matemática completa ftd
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Livro Ftd Matemática completaTRANSCRIPT
HINO NACIONAL
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manuel da Silva
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
9 7 8 8 5 3 2 2 8 4 9 0 7
ISBN 978-85-322-8490-7
MATEMÁTICACOMPLETA
ensino médio
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1componente curricular:
MATEMÁTICA
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Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; “Nossos bosques têm mais vida”, “Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro desta flâmula - Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
13a ediçãoSão Paulo, 2013
componente curricular:
MATEMÁTICA
José Ruy Giovanni Jr.Licenciado em Matemática pela Universidade de São Paulo – USP.Professor de Matemática em escolas do Ensino Fundamental edo Ensino Médio desde 1985.
José Roberto BonjornoBacharel e licenciado em Física pela Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo – PUC-SP. Professor de Matemáticae Física em escolas do Ensino Fundamental e do Ensino Médiodesde 1973.
Paulo Roberto Câmara de SousaMestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Especialização em Educação Matemática pela UniversidadeFederal Rural de Pernambuco – UFRPE. Licenciado emMatemática pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Professor de Matemática do Ensino Fundamental e do EnsinoMédio desde 1974. Professor de programas de formação continuada e pós-graduação desde 1990.
ENSINO MÉDIO
MATEMÁTICACOMPLETA
MANUAL DOPROFESSOR
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Giovanni Júnior, José RuyMatemática completa : 1o ano / José RuyGiovanni Jr., José Roberto Bonjorno, PauloRoberto Câmara de Sousa . -- 3. ed. --São Paulo : FTD, 2013.
Componente curricular: MatemáticaISBN 978-85-322-8489-1 (aluno)ISBN 978-85-322-8490-7 (professor)
1. Matemática (Ensino médio) I. Bonjorno, José Roberto. II. Sousa, Paulo Roberto Câmara de. III. Título.
13-03933 CDD-510.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Matemática : Ensino médio 510.7
Diretora editorialSilmara Sapiense VespasianoEditoraJuliane Matsubara BarrosoEditora adjuntaFlávia Renata P. de Almeida FugitaEditores assistentesKátia TakahashiAssistentes de produçãoAna Paula IazzettoLilia PiresAssistente editorialGislene Aparecida BeneditoSupervisora de preparação e revisão de textosSandra Lia FarahPreparadoresAmanda Lenharo di SantisJosé Alessandre da Silva NetoRevisoresCarina de LucaDaniella Haidar PacificoDesirée Araújo S. AguiarFrancisca M. Lourenço Giseli Aparecida GobboJúlia Siqueira e Mello Juliana Cristine Folli SimõesJuliana Rochetto CostaLilian Vismari Carvalho Maiara Andréa AlvesPedro Henrique FandiOperadora de editoração eletrônicaGislene Aparecida BeneditoCoordenador de produção editorialCaio Leandro RiosEditor de arte Fabiano dos Santos MarianoProjeto gráfico e capaFabiano dos Santos MarianoIlustrações que acompanham o projetoEditoria de ArteFotos da capaSergey Nivens/Shutterstock/Glow ImagesImagens Plus RM/Dea Picture Library/Glow ImagesPierre Colombel/Corbis/LatinstockIconografiaSupervisoraCélia RosaPesquisador(es)Dulce PlaçaEliana AlmeidaNelson Molinari Jr.Editoração eletrônica DiagramaçãoSetup BureauTratamento de imagensAna Isabela Pithan MaraschinEziquiel RachettiVânia Aparecida Maia de OliveiraGerente executivo do parque gráficoReginaldo Soares Damasceno
Matemática CompletaCopyright © José Ruy Giovanni Jr., José Roberto Bonjorno e Paulo Roberto Câmara de Sousa, 2013
Todos os direitos reservados àEditora FTD S.A.
Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SPCEP 01326-010 – Tel. (0-XX-11) 3598-6000
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970Internet: www.ftd.com.br
E-mail: [email protected]
Esta coleção do Ensino Médio tem como objetivo auxiliar e estimular você a compreender a Matemática e sua presença dinâmica no dia a dia.
Após cada conceito, na intenção de ampliar, aprofundar e integrar os conhecimentos adquiridos, os volumes destacam exemplos que ana-lisam a resolução de atividades e oferecem vasta gama de exercícios, nos quais você pode priorizar a compreensão e aplicação do conteúdo abordado.
Paralelamente aos contextos matemáticos específicos, a coleção propõe a leitura e interpretação de textos que buscam aguçar sua curio-sidade e levá-lo(a) a refletir sobre a realidade socioeconômica atual e seu comprometimento em relação à cidadania e à sustentabilidade ambiental.
Além de primordiais para o prosseguimento educacional nesse período, esses aspectos também são fundamentais para a formação humana contemporânea.
Os autores
Apresentação
Conheça o seu livro
238 Capítulo 9 Progressões
Conteúdos apresentados neste
capítulo:
· Sequência numérica
· Progressão aritmética
· Termo geral de uma PA
· Soma dos termos de uma PA
· Progressão geométrica
· Termo geral de uma PG
· Soma dos termos de uma PG
fi nita
· Soma dos termos de uma PG
infi nita
1 Sequência numéricaToda sequência pressupõe determinada ordem entre seus elementos.
Por isso, costumamos representar cada termo de uma sequência por uma letra acompanhada de um índice, que informa a posição ou a ordem desse termo na sequência. Assim, podemos representar uma sequência, generica-mente, da seguinte maneira:
(a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7 ..., an � 1, an, an � 1)
Considerando a sequência de Fibonacci, mostrada na abertura desse capítulo, temos:
a1 � 1 é o primeiro termo ou o termo de ordem 1;
a2 � 1 é o segundo termo ou o termo de ordem 2;
a3 � 2 é o terceiro termo ou o termo de ordem 3;
a6 � 8 é o sexto termo ou o termo de ordem 6, e assim por diante.
Se quisermos indicar um termo qualquer, cuja posição ou ordem não esteja definida, escrevemos an. Assim, an é o n-ésimo termo ou o termo de ordem n.
Definição de sequência
Existem dois tipos de sequências numéricas: finita e infinita. Vamos estudar a definição de cada uma
dessas sequências.
Uma sequência finita de n elementos é uma função cujo domínio é o conjunto {1, 2, 3, 4, ..., n} e o contradomínio é um conjunto não vazio. Ou seja, a sequência f em que D(f) � {1, 2, 3, 4, ..., n} é indicada por (a1, a2, a3, ... , an), em que a1 � f(1),
a2 � f(2), ..., an � f(n) é uma sequência finita.
Por exemplo, a sequência numérica (3, 5, 7, 9) é uma sequência numérica finita, na qual a1 � 3; a2 � 5;
a3 � 7e a4 � 9.
Uma sequência infinita é uma função onde o domínio é N* e o contradomínio é um conjunto não vazio. Ou seja, a sequência f em que D(f) � N* é indicada por (a1, a2, a3, ...
an � 1, an, an � 1, ...), em que a1 � f(1), a2 � f(2), ..., an � f(n), ... é uma sequência infinita.
Por exemplo, a sequência numérica 1, 35 , 1
3, 17 , 0,...( ) é uma sequência numérica infinita, em que
a1 � 1, 35 , 1
3, 17 ,2 3 4a a a� � � a5 � 0 etc.
Lei de formação
Em algumas sequências, analisando os termos conhecidos, é possível identificar um padrão entre eles.
Conhecendo esse padrão, podemos determinar outros termos dessas sequências. Esse padrão é chamado
de lei de formação da sequência e pode ou não ser dado por uma expressão matemática.
Vejamos, a seguir, alguns padrões que podemos identificar nessas sequências.
152 Capítulo 5 Função quadrática
Estabelecendo conexões
FAÇA NO
CADERNOExercícios
19. Determine a e b para que o gráfico da função
y � ax2 � bx � 6 tenha o vértice no ponto 52
, 14
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.
20. Determine a função quadrática y � ax2 � bx � 5
correspondente ao gráfico a seguir.
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21. A parábola que representa graficamente a função y � �2x2 � bx � c passa pelo ponto (1, 0) e seu vértice é o ponto de coordenadas (3, k). Determine o valor de k.
22. A parábola de equação y � ax2 passa pelo vértice de outra parábola cuja equação é y � 4x � x2. Ache o valor de a.
23. Considere as seguintes funções:I. f(x) � 2x2 � 6x � 1II. f(x) � x2 � 4III. f(x) � �2x2 � 3xIV. f(x) � 3x2 � 4x � 1
Para cada uma dessas funções, determine: a) o conjunto imagem; b) intervalos de crescimento e de decrescimento.
Formato das antenas e dos faróis
Muitas vezes podemos observar, no alto de casas ou prédios, antenas conhecidas como parabólicas. O nome dado a esse tipo de antena tem relação com seu formato, que deriva da rotação de uma parábola sobre seu eixo de simetria.
Para entender melhor, imagine um ramo de parábola realizando uma rotação de 360° sobre seu eixo de simetria.A figura formada é chamada de paraboloide.
Exemplo de um paraboloide.
Antena parabólica de TV.
Foto
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CAPÍTULO
8Função exponencialCAPÍTULO
7AQUI TEM MATEMÁTICA
Presentes nos iogurtes e em outros alimentos derivados do leite fermentado, os lactobacilos são bactérias que colaboram para o equilíbrio da flora intestinal, evitando a proliferação de bac-térias nocivas, melhorando a absorção de nutrientes e fortalecendo nosso sistema imunológico.
Apesar de benéfico, o consumo desses alimentos em excesso pode acarretar alguns efeitos indesejados, como o desconforto intestinal, pois as bactérias se reproduzem rapidamente.
Em geral, a reprodução de bactérias ocorre de forma exponencial, ou seja, pode ser estuda-da por um modelo matemático: a função exponencial.
Este capítulo é dedicado ao estudo desta função.
Função exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialFunção exponencialCAPÍTULO
7AQUI TEM MATEMÁTICA
Presentes nos iogurtes e em outros alimentos derivados do leite fermentado, os lactobacilos são bactérias que colaboram para o equilíbrio da flora intestinal, evitando a proliferação de bac-térias nocivas, melhorando a absorção de nutrientes e fortalecendo nosso sistema imunológico.
Apesar de benéfico, o consumo desses alimentos em excesso pode acarretar alguns efeitos indesejados, como o desconforto intestinal, pois as bactérias se reproduzem rapidamente.
Em geral, a reprodução de bactérias ocorre de forma exponencial, ou seja, pode ser estuda-da por um modelo matemático: a função exponencial.
Este capítulo é dedicado ao estudo desta função.
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Ícone calculadoraOs exercícios com este ícone trabalham o uso da calcu-ladora para resolver a atividade.
Ícone DesafioOs exercícios com este ícone apresentam uma ampliação da análise e aplicação do conteúdo estudado.
Conteúdos apresentados neste capítuloNo início de cada ca-pítulo, é apresenta-da uma relação dos conteúdos que serão trabalhados.
Abertura de capítuloApresenta um tema relacionado ao conteú-do matemático que será desenvolvido no capítulo. Este tema vol-tará a ser abordado naseção Retomando e pesquisando.
Estabelecendo conexõesEste boxe apresenta textos que exploram a relação entre a Mate-mática e outras áreas, ou entre conceitos da própria Matemática.
Função exponencial Capítulo 7 201
Vamos resolver uma equação exponencial aplicada a uma situação prática, que pode ajudá-lo a com-preender o valor do cálculo exponencial.
Usaremos o aplicativo Geogebra para construir gráficos de funções exponenciais.
1. Abra o Geogebra e exiba “Campo de Entrada”.
2. Construa um “SELETOR” . Esta função permite que você escreva um parâmetro que pode
ser alterado dentro de um intervalo predefinido. Crie o seletor com a instrução “a variando de �5
a 5 e com incremento de 0,1”.
3. Digite a equação: f(x) � a^x (o acento circunflexo indica a operação de potenciação). Observe que o seletor a é a base da função exponencial.
4. Acione o botão MOVER e faça variar o valor de a.
5. Você deve observar que:
quando a � 0, nenhum gráfico é exibido;
quando 0 � a � 1, o gráfico mostra uma função decrescente;
quando a � 1, o gráfico será uma reta paralela ao eixo x;
quando a � 1, o gráfico mostra uma função crescente.
1. Abra um novo documento no Geogebra.
2. Crie um SELETOR a que varia de �5 a 5 com incremento de 0,1.
3. Escreva a função f(x) � 2a � x. No Geogebra, você deve digitar assim: f(x) � 2^(a*x)
4. Construa o gráfico e faça o parâmetro a variar, analisando o que acontece quando: a) a � 0; b) a � 0; c) aumentamos o valor de a.
Atividades FAÇA NO
CADERNO
Tecnologia
Geo
gebr
a
Funções logarítmicas Capítulo 8 73 72 Capítulo 8 Funções logarítmicas
LEITURA E COMPREENSÃO
Trigonometria nos triângulos Capítulo 2 73 72 Capítulo 2 Trigonometria nos triângulos
LEITURA E COMPREENSÃO
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A orla santistaNo Brasil há também um grande exemplo do
problema de recalques de apoio: os prédios da orla santista. [...]. Décadas se passaram com os prédios a se inclinarem e, assim como com a Torre de Pisa, várias propostas de correção foram feitas [...]. Sabe-se que a origem do problema é a deficiência do solo de Santos, formado por uma camada superficial de areia que [...] recobre uma extensa camada de solo argiloso [...]. Tal formação do solo não suporta a fundação direta de prédios com mais de dez andares. Nas décadas de 1950 e 1960 foram construídos, na orla santista, inú-meros edifícios com mais de dez andares [...]. Muitos destes prédios passaram a inclinar-se [...].
Várias propostas para a correção deste problema vêm sendo feitas [...]. Um grande exemplo é a solução aplicada em um dos prédios mais famosos de Santos, o Núncio Malzoni.
[...] Os recalques ocorridos neste edifício levaram--no a sair 2,10 m do prumo [...].
O projeto de reaprumo do prédio, desenvolvido pe-los professores Carlos Eduardo Moreira Maffei, Heloísa Helena Silva Gonçalves e Paulo de Mattos Pimenta, do Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Escola Politécnica da USP, considerado inédito no mundo, foi visitado por engenheiros de diversos países como México, Canadá e Japão, e até por um dos enge-nheiros responsáveis pela solução adotada na Torre de Pisa, que veio conhecer a técnica utilizada.
Fonte: SAYEGH, S. Efeito solo. Téchne, p. 40, mar./abr. 2001.LABORATÓRIO de Mecânica Computacional. Recalque de apoio. In: Deslo-
camentos de apoio. São Paulo: Escola Politécnica da USP, 2001. Disponível em: <www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/deslocamento.htm>.
Acesso em: 17 maio 2013
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Edifício Núncio Malzoni, Santos, SP, 1987.
FAÇA NO
CADERNOInterpretando o texto e a questão
Recalques de apoio
Torre de PisaO caso mais clássico de recalque de
apoio é sem dúvida o da Torre de Pisa [na Itália]. Sua construção foi iniciada em 1173, e terminada em 1350; desde o início, a torre apresentou recalques maiores de um lado que de outro, que a levaram a inclinar-se.
Várias tentativas foram feitas para solucionar o problema [...]. Em 1990, porém, estando o topo da torre mais de 4,5 m fora do prumo e continuando a torre, que possui 58,5 m de altura, a inclinar-se a uma taxa de 1,2 mm por ano, foi constituída mais uma comissão de especialistas para salvá-la. A solução proposta [...] e executada a partir de 1997 foi a de, utilizando sondas especiais, retirar solo debaixo do trecho do bloco que havia recalcado menos, fazendo com que apenas esta região viesse a afundar [...].
[...] em junho de 2001, o desaprumo do topo da torre já havia diminuído em 40 cm.Em dezembro de 2001, a Torre de Pisa, que [...] havia sido fechada àvisitação pública em 1990, pôde ser reaberta [...].
Torre de Pisa, cidade de Pisa, noroeste da Itália.
1. O texto apresenta sobre dois grandes exemplos de recalques de apoio, um na Itália e outro no Brasil. Quais são esses exemplos?
2. Qual foi a origem do problema do recalque de apoio nos prédios da cidade de Santos?
3. Qual a altura da Torre de Pisa? Quando ela foi construída?
4. Explique em poucas palavras no que consistiu o procedimento para a solução do problema da Torre de Pisa.
5. Em Santos já houve alguma tentativa para solucionar o problema dos prédios inclinados? Cite uma.
6. Calcule o ângulo de inclinação da Torre de Pisa em 1990 usando os dados do texto. Consulte uma tabela trigonométrica.
TecnologiaNeste boxe são trabalhadas atividades que utilizam algum recurso tecnológico, como calculadora ou softwares ma-temáticos.
Leitura e compreensãoEm alguns capítulos, esta seção apresenta um texto relacionado aos conteúdos desen-volvidos, acompanhado de questões que traba-lham a compreensão desse texto.Em outros, traz uma questão seguida de um encaminhamento que objetiva desenvolver habilidades e compe-tências cognitivas.
Função exponencial Capítulo 7 205
RETOMANDO E PESQUISANDO
Na abertura desse capítulo,
você aprendeu um pouco sobre
os lactobacilos e como eles são
benéficos para o nosso corpo. Con-
tudo, existem muitas espécies de
bactérias. Algumas delas provocam
doenças, outras são úteis para
fins industriais ou ainda realizam
importantes funções ecológicas.
O texto a seguir, extraído de um
site, traz mais algumas informações
sobre algumas bactérias.
As células bacterianas são pequenas e medidas em micrômetros (µm). 1 µm equivale 0,001 mm.
A menor bactéria tem 0,2 µm (Chlamydia). Há células de Spirochaeta com 250 µm de comprimento.
A maior bactéria conhecida é a Epulopiscium fishelsoni, que foi encontrada no mar Vermelho e na costa da
Austrália no intestino de um peixe com mais de 600 µm de comprimento. Na maioria das vezes, o tamanho
médio de uma bactéria é de 1-10 µm.
[...]
Bactérias e biotecnologia
A indústria de laticínios utiliza as bactérias Lactobacillus e Streptococcus para a produção de queijos,
iogurtes e requeijão. Na fabricação de vinagre são usadas bactérias do gênero Acetobacter que transfor-
mam o etanol do vinho em ácido acético. Bactérias do gênero Corynebacterium são utilizadas na produção
do ácido glutâmico, substância utilizada em temperos para acentuar o sabor dos alimentos.
As bactérias são utilizadas para a produção de antibióticos e vitaminas. O antibiótico neomicina é pro-
duzido por células do gênero Streptomyces. A indústria química utiliza bactérias para produzir substâncias
como o metanol, butanol, acetona. [...]
Disponível em: <www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2004/microorganismos/BACTERIAS.htm>. Acesso em: 7 mar. 2013
1. De acordo com o texto, 1µm � 0,001 mm. Podemos escrever essa igualdade usando potência de 10, por exemplo, 1µm � 1 � 10�3 mm. Considerando essa informação, identifique no texto outras medidas indicadas em micrometros e indique-as em milímetros, usando potências de 10.
2. A leptospirose é uma doença causada por bactéria. Pesquise no site indicado a seguir e em outros de sua confiança e responda.
• Site: <http://ler.vc/iq29bw>. Acesso em: 11 mar. 2013.
a) Que bactéria causa essa doença?
b) Explique quais são os principais sintomas e como ocorre o contágio.
c) Cite algumas atitudes que podem ajudar a prevenir esta doença.
FAÇA NO
CADERNO
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Retomando e pesquisandoApresenta sites, textos e atividades acompanhados de indicações de revistas ou livros em que são en-contradas informações sobre o tema abordado na abertura do capítulo, proporcionando uma oportunidade de se pesquisar algum assunto re-lacionado a esse tema.
Os ícones abaixo indicam pontos onde você encontra material complementar no livro digital. Clique em cada um deles para ter acesso.
Vídeo/áudio
Texto
Objetos educacionais
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Sumário
4 Estudo do domínio de uma função ........................... 87 Exercícios ................................................................. 87 5 Gráfico de uma função ............................................. 88 Exercícios .........................................................89 e 91 6 Variação de uma função ........................................... 92 Exercícios ................................................................. 94 7 Função sobrejetora, injetora e bijetora ....................... 96 Exercícios ................................................................. 99 8 Função composta ....................................................100 Exercícios ...............................................................101 9 Função inversa ........................................................102 Exercícios ...............................................................104 Estabelecendo conexões ........................................105 RETOMANDO E PESQUISANDO ................................105 LEITURA E COMPREENSÃO .......................................107
Capítulo 4 • Função afim 1 Função afim ...........................................................110 Exercícios ...............................................................113 2 Gráfico da função afim ...........................................115 Exercícios ...............................................................120 Tecnologia ..............................................................122 3 Crescimento e decrescimento da função afim .........123 4 Zero da função afim ...............................................124 5 Estudo do sinal da função afim ..............................125 Exercícios ...............................................................126 6 Inequações do 1o grau ...........................................128 Exercícios ...............................................................129 7 Sistemas de inequações do 1o grau .........................130 Exercícios ...............................................................131 8 Inequação-produto e inequação-quociente ..............132 Exercícios ...............................................................134 RETOMANDO E PESQUISANDO ................................134 LEITURA E COMPREENSÃO ......................................136
Capítulo 5 • Função quadrática 1 Função quadrática ..................................................140 Exercícios ...............................................................142 2 Gráfico de uma função quadrática ..........................143 Exercícios ...............................................................144 Tecnologia ..............................................................145 3 Zeros de uma função quadrática ............................146 Exercícios ...............................................................148 4 Vértice da parábola ................................................148 Exercícios ...............................................................152 Estabelecendo conexões ........................................152
Capítulo 1 • Conjuntos 1 Conjuntos e subconjuntos ....................................... 10 Exercícios ................................................................. 12 2 Operações com conjuntos ........................................ 13 Exercícios ................................................................. 16 3 Conjuntos numéricos ................................................ 18 Estabelecendo conexões .......................................... 18 Exercícios ................................................................. 24 Tecnologia ................................................................ 25 4 Intervalos .................................................................. 27 Exercícios .........................................................28 e 29 RETOMANDO E PESQUISANDO .................................. 29 LEITURA E COMPREENSÃO ........................................ 31
Capítulo 2 • Trigonometria nos triângulos 1 Proporcionalidade .................................................... 36 Exercícios ................................................................. 38 2 Semelhança ............................................................. 38 Exercícios ...................................................40, 42 e 45 3 Relações métricas no triângulo retângulo .................. 45 Exercícios .........................................................48 e 51 4 Razões trigonométricas no triângulo retângulo ........... 51 Tecnologia ................................................................ 54 Exercícios ................................................................. 56 5 Ângulos notáveis ....................................................... 58 Exercícios ................................................................. 59 6 Seno e cosseno de ângulos suplementares ............... 60 7 Lei dos cossenos ....................................................... 61 Exercícios ................................................................. 63 8 Lei dos senos ............................................................ 65 Exercícios ................................................................. 67 Estabelecendo conexões .......................................... 68 9 Área de um triângulo qualquer................................... 68 Exercícios ................................................................. 70 RETOMANDO E PESQUISANDO .................................. 71 LEITURA E COMPREENSÃO ........................................ 72
Capítulo 3 • Funções 1 Sistema cartesiano ortogonal ................................... 76 Exercícios ................................................................. 78 2 A ideia de função ..................................................... 78 Exercícios ................................................................. 82 3 Conceituando função ................................................ 83 Exercícios ................................................................. 86
5 Valor mínimo ou valor máximoda função quadrática ..............................................153
Exercícios ...............................................................155
6 Estudo do sinal da função quadrática ......................157
Exercícios ...............................................................159
7 Inequações do 2o grau.............................................159
Exercícios ...............................................................160
8 Sistemas de inequações do 1o e do 2o graus ...........161
Exercícios ...............................................................162
9 Inequação-produto e inequação-quociente ..............162
Exercícios ...............................................................163
RETOMANDO E PESQUISANDO ................................164
LEITURA E COMPREENSÃO ......................................167
Capítulo 6 • Função modular 1 Módulo de um número real ....................................170
Exercícios ...............................................................171
Estabelecendo conexões ........................................172
2 Função modular .....................................................172
Exercícios ...............................................................176
3 Equações modulares ..............................................177
Exercícios ...............................................................178
4 Inequações modulares ...........................................180
Exercícios ...............................................................183
Tecnologia ..............................................................184
RETOMANDO E PESQUISANDO ................................184
LEITURA E COMPREENSÃO ......................................185
Capítulo 7 • Função exponencial 1 Revendo a potenciação ...........................................188
Exercícios ...............................................................191
2 Equações exponenciais ..........................................192
Exercícios .....................................................195 e 196
3 Função exponencial ................................................197
Exercícios ...............................................................199
Tecnologia ..............................................................201
4 Inequações exponenciais ........................................202
Exercícios ...............................................................204
RETOMANDO E PESQUISANDO ................................205
LEITURA E COMPREENSÃO ......................................206
Capítulo 8 • Função logarítmica 1 Introdução ..............................................................210 2 Definição de logaritmo ............................................210 Exercícios ............................................ 212, 213 e 215 Estabelecendo conexões ........................................215 Exercícios ...............................................................218 3 Propriedades dos logaritmos . ..................................... ..219 Exercícios .....................................................222 e 223 4 Equações logarítmicas ............................................224 Exercícios ...............................................................225 5 Função logarítmica .................................................226 Exercícios ...............................................................230 Tecnologia ..............................................................231 6 Inequações logarítmicas .........................................231 Exercícios ...............................................................232 RETOMANDO E PESQUISANDO .................................233 LEITURA E COMPREENSÃO ......................................234
Capítulo 9 • Progressões 1 Sequência numérica ...............................................238 Exercícios ...............................................................240 2 Progressão aritmética .............................................242 Estabelecendo conexões ........................................243 Exercícios ...............................................................245 Tecnologia ..............................................................246 3 Termo geral de uma PA ...........................................247 Exercícios ...............................................................249 4 Soma dos termos de uma PA ..................................250 Exercícios ...............................................................252 5 Progressão geométrica ...........................................254 Exercícios ...............................................................256 6 Termo geral de uma PG ...........................................257 Exercícios ...............................................................259 7 Soma dos termos de uma PG finita .........................261 Exercícios ...............................................................262 Tecnologia ..............................................................263 8 Soma dos termos de uma PG infinita.......................264 Exercícios ...............................................................267 RETOMANDO E PESQUISANDO ................................268 LEITURA E COMPREENSÃO ......................................269
Sugestões para pesquisa e leitura ............................270 Lista de siglas ............................................................272 Respostas ...................................................................274 Referências bibliográficas ...........................................288
ConjuntosP
alê
Zupp
ani/P
ulsa
r
Mau
rício
Som
onet
ti/P
ulsa
r
CAPÍTULO
1
Tuiuiús, garças e, ao fundo, gado bovino (Pantanal, Cáceres, MT, 2010). O tuiuiú atinge 1,5 m de altura. A
garça atinge entre 75 cm e 90 cm de altura. O boi atinge 1,5 m de altura e de 2 m a 2,5 de comprimento.
Jacarés (Pantanal, MS, 2010). O jacaré do Pantanal chega a atingir até 3 m de comprimento.
Estação Ecológica do Taiamã (São José do Rio Claro, MT, 2010).Os seres vivos e não vivos representados nas imagens desta abertura de capítulo não mostram o seu tamanho real.
Conjuntos
AQUI TEM MATEMÁTICA
De acordo com algumas carac-terísticas predefinidas, os animais vertebrados são classificados em diferentes grupos, como répteis, ma-míferos, peixes, anfíbios ou aves. Adotando-se outros critérios, porém, cada um desses grupos pode ainda ser dividido em subgrupos.
Em Matemática, também usa-mos a ideia de agrupar elementos que possuem características co-muns. Uma vez agrupados, esses elementos constituem um conjunto, assunto que vamos explorar neste capítulo.
Fabi
o C
olom
bini
And
ré S
eale
/Pul
sar
Piraputangas (Balneário Municipal Rio Formoso, Bonito, MS).
A piraputanga chega a atingir até 40 cm de comprimento.
Família de capivaras (Pantanal, MS, 2000). A capivara atinge 1 m de comprimento.
10 Capítulo 1 l Conjuntos
Conteúdos apresentados neste
capítulo:
· Conjuntos e subconjuntos
· Operações com conjuntos
· Conjuntos numéricos
· Intervalos
1 Conjuntos e subconjuntos
O que é conjuntoUsamos a noção de conjunto frequentemente. Ao organizar a lista de
amigos para uma festa, ao preparar o material escolar ou, então, ao formar um time, por exemplo, estamos constituindo conjuntos.
Sér
gio
Dot
ta J
r/Th
e N
ext
Em Matemática, um conjunto é formado por elementos que possuem uma propriedade comum ou que satisfazem a determinada condição.
Podemos representar um conjunto de várias maneiras. Uma delas, quando possível, é listando seus elementos um a um, colocando-os entre chaves, separando-os por vírgula e usando uma letra maiúscula para
nomeá-lo. Exemplos:
u Conjunto das vogais do nosso alfabeto. A � {a, e, i, o, u}
u Conjunto dos números ímpares positivos.B � {1, 3, 5, 7, 9, ...}
As reticências indicam que o conjunto é infinito.
Também podemos representar um conjunto por meio de uma figura chamada diagrama de Venn (criado pelo matemático e lógico inglês John
Venn, 1834-1923).
Utilizamos a notação n(A) para indicar o número de elementos do conjunto A. No exemplo acima, temosn(A) � 5. Lê-se: o número de elementos de A é igual a 5.
Um conjunto também pode ser definido por uma propriedade que caracterize seus elementos. Veja:
{x | x é vogal do alfabeto}
Esse símbolo significa tal que.
a u
ei
o
A
Edi
toria
de
Art
e
Banca de frutas em Dubai, Emirados Árabes Unidos (s. d.)
Cada time de futebol é um exemplo de conjunto. Na foto, disputa de bola entre as jogadoras tcheca e húngara (Youth Football Festival 2010, Hungria).
Conjunto de canetas.
Muz
sy/S
hutt
erst
ock/
Glo
w Im
ages
Phi
llip M
inni
s/S
hutt
erst
ock/
Glo
w Im
ages
Comente com os alunos que dois-pontos ( : ) ou ponto e vírgula ( ; ) também podem ser usados para representar as palavras “tal que” ou “tais que”.
Conjuntos l Capítulo 1 11
Para indicar que um elemento faz parte de determinado conjunto, usamos o símbolo (pertence). Para indicar que ele não faz parte, o símbolo (não pertence).
Por exemplo:
�� i A Lê-se: i pertence a A. � d A Lê-se: d não pertence a A.
Embora conjunto passe uma ideia de coleção, existem dois conjuntos muito especiais para a Matemática
que não correspondem a essa noção: o conjunto unitário e o conjunto vazio.
Conjunto unitário é aquele que possui um único elemento.
Exemplo:
A 5 {x | x é um número natural maior que 6 e menor que 8} 5 {7}
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.É representado por { } ou .
Exemplo:
B 5 {x | x é um número natural e 2 2 x 5 6} 5
SubconjuntosConsideremos os conjuntos A e B, também representados por um diagrama.
A 5 {1, 3, 7}
B 5 {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8}
Note que qualquer elemento de A também pertence a B.
Nesse caso, dizemos que A está contido em B ou A é subconjunto de B ou, ainda, que A é parte de B.
Indica-se: A B Lê-se: A está contido em B.
Esse símbolo significa está contido.
Podemos dizer também que B contém A.
Indica-se: B A Lê-se: B contém A.
Esse símbolo significa contém.
Um conjunto, A, é subconjunto de outro conjunto, B, quando qualquerelemento de A também pertence a B.
Observações:
�� A relação A B é chamada de relação de inclusão.
�� Se existir pelo menos um elemento de A que não pertença a B, dizemos que A não está contido em B ou que B não contém A.
�� O símbolo significa não está contido.
�� O símbolo significa não contém.
�� O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja, A, qualquer que seja o conjunto A.
13
7
A
58
6
2B
Edi
toria
de
Art
e
FAÇA NO
CADERNOExercícios
Exemplo
12 Capítulo 1 Conjuntos
1. Copie no caderno apenas as afirmações verdadeiras.
a) {5} � {0, 5, 10, 15}
b) {a, b, c} � {b, a, c}
c) 2 � {0, 2, 4}
d) 8 � {2, 4, 6, 8, 10}
e) {1, 2, 3} � {1, 2}
f) {�1, 6} � {números naturais}
g) 3 � {0, 3, 6, 9}
h) 12 � {números naturais}
2. Sendo P e Q dois conjuntos não vazios, de modo que P � Q, copie no caderno apenas as afirmações verdadeiras.
a) Sempre existe x, x � P, tal que x � Q.
b) Sempre existe x, x � Q, tal que x � P.
c) Se x � Q, então x � P.
d) Se x � Q, então x � P.
e) P e Q não têm elementos em comum.
X
X
X
X
X
X
X
X
3. Observe o diagrama:
E
F H
Quais afirmativas são verdadeiras? a) E � F b) F � E c) H � F
d) E � H e) F � H f) H � E
4. Quantos conjuntos M satisfazem à sentença:
{1, 2} � M � {1, 2, 3, 4} 3 conjuntos.
5. Determine todos os subconjuntos de F � {1, 2, 3, 4}que possuem:
a) 1 elemento. b) 2 elementos.
c) 3 elementos. d) 4 elementos.
6. Determine todos os subconjuntos de A � {1, 2, 3}.
X X
X
X
Respostas no final do livro.
Respostas no final do livro.
Igualdade de conjuntosSe A � {vogais da palavra livro} e B � {i, o}, os conjuntos A e B têm exatamente os mesmos elementos.
Nesse caso, dizemos que A e B são iguais.
Indica-se: A � B
Dois conjuntos, A e B, são iguais se, e somente se, A � B e B � A.
Se pelo menos um elemento de um dos conjuntos não pertence ao outro, dizemos que esses conjuntos são diferentes.
Por exemplo, os conjuntos X � {1, 2, 3} e Y 0,1,2, 7�{ } são diferentes, pois 3 � X e 3 � Y.
Indica-se: X � Y
Conjunto universoEm inúmeros casos, é importante estabelecer o conjunto ao qual pertencem todos os elementos rela-
cionados a determinada situação. Esse conjunto é chamado de conjunto universo, que indicamos por U. Por exemplo, quando estudamos a população humana, o conjunto universo é constituído de todos os seres humanos.
Assim, quando estudamos os números envolvidos em situações de contagem, o conjunto universo é igual ao conjunto dos números naturais.
Verifique se o conjunto A � {0, 3, 5} é subconjunto de B � {0, 1, 2, 3, 4}.
Resolução
O elemento 5 do conjunto A não pertence a B, ou seja, 5 � B. Logo, A não está contido em B, isto é, A � B.
Edi
toria
de
Art
e
Conjuntos Capítulo 1 13
2 Operações com conjuntos
União de conjuntosSejam os conjuntos A � {0, 2, 4, 6} e B � {0, 1, 2, 3, 4}.
Vamos determinar um conjunto C formado pelos elementos que pertencem a A mais os elementos que pertencem a B, isto é:
6 2
0
4 1
3
A � B
B
A
C � {0, 1, 2, 3, 4, 6}
A união de dois conjuntos, A e B, é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A ou B.
A � B � {x | x � A ou x � B}
Intersecção de conjuntosAgora vamos determinar o conjunto E dos elementos que são ao mesmo tempo de A e de B. Veja:
6 20
4 1
3
A
B
A � B
E � {0, 2, 4}
A intersecção de dois conjuntos, A e B, é o conjunto formado pelos elementos que são comuns a A e a B, isto é, pelos elementos que
pertencem a A e também pertencem a B.
A � B � {x | x � A ou x � B}
Diferença de conjuntosSejam os conjuntos A � {1, 2, 3, 4, 5} e B � {2, 4, 6, 8}.
Vamos determinar o conjunto C formado por todos os elementos que pertencem a A, mas não pertencem a B. Obtemos, então, o conjunto C � {1, 3, 5}.
O conjunto C assim formado é a diferença de A e B.
Indica-se: A � B � C. Lê-se: A menos B é igual a C.
O conjunto C é denominado união ou reunião dos conjuntos A e B.
Indica-se: A � B. Lê-se: A união B.
O símbolo � significa união ou reunião.
O conjunto E é denominado intersecção dos con-juntos A e B.
Indica-se: A � B. Lê-se: A intersecção B.
O símbolo � significa intersecção.
A diferença de dois conjuntos, A e B, nessa ordem, é o conjunto dos elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
A � B � {x | x � A e x � B}
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
14 Capítulo 1 l Conjuntos
Em diagrama:
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
B3
1
56
A � B está em azul
8
2
4
A
Se B A, a diferença A 2 B denomina-se complementar de B em relação a A.
Indica-se: CBA 5 A 2 B
Por exemplo: se B 5 {2, 3} e A 5 {0, 1, 2, 3, 4}, então CBA 5 A 2 B 5 {0, 1, 4}.
Em diagrama:
3
AB
CAB está em amarelo
1
2
4
0
O complementar de B em relação a A é o que falta para o conjunto B ficar igual ao conjunto A.
Propriedades das operações com conjuntosApresentamos, a seguir, algumas propriedades das operações com conjuntos. Vamos admiti-las sem
demonstração. Elas podem ser verificadas utilizando-se as ideias de lógica ou representando-se os conjuntos por diagramas.
Dados três conjuntos, A, B e C, valem as seguintes propriedades:
1a propriedade:
A B 5 B A comutativa da união
A B 5 B A comutativa da intersecção
2a propriedade:
(A B) C 5 A (B C) associativa da união
(A B) C 5 A (B C) associativa da intersecção
3a propriedade:
A (B C) 5 (A B) (A C) distributiva da intersecção em relação à união
A (B C) 5 (A B) (A C) distributiva da união em relação à intersecção
4a propriedade: Leis de Morgan
Sendo A e B subconjuntos de um conjunto universo , temos:
�� (A B)! 5 A! B!, ou seja, o complementar da união é igual à intersecção dos complementares;
�� (A B)! 5 A! B!, ou seja, o complementar da intersecção é igual à união dos complementares.
Conjuntos l Capítulo 1 15
Número de elementos da união de conjuntosSendo A e B dois conjuntos finitos, o número de elementos do conjunto A B, que indicamos por n(A B),
é dado pela seguinte relação:
n(A B) 5 n(A) 1 n(B) 2 n(A B)
Veja o porquê:
Quando adicionamos o número de elementos de A ao número de elementos de B, o número de elementos de (A B) é contado duas vezes. É por isso que subtraímos n(A B).
No exemplo acima, temos: n(A B) 5 4 1 5 2 3 ⇒ n(A B) 5 6
Observação:
Quando (A B) 5 , temos: n(A B) 5 0 e n(A B) 5 n(A) 1 n(B)
Exemplos
6 20
4 1
3
A
B
A � B
1. Sejam os conjuntos A 5 {0, 1, 2, 3, 4} e B 5 5 {1, 3, 5, 7}.
Determine A B, A B, A 2 B e faça a repre-sentação de cada um desses conjuntos por meio de um diagrama.
Resolução
Juntando todos os elementos que pertencem a A ou a B, temos:
A B 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
1
32
0
4 5
7
A
B
Tomando os elementos comuns a A e a B, temos:
A B 5 {1, 3}
1
32
0
4 5
7
A � B
A
B
Considerando os elementos que pertencem a A e não pertencem a B, temos:
A 2 B 5 {0, 2, 4}
1
32
0
4 5
7
A � B
A
B
2. Determine a união e a intersecção dos conjuntos
A 5 {0, 2} e B 5 {1, 3, 5}.
Resolução
A união dos conjuntos A e B é igual a A B 5
5 {0, 1, 2, 3, 5}.
A intersecção dos conjuntos A e B é vazia. Portanto:
A B 5 .
Por meio de diagrama, temos:
0
2
13
5
A B
Observe que os conjuntos A e B não possuem ele-
mentos comuns. Nesse caso, A e B são chamados
de conjuntos disjuntos.
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
FAÇA NO
CADERNOExercícios
16 Capítulo 1 Conjuntos
3. Numa cidade são consumidos dois produtos, S e P, sendo S um tipo de sabonete e P um tipo de perfume. Uma pesquisa de mercado sobre o con-sumo desses produtos levantou os seguintes dados:
Produto S P S e PNenhum dos dois
Número de consumidores
210 180 50 40
Quantas pessoas foram consultadas?
Resolução
Em primeiro lugar, vamos considerar os conjuntos A e B, que correspondem aos consumidores dos produtos S e P, respectivamente, e fazer um diagrama.
Observe que o diagrama deve apresentar intersec-ção, pois existem pessoas que consomem os dois produtos (S e P ).
Em seguida, vamos colocar 50 na in-tersecção de A e B, pois 50 pessoas consomem os dois
produtos. Observe que começamos sempre pela intersecção, pois assim não corremos o risco de contar mais de uma vez as 50 pessoas.
Depois, colocamos 160 (210 � 50) somente em A, pois, das 210 pes-soas que consomem o produto S, as 50 pessoas que também consomem o produto P já estão representadas no diagrama.
Em seguida, coloca-mos 130 (180 � 50)somente em B, pois, das 180 pessoas que consomem o produto P, as 50 pessoas que também consomem o produto S já estão representadas no diagrama.
Por último, coloca-mos 40 pessoas fora de A e B, pois elas não consomem ne-nhum dos produtos.
Para achar quantas pessoas foram consultadas, va-mos adicionar os números marcados no diagrama:
160 � 50 � 130 � 40 � 380
Foram consultadas 380 pessoas.
7. Numa pesquisa verificou-se que, das pessoas con-sultadas, 100 liam o jornal A, 150 liam o jornal B, 20 liam os dois jornais (A e B ) e 110 não liam jornal.
Quantas pessoas foram consultadas? 340
8. (UnB-DF) De 200 pessoas que foram pesquisadas
sobre suas preferências em assistir aos campeonatos
de corrida pela televisão, foram colhidos os seguintes
dados: 55 dos entrevistados não assistem; 101 assistem
às corridas de Fórmula 1 e 27 assistem às corridas de
Fórmula 1 e de Motovelocidade. Quantas das pessoas
entrevistadas assistem, exclusivamente, às corridas de
Motovelocidade?
9. Considere o diagrama a seguir, representando os
conjuntos A, B e C.
1
34
9
2
7
6
5 8
A B
C
44
Jani
ne W
iedl
Pho
tolib
rary
/Ala
my/
Glo
w Im
ages
A B
50
A B
50160
A B
50160 130
A B
50160 130
40
A B
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
Conjuntos l Capítulo 1 17
Determine:
a) A, B e C
b) A B e B C
c) A B C
d) A C
e) B C
f ) A B C
g) C 2 (A B)
h) (A B) 2 C
10. (PUC-RN) Numa pesquisa de mercado, verificou-se que 15 pessoas utilizam pelo menos um dos produtos A ou B. Sabendo que 10 destas pessoas não usam o produto B e que 2 destas pessoas não usam o produto A, qual é o número de pessoas que utilizam os produtos A e B?
11. (UEPA) As belezas naturais da cidade de Salinó-polis, localizada aproximadamente a 220 km de Belém, estado do Pará, fazem dessa cidade um centro turístico, recebendo milhares de turistas ao ano.
Numa pesquisa encomendada por uma empresa de turismo, verificou-se que, dos turistas consultados, 120 000 visitaram a Praia do Atalaia, 80 000 visitaram a Praia do Maçarico, 60 000 visitaram essas duas praias e 10 000 não visitaram nenhum dos dois lugares. O número de turistas consultados foi de:
a) 100 000
b) 150 000
c) 200 000
d) 270 000
e) 370 000
12. Numa escola de 630 alunos, 350 estudam Por-tuguês, 210 estudam Espanhol e 90 estudam as duas disciplinas (Português e Espanhol). Pergunta-se:
a) Quantos alunos estudam apenas Português? (Estudam Português, mas não estudam Espanhol.)
b) Quantos alunos estudam apenas Espanhol? (Estudam Espanhol, mas não estudam Português.)
c) Quantos alunos estudam Português ou Espanhol?
d) Quantos alunos não estudam nenhuma das duas matérias?
13. (UFBA) Numa academia de ginástica que oferece várias opções de atividades físicas, foi feita uma pesquisa para saber o número de pessoas matriculadas em alon-gamento, hidroginástica e musculação, chegando-se ao resultado expresso na tabela a seguir.
AtividadeNúmero de pessoas
matriculadasalongamento 109
hidroginástica 203
musculação 162
alongamento e hidroginástica 25
alongamento e musculação 28
hidroginástica e musculação 41
as três atividades 5
outras atividades 115
{1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
{2, 4}
{2, 6}
{2}
{5, 8}
{1, 3, 7, 9}
3 pessoas.
X
260
120
470
160
Com base nessas informações, pode-se concluir:
(01) A pesquisa envolveu 500 pessoas.(02) 61 pessoas estavam matriculadas apenas em alon-
gamento.(04) 259 pessoas estavam matriculadas em alongamen-
to e musculação.(08) 89 pessoas estavam matriculadas em pelo menos
duas das atividades indicadas na tabela.(16) O número de pessoas matriculadas apenas em
hidroginástica corresponde a 28,4% do total de pessoas envolvidas na pesquisa.
14. Num grupo de 99 esportistas, 40 jogam vôlei,
20 jogam vôlei e xadrez, 22 jogam xadrez e tênis, 18
jogam vôlei e tênis, 11 jogam as três modalidades.
O número de pessoas que jogam xadrez é igual
ao número de pessoas que jogam tênis. Quantos jogam:
a) tênis e não jogam vôlei?
b) xadrez ou tênis e não jogam vôlei?
c) vôlei e não jogam xadrez?
15. (Enem-MEC) Um fabricante de cosméticos decide produzir três diferentes catálogos de seus produtos, vi-sando a públicos distintos. Como alguns produtos estarão presentes em mais de um catálogo e ocupam uma página inteira, ele resolve fazer uma contagem para diminuir os gastos com originais de impressão. Os catálogos C1, C2 e C3 terão, respectivamente, 50, 45 e 40 páginas.
Comparando os projetos de cada catálogo, ele verifica que C1 e C2 terão 10 páginas em comum; C1 e C3 terão 6 páginas em comum; C2 e C3 terão 5 páginas em comum, das quais 4 também estarão em C1.
Efetuando os cálculos correspondentes, o fabri-cante concluiu que, para a montagem dos três catálogos, necessitará de um total de originais de impressão igual a: a) 135 b) 126 c) 118 d) 114 e) 110
16. (UFRJ) Um clube oferece, a seus associados, aulas de três modalidades de esporte: natação, tênis e futebol. Nenhum associado pôde se inscrever simultaneamente em tênis e futebol, pois, por problemas administrativos, as aulas destes dois esportes serão dadas no mesmo horário. Encerradas as inscrições, verificou-se que: dos 85 inscritos em natação, 50 só farão natação; o total de inscritos para as aulas de tênis foi de 17 e, para futebol, de 38; o número de inscritos só para as aulas de futebol excede em 10 o número de inscritos só para as de tênis. Quantos associados se inscreveram simultaneamente para aulas de futebol e natação?
17. Dados os conjuntos A 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} e B 5
5 {1, 3, 5, 6}, calcule CBA. CB
A 5 {0, 2, 4}
01 1 02 1 16 5 19Comentar com os alunos que, nesse tipo de questão, a resposta é a soma dos números que indicam as afirmações verdadeiras.
460
130
410
X
23
9. a) A 5 {1, 2, 3, 4, 9}; B 5 {2, 6, 7, 9}; C 5 {2, 4, 5, 6, 8}b) {1, 2, 3, 4, 6, 7, 9}, {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
Estabelecendo conexões
18 Capítulo 1 l Conjuntos
3 Conjuntos numéricosOs números foram criados e desenvolvidos pelo ser humano como recursos que permitem contar e medir,
ou seja, registrar as diferentes quantidades de uma grandeza. Com o passar do tempo, novas necessidades exigiram o aperfeiçoamento desse recurso. Assim, surgiram os conjuntos numéricos.
Neste item, vamos rever os conjuntos numéricos, que estudamos em anos anteriores, e utilizá-los para resolver novas questões, ampliando nosso conhecimento.
Conjunto dos números naturaisComeçando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos os elementos do conjunto dos
números naturais, que é indicado pela letra N.N 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, ...}
O conjunto dos números naturais é infinito e, por isso, usamos reticências.Para representar graficamente o conjunto N, usamos uma semirreta sobre a qual marcamos pontos
equidistantes A, B, C, D, E, ..., a partir da origem O, como mostra a figura:O A B C D E …
origem
A cada ponto marcado, fazemos corresponder, ordenadamente, um número natural.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 n...
0 1unidade de
medida
n � 1
Ilust
raçõ
es:
Edi
toria
de
Art
e
A representação gráfica dos números naturais facilita a compreensão de alguns conceitos.�� Todo número natural n tem seu sucessor n 1 1. Exemplo: o sucessor de 5 é 6; o sucessor de x é x 1 1.�� O número natural que vem imediatamente antes de um número natural diferente de zero é denomi-nado antecessor. Exemplo: o antecessor de 9 é 8; o antecessor de 1 000 é 999.�� Dois ou mais números naturais que se seguem são denominados consecutivos. Exemplo: 4 e 5 são consecutivos; 18, 19 e 20 são consecutivos.
Vale lembrar que um asterisco (*) colocado junto à letra que simboliza um conjunto significa que o zero foi excluído de tal conjunto.
Desse modo: N* 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} 5 N 2 {0}Observe que N* N.
Contando até doisVocê já deve ter notado que quando precisamos
contar um grupo de objetos, por exemplo, usamos os números naturais, em que cada quantidade é representada por um número. Desse modo, sempre conseguimos contar quantos objetos há em um grupo. Para alguns grupos de pessoas isso não acontece, como por exemplo, a tribo dos Pirahãs.
A tribo dos Pirahãs vive na Amazônia brasileira em uma cultura seminômade e isolada do restante da população. Ela apresenta características comuns em relação a outras tribos locais, mas possui parti-cularidades no que diz respeito a sua comunicação, como não apresentar nomes para cores nem mesmo tempos verbais. Tudo é contado no presente, além de não ter um símbolo ou palavra para associar a
cada quantidade de objetos, como estamos acos-tumados a fazer.
O cientista americano Peter Gordon, da Univer-sidade de Columbia, verificou em suas pesquisas que esses índios têm apenas três palavras para representar quantidades: a palavra “hói” é usada para representar um, ou um punhado; a palavra “hoí” representa dois; e os termos “baagi” e “aibai” são usados para representar “muitos”.
Fontes de pesquisa:O mistério dos Pirahãs. Veja, São Paulo: Abril, ed. 2004, 18 abr. 2007.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/180407/p_090.shtml>. Acesso em: 5 out. 2012.
AMORIM, Cristina. Tribo do Amazonas só sabe contar até três. Folha de S.Paulo, São Paulo, Caderno Ciência, 20 ago. 2004. Disponível
em: <www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12303.shtml>. Acesso em: 5 out. 2012.
Ver Orientações para o Professor.
Conjuntos l Capítulo 1 19
Conjunto dos números inteirosCom base em cada número natural diferente de zero e utilizando os símbolos 1 e 2, obtemos, respec-
tivamente, um número inteiro positivo e um número inteiro negativo.O conjunto formado por esses números e pelo zero é denominado conjunto dos números inteiros e re-
presentado pela letra Z:Z 5 {..., 4, 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
Observe que os números inteiros positivos podem ser identificados com os números naturais maiores que zero. Então, o conjunto dos números inteiros pode ser escrito como:
Z 5 {..., 4, 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}Na reta numérica, o conjunto Z pode ser representado na forma:
�4 �3 �2 �1 0 1 2 3 4… …
Edi
toria
de
Art
e
Observamos que:�� todo número inteiro possui um oposto ou simétrico.O oposto de 1 é 21.O oposto de 24 é 4.�� um número inteiro é sempre menor que o número inteiro que está à sua direita na reta numérica:
24 , 21 (24 é menor que 21)22 , 0 (22 é menor que 0)3 23 (3 é maior que 23)�� o antecessor de 210 é 211.�� o sucessor de 25 é 24.
Vejamos o exemplo de um subconjunto de Z indicado por uma propriedade característica de seus elementos:C 5 {x Z | 24 x , 3}
Vamos escrever, agora, importantes subconjuntos de Z:�� números inteiros não nulos: Z* 5 {... , 24, 23, 22, 21, 1, 2, 3, 4, ...}�� números inteiros não negativos: Z1 5 {0, 1, 2, 3, 4, ...}�� números inteiros não positivos: Z2 5 {0, 21, 22, 23, 24, ...}
Conjunto dos números racionais
Números que podem ser expressos sob a forma ab
, sendo a e b números inteiros e b 0,
são denominados números racionais. Esse conjunto é representado pela letra Q.
Q 7 Z 7 Z5 5x xab
com a e b, *
Exemplos:
551
5
0,2514
5
0,1313
1005
0,444...49
5
2 52
52
92
92
92
2,4125
5
Os números inteiros também são racionais, pois podem ser expressos por uma fração de denominador 1.
771
5
2 52
12121
2 52
25251
Para passar um número expresso na forma de fração para a forma decimal, dividimos o numerador pelo denominador.
14
0 255 ,
145
2 85 ,
136
2 16665 , ...
20 Capítulo 1 l Conjuntos
Quando dividimos o numerador pelo denominador, podemos obter:
�� um número decimal que tem uma representação finita (número finito de casas decimais).
124
3592
4,5534
0,755 2 5238
0,375
�� uma dízima periódica, isto é, um número decimal que tem uma representação infinita (número infinito de casas decimais) e periódica (há algarismos que se repetem periodicamente).
13
0,333... 0,35 5
136
2,1666... 2,165 5
1433
0,424242... 0,425 5
4099
0 404040 05 5, ,... 40
Percebemos, assim, que toda fração de números inteiros, com denominador não nulo, tem uma repre-sentação decimal finita ou é uma dízima periódica.
Todos esses números – fracionários, decimais que possuem representação finita, dízimas periódicas e inteiros – formam o conjuntos dos números racionais.
O conjunto dos números racionais é uma ampliação do conjunto dos números inteiros.
Na reta numérica, temos, por exemplo:
0�0,5�1�1,2�2 0,25 0,5 1 1,875 2232
2 13
54
65
32
Observe que:
�� todo número racional possui um oposto ou simétrico.O oposto de 0,5 é 20,5.
O oposto de 232
é 32
.
�� entre dois números racionais distintos sempre existe outro número racional.Por exemplo, entre 0 e 0,5 existe o número racional 0,25 (que é a média aritmética de 0 e 0,5).
0 0,52 0,25
15
Entre 0,25 e 0,5 existe o número racional 0,375, que é a média aritmética de 0,25 e 0,5.
0,25 0,52 0,3751
5
Continuando com o mesmo raciocínio, podemos imaginar que entre dois números racionais distintos existem infinitos outros números racionais. Daí a impossibilidade de se escrever todos os números racionais situados entre dois números racionais quaisquer.
Podemos representar os conjuntos numéricos estudados até aqui pelo diagrama ao lado.
Além desses dois subconjuntos de Q, destacamos os seguintes:
�� números racionais não nulos: Q* 5 Q 2 {0}
�� números racionais não negativos: Q1
�� números racionais não positivos: Q2
Q
N
Z
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
Conjuntos l Capítulo 1 21
Conjuntos dos números reais
Números irracionaisVamos calcular a medida da diagonal d do quadrado cujo lado mede 1.
Usando o teorema de Pitágoras no triângulo ABC, temos:
d2 5 12 1 12 V d2 5 2
Para determinar o valor de d, devemos responder à seguinte questão:
�� Qual é o número racional positivo cujo quadrado é igual a 2?Inicialmente, vamos calcular:
12 5 1
22 5 4
Logo, d está entre 1 e 2 (1 , d , 2).
Em seguida, vamos determinar a primeira casa decimal de d.
(1,1)2 5 1,21 (1,3)2 5 1,69 (1,5)2 5 2,25
(1,2)2 5 1,44 (1,4)2 5 1,96
Logo, d está entre 1,4 e 1,5, ou seja, 1,4 , d , 1,5.
Então, 1,4 é o valor aproximado de d, por falta, com uma casa decimal.
Usando o mesmo procedimento, determinamos a segunda casa decimal de d.
(1,41)2 5 1,9881
(1,42)2 5 2,0164
Logo, d está entre 1,41 e 1,42, ou seja, 1,41 , d , 1,42.
Aqui, 1,41 é o valor aproximado de d, por falta, com duas casas decimais.
Mediante outras tentativas, vamos perceber que a medida d da diagonal está entre 1,414 e 1,415, ou seja, 1,414 , d , 1,415.
Observe:
(1,414)2 5 1,999396
(1,415)2 5 2,002225
Nesse caso, 1,414 é o valor aproximado de d, por falta, com três casas decimais.
Se continuarmos repetindo esse processo, vamos obter quantas casas decimais quisermos, mas
encontraremos sempre um valor aproximado para d, por falta, pois esse valor, elevado ao quadrado, é
sempre um número menor que 2.
Os matemáticos representam o valor exato para a medida da diagonal do quadrado de lado 1 por 2.
2 5 1,414213562...
Esse número tem uma infinidade de casas decimais que não se repetem, portanto, não é uma dízima
periódica e, por isso, não pode ser escrito na forma de fração de inteiros (com denominador diferente de
zero). Assim, 2 não é um número racional. É um número irracional.
O conjunto dos números irracionais, que indicaremos pela letra I, é formado por todos os números que têm uma representação decimal
infinita e não periódica.
A
D
d 1
1B
C
Ver demonstração de irracionalidade de 2 nas Orientações para o Professor.
Edi
toria
de
Art
e
22 Capítulo 1 l Conjuntos
Veja outros exemplos de números irracionais:
�� 5 5 2,236067978...
�� p 5 3,141592654... (conhecido como número pi)
�� e 5 2,718281828459... (conhecido como número neperiano)
�� 6 1,817120593...3 5
As raízes quadradas dos números naturais que são quadrados perfeitos (0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, ...) são números naturais.
0 05 4 25 16 45 36 65
1 15 9 35 25 55 49 75
As raízes quadradas dos números naturais que não são quadrados perfeitos são números irracionais.
3 1,732050808...5 10 3,16227766...5
7 2,645751311...5 61 7,810249676...5
Todo número irracional também possui um oposto ou simétrico.
�� O oposto de 2 é 2 2.
�� O oposto de p é 2p.
�� O simétrico de 2 3 é 3.
Veja, por exemplo, como representamos os números irracionais 2, 3 e 2 2.
�2 x
r // x
� 2
2
�1,4142135...1,7320508...
1,4142135...
3
�1 0 1 22 3
Reunindo os números racionais aos números irracionais, forma-
mos o conjunto dos números reais, que representamos por R.
Assim, todo número natural, inteiro, racional ou irracional tam-
bém é real.
Podemos estabelecer uma correspondência um a um (correspon-
dência biunívoca) entre o conjunto dos números reais e o conjunto
dos pontos de uma reta, ou seja, a cada número real relaciona-se
um único ponto da reta e vice-versa.
Escolhemos um ponto O qualquer da reta, ao qual associamos o número zero, dividindo a reta em duas
semirretas: uma com sentido positivo e a outra com sentido negativo. O ponto O é chamado origem.
Q
R � Q(irracionais)
NZ
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
Ver detalhes nas Orientações para o Professor.
Conjuntos l Capítulo 1 23
Em seguida, escolhemos um ponto A qualquer da semirreta positiva ao qual associamos o número 1. O segmento OA é a unidade de medida de comprimento. A reta OA
� ��� é chamada reta real ou eixo real.
�1
O
20 1 3�3 �2
� � �
4
54
12
�2
A
Assim, dado um ponto na reta real, podemos facilmente associá-lo ao número real que, em módulo, representa sua distância até o ponto O, na unidade OA. Se o ponto estiver à direita de O, o número real será positivo; se estiver à esquerda, o número será negativo.
5,2 unidades 4 unidades
O
PQ R
3 unidades
Dessa maneira, na reta, cada ponto é identificado a partir de um número, que é a coordenada desse ponto.
Identificação:
Q (25,2)
coordenada do ponto Q
coordenada do ponto R
R 3( )
coordenada do ponto P
P (4)
No conjunto R, destacamos os seguintes subconjuntos:
�� números reais não nulos: R* 5 R 2 {0}
�� números reais não negativos: R1 5 {x R | x 0}
�� números reais não positivos: R2 5 {x R | x 0}
As letras N, Q e R são as iniciais das palavras número (ou natural), quociente e real. A letra Z é inicial da palavra zahl, que significa número em alemão.
LIMA, Elon L. e outros. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro: SBM, 2006. p. 57. v. 1. (Coleção do Professor de Matemática).
Exemplos
1. Marque na reta real os seguintes números reais: 23,5; 20,8; 92
, 5 e 1,4.
Resolução
Na reta real, temos:
�0,8
3
1
92
5
5 4�3,5�3 �2 �1 0 1 1,4 2
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
FAÇA NO
CADERNOExercícios
24 Capítulo 1 l Conjuntos
2. Qual o menor número inteiro maior que 294
?
Resolução
Como 2 5294
2,25, na reta real temos:
�1 0 1 2 3 4�3 �2
94
�
O número inteiro maior que 294
é 22.
3. Sendo A 5 {x N | x 5} e B 5 {x Z | 22 x , 3}, calcule:
a) A B b) A B
Resolução Resolução
Escrevendo os elementos de Os elementos comuns a A e a B são:
cada conjunto, temos: A B5 {0, 1, 2}
A 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5} e
B 5 {22, 21, 0, 1, 2}
Daí, vem:
A B 5 {22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
18. Sendo N 5 {0, 1, 2, 3, ...}, escreva os seguintes
conjuntos, listando seus elementos:
a) A 5 {x 5 2k, k N} {0, 2, 4, ...}
b) B 5 {x 5 k2, k N} {0, 1, 4, 9, ...}
c) C 5 {x | x N e x2 1 x 2 42 5 0} {6}
19. Dois conjuntos são iguais quando têm os mesmos
elementos. Verifique se os conjuntos A 5 {x N | 2
x , 4} e B 5 {x R | x2 2 5x 1 6 5 0} são iguais.
20. Sendo A 5 {x N | x , 6}, B 5 {x Z | 21
x , 4} e C 5 {x Z | 23 , x , 5}, determine:
a) A B C
b) A B C
21. Escreva os seguintes conjuntos, listando seus ele-mentos:
a) A 5 {x N | x , 8} b) B 5 {y N | 2 , y 5} c) C 5 {z Z* | 23 , z , 4} d) D 5 {m Z | m 22}
22. Qual é o oitavo termo das sequências abaixo?
a) 25, 10, 220, 40, ...
b) 220, 215, 210, 25, ...
A 5 {2, 3} e B 5 {2, 3}, portanto, são iguais.
{22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3}
{0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
{3, 4, 5}
{22, 21, 1, 2, 3}
{22, 21, 0, 1, 2, ...}
640
15
23. Escreva cada um dos conjuntos de números a seguir, definindo-os por uma propriedade de seus ele-mentos.
a) M 5 {6, 7, 8}
b) S 5 {4, 5, 6, 7, ...}
c) T 5 {..., 25, 24, 23, 22, 21}
d) V 5 {22, 21, 0, 1, 2, 3}
24. (Unicamp-SP) Ache dois números inteiros, po-sitivos e consecutivos, sabendo que a soma de seus quadrados é 481.
25. (UFAL) No universo N, sejam A o conjunto dos números pares, B o conjunto dos números múltiplos de 3 e C o conjunto dos números múltiplos de 5. Determine os 10 menores números que pertencem ao conjunto B 2 (A C).
26. Determine os seguintes conjuntos, listando seus elementos:
a) A 5 {x R | x2 2 x 2 12 5 0}
b) B 5 {x R | 3 1 x2 5 4}
c) C y y5 1 57 R 2 1 3{ }
d) D a 1a
a 25 1 57 R
M 5 {x N | 6 x 8}
S 5 {y N | y 3}
T 5 {x Z | x 21}
V 5 {y Z | 22 y 3}
15 e 16
{3, 9, 21, 27, 33, 39, 51, 57, 63, 69}
{23, 4}
{1, 1}
22 2, 2 2{ }
{1}
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
Tecnologia
Conjuntos l Capítulo 1 25
27. Escreva dois números racionais que estão entre:
a) 0e 35
b) 1e 94
c) 235
e 15
28. Usando os símbolos ou , relacione, no caderno:
a) 27 e N
b) 2 e Q
c) 4 e Z
d) 12
e Z
e) 10 e
f) 94
e Q
g) 0,166... e Q
h) 8 e3 N
29. Localize os números 2, 3, 5, 6 , 7 na reta real.
30. Face de dígitos
Refaça a figura no caderno e preencha os espaços indicados com os dígitos de 1 a 9, sem repetição, de
Resposta pessoal.
Respostas no final do livro.
modo que o produto dos dois olhos seja igual ao nú-mero acima da cabeça e que o produto de cada olho e da boca seja igual ao número do lado da respectiva face. (Sugestão: Onde o 9 pode ficar?)
Fonte: RPM – Revista do Professor de Matemática, São Paulo: Sociedade Brasileira de Matemática, n. 78, p. 53, 2012.
1 8
3 6
2 7 59 4
Você estudou que podemos associar um número real a um ponto de uma reta, chamada de reta real. Agora, vamos usar uma construção geométrica para localizar os pontos de uma reta real que estão
associados aos números 13
e 23
. Para isso, vamos usar um software chamado Geogebra.
Como em um eixo real, a distância de 0 a 1 é a unidade de medida de comprimento. Para localizar o
ponto associado ao número 13
e ao número 23
, basta dividirmos em três partes iguais o segmento cujos
extremos são os pontos de coordenadas 0 e 1.
Usando o eixo real disponível na janela de visualização do Geogebra, considere os pontos 0 e 1 que já estão indicados. Para dividir em três partes iguais o segmento limitado pelos pontos de coordenadas 0 e 1, siga os passos:
1. Usando a ferramenta Novo ponto, marque sobre o eixo real os pontos A e B de coordenadas 0 e 1, respectivamente.
2. Com a ferramenta Reta definida por dois pontos, crie uma reta passando pelo ponto A, mas que não passe pelo ponto B, conforme a figura.
Ver Orientações para o Professor.
Geo
gebr
a
26 Capítulo 1 l Conjuntos
3. Usando a ferramenta Compasso, desenhe uma circunferência de qualquer raio, com centro em A.
4. Em seguida, com a ferramenta Intersecção de dois objetos, marque o ponto G na intersecção entre a reta desenhada no passo 2 e a circunferência desenhada no passo anterior.
5. Com a ferramenta Compasso, desenhe outra circunferência, com o mesmo raio da desenhada no passo 3, mas com centro em G.
6. Com a ferramenta Intersecção de dois objetos, marque o ponto I na intersecção entre a circun-ferência desenhada no passo anterior e a reta traçada no passo 2.
7. Usando a ferramenta Compasso, desenhe outra circunferência, com o mesmo raio da desenha-da no passo 3, mas com centro em I. Com a ferramenta Intersecção de dois objetos, marque o ponto K na intersecção entre a circunferência desenhada nesse passo e a reta desenhada no passo 2.
8. Desenhe as retas que passam pelos pontos B e K. Use a ferramenta Reta definida por dois pontos.
9. Com a ferramenta Reta paralela, trace duas retas paralelas à reta BK : uma passando pelo ponto I e uma passando pelo ponto G.
10. Usando a ferramenta Intersecção de dois objetos, marque os pontos L e M, conforme a figura abaixo.
Observe que o segmento cujas extremidades são os pontos de coordenadas 0 e 1 ficou dividido em 3
partes iguais. Logo, a distância, em módulo, do ponto de coordenada 0 até o ponto M é 13
e a do ponto de
coordenada 0 até o ponto L é 23
.
1. Para desenhar a circunferência no passo 3, você usou dois pontos. Movimente esses pontos e veja o que acontece com as circunferências e com os pontos M e L marcados.
2. Use uma nova janela para localizar no eixo real os pontos associados aos números 14
e 34
.
Atividades
Geo
gebr
a
Conjuntos l Capítulo 1 27
4 IntervalosO conjunto dos números naturais, o dos números inteiros, o dos números racionais e o dos números
irracionais são subconjuntos dos números reais.
Existem, ainda, outros subconjuntos de R que são determinados por desigualdades. Esses subconjuntos são chamados de intervalos. Vejamos alguns exemplos:
�� Conjunto dos números reais maiores que 5 e menores que 9.
5 9
Esse intervalo contém todos os números reais compreendidos entre os extremos 5 e 9.
A bolinha vazia ( ) indica que os extremos não pertencem ao intervalo, por isso ele é chamado de intervalo aberto.
Indica-se:
{x R | 5 , x , 9} ou ]5, 9[
A notação 5 , x , 9 significa que 5 , x e, também, x , 9. Assim, x situa-se entre 5 e 9 na reta real.
�� Conjunto dos números reais maiores que 24 ou iguais a 24 e menores que 3 ou iguais a 3.
�4 3
Esse intervalo contém todos os números reais de 24 até 3.
A bolinha cheia (•) indica que os extremos pertencem ao intervalo, por isso ele é chamado de inter-valo fechado.
Indica-se:
{x R | 24 x 3} ou [24, 3]
�� Conjunto dos números reais maiores que 2 ou iguais a 2 e menores que 7.
2 7
Observe que o extremo 2 pertence ao intervalo e o extremo 7 não pertence, por isso ele é chamado de intervalo semiaberto à direita.
Indica-se:
{x R | 2 x , 7} ou [2, 7[
�� Conjunto dos números reais maiores que 253
e menores que 6 ou iguais a 6.
6253
Note que o extremo 253
não pertence ao intervalo e o extremo 6 pertence, por isso ele é chamado
de intervalo semiaberto à esquerda.Indica-se:
{ }
x |53 x 6 ou
53, 62 , 2R7
Sendo a um número real, temos ainda os intervalos:
{x R | x a} ou ]a, 1[ a
a
a
a
{x R | x a} ou [a, 1[
a
a
a
a
{x R | x , a} ou ]2, a[
a
a
a
a{x R | x a} ou ]2, a]
a
a
a
aO símbolo 1 (lê-se: mais infinito) indica que o intervalo cresce infinitamente, e 2 (lê-se: menos
infinito) indica que o intervalo decresce indefinidamente.
Observe que 1 e 2 não são números reais. Eles são partes da notação de intervalos ilimitados.
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
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FAÇA NO
CADERNOExercícios
28 Capítulo 1 l Conjuntos
31. Usando colchetes, escreva no caderno o subconjunto de R formado pelos números reais:
a) maiores que 3.
b) menores que 21.
c) maiores que 2 ou iguais a 2.
d) menores que 12
ou iguais a 12
.
32. Usando a notação de conjuntos, escreva no caderno os intervalos:
a) [6, 10] b) [0, 1[ c) ]210, 10[
33. Represente, na reta real, os intervalos:
a) [2, 8]
b) ]2, 2]
c) [0, 1[
d) {x R | 2 , x , 5}
e) {x R | 2 x 7}
f ) {x R | x , 1}
34. Usando a notação de conjuntos, escreva no caderno os intervalos que estão representados na reta real a seguir:
a) b)
]3, [
]2, 21[
[2, [
2∞, 12
{x R | 6 x 10} {x R | x 0} {x R | 210 , x , 10}
Respostas no final do livro.
42 5x x2
{x R | 2 x 4} {x | x 5} R 2 , ,
Se A 5 {x R | 2 , x , 5} e B 5 {x R | 3 x , 8}, determine A B e A B.
Resolução
Observe que:
• 3 é elemento de A e também de B.
• 5 é elemento de B e não é elemento de A.
Os elementos de 3 até 5, excluído este último, pertencem a A e a B ao mesmo tempo. Logo:
5
8
2
3
82
união pedida
A
B
A B6
5
8
2
3
53
intersecção pedida
A
B
A B5
Assim, obtemos: A B 5 {x R | 2 , x , 8} e A B 5 {x R | 3 x , 5}
Exemplo
Operações com intervalosComo os intervalos são subconjuntos dos números reais, neste item também vamos efetuar operações
com eles.
Ilust
raçõ
es: E
dito
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e A
rte
RETOMANDO E PESQUISANDO
FAÇA NO
CADERNOExercícios
Conjuntos l Capítulo 1 29
Na seção Aqui tem Matemática, na abertura deste capítulo, você observou algumas espécies de ani-mais que vivem no Pantanal. Esses animais fazem parte de diferentes grupos, por exemplo, as capivaras fazem parte do grupo dos mamíferos; o jacaré, dos répteis; os pássaros, do grupo das aves.
1. Veja, a seguir, a definição de bioma segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria.
Disponível em: <http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/biomas>. Acesso em: 6 maio 2013.
O Pantanal é um dos seis biomas brasileiros.
Pesquise nos sites indicados no final desta seção e anote em seu caderno as principais informações sobre as espécies animais e vegetais desse bioma.
35. Determine A B, quando:
a) A 5 {x R | 21 x 2} e B 5 {x R | 0 x 5}
b) A 5 {x R | x , 3} e B 5 {x R | 1 , x , 4}
c) A 5 {x R | 23 x , 1} e B 5 {x R | 0 x 3}
d) A 5 {x R | x 5} e B 5 {x R | x 2}
36. Determine A B, quando:
a) A 5 {x R | 0 , x , 3} e B 5 {x R | 1 , x ,, 5}
b) A 5 {x R | 24 , x 1} e B 5 {x R | 2 x 3}
c) A 5 {x R | 2 , x , 5} e B 5 {x R | 1 , x ,, 4}
d) A 5 {x R | 22 x , 2} e B 5 {x R | x 0}
37. Dados A 5 [2, 7], B 5 [21, 5] e E 5 [3, 9[, calcule:
a) A 2 B
b) B 2 A
c) A 2 E
d) E 2 B
{x R 0 x 2}{x R | 1 , x , 3}
{x R | 0 x , 1}
{x R | x 2}
{x R | 0 , x , 5}
{x R | 24 , x , 1 ou 2 x 3}
{x R | 1 , x , 5}
{x R | x 22}
]5, 7]
[21, 2[
]2, 3[
]5, 9[
38. Sejam os conjuntos A 5 [21, 6[, B 5 ]24, 2] e E 5 ]22, 4[, calcule:
a) (B E) 2 A b) E 2 (A B)
39. (OBMEP) Regina, Paulo e Iracema tentam adivi-nhar quantas bolas estão dentro de uma caixa fechada. Eles já sabem que este número é maior que 100 e menor que 140. Eles fazem as seguintes afirmações:
• Regina: Na caixa há mais de 100 bolas e menos de 120 bolas.
• Paulo: Na caixa há mais de 105 bolas e menos de 130 bolas.
• Iracema: Na caixa há mais de 120 bolas e menos de 140 bolas.
Sabe-se que apenas uma dessas afirmações é cor-reta. Quantos são os possíveis valores para o número de bolas dentro da caixa?
a) 1
b) 5
c) 11
d) 13
e) 16
]24, 21[]22, 21[ ]2, 4[
X
Ver Orientações para o Professor.
Mata ciliar no Rio Paraguai (MT, 2010).
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30 Capítulo 1 l Conjuntos
2. Os outros biomas do Brasil são os seguintes:
Identifique as principais características climáticas e de vegetação de cada um desses biomas.
3. A suçuarana – também conhecida como onça-parda ou puma – é um mamífero com facilidade de adaptação a qualquer ambiente. Por isso, pode ser encontrada em qualquer dos seis biomas brasileiros.Considerando cada bioma como um conjunto e a suçuarana como um elemento desse conjunto, podemos dizer que esse mamífero pertence à intersecção desses biomas? Explique sua resposta.
Site 1: Ministério do Meio Ambiente (MMA). Pantanal. Disponível em: <http://ler.vc/yx69wg>. Acesso em: 9 out. 2012.
Site 2: Portal Brasil. Meio ambiente – biomas. Disponível em: <http://ler.vc/4x7fh3>. Acesso em: 9 out. 2012.
Site 3: Embrapa. Onça-parda, suçuarana. Disponível em: <http://ler.vc/hs2tcw>. Acesso em: 9 out. 2012.
Site 4: (IBGE 7 A 12. Vamos conhecer o Brasil: nosso território – biomas.) Disponível em: <http://ler.vc/fxxkfj>. Acesso em: 6 maio 2013.
Suçuarana (Puma concolor)Suçuarana (Puma concolor)Suçuarana ( : 1,8 m (comprimento com cauda).
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Amazônia. Caracacaraí, RR, 2012.
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Mata Atlântica. Santo Amaro da Imperatriz, SC, 2012.
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Caatinga. Carnaúba dos Dantas, RN, 2012.
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Cerrado. Brasília, DF, 2012.
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Pampa. São Pedro do Sul, RS, 2012.
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Funções logarítmicas l Capítulo 8 31
LEITURA E COMPREENSÃO
Conjuntos l Capítulo 1 31
Leia a questão apresentada a seguir.
(Unisinos-RS) Como funciona o código de barras?
Um dos objetivos desta questão é explicar o funcionamento do código de barras, que aparece na maioria dos produtos que compramos em lojas e supermercados.
Quem se lembra da operação de varejo no Brasil, antes dos anos 1990, sabe o avanço que representa a automação comercial. Nos supermercados, por exemplo, o funcionário do caixa procurava a etiqueta de preço de cada item e digitava o valor em sua máquina registradora, fazendo a soma. Muito usual também era ver uma empresa do comércio “fechada para balanço”, visto que o controle era praticamente todo manual e demandava muito tempo, espaço e recursos humanos. Aqui cabe muito bem a expressão: “Isso é coisa do século passado!” Mas, lembre-se: isso faz menos de 20 anos.
Com a entrada dos microcomputadores no Brasil, houve uma revolução na administração de varejo.
O funcionário do caixa, ao invés de simplesmente somar preços, passou a digitar o código dos produtos,
e o sistema informatizado fazia o resto: totalizava as vendas, dava baixa no estoque, emitia relatórios
atualizados, informava aos vendedores sobre a comissão etc. Foi um enorme salto de produtividade.
Mesmo assim, ainda era possível melhorar: ao invés de o usuário entrar com os dados, por que não
o próprio sistema capturá-los? É aqui que entra o código de barras, uma tecnologia aplicada a muitas
áreas: indústria, comércio, bancos, bibliotecas, hospitais, bancos de sangue, correios, transportes,
controles de acesso etc.
O que são os códigos de barras?
A sequência de barras pretas e brancas, de diferentes espessuras, indecifráveis para nós, nada mais
é do que a representação de um pequeno conjunto de números e/ou de letras, impressos de uma forma
que o leitor ótico possa interpretar: o preto retém a luz, e o branco a reflete, de forma que sejam capturados
os sinais e se interprete a sequência de números, representada pelas barras.
Fran
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32 Capítulo 8 l Funções logarítmicas
LEITURA E COMPREENSÃO
32 Capítulo 1 l Conjuntos
Atualmente, a maioria dos produtos é identificada por meio de um código
numérico. O progresso da tecnologia, que tornou relativamente baratos e aces-
síveis aparelhos de leitura óptica e computadores, tornou também o uso desse
tipo de códigos bastante frequente. Por exemplo, os produtos que compramos
num supermercado estão identificados por um código de barras, como o que
mostramos na Figura 1.
Ele não é mais do que um número, associado à identificação do produto, escrito de forma a permitir
uma leitura rápida no caixa. Note que, imediatamente abaixo das barras, aparece o mesmo número, escrito
em algarismos correntes, de forma que o leitor humano também possa fazer a leitura.
Porém, algumas vezes, ao passar um produto pela leitora óptica (por exemplo, quando a embala-
gem está úmida ou enrugada), não é possível realizar-se a leitura. O que vemos, então, é o funcionário
do caixa tentar passar o produto em sentido contrário, ou inverter o produto, de modo que o código de
barras fique de cabeça para baixo, e tentar passá-lo mais uma vez. Se nem assim der certo, então ele
próprio lê o código e o digita. Naturalmente, essas atitudes sugerem algumas perguntas. Em primeiro
lugar, uma vez que o desenho das barras é totalmente simétrico para a máquina, que o lê usando um
feixe de luz transversal, ao passá-lo “de ponta-cabeça”, ela não deveria ler o número na ordem contrária?
E, o que é pior, o operador do caixa, ao digitar o número rapidamente, não poderia cometer um erro,
e nós acabarmos pagando por um produto muito mais caro do que aquele que estamos comprando?
Para compreender como funciona o processo de detecção de erros, precisamos entender, inicialmente,
como se atribui, a cada produto, o dígito de verificação.
O Código EAN13
O código EAN13 é o mais usado na identificação de itens comerciais. É composto de 13 dígitos: os 3 primeiros representam o país (no Brasil é 789); os 4 seguintes representam o código da empresa filiada à EAN; os próximos 5 representam o código do item comercial dentro da empresa; e o 13o dígito é o verificador, obtido por meio de cálculo que será explicado a seguir. De acordo com a grade (quan-tidade) de itens da empresa, a composição pode ser mudada para que o item comercial tenha de 3 a 6 dígitos, e a empresa tenha de 6 a 3. Ou seja, a combinação de código da empresa 1 código do item deve ter 9 dígitos:
Suponhamos que determinado produto esteja identificado, no sistema EAN13, pela sequência de dígitos ABCDEFGHIJKLX, em que X é o dígito de controle.
O cálculo feito pelo computador é:
A 3B C 3D E 3F G 3H I 3J K 3L X
7
7 8 9 9 9 9 9 9
Figura 2
País3 dígitosconcedidospela EAN(789 � Brasil)
Empresa6, 5 ou 4 dígitosconcedidospela EAN Brasil
Produto3, 4 ou 5 dígitoselaboradospela empresa
D.C.dígito decontrole(cálculoalgoritmo)
8 9 9 9 9 9 9 1 2 3 4 9
1 2 3 4 9
7Figura 1
8 9 1 0 7 9 0 0 0 2 2 9
Ilust
raçõ
es: E
dito
ria d
e A
rte
Funções logarítmicas Capítulo 8 33 Conjuntos Capítulo 1 33 Conjuntos Capítulo 1 33
O dígito de verificação X é escolhido de modo que o resultado da soma seja um número múltiplo de 10. Vamos supor que o caixa do supermercado digite a seguinte sequência: 7891079000229, conforme a Figura 1.
O cálculo a ser feito é o seguinte:
7 � 3 � 8 � 9 � 3 � 1 � 0 � 3 � 7 � 9 � 3 � 0 � 0 � 3 � 0 � 2 � 3 � 2 � 9 �
� 7 � 24 � 9 � 3 � 21 � 9 � 2 � 6 � 9 � 90
que é múltiplo de 10.
Fontes consultadas: <http://msdn.microsoft.com/pt-library/cc580676.aspx> (acesso em: 15 out. 2010); <www.obmep.org.br/export/sites/default/arquivos/apos-
tilas_pic2008/Apostila6.pdf> (acesso em: 15 out. 2010);
<http://crazy4lazanha.blogspot.com/2009/06/codigo-de-barras.html> (acesso em: 15 out. 2010).
TarefaVeja os códigos de barras abaixo:
7
Figura 4
8 9 1 0 9 5 H 0 0 8 0 87
Figura 3
8 9 1 0 0 0 3 6 6 7 0 X
a) Suponha que você pegou o último item de determinado produto na prateleira de um supermercado e o leitor óptico não consegue ler o código de barras. O caixa começa a digitar os dígitos e verifica que só aparecem os 12 primeiros: 789100036670 (Figura 3). Determine o dígito de verificação X.
b) Agora, suponha que, em outro produto, não aparece o oitavo dígito (H ). Aparece apenas 7891095H00808 (Figura 4). Encontre o valor de H.
A questão apresentada é composta de duas partes: uma com textos com os subtítulos Como fun-ciona o código de barras? O que são os códigos de barras? O Código EAN13; e outra com a proposta de atividade (com o subtítulo TAREFA). Vamos analisar e resolver o item a da TAREFA. Com os colegas, faça o que se pede nos passos a seguir.
1. Leiam o item a da tarefa e identifiquem quais dados são fornecidos nesse enunciado.
2. O que vocês precisam determinar nesse item?
3. Encontrem, no texto, uma informação necessária para resolver esse item.
4. Relacionando as respostas dadas nos passos anteriores, elaborem uma estratégia para resolver esse item.
5. Agora, resolvam o item a usando a estratégia que vocês elaboraram no passo anterior.
6. Verifiquem se a resposta obtida realmente é a solução do problema.
7. Resolvam o item b da tarefa proposta.
Ver Orientações para o Professor.Interpretando o texto e a questão FAÇA NO
CADERNO
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