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NILSON APARECIDO LEITÃOPrefeito Municipal

APARECIDO PEDROSO GRANJAVice-Prefeito

ROSA OLIVA DE ALMEIDASecretária Municipal de Educação

TANIA APARECIDA NUNES RIBEIROCoordenadora Municipal de Educação e

Coordenadora do Plano Municipal de Educação

MARIA SOCORRO AISSAPresidente do Conselho Municipal de Educação

MARIA CUSTÓDIA ADELAIDE MARQUES CHAGASMARIA DE FÁTIMA ALMEIDA MARASINI

CARLA SPRIZÃO PONCERevisão e Digitação

Projeto GráficoARTE DESIGN COMUNICAÇÃO E MARKETING

Impressão e AcabamentoGRÁFICA GRAFITEC

PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP/MTSecretaria Municipal de Educação

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SINOP - 2008/2018158p

1. INTRODUÇÃO2. CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

3. DESENVOLVIMENTO DO PLANO: DIAGNÓSTICO,DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS

4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME5. BASES CONSULTADAS

6. FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO7. COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO:

DIAGNÓSTICO, DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS

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APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 7

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9

1.1 EDUCAÇÃO PARA TODOS ......................................................... 9

1.2 EDUCAÇÃO PARA TODOS NO MUNICÍPIO DE SINOP ....... 10

1.2.1 Identificação de Sinop ............................................ 10

1.2.2 Conhecendo um pouco da Nossa História ............. 14

1.2.3 Destaques ............................................................... 15

1.2.4 Líderes Políticos ..................................................... 15

1.2.5 Histórico da Educação ......................................... 16

2. CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................ 21

3. DESENVOLVIMENTO DO PLANO: DIAGNÓSTICO, DIRETRIZES,

OBJETIVOS E METAS. ............................................................................... 25

3.1 EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................. 25

3.2 ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................... 37

3.3 ENSINO MÉDIO .......................................................................... 51

3.4 ENSINO SUPERIOR .................................................................... 58

3.5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ................................... 70

3.6 EDUCAÇÃO ESPECIAL ............................................................. 83

3.7 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS .. 90

3.8 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................... 94

SUMÁRIO

6

3.9 EDUCAÇÃO INDÍGENA ........................................................ 102

3.10 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS ............ 107

3.11 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL . 112

3.12 EDUCAÇÃO DO CAMPO ....................................................... 118

3.13 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS E VALORIZAÇÃO DO

MAGISTÉRIO ......................................................................... 125

3.14 GESTÃO E FINANCIAMENTO ............................................. 137

4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME ................................ 151

5. BASES CONSULTADAS ......................................................................... 153

6. FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................................................ 155

7. COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PLANO: DIAGNÓS-

TICO, DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS ...................................... 157

7

INVESTIMOS EM EDUCAÇÃO, PORQUE INVESTIREM GENTE FAZ A DIFERENÇA – Baseado nesse ideal de realizaro melhor por Sinop e acatando a exigência da Lei nº 10.172, de 09de janeiro de 2001, que institui o PLANO NACIONAL DEEDUCAÇÃO para uma década e que determina que Estados eMunicípios elaborem planos decenais correspondentes, dandosuporte às metas constantes do Plano Nacional de Educação e PlanoEstadual de Educação, a Secretaria Municipal de Educação e Culturae o Conselho Municipal de Educação, do Município de Sinop, Estadode Mato Grosso, assumiram o compromisso de construírem o PlanoMunicipal de Educação, com a participação de educadores, gestores,entidades da área educacional, dos poderes constituídos e dasociedade civil que, de forma direta ou indireta, contribuem naqualidade da educação do Município.

Nosso Plano foi elaborado dentro do espírito que rege a novaadministração, construído e consolidado, através da gestãodemocrática, objetivando uma sociedade com qualidade social, maisjusta, preocupada com a formação integral do ser humano,preparando-o para o enfrentamento aos novos desafios da educação.

Após vários encontros, idas e vindas, início e retomadas, comrepresentação dos vários segmentos da sociedade, dando legitimidade

APRESENTAÇÃO

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ao trabalho de construção do Plano Municipal de Educação,aprovado pela Câmara Municipal, será documento oficial da PolíticaEducacional do Município de Sinop, para a década de 2008 a 2018.

A aprovação do Plano Municipal pela Câmara Municipal nãoo torna estanque, pois estaremos atentos às necessidades dapopulação que, através da permanência do Fórum Municipal deEducação, realizará encontros em direção a uma educação dequalidade que garanta o direito de aprender a cada criança, a cadaadolescente e a cada adulto deste Município.

NILSON LEITÃOPREFEITO MUNICIPAL

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1.1 - EDUCAÇÃO PARA TODOS

Em 1.990, na Conferência de Jomtien, o Brasil assumiu oCompromisso de Educação Para Todos, perante a comunidadeinternacional. Apesar dos déficits qualitativos e quantitativos, o paísenfrenta o desafio de melhorar os índices de qualidade educacional.

Na última década do século XX deparamos com a era dainformação, o conhecimento passa a ser o que de mais valioso umanação pode ter, o Brasil se viu na obrigatoriedade de iniciar o resgatedo Ensino Público, adequando-se aos novos tempos, reduzindo asdisparidades. O país enfrentou o desafio e já obteve alguns resultadossignificativos no universo educacional.

A Constituição de 1988, tendo em vista a necessidade demelhorias para o setor, vinculou receitas do Governo Federal em18%, dos Estados e Municípios em 25 %, especificamente para seremutilizadas na educação. A primeira prioridade estabelecida foi auniversalização do Ensino Fundamental, praticamente atingida. Noentanto, não podemos parar, visto que mais de um milhão de criançasentre os 06 e 14 anos ainda se encontram sem atendimentoeducacional de qualidade.

1 – INTRODUÇÃO

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação determinou osobjetivos da educação escolar – o desenvolvimento pleno doindivíduo e sua preparação para a vida e o mundo do trabalho – e asprovidências necessárias para atingi-los. Foram redefenidas asresponsabilidades educacionais de cada esfera de governo e pautadasas reformas que devem ser implementadas, das creches às instituiçõesde ensino superior.

Foi criado um novo mecanismo de financiamento para atenderàs demandas do Ensino Fundamental, o FUNDEF, hoje FUNDEB,que abrange as demais etapas e modalidades da Educação Básica.Sabemos dos compromissos assumidos pelo País no cumprimentode suas metas fiscais, em seus acordos internacionais, e a Lei deResponsabilidade Fiscal, que podem comprometer a aplicabilidadedo Plano Nacional de Educação. Só com monopolização dasociedade e com vontade política poderemos fazer com que aeducação não saia perdendo em detrimento de outros planos degoverno.

É importante destacar, ainda, que o regime de colaboraçãoentre as esferas: Federal, Estadual e Municipal, órgãos públicos eentidades representativas da área, no âmbito da educação básicatêm contribuído para a remoção de obstáculos, embora nossacaminhada seja árdua para que as redes públicas conquistem umnível mais alto de qualidade de ensino.

1.2 – EDUCAÇÃO PARA TODOS NO MUNICÍPIO DE SINOP

1.2.1 – Identificação do Município de Sinop

O Município de Sinop está localizado na Região Centro Nortedo Estado de Mato Grosso, às margens da rodovia Cuiabá-Santarém(BR. 163), a uma distância de 500 Km de Cuiabá (Capital do Estado).

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Possui área de 3.206,80 Km² e limita-se ao Norte com osMunicípios de Itaúba e Cláudia, ao Sul com os Municípios de Verae Sorriso, a leste com os Municípios de Cláudia e Santa Carmem e aOeste com os Municípios de Ipiranga do Norte e Sorriso.

O clima é quente-úmido, com temperatura média anual de28° C. O regime de chuvas é equatorial e caracteriza-se por umperíodo seco no inverno e um período chuvoso no verão. Os mesesque mais chovem na região são: Janeiro, Fevereiro e Março e os quemenos chovem são: Junho, Julho e Agosto.

Possui um relevo plano levemente ondulado, apresenta algunspontos de erosão e não apresenta barreiras para o desenvolvimentoda agricultura e da pecuária. O solo é do tipo argiloso e apresentaalgumas pequenas áreas arenosas.

Originalmente o solo de Sinop era coberto em sua maiorextensão pela Floresta Amazônica Meridional rica em madeira:Angelim, Mescla, Cedro, Itaúba, Peroba, Cambará, etc. Em razãoda ocupação e desmatamento para a implantação da agricultura e dapecuária e a exploração em larga escala da madeira, as áreas defloresta diminuíram, porém existe ainda no Município algumas áreasde preservação ambiental.

Quanto à fauna, várias espécies de animais típicos de RegiãoAmazônica, de pequeno e grande porte, habitam as terras de Sinop.Na fauna terrestre encontramos: Antas, Pacas, Veados, Capivaras,Onças, Macacos, Araras, Tucanos, Papagaios, Garças, Mutuns,Curiós, etc. Na fauna aquática encontra-se várias espécies de peixe:Tucunaré, Matrinchã, Pintado, Traíra, Dourado, Bicuda, Piraíba(maior peixe da região), etc.

O Município é banhado por vários rios e riachos que fazemparte da Bacia Amazônica. O principal rio que banha Sinop é o RioTeles Pires. Outros rios que banham o Município são: Kaiaby, Azul,Preto, Curupy e Roquete.

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As principais rodovias que passam por Sinop são:

- BR 163 (Cuiabá-Santarém): liga Sinop à Cuiabá (capitaldo Estado) e ao Estado do Pará.

- MT 220: liga o Município de Sinop ao Município de Juara.

As principais distâncias em Km de Sinop a outras cidades:

- Sorriso 80 Km, Itaúba 90 Km, Cuiabá 505 Km, Alta Floresta308 Km, Rondonópolis 750 Km, Brasília 1.638 Km, São Paulo 2.224Km, Santarém 1.270.

A denominação das ruas e avenidas leva o nome de flores eárvores: Rua das Rosas, Rua dos Lírios, Rua das Orquídeas, Ruadas Caviúnas, Av. das Embaúbas, Av. dos Jacarandás, Av. dasFigueiras, Av. das Sibipirunas, Av dos Tarumãs e outras.

Há preservação de 03 reservas florestais na área urbana:Reserva Florestal Ribeirão Nilza no setor sul da cidade, ReservaFlorestal Córrego Iva no setor Norte e Reserva Florestal CórregoMarlene no setor oeste da cidade.

A denominação com nomes femininos é uma característicadas estradas e comunidades rurais: Estrada Silvia, Estrada Roberta,Estrada Silvana, Comunidade Brígida, Comunidade Angélica eoutras.

A população de Sinop é originária, em sua maioria, da RegiãoSul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), porém,atualmente, Sinop recebe novos habitantes, oriundos de outrosestados brasileiros e de outras cidades do Estado de Mato Grosso.Pelo último recenseamento do IBGE realizado no ano de 2.000,Sinop contava com uma população de 74.761 habitantes e, pela últimaestimativa realizada no ano de 2007 o Município passou a contarcom uma população de 105.762 habitantes.

Aspectos Populacionais:

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Tabela 1 – POPULAÇÃO POR SEXO, COR E FAIXAETÁRIA

Tabela 2 – POPULAÇÃO ECONOMICAMENTEATIVA

Tabela 3 – ESTABELECIMENTO DE SAÚDE PORTIPO E LOCALIZAÇÃO

FONTE: IBGE – Contagem de População 2007

FONTE: htpp:/www.seplan.mt.gov.br

FONTE: http:/www.caminhos.ufms.br/matrizdaods/mt/sinop.html

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Tabela 4 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTOHUMANO – IDH

1.2.2 – Conhecendo um pouco da nossa história

A nossa cidade foi fundada oficialmente no dia 14 de setembrode 1974, com várias solenidades e contou com a presença doscolonizadores Enio Pipino, João Pedro Moreira de Carvalho,familiares de diretores da Colonizadora Sinop, do representante doPresidente da República, Ministro do Interior, Rangel Reis e de outrasautoridades convidadas.

Na Avenida Governador Júlio Campos, na época denominadaAv. dos Mognos, foi realizado o desfile comemorativo que contoucom a participação da Banda da Polícia Militar de Cuiabá, atletas,pioneiros e estudantes da Gleba Celeste.

A missa de fundação da cidade foi celebrada pelo Bispo D.Henrique Froelich na pequena capela de Santo Antônio. Na época,D. Henrique era bispo na cidade de Diamantino.

Após as solenidades de fundação da cidade de Sinop aColonizadora ofereceu às autoridades e aos primeiros moradoresum almoço de confraternização, área onde hoje está edificado oprédio conhecido como O Colonial.

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1.2.3 Destaques:

CRIAÇÃO DO DISTRITO: Em 1976 foi criado o Distrito deSinop e no mesmo ano os moradores elegeram, para representar acidade junto ao Município de Chapada dos Guimarães do qual oDistrito fazia parte, o pioneiro Plínio Calegaro que foi o nossoprimeiro vereador.

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA: Apesar de todas as dificuldades,a nossa cidade crescia rapidamente e apenas 5 anos após a suafundação oficial, alcança a sua autonomia. No dia 17 de dezembrode 1979, Sinop consegue a sua emancipação política. Além da sede,passaram a fazer parte do Município de Sinop, as Cidades de Vera,Santa Carmem, Cláudia e Marcelândia, hoje já emancipadas.

INSTALAÇÃO DA COMARCA: A Comarca de Sinop foiinstalada no ano de 1985. O primeiro Juiz de Direito da Comarca foio Dr. Antônio Paulo da Costa Carvalho e o primeiro Promotor foi oDr. Hélio Fridolino Faust.

1.2.4 – Líderes Políticos

O primeiro Administrador Municipal foi o pioneiro OsvaldoPaula que governou Sinop nos anos de 1981 e 1982, quando foirealizada a primeira eleição para eleger Prefeito e Vereadores.

No ano de 1983 tomou posse o primeiro Prefeito eleito deSinop, Geraldino Dal Maso que governou o Município por 6 anos,de 1983 a 1988.

No ano de 1989, o Município de Sinop passou a seradministrado pelo Prefeito Adenir Alves Barbosa que governou oMunicípio até 1992.

Em 1993 o Município passou a ter como Prefeito, AntonioContini que administrou até 1996.

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No ano de 1997 tomou posse para administrar o Municípiopela segunda vez, Adenir Alves Barbosa que governou até o ano de2000.

No ano de 2001, tomou posse o Prefeito Nilson AparecidoLeitão cujo mandato foi até o ano de 2004. Em 2005, o PrefeitoNilson Aparecido Leitão inicia o seu segundo mandato que terminano ano de 2008, ano de aprovação do Plano Municipal de Educação.

1.2.5 – Histórico da Educação

Em 1973, com a chegada das primeiras famílias pioneiras deSinop, é construída a primeira sala de aula, de madeira, piso de terrabatida e sem forro. Nesta sala a primeira professora de Sinop,Terezinha Vandressen Pissinati Guerra deu início às aulas para vintee um alunos distribuídos pelas quatro séries do antigo primário.

No ano de 1974, por ocasião da fundação oficial da cidade,é construída pela Colonizadora Sinop a primeira Escola de Sinopcom três salas. Em 1976 o prédio é ampliado para seis salas de aulae passa a atender duzentos e quarenta e dois alunos nas quatro sériesiniciais. Pelo DECRETO Nº 767/76 de 26 de outubro de 1976 éoficialmente criada a primeira Escola de Sinop que recebeu adenominação de Escola Estadual de 1º Grau “Nilza de OliveiraPipino” e que teve como diretora a religiosa Irmã Editha.

No dia 13 de dezembro de 1977 ocorre a primeira formaturado Ensino Fundamental em Sinop, num total de vinte e cincoformandos.

As constantes solicitações da comunidade de Sinop levam oGoverno do Estado, através do DECRETO Nº 1.301 de 31 de marçode 1978 a criar os cursos secundários (atual Ensino Médio), deMagistério e Contabilidade na Escola Estadual Nilza de OliveiraPipino e neste mesmo ano as aulas têm início.

Em dezembro de 1980 ocorreu a primeira formatura doEnsino Médio de Sinop com celebração de missa na Igreja SantoAntônio.

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Em 1982 o Governo entrega a segunda escola estadual deSinop, denominada de Escola Estadual de 1º Grau Enio Pipino. Em1984 é entregue mais uma Escola que recebeu a denominação deEscola Estadual “Olímpio João Pissinati Guerra”.

No início da década de 1990 são instalados em Sinop peloGoverno do Estado os primeiros cursos superiores: Pedagogia,Matemática e Letras, origem da atual UNEMAT. Muitos alunosconcluíram seus estudos na primeira Instituição de Ensino Superiorde Sinop.

Em 1992 a Universidade Federal de Mato Grosso instala emSinop seus primeiros cursos e atualmente passa por grande expansãocom a consolidação do Campus Universitário e a instalação de umnúmero elevado de cursos.

Além das Universidades Públicas existem em Sinop outrasinstituições particulares que oferecem os cursos superiores deJornalismo, Enfermagem, Ciências Contábeis, Administração deEmpresas, Educação Física, Turismo, Arquitetura, Direito, entreoutros. Os cursos a distância também já são realidade em Sinop.

Quanto ao Ensino Municipal, as primeiras salas de aulaimplantadas foram na Zona Rural, construídas pela ColonizadoraSinop na década de 1970. Em 1981 o primeiro administrador deSinop, Sr. Osvaldo Paula, implanta as primeiras escolas municipaisna área rural próximo à cidade, nas estradas Rosa e Roberta,interligando Sinop à cidade de Vera. Além da implantação de escolastambém foi criado na mesma época o Departamento Municipal deCultura que teve como primeira diretora a professora Olga RibeiroGomes. De lá para cá o ensino municipal evoluiu de formasignificativa.

Atualmente é Secretaria Municipal de Educação e Cultura,tendo como unidades subordinadas dezenove Escolas Municipaisde Educação Básica, dez Creches, um Centro Municipal de EducaçãoInfantil, Casa da Cultura, Museu Histórico de Sinop, Biblioteca

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Municipal “Professora Regina Helena Bongiovani Moscatto” NúcleoTecnológico Educacional “Maria Tereza da Silveira Gava” e asinstituições vinculadas: Conselho Municipal de Educação - CME,Conselho Municipal de Alimentação Escolar - CAE, ConselhoMunicipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e deValorização dos Profissionais de Educação – FUNDEB e o ConselhoMunicipal de Cultura.

Tabela 5 – INSTITUIÇÕES EDUCACIONAISMUNICIPAIS

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A construção/elaboração do Plano Municipal de Educaçãono Município de Sinop teve início em 2001 através do Fórum Público,realizado no dia 17 de outubro de 2001, na Câmara Municipal deVereadores de Sinop, com a participação dos diversos segmentosda Sociedade, onde resultou na formação das comissões para estudodas diversas temáticas e realização do mini-censo nas escolas com atabulação feita pela UNEMAT - Campus de Sinop.

Em 2007, retomamos as atividades do PME num novocontexto educacional com a criação das Leis: 725/2003, Lei deGestão Democrática; 815/2004, que institui o Sistema Municipal deEducação e cria o Conselho Municipal de Educação, alterado pelasLEIS Nº 876/2005 e Nº 985/2007; com DECRETO Nº 098/2006que instituiu o Ensino de Nove Anos; aprovação do Plano Estadualde Educação através da Lei 8806 de 10 de janeiro de 2008, etransformação do FUNDEF em FUNDEB

Reiniciamos o trabalho com a aplicação e tabulação de umnovo mini-censo escolar, envolvendo as Redes Municipal, Estaduale Particular, nas etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental eMédio, que serviram como fonte de pesquisa para o Fórum Municipalde Educação.

2 - CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DEEDUCAÇÃO

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O Fórum Municipal de Educação realizou-se no dia 17 deAbril de 2008 nas dependências do auditório do SENAI, com aparticipação dos diversos segmentos da sociedade, onde foiapresentado dados do mini-senso atual, dados da situaçãoeducacional do município, total de funcionários da rede municipalde Ensino, por escolaridade, tempo de serviço, horas de trabalho edados financeiros da Secretaria de Educação e Cultura, fornecidospela Secretaria de Finanças da Prefeitura Municipal.

O Fórum Municipal de Educação teve como objetivoproporcionar momentos de reflexão sobre a importância daelaboração do Plano Municipal de Educação de forma democrática,atendendo a Lei 10.172/2001 que estabelece que os municípiosdevem elaborar os seus Planos de acordo com o PNE- Plano Nacionalde Educação e PEE- Plano Estadual de Educação, contendo diretrizese metas da Educação para os próximos 10 (dez) anos; a consolidaçãodas inscrições de todos os interessados em participar das diversastemáticas: Educação Infantil, Ensino Fundamental, EducaçãoTecnológica e Formação Profissional, Ensino Médio, Educação aDistância e Tecnologias Educacionais, Educação Ambiental,Educação Especial, Educação do Campo, Ensino Superior, Formaçãodos Profissionais e Valorização do Magistério, Educação Indígena eRelações Étnico Raciais, Financiamento e Gestão, Educação deJovens e Adultos.

A próxima ação do Plano Municipal foram os momentos deestudos das diversas temáticas através das legislações, documentos,diagnósticos, pesquisas e outros materiais para subsídios. Os gruposreuniram-se diversas vezes, conforme necessidade, para elaboraçãodo diagnóstico, diretrizes, metas e objetivos para comporem o PlanoMunicipal para os próximos 10 (dez) anos e foram eleitos os relatorese redatores para a conferência.

O lançamento da Conferência de Educação - Plano Municipal“Gente Unida por Educação de Qualidade” aconteceu no dia 31/05/08às 8:00hs no auditório do Ucayali, através do Decreto 031/2008,com objetivo de torná-la pública e garantir sua realização.

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Em seguida, no dia 02/06/08, através do decreto 030/2008foi instituído o Fórum Municipal de Educação Permanente paraelaboração, acompanhamento e avaliação do Plano Municipal deEducação do Município de Sinop/MT, realização de ConferênciasEducacionais e Implantação de Políticas Públicas de Educação, comrepresentantes dos diversos segmentos da sociedade.

Para garantir ações democráticas na elaboração do PlanoMunicipal de Educação, encaminhamos para os diversos segmentosda sociedade, fichas para inscrição dos delegados com a tarefa desuprimir, adicionar e aprovar as metas e objetivos do PME,totalizando 150 convidados e 138 inscritos.

A capacitação dos delegados aconteceu no dia 11/06/08 às19:00 hs, na Câmara Municipal de Vereadores, com o objetivo deprepará-los para a votação na Conferência da Educação.

Após os encontros para estudos em grupos e elaboradas asmetas e objetivos de cada temática, as entidades envolvidas, emespecial da rede municipal no dia 09/06/08, pararam seus trabalhospara realizarem mini-conferências, analisando todo documento edando suas sugestões, garantindo assim a democracia na elaboraçãodo PME.

A Conferência Municipal de Educação do Plano Municipalde Educação “Gente Unida por Educação de Qualidade”, aconteceunos dias 18 e 19 de julho de 2008 nas dependências do Sesi Clube,contou com várias autoridades e um público de aproximadamente450 pessoas. Foi observado o envolvimento dos participantes nacontribuição para o sucesso da educação do município para ospróximos 10 (dez anos).

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3.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL

3.1.1 – Diagnóstico

Ao longo da história, a educação das crianças de 0 a 6 anos,vem se caracterizando como uma necessidade para suprir a falta dospais, devido a inserção destes no mercado de trabalho.

A expansão da educação infantil tem ocorrido de formacrescente nas últimas décadas. A participação da mulher no mercadode trabalho trouxe transformações econômicas, culturais e políticas,justificando a origem das creches.

Com a chegada dos imigrantes ao Brasil e devido ao crescenteprocesso de industrialização, começaram a surgir reivindicações emovimentos de protestos pela exploração de trabalhos, ausência decreches e ausência de outros benefícios trabalhistas, ocasionandoassim a gradativa implantação de creches para os filhos de mãesoperárias. A concepção de creche era assistencialista, com o objetivode combater a mortalidade infantil na época, sem preocupar-se comaspectos pedagógicos.

3 - DESENVOLVIMENTO DO PLANO:DIAGNÓSTICO, DIRETRIZES, OBJETIVOS E

METAS

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Aos poucos surgem os jardins de infância (pré–escolas)privados, dirigidos à população mais abastada economicamente, comuma finalidade pedagógica.

Ao longo da história as creches foram determinadas pormomentos que trouxeram modificações no seu papel, que aos poucosforam destacando a importância do atendimento às crianças.

Temos várias constituições brasileiras, totalizando 08, masfoi com a promulgação da Constituição Federal de 1.988, em seuartigo 208, inciso IV, o qual explicita que “O dever do Estado coma Educação será efetivado (...) mediante a garantia do atendimentoem creches e pré-escolas à crianças de 0 a 6 anos de idade”, ondeestabeleceu um caráter diferenciado para compreensão da infância,pois a criança passa a ser entendida como um sujeito de direitos eem pleno desenvolvimento desde o seu nascimento.Desta forma aeducação passa a ter o papel de contribuir para a formação dacidadania.

A criança tem direito garantido na Educação Infantil queconsta no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei Nº8.069 de 13/07/90, em seu artigo 53.

A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional - LDB Nº 9.394/96 determinam ao município aprioridade da oferta da Educação Infantil, co-responsabilizando aUnião e os Estados, em regime de colaboração no atendimento dessademanda.

Na LDB, a Educação Infantil aparece como a primeira etapada Educação Básica, com a finalidade de assegurar odesenvolvimento integral da criança, a sua socialização e apreservação de sua individualidade. Ela será oferecida para as criançasde 0 a 3 anos de idade, como creche e, para crianças de 4 a 5 anoscomo pré-escolar.

No Referencial Curricular Nacional - RCN, para EducaçãoInfantil, estabelece que a Educação Infantil é a primeira etapa daEducação Básica, este documento tem como objetivo auxiliar na

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realização do trabalho educativo diário com as crianças pequenas,os cuidados essenciais e suas brincadeiras.

O referencial enfatiza os conteúdos ligados ao saber fazer,aos procedimentos que as crianças precisam saber e desenvolver,para que possam aprender.

A Educação Infantil é fundamental para o desenvolvimentoda criança. É a base para a educação. Desta forma, as creches e opré-escolar devem prepará-las para a satisfação das váriasnecessidades humanas, proporcionando assim a construção daidentidade, da criatividade, autonomia, responsabilidade e formaçãopara a cidadania.

A Educação Infantil de 0 a 6 anos é o alicerce, o início detudo, onde a criança poderá tornar-se criativa e questionadora.

A Secretaria Municipal de Educação de Sinop, ao assumir aEducação Infantil em 2006, teve como desafio buscar soluções parasuperar a grande demanda de crianças existentes no município,construindo e alugando prédios para garantir o maior número decrianças atendidas.

De acordo com os dados estatísticos do município, observa-se a distribuição de matrículas inicial e a evolução por dependênciaadministrativa.

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Tabela 6 - EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHE –MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA

Tabela 7 - EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÉ-ESCOLA –MATRÍCULA INICIAL POR DEPÊNDENCIAADMINISTRATIVA

Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/Educacenso

Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/Educacenso

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A Proposta Pedagógica da Educação Infantil na Rede PúblicaMunicipal está direcionada ao atendimento integral das crianças de0 a 3 anos de idade e parcialmente às crianças de 4 a 6 anos de idade,assegurando a formação básica comum, respeitando as diretrizescurriculares. As Propostas Pedagógicas das Instituições de Ensinodas Redes Pública e Privada foram coordenadas, na elaboração, pelosseus diretores, proprietários, equipe pedagógica, professores, demaisfuncionários e pais, atendendo as exigências da LDB.

Com a relação à alimentação oferecida na Educação Infantilnas creches e pré-escolar do Município de Sinop, os cardápios sãoelaborados por nutricionistas, garantindo a quantidade/qualidade dosnutrientes nas refeições servidas. Nas escolas de Educação Infantilda rede privada, da mesma forma, constata-se a preocupação quantoao valor nutricional do cardápio.

Quanto aos recursos financeiros, embora a ConstituiçãoFederal e LDB tenham reconhecido o direito da criança de 0 a 6anos à Educação, ambas não determinam fontes específicas definanciamento. Com a implantação do FUNDEB – Fundo deManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e deValorização dos Profissionais da Educação, com a Lei 11.494/07,também não se estipula percentuais para aplicação de valores naEducação Infantil, menciona que gradativamente em 03 anos atenderáem sua totalidade.

O Município de Sinop espera encontrar solução para demandade recursos financeiros deste nível de Ensino, sem prejuízo para oEnsino Fundamental que é obrigatório.

3.1.2 – Diretrizes

No horizonte de dez anos, este Plano Municipal de EducaçãoInfantil assegurará:

Como direito de toda criança e dever do Estado, conformeestabelece a Constituição Federal, no seu artigo 208, inciso IV, estePlano propõe a implementação, junto ao Poder Público Municipal,

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de políticas que garantam a oferta pública da Educação Infantil, nasáreas de maior necessidade, concentrando-se nelas o melhor de seusrecursos técnicos e financeiros.

A gestão democrática deverá estar inserida no processo deorganização da estrutura e do funcionamento das instituições deEducação Infantil, de forma a possibilitar a utilização de mecanismosde construção e de conquista da qualidade social nessa etapa daeducação, destacando-se as relações entre seus agentes e as famílias,bem como as relações com os órgãos envolvidos com o atendimentoaos direitos e necessidades das crianças, na faixa etária de zero aseis anos.

A integração da Educação Básica requer, por parte dosConselhos, em âmbito estadual e municipal, o estabelecimento decritérios para o credenciamento e funcionamento das instituiçõesque ofertam essa etapa da educação, nas esferas pública e privada.

A Educação Infantil deve ser complementar àquela exercidapela família e pela comunidade, devendo com isso, ter como sentidoa ampliação dos conhecimentos e experiências da criança, seuinteresse pelo ser humano, pelo processo de transformação danatureza e pela convivência em sociedade, através dodesenvolvimento de seus aspectos físico, psicológico, intelectual esocial.

A qualidade da Educação Infantil passa, indubitavelmente,pela formação e valorização dos profissionais dessa etapa daeducação. A formação deverá contemplar a elaboração de umaproposta pedagógica que leve em consideração as duas dimensõesda ação educativa nessa etapa: educação e cuidados. A base centralno processo de redefinição dessas propostas deve ser as diretrizescurriculares nacionais para a Educação Infantil, instituídas pelaResolução nº. 01/99 do Conselho Nacional de Educação, e pelaResolução 276/02 do Conselho Estadual de Educação.

Além da formação acadêmica prévia, requer-se a formaçãopermanente, inserida no trabalho pedagógico, nutrindo-se dele erenovando-o constantemente.

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Quanto às crianças com necessidades educacionais especiais,a norma Constitucional que trata da inclusão aponta para o seuatendimento preferencialmente ao sistema regular de ensino, quedeve ser na Educação Infantil, implementado através de programasespecíficos aos pais, qualificação dos profissionais da educação,adaptação dos estabelecimentos quanto às condições físicas,mobiliários, equipamentos, materiais pedagógicos e outros que sefizerem necessários.

As medidas propostas por este plano decenal paraimplementar as diretrizes da Educação Infantil se enquadram naperspectiva da melhoria da qualidade. No entanto, é preciso sublinharque é uma diretriz municipal, respeitando as diversidades regionaisos valores e as expressões culturais das diferentes localidades, queformam a base sócio-histórica sobre a qual as crianças iniciam aconstrução de suas personalidades.

3.1.3 – Objetivos e Metas da Educação Infantil

1. Ampliar a oferta de Educação Infantil de forma a atender,em cinco anos, a 50% da população de até 3 anos deidade e 60% da população de 4 e 5 anos e, até o finaldeste Plano, alcançar a meta de 60% das crianças de 0 a3 anos e 80% das de 4 e 5 anos com qualidade, atendendo100% da procura.

2. Elaborar, no prazo de um ano, padrões mínimos de infra-estrutura para o funcionamento adequado das instituiçõesde Educação Infantil (creches e pré-escolas), públicas eprivadas, que, respeitando as diversidades regionais,assegurem o atendimento das características das distintasfaixas etárias e das necessidades do processo educativoquanto:

a) Espaço interno, com iluminação, insolação,ventilação, visão para o espaço externo, redeelétrica e segurança, água potável, esgotamentosanitário e coleta seletiva do lixo;

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b) Instalações sanitárias, adequadas à idade, para ahigiene pessoal das crianças;

c) Instalações para preparo e/ou serviço dealimentação e refeitório;

d) Ambientes interno e externo para odesenvolvimento das atividades, conforme asdiretrizes curriculares e a metodologia da EducaçãoInfantil, incluindo o repouso, expressão livre,movimento e brinquedo;

e) Instalação de parque recreativo, tendo parte daárea total coberta;

f) Adequação às características das crianças especiaiscom construção de rampas e instalação debebedouros rebaixados, banheiros apropriados, salade estimulação e materiais apropriados;

g) Salas climatizadas para melhor rendimento escolar.

3. Assegurar para a rede pública municipal o fornecimentode material pedagógico (e que este seja reposto ao iníciodo ano letivo), bem como mobiliário, equipamentos ebrinquedos adequados às faixas etárias e às necessidadesdo trabalho educacional, de forma que, em cinco anos,sejam atendidos os padrões mínimos de infra-estruturapropostos por este Plano e definidos pelo respectivosistema de ensino.

4. A partir da aprovação deste Plano, construir anualmente,no mínimo, uma (01) nova instituição pública de EducaçãoInfantil, de acordo com os padrões de infra-estruturaestabelecidos pelas normas do respectivo SistemaEducacional, tendo o acompanhamento da Equipe TécnicaPedagógica da Educação Infantil e da Equipe do ConselhoMunicipal de Educação, visando ampliar progres-sivamente a oferta de vagas, atendendo assim aosrequisitos definidos anteriormente.

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5. Adaptar os prédios de Educação Infantil para que todosestejam conforme os padrões de infra-estruturaestabelecidos, incluindo pátio arborizado, gramado,bancos e mesas para atividades extras.

6. Estabelecer um Programa de Formação dos Profissionaisde Educação Infantil, em regime de colaboração comUnião, Estado e Município, inclusive com parcerias dasuniversidades e institutos superiores de educação eorganizações não governamentais, que realize as seguintesmetas:

a) Automaticamente após o segundo ano deaprovação deste Plano, todos os dirigentes deinstituições de Educação Infantil, no prazo mínimode 05 anos, deverão possuir formação de nívelsuperior bem como formação específica na áreade Gestão Escolar e Educação Infantil;

b) Após a aprovação deste Plano, todos os professorestenham formação específica de licenciatura plenaem pedagogia, e a partir do segundo ano deimplantação deste, e no mínimo de 05 anos,especialização em Educação Infantil;

7. No prazo máximo de dois anos, a contar do início destePlano, colocar em execução programa de formação emserviço, no município de Sinop, preferencialmente emarticulação com instituições de ensino superior, com acooperação técnica e financeira da União e do Estado,para a atualização permanente e o aprofundamento dosconhecimentos dos profissionais que atuam na EducaçãoInfantil.

8. Assegurar que os cargos de supervisor administrativo-pedagógico (ou equivalente), que atuam nas instituiçõesde Educação Infantil municipais sejam gradativamenteexercidos por profissionais de carreira da EducaçãoInfantil.

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9. A partir da implantação deste Plano, promover o processode eleição, para o exercício de dois (02) anos, dosdirigentes das instituições de Educação Infantil da redepública municipal, envolvendo toda a comunidade escolar,de acordo com normas definidas pelo Sistema Municipalde Ensino, não ferindo o item 6, letra a, deste Plano.

10. A partir da vigência deste Plano só admitir professorespara a educação da rede pública mediante concursopúblico.

11. Garantir que todas as instituições de Educação Infantil,que venham a ser construídas, tenham formulado, com aparticipação dos profissionais de educação nelasenvolvidas, seus projetos pedagógicos, observando osseguintes fundamentos norteadores:

a) Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, dasolidariedade e do respeito ao bem comum;

b) Princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania,do exercício da criticidade e do respeito à ordemdemocrática;

c) Princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, daludicidade e da diversidade de manifestações artísticas eculturais.

12. Estabelecer no município de Sinop, sempre que possívelem articulação com as instituições de ensino superior quetenham experiência na área, um sistema deacompanhamento da Educação Infantil, nosestabelecimentos públicos e privados, visando ao apoiotécnico-pedagógico para a melhoria da qualidade e àgarantia do cumprimento dos padrões mínimosestabelecidos pelas diretrizes nacionais e estaduais.

13. Instituir e executar programa de formação continuada nomunicípio de Sinop, em articulação com as instituiçõesde ensino superior, públicas e privadas, que atendam às

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necessidades reais dos profissionais e às peculiaridadesda Educação Infantil, com a cooperação técnica doEstado.

14. Garantir alimentação escolar adequada, para as criançasatendidas na Educação Infantil, nos estabelecimentospúblicos e conveniados, através da colaboração financeirada União e do Estado.

15. Garantir o atendimento em tempo integral para as criançasde 0 a 3 anos em creches e, de forma gradativa, para ascrianças de 4 e 5 anos, no município.

16. Ampliar a oferta de cursos de formação de professoresde Educação Infantil em nível superior, com conteúdosespecíficos, prioritariamente nas regiões onde o déficit émaior, de modo a atingir a meta estabelecida pela LDBpara a década da educação.

17. Exercer a ação supletiva da União e do Estado nosmunicípios que apresentem maiores necessidades técnicase financeiras, nos termos dos art. 30, VI e 211, parágrafo1º, da Constituição Federal.

18. Desenvolver uma política integrada entre as Secretariasde Educação e as universidades, para que as propostasde currículos para educadores venham ao encontro daprática pedagógica da Educação Infantil e tragampropostas inovadoras vindo ao encontro do tematrabalhado.

19. Ampliar o número de salas de berçários nas creches,conforme padrão estabelecido pela legislação.

20. Implantar a partir do 1º ano de aprovação deste Plano,de forma gradativa, escola em tempo integral no ano civil,a começar por uma experiência de dois (2) anos.

21. Criar um banco de dados, por meio de censo educacional,das crianças fora da escola, por bairro, visando localizara demanda e ampliar a oferta de Educação Infantil.

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22. Buscar na União, em regime de colaboração, programasque venham melhorar a qualidade de ensino.

23. Atender as crianças com deficiência e/ou necessidadeseducacionais especiais, preferencialmente na rede regular,em creches e pré-escolas, com profissional especializado,respeitando o direito a atendimento adequado em seusdiferentes aspectos, também em instituiçõesespecializadas, conforme legislação específica, garantindoa formação continuada com ênfase na educação especialpara profissionais da Educação Infantil.

24. Promover ações complementares sócio-educativas deapoio às famílias de crianças de 0 a 5 anos, tais como:palestras sobre desenvolvimento infantil e oficinaspedagógicas promovendo a interação pais/ crianças.

25. Incluir as creches ou entidades equivalentes no sistemanacional de estatísticas educacionais.

26. Assegurar que no município, além de outros recursosmunicipais, os 10% dos recursos do FUNDEB, sejamaplicados, prioritariamente, na Educação Infantil.

27. Criar Centros de Educação Infantil para atendimentoconjunto de crianças de 0 a 5 anos, conforme padrõesmínimos exigidos pela legislação.

28. Garantir que a organização de grupos de enturmaçãodecorra de acordo com as especificidades da PropostaPedagógica, em consonância com as normativas domunicípio.

29. Garantir, através de contrapartida dos governos Estaduale Municipal, ampliação dos recursos para a alimentaçãoescolar.

30. Garantir que em três anos, a partir da vigência deste Plano,o Município de Sinop tenha definido sua política para aEducação Infantil, com base nas diretrizes nacionais, nas

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normas complementares do respectivo sistema de ensinoe/ou referenciais curriculares nacionais.

31. Estabelecer parâmetros de qualidade dos serviços deEducação Infantil para o Município de Sinop, no prazode dois anos a partir da vigência deste Plano, parareferência da supervisão do controle e avaliação, dentrodas normas emanadas pelo Conselho Municipal deEducação, nos estabelecimentos públicos e privados,provendo apoio técnico-pedagógico e psicopedagógico,com profissionais capacitados como: psicólogos,psicoterapeutas, entre outros, para melhoria da qualidadee a garantia do cumprimento dos padrões estabelecidospelas diretrizes nacionais e municipais sobre a EducaçãoInfantil.

3.2 – ENSINO FUNDAMENTAL

3.2.1 – Diagnóstico

De acordo com a Constituição Federal Brasileira, o EnsinoFundamental é obrigatório e gratuito. O art.208 preconiza a garantiade sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram acessona idade própria. É básico na formação do cidadão, pois de acordocom a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art.32,o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, constitui meiospara o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionarno meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda populaçãobrasileira.

O art. 208, §1º, da Constituição Federal afirma: “O acessoao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”, o nãooferecimento pelo Poder Público Municipal ou sua oferta irregularimplica responsabilidade da autoridade competente.

Conforme Lei Orgânica Municipal no art.184, inciso I e V, omunicípio manterá o Ensino Fundamental obrigatório, inclusive para

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os que não tiverem acesso na idade própria; mantendo o atendimentoao educando no Ensino Fundamental, por meio de programassuplementares de fornecimento de material didático, transporteescolar, alimentação e assistência à saúde.

Da matrícula total de 1ª a 4ª séries a Rede Municipal respondepor 75,5%, a Rede Estadual 15,1% e a Rede Privada 9,4% , conformeTabela.

Tabela 8 – ENSINO FUNDAMENTAL: MATRÍCULAINICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – 1ª A 4ªSÉRIE

Da matrícula total de 5ª a 8ª séries a Rede Municipal respondepor 17,2%, a Rede Estadual 72,2% e a Rede Privada a 10,6% ,conforme Tabela.

Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/ Educacenso.

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A exclusão de crianças, da escola, na idade própria, seja porincúria do Poder Público, seja por omissão da família e da sociedade,é a forma mais perversa e irremediável de exclusão social, pois negao direito elementar da cidadania, reproduzindo o círculo da pobrezae da marginalidade e alienando milhões de brasileiros de qualquerperspectiva de futuro.

O atraso no percurso escolar, resultante da reprovação e daevasão, sinaliza para a necessidade de políticas educacionaisdestinadas à correção das distorções idade-série. Nessa perspectivaobservou-se progressiva queda nos índices de distorção de 1ª a 4ªséries na Rede Municipal de Ensino conforme Tabela.

Tabela 9 – ENSINO FUNDAMENTAL: MATRÍCULAINICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – 5ª A 8ªSÉRIE

Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/ Educacenso.

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Tabela 10 – TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NOENSINO FUNDAMENTAL – REDE MUNICIPAL – ANO 2007

Tabela 11 – TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NOENSINO FUNDAMENTAL – REDE ESTADUAL – ANO 2006

Fonte: SIASI/Secretaria Municipal de Educação e Cultura – Sinop/MTObs.: A taxa de distorção idade/série refere-se ao número de alunos não atendidosnos programas de Correção de Fluxo (Se Liga e Acelera) devido ao nãoenquadramento de perfil exigido pelos programas.

Fonte: http: // www. Edudadatabrasil.inep.gov.br

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Tabela 12 - TAXA DE ABANDONO NO ENSINO FUN-DAMENTAL DE 1ª A 4ª SÉRIES, POR DEPENDÊNCIA AD-MINISTRATIVA –2002 a 2006.

Tabela 13 - TAXA DE ABANDONO NO ENSINOFUNDAMENTAL DE 5ª A 8ª SÉRIES, POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA –2002 a 2006.

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

Tabela 14 - TAXA DE APROVAÇÃO NO ENSINO FUN-DAMENTAL - 1ª A 4ª SÉRIE, POR DEPENDÊNCIA ADMI-NISTRATIVA – 2002 A 2006.

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

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Tabela 15 - TAXA DE APROVAÇÃO NO ENSINOFUNDAMENTAL - 5ª A 8ª SÉRIE, POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA – 2002 A 2006.

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

Tabela 16 - TAXA DE REPROVAÇÃO NO ENSINOFUNDAMENTAL - 1ª A 4ª SÉRIE, POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA – 2002 A 2006.

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

Tabela 17 - TAXA DE REPROVAÇÃO NO ENSINOFUNDAMENTAL - 5ª A 8ª SÉRIE, POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA – 2002 A 2006.

Fonte: INEP/EDUDATABRASIL/EDUCACENSO/SEDUC

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3.2.2-Diretrizes

As diretrizes norteadoras da Educação Fundamental estãocontidas na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional e nas Diretrizes Curriculares para o EnsinoFundamental.

Nos cincos primeiros anos de vigência deste plano, o EnsinoFundamental deverá atingir a sua universalização, sob aresponsabilidade dos entes federados, públicos e particulares,considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência equalidade na educação escolar. O direito ao ensino fundamental nãose refere apenas à matrícula, mas ao ensino de qualidade até aconclusão.

O turno integral e as classes de aceleração são modalidadesinovadoras na tentativa de solucionar a universalização do ensino eminimizar a repetência.

A LDB, em seu art.34, §2º, preconiza a progressivaimplantação do ensino em tempo integral, a critério dos sistemas deensino, para os alunos do Ensino Fundamental. À medida que foremsendo implantadas as escolas de tempo integral, mudançassignificativas deverão ocorrer quanto a expansão da rede física,atendimento diferenciado da alimentação escolar e disponibilidadede professores, considerando a especificidade de horários. Paragarantir um melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-senecessário ampliar o atendimento social.

A gestão da educação e a cobrança de resultados, tanto dasmetas como dos objetivos propostos neste plano, envolverãocomunidade, alunos, pais, professores e demais trabalhadores daeducação.

A atualidade do currículo, valorizando um paradigmacurricular que possibilite a interdisciplinaridade, abre novasperspectivas no desenvolvimento de habilidades para dominar essenovo mundo que se desenha. Esta estrutura curricular deverá estarsempre em consonância com as diretrizes emanadas do ConselhoNacional de Educação.

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É preciso avançar mais nos programas de formação e dequalificação de professores. A oferta de cursos para a habilitação detodos os profissionais do magistério deverá ser um compromissoefetivo das instituições de educação superior e dos sistemas de ensino.

3.2.3 – Objetivos e Metas do Ensino Fundamental

1. Universalizar o atendimento de toda clientela escolarizáveldo Ensino Fundamental de 9 anos no prazo de dois anos,a partir da data de aprovação deste Plano, garantindo oacesso e a permanência dos alunos na escola comqualidade de ensino, ampliando os recursos e o valorcusto/aluno, em regime de colaboração entre municípios,Estado e União, como propõe o Plano Nacional deEducação.

2. Garantir a formulação de políticas de formação continuadaaos profissionais da educação do ensino fundamental,enfatizando a diversidade humana, conhecimento local,regional e universal de acordo com os ParâmetrosCurriculares Nacionais e LDB.

3. Regularizar, progressivamente, o fluxo escolar, reduzindonos primeiros cinco anos do PME as taxas de repetência,evasão e a distorção idade/série, criando, revendo,fortalecendo e ampliando programas e projetos que visema permanência do aluno na escola, como os de aceleraçãoda aprendizagem, de recuperação formativa, garantindoserviços de apoio especializado para os alunos comnecessidades educacionais especiais, visando a efetivaaprendizagem de todos os alunos ao longo da suaescolaridade.

4. Garantir recursos financeiros para estabelecer e executarem todo o Sistema de Ensino programas para,gradativamente, num prazo de três anos, equipar todasas escolas urbanas e rurais com espaços e instalações –

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obedecendo as normas e técnicas de construção eadaptação, equipamentos e materiais, a seguirdiscriminados, junto ao Município, Estado e União:

a) Espaço físico, com salas climatizadas, anfiteatro,laboratórios (ciências, arte, dança), iluminação,insolação, ventilação, água potável, rede elétrica,segurança e temperatura ambiente;

b) Instalações sanitárias e saneamento básico nasunidades escolares;

c) Espaços para a prática de esportes, quadra poliesportiva coberta, auditório, espaços cobertos pararecreação, áreas livres, biblioteca, laboratório deinformática, refeitório mobiliado e cozinha comexaustor;

d) Adaptação dos prédios escolares para garantir olivre acesso aos alunos com necessidades especiais;

e) Política de atualização e ampliação constante doacervo das bibliotecas e salas de leitura, comoinstância de apropriação de conhecimento;

f) Mobiliários adequados e adaptados, equipamentos,materiais pedagógicos específicos e substituiçãodas carteiras universitárias por conjuntos escolares;

g) Telefone e serviços de reprodução de textos dentrodas tecnologias atuais, com recursos paramanutenção;

h) Continuidade da informatização das instituições deensino e a aquisição de equipamentos multimídiasnecessários para a inclusão digital – acesso a todasas tecnologias – para os profissionais de educaçãoe alunos;

i) Implantação e implementação da biblioteca virtualcomo suporte didático, independentemente donúmero de alunos e de profissionais;

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j) Material de educação física adequado, incentivandooutras modalidades esportivas e recreativas;

k) Espaço destinado à construção de horta, commanutenção necessária;

l) Arborização e paisagismo;

m) Sistema de áudio com caixa de som em cada sala.

5. Garantir a realização periódica, de 2 (dois) em 2 (dois)anos, e sistemática de concursos públicos de ingresso nacarreira do magistério para docentes, para os profissionaistécnico-administrativos, e apoio administrativo nas redespúblicas estadual e municipal, na carreira dos profissionaisda educação.

6. Apoiar e incentivar as organizações estudantis, comoespaço de participação e exercício da cidadania.

7. Garantir a construção e o funcionamento de escolas queatendam aos requisitos de infra-estrutura definidos,também em escolas rurais e indígenas, com recursospúblicos.

8. A partir do segundo ano da vigência deste plano, somenteautorizar a construção e funcionamento de escolas queatendam aos requisitos de infra-estrutura definidos no item 4.

9. Estabelecer, em todos os sistemas de ensino e com o apoioda união, da comunidade escolar, parcerias com a iniciativaprivada e programas para equipar todas as unidadeseducacionais, gradualmente, com os equipamentosdiscriminados, conforme item 4.

10. Assegurar que, em um ano após a aprovação do PME,todas as escolas tenham desencadeado o processo para aelaboração do seu projeto político-pedagógico, adaptaçãopara o ensino de 9 anos, com observância das DiretrizesCurriculares, para o Ensino Fundamental, com efetivaparticipação das comunidades na gestão das escolas,

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estimulando a institucionalização dos Conselhos Escolarese órgãos equivalentes.

11. Manter e consolidar o programa de avaliação do livrodidático criado pelo Ministério de Educação,estabelecendo entre seus critérios a adequada abordagemdas questões de gênero e etnia e a eliminação de textosdiscriminatórios ou que reproduzam estereótipos acercado papel da mulher, do negro e do índio.

12. Solicitar junto à União que se mantenha o número decinco livros didáticos oferecidos aos alunos dos cinco anosiniciais do Ensino Fundamental, de forma a cobrir as áreasque compõem as Diretrizes Curriculares do EnsinoFundamental e os Parâmetros Curriculares Nacionais.

13. Ampliar e garantir progressivamente a oferta de livrosdidáticos a todos os alunos do Ensino Fundamental.

14. Promover o incentivo à leitura, equipando as escolas comsalas de leitura, acervo bibliográfico atualizado e aformação de recursos humanos para atender asespecificidades dos ambientes destinados a esta atividade.

15. Garantir o transporte escolar quando necessário e quandosolicitado, a partir da aprovação deste plano, em regimede colaboração entre União, Estado e Municípios,atendendo aos princípios básicos de segurança exigidospelo Departamento Nacional de Trânsito, inclusivetransporte adaptado a portadores de deficiência física.

16. Garantir com a colaboração da União, Estado eMunicípio, o fornecimento de duas refeições por períodoe o equilíbrio necessário garantindo os níveis calóricos -protéicos dessa faixa etária com cardápios elaborados esupervisionados por nutricionista.

17. Ampliar, progressivamente, a jornada escolar visandoexpandir a escola de tempo integral, que abranja um

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período de pelo menos sete horas diárias, com previsãode professores e funcionários em número suficiente.

18. Ampliar, progressivamente, a jornada escolar, visandoimplantar escolas de tempo integral, abrangendo o períodode pelo menos sete horas diárias, com no mínimo trêsrefeições, apoio às tarefas escolares, à prática planejadade esportes e atividades artísticas, práticas agrícolas,domésticas, comerciais e industriais, com previsão deespaço físico, recursos financeiros e profissionais daeducação em número suficiente e com salários compatíveisa carga horária trabalhada, nos moldes do Programa deRenda Mínima associado a ações sócio-educativas.

19. Estabelecer, em dois anos, a reorganização curricular doscursos noturnos de forma a adequá-los às característicasda clientela e promover a eliminação gradual danecessidade de sua oferta.

20. Reavaliar/propor novas ações atuais e futuras no tocanteàs funções de supervisão e inspeção no sistema deavaliação de acordo com os PCCS.

21. Prever formas mais flexíveis de organização escolar paraa zona rural, bem como a adequada formação profissionaldos professores, considerando a especificidade do alunadoe as exigências do meio.

22. Assegurar a elevação progressiva do nível de desempenhodos alunos mediante a implantação, em todos os sistemasde ensino, de um programa de monitoramento que utilizeos indicadores do Sistema Nacional de Avaliação daEducação Básica e dos sistemas de avaliação dos Estadose Municípios que venham a ser desenvolvidos.

23. Realizar em parceria com o Estado, por meio de censoeducacional, o mapeamento da população escolarizávelem idade escolar obrigatória que se encontra fora daescola, por bairro, distrito, residência e local do trabalho

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dos pais, visando universalizar a oferta de ensinofundamental obrigatório de nove anos.

24. Assegurar que todas as escolas do Ensino Fundamentalpossuam equipe de gestão de acordo com o PCCS,necessidade e especificidade de cada escola.

25. Determinar, a partir da aprovação do PME, as formas deatendimento crescente das populações de jovens e adultosresidentes ou trabalhadores no campo, a partilha deresponsabilidade do Estado e do município na sua ofertae financiamento, com complementação da União, sempreem regime de colaboração, de tal forma que no final dadécada todos tenham completado a escolaridadefundamental com qualidade.

26. Garantir e ampliar a formação profissional docente a nívelde graduação (ensino superior), especialização LatoSensu, mestrado e doutorado, a partir da aprovação doPME, considerando as especificidades sócio-culturais.

27. Assegurar e ampliar, no prazo de 2 anos a partir daaprovação deste Plano, por meio de convênios, uma redede apoio interinstitucional que envolva as áreas de saúde,assistência social e trabalho, garantindo equipe multi -profissional (pedagogos, assistente social, fonoaudiólogose outros) para atender os alunos que requererem, comotambém apoiar e orientar os professores que trabalharemcom alunos com necessidades educacionais especiais noEnsino Fundamental.

28. Garantir, em parceria com a União e Estado, no prazo de2 anos a contar a partir da aprovação deste Plano, a criaçãode laboratórios de ciências em todas as escolas públicas,reequipando os laboratórios já existentes e propiciandomeios para manutenção deles, assegurando profissionaisqualificados na área.

29. Garantir para a escola organizada em Ciclos de Formaçãoa figura do Coordenador Pedagógico e do Coordenador

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de Ciclo, como suporte para a qualidade da aprendizagemno 1º, 2º e 3º ciclos, mediante os seguintes critérios:

a) Número de alunos matriculados;

b) Níveis de turmas;

c) Turnos e funcionamento.

30. Reorganizar a proposta da escola organizada em ciclo deformação, a partir da aprovação deste plano, cumprindode forma efetiva o que for determinado nela, adequandoos requisitos referentes à lotação dos profissionais e àquestão curricular (áreas do conhecimento), suprindo asnecessidades pedagógicas e tecnológicas.

31. Assegurar a partir da aprovação deste Plano, para asescolas organizadas em série/ano os requisitos que supramas necessidades pedagógicas e tecnológicas desta formade organização.

32. Implantar gradativamente, no prazo máximo de dois anos,a partir da aprovação do PME, a oferta de livros deliteratura mato-grossense, didático-pedagógico e de apoioao professor; sendo esta ação de responsabilidade doEstado e do Município.

33. Assegurar e ampliar, a partir da aprovação deste Plano,para os anos iniciais do Ensino Fundamental, a oferta deLíngua Estrangeira, garantindo profissionais comqualificação específica na área.

34. Assegurar tratamento igual aos profissionais da educação,sejam eles efetivos ou contratados, com o objetivo defazer justiça e melhorar o resultado final no processoensindo-aprendizagem.

35. Garantir e ampliar nas escolas de Ensino Fundamental,professores de Educação Física com formação na área,atuando a partir dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

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36. Ampliar o quadro de pessoal de apoio para atender asnecessidades da escola de Ensino Fundamental.

37. Assegurar o processo de avaliação institucional no sistemapúblico de educação em parceria entre Estado, Municípioe União, a partir da aprovação deste Plano, promovendoa reorganização e/ou implantação da gestão democráticae, conseqüentemente, a melhoria da qualidade do ensino.

38. Garantir a partir da aprovação deste Plano, a autonomiados CDCE em fiscalizar, opinar, deliberar e gerenciar asverbas destinadas as unidades escolares, inclusive as dereformas e construção de prédios, em conformidade coma Lei 7.040/98.

39. Criar, a partir da aprovação do PME, condições reais deacompanhamento, execução e avaliação para a efetivaçãode todos os objetivos e metas propostos neste Plano.

3.3 – ENSINO MÉDIO

3.3.1 - Diagnóstico

O Ensino Médio - última etapa da educação básica - tem suatrajetória diferenciada ao longo da história da educação brasileira.

A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologiase as mudanças na produção de bens e conhecimentos exigem que aescola possibilite meios de integração dos alunos ao mundocontemporâneo, nas dimensões fundamentais da cidadania e dotrabalho.

O ensino médio assim concebido desempenha papel importantepara a formação do jovem e adulto para que os mesmos possamparticipar política e produtivamente da realidade social onde estãoinseridos, inclusive para o prosseguimento dos estudos nos níveissuperiores.

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Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/Educacenso

Com base na LDB, o Ensino Médio faz parte da educaçãobásica, portanto deve ser universalizado, promovendo ademocratização escolar e ofertando uma proposta que possadesenvolver competências básicas, cognitivas e éticas, para inserçãode jovens no mundo do trabalho, de forma articulada entre saberes,experiências, atividades e desempenho.

Em virtude disso, embora as estatísticas demonstrem que osconcluintes do Ensino Fundamental começam a chegar à terceiraetapa da educação básica em um número um pouco maior a cadaano, é preocupante o reduzido acesso ao Ensino Médio, comotambém o alto índice de evasão e repetência.

Em Sinop a oferta do Ensino Médio é feita pelas redes estaduale privada e os dados estatísticos abaixo relacionados, comparadoscom os do Ensino Fundamental mostram que o atendimento dademanda ainda é satisfatório, embora o total de concluintes do EnsinoFundamental não prossiga seus estudos.

Tabela 18 – ENSINO MÉDIO: MATRÍCULA INICIAL PORDEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

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Tabela 19 – ENSINO MÉDIO: TAXA DE REPROVAÇÃOE ABANDONO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Tabela 20 – TAXA DE APROVAÇÃO NO ENSINO MÉ-DIO, POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – 2002 – 2006

Portanto entende-se que investir no Ensino Médio éimprescindível para assegurar o processo de crescimento do serhumano, da sociedade e do país.

É a partir destes princípios que o PME em consonância com oPEE, deverá planejar e estabelecer os objetivos e metas para estamodalidade de ensino.

Fonte: INEP/ Resultados Finais do Censo Escolar/ Educacenso.

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3.3.2 – DiretrizesO aumento da demanda para o Ensino Médio dos que

conseguem concluir o Ensino Fundamental, associado à tendênciapara a diminuição da idade dos concluintes, permitirá um aumentoda demanda de jovens que ambicionam uma carreira educacionalmais longa. Assim a demanda do Ensino Médio vai compor tambémos segmentos já inseridos no mercado de trabalho que aspirammelhoria social e salarial e que necessitam dominar habilidades quepermitam assimilar e utilizar produtivamente, recursos tecnológicosem constantes transformações.

Ao longo dos dez anos de vigência deste Plano, esta tendênciade aumento de demanda é um desafio aos governantes para garantira formação dos cidadãos para atuação na sociedade.

Assim, as diretrizes para o Ensino Médio deverão enfrentaros desafios da oferta com qualidade de ensino propiciandoaprendizagem de competências de caráter geral formando pessoasaptas a assimilar as mudanças em suas escolhas, que respeitem asdiferenças, superem a segmentação social e proponham mudanças emedidas que corrijam a distorção.

3.3.3 – Objetivos e Metas do Ensino Médio1. Propor ao Estado a garantia de uma política pública de

financiamento para o Ensino Médio, condizente com asnecessidades de expansão e qualidade.

2. Acompanhar no prazo de dois anos, a nova concepçãocurricular elaborada pelo Conselho Nacional de Educação,observando as peculiaridades locais.

3. Acompanhar e consolidar a identidade própria do EnsinoMédio, em dois anos, de forma que proporcione aformação integral do aluno no Ensino Médio Integrado.

4. Cobrar do poder público que o aluno tenha uma formaçãogeral com sólida fundamentação teórica, cultural ecientífica.

5. Acompanhar a implantação do ensino da LínguaEspanhola no currículo das escolas, até 2010.

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6. Reivindicar, em cinco anos, para que todos os professoresdo Ensino Médio possuam formação em LicenciaturaPlena, ofertando oportunidade de formação nesse nívelde ensino àqueles que não possuem, assegurando aformação continuada em serviço e pós graduação.

7. Incentivar a participação dos profissionais da educação,na realização de pesquisa e inovação pedagógica,assegurando recursos financeiros à realização de projetose que o pesquisador tenha dedicação exclusiva nosprojetos na escola.

8. Garantir, juntamente com o Estado, transporte dequalidade dentro dos padrões de legislação de trânsitopara alunos do Ensino Médio do campo, quecomprovadamente necessitem dele.

9. Buscar junto ao Estado a elaboração, no prazo de doisanos, de padrões mínimos nacionais de infra-estrutura parao Ensino Médio compatíveis com as realidades regionais,incluindo:

a) Espaço, iluminação, ventilação e insolação dosprédios escolares;

b) Instalações sanitárias e condições para amanutenção da higiene em todos os edifíciosescolares;

c) Espaço coberto para esporte e recreação;

d) Espaço e mobiliário para a biblioteca;

e) Adaptação dos edifícios escolares para oatendimento dos alunos portadores de necessidadesespeciais;

f) Instalação para Laboratório de InformáticaLínguas e Ciências da Natureza;

g) Equipamento para Laboratórios de Ciências daNatureza, para Laboratórios de Informática eequipamento multimídia para o ensino;

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h) Atualização e ampliação do acervo das bibliotecasincluindo material bibliográfico de apoio aoprofessor e aos alunos;

i) Equipamento didático-pedagógico de apoio aotrabalho em sala de aula;

j) Telefone e reprodutor de texto;

k) Profissional especializado para atender osLaboratórios de Informática, Ciências da Naturezae Biblioteca;

l) Auditório para realização de eventos culturaisdentro da escola;

m) Instalação de sala de formação continuada;

10. Melhorar o aproveitamento dos alunos do Ensino Médio,de forma a atingir níveis satisfatórios de desempenhodefinidos e avaliados pelo Exame Nacional do EnsinoMédio - ENEM.

11. Reduzir em 10%, a partir do terceiro ano de vigência doplano, em 20%, a partir do quarto ano de vigência doplano, em 30%, a partir do quinto ano de vigência doplano, em 40%, a partir do sexto ano de vigência do planoe, em 50%, a partir do sétimo ano de vigência do plano, aevasão e repetência nas escolas estaduais do município,procedendo estudos das causas que levam ao abandono eadotando medidas que busquem minimizar essa evasão.

12. Propor ao Conselho Estadual de Educação a nãoautorização de funcionamento de novas escolas queestejam fora dos padrões listados no item 9.

13. Adotar medidas junto ao governo do Estado para auniversalização progressiva das redes de comunicação,para melhoria do ensino e da aprendizagem.

14. Adaptar, em cinco anos, as escolas existentes, de forma aatender aos padrões mínimos estabelecidos.

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15. Propor mecanismos, como conselhos deliberativosescolares ou equivalentes, para incentivar a participaçãoda comunidade na gestão escolar, manutenção e melhoriadas condições de funcionamento das escolas, às escolasque ainda não tenham conselhos ou similares.

16. Assegurar a autonomia das escolas, tanto no que dizrespeito ao Projeto Pedagógico como em termos degerência de recursos mínimos para a manutenção docotidiano escolar.

17. Aprimorar a qualidade do ensino médio, para satisfazer oestudante em suas necessidades educativas, a partir dosegundo ano chegando ao final de seis anos, a partir davigência deste Plano.

18. Buscar uma revisão da organização didático-pedagógicae administrativa do ensino noturno, de forma a adequá-loàs necessidades do aluno trabalhador, sem prejuízo daqualidade do ensino.

19. Propor formação específica e continuada aos profissionaisda Rede Pública de Ensino, para atendimento das pessoascom necessidades especiais.

20. Garantir a participação dos estudantes em todos oseventos de interesse da sua formação educacional e cidadã.

21. Apoiar e motivar as organizações estudantis, como espaçode participação e exercício da cidadania.

22. Sugerir ao Estado que instale equipe de multiprofissionaispara atender alunos e profissionais da educação quenecessitem de serviços especializados.

23. Incentivar a participação dos profissionais da educaçãoem exercício a realizar pesquisas e inovações pedagógicaspara a sua auto-valorização.

24. Formular uma Proposta Pedagógica que contemple asperspectivas do aluno do campo, voltada para a realidadeda comunidade.

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25. Incentivar a elaboração de livros com conteúdos regionaispara que o aluno possa intensificar o conhecimento doEstado, Região e Município, bem como a participaçãoem feira de ciências.

26. Assegurar aos alunos da zona rural o acesso ao EnsinoMédio em regime de colaboração com a União, Estado eMunicípio.

27. Propiciar condições em parceria com Estado e outrosMunicípios, para que o aluno do Ensino Médio participede jogos: intermunicipais, regionais e estaduais,viabilizando transporte, estadia e alimentação.

28. Promover a partir da aprovação deste Plano, fóruns eseminários do Ensino Médio, definindo uma novaconcepção curricular que oriente o Projeto PolíticoPedagógico.

29. Observar no que diz respeito ao Ensino Médio as metas eos objetivos estabelecidos nos capítulos referentes àformação de professores, financiamento e gestão.

30. Formular o Projeto Político Pedagógico do Ensino Médioe Profissional a distância.

31. Buscar e incentivar a realização de olimpíadas escolaresde conhecimentos, que envolvam todas as áreas.

3.4 - ENSINO SUPERIOR

3.4.1 – Diagnóstico

De acordo com o Plano Nacional de Educação, a educaçãosuperior brasileira enfrenta problemas que só serão superadosmediante políticas que promovam sua renovação e desenvolvimento.Hoje, cerca de 6.000 alunos egressos do Ensino Médio do municípiotêm um número considerável de vagas disponíveis nas IES públicase privadas.

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Tabela 20 – QUADRO DE MATRÍCULA INICIAL NOENSINO MÉDIO POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Em Sinop, oito (08) IES procuram atender à demanda, sendouma (01) estadual, uma (01) federal e seis (06) privadas. A primeiraIES instalada no município foi a UNEMAT, em 1990, InstituiçãoPública Estadual que ofertava cursos de Licenciatura (Matemática,Pedagogia e Letras). A UFMT, Instituição Federal, foi instalada emSinop como extensão do Campus de Cuiabá, com cursos modulares,turmas especiais, nas áreas de Ciências Contábeis, CiênciasBiológicas, Engenharia Florestal, Educação Física, Geografia eDireito. Com o crescimento econômico regional, amplia-se o EnsinoSuperior com a implantação de instituições de Ensino Superiorprivadas, dentre elas, a UNIC, FASIPE, UNICEN e FACENOP.

As matrículas nestas instituições vêm apresentando um rápidocrescimento nos últimos anos. Em 2000, pouco mais de 1.000 alunosestavam matriculados. Já em 2006, o número passou de 5.000,conforme dados da tabela abaixo:

Fonte: INEP / Resultados Finais do Censo Escolar / Educacenso.

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Tabela 21 - QUADRO DE MATRÍCULA INICIAL EDU-CAÇÃO SUPERIOR POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRA-TIVA - 2002 – 2006.

Embora os dados mostrem que, teoricamente, a maioria dosegressos do Ensino Médio tem acesso ao número de vagas ofertadaspelas IES, isso na prática não ocorre, já que, dentre o número dematriculados, grande parte é proveniente de outros municípios daregião, pois Sinop tem se tornado pólo educacional. Outro percentualé composto por pessoas que estão retomando os estudos, após muitosanos afastados da educação escolar, buscando qualificação que emanos anteriores não lhe era oferecida.

Outro fator que influenciou o aumento de matrículas foi a ofertade novos cursos, diversificando, dessa forma, as áreas de atuação,conforme tabela abaixo.

Fonte: SECITEC-MT / INEP / SEPLAN-MT.

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Tabela 22 – QUADRO DAS IES, CURSOS OFERTADOS, ALUNOSMATRICULADOS E PROFESSORES (início de 2008)

Fonte: Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (Evolução Econômica,disponível em: www.sinop.mt.gov.br); Centro de dados das IES.

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Atualmente, além das instituições, acima descritas, queoferecem ensino superior na modalidade regular e presencial, outrasdesenvolvem ensino na modalidade à distância (EAD), comoCEPI/EADCON, UNINTER e UNISAT. A tabela 4 abaixo mostraos cursos ofertados na modalidade à distância.

Tabela 23 - QUADRO DE IES DE MODALIDADE EAD

Fonte: Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (Evolução Econômica,disponível em: www.sinop.mt.gov.br); Centro de dados das IES.

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As IES ofertam ainda cursos de especialização lato sensu,em diversas áreas do conhecimento, conforme a tabela abaixo:

Tabela 24 – IES E CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃOOFERTADOS (2008)

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Fonte: Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (Evolução Econômica, disponível em:www.sinop.mt.gov.br); Centro de dados das IES.

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Embora historicamente o papel de atuar na educação superiortenha sido atribuído à União e ao Estado, as instituições deste nívelnão podem prescindir do apoio do município. De acordo com oPlano Nacional de Educação (2002, p. 62), as universidades públicastêm um importante papel a desempenhar no sistema, como padrãode referência no ensino de graduação e na atuação em pesquisasbásicas e pós-graduação. O referido documento salienta, ainda, quea estas instituições cabe a qualificação docente para atuação desde aeducação básica até a educação superior, no que se refere à titulaçãodocente prevista na LDB.

Cabe ao município incentivar, também, ações que viabilizem aimplantação e expansão de formação de qualificação em áreastécnicas e profissionais, atentando para as necessidades e demandaslocais.

3.4.2 – Diretrizes

Rede de conexões que norteiam as diretrizes ora apresentadas:

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As proposições do conjunto de temáticas em seus elementos:diagnóstico, diretrizes, objetivos e metas apontam, embora aPrefeitura Municipal não seja responsável pela oferta de ensino médioe educação superior (em geral atendidos pelo Estado, pela União oupela Rede Privada) (Guia de PME), que o PME deve estabelecerdiretrizes e metas para o Ensino Médio e para a Educação Superiorno Município, negociando ações e recursos das esferas competentese, principalmente, dialogando com os responsáveis por esses níveisde escolarização.

O poder público local deve buscar nas IES, fontes deinformação e conhecimento para efetuar de forma adequada ainclusão social desde a Educação Infantil até a Educação Superior,compreendendo a relação teoria-prática, apoiando e fornecendocondições para que os estágios previstos nos diferentes cursosofertados constituam fontes de aprendizagem e pesquisa aos alunose demais profissionais envolvidos no processo. Assim, cabe-lhesapoiar ações para a constante melhoria das IES da União e do Estado,participando, inclusive, das decisões delas emanadas, como formade exercer a gestão democrática preconizada na LDB.

O que se há de considerar relevante, no que concerne aodiagnóstico do perfil de escolarização dos profissionais envolvidos

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no processo educacional no âmbito municipal, compreendidas asdiferentes redes de formação, presentes e atuantes no município,com relação à demanda de formação que implica estabelecerestratégicas de formação e capacitação em diferentes níveis daescolarização: Ensino Fundamental, Médio e Formação Inicial eContinuada.

Deve existir articulação entre município e IES, comexperiência nas áreas de educação na constituição de um sistema deacompanhamento, controle e supervisão da educação no município,nos estabelecimentos públicos e privados, visando apoio pedagógicopara a melhoria e garantia dos padrões mínimos estabelecidos pelasdiretrizes no que concerne à qualidade da educação em seus diferentesníveis e modalidades. Isso implica em contribuir com a EducaçãoSuperior oferecendo aos alunos nessa faixa etária, a ampliação daoferta de vagas de alunos egressos do Ensino Médio, sobretudo aosalunos carentes, trabalhadores e capacitados, nas IES – Públicas ePrivadas credenciadas no município, especialmente, através deprogramas de bolsas de estudos reembolsadas pelo serviço prestado.

Já que uma das finalidades do Ensino Superior estabelecidopela LDB é prestar serviços especializados à comunidade, omunicípio deverá interagir com as instituições que contribuam parapropor formas de solucionar problemas locais (atendimento jurídico,fisioterápicos, odontológicos, farmacêuticos, enfermagem, agrários,educacionais e outros), melhorando a qualificação dos profissionais,bem como dos órgãos públicos municipais que se beneficiarão coma interação.

Como forma de difundir o conhecimento, a cultura e amelhoria das condições de vida se faz necessário o incentivo àpesquisa divulgando à população as conquistas e os benefícios delaresultantes.

3.4.3 – Objetivos e Metas do Ensino Superior

1. Buscar junto ao Estado e União para prover, no períodode até 10 anos, a partir da aprovação do PME, a oferta

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de educação superior, para pelo menos, 30% da populaçãosinopense apta para o ingresso no Ensino Superior.*

2. Contribuir para o processo de ampliação da oferta devagas no Ensino Público de modo a assegurar umpercentual de 25% em cinco anos, buscando atingir 50 %em 10 anos, a partir da aprovação do PME, em relaçãoao total das vagas públicas existentes em parceria com oEstado e a União.**

3. Apoiar políticas de expansão/interiorização do EnsinoSuperior Público, delineadas pelo Estado e União, nointuito de diminuir possíveis desigualdades de oferta deensino existentes no município, fortalecendo a políticadesenvolvida pelas IES. **

4. Incentivar parcerias entre União, Estado e IES, queestabeleçam um amplo sistema interativo de educação comos mecanismos da educação a distância, utilizando-o,inclusive para ampliar as possibilidades de atendimentonos cursos presenciais, regulares ou de educaçãocontinuada, conforme a necessidade de cada área.

5. Cooperar permanentemente com o Estado e União,visando à expansão e melhoria da Rede Pública de EnsinoSuperior.

6. Acompanhar, permanentemente, os resultados deavaliação interna e externa para as IES públicas e privadasdo município, visando à promoção da melhoria daqualidade de ensino, da pesquisa, da extensão e da gestãoacadêmica.

7. Propor a criação de cursos de nível superior em diversasmodalidades e em turnos diferenciados, inclusive,modulares e de finais de semana, de modo que venhamde encontro das necessidades e anseios da populaçãosinopense, permitindo maior flexibilidade na formação eampliação da oferta de ensino, potencializando acapacidade física existente.

* De iniciativa da União** Exigida a colaboração da União

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8. Incentivar a oferta de linhas de financiamento e convênios,das diversas fundações, que possam contribuir com aqualificação de profissionais para o avanço do ensino epesquisa, com a melhoria de infra-estrutura, laboratórios,equipamentos, bibliotecas e museus.

9. Apoiar práticas de pesquisa como princípio integradordo processo de ensino-aprendizagem em toda a educaçãosuperior.

10. Acompanhar o cumprimento das diretrizes curricularesao propor cursos de formação de professores no que serefere à abordagem de temáticas específicas da sociedadebrasileira contemporânea (racismo, homofobia, exclusãosocial, diferenças étnicas e culturais, pessoas comnecessidades especiais e outros), articulando asespecificidades locais e exigências globais.

11. Incentivar a implantação de Programas de Pós-Graduaçãolato sensu e stricto sensu com vista à formaçãoprofissional, nas mais diversas áreas, através de fomentosde programas das IES.

12. Buscar parcerias para garantir formação docente paraimplementar a inclusão de pessoas com necessidadesespeciais nas IES.

13. Amparar políticas que assegurem o direito de acesso aoEnsino Superior por meio de ações afirmativas, ematendimento aos diferentes segmentos sociais, naperspectiva da responsabilidade social das IES.

14. Colaborar com medidas que garantam acesso epermanência dos estudantes no Ensino Superior e reduzama evasão.

15. Contribuir com as Universidades, Centros de Referênciade Ensino, Pesquisa e Extensão, garantindo mecanismosde acesso e permanência do aluno quer em instituiçõespúblicas ou privadas.

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16. Estimular políticas de comunicação das ações internas eexternas das IES, potencializando meios e formas dedivulgar e socializar os saberes e fazeres produzidos nasações de Pesquisa, Ensino e Extensão.

17. Estabelecer convênios entre as Redes Municipal, Estadual,Federal e Privada para realização dos Estágios nas diversasáreas.

18. Oferecer incentivo governamental para as IES públicas ecomunitárias sem fins lucrativos, levando em consideraçãoa avaliação do custo e a qualidade do ensino oferecido.

3.5 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

3.5.1 – Diagnóstico

A Educação de Jovens e Adultos surgiu no Brasil, na décadade 1930, para atender a parcela da população brasileira que nãoteve acesso à escolarização na idade própria, impossibilitada pelanecessidade de sobrevivência e a não oferta de ensino para todos.

Essa modalidade de ensino fez-se necessária em virtude dastransformações pelas quais a sociedade brasileira passava. Fatorescomo o processo de industrialização e o crescimento da populaçãourbana, impulsionaram a ampliação da educação elementar, pelogoverno federal, traçando diretrizes educacionais para todo país,estendendo o ensino aos adultos, mais especificamente na décadade 1940.

Em 1947, foi lançada a Campanha de Educação de Adultosem âmbito nacional, criando-se as escolas supletivas, consideradasdeficientes no aspecto administrativo, com um aprendizadosuperficial, considerando o adulto como um ser produtivo, capaz deraciocinar e resolver seus problemas.

Na década de 1950, o pensamento pedagógico começou aaflorar, criticando algumas tendências educacionais já existentes. Oprecursor desta nova tendência foi Paulo Freire, que elaborou uma

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proposta de alfabetização de adultos conscientizadora e que nãonegasse a sua cultura, mas que fosse transformando, através dodiálogo, considerando as diversidades regionais e locais.

Com o golpe militar em 1964, os programas de alfabetizaçãoe educação popular, que haviam até então se multiplicado, foramvistos como uma ameaça à ordem, sendo, então, criados programasassistencialistas e conservadores a exemplo do MOBRAL –Movimento Brasileiro de Alfabetização, implantado de formamassiva, porém superficial, fruto de uma sociedade de época, vaziode todo sentido crítico e problematizador, ou seja, sua função eralevar o adulto analfabeto a participar de benefícios de uma sociedade“moderna”. Porém, havia algumas experiências isoladas dealfabetização com propostas mais críticas, vinculadas a movimentospopulares.

Conforme dados do IBGE, em 1996, dos brasileiros com 15anos ou mais, 15.3 milhões (14.2%) não completaram sequer umano de escolaridade, 19.4 milhões (18.2%) tem apenas de 1 a 3 anosde instrução, e outros 36 milhões (33.8%) completaram de 4 a 7anos de escolaridade. Pode-se constatar que 70.7 milhões debrasileiros não completaram o Ensino Fundamental e tinham, noentanto, este direito assegurado pela Constituição Federal.

O Estado de Mato Grosso, concomitantemente ao cenárionacional, vivenciou todas as tendências e dificuldades na modalidadede EJA, adaptando-se ao desenvolvimento e crescimentosocioeconômico da população, bem como, suas necessidades,impulsionando a busca pela escolarização e complementação dosestudos.

O Município de Sinop oferta EJA - I Segmento, desde 1994,sendo que a partir de 2007 implantou também o II Segmento, eorganizou a Proposta Pedagógica. No que se refere aos padrões deinfra-estrutura das escolas e outros espaços cedidos para ofuncionamento da EJA, os mesmos são adequados quanto à sala de

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aula (carteiras, cadeiras, quadro de giz, iluminação, ventilação). Osalunos das turmas que freqüentam as escolas têm acesso à biblioteca,material didático e laboratório de informática.

Tabela 25 - ESTABELECIMENTO DE ENSINO, PORDEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO A ETAPA /MODALIDADE MINISTRADA, NO ANO DE 2006

Tabela 26 - SALAS DE AULA SEGUNDODEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA POR ETAPA EMODALIDADE DE ENSINO – 2007

FONTE: INEP / EDUDATA / INSTITUIÇÕES SUPERIORES

FONTE: CENSO ESCOLAR 2007

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Tabela 27 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1º E2º SEGMENTO: MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIAADMINISTRATIVA

Tabela 28 - DADOS ESTATÍSTICOS DOALFABETISMO - SINOP – MT

FONTE: INEP / Resultados Finais do Censo Escolar / Educacenso.* Obs.: O número de alunos do Programa Brasil Alfabetizado não inclue-se no total dealunos de EJA.

Fonte: IBGE – Censo 2000

Em 2002, foi implantado, no município, o Projeto deEscolarização de Jovens e Adultos - PEJA, sendo credenciadas asEscolas Municipais para a oferta do mesmo. Seu objetivo eraescolarizar os Jovens, Adultos e Idosos e encaminhá-los paracertificação da Fase I, Segundo dados do IBGE (Censo 2000), o

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município contava, na época, com 4.245 analfabetos e/ou semi-analfabetos maiores de 15 anos de idade.

Considerando esses índices e as necessidades educacionaisexistentes, os governos: Federal, Estadual e Municipal ofertaram,através de parcerias, o Brasil Alfabetizado (SESI).

A Prefeitura aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado a partirde 2005, porém, desde 2003, cedia espaço físico nas escolasmunicipais para o Programa.

O Projeto Brasil Alfabetizado foi implantado nas EscolasMunicipais com o objetivo de erradicar o analfabetismo. Para facilitaro acesso e permanência dos alunos foram ofertadas salas de aulacomo extensões em vários bairros, na Penitenciária Dr. OsvaldoFlorentino Leite Ferreira e no Centro de Restauração de VidasEbenezer, para atender a demanda dessa modalidade de ensino.

Para alcançar os objetivos, em termos quantitativos e naadequação à clientela, a modalidade de ensino da Educação de Jovense Adultos obedece a três princípios básicos.

a) Flexibilidade: O atendimento é realizado nas EscolasMunicipais de Sinop; O calendário letivo a ser seguido évinculado ao calendário do Ensino Regular; As aulasacontecem no regime presencial, devendo o aluno terfreqüência mínima de 75%, tendo duração de três fasesdo 1ºSegmento do Ensino Fundamental;

b) Continuidade: O aluno pode ingressar na etapa dealfabetização e permanecer até a 3ª fase do 1º Segmentoou do 2 º Segmento do Ensino Fundamental; O Acesso éaberto em todas as fases do processo, de acordo com assuas habilidades e competências; Para regulamentar asituação escolar do aluno que não possui o “comprovantede escolaridade”, é aplicada uma avaliação de acordo como seu nível de conhecimento; O aluno pode transferir-se

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de uma unidade escolar para outra, sem quebra decontinuidade, no conteúdo, ou no método pedagógico;

c) Viabilidade: Há adoção de políticas educacionais queasseguram a formação continuada dos professores noprocesso educativo, imprimindo uma dinâmica estável defidelidade aos princípios metodológicos. A implantaçãodo I e II Segmento do Ensino Fundamental da EJA nasEscolas Municipais varia de acordo com a procura poressa modalidade;

A Educação de Jovens e Adultos, como modalidade daEducação Básica tem como funções fundamentais: a reparadora, aequalizadora, e qualificadora nos seguintes termos:

a) A função reparadora significa uma garantia de entradano circuito dos direitos civis pelo acesso a uma escola dequalidade, e o reconhecimento da igualdade ontológicade todo ser humano. É uma oportunidade concreta parajovens e adultos freqüentarem a escola, as especificidadessócio-culturais que apresentam, enquanto demanda embusca de restabelecer a trajetória escolar;

b) A função equalizadora significa uma garantia deredistribuição e alocação dos bens sociais de acesso epermanência na escola promovendo a igualdade. Por estafunção, o indivíduo que teve sustado sua formação, buscarestabelecer a trajetória escolar readquirindo aoportunidade a um ponto igualitário no jogo conflitualda sociedade;

c) A função qualificadora significa uma garantia depropiciar a atualização de conhecimentos por toda a vida;ela é o sentido da Educação de Jovens e Adultos, tendocomo função alcançar o caráter incompleto do ser humanoe restabelecer seu potencial de desenvolvimento e deadequação, através dos quadros escolares ou nãoescolares;

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3. 5.2 Diretrizes

A Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidadeeducacional, atende alunos que não tiveram acesso à escolaridadeem idade própria, tendo como finalidade e objetivo o compromissocom a formação humana e o acesso à cultura geral, de modo que oeducando participe política e produtivamente das relações sociais,através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

A característica desta modalidade de ensino é a diversidadedo perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível deescolarização em que se encontram, à situação socioeconômica ecultural, às ocupações e à motivação pela qual procuram a escola. Ouniverso da EJA contempla diferentes culturas que devem serpriorizadas na construção de diretrizes educacionais, com inovaçõesatravés de conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um tempodiferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos.No decorrer do processo educativo, a autonomia intelectual doeducando deve ser estimulada, para que o mesmo possa darcontinuidade aos estudos, independente da educação formal.

A viabilidade do acesso e permanência deste educando naescola fortalecer-se-á a partir de políticas públicas municipais quegarantam este atendimento, destinando recursos próprios para amanutenção e a melhoria da qualidade do ensino, nas escolas,ampliando progressiva e significativamente o atendimento dademanda desta população sob formas diversas e flexíveis,assegurando a continuidade dos estudos em níveis mais avançados,até que sejam alcançadas as metas de superação do analfabetismo, auniversalização do Ensino Fundamental e o acesso ao Ensino Médio.

Faz-se necessário, portanto, a garantia do investimento derecursos financeiros específicos por parte do Poder Público domunicípio no atendimento da EJA – I e II Segmento, com provisãode condições adequadas de ensino-aprendizagem – instalaçõesescolares, materiais didáticos pedagógicos e tecnológicos,

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levantamento de dados referentes à população analfabeta ou compouca escolaridade, valorização dos profissionais da EJA,propiciando-lhes condições de trabalho e remuneração condignas,capacitando-os para o desempenho de suas atividades em processode formação inicial e continuada, visando fortalecer a identidadepolítico-pedagógica e a melhoria da qualidade da EJA.

Desta forma, as diretrizes, a serem traçadas para estamodalidade de ensino, dizem respeito a:

- Levantar dados da população analfabeta ou com o EnsinoFundamental incompleto, existente no município, com afinalidade de atender a demanda e elevar o nível deescolaridade da população sinopense;

- Assegurar recursos financeiros para o atendimento daEducação de Jovens e Adultos - I Segmento, garantindoos padrões mínimos de qualidade;

- Garantir o atendimento da demanda da Educação de Jovense Adultos – I e II Segmento, em todo o Município (cidadee interior), sob formas diversas e flexíveis, visando aerradicação do analfabetismo;

- Viabilizar a garantia de oferta da EJA;

- Assegurar o fornecimento de material didático-pedagógicoadequado aos alunos e professores da EJA – I e IISegmento, bem como materiais de incentivo à leitura;

- Garantir o acesso à informática educacional aos alunos deEducação de Jovens e Adultos da Rede Municipal deEnsino;

- Articular junto às Instituições de Ensino Superior doMunicípio, para que insiram em seus currículos, astemáticas relacionadas à EJA, de modo a contribuir paraa formação inicial e o aperfeiçoamento dos professores;

- Dar continuidade a formação continuada dos professorese equipe técnico-pedagógica da Rede Municipal de

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Ensino, atuantes na Educação de Jovens e Adultos – I eII Segmento;

- Viabilizar a oferta de merenda escolar aos educandos daEducação de Jovens e Adultos I e II Segmento, a fim depossibilitar sua freqüência e permanência;

- Assegurar o atendimento especializado, para os alunosda EJA com necessidades especiais, incluindo materialdidático-pedagógico e formação continuada e adequadados professores;

- Manter parcerias com as Secretarias Municipais de Saúdee de Assistência Social para o atendimento aos alunos daEducação de Jovens e Adultos que apresentem deficiênciavisual e/ou perda auditiva, buscando convênios para aconfecção e fornecimento dos recursos ópticos prescritose aparelhos auditivos;

- Acompanhar a oferta da EJA, por meio de avaliações ediagnósticos, com vistas ao desenvolvimento das açõespropostas e a efetiva socialização dos seus resultados,buscando a superação dos fatores que dificultam a oferta,o acesso, o rendimento e a permanência na escola, doeducando desta modalidade de ensino.

3.5.3 – Objetivos e Metas da Educação de Jovens e Adultos

1. A Educação de Jovens e Adultos no PME deverá conjugarquantidade com qualidade e deverá comprometer-se comos mesmos objetivos do PNE com a finalidade de:

a) Atender a demanda e elevar o nível de escolaridadeda população sinopense;

b) Melhoria da qualidade de ensino de jovens eadultos;

c) Redução de desigualdades sociais e regionais;

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d) Democratização da gestão do ensino público EJAno PME com a efetivação, o esforço integrado ecompartilhado entre a União, o Município, aComunidade Escolar, as Universidades e aSociedade;

e) Reduzir o analfabetismo no Município de Sinop apartir da aprovação deste Plano. A missão da EJAé formar pessoas para seu tempo capacitando-as aconstruir autonomamente seu futuro cada vezmelhor.

2. Incluir, efetivamente, no planejamento e orçamento doórgão executivo municipal, a educação e a formaçãoprofissional continuada dos educadores das suas redes,em ações que não sejam pontuais e descontínuas.

3. Firmar convênio/parceria com as Secretarias Municipaise Estaduais, para a disponibilização de profissionais naárea de assistência social, psicologia, oftalmologia,fonoaudiologia e nutrição, que dêem o suporteespecializado ao trabalho do professor e aprimoramentoda ação pedagógica na modalidade EJA, em todos osníveis.

4. Buscar alternativas financeiras para oferta, manutençãode projetos especiais da EJA com a participação de todasociedade e acompanhamento social da aplicação dessesrecursos.

5. Assegurar e ampliar a escolarização e o atendimento dademanda da Educação de Jovens e Adultos da EducaçãoBásica no Ensino Fundamental.

6. Realizar, anualmente, levantamento e avaliação deexperiências em alfabetização de Jovens e Adultos, queconstituam referência para os agentes integrados aoesforço Estadual e Nacional de erradicação doanalfabetismo no Estado, através do Fórum Estadual daEJA.

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7. Garantir, em parceria com a Secretaria de SegurançaPública do Estado, nas unidades prisionais e nosestabelecimentos que atendam adolescentes, jovens eadultos, Programas Especiais da EJA- Educação Básicapara os professores.

8. Oferecer, acompanhar e avaliar a formação docente iniciale continuada, para que a qualidade da Educação de Jovense Adultos atinja os objetivos propostos pela ConstituiçãoNacional e Estadual e pela Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional.

9. Estimular as Instituições de Ensino Superior eorganizações não-governamentais a oferecer cursosdirigidos à melhor idade.

10. Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultoscom os órgãos de proteção e geração de empregos, atravésde parcerias.

11. Incentivar as empresas públicas e privadas a firmaremparcerias/convênios de programas permanentes deEducação de Jovens e Adultos para os seus trabalhadores,garantindo-lhes a permanência na escola, sem prejuízodo seu posto de trabalho e de sua remuneração.

12. Assegurar a continuidade aos estudos no I e II segmentoda EJA a todos os egressos alfabetizados, garantindosuporte com material técnico e didático.

13. Assegurar o acompanhamento e monitoramento daimplantação dos Programas da EJA, garantindo suaavaliação e contínuo aperfeiçoamento.

14. Estabelecer políticas que facilitem parcerias paraaproveitamento dos espaços ociosos existentes nacomunidade, vinculados a uma escola pública que oferteEJA.

15. Instar o Município a proceder um mapeamento, por meiode censo educacional, nos termos do art. 5º, § 1º da LDB,da população analfabeta, por bairro ou distrito, das

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residências ou locais de trabalho, visando localizar ademanda e programar a oferta de EJA para essapopulação.

16. Manter e fortalecer, na Secretaria Municipal de Educação,setor próprio incumbido de promover ações, acompanhara continuidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA eAlfabetização de Jovens e Adultos no Município.

17. Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultoscom as políticas culturais, ampliando seus horizontesculturais, assegurando no calendário escolar participaçãonos eventos culturais.

18. Adequar as metas estabelecidas pelas demais modalidadesda educação básica, a medida que estiverem relacionadascom a EJA.

19. Implementar, a partir da aprovação do Plano Municipalde Educação, a EJA nas formas de financiamento daEducação Básica.

20. Garantir e ampliar parcerias/convênios para ooferecimento de cursos de graduação, pós-graduação eformação continuada para os profissionais da EJA queatuam na modalidade, assim como programas de pesquisae de extensão, com os sistemas de ensino e outrasinstituições formadoras.

21. Garantir a participação do Fórum Permanente de Debatesde Educação de Jovens e Adultos FPDEJA, nas discussõese propostas de diretrizes para EJA.

22. Implementar bibliotecas com setor específico à demandada EJA, nas unidades da rede pública que ofertam essamodalidade.

23. Incluir efetivamente, a partir da aprovação do PME, ouso dos laboratórios de informática para o atendimentoda Educação de Jovens e Adultos.

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24. Implantar e garantir a partir da aprovação deste PME amerenda escolar para os alunos da Educação de Jovens eAdultos.

25. Assegurar, durante a vigência deste Plano, o fornecimentode material didático-pedagógico adequado aos alunos eprofessores da EJA, de acordo com suas especificidades,bem como materiais de incentivo à leitura, que sejamcondizentes com a faixa etária desses alunos.

26. Formar parcerias com os meios de comunicação paradivulgar e publicar trabalhos realizados na EJA.

27. Garantir atendimento especializado na EJA aos alunoscom necessidades especiais, incluindo o materialpedagógico e formação adequada do professor, bem comoassegurar a redução do número de alunos atendidos nasclasses onde se contempla a inclusão.

28. Assegurar a continuidade da formação aos professores eequipe técnico-pedagógica da rede pública de ensino,atuantes na Educação de Jovens e Adultos, respeitandoas peculiaridades desta modalidade de ensino,assegurando metodologia apropriada e socializaçãomensal das experiências pedagógicas.

29. Incentivar o trabalho coletivo entre as instituições e outrossegmentos que ofertam a EJA no município de Sinop.

30. Assegurar, durante a vigência deste Plano, recursosfinanceiros para o atendimento da Educação de Jovens eAdultos, garantindo os padrões mínimos de qualidade.

31. Acompanhar, durante a vigência deste Plano, anualmente,a oferta da EJA, de acordo com normativa interna daSecretaria Municipal de Educação, por meio de avaliaçõese diagnósticos, com vistas ao desenvolvimento das açõespropostas e a efetiva socialização dos seus resultados,

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buscando a superação dos fatores que dificultam a oferta,o acesso, o rendimento e a permanência do educandodesta modalidade de ensino, na escola.

3.6 – EDUCAÇÃO ESPECIAL

3.6.1 – Diagnóstico

A Educação Especial no âmbito internacional fundamenta-se na Declaração de Salamanca (Espanha 1994), Convenção deGuatemala (Honduras) decreto nº. 3956/2001, Convenção sobre osDireitos da Criança (1990). Os princípios legais a nível nacional estãoamparados pela Constituição Federal de 1988(artigos 208 e 227);Lei nº. 7853/89 artigo 08; Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDBEN) nº. 9394/96; Resolução 02/2001-CNE/CEB e no Estadode Mato Grosso a Resolução 261/2002-CEE, que fixa normas paraa Educação Especial na Educação Básica do Sistema Estadual deEnsino, onde garantem a educação para todos, quaisquer que sejamsuas origens ou condições sociais.

Todo ser humano conta com possibilidades reais, por mínimasque sejam, de alcançar pleno desenvolvimento de suas potencialidades.O amparo legal assegurado no Artigo 208, inciso III, da ConstituiçãoFederal estabelece que o atendimento Educacional Especializadodeve acontecer, preferencialmente, na rede regular de ensino.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que em torno de 10% da população dos países emdesenvolvimento, tem algum tipo de deficiência. No entanto, noBrasil, segundo o Censo Demográfico de 2000 (IBGE), cerca de24,6 milhões de pessoas, aproximadamente 14,5% da população,apresentam algum tipo de deficiência: Visual, Auditiva, Mental,Motora, Física ou Mobilidade Afetada.

O Município de Sinop localiza-se no norte do Estado de MatoGrosso, à 500 km da capital Cuiabá, recebendo um grande númerode migrantes de outros estados, principalmente do Sul do país.

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Atualmente conta com aproximadamente 105.762 habitantes, Censo(IBGE 2007). A Rede Municipal possui 19 Escolas e 12 Centros deEducação Infantil, com funcionamento de 13 salas de Recursos eClasse Especial para alunos com deficiência auditiva. A Rede Estadualconta com 11 Escolas e 3 Salas de Recursos; a Rede Privada contacom 38 Instituições de Ensino atendendo do nível Básico ao Superior.

A busca pela valorização das diferenças no Município deSinop, vem acontecendo há alguns anos, o que parecia impossível àconvivência entre alunos ditos normais e os com deficiência, estátornando-se realidade e concretiza um conceito em educação: ainclusão, uma idéia que contempla a participação de todos, na escola,em especial daqueles que sempre foram considerados como “doentes”e incapazes frente aos padrões de normalidade. Mediante isto o Planoo Município de Educação se propõe a atender a todos independentede suas especificidades.

Tabela 29 - EDUCAÇÃO ESPECIAL: MATRÍCULA INICIALPOR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Fonte: INEP/Resultados Finais do Censo Escolar/Educacenso

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3.6.2 - Diretrizes

A Educação Especial é primordial no alicerce da vida social.Contribui e amplia a cultura, desperta e constrói a cidadania, constróisaberes para o desempenho escolar, social, amplia as margens davida humana. Esse despertar aponta para a superação de uma eramarcada pela competição e pela excelência, em que progressoscientíficos e avanços tecnológicos, definem uma revisão noscurrículos.

Este Plano busca assegurar o atendimento EducacionalEspecializado, com qualidade a todas as pessoas independente desuas limitações e possibilidades, dispondo da provisão de recursoshumanos e materiais específicos para a implementação de práticaspedagógicas, possibilitando o pleno desenvolvimento das suaspossibilidades.

Mediante a política de inclusão a Resolução nº. 02/01 garantea todos o acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade.Nesse aspecto, deverá ser orientada por relações de acolhimento adiversidade humana. Na orientação das diferenças individuais oesforço coletivo deverá estar à frente dos desafios contribuindo parao processo de desenvolvimento com qualidade.

3.6.3 – Objetivos e Metas da Educação Especial

1. Implantar políticas públicas municipais que visem agarantia da universalização do atendimento especializadoaos alunos com necessidades educacionais especiais.

2. Garantir no município e em parceria com as Secretariasde Educação, Saúde e Assistência Social, programasdestinados a oferta da educação precoce para as criançascom necessidades educacionais especiais.

3. Ampliar, a partir da vigência deste Plano, como parte dosprogramas de formação continuada, a oferta de cursos

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sobre o atendimento aos alunos especiais, para todos osprofissionais da educação.

4. Ampliar a aplicação de testes de acuidade visual e auditivanas Instituições de Educação Infantil e até o 5º ano doEnsino Fundamental.

5. Garantir, em 2 (dois) anos, parcerias com a área de saúde,para realização do exame de acuidade visual e auditiva.

6. Redimensionar, nos primeiros cinco anos de vigência destePlano, a demanda pelos serviços e apoios especializados.

7. Expandir, em função da demanda, no prazo de cinco anos,o atendimento dos alunos com necessidades especiais naEducação Básica, ofertando, quando necessário,transporte adequado e ou adaptado, através de parceirascom Estado e União.

8. Tornar disponível, a partir da vigência deste Plano, aosalunos cegos e aos de baixa visão, livros de literaturafalados, em Braille e em caracteres ampliados em parceriacom a sociedade civil organizada, organizações não-governamentais e cultura.

9. Equipar, em cinco anos, as escolas de Educação Básicaque atendem alunos com cegueira e de baixa visão, comequipamentos e materiais específicos.

10. Garantir o ensino da Língua Brasileira de Sinais para osalunos surdos, gradativamente para professores e alunos,profissionais da unidade escolar e respectivos familiares,onde estão inseridos, através de programa de formação,em cumprimento da Lei Federal 10.436 de 24 de abril de2002 e Decreto Federal 5.626 de 22 de dezembro de 2005.

11. Ampliar os recursos específicos necessários aoatendimento educacional de aluno surdo.

12. Assegurar, em 3 anos, os padrões necessários de infra-estrutura nas instituições de ensino, para o recebimento e

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atendimento com qualidade aos alunos com necessidadesespeciais conforme os itens:

a) A partir da vigência dos novos padrões, somenteautorizar a construção de prédios escolares,públicos ou privados, em conformidade aos jádefinidos requisitos e infra-estrutura paraatendimento dos alunos especiais, conforme PlanoNacional de Educação;

b) Em coerência com as metas nºs 2, 3 e 4, daEducação Infantil e metas nºs 4.d,5 e 6 do EnsinoFundamental do Plano Nacional de Educação;

c) Adaptar, em três anos, os prédios escolaresexistentes, segundo padrões citados no PlanoNacional de Educação em conformidade com asnormas da ABNT;

d) Os projetos de construção e adaptação de escolas/creches públicas e privadas, deverão serencaminhados ao Conselho Municipal de Educaçãojuntamente com a equipe de Educação Especialpara emissão de parecer.

13. Garantir salas de recursos adequadas ao atendimentoespecializado para educandos com necessidades especiais,conforme a demanda em todas as instituições.

14. Ampliar o fornecimento e uso de equipamentos deinformática como apoio à aprendizagem do educando comnecessidades especiais, inclusive através de parceria comorganizações da sociedade civil.

15. Assegurar a inclusão, no Projeto Político Pedagógico dasunidades escolares, do atendimento às necessidadeseducacionais especiais de seus alunos, definindo osrecursos disponíveis e oferecendo formação em serviçoaos professores em exercício.

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16. Articular as ações de Educação Especial e estabelecermecanismos de cooperação com a política de educaçãopara o trabalho, em parceria com organizaçõesgovernamentais e não-governamentais, para odesenvolvimento de programas de qualificaçãoprofissional para alunos especiais, promovendo suacolocação no mercado de trabalho.

17. Definir condições para implantar a terminalidadeespecífica, para alunos que ao completarem 16 anos nãopuderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensinofundamental em virtude de grave deficiência mental oumúltipla, conforme legislação vigente e normas dorespectivo sistema de ensino e das diretrizes que devemorientar, aprovar e acompanhar tais procedimentos.

18. Garantir, a partir do 1º ano da vigência deste Plano,programa de apoio pedagógico especializado àescolarização para alunos com necessidades educacionaisespeciais que freqüentam a Educação de Jovens e Adultos– I segmento, quando necessário .

19. Estabelecer cooperação com as áreas de saúde,previdência e assistência social, para no prazo de oitoanos, tornar disponíveis órteses e próteses, tomografiase eletroencefalogramas para os alunos com deficiências,quando necessário.

20. Assegurar recursos financeiros junto a esfera Federal,Estadual e Municipal vinculados à manutenção edesenvolvimento do ensino, cumprindo o previsto em Leivigente.

21. Implantar, gradativamente, a partir da vigência destePlano, através de parcerias, programas de atendimentoaos alunos com altas habilidades/superdotação, conformea demanda.

22. Assegurar a continuidade de apoio técnico e financeiro,através de convênio junto às instituições filantrópicas, sem

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fins lucrativos, para atendimento aos alunos com alto graude comprometimento no seu desenvolvimento global.

23. Garantir, a partir da vigência deste Plano, serviço itinerantepara atendimento a alunos impossibilitados de freqüentaras aulas em razão de tratamento de saúde que impliqueinternação hospitalar, atendimento ambulatorial oupermanência prolongada em domicílio.

24. Expandir, a partir da vigência deste Plano, a inclusãodigital às pessoas com necessidades educacionaisespeciais.

25. Criar e/ou ampliar, através da respectiva mantenedora,equipes multidisciplinar e multiprofissional por pólos, paraproporcionar o atendimento aos alunos que necessitamde serviço educacional especializado, bem como darsuporte pedagógico ao professor de ensino regular eespecial.

26. Formalizar parcerias com o objetivo de garantir recursoshumanos nas áreas de saúde que atendam a EducaçãoEspecial, como fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistentesocial, psicólogo, neurologista, pediatra entre outros,conforme a necessidade e agilidade no atendimento.

27. Articular, em parceria com as Secretarias de Saúde e deAssistência Social, a implantação de programas deorientação e acompanhamento às famílias com filhos comnecessidades educacionais especiais.

28. Estabelecer e incentivar convênios e parcerias entre omunicípio e as instituições de ensino superior para proporcursos, pesquisas e projetos que visam o atendimento aosportadores de necessidades especiais.

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3.7 - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIASEDUCACIONAIS

3.7.1 Diagnóstico

O município de Sinop conta com uma ampla rede de escolasde todos os níveis, mas com poucas opções de educação a distância.Temos programas em parceria com o MEC/PROINFO, UFMT,SEDUC, UNEMAT e outras instituições também buscam parceriascom universidades de outros estados.

Com o objetivo de implementar e acompanhar políticasvoltadas para a educação a distância integrando as atividadesacadêmicas desenvolvidas por meio do uso de diferentes tecnologias(vídeo, televisão, rádio, material impresso, internet)e da preparaçãoadequada de recursos humanos, a Educação a Distância amplia,democratiza o acesso ao conhecimento produzido pelas universidadesque oferecem essa modalidade, busca garantir a ética em atividadede Educação a Distância e enfatiza o processo pedagógico além depromover o intercâmbio com instituição e especialista em educaçãoa distância.

Sinop sedia programas de Educação a Distância na área deformação para profissionais de educação (Pró Funcionário) e tambémformação de especialização para professores da educação básica.

O município conta com um Núcleo Tecnológico Educacional(NTE) para formação dos profissionais da educação de dezenoveescolas que atendem o Ensino Fundamental, onde a maioria possuiequipamento de informática, sendo quatro escolas com Laboratóriode Informática do PROINFO e o restante adquirido pela SecretariaMunicipal de Educação.

3.7.2 – Diretrizes

O Sistema de Ensino a Distância já vem sendo utilizado amuitos anos, sempre acompanhado pelas tecnologias de informaçãoque permitem essa expansão do conhecimento, primeiramente, as

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tecnologias de impressos, passando pela segunda geração, com oapoio do rádio e televisão, chegando ao nosso contexto atual:transmissão via satélite e suporte de computadores como ferramentadidática, de informação, banco de dados, interação e outrasincontáveis características.

A era da comunicação está provocando mudanças noparadigma educacional, e a Educação a Distância é um recurso queestá sendo cada vez mais empregado, uma vez que pode atendergrande contingente de pessoas de forma mais efetiva.

O mundo atual deve preparar a pessoa para o aprendizadopermanente. O objetivo da educação mediada por tecnologias épossibilitar o acesso a imensa rede de informações disponíveis, semprescindir da interação humana solidária.

Os programas que forem desenvolvidos dentro deste PlanoMunicipal de Educação devem pautar-se pelo acompanhamentocontínuo e sistemático de um professor orientador. Os estudantesfora da idade própria de escolarização, apesar de serem jovens ouadultos, em geral se caracterizam pela carência na utilização deprocedimentos autodidatas, tão importantes para o seu sucesso naEducação a Distância. Torna-se então necessário que tenham oacompanhamento de um professor orientador durante todo o curso.

Almeja-se pela qualidade dos cursos a distância a seremdesenvolvidos pelas instituições que atuam no município de Sinop,garantir sua implementação mediante atuação de professores,adequadamente formados para a função. A Educação a Distânciatem o compromisso de conquistar a respeitabilidade, para isso deveprimar pela qualidade dos materiais e das ferramentas de interaçãoque utiliza, pela formação rigorosa dos professares que executamos projetos e pela qualidade dos cursos ministrados. Essa exigênciade qualidade dos cursos e de credenciamento junto ao MEC, dasinstituições que os ministram, deve ser um critério para oaproveitamento de cursos à distância com vista de progressão nacarreira.

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3.7.3 Objetivos e Metas da Educação a Distância e TecnologiasEducacionais

1. Organizar e implementar, em parceria com entes federados,projetos de formação continuada utilizando os moldes daEducação a Distância - EAD (presencial, semi-presenciale a distância).

2. Desenvolver em parceria com SEDUC, MEC e SECITEC,Programas de Educação a Distância, em todos os Níveise Modalidades de Ensino, a partir do primeiro ano devigência do Plano.

3. Assegurar, no prazo de cinco anos, que 100% das escolasmunicipais façam utilização plena da TV Escola e deoutras redes de programação educacional.

4. Incentivar avanços nos programas de formação equalificação de professores em tecnologia educacional(presencial, semi-presencial e a distância), a partir doprimeiro ano de vigência do Plano.

5. Implantar e consolidar, em cinco anos, a cultura de gestãoe de uso das Tecnologias de Informação e Comunicação– TIC´s, incorporando a Modalidade TecnologiaEducacional no Projeto Político Pedagógico das EscolasMunicipais.

6. Garantir, a cada Laboratório de Informática construídona unidade educacional, formação em tecnologiaeducacional para os professores pedagogos(coordenadores de LI), e demais profissionais da área deeducação.

7. Implementar programas de formação continuada emtecnologia educacional, para 100% dos professores ecoordenadores de LI da rede municipal, com profissionaisespecializados, priorizando inicialmente os professoresmultiplicadores do NTM e professores das escolas quepossuem Laboratório de Informática.

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8. Implementar ambiente de formação continuada (NTM)para atendimento dos funcionários da rede municipal, cominfra-estrutura adequada, recursos financeiros (laboratóriode informática, biblioteca, sala de reuniões, sala de cursos)e de fácil acesso.

9. Instalar e implementar Laboratórios de Informática em100% das escolas de Ensino Fundamental da RedeMunicipal de Sinop com no mínimo dez (10) máquinas,estendendo gradativamente para a Educação Infantil.

10. Garantir a cada escola construída, um espaço destinadoao Laboratório de Informática, através de projeto pré-estabelecido a ser discutido com a Equipe de TecnologiaEducacional nas escolas municipais.

11. Assegurar, anualmente, recursos financeiros para aaquisição de softwares educacionais e manutenção dosequipamentos dos laboratórios do NTM e das escolasmunicipais.

12. Equipar, em cinco anos, todos os estabelecimentos deensino, com recursos tecnológicos, tais como: câmeradigital, equipamento multimídia, aparelho de som e cd,televisão, vídeo e DVD, data show e outros, nas escolasmunicipais.

13. Ampliar projetos para continuidade e atendimento aosalunos das escolas rurais e urbanas e da Educação deJovens e Adultos – EJA, no uso das TIC´s e dosLaboratórios de Informática.

14. Assegurar, anualmente, recursos financeiros paraadaptações físicas ou órteses, adaptações de hardware esoftwares especiais de acessibilidade, caracterizadastecnologias assistivas, que otimizam a interação dos alunoscom necessidades especiais nos laboratórios fixos dasEscolas Municipais.

15. Implantar, em dois anos um Portal Educacional quegaranta a integração das informações do Sistema deEnsino do Município, possibilitando uma maiorinteratividade entre os profissionais da rede.

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16. Garantir recursos financeiros e humanos,permanentemente, para a manutenção e assistência técnicado Portal Educacional e dos equipamentos doslaboratórios das unidades escolares, bem como dereposição de peças e eventual substituição de máquinas.

17. Estabelecer parcerias entre União, Estado e Municípiopara utilização comum, bem como financiamento emanutenção dos recursos tecnológicos nas escolas(Laboratório de Informática).

18. Disponibilizar à comunidade o Laboratório de Informáticadas escolas, mediante apresentação e aprovação de projetopelo Conselho Escolar e Equipe de TecnologiaEducacional, garantindo a presença de um professorespecializado designado e financiado pela mantenedora.

19. Observar, no que diz respeito à tecnologia educacional,as metas pertinentes incluídas nos capítulos referentes àsoutras temáticas.

20. Assegurar anualmente recursos para projetos quepromovam a adoção e formação dos profissionais daeducação utilização de softwares livres e de domíniopúblico.

21. Solicitar através do PROINFO rural Laboratório deInformática para as escolas do campo.

3.8 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

3.8.1 – Diagnóstico

Os ambientes naturais são diariamente transformados emambientes construídos, pelo processo de ocupação do homem. Dessaforma, a degradação ambiental nos diversos espaços tem aumentado,causando problemas mundiais, como as alterações climáticas, e locaiscomo o desmatamento, queimadas, poluição das águas e destinação

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inadequada dos resíduos sólidos. Dessa forma desejamos buscarapoio na Educação Ambiental e para isso, precisamos saber sobre oseu papel em nossa sociedade.

O homem é parte integrante deste meio ambiente natural econstruído, destacando-se por sua racionalidade, porém não lhe égarantido o direito de prejudicar a biodiversidade e sim o dever desua preservação.

De acordo com Reigota (1994) as Conclusões do Clube deRoma deixam clara a necessidade urgente de se buscar meios paraconservação dos recursos naturais e controlar o crescimento dapopulação, além de se investir numa mudança radical na mentalidadede consumo e produção.

Nesta intenção também, a Organização das Nações Unidas(ONU) realizou em 1972, em Estocolmo, na Suécia, a PrimeiraConferência Mundial de Meio Ambiente Humano (Reigota, 1994,p.14), tendo como resolução importante, educar o cidadão para asolução dos problemas ambientais. Podemos então considerar queaí surge o que se convencionou chamar “Educação Ambiental”.

...a Conferência Intergovernamental de Tibilissí (1977),internacionalmente mais aceita, definiu que: A Educação ambientalé um processo de reconhecimento de valores e clarificação deconceitos, objetivando o desenvolvimento de habilidades emodificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciaras inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seusbiofísicos. A Educação Ambiental também está relacionada com aprática da tomada de decisões e a ética que conduzem para a melhoriada qualidade de vida (SATO,1995,p.02).

No Brasil, conforme orientação da Política Nacional deEducação Ambiental (Lei 9795/99) e do Programa Nacional deEducação Ambiental, o cenário é rico em ações relacionadas àsquestões sociais e ambientais. O Programa Nacional de EducaçãoAmbiental é coordenado pelo órgão gestor da Política Nacional deEducação Ambiental e tem como eixo orientador a marca institucionaldo atual governo: “Brasil, um País de todos”. Suas ações destinam-

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se a assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada dasmúltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética,cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do país,resultando em melhor qualidade de vida para toda a populaçãobrasileira, por intermédio do envolvimento e participação social naproteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condiçõesao longo prazo.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem a inserçãoda EA na matriz curricular como um tema transversal, isto é, elanão se constitui como uma disciplina isolada do currículo, maspermeia todas as áreas do conhecimento, partindo do pressupostode que a dimensão ambiental também engloba os aspectos sociais,econômicos e políticos. Uma segunda forma propõe que o professoreleja questões específicas dentro da EA para serem desenvolvidasatravés de projetos, buscando fontes financiadoras e desenvolvendoconteúdos que não sejam passíveis de serem esgotados com propostasdas diversas áreas (MEC, 1996).

O Estado de Mato Grosso, bem como Sinop, tambémparticipa destas responsabilidades, possuem leis, programas e projetosem parcerias, redes, comissões e coletivos de educadores, queformam uma grande comunidade de aprendizagem nos setoresescolarizados, além de fortalecer a educação popular. A EducaçãoAmbiental é proposta como componente essencial e permanente daeducação, devendo estar presente, de forma articulada, em todos osníveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal enão formal conforme Lei nº7888/2003 que institui a Política Estadualde Educação Ambiental – PROMEA – no Estado de Mato Grosso.

Como estratégia para promover a Educação Ambiental nasescolas com o envolvimento das comunidades nas quais estãoinseridas, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso -SEDUC/MT, propõe o Projeto de Educação Ambiental - PrEA, quetem como objetivo promover a sustentabilidade da sociedade mato-grossense, através de processos educativos que contemplem ainclusão social, justiça ambiental, respeito ao ensino público e o bemcomum.

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Em Sinop, a EA está prevista na Lei Orgânica Municipal de05/04/1990, Capítulo I, Artigo 218, inciso V. “promover a EA emtodos os níveis de ensino público municipal...”, bem como no PlanoDiretor, Lei Complementar 029 de 18/12/2006, Capítulo III, Artigo76, inciso VII: “A implantação de programas de Educação Ambiental,integrando ações governamentais e não governamentais.

Atualmente a Secretaria Municipal de Educação (2007/2008)desenvolve formação continuada com grupos de estudos com aparticipação de professores das escolas e creches, com parcerias deuniversidades locais, secretarias municipais e órgãos da áreaambiental, com objetivo de incentivar e fortalecer ações continuadasque contemplem a Educação Ambiental.

O diagnóstico realizado pela SEDUC/PREA (ProjetoEducação Ambiental), revela que 50% das professoras e professoresconsideram o ambiente como um lugar para se viver, cujaterritorialidade deve ser protegida e cuidadosamente valorizada.Outros 18% mantêm a percepção da instrumentalização e consideramque a EA é uma mera ferramenta para solucionar os dilemasambientais como as queimadas, a monocultura ou a perda dabiodiversidade. Em contraposição a esse olhar, 16% buscam aconstrução de sociedades sustentáveis, inscritos nos desejos daparticipação democrática, da inclusão social e da proteção ambientalcomo fatores conjugados dos processos educativos.

Segundo pesquisa realizada junto ao grupo, a EA está previstano Projeto Político Pedagógico e é mais trabalhada nas escolasenquanto tema transversal na realização de projetos sobre hortaescolar, jardinagem, lixo e reciclagem, arborização, saúde,apresentações culturais e também nos conteúdos enquanto temasgeradores. Ainda são atendidos pela Secretaria de DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente com palestras à comunidade escolar e apoiona realização de projetos.

As dificuldades para inclusão da EA nas escolas, apontadaspelo grupo de estudos (2008), estão na falta de material pedagógico,falta de tempo para desenvolvimento de projetos, necessidade de

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processos formativos, iniciais e continuados para os professores.Essas dificuldades inviabilizam atividades continuadas de EA,fragilizando ações que poderiam trazer resultados de transformaçãono processo de construção da cidadania no que se refere àpreservação do meio ambiente e às questões sociais. Outros aspectossão apontados como obstáculos à EA, como necessidade desensibilização da comunidade escolar para o envolvimento ematividades de Educação Ambiental.

3.8.2 – Diretrizes

Em cada fase ou série do processo educativo, segue-se oProjeto Político Pedagógico da escola, o qual determina ou serve denorteador para os conteúdos didáticos específicos para cada etapa.A Educação Ambiental precisa ser adaptada interdisciplinariamenteneste processo.

A Educação Ambiental deve propor práticas pedagógicas quesensibilizem os alunos para a percepção dos problemas mundiais,nacionais e locais, evidenciando criticamente a relação dos sereshumanos com a natureza e entre eles, passo importante para a inclusãocurricular das questões ambientais.

O mapeamento ambiental para identificação dos temasambientais locais, mais significativos para a comunidade escolar, ametodologia dos temas geradores para tratar destes temas, ainvestigação e o estudo na escola e seu entorno podem ser realizadosde maneira participativa, pois ela estimula o desenvolvimento deatitudes investigativas, instigando a responsabilidade, a organizaçãoe a iniciativa necessárias para a realização de trabalhos coletivospautados na cooperação, ampliando a compreensão dos educandossobre o ambiente em que vivem e articulando investigação e açãoeducativa.

O trabalho por meio de temas geradores deve promover oconhecimento do ambiente e seu entorno, pode ser construídoapropriado e transmitido dinâmico, coletiva, cooperativa, contínua,interdisciplinar, democrática e participativamente para que o processo

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de conscientização, que isso implica, contribua para a construçãode práticas sociais sustentáveis e emancipatórias.

É necessário a promoção de políticas públicas que contribuampara a construção de projetos de EA no âmbito escolar, queaproximem a dimensão escolarizada ao saber popular e que resgatema capacidade de mobilização, para que a democracia aconteçarealmente.

Em consonância com o Programa Mato-Grossense deEducação Ambiental-ProMEA, projetos de EA deverão pautar-seem ações que tenham como base:

• Parceria com outras instituições;

• Estímulo à mediação pedagógica;

• Reconhecimento dos múltiplos saberes;

• Incentivo a um enfoque complexo e emancipatório;

• Reflexão sobre a ética menos antropocêntrica;

• Respeito à diversidade biológica e à diferença cultural eétnica;

• Oportunização à visão da complexidade ambiental, semperder a dimensão regional;

• Descentralização das ações, fortalecendo os municípios;

• Adequação das proposições da EA às realidadessocioeconômicas, ambientais e regionais;

• Transversalização da EA em projetos, programas,currículos e instituições;

• Respeito à autonomia e liberdade dos sujeitos einstituições através de pactos éticos;

• Adoção dos princípios à construção de sociedadessustentáveis, através da ampliação das parceriasinterinstitucionais e intersetoriais.

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3.8.3 – Objetivos e Metas da Educação Ambiental

1. Reconhecer Educação Ambiental na EstruturaAdministrava da Secretaria Municipal de Educação, apartir da aprovação deste Plano, com objetivo dedesenvolver programas e projetos que contemplem acomunidade escolar, promovendo a transformação sociale a preservação do meio ambiente, oportunizando amelhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

2. Criar Coordenação de Educação Ambiental, sob asupervisão da Secretaria Municipal de Educação eCultura, no prazo de um ano, com o objetivo deestabelecer uma política de trabalho que ofereça demaneira continuada formação aos profissionais deeducação na área de EA e na realização de práticas sócio-educativas à comunidade escolar para a construção dasensibilização para uma sociedade sustentável.

3. Implementar a EA nos Programas de Ensino das redesmunicipal, estadual e privada do Município e fortalecer aEA na Proposta Pedagógica Escolar, com base a realidadelocal, estimulando atitudes investigativas que contemplemas metodologias a serem utilizadas para tratar dos temasidentificados, de forma participativa, instigando aresponsabilidade, a organização e a iniciativa necessáriapara a realização de trabalhos coletivos pautados nacooperação, ampliando a compreensão dos envolvidosacerca do ambiente em que vivem.

4. Envolver, através de parcerias, os setores da mídia, a partirda aprovação deste Plano, com intuito de promover adivulgação dos trabalhos desenvolvidos em EA porprofessores e alunos, proporcionando à sociedade asocialização das atividades e experiências desenvolvidaspela comunidade escolar, de forma a estimular açõesparalelas.

5. Incentivar no município, a produção de materiaispedagógicos locais, a fim de contemplar a realidade local,

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promovendo uma educação com sentido para os cidadãosem formação, evidenciando os saberes e culturas locais.

6. Estimular a dinâmica de coletivos educadores, a partir daaprovação deste Plano, dando fomento ao espírito dacooperação, solidariedade e justiça ambiental, nas escolasdo município, contemplando ações de EA que atinjam acomunidade escolar.

7. Incentivar parcerias com órgãos governamentais e não-governamentais, a fim de desenvolver projetos que visemtrabalhos de formação de professores e atividadescontinuadas com a comunidade escolar que contemplema EA.

8. A partir da vigência deste Plano: promover a adequaçãodos ambientes escolares em sua estrutura, com assessoriada SINFRA, com intuito de oferecer um ambienteecologicamente saudável e esteticamente viável pararedução do consumo dos recursos naturais, através deelaboração de projetos com auxílio de profissionais coma finalidade de melhorar o ambiente escolar.

9. Organizar grupos de estudos com profissionais daeducação em todas as unidades de ensino do Município,a fim de estudar e promover a sensibilização destes paraações voltadas à preservação do meio ambiente,contemplando a EA formal.

10. Proporcionar aos educandos contatos diretos com projetose trabalhos desenvolvidos na comunidade, a partir daaprovação deste Plano, com a finalidade de despertar nascrianças e adolescentes valores éticos importantes naformação da cidadania, como a conservação dopatrimônio biológico e senso de responsabilidade.

12. A partir da aprovação deste Plano incentivar técnicasdidático-pedagógicas que contemplem a aproximação doaluno com ambiente natural, sensibilizando sobre aimportância da preservação do patrimônio público.

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13. Promover a percepção da comunidade escolar emconsiderar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja,em seus aspectos naturais e criados pelo homem,tecnológicos, sociais, econômico, político, técnico,histórico cultural, moral e estético, construindo umprocesso contínuo e permanente, começando pelaEducação Infantil e continuando através de todas as fasesdo ensino.

14. A partir da aprovação deste Plano estabelecer parceriasvisando recursos financeiros e apoio técnico, nas esferaspúblicas e privadas, com objetivo de viabilizar ProjetosAmbientais Escolares e Comunitários, que contemplemtanto as relações interpessoais como os aspectos físico epedagógico da escola.

15. A Educação Ambiental deverá ser tratada como tematransversal, desenvolvida como uma prática educativaintegrada, continuada e permanente em conformidade coma Lei Nº9795/99.

3.9 – EDUCAÇÃO ESCOLAR ÍNDIGENA

3.9.1 – Diagnóstico

O Mato Grosso é o segundo estado em número de etniasindígenas do país. Estima-se que atualmente residam neste Estadoaproximadamente 30 mil índios pertencentes a 42 etnias, comdiferentes costumes, tradições, línguas e formas de organizaçãosocial. Segundo dados da Secretaria de Estado de Educação há aindaindícios da existência no Estado de Mato Grosso de mais outros 09povos ainda não contatados e não identificados oficialmente.

Entre os aspectos conceituais da Educação Indígena destaca-se o relacionamento entre o Estado brasileiro e os povos indígenasque deve estar pautado pelo paradigma do reconhecimento dapluralidade étnica e cultural, revertendo as políticas integracionistas

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que estiveram presentes nas ações do Estado brasileiro por longosanos e que previam a extinção e/ou dissolução das diferençasculturais.

A Constituição de 1988 passa a dar um destaque especialpara a Educação Indígena afirmando que a mesma deve ser regidapelos seguintes princípios: interculturalidade, bilingüismo/multilingüismo, especificidade, diferenciação, participaçãocomunitária.

Para dar continuidade à elaboração deste trabalho percebemosa necessidade de entender melhor o contexto do município de Sinop.Devido a isto, realizamos uma visita a CASAI (Casa de Saúde doÍndio) – Sinop/MT, que é mantida pela FUNASA e pela PrefeituraMunicipal, além de visitas às escolas do município que atualmenteatendem alunos indígenas.

Antes de 2006, o município de Sinop/MT não era referênciapara Saúde Indígena, somente com a inauguração da CASAI em 11de agosto do mesmo ano o município de Sinop começou a receberos índios do médio e baixo Xingu, sendo, portanto, oriundos devários municípios do Estado.

Os indígenas atendidos pela CASAI pertencem a 40(quarenta) aldeias de diversas entnias, entre elas: Kayabi, Ikpeng,Trumai, Waura, Kamayura, Kalapalo.

Apesar do município de Sinop não possuir aldeias, osindígenas do médio e baixo Xingu vêm para tratamento médico edepois retornam as suas aldeias, mas durante o período que ficamalojados na CASAI, as crianças, que acompanham os pais, ficamsem freqüentar a escola.

Algumas famílias indígenas passaram a residir no municípiode Sinop e para estes a referência para saúde também é a CASAI.São os filhos destas famílias que freqüentam as escolas do município,sendo 13(treze) alunos no Ensino Fundamental, 2(dois) alunos noEnsino Médio e 1 (um) no Ensino Superior. A maioria é da etniaKayabi.

Apesar da demanda ser pequena faz-se necessário a ofertade uma educação de qualidade, valorizando a pluralidade cultural e

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étnica, pela inserção da temática cultura indígena nos currículosescolares, sendo previsto pela Lei nº 11.645, de 10 de março de2008 que:

Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003,que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,para incluir no currículo oficial da rede de ensino aobrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Acreditamos que a difusão no âmbito educacional da temática“História e Cultura Indígena”, contribuirá para amenizar opreconceito com relação aos povos indígenas, construindo assim,uma sociedade mais igualitária com respeito às diferenças históricase culturais.

3.9.2 – Diretrizes

A Constituição Federal de 1988, nos artigos: 210, 215, 231e 232 garante o direito à educação para os povos indígenas, portantocompete ao município implantar em seu Plano de Educação metas eações que viabilizem o cumprimento da legislação.

Apesar do município de Sinop não possuir aldeias indígenasem seu território, foi implantado a CASAI (Casa de Saúde do Índio),que atende as comunidades indígenas do baixo e médio Xingu, porescolha da própria população indígena, justificado pelos ancestraisde parte desta população ser oriunda deste município e, tambémpela melhor infra-estrutura de atendimento à Saúde que o municípiode Sinop oferece.

Devido a isto é constante a presença de famílias indígenasno município para tratamento de saúde permanecendo na cidadepor certo período de tempo, sendo assim faz-se necessário garantira educação para esta população.

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Estas peculiaridades exigem uma adequação no sistemaregular de ensino, oferecendo atendimento pedagógico diferenciadoaos alunos indígenas na CASAI, respeitando suas especificidades.

Este atendimento diferenciado dar-se-á através da contrataçãode professores indígenas, segundo o estabelecido pela legislaçãovigente.

Ressalta-se também a necessidade da valorização da culturaindígena nas escolas, uma vez que a pluralidade étnica e culturalconstitui a população brasileira.

3.9.3 Objetivos e Metas da Educação Escolar Indígena

1. Implantar no Sistema Público Municipal de Sinop/MT,as diretrizes para a política municipal de educação deinclusão dos alunos indígenas nas escolas do município eos parâmetros curriculares estabelecidos pelo ConselhoNacional e Estadual de Educação e pelo Ministério daEducação.

2. Garantir o atendimento pedagógico diferenciado, junto aCASAI (Casa de Saúde do Índio), para os alunosindígenas, durante o período de permanência em Sinop.

3. Estabelecer convênios entre o município, as comunidadesindígenas e as instituições de ensino superior para atendera demanda educacional diferenciada para os alunosindígenas durante o período de permanência no município.

4. Prever a implantação de uma equipe multidisciplinar paraestabelecer critérios para inclusão da temática indígenanos currículos escolares, visando a sua valorização econtextualização histórica.

5. Fomentar o intercâmbio de saberes indígenas e nãoindígenas nas escolas do município.

6. Garantir a contratação de professores indígenas para oatendimento pedagógico diferenciado aos alunosindígenas na CASAI de Sinop.

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7. Garantir a formação continuada dos professores, parapossibilitar a discussão de um modelo educacional quevaloriza a história e a cultura indígena nas escolas domunicípio.

8. Valorizar e divulgar a cultura indígena nas instituições deensino como parte da cultura brasileira, seus costumes,seus conhecimentos, o artesanato, mitos e crenças.

9. Garantir, nos currículos de licenciatura, discussões sobrea diversidade cultural na formação dos futuroseducadores, incluindo a pluralidade cultural como um doseixos dos currículos escolares.

10. Implementar Políticas Públicas que garantam oatendimento dos alunos indígenas com necessidadesespeciais em todos os níveis de ensino.

11. Implementar Políticas Públicas que garantam oatendimento dos alunos indígenas em todos os níveis deensino.

12. Garantir na Proposta Curricular das escolas do município,conteúdos que atendam a Educação Indígena, valorizandoseus saberes e práticas.

13. Promover o intercâmbio entre povos indígenas e asociedade não índia para uma educação de qualidade.

14.Garantir a aquisição e elaboração de materiais didáticosobservando as especificidades dos diversos povosindígenas.

15. Buscar uma forma de financiamento para a publicação dematerial pedagógico, enfocando a diversidade étnico-racial e cultural do município de Sinop.

16. Garantir que a Secretaria Municipal de Educaçãopromova, periodicamente, seminários que enfoquemtemáticas indígenas em parceria com as universidades,comunidades indígenas e não indígena.

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17. Assegurar recursos financeiros para o desenvolvimentode projetos específicos, para viabilizar a inclusão indígenanas escolas do município.

18. Implementar e assegurar, mediante avaliação contínua, aqualidade dos programas de inclusão indígena nas escolasdo município.

19. Garantir, após decorridos 2 anos da aprovação do Plano,a realização da 1ª. Conferência Municipal para avaliar osavanços alcançados a partir da publicação dessedocumento.

3.10 – EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS

3.10.1 – Diagnóstico

A Lei 10.639/03 surgiu como uma política de ação afirmativae reparadora para a população negra e afro-descendente para quevenham a ter uma maior permanência e sucesso na educação escolar.

No Município de Sinop tem se tratado das relações étnico-raciais através do Movimento Negro (AFROMIR) e parcerias comdemais entidades que tenham relação com a cultura negra e afro-brasileira sendo elas CUFA (Central Única das Favelas), ACALF(Associação de Capoeira Lídio Filho), UNEMAT (UniversidadeEstadual do Mato Grosso), CEFAPRO, CEPROTEC e SecretariaMunicipal de Educação, no intuito de implementar a referida Leinas escolas municipais, estaduais, e privadas do Município de Sinop.

Desde 2005 a UNEMAT em parceria com o CEFAPRO e aSEC, vem proporcionando aos professores curso de capacitaçãopara trabalhar com as relações étnico-raciais. Nos anos seguintes aSecretaria Municipal de Educação e Cultura realizou formaçãocontinuada para professores, monitores, atendentes da EducaçãoInfantil, para gestores e supervisores das escolas municipais do ensinofundamental e equipe técnica da Secretaria de Educação. Assim noMunicípio de Sinop, aos poucos, está sendo implantada a Lei 10.639/03.

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É importante ressaltar, que muito precisa ser feito para asensibilização, capacitação e qualificação dos profissionais daeducação através de Formação Continuada, visto que, muitosprofessores encontram dificuldades para trabalhar com a cultura afro-brasileira, por não terem sidos capacitados em sua formação superiorinicial. Assim entende-se que a capacitação dos professores e apoioaos projetos, voltados para essa temática, tornam-se de sumaimportância para a efetivação da referida Lei.

3.10.2 – Diretrizes

Propor a divulgação e produção de conhecimentos, a formaçãode atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhososde seu pertencimento étnico-racial descendentes de africanos, povosindígenas, europeus e asiáticos, para atuarem na construção de umanação democrática, em que todos igualmente tenham direitosgarantidos e sua identidade valorizada.

Cabe ao Município promover e incentivar as políticas dereparações, no que cumpre ao disposto na Constituição Federal,Art.205, que assinala o dever do município garantir indistintamente,por meio da educação, iguais direitos para o pleno desenvolvimentode todos e de cada um, enquanto pessoa, cidadão ou profissional.

As políticas de reparação, voltadas para a educação dos negrosdevem oferecer garantias de ingresso, permanência e sucesso a essapopulação na educação escolar, de valorização do patrimôniohistórico-cultural afro-brasileiro, de aquisição das competências edos conhecimentos tidos como indispensáveis para continuidade nosestudos, de condições para alcançar todos os requisitos, tendo emvista a conclusão de cada um dos níveis de ensino.

É importante destacar que o Art.26, acrescido à Lei 9.394/1996 provoca bem mais que a inclusão de novos conteúdos, exigeque repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas,procedimentos de ensino, condições oferecidas para aprendizagem,objetivos tácitos e explícitos da educação nas escolas. Este mesmoartigo garante que se valham da colaboração das comunidades que

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a escola esta inserida, do apoio direto e indireto de estudiosos e doMovimento Negro.

3.10.3 – Objetivos e Metas da Educação Étnico-Raciais

1. Constituir o Conselho Municipal do Negro, garantindo aeqüidade de gênero, etnia e raça na representatividadedo movimento social negro, visando à implementação daLei 10.639/03, um ano após a aprovação do PlanoMunicipal de Educação.

2. Criar no município um Fórum Permanente de Educaçãoe Diversidade Étnico-Racial, que será constituído pelasociedade civil organizada.

3. Realizar junto ao censo escolar e Conselho Municipalétnico-racial, pesquisa sobre a reprovação, evasão eabandono escolar, fazendo um recorte de gênero, cor,raça, renda e nível de escolaridade dos pais para orientaras Políticas Públicas de ação afirmativa para o segmentonegro.

4. Assegurar que a educação das relações étnico-raciais sejacontemplada conforme estabelece a Lei 10.639/03, emtodos os espaços de formação continuada (seminários,fóruns, cursos, capacitações, encontros e conferências,projetos e programas) das redes educacionais doMunicípio de Sinop.

5. Exigir das universidades mudanças nos currículos doscursos (Matriz Curricular) e formação de professores,mediante a inclusão de disciplinas voltadas às relaçõesétnico-raciais, principalmente nos cursos de licenciatura.

6. Elaborar após a aprovação deste Plano Municipal deEducação, as políticas e orientações para a implementaçãoe regulamentação das Diretrizes Curriculares no municípiopara Educação das Relações Étnico-Raciais e ensino dahistória da cultura afro-brasileira e africana, visando àimplementação da Lei 10.639/03.

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7. Implementar imediatamente após a aprovação do PlanoMunicipal de Educação, política para formaçãocontinuada para todos os profissionais da educação sobrehistória e cultura afro-brasileiras e relações étnico-raciais,garantindo em caráter emergencial a formação geral paratodos, de maneira específica para os professores dasdisciplinas referidas na Lei 10.639/03 – história, artes,língua portuguesa/literatura.

8. Disponibilizar em todas as escolas acervo bibliográfico,imagético e didático que contemple as diversidades étnico-raciais e culturais.

9. Garantir participação dos profissionais da educação dasredes públicas e privadas em fóruns, seminários, gruposde estudos- relativos à temática da Diversidade Étnico-Racial e outras temáticas, como orientação sexual egêneros, promovidos na instituição de origem, bem comopor outras instituições.

10. Elaborar em colaboração com fórum permanente deeducação e diversidades étnico-racial, orientações para oprocesso de escolha e adoção de livros e materiaisdidáticos, acervo das bibliotecas escolares, observandoas especificidades das relações étnico-raciais noMunicípio.

11. Financiar material pedagógico e de pesquisa, referenteao tema étnico-racial para fortalecer a diversidade raciale cultural do Município;

12. Financiar projetos em todas as escolas, que propiciem ofortalecimento e conhecimento das diversidades étnico-racial e cultura do Município;

13. Instituir, a partir da aprovação deste PME, a Semana daConsciência Negra na Educação do Município, dentrodo cronograma oficial e do calendário escolar das redespúblicas e privadas, dedicando um dia para avaliação daimplementação da Lei 10.639/03 nas unidades escolares,com data unificada para todas as escolas;

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15. Criar centros de referências educacional/artístico culturalem bairros pólos em 3 anos, para valorização erevitalização da participação negra no Município de Sinop;

16. Organizar campanhas educativas, visando uma cultura depaz e respeito à diversidade étnico-racial presente noMunicípio de Sinop;

17. Buscar parcerias com instituições públicas e privadas dequalificação profissional para oferecer formação aosfuncionários públicos do Município, sobre as relaçõesétnico-raciais (violência, discriminação e preconceito).

18. Primar pelo direito democrático da religiosidade de todosos povos e culturas, conforme o parecer CNE nº5/97Aprovado em 11/03/97.

19. Promover, anualmente na semana de 13 de maio, concursode redação nas redes públicas e privadas cujo tema versará:Educação e Racismo/ História da África.

20. Criar entre Município, Estado e União parcerias visandoimplementar políticas afirmativas no atendimento dasdemandas do Movimento Negro;

21. Contratar consultor especializado em História da Áfricae nas temáticas raciais para orientar, implementar e avaliaras políticas públicas voltadas às demandas da áreaeducacional para a população negra, garantindo ocumprimento da Lei 10.639/03;

22. Promover intercâmbio educacional e cultural entre Sinope comunidades quilombolas e cultura mato-grossense.

23. Adequar nas escolas das redes, em 3 anos, espaçosadequados para que aconteça as manifestações dadiversidade cultural.

24. Buscar parcerias para implementar políticas afirmativas.

25. Avaliar os objetivos, metas e avanços alcançados,anualmente, referentes a educação étnico–racial.

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26. Garantir, após decorridos 2 anos da aprovação do Plano,a realização da 1ª Conferência Municipal para avaliar osavanços alcançados a partir da publicação dessedocumento.

3.11 – EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃOPROFISSIONAL

3.11.1 – Diagnóstico

Com o crescimento populacional e a mudança de estruturaçãodo mundo do trabalho a formação profissional se enquadra numaperspectiva que atenda as diferentes demandas das áreas profissionaise níveis de escolaridade.

A LDB, no seu artigo 39, apresenta a educação profissionalcomo formadora do desenvolvimento de aptidões para a vidaprodutiva nas diferentes formas de oferta. Nesse sentido, o DecretoNº 5.154 de 23 de julho de 2004 regulamenta a estrutura da educaçãoprofissional definida pelo Conselho Nacional de Educação.

No Estado do Mato Grosso a Lei nº 8.806/2008 que aprova oPlano Estadual de Educação, estabelece que a Educação Profissionale Tecnológica articulada com a Educação Básica deve garantirformação integral voltada para a construção do cidadão-trabalhadorcrítico capaz de intervir e atuar no mundo do trabalho.

O Município de Sinop apresenta característica histórico-social-econômica que necessita de Formação Profissional e Tecnológicaem diferentes áreas atendendo a demanda do mercado, perfilpopulacional e as características ambientais próprias da região.

Apresentamos no gráfico a seguir, demanda para a formaçãoprofissional de acordo com pesquisa realizada nos anos de 2006 a2007.

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Fonte: Pesquisa Primária – 2006/2007 – SENAI – Serviço Nacional de AprendizagemIndustrial - Tabela 30

O termo não se aplica refere-se a situações onde o estabelecimento não trabalhacom o aspecto enfocado.OBS: O número de estabelecimentos pesquisados = 14.

Fonte: Pesquisa Primária – 2006/2007 – SENAI – Serviço Nacional de AprendizagemIndustrial - Tabela 31

O termo não se aplica refere-se a situações onde o estabelecimento não trabalhacom o aspecto enfocado.OBS: O número de estabelecimentos pesquisados = 14.

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Fonte: Pesquisa Primária – 2006/2007 – SENAI – Serviço Nacional de AprendizagemIndustrial

O termo não se aplica refere-se a situações onde o estabelecimento não trabalhacom o aspecto enfocado.OBS: O número de estabelecimentos pesquisados = 14.

Fonte: Pesquisa Primária – 2006/2007 – SENAI – Serviço Nacional de AprendizagemIndustrial

O termo não se aplica refere-se a situações onde o estabelecimento não trabalhacom o aspecto enfocado.OBS: O número de estabelecimentos pesquisados = 14.

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3.11.2 – Diretrizes

A LDB, Conselho Nacional da Educação e Conselho Estadualda Educação estabelecem que a oferta da educação profissional etecnológica deve ocorrer de forma planejada em função de demandasidentificadas através de pesquisas de viabilidade técnico-financeiras,oferecidas por meio de cursos regularmente instalados, assegurandoa qualidade pedagógica e tecnológica em todas as suas ações.

De acordo com o Plano Nacional de Educação (2002, p.90), a formação para o trabalho exige hoje níveis cada vez maisaltos de educação básica geral, não podendo esta ficar reduzida aaprendizagem de algumas habilidades técnicas [...], finalmente,entende-se que a educação profissional não pode ser concebidaapenas como uma modalidade do ensino médio, mas deve constituiruma educação continuada que perpassa toda vida do trabalhador.

Atualmente, com a evolução das tecnologias, o mundo dotrabalho exige um novo perfil do trabalhador, sendo ele da zonaurbana ou rural. A Educação Profissional e Tecnológica articuladacom a Educação Básica deve ser capaz de oportunizar uma formaçãovoltada para a promoção do cidadão trabalhador, de modo a torná-lo um profissional competente, capaz de intervir e transformar deforma construtiva o seu meio social.

A Educação Profissional e Tecnológica oferecida peloMunicípio de Sinop deve garantir formação de qualidade para oexercício profissional, o ingresso e a permanência no mundo dotrabalho.

Os objetivos e metas do Plano Municipal de Educação doMunicípio de Sinop estão pautados numa educação profissionalinovadora com vistas ao desenvolvimento integral do cidadãotrabalhador, os quais, só se tornarão possíveis mediante recursoseconômicos e financeiros dos entes federados e instituições privadas.

As pesquisas na área da educação técnica e tecnológica devemser implantadas, implementadas, estimuladas e consolidadas em açõesconcretas, a fim de que a qualificação e formação profissional, para

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alunos com NEES (Necessidades Educativas Especiais), estejamenquadrados ao mundo do trabalho, visando oportunidades aosmesmos.

É importante ressaltar que as tecnologias estejam voltadas àpromoção de ações que visem despertar no trabalhador a preservaçãoconstante dos recursos naturais, de forma planejada e consciente.

Diante da pesquisa realizada e das características locais,denota-se a grande necessidade de qualificar os trabalhadores emdiversas áreas, com o intuito de abrir um leque de oportunidades detrabalho e conseqüentemente, oportunizar melhorias na qualidadede vida.

3.11.3 – Objetivos e Metas da Educação Tecnológica e FormaçãoProfissional

1. Articular meios junto aos órgãos estaduais, federais e deiniciativa privada, para oferta da Educação Profissional eTecnológica de acordo com a demanda, Curso deFormação Inicial e Continuada de Trabalhadores,Educação Profissional Técnica de Nível Médio eTecnológica.

2. Articular e incentivar parcerias entre os entes federadose de iniciativa privada para a oferta de EducaçãoProfissional e Tecnológica.

3. Estimular pesquisas na área de Educação Profissional eTecnológica, objetivando realização de formações emnível de pós graduação, mestrado e doutorado.

4. Estimular a qualificação e formação profissional específicae diversificada para inclusão de alunos com necessidadeseducacionais especiais junto ao mundo do trabalho, pormeio de parcerias junto à iniciativa privada e órgãospúblicos.

5. Incentivar a implantação de Escola Técnica Federal paraatender a demanda do município e região com curso deEducação Profissional e Tecnológica em diferentes áreas.

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6. Propor ampliação e atualização dos Laboratórios deInformática das escolas de acordo com as novas exigênciasdo mundo do trabalho.

7. Estimular que seja feito, periodicamente, pesquisa dedemanda para verificar cursos profissionalizantes etecnológicos junto aos diversos segmentos da sociedadesinopense.

8. Cobrar dos órgãos competentes, a oferta da EducaçãoProfissional Inicial e Continuada com cursos de formaçãode trabalhadores concomitantemente com a Educação deJovens e Adultos.

9. Incentivar a Educação Profissional e Tecnológica dotrabalhador do campo de forma a garantir formaçãoadequada, voltada para mecanismos que promovam odesenvolvimento sustentável, com base na diversidadesócio-cultural da região.

10. Apoiar a formação continuada dos profissionais daEducação Básica para atuarem na Educação ProfissionalTécnica de nível Médio Integrada.

11. Participar dos Fóruns anuais de debates e análises da ofertae demanda da Educação Profissional Tecnológica comtodos os segmentos envolvidos.

12. Organizar encontros bienais para avaliar ações do PlanoMunicipal de Educação e adequação de acordo com a leie demanda do Município.

13. Buscar parcerias junto as instituições de ensino superiorpara formação Profissional e Tecnológica e odesenvolvimento de projeto de pesquisa.

14. Fortalecer e implementar o Conselho Municipal doTrabalho e Cidadania do Município de Sinop.

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3.12 – EDUCAÇÃO DO CAMPO

3.12.1 – Diagnóstico

Com o advento da Constituição de 1988, a educação éproclamada como um direito de todos os brasileiros (art.205 CF).

A partir da instituição das diretrizes operacionais de EducaçãoBásica do campo através da Resolução do CNE-CEB nº01, de 03de abril de 2002, e a Resolução 126/CEE/MT 2003, no parágrafoúnico do artigo 4º: “A universalização incluirá a educação infantil eo ensino fundamental e médio inclusive para os que a eles não tiveramacesso na idade própria, cabendo, em especial, ao Estado, garantiras condições necessárias para o acesso ao ensino médio e a educaçãoprofissional de nível técnico”. A Educação do Campo foi conceituadacomo sendo o exercício da cultura, das práticas sociais, que buscamconstruir uma educação de qualidade resultante de políticas quevalorizem o povo do campo, respeitando sua sabedoria ereconhecendo-o como “guardião da terra” vinculado a um processode nação.

O Campo, por sua vez, deve ser entendido como um lugar eespaço social e politicamente construído, como lugar de produçãode riquezas econômicas, mas principalmente como sendo um lugarimportante de produção da vida humana, de cultura e de tantas outrasformas de vida, de manifestações e produções de diversidades desaberes, de diversidades étnicas, culturais e ambientais que expressamlimites e potenciais na perspectiva de um desenvolvimento humanoque contemple todas as suas dimensões de desenvolvimentoambiental, numa perspectiva ecológica do cuidado, dodesenvolvimento histórico-social, na perspectiva de integração, depertença das pessoas, portanto, de um desenvolvimento econômicoe cultural sustentável.

A Educação do Campo produz cultura a partir dasespecificidades do campo, mas sem perder de vista a sua inter-relaçãocom o que a cidade produz. Essa idéia confronta a lógica distorcidacolocada por uma concepção de campo subjugada à lógica urbana edestituidora do sentido do campo como espaço vivido.

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Os dados estatísticos de demanda em Mato Grosso quanto aevasão e repetência de alunos na Educação do Campo estão presentesnos números relacionados aos ensinos fundamental e médio, fazendoparte desse contexto educativo. Encontramos nos dados do INEP-2005 a distorção idade-série na educação rural com destaque naregião Centro-Oeste, que exibe uma taxa de 31,4% nas séries iniciais,de 48,9% nas séries finais do Ensino Fundamental rural e 53,6%para o Ensino Médio rural. Nesse sentido, é importante buscarvisualizar a real situação estatal no que tange à Educação do Campoem nível de demanda, abandono escolar, evasão e repetência, paraque se possa traçar uma política coerente à realidade externada.

Em Mato Grosso, observa-se o crescimento da evolução dematrícula no Ensino Fundamental rural em números significativos:de 1997 a 2005, em 80,7%. No Ensino Médio, houve um crescimentode 704,3%,nesse mesmo período. Na modalidade de Educação deJovens e Adultos em relação aos ano 2001 para 2005, o crescimentofoi de 94,1%.

Partindo de pressupostos históricos, nosso país perpassa porintensos fluxos migratórios externos e internos. Da mesma forma, oEstado de Mato Grosso não foge às características desse processo,uma vez que é um Estado essencialmente agrícola, principalmente apartir da década de 1960-1970, quando muitos assentamentosagrários se efetivaram, bem como da ocupação do espaço atravésde cooperativas e empresas. Simultaneamente ao processo decolonização existiam comunidades tradicionais, posseiros e pequenosagricultores. Nesse contexto, percebemos também historicamente ofluxo migratório campo-campo, cidade-campo e campo-cidade,muitas vezes caracterizado pela falta de estrutura, na grande maioriadas vezes por falta de uma escola e, fundamentalmente, por falta deuma Política Educacional específica de educação voltada para arealidade do campo.

Para implementar Políticas Públicas que fortaleçam asustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental dos povosdo campo, faz-se necessário que se leve em conta que o campo é umespaço heterogêneo. Essa heterogeneidade possui duas implicações:

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a primeira é que não pode se construir uma política de educaçãoidêntica para todos os povos do campo; a segunda é que deve serarticulada às políticas nacionais e estas devem articular-se àsdemandas e às especificidades de cada região, ou de cada espaço outerritório que se diferencie dos demais.

3.12.2 – Diretrizes

A Câmara da Educação Básica – CEB, no cumprimento doestabelecido na Lei nº 9131/95 e na Lei nº 9394/96 –LDB, elaboroudiretrizes curriculares para a educação infantil, o ensino fundamentale o médio, a educação de jovens e adultos, a educação indígena e aeducação especial, a educação profissional de nível técnico e aformação de professores em nível médio na modalidade normal.

A orientação estabelecida por essas diretrizes, no que se refereàs responsabilidades dos diversos sistemas de ensino com oatendimento escolar sob a ótica do direito, implica o respeito àsdiferenças e a política de igualdade, tratando a qualidade da educaçãoescolar na perspectiva da inclusão. Na mesma linha, o presenteParecer, provocado pelo artigo 28 da LDB, propõe medidas deadequação da escola à vida do campo.

No horizonte de dez anos, este Plano Municipal de Educaçãodo Campo deve assegurar os seguintes princípios: da qualidade, dorespeito às organizações e aos movimentos sociais e seus saberes,da identidade e da localidade, da cultura e da formação dos sujeitos.

Quanto ao princípio do respeito às organizações e aosmovimentos sociais e seus saberes, a Educação do Campo podeocorrer tanto em espaços escolares quanto fora deles. Envolvesaberes, métodos, tempos e espaços físicos diferenciados. Realiza-se na organização das comunidades e dos seus territórios, que sedistanciam de uma lógica meramente produtivista da terra e do seupróprio trabalho. O princípio da identidade e da localidade passapela concepção de que construir educação do campo significatambém garantir escola no campo. Neste sentido, a Escola deve

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proporcionar uma visão diferenciada de possibilidades, ou seja, aconstrução de conhecimentos potencializados, de modelosalternativos da produção econômica e de relações de trabalho e devida a partir de estratégias solidárias.

Ao elaborar os currículos escolares para Educação do Campo,deve-se garantir que esses levem em consideração que os sujeitospossuem história, participam de lutas sociais, sonham, têm rosto,nomes, lembranças, gêneros e etnias diferenciadas, bem comoassegurar que as discussões sejam pautadas sobre temas geradoressobre direitos humanos, questões étnicas, gênero, ética, justiça sociale paz.

3.12.3 – Objetivos e Metas da Educação do Campo

1. Articular mecanismos de cooperação entre Município,Estado e União, para organizar, implementar, construir eavaliar as políticas públicas destinadas à melhoria dasescolas e da qualidade de vida dos povos do campo, apartir da aprovação deste Plano, por meio de:

a) Espaço, iluminação, ventilação e insolação dosprédios escolares;

b) Instalações sanitárias e condições para manutençãoda higiene em todos os espaços escolares;

c) Espaço coberto para esporte, recreação e lazer;

d) Instalar, equipar e manter Laboratórios de Ciênciasda Natureza, Humanas e Sociais, de Informática,de Comunicação e Linguagem e equipamentomultimídia para as escolas do campo;

e) Implantar, atualizar e ampliar o mobiliário e oacervo das bibliotecas para atender professores ealunos;

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f) Equipamento didático-pedagógico de apoio aotrabalho em sala de aula;

g) Aquisição de tele fax, computadores e impressoras;

h) Implantar e manter a energia elétrica;

i) Implementar planos de ação para construir, ampliare/ou reformar escolas do campo;

j) Adaptar os edifícios escolares do campo para oatendimento de alunos com necessidades especiaise adotar, para as novas construções, critérios queatendam às especificidades do ensino e dascaracterísticas geográficas e climáticas do entorno.

2. Garantir, nas escolas do campo, profissional qualificadopara atender aos Laboratórios de Informática, Ciênciasda Natureza e biblioteca, mediante a implantação depolíticas de formação inicial e continuada.

3. Incentivar práticas esportivas e de recreação utilizandoespaço e material adequado.

4. Garantir política que vise ao desenvolvimento de estudospara o custo aluno (qualidade) diferenciado da educaçãodo campo, com ações articuladas e construídas entregoverno e sociedade civil.

5. Realizar mapeamento anual por meio do censoeducacional da população do campo, visando localizar eidentificar a demanda por escolarização.

6. Fazer gestão com o Ministério de Educação para acrescerao manual do censo escolar a questão relativa àidentificação das salas anexas no campo.

7. Construir com as comunidades escolares uma PropostaPedagógica e calendário escolar respeitando o períodoplantio/colheita e fatores geográficos voltados à realidade,superando a fragmentação do currículo e respeitando asdiferentes metodologias que consideram os sujeitos com

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suas histórias e vivências, e as legislações que regem ossistemas de ensino.

8. Implementar políticas de universalização de acesso epermanência à educação básica às pessoas que não tiveramacesso à escola em idade própria, como parte da políticamunicipal de erradicação do analfabetismo e da elevaçãodo índice de escolaridade da sociedade sinopense, atravésde programas e projetos (modulares e semi-presencial).

9. Viabilizar que, no prazo de vigência desse Plano, todosos alunos da educação básica, que moram no campo,tenham acesso a escola, garantido transporte escolar.

10. Garantir a permanência da escola na comunidade docampo, evitando, quando for o caso, a nucleação; quandoda necessidade desta, que se realize no próprio campo.

11. Garantir a organização mais flexível na formação deturmas, não determinando o número mínimo de alunos eefetivando o serviço de coordenação pedagógica podendoser inclusive unidocente.

12. Possibilitar a escola como um espaço de referência, ondese possa atender questões de interesse da própriacomunidade.

13. Assegurar aos professores que atuam no campo acessoaos cursos de graduação, especialização e formaçãocontinuada, podendo ser através de parceria Município,Estado, União e com Instituições de Ensino Superior(IES).

14. Proporcionar formação aos profissionais da Educação doCampo considerando as especificidades do meio ondeatuam.

15. Garantir condições de trabalho para os profissionais quetrabalham nas Escolas do Campo.

16. Identificar e disseminar processos pedagógicos inovadorese experiências bem sucedidas de Educação do Campo

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(escola ativa, escola itinerante, com regimes dealternância, etc.).

17. Incentivar nas Escolas ou nas Secretarias a elaboraçãode materiais didático-pedagógicos com conteúdosregionalizados, para que os alunos possam intensificar osconhecimentos da sua região, executando políticascurriculares baseadas na identidade cultural dos povosdo campo.

18. Garantir a política de transporte escolar, para a Educaçãodo Campo, conforme a legislação vigente, que assegureo direito aos alunos e profissionais da educação em todasas modalidades de ensino o acesso e a permanência àescola, garantindo padrões adequados de segurança,seguro de vida coletivo e condições de trafegabilidade.

19. Garantir, segundo as normas, financiamentocompartilhado e distribuído de forma equalizada entre osentes federados para o transporte escolar, extensivo aosprofissionais da educação básica, a partir da vigência doPME.

20. Assegurar o desenvolvimento de políticas integradas comos Ministérios, Secretarias de Estado, especialmente, nasáreas de saúde, educação, cultura e desporto, meioambiente, agricultura, ação/promoção social,conjuntamente com os sindicatos, movimentos sociais dostrabalhadores e trabalhadoras rurais, ONGs, entidades emovimentos sociais, a fim de equacionar os problemasda educação, da sustentabilidade dos povos do campo eda qualidade de vida, garantindo aos professores e alunosdo campo o atendimento e o acompanhamentomultiprofissional especializados.

21. Possibilitar moradia junto à comunidade, aos profissionaisque trabalham junto às escolas do campo, que dela

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necessitem, para melhor integração deles com acomunidade e sua realidade.

22. Garantir ampla participação dos povos do campo naproposição, acompanhamento e avaliação das políticaseducacionais do campo.

23. Instituir uma equipe permanente de Educação do Campodo município de Sinop, a partir da aprovação do PME,como instrumento da sociedade e dos movimentos sociaisligados ao campo, para discutir, propor, acompanhar eavaliar as políticas públicas educacionais do campo.

24. Garantir nas escolas do campo de tempo integral, nomínimo, três refeições diárias, a alunos, professores efuncionários.

25. Garantir nas escolas do campo com extensões do EnsinoMédio o fornecimento de merenda escolar em regime decooperação entre Estado, Município e União a partir davigência do PME.

26. Cumprir as metas e os objetivos da educação básicaestabelecidas no PME, bem como as políticas devalorização do magistério, formação profissional, gestão,financiamento e atendimento.

3.13 – FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EVALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

3.13.1 – Diagnóstico

A Valorização do Magistério no Município de Sinop teveinício no ano de 1993, com a aprovação da Lei Municipal 254 de29/03/93 que instituiu o Regime Jurídico Único dos ServidoresMunicipais.

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Ainda em 1993 foi instituído o 1º Plano de Carreira dosServidores Públicos instituindo o lotacionograma da PrefeituraMunicipal.

Em 1996 foi aprovado o 1º Estatuto do Magistério Públicoatravés da Lei 448/96, revogada pela Lei Nº 759/2004.

Em 1998 a estrutura administrativa da Prefeitura Municipalde Sinop foi reformada através da Lei 509/98 que reorganizou oquadro de pessoal segundo o Regime Jurídico Único dos ServidoresMunicipais e estabeleceu o novo Plano de Carreira dos Servidores.Em 1999 esta lei foi revogada pelas Leis 567 e 568/99.

Em 2001 a Lei 658/01 instituiu o Programa de Hora Atividadepara a Rede Municipal de Ensino do Município de Sinop.

Em 2002 foi nomeada uma comissão para revisão, atualizaçãoe adequação do Estatuto do Magistério às novas diretrizeseducacionais. O Novo Plano de Carreira, Cargos e Salários dosProfissionais da Educação do Sistema Público Municipal de Sinopfoi instituído pela Lei 759 de 27 de fevereiro de 2004.

Ainda em 2004, a Lei 815/04 que instituiu o Sistema Municipalde Educação destacou a valorização dos profissionais, tendo emvista que assegurou o ingresso exclusivamente por concurso públicode provas ou de provas e títulos; qualificação profissional continuada;piso salarial profissional; progressão funcional baseada na habilitação;na progressão por qualificação e na avaliação de desempenho;condições adequadas de trabalho; hora-atividade incluída na jornadade trabalho; participação dos profissionais da educação na elaboraçãoda proposta pedagógica da escola; eleição dos dirigentes dosestabelecimentos municipais de ensino pela comunidade escolarconsiderando pré-requisitos de valorização do profissional docentecom graduação em licenciatura plena em Pedagogia com HabilitaçãoEspecífica ou Pós Graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu em cursos

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de Administração Escolar, Supervisão Escolar, Orientação Escolarou Gestão Escolar, proposta de trabalho divulgada na comunidadeescolar, avaliação de caráter classificatório e eliminatório de titulação,conhecimento e entrevista.

Atualmente o Plano de Carreira dos Profissionais da Educaçãoencontra-se em fase de reformulação.

As tabelas a seguir apresentam os números referentes àformação inicial dos professores da rede municipal nos anos 2003 a2007, o número de profissionais por jornada de trabalho, por situaçãoprofissional e por nível de escolaridade e os principais programas deformação continuada desenvolvidos pela SEC de 2001 a 2008.

Tabela 30 - PROFESSORES DA REDE MUNICIPALSEGUNDO O NÍVEL DE ESCOLARIDADE

ESCOLAS / CRECHES

FONTE: Recursos Humanos / SEC

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Tabela 31 - PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO PORJORNADA DE TRABALHO

ESCOLAS/CRECHES - ANO: 2007

Tabela 32 - PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃOFUNCIONÁRIOS DA ESCOLA E CRECHE, POR

SITUAÇÃO FUNCIONAL - ANO: 2007

FONTE: Recursos Humanos / SEC

FONTE: Recursos Humanos / SEC

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Tabela 33 - PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃOFUNCIONÁRIOS DA ESCOLA E CRECHE POR NÍVEL

DE ESCOLARIDADEANO: 2007

FONTE: Recursos Humanos / SEC

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Tabela 34 - PRINCIPAIS CURSOS DE CAPACITAÇÃO EFORMAÇÃO CONTINUADA DESENVOLVIDOS PELA

SEC NOS ANOS 2001 A 2008

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Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Sinop

3.13.2 – Diretrizes

A garantia da qualidade do ensino público constitui umcompromisso da municipalidade para assegurar ao cidadão sinopenseo exercício pleno da cidadania. Para tanto é indispensável aimplementação de políticas de valorização dos profissionais daeducação nos mais diversos aspectos.

A formação continuada dos profissionais da educação écondição essencial para o avanço científico, tecnológico e elevaçãocultural da população brasileira. Essa formação deve procurar areconstrução e recondução das ações pedagógicas, como umprocesso permanente de aquisição de conhecimento articulado coma prática.

É necessário também um trabalho constante para ooferecimento de cursos profissionalizantes específicos na área deatuação de todos os profissionais, em parceria com Universidades,

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CEFAPROs e demais instituições que possam contribuir para aqualidade do serviço aplicado à educação sinopense.

A jornada de trabalho realizada pelo profissional, precisagarantir tempo necessário não apenas em sala de aula, diretamentecom os alunos, mas também fora dela, na pesquisa, para a preparaçãodas aulas. Um local de trabalho adequado para o exercício de suasfunções, materiais e equipamentos disponíveis e atualizados, tambémconstituem fatores relevantes na valorização do profissional e naqualidade da educação oferecida.

O salário condigno ao nível de formação que a função exigeé ponto importantíssimo para que o profissional tenha as condiçõesnecessárias de subsistência, sua e de sua família, além de proporcionaruma vida saudável e culturalmente atualizada através do acesso àsnovas tecnologias.

Todos estes aspectos devem estar contemplados num Planode Carreira que garanta também promoções e afastamentosperiódicos para estudos, além de um sistema eficiente de avaliaçãode desempenho, garantindo a valorização justa do profissional.

3.13.3 – Objetivos e Metas da Formação dos Profissionais eValorização do Magistério

1. Assegurar e ampliar, com qualidade, os programas deformação continuada para 100% dos profissionais daeducação (professores e funcionários) a partir daaprovação do Plano, em parceria com Estado e asinstituições de ensino superior.

2. Estabelecer e garantir, permanentemente, a partir do lºano da vigência do Plano, programas de cursos voltadospara formação continuada para todos os profissionais daeducação, nas diferentes áreas do conhecimento emodalidades da educação básica. Essa formação deveráenvolver Escolas Técnicas Estaduais e Federais,CEFAPRO, Secretaria Municipal de Educação e Cultura

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e instituições de ensino superior públicas e privadas,priorizando as instituições competentes em áreasespecíficas.

3. Garantir cursos profissionalizantes específicos na área deatuação, de nível médio, superior e formação continuada,destinados a todos os profissionais da educação, a partirda vigência deste Plano, com incentivo salarial eprogressão funcional, a ser regulamentada em lei.

4. Garantir, a partir do 1º ano de vigência do Plano, aformação de todos os profissionais da educação paratrabalhar com a informática educacional/inclusão digital,num prazo de 3 anos.

5. Incentivar, conforme legislação específica, os profissionaisdo magistério da rede pública municipal a cursarem pós-graduação em nível stricto-sensu na área de educação,em instituições e programas credenciados e recomendadospela CAPES.

6. Manter o compromisso do Município em ofertar a todosos profissionais da educação da Rede Pública Municipalde Ensino, capacitação anual, de acordo com sua área deatuação, atendendo ao disposto na Lei do PCCS.

7. Incentivar os profissionais do magistério e da Rede PúblicaMunicipal a cursarem pós-graduação, incorporando aosalário, definido em lei específica, devidamentereconhecidos pelos órgãos competentes.

8. Garantir incentivo para os profissionais que realizaremcursos de capacitação e formação continuada, por meioda contagem de pontos a ser regulamentada em lei.

9. Garantir a Gestão Democrática para a equipe diretiva dasunidades escolares, conforme regulamentado em lei.

10. Implantar, a partir do primeiro ano de vigência deste Planoa Gestão Democrática nas creches municipais, garantindoa gratificação de função para diretor e supervisor,

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proporcional ao porte da creche, a ser regulamentado emlei.

11. Implementar, gradualmente, uma jornada de trabalhointegral, quando conveniente, cumprida em um únicoestabelecimento escolar, de preferência próximo àresidência do profissional.

12. Rediscutir, reformular e readequar o Plano de Cargos,Carreira, Remuneração e de Valorização do Magistérioda Rede Pública Municipal de Ensino do Município deSinop no prazo máximo de um ano após a vigência destePlano, assegurando mecanismos para sua constanteatualização.

13. Garantir a discussão e implantação de um Plano deCarreira no prazo máximo de um ano a partir da aprovaçãodeste Plano, para os demais servidores que atuam nasáreas técnicas e administrativas da educação adequando-o as suas reais necessidades.

14. A partir da entrada em vigor deste PME, somente admitirprofessores e demais profissionais de educação quepossuam as qualificações mínimas exigidas no art. 62 daLei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

15. Viabilizar a participação dos profissionais em pesquisasvoltadas para o processo ensino aprendizagem.

16. Garantir no prazo de dois anos, após aprovação do PME,acervo bibliográfico adequado para os alunos eprofessores nas bibliotecas escolares.

17. Oferecer laboratório científico e de informática comqualidade para capacitar professores e multiplicadores naárea de educação.

18. Unificar no primeiro ano de vigência deste Plano, as cargashorárias de 20 e 40 horas semanais para jornada única de30 horas semanais, sendo 1/3 (um terço) reservado à hora-atividade, devidamente regulamentada no PCCS.

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19. Assegurar profissionais habilitados para cada unidadeescolar para atuar em Laboratórios de Informática, emnúmero proporcional ao porte da escola.

20. Garantir um profissional habilitado para atuar comointérprete em sala de aula, onde houver matriculado umaluno surdo e assegurar um monitor para alunos quenecessitam de locomoção e ajuda específica no manuseiode material, conforme Lei Nº 9394/96 e Resolução Nº 02de 11/09/2001, onde houver matriculado um aluno comNEE.

21. Assegurar um apoio administrativo educacional/vigilânciapara cada turno escolar, para garantir a segurança dacomunidade escolar.

22. Assegurar auxílio jurídico profissional e afastamento dosprofissionais da educação, após ameaça comprovada, doaluno, por medida restritiva, levando em consideração oabalo físico e psicológico.

23. Desenvolver e implantar, após aprovação deste Plano,programa de qualidade de vida para o professor como:prevenção aos problemas de saúde, ocasionados pelotrabalho (voz, coluna, psicológico, etc) e, quandonecessário, o apoio quanto a materiais pedagógicos e/ouequipamentos apropriados para professores/monitoreseducacionais com deficiência.

24. Adequar a estrutura física das escolas, visando a melhoriadas condições de trabalho, prevenindo problemas de saúdeaos profissionais da educação.

25. Promover programas de aquisição de equipamentosessenciais para a qualificação profissional dos professorese aprimoramento de suas condições de ensino.

26. Incentivar os profissionais da educação da rede pública eprivada a participarem de cursos de formação continuada,que contemplem conhecimentos sobre educação de

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pessoas com necessidades especiais, na perspectiva daintegração social.

27. Criar mecanismos para implementar, após aprovação, apartir da implantação deste Plano Municipal de Educação,o sistema de avaliação de desempenho dos profissionaisda educação vinculado ao programa de formaçãocontinuada e condições de trabalho oferecidos, visandoatingir maiores índices, tanto nos aspectos qualitativoscomo nos quantitativos do ensino público municipal, apartir de normas estabelecidas pelo Sistema Municipalde Educação, por comissão constituída.

28. Elaborar, até 2010, programa de incentivo à pesquisa paraprofissionais da educação da Rede Municipal de Ensino,em trabalhos cujos resultados contribuam com a educaçãomunicipal, buscando parcerias para que estes possamapresentar e divulgar seus projetos e publicar seus artigose/ou livros.

29. Assegurar, até 2010, que o professor, para atuar em salade recursos e Centro de Atendimento Especializado, sejahabilitado em Educação Especial.

30. Realizar Seminários e/ ou Conferências Municipais deEducação para tratar de assuntos educacionais relevantes,envolvendo os profissionais da educação e a comunidade,nos termos das normas do Sistema Municipal de Ensino.

31. Realizar encontros para trocas ou exposição deexperiências pedagógicas inovadoras, por área de atuação,com profissionais de diversas localidades em período quepossibilite a participação de todos os profissionais semprejuízo do calendário escolar.

32. Estabelecer, no planejamento da Secretaria Municipal deEducação, anualmente, vagas para a participação deprofessores da Rede Municipal de Ensino em eventosregionais, estaduais, nacionais e internacionais, conformeregulamento a ser discutido e estabelecido entre ambos.

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33. Buscar mecanismos, em regime de colaboração, entre asmantenedoras para identificar e mapear, a partir davigência deste Plano, no Sistema Municipal de Ensino, asnecessidades de formação inicial e continuada dosprofissionais da educação, atualizando os dadosanualmente.

34. Criar um Centro de Formação Continuada para osProfissionais da Educação.

3.14 – GESTÃO E FINANCIAMENTO

3.14.1 – Diagnóstico

A Educação Básica no Brasil ganhou contornos bastantecomplexos nos anos posteriores a Constituição Federal de 1998, eprincipalmente após a Emenda Constitucional nº. 14 de 12 desetembro de 1996, a Lei 9394/96 – Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional de 20 de dezembro de 1996, que criou o FUNDEF e Lei11494/07 que regulamenta o FUNDEB. A partir destas Leis ficouestabelecido que a União deve aplicar anualmente nunca menos de18% e os Estados e Municípios e o Distrito Federal 25% ou o queconsta nas respectivas constituições ou Leis Orgânicas da receita,resultante de impostos, compreendidas as transferênciasconstitucionais na manutenção e desenvolvimento do ensino básicoe valorização dos profissionais da educação.

Cabe aos municípios oferecer educação infantil com prioridadeao ensino fundamental (LDB – art. 11, inciso V), conformecompetências estabelecidas na Constituição Federal e na LDB. Omunicípio de Sinop, através da Secretaria Municipal de Educação,oferta em sua rede de ensino 2.569 vagas na Educação Infantil e10.035 vagas no Ensino Fundamental distribuídas em 12 unidadesde Educação Infantil e 19 escolas. Integrado a Educação Infantil eao Ensino Fundamental, são oferecidas as modalidades de ensino

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Educação Especial 163 vagas e Educação de Jovens e Adultos com1.153 vagas.

Tabela 35 - Recursos Aplicados em Educação – 2003 a 2007(R$ 1,00)

Gastos por aluno no Ensino Fundamental 2005: R$ 722,13Gastos por aluno na Educação Infantil 2005: R$ 1.062,07Fonte SIOPE- Sistema de Informações sobre Orçamento Públicoem Educação.Gastos por aluno no Ensino Fundamental 2006: R$ 1.219,33Gastos por aluno na Educação Infantil 2006: R$ 1.979,12Fonte SIOPE- Sistema de Informações sobre Orçamento Públicoem Educação.Gastos por aluno no Ensino Fundamental 2007: R$ 2.039,86Gastos por aluno na Educação Infantil 2007: R$ 2.828,31

Fonte SIOPE- Sistema de Informações sobre OrçamentoPúblico em Educação

Para garantir o funcionamento deste mecanismo faz-senecessário a elaboração de um plano onde sejam identificadasnecessidades, metas, objetivos, seus respectivos custos e os recursos

Fonte: PMS/Contabilidade

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disponíveis para financiamento da educação, além de buscar aampliação destes recursos, seja por meio de criação de novas fontes,seja por meio de uma gestão eficiente, podendo assim prestaratendimento com a qualidade necessária.

Tabela 36 - PROJEÇÃO PARA APLICAÇÃO DE RECURSOSFINANCEIROS EM EDUCAÇÃO 2008 a 2013 (R$ 1,00)

Fonte: PMS/ Contabilidade/Orçamento

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – LDB Lei nº9.394/96, no seu art. 70, incisos I a VIII.

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básicoe dos Profissionais da Educação - FUNDEB – Lei nº 11.494/2007.

Atendendo as necessidades previstas na LDB, o município deSinop criou e aprovou, através da Lei Municipal nº 759/2004, oPlano de Carreiras, Cargos e Salários dos Profissionais da Educaçãodo Sistema Público Municipal de Sinop.

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Em relação ao Fundef, criou-se no município de Sinop oConselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundef, fazendoparte representantes do sindicato, escolas, sociedade organizada etc.

Entre as atribuições do Conselho, até 2006, estava conhecer,compreender e fiscalizar as ações do Poder Público e a aplicaçãodos recursos destinados ao Ensino Fundamental. Para tanto, esteConselho teve acesso a toda documentação comprobatória de receitase despesas, em cumprimento ao art. 212 da Constituição Federal,sempre com maior ênfase aos recursos oriundos do Fundef, buscandoa clareza da destinação do índice mínimo de 60% para folha depagamento de pessoal que em Sinop já ultrapassa o índice mínimo e40% para manutenção, construção e aquisição de materiais.

Tabela 37 - Despesas com Educação por CategoriaEconômica e Elemento de Despesas

– 2003 a 2007 (R$ 1,00)

Fonte: PMS - Contabilidade

Entendemos que além dos repasses financeiros, a qualidadeda educação está intimamente ligada à gestão e à participação dacomunidade na escola. A descentralização dos recursos e a autonomia

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escolar requer a participação ativa de todos os envolvidos noprocesso educativo. A presença dos pais na escola não deve estarrestrita a reuniões e eventos artísticos, mas também nas discussões etomadas de decisões, colaborando de forma efetiva no processo degestão da escola pública. Uma forma legítima de participação dacomunidade na escola são as APMs – Associações de Pais e Mestres,presentes em todas as unidades escolares.

Fortalecendo as ações de autonomia escolar, temos o PDDE– Programa Dinheiro Direto na Escola – Programa Federal, tendopor princípio a descentralização dos recursos federais destinados àsescolas públicas do Ensino Fundamental. O valor dos repasses ébaseado no Censo Escolar do ano anterior.

Ainda como parte do processo de descentralização da gestãode recursos financeiros, o município de Sinop criou a Lei de GestãoDemocrática Nº. 725/2003, Lei nº 726/2003 e alteração pela Lei nº952/2007 que Institui Recursos Financeiros para as UnidadesEscolares da Rede Municipal permitindo às mesmas executarpequenos reparos e custeio de pequenas despesas na unidade escolar.A base para o repasse é o número de alunos matriculados, sendoatualmente de um real por aluno.

Em relação ao fornecimento da merenda escolar, o FNDE,através do programa PNAE – Programa Nacional de AlimentaçãoEscolar – estabelece os critérios e as formas da transferência legalde recursos financeiros ao município, em caráter suplementar, paraaquisição de gêneros alimentícios.

Tabela 38 - NÚMERO DE MERENDAS SERVIDAS

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura

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Para que as metas sejam mais facilmente alcançadas éimportante investir na qualificação daqueles que gerem as unidadesde ensino, e também na qualificação dos conselheiros escolhidospela comunidade para fiscalizar os gastos.

Em 1º de janeiro de 2007, entrou em vigor o FUNDO DEMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃOBÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DAEDUCAÇÃO, (FUNDEB), criado pela Emenda Constitucional nº53/2006 e regulamentado, inicialmente, pela Medida Provisória nº339, de 28 de dezembro de 2006. Em 20 de junho de 2007, foisancionada a Lei nº 11.494, que regulamenta o Fundeb.

O Fundeb tem por objetivo o financiamento de todas as etapasda educação básica: educação infantil (creches para crianças de 0 a3 anos e pré-escola para crianças de 4 a 6), ensino fundamental eensino médio; além das modalidades: educação de jovens e adultos,educação indígena, educação quilombola, educação profissional,educação do campo e educação especial destinada a portadores dedeficiência.

Com duração de 14 anos (2007-2020), o Fundeb seráimplantado de forma gradativa. Até chegar ao quarto ano de vigência.

A Lei Municipal Nº 955/2007 dispõe sobre a criação doConselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social doFundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e deValorização dos Profissionais da Educação – Conselho do FUNDEB.

3.14.2 – Diretrizes

• Vinculação de recursos;

• Alocação de recursos pelo número de matrículas;

• Transparência na gestão;

• Desburocratização e descentralização;

• Desenvolver padrão mínimo de qualidade;

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• Estabelecer e aprimorar regime de colaboração;

• Gestão democrática;

• Construção de unidades de ensino para atendimentoadequado da demanda.

3.14.3 – Objetivos e Metas da Gestão e Financiamento

1. Implementar mecanismos de fiscalização e controle queassegurem o rigoroso cumprimento do Art. 212 daConstituição Federal, em termos de aplicação dospercentuais mínimos vinculados à manutenção edesenvolvimento do ensino através da análise dodemonstrativo de gastos elaborado pelo poder executivoe apreciado pelo legislativo, em audiência públicaquadrimestral e o demonstrativo encaminhadomensalmente ao fundo de manutenção e desenvolvimentoda educação básica e da valorização dos profissionais daeducação FUNDEB, além de divulgação por meios decomunicação a sociedade em geral.

2. Estabelecer mecanismos destinados a assegurar ocumprimento dos artigos 70 (exceto o inciso VI) e 71 daLDB, que definem os gastos admitidos como demanutenção e desenvolvimento do ensino e aqueles quenão podem ser incluídos nesta rubrica.

3. Fortalecer a mobilização e fiscalização dos artigos 70 e71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalpelo Conselho do Fundo de Manutenção eDesenvolvimento da Educação Básica e da Valorizaçãodos Profissionais da Educação - FUNDEB e ConselhoMunicipal de Educação e divulgação, através dos mesmosàs Unidades de Ensino.

4. Mobilizar o Conselho Municipal de Educação - CME,Conselho de Alimentação Escolar – CAE e o Conselhodo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

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Educação Básica e da Valorização dos Profissionais daEducação - FUNDEB, para exercer a fiscalizaçãonecessária ao cumprimento das metas deste plano,relacionada a esta temática.

5. Garantir, entre as metas do PPA – Plano Plurianual de2009 a 2019, a previsão do suporte financeiro necessárioao cumprimento das metas constantes neste Plano, bemcomo que os repasses devidos a educação ocorra nosprazos e condições da legislação específica a partir daaprovação deste Plano.

6. Estabelecer convênios em ações e recursos técnicos,administrativos e financeiros da Secretaria Municipal deEducação e de outras Secretarias nas áreas de atuaçãocomuns.

7. Incrementar o atendimento escolar específico para quemnão teve acesso ao Ensino Fundamental na idade própria,investindo em programas para aumentar a oferta de vagasda Educação de Jovens e Adultos, diretamente e porintermédio de parcerias com o governo federal e estadual,empresas, ONGs e demais organizações da sociedade civilinteressadas em promover o ensino gratuito.

8. Fortalecer as ações existentes na Modalidade de EducaçãoEspecial, investindo em programas diretamente e porintermédio de parcerias com o governo federal e estadual,empresas, ONGs e demais organizações da sociedade civilinteressadas em promover o ensino gratuito, colaborandopara a inserção do educando no campo de trabalho.

9. Conceber e desenvolver políticas de ampliação da ofertada Educação Básica, na Rede Municipal visando àsuperação das desigualdades locais, a promoção daeqüidade social e das iniciativas inovadoras no tocante àsformas de cooperação entre as esferas públicas.

10. Desenvolver um programa de Gestão da EducaçãoPública, orientado pelos princípios de democratização e

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cooperação, de modo a assegurar a participação dosdiferentes segmentos das instituições educacionais nodesenvolvimento de suas políticas, observando-se osseguintes critérios:

a) Programa de transporte escolar com critérioscomuns, aplicando as normas de segurança, comotimização de espaço e tempo;

b) Cooperação entre Estado e Município definida porinstrumentos legais, como convênios queexplicitem claramente os objetivos comuns noatendimento da escolarização básica, na suauniversalização, na qualidade do ensino e na gestãodemocrática.

11. Criar e implantar o Sistema de Avaliação Institucionalanualmente, assegurando a participação efetiva dacomunidade escolar, órgão representante da educaçãono município e da categoria dos profissionais eestudantil, composta de forma paritária, a partir daaprovação deste Plano.

12. Definir indicadores qualitativos e quantitativos quepossibilitem a avaliação do Plano Municipal deEducação, que deverá acontecer a cada dois anos.

13. Assegurar, aos profissionais da educação que prestamserviço nas unidades centrais (Secretarias de Educação),como mediadores da Política de Gestão Escolar, ascondições necessárias à sua atualização profissional eimplementação dos processos participativos edemocráticos, em seu local de trabalho.

14. Assegurar a autonomia administrativa, pedagógica efinanceira das escolas, garantindo o repasse de recursosconforme as Leis Municipais 726/2003 e 952/07.

15. Avaliar os mecanismos atualmente existentes de gestãodos recursos financeiros da escola, após a definição dasmetas e objetivos discutidos e estabelecidos neste Plano.

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16. Assegurar que o pagamento das tarifas de água, energiaelétrica e telefônica das Escolas Públicas Municipaissejam mantidas pela entidade mantenedora,independente dos repasses de manutenção econservação.

17. Apoiar, técnica e financeiramente, as escolas naelaboração e execução de suas propostas, na definiçãodo papel de cada instrumento de planejamento eorganização de atividades, tais como planos, projetos,estatutos, cronogramas de metas e outros, em suasdimensões pedagógica, administrativa, jurídica econtábil-financeira.

18. Desenvolver um padrão de gestão que priorize adestinação de recursos para as atividades-fim, adescentralização, a autonomia da escola, a eqüidade, ofoco na aprendizagem dos alunos e a participação dacomunidade.

19. Promover, no interior da Secretaria Municipal deEducação e Cultura e dos conselhos de educação, osprocessos de socialização de informações e dedescentralização das tomadas de decisão, contribuindopara a interlocução constante entre os setores e a suaparticipação, visando o fortalecimento do controlesocial.

20. Garantir eleições para os cargos de diretor de escola,supervisor e orientador pedagógico, em todas asunidades escolares de ensino, a cada dois anos a partirdo próximo Processo de Seleção da Função de Diretordas Escolas Públicas Municipais de Sinop em eleiçãoúnica, através de chapas.

21. Garantir recursos para atualização tecnológica e acriação de uma rede de comunicação contínua entreunidades escolares, unidades administrativas centrais edescentralizadas e conselhos educacionais, buscando aarticulação e racionalização dos trabalhos de cada setor

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e efetivando a cooperação entre as esferas públicas, apartir da aprovação deste Plano.

22. Estimular os processos de integração da escola e dasinstituições educacionais com a comunidade local, quegarantam uma melhor definição dos rumos da escola eda qualidade da educação, mediante os benefícios deum controle social democrático.

23. Garantir e cumprir, a partir da aprovação deste Plano,que as metas do Plano Municipal de Educação estejamvinculadas ao orçamento anual, contemplando recursosoriundos das parcerias: União, Estado e Município.

24. Manter a capacitação em gestão pública aos gestoresescolhidos pela comunidade escolar.

25. Assegurar que os projetos apresentados pelas escolas,aprovados pela comunidade escolar, que atendam osprincípios legais e em consonância com a PropostaPedagógica - PP, sejam atendidos em parceria com aentidade mantenedora a partir da aprovação deste Plano.

26. Respeitar a legislação - artigos 70 e 71 da LDB, notocante ao pagamento de aposentados e pensionistasno que diz respeito à folha de pagamento da Secretariade Educação, criando mecanismos de transição dosmesmos, a partir da aprovação deste Plano.

27. Garantir merenda escolar para o período diurno enoturno, independente da modalidade de ensino, pormeio de complementação, de forma a assegurar a suaqualidade.

28. Garantir agilidade nos processos em andamento e noatendimento na Secretaria e unidades de ensino.

29. Implantar e garantir, em todas as unidades escolares doEnsino Fundamental, independente do número de

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alunos, a partir da aprovação deste Plano, laboratóriosde pesquisa nas áreas do conhecimento, garantindo osuporte de um profissional com conhecimento na área.

30. Identificar o custo aluno/desempenho de cada unidadeescolar do município.

31. Tornar obrigatório a avaliação permanente dos serviçosprestados pelo poder público, definido no PlanoEducacional do Município.

32. Rever a legislação que estabelece piso salarial, condiçõesde trabalho e valorização dos profissionais da educação,conforme legislação vigente.

33. Garantir o regime de colaboração entre a União, o Estadoe os municípios, de acordo com a capacidade financeirade cada ente federado.

34. Implantar, a partir da aprovação deste Plano, projetoscientíficos, culturais, ambientais, sociais e esportivosque permitam maior participação da comunidade,favorecendo a intervenção social coerente com osprincípios de cidadania.

35. Implantar, no prazo de dois anos, a partir da aprovaçãodeste Plano, políticas públicas que promovam aSegurança nas Unidades Escolares, em parceria com asSecretarias de Segurança Pública, Assistência Social,Conselho Tutelar e demais órgãos pertinentes.

36. Reformar, ampliar e adequar, a partir da aprovação destePlano, todas unidades de ensino municipal, tendo comoparâmetro o padrão mínimo de funcionamento,adequada à modalidade de ensino, compatíveis com adimensão do estabelecimento e condições climáticaslocais.

37. Assegurar que o acompanhamento e recebimentodefinitivo de obras sejam feitos pelos Conselhos (CMEe FUNDEB) além do respectivo responsável técnicodo Órgão fiscalizador central.

38. Criar mecanismos para proporcionar qualidade de vidae integração entre os profissionais da educação, a partirda aprovação deste Plano.

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39. Construir Unidades de Ensino anualmente para atenderas demandas existentes nos pólos observando asprioridades.

40. Estabelecer parcerias com as redes públicas e particularesno que se refere a formação continuada dos profissionaisda Educação assegurando um local apropriado.

41. Ampliar e garantir recursos ao Conselho Municipal deEducação para realização de suas ações, conformeprevisão orçamentária da Secretaria Municipal deEducação e Cultura com mecanismos de prestação decontas do mesmo à Secretaria Municipal de Educação,bem como à sociedade.

42. Garantir que as Instituições de Educação Infantil, a partirda aprovação deste Plano, sejam transformadas emEscolas de Educação Infantil com autonomia financeira,pedagógica e administrativa, através da GestãoDemocrática.

43. Garantir que a qualidade da relação ensino-aprendizagemna perspectiva corpórea seja concretizada através deestrutura física e materiais adequados, nas escolas comginásio poli esportivo ou quadras cobertas e nas crechescom piscina, caixa de areia e parque infantil.

44. Estabelecer regime de colaboração entre estado emunicípio em forma de permuta.

45. Garantir um terço (1/3) da carga horária dos professorespara preparação de aulas, avaliação e reuniõespedagógicas com condições adequadas de trabalho.

46. Garantir a contratação em substituição aos técnicos eapoios, quando os titulares dos cargos estiveremafastados por motivos amparados por lei (licençamédica, licença prêmio, etc), inclusive nas escolasprivado-filantrópicas

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4 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃODO PLANO

O Plano Municipal de Educação – PME é um Plano decenalelaborado de forma democrática por segmentos da sociedade, emconsonância com o Plano Nacional de Educação – PNE e com oPlano Estadual de Educação – PEE, devidamente referendado pela1ª Conferência Municipal de Educação – “Gente Unida por Educaçãode Qualidade”, e posteriormente encaminhado a Câmara Municipal,de onde, aprovado irá para a sanção do representante legal do PoderExecutivo, Senhor Prefeito Municipal de Sinop-MT.

Em se tratando de um plano educacional, pela abrangência ecomplexidade das ações, é necessária a avaliação daoperacionalização dos objetivos e metas propostas, tornando-seimprescindível o acompanhamento para redimensionar as ações nodecorrer da execução do plano.

O Plano Municipal de Educação é um documento comestratégias de Políticas Educacionais, que para o acompanhamentode sua implantação e de seu desenvolvimento é necessário que oFórum Permanente de Educação, com representatividade dossegmentos da sociedade civil e instituições públicas e privadas, façaesse trabalho, promovendo os ajustes necessários, adequados àrealidade.

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As avaliações serão periódicas e sistemáticas, sendo a primeiradentro de dois anos a partir da aprovação desta Lei. O Plano sofreráajustes sempre que forem apontadas razões que justifiquem correçõesno período.

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– Plano Nacional de Educação – Lei Nº 10.172/2001

– Plano Estadual de Educação – Lei Nº 8.806/2008

– Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei Nacional Nº9394/1996

– Sistema Municipal de Ensino Lei Nº 815/2004 e alterações LeiNº 876/2005 e985/2007.

– Lei Orgânica do Município - 05/04/1990. SINOP-MT

– Plano Diretor do Município - Lei Complementar Nº 029 de 18/12/2006. SINOP-MT

– PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais

– Referencial Curricular de Educação Infantil

– Referencial Curricular da Educação de Jovens e Adultos

– Brasil Ministério da Educação, Diretrizes Nacionais para a EducaçãoEspecial na Educação Básica, Secretaria de Educação Especial –MEC; SEESP, 2001.

– A Legislação sobre a Educação Tecnológica no quadro da EducaçãoProfissional – Micheline Christophe – Janeiro de 2005

– Lei Estadual Nº 8.806/2008

– Decreto Federal Nº 5.154/2004

5 - BASES CONSULTADAS

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– Diretrizes da Educação Profissional e Tecnológica do SENAI –Brasília 2008.

– I Seminário de Ensino Técnico a Distância – Curitiba (4 a 6/07/2007)

– Lei Municipal Nº 254/93 e alteração Lei Municipal 658/2001 –Regime Jurídico Único dos Servidores

– Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas deCampo – Res. CNE/CEB Nº 1

– Reck, Jair (org). Novas Perpectivas para a Educação do Campo emMato Grosso, contexto e Concepções: (RE) Significando aAprendizagem e a Vida, Cuiabá: Defanti, 2007

– FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 30ª ed., Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1987.

– DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios ePráticas.5ª ed., São Paulo: Global, 1998. 400p.

– GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra.Série Brasil Cidadão,Peirópolis-SP: Fundação Peirópolis, 2000.

– GUTIÈRREZ, Francisco. Ecopedagogia e Cidadania Planetária.Trad. Sandra Trabucco Valenzuela. São Paulo: Cortez: InstitutoPaulo Freire, 2000.

– REIGOTA, Marcos. O que é educação Ambiental.1ª ed. São Paulo:Brasiliense s.a., 1994.

– REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e Representação Social. 2ª ed.,São Paulo: Cortez, 1997.

– SANTOS, Luiz Erardi Ferreira dos. Raízes da História de Sinop.1ª ed., Sinop, 2007.

– SATO, Michele. Educação Ambiental.3ª ed., São Carlos-SP: PPG-ERN/ UFSCar, 1995. 52p.

– (Lei Nº 9795/99) e do Programa Nacional de Educação Ambiental,Lei Nº 7888/2003 que institui a política estadual de Educaçãoambiental – PROMEA – no estado de Mato Grosso.

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6 - FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,INSTITUÍDO PELA PORTARIA Nº 005/SEC/2008,

DE 02 DE JUNHO DE 2008, DE CARÁTERPERMANENTE.

Secretária Municipal de Educação e Cultura de SinopRosa Oliva de Almeida

Secretaria de Finanças e Orçamento ou Administração, indicadopelo PrefeitoAlaíde Both

Vereador Câmara Municipal designado pela Comissão de EducaçãoRoberto Trevisan de Oliveira

Sindicato dos Trabalhadores da Educação MunicipalRosangela Ferreira de Carvalho

Diretores das Escolas MunicipaisJoão Cândido SilvaLourdes Terezinha BorréHelena Maria Simionato

Diretores das Escolas EstaduaisFátima Leani Serafini

Sindicato dos Trabalhadores RuraisGastão José Casasus Vasconcelos

Diretores das Escolas ParticularesMarlene da Luz Pissinati

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Pai de aluno das Escolas MunicipaisLienai Aparecida Campos Pereira

Aluno das Escolas Municipais.Gracielli Vivian de Souza

Instituições Escolares que atendam Educação Especial.Joana Granoski Nervo

Instituição SuperiorAlceu Zóia

Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e HabitaçãoIvania Salete Dogenski Fiel

Secretaria Municipal de SaúdeAliny Laurentina Gomes Fonseca

Professores da Rede MunicipalMarlon Alves DamacenoSimone Solange SchlagClarice Yolanda Wazilewski RossiRaquel Viegas Mazoco

Assessoria Pedagógica EstadualSilvia Inês Kuhn

Representante das IgrejasCarla Sprizão Ponce

Poder Municipal e/ou Conselho Municipal de EducaçãoTania Aparecida Nunes RibeiroMaria de Fátima Almeida MarasiniMaria Socorro AissaTélvia Moura Marques

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Educação InfantilMaria Norma Doro MelluzziRosemaria Aparecida Martins de AliançaTélvia Moura Marques

Ensino FundamentalAdriana Coelho LopesCarmelina Pedroso do AmaralElígio João AgnesJuliana OdorizziMarineide Oliveira MarquesSalete Maria Mattana TestaVânia Vaz Ferreira Mohr

Ensino MédioChristiane Valeria Costetti dos Santos ZublerMaria Socorro Aissa

Ensino SuperiorElizabet Bessani HidalgoLeandra Inês Seganfredo Santos

Educação de Jovens e AdultosLia Goedert Borges MonteiroSônia Maria do Canto Somavilla

7 - COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTODO PLANO: DIAGNÓSTICO, DIRETRIZES,

OBJETIVOS E METAS

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Educação EspecialCelso Ricardo PivaJacinta Salete Saggiorato FrâncioJanaina Fernanda Estrato Gonçalves DuarteLarissa Letrari Borges de AbreuLizandra RostirollaRosangela Trevisan Oliveira GluzezakWaldirene Maria Oliveira

Educação a Distância e Tecnologias EducacionaisMaria Socorro Aissa

Educação AmbientalMaria Custodia Adelaide Marques ChagasSinóvia Cecília Rauber

Educação IndígenaTeresinha Daltoé Loebens

Educação das Relações Étnico RaciaisTeresinha Daltoé Loebens

Educação Tecnologica e Formação ProfissionalMaria José Fernandes do AmaralJosé Márcio de Mendonça Silva

Educação do CampoFlávia Rodrigues de AssisMaria de Fátima Almeida Marasini

Formação de Profissionais e Valorização do MagistérioCarla Sprizão PonceMaria de Fátima AlvesOlga Inês Theis Silva

Gestão e FinanciamentoTania Aparecida Nunes RibeiroAndréia Costa Felini