mapeamento do greening em são paulo · o programa “conhecer para prevenir”, divulgado em 70...

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ano I nº 4 setembro 2010 www.fundecitrus.com.br Apesar do aumento em talhões, incidência da doença nas plantas continua baixa. Manejo regional fortalece o combate Mapeamento do greening em São Paulo

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Page 1: Mapeamento do greening em São Paulo · O programa “Conhecer para Prevenir”, divulgado em 70 rádios do Estado de São Paulo, aborda um tema dife-rente a cada mês, entre eles,

ano I nº 4 setembro 2010 www.fundecitrus.com.br

Apesar do aumento em talhões, incidência da doença nas plantas continua baixa. Manejo regional fortalece o combate

Mapeamento do greening em São Paulo

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13 e 14

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Pinta preta é encontrada nos Estados Unidos

Cresce o número de talhões com greening

Como economizar no controle químico

Estudo em parceria com Espanha

4

6 e 7

8 e 9

11

O Fundecitrus, ao rever sua estratégia fitossani-tária, particularmente das doenças quarentenárias, colocou a parceria dos citricultores e órgãos públi-cos como base de um trabalho cooperativo e eficaz. A metodologia estabelecida para o controle do gre-ening (IN53) mostrou-se eficiente, porém as ações não foram efetivas. Assim a evolução da doença con-tinua no ritmo anterior pela ineficácia da interação entre os elos envolvidos na cadeia produtiva.

Para manter o controle sobre a doença, o Fun-decitrus implantou um sistema de contínuo moni-toramento em todo Estado seguindo metodologia estatística. O resultado do levantamento amostral detectou que 38,8% dos talhões dos pomares pau-listas estão com greening, mas a incidência nas plantas continua baixa.

Os dados ressaltam que ações individuais e co-letivas podem reduzir a velocidade de sua expansão, abrindo uma nova perspectiva para o manejo nas propriedades e áreas vizinhas, que poderão permi-tir uma citricultura economicamente viável.

É preciso levar em conta de que não existe mi-lagre e, sim, trabalho contínuo e participativo. Os dados reforçam a estratégia de multiplicarmos tra-balhos voltados à educação fitossanitária em todos os níveis da cadeia produtiva. Nossas equipes percorrem todo o parque citrícola e realizam atividades de cons-cientização, como palestras, reuniões e treinamen-tos, além de facilitar a adoção do manejo regional, promovendo a organização de produtores em grupos, o que pode tornar a incidência da doença 15 vezes menor, segundo pesquisa do Fundecitrus.

É sempre oportuno e importante ressaltar que o combate ao greening exige parceria, dedicação e constante atualização.

Por isso, citricultores, a união de todos os en-volvidos na produção, trabalhando em conjunto, com certeza mudará o cenário futuro da citricultura com otimismo e inovação tecnológica.

Lourival Carmo MonacoPresidente

editorial

Intensificarpara controlar

Veja o que atrai e o que repele o psilídeo

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A revista Citricultor é uma publicação de distribuição gratuita entre citricultores editada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Av. Adhemar P. de Barros, 201, V. Melhado, Araraquara/SP – CEP 14807-040). Tels.: 0800-112155 e (16) 3301-7045. Contatos: [email protected] e www.fundecitrus.com.br.

Coordenação editorial: Com Texto Comunicação Corporativa. Tel.: (16) 3324-5300. Site: www.ctexto.com.br. Jornalista responsável: Fernanda Franco (MTb. 28.578). Reportagem e redação: Michele Carvalho. Edição: Fernanda Helene. Projeto gráfico: Valmir Campos. Fotos: Henrique Santos e arquivo Fundecitrus. Impressão e fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda. Tel.: (16) 2101-4151.

Guia fala sobre preparo de solo

www.fundecitrus.com.br

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Com foco na educação fitossanitária, o Fundecitrus atua fortemente na divulgação e ampliação do conheci-mento sobre o manejo adequado dos pomares. São pro-gramas em rádios, revistas, informações disponibilizadas na internet e via telefone, que mostram o trabalho de-senvolvido pela entidade e a preocupação em manter os citricultores atualizados.

O programa “Conhecer para Prevenir”, divulgado em 70 rádios do Estado de São Paulo, aborda um tema dife-rente a cada mês, entre eles, informações sobre o gree-ning, como realizar corretamente as inspeções e os cui-dados com o cancro cítrico durante a colheita. No total, durante o primeiro semestre, já foram para o ar mais de 5 mil programas.

Outra importante ação foi a reformulação da Revista do Fundecitrus, que passou a se chamar Citricultor e tem agora uma linguagem mais direcionada, traz matérias in-formativas sobre fitossanidade e prestação de serviços.

Mas as ações da entidade vão além. O site da entidade www.fundecitrus.com.br disponibiliza informações atuali-zadas sobre o Fundecitrus, manejo de doenças e serviços à disposição dos citricultores. Na página também é possível encontrar, disponíveis para download, manuais que desta-cam os sintomas, as formas de combate e prevenção das principais doenças de citros.

3www.fundecitrus.com.br

Ampliandoa comunicação

Produtores interessados podem fazer contato com a instituição pelo telefone 0800 11 21 55 e solicitar infor-mações, treinamentos e visitas da equipe de engenheiros agrônomos. Para se ter uma ideia, neste ano, já foram mais de três mil eventos em todo o parque citrícola.

Ações do Fundecitrus buscam levar mais informações para o campo e agregar novos conhecimentos sobreo controle dedoenças e pragasEntre as novidades, entidade

disponibiliza serviço por SMS e criou perfil no Twitter

Novas ferramentasPara ampliar a comunicação com os produtores, o Fundecitrus

agregou novas formas de comunicação e criou um perfil no Twitter e disponibiliza informações via SMS aos citricultores cadastrados.

Seguir a instituição na internet é fácil. Basta clicar no link na pá-gina da entidade (www.fundecitrus.com.br). No perfil, estão disponíveis dicas fitossanitárias, agenda de eventos, resultados de pesquisas, divulgação dos levantamentos amostrais das principais doenças dos citros e prestação de contas, entre outras informações.

O serviço de envio de mensagens sobre as ações do Fundecitrus e dicas para aprimorar o manejo dos pomares, via torpedo (SMS), já está disponível para os produtores cadastrados.

Para receber os torpedos, entre em contato com a entidade e solicite o cadastramento, pelo telefone 0800 11 21 55 ou pelo e-mail [email protected].

Os citricultores cadastrados também recebem malas diretas so-bre as campanhas realizadas pela instituição.

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Mais uma doença séria dos citros chega à Flórida, nos Estados Unidos. A pinta ou mancha preta dos citros foi detectada em fevereiro deste ano. Citricultores america-nos estão preocupados com o desenvolvimento da doença, que prejudica o mercado de fruta fresca, dificulta a ex-portação para a Europa e aumenta sensivelmente o custo de produção.

O pesquisador científico Eduardo Feichtenberger, da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Sorocaba, ligada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), participou de três eventos na Flórida para levar informa-ções sobre a doença e as formas eficazes de manejo.

Segundo Feichtenberger, uma das preocupações diz respeito à exportação de frutos, já que a pinta preta ainda não foi observada na Europa. O continente impõe diversas restrições aos exportadores de frutas cítricas. No Brasil,

Pinta pretaé detectada na Flórida

Doença está

presente desde

1992 em São

Paulo, que

desenvolveu

técnicas de

manejo

entre as exigências, os pomares que produzem para ex-portação devem ter registro no Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) e nas Secretarias Estaduais de Agricultura. Os testes para confirmação da doença em fru-tos suspeitos devem ser feitos em laboratórios oficiais. Caso confirmada a presença do fungo nas regiões candida-tas à exportação, elas são excluídas do processo.

“É importante ter em mente que boas práticas no cam-po, durante a produção dos citros e no período de pré-colheita, são essenciais para a obtenção de frutos sadios”, destaca o pesquisador. Entre as principais formas de manejo, Feichtenberger enfatizou o do mato entre ruas, com a utilização de roçadeiras ecológicas. Elas permitem a produção de cobertura morta sob a copa das plantas, diminuindo a produção e dispersão de esporos do fungo causador da doença, reduzindo sua severidade.

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Prevenção e manejo:A prevenção e manejo da doença envolvem ações como

a nutrição do pomar, a escolha de mudas sadias e a de-sinfestação do material de colheita, dos veículos e das máquinas agrícolas.

O uso de herbicidas e roçadeiras ecológicas propor-cionam uma cobertura morta sob as copas das plantas e aceleram a decomposição das folhas. Essa é uma impor-tante medida de manejo, assim como o uso de irrigação e de antecipação da colheita em talhões contaminados.

É necessária também a aplicação de fungicidas para o controle do fungo causador da doença. Segundo o pes-quisador do Fundecitrus Geraldo José Silva Júnior, o ideal é iniciar as pulverizações no final do florescimento, com aproximadamente 2/3 de queda das pétalas.

As primeiras pulverizações são importantes para re-dução do inóculo e para evitar infecções precoces, uma vez que os frutos jovens estão suscetíveis logo após a queda de pétalas, embora a expressão dos sintomas nes-ses frutos possa ocorrer até seis meses após a infecção.

Sintomas e prevençãoA pinta preta é causada pelo fungo Guignardia ci-

tricarpa e provoca lesões na casca de frutos de la-ranjeiras doces, limoeiros, tangerinas e seus híbridos. Ela apareceu em São Paulo em 1992, no município de Conchal e, segundo Feichtenberger, em 2000, já atin-gia mais de 53 municípios.

A doença não afeta a qualidade interna dos frutos, que podem ser usados na indústria de suco, mas os

deprecia para o mercado in natura por causa de sua aparência e restringe exportações à União Europeia. Porém, é importante ressaltar que, em ataques severos, a pinta preta causa queda acentuada dos frutos, preju-dicando também as que vão para o processamento.

Para encontrar a doença no pomar, é necessário realizar inspeções na face exposta do fruto, do lado da planta onde há maior incidência de luz solar.

“Já as pulverizações tardias são importantes para evitar infecções mais próximas do pedúnculo, que estão mais associadas com a queda de frutos”, explica.

Para definir o número de aplicações, o citricultor precisa considerar o histórico da doença na proprieda-de e o destino da produção. Em locais mais críticos, o número de pulverizações pode chegar a sete e, nas re-giões onde a doença ainda está em níveis baixos, duas a quatro pulverizações costumam ser suficientes. Mas é importante estar atento e não esperar que a doença se torne endêmica na área para começar a realizar o controle. As primeiras aplicações devem ser feitas com cobre e, as demais, com fungicidas do grupo dos benzimidazóis e estrobilurinas.

Todas as pulverizações devem ser realizadas com adi-ção de óleo, porque há melhoria na performance do pro-duto. É sempre aconselhável realizar rotação de fungici-das e não fazer mais de duas pulverizações com produtos do mesmo grupo químico por safra.

Sintomas: O fruto apresenta pequenas manchas (pintas) escuras. As

lesões aparecem quando no início da maturação, normal-mente no inverno;

Não são comuns em folhas e são mais frequentes em plantas debilitadas, que podem apresentar manchas nas duas faces da folha;

Em ataques severos, a pinta preta pode causar queda acentuada de frutos, reduzindo drasticamente a produtivi-dade das plantas.

Disseminação: Pode ocorrer de uma propriedade para a outra por meio

de restos vegetais, como folhas e ramos, que são levados de um pomar para outro; por mudas que podem estar in-fectadas pelo fungo e por meio de ventos que carregam esporos sexuais do fungo a médias distâncias;

Dentro da propriedade, a disseminação pode acontecer por meio dos dois tipos de esporos produzidos pelo fungo: os conídios, que são dispersos, a curtas distâncias, pela ação da água, e pelos ascósporos, que são dispersos, pelo vento, a médias distâncias.

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O greening, pior doença de citros no mundo, atingiu 38,8% dos talhões dos pomares paulistas, segundo o le-vantamento amostral realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) este ano.

O estudo apontou que 36 mil talhões estão conta-minados com a doença – em 2009, eram 23 mil, o que representa um aumento de 56% em todo o Estado de São Paulo. A região mais afetada é a central, que apresentou 61,7% de talhões contaminados, seguido pela região sul, com 44%. As demais possuem índices bem inferiores, onde o manejo deve ocorrer desde já e sem interrupção, dificultando o crescimento da doença.

Apesar desse crescimento em talhões, a incidência da doença nas árvores é baixa, o que recomenda a política do Fundecitrus de intensificar o manejo adequado, com a qualificação do pessoal, para o controle do greening. Em todo o parque citrícola, o índice de plantas doentes atingiu 1,87%.

O levantamento amostral de greening foi realizado por uma equipe de 120 pessoas, que percorreu sete mil talhões, inspecionando 10% das árvores.

Esses dados dão maior validade à política de edu-cação fitossanitária. Segundo o ge-rente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massa-ri, é fundamental que os citriculto-res adotem o manejo do greening, especialmente em conjunto com as propriedades vizinhas.

“O problema cresce porque alguns produtores ainda não fazem o manejo, outros começam tardiamente e alguns que adotam as medidas sofrem com vizinhos que não realizam o processo”, afirma Massari.

O manejo do greening envolve ba-sicamente três ações: erradicação de plantas doentes, controle do inseto vetor – o psilídeo Diaphorina citri – e constantes inspeções no campo, além do uso de mudas sadias e certificadas.

Pesquisas apontam que o quanto mais cedo o citricul-tor iniciar o manejo, melhor será o controle da doença.

atinge 38,8% dos talhõesGreening

Um estudo recente realizado pelo Fundeci-trus provou que a adoção do manejo re-gional, feita em conjunto por proprieda-des vizinhas, tem mais eficácia.

Entre os principais pontos do estu-do, estão a redução dos psilídeos infectivos,

aqueles capazes de transmitir o greening, e a redução da incidência da doença, que chegou a ser 15 vezes menor em propriedades onde o manejo é feito em conjunto por todos os produtores. “O manejo regional se torna cada vez mais essencial para uma política eficaz de combate a doença”, destaca Massari.

Incidência da

doença em

plantas ainda é

baixa. Produtores

devem adotar as

medidas de manejo

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Citricultor,

o manejo

realizado em

conjunto é

mais eficaz

Os números no Estado de São Paulo

- 36 mil talhões contaminados do total de mais de 93 mil

Região Central: a mais afetada- 61,7% de talhões contaminados- 3,5% de plantas doentes

Região Oeste- 21,4% de talhões contaminados- 0,34% de plantas doentes

Região Norte - 16,4% de talhões contaminados - 0,39% de plantas doentes

Região Sul- 44% de talhões contaminados- 2% de plantas sintomáticas

Desde o início do ano, o Fundecitrus vem trabalhan-do com a intensificação das ações de conscientização. Os engenheiros da entidade ficam à disposição dos pro-dutores para realizar palestras, reuniões, treinamentos e dar todas as orientações necessárias para o manejo do greening e de outras doenças.

Combate ao greening exige parceria. O Funde-citrus promove a organização dos citricultores em grupo para facilitar a adoção do manejo regional. Em todo o Estado, são 204 alianças. Além do trabalho de conscientização, o Fundecitrus está desenvolven-do diversas pesquisas sobre o manejo e controle do greening, buscando a compreensão da doença e solu-ções práticas para o campo.

Região Noroeste: a menos afetada- 2,4% de talhões contaminados- 0,05% de plantas com sintomas

Ações do Fundecitrus

No mundo

Assim como no Brasil, o greening avança pelos Es-tados Unidos e países da América Central. A Flórida en-frenta uma situação pior que a brasileira. Lá, o principal Estado produtor americano, a doença foi detectada em todas as regiões, com maior incidência e severidade no Sul do Estado.

Além disso, o greening foi encontrado em países da América do Norte e Central, como México, Honduras, Guatemala, Cuba, República Dominicana, Belize e Porto Rico. No México, vários congressos têm como tema a do-ença na tentativa de frear seu avanço. Nesses países, o Brasil é usado como referência no combate ao greening.

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Tecnologia de Aplicação

é tema de capacitações

A equipe do Fundecitrus está percorrendo todo

o Estado com eventos, palestras, treinamentos e

reuniões. Entre os meses de julho e agosto, foram

realizadas mais de 260 atividades.

Um dos trabalhos que vem ganhando destaque

são os treinamentos em Tecnologia de Aplicação,

que ensinam o uso correto dos equipamentos de

pulverização no campo, evitando desperdícios e

minimizando impactos ambientais.

Os treinamentos são divididos em teoria e prá-

tica. Os engenheiros agrônomos da entidade ensi-

nam, primeiramente, o ajuste dos componentes da

máquina às características da cultura e produtos a

serem utilizados. Em seguida, no pomar, calibram

o equipamento e mostram as formas corretas de

manuseio, esclarecendo as dúvidas dos produtores.

Segundo o engenheiro agrônomo Jeferson Mau-

ricio Pereira, alguns citricultores tinham o hábito

de pulverizar até ver o pé escorrendo, colocando

produto em excesso, o que não é necessário para

ter eficácia na aplicação. “A cada treinamento, pro-

curamos mostrar a importância de usar quantida-

des bem dosadas e de regular o turbopulverizador,

garantindo eficiência e redução de custos”, afirma.

Agenda

Veja o depoimentode quem já participou:

Sérgio Romanenchi, produtor de Palmeira D’Oeste que solicitou um treinamento sobre tecnologia de aplicação em sua propriedade, acredita que o tema é extremamente relevante. “Agora, temos condições de trabalhar adequadamente para garantir a produtivida-de, preservando o meio ambiente”, diz.

Além de Sérgio, mais oito produtores passaram pelo treinamento. “A atuação do Fundecitrus é muito valiosa, pois nos prepara para enfrentar os principais problemas”, completa.

O produtor Osvaldo Ichibara concorda. “É um ótimo trabalho. Vamos conseguir economizar, pois estáva-mos aplicando inseticida a mais”, diz. Ichibara, assim que soube da prestação de serviço, entrou em contato com o Fundecitrus e solicitou o treinamento.

Atividades do FundecitrusVisitas 2.673Educação Fitossanitária 52Eventos 2Palestras 25Treinamento 108Reuniões 59Práticas de campo 7Reciclagem 4 Dias de Campo 7

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Faça como os citricultores da re-gião de Palmeira D’ Oeste e agende um treinamento em sua propriedade. Basta entrar em contato com a equipe do Fun-

decitrus pelo te-lefone 0800 11 21 55 ou aces-

sar o site www.fundecitrus.com.br,

no qual está disponível a lista completa de enge-

nheiros agrônomos e os mu-nicípios atendidos por eles.

Evandro Domingues Fernandes(16) [email protected]

Municípios atendidos: Altinópolis, Américo Brasiliense, Araraquara, Barra Bonita, Batatais, Boa Esperança do Sul, Brodowski, Brotas, Caju-ru, Cravinhos, Dobrada, Dois Córregos, Dourado, Gavião Peixoto, Gua-tapará, Ibaté, Itirapuã, Jaú, Luis Antonio, Macatuba, Matão, Mineiros do Tietê, Motuca, Patrocínio Paulista, Ribeirão Bonito, Ribeirão Preto, Rincão, Santa Cruz da Esperança, Santa Lúcia, Santa Maria da Serra, Santo Antônio da Alegria, São Carlos, São Simão, Serra Azul, Serrana, Torrinha, Trabiju.

Sérgio Ricardo S. do Nascimento(16) [email protected]

Municípios atendidos: Borborema e Itapólis

Região Noroeste

Agendamento de eventos e visitas Angel Segatel(17) [email protected]

Odair Ovilte Crepaldi(17) [email protected]ípios atendidos: Álvares Florence, Américo de Campos, Aurifla-ma, Bálsamo, Buritama, Cardoso, Cosmorama, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guzolândia, Lourdes, Macaubal, Magda, Meridiano, Mi-rassolândia, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nova Castilho, Nova Luzitânia, Parisi, Poloni, Pontes Gestal, Riolândia, Santo Antonio do Ara-canguá, São João de Iracema, Sebastianópolis do Sul, Tanabi, Turiuba, Valentim Gentil, Votuporanga, Zacarias, Palestina.

Caio Augusto Gibim Gobato(17) [email protected]ípios atendidos: Adolfo, Bady Bassitt, Ibirá, Jaci, José Bonifácio, Mendonça, Mirassol, Neves Paulista, Nipõa, Nova Aliança, Planalto Pau-lista, Potirendaba, São José do Rio Preto, Sales, Ubarana, União Paulista. Irapuã, Urupês.

Engenheiros

Região CentralAgendamento de eventos ou visitasElvécio Maia(16) [email protected]

Engenheiros

em destaque

EquipeNoroeste

Entre em contato

com o Fundecitrus

e agende um

treinamento em sua

propriedade pelo

0800 11 21 55

Central

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econômico Como tornar o controle químico eficiente e

Um dos temas que mais desperta o interesse dos citri-cultores é, sem dúvida, como manter a mesma área produti-va, reduzir custos e tornar o negócio mais rentável.

No Brasil, estima-se que 40% dos custos de produção de citros estejam relacionados às práticas de pulverizações para controle químico de pragas e doenças. Equipamentos malregulados e a falta de técnica para operá-los fazem com que os produtores usem volumes cada vez maiores de de-fensivos, elevando os custos de produção.

Para auxiliar os citricultores, o Fundecitrus trouxe o tema “Tecnologia de Aplicação” para os Dias de Campo deste ano. O objetivo do evento, que percorre proprieda-

des por todo o Estado de São Paulo, é levar conhecimentos sobre a forma ideal de utilização e quantidade correta de produtos nos equipamentos agrícolas. Assim, é possível di-minuir custos e evitar a contaminação química de áreas vizinhas. Até novembro, a equipe do Fundecitrus passará por 11 municípios.

Além de receberem dicas para a regulagem dos equipa-mentos de pulverização, os citricultores assistem à palestra “Manejo regional de doenças e pragas. A união vence o greening”, que destaca um estudo realizado pelo Fundeci-trus, comprovando as vantagens e os benefícios do manejo feito em conjunto por produtores vizinhos.

Dias de Campo levam conhecimento e informações úteis para garantir pulverizações eficientes econômicas

AprovaçãoAté o momento, o Fundecitrus já realizou sete Dias

de Campo nos municípios de Tabatinga, Palmeira D’Oeste, Casa Branca, Potirendaba, Cosmorama, Mogi-Mirim e Leme. Por onde passa, a iniciativa é sucesso. No total, 750 citricultores tiveram a oportunidade de participar da capacitação.

O citricultor José Aparecido Paneli, de Tabatinga, destacou a relevância do tema e da palestra. “Entende-mos a importância de trabalhar em conjunto. Agora fica mais fácil colocar em prática”, diz.

Roberto Antônio Landim, de Itápolis, está no ramo há aproximadamente oito anos e acredita que eventos dessa qualidade são fundamentais para manter a citri-cultura viável economicamente. “As margens de ganho não são muito grandes. Então, economizar e usar os equipamentos corretamente são atitudes muito im-portantes”, afirma.

Ricardo Candido, do Sítio São Luiz, de Casa Branca, também aprovou a iniciativa. “É muito importante saber dosar e preparar os equipamentos para pulverização”.

Candido, que atua como citricultor há dez anos, destaca também a importância da palestra, que prova como a união é fundamental para o combate ao gre-ening. “Isso tem que estar na mente de todos nós o tempo todo”, diz.

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O Fundecitrus realizará, em conjunto com o pesquisador Alberto Fereres Castiel, do Instituto de Ciências Agrárias da Espanha, uma pesquisa para desenvolver uma nova tática de controle e para conhecer melhor o comportamento do Diaphorina citri, inseto transmissor do greening.

Serão instaladas telas, com inseticidas de contato e de efeito rápido, em propriedades do Estado de São Paulo. O objetivo é reduzir a disseminação primária, ou seja, a entra-da de psilídeos infectivos de pomares vizinhos. Outro objetivo é avaliar como cada inseticida sistêmico se transloca dentro da planta. Além desses objetivos, os pes-quisadores buscam ampliar o conhecimento sobre a ecologia do inseto, movimentação, migração, hábitos de voo e alimentares.

O pesquisador espanhol esteve na sede do Fundecitrus, participou de várias reuni-ões e visitou, por dois dias, fazendas na re-gião para escolher as mais adequadas para o experimento.

Castiel, que tem mais de 30 anos de estu-dos sobre manejo e controle de insetos vetores de patógenos, usará sua experiência com telas com inseticidas em outras culturas agrícolas para contro-lar o psilídeo, transmissor do greening.

Para o pesquisador, o ponto mais importante da pes-quisa envolve o desenvolvimento de soluções práticas para o agricultor. “Depois das visitas, acredito que, para

Parceriacom a Espanha para pesquisa

a solução do greening, não basta apenas a aplicação de uma única medida”, des-taca. “O combate ao psilídeo tem que ser integrado e regional, envolvendo controle químico, manejo do cultivo,

controle físico e biológico”, conclui.Os estudos serão realizados entre os meses de outubro

deste ano e julho de 2012, com financiamento pela Citrus Research and Development Foundation (Fundação da Pes-quisa e Desenvolvimento dos Citros), da Flórida (EUA) e pelo Fundecitrus.

Alberto Fereres Castiel (em pé): “O combate ao psilídeo tem que ser regional e integrado”

Estudo

busca maior

conhecimento

do psilídeo,

vetor do

greening

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Desde o dia 1 de outubro, estão abertas as inscrições para a 2ª turma do curso de Mestrado Profissionalizante em Controle de Doenças e Pragas dos Citros do Fundecitrus.

A iniciativa é um sucesso. O primeiro ciclo, atual-mente com 18 alunos, será concluído em maio de 2011. Segundo o pesquisador Sílvio Aparecido Lopes, coordena-dor do curso, os estudantes estão desenvolvendo projetos de pesquisa que contribuirão para aprimorar o manejo das doenças.

O mestrado profissionalizante, uma modalidade de cur-so criada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pesso-al de Nível Superior (CAPES), é voltado para engenheiros agrônomos e biólogos que atuem nesse segmento.

No curso, os alunos assistem a aulas teóricas e prá-ticas na entidade e têm acesso a informações adicionais em visitas a outras instituições como a Embrapa, USP e Unesp. Para obter o título de mestre, o aluno também precisa desenvolver um trabalho de conclusão de curso (pesquisa, estudo de caso ou dissertação crítica sobre temas ligados às doenças e pragas dos citros) e ser apro-vado por uma banca examinadora.

Inscrições abertas para o mestrado

Em 2011, o curso passa a ser gratuito aos citricultores associados à entidade. O benefício se estende a familiares ligados aos associados (esposos, filhos e netos) e também para empregados de associados. Mais informações no site do Fundecitrus (www.fundecitrus.com.br)

Endereço para envio:FundecitrusDepartamento Científico/Centro de Diagnóstico de Pragas e Doenças dos Citros Avenida Dr. Adhemar Pereira de Barros, 201, Vila MelhadoAraraquara – SP – CEP: 14807-040

Citricultor associado, solucione suas dúvidasEnvie folhas com sintomas de greening e CVC para análise no laboratório do Fundecitrus

Amostras analisadas

Julho: 955Agosto: 1077

Confira o calendário do processo seletivo para a 2ª turma do mestrado:

Inscrição pelo site www.fundecitrus.com.br 01/10 a 12/11

Análise de currículo e histórico escolar 22 a 26/11

Entrevista e prova escrita 06 a 08/12

Divulgação dos resultados 14/12

Matrícula dos aprovados 05 a 14/01/2011

Início das aulas 21/01/2011

Primeira turma tem 18 projetos em desenvolvimento

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Neste capítulo, vamos mostrar como o preparo do solo é fundamental para o sucesso da implantação de um novo pomar. Antes de plantar as primeiras mudas de citros, o manejo do solo se torna uma das atividades que requer muito cuidado. Estima-se que os gastos com o preparo do solo representam entre 13% e 18% do custo operacional no primeiro ano de implantação e apenas 5% a 7% durante os primeiros quatro anos.

Caso o produtor escolha uma área ainda não cultivada, o primeiro passo é limpar a área a ser plantada. Na sequên-cia, é preciso escolher e marcar onde serão feitas as leiras (sulcos para plantio).

O ideal nesse processo, para não arrastar a camada fér-til do solo, é fazer uso de garfos acoplados ao trator. Para evitar o ataque de cupins e fungos, o produtor deve arrancar todos os tocos da área. Em seguida, é recomendado realizar duas arações profundas e duas gradagens. Antes de iniciar o plantio de citros, o ideal é fazer dois cultivos de plan-tas anuais, como a soja, na tentativa de corrigir o solo e elevar os níveis de fósforo. Outra medida importante é o combate sistêmico às formigas-cortadeiras, como as saúvas e quem-quens.

Preparo do solo

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Além dessas medidas, o citricultor deve lembrar de ava-liar as condições de compactação do solo e a necessidade de subsolagem. Vale lembrar que, normalmente, o solo se com-pacta após ser utilizado com culturas perenes como os citros, café e pastos ou semiperenes, como a cana-de-açúcar. Para corrigir eventuais problemas de acidez do solo, recomenda-se o uso da calagem e em alguns casos, a gessagem.

O ideal é colocar metade da quantidade de calcário e gesso antes da aração e metade antes da gradagem. Se-gundo pesquisas da área, essa é a única oportunidade para fazer a correção do solo e da profundidade sem prejudicar o pomar.

A aplicação e incorporação de calcário em pomares já implantados pode danificar o sistema radicular da planta, uma vez que o corretivo chega a uma profundidade máxima de 10 centímetros. O ideal é incorporar o fósforo em profun-didade por meio do sulco de plantio, já que esse nutriente não se move no solo e é fundamental para o enraizamento das laranjeiras. Para terrenos já cultivados, há necessidade de apenas uma aração e uma gradagem para iniciar o plantio de citros, além dos cuidados com a correção do solo. Em to-dos os casos, recomenda-se o uso de adubos e fertilizantes.

O Guia do Citricultor apresenta, nesta edição, seu quarto capítulo, abordando os cuidados com o solo antes do plantio. Esse material está sendo

desenvolvido para que você possa guardá-lo e consultá-lo quando precisar de informações.

Aproveite e até a próxima publicação.

Guia docitricultorNº4

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Fonte: Citros, 2005, Centro Apta Citros Sylvio Moreira

Veja a sequência a seguir para acertar na hora de preparar o solo de seu pomar

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É importante ter cuidado para não arrastar a camada fértil do solo;

Use equipamentos adequados para fazer as operações;

Faça um estudo da compactação da área escolhida;

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Marque os espaços onde serão feitas as leiras;

Em geral, duas arações e duas gradagens são suficientes;

Procure fazer dois cultivos anuais de soja, por exemplo, para corrigir o solo antes do plantio;

1 Retire as plantas nativas e os troncos do terreno; 6

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Cuidados especiaisNormalmente, é na implantação que ocorrem as principais

falhas de manejo dos pomares cítricos. Essas falhas, na maioria dos casos, são de difícil correção e de custo elevado.

Conheça quais são os principais pontos críticos:

Plantio de pomares cítricos após a retirada de outros; Preparo superficial do solo; Troca de operações, como uso de grade pesada após aração; Baixa incorporação de calcário; Ausência da aplicação de fertilizante fosfatado; Ausência de descompactação dos sulcos de plantio; Plantio de muda muito fundo no sulco.

Passo a passo

Solos nunca cultivados:

Estude a acidez do solo e realize, se necessário, a calagem e gessagem.

Incorpore o fósforo no sulco de plantio

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Solos já cultivados:

1 Faça uma aração e uma gradagem;

2 Avalie as condições de acidez do solo e realize, se preciso, a calagem e gessagem.

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Buscar novas técnicas para intensificar o combate ao greening é um dos grandes desafios enfrentados pelo se-tor citrícola. Com esse foco, o Fundecitrus e seus parcei-ros estão desenvolvendo uma estratégia de ação com três linhas de pesquisas sobre os voláteis (odores) que podem repelir ou atrair o psilídeo Diaphorina citri, inseto trans-missor da doença.

Os resultados obtidos evidenciam as seguintes situa-ções: os voláteis da goiabeira afastam o inseto de plantas cítricas; os machos são atraídos pelos odores da fêmea e a planta doente aparentemente exala voláteis capazes de atrair o inseto. Todos esses odores são imperceptíveis aos seres humanos, mas interferem diretamente no compor-tamento do vetor do greening.

Agora, os estudos avançaram e buscam isolar os compo-nentes que estão envolvidos em cada um dos processos. “A ideia é analisar o perfil químico desses voláteis, entender a proporção e o funcionamento de cada um deles”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Newton Cavalcanti de Noronha Júnior. O objetivo, após conhecer o perfil químico, é entender como os voláteis se comportam em diferentes condições am-

Estudo investiga os compostos que atraem ou repelem o

psilídeo

bientais e desenvolver produtos com voláteis sintéticos, para que eles possam ser usados no campo com alto rendimento e economia.

Segundo Noronha, os voláteis podem ser usados em conjunto com as táticas de controle já existentes, sendo impregnados em armadilhas ou liberadores. “O controle e o monitoramento de Diaphorina citri é um grande desafio. Conseguiremos determinar ações de combate ao vetor se conhecermos melhor os níveis populacionais do inseto nos talhões”, explica.

Um exemplo disso são as pulverizações, que, a par-tir do aprimoramento do monitoramento, poderão ser

realizadas apenas em áreas críticas. “É uma forma de agregar conhecimentos, garan-

tir economia e benefícios ambientais”, diz o pesquisador.

Os trabalhos são desenvolvidos com a colaboração e apoio do pesquisador do Fundecitrus Mar-celo Miranda e dos professores José Roberto Postali Parra e José Maurício Simões Bento, do Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq/USP e do professor Paulo Zarbin do Depar-tamento de Química, da Universi-dade Federal do Paraná (UFPR) e do Doutor Leandro Peña (IVIA).

Linhas de pesquisa com voláteis

1.

Odores da goiabeira repelem o inseto do pomar; 2.

Machos são atraídos por odores exalados pelas fêmeas;

3. A planta doente exala um odor e atrai o psilídeo.

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SaibaMAIS Entenda como funciona o seguro

para greening do governo do Estado de São Paulo

Nesta edição, vamos esclarecer as dúvidas dos citricultores sobre o seguro para o greening, lançado na Semana da Citricultu-ra, em junho, pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

As indenizações são de R$ 4 por pé erradicado com a doença e pode chegar até 3% do total de pés da propriedade. Os produ-tores que tiverem dúvidas podem entrar em contato pelos e-mails [email protected], [email protected] ou pelo telefone (11) 3816 - 6688.

1. Quem pode participar?Citricultores com propriedades de até 20 mil plantas. Segun-

do dados do governo, a iniciativa deve beneficiar mais de 80% dos produtores.

2. Como fazer para participar?Para contratar o seguro, é preciso acessar o site da Coorde-

nadoria de Defesa Agropecuária (CDA), www.cda.sp.gov.br, clicar em “Programa de Controle de Greening” e preencher o relatório da doença, assinalando se deseja ou não participar do seguro.

3. Quais são as exigências?Além de preencher o relatório de greening, o citricultor pre-

cisa estar adimplente no Cadastro Informativo (Cadin) estadual. É fundamental ainda que o citricultor adote boas práticas agrícolas, pois o seguro só indenizará aqueles que cumprirem todas as me-didas de manejo em seus pomares.

4. Quando o seguro começa a valer?Depois de preencher o relatório, é necessário imprimir duas

vias do documento, a proposta do seguro e o termo de compro-misso do beneficiário, a serem entregues no escritório da CDA escolhido no preenchimento. Em seguida, o funcionário da CDA irá conferir os dados e fornecer o protocolo do seguro, que entra em vigor imediatamente.

5. Como faço para pedir a indenização?Quando encontrar plantas doentes, o citricultor deve procu-

rar a seguradora, que realizará uma vistoria na propriedade em 72 horas, liberando a erradicação. Após entregar os documentos necessários, o produtor será indenizado em 30 dias.

Números- Até o momento, o governo teve 14.964 solicitações do seguro;

- Foram entregues 19.269 relatórios de greening, o que corresponde a 99,8% do total;

- No primeiro semestre de 2010, foram erradicadas 3.098.571 plantas doentes.