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2020 Técio Pellegrino www.teciopellegrino.com Material demonstrativo para o concurso do TCU

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Page 1: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

2020

Técio Pellegrino

www.teciopellegrino.com

Material demonstrativo para o concurso do TCU

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Atendendo a pedidos, separei alguns artigos da Lei Orgânica Comentada e Desenhada (e algumas

questões) e do Regimento Interno Comentado e Desenhado, ambos do TCU, e estou

disponibilizando-os gratuitamente.

Essa é uma versão demonstrativa, a versão completa pode ser adquirida através da página

www.teciopellegrino.com .

Na versão completa desses materiais você encontrará centenas de comentários e dezenas de

fluxogramas, que serão atualizados caso haja alterações nesses documentos e essas alterações

sejam exigidas em edital (a atualização, naturalmente, será sem custo).

@tribunais.de.contas

Sumário Artigos 9º ao 18 da Lei Orgânica Comentada e Desenhada do TCU ............................................................ 2

Artigos 244 a 255 do Regimento Interno Comentado e Desenhado do TCU ............................................... 9

Questões Comentadas sobre a Lei Orgânica do TCU .................................................................................21

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Artigos 9º ao 18 da Lei Orgânica Comentada e Desenhada do TCU

Art. 9° Integrarão a tomada ou prestação de contas, inclusive a tomada de contas especial,

dentre outros elementos estabelecidos no RI, os seguintes:

I - Relatório de gestão;

II - Relatório do tomador de contas, quando couber;

III - Relatório e certificado de auditoria, com o parecer do dirigente do órgão de controle interno,

que consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas

adotadas para corrigir as faltas encontradas;

IV - Pronunciamento do Ministro de Estado supervisor da área ou da autoridade de nível

hierárquico equivalente, na forma do art. 52 desta Lei.

Comentário: veremos esse art. 52 mais à frente, mas ele diz: “Ministro de Estado

supervisor da área ou a autoridade de nível hierárquico equivalente emitirá, sobre as

contas e o parecer do controle interno, expresso e indelegável pronunciamento, no qual

atestará haver tomado conhecimento das conclusões nele contidas”.

Integrarão a tomada ou prestação de

contas, inclusive a tomada de contas

especial

Relatório de gestão

Relatório do tomador de contas

Quando couber

Relatório e certificado de

auditoria

Com o parecer do dirigente do órgão de controle interno

Que consignará qualquer

irregularidade ou ilegalidade constatada

Indicando as medidas adotadas

Para corrigir as faltas encontradas

Pronunciamento sobre as contas e o parecer do controle

interno

Emitido pelo Ministro de Estado supervisor da área

Ou da autoridade de nível hierárquico

equivalente

Expresso e indelegável

No qual atestará haver tomado

conhecimento das conclusões contidas

No parecer do controle interno

Outros elementos estabelecidos no RI

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Seção II - Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas

Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser preliminar, definitiva

ou terminativa.

§ 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao

mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a audiência dos

responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo.

§ 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva,

ou irregulares.

§ 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem

consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.

Comentário: esses artigos explicam quando as contas serão consideradas iliquidáveis,

como veremos mais à frente.

Art. 11. O Relator presidirá a instrução do processo, determinando, mediante despacho singular,

de ofício ou por provocação do órgão de instrução ou do Ministério Público junto ao Tribunal, o

sobrestamento do julgamento, a citação ou a audiência dos responsáveis, ou outras providências

consideradas necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo, na forma estabelecida no RI,

para o atendimento das diligências, após o que submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara

respectiva para decisão de mérito.

•Relator ou o Tribunal resolve sobrestar o julgamento par abuscar mais informações

Preliminar

•Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares.

Definitiva

•Tribunal ordena o trancamento das contas iliquidáveis

Terminativa

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Art. 12. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal:

I - Definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado;

II - Se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido no RI,

apresentar defesa ou recolher a quantia devida;

Comentário: o prazo previsto no RI é de 15 dias (art. 202 do RI).

III - Se não houver débito, determinará a audiência do responsável para, no prazo estabelecido

no RI, apresentar razões de justificativa;

Comentário: mesmo prazo, de 15 dias.

IV - Adotará outras medidas cabíveis.

§ 1° O responsável cuja defesa for rejeitada pelo Tribunal será cientificado para, em novo e

improrrogável prazo estabelecido no RI, recolher a importância devida.

§ 2° Reconhecida pelo Tribunal a boa-fé, a liquidação tempestiva do débito atualizado

monetariamente sanará o processo, se não houver sido observada outra irregularidade nas

contas.

§ 3° O responsável que não atender à citação ou à audiência será considerado revel pelo

Tribunal, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo.

RelatorPresidirá a

instrução do processo

Determinando

Sobrestamento do julgamento

Citação ou audiência dos responsáveis

Ou outras providências

Mediante despacho singular

De ofício

Ou por provocação do

órgão de instrução

Ou do Ministério

Público junto ao Tribunal

Fixando prazo para o

atendimento das diligências

Após o que submeterá o

feito ao Plenário para

decisão de mérito

Ou à Câmara respectiva

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Comentário: não é porque o sujeito “fez que não viu” que o processo vai parar. Se o

responsável não atender à citação / audiência, o processo vai seguir e o Tribunal decidirá

com base nas provas que conseguir obter.

Art. 13. A decisão preliminar a que se refere ao art. 11 desta Lei poderá, a critério do Relator, ser

publicada no Diário Oficial da União.

Comentário: o art. 11 menciona a competência do relator para determinar o

sobrestamento do julgamento, a citação ou a audiência dos responsáveis, ou outras

providências consideradas necessárias ao saneamento dos autos.

O que você precisa levar desse artigo é que a decisão preliminar não precisa ser publicada

no DOU. A decisão, de publicar ou não, ficará a critério do Relator.

Art. 14. O Tribunal julgará as tomadas ou prestações de contas até o término do exercício

seguinte àquele em que estas lhes tiverem sido apresentadas.

Comentário: cuidado com esse marco temporal. Não é “após o exercício seguinte ao de

referência das contas”.

Por exemplo, se as contas de 2020 forem prestadas em 2021, o TCU terá até o final de

2022 para julgar.

Art. 15. Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, regulares com ressalva, ou

irregulares.

Comentário: essa classificação precisa estar na ponta da língua (caneta). Vamos ver um

fluxograma no final com as principais características de cada classificação .

Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o

Tribunal

Definirá a responsabilidad

e pelo ato de gestão

inquinado

Individual ou solidária

Se houver débito

Ordenará a citação do

responsávelPara, em 15 dias

Apresentar defesa

Ou recolher a quantia devida

Se não houver débito

Determinará a audiência do responsável

Para, em 15 diasApresentar razões de

justificativa

Adotará outras medidas cabíveis

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Art. 16. As contas serão julgadas:

I - Regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos

contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável;

II - Regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de

natureza formal de que não resulte dano ao Erário;

Comentário: importante ressaltar que para ser “Regulares com ressalva”, as contas não

podem evidenciar qualquer falta de que resulte dano ao Erário. Se resultar em dano, as

contas serão julgadas irregulares, como veremos a seguir.

III - Irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

a) Omissão no dever de prestar contas;

b) Prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou

regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

c) Dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;

d) Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.

§ 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento

de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou

prestarão de contas.

Comentário: aqui há uma certa discricionariedade do TCU, pois ele poderá julgar

irregulares as contas no caso de reincidência. Vai depender da gravidade da reincidência.

§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as

contas, fixará a responsabilidade solidária:

Comentário: ou seja, na hipótese de as contas serem julgadas irregulares por

terem causado dano ao Erário ou desfalque / desvio de recursos públicos, o TCU

fixará a responsabilidade solidária:

a) Do agente público que praticou o ato irregular, e

b) Do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de

qualquer modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado.

§ 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o Tribunal providenciará

a imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para

ajuizamento das ações civis e penais cabíveis.

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As contas serão

julgadas

RegularesExpressam de forma

clara e objetiva

Exatidão dos demonstrativos contábeis

LLE dos atos de gestão do responsável

Regulares com ressalva

Evidenciam

Impropriedade

Ou qualquer outra falta de natureza formal

De que não resulte dano ao Erário

Irregulares

Quando comprovada

qualquer das

seguintes ocorrências

Omissão no dever de prestar contas

Prática de ato de

gestão "não LLE

Ou infração à norma legal

ou regulamentar

De natureza COFOP

Dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico

Desfalque / desvio de recursos públicos

Opcional: no caso de reincidência no

descumprimento de determinação

De que o responsável tenha tido ciência

Feita em processo de tomada ou prestarão de contas

Na hipótese de as contas serem

julgadas irregulares

Por terem causado

Dano ao Erário

Ou desfalque / desvio de recursos públicos

O TCU fixará a responsabilidade

solidária

Do agente público que praticou o ato irregular

Do terceiro que haja concorrido para o

cometimento do dano apurado

E providenciará a imediata remessa de

cópia da documentação

pertinente ao MPU

Para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis

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Subseção I - Contas Regulares

Art. 17. Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao responsável.

Subseção II - Contas Regulares com Ressalva

Art. 18. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação ao responsável

e lhe determinará, ou a quem lhe haja sucedido, a adoção de medidas necessárias à correção das

impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrência de outras semelhantes.

Contas regulares

Quitação plena ao responsável

Regulares com ressalva

Quitação ao responsável

E determinará adoção de medidas

necessárias à correção das

impropriedades / faltas

De modo a prevenir a

ocorrência de outras

semelhantes

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Artigos 244 a 255 do Regimento Interno Comentado e Desenhado do TCU

SEÇÃO III - PLANO DE FISCALIZAÇÃO

Art. 244. As auditorias, acompanhamentos e monitoramentos obedecerão a plano de fiscalização

elaborado pela Presidência, em consulta com os relatores das listas de unidades jurisdicionadas,

e aprovado pelo Plenário em sessão de caráter reservado.

§ 1º A periodicidade do plano de fiscalização, bem como os critérios e procedimentos para sua

elaboração, serão estabelecidos em ato próprio do Tribunal.

§ 2º Os levantamentos e inspeções serão realizados por determinação do Plenário, da câmara,

do relator ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, do Presidente, independentemente de

programação, observada a disponibilidade dos recursos humanos e materiais necessários.

Comentário: vamos ver a hipótese mencionada:

Art. 28. Compete ao Presidente:

XVI – Despachar os processos e documentos urgentes e determinar a realização de

inspeção na hipótese de afastamento legal do relator no período de recesso.

SEÇÃO IV - EXECUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES

Art. 245. Ao servidor que exerce função específica de controle externo, quando credenciado pelo

Presidente do Tribunal, ou por delegação deste, pelos dirigentes das unidades técnicas da

Secretaria, para desempenhar funções de fiscalização, são asseguradas as seguintes

prerrogativas:

I – Livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal;

II – Acesso a todos os processos, documentos e informações necessários à realização de seu

trabalho, mesmo a sistemas eletrônicos de processamento de dados, que não poderão ser

sonegados, sob qualquer pretexto;

III – Competência para requerer, por escrito, aos responsáveis pelos órgãos e entidades, os

documentos e informações desejados, fixando prazo razoável para atendimento.

§ 1º No caso de obstrução ao livre exercício de auditorias e inspeções, ou de sonegação de

processo, documento ou informação, o Tribunal ou o relator assinará prazo improrrogável de até

quinze dias para apresentação de documentos, informações e esclarecimentos julgados

necessários, fazendo-se a comunicação do fato ao ministro de Estado supervisor da área ou à

autoridade de nível hierárquico equivalente, para as medidas cabíveis.

§ 2º Vencido o prazo e não cumprida a exigência, o Tribunal aplicará a sanção prescrita no inciso

V ou VI do art. 268, observado o disposto no § 3º do mesmo artigo, e representará ao Presidente

do Congresso Nacional sobre o fato, para as medidas cabíveis.

Comentário: vamos ver as sanções mencionadas:

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Art. 268. O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do caput do art. 58 da Lei nº 8.443,

de 1992, atualizada na forma prescrita no § 1º deste artigo, aos responsáveis por contas e

atos adiante indicados, observada a seguinte gradação:

V – Obstrução ao livre exercício das auditorias e inspeções determinadas, no valor

compreendido entre cinco e oitenta por cento do montante a que se refere o caput;

VI – Sonegação de processo, documento ou informação, em auditoria ou inspeção, no

valor compreendido entre cinco e oitenta por cento do montante a que se refere o caput.

§ 3º Sem prejuízo da sanção referida no parágrafo anterior, poderá o Plenário adotar a medida

prevista no art. 273.

Comentário: vamos ver que medida é essa:

Art. 273. No início ou no curso de qualquer apuração, o Plenário, de ofício, por sugestão

de unidade técnica ou de equipe de fiscalização ou a requerimento do Ministério Público,

Ao servidor que exerce função específica de

controle externo

Quando credenciado pelo

Presidente do Tribunal

Ou por delegação deste

Pelos dirigentes das unidades técnicas

da Secretaria

Para desempenhar funções de fiscalização

São asseguradas as seguintes

prerrogativas

Livre ingresso em órgãos e entidades

Sujeitos à jurisdição do Tribunal

Acesso a todos os processos,

documentos e informações

Necessários à realização de seu

trabalho

Mesmo a sistemas eletrônicos de

processamento de dados

Que não poderão ser sonegados, sob qualquer pretexto

Competência para requerer aos

responsáveis pelos órgãos e entidades

Por escrito

Os documentos e informações

desejados

Fixando prazo razoável para atendimento

Page 12: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

determinará, cautelarmente, nos termos do art. 44 da Lei nº 8.443, de 1992, o

afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que,

prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de

auditoria ou inspeção, causar novos danos ao erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.

Parágrafo único. Será solidariamente responsável, conforme o § 1º do art. 44 da Lei nº

8.443, de 1992, a autoridade superior competente que, no prazo fixado pelo Plenário,

deixar de atender à determinação prevista no caput.

Art. 246. No curso de fiscalização, se verificado procedimento de que possa resultar dano ao

erário ou irregularidade grave, a equipe representará, desde logo, com suporte em elementos

concretos e convincentes, ao dirigente da unidade técnica, o qual submeterá a matéria ao

respectivo relator, com parecer conclusivo.

§ 1º O relator, considerando a urgência requerida, fixará prazo de até cinco dias úteis para que o

responsável se pronuncie sobre os fatos apontados.

§ 2º A fixação de prazo para pronunciamento não impede que o Tribunal ou o relator adote,

desde logo, medida cautelar, de acordo com o disposto no art. 276, independentemente do

recebimento ou da análise prévia das justificativas da parte.

Comentário: vamos ver o art. 276, para contextualização:

Art. 276. O Plenário, o relator, ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, o Presidente, em caso

de urgência, de fundado receio de grave lesão ao erário, ao interesse público, ou de risco

de ineficácia da decisão de mérito, poderá, de ofício ou mediante provocação, adotar

medida cautelar, com ou sem a prévia oitiva da parte, determinando, entre outras

providências, a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, até que o Tribunal

decida sobre o mérito da questão suscitada, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.443, de

1992.

Art. 247. As modalidades e procedimentos a serem observados na realização de fiscalizações

serão definidos em ato normativo.

Art. 248. O Tribunal comunicará às autoridades competentes o resultado das fiscalizações que

realizar, para as medidas saneadoras das impropriedades e faltas identificadas.

SEÇÃO V - OBJETO DA FISCALIZAÇÃO

SUBSEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE A FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS

Art. 249. Para assegurar a eficácia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal

efetuará a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos responsáveis

sujeitos à sua jurisdição, competindo-lhe, para tanto, em especial:

I – Realizar fiscalizações, na forma estabelecida nos arts. 238 a 243;

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Comentário: são os artigos que falam dos instrumentos de fiscalização (Levantamentos,

Auditorias, Inspeções, Acompanhamentos e Monitoramentos).

II – Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais a que se refere o inciso XVIII do

art. 1º, na forma estabelecida em ato normativo;

Comentário: esse inciso trata de uma importante competência do Tribunal quanto às

empresas supranacionais:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo, compete, nos termos

da Constituição Federal e na forma da legislação vigente, em especial da Lei nº 8.443, de

16 de julho de 1992:

XVIII – Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a

União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

III – Fiscalizar, na forma estabelecida no art. 254, a aplicação de quaisquer recursos repassados

pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a estado, ao

Distrito Federal, a município, e a qualquer outra pessoa, física ou jurídica, pública ou privada;

Comentário: vamos ver o art. 254 a título de contextualização:

Art. 254. A fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela União,

autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo poder público e demais órgãos e

entidades da administração pública federal mediante convênio, acordo, ajuste ou outros

instrumentos congêneres, a estado, ao Distrito Federal, a município, e a qualquer outra

pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, será feita pelo Tribunal por meio de

levantamentos, auditorias, inspeções, acompanhamentos ou monitoramentos, bem como

por ocasião do exame dos processos de tomadas ou prestações de contas da unidade ou

entidade transferidora dos recursos.

Art. 250. Ao apreciar processo relativo à fiscalização de atos e contratos, o relator ou o Tribunal:

I – Determinará o arquivamento do processo, ou o seu apensamento às contas correspondentes,

se útil à apreciação destas, quando não apurada transgressão a norma legal ou regulamentar de

natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

II – Determinará a adoção de providências corretivas por parte do responsável ou de quem lhe

haja sucedido quando verificadas tão somente falhas de natureza formal ou outras

impropriedades que não ensejem a aplicação de multa aos responsáveis ou que não configurem

indícios de débito e o arquivamento ou apensamento do processo às respectivas contas, sem

prejuízo do monitoramento do cumprimento das determinações;

III – Recomendará a adoção de providências quando verificadas oportunidades de melhoria de

desempenho, encaminhando os autos à unidade técnica competente, para fins de

monitoramento do cumprimento das determinações;

IV – Determinará a audiência do responsável para, no prazo de 15 dias, apresentar razões de

justificativa, quando verificada a ocorrência de irregularidades decorrentes de ato ilegal,

ilegítimo ou antieconômico, bem como infração a norma legal ou regulamentar de natureza

contábil, financeira, orçamentária ou patrimonial.

Page 14: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

V – Determinará a oitiva da entidade fiscalizada e do terceiro interessado para, no prazo de 15

dias, manifestarem-se sobre fatos que possam resultar em decisão do Tribunal no sentido de

desconstituir ato ou processo administrativo ou alterar contrato em seu desfavor.

§ 1º Acolhidas as razões de justificativa, o Tribunal declarará esse fato mediante acórdão e,

conforme o caso, adotará uma das providências previstas no inciso I.

§ 2º Não elidido o fundamento da impugnação, o Tribunal aplicará ao responsável, no próprio

processo de fiscalização, ressalvado o disposto no art. 206, a multa prevista no inciso II ou III do

art. 268 e determinará o apensamento do processo às contas correspondentes.

Comentário: a ressalva do art. 206 trata da situação em que a matéria tiver sido

examinada de forma expressa e conclusiva, hipótese na qual o seu exame dependerá do

conhecimento de eventual recurso interposto pelo MP.

Art. 206. A decisão definitiva em processo de tomada ou prestação de contas ordinária

não constituirá fato impeditivo da aplicação de multa ou imputação de débito em outros

processos, salvo se a matéria tiver sido examinada de forma expressa e conclusiva,

hipótese na qual o seu exame dependerá do conhecimento de eventual recurso interposto

pelo Ministério Público.

Quanto aos incisos I e II do art. 268, observem que ambos trazem a mesma multa: de 5 a

100%.

Art. 268. O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do caput do art. 58 da Lei nº 8.443,

de 1992, atualizada na forma prescrita no § 1º deste artigo, aos responsáveis por contas e

atos adiante indicados, observada a seguinte gradação:

II – Ato praticado com grave infração a norma legal ou regulamentar de natureza

contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, no valor compreendido

entre 5 e 100% do montante a que se refere o caput;

III – Ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao erário,

no valor compreendido entre 5 e 100% do montante referido no caput;

§ 3º Na oportunidade do exame das contas, será verificada a conveniência da renovação da

determinação das providências de que trata o inciso II do caput, com vistas a aplicar

oportunamente, se for o caso, o disposto no § 1º do art. 209.

Comentário: o § 1º do art. 209 trata daquela possibilidade para o Tribunal julgar as contas

irregulares:

Art. 209, § 1º O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de descumprimento

de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou

prestação de contas.

§ 4º O apensamento, às respectivas contas, de processos referentes a atos de admissão de

pessoal e concessão de aposentadoria, pensão e reforma será regulamentado em ato normativo.

§ 5º A aplicação de multa em processo de fiscalização não implicará prejulgamento das contas

ordinárias da unidade jurisdicionada, devendo o fato ser considerado no contexto dos demais

atos de gestão do período envolvido.

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§ 6º Caso as matérias objeto da oitiva de que trata o inciso V demandem urgente decisão de

mérito, a unidade técnica responsável pela fiscalização dará a elas prioridade na instrução

processual, deixando para propor as medidas constantes dos incisos II, III e IV em momento

posterior à deliberação do Tribunal sobre aquelas questões.

§ 7º Observar-se-ão em relação à oitiva prevista no inciso V as normas aplicáveis à audiência, no

que couber.

Ao apreciar processo relativo à fiscalização de atos

e contratos, o relator ou o

Tribunal

Quando não apurada

transgressão a norma legal ou

regulamentar de natureza COFOP

Determinará o arquivamento do processo

Ou o seu apensamento às

contas correspondentes

Se útil à apreciação destas

Quando verificadas tão somente falhas de natureza formal

Ou outras impropriedades que

não ensejem a aplicação de multa aos responsáveis

Ou que não configurem indícios

de débito

Determinará a adoção de

providências corretivas por parte do responsável ou de quem lhe haja

sucedido

E o arquivamento ou apensamento do

processo às respectivas contas,

sem prejuízo do monitoramento do cumprimento das

determinações

Quando verificadas oportunidades de

melhoria de desempenho

Recomendará a adoção de

providências

Encaminhando os autos à unidade

técnica competente

Para fins de monitoramento do cumprimento das

determinações

Quando verificada a ocorrência de

irregularidades decorrentes de ato ilegal, ilegítimo ou

antieconômico

Bem como infração a norma legal ou

regulamentar

De natureza contábil, financeira,

orçamentária ou patrimonial

Determinará a audiência do responsável

Para, no prazo de 15 dias, apresentar

razões de justificativa

Determinará a oitiva da entidade

fiscalizada e do terceiro interessado

Para, no prazo de 15 dias, manifestarem-

se

Sobre fatos que possam resultar em decisão do Tribunal

No sentido de desconstituir ato ou

processo administrativo

Ou alterar contrato em seu desfavor

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Art. 251. Verificada a ilegalidade de ato ou contrato em execução, o Tribunal assinará prazo de

até 15 dias para que o responsável adote as providências necessárias ao exato cumprimento da

lei, com indicação expressa dos dispositivos a serem observados, sem prejuízo do disposto no

inciso IV do caput e nos §§ 1º e 2º do artigo anterior.

Comentário: vamos ver o dispositivo mencionado, a título de contextualização:

Art. 250. Ao apreciar processo relativo à fiscalização de atos e contratos, o relator ou o

Tribunal:

IV – Determinará a audiência do responsável para, no prazo de quinze dias, apresentar

razões de justificativa, quando verificada a ocorrência de irregularidades decorrentes de

ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico, bem como infração a norma legal ou regulamentar

de natureza contábil, financeira, orçamentária ou patrimonial.

§ 1º Acolhidas as razões de justificativa, o Tribunal declarará esse fato mediante acórdão

e, conforme o caso, adotará uma das providências previstas no inciso I.

§ 2º Não elidido o fundamento da impugnação, o Tribunal aplicará ao responsável, no

próprio processo de fiscalização, ressalvado o disposto no art. 206, a multa prevista no

inciso II ou III do art. 268 e determinará o apensamento do processo às contas

correspondentes.

§ 1º No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido:

I – Sustará a execução do ato impugnado;

II – Comunicará a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

III – Aplicará ao responsável, no próprio processo de fiscalização, a multa prevista no

inciso VII do art. 268.

Comentário: o inciso VII do art. 268 nos traz a multa “entre 5 e 50% do montante”.

Veremos mais à frente as disposições sobre esse “montante”.

Art. 268. O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do caput do art. 58 da Lei nº

8.443, de 1992, atualizada na forma prescrita no § 1º deste artigo, aos

responsáveis por contas e atos adiante indicados, observada a seguinte gradação:

VII – Descumprimento de decisão do Tribunal, salvo motivo justificado, no valor

compreendido entre 5 e 50% do montante a que se refere o caput;

§ 2º No caso de contrato, o Tribunal, se não atendido, adotará a providência prevista no inciso III

do parágrafo anterior e comunicará o fato ao Congresso Nacional, a quem compete adotar o ato

de sustação e solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.

Comentário: o “inciso III do parágrafo anterior” fala da multa de “5 a 50%”.

§ 3º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as

medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito da sustação do contrato.

§ 4º Verificada a hipótese do parágrafo anterior, e se decidir sustar o contrato, o Tribunal:

I – Determinará ao responsável que, no prazo de quinze dias, adote as medidas

necessárias ao cumprimento da decisão;

Page 17: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

II – Comunicará o decidido ao Congresso Nacional e à autoridade de nível ministerial

competente.

Art. 252. Se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de

que resulte dano ao erário, o Tribunal ordenará, desde logo, a conversão do processo em

tomada de contas especial, salvo na hipótese prevista no art. 213.

Comentário: ou seja, salvo quando o valor de cobrança for superior ao do ressarcimento:

Verificada a ilegalidade de ato ou

contrato em execução

O Tribunal assinará

prazo de até 15 dias

Para que o responsável adote

as providências necessárias ao

cumprimento da lei

Com indicação expressa dos dispositivos a

serem observados

Se não atendido o prazo

assinado pelo Tribunal

No caso de ato administrativo,

o Tribunal

Sustará a execução do ato

impugnado

Comunicará a decisão

À Câmara dos Deputados

Ao Senado Federal

Aplicará ao responsável a

multa de 5 a 50% do montante

fixado

No próprio processo de fiscalização

No caso de contrato, o

Tribunal

Aplicará a multa de 5 a 50% do

montante fixado

Comunicará o fato ao CN

A quem compete adotar o ato de sustação

E solicitar ao Executivo as medidas cabíveis

Se o Congresso ou o Executivo, em 90 dias, não

efetivar as medidas previstas

O Tribunal decidirá a

respeito da sustação do

contrato

Se decidir sustar o contrato, o

Tribunal

Determinará ao responsável que adote as

medidas necessárias

No prazo de 15 dias

Comunicará o decidido

Ao Congresso Nacional

À autoridade de nível ministerial

competente

Page 18: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

Art. 213. A título de racionalização administrativa e economia processual, e com o

objetivo de evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento, o

Tribunal poderá determinar, desde logo, nos termos de ato normativo, o arquivamento de

processo, sem cancelamento do débito, a cujo pagamento continuará obrigado o devedor,

para que lhe possa ser dada quitação.

Parágrafo único. Caso a tomada de contas especial envolva responsável por contas ordinárias,

deverá ser observado o disposto no art. 206.

Comentário: ou seja, a decisão definitiva não impedirá a aplica da multa em outros

processos, com a devida ressalva:

Art. 206. A decisão definitiva em processo de tomada ou prestação de contas ordinária

não constituirá fato impeditivo da aplicação de multa ou imputação de débito em outros

processos, salvo se a matéria tiver sido examinada de forma expressa e conclusiva,

hipótese na qual o seu exame dependerá do conhecimento de eventual recurso interposto

pelo Ministério Público.

SUBSEÇÃO II - FISCALIZAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

Art. 253. O Tribunal fiscalizará, na forma estabelecida em ato normativo:

I – A entrega das parcelas devidas aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios à conta dos

recursos dos fundos de participação a que alude o parágrafo único do art. 161 da Constituição

Federal;

Comentário: os “fundos de participação” mencionados são os fundos de participação dos

Estados/DF e dos Municípios (FPE e FPM):

CF, art. 161, Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas

referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

Vamos ver o inciso II do art. 161:

Art. 161. Cabe à lei complementar:

II - Estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159,

especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I,

objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;

O inciso I do art. 159 trata da distribuição de parcelas do Imposto sobre a Renda (IR) e

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os fundos de participação dos

Estados/DF e dos Municípios (FPE e FPM).

II – A aplicação dos recursos dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

administrados por instituições federais;

III – A aplicação dos recursos transferidos ao Distrito Federal com base no inciso XIV do art. 21 da

Constituição Federal;

Comentário: esse inciso refere-se aos recursos que a União transfere ao DF como

assistência financeira para a execução de serviços públicos:

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Art. 21. Compete à União:

XIV - Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de

bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito

Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

IV – O cálculo, a entrega e a aplicação, conforme o caso, de quaisquer recursos repassados pela

União por determinação legal a estado, ao Distrito Federal ou a município, consoante dispuser a

legislação específica.

SUBSEÇÃO III - FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIOS, ACORDOS, AJUSTES E OUTROS INSTRUMENTOS

CONGÊNERES

Art. 254. A fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, autarquias,

fundações instituídas e mantidas pelo poder público e demais órgãos e entidades da

administração pública federal mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos

congêneres, a estado, ao Distrito Federal, a município, e a qualquer outra pessoa, física ou

jurídica, pública ou privada, será feita pelo Tribunal por meio de levantamentos, auditorias,

O Tribunal fiscalizará

A entrega das parcelas devidas aos estados, ao DF e aos

municípios

À conta dos recursos dos

FPM

FPE

A aplicação dos recursos dos fundos

constitucionais

Do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Administrados por instituições federais

A aplicação dos recursos

transferidos ao DF

Como assistência financeira

Para a execução de serviços públicos

O cálculo, a entrega e a aplicação,

conforme o caso

De quaisquer recursos repassados

pela União

Por determinação legal a

Estado

DF

Município

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inspeções, acompanhamentos ou monitoramentos, bem como por ocasião do exame dos

processos de tomadas ou prestações de contas da unidade ou entidade transferidora dos

recursos.

Comentário: traduzindo, a fiscalização será realizada pelo Tribunal por meio dos

instrumentos de fiscalização.

§ 1º Para o cumprimento do disposto neste artigo deverão ser verificados, entre outros aspectos,

o atingimento dos objetivos acordados, a correção da aplicação dos recursos, a observância às

normas legais e regulamentares pertinentes e às cláusulas pactuadas.

§ 2º Ficará sujeito à multa prevista no inciso II ou III do art. 268 a autoridade administrativa que

transferir, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, recursos

federais a gestores omissos na prestação de contas de recursos anteriormente recebidos ou que

tenham dado causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário, ainda

não ressarcido.

Comentário: ambos os incisos mencionados (do art. 268) tratam da multa de 5 a 100% do

montante (veremos o que é esse “montante” mais à frente).

Art. 268. O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do caput do art. 58 da Lei nº 8.443,

de 1992, atualizada na forma prescrita no § 1º deste artigo, aos responsáveis por contas e

atos adiante indicados, observada a seguinte gradação:

II – Ato praticado com grave infração a norma legal ou regulamentar de natureza

contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, no valor compreendido

entre 5 e 100% do montante a que se refere o caput;

III – Ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao erário,

no valor compreendido entre 5 e 100% do montante referido no caput.

§ 3º A autoridade administrativa competente deverá adotar imediatas providências com vistas à

instauração de tomada de contas especial no caso de omissão na prestação de contas ou quando

constatar irregularidade na aplicação dos recursos federais transferidos, sob pena de

responsabilidade solidária, na forma prescrita em ato normativo.

SUBSEÇÃO IV - FISCALIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DE SUBVENÇÕES, AUXÍLIOS E CONTRIBUIÇÕES

Art. 255. A fiscalização pelo Tribunal da aplicação de recursos transferidos sob as modalidades de

subvenção, auxílio e contribuição compreenderá as fases de concessão, utilização e prestação de

contas e será realizada, no que couber, na forma estabelecida no art. 254.

Comentário: o que você precisa levar daqui (e que tem boas chances de cair na prova) são

as fases da aplicação dos recursos transferidos sob essas modalidades (de subvenção,

auxílio e contribuição). Vamos ver um fluxograma sobre isso, mas antes vamos à

literalidade do mencionado art. 254:

Art. 254. A fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela União,

autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo poder público e demais órgãos e

entidades da administração pública federal mediante convênio, acordo, ajuste ou outros

instrumentos congêneres, a estado, ao Distrito Federal, a município, e a qualquer outra

Page 21: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, será feita pelo Tribunal por meio de

levantamentos, auditorias, inspeções, acompanhamentos ou monitoramentos, bem como

por ocasião do exame dos processos de tomadas ou prestações de contas da unidade ou

entidade transferidora dos recursos.

Comentário: vamos ver agora o fluxograma com as fases da aplicação de recursos transferidos

sob as modalidades de subvenção, auxílio e contribuição:

Concessão UtilizaçãoPrestação de contas

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Questões Comentadas sobre a Lei Orgânica do TCU

Questões sem comentários

1. Ao TCU, órgão de controle externo, compete conceder licença, férias e outros

afastamentos aos ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao

Tribunal, dependendo de inspeção por junta médica a licença para tratamento de saúde

por prazo superior a 30 dias.

2. A decisão do TCU, de que resulte imputação de débito, torna a dívida líquida e certa e

tem eficácia de título executivo, ao contrário do que ocorre com a decisão de que resulte

cominação de multa.

3. Ao exercer a fiscalização, se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou

outra irregularidade que resulte em dano ao Erário, o Tribunal ordenará, em qualquer

hipótese, a conversão do processo em tomada de contas especial.

4. A tomada de contas especial será encaminhada ao TCU para julgamento se o dano

causado ao Erário for de valor inferior à quantia para esse efeito fixada pelo Tribunal em

cada ano civil, na forma estabelecida no seu Regimento Interno.

5. Ao TCU, órgão de controle externo, compete proceder, por iniciativa própria, à

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades

dos poderes da União.

6. A título de racionalização administrativa e economia processual, e com o objetivo de

evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento, o Tribunal poderá

determinar, desde logo, o arquivamento do processo, sem cancelamento do débito, a

cujo pagamento continuará obrigado o devedor, para que lhe possa ser dada quitação.

7. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de

controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano

plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

8. O TCU ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, devendo

proceder ao seu arquivamento após o prazo de 5 anos.

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9. No caso de reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável

tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestarão de contas, o TCU deverá

julgar as contas irregulares.

10. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal definirá a responsabilidade

individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado.

11. São requisitos para tornar-se ministro do TCU, dentre outros, possuir notórios

conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração

pública, e contar mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade

profissional que exija os conhecimentos mencionados.

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Gabarito

1 E 41 E 81 C 121 C 161 C

2 E 42 C 82 C 122 E 162 C

3 E 43 E 83 E 123 C 163 E

4 E 44 C 84 C 124 E 164 C

5 C 45 C 85 C 125 E 165 E

6 C 46 E 86 E 126 C 166 E

7 C 47 E 87 E 127 E 167 C

8 E 48 C 88 C 128 E 168 E

9 E 49 E 89 E 129 C 169 E

10 C 50 E 90 C 130 C 170 C

11 C 51 E 91 C 131 C 171 C

12 E 52 C 92 E 132 C 172 E

13 E 53 E 93 E 133 E 173 C

14 C 54 E 94 C 134 C 174 E

15 E 55 E 95 E 135 E 175 C

16 C 56 C 96 E 136 E 176 C

17 C 57 C 97 E 137 C 177 C

18 C 58 C 98 C 138 C 178 C

19 E 59 C 99 E 139 C 179 C

20 E 60 E 100 E 140 E 180 C

21 E 61 E 101 E 141 C 181 E

22 C 62 C 102 E 142 C 182 C

23 C 63 C 103 E 143 E 183 E

24 C 64 C 104 C 144 C 184 E

25 C 65 C 105 E 145 C 185 C

26 C 66 E 106 E 146 E 186 C

27 E 67 C 107 E 147 C 187 C

28 C 68 E 108 C 148 C 188 C

29 E 69 E 109 E 149 E 189 C

30 E 70 E 110 C 150 C 190 C

31 E 71 C 111 C 151 E 191 E

32 C 72 E 112 E 152 C 192 C

33 E 73 C 113 E 153 E 193 E

34 C 74 C 114 C 154 C 194 C

35 E 75 E 115 E 155 C 195 C

36 C 76 C 116 E 156 C 196 E

37 C 77 E 117 E 157 C 197 C

38 E 78 E 118 E 158 C 198 C

39 E 79 C 119 C 159 E 199 E

40 C 80 C 120 E 160 C 200 E

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Questões Comentadas

1. Ao TCU, órgão de controle externo, compete conceder licença, férias e outros

afastamentos aos ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao

Tribunal, dependendo de inspeção por junta médica a licença para tratamento de saúde

por prazo superior a 30 dias.

Comentário: errada. A licença que depende de inspeção por junta médica é aquela

superior a 6 meses, conforme inciso XII do art. 1º.

2. A decisão do TCU, de que resulte imputação de débito, torna a dívida líquida e certa e

tem eficácia de título executivo, ao contrário do que ocorre com a decisão de que resulte

cominação de multa.

Comentário: errada. Conforme o art. 24, a decisão do Tribunal, de que resulte imputação

de débito ou cominação de multa, torna a dívida líquida e certa e tem eficácia de título

executivo

3. Ao exercer a fiscalização, se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou

outra irregularidade que resulte em dano ao Erário, o Tribunal ordenará, em qualquer

hipótese, a conversão do processo em tomada de contas especial.

Comentário: errada, pois há uma exceção, conforme o caput do art. 47: ao exercer a

fiscalização, se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou outra

irregularidade de que resulte dano ao Erário, o Tribunal ordenará, desde logo, a

conversão do processo em tomada de contas especial, salvo a hipótese prevista no art. 93

desta Lei.

E esse art. 93 nos diz: “A título de racionalização administrativa e economia processual, e

com o objetivo de evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento,

o Tribunal poderá determinar, desde logo, o arquivamento do processo, sem

cancelamento do débito, a cujo pagamento continuará obrigado o devedor, para que lhe

possa ser dada quitação”.

4. A tomada de contas especial será encaminhada ao TCU para julgamento se o dano

causado ao Erário for de valor inferior à quantia para esse efeito fixada pelo Tribunal em

cada ano civil, na forma estabelecida no seu Regimento Interno.

Comentário: errada. A tomada de contas especial será encaminhada ao TCU se o valor for

igual ou superior à quantia fixada pelo Tribunal, conforme § 2° do art. 8º.

5. Ao TCU, órgão de controle externo, compete proceder, por iniciativa própria, à

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades

dos poderes da União.

Page 26: Material demonstrativo para o concurso do TCU§ 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade

Comentário: correta, conforme inciso II do art. 1º.

6. A título de racionalização administrativa e economia processual, e com o objetivo de

evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento, o Tribunal poderá

determinar, desde logo, o arquivamento do processo, sem cancelamento do débito, a

cujo pagamento continuará obrigado o devedor, para que lhe possa ser dada quitação.

Comentário: correta, literalidade do caput do art. 93.

7. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de

controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano

plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Comentário: correta, conforme inciso I do art. 49.

8. O TCU ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, devendo

proceder ao seu arquivamento após o prazo de 5 anos.

Comentário: errada. Segundo o art. 21, o Tribunal ordenará o trancamento das contas

que forem consideradas iliquidáveis e o consequente arquivamento do processo.

O processo já ficará arquivado de imediato.

O que pode acontecer, no prazo de 5 anos, é o desarquivamento do processo, caso

surjam novos elementos que possam ser suficientes para proceder ao julgamento.

Tribunal ordena o trancamento das

contas iliquidáveis

E o consequente arquivamento do

processo

Em decisão terminativa

Tem 5 anos para encontrar novos

elementos

Autorizar o desarquivamento

E determinar que se ultime a respectiva

tomada ou prestação de contas

Transcorrido o prazoAs contas serão

consideradas encerradas

Com baixa na responsabilidade do

administrador

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9. No caso de reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável

tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestarão de contas, o TCU deverá

julgar as contas irregulares.

Comentário: errada. Conforme o § 1° do art. 16, nessa situação o Tribunal poderá julgar

irregulares as contas (e não “deverá”, como consta na assertiva).

10. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal definirá a responsabilidade

individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado.

Comentário: correta, informe o art. 12 e seu inciso I.

11. São requisitos para tornar-se ministro do TCU, dentre outros, possuir notórios

conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração

pública, e contar mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade

profissional que exija os conhecimentos mencionados.

Comentário: correta, conforme incisos III e IV do art. 71.

E aqui terminamos nosso material demonstrativo!

Para mais informações sobre o material completo, é só acessar www.teciopellegrino.com

Bons estudos!

@tribunais.de.contas