem os seres humanos (“El paso del gran

pesimista”, Semanario Universidad, San José de Costa Rica, 30

de Junho de 2005).

Trata-se aqui de pensar os seres humanos enquanto um fim em si mesmo, e não

enquanto meros meios de produção, “arados humanos” ou “instrumentos bípedes”. O ser

humano vale porque simplesmente é um ser humano, independente de qualquer tipo de mérito

ou em virtude de qualquer distinção; um fim em si mesmo, e não um mero meio para produzir

o lucro - lucro para outros homens.

As violações dos direitos fundamentais dos seres humanos estão ainda

intoleravelmente ocorrendo com os trabalhadores de uma agricultura fundada na degradação

ambiental, na contaminação das águas, dos solos e dos próprios seres humanos. Não são

acontecimentos ocasionais e episódicos, a escravização por dívida, o desrespeito aos direitos

trabalhistas, a insegurança alimentar, as precárias condições de transporte, as degradantes

condições dos alojamentos, a exposição aos praguicidas, as intoxicações agudas, as mortes e

os acidentes de trabalho, em suma, a intolerável redução de seres humanos, sujeitos de

direitos e um fim em si mesmo, em meros meios de produção. Na perspectiva do CERES, a

Agroecologia não se limita a somente conhecer com o maior rigor científico as relações que

os homens estabelecem com a natureza, ela também se compromete com a exigência ética de

erradicar a pobreza e a exploração dos seres humanos e da natureza.

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Instituto de Geociências (IG)

O Instituto de Geociências é uma unidade acadêmica da Unicamp composta por quatro

divisões: Departamento de Geologia e Recursos Naturais (DGRN), Departamento de

Educação Aplicada às Geociências (DGAE), Departamento de Geografia (DGEO) e

Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT).

Este último dedica grande ênfase em pesquisas e estudos das relações Ciência,

Tecnologia e Sociedade, emprego de enfoques e métodos contidos nos campos de

antropologia, história e sociologia da ciência e da tecnologia, de economia da tecnologia e da

inovação, de administração pública e de análise de política.

A evolução da Ciência e da Tecnologia (C&T) é um processo social e, como tal,

condicionado por fatores de natureza política, econômica e cultural. Com base em tratamento

multidisciplinar, o DPCT se dedica à análise das atividades e dinâmicas de C&T, entendidas

como formas de ação social, especialmente no que diz respeito à compreensão do papel do

conhecimento científico e técnico na sociedade. Os padrões de organização formal e informal

que caracterizam essas atividades têm tido um papel importante na conformação das

especificidades dessas atividades. Além disso, o Departamento busca avaliar criticamente os

modelos cognitivos, as concepções de tecnociência, a atuação no processo decisório e as

estratégias de construção de poder dos atores - Estado, comunidade de pesquisa, empresas,

sindicatos, movimentos sociais – envolvidos com as políticas de C&T.

Para isso, este departamento abriga cinco grupos de pesquisa, dos quais quatro atuam

com temas relevantes para a Agroecologia: Grupo de Estudos Sociais da Ciência e da

Tecnologia (ESCT), Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI), Grupo de Mudança

Tecnológica, Energia e Meio Ambiente (MEM) e Grupo de Estudos sobre Organização da

Pesquisa e da Inovação (GEOPI).

As atividades de docência desenvolvidas são:

Disciplina de graduação: GT 001 - Ciência, Tecnologia e Sociedade

Disciplinas de pós-graduação:

- CT 001 – Sociologia da Ciência e tecnologia

- CT 122 - Estudos sociais da Ciência e da Tecnologia

- CT 002 – Ciência, Tecnologia e Sociedade

- CT 139 – Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Agrícola

- CT 147 – Meio Ambiente, Tecnologia e desenvolvimento

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Cinco doutorandos do DPCT (João Aurélio Soares Viana, Josimara Dias, Márcia Tait

Lima, Milena Pavan Serafim e Vicente Galileu Ferreira Guedes), dois deles bolsistas da

FAPESP e dois da CAPES, e uma mestranda (Bruna Vasconcellos) desenvolvem suas

pesquisas acadêmicas em campos que interessam à Agroecologia. Mencionam-se: estudos de

movimentos sociais e gênero; da construção do conhecimento adequado orientado à

agricultura familiar, da organização do trabalho na pesquisa tecnológica com atenção nas

interações prevalentes nos processos de P&D para construção social do conhecimento

agrícola.

Os trabalhos de extensão desenvolvidos foram no sentido de promover cursos de

extensão de curta duração sobre o tema “Tecnologia Social”.

Destaques de projetos desenvolvidos e em desenvolvimento:

-“Social Technologies and Public Policies in Latin America (2009 - 2013)” (International

Development Research Center). Coordenador: Hernán Thomas. Equipe: Rodrigo Fonseca,

Renato Dagnino, Rogério Bezerra da Silva, Henrique Novaes, Lais Fraga Milena Pavan

Serafim, Márcia Tait, Carolina Bagattolli, Diego Aguiar, Mariano Fressoli, Alberto Lalouf ,

Facundo Picabea, Rafael de Brito Dias.

- “A produção de tecnologias sociais em países periféricos: Análises de experiências de

adequação sociotécnica na Argentina e no Brasil (2008-2009)”. (CAPES/MINCyT).

Parceiros: Universidad Nacional de Quilmes.

-“Tecnologias para a Inclusão Social e Políticas Públicas na América Latina (2008-2009)”

O Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI), coordenado por Renato Peixoto

Dagnino, vinculado ao Departamento de Política Científica e Tecnológica do IG/ UNICAMP,

vem há mais de uma década dedicando-se ao estudo das relações ciência-tecnologia-

sociedade, a partir do emprego de enfoques como os de História e Sociologia da Ciência e da

Tecnologia, de Economia da Tecnologia, de Administração Pública e Análise Política.

A equipe do GAPI, de caráter multidisciplinar e multinstitucional, tem realizado

trabalhos junto a instituições nacionais e estrangeiras e atuado em colaboração com outros

grupos semelhantes da UNICAMP.

As atividades desenvolvidas pelo GAPI se concentram no desenvolvimento e

aplicação de metodologias para Gestão Estratégica da Inovação, adequadas ao contexto

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latino-americano. Nesse âmbito, o GAPI tem oferecido Programas de Capacitação a

profissionais que atuam na formulação, execução e avaliação de políticas ligadas à pesquisa e

ao ensino superior. O GAPI também tem se dedicado a reflexões acerca da Tecnologia Social,

buscando gerar contribuições teórico-metodológicas para o debate acerca do tema.

Esse acúmulo de experiências e aprofundamento analítico-conceitual e metodológico

tem estado sempre referido à preocupação fundacional do grupo acerca das relações Ciência,

Tecnologia e Sociedade. E, também, ao compromisso com a formação de pesquisadores e

alunos de graduação e pós-graduação capazes de compreender criticamente o caráter destas

relações e de transformá-las num sentido coerente com a melhoria das políticas públicas com

elas envolvidas.

Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA)

Os docentes da Faculdade de Ciências Aplicadas ligados à equipe deste projeto são

Josely Rimoly, da área de Saúde Coletiva, Muriel de Oliveira Gavira, da área de

Sustentabilidade e Gestão e Sandra Francisca Bezerra Gemma, da área de Saúde do Trabalho

e Ergonomia. A princípio, integra a equipe o graduando Luís Claudio de Jesus, sendo que a

proposta da equipe é incluir vários estudantes e pós-graduandos.

Projetos em andamento:

- A certificação da produção orgânica e suas repercussões sobre o trabalho dos agricultores.

Coordenador: Sandra Francisca Bezerra Gemma. FAPESP Projeto 2009/15020-1

- Trabalho e inovação tecnológica na agricultura orgânica. Coordenador: Prof. Dr. Mauro José

Andrade Tereso - FEAGRI/UNICAMP. FAPESP PROJETO 2009/54452-Equipe: Roberto

Funes Abrahão, Sandra Francisca Bezerra Gemma, Uiara Bandineli Montedo, Nilton Luiz

Menegon, João Eduardo Guarnetti, Ivan Augusto Vall Ribeiro.

A Faculdade de Ciências Aplicadas, a mais jovem unidade da Unicamp, em seu

segundo ano de existência, realizou uma reflexão sobre a criação da linha de pesquisa,

intitulada Saúde, Sustentabilidade e Políticas Públicas. Nos cursos da área da Saúde, o

paradigma central é a Promoção à Saúde, sabendo-se da correlação que existe entre a

qualidade dos alimentos e a promoção da saúde, assim como, sobre as causas dos

adoençamentos, destaca-se a necessidade de refletir sobre a produção dos alimentos, assim

aproxima-se ao referencial da Agroecologia. Tais conceitos são abordados nas disciplinas

Saúde e Sociedade e Saúde Coletiva. Um trabalho de extensão universitária que aborda a

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Nutrição e a Agroecologia está em fase de elaboração. A disciplina “Ambiente e Sociedade”,

do Núcleo Básico Comum, é oferecida para todos os estudantes dos oitos cursos da FCA

(Ciências do Esporte, Nutrição, Engenharia de Produção e de Manufatura, Gestão de

Empresas, de Políticas Públicas, de Agronegócio e de Comércio Internacional. Está em fase

de implantação de laboratórios de pesquisa e extensão.

Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)

O Laboratório de Engenharia Ecológica (LEIA) situa-se na Faculdade de Engenharia

de Alimentos (FEA) e é coordenado pelo Prof. Enrique Ortega Rodríguez. A equipe é

composta por um pesquisador convidado, dois pós-doutorandos, seis doutorandos, dois

mestrandos e um estagiário.

Desenvolvem pesquisa nas seguintes áreas: avaliação ecológica de sistemas

agroindustriais e agrícolas agroecológicos e convencionais; cálculo de serviços ambientais;

modelagem de sistemas naturais (reflorestamento, qualidade de água dos rios, agro-energia);

informatização da metodologia emergética; reforma agrária e desenvolvimento sustentável.

O trabalho em extensão é realizado através de:

- Curso de extensão: “Avaliação emergética de projetos para desenvolvimento sustentável.

- produção de cartilhas temáticas

- Página Web: http://www.unicamp.br/fea/ortega/

- Programa de intercâmbio internacional

Disciplinas oferecidas sob responsabilidade da equipe

TP-334 Avaliação Ecológica de Projetos Agro-industriais

TP-004 Modelagem e simulação de ecossistemas.

Projetos em andamento:

- Avaliação da produção bio-óleo no Pantanal usando camalotes como matéria prima.

Integrantes: Enrique Ortega, Ivan Bergier, e outros. Embrapa.

- “Avaliação agrícola e ambiental da suinocultura-biofertilização em São Gabriel do Oeste

(MS)”. Integrantes: Enrique Ortega, João Silva e outros. Coordenador Iván Bergier. Embrapa

Pantanal. Macro-Programa 3. Apoio: Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Em

processo de avaliação.

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- “Elaboração de um manual sobre praticas agroecológicas. Informações sobre processos

produtivos com base ecológica para aprimoramento e diversificação”. Coordenador: Enrique

Ortega. FEHIDRO/Fundo Estadual de Recursos Hídricos/Unicamp.

- “Cartilhas sobre ecologia de sistemas para o público em geral”. Responsável: Enrique

Ortega. Programa de Extensão Educacional/Convênio do Ministério

Educação/PREAC/Unicamp,

- “Projeto SUPPORT: treinamento em tecnologia de biorefinarias”. Coordenador: Sérgio

Ulgiati, Coordenador Latino-americano: Enrique Ortega. Programa Alfa, União Européia.

- “Certificação da sustentabilidade da produção pecuária no Pantanal”. Enrique Ortega

(Responsável), Sandra Santos, Urbano Abreu. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Teses de Doutorado em andamento:

- “Sustentabilidade e viabilidade econômica de um projeto de microdestilaria de álcool

combustível em um grupo de agricultores do assentamento “Gleba XV de Novembro”.

Projeto de Doutoramento em Engenharia de Alimentos. Orientando: Alexandre Monteiro de

Souza.

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA)

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA) foi criado em 1983 como

uma equipe interdisciplinar interna à Unicamp, mas com a colaboração de professores e

pesquisadores, bolsistas e contratados, de várias faculdades, institutos da Unicamp e de outras

universidades. Conta, entre outras, com pesquisadores das áreas de economia, educação,

saúde, matemática, estatística, engenharia agrícola, nutrição e engenharia de alimentos.

O NEPA atua no desenvolvimento de pesquisas nas áreas de produção e distribuição

de alimentos, nutrição, economia segurança nutricional, educação nutricional, assessoria

técnica e políticas públicas voltadas à alimentação. Seu intuito é obter conhecimentos e

tecnologias relevantes para o diagnóstico e aprimoramento da Segurança Alimentar e

nutricional que possam subsidiar direta ou indiretamente a atuação de órgãos públicos. Assim,

o Núcleo tem prestado assessoria e trabalhado em cooperação com diferentes órgãos

governamentais, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar, o Ministério da Saúde,

o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, o Programa Fome Zero e diversas

prefeituras, assim como com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e

Agricultura (FAO).

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Emma Siliprandi, que compõe a equipe deste projeto, é Doutora em Desenvolvimento

Sustentável pela Universidade de Brasília, com estágio de Doutorado na Universidad de

Valladolid, Espanha, onde desenvolveu a tese “Mulheres e Agroecologia: a construção de

novos sujeitos políticos da agricultura familiar”. Atualmente é pesquisadora do Núcleo de

Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA). Consultora da FAO e do PNUD na área de

segurança alimentar no Brasil e em países da América Latina e da África. Participou como

professora de cursos de Agroecologia no Brasil e no exterior. É integrante do corpo de

editores da Revista Brasileira de Agroecologia, editada pela ABA (Associação Brasileira de

Agroecologia) e membro da diretoria da SOCLA, Sociedad Científica Latino americana de

Agroecología. Coordenou o Projeto de Cooperação Técnica FAO/MDA entre 2004 e 2008;

participa de diferentes Redes Internacionais sobre Políticas de Segurança Alimentar, com

ênfase na organização das mulheres rurais. Possui vários artigos publicados sobre o tema da

Agroecologia e a Segurança Alimentar e Nutricional.

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP)

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/UNICAMP) foi formada

a partir da necessidade de acompanhamento técnico e educacional de grupos de trabalhadores

que fariam parte do Programa de Geração de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de

Campinas, somada à iniciativa de um grupo de discentes e docentes que objetivavam

fortalecer o elo entre pesquisa e ensino por meio de um projeto de extensão. Trabalha com

princípios de autogestão com equipes multidisciplinares. A equipe coordenada pelo Prof. Dr.

Miguel Juan Bacic (IE) é composta por um mestre (Lucas Gebara Spinelli), uma mestranda

(Aline Godoi de Castro Tavares), duas graduadas (Julia Scaglioni Serrano e Tessy Priscila.

Rodrigues), dois graduandos Eduardo Cauli P. B. Mendes (monitor) e Maíra da Silva.

O ITCP possui grupos de estudos e pesquisas em economia solidária (GEPES), com

temas como gênero; processos pedagógicos; saúde do trabalhador; planejamento econômico;

dinâmica das relações humanas e processos autogestionários; comunicação e artes, entre

outros.

Projetos em andamento:

- “Incubação do grupo AMA – Associação das Mulheres Agroecológicas do Assentamento de

reforma agrária 12 de Outubro, Mogi-Mirim”. PRONINC.

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- “Agroecologia e Economia Solidária - Acompanhamento de grupos rurais e de sua produção

orgânica” (CNPq, Edital 29/2009 - Tema 2: Tecnologias Sociais voltadas à Agroecologia).

Colégio Técnico de Campinas (COTUCA)

O Colégio Técnico de Campinas, representado neste projeto pela professora Ângela

Salvucci, é uma unidade de Ensino Técnico e Ensino Médio da UNICAMP. Conta com um

corpo docente altamente especializado que atende seus mais de 1900 alunos, distribuídos em

14 cursos técnicos e 3 especializações de nível técnico. Dentre estes se destaca a parceria com

a FEAGRI na execução do “Curso Médio Integrado ao Técnico em Agroecologia” (2007-

2011)- Financiamento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA)

– Convênio UNICAMP/FUNCAMP/MDA – Coordenação geral do curso: Sonia Maria P.

Pereira Bergamasco Financiamento CNPq – Edital MDA/INCRA/CNPq–PRONERA

04/2009. Coordenação: Julieta Teresa Aier de Oliveira.

As atribuições do COTUCA neste curso não se restringem apenas às orientações

pedagógicas aos coordenadores, mas também se estende ao acompanhamento dos

procedimentos legais para a regularização do curso e dos documentos expedidos.

O curso está sendo realizado em três áreas de assentamentos do estado de São Paulo,

localizadas respectivamente no Pontal do Paranapanema, na região de Ribeirão Preto e na

região de Itapeva/ Itaberá. São cerca de 150 alunos em fase final de conclusão de curso e já

está sendo manifestada a intenção de reoferecer o curso.

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G) Estratégias para o desenvolvimento do projeto

Estratégia 1 (associada ao OE 1):

Enunciado do OE: consolidar a Rede de Agroecologia da Unicamp visando a fomentar a

construção de conhecimentos e a troca de saberes em Agroecologia entre agricultores,

consumidores, estudantes, extensionistas, docentes e pesquisadores, promovendo a

visibilidade de suas ações, o fortalecimento e a ampliação de parcerias para o

desenvolvimento de projetos interinstitucionais multi e interdisciplinares, de ensino, pesquisa

e extensão em Agroecologia.

Linhas operacionais da E 1:

1.1. Estruturação física da sede da Rede de Agroecologia da Unicamp: a Unicamp concedeu

uso de um espaço em instalações no centro da cidade de Campinas para a finalidade de

instalação da sede da Rede de Agroecologia da Unicamp. Essa sede será importante como nó

central na Rede e como ponto de referência para as relações interorganizacionais e os

processos comunicativos, durante a execução do projeto e no funcionamento posterior da

Rede.

Importa considerar que a Rede terá seus nós e segmentos distribuídos nas organizações

e nos lugares onde trabalham as pessoas que nela atuam. Com essa fisiologia em rede

distribuída, fortemente pautada na interação com uso de meios de comunicação, o alcance dos

objetivos geral e específicos será fortalecido.

1.2. Implantação de uma biblioteca e um acervo de memória na sede da Rede de Agroecologia

da Unicamp: dentro da sede da Rede será instalada uma biblioteca temática, de acesso

público, com títulos importantes para estudos e pesquisas em Agroecologia8. Essa biblioteca

será constituída a partir de doações de pessoas físicas (estudantes, extensionistas,

pesquisadores, professores e outros), da transferência interbibliotecária de duplicatas e de

aquisições de novos títulos.

8 Incluindo mas não se restringindo a agricultura familiar; alimentos, alimentação e nutrição; biologia aplicada; ciências

sociais aplicadas aos campos da Agroecologia; ciência dos alimentos; desenvolvimento rural, desenvolvimento sustentável; economia aplicada; políticas públicas; segurança alimentar; tecnologia agrícola; tecnologia agroindustrial;tecnologia social.

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1.3. Concepção, implantação, edição, publicação e gerenciamento do um sítio eletrônico; 1.4.

Concepção, criação, alimentação e gerenciamento de bancos e bases de dados e informações,

digitais, inseridos no sítio eletrônico, alusivos a temas da Agroecologia, importantes subsídios

para ações de ensino, de pesquisa e/ou de extensão e de cooperação interinstitucional; e 1.5.

Sistematização e inserção de experiências dos membros da Rede de Agroecologia da Unicamp

no sistema “Agroecologia em Rede”: a partir do início da execução do Projeto será instalado

um processo de discussão entre os atores da Rede com vistas à formulação do projeto editorial

do sítio eletrônico, a ser publicado na rede mundial de computadores (www).

O sítio será editado, predominantemente, no idioma português. Poderá haver versão

alternativa em inglês e espanhol para os conteúdos institucionais (como apresentação do sítio,

do projeto e da Rede). Arquivos e outros documentos reunidos e ofertados ao público no sítio

poderão estar em idioma estrangeiro, em função da forma como foram escritos na origem e

ofertados por seus autores e editores. Contudo, na totalidade, o idioma predominante será o

português, para todas as seções e cada uma delas.

Quanto a conteúdos para o sítio, o projeto editorial especificará seções e espaços para

a organização dos mesmos, de modo que possa ser atrativo para as diferentes faixas de

públicos e amigável na navegação e exploração. Previamente esperam-se seções de conteúdos

de densidade técnica e acadêmica, com arquivos correspondentes a artigos.

Como modo de integração dos atores da Rede de Agroecologia da Unicamp, e

explorando as ricas possibilidades desta, o sítio terá um editor geral, ligado ao nó central da

Rede, e editores de conteúdos e/ou seções específicas, estes últimos responsáveis pela

dinamização e atualização dos conteúdos temáticos e seções sob sua editoria.

Os conteúdos serão escolhidos e triados segundo os objetivos geral e específicos do

Projeto e da Rede. Poderão ser publicados conteúdos gerados por pessoas e organizações

atuantes na Rede, com ela cooperantes, colaboradoras eventuais ou outras, sempre observando

as normas legais alusivas a direitos de propriedade intelectual.

Planeja-se criar seções básicas, de caráter permanente, com conteúdos, formatos e

linguagens apropriados para: agricultores, consumidores, estudantes, extensionistas, docentes

e pesquisadores (segmentos de públicos previstos no objetivo geral do projeto). Além desses,

espera-se a possibilidade de seções infantis ou infanto-juvenis.

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Será também criada uma seção com acessos para outros sítios correlatos ou relevantes

sob o ponto de vista dos campos da Agroecologia, e fortemente pautada na reciprocidade –

abertura de acessos nesses outros sítios rumo ao da Rede de Agroecologia da Unicamp.

1.6. Construção e operação de mecanismos de comunicação interna na Rede de Agroecologia

da Unicamp e dela com o ambiente externo

Para tal serão consideradas ações para:

- criar lista de endereços eletrônicos organizada em grupo criado no espaço de “grupos”

provido gratuitamente por provedor de correio eletrônico e comunicação na rede mundial;

- produzir boletins e seções para “novidades” e para “eventos” no sítio eletrônico da Rede;

- realizar programa mensal de seminários da Rede, com um total de 8 (oito) a 10 (dez) eventos

ao ano, organizados de modo itinerante em organizações atuantes na Rede e contando com

momentos para informes, exposições e debates;

- reunião geral da Rede de Agroecologia da Unicamp, em dois eventos anuais, sendo um até a

primeira semana de abril e outro até a primeira de dezembro, à guisa de assembléia geral de

organizações associativas, com intuitos de congraçamento técnico e organizativo dos atores e

de programação para o ano posterior (evento do segundo semestre) e de avaliação do

exercício findo (evento do primeiro semestre);

- estímulo formal por parte dos operadores do nó central da Rede, especialmente do seu

coordenador, para a participação dos demais atores, na medida do interesse temático e das

possibilidades, de eventos em curso nos diferentes nós que a integram, não necessariamente

aqueles programados e organizados pela própria Rede, incluindo palestras, seminários e

outros encontros técnicos; defesas de monografias, dissertações e teses; grupos e oficinas de

discussão e os fundamentais eventos de extensão; estímulo esse que será manejado com uso

do grupo virtual, do sítio eletrônico e do correio eletrônico como recursos de comunicação.

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Estratégia 2 (associada ao OE 2):

Enunciado do OE: institucionalizar a Rede de Agroecologia da Unicamp.

2.1. Aproveitamento dos espaços virtuais (como o sítio eletrônico especificado na Estratégia

1), dos mecanismos de comunicação intra e extra Rede (como os previstos no Objetivo 1.6) e

dos eventos presenciais para a discussão e reflexão das percepções e linhas de ação dos atores

da Rede de Agroecologia da Unicamp, sob o conceito de Agroecologia, na forma prevista no

Objetivo Específico 2.

2.2. O mesmo aproveitamento dos espaços virtuais, mecanismos de comunicação e eventos

presenciais para a construção participativa do "Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa

e Extensão em Agroecologia" da Rede de Agroecologia da Unicamp, com base na Política

Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER e no Plano Nacional de

Extensão Universitária;

2.3. O mesmo acervo de espaços virtuais, mecanismos de comunicação e eventos presenciais

será alavancado para participar na elaboração do "Programa de Extensão em Agroecologia da

Unicamp";

2.4. Toda a experiência dos atores na Rede, e seu já mencionado acervo de espaços virtuais,

mecanismos de comunicação e eventos presenciais, serão aplicados para a promoção e

ampliação da interação, nos âmbitos local, regional, estadual, nacional e internacional, com

organizações associativas e de articulação, tendo em vista os objetivos do projeto e da própria

Rede de Agroecologia da Unicamp em sua existência permanente.

Estratégia 3 (associada ao OE 3):

Enunciado do OE: promover espaços de construção e trocas de conhecimento dos saberes

agroecológicos, envolvendo agricultores familiares, consumidores, extensionistas, docentes,

pesquisadores e estudantes.

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3.1. A experiência dos atores9 na Rede e seu já mencionado acervo de espaços virtuais,

mecanismos de comunicação e eventos presenciais, que serão aplicados e consolidados na

realização dos Objetivos Específicos 1 e 2 (Estratégias 1 e 2), serão aplicados à realização de

estudos, pesquisas e eventos para aprimoramento conceitual, construção e desenvolvimento

de métodos e técnicas nos campos agroecológicos, aplicáveis a ações de ensino, pesquisa e

extensão, à formulação de políticas públicas e à gestão de organizações de agricultores.

No mesmo sentido de realização desse OE 3, a Rede será espaço de catalisação das

iniciativas, esforços e recursos de atores nela cooperantes, trabalhando em seus espaços e

estruturas originais (na lógica da ação integrada, participativa e desconcentrada), de modo que

os produtos buscados e construídos tenham linhas e traços que reflitam, a um só tempo, os

efeitos do ator (autor) e da Rede (ela própria um atuante elemento).

9 Neste projeto a palavra ator, quando dirigida a uma organização, pessoa ou qualquer ente partícipe da Rede, e à própria

Rede, tem a conotação da pluralidade. Contempla o desempenho de diferentes papéis que emergem das negociações (que tem início com a elaboração coletiva deste projeto), das interações e do concerto de especialidades.

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H) Resultados, avanços, aplicações esperadas e indicadores de progresso

Os resultados deste projeto serão no sentido de se consolidar um espaço de interação

multi e interdisciplinar e inteorganizacional, que apóie o setor da agricultura familiar através

do desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. Os avanços virão no sentido do

aprofundamento das relações e das concepções, e na geração de novas abordagens teórico-

metodológicas, organizacionais e tecnológicas.

A equipe deste projeto advoga, com base em sua comprovada experiência prática e

acadêmica, que os conhecimentos construídos neste projeto, tanto os relacionados às questões

organizacionais e de gerenciamento da Rede quanto os conceitos, princípios, tecnologias e

sistemas de organização voltados para as agriculturas de base ecológica e à Agroecologia,

apresentam uma elevada aplicabilidade, visto que são baseados e têm como finalidade a

práxis dos principais atores sociais do âmbito da agricultura familiar. Assim sendo, espera-se

que as ações propostas potencializem o ensino, pesquisa e extensão agroecológica na Rede de

Agroecologia da Unicamp e propiciem elementos de reflexão crítica, articulação e

mobilização para outros grupos.

Desta forma, serão considerados como indicadores de progresso no decorrer da

vigência deste projeto:

Sede física da Rede de Agroecologia da Unicamp estruturada.

Biblioteca, a videoteca e o acervo de memória da Rede implantados.

Sítio eletrônico da Rede concebido, implantado, editado, publicado e gerenciado.

Bancos e bases de dados e informações digitais do sítio eletrônico, alusivos a temas da

Agroecologia, criados, inseridos, alimentados e gerenciados continuadamente.

Experiências dos membros da Rede de Agroecologia da Unicamp sistematizadas e

inseridas no sistema “Agroecologia em Rede”.

Mecanismos de comunicação interna na Rede de Agroecologia da Unicamp, e dela com

o ambiente externo, implantados.

Marco referencial de Agroecologia da Rede de Agroecologia da Unicamp consolidado

"Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia na

Unicamp” construído participativamente.

Participação na elaboração do Programa de Extensão em Agroecologia da Unicamp

realizada.

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Interação, nos âmbitos local, regional, estadual, nacional e internacional, com

organizações associativas e de articulação em Agroecologia promovida e ampliada.

Seminário no âmbito da Rede para promover a apresentação e reflexão sobre as

experiências e demandas de seus membros em ações que contemplem ensino, pesquisa e

extensão agroecológica, realizado.

Seminário sobre a integração do ensino com a pesquisa e a extensão em Agroecologia

para a qualificação dos grupos de atores envolvidos com a agricultura familiar

realizado.

Seminário sobre Agroecologia promovendo interação com os atores externos à Rede

realizado.

Apoio a projetos de pesquisa e extensão agroecológica dos sujeitos individuais e

coletivos da Rede realizado.

Encontros mensais para apresentação e discussão de trabalhos em Agroecologia de

interesse dos sujeitos da Rede realizados.

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I) Instituições e pesquisadores envolvidos (explicitando qualificação e tempo de dedicação ao projeto);

A equipe deste projeto, apresentada no quadro a seguir, envolve a articulação de docentes, pesquisadores, estudantes, extensionistas,

técnicos e representações de organizações de agricultores da Rede de Agroecologia da Unicamp, os quais apresentam qualificações bastante

diversas e trajetórias consolidadas nos campos do ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia. Desta forma, cabe ressaltar que a multi e

interdisciplinaridade, bem como a interinstitucionalidade, estão fortemente presentes nas ações do grupo.

NOME INSTITUIÇÃO

QUALIFICAÇÃO

DEDICAÇÃO

(HORAS

MENSAIS)

Mohamed Ezz El Din Mostafa Habib IB/ UNICAMP Doutor em Ciências Biológicas 16

Sonia Maria P. P. Bergamasco FEAGRI/UNICAMP Doutora em Sociologia 12

Ademar Ribeiro Romeiro IE/ UNICAMP Doutor em Economia 4

Bastiaan Philip Reydon IE/ UNICAMP Doutor em Ciência Econômica 8

Emma Siliprandi NEPA/ UNICAMP Doutora em Desenvolvimento Sustentável 8

Enrique Ortega Rodrigues FEA/ UNICAMP Doutor em Engenharia de Alimentos 4

Fernando Antonio Lourenço IFCH/ UNICAMP Doutor em Ciências Sociasi 8

Josely Rimoli FCA/ UNICAMP Doutora em Saúde Coletiva 8

Marlene Schivianatto IB/ UNICAMP Pós-Doutorado em Biologia Vegetal 4

Miguel Juan Bacic IE/ UNICAMP Doutorado em Administración 6

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Muriel de Oliveira Gavira FCA/ UNICAMP Doutora em Política Científica e Tecnológica 6

Renato Peixoto Dagnino IG/ UNICAMP Doutorado em Ciência Econômica 6

Sandra Francisca Bezerra Gemma FCA/ UNICAMP Doutora em Engenharia Agrícola 4

Ângela Salvucci COTUCA/ UNICAMP Especialista em Administração Escolar 4

Giovanna Garcia Fagundes IB/ UNICAMP Doutora em Parasitologia 16

Julieta Teresa Aier de Oliveira FEAGRI/UNICAMP Doutora em Engenharia Agrícola 16

Kellen Maria Junqueira FEAGRI/UNICAMP Doutora em Multimeios 12

Regina A. Leite de Camargo FEAGRI/UNICAMP Doutora em Engenharia Agrícola 4

Vanilde Ferreira de Souza FEAGRI/UNICAMP Doutora em Engenharia Agrícola 4

Henrique Tahan Novaes IG/ UNICAMP Doutor em Política Científica e Tecnológica 4

Alexandre Monteiro Souza FEA/ UNICAMP Doutorando em Engenharia de Alimentos 4

Aline Tiana Rick IFCH/ UNICAMP Doutorando em Ciências Sociais 4

Ana Paula Fraga Bolfe IFCH/ UNICAMP Doutorando em Ciências Sociais 4

Delmonte Roboredo FEAGRI/ UNICAMP

Doutorando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

Ricardo Serra Borsatto FEAGRI/UNICAMP

Doutorando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

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NOME INSTITUIÇÃO

QUALIFICAÇÃO

DEDICAÇÃO

(HORAS

MENSAIS)

Roberto Donato da Silva Júnior NEPAM/ UNICAMP Doutorando em Ambiente e Sociedade 4

Wilon Mazalla Neto FEAGRI/UNICAMP

Doutorando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

João Aurélio Soares Viana IG/ UNICAMP Mestre em Economia Agrária 8

Josimara Martins Dias IG/ UNICAMP Mestre em Política Científica e Tecnológica 4

Lucas Gebara Spinelli ITCP/ UNICAMP Mestre em Ciência Política e Tecnológica 2

Márcia Tait Lima IG/ UNICAMP Mestre em Política Científica e Tecnológica 4

Milena Pavan Serafim IG/ UNICAMP Mestre em Política Científica e Tecnológica 8

Vicente G. Ferreira Guedes IG/ UNICAMP Mestre em Agronegócios 8

Bruna Vasconcelos IG/ UNICAMP 4

Aline Godois de Castro Tavares ITCP Mestranda 4

Camila Pozzo Maioralli IB/ UNICAMP Mestranda em Ecologia 4

Lourival Moraes Fidelis FEAGRI/UNICAMP

Mestrando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

Taísa Marotta Brosler FEAGRI/UNICAMP

Mestrando em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

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NOME INSTITUIÇÃO

QUALIFICAÇÃO DEDICAÇÃO

(HORAS

MENSAIS)

Júlia Scaglioni Serrano ITCP/ UNICAMP Graduada em Ciências Biológicas 4

Aline Luisa Mansur IB/ UNICAMP Graduando 4

Eduardo C. P. B. Mendes ITCP/ UNICAMP Graduando 4

Érika de Souza Oliveira FEAGRI/UNICAMP Graduando 4

Fernanda Binotti Piccolo IB/ UNICAMP Graduando 6

Larissa Krenus FEAGRI/UNICAMP Graduanda 4

Maria Angélica Suedan Souza Lima IB/ UNICAMP Graduando 6

Rubens Praude FEAGRI/UNICAMP Graduando 2

Tessy P. P. de Paula Rodrigues ITCP/ UNICAMP Graduada 4

Victor Salek Bosso FEAGRI/UNICAMP Graduando 4

Carmenlucia Santos Centro Paula Souza Doutora em Ciência Engenharia Ambiental 4

João Carlos Canuto

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutor em Agroecologia, Campesinato e História

4

José Maria Gusman Ferraz ABA Doutor em Ecologia 8

Maria Cláudia S. G. Blanco CATI Doutora em Horticultura 4

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NOME INSTITUIÇÃO

QUALIFICAÇÃO

DEDICAÇÃO

(HORAS

MENSAIS)

Maria Lúcia Mendes de Carvalho

CENTRO PAULA

SOUZA

Doutor em Planejamento e Desenvolvimento

Rural Sustentável 4

Maria Lúcia Zuccari

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutora em Agronomia

4

Márcia Regina de Oliveira Andrade ITESP Doutora em Ciências Sociais aplicadas à Educação 4

Maristela Simões do Carmo UNESP Botucatu Doutora em Ciência Econômicas 6

Ricardo Costa Rodrigues de Camargo

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutor em Zootecnia

4

Valeria Comitre APTA Doutora em Engenharia Mecânica 4

Dercílio Aristeu Pupin Família Orgânica Mestre em Pedagogia 4

Francisco Miguel Corrales

EMBRAPA MEIO

Ambiente

Mestre em Ciência Ambiental

8

José Augusto Maiorano CATI Mestre em Gestão de Recursos Agroambientais 4

Laura de Biase IPÊ Mestre em Ciências 6

Olivia Gonçalves Janequine TROCAS VERDES Mestre em Antropologia 4

Osmar Mosca Diz CATI Mestre em Agroecossistemas 4

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NOME INSTITUIÇÃO

QUALIFICAÇÃO

DEDICAÇÃO

(HORAS

MENSAIS)

Aida Gamal Mahmoud -

Mestranda em Agroecologia e Desenvolvimento

Rural 6

Maria Elisa Von Zuben Tassi TROCAS VERDES

Mestranda em Agroecologia e Desenvolvimento

Rural

4

Suzana Marques Rodrigues Alvares -

Mestranda em Agroecologia e Desenvolvimento

Rural 16

Escolástica Ramos de Freitas CATI Graduada 4

Marcelo de Albuquerque Vaz Pupo - Graduado em Ciências Biológicas 4

Romeu Mattos Leite

ANC/ VILA

YAMAGUISHI

Medico Veterinário, produtor rural ,Diretor Técnico

da Associação de Agricultura Natural de Campinas e

Região 4

Lucas Berliner Krasucki TROCAS VERDES Graduando 6

Luciene Michella Baschiera - Graduando 2

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J) Infraestrutura física, recursos financeiros e competências existentes nas instituições

participantes do projeto, incluindo o envolvimento da equipe técnica das instituições

participantes no desenvolvimento das atividades do projeto.

1. Unicamp

A Unicamp, instituição proponente deste projeto, conta com uma infra-estrutura

bastante satisfatória para sua realização. E além desta, disponibilizará seus docentes,

pesquisadores e funcionários para atuarem na execução das linhas de ação propostas.

A Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC), sob a coordenação do

proponente, conta com 5 salas equipadas com aparelhos de ar-condicionado, nas quais estão

dispostos11 micro-computadores com acesso à internet e 9 ramais telefônicos. Também

dispõe de carros com motorista. Em seu quadro de equipe há 1 assessor, 11 funcionários, 1

estagiário e 1 patrulheiro.

O Instituto de Biologia dispõe de boa infraestrutura. Em especial, o Laboratório de

Entomologia Aplicada (LEA), também coordenado pelo Prof. Dr. Mohamed Habib (professor

titular), possui 5 salas de trabalho equipadas com 4 microcomputadores com acesso à internet,

duas impressoras, um laptop, um projetor multimídia, mobiliário adequado (4 mesas para

computador e impressora, 5 armários de aço, 7 estantes de aço, 4 arquivos de aço, 2 bancadas

de trabalho). Também conta com acesso a três veículos. O LEA conta com uma bióloga, com

doutorado em Parasitologia (Giovanna Garcia Fagundes) que colabora em suas atividades

atuando em ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia, Entomologia e Controle Biológico.

Também conta com uma mestranda em Ecologia (Camila Pozzo Maioralli) e três estagiários

de graduação (Aline Luisa Mansur, Fernanda Binotti Piccolo e Maria Angélica Suedan Souza

Lima) ligados a projetos de iniciação científica e extensão em Agroecologia. Toda a equipe do

laboratório estará envolvida na execução de todas as linhas de ação deste projeto.

A Faculdade de Engenharia Agrícola foi criada em 10/07/1985 e desde então já

formou mais de 500 alunos de graduação e cerca de 650 de pós-graduação em nível de

mestrado e doutorado. Todos os seus docentes têm titulação mínima de doutorado, que

juntamente com uma capacitada equipe de pesquisadores e técnicos atua no ensino, pesquisa e

extensão em prol do desenvolvimento agrícola regional e nacional. Para desenvolvimento

dessas, a Faculdade ocupa uma área de 150.000 m2, que reúne instalações modernas e

funcionais onde se localizam as salas de aula e Laboratórios de Ensino e Pesquisa, num total

de aproximadamente 10.000 m2 de área construída. Há também 15 salas de aula compatíveis

com os tamanhos das diversas turmas de graduação, pós-graduação e de cursos de extensão

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universitária. Essas salas são climatizadas e equipadas como equipamentos de informática e

audiovisuais. Dentre os laboratórios, destaca-se pela sua relação com o presente projeto o

Laboratório Multi-usuários de Comunicação e Pesquisas Ambientais e Agrícolas

TERRAMÃE, fruto de uma parceria entre a área de Sociologia e Extensão Rural da FEAGRI,

o Instituto de Artes (IA) e o Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM), também

unidades da UNICAMP. O TERRAMÃE atua no sentido de difundir os resultados das

pesquisas realizadas nestas unidades, numa ação direta junto a comunidades de agricultores

familiares, em especial dos núcleos de assentamentos de reforma agrária, comunidades

ribeirinhas e populações moradoras em áreas de preservação ambiental, com a participação

pró-ativa de alunos (de graduação e pós-graduação), pesquisadores e professores.

A equipe da FEAGRI se propõe participar atuando e apoiando este projeto em todos o

objetivos e a desenvolver ações sobretudo nas linhas de ação 1.5, 2.1., 2.2., 2.3., 3.1. e 3.2.

O CERES (IFCH), que estará neste projeto, conta com 05 microcomputadores de

mesa, 05 notebooks, 01 impressora multifuncional, 03 impressoras, 01 filmadora, 02 discos

rígidos externos, 02 câmeras fotográficas digitais, 01 gravador. Desde 2007, o CERES publica

a Revista RURIS, com periodicidade semestral, apresentando artigos inéditos resultantes de

trabalhos realizados em contextos nacionais e internacionais que envolvam atores e situações

relacionados ao mundo rural. Neste projeto estará vinculado através de professor doutor,

empenhado na participação em todos o objetivos, mas, principalmente, na execução das linhas

de ação 1.5, 2.1., 2.2., 2.3. e 3.1.

O Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, no qual está localizado o DPCT, dispõe

de uma moderna estrutura computacional na qual todos os equipamentos estão interligados

em rede e têm acesso rápido à Internet (1Gbps). O IG oferece acesso a importantes bases de

dados científicos e periódicos nacionais e internacionais. Além disso, possui licença para os

principais softwares de uso acadêmico. Dentre os sete modernos laboratórios do Instituto, são

de particular importância para o projeto:

- Laboratórios de Pesquisa em Política e Gestão de C,T & I: O Laboratório de Pesquisa em

PGCT foi criado em 2001, para abrigar um número crescente de projetos em andamento, dos

quais participam ativamente os alunos de pós-graduação do DPCT. Ele é constituído por um

conjunto de duas salas, uma destinada a reuniões de pesquisa, equipada com um projetor, um

microcomputador e um SmartBoard; e outra com 10 microcomputadores, scanner de mesa, 2

impressoras e uma infraestrutura completa de rede. Para sua instalação, foram investidos

cerca de R$ 70.000,00, com recursos dos diversos projetos do Departamento;

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- Laboratório de Indicadores em C&T: O Laboratório de Indicadores em C&T é uma sala

equipada com móveis, cinco computadores, uma impressora, telefone e conta com

infraestrutura completa de rede, além de abrigar os pesquisadores dos diversos projetos, é

utilizado pelos pesquisadores em nível de pós-doutorado do DPCT, e desde 2008 também

passou a abrigar a Revista Brasileira de Inovação (ISSN: 1677.2504).

Há ainda 36 microcomputadores e 12 impressoras disponíveis em todas as salas de

professores e alunos do DPCT. O Departamento também dispõe de scanners, data-show,

retroprojetores, 2 máquinas fotocopiadoras modernas e 8 notebooks. Além disso, coloca à

disposição de seus professores e pesquisadores material de expediente (suprimentos de

informática, material de escritório, largas cotas de fotocópias) necessário à execução de suas

atividades. No Prédio dos Alunos da Pós-Graduação, há quatro salas para os alunos de

mestrado e doutorado do DPCT, cada uma equipada com três computadores.

O IG possui também uma biblioteca com acervo de livre acesso composto por mais de

26 mil títulos de livros, 275 títulos de periódicos, 1.434 teses e dissertações, 11.183 mapas e

593 publicações em formato CD-ROM, 17 DVD, 02 VHS e 08 edições de Normas Técnicas

(dados de 2009). A biblioteca oferece acesso às bases de dados nacionais e internacionais

(ERL, WEB OF SCIENCE e outros), acesso aos periódicos eletrônicos através do Portal da

CAPES, acesso aos catálogos "on-line" de outras bibliotecas e serviço de empréstimo entre

bibliotecas.

Além da biblioteca, o Departamento conta ainda com o Centro de Documentação em

Política Científica e Tecnológica (CDPCT), que reúne extensa e variada documentação

utilizada por professores, alunos e pesquisadores.

O Centro faz parte da Biblioteca do IG e das bases de dados do Departamento, a

principal unidade de apoio informacional às atividades de pesquisa e docência do DPCT. Esse

Centro surgiu da necessidade de se reunir uma extensa documentação utilizada por

professores, alunos e pesquisadores nos cursos e nos projetos de pesquisa. Doações

particulares e institucionais foram sendo incorporadas a este acervo, recebendo um tratamento

sistemático para tornar todo o conjunto de publicações tecnicamente disponível aos usuários.

A partir de 2007, o CDPCT ganhou uma sala equipada com móveis, dez estantes, três

microcomputadores, uma impressora laser e uma impressora HP-990. Sua documentação

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pode ser acessada mediante contato as bibliotecárias do Instituto, responsáveis hoje pela

manutenção do acervo.

Essa infra-estrutura encontra-se disponível e é apropriada para a realização das

atividades de pesquisa e ensino relacionadas a este projeto. Além disso, o IG e o DPCT

possuem ainda sólidas parcerias com Instituições Nacionais e Internacionais, fontes

importantes para a complementação de demandas que não possam ser atendidas pela

Unicamp.

A equipe do IG que estará envolvida na execução das seguintes linhas de ação: 1.4.,

1.5., 2.1., 2.2., 3.1 e 3.2.

O NEPA irá oferecer salas, microcomputadores, telefones e todos os demais itens

necessários para o desenvolvimento da pesquisa. Dispõe ainda de pessoal de apoio e um

conjunto de estagiários e bolsistas que podem auxiliar na organização dos dados necessários.

Contribuirá, neste projeto, com a participação principal da pesquisadora Emma Cademartori

Siliprandi, Doutora em Desenvolvimento Sustentável. As linhas de ação em que o NEPA

estará envolvido neste Projeto são: 2.1; 2.2; 2,3 e 2,4 e OE 3 3.1.

As demais unidades da Unicamp envolvidas neste projeto apresentam toda a

infraestrutura de que necessitam para sua execução. Todos os componentes das equipes

estarão envolvidos na execução das linhas de ação

2. Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio (APTA)

A APTA apresenta infra-estrutura moderna de pesquisa e centros, fazendas e

laboratórios capacitados e certificados, tendo equipamentos de informática, máquinas e

implementos agrícolas, dentre outros bens que beneficiaram os seis Institutos de Pesquisa

Agropecuária, doze Centros Avançados de Pesquisa e quinze Pólos Regionais de

Desenvolvimento Tecnológico.

O Prefeito de São Paulo e o Governador Alberto Goldman assinaram em 23 de outubro de

2010 (Diário Oficial do Município de SP, 24/10/2010), o Protocolo de Boas Práticas

Agroambientais, que incentiva a adoção da agricultura sustentável e orgânica na Cidade.

Quando as ações forem postas em prática, São Paulo será o primeiro município da América

Latina a ter 100% de produção agroecológica. O documento foi ratificado pelas secretarias

municipais de Coordenação das Subprefeituras e do Verde e do Meio Ambiente, pelos

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agricultores e suas organizações e pelas secretarias estaduais de Agricultura e Abastecimento

e de Meio Ambiente. Como parte dessas ações A Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de

São Roque, unidade pertencente à Secretaria de Agricultura e Abastecimento deverá

converter-se em Centro de Agroecologia e Sustentabilidade para se constituir como um

espaço piloto de produção, pesquisa, demonstração, extensão e educação para a saúde e

sustentabilidade, segundo os preceitos agroecológicos.

A APTA está representada neste projeto pela figura da Dra. Valéria Comitre, Diretora

Técnica de do Departamento de Gestão Estratégica, que se envolverá na execução das linhas

de ação: 2.1., 2.2., 3.1; e 3.2.

3. Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC)

A ANC é uma organização não governamental sem fins lucrativos. Desde 1991, promove

e participa ativamente de eventos ambientais na região de Campinas.

A principal atividade da ANC, atualmente, é a certificação de produtos orgânicos através

da utilização do Selo Orgânico, para alimentos produzidos e processados dentro de normas

que garantem aos consumidores, preocupados com qualidade de vida, produtos mais

saudáveis e nutritivos advindos de uma "agricultura sustentável" cuja meta é a proteção do

meio ambiente. Todavia, a ANC está iniciando sua atuação na certificação participativa. A

ANC também tem apoiado e incentivado as feiras de produtos orgânicos.

Esta associação conta com sede própria, devidamente equipada com computador ligado à

internet. Neste projeto estará representada pelo seu diretor técnico, Romeu Mattos Leite, com

formação em veterinária e agricultor na Vila Yamaguishi (Jaguariúna/SP). A ANC é parceira

de longa data em projetos da Unicamp e participou de todo o processo de formação da Rede

de Agroecologia da Unicamp. Desta forma estará envolvida em todos os objetivos deste

projeto, com especial participação na linha de ação 3.1.

Projeto em andamento:

- Implantação do SPG - OPAC - ANC - Sistema Participativo de Garantia de Avaliação da

Conformidade para 06 grupos de produtores na região de Campinas, America e Bragança

Paulista. (Certificação Participativa) (com recurso dos associados).

Esta entidade se envolverá na execução das linhas de ação: 2.1., 2.2., 3.1; e 3.2.

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4. Centro Paula Souza

O Centro Paula Souza, criado em 1969, é o órgão responsável pela administração das 192

Escolas Técnicas (Etecs) e 49 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais localizadas em 152

municípios no Estado de São Paulo. As Etecs atendem mais de 199 mil estudantes no Ensino

Médio e no Ensino Técnico, para os setores industrial, agropecuário e de serviços, em 91

cursos técnicos, que também incluem 3 cursos técnicos oferecidos na modalidade

semipresencial, 3 cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e 2 cursos técnicos integrados

ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Já nas 49 Fatecs,

cerca de 46 mil alunos estão matriculados nos 51 cursos de graduação tecnológica.

A equipe do Centro Paula Souza, representada pela professora Maria Lúcia Mendes de

Carvalho, doutora em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável, se envolverá nas

linhas de ação: 2.1., 2.2., 3.1; e 3.2.

5. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) – Escritório de

Desenvolvimento Rural (EDR)- Regional de Campinas

O EDR - Regional de Campinas conta com 10 escritórios municipais. Nestes trabalham 10

engenheiros agrônomos, com um veículo cada, computadores ligados à internet.

Tem convênio com MDA para diversos projetos em Agroecologia no Estado de São

Paulo. Este convênio é com a Secretária da Agricultura de São Paulo e a CATI que executa

via regionais, atuando em unidades demonstrativas de Agroecologia, capacitação para

técnicos e produtores.

Em sua equipe para este projeto há quatro engenheiros agrônomos, sendo um doutor

(Maria Claudia S. G. Blanco), dois mestres (José Augusto Maiorano – chefe do EDR

Campinas; Osmar Mosca Diz) e um graduado (Escolástica Ramos de Freitas). Estes estarão

envolvidos em todos os objetivos deste projeto, em especial na execução da linha de ação

1.5., 2.1., 2.2. e 3.2.

6. EMBRAPA Meio Ambiente

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) desenvolve projetos e ações voltados ao

desenvolvimento da agroecologia com foco na sensibilização, capacitação e pesquisa, a partir

de uma orientação agroecológica, em consonância com as demandas dos agricultores

familiares assentados. Os projetos que têm sido liderados pela Embrapa Meio Ambiente são

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desenvolvidos em parceria com outras instituições e organizações, como Incra/SP, UFSCar,

Unicamp, movimentos sociais, cooperativas e grupos formais e informais de agricultores

assentados, cujo enfoque é a geração de conhecimento agroecológico ajustado às condições de

assentamentos rurais. A equipe deste projeto é composta por dois pesquisadores agrônomos

(João Carlos Canuto e Maria Lucia Zuccari) e um biólogo com doutoramento (Ricardo Costa

Rodrigues de Camargo), além de um agrônomo com o grau de mestre (Francisco Miguel

Corrales), e estará envolvida na execução das linhas de ação 1.5., 2.1., 2.1. e 2.4 e 3.1.

Projetos em andamento

- “Capacitação sócio-ambiental para construção de projetos de desenvolvimento sustentável

em assentamentos rurais no Estado de São Paulo” (MDA – 2006-2008/ INCRA-SP/FEPAF

2009-2010). Coordenador: João Carlos Canuto

- "Centro de Disseminação em Agroecologia" que mantém um Sítio Agroecológico na

Embrapa Meio ambiente (liderado pela Embrapa Meio Ambiente, financiado pelo

Macroprograma 4 da Embrapa). Coordenador: Marcos Neves. Equipe: Francisco Miguel

Corrales, Waldemore Moriconi e outros

- “Geração, adaptação e transferência de tecnologias para o desenvolvimento sustentável de

doze municípios da Região de Franca, SP” (financiado por emenda parlamentar)

- “Transferência de Tecnologia para o Desenvolvimento do Agronegócio da Produção Leiteira

e da Produção de Sementes de Gramíneas e Leguminosas Forrageiras na região do Pontal do

Paranapanema”, (financiado por emenda parlamentar)

- “Transferência de conhecimentos e tecnologias de base agroecológica, a partir da rede de

unidades de referência nas regiões Leste do Estado de São Paulo”( MP4 Embrapa).

Coordenador: Francisco Miguel Corrales. Parceiros: Agência Paulista de Tecnologia dos

Agronegócios - Pólo Leste Paulista (Apta), Associação de Agricultura Orgânica, Associação

de Agricultura Natural de Campinas, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e

Instituto de Biologia da Unicamp/Laboratório de Entomologia Aplicada.

Em termos de infraestrutura a Embrapa possui instalações modernas, com laboratórios,

salas de reuniões e auditório climatizados. Parque computacional também nbastente

satisfatório. Destaca-se a área demonstrativa (“sítio agroecológico”).

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7. Família Orgânica

A Família Orgânica é uma articulação de produtores rurais e profissionais de saúde de

Campinas e Região, com o objetivo de fornecer produtos e serviços ligados a Agricultura

Orgânica, Biodinâmica e Permacultura. Está constituída juridicamente como micro-empresa e

através da parceria com dezenas de propriedades realiza programas de Educação Ambiental,

Turismo Rural, Vivências Terapêuticas, Cursos, Programas de Desenvolvimento Humano e

parcerias de sustentabilidade.

Semanalmente comercializa cerca de 100 itens (todos orgânicos), através do delivery, de

feiras e da parceria com lojistas, empresas e restaurantes.

Ainda através de seus integrantes, a Família Orgânica tem participado também da Rede de

Agroecologia Mantiqueira-Mogiana.

Para os interessados, foi constituído um grupo de Certificação Participativa

(UNIORG) com objetivo de viabilizar trocas de experiência e suporte para a certificação

orgânica.

Hoje, o serviço de maior destaque é a Administração de Cultivo Orgânico oferecida

aos produtores interessados no cultivo agroecológico e que desejam escoar sua produção. O

trabalho é realizado através das visitas, por período indeterminado e em contato direto com os

responsáveis e tem como guia o Calendário Biodinâmico.

Seu representante junto à equipe deste projeto é agricultor, graduado em Pedagogia e

Filosofia e tem mestrado em Educação. Estará atuando junto aos agricultores de sua

articulação principalmente nas linhas de ação 1.5, 2.2 e 3.2.

8. Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp)

O ITESP é a entidade responsável por planejar e executar as políticas agrária e fundiária

do Estado de São Paulo e pelo reconhecimento das Comunidades de Quilombos. É vinculada

à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. Neste projeto estará representado

pela Márcia Regina de Oliveira Andrade, doutora. Estará envolvida nas linhas de ação 1.5.,

2.1., 2.2. e 3.2.

9. Trocas Verdes

O Trocas Verdes surgiu com um grupo de pessoas incomodadas com a atual relação de

produção e consumo de alimentos no mundo e, em particular, na nossa cidade (Campinas/SP).

Baseado em princípios da economia solidária, da autogestão, da soberania alimentar, e

preocupado com o sabor dos alimentos, assim como com a saúde do corpo e do planeta.

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Nesse sentido os principais objetivos do grupo são: ser um grupo de gestão cooperativa;

possibilitar o consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos, provindos da agricultura

familiar, de assentamentos rurais ou da agricultura urbana, e de empreendimentos da

economia solidária; promover a comercialização direta com produtores locais, viabilizando a

descentralização econômica dos grandes produtores e centros de comercialização.

Atualmente, o grupo Trocas Verdes está associado a nove produtores, todos da região

de Campinas, e alguns destes do próprio distrito de Barão Geraldo. As compras são realizadas

semanalmente num espaço chamado Céu Aberto (http://ceuabertoarte.blogspot.com/), que

também é organizado por coletivos que exercem atividades cooperativas. Por semana, o grupo

organiza uma média de vinte compras, feitas entre seus mais de cinqüenta integrantes. Para

ser um associado não é necessário pagar qualquer taxa de associação, basta se cadastrar pelo

site. Todos os integrantes do Trocas Verdes são voluntários.Para este projeto inicialmente terá

três representações: Olivia Gonçalves Janequine (mestre em Antropologia), Maria Elisa Von

Zuben Tassi (mestranda em Agroecologia e Desenvolvimento Rural/ UFSCar) e Lucas

Berliner Krasucki (graduando em Ciências Sociais/ Unicamp). Quanto às linhas de ação

atuarão, principalmente, na 1.1, ajudando a organizar o espaço e também nas linhas 2.1., 2.2.,

2.3. e 3.2.

10. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP Botucatu)

A UNESP Botucatu apresenta toda a infraestrutura necessária para as atividades deste

projeto, incluindo-se salas de aula e laboratórios equipados, biblioteca e corpo técnico

qualificado. Neste projeto é representada pela Dra Maristela Simões do Carmo, também

colaboradora na FEAGRI/ Unicamp, que têm vasta produção e atuação nos temas Economia,

com ênfase em Economias Agrária e dos Recursos Naturais, atuando principalmente nos

seguintes temas: agricultura sustentavel, agricultura familiar, desenvolvimento rural

sustentado, agroecologia e assentamentos rurais. Atuará principalmente na execução das

linhas de ação 2.1., 2.2, 3.1.

Projetos em andamento:

- “Métodos e redes para a transição agroecológica no sudeste brasileiro: sistematização e

avaliação das experiências de Ater e do Progera. Coordenador: Maristela Simões do Carmo.

- “Agricultura Modelo: Capacitação de jovens habitantes da zona rural da APA de Botucatu

em agricultura sustentável”. Coordenador: Sílvio José Bicudo. Equipe: Maristela Simões do

Carmo.

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- “Segurança Alimentar no Campo: redesenhos agroecológicos da produção em áreas de

assentamentos e de remanescentes de quilombos”. (CNPq). Coordenador: Julieta Teresa Aier

de Oliveira Equipe: Maristela Simões do Carmo.

- “Fomento à rede de pesquisa participativa e ATER agroecológica através da formação de

agentes agroflorestais no âmbito da Articulação Paulista de Agroecologia”. (CNPq).

Coordenador: Yara Chagas de Carvalho. Equipe: Maristela Simões do Carmo.

Demais membros da equipe do projeto

11. José Maria Gusman Ferraz: tem doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual

de Campinas- UNICAMP (1985), pós-doutorado em Agroecologia pela Universidade de

Córdoba (UCO) Córdoba Espanha. É o representante da Associação Brasileira de

Agroecologia na região sudeste. Integra a CTNBio. É professor do Curso de Mestrado em

Agroecologia e Desenvolvimento Rural da UFSCar/ Campus de Araras, colaborador na

disciplina de Agroecologia da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área

de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas:

manejo de agroecossistemas, gestão ambiental, educação ambiental, Agroecologia,

metodologias participativas. Desempenhará papel fundamental nas linhas de ação 2.1., 2,2,

2.4., 3.1 e 3.2.

12. Aida Gamal Eldin Mahmoud: é bióloga, mestranda em Agroecologia e

Desenvolvimento Rural (UFSCar/ Araras), trabalhando com as questões de gênero e a

agroecologia em assentamentos rurais. Atuará nas linhas de ação 1.4., 1.6., 2.1., 2,2, 2.4.e 3.2.

13. Suzana Marques Rodrigues Álvares: é bióloga, mestranda em Agroecologia e

Desenvolvimento Rural (UFSCar/ Araras). Desenvolve o projeto “Avaliação da

sustentabilidade em agroecossistemas através do uso de indicadores no assentamento Entre

Rios, MT”. Atuará nas linhas de ação 1.1., , 1.2., 1.3., 1.4., 1.6. 2.1., 2,2, 2.4, 3.1.e 3.2.

14. Roberto Donato da Silva Júnior: é doutorando no Programa de Pós-Graduação em

Ambiente e Sociedade do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) do Instituto

de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/UNICAMP), com apoio da Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Tem experiência em projetos sócio-ambientais

junto a populações indígenas na Região de Ji-Paraná/RO, através do IAMÁ. É professor

universitário nas disciplinas de sociologia, antropologia e filosofia desde 2006 e atualmente

realiza estágio de docência na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da UNICAMP.

Desenvolveu pesquisa sobre etnoconservação e a relação entre organizações não-

governamentais e populações ribeirinhas da Amazônia. Atualmente desenvolve pesquisa

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científica sobre a intersecção epistemológica entre ecologia, sociologia e antropologia nas

propostas de sustentabilidade. Integrará a equipe de execução das linhas de ação: 2.1; 2.2; 2.3

e 3.1

15. Laura De Biase: mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades

em Ecologia Aplicada (PPGI-EA), ESALQ-CENA. Tem experiência de extensão acadêmica

em assentamentos rurais nas regiões de Itapeva, Andradina e Pontal do Paranapanema.

Realizou assessoria para elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável nas Terras

Indígenas de Oiapoque/AP, através do IMAZON. Realizou assessoria e pesquisa acadêmica

em projeto de desenvolvimento agroflorestal junto a comunidades rurais da região do Vale do

Ribeira (Cajati, Cananéia, Sete Barras e Barra do Turvo), através da PROTER. Atuou como

educadora ambiental no ensino fundamental e na construção participativa de viveiros

florestais junto a comunidades rurais. Além disso, realizou consultoria no Projeto de Criação

de Wetlands (Rio Doce Manganês–Vale) para a Bureau de Projetos e Consultoria Ltda.

Atualmente é pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e desenvolve pesquisa

sobre agroecologia, campesinidade e relações de gênero. Atuará nas linhas de ação: 2.1; 2.2;

2.3 e 3.1.

16. Marcelo de Albuquerque Vaz Pupo: é formado em Ciências Biológicas. Têm

experiência em extensão e é professor do curso Médio Integrado ao Técnico em

Agroecologia" (PRONERA), através do convênio da FEAGRI.

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K) Plano de trabalho detalhado, com metodologia detalhada e cronologia

A consolidação e potencialização das ações da Rede de Agroecologia da Unicamp se

darão a partir das estratégias e propostas construídas participativamente na “Oficina da

Articulação de Agroecologia da Unicamp” (set/2010) e discutidas na “Oficina do Projeto para

o Edital 58 MDA/SAF/CNPq” (Nov/2010).

Todas as metas propostas têm como premissa criar mecanismos para apoiar processos

de construção de saberes agroecológicos nos enfoques de tecnologias apropriadas a sistemas

de produção no contexto local, desenvolvimento de modelos alternativos de comercialização e

aperfeiçoamento da organização das comunidades, resultando no empoderamento dos

agricultores familiares e de suas comunidades, bem como dos segmentos sociais que apóiam

esse setor fundamental da sociedade brasileira (consumidores, estudantes, extensionistas,

docentes e pesquisadores). Nesse sentido o presente projeto encontra a sua fundamentação

metodológica no campo da pesquisa-ação. Instrumento promotor da participação, essa

abordagem vem sendo aplicada a diversos campos de atuação: educação, comunicação,

organizações, serviço social e programas de desenvolvimento rural. O método tem por

perspectiva:

“Favorecer a aquisição de um conhecimento e de uma

consciência crítica do processo de transformação

vivenciado pelo grupo, para que ele assuma, de

maneira cada vez mais lúcida e autônoma, seu papel

de protagonista e ator social” (BRANDÃO 1985)

As etapas de diagnóstico em pesquisa-ação (CERQUEIRA & SCHAUM, 2000)

contemplam: (1) definição e explicitação dos objetivos de trabalho; (2) levantamento do

histórico do grupo participante do processo de interação; (3) identificação dos problemas a

estudar e solucionar; (4) hierarquização dos problemas ou temas (5) definição coletiva de um

plano de intervenção, trazendo elementos de solução às questões priorizadas; (6) Ação do

grupo, resultante do processo de planejamento participativo; (7) Avaliação e aprimoramento

das atividades coletivas.

Os fundamentos do método da pesquisa-ação apresentam-se intensamente

relacionados aos princípios da pedagogia libertadora preconizados pelo educador Paulo Freire

(THIOLLENT, 1986). Amplamente adotado em programas de desenvolvimento rural, na

abordagem freireana a comunidade mobilizada é capaz de eleger as suas próprias

necessidades e determinar as formas de alcançar os objetivos coletivos. Essa ação libertadora

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é plenamente coerente com procedimentos de diagnóstico participativo, organização de

grupos de interesse, projetos coletivos e avaliação conjunta. Tendo por premissa que a

intervenção se dá num contexto de uma sociedade assimétrica, resultando em desequilíbrios

socioambientais. A organização da comunidade na dimensão de uma pedagogia reflexiva e

libertadora representa um esforço coletivo na transformação dessas estruturas, portadoras de

mudanças rumo a sociedades sustentáveis (BRANDÃO,1985).

Dessa forma, apresentam-se o plano de trabalho e a cronologia, coerentes com a

metodologia proposta.

O primeiro conjunto de ações tem o intuito de consolidar uma estrutura gerencial e

administrativa da Rede de Agroecologia da Unicamp que permita potencializar as ações e a

interação entre os seus diversos atores. Elas visam dar visibilidade às ações realizadas ou em

fase de realização em projetos coordenados pelos membros participantes da rede, bem como

criar mecanismos que promovam o fortalecimento e a ampliação das parcerias intra e

interinstitucionais.

As metas desse componente, a serem executadas pela equipe multidisciplinar e

interinstitucional, serão concluídas no primeiro trimestre do projeto.

A primeira meta a ser efetivada para a consolidação gerencial e administrativa da Rede

de Agroecologia da Unicamp deverá ser concretizada no primeiro mês do projeto. Refere-se à

implantação de uma sede física para a “Rede de Agroecologia da Unicamp” no Centro

Cultural de Inclusão e Integração Social da Unicamp (CIS Guanabara)10

vinculado à Pró-

Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC).

O CIS Guanabara situa-se em um bairro central de Campinas (SP) bastante acessível a

toda a população, facilitando o acesso de todos os interessados às suas dependências. Este

local, já concedido pela Universidade e disponibilizado a partir do primeiro mês de vigência

do projeto, constitui espaço fundamental para os trabalhos de coordenação e articulação dos

membros da Rede interna e externamente.

A segunda meta proposta por este projeto, a ser realizada a partir do primeiro trimestre

do projeto, atende uma demanda da Rede por acesso a um acervo organizado de produções

bibliográficas, documentos, filmes e documentários em Agroecologia e áreas correlatas11

.

10 <http://www.cisguanabara.unicamp.br/>

11 Atualmente, a Universidade conta com uma coleção restrita em termos de diversidade, dispersa em várias bibliotecas da

instituição e com o empréstimo restrito a pessoas com algum tipo de vínculo institucional à Unicamp.

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Desta forma, serão instaladas uma biblioteca, uma videoteca e um acervo de memória12

na

sede da Rede, oportunizando o livre acesso a todos os interessados, mediante o preenchimento

de uma ficha de adesão. Os títulos básicos, levantados junto aos membros da Rede em

consulta virtual, serão adquiridos através da verba deste projeto. Também serão recebidas

doações dos membros da Rede e de instituições, ONGs e demais organizações13

, que

disponibilizam gratuitamente periódicos, livros, cartilhas e outros materiais. Para tal, será

necessário o trabalho de um bolsista na organização do material, na efetivação dos contatos

para doação e na gestão dos acervos.

A partir do primeiro trimestre do projeto também será implantado um sítio virtual

(site) para a Rede de Agroecologia da Unicamp14

. Esta ferramenta de comunicação, além de

trazer informações gerais sobre a estrutura, missão e funcionamento da Rede, também contará

com uma biblioteca virtual, com produções teóricas, banco de dados sobre os projetos e ações

de ensino, pesquisa e extensão dos seus membros, banco de competências, links de interesses

e contatos, denotando a multi e interdisciplinaridade, assim como a interinstitucionalidade,

marcantes desta Rede. Destaca-se que também haverá no sítio um banco de dados organizado

sobre as disciplinas e cursos de ensino médio, graduação, pós-graduação e extensão em

Agroecologia oferecidas por sujeitos da Rede e que podem ser cursadas tanto por seus

próprios atores, quanto por atores externos a ela. Para tal, será realizado por bolsistas um

trabalho de diagnóstico junto aos membros da Rede para o levantamento das informações

necessárias para o aporte nos bancos de dados. Estes organizarão os dados.

O sítio eletrônico será hospedado no provedor da Unicamp, sendo a PREAC (Pró-

Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários) a responsável pela sua criação e suporte

técnico, havendo a necessidade de bolsistas com formação universitária em curso para montá-

lo. A concepção do layout e da interface de navegação ficará ao encargo de um grupo de

trabalho da Rede, e serão validados por seus membros através de uma consulta. A alimentação

e o gerenciamento dos bancos e das bases de dados e informações digitais serão efetuados por

bolsistas, que também serão encarregados de aportar diariamente ao sítio eletrônico

informações sobre editais, consultas públicas, eventos, oferecimento de estágios, e outras

12 Arquivados na forma impressa e digital.

13 Como o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Giramundo Mutuando, AS-PTA, entre outras.

14 As funções centrais deste sítio eletrônico são de disponibilizar conhecimentos e experiências teórico-metodológicas,

técnicas e organizacionais em Agroecologia e estimular a comunicação e a cooperação interna e externa à Rede, apoiando seu potencial de ação na promoção da agricultura familiar através do ensino, pesquisa e extensão.

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questões pertinentes. Cabe ressaltar que a Rede já conta com um grupo de discussão15

na

internet que continuará sendo administrado como ferramenta de comunicação.

Propõem-se neste projeto a inserção de experiências sistematizadas dos membros da

Rede de Agroecologia da Unicamp16

. no sistema “Agroecologia em Rede”17

. Para tal, no

terceiro trimestre do projeto, será realizada uma reunião da Rede para a construção

metodológica do “Plano de sistematização de experiências em Agroecologia”, contando

também com a participação de representação da ABA, entidade que vem atuando fortemente

para este objetivo em nível nacional, além de outros convidados que também igualmente

tenham amplos conhecimentos deste assunto. Posteriormente, em espaços de eventos

(seminários, oficinas e reuniões), que serão realizados pela Rede a partir do terceiro trimestre

do projeto, serão promovidas oficinas de sistematização que viabilizem este plano de ação, a

ser consolidado até o último trimestre do projeto. A inserção das sistematizações no sistema

será realizada, prioritariamente, pelos próprios membros da Rede e contará com o apoio de

bolsistas do projeto habilitados para tal.

A comunicação e a cooperação interna e externa na Rede de Agroecologia da Unicamp

se darão, para aqueles que têm acesso à internet, através do sítio eletrônico e pelo grupo de

discussão já em operação18

. Para aqueles que não têm acesso aos meios eletrônicos de

comunicação será utilizado contato direto com pessoas-chaves de cada grupo (articuladores)

que ficarão encarregados de repassar as informações para os demais. Bolsistas do projeto

darão apoio logístico à esta meta.

Este projeto também contempla um conjunto de metas específicas a serem realizadas

para a consolidação da institucionalização da Rede de Agroecologia da Unicamp19

.

15 <http://br.groups.yahoo.com/group/agroecologianaunicamp/>

16 Entendendo a sistematização de experiências de construção do conhecimento agroecológico16 como um recurso político

pedagógico, que propicia o diálogo de saberes entre o corpo técnico e os agricultores, a auto-reflexão crítica sobre a própria

prática e identificação de demandas orientadoras para a proposição de políticas públicas e considerando-se que a visibilidade

das ações empreendidas no âmbito da Rede também cria condições para fortalecer e ampliar parcerias para o

desenvolvimento de projetos interinstitucionais, multi e interdisciplinares, de ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia.

17 <http://www.agroecologiaemrede.org.br/>

18 <http://br.groups.yahoo.com/group/agroecologianaunicamp>

19 Cujo objetivo é oferecer condições para o fortalecimento da rede; promoção da interinstitucionalidade, da inter e

multidisciplinaridade; garantir o seu reconhecimento e estabelecer condições no âmbito institucional que propiciem sua

continuidade em ações de ensino, pesquisa e extensão, a partir de diretrizes orientadoras condizentes com a PNATER e o

Plano Nacional de Extensão Universitária

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Neste sentido, a primeira meta a ser consolidada no segundo trimestre do projeto será

a elaboração de um documento referencial sobre o conceito e a práxis agroecológica na Rede

de Agroecologia da Unicamp20

, a ser realizada em três etapas. A primeira visa dar

continuidade à apresentação das experiências dos grupos de membros da Rede através de uma

oficina, para consolidar um documento sistematizado sobre o panorama do estado da arte da

Agroecologia na Rede21

. Posteriormente, será realizada uma mesa-redonda, com

representações da ANA e da ABA, para o aprofundamento e discussão da abordagem teórico-

metodológica da Agroecologia na Unicamp, tendo como base o conceito de Agroecologia da

própria ABA. A partir desta discussão, um grupo de relatores redigirá um documento referente

ao Marco Referencial em Agroecologia da Rede de Agroecologia da Unicamp, que será

submetido à análise e receberá sugestões e alterações, via eletrônica. Por fim, este documento

será apresentado e publicado no sítio eletrônico.

Simultaneamente, no primeiro e segundo trimestre do cronograma do projeto haverá a

mobilização dos membros participantes da Rede de Agroecologia da Unicamp para a

construção do “Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia”.

Esta partirá de um levantamento de demandas nas temáticas de ensino, pesquisa e extensão,

sendo tais informações obtidas a partir da realidade dos atuais projetos e atividades em

andamento no campo da Agroecologia, coordenados pelos membros da Rede. Tendo por base

essa realidade, será solicitada uma pré- definição de contribuições de potenciais linhas de

ação para o Plano. Os resultados do diagnóstico das demandas relativas a iniciativas em

andamento ou de potenciais novas ações de ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia

serão sistematizados na forma de um documento redigido pelo conjunto dos membros do

projeto.

Com base neste documento e no Marco Referencial, no terceiro trimestre deste projeto

serão realizadas as discussões para a construção participativa de um “Plano de Ações

Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia da Rede de Agroecologia da

Unicamp” tendo como base a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural -

PNATER e no Plano Nacional de Extensão Universitária. Este será construído através de

reuniões de planejamento participativo (GEILFUS, 1998). O documento gerado trará as linhas

20 o qual se constitui como peça-chave em processos de comunicação e termos de referência para ensino, pesquisa e extensão.

21 Esta meta finalizará os trabalhos da Rede iniciados em uma oficina da Rede, realizada em setembro de 2010, que teve

como um de seus objetivos a avaliação do estado da arte da Agroecologia na Unicamp.

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de ação, uma matriz de prioridades e a agenda para o biênio 2012-2013. Este documento

também será a fundamentação para as discussões junto à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos

Comunitários (PREAC) para a elaboração do “Programa de Extensão em Agroecologia da

Unicamp” a ser finalizado no quarto trimestre do projeto. Esta ação junto à PREAC é

fundamental para que se estabeleçam condições institucionais que atuem afirmativamente na

consolidação da atuação em Agroecologia na Universidade.

Este projeto também intenciona promover espaços de construção e trocas de

conhecimento do saber agroecológico, envolvendo agricultores familiares, consumidores,

extensionistas, docentes, pesquisadores e estudantes. Sendo assim, durante toda a sua

execução apoiará academicamente a realização de estudos, pesquisas e organização de

eventos para aprimoramento conceitual, construção e desenvolvimento de métodos e técnicas

nos campos agroecológicos, aplicáveis a ações de ensino, pesquisa e extensão, à formulação

de políticas públicas e à gestão de organizações de agricultores. Fundamentalmente estarão

baseados nas demandas e ações levantadas do Plano de Ações Integradas, constituindo-se em

uma ação interventiva junto aos atores da Rede.

Três seminários são propostos. Um especialmente voltado a discutir, refletir

criticamente e trocar conhecimentos sobre as experiências teórico-metodológicas, técnicas e

organizacionais, individuais e de grupos da Rede, na extensão e pesquisa em Agroecologia, a

ser realizado no quarto trimestre do projeto. Um segundo evento voltado especificamente para

as questões do ensino formal e informal em Agroecologia e sua interface com a pesquisa e a

extensão, a ser realizado no oitavo trimestre do projeto. Estes dois seminários internos à Rede,

no quarto e sexto trimestre, terão como foco principal oferecer alternativas ou mesmo serem

os espaços para apresentar contribuições em atendimento aos pontos destacados no plano de

ação integrada da Rede. Um último seminário, de maior abrangência, a ser executado no nono

trimestre deste projeto, é proposto para aprofundar as relações extra Rede e partilhar as

experiências internas.

Propõe-se também, a partir do início do segundo trimestre do projeto, a criação de um

grupo de estudos em Agroecologia, que realizará mensalmente um encontro para discussão de

trabalhos e experiências de interesse da Rede, levantados através de consulta aos membros e

em função das demandas indicadas no “Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e

Extensão em Agroecologia da Rede de Agroecologia da Unicamp”

Durante toda a vigência do projeto buscar-se-á ampliar o diálogo e a interação com

outras instâncias de articulação em nível nacional e internacional, como a Articulação

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Nacional de Agroecologia, Associação Brasileira de Agroecologia, Articulação Paulista de

Agroecologia, Rede de Agroecologia Mantiqueira-Mogiana e a Sociedad Científica

Latinoamericana de Agroecologia. Desta forma, as representações destas instâncias serão

convidadas a conhecer e participar das ações deste projeto. Em especialmente, espera-se que

contribuam com sugestões e participação na definição do Marco Referencial, da formatação

do “Plano de Ação integrada em Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia” e, iniciadas

intervenções decorrentes desse documento, somem forças nas implementações das atividades

resultantes do planejamento realizado. No caso específico da ABA, uma representação da

Rede deverá ser o elo na discussão sobre currículos de formação em Agroecologia em nível

técnico, médio, superior e de pós-graduação, participando das reuniões e alimentando a rede

com informações e consultas.

Depois de observadas todas as etapas para se chegar à versão final do Plano de Ações

Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia da Rede de Agroecologia da

Unicamp, a partir do quarto trimestre esse documento será formatado para ser submetido a

agências financiadoras de projetos. De maneira que, com o apoio oferecido pelo CNPq

finalizado o presente projeto já se possa contar com recursos para a continuidade das ações da

Rede.

Por fim, o presente projeto propõe um último conjunto de ações para a avaliação sobre

a efetividade das ações propostas neste projeto. Desta forma, no último trimestre da vigência

será elaborado um relatório com a análise do projeto pela sua equipe, com base nos

indicadores de progresso propostos, o qual será divulgado no âmbito da Rede. Posteriormente,

será realizado um encontro para discutir os avanços obtidos, os ajustes necessários e as

formas de continuidade no processo de construção dos saberes em Agroecologia, para o qual

também serão convidadas organizações representativas do movimento agroecológico do

Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior, especialmente aquelas vinculadas às instituições

de ensino.

O documento gerado nesta discussão será sistematizado pela equipe do projeto e a será

divulgado no site da Rede, bem como será inserido no banco de experiências “Agroecologia

em Rede” e enviado ao CNPq. A partir dessas reflexões serão elaboradas as bases de um novo

projeto de fortalecimento de ações em pesquisa e extensão em Agroecologia, coordenado pela

Unicamp, a ser apresentado a agências de desenvolvimento para permitir a continuidade das

atividades

A seguir apresenta-se o cronograma de atividades deste projeto.

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Cronograma de atividades

Atividades

Trimestre

1º. 2º. 3º. 4º. 5º. 6º. 7º. 8º. 9º. 10º.

Estruturação física da sede da

Rede de Agroecologia da

Unicamp

Implantação e gerenciamento da

biblioteca, videoteca e acervo de

memória

Construção, publicação e

gerenciamento do sítio eletrônico

Concepção, criação, alimentação

e gerenciamento de bancos e

bases de dados e informações

digitais

Sistematização e inserção de

experiências dos membros da

Rede no sistema “Agroecologia

em Rede”

Construção e operação de

mecanismos de comunicação

Elaboração do marco referencial

em Agroecologia da Rede

Construção participativa do

“Plano de Ações Integradas de

Ensino, Pesquisa e Extensão em

Agroecologia”

Participação da elaboração do

Programa de Extensão em

Agroecologia da Unicamp

Interação com organizações

associativas e de articulação em

Agroecologia

Apoio a pesquisas

Realização de seminários

Discussões do grupo de estudos

Monitoramento do projeto

Avaliação do projeto

Produção do relatório final

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L) Orçamento

1. Custeio

1.a. Itens de material de consumo Valor unitário

(R$)

Quantidade Valor total

(R$)

Bloco flipchart 25,90 6,00 155,40

Canetas (cx c/ 50) 21,40 8,00 171,20

Cavalete para flipchart 59,90 2,00 119,80

CD (pino c/ 100) 49,00 2,00 98,00

DVD (pino c/ 50) 35,70 2,00 71,40

Fita crepe (5 rolos) 14,40 3,00 43,20

Gizão de cera 4,39 15,00 65,85

Pastas 0,95 50,00 47,50

Pastas suspensas (c/50) 37,20 2,00 74,40

Papel A4 (500 folhas) 13,50 50,00 675,00

Papel pardo (rolo 0,6 x 165 metros) 36,70 1,00 36,70

Pendrives 4G 40,00 3,00 120,00

Pendrives 16G 129,00 1,00 129,00

Pincel atômico preto (cx c/12) 20,40 3,00 61,20

Pincel atômico azul (cx c/12) 20,40 3,00 61,20

Pincel atômico vermelho (cx c/12) 20,40 3,00 61,20

Pincel atômico verde (cx c/12) 20,40 3,00 61,20

Toner preto para impressora laser 280,00 3,00 840,00

Toner ciano para impressora laser 280,00 3,00 840,00

Toner magenta para impressora

laser

280,00 3,00 840,00

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1.a. Itens de material de consumo Valor unitário

(R$)

Quantidade Valor total

(R$)

Toner amarelo para impressora

laser

280,00 3,00 840,00

Grampeador alicate 25,60 2,00 51,20

Grampo (cx c/ 5000 unidades) 3,60 2,00 7,20

Clipes (lata c/ 500 g 10,00 3,00 30,00

Tesoura 13,00 4,00 52,00

Furador de papel 19,00 2,00 38,00

Fita adesiva (4 unidades) 8,00 3,00 24,00

Giz escolar branco (c/ 50) 2,50 5,00 12,50

Giz escolar colorido (c/ 50) 2,00 5,00 10,00

Refiladora 100,00 1,00 100,00

Total 1.a. 5737,15

1.b. Itens de serviços de terceiros

– Pessoa Jurídica

Xerox comum 0,10 20000,00 2000,00

Total 1.b. 2000,00

1.c. Diárias

Diárias nacionais 187,83 115,00 21600,45

Total 1.c. 21600,45

Total custeio 29.337,60

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2. Capital

2.a. Material bibliográfico Valor unitário (R$) Quantidade Valor total( R$)

Livros de agroecologia, manejo

ecologico de solos,

desenvolvimentos sustentável, entre

outros

850,00 1,00 850,00

Total 2.a. 850,00

2.b. Equipamento e Material

Permanente

Impressora multifuncional laser

colorida (F/V)

1600,00 1,00 1600,00

Computador: processador pentiun

core I5, 1 Tb de HD, 4 GB de

memória ram, Gravor de DVD,

Monitor 15,6", teclado e mouse

1995,00 1,00 1995,00

Computador: processador pentiun

core I3, 320 GB de HD,3 GB de

memória ram, Gravor de DVD,

Monitor 17", teclado e mouse

1500,00 1,00 1500,00

Notebook: processador core I3, 320

GB de HD, 3GB de memoria ram,

gravador de DVD, tela de 14"

1700,00 1,00 1700,00

Roteador wireless 100,00 1,00 100,00

HD externo 500 GB 250,00 1,00 250,00

Projetor Multimidia 2500 lumens 1399,00 1,00 1399,00

Quadro escolar 2 x 1,2 m 80,00 1,00 80,00

Tela de projeção c/ tripé 450,00 1,00 450,00

Quadro de aviso em cortiça 1,2 x

0,9

70,00 1,00 70,00

Total 2.b. 9144,00

Total capital 9.994,00

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Bolsas

Modalidade Categoria;

Nível

Quantidade Valor

unitário (R$)

Número

de meses

Valor total

(R$)

EXP C 1 1.100,00 30 33000,00

IEX 1 360,00 25 9000,00

IEX - 1 360,00 24 8640,00

ATP A 1 550,00 16 8800,00

Total Bolsas 59.440,00

Total geral (Custeio + Capital + Bolsas) = 98.771,60

Justificativas

Bens de despesa capital

Este projeto deverá contemplar para obtenção bens de despesa capital para a

estruturação da sede da Rede. Será imprescindível a aquisição de dois microcomputadores,

para que se possa realizar a criação e gestão de bancos de dados, sítio eletrônico e acervos

bibliográficos e digitais, bem como um HD externo para gravações. Justifica-se a necessidade

de uma impressora para a impressão dos documentos do projeto e da Rede de Agroecologia

da Unicamp. Tanto o projetor multimídia quanto o laptop serão necessários para as reuniões,

seminários, oficinas e ações de sistematização descritas no projeto.

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M) Cronograma físico-financeiro

Desembolso Financeiro Trimestre

1º. 2º. 3º. 4º. 5º. 6º. 7º. 8º. 9º. 10º.

1. CUSTEIO

1a. Material de Consumo 50% 50%

1b. Serviços de Terceiros -

Pessoa Jurídica 50% 50%

1c. Diárias nacionais 50% 50%

2. Capital

2a. Material Bibliográfico 50% 50%

2b. Equipamentos e Material

Permanente 100%

3. Bolsas

EXP - Bolsista 1 (30 meses)

IEX - Bolsista 1 (24 meses)

IEX - Bolsista 2 (25 meses)

ATP - Bolsista 1 (16 meses)

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N) Descrição das tarefas específicas dos membros da equipe, estabelecendo a estratégia (ou metodologia) de articulação entre os mesmos,

tendo em vista o objetivo comum

As tarefas específicas dos membros da equipe grupo estão no quadro a seguir.

NOME INSTITUIÇÃO QUALIFICAÇÃO ATRIBUIÇÔES NO PROJETO

Mohamed Ezz El Din Mostafa

Habib IB/ UNICAMP

Doutor em Ciências

Biológicas

Coordenação geral

Sonia Maria P. P. Bergamasco FEAGRI/UNICAMP Doutora em Sociologia Coordenação associada

Ademar Ribeiro Romeiro IE/ UNICAMP Doutor em Economia - Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Articulação intra e interinstitucional

- Análise e publicação de dados e experiências

- Elaboração de relatórios e outros documentos

Bastiaan Philip Reydon IE/ UNICAMP

Doutor em Ciência

Econômica

Emma Siliprandi NEPA/ UNICAMP

Doutora em

Desenvolvimento

Sustentável

Enrique Ortega Rodrigues FEA/ UNICAMP

Doutor em Engenharia

de Alimentos

Fernando Antonio Lourenço IFCH/ UNICAMP

Doutor em Ciências

Sociasi

Josely Rimoli FCA/ UNICAMP Doutora em Saúde

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Coletiva - Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Articulação intra e interinstitucional

- Análise e publicação de dados e experiências

- Elaboração de relatórios e outros documentos

Marlene Schivianatto IB/ UNICAMP

Pós-Doutorado em

Biologia Vegetal

Miguel Juan Bacic IE/ UNICAMP

Doutorado em

Administración

Muriel de Oliveira Gavira FCA/ UNICAMP

Doutora em Política

Científica e Tecnológica

Renato Peixoto Dagnino IG/ UNICAMP

Doutorado em Ciência

Econômica

Sandra Francisca Bezerra

Gemma FCA/ UNICAMP

Doutora em Engenharia

Agrícola

Ângela Salvucci

COTUCA/

UNICAMP

Especialista em

Administração Escolar

Giovanna Garcia Fagundes IB/ UNICAMP

Doutora em

Parasitologia

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

Julieta Teresa Aier de Oliveira FEAGRI/UNICAMP

Doutora em Engenharia

Agrícola

Kellen Maria Junqueira FEAGRI/UNICAMP Doutora em Multimeios

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Regina A. Leite de Camargo FEAGRI/UNICAMP

Doutora em Engenharia

Agrícola

Vanilde Ferreira de Souza FEAGRI/UNICAMP

Doutora em Engenharia

Agrícola

Henrique Tahan Novaes IG/ UNICAMP

Doutor em Política

Científica e Tecnológica

Alexandre Monteiro Souza FEA/ UNICAMP

Doutorando em

Engenharia de

Alimentos

Aline Tiana Rick IFCH/ UNICAMP

Doutorando em

Ciências Sociais

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

Ana Paula Fraga Bolfe IFCH/ UNICAMP

Doutorando em

Ciências Sociais

Delmonte Roboredo

FEAGRI/

UNICAMP

Doutorando em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

Ricardo Serra Borsatto FEAGRI/UNICAMP

Doutorando em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

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Roberto Donato da Silva Júnior

NEPAM/

UNICAMP

Doutorando em

Ambiente e Sociedade

Wilon Mazalla Neto FEAGRI/UNICAMP

Doutorando em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

João Aurélio Soares Viana IG/ UNICAMP

Mestre em Ecoomia

Agrária

Josimara Martins Dias IG/ UNICAMP

Mestre em Política

Científica e Tecnológica

Márcia Tait Lima IG/ UNICAMP

Mestre em Política

Científica e Tecnológica

Milena Pavan Serafim IG/ UNICAMP

Mestre em Política

Científica e Tecnológica

Vicente G. Ferreira Guedes IG/ UNICAMP

Mestre em

Agronegócios

Lucas Gebara Spinelli ITCP/ UNICAMP

Mestre em Ciência

Política e Tecnológica

Bruna Vasconcelos IG/ UNICAMP

Mestre em Ciência

Política e Tecnológica

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

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Aline Godois de Castro Tavares ITCP Mestranda

Camila Pozzo Maioralli IB/ UNICAMP Mestranda em Ecologia

Lourival Moraes Fidelis FEAGRI/UNICAMP

Mestrando em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

Taísa Marotta Brosler FEAGRI/UNICAMP

Mestrando em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

Júlia Scaglioni Serrano ITCP/ UNICAMP

Graduada em Ciências

Biológicas

- Coleta e sistematização de dados

-Operacionalização das estratégias

Aline Luisa Mansur IB/ UNICAMP Graduando

Eduardo C. P. B. Mendes ITCP/ UNICAMP Graduando

Érika de Souza Oliveira FEAGRI/UNICAMP Graduando

Fernanda Binotti Piccolo IB/ UNICAMP Graduando

Larissa Krenus FEAGRI/UNICAMP Graduanda

Maria Angélica Suedan Souza

Lima IB/ UNICAMP

Graduando

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

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Rubens Praude FEAGRI/UNICAMP Graduando - Coleta e sistematização de dados

-Operacionalização das estratégias

Tessy P. P. de Paula Rodrigues ITCP/ UNICAMP Graduada

Victor Salek Bosso FEAGRI/UNICAMP Graduando

Carmenlucia Santos Centro Paula Souza

Doutora em Ciência

Engenharia Ambiental

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho

- Apoio a elaboração de publicações

João Carlos Canuto

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutor em

Agroecologia,

Campesianato e História

José Maria Gusman Ferraz ABA Doutor em Ecologia

Maria Cláudia S. G. Blanco CATI Doutora em Horticultura

Maria Dalva Oliveira Soares

CENTRO PAULA

SOUZA

Doutor em

Planejamento e

Desenvolvimento Rural

Sustentável

Maria Lúcia Zuccari

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutora em Agronomia

Márcia Regina de Oliveira

Andrade ITESP

Doutora em Ciências

Sociais aplicadas à

Educação

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Maristela Simões do Carmo UNESP Botucatu

Doutora em Ciência

Econômicas

Ricardo Costa Rodrigues de

Camargo

EMBRAPA Meio

Ambiente

Doutor em Zootecnia

Valeria Comitre APTA

Doutora em Engenharia

Mecânica

Dercílio Aristeu Pupin Família Orgânica Mestre em Pedagogia

Francisco Miguel Corrales

EMBRAPA MEIO

AMBIENTE

Mestre em Ciência

Ambiental

José Augusto Maiorano CATI

Mestre em Gestão de

Recursos

Agroambientais

Laura de Biase IPÊ Mestre em Ciências

Olivia Gonçalves Janequine TROCAS VERDES Mestre em Antropologia

Osmar Mosca Diz CATI

Mestre em

Agroecossistemas

Aida Gamal Mahmoud -

Mestranda em

Agroecologia e

Desenvolvimento Rural

Maria Elisa Von Zuben Tassi TROCAS VERDES Mestranda em

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

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Agroecologia e

Desenvolvimento Rural

Suzana Marques Rodrigues

Alvares -

Mestranda em

Agroecologia e

Desenvolvimento Rural

Escolástica Ramos de Freitas CATI Graduada

Marcelo de Albuquerque Vaz

Pupo -

Graduado em Ciências

Biológicas

Romeu Mattos Leite

ANC/ VILA

YAMAGUISHI

Medico Veterinário,

produtor rural ,Diretor

Técnico da Associação

de Agricultura Natural

de Campinas e Região

Lucas Berliner Krasucki TROCAS VERDES Graduando - Coleta e sistematização de dados

- Operacionalização das estratégias Luciene Michella Baschiera - Graduando

A articulação dos membros da equipe de se dará a partir da atuação de articuladores que promoverão a animação do processo de

comunicação. A coordenação deste projeto se responsabilizará por promover espaços participativos de organização para a execução das

atividades do projeto da Rede de Agroecologia da Unicamp.

- Orientação teórico-metodológica

- Cooperação na condução das estratégias de ação

- Sistematização e análise de dados

- Logística de trabalho e apoio a publicações

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Haverá um grupo colegiado gestor, que contará com representações das organizações envolvidas. Este se reunirá com periodicidade a ser

definida para avaliar e dar encaminhamentos às estratégias de execução. Uma secretaria executiva do projeto se incumbirá da comunicação

interna dos membros da Rede, apoiada em uma lista de discussão de grupo e por informações que constarão no sítio eletrônico.

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O) Plano de trabalho de bolsistas com perfil profissional desejado

1. Extensão no País – EXP

Para este projeto é fundamental a inclusão de um bolsista qualificado ( formação

superior que tenha conhecimentos em Agroecologia) para as atividades de extensão

decorrentes do projeto. Este bolsista terá a incumbência de auxiliar no desenvolvimento

do projeto, cooperarando para a integração e comunicação de todos os nós e segmentos

da Rede de Agroecologia da Unicamp, contribuindo assim para sua consolidação. Mais

especificamente, trabalhará na interface de comunicação da Rede, realizando a

implantação e a seleção e geração de conteúdos do site, a geração e alimentação do

banco de dados e, gerenciando o acervo documental e bibliotecário da sede. Também

será responsável pela equipe que apoiará a sistematização e inserção das experiências

dos membros da Rede no sistema “Agroecologia em Rede”, pela organização

operacional dos seminários e reuniões dos grupos de estudo, e pelo apoio à coleta de

dados e redação de documentos, como Marco Referencial de Agroecologia da Rede e o

Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão. Além disso, caberá a este

bolsista a responsabilidade de apoiar a gestão do espaço físico destinado à Rede de

Agroecologia da Unicamp e o registro de memória do projeto.

2. Apoio Técnico em Extensão no País – ATP

Dado o número de pessoas envolvidas na Rede de Agroecologia da Unicamp

este bolsista é fundamental para apoiar as atividades que envolvem coleta e

processamento de dados, como as consultas virtuais propostas no projeto, a

sistematização e inserção de experiências dos membros da Rede no sistema

“Agroecologia em Rede”, a coleta de dados sobre o estado da arte da Agroecologia na

Rede e a seleção de conteúdos do site, bancos de dados e acervos. Também apoiará os

eventos para a consolidação do Marco Referencial em Agroecologia da Unicamp e

Plano de Ações Integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão. Deverá ser um profissional

com conhecimentos em Agroecologia.

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2. Iniciação ao Extensionismo – IEX

Os bolsistas participarão ativamente de todas as ações do projeto visando à

consolidação da rede. Trabalharão junto aos editores de conteúdo e/ou sessões

específicas do site, farão a execução do diagnóstico para alimentação do banco de

dados, o atendimento ao público para o acesso ao acervo bibliográfico e documental,

trabalharão na realização dos seminários e reuniões dos grupos de estudo. É necessa´rio

que estes bolsistas tenham conhecimento em Agroecologia.

P) Informação a cerca da contrapartida da instituição executora

A Unicamp oferecerá como contrapartida a infraestrutura e horas trabalho do seu

quadro funcional (descritos nos itens “F” e “J‟) integrante da equipe deste projeto.

Em especial destaca-se que a Universiadade cederá o provedor para hospedar o

sítio virtual proposto no projeto. E também garantirá a cessão do espaço físico em seu

Centro Cultural e de Inclusão Social (CIS Guanabara), destinado a abrigar a sede da

Rede de Agroecologia da Unicamp, bem como o mobiliário necessário para equipá-la (2

mesas para computador e impressora, 2 armários de aço, 4 estantes de aço, 1 arquivo de

aço, 1 mesa de reuniões, 8 cadeiras), o acesso à internet e o ramal telefônico.

Q) Resultados esperados

Como resultados deste projeto esperam-se a consolidação e a institucionalização

da Rede de Agroecologia da Unicamp, bem como a geração de ações concretas de

ensino, pesquisa e extensão, expressando maiores interações interinstitucionais, multi e

interdisciplinares. Desta forma, também é esperado que este trabalho resulte na

construção participativa da uma base teórico-metodológica, técnica e organizacional em

Agroecologia que potencialize estas ações no âmbito da Rede e promova o

empoderamento dos agricultores familiares e de suas comunidades.

Também são esperados avanços expressivos na comunicação e na interação

interna e externa entre os vários atores (agricultores familiares, consumidores,

extensionistas, estudantes, pesquisadores e docentes) que compõem esta rede social,

promovendo a inserção crítica da realidade agrária brasileira no âmbito do ensino, da

pesquisa e extensão e a ampliação das ações de promoção de novos arranjos sociais,

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71

produtivos e comerciais que tenham como foco a agricultura sustentável e,

complementarmente, também o mercado justo e solidário, como real perspectiva de

desenvolvimento economicamente viável e socialmente emancipatório

Referências bibliográficas

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