saf em espacos protegidos

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  • 8/6/2019 SAF Em Espacos Protegidos

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    SISTEMAS AGROFLORESTAIS

    EM ESPAOS PROTEGIDOS

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

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    SISTEMAS AGROFLORESTAIS

    EM ESPAOS PROTEGIDOS

    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

    CBRN COORDENADORIA DE BIO DIVERSIDADE E RECURSOS NATURAIS

    2010

    PATRCIA YAMAMOTO COSTA CALDEIRA

    RAFAEL BARREIRO CHAVES

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    governodoestadodesopauloGovernadorsecretariadomeioambienteSecretrio

    coordenadoriadebiodiversidade

    erecursosnaturaisCoordenadora

    Geraldo Alckmin

    Bruno Covas

    Helena Carrascosa von Glehn

    Cristina Maria do Amaral Azevedo

    Daniela Petenon Kuntschik

    Departamento de Proteode Biodiversidade

    Projeto de Recuperaode Matas Ciliares

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    Nos amientes tropicais, os modelos conencionais de produo agrcolatm gerado degradao dos recursos naturais e um maneo cada e maiscaro e traaloso. Isso acontece, em grande parte, por serem modelos desen-

    olidos em pases de clima temperado, nos quais as caractersticas do solo, aradiao solar e as cuas so muito diferentes dos amientes tropicais, em queos ecossistemas so mais compleos e eigem um tratamento diferenciado.

    Mas como oter produo agrcola em equilrio com os amientes tropicaisem que iemos?

    Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) so uma forma que os agricultores encontra-ram para untar produo agrcola e conserao florestal, gerando alimentoe renda sem agredir a naturea, em equilrio com a dinmica tropical. Almdisso, podem ser uma importante ferramenta para a restaurao de ecossiste-

    mas degradados.Esta pulicao isa orientar o agricultor sore os casos especficos em que osSAFs podem ser utiliados em locais que o Poder Plico determinou comoespaos especialmente protegidos, com a inteno de conserar o meioamiente e assegurar o uso sustentel dos recursos naturais. Nas primaspginas, o agricultor poder, por meio de ilustraes e tetos curtos:

    compreender como certos espaos esto protegidos pelas leis amien-tais;aprender a identificar esses espaos em sua propriedade rural;

    entender em quais desses casos poder cultiar sua agrofloresta.Para aordar os SAFs nesse conteto, optamos por representar a estruturaque dee ser garantida na agrofloresta. No apontamos, assim, quais culturasutiliar, pois a escola das espcies depende de sua adaptao a cada local,dos diferentes tipos de produtos que se pretende cultiar e das intenes decada agricultor.

    Todaia, para elaorao deste material, a Secretaria do Meio Amiente i-sitou algumas agroflorestas no Estado de So Paulo. Procuramos apresentarprticas desenolidas na Mata Atlntica e no Cerrado, para que o produtor

    tena contato com algumas situaes que podem ser parecidas com a realida-de em sua propriedade. Selecionamos os locais isitados por serem refernciaspara agricultores, tcnicos, gestores plicos, consumidores, pesquisadores,professores e estudantes.

    A Secretaria do Meio Amiente planea pulicar em ree um segundo olu-me desta cartila para detalar o que se espera de uma agrofloresta em cadatipo de espao protegido, e eplicar os procedimentos para a solicitao deaproao pelos rgos amientais competentes.Agradecemos aos agricultores que durante anos tm desenolido os Sistemas

    Agroflorestais, ensinando-nos com suas eperincias, e esperamos que estapulicao possa contriuir para a mudana do modelo de produo agrcolaconencional predominante, em direo quele que estea aliado sustenta-ilidade e qualidade de ida do agricultor no campo.

    Enriquecer o sistema maisgratifcante que explor-lo.

    Ernst Gtsch

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    Ficha Tcnica

    Redao: Patrcia Yamamoto Costa Caldeira e Raael Barreiro Chaves

    Ilustraes: Patrcia Yamamoto Costa Caldeira Colaborao: Scrates Kentaro Matsuura

    Fotos: Patrcia Yamamoto Costa Caldeira e Raael Barreiro Chaves

    Projeto Grco/Reviso: Vera Severo/Maria Cristina de Souza Leite CETESB

    Agradecimentos:

    Biol. Denise Amador Mutiro Agroorestal / Arte na TerraEng. Agr. Rodrigo Junqueira Mutiro Agroorestal / Fazenda So LuizCooperaorestaEng. Agr. Gilmar da Silva Pinto Tcnico de Campo INCRA / FEPAFAgnaldo Vicente de Lima Assentamento Sep Tiaraju

    Reviso Tcnica:Cristina Maria do Amaral Azevedo Secretaria do Meio AmbienteHelena Carrascosa de Queiroz Von Glen Secretaria do Meio AmbienteFernando da Silveira Franco Proessor UFSCarMinoru Iwakami Beltro CETESBJos Orlando Mastrocola Lopes Secretaria do Meio AmbienteHenrique Sundeld Barbin Secretaria do Meio AmbienteSilas Barsotti Barrozo Secretaria do Meio AmbientePatrcia Satie Mochizuki Secretaria do Meio AmbienteDenise Sasaki Secretaria do Meio Ambiente

    Catalogao na onte: Margot Terada CRB 8.4422 CETESB

    Colaboradores: Dagoberto Meneghini Jussara M. Tebet Stela A. E. P. Bertoletti Vincius V. Cesrio Simas F. Arago Kenia C. B. Silvia Denise C. M. Prado Luciana S. Arajo Dionete G. Meger.

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao(CETESB Biblioteca, SP, Brasil)

    C149s Caldeira, Patrcia Yamamoto CostaSistemas agroorestais em espaos protegidos [recurso eletrnico] / Patrcia

    Yamamoto Costa Caldeira, Raael Barreiro Chaves ; Secretaria de Estado doMeio Ambiente, Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais. - - 1.edatualizada. -- So Paulo : SMA, 2011.

    36 p. : il. color. ; 21 x 30 cm

    Disponvel em: ISBN 978-85-86624-77-3

    1. Agricultura 2. Agronomia 3. reas protegidas 4. Cerrado 5. Conservao

    orestal 6. Desenvolvimento sustentvel 7. Florestas restaurao 8. Legisla-o ambiental 9. Mata Atlntica 10. So Paulo (Est.) I. Chaves, Raael BarreiroII. So Paulo (Est.) Secretaria do Meio Ambiente III. Ttulo.

    CDD (21.ed. Esp.) 631.648 161 CDU (2.ed. port.) 631.614(815.6)

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    SUMRIO

    1. A Floresta em equilrio pg.62. A produo em desequilirio pg.73. Sistema Agroflorestal SAF pg.84. Sistema Agroflorestal... o que ? pg.95. Princpios para a implantao de SAFs pg.116. AparceriadosSistemasAgroforestaiscomabehaspg.127. AprodonoSistemaAgroforestapg.138. Experincias

    Cooperafloresta pg.14Faenda So Lui pg.16Sep Tiarau pg.18

    9. SistemasAgroforestaisemespaosprotegidospg.20reas de Preserao Permanente pg.22Resera Legal pg.24Mata Atlntica em estgio secundrio inicial pg.26Mata Atlntica em estgio secundrio mdio pg.28

    10. Gossriopg.3011. Referncias para consulta

    Legislao pg.33Manuais e Cartilas pg.34

    12. Referncias iliofrficas pg.36

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    ALTA bIODIvERSIDADE: eistncia de diferentes esp-cies de plantas e animais adaptadas a condies ariadas

    A FLORESTA EM EQUILbRIOA dic bn tpic

    A CObERTURA FLORESTAL pro-tege o solo e seus nutrientes dacua, dos entos e do sol.

    A MATA gera um am-iente com temperaturasmais aias, aumentandoa umidade e faorecendo

    a ocorrncia de cuas

    A SERAPILhEIRA protege osolo dos impactos da cuae do sol, auilia na infiltra-o lenta da gua da cua,mantm a umidade, mantmios os organismos que de-compem a matria orgni-

    ca, produindo e enriquecen-do o solo.

    Serapileira

    A FLORESTA auda

    a gua da cua apenetrar no solo, emmaior quantidade e

    qualidade, alimentandoas nascentes e os rios.

    Serapileira

    na superfciedo soloNel da guasuterrnea

    Roca

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    A PRODUO EM DESEQUILbRIOU ia equlbr co bn

    ga sp mi tlh

    Sem a proteo da floresta os impactos da cua e do sol degradamo solo e leam os nutrientes emora. O solo seca rpido, fica com-pactado e sem organismos ios.

    Sem a floresta a gua da cua no penetra no solo e no aastece olenol fretico. A cua lea terra para o rio, deiando-o mais raso epreudicando a ida aqutica.

    O pisoteio do gado, o reolimento da terra com mquinas e o ma-

    neo intensio nas monoculturas geram desgaste com a manutenoda capacidade produtia do solo.

    bAIxA bIODIvERSIDADE de plantas: O sistema fica mais frgil s adersida-

    des (seca, fogo, cuas) Maior competio por nutrientes Maior ocorrncia de pragas e doenas

    OCORRNCIA DE EROSO: sulcos, rainas eoorocas aparecem em solos desprotegidos.

    Sem a mata, as cuasocorrem de forma dese-quilirada, mais raras e

    mais fortes.

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    SISTEMA AGROFLORESTAL - SAFa gicultua a fea c

    Uma produo integrada com a floresta aproeita de forma inteligen-

    te os recursos, mantm as principais dinmicas que a naturea leoumilares de anos para estaelecer e diminui o gasto de energia com omaneo.

    SAF em que as plan-tas so cultiadas

    em linas

    DIvERSIDADE DE CULTIvOS:variedades adaptadasProduo constante nas diferentes

    estaes do anovariedade de produtosDiminuio da manuteno

    Diersidade de fauna presenteDiminuio de pragas e doenas

    Solo protegido,com serapileira,rico em nutrientese fauna decompo-

    sitora.

    Diferentes tiposde raes ocupammelor os espaos

    do solo, aproeitan-do seus nutrientes eaudando a manter a

    sua estailidade.

    Proteo, armaenamentoe disponiilidade de gua

    com qualidade

    PLANEjAMENTO:produo em curto, mdioe longo praos, de arieda-

    des erceas, arustias earreas adaptadas.

    SAF em que o cultio imitaa organiao da naturea

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    SISTEMA AGROFLORESTAL... O QUE ?

    h diersas definies sore SISTEMAS AGROFLORESTAIS ou AGRO-

    FLORESTAS, e o que encontramos em comum entre os diferentes con-ceitos a sustentailidade econmica aliada com a conserao am-iental e a restaurao ecolgica.

    Temos como princpios sicos do maneo agroflorestal: biodiersidade Sucesso Cooperao Estratificao Solo permanentemente coerto por serapileira

    Processo de restaurao da ida do solo Contriuio para o aumento de quantidade e diersidade de ida Atrao da fauna Alta densidade como dinamiador da restaurao

    C g x SISTEMAS AGROFLORESTAIS:

    O Ministrio do Meio Amiente, por meio da Instruo Normatian05de2009,defineSISTEMA AGROFLORESTAL como:

    Sistemas de uso e ocupao do solo em que plantas lenosas perenesso maneadas em associao com plantas erceas, arustias, ar-reas, culturas agrcolas, forrageiras em uma mesma unidade de maneo,de acordo com arrano espacial e temporal, com alta diersidade deespcies e interaes entre estes componentes;

    Para a organiao Mutiro Agroflorestal, SISTEMAS AGROFLO-

    RESTAIS :A reintegrao do ser umano com a naturea que resulta em um sis-tema de produo iodierso, estratificado e produtio, anlogo aosecossistemas naturais, e maneados segundo os princpios da sucesso.

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    PRINCPIOS PARA A IMPLANTAO DE SAFSPn fe dutv e g

    A escola das espcies dee estar de acordo com os potenciais do local,oserando a fertilidade do solo, o clima, a radiao solar, preendo aproduo nas diferentes estaes do ano e estgios do desenolimen-to, aproeitando ao mimo todos os espaos.

    Co a ma s ua?Primeiro em a capoeira, o mato aio, depois os arustos e, com otempo, surgem as primeiras rores que criaro um amiente faorelao desenolimento de outras diferentes rores.

    Na agrofloresta, imitamos a naturea e promoemos a sucesso flo-restal, cultiando as plantas de ciclo curto, mdio e longo, garantindouma coleita diersificada e constante. Assim, pensamos desde o incionas espcies do futuro.

    O maneo pode ser realiado na somra, por meio das podas seletias,para possiilitar o desenolimento de plantas noas e acrescentar io-massa, eitando o reolimento do solo.

    Com muitas rores e diersidade de plantas, teremos mais matria

    orgnica para garantir um solo sempre frtil.

    O uso da aduao erde recomendado. O solo dee estar semprecoerto, possiilitando o acmulo de serapileira. No se dee cultiarespcies inasoras e nem faer uso de insumos ticos.

    AdubAo Verde: Tcnica agrcola na qual espcies egetais, es-pecialmente gramneas e leguminosas, so plantadas para meloria dascaractersticas do solo. As plantas, preferencialmente de crescimentorpido, podem ser cortadas ainda oens para incorporao ao solo,promoendo o aumento da fertilidade e umidade.

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    Omaneo pode ser

    melor aproeitado com ocultio de espcies de ciclo longo

    plantadas primas das de ciclo curto:Frutferas hortalias MelferasAnuais Aduadeiras Madeira

    Medicinais Firas

    RECOMPOSIO

    DA FISIONOMIA FLORESTAL,

    com espcies arreas e arustias,

    promoendo a sucesso florestal e formando um

    sistema com mltiplos estratos, proporcionando

    a regenerao das espcies natias.

    NA

    AGROFLORESTA,

    IMITAMOS A NATUREzA

    E PROMOvEMOS A

    SUCESSO FLORESTAL

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    As aelas so essenciais para a manuteno de grande quantidade deespcies de plantas natias e, por consequncia, dos animais que se ali-

    mentam destas plantas.

    NoBrasi,hmaisde300espciesdeabehasnativassemferro,qeproduem um mel muito nutritio e especialmente medicinal.

    A PARCERIA DOS SAFS COM AbELhAS

    As aelas diersificam eaumentam a produo das

    rores e laouras

    Para se alimentar eproteger suas col-nias, cada espciede aela tem umadefesa e organiaodiferentes

    As aelas tm

    funo essencialna poliniao dasflores e enriquecema ida dosecossistemas

    Produem alimentos

    nutritios e medicinais

    PRPOLIS

    GELIA REAL

    PLEN

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    A PRODUO NO SISTEMA AGROFLORESTAL

    A presena da fauna enriquece aproduo: melora o solo e leasementes para rotar em nooslocais

    Maior oferta eariedade de produtos

    com qualidade nomercado, menor

    dependncia do preode um nico produto

    Maior diersidade dealimentos saudeis

    para a famlia

    Um amiente emequilrio atrai a fauna

    ENRIQUECIMENTO DO SISTEMA

    MUDASSEMENTES

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    SISTEMA AGROFLORESTALExrc

    COOPERAFLORESTA

    Atualmente, 112 famlias agricultoras iem de suas agroflorestas cul-tivadasem250hectaresnoVaedoRibeira,emambientedeMataAtlntica, nos municpios de barra do Turo (SP) e de Adrianpolis ebocaia do Sul (PR).

    Desde1996,anodeinciodaCooperaforesta,ossegintes aspectostm sido fundamentais para seu crescimento:

    1) O conecimento das famlias agricultoras sore as florestas e sore otraalo cooperatio que todos os seres da naturea realiam para arecuperao da fertilidade ao longo do processo natural de regene-rao das capoeiras e florestas.

    2) As isitas s agroflorestas das famlias mais eperientes e o traalodessas famlias como multiplicadoras.

    3) O traalo em mutires, em que todos se audam e trocam e-perincias, facilitando a organiao da Cooperafloresta, a enda

    coletia da produo e a oteno da certificao participatia dequalidade ecolgica.

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    Alm da grande alegria de contriuir para a crescente fertilidade, fartu-ra e iodiersidade na Terra, as famlias multiplicaram por de a rendaque conseguem com a agricultura.

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    FAzENDA SO LUIz

    Na Faenda So Lui, localiada nos municpios de So joaquim da bar-ra e Morro Agudo (SP), no Cerrado, a implantao dos Sistemas Agro-forestais(SAFs)foiiniciadaem1997,peoMtiroAgroforesta.Hojeso trs ectares de SAFs contrastando com a paisagem de monoculturacanaieira da regio de Rieiro Preto. O casal Rodrigo e Denise, do

    Mutiro Agroflorestal, produ frutas, raes, madeiras, gros, plantasmedicinais e ortalias nos Sistemas Agroflorestais, proporcionando umamiente agradel e a manuteno dos recursos dricos.

    SISTEMA AGROFLORESTALExrc

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    SEP TIARAjU

    O Assentamento Sep Tiarau, no municpio de Serra Aul (SP), no Cer-rado, deu incio implantao de SAFs de forma eperimental nas re-as de produo coletia, com apoio tcnico da EMbRAPA e INCRA. S

    depois que os SAFs foram incorporados em lotes de produtores. Oagricultor e assentado Agnaldo manea a rea de dois ectares de SAFdesde2006,pormeiodaqaobtmsesstento.

    SISTEMA AGROFLORESTALExrc

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    A legislao amiental, no intuito de proteger o meio amiente, deter-minou que alguns espaos deem ser especialmente protegidos. Entre

    eles, esto as reas de Preserao Permanente (APP), Resera Legal(RL), as reas coertas por egetao de Mata Atlntica e de Cerrado,e as Unidades de Conserao1.

    Desde2008,comapbicaodaResoo44/08daSecretariadoMeio Amiente, a utiliao de Sistemas Agroflorestais est regulamen-tada em alguns espaos protegidos. Seguindo os critrios e procedi-mentos descritos na Resoluo, o proprietrio rural poder utiliar osSistemas Agroflorestais para recompor sua Resera Legal ou reas co-ertas por egetao secundria de Mata Atlntica em estgio inicial,mediante aproao do rgo amiental competente.

    Na pequena propriedade rural ou posse rural familiar, o agricultor fa-miliar poder tamm estaelecer sua agrofloresta, mediante aproa-o do rgo amiental competente, nas APPs degradadas; na RL, pararecomposio e maneo; e em reas coertas por egetao secundriade Mata Atlntica em estgio mdio de regenerao. O maneo agro-florestal, nesses casos, dee:1) Ser amientalmente sustentel;

    2) No descaracteriar ou impedir a recuperao da coertura egetalnatia;3) No preudicar a funo amiental e ecolgica da rea;4) Limitar o acesso de animais domsticos e eticos.

    Assim, o produtor familiar poder cultiar frutos, sementes, entre ou-tros em sua agrofloresta, lemrando que ela dee garantir a consera-o das espcies natias e do amiente.

    A pequena propriedade rural ou posse rural familiar2 :

    aquela eplorada mediante o traalo pessoal do proprietrio ouposseiro e de sua famlia, admitida a auda eentual de terceiro e cuarenda ruta sea proeniente, no mnimo, em oitenta por cento, deatiidade agroflorestal ou do etratiismo, cua rea no supere: (...)30(trinta)hectares(...).

    SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM ESPAOS PROTEGIDOS

    1. Defnidas pelas Leis Federais n 4.771/65 (APP e RL), n 11.428/06 (Mata Atlntica) e n 9.985/00 (Unidades de Conser-

    vao); e pela Lei Estadual n 13.550/09 (Cerrado) vide legislao relacionada no fnal da publicao2. Defnio da Lei Federal n 4.771/65

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    Para que o agricultor possa identificar quais das situaes apresentadasse encaiam em sua propriedade, e com o oetio de auiliar o enten-dimento da legislao, elaoramos as ilustraes a seguir.

    Parte da legislao aqui apresentada est com o teto simplificado, mas importante ressaltar que no sustitui a leitura dos tetos completos.No final desta pulicao, o produtor poder consultar a relao dalegislao e dos rgos que poder procurar para demais orientaes.

    REAS DE PRESERvAO PERMANENTE - APP

    RESERvA LEGAL

    MATA ATLNTICA EM ESTGIO SECUNDRIO INICIAL

    MATA ATLNTICA EM ESTGIO SECUNDRIO MDIO

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    Representamos a seguir algumas reas de Preserao Permanente(APP),deacordocomaResooCONAMAn303,de2002,cjoteto est disponel para consulta na pgina ao lado. Na legenda dailustrao, os nmeros romanos indicados entre parnteses correspon-dem aos incisos da legislao.

    As APPs so reas que deem ser protegidas, pois cumprem importan-tes funes, como a preserao dos rios, da paisagem e da iodiersi-dade, protegem o solo e garantem o nosso em-estar.

    REAS DE PRESERvAO PERMANENTE - APP

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    I - em faia marginal, medida a partir do nelmais alto, em proeo oriontal, com larguramnima, de:a) trinta metros, para o curso d`gua com menos dede metros de largura;) cinqenta metros, para o curso d`gua com de acinqenta metros de largura;c) cem metros, para o curso d`gua com cinqenta aduentos metros de largura;d) duentos metros, para o curso d`gua com du-entos a seiscentos metros de largura;e) quinentos metros, para o curso d`gua com maisde seiscentos metros de largura;

    II - ao redor de nascente ou olo d`gua, ainda queintermitente, com raio mnimo de cinqenta metrosde tal forma que protea, em cada caso, a acia i-drogrfica contriuinte;

    III - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faiacom metragem mnima de:

    a) trinta metros, para os que esteam situados emreas uranas consolidadas;) cem metros, para as que esteam em reas rurais,eceto os corpos d`gua com at inteectares de superfcie, cua faia marginal ser de cin-qenta metros;

    Iv - em ereda e em faia marginal, em proeo o-riontal, com largura mnima de cinqenta metros, apartir do limite do espao reoso e encarcado;

    v - no topo de morros e montanas, em reas deli-

    mitadas a partir da cura de nel correspondente adois teros da altura mnima da eleao em relaoa ase;

    vI - nas linas de cumeada, em rea delimitada apartir da cura de nel correspondente a dois ter-os da altura, em relao ase, do pico mais aioda cumeada, fiando-se a cura de nel para cadasegmento da lina de cumeada equialente a milmetros;

    vII - em encosta ou parte desta, com decliidade su-

    perior a cem por cento ou quarenta e cinco graus nalina de maior declie;

    vIII - nas escarpas e nas ordas dos tauleiros e ca-padas, a partir da lina de ruptura em faia nuncainferior a cem metros em proeo oriontal nosentido do reerso da escarpa;

    Ix - nas restingas:a) em faia mnima de treentos metros, medidos apartir da lina de preamar mima;) em qualquer localiao ou etenso, quando re-coerta por egetao com funo fiadora de du-

    nas ou estailiadora de mangues;x - em mangueal, em toda a sua etenso;

    xI - em duna;

    xII - em altitude superior a mil e oitocentos metros,ou, em Estados que no tenam tais eleaes, cri-trio do rgo amiental competente;

    xIII - nos locais de refgio ou reproduo de aesmigratrias;

    xIv - nos locais de refgio ou reproduo de eem-plares da fauna ameaadas de etino que constemde lista elaorada pelo Poder Plico Federal, Esta-dual ou Municipal;

    xv - nas praias, em locais de nidificao e reprodu-o da fauna silestre.

    Pargrafo nico. Na ocorrncia de dois ou mais mor-ros ou montanas cuos cumes esteam separados en-tre si por distncias inferiores a quinentos metros, area de Preserao Permanente aranger o conun-

    to de morros ou montanas, delimitada a partir dacura de nel correspondente a dois teros da alturaem relao ase do morro ou montana de menoraltura do conunto, aplicando-se o que segue:

    I - agrupam-se os morros ou montanas cua pro-imidade sea de at quinentos metros entre seustopos;

    II - identifica-se o menor morro ou montana;

    III - traa-se uma lina na cura de nel correspon-dente a dois teros deste; e

    Iv - considera-se de preserao permanente toda area acima deste nel.

    RESOluOCONAMAN303DE2002Art. 3 Constitui rea de Preserao Permanente a rea situada:

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    RESERvA LEGAL

    A Resera Legal (RL) a rea que dee ser destinada ao uso sustentel

    dos recursos naturais em todas as propriedades rurais, com a funode conserar a iodiersidade, arigando e protegendo as plantas eanimais natios.

    Nos casos em que a rea da RL estier desproida de egetao natia,esta dee ser recomposta. Esta rea pode ser utiliada so regime demaneo florestal sustentel, sendo possel faer a etrao seletia demadeira, frutos, leos, produir mel, etc. Porm, so proiidos o corteraso da egetao, conerso em pasto, silicultura ou rea agrcola.

    NoEstadodeSoPao,areadaRldeveternomnimo20%do

    total da propriedade, ser aerada margem da inscrio de matrculado imel ou, no caso de posse, ser assegurada por Termo de Austa-mento de Conduta.

    Quando a soma das REAS DE PRESERvAO PERMANENTE (APP)e RESERvA LEGAL (RL)formaiorqe25%dareatotadapeqenapropriedadeoposserrafamiiar,o50%dasdemaispropriedades,a RL pode ser locada sore a APP, desde que a APP estea coerta poregetao natia e que as demais florestas no seam conertidas parafins agropecurios, siliculturais e industriais.

    Topo de Morro

    Mata ciliar(APP)

    Resera Legal

    Resera Legal

    Rio

    Nascente

    Planta de Situao da Propriedade

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    ExEMPLO DE CLCULO:

    Considerandomapropriedadede10hectares:10hectares=100%

    2hectares=20%Assim, a Resera Legal aerada nessa propriedade dee ter, no mni-mo, 2 ectares.

    M oi ccu a a, co ecl l?O local onde dee ser aerada a Resera Legal na propriedade indi-cado pelo proprietrio e aaliado por tcnicos dos rgos amientais,que iro considerar a funo social da propriedade e a importnciapara a conserao amiental. No caso da propriedade estar desproi-da de egetao, a mesma deer ser recomposta na Resera Legal.

    Alm disso, importante que a RL estea regular no momento de soli-citar qualquer autoriao unto aos rgos amientais.Ilustramos a Resera Legal localiada ao lado da APP, eemplificandouma das possiilidades de potencialiar os enefcios amientais, garan-tindo a conserao do fragmento florestal em rea contnua.

    vista da Propriedade

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    MATAATlNTICAESTGIOSECuNDRIOINICIAlEMDIODEREGENERAO

    Deido sua importncia, a egetao primria e secundria do bioma

    Mata Atlntica esto protegidas por lei, sendo mais ou menos restritiasdependendo do seu grau de preserao ou desenolimento. Paraqualquer intereno na egetao, o interessado deer sempre con-sultar os rgos amientais e solicitar autoriao.AResooconjntaentreCONAMAeSMAn01,de1994,estabee-ceu os critrios para definir os estgios da egetao natia do biomaMata Atlntica. Para auiliar o agricultor a identificar a egetao deMata Atlntica em estgios inicial e mdio de regenerao, passeis deserem maneados com Sistemas Agroflorestais em condies especficas,

    elaoramos as ilustraes a seguir. O pargrafo 1 do Artigo 2, dis-ponel para consulta ao lado, define o estgio inicial, e em seguida, opargrafo 2 do Artigo 2 define o estgio mdio.

    PARGRAFO 1O: MATA ATLNTICA EM ESTGIO SECUNDRIOINICIAL DE REGENERAO

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    Art. 2 So caractersticas da egetao secundria das Florestas Om-rfilas Estacionais:pargrafo 1 Em estgio inicial de regenerao:a) fisionomia que aria de sanica a florestal aia, podendo ocorrerestrato erceo e pequenas rores;) estratos lenosos ariando de aertos a fecados, apresentandoplantas com alturas arieis;c) alturas das plantas lenosas esto situadas geralmente entre 1,5m e8,0meodimetromdiodostroncosatradopeito(DAP=1,30mdosoo)deat10cm,apresentandopeqenoprodtoenhoso,sen -do que a distriuio diamtrica das formas lenosas apresenta peque-na amplitude;d) epfitas, quando presentes, so pouco aundantes, representadas por

    musgos, liquens, polipodiceas, e tilndsias pequenas;e) trepadeiras, se presentes, podem ser erceas ou lenosas;f) a serapileira, quando presente, pode ser contnua ou no, formandouma camada fina pouco decomposta;g) no su-osque podem ocorrer plantas oens de espcies arreasdos estgios mais maduros;) a diersidade iolgica aia, podendo ocorrer ao redor de deespcies arreas ou arustias dominantes;i) as espcies egetais mais aundantes e caractersticas, alm das citadas

    no estgio pioneiro, so*:amendoim-rao (Pterogyne nitens),

    camar ou candeia (Gochnatia polymorpha),capororocas (Rapaneaspp.),

    caquera (Cassiasp.),crindia (Trema micrantha),emaas (Cecropiaspp.),

    fumo-rao (Solanum granulosoleprosum),guaatonga (Casearia sylvestris),

    leiteiro (Peschiera fuchsiifolia),liina (Aloysia virgata),

    manac ou acatiro (Tiouchinaspp. e Miconiaspp.),maria-mole (Guapiraspp.),muricis (byrsonimaspp.),

    mutamo (Guauma ulmifolia),pimenta-de-macaco (xylopia aromatica),

    pimenteira raa (Schinus tereinthifolius),sangra dgua (Croton urucurana),

    sapua (Machaerium stipitatum),tapis (Alchorneaspp.).

    * Para esta publicao, alguns nomescientfcos oram atualizados em relao listagem original publicada em 1994,de acordo com a Lista de Espcies daFlora do Brasil, e oram excludas esp-cies exticas.

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    A ilustrao a seguir, da egetao secundria de Mata Atlntica no

    estgio secundrio mdio de regenerao, foi elaorada com ase nopargrafo 2 do Artigo 2, da Resoluo conunta CONAMA-SMA n01,de1994,disponveaoadoparaconsta.

    Pargrafo 2 : Em estgio mdio de regenerao:a) fisionomia florestal, apresentando rores de rios tamanos;) presena de camadas de diferentes alturas, sendo que cada camadaapresenta-se com coertura ariando de aerta a fecada, podendo asuperfcie da camada superior ser uniforme e aparecer rores emer-gentes;c) dependendo da localiao da egetao a altura das rores podevariarde4a12meoDAPmdiopodeatingirat20cm.Adistribiodiamtrica das rores apresenta amplitude moderada, com predom-nio de pequenos dimetros podendo gerar raoel produto lenoso;

    Metros

    c)dasrvorespodevariar de4 a 12 m

    Altura

    c)troncos podeatingir at 20 cm

    DAP mdio dos

    d)aparecem emmaior nmerode indivduose espcies

    Epfitas

    DAP - 1,30 m

    apresentar variaes deespessura de acordo coma estao do ano e de umlugar a outro;

    e)quando presentes,so geralmentelenhosas;

    Trepadeiras,

    g) comum a ocorrnciade arbustos umbrfilos;

    No sub-bosquef) A Serapilheira pode

    PARGRAFO 2O: MATA ATLNTICA EM ESTGIO SECUNDRIOMDIO

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    d) epfitas aparecem em maior nmero de indiduos e espcies (li-quens, musgos, epticas, orqudeas, romlias, cactceas, piperceas,etc.), sendo mais aundantes e apresentando maior nmero de espciesno domnio da Floresta Omrfila;e) trepadeiras, quando presentes, so geralmente lenosas;f) a serapileira pode apresentar ariaes de espessura de acordo coma estao do ano e de um lugar a outro;g) no su-osque (sinsias arustias) comum a ocorrncia de ar-ustos umrfilos principalmente de espcies de ruiceas, mirtceas,melastomatceas e meliceas;) a diersidade iolgica significatia, podendo aer em algunscasos a dominncia de poucas espcies, geralmente de rpido cresci-mento. Alm destas, podem estar surgindo o palmito (Euterpe edulis),

    outras palmceas e samamaiaus;i) as espcies mais aundantes e caractersticas, alm das citadas para osestgios anteriores, so :

    Aoita-caalo (Lueheaspp.),Amarelinos (Terminaliaspp.),Angelim (Andiraspp.),Angicos (Anadenantheraspp.),Arari (Centroloium tomentosum),

    Araucria (Araucaria angustifolia),Aroeira (Myracrodruon urundeuva),burana (Amurana cearensis),Caieta (Taeuia cassinoides),Camuis (Myrciaspp.),Canafstula (Peltophorum duium),Canelas (Ocoteaspp., Nectandraspp., Cryp-tocariaspp.),Canarana (Caralea canjerana),

    Cedro (Cedrelaspp.),Cuats (Matayaspp.),Emiras-de-sapo (Lonchocarpusspp.),Farina-seca (Aliia edwallii*),Faeiro (Pterodon puescens),

    Guaiuira (Cordia americana*),Guapuruu (Schioloium parahya),Ips (Taeuiaspp.),jacarand-do-campo (Platypodium elegans),jacarands (Machaerium spp.),

    Louro-pardo (Cordia trichotoma),Mamica-de-porca (zanthoylum spp.),Mandioco (Didimopanaspp.),Marineiro (Guareaspp.)Monoleiro (Senegalia polyphylla*),leo-de-copaa (Copaifera langsdorffii),Pau-de-espeto (Casearia gossypiosperma),Pau-acar (Piptadenia gonoacantha),Peito-de-poma (Tapirira guianensis),

    Pineiros-raos (Podocarpusspp.),Taia (Maclura tinctoria),Tamoril (Enteroloium contortisiliquum),vintico (Plathymeniaspp.), entre outras.

    * Atualiado de acordo com a Lista de Espcies da Flora do brasil

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    GLOSSRIO

    ADUbAO vERDE: Tcnica agrcola na qual espcies egetais, espe-

    cialmente gramneas e leguminosas, so plantadas para meloria dascaractersticas do solo. As plantas, preferencialmente de crescimentorpido, podem ser cortadas ainda oens para incorporao ao solo,promoendo o aumento fertilidade e umidade.

    ARbUSTOS UMbRFILOS: Arustos (planta de caule lenoso, ramifi-cada desde a ase) que crescem em na somra.

    REA DE PRESERvAO PERMANENTE (APP): rea protegida, coer-ta ou no por egetao natia, com a funo amiental de preseraros recursos dricos, a paisagem, a estailidade geolgica, a iodier-sidade, o fluo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar oem-estar das populaes umanas [definio estaelecida pelo Cdi-goForesta,leiFederan4.771,de1965].

    ASSOREAMENTO: Degradao do meio amiente, normalmente rela-cionado ao desmatamento de uma regio epondo o solo ao aumentode carregamento de terra para o curso dgua, o que lea, durante aspocas de enurradas, ocorrncia de encentes.

    bIODIvERSIDADE OU DIvERSIDADE bIOLGICA: variailidade deorganismos ios de todas as origens; compreendendo ainda a diersi-dade dentro de espcies, entre espcies e de ecossistemas.

    DAP:Dimetrodotroncodemarvore,medidaa1,30mdeatra(Dimetro na Altura do Peito).

    DIvERSIDADE: A relao entre o nmero de espcies (riquea) e aaundncia de cada espcie (nmero de indiduos).

    Riquea: nmero de espcies

    5 indiduos de 5 diferentes espcies

    Aundncia: nmero de indiduos

    2 indiduos damesma espcie

    4 indiduos damesma espcie

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    EPFITAS: Organismo que ie sore plantas que so apenas um supor-te e no uma fonte de alimento. E: algumas romlias e orqudeas.

    EROSO: Desgastee/oarrastamentodasperfciedaterrapeagacorrente, ento, gelo ou outros agentes geolgicos, incluindo processoscomo o arraste de sedimentos.

    ESPCIES NATIvAS: Aquela que suposta ou comproadamente origi-nria da rea geogrfica em que encontrada.

    ESPCIES INvASORAS: Espcies, geralmente eticas, com potencial deinaso, cua introduo, reintroduo ou disperso ameaa ecossiste-mas, amientes e outras espcies (eemplos: brachiariaspp., Pinusspp.,Leucaenaspp., etc).

    ESTRATOS: Determinada camada ou altura da egetao, que consti-tui o lugar de uma espcie egetal ou animal, podendo ser erceo,arustio, arreo.

    ESPCIE ExTICA:1) a planta introduida forada sua rea natural, incluin-do qualquer parte dela quepossam soreier e depois

    reproduir-se;2) espcie proeniente de

    outro ioma que no ooriginal da regio (em SoPaulo a Mata Atlntica e o

    Cerrado)

    ESTRATO ARbREO

    ESTRATO ARbUSTIvO

    ESTRATO hERbCEO

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    FAUNA: Toda ida animal.

    FISIONOMIA: Aspecto de uma egetao, muito til na sua descrio.

    MANEjO FLORESTAL SUSTENTvEL: a conduo de um pooamento flores-

    tal, aproeitando apenas aquilo que ele capa de produir, ao longo de umdeterminado perodo de tempo, sem comprometer a sua estrutura natural e oseu capital inicial.

    POLINIzAO: Transporte do plen para reproduo das plantas

    RESERvA LEGAL: rea localiada no interior de uma propriedade ou posse rural,ecetuada a de preserao permanente, necessria ao uso sustentel dos recur-sos naturais, conserao e reailitao dos processos ecolgicos, consera-o da iodiersidade e ao arigo e proteo de fauna e flora natias [definioestabeecidanoCdigoForesta,leiFederan4.771,de1965IncdopeaMedidaProvisrian2.166-67,de2001.]

    RIQUEzA: Nmero de espcies (er Diersidade)SISTEMAS SILvIPASTORIS: Sistemas agroflorestais que incluem a cominao derores e criao de animais

    SERAPILhEIRA: Folas cadas, ramos, caules, cascas e frutos, depositados sore osolo, inteiros ou em decomposio.

    SUCESSO FLORESTAL: Desenolimento florestal em que sustituio pro-gressia de uma ou mais espcies, populao, comunidade, por outra.

    UTILIzAO SUSTENTvEL: a utiliao de componentes da iodiersidadede modo e em ritmo tais que no leem, no longo prao, sua diminuio ou

    degradao, mantendo assim seu potencial para atender as necessidades e aspi-raes das geraes presentes e futuras.

    vEGETAO PRIMRIA: a egetao de mima epresso local, astantediersificada, com pouca interferncia umana a ponto de no terem sido alte-rados suas caractersticas originais.

    vEGETAO SECUNDRIA: a egetao resultante dos processos naturais desucesso florestal, aps remoo completa ou de parte da egetao primriapor aes umanas ou de causas naturais.

    SISTEMA SILvIPASTORIL:

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    Legislao para consulta:Lgi

    Cdigo Florestal: Lei Federal n 4.771/65.

    Lei Federal n 7.803/89 altera a redao do Cdigo Florestal e revoga as leis n6.535/78 e 7.511/86.Poltica Nacional de Meio Ambiente: Lei Federal n 6.938/79.Poltica Estadual de Meio Ambiente: Lei Estadual n 9.509/97.Lei de Crimes Ambientais: Lei Federal n 9.605/98.Lei Federal n 9.985/00 Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservaoda Natureza.Resoluo conjunta CONAMA-SMA n 01/94 - defne vegetao primria e secundrianos estgios pioneiro inicial, mdio e avanado de regenerao de Mata Atlntica.Resoluo CONAMA n 303/02 Dispe sobre parmetros, defnies e limites de

    reas de Preservao Permanente.Resoluo CONAMA n 302/02 Dispe sobre os parmetros, defnies e limitesde reas de Preservao Permanente de reservatrios artifciais e o regime de usodo entorno.Resoluo CONAMA n 369/06 Dispe sobre os casos excepcionais, de utilidadepblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenoou supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente APP.Lei Federal n 11.428/06 Dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativado Bioma Mata Atlntica, e d outras providncias.Decreto Federal n 6.660/08 Dispe sobre a utilizao e proteo da vegetaonativa do Bioma Mata Atlntica.Lei Estadual n 12.927/08 Dispe sobre a recomposio de reserva legal, no m-bito do Estado de So Paulo.Decreto Estadual n 53.939/09 Dispe sobre a manuteno, recomposio, condu-o da regenerao natural, compensao e composio da rea de Reserva Legalde imveis rurais no Estado de So Paulo e d providncia correlatas.Lei Estadual n 13.550/09 Dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao na-tiva do Bioma Cerrado no Estado.Resoluo SMA n 64/09 Dispes sobre o detalhamento das fsionomias da Vege-tao de Cerrado e de seus estgios de regenerao.Instruo Normativa MMA n 4/09 Dispe sobre procedimentos tcnicos para autilizao da vegetao da Reserva Legal sob regime de manejo orestal sustent-vel, e d outra providncias.Instruo Normativa MMA n 05/09 Dispe sobre procedimentos metodolgicospara a restaurao e recuperao das reas de Preservao Permanente e ReservaLegal sob regime de manejo orestal sustentvel, e d outras providncias.Resoluo SMA n 08/08 Fixa a orientao para o reorestamento heterogneo dereas degradadas e d providncias correlatas.Resoluo SMA n 44/08 Defne critrios e procedimentos para a implantao deSistemas Agroorestais.

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    Mni ctlh o a tua:

    Manual agroforestal para a Mata Atlntica

    Coordenadores: MAY, P. H.; TROVATTO, C. M. MPublicao do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio, 2008Local: BrasliaDisponvel para acesso em: http://comunidades.mda.gov.br/portal/sa/arquivos/view/ater/livros/Manual_Agroorestal.pd

    Introduo aos sistemas agroforestais, um guia tcnico

    Autores: PENEIREIRO, Fabiana (e outros).Publicao do Projeto Arboreto/Parque Zoobotnico da Universidade Federal do Acre.Local: AcreDisponvel para acesso em:

    http://www.agrooresta.net/static/mochila_do_educador_agroorestal/apostila.htmLiberdade e Vida com AgroforestaDiversos autoresPublicao da Superintendncia Regional do INCRA em So Paulo, 2008Local:So PauloDisponvel para acesso em:http://www.agrooresta.net/biblioteca-online/livros-e-revistas/

    Tcnicas de Sistemas Agroforestales Multiestrato: Manual Prtico

    Autores: YANA, Walter; WEINERT, Harald.Publicao PIAF El Ceibo, 2001.

    Local: Alto Beni.Disponvel para acesso em:http://www.ecotop-consult.de/spain/b_download.htm

    Sistemas Agroforestais: Princpios e Aplicaes para a Agricultura Familiar

    em Botucatu

    Coordenador: FRANCO, F. Silveira e diversos autoresPublicao WParrillo Comunicao Dirigida, 2007. v. 250. 28 p.Local: Botucatu

    Propriedades rurais na Mata Atlntica: conservao ambiental e produo

    forestal

    Diversos autoresPublicao do Instituto Reoresta/Ecoar FlorestalLocal: So PauloDisponvel para acesso em:http://www.mma.gov.br/estruturas/nma/_publicacao/1_publicacao28092009113244.pd

    Agroorestry or soil conservation

    Autor: YOUNG, A..Publicao CAB Internatonal, 1991 (ICRAF Science and Praticc o Agroorestry, n.4).Local: WallingordDisponvel para acesso em:

    http://www.worldagroorestrycentre.org/downloads/publications/PDFs/03_Agroorestry_or_soil_conservation.pd

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    Manual Agroforestal para a Amaznia

    Organizador: DUBOIS, Jean C.L. (org.)Publicao: REBRAF / Fundao Ford, 2 ed. 1998Local: Rio de Janeiro

    Para mais inormaes:

    Agrooresta: http://www.agrooresta.net Importante onte de inormaes e reern-cias sobre Agrooresta, disponibiliza diversas publicaes, cursos, eventos, experincias,otos, vdeos, legislao, contatos de instituies e profssionais.

    Rede Brasileira Agroforestal: http://www.rebra.org.br

    O rgo ambiental licenciador no Estado de So Paulo so as Agncias Ambientais- CETESB. Os locais de atendimento podem ser obtidos por teleone: (11) 3133-3000ou no site: http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/cetesb/agencias.aspSecretaria do Meio Ambiente: http://www.ambiente.sp.gov.br/

    Tel.: (11) 3133-3000Centro de Recuperao, correio eletrnico para contato: [email protected] de Recuperao de Matas Ciliares: http://www.ambiente.sp.gov.3br/mataciliarRede de Agroecologia da Guarapiranga: http://www.sigam.ambiente.3sp.gov.br/agroecologia

    Instituto de Botnica: www.ibot.sp.gov.br possvel consultar a relao de es-pcies nativas regionais do Estado de So Paulo, anexo da Resoluo SMA n 08/08:http://www.ibot.sp.gov.br/legislacao/legislacao.htm

    Laboratrio de Abelhas IB - USP: http://eco.ib.usp.br/beelab/ contm o Guia Ilustra-do das Abelhas sem Ferro do Estado de So Paulo, organizado pelo Instituto deBiocincias da Universidade de So PauloPortal sobre abelhas nativas: http://www.webbee.org.br/meliponicultura/ , que con-tm mais inormaes sobre meliponicultura e conservao.Projeto Abelhas Agrooresta e Gente: http://www.abelhas.cooperaoresta.org.br/Cooperaoresta: http://www.cooperaoresta.org.br/Rede Ecovida de Agroecologia: http://www.ecovida.org.brFazenda So Luiz: http://www.azendasaoluiz.com/Instituto Hrus de Desenvolvimento e Conservao Ambiental: http://www.institu-

    tohorus.org.br/ contm inormaes tcnicas sobre espcies exticas invasoras.ITESP Instituto de Terras do Estado de So Paulo: http://www.itesp.sp.gov.brCATI - Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral: http://www.cati.sp.gov.br/INCRA Instituto Nacional de Colonizao e Reorma Agrria: http://www.incra.gov.br/EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria: http://www.embrapa.br/

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    Referncias:ACADEMIA de Cincias do Estado de So Paulo (ACIESP). Glossrio de ecologia. 2. ed. rev. eampl.. So Paulo, ACIESP, 1997, CNPq : FINEP : FAPESP : SCCT. 352 p.. Publicao ACIESP.

    EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria, Centro Nacional de Pesquisa de Agro-biologia, Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Adubao Verde. Rio de Janeiro:EMBRAPA, 2004.

    GRISI, B. M. Glossrio de ecologia e cincias ambientais. 2. ed. Joo Pessoa, Editora Universitriada UFPB, 2000. 200 p..

    KAGEYAMA, P. Y. (org). OLIVEIRA, R. E. de (org). MORAES, L. F. D. (org). ENGEL, V. L. (org). MENDES,F. B. G. (org). Restaurao ecolgica de ecossistemas naturais. Botucatu, FEPAF, 2003. 340 p.

    MINISTRIO do Meio Ambiente. A Conveno sobre Diversidade Biolgica CDB. Srie Biodiversi-dade n 1. Braslia: Ministrio do Meio Ambiente, 2000.

    PEREIRA, F. P.; SCARDUA, F. P. Espaos territoriais especialmente protegidos: conceitos e implica-es jurdicas. Ambiente & Sociedade, Campinas, v.XI, n.1, p. 81-97, jan.-jun. 2008.

    Sites:Glossrio Geolgico Ilustrado Instituto de Geocincias Universidade Federal de Braslia. Dis-ponvel em: http://vsites.unb.br/ig/glossario/index.html. Acesso realizado em 10 de setembro de2010.

    Lista de Espcies da Flora do Brasil. Jardim Botnico do Rio de Janeiro. Disponvel em http://ora-dobrasil.jbrj.gov.br/2010/. Acesso realizado em 22 de outubro de 2010.

    Flora Brasiliensis. Disponvel em: http://orabrasiliensis.cria.org.br/index. Acesso realizado em 22de outubro de 2010.

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