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Por uma história cultural latino americana dos meios de comunicação: Um olhar sobre as práticas, processos e sistemas de comunicação nas últimas décadas do século XIX Marialva Carlos Barbosa

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Por uma história cultural latino americana dos meios de comunicação: Um olhar sobre as práticas, processos e sistemas de comunicação nas últimas décadas do século XIX. Marialva Carlos Barbosa. Introdução. Breves considerações - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Marialva  Carlos Barbosa

Por uma história cultural latino americana dos meios de comunicação:

Um olhar sobre as práticas, processos e sistemas de comunicação nas últimas décadas do século XIX

Marialva Carlos Barbosa

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Introdução

• Breves considerações• Propomos: desvelar processos e as práticas de

comunicação que se desenvolvem invariavelmente num circuito também de comunicação

• a história da comunicação é a história dos processos e das práticas comunicacionais cujo procedimento metodológico desvenda o circuito da comunicação

• Central = atores históricos

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• Algumas Premissas1)Dar voz e rosto aos múltiplos atores

envolvidos no processo;2)Objeto de análise – ir além dos veículos e seus

produtores, para revelar os processos de comunicação;

3)Produtos – que estão “entranhados” de história e envolvem textualidades múltiplas;

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Territórios Midiáticos

• Proponho pensarmos a história da comunicação latina americana desde esta perspectiva, isto é, considerando a comunicação como um processo e recuperando os sistemas de comunicação existentes no tempo como modos de comunicação realizados por múltiplos atores envolvidos nesses processos. Talvez devêssemos pensar em territórios midiáticos nos quais, com diferentes modelos e especificidades, desenvolveram-se transformações nos modos de comunicação.

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As fábricas de notícias• Que diferenças e que aproximações podemos fazer, por

exemplo, em relação às drásticas transformações que ocorreram no mundo latino americano no que diz respeito aos modos de comunicação com o início do que alguns chamam imprensa de informação?

• Se há diferenças temporais em relação ao início da operação dos jornais como “fábricas de notícias” nos territórios geopolíticos, processos semelhantes se espalharam pelas principais cidades capitais. Há a formação de um território midiático comum, nos quais processos comunicacionais semelhantes passam a configurar novos modos de comunicação.

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“Cidadela dos novos tempos”

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“Fábricas de Notícias”

O Jornal do Commercio domina a cena na Avenida Central

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Jornal do Commercio

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“Fábricas de Notícias”

Jornal do Brasil O Paiz

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“Fábricas de Notícias”

Correio da Manhã

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Tecnologias de um novo tempo

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Em busca do público...

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Em busca do público...

As etratégias editoriais Um mundo tecnológico...

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Jornal do Brasil – O “popularíssimo”

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Tragédias e sensações

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Os leitores estão por toda a parte...

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Leituras e apreensões de sentido...• “Era costume do carregador Domingos Paranhos Lorenzo,

espanhol de 28 anos, solteiro (...), ir ler o jornal, montado no tablado, enquanto os operários trabalhavam lá em cima. Cerca de 11 horas da manhã, tendo-se ele munido do seu jornal foi para o local predileto saborear as sensações do noticiário. O homem mal sabia que estava fazendo a sua última leitura. De fato, quanto mais absorto ele estava na leitura, desprendeu-se do andaime uma grossa e pesadíssima tábua que veio de revés bater-lhe violentamente na nuca, jogando-o no chão, para a frente, com o crânio fendido, morto instantaneamente”. (Gazeta de Notícias, 5 jan. 1907, p. 3)

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• “Começava ela a ler o popular órgão carioca pelas notas sociais. A seção de mundanismo, naquele tempo, abrangia do aniversário ao obituário, informando tudo sobre nascimentos, casamentos, festas, bailes, recepções, falecimentos e missas. Minha mãe explicava o seu interesse pela vida social como um dos meios pelos quais volta e meia tinha notícias de amigas de sua geração que se dispersavam depois que contraíram casamentos”.

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• “Lembro-me de que mamãe se queixava de que a heroína do folhetim não tinha sorte, quando as coisas da sua vida iam se arrumando e a felicidade começava a sorrir, lá vinha outra desgraça (...) e era um desespero, tudo desandava. Coitada – dizia mamãe -, e eu procurava consolá-la dizendo que se Ana Maria ficasse feliz o folhetim acabava (Rubem Braga: In Jornal do Commercio, 1977, p. 8).

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• A história que se propõe a remontar o circuito da comunicação e reconstruir os sistemas culturais do passado não poderia deixar de incluir não apenas o público como uma presunção, mas os atos interpretativos que realizavam como leitores. A história que propomos inclui sempre no que denominamos territórios midiáticos as apreensões de sentido plurais que os leitores realizavam.