marcos costa lima - o nordeste brasileiro em questão

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  • Introduo

    O tema cidades extremamente rico, podendo ser abordado dediversas maneiras e por prismas os mais variados. Afinal, a cidade umainveno humana longnqua e evidencia sua capacidade de organizao,de viver em coletividade sem ferir as particularidades, as individualidades., certamente, lugar de mltiplos acontecimentos.[2]

    No campo da criao de espaos para abrigar a vida, a cidade sesobressai ainda mais do que a inveno da casa: ela supera o domnio dosfechamentos, enfrenta os abertos, cujos perigos motivaram, no Curso daEvoluo, todos os tipos de abrigos que o ser humano foi capaz deproduzir. Ela aberturas e fechamentos a um s tempo. ao mesmo tempo lugar, portadora de significados e sempre espcie de casa maior, naafetividade de seus habitantes. Afinal, a cidade qual o ser humano sesente identificado, de alguma maneira torna-se espcie de lar: territriointimamente conhecido, guarda lembranas de vidas vividas. A cidade ainda espao de fruio, que, para alm da intimidade da vida vivida,permite a contemplao, o deleite, d ao ser humano as condies timas devislumbrar o longe e o perto, de experimentar sensaes e surpresas muitomais intensas do que um edifcio pode permitir, provocar, dadas as suasdimenses, dado o descortino de paisagens que edifcios, espaos abertose natureza, em conjuntos os mais variados so capazes de oferecer a quemobserva. A experincia para os sentidos pode ser avassaladora em umacidade, desde um deixar-se ficar, observando-a de um ponto, at a sensaode percorrer suas ruas, seus largos, praas, jardins, guardando seusdetalhes.

    Todavia, essas impresses so feitas sobre cidades que comeam adeixar de existir, como espao de apropriao. Apreender, captar de umgolpe de vista ou de memria uma cidade, hoje, torna-se cada vez maisexerccio difcil. As cidades vm tomando portes que obscurecem apercepo de suas fronteiras, de suas portas de entrada e comeam a exigirde quem a habita (ou a visita, por qualquer motivo), novas compreenses,novas relaes, novos sentimentos a seu respeito. Essa realidade que seenfrenta nos quatro cantos do mundo. Na extremidade, as denominadas megacidades atestam o enfrentamento do seu habitante de se sentirpertencente a um lugar que no cabe por inteiro na memria; da dificuldadede poder caracterizar o que marcante da cidade na qual se vive. As

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  • Como Ouro Preto, que fruto das incurses dos bandeirantes, algunsoutros ncleos urbanos (Gois Velho e P irenpolis, so alguns deles)resultaram do movimento que se denominou de entradas e bandeiras.Ainda no Perodo Colonial, foram os primeiros esforos de conhecer e dese apropriar do territrio brasileiro em seu interior, posto que na histriado Pas, a vida urbana s foi intensa em sua longa Costa Atlntica. AsBandeiras foram inicialmente responsveis, por exemplo, pelo povoamentoem Gois, no Centro Oeste, e pelo desbravamento tambm do interior doNordeste, cujas expresses mais fortes daquela poca se encontram noPiau e no Maranho. Todavia, nem sempre esses povoamentos se tornaramde fato reas caracteristicamente urbanas. Pese sobre isso, o tipo deeconomia praticada no Pas, mas tambm as grandes distncias queprecisavam ser percorridas e as consequentes dificuldades de comunicao(REIS FILHO, 2001).

    De todo o modo, os deslocamentos, uma realidade do ser humano[3],foram criando novas cidades tambm no Brasil e a cada vez que mudaram ossistemas de locomoo a cavalo, em carro de boi, a implantao dasferrovias e depois, das rodovias cidades novas surgiram, cidadesexistentes, algumas vezes ficaram estagnadas ou desapareceram, umadinmica que acompanha a capacidade econmica dos lugares de reteremseus habitantes e lhes garantirem rendimentos suficientes e condies devida. Junto a essa dinmica, os entrepostos comerciais, as indstrias devariados produtos tm sido responsveis pelo fortalecimento das cidadesinterioranas, pelo aumento do poder financeiro, mas nem sempre dascondies de vida (sade, educao, habitao, preservao ambiental,etc.).

    sobre algumas dessas cidades que surgiram e se fortaleceram nointerior do Nordeste reconhecidas hoje, como cidades mdias que trataesse captulo, com um enfoque mais de observao de suas condiesespaciais frente aos crescimentos sofridos. Enfoque que busca mais captarse permanncias urbanas acontecem, quando essas cidades crescem, muitasvezes repentinamente, causadas por fatores externos ao seu quotidiano.Objetiva dar incio construo de questes sobre qualidade dosespaos urbanos de cidades que deixam de ser pequenas para seremmdias e grandes, e que trazem com esse crescimento, problemas de ordemsocial e ambiental, a despeito do reconhecimento da importnciaeconmica e desenvolvimentista que essas cidades assumem no apenaspara seus prprios habitantes, mas para um contingente significativo de

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  • Significativamente, essas substituies vm ocorrendo tambm nascidades pequenas de Santa Cruz e Toritama, com o agravante de que os seuscentros enquanto espaos no s de comrcio, mas de encontro estaremsendo esvaziados em funo da construo dos denominados shoppingsda sulanca[4], como ficaram sendo conhecidas as feiras de confeces deCaruaru e das duas cidades. As feiras, nestas cidades, como na maioria dascidades do Agreste e Serto acontecem nas ruas principais das cidades.Atualmente, elas foram transferidas para galpes construdos nas periferiasde Caruaru, Santa Cruz e Toritama.

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  • Figura 13 - Feira da Sulanca em Toritama antes da construo do Shopping

    Fonte: http://www.santacruzdocapibaribe.pe.gov.br/2013/index.php

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  • Figura 14 Moda Center em Santa Cruz do Capibaribe

    Fonte: http://www.santacruzdocapibaribe.pe.gov.br/2013/index.php

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  • Consequentemente mudaram as vivncias...

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  • Feira de Caruaru

    Fonte: http://www.caruaru.pe.gov.br/

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  • Shopping da Sulanca em Santa Cruz do Capibaribe (Moda Center)

    Fonte: http://www.caruaru.pe.gov.br/

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  • Shopping da Sulanca em Santa Cruz do Capibaribe (Moda Center)

    Fonte: http://www.santacruzdocapibaribe.pe.gov.br/2013/index.php

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  • Sem entrar nos problemas de mobilidade urbana (pois Caruaru at jest projetando instalar um sistema BRT[5]), sofre o ambiente pordepredaes, por falta de infraestrutura de esgotamento sanitrio, por faltade uma poltica de educao ambiental, etc. Todas as mazelas vividas pelascidades grandes. Entre Caruaru, Toritama e no distrito de So Domingos,de Brejo da Madre Deus, o Rio Ipojuca sofre as consequncias da agressoqumica causada pelos tingimentos dos jeans que vo ser vendidos naSulanca. Favelas surgem motivadas pela esperana de trabalho, localizadasdentro do mesmo rio Ipojuca, seja do lado de Caruaru, de Toritama ou deBrejo da Madre Deus. Sem saneamento, essas cidades usam o rio cominfraestrutura de esgotamento sanitrio. Em Santa Cruz, o Rio Capibaribesofre as consequncias do despejo de dejetos do matadouro pblico, eassim por diante.

    CONCLUINDO

    De que maneira a populao reage a essas mudanas nas cidades mdiase suas reas de influncia? Como se relacionam com a interrupo de seushbitos? Sabe-se que o brasileiro tem fcil adaptao, quando a palavraadotada progresso e que no difcil, sob esse lema, permitir semreclamaes que a sua cidade perca os significados mais fundamentais.Embora no ajude, mas explique que essa uma dinmica que no local,mas global, esse fenmeno pode ser observado em um pas conhecido pelapreservao de hbitos tradicionais, como a Itlia. Leia-se o que diz MarcoDERAMO (2008, p.19), sobre Roma:

    Nos Anos 50, uma cidade como Roma, que contava doismilhes de habitantes, nas noites de vero, as famlias desciammesas e cadeiras de seus apartamentos do segundo ou terceiroandar, para jantar na rua, onde elas se encontravam e conviviamcom outras mesas das famlias de cada quarteiro. Hoje, isso no sseria impossvel, por causa dos automveis que reivindicam omonoplio de utilizao das ruas, como seria impensvel: amentalidade mudou e parece agora inconveniente de submeter familiaridade, a intimidade de sua mesa e de sua cozinha, enquantose tornou perfeitamente normal ir comer em um terrao derestaurante.

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  • Perda de fora poltica e social nos centros urbanos, da vida queacontece nas ruas, uma constante, desde o final do sculo XX, mas hquem a remeta ao final do Dezenove, com a inveno dos boulevards.Enquanto as ruas das cidades pequenas, onde tudo acontece, perdem de ser lugar da experincia social (DERAMO, 2008), na cidade modernizada, a rua e a praa so caracterizadas por um vazio de agirsocial e um pleno da comunicao para o mercado capitalista (DERAMO, 2008, p. 20); enquanto as ruas deixam de ser vividas, ashabitaes tambm se fecham em condomnios, as pessoas se fecham emseus carros; enquanto os centros urbanos so esvaziados e as pessoaslevadas a ter seus cotidianos fechados em shoppings centers, h uma quedaefetiva do interesse pela cidade, pelos seus espaos pblicos, suas praas.A perda de relaes afetivas com as cidades certamente pode se constituirem uma estratgia para que elas possam ser destrudas e sobre elasreconstrudas outras, agora noutros moldes espaciais e permitindo grandeslucros financeiros aos mercados imobilirios.

    Essa uma realidade das cidades grandes brasileiras, mas tambm j realidade das cidades mdias. E aquelas cidades pequenas que gravitam emtorno do poder econmico e social das cidades mdias, tambm j sofremdas mesmas mudanas de estrutura urbana e consequentemente decomportamento social. Os estudos em curso efetuados pelo Laboratrio deInvestigao da Arquitetura LIA do Departamento de Arquitetura eUrbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), vinculado Rede Brasileira de Cidades Mdias - REDBCM, sobre as cidades pequenasque se localizam nas franjas de Caruaru so uma constatao dessasituao.

    A pesquisa do LIA/REDBCM intitulada Boa Ambincia em cidadespequenas do entorno de Caruaru vem mostrando, a exemplo do queacontece em Caruaru e no Recife, capital do Estado de Pernambuco, quepelo menos duas, entre dez cidades pequenas comeam a se verticalizar,sem qualquer estudo de impacto ambiental ou social, sem qualquer estudosobre que caractersticas construtivas, funcionais e ambientais devem terseus novos edifcios, assim como sua paisagem urbana. Enquanto aspaisagens naturais vo sendo encobertas pelos edifcios novos, quedeixam de participar do dia a dia da vida local, as casas, com portas muitoprximas s ruas, vo sendo substitudas por condomnios fechados,esteretipos de segurana. E, no entanto, ainda nos Anos 60, Jane Jacobs(1961) espantou o mundo ao publicar seu livro Morte e vida nas grandes

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  • cidades americanas. De uma experincia de vivncia in loco, Jacobs(1961) conclui que as portas e janelas das casas so os olhos e os ouvidosdas ruas e que quem vigia as ruas so os vizinhos. Muitos estudos eteorias foram feitos sobre Jacobs. Mas as cidades mdias brasileiras seguemrepetindo os erros, os comportamentos j desnudados h mais de 60 anos,s demonstrados por estudos de diversas concepes tericas que nodevem ser praticados.

    Ao mesmo tempo, enquanto o mundo se descobre no risco de grandesperdas resultantes de milhares de anos de uso inadequado do ambiente,construindo com grandes custos energticos, fazendo uso de materiaisdanosos sade vide os anos de utilizao das telhas de cimentoamianto, sob a aparncia de serem baratas, prticas poluindo rios e mares,poluindo o ar que se respira, destruindo floras e faunas, matas e florestas, oque dizer, nesse momento de conscincia mundial dos erros cometidos e daiminncia de perda do P laneta, do que vem ocorrendo nessas cidades quese tornam cidades mdias, desenvolvidas economicamente, masinsustentveis do ponto de vista social e ambiental?

    Para Pedro Jacobi (2002), o Brasil urbano est insustentvel. Diz que,no Brasil, embora tenha ocorrido incremento das iniciativasgovernamentais e no governamentais para ampliar a conscincia pblicasobre os efeitos dos problemas ambientais, a incidncia e a intensidadede desastres naturais e de prejuzos econmicos resultantes tm aumentadode forma significativa (JACOBI, 2002, p. 19). Enchentes, deslizamentosde terra, poluio de mananciais, ausncia de infraestrutura urbana, deinfraestrutura sanitria afetam diretamente as populao. O autor apontaque um caminho para a sustentabilidade a mobilizao das sociedades, aerradicao da pobreza e da excluso social. Todas essas trs aes soessencialmente urbanas. Ento, como ampliar a participao social emcidades que fecham seus espaos pblicos? Em cidades deslocadas paradentro de shoppings, onde o olhar constantemente dirigido para asvitrines das lojas e propositalmente se perde a noo de dia e de noite?

    As disparidades regionais no Brasil so ainda grandes, o Nordeste temtodos os seus ndices de desenvolvimento bem abaixo daqueles do Sul eSudeste. S se igualam algumas cidades que, sendo mdias, reproduzem asmazelas das cidades grandes; s se igualam s suas cidades se crescerempermitindo a destruio de modos de vida realmente pblicos. SegundoRichard Rodgers (2000, p.17),

    A construo de nosso Habitat continua em mos das foras domercado e ditada por imperativos financeiros em curto prazo. No

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  • surpreende que isso tenha levado a resultados tremendamentecaticos, quando o entorno arquitetnico de tantos lugares continuacomo um problema poltico de natureza aleatria. As cidades so obero da civilizao, os motores e condensadores do nossodesenvolvimento cultural. Reincorpor-las aos programas polticos tarefa complexa, e ainda que se trate de autnticas fontes deinspirao, tambm so redutos da precariedade maisdesconsoladora. Esta a dicotomia da cidade: seu potencial tantopara civilizar como para embrutecer.

    H pouco a comemorar com o surgimento das cidades mdias noNordeste deste Brasil, mesmo considerando o crescimento econmico queelas parecem propiciar as estatsticas de aumento de emprego, a aparnciade melhor qualidade de vida do que aquela das capitais. Parece que soapenas estatsticas. As cidades mdias j esto nascendo obsoletas.

    Notas:2 Em 1988, a Semana de Urbanismo deu uma mostra de algumas das possveis

    abordagens a cidade pode instigar: a) a Cidade do Plano, lcus privilegiado deacumulao do capital ou de ideais relativos a processos polticos e sociais; b) aCidade da Memria, das prticas de conservao urbana e de suas contradies e doselos com a identidade do lugar; c) a Cidade dos Conflitos com o poder do Estado; d) aCidade do Trabalho, que relaciona a produtividade do trabalho s estruturas sociais,os movimentos sindicais; e) a Cidade como espao de mobilizao poltica; f) acidade que incita as discusses multi e interdisciplinares (FERNANDES, 1990).

    3 Em caminhos do Brasil, publicado em 2001, pela FADE/UFPE/GEIPOT,reflete-se sobre a importncia dos deslocamentos, sob a tica dos transportes, desdeas Navegaes e, no ltimo captulo, afirma-se que o transporte continua a descobriro Brasil, assegurando que a histria da economia brasileira se confunde com ahistria do desenvolvimento dos transportes, no Brasil. A implantao dos portos seriauma evidncia desse entrecruzamento e quase sempre os portos so motivaes paraque as cidades surjam em seus entornos, assim como a abertura de vias paratransportar as produes da economia do pas, primeiramente em carros de boi,depois pelas ferrovias e pelas rodovias

    4 Em Toritama, Parque das Feiras; em Santa Cruz do Capibaribe Moda Center.5 Bus Rapid Transit, ou Transporte Rpido por nibus.

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  • Referncias

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    JACOBI, Pedro Roberto. O Brasil depois da Rio+20. Revista doDepartamento de Geografia, So Paulo, v.15,p. 19-29, 2002.

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    VASCONCELOS, Silvio de. Vila Rica. So Paulo: Perspectiva, 1977.

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