matérias especial pós evento expogestão 2012

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45 especial expogestão O impacto de reflexões importantes para o gestor moderno, um público ampliado especializado em inovação e as sessões de negócios do Sebrae consoli- daram o sucesso da Expogestão em sua décima edição. A densidade dos conteúdos marcaram o evento em Joinville, já consagrado como um dos maiores encon- tros empresariais do Brasil. De 11 a 15 de junho, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville, a Expogestão reuniu um público total aproxi- mado de 15 mil pessoas de várias cidades brasileiras, entre congressistas, visitantes da feira, e o público que circulou nos workshops. O congresso empresarial mais uma vez trouxe importantes nomes do Brasil e do exte- rior, apresentando o que há de mais recente em termos de gestão, futuro, inovação, governança corporativa, criatividade, gestão da marca e comportamento. “A Expogestão já está plenamente consagrada como um evento estratégico e imperdível para líderes em- presariais e empreendedores de todo o Brasil. Aqui nós ampliamos visões, fortalecemos relacionamentos e atualizamos tendências, unindo verdadeiramente o pen- samento à prática da gestão empresarial”, afirma feliz o presidente da Comissão Organizadora 2012, Christian Dihlmann. “Vale destacar os esforços da comissão or- ganizadora para valorizar a importância do momento de diálogo com o palestrante e o público no final das apresentações. Para o ano que vem queremos inovar no formato para, além das grandes palestras, ampliar o debate com tantas personalidades brilhantes”, afirma o presidente da Expogestão, Alonso José Torres. CONTEÚDO DE VALOR E BOAS PRÁTICAS PARA O GESTOR MODERNO Expediente Publicação Ópera Eventos Corporativos – realizadora da Expogestão. Produção: EDM LOGOS Comunicação Corporativa. Textos: Bruna Nicolao, Carla Lavina, Dalires Somavilla, Jouber Castro (Colaboração), Izabele Balbinotti, Jair Morello, Malu Salgueiro, Rayana Borba, Simone Gehrke e Sara Menezes. Edição: Bruna Nicolao e Simone Gehrke (6078/RS). Fotografias: André Kopsch, Chico Maurente e Marcelo Kupicki. Patrocínio Apoio oficial

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Matéria especial, veiculada na revista "Mercado Brasil - Edição 97" com a cobertura completa da décima edição da Expogestão.

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Page 1: Matérias Especial Pós Evento Expogestão 2012

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especial expogestão

Oimpacto de reflexões importantes para o gestor

moderno, um público ampliado especializado em

inovação e as sessões de negócios do Sebrae consoli-

daram o sucesso da Expogestão em sua décima edição.

A densidade dos conteúdos marcaram o evento em

Joinville, já consagrado como um dos maiores encon-

tros empresariais do Brasil.

De 11 a 15 de junho, no Centreventos Cau Hansen, em

Joinville, a Expogestão reuniu um público total aproxi-

mado de 15 mil pessoas de várias cidades brasileiras,

entre congressistas, visitantes da feira, e o público que

circulou nos workshops. O congresso empresarial mais

uma vez trouxe importantes nomes do Brasil e do exte-

rior, apresentando o que há de mais recente em termos

de gestão, futuro, inovação, governança corporativa,

criatividade, gestão da marca e comportamento.

“A Expogestão já está plenamente consagrada como

um evento estratégico e imperdível para líderes em-

presariais e empreendedores de todo o Brasil. Aqui

nós ampliamos visões, fortalecemos relacionamentos e

atualizamos tendências, unindo verdadeiramente o pen-

samento à prática da gestão empresarial”, afirma feliz

o presidente da Comissão Organizadora 2012, Christian

Dihlmann. “Vale destacar os esforços da comissão or-

ganizadora para valorizar a importância do momento

de diálogo com o palestrante e o público no final das

apresentações. Para o ano que vem queremos inovar

no formato para, além das grandes palestras, ampliar o

debate com tantas personalidades brilhantes”, afirma o

presidente da Expogestão, Alonso José Torres.

CONTEÚDO DE VALOR E BOAS PRÁTICAS PARA O GESTOR MODERNO

Expediente Publicação Ópera Eventos Corporativos – realizadora da Expogestão. Produção: EDM LOGOS Comunicação Corporativa. Textos: Bruna Nicolao, Carla Lavina, Dalires Somavilla, Jouber Castro (Colaboração), Izabele Balbinotti, Jair Morello, Malu Salgueiro, Rayana Borba, Simone Gehrke e Sara Menezes. Edição: Bruna Nicolao e Simone Gehrke (6078/RS). Fotografias: André Kopsch, Chico Maurente e Marcelo Kupicki.

Patrocínio Apoio oficial

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especial expogestão

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Ofundador do Doutores da Alegria, Welling-

ton Nogueira (foto), contou um pouco de sua

história na abertura da Expogestão para mostrar que

é possível, sim, espalhar alegria em todos os luga-

res. Ao apresentar o tema “Trabalho e propósito de

vida, do bem-estar ao sucesso profissional”, argu-

mentou que alegria é mais do que dar gargalhadas

ou contar piadas: “é resultado de uma comunicação

bem estabelecida. É entender a necessidade do ou-

tro e estar disposto a agir para supri-la, com a mente

aberta, sem preconceitos”.

Mesmo que as ações individuais possam parecer pe-

quenas, Wellington salientou que é preciso acreditar.

Para reforçar esse conceito, citou a célebre frase de

Madre Teresa de Calcutá: ”Por vezes sentimos que

aquilo que fazemos não é senão uma gota de água

no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma

gota”. Ao falar do início de seu trabalho, emocionou a

plateia ao provar que a alegria põe crianças hospita-

lizadas em contato com seu lado mais saudável e dá

forças para que elas possam lidar com a internação.

“Quando percebemos que, mesmo nos hospitais, em

locais onde a vida, muitas vezes, está se esgotan-

do, a alegria tem espaço, será que no trabalho não é

possível ser feliz?”. Para Wellington, outro desafio é

contagiar todos os ambientes com esse estado de es-

pírito alegre: “Não adianta a gente levar alegria aos

hospitais e chegar em casa brigando com todo mun-

do, porque tivemos um dia difícil. Isso é incoerência”.

E ao citar incoerência, ele aproveitou para falar so-

bre sustentabilidade. “As pessoas pensam: ‘eu quero

ser um velhinho sapeca, saudável’, mas fazem coi-

sas para ficarem velhos doentes”. Da mesma forma

querem um planeta melhor, sustentável, mas conti-

nuam com hábitos consumistas, egoístas ou se omi-

tem dizendo que não têm nada a ver com isso.

“Qual a obra que você está autorando? Ao pensar

nisso, é possível resignificar a nossa relação para

um mundo sustentável”.

Por fim, Wellington falou do seu sonho de ver pa-

lhaços levando alegria em todo o lugar onde haja

necessidade: nas prisões, nas escolas, nas empre-

sas... “Não tenham medo de fazer mudanças para

ter um futuro melhor. Façam tudo com muito bom

humor. Afinal, mau humor não leva a lugar nenhum.

Ou melhor, leva para a UTI”, finalizou.

Alegria em todo lugar

QUANDO PERCEBEMOS QUE, MESMO NOS HOSPITAIS, EM LOCAIS ONDE A VIDA, MUITAS VEZES, ESTÁ SE ESGOTANDO, A ALEGRIA TEM ESPAÇO, SERÁ QUE NO TRABALHO NÃO É POSSÍVEL SER FELIZ?”

Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria.

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O E-COMMERCE TRAZ O MUNDO VIRTUAL PARA A LOJA FÍSICA, COM MAIS PRESENÇA, VENDAS, PRODUTOS, ABRANGÊNCIA E FUNCIONALIDADE.”

Foi saindo da zona de conforto e fazendo peque-

nas e grandes apostas que Romero Rodrigues

(foto), presidente da Buscapé Company, ajudou

a fundar a empresa que é líder na América Latina

e ocupa a segunda colocação no mercado de sites

de comparação de preços do mundo. Hoje, com 14

anos, a Buscapé Company é formada por 25 empre-

sas e 1.100 colaboradores.

Com 15 milhões de visitantes únicos por mês, 11 mi-

lhões de produtos e 53 mil fornecedores, a empresa

faz o seu negócio num setor que vem crescendo 30%

ao ano. “O e-commerce traz o mundo virtual para

a loja física, com mais presença, vendas, produtos,

abrangência e funcionalidade”, destacou Rodrigues,

na palestra “Novos mercados, comportamentos e

maneiras de fazer negócios”, na Expogestão 2012.

Além disso, já é realidade para todas as classes so-

ciais. “Em 2011 foram 10 milhões de compradores

on-line, com destaque para o aumento entre as clas-

ses C, D e E, principalmente por meio dos sites de

compras coletivas”, apontou Romero.

Para ele, o smartphone mudou o jogo, mostrando-se

como uma ferramenta para compras jamais vista an-

tes. “De 0,5% em 2011, hoje 10% das visitas do site

Buscapé são via smartphone”, revela. Independente

de como o consumidor acessa o site, uma premissa

é básica para todos os colaboradores: acompanhar o

consumidor ao longo de todo o processo de compra.

“Queremos que ele compre melhor, da forma mais

inteligente e com mais qualidade”, destacou.

E por falar em colaboradores, a idade média deles na

Buscapé Company é de 25 anos. “É um grande de-

safio gerenciar esta geração e como líderes temos o

papel de inspirar”, disse Romero. Para reter talentos

a empresa é agressiva em remuneração futura, dis-

tribuindo 10% do faturamento entre os colaborado-

res. “Além disso, prezamos por um ambiente de tra-

balho estimulante, inspirador, que faça o colaborador

trabalhar com paixão, com brilho nos olhos”, pontua.

Na Buscapé, o sucesso está relacionado com a “cultura

do fracasso”, isto significa se permitir fazer pequenas

apostas. “Quanto mais rápido atingimos o fracasso,

mais rápido podemos corrigir, abandonar a ideia ou

prosseguir. Isso é sair da zona de conforto”, finaliza.

Riscos e novos negócios

Romero Rodrigues, presidente da Buscapé Company.

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Cultura da responsabilidade

O presidente da Braskem, Carlos Fadigas

(foto), em sua palestra na Expogestão falou

sobre “Cultura e filosofia corporativa na geração de

resultados”. Apresentando a relação entre a teoria

e a prática na Braskem, Fadigas levou à plateia os

resultados alcançados. Entre os dados citados, re-

lacionou as aquisições de outras empresas, o baixo

índice de turnover (2,3%), a média de tempo de casa

(12 anos), a idade média dos funcionários (40 anos)

e o orgulho de pertencer (76%).

A Braskem pratica a Tecnologia Empresarial Ode-

brecht (TOC), filosofia de trabalho fruto da experi-

ência de Norberto Odebrecht, inspirada nos con-

ceitos humanistas, com forte influência germânica,

e desenvolvida e testada nos canteiros de obras da

construtora Odebrecht. A cultura TOC traz concep-

ções que buscam a sobrevivência, o crescimento e a

perpetuidade da empresa.

No decorrer da palestra, o presidente da Braskem

defendeu os princípios e conceitos que norteiam a

forma de trabalhar da empresa. A confiança nas pes-

soas e na capacidade de realização é um desses pi-

lares. “Mais do que confiar no caráter, confiamos na

capacidade individual de cada um para que possam

crescer, se desenvolver e alcançar os resultados es-

perados”, reforçou. E é a partir deste que vem outro

conceito: o da parceria entre a organização e seus

integrantes na geração e partilha de resultados. “O

principal reconhecimento é o bônus financeiro que

cada um recebe pelas suas conquistas”, completou

Fadigas. Ainda há o desenvolvimento das pessoas

através da educação pelo e para o trabalho, quando

a empresa oferece as oportunidades para que todos

possam crescer. A descentralização com delegação

planejada é mais um dos princípios da TOC. Quando

líder e liderado definem metas, inicia-se o processo

de compromisso e responsabilidade que traz resulta-

dos positivos para todos. Fadigas também destacou

o papel da liderança: “Queremos que cada líder te-

nha o papel de educador presente e que tenha mais

do que seguidores. Ser líder é formar empresários,

novos e melhores líderes”, argumentou.

MAIS DO QUE CONFIAR NO CARÁTER, CONFIAMOS NA CAPACIDADE INDIVIDUAL DE CADA UM PARA QUE POSSAM CRESCER, SE DESENVOLVER E ALCANÇAR OSRESULTADOS ESPERADOS.”

Carlos Fadigas, presidente da Braskem.

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AS DECISÕES DAS CIDADES MÉDIAS VÃO CONFIGURAR A GEOPOLÍTICA DO MUNDO DOS NOSSOS NETOS”

600 cidades, principalmente de médio porte, se-

rão responsáveis por 60% do PIB do planeta em

2025. Serão US$ 64 trilhões”. Com esse cartão de

visitas, Jaana Remes (foto), membro sênior do

McKinsey Global Institute (MGI), o braço de pes-

quisa de uma das consultorias de negócios mais im-

portantes do mundo, abriu a palestra “Cenários e ten-

dências: Brasil e Mundo”, com Vicente Assis (foto),

country manager da McKinsey no Brasil e Líder

de Prática de Operações na América Latina. A

mensagem principal da é que a irreversibilidade do pro-

cesso de urbanização está pulverizando a concentração

do PIB, fazendo com que, local e globalmente, cada vez

mais cidades de médio porte sejam responsáveis pelo

giro econômico, majoritariamente em países emergen-

tes como China e Índia. Outra lição importante é prestar

atenção às especificidades de cada mercado, pois elas

regerão as potencialidades de consumo e as oportuni-

dades em cada região.

“As soluções de habitação e transporte adotadas por

cidades médias, por exemplo, servirão de modelo para

os outros lugares. A demanda de energia desses aglo-

merados urbanos vai determinar seu custo. As decisões

das cidades médias vão configurar a geopolítica do

mundo dos nossos netos”, resume Jaana. Essa curva,

na visão dos consultores do MGI, deve se estender por,

no máximo, mais duas décadas. Momento para crescer:

em breve, o envelhecimento da população dos países

emergentes vai se intensificar, com menos trabalhado-

res e consumidores.

No Brasil, o fenômeno se repete. Até 2025, as cidades

entre 20 e 500 mil habitantes corresponderão a 50% do

crescimento da economia nacional. Vicente Assis fecha

ainda um pouco mais o foco: 500 dessas cidades, so-

zinhas, representarão quase 40% do crescimento. Ele

complementa: “O avanço da classe média proporciona

o aumento do consumo de serviços que não são de pri-

meira necessidade. Nós prevemos que os mercados

de protetor solar e produtos pet, por exemplo, devem

crescer na casa dos 200%”. A mensagem final de Jaana

é um convite aos empreendedores: “Globalmente, as

cidades que contam com uma classe empresarial ativa

crescem mais rápido”.

Potencial dos emergentes

Jaana Remes, membro sênior do McKinsey Global Institute (MGI).

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O segredo de sucesso do Walmart

M arcos Samaha (foto), presidente do

Walmart Brasil falou aos congressistas da

Expogestão sobre as estratégias utilizadas pela com-

panhia para se manter no topo da lista dos maiores

varejistas dos Estados Unidos, com a palestra “Os se-

gredos das empresas de sucesso”. O mais importante

segredo, segundo o executivo, é ter preço baixo todo

o dia, seguindo o círculo de operar pelo menor custo,

comprar pelo menor preço, vender por menos e au-

mentar as vendas. “Para ter sucesso é necessário ter

consistência e sustentabilidade a longo prazo. Com-

prar barato e vender barato. O resultado vem com

as vendas em grande escala”, destacou Samaha,

apresentando o desempenho do Walmart a partir da

década de 70, quando ocupava a 7ª posição.

Nos últimos 20 anos a companhia se mantém como a

maior varejista, sem retrocesso em venda e lucro por

ação em nenhum trimestre nesse período. “É a quebra

do paradigma da margem de lucro. Muitas empresas a

mantêm muito alta e depois não conseguem atingi-la. É

preciso ser produtivo e econômico”, ensinou.

Em vários momentos da palestra, Marcos Samaha

mencionou exemplos de Sam Walton, o fundador

do Walmart há 50 anos. Uma das lições de Wal-

ton, citada pelo executivo, é pensar como empresa

pequena, cuidando de cada cliente e de cada loja

como se fossem únicos.

O presidente disse ainda que cada pessoa deve des-

cobrir por si mesmo o segredo do sucesso, analisan-

do o seu empreendedorismo, seus erros, acertos e

experiências. “Para ter sucesso é preciso ser inova-

dor, quebrar paradigmas, explorando áreas novas.

Por isso o Walmart se instala em lugares mais dis-

tantes”, revela Samaha.

Ser feliz no local de trabalho é outro segredo do su-

cesso da rede de supermercados, na interpretação

de Marcos Samaha. Para isso aconselha os profis-

sionais a olhar os fracassos com bom humor e rela-

xar, deixando as pessoas ao redor mais tranqüilas e

motivadas para melhorar com os erros.

O Walmart está presente em 27 países e emprega

2 milhões e 200 mil funcionários em mais de 10 mil

lojas que lhe renderam um faturamento de U$ 444

bilhões em 2011.

PARA TER SUCESSO É NECESSÁRIO TER CONSISTÊNCIA E SUSTENTABILIDADE A LONGO PRAZO.”

Marcos Samaha, presidente do Walmart Brasil.

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C riatividade tem um lado de insight, mas tam-

bém é obtida com muita garra e determina-

ção. Esta foi a principal mensagem deixada pelo

neurocientista Jonah Lehrer (foto), na palestra

“Como Decidimos e como criamos”, na Expogestão

2012. Segundo o jornalista e autor de best-sellers,

precisamos de insights para resolver os problemas

mais difíceis, onde as conexões são mais remotas,

e nestes casos, não adianta se concentrar no tema

em frente ao computador.

“Estudos mostram que as ondas alfa, que nos pro-

porcionam a revelação necessária para solucionar

questões complexas, dependem de momentos de

relaxamento, que não vem quando estamos com a

atenção concentrada nos ruídos do mundo”.

Lehrer afirma que a resposta surge quando não es-

peramos por ela e assim que aparece, temos capa-

cidade de identificá-la. “Criatividade é o resíduo do

tempo desperdiçado, como dizia Einstein”, enfatiza.

Por outro lado, Lehrer destacou que, obtido o insight

inicial, é necessário trabalho duro para lapidar uma

idéia criativa, e lembrou que, nesta fase, a persistên-

cia e as horas de estudo, tentativa e erro realmente

fazem diferença. “Para desenvolver a garra, faça es-

colhas fáceis, nas quais tenha um interesse genuíno,

e trabalhe duro, como os atletas”.

A boa notícia é que “a mente humana tem sensações

de conhecimento, uma espécie de intuição, para

definir quais problemas exigem ondas alfas e quais

precisam de garra”.

Segundo o neurocientista, para resolver os desafios

cada vez mais difíceis que restaram, precisamos da

criação coletiva. A reunião presencial, que estimula a

interação, é recomendada, mas o brainstorming não

é a melhor ferramenta a ser utilizada porque inibe a

crítica, e esta, quando feita de maneira construtiva,

nos inspira a ir mais fundo nos problemas, pensar de

maneira mais complexa e ter mais e melhores ideias.

“As tendências indicavam que o trabalho seria à dis-

tância, mas pesquisas mostram que as ideias mais

importantes surgem quando muitas pessoas dividem

o mesmo espaço. Criatividade tem a ver com acaso.

Novas ideias surgem quando dividimos ideias anti-

gas. Por isso as cidades são organizações sociais

mais criativas e duradouras do que as empresas”.

PESQUISAS MOSTRAM QUE AS IDEIAS MAIS IMPORTANTES SURGEM QUANDO MUITAS PESSOAS DIVIDEM O MESMO ESPAÇO.”

Insight, garra e conversa, componentes da Criatividade

Jonah Lehrer, neurocientista.

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P orque as empresas precisam de Governança?”,

questionou David Cohen, editor-chefe da re-

vista Época Negócios na abertura do painel “Boas

práticas de gestão e governança”. A pergunta guiou as

reflexões dos três participantes. “Todas as empresas

tem a sua governança, independente do tamanho. O

importante é ter boas práticas”, destacou Sidney Ito,

sócio-líder em Governança Corporativa e Gestão

de Riscos da KPMG Brasil e América do Sul.

Alberto Whitaker, conselheiro empresarial e es-

pecialista em Governança Corporativa, enfatizou

os quatro pilares da Governança Corporativa – trans-

parência, equidade, prestação de contas e respon-

sabilidade corporativa – e disse que ela não é uma

ciência exata. “Por isso as práticas adotadas variam

de uma empresa para a outra, dependendo da estra-

tégia e da estrutura acionária”.

O grupo foi unânime ao expressar que a perpetui-

dade do negócio é o grande objetivo deste processo

e Ito reforçou a importância das boas práticas para

a obtenção de financiamentos com prazos e taxas

atrativas. “A primeira importância do Conselho é aju-

dar o presidente na tomada de decisão. Ele deve ser

formado por pessoas dedicadas, que tenham tempo

para dar atenção às demandas da empresa e o ide-

al é que haja um sistema de avaliação periódica do

Conselho”. Whitaker destaca que o número e as ex-

pertises requeridas dos conselheiros dependem do

momento que a empresa vive.

Guilherme Weege, diretor-presidente do Grupo

Malwee, disse que “é um conforto para um presi-

dente ter um conselho de administração com pes-

soas que trazem um olhar de fora para a empresa”,

mas ponderou que “ser conselheiro não é um direi-

to de berço para o acionista, dá trabalho e tem que

haver uma preparação prévia”. Segundo Weege, o

conselho impõe uma disciplina para a empresa que

contribui para que todas as questões importantes se-

jam analisadas e endereçadas.

Para que a governança traga bons frutos para o ne-

gócio, os participantes destacaram que os agentes

deste processo – presidente, conselheiros e acionis-

tas – devem ter consciência e agir de acordo com

suas responsabilidades.

Governança Corporativa: porque fazer?

SER CONSELHEIRO NÃO É UM DIREITO DE BERÇO PARA O ACIONISTA, DÁ TRABALHO E TEM QUE HAVER UMA PREPARAÇÃO PRÉVIA.”

Guilherme Weege, diretor-presidente do Grupo Malwee.

Participaram do painel (da esq. p/ dir.) David Cohen (Época Negócios), Guilherme Weege (Malwee), Alberto Whitaker (Conselheiro) e Sidney Ito (KPMG)

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especial expogestão

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Adiscussão sobre beleza é eterna: desde os tem-

pos mais antigos o homem já se questionava

sobre a sua própria imagem. Entretanto, a essên-

cia da cirurgia plástica vai além do aspecto estéti-

co. “Precisamos salvar vidas e também reintegrar

a vítima traumatizada ao convívio social, trazendo

paz interior e harmonia com o universo”, destaca

Ivo Pitanguy (foto), em sua palestra “A excelência

como marca de vida”. Mas nem sempre se pensou

assim. Retornando de uma jornada de estudos pela

Europa, o médico tentou introduzir a cirurgia plástica

no Brasil quando a maioria dos doutores via o pro-

cedimento como algo fútil. Até que em 1961 o Rio

de Janeiro presenciou um grandioso incêndio que

deixou mais de 500 mortos, cerca de 600 feridos e

120 mutilados, que precisaram da cirurgia plástica

para recompor suas imagens.

Passados 50 anos, os desafios continuam para Pi-

tanguy, que é médico, cirurgião plástico e tam-

bém professor. “Os ecos da Rio+20 trazem à tona

os problemas relacionados ao meio ambiente e pre-

cisamos estar preparados para acompanhar a nova

expectativa de vida que se desenha”, relaciona,

complementando que o processo de envelhecimento

ainda é um mistério e que a cirurgia plástica pode

apenas suavizar as marcas da vida. “Não fazemos

milagre, apenas melhoramos o corpo humano”. E

as expectativas para a evolução deste procedimento

aumentam à medida que a discussão sobre a criação

de novas substâncias químicas e manipulação gené-

tica se intensificam: “Hoje já conseguimos recons-

truir mãos, mamas e nariz”.

Diferente dos artistas, o trabalho realizado na clíni-

ca Ivo Pitanguy não é solitário. “Somos uma equipe

formada por diversos profissionais e contamos com

o suporte da assistência social, pedagogia e psicolo-

gia”, explica. E é o trabalho em equipe que permite

a Ivo alcançar a excelência nos serviços prestados,

recuperando e diminuindo cada cicatriz e principal-

mente possibilitando ao ser humano retomar sua paz

interior e harmonia com a o meio ambiente.

Excelência para reconstruir auto-estima

PRECISAMOS SALVAR VIDAS E TAMBÉM REINTEGRAR A VÍTIMA TRAUMATIZADA AO CONVÍVIO SOCIAL, TRAZENDO PAZ INTERIOR E HARMONIA COM O UNIVERSO (...) HOJE JÁ CONSEGUIMOS RECONSTRUIR MÃOS, MAMAS E NARIZ.”

Ivo Pitanguy, médico cirurgião plástico.

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O diretor de Marketing para Mercados

Emergentes da Nike, Arturo Nuñez (foto),

fechou a Expogestão 2012 falando sobre as estra-

tégias da marca que já faz parte da cultura mundial

e é referência em branding. A empresa aposta nos

maiores eventos, Copa do Mundo e Olimpíadas, para

ampliar a sua atuação no Brasil e vai inaugurar uma

megaloja exclusiva da marca no Rio de Janeiro.

O tripé Esporte, Tecnologia e Emoção está no DNA

da Nike, que fez dos melhores atletas do mundo não

apenas seus garotos-propaganda, mas também seus

colaboradores no desenvolvimento de produtos ino-

vadores. Nomes como Michael Jordan, no basque-

te, e Ronaldo Fenômeno, no futebol, contribuíram

para desenvolver produtos mais leves, resistentes

e tecnológicos. Aliás, a colaboração entre Ronaldo

e a Nike foi apontada por Arturo Nuñez como um

divisor de águas no posicionamento da empresa no

Brasil. Agora, a nova aposta da marca é Neymar, o

atacante prodígio do Santos.

Ele apresentou filmes para TV que fazem parte da

história da Nike, como a seleção brasileira driblando

os seguranças no aeroporto e o centenário do Corin-

thians, do ponto de vista da torcida. Segundo Nuñez,

o Brasil é um dos mercados mais importantes do

mundo para a Nike e é prioridade entre os merca-

dos emergentes. No caso da Nike, a classificação de

mercados emergentes inclui, além dos BRICs (Brasil,

Rússia, Índia e China), toda a América Latina e ou-

tros países em desenvolvimento na Ásia.

Na estratégia de publicidade e branding, a Nike con-

tinua buscando uma conexão emocional com os seus

clientes, no entanto, novas tecnologias digitais estão

sendo usadas para ampliar a experiência e a interati-

vidade. No seu mais novo vídeo – além da fotografia

e edição primorosas - há onze “túneis interativos”

onde o cliente pode conhecer mais a história da

empresa, fazer compras, interagir com os craques

do futebol mundial e participar de jogos online.

Esta experiência de interação com o público está

sendo migrada do mundo digital também para os

pontos de venda. “Acabou o monólogo. Agora é só

diálogo”, afirmou.

O futuro do branding

NA ESTRATÉGIA DE PUBLICIDADE E BRANDING, A NIKE CONTINUA BUSCANDO UMA CONEXÃO EMOCIONAL COM OS SEUS CLIENTES, NO ENTANTO, NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS ESTÃO SENDO USADAS PARA AMPLIAR A EXPERIÊNCIA E A INTERATIVIDADE

Arturo Nuñez, diretor de de Marketing para Mercados Emergentes da Nike.

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Page 20: Matérias Especial Pós Evento Expogestão 2012

julho2012

especial expogestão

Em 2012, a Feira de Produtos, Serviços e Solu-

ções Empresariais tornou-se ainda mais conso-

lidada com a presença de mais de 100 empresas,

distribuídas em aproximadamente 60 estandes. O

destaque deste ano foi para as sessões de negócios,

organizadas pelo Sebrae e realizadas no mesmo am-

biente. As sessões são resultado de uma metodolo-

gia criada pela entidade para unir empresários dos

mais diversos setores, a fim de prospectarem novos

negócios em rápidas rodadas de apresentações de

seus produtos e serviços.

Os workshops também movimentaram intensamente a

feira compartilhando experiências, conhecimento e ca-

ses de sucesso. Cerca de 2 mil pessoas assistiram as

mais de 40 palestras gratuitas apresentadas pelas em-

presas expositoras, apoiadoras e parceiras do evento.

Diversidade de segmentos e convergência de públicos

Percepções de empresários e gestores

FOI A PRIMEIRA VEZ QUE PARTICIPAMOS E ESTAMOS GRATIFICADOS. HÁ UM BELO VOLUME DE PESSOAS IMPORTANTES E COM REPRESENTAÇÃO DENTRO DAS EMPRESAS. É UM ESPAÇO ORGANIZADO E COM BASTANTE VISIBILIDADE. QUEM PARTICIPOU TEVE UM GRANDE RETORNO, ASSIM COMO NÓS.”

O GRUPO RBS PARTICIPA DA EXPOGESTÃO HÁ OITO ANOS POR SER UM EVENTO COM SINÔNIMO DE COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO, NO CUIDADO E NOS DETALHES.O MUNDO DOS NEGÓCIOS ESTÁ CADA VEZ MAIS COMPETITIVO E SOMENTE COM QUALIFICAÇÃO NA GESTÃO TEREMOS EMPRESAS DE SUCESSO. A EXPOGESTÃO TEM PAPEL DECISIVO NESSA QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS PARA UMA GESTÃO MAIS COMPETENTE E DE MAIS RESULTADOS.

Jorge Abi Saab Neto, diretor presidente da Unicred Central de SC.

ESTÁ NA NOSSA MISSÃO TRAZER CONHECIMENTO PARA A SOCIEDADE E A FEIRA É UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO PARA ISSO. CONSIDERO O PONTO ALTO DA EXPOGESTÃO. ESSE EVENTO É UM MARCO NA REGIÃO SUL, UMA AÇÃO DE EMPREENDEDORISMO FRUTO DE UM CONJUNTO EMPRESARIAL FORA DOS GRANDES CENTROS BRASILEIROS. A KPGM VALORIZA MUITO ESSA INICIATIVA.

Patricia Molino, Sócia Líder da Área de People & Change da KPMG no Brasil Bruno Watte, diretor regional do Grupo RBS

O SEBRAE/SC INOVOU ESTE ANO AO TRAZER AS SESSÕES DE NEGÓCIOS, PELA PRIMEIRA VEZ DENTRO DE UMA FEIRA EM SANTA CATARINA, ALÉM DO TRADICIONAL ATENDIMENTO COM CONSULTORIAS. NUM AMBIENTE COMO ESSE, TEMOS A OPORTUNIDADE DE TER ACESSO AOS NOVOS EMPRESÁRIOS, É UM EVENTO DE SUCESSO.

É UM ESPAÇO ÚNICO PARA QUEM TEM A INTENÇÃO DE CRIAR NOVOS NEGÓCIOS E SE RELACIONAR. PARA A UNIVERSIDADE, É O MOMENTO DE OPORTUNIZARMOS UM LOCAL PARA O NETWORKING DO PROFESSOR E DO ESTUDANTE. O ESPAÇO É EXCELENTE PARA O RELACIONAMENTO COM UM PÚBLICO QUE NEM SEMPRE ESTÁ NO DIA A DIA DA UNIVERSIDADE.

Paulo Ivo Koentopp, reitor da Univille

Jaime Dias Junior, coordenador regional do Sebrae Norte/SC

Apoio

Promoção Apoio de Mídia Realização e Organização

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julho2012

especial expogestão

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Evento oportuniza o relacionamento Encontro de palestrantes e empresários na Expogestão 2012. Confira alguns momentos.

Vicente Assis, country manager da McKinsey no Brasil, Nivaldo Nass, presidente da Cajadan, Mi-guel Abuhab, presidente do Conselho da Neogrid, Frank Bollmann, presidente da Tuper e Alonso José Torres, presidente da Expogestão, no jantar Vip do evento, na Casa Suiça, no Perini Business Park.

Na chegada para a abertura da Expogestão, Alonso Torres, presidente da Expogestão, Mario de Aguiar, Glauco Corte, o governador Raimundo Colombo, Udo Döhler e Alaor Tissot, presidente da Facisc.

Palestrantes do painel sobre “As boas práticas de gestão e governança”, no almoço oficial do evento: Alberto Whitaker (conselheiro empresarial), David Cohen (Época Negócios), Guilherme Weege (Malwee) e Sidney Ito (KPMG).

Bate-papo entre o palestrantes, neurocientista e autor de obras Jonah Lehrer e o diretor de Marketing para Mercados Emergentes na Nike USA, Arturo Nuñez.

No Centreventos Cau Hansen, Fabricio Roberto Pereira, da Co-missão Organizadora, Carlos Fadigas, palestrante e presidente da Braskem e Carlos Rodolfo Schneider, vice-presidente da Ciser.

Na sala VIP, antes abertura do Congresso, Christian Dihlmann, presidente da Comissão Organizadora da Expogestão 2012, Glauco Corte, presidente da Fiesc e Mário Cesar de Aguiar, presidente da Acij.

Alonso Torres, Dr. Ivo Pitanguy, palestrante do Congresso, Alaor Tissot e Dinorá Nass, da Comissão Organizadora, se encontram no jantar vip do evento, na Casa Suiça, no Perini Business Park.

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