manual extincao da instancia versao provisoria

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Suspenso e extino da instncia executivaBoas prticas no processo executivoAnalisa-se a tramitao do processo executivo no que tange suspenso e extino da instncia executiva Data: 13 de Junho de 2011 V.1. Cmara dos Solicitadores Colgio de Especialidade de Agentes de Execuo

1. IntroduoA crise econmica e financeira que estamos a atravessar tornou tema do momento o sobreendividamento das famlias e das empresas e a incapacidade dos devedores satisfazerem os seus compromissos. Esta discusso leva invariavelmente ao tema da aco executiva e em especial a relevncia de um nmero elevado de processos pendentes (aparentemente na ordem de 1.100.000). Sabendo-se que, pelo menos desde 2004, foram intentados na ordem dos 200.000 processos / ano, tal implicaria que, em termos tericos, nos ltimos 5 anos no teria sido finalizado qualquer processo. Resultou dos compromissos com Governo com o FMI/CE, que esta pendncia (estatstica) ter que ser reduzida para metade nos prximos 24 meses, ou seja, neste prazo tero que ser retirados da estatstica cerca de 900.000 processos, isto porque, tendo em considerao que um processo considera-se pendente no dia em que apresentado, nos prximos 2 anos devero tero que estar resolvidos 500.000 processos antigos + 400.000 novos!! O papel da Cmara dos Solicitadores e dos Agentes de Execuo nesta matria mostra-se essencial. Cabe Cmara dos Solicitadores e ao Ministrio da Justia (ITIJ, DGAJ e DGPJ) providenciar os meios tcnicos e humanos necessrios para que a estatstica seja real, melhorar a plataforma de gesto de processos, ministrar a formao necessria e acompanhar atentamente a evoluo deste processo. Caber aos Agentes de Execuo e aos tribunais actuar de forma diligente, praticando os actos que hajam de ser praticados, de acordo com os preceitos legais e o interesse pblico, em detrimento dos interesses dos exequentes e mandatrios, tantas vezes avessos extino do processo, uma vez que para este o momento a partir do qual considera ultrapassada a fronteira da incobrabilidade. Para auxiliar na mudana de atitude dos exequentes, foi criada a possibilidade de continuarem a ser feitas as consultas previstas no artigo 833A do CPC nos processos que hajam sido extintos por inexistncia de bens (n 6 do 833B do CPC) e sempre que o executado haja sido inserido na lista pblica de execues. Mais recentemente, foi publicada a Portaria n. 201/2011, de 20 de Maio, Segunda alterao Portaria n. 331-B/2009 de 30 de Maro, que regulamenta vrios aspectos das aces executivas cveis e que, como referido no seu prembulo, suportou-se no trabalho do GDLE para promover melhorias na tramitao da aco executiva, visando a facilitao da extino de execues. Em primeiro lugar, facilitou a deciso de citar o executado e de o colocar na Lista Pblica de Execues (LPE), pois criou-se um acto especfico1 que visa permitir consultas avulsas s bases de dados durante o tempo de incluso na Lista, de modo a simplificar a deciso de renovar a instncia. .1

1

Cf. artigo 31.-A da Portaria n. 331-B/2009, artigo 3. e n. 3 do artigo 4. da Portaria n. 201/2011.

Tambm, j no ano de 2010, foi alterada a Portaria 331-B/2009, no sentido de permitir a extino da instncia sempre que o processo esteja parado por falta de pagamento de proviso (artigo 15A)2. Falta ainda resolver muitas questes que dificultam a extino do processo. De entre estas salienta-se:Complexa soluo resultante do Regulamento das Custas Processuais no que toca necessidade de interveno da secretaria para elaborao do balano das custas; Desconformidade da jurisprudncia maioritria com os novos objectivos de extino quando nos deparamos com a insolvncia dos executados; Falta de fora executiva nota discriminativa de honorrios e despesas, que leva o AE a evitar a extino do processo at que se mostre pago o valor que lhe devido3.

No nos podemos esconder atrs das dificuldades, mas antes colocar frente destas, colocando em marcha um movimento de liquidao dos processos parados, penhorando o que haja para penhorar e extinguindo o que haja para extinguir. Iniciamos este processo com este breve trabalho sobre a suspenso e extino da instncia executiva, que ser oportunamente complementado com o tema apuramento de responsabilidade e conta. A Cmara dos Solicitadores agradece a todos aqueles que contriburam para a realizao deste trabalho.

2

2

A Cmara dos Solicitadores props alterao do RCP no sentido de a distribuio do processo s dever ocorrer aps o pagamento da taxa de justia e da fase 1. H tambm o entendimento, por parte de alguns autores, que face analogia que se pode estabelecer entre o pagamento da taxa de justia e o pagamento da fase 1 o agente de execuo tem legitimidade para recusar o recebimento do requerimento executivo quando no seja paga atempadamente a fase 1. 3 Contudo, na liquidao provisria da responsabilidade do executado a imputao do valor existente deve ser feita em primeiro lugar relativamente aos honorrios dos agentes de execuo. Assim, como o exequente e no o executado o responsvel pelo pagamento dos honorrios, o que acontece que nunca haver honorrios em dvida (se houver dinheiro ou bens suficientes para cobrir esse valor) mas sempre capital, pelo que a aco executiva tem de prosseguir e manter-se as penhoras.

2. A Suspenso da instncia executivaA instncia executiva suspende-se em resultado de algum facto/acontecimento que legalmente assim o determine, at que se venha a verificar um novo facto ou se atinja determinado pressuposto, que dite o prosseguimento da execuo ou a extino da instncia executiva. A suspenso da instncia pode estar sustentada: a) No normal desenrolar do processo; b) Acontecimento externos ao processo; c) Pela vontade das partes (ou pela ausncia de vontade); Por outro lado a suspenso pode afectar: a) Todo o processo; b) Algum ou alguns dos sujeitos processuais; c) Algum ou alguns dos bens apreendidos. Se a suspenso da instncia disser respeito a um bem penhorado (por exemplo a suspenso do 871 do CPC) e esse bem for o nico penhorado e conhecido, ento a suspenso da instncia estende-se a todo o processo. Da mesma forma se a suspenso estiver ligada ao nico executado ou a todos os executados (por exemplo a insolvncia), ento h suspenso de todo o processo. Para melhor se alcanar estas diferenas apresentam-se os seguintes exemplos: 3

Exemplo 1

Na execuo movida por A contra B e C, foi declara a insolvncia de B, no tendo no entanto sido ainda realizada a assembleia de credores. Neste caso, face declarao de insolvncia de B, as diligncias executivas suspendem-se. Havendo trnsito em julgado da declarao de insolvncia a instncia no pode prosseguir contra B sendo os crditos contra B reclamados na insolvncia. A execuo prossegue os seus trmites contra C. Tratase assim de uma suspenso parcial, resultante de factores externos ao processo

Exemplo 2

Na execuo movida por A contra B, o executado faleceu. H lugar suspenso da instncia executiva por fora da alnea a) do n. 1 do artigo 276 do CPC, ou seja, h uma suspenso integral do processo por factor externo ao processo. Deve ser extinto, contudo, se houver inutilidade (artigo 276., n. 3 do CPC)

Exemplo 3

Na execuo movida por A contra B, as partes requereram a suspenso das diligncias executivas porquanto esto a tentar concretizar acordo de pagamento. Trata-se assim de uma suspenso temporria, por vontade das partes, no superior a 6 meses (artigo 279., n. 4, do CPC), que necessita da homologao do juiz que deve verificar se dilatria.

Exemplo 4

Na execuo movida por A contra B, foram penhorados dois imveis, sendo que, sobre um destes, incide penhora anterior. H lugar suspenso da execuo quanto a um dos bens penhorados, nos termos do disposto no artigo 871 do CPC. uma suspenso parcial em resultado do prprio processo.

4

Tabela 1 Fundamentos de Suspenso da Instncia executiva

1 2

Descrio Falecimento ou extino de uma das partes Falta de mandatrio nos processos em que a constituio deste obrigatria

3 4 5

Oposio execuo sem citao prvia Oposio penhora Penhora anterior sobre o mesmo bem

Disposio legal a), n 1, 276 do CPC b), n 1, 276 do CPC ou n 3 do 39 do CPC N 2, 818 do CPC a) , n 1 do 930 N 3 do 863B N 1 do 871 do CPC

Observaes Sem prejuzo da extino nos termos do n 3 do artigo 2764 Os efeitos so diversos quando se trate do mandatrio do exequente ou do executado

A quem incumbe Ao Juiz Ao Juiz

Os efeitos da oposio devem ser atribudos pelo Juiz no despacho que admite a oposio. S suspende quanto aos bens sobre os quais foi deduzida oposio. Se existir um nico bem penhorado lugar suspenso do processo. Se houver vrios bens penhorados a suspenso s afecta o bem sobre o qual existe penhora anterior. 5

Ao Juiz Ao Juiz Ao Agente de Execuo (nos processos posteriores a 31/03/2009) Ao Juiz (nos processos anteriores a 31/03/2009) Ao Agente de Execuo (nos processos posteriores a 31/03/2009) Ao Juiz (nos processos anteriores a 31/03/2009) Ao Agente de Execuo (nos processos posteriores a 31/03/2009) Ao Juiz (nos processos anteriores a 31/03/2009) Ao Juiz

2-5

6

Acordo de pagamento em prestaes

Artigo 882 do CPC

O acordo ter que ser subscrito sempre por exequente e executado. Se no houver acordo apresentado nos termos do artigo 882. prossegue a execuo.

7

Adjudicao de crdito com vencimento prximo

N 7 do 875 do CPC

84

Acordo das partes (no inclui acordo de pagamento em

N 4 do 279

Tendo sido penhorado um crdito cujo vencimento prximo, pode o Agente de Execuo determinar ou os credores (em conjunto) (incluindo o exequente), acordar na suspenso da instncia at que se verifique o vencimento do crdito. As partes podem requerer ao Juiz a suspenso do processo

Tomemos, a ttulo de exemplo, uma execuo para prestao de facto negativo, movida por A contra B, em que A exige que B se abstenha de passar num caminho. Ocorrendo o falecimento de B, deixa de fazer sentido o prosseguimento da execuo, havendo assim lugar extino nos termos do n 3 do artigo 276 do CPC. 5 Ter em ateno a situao de remessa para processo pendente, nos termos do n 4 do artigo 832.

9

prestaes) Embargos

Artigo 356

10

Inexistncia de bens penhorveis

N 3 do 832 e n 6 do 833

11

Requerida a insolvncia (mas no decretada) do exequente ou do executado.

870 do CPC

12 13

Insolvncia (decretada mas no transitada em julgado) Diferimento da desocupao (entrega de coisa certa)

88 do CIRE b), n 1 do 930

14

Doena grave do executado (entrega de coisa certa)

N 3 do 930B do CPC

at ao prazo mximo de 6 meses. O despacho que receba os embargos determina a suspenso dos termos do processo em que se Inserem e, em geral, devem referir-se apenas aos bens a que dizem respeito os embargos. S para os processos anteriores a 31/03/2009. A aplicao desta norma impe a notificao do artigo 20., n. 5 do DL 226/2008, com vista converso oficiosa em extino no silncio do exequente. Qualquer credor (estranho ao processo de execuo), pode requerer a suspenso da execuo, para impedir que sejam concretizados pagamentos, sempre que tenha sido requerida a insolvncia (do exequente ou executado), mas esta insolvncia no tenha ainda sido decretada. Suspendem-se as diligncias executivas at ao trnsito em julgado. Quando, no processo para entrega de local arrendado para habitao, requerido pelo executado o diferimento da desocupao. Sempre que AE constate, por atestado mdio, que a realizao da diligncia coloca em risco de vida a pessoa que reside no local.

Ao Juiz

Ao Juiz

Ao Juiz

Ao Juiz Ao Juiz

2-6Ao Agente de Execuo (em primeira mo), confirmado no prazo de 10 dias por requerimento da parte ao Juiz) Ao Agente de Execuo (em primeira mo), confirmado no prazo de 10 dias por requerimento da parte ao Juiz) Ao Juiz

15

Duvidas quanto ao detentor do bem a ser entregue (entrega de coisa certa)

N 2 do 930 B do CPC

Caso seja o AE confrontado com terceira pessoa na deteno do bem a entregar, que exiba documento vlido

16

Cauo em processo pendente de recurso

N 4 do 47 do CPC

17

Outros casos por determinao do Tribunal

c), n 1 do 276

Se a execuo for sustentada em sentena no transitada, da qual foi interposto recurso com efeitos meramente devolutivos, o executado pode requer a suspenso da instncia desde que preste cauo Sempre que haja uma deciso do Juiz que determine a suspenso, com fundamentos no enquadrados em

Ao Juiz

18

Separao de meao

N 7 do 825 do CPC

19

Falta de impulso processual

285 do CPC 29 do RCP (ou 51 do CCJ)

20

Pelo pagamento do valor liquidado pelo AE

N 4 do 916 do CPC

21

Compromisso Arbitral

287., b); 290.

algumas das anteriores Quanto hajam sido penhorados bens comuns do casal e o cnjuge (que no figura como executado e que no haja aceite a comunicabilidade da divida) requer a separao da meao, o processo suspende-se, face aos bens comuns at partilha dos mesmos. Se houver bens prprios penhorados a execuo pode prosseguir quanto a estes. No se tratando na verdade de uma suspenso da instncia, deve o AE evidenciar o momento a partir do qual o exequente deveria impulsionar o processo, a fim de ser contados os prazos de interrupo e desero. Como, nesse momento, deve pedir proviso para acautelar os seus honorrios, pode-se aplicar o artigo 15.-A da Portaria 33-B/2009 e presumir-se a desistncia em cerca de 40 dias. A interrupo e desero sero, assim, normas cuja aplicao prtica em processos de execuo deixou de acontecer aps Novembro de 2010. Os processos executivos passam a terminar sem impulso de pagamento. Quando for pago voluntariamente o valor liquidado pelo Agente de Execuo ou quando este entenda que o valor penhorado ser suficiente para assegurar o pagamento da divida, suspende-se para o apuramento da responsabilidade do executado. Em regra, a ser celebrado compromisso arbitral, este ser comunicado ao apenso de oposio. O Compromisso arbitral dever ditar a suspenso da instncia executiva.

Ao Juiz

Ao Agente de Execuo, na devoluo ao exequente do impulso processual, devendo referir logo o incio da contagem do prazo para a interrupo. Ao Juiz para verificao do prazo de interrupo e desero. Agente de Execuo

2-7

Ao Juiz

1. Falecimento ou extino de uma das partesSempre que na pendncia da aco falecer alguma das partes (pessoa singular), ou se extinguir (pessoas colectivas) deve ser junto ao processo documento que o comprove, devendo de imediato a instncia ser suspensa. No entanto no haver suspenso se no mbito da oposio execuo se j tiver comeado a audincia de discusso oral.

2. Falta de mandatrio nos processos em que a constituio deste obrigatria.Nos processos em que obrigatrio a constituio de mandatrio pode acontecer que por qualquer motivo este renuncie ou lhe seja revogado ao seu mandato, ou, por outro lado, fique impedido de o exercer nomeadamente pelo seu falecimento. Como estamos a falar de duas situaes distintas, ou seja a impossibilidade e a renncia/revogao a lei prev formalismos processuais distintos, a saber: 2.1. Falecimento ou impedimento do mandatrio (276.,n1 a), 278.) Nos casos em que a constituio de advogado obrigatria, e -lo nos casos previsto do artigo 32., se este falecer ou ficar totalmente impossibilitado de exercer o seu mandato, uma vez feita no processo prova desse facto, suspender-se- imediatamente a instncia, contudo se estivermos em sede de oposio execuo e o processo j estiver concluso para sentena ou em condies de o ser a suspenso s se verifica depois da sentena. De salientar que a suspenso retroage data do facto impeditivo, pelo que se estiver em curso algum prazo para a prtica de qualquer acto processual, esse prazo fica igualmente suspenso; 2.2. Revogao e Renncia do mandato (39.) Havendo renncia ou revogao do mandato esta deve ser efectuada no prprio processo e devem ser notificados desse facto o mandatrio, o mandante, e ainda parte contrria. Nos casos em que obrigatria a constituio de mandatrio se a parte depois de notificada da renncia, no constituir novo mandatrio no prazo de 20 dias a instncia suspende-se se a falta for do exequente, se for do executado o processo segue os seus termos, sendo que o Juiz deve oficiar junto do conselho distrital da Ordem dos Advogados a nomeao oficiosa de mandatrio.

2-8

3. Oposio execuo sem citao prviaTendo o executado lanado mo do meio defesa oposio execuo nos termos do artigo 813. e ss, tem-se, em sede de suspenso da instncia, de atentar se existiu ou no a sua citao prvia, pois num e noutro caso os formalismos a obedecer so distintos, como de seguida iremos expor: 3.1. Existindo citao prvia (818., n 1) Neste caso a execuo s suspende nas seguintes situaes: Quando o oponente preste cauo (incidente de prestao espontnea); Quando o oponente impugne a assinatura do documento particular e apresente documento que constitua principio de prova, e o Juiz, ouvindo o exequente entenda que se justifica a suspenso. 3.2. No existindo citao prvia (818., n2) No existindo citao prvia do executado, o recebimento da oposio suspende automaticamente o processo de execuo, sem prejuzo de reforo ou substituio da penhora. Para finalizar resta realar que se a oposio estiver parada durante mais de 30 dias, por negligncia do oponente em promover os seus termos, cessa a suspenso da instncia.

4. Oposio penhoraNo caso do exequente se opor penhora, nos termos do artigo 863.-A e ss, a execuo s ser suspensa se o executado prestar cauo, no entanto essa suspenso apenas se circunscreve aos bens cuja oposio diga respeito, devendo obrigatoriamente a execuo prosseguir sobre os outros bens que tenham sido penhorados.

5. Penhora anterior sobre o mesmo bemPendendo mais de uma execuo sobre os mesmos bens, sustada, mas apenas quanto a esses bens, o processo em que a penhora tenha registo anterior. Neste caso necessrio ter em ateno prescrito no n 4 do artigo 832, pois poder ter de haver remessa do requerimento executivo se verificados os pressupostos desse preceito legal.

6. Acordo de pagamento em prestaesNo mbito do processo executivo possvel atravs de requerimento, e caso haja comum acordo entre o executado e exequente, ambos requererem ao agente de execuo a suspenso da execuo para pagamento da dvida exequenda em prestaes. Cabe s partes fixarem os termos do pagamento, no existindo limite temporal para o mesmo. O requerimento apresentado dirigido ao agente de execuo deve conter obrigatoriamente o plano de pagamento acordado entre o executado e exequente, ser subscrito por ambos e deve igualmente ser requerida a suspenso da instncia. Uma vez requerida a suspenso, e na falta de estipulao em contrrio, se existirem bens penhorados essa penhora mantm-se at o integral cumprimento do acordo. No caso de existirem credores reclamantes e o seu crdito estiver vencido a sustao da execuo fica sem efeito se estes requerem o prosseguimento da aco para satisfao do seu crdito. Se esta situao se verificar ao exequente restam-lhe duas hipteses 885., n2 ou desiste da penhora, ou requer igualmente o prosseguimento da execuo para pagamento do remanescente do seu crdito, ficando sem efeito acordo de pagamento requerido.

2-9

7. Adjudicao de crdito com vencimento prximo.A adjudicao de direito de crdito feita a ttulo de dao pro solvendo, se o requerente o pretender e os restantes credores no se opuserem. Sendo prximo a data do vencimento do crdito, podem os credores acordar, ou o agente de execuo determinar a suspenso da execuo quando esta no deva prosseguir sobre outros bens.

8. Acordo das partes (no inclui acordo de pagamento em prestaes)As partes tal como na aco declarativa podem, sem invocarem o motivo, acordar a suspenso da instncia por prazo no superior a 6 meses, sendo este prazo prorrogvel por idntico perodo, desde que as partes assem o requeiram (147., n 2).

9. EmbargosTendo em conta que no processo executivo s podem ser penhorados os bens do executado, impe-se que seja dado a qualquer pessoa estranha ao processo executivo que veja os seus bens penhorados a possibilidade de defender o seu patrimnio. Nesse pressuposto surge o instituto dos embargos de terceiro. Assim, uma vez intentado os

embargos de terceiros e uma vez que estamos perante um incidente da instncia, estes vo influir na aco executiva. Essa influncia difere consoante estivermos perante embargos repressivos ou embargos preventivos. Seno vejamos:

Embargos repressivos (356.) O seu recebimento suspende a execuo quanto aos bens a que dizem respeito. No entanto o agente de execuo, verificando que deu entrada os embargos, pode reforar os substituir a penhora (834., n3, d)) Embargos preventivos (359.) A sua deduo impe obrigatoriamente a suspenso da execuo no que toca aos bens em discusso. No entanto o Juiz pode determinar que o embargante preste cauo.

10. Inexistncia de bens penhorveisD lugar extino e no suspenso a no ser nos processos anteriores a 31 de Maro de 2009, nos termos do artigo 833 do CPC.

11. Requerida a insolvncia (mas no decretada) do exequente ou do executado.No mbito do processo de insolvncia qualquer credor pode vir ao processo executivo requerer a suspenso da instncia a fim de impedir os pagamentos, no entanto deve fazer prova que a recuperao da empresa ou a insolvncia foi requerida. Fazendo essa prova a execuo dever ser suspensa.

12. Insolvncia (decretada mas no transitada em julgado) 13. Diferimento da desocupao (entrega de coisa certa)No processo para entrega de local arrendado para habitao, e dentro do prazo de oposio execuo, o executado pode, invocando e fazendo prova nomeadamente atravs de testemunhas at um mximo de trs, requerer o diferimento de desocupao do imvel invocando razes sociais imperiosas, nesse caso e se o pedido for deferido a execuo ser suspensa.

2-10

14. Doena grave do executado (entrega de coisa certa)Sempre que o agente de execuo no que concerne a arrendamento de imvel para habitao constate, por atestado mdio, que a realizao da diligncia coloca, em virtude de doena aguda, em risco a vida de pessoa que reside no local deve suspender as diligncias executrias. Se na mesma execuo tiver sido requerida a entrega de dois locais (por exemplo de uma habitao e um comrcio) as diligncia executrias s sero suspensas relativamente habitao.

15. Duvidas quanto ao detentor do bem a ser entregue (entrega de coisa certa)O agente de execuo deve suspender as diligncias executrias sempre que o detentor da coisa, que no tenha sido ouvido e convencido na aco declarativa, exibir algum dos seguintes ttulos desde que esses documentos tenham data anterior entrada da aco executiva: ttulo de arrendamento ou de outro gozo legtimo do prdio, emanado do exequente; ttulo de subarrendamento ou de cesso de posio contratual emanado do executado, e documento de ter sido requerido no prazo de 15 dias a respectiva notificao do exequente, ou do exequente ter especialmente

autorizado o subarrendamento ou cesso, ou de o exequente ter conhecido o subarrendatrio ou cessionrio como tal.

16. Cauo em processo pendente de recursoSe o ttulo executivo que serviu de base aco executiva for uma sentena da qual tenha sido interposto recurso com efeito meramente devolutivo sem que a parte vencida tenha requerido o efeito suspensivo, pode o executado obter a suspenso da execuo desde que preste cauo.

17. Outros casos por determinao do Tribunal(artigo 279) Quando ocorre motivo que o Juiz entende como justificativo pode este suspender a instncia. Porm essa suspenso no pode contrariar o regime especfico da suspenso prevista no processo executivo, designadamente quando exige a prestao de cauo, pois estamos perante norma especiais em contramo com normas gerais.

18. Separao de meaoSe no requerimento executivo, numa execuo movida contra um dos conjugues, o exequente no invocar a comunicabilidade da divida pode, qualquer dos conjugues, no prazo da oposio, requerer a separao de bens ou juntar certido de aco pendente, nesse caso a aco ser suspensa at separao bens (825., n 5, 7). Se for alegada a comunicabilidade da dvida, e apenas se o ttulo executivo no for uma sentena, ou se forem penhorados bens comuns, o cnjuge pode requerer a separao de bens ou juntar certido de aco pendente, nesse caso a aco ser suspensa at separao de bens (825., n 1,, 2 e 7)

19. Falta de impulso processualDecorrido que seja o prazo de um ano sobre a data em que o exequente foi notificado de que deveria impulsionar o processo, ter que ser decidida a interrupo da instncia executiva, conforme dispe o artigo 285 do CPC.

2-11

20. Pelo pagamento do valor liquidado pelo AEO executado pode, a qualquer momento da aco executiva, proceder ao pagamento voluntrio da quantia exequenda. Este pagamento deve ser efectuado pelo interessado atravs da entrega de cheque ou dinheiro ao agente de execuo ou pelo depsito da importncia devida em instituio de crdito ordem daquele (916. n2). O dinheiro ou cheque recebido deve ser depositado obrigatoriamente pelo agente de execuo na conta-cliente dos executados que sejam titulares em instituio de crdito (124., n2, e 3, b) do ECS). Feito o depsito susta-se a execuo sem dependncia de despacho judicial, a menos que o depsito seja manifestamente insuficiente, e liquida-se toda responsabilidade do executado (916. n4). Quando o requerente junte documento comprovativo de quitao, perdo, ou renncia por parte do exequente ou qualquer outro ttulo extintivo, suspende-se logo a execuo e liquida-se a responsabilidade do executado

21. Compromisso ArbitralResulta dos artigos 287., b) e 290. do CPC que a celebrao de compromisso arbitral dita a extino da instncia. Porm, no mbito do processo executivo s se compreende a celebrao de compromisso arbitral no mbito do apenso de oposio execuo, ou seja, a oposio ser decidida fora do Tribunal. Dever assim

entender-se que se extingue o apenso declarativo (remetido para arbitragem) mantendo-se no entanto a execuo suspensa at deciso arbitral.

2-12

3. EXTINO DA INSTNCIA EXECUTIVAO regime supletivo de extino da instncia (artigo 287 do CPC) prev que esta ocorre com:a) b) c) d) e) O julgamento; O compromisso arbitral; A desero; A desistncia, confisso ou transaco; A impossibilidade ou inutilidade superveniente da lide.

Existe no entanto um regime especfico para extino da instncia em processo executivo, que resulta do artigo 919 do CPC:a) Logo que se efectue o depsito da quantia liquidada, nos termos do artigo 917.; b) Depois de efectuada a liquidao e os pagamentos, pelo agente de execuo, nos termos do Regulamento das Custas Processuais, tanto no caso do artigo 918 como quando se mostre satisfeita pelo pagamento coercivo a obrigao exequenda; c) Nos casos referidos no n. 3 do artigo 832., no n. 6 do artigo 833.-B e no n. 6 do artigo 875., por inutilidade superveniente da lide; d) Quando ocorra outra causa de extino da execuo.

obrigao do AE concretizar os actos processuais de acordo com a normas legais, no podendo assim manter um processo pendente, havendo fundamento legal para concretizar a extino da instncia executiva. Sendo certo que existem um nmero significativo de processos que se encontram informalmente finalizados, uma vez que as partes, muito em particular o exequente, j nada espera vir a recuperar, o certo que que, pelos motivos mais diversos, tais processos encontram-se formalmente pendentes, servindo de arma de arremesso entre os vrios actores da justia. Importa pois tratar a extino da instncia de forma expedida, concretizando rapidamente os actos que devam ser praticados com vista extino da instncia executiva. Nesta matria h que distinguir dois tipos de processos:Posteriores a 30 de Maro de 2009, em que a deciso de extino caber, na maioria das situaes ao Agente de Execuo; Anteriores a 30 de Maro de 2009 e posteriores a 15 de Setembro de 2003, em que a deciso de extino cabe ao Juiz (sendo certo que caber ao Agente de Execuo informar o Tribunal de que dever ser decretada a extino)

3-13

Temos ainda que ter presente o seguinte:Existem bens penhorados ou produto da penhora? o Devem ser canceladas as penhoras o Devem ser acauteladas as custas em dbito o Deve ser acautelado o pagamento da Sano Pecuniria Compulsria. Existem crditos reclamados? o A extino notificada aos credores reclamantes.

1

CAUSAS Recusa do requerimento executivo

NORMAS N 4 do 811 do CPC

COMPETNCIA Agente de Execuo

2

Rejeio Oficiosa

820., n.2

Juiz

3

Pagamento voluntrio (feito ao Agente de Execuo)

916.; 917.; 919. n1, a)

Agente de Execuo

4.1.

Pagamento Coercivo Pagamento em dinheiro ou produto da venda Pagamento Coercivo Adjudicao de bens que no crditos

872.; 873.; 874. 872.; 873.; 875.; 876.; 877.; 878.

Agente de Execuo

Custas Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a titulo de custas de parte Tem de ser sempre antes do primeiro acto de Custas pelo transmisso de bens penhorados. Se a rejeio for exequente, sem parcial a execuo pode prosseguir mas apenas na direito a ser parte em que no foi rejeitada. ressarcido a ttulo de custas de parte Especial ateno ao 917. , n2, no sentido de Calculada pelo AE no Calculadas pelo existirem crditos reclamados e o pagamento for momento da Agente de Execuo efectuado j depois de serem vendidos ou adjudicados liquidao de no momento da bens o pagamento tem tambm de abranger esses responsabilidade liquidao. crditos. O pagamento inclui sempre as custas. Pagamento feito pelo AE ao exequente em resultado Calculada pelo AE no Calculadas pelo de dinheiro penhorado (crditos, saldos bancrios, momento da Agente de Execuo salrios, etc) ou produto da penhora (venda de bens). liquidao de no momento da responsabilidade liquidao. O exequente d-se por pago atravs da adjudicao de A quota parte da SPC bens penhorados (excepto crditos), tais como devida ao cofres ter imveis, automveis, bens mveis, etc que ser suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora). Os ns 6 e 7 do art. 875. s so aplicveis s aces intentadas a partir de 31 de Maro de 2009. A adjudicao de direito de crdito pecunirio no litigioso feita pelo valor da prestao devida, efectuado o desconto correspondente ao perodo a decorrer at ao vencimento A quota-parte da SPC devida ao cofres ter que ser suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora). As custas suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora).

OBSERVAES

SPC

3-14

4.2.

Agente de Execuo

4.3.

Pagamento Coercivo Adjudicao de crditos

As supra mencionadas com especial incidncia no art. 875. n. 6 e 7

Agente de Execuo

As custas suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora).

4.4.

Pagamento Coercivo Adjudicao pro solvendo

N 6 do art 875

Agente de Execuo

A adjudicao de direito de crdito feita a ttulo de dao pro solvendo, se o requerente o pretender e os restantes credores no se opuserem, extinguindo-se a execuo quando no deva prosseguir sobre outros bens

A quota parte da SPC devida ao cofres ter que ser suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora).

As custas suportada pelo exequente caso no exista dinheiro suficiente no processo (produto da penhora).

4.5.

Pagamento Coercivo Consignao de Rendimentos

879.; 880.; 881.

Agente de Execuo

Especial ateno para o n.1 do art. 881. "efectuada Calculada e retida a consignao e pagas as custas a execuo extingue- previamente pelo AE se, levantando-se as penhoras que incidam em outros bens.

4.6.

Pagamento Coercivo Pagamento em prestaes

882.; 883.; 884.; 885.

Agente de Execuo

Sendo celebrado acordo de pagamento deve o AE acautelar as custas e a SPC, s podendo ser aceite a suspenso se previamente ou proporcionalmente forem asseguradas as custas e a SPC A entrega do bem concretizada pelo Agente de Execuo

Calculadas pelo Agente de Execuo no momento da adjudicao e previamente depositadas pelo exequente ou retidas caso exista valor depositado Calculada pelo AE no Suportada pelo momento da exequente. Calculadas celebrao do acordo. pelo AE no momento do acordo. Suportada pelo exequente, sem prejuzo de executar o valor da nota discriminativa de custas de parte Suportada pelo exequente, sem prejuzo de executar o valor da nota discriminativa de custas de parte Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte

3-15

4.7

Entrega coerciva do bem

919, a), n 1

Agente de Execuo

4.8

Prestao coerciva do facto

919, a), n 1

Agente de Execuo

A prestao do facto foi concretizada com a interveno do Agente de Execuo

5.1

Desistncia Do pedido

287., d); 293.; 295.; 300.

Juiz

Segue os trmites da parte geral do cdigo do Processo civil, com a advertncia de que esta desistncia no significa a renncia ao direito de executar o crdito mas apenas a renncia ao crdito exequendo. De salientar que esta desistncia ao contrrio do que acontece na aco declarativa no homologada por

sentena.

5.2.

Desistncia Da instncia (declarada)

918.

Agente de Execuo/Juiz

5.3.

Desistncia Transaco

287., d); 293.; 300.

Agente de Execuo/Juiz

Especial ateno ao facto de existirem outro credores graduados e j ter havido venda ou adjudicao de bens pois nesse caso sero pagos pela parte que lhes couber. Tambm especial ateno no caso de existir oposio execuo, pois nesse caso depende de aceitao do executado, art.296, n2, e 918. n2. Repete-se na ntegra a observao que antecede juntamente com a desistncia do pedido.

No devida

Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte

5.4.

Desistncia (presumida) Falta de pagamento de proviso

15-A da Portaria 331B/2009 349. e 351. do Cdigo Civil 285.; 287., c); 291.

Juiz

6

Interrupo/Desero

Juiz

7.1

Inutilidade Superveniente da Lide. Processo anterior findo sem recuperao

919., n1, c); 832., n 3

Agente de Execuo

Depende dos termos Custas pelo do acordo. exequente, com ou sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte No devida Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte Ateno que a desero s se verifica se o processo No devida Custas pelo estiver parado por inrcia das partes pelo perodo de 3 exequente, sem anos, pois deve-se conjugar o art. 291 com o 285.. direito a ser Para que no haja dvidas quanto aos prazos deve ressarcido a ttulo de haver notificao a declarar iniciado o prazo da custas de parte interrupo e outra a declarar iniciado o prazo para a desero para fazer estas notificaes devem pedir adiantamento de honorrios se o processo no estiver provisionado. S existe extino da instncia, se antes j tiver No devida Custas suportadas corrido, contra o executado, uma execuo terminada pelo exequente, com sem integral pagamento e no se encontrarem bens a possibilidade de ser nem forem indicados pelo exequente. ressarcido na renovao da instncia.

3-16

7.2

Inutilidade Superveniente da Lide Inexistncia de bens

919., n1, c); 833.-B, n6

Agente de Execuo

No devida

8.1.

Insolvncia Pessoa singular

235.; 236.; 244.; 245. do CIRE

Agente de Execuo

Uma vez decretada a insolvncia e decretada a exonerao do passivo restante a execuo deve ser decretada extinta.

No devida

8.2.

Insolvncia Pessoa Colectiva

85. n2; 88.; 230,n 1 d); 232., ns 1, 2, do; 234. n4 do CIRE; e 919., n1, c); 833.-B, n6 CPC

Agente de Execuo

9.1

Procedncia da Oposio Execuo

817., n4

Juiz

Os processos executivos so apensados. Verificando No devida que a massa insolvente insuficiente para as custas e dividas o Juiz declara encerrado o processo, a empresa entra em dissoluo e consequente liquidao seguindo o regime jurdico dos procedimentos administrativos de dissoluo. Uma vez que no existem bens o Agente deve execuo extinguir o processo por inutilidade da lide. Se a procedncia da aco tiver a ver com a No devida incompetncia relativa do tribunal, no existe extino mas sim remessa para o tribunal competente.

9.2

Procedncia de recurso com efeito meramente devolutivo, quando o titulo uma sentena.

47., n2

Juiz

Quando a execuo seja sustentada em sentena da No devida qual penda recurso com efeito meramente devolutivo, a procedncia do recurso dita a imediata extino da instncia.

Custas pelo exequente, com direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte Custas pela massa insolvente. Honorrios do AE suportados pelo exequente com direito a ser ressarcido pela massa insolvente. Custas pela massa insolvente. Honorrios do AE suportados pelo exequente com direito a ser ressarcido pela massa insolvente. Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte Custas pelo exequente, sem direito a ser ressarcido a ttulo de custas de parte

3-17

10.1

Extino da obrigao exequenda extra judicial Pelo pagamento voluntrio ao exequente

916. n5 do CPC

Agente de execuo

O facto extintivo deve ser posterior instaurao da aco executiva, se for anterior fundamento de oposio execuo art. 814., n 1, g). O pagamento deve cobrir todo o valor a cobrar na execuo6

Depende das circunstncias

Suportadas pelo exequente

10.2

Extino da obrigao exequenda extra judicial

916. n5 do CPC

Juiz

Havendo a entrega voluntria do bem.

Pela entrega do bem10.3 Extino da obrigao exequenda extra judicial 916. n5 do CPC Juiz Sendo prestado voluntariamente o facto.

Suportadas pelo exequente, com direito a recuperar em execuo autnoma. Suportadas pelo exequente, com direito a recuperar em execuo autnoma. Depende das circunstncias Suportadas pelo exequente, com direito a recuperar em execuo autnoma. A ser calculada no Suportadas pelo processo para onde exequente, com haja de ser remetido. direito a recuperar esse valor no processo para onde foi remetido.

Pela prestao do facto10.4 Extino da obrigao exequenda extra judicial Outros factos Qualquer facto extintivo das obrigaes previstos na lei civil, arts. 837. a 7 873. do CC N 4 do 832 Juiz

3-18

11

Remessa do requerimento executivo para processo pendente

AE

6

Na liquidao provisria da responsabilidade do executado a imputao do valor existente deve ser feita em primeiro lugar relativamente aos honorrios dos agentes de execuo. Assim, como o exequente e no o executado o responsvel pelo pagamento dos honorrios, o que acontece que nunca haver honorrios em dvida (se houver dinheiro ou bens suficientes para cobrir esse valor) mas sempre capital, pelo que a aco executiva tem de prosseguir e manter-se as penhoras. 7 863 CC Remisso; 868 CC Confuso Quando na mesma pessoa se renam as qualidades de credor e devedor; 861 CC Novao D-se por novao objectiva quando o devedor contrai perante o credor uma nova obrigao em substituio da antiga; 847 - Compensao; 837 - Dao em pagamento; 840 - Dao pro solvendo

12

Findo Apensado ou cumulado a outro processo

Ao Juiz

Caso se verifique um erro na classificao do processo, no h propriamente a extino da instncia executiva, mas o processo aberto no SISAAE/GPESE dever ser terminado Caso se verifique um erro na distribuio do processo, no h propriamente a extino da instncia executiva, mas o processo aberto no SISAAE/GPESE dever ser terminado Processo que aparece como processo novo no SISAAE mas que na verdade um apenso declarativo do processo executivo.

13

Findo Erro na distribuio

Ao Juiz / secretaria

14

Findo Apenso indevidamente remetido para o GPESE/SISAAE

15

Extino Outros motivos

Ao Juiz

Esta classificao dever servir para outros casos que no estejam previstos nas alneas anteriores.

3-19

1. Recusa do requerimento executivoO agente de execuo pode, nos termos do artigo 811., rejeitar o recebimento do requerimento executivo se este no obedecer aos requisitos previstos no n1 do preceito legal referido. No entanto, o exequente pode apresentar novo requerimento executivo no prazo de 10 dias ou, se for caso disso, apresentar o documento em falta. Findo esse prazo sem que tenha suprido o vcio extingue-se a execuo sendo desse facto apenas notificado o exequente.

2. Rejeio OficiosaO Juiz pode conhecer oficiosamente as questes, vcios, que levam ao indeferimento liminar nos termos do artigo 812. - E, n 1 e 3, bem como a g) do 812. - D. No entanto, esse conhecimento deve ser declarado at ao primeiro acto de transmisso de bens penhorados. Uma vez declarado esse vcio, e se o Juiz entender no convidar o exequente a sanar o vcio, ou se o fizer e este no o sanar, deve rejeitar a execuo e consequentemente extingui-la. Assim, e resumindo, o Juiz no deve ordenar o prosseguimento da execuo, determinando pelo contrrio a sua extino, quando em questes que no tenha apreciado liminarmente detecta algum vicio processual como tal definidos nos artigo 812. - E, n 1 e 3, bem como a g) do 812. - D, devendo, nesse caso, convidar o executado a san-lo ou rejeitar a execuo e em consequncia extingui-la.

3. Pagamento voluntrio (feito ao Agente de Execuo)O pagamento voluntrio feito ao Agente de Execuo depende da prvia liquidao do valor me divida, incluindo juros e custas previsveis, nos termos do artigo 916 e 917 do Cdigo Processo Civil. Especial ateno ao 917. , n2, no sentido de existirem crditos reclamados e o pagamento for efectuado j depois de serem vendidos ou adjudicados bens o pagamento tem tambm de abranger esses crditos. O pagamento inclui sempre as custas. Ver fundamentos de suspenso

3-20

4.1.

Pagamento Coercivo - Pagamento em dinheiro ou produto da vendaO artigo 874., n 1 prev trs casos em que o pagamento pode ser efectuado atravs de entrega de dinheiro, a saber: a penhora ter recado sobre moeda corrente; quando a penhora tenha recado sobre depsito bancrio em dinheiro; quando a penhora tenha recado sobre outro direito de crdito pecuniria cuja importncia tenha sido depositada. Acresce ainda o nmero 2 do mesmo artigo, que constitui igualmente pagamento em dinheiro o pagamento por cheque ou transferncia bancria. Alm deste casos previstos expressamente no artigo 874., so igualmente considerados pagamento em dinheiro os seguintes: artigo 861., quando hajam rendas, abonos, vencimento de salrios, ou outros rendimentos peridicos depositados em instituio de crdito; artigo 843. n1, quando haja saldo de contas de depositrio apurado em prestao de contas; artigo 818., n1 quando por meio de depsito em dinheiro o executado haja prestado cauo para obter a suspenso da execuo e a oposio tenha sido julgado improcedente. O pagamento em dinheiro pela ordem da respectiva graduao ser efectuado, ao exequente, e aos credores que tenham garantia, por transferncia bancria sempre que seja indicado o respectivo NIB. Especial ateno para o facto de antes ser efectuada a transferncia dever ser pagas as custas da execuo, apensos e respectiva aco declarativa (artigo 455.).

Alm do mais, julgada improcedente a oposio execuo, ou extinto o seu prazo se esta no for deduzida, o agente de execuo entrega ao exequente as quantias penhoradas at ao valor da divida exequenda, mas apenas depois de descontado o montante relativo s despesas previsveis da execuo (artigos 861., n 3, 861.-A, n 13, e 821. n3).

4.2.

Pagamento Coercivo - Adjudicao de bens que no crditosConsiste em atribuir ao credor a propriedade de bens do executado penhorados ordem do processo que sejam suficientes para o pagamento total do seu crdito. Se o preo do bem for superior ao crdito dever o adjudicatrio entregar o valor correspondente a esse excedente. Neste caso concreto podem requerer a adjudicao tanto o exequente como qualquer credor que demonstre ter garantia sobre esse bem. De salientar que com excepo dos bens previstos no artigos 902. e 903. (bens que necessariamente devem ser vendidos em bolsa), todos os outros podem ser objecto de adjudicao. O requerimento a apresentar pelo adjudicatrio deve, sob pena de no ser atendido, indicar o preo que oferece que em caso algum pode ser inferior a 70% do valor base dos bens (875. n3, e 889., n2). Nos termos do n.4 do artigo 875., cabe ao agente de execuo fazer a adjudicao mas deve ter em ateno data em que o requerimento efectuado, pois se j tiver sido anunciada a venda por propostas em carta fechada esta no se suster e a pretenso do requerente s se verificar se no houver pretendentes que ofeream maior preo. No entanto se no existirem proponentes a adjudicao ser logo efectuada ao requerente. O requerimento de adjudicao deve, nos termos do artigo 876., ser publicitado com a meno do preo oferecido, obedecendo ao preceituado do artigo 890. (publicidade da venda). Por terem especificidades deve-se ter especial ateno adjudicao das rendas, abonos, vencimentos, salrios ou outros rendimentos peridicos, uma vez que essa adjudicao faz-se mediante entrega das quantias ao adjudicatrio (artigo 875. n8). Aps ser efectuada adjudicao e no caso da divida exequenda ser integralmente satisfeita liquida-se a responsabilidade do executado e extingue-se a execuo nos termos do artigo 919. n1 b).

3-21

4.3.

Pagamento Coercivo - Adjudicao de crditos

4.4.

Pagamento Coercivo - Adjudicao pro solvendo(875., n 6, 919., n1, c)) a adjudicao do direito de crdito diz-se pro solvendo sendo realizada se o requerente o pretender e os credores no se opuserem. Uma vez declarada a adjudicao a execuo declarada extinta, por inutilidade superveniente da lide, a no ser que a execuo deva prosseguir sobre outros bens.

4.5.

Pagamento Coercivo Consignao de Rendimentos (879., 919., n1, b)) Enquanto os bens no forem vendidos ou adjudicados, o exequente pode requerer ao agente de execuo que lhe sejam consignados os rendimentos de imveis ou mveis sujeitos a registo, em pagamento do seu crdito . A consignao de rendimentos no nosso ordenamento jurdico consiste numa causa de extino das obrigaes regulada no artigo 656. e ss do cdigo civil. No mbito do processo executivo apenas o exequente pode requerer a consignao de rendimentos para satisfao do seu crdito. Alm do mais, e caso existam, os credores reclamantes no so notificados desse pedido, sendo que no se deve inclusive citar os credores se o requerimento for apresentado antes dessa diligncia.

Nos termos do n2 do artigo 879., o executado notificado para se pronunciar, no prazo de 10 dias, do requerimento do exequente. Nesse prazo, e no caso do executado no requerer que se proceda venda dos bens a consignao de rendimentos ser efectuada. Uma vez realizada a consignao esses bens sero tidos como locados, mas apenas se ainda no estiverem. Se j estiverem locados, sero os locatrios notificados para lhes comunicar da consignao. As rendas e alugueres consignados sero, em primeira mo, para pagar as custas da execuo (880., n 4). Efectuada a consignao e pagas as custas da execuo, esta extingue-se, levantandose as penhoras que incidam sobre outros bens. Apesar de extinta a execuo, deve subsistir a penhora sobre o bem consignado at o exequente se encontrar completamente reembolsado do seu crdito (822. do cdigo civil). Se os bens de onde advm a consignao de rendimentos forem vendidos ou adjudicados livres desse nus o consignatrio ser pago do saldo do seu crdito pelo produto da venda ou adjudicao, com a prioridade da penhora cujo registo a consignao foi averbada.

4.6.

Pagamento Coercivo - Pagamento em prestaes(882. e ss, 919. n1, b)) No mbito do processo executivo possvel atravs de requerimento, e caso haja comum acordo entre o executado e exequente, ambos requererem ao agente de execuo a suspenso da execuo para pagamento da dvida exequenda em prestaes. Cabe s partes fixarem os termos do pagamento, no existindo limite temporal para o mesmo. O requerimento apresentado, dirigido ao agente de execuo deve conter obrigatoriamente o plano de pagamento acordado entre o executado e exequente e deve ser subscrito por ambos. Uma vez requerida a suspenso, e na falta de estipulao em contrrio, se existirem bens penhorados essa penhora mantm-se at o integral cumprimento do acordo. No caso de existirem credores reclamantes e o seu crdito estiver vencido a sustao da execuo fica sem efeito se estes requerem o prosseguimento da aco para satisfao do seu crdito. Se esta situao se verificar ao exequente restam-lhe duas hipteses 885., n2 ou desiste da penhora, ou requer igualmente o prosseguimento da execuo para pagamento do remanescente do seu crdito, ficando sem efeito acordo de pagamento requerido. Findo o acordo de pagamento e a divida exequenda totalmente satisfeita, liquida-se a responsabilidade do executado e extingue-se a execuo nos termos do artigo 919., n1 b).

3-22

4.7 4.8

Entrega coerciva do bem Prestao coerciva do facto

5. DesistnciaA desistncia nos termos do artigo 300. pode fazer-se por documento autntico, particular, ou por termo no processo, lavrado o termo ou junto o documento, e verificados os pressupostos legais, ser declarado por sentena a absolvio do pedido ou da instncia consoante o caso.

A desistncia pode revestir duas naturezas, do pedido e da instncia, sendo que ambas levam extino da instncia mas tm tratamento processual distinto. Assim, analisemos os dois tipos de desistncia:

5.1

Desistncia Do pedido(287., d); 293.; 295.; 300.) - No mbito da aco executiva possvel que o exequente desista do pedido uma vez que reveste a mesma natureza de direito privado. No entanto de realar que o exequente ao desistir do pedido na aco executiva, no renuncia ao direito de executar o crdito, pois se no estaramos perante uma contradio com a irrenunciabilidade do direito de aco, esta renncia diz apenas ao prprio crdito exequendo.

5.2.

Desistncia - Da instncia (declarada)(296., n2, 918.) Tal como na aco declarativa e no caso de existir oposio execuo a desistncia depende do consentimento do executado. Ao desistir da instncia o exequente pode livremente intentar outra aco executiva nos exactos termos da que desistiu. Ocorrendo desistncia depois da venda ou adjudicao de bens cujo produto hajam sido graduados outros credores, a estes ser paga a parte que lhe couber nesse produto. Quanto s custas tem de se ter em ateno que as da execuo so da responsabilidade do exequente (451., n1), as do concurso de credores saem precpuas do produto da venda.

5.3.

Desistncia - TransacoA transaco no mais do que um acordo a que as partes chegam para resoluo do litgio gnese do processo. Assim, e nos termos do artigo 293., livre s partes a qualquer momento da instncia, transigir sobre o objecto da causa. A transaco, tal como a desistncia, pode fazer-se por documento autntico ou particular, e ainda por termo no processo. Lavrado o termo ou junto o documento, e verificados os pressupostos legais, o juiz homologa essa transaco por sentena nos exactos termos em que as partes acordaram. No mbito da oposio execuo o Juiz, e quando haja conciliao, pode fazer a transaco em acta, a qual ser ditada e homologada por sentena. Uma vez homologada a sentena deve a execuo ser declarada extinta.

3-23

5.4.

Desistncia (presumida) - Falta de pagamento de provisoA Portaria n. 1148/2010 de 4 de Novembro, que altera a Portaria n. 331-B/2009 - de 30 de Maro, veio introduzir algumas alteraes na tramitao da aco executiva, muito particularmente no que respeita tramitao da Fase I do processo, sempre que no se mostre pago o valor dos honorrios (adiantamento) legalmente exigveis. Com a entrada em vigor (05/11/2010) foram impostos actos especficos que podem levar extino da execuo por desistncia, sempre que no haja pagamento de honorrios ou no seja comprovado esse pagamento. Saliente-se que esta disposio aplicvel a todos os processos posteriores a 15 de Setembro de 2003, cuja proviso esteja pendente de pagamento h mais de 2 meses (conferir n 3 do artigo 4 da Portaria n. 1148/2010 de 4 de Novembro).

6. Interrupo/DeseroNos termos do artigo 285. a instncia interrompe-se quando o processo estiver parado durante mais de um ano por negligncia das partes em promover qualquer diligncia do qual dependa o seu andamento. Acresce que, nos termos do artigo 291., a instncia considera-se deserta, independentemente de qualquer deciso judicial, quando esteja interrompida durante dois anos. Pelo que a extino da instncia nos

termos do artigo 287., c), quando o processo estiver parado, por inrcia das partes, durante mais de 3 anos. Para finalizar resta realar que a desero julgada no tribunal onde se verifique a falta, por simples despacho do Juiz.

7.1

Inutilidade Superveniente da Lide - Processo anterior findo sem recuperao

7.2 8.1.

Inutilidade Superveniente da Lide - Inexistncia de bens Insolvncia - Pessoa singularNo caso de ser decretada a insolvncia de pessoa singular este fica obrigado pelo perodo de 5 anos a continuar, dentro das suas possibilidades, a cumprir com as suas obrigaes, nomeadamente a pagar aos credores, designa-se a esse perodo de cesso. Findo esse prazo ao insolvente dada a possibilidade de exonerao do passivo restante, ou seja -lhe perdoado as restantes dvidas, nesse caso a execuo tem de ser declarada extinta.

8.2. Insolvncia - Pessoa ColectivaVer o 4.3

9.1. Procedncia da Oposio ExecuoO executado ao opor-se execuo tem como finalidade a extino desta mediante o reconhecimento da actual inexistncia do direito exequendo ou da falta de um pressuposto especfico ou geral da execuo. Se estivermos perante incompetncia relativa do tribunal no se extingue a execuo existindo apenas a remessa para o tribunal competente. A oposio execuo consiste numa verdadeira aco declarativa que corre por apenso aco executiva, a sua procedncia, tal como prescreve o n 4 do artigo 817., extingue a execuo no do todo ou em parte.

3-24

9.2 Procedncia de recurso com efeito meramente devolutivo, quando o titulo uma sentena. 10.1 Extino da obrigao exequenda extra judicial - Pelo pagamento voluntrio ao exequente

10.2

Extino da obrigao exequenda extra judicial - Pela entrega do bem

10.3

Extino da obrigao exequenda extra judicial - Pela prestao do facto

10.4

Extino da obrigao exequenda extra judicial - Outros factosUma vez que a aco executiva tem na sua base uma obrigao, esta pode extinguir-se por qualquer forma prevista na lei civil (837. a 873. do cdigo civil) nomeadamente atravs da dao em cumprimento, consignao em depsito, compensao, novao, remisso, confuso etc. Junto ao processo qualquer ttulo extintivo da obrigao,

dado a possibilidade ao exequente de se pronunciar sobre o aludido documento (526., 3 544., n1). Se este nada disser liquida-se a responsabilidade do executado e extingue-se a execuo. De realar que o facto extintivo que estamos a falar ter obrigatoriamente de ter acontecido j depois de ter sido interposta a aco executiva pois se no for esse o caso esse facto deve ser invocado na oposio execuo (814., n1). De salientar ainda que o que foi supra exposto aplica-se, com as necessrias adaptaes, s execues para entrega de coisa certa, e para prestao de facto, desde que se junte ao processo documento comprovativo desse cumprimento.

11. Remessa do requerimento executivo para processo pendente 12. Findo Apensado ou cumulado a outro processo 13. Findo Erro na distribuio 14. Findo Apenso indevidamente remetido para o GPESE/SISAAE 15. Extino Outros motivos

3-25

4. TRAMITAO E FLUXOS4.1. 15A da Portaria 331-B/2009 Falta de pagamento de proviso.So apresentados dois modelos de tramitao, conforme se tratem de processos entrados antes ou aps 4/11/2010.

4.1.1. Processos anteriores a 4/11/2010Nos processos anteriores a 4/11/2010 o AE ter que verificar se j decorreram dois meses desde de que foi pedida proviso (seja qual for a fase do processo). Constatado que o processo est parado h mais de dois meses, o AE ter que:1. Notificar o mandatrio do exequente para fazer prova de pagamento no prazo de 10 dias (no caso de no haver mandatrio constitudo esta notificao ser feita por carta registada ao exequente); 2. Decorrido 10 dias sem que se mostre comprovado o pagamento, notificar o mandatrio do exequente e o exequente por carta registada com Aviso de Recepo, para comprovar o pagamento no prazo de 20 dias. 3. Decorrido 20 dias sem que se mostre comprovado o pagamento requerer a interveno do Juiz a fim de verificar os pressupostos de desistncia.

4.1.2. Processos posteriores a 4/11/2010H que distinguir 3 situaes, a saber: - Processo sem indicao de Agente de Execuo: Neste caso e uma vez que no momento da entrega do requerimento executivo no (por ora) emitida referncia de pagamento, dever o Agente de Execuo em primeiro lugar efectuar o pedido de proviso, que dever mostrar-se pago no prazo de dez dias. - Processo em que foi indicado o Agente de Execuo; Neste caso dever ser tramitado o artigo 15A, ou seja: * Notificando-se o mandatrio, posteriormente o mandatrio e o exequente * S ento suscitada a interveno do Juiz. - Processo com apoio judicirio; Nestas situaes e tendo em considerao o disposto no artigo 35A da Lei 34/2004 de 29 de Julho, dever ser feita por oficial de justia. No entanto, uma vez que o exequente, apesar de beneficiar de apoio, pode preferir que a execuo no seja feita por oficial de justia, tendo no entanto de efectuar o pagamento dos respectivos honorrios ao AE. 4-26

Sendo indicado AE, ao exequente -lhe devolvido uma referencia MB. Assim, no deve o AE fazer novo pedido, mas sim pedir o comprovativo de pagamentoCom indicao do Agente de Execuo

Entrada do Processo

Sem indicao do Agente de execuo

Havendo mandatrio constitudo a notificao feita por via telemtica. No havendo mandatrio constitudo a notificao feita por carta simples (no registada)

5 DIAS Pedido de proviso

1 Notificao 3.1.

Est comprovado o pagamento?

Quando o exequente no indica Agente de Execuo no lhe devolvida referencia MB para pagamento da Fase I, assim, ter o AE que fazer o pedido de proviso

Com apoio Judicirio (artigo 35A da Lei 34/ 2004)

Nos termos do artigo 35A da Lei 34/2004, a execuo deve ser tramitada por oficial de justia. Notifica-se o mandatrio para, se assim o entender pagar a proviso (prescindindo assim do apoio judicirio) ou para requerer ao Juiz a substituio do AE por oficial de justia

Notificao mandatrio (3.6)

10 DIAS

10 DIAS Est comprovado o pagamento?

Est comprovado o pagamento? 10 DIAS

2 Notificao 3.2.

20 DIAS Est comprovado o pagamento?

A 2 Notificao remetida para o mandatrio e para o prprio exequente por carta registada com AR

Prev-se a possibilidade de haver deciso diferente, designadamente a de ordenar o prosseguimento com pagamento dos honorrios de execuo pelo cofres.

Se no for paga a proviso ou requerida a substituio, o AE deve suscitar a interveno do Juiz

4-27

Requerimento ao Processo (3.7)

Prosseguimento da Execuo

Declarao de prosseguimento com apoio (3.8)

O Juiz dever pronunciar-se pela substituio do AE por oficial de justiaSubstitudo por oficial de justia

Requerimento ao Processo (3.5)

AGUARDA DECISO

Deciso de Extino

Notificao de extino (3.9.)

10 DIAS

Arquivo do Processo - Extino 15A 331B/2009

Arquivo do Processo Apoio Judicirio 35-A

Processo a aguardar pagamento de proviso + 2 meses

1 Notificao (3.2)

10 DIAS 2 Notificao (3.4) Est comprovado o pagamento?

20 DIAS

Est comprovado o pagamento?

Requerimento ao Processo (3.5)

4-28

AGUARDA DECISO Prosseguimento da Execuo Deciso de Extino

Notificao de extino (3.9.)

10 DIAS

Arquivo do Processo - Extino 15A 331B/2009

4.2. Fase I do processo executivo Inexistncia de bens e insero na lista pblica.O cumprimento atempado e preciso da fase I do processo executivo essencial para a celeridade do processo executivo, devendo desta fase resultar para o exequente a informao da viabilidade ou inviabilidade do processo de execuo.

Ultrapassada que esteja o pagamento da Fase 1, pois a falta de pagamento pode ditar a extino da instncia nos termos do artigo 15a da Portaria 331-B/2009, o AE, deve prestar informaes claras e concretas sobre quais so a possibilidades do exequente, designadamente face existncia ou inexistncia de bens penhorveis.

4.2.1. Processo de execuo em que existe garantia real (hipoteca).Quando estamos perante uma execuo em que o exequente beneficia de um direito real de garantia (que no seja privilgio creditrio geral 8) e se verifique que sobre o bem sobre qual incide o direito real de garantia j impende penhora anterior, o AE dever, nos termos do n 4 do artigo 832 do CPC, remeter o requerimento para o processo pendente.

Artigo 832 do CPC

4 Quando contra o executado penda um processo de execuo para pagamento de quantia certa, para ele remetido o requerimento executivo, desde que estejam reunidos os seguintes requisitos: a) o exequente seja titular de um direito real de garantia sobre bem penhorado nesse processo, que no seja um privilgio creditrio geral; b) no mesmo processo ainda no tenha sido proferida a sentena de graduao. 5 Quando, no momento da remessa, o processo pendente j esteja na fase do concurso de credores, o requerimento executivo vale como reclamao, assumindo o exequente a posio de reclamante; caso contrrio, constitui-se coligao de exequentes.

4-29

Esta situao dever ocorrer, em regra, quando o exequente tenha registado a seu favor hipoteca (voluntria ou legal) ou arresto sobre o bem que se pretende penhorar. Sempre que o bem em causa s garanta parte da divida peticionada (conforme exemplo seguinte), ento o processos no ser extinto, mas antes reduzida a quantia exequenda em conformidade, prosseguindo em relao a outros bens.

Exemplo 5

Na execuo movida por A contra B, so apresentados execuo dois ttulos executivos, sendo um mtuo com hipoteca (no valor de 10.000,00 ) e outro uma livrana (no valor de 5.000,00 ). o exequente A faleceu. Nas consultas efectuadas resultou que, sobre o bem hipotecado, j incide uma penhora. A execuo no ser extinta, mas s prosseguir para cobrana do valor de 5.000,00 , pois os restantes 10.000,00 sero recuperados na 1 execuo.

8

Nos termos do artigo 733 do CC, um privilgio creditrio a faculdade que a leiconcede a certos credores, independentemente do registo, de serem pagos com preferncia a outros. Os privilgios creditrios gerais (mobilirios) vm descritos nos artigos 736 e 737 do CC. Os privilgios creditrios imobilirios so sempre especiais (n 3 do artigo 735 do CC)

Verificao do estado do bem com hipoteca a favor do exequente

1

NO

Sobre o bem impende penhora (n 4 do 832)

2

SIM

Apuramento de responsabilidade

3

Deciso de remessa para processo pendente

NO

O executado foi citado?

SIM

4Notificao do exequente e executado Notificao do exequente e executado 10 dias

10 dias

Remessa do requerimento executivo para o processo pendente

5

6Notificao de extino

Informao estatistica

7

(1) A verificao da existncia de processo pendente feita atravs da consulta ao registo (predial ou automvel). (2) Se no existir qualquer penhora, a execuo prossegue os seus termos. (3) Se existir penhora anterior o requerimento executivo ser remetido para o processo pendente, sem necessidade de registo de penhora. Deve o Agente de Execuo tomar uma deciso nesse sentido e juntar a esta o apuramento de responsabilidade do executado. (4) Esta deciso ser notificada s partes, salvo se o executado ainda no tiver sido citado para a execuo. Neste caso s o exequente ser notificado. (5) Decorrido o prazo de 10 dias o AE dever remeter o requerimento executivo, acompanhado da deciso e do apuramento de responsabilidade, para o processo pendente. (6) Remetido o processo dever ser este extinto, salvo se a garantia hipotecria disser respeito a parte do valor peticionado. (7) Aps a extino dever ser inserida a informao estatstica correspondente e posteriormente, decorrido o prazo de 10 dias, remetido o processo para arquivo.

4-30

10 DIAS

Prossegue a execuo

ARQUIVO

4.2.2. Processo de execuo sem garantia real a favor do exequente.Notificao da Fase I

1Foram identificados bens

NO

3SIM O exequente desistiu nos termos do n 3 do 832 do CPC NO

2

4O executado consta do registo informtico em execuo terminada sem bens? N 3 do 832 NO

SIM

SIM

5Notificao do exequente para indicar bens penhora

11NO O executado foi citado prviamente SIM

12Citado o executado para indicar bens penhora

Notificado o executado para indicar bens penhora

13

6NO O exequente indicou bens? SIM

7NO O executado foi citado prviamente NO SIM Notificao da extino ao exequente

14Foram indicados bens? SIM

15Penhora de bens

4-31

8Notificao da extino ao exequente Notificao da extino ao executado NO Foram penhorados bens?

16SIM

910 DIAS Notificao para insero na lista pblica 10 DIAS

10Inserido na lista pblica

Arquivo

TRAMITAO

1. Concretizada a citao do executado (se esta tiver lugar previamente) ou se no houver lugar citao do executado, o Agente de Execuo efectua as consultas previstas no artigo 833 do CPC

4.3.

A INSOLVNCIA

No de todo pacifico quais os efeitos imediatos do processo de insolvncia no processo de execuo, sendo certo que so milhares os processos que se encontram parados a aguardar a concluso do processo de insolvncia.

4.3.1. Posio defendida pelo GDLESegundo defende Dr. Jorge Almeida, Presidente do Grupo Dinamizador Liquidao Execues (ver em www.facebook.com GDLE - Grupo Dinamizador da deteco e Liquidao de processos de Execuo) a extino imediata das execues pendentes em que o executado tenha sido objecto de uma sentena de declarao de insolvncia transitada em julgado juridicamente possvel, apesar da jurisprudncia dominante, at hoje, ser favorvel suspenso sustentando tal posio nos seguintes argumentos: Argumento literal O n. 1 do artigo 88. do CIRE refere que a declarao de insolvncia determina a suspenso das diligncias e a execuo no pode prosseguir excepto se contra outra pessoa que no o insolvente. Suspender as diligncias (por exemplo, penhora ou venda) muito diferente de suspender a execuo. Suspender de imediato, assim que h declarao de insolvncia, as diligncias tem um efeito preventivo at se determinar se a declarao de insolvncia transita em julgado ou se a execuo (e as diligncias) devem prosseguir contra outro executado. Portanto, o n. 1 do artigo 88. do CIRE tem dois elementos: suspenso das diligncias e impossibilidade de prosseguir (que pode ser interpretada como extino) [d]a execuo. Note-se que no se pode confundir esta norma com o artigo 870. do CPC, pois os requisitos so muito diferentes. O artigo 870. exige que haja requerimento do credor e prova no da declarao de insolvncia, mas de que foi intentada a aco de recuperao ou de insolvncia. Argumento sistemtico O processo de insolvncia visa, de acordo com o artigo 1. do CIRE, a liquidao do patrimnio de um devedor insolvente e a repartio do produto obtido pelos credores, sendo a insolvncia classificada como uma execuo universal. S assim se compreende a estatuio do artigo 90. determinando que os credores da insolvncia apenas podero exercer os seus direitos em conformidade com os preceitos do CIRE e no possam intentar nem prosseguir com qualquer aco contra o insolvente seno no mbito do processo de insolvncia (artigo 88.). Argumento teleolgico A finalidade do processo de insolvncia a de concentrar num nico processo todos os crditos referentes a um determinado devedor de modo a que se liquide todo o seu patrimnio e se reparta o produto obtido pelos credores de acordo com as garantias que tm sobre os bens do mesmo. A deciso da assembleia de credores incorpora novas obrigaes para o insolvente, extinguindo as anteriores incorporadas em outros ttulos executivos. No h qualquer vantagem em manter suspensa indefinidamente uma execuo anterior porque o credor exequente tem, no processo de insolvncia, a possibilidade de ver o seu crdito graduado, pelo que os seus interesses ficam salvaguardados, podendo ser consideradas ambas as aces execues, uma particular outra universal, pode-se entender haver litispendncia. Por fim, se no h dvidas que uma aco

4-32

declarativa se extingue e o credor deve reclamar crditos na insolvncia, por maioria de razo, havendo ttulo executivo e crdito reconhecido, no faz sentido manter a execuo viva. Argumento histrico Uma interpretao actualista do n. 1 do artigo 88. do CIRE, face aos objectivos assumidos pelo Estado Portugus de diminuio da pendncia, deve deixar de ter em considerao a vontade histrica do legislador que redigiu a norma e a jurisprudncia dominante, demonstrando a preponderncia dos outros elementos interpretativos, suportando assim uma extino das execues pendentes contra os insolventes cuja declarao de insolvncia j transitou em julgado, nos termos da alnea d), do n. 1, do artigo 919. do CPC e do n. 1 do artigo 88. do CIRE. Independentemente da aplicao prtica da argumentao supra, o actual entendimento leva a, pelo menos, a correcta identificao do estado dos processos executivos que se encontrem (se tal for o entendimento) suspensos ao abrigo do n. 1 do artigo 88. do CIRE.

4.3.2. Como saber se uma empresa est insolventeA informao de que o executado est ou poder estar insolvente chega ao AE por vrios meios, devendo este, sempre que confrontado com esta informao, diligenciar pela obteno de dados concretos sobre o estado do processo de insolvncia, pois tal informao essencial para determinar o caminho a tomar, seja o do prosseguimento da execuo, a suspenso da instncia ou a extino. Sem prejuzo da consulta disponvel no portal dos tribunais disponvel em http://www.citius.mj.pt/Portal/consultas/ConsultasCire.aspx, ou da consulta ao registo informtico de execuo, existe um mtodo complementar atravs da pgina do Google (www.google.pt), inserindo o nmero fiscal do executado e a palavra insolvncia, sem prejuzo de posteriormente se confirmar esta informao atravs do portal dos tribunais.Ilustrao 1 Busca de insolvncia no google

4-33

Fez-se a busca pelo nif 508600332, escrevendo ainda a palavra Insolvncia ou Insolvente Foram devolvidos vrios resultados, neste caso diz respeito ao Dirio da Repblica

Neste caso verificamos que a insolvncia por terminada por insuficincia da massa

Ilustrao 2 Busca de insolvncia no portal dos tribunais

No site www.tribunaisnet.mj.pt escolha a opo Publicidade de Insolvncia

4-34

Insira o nif do executado

No escolha o tribunal

Escolha todas as datas

Neste caso foram apresentados dois editais. Escolha o mais recente em ver mais

Neste caso verifica-se que o processo foi encerrado por insuficincia da massa

4-35

4.3.3. As diferentes consequncias do processo de insolvncia nas execuesConfrontado o AE com o processo de insolvncia, h que verificar em que fase este se encontra, pois esta relevante para determinar os efeitos no processo de execuo. No quadro seguinte sintetiza-se os efeitos do processo de insolvncia: Descrio Insolvncia requerida mas no declarada. Efeitos na execuo S h suspenso se algum credor requerer a suspenso da instncia executiva para evitar que sejam dados pagamentos. Deciso a declarar a Suspenso das diligncias insolvncia mas a aguardar a executivas, at ao deciso de liquidao do encerramento (ou segundo patrimnio ou do outro entendimento, at ao encerramento plano de trnsito em julgado da insolvncia declarao de insolvncia) do processo Deciso de insolvncia com No afecta o processo de carcter restrito ou limitado execuo, salvo se j tiver finalizado o processo de Disposio legal Artigo 870 do CPC

Artigo 88 do CIRE

Artigo 39, 232 e n 4 do 234 do CIRE

Deciso de liquidao ou de recuperao

dissoluo e liquidao nos termos do n 4 do 234 do CIRE Extino da instncia executiva

Artigo 234 do CIRE

Tendo por base os pressupostos sobre ditos, esquematiza-se a tramitao:INICIO

Detectada a existncia de processo de insolvncia

1 2SIM Notificao ao Administrador de insolvncia

A insolvncia foi j declarada? NO

3

Aguarda que seja decretada a insolvncia

Aguarda encerramento do processo de insolvncia SIM

10 DIAS

H resposta do Administrador

NO

H requerimento a pedir a suspenso nos termos do 870 do CPC

SIM

Requerimento ao processo para suspenso ao abrigo do 871

Requerimento ao processo para que seja declara a suspenso

NO

J foi proferida deciso de encerramento? SIM

4

NO

7

8NO

9A empresa j foi dissolvida e liquidada ? Sim SIM Foi declarada com carcter restrito ou limitado?

Requerimento ao Juiz da dar nota da falta de resposta

4-36

5

10

NO Requerimento ao processo para que seja declarada a extino Prossegue a execuo

6

Extino

(1) Obtida a informao de que existe (ou existiu) um processo de insolvncia contra determinado executado, deve o AE diligenciar pela obteno de informao concreta sobre o estado do processo de insolvncia. Em primeira mo esta informao resulta dos editais (sendo que neste caso a insolvncia j ter sido declarada) ou atravs de informaes verbais ou mesmo do conhecimento oficioso9. Tendo o AE conhecimento de que existe processo de insolvncia, sem que no entanto consiga apurar se foi esta ou no declarada, aconselha-se que seja contactado informalmente o tribunal competente, no sentido de saber o estado do processo. (2) Caso seja o AE informado de que j foi proferida deciso que declara a insolvncia o passo seguinte ser o notificar o Administrador de Insolvncia. A identificao do Administrador de Insolvncia pode ser colhida nos editais ou junto do tribunal competente.9

normal que seja do conhecimento pblico que foi requerida a insolvncia de determinada empresa, sem se saber se foi ou no decretada. De referir que habitual existirem vrios pedidos de insolvncia, todos eles j finalizados por acordo das partes, isto porque, tem vindo a ser utilizada a insolvncia como mtodo de presso para pagamento de dvidas.

(3) Reveste de especial importncia os termos em que o Administrador de insolvncia notificado, pois, nesse momento, para alm de pedir informaes sobre o estado do processo de insolvncia, deve o AE a bem da celeridade e economia processual tambm prestar informaes ao Administrador de insolvncia, designadamente:a. Se existem ou no bens penhorados, juntando para o efeito o auto ou autos de penhora. b. Se existem saldos disponveis produto da penhora ou valores a serem restitudos ao executado; c. Juntar apuramento de responsabilidade do executado, com indicao do valor das custas que devero sair precpuas do produto da penhora (artigo 455 do CPC) e as que ficam em divida e que so responsabilidade da massa insolvente (e) n 2, 450 do CPC).

(4) Caso no haja resposta do Administrador de Insolvncia, dever o AE comunicar tal facto ao Juiz do processo executivo, dando-lhe nota da falta de resposta, aguardando-se assim que seja tomada alguma medida, designadamente que seja ordenada a notificao do Administrador sob cominao do 519 do CPC. (5) Havendo deciso de encerramento h que aferir se este encerramento resultou da inexistncia de patrimnio suficiente para assegurar o pagamento dos custos do processo de insolvncia (carcter restrito ou limitado) nos termos dos artigos 39, 232 e n 4 do 234 do CIRE. (6) Se a deciso de encerramento no sentido de liquidar o patrimnio ou de recuperar a empresa insolvente, ento a execuo dever extinguir-se, devendo para tanto ser requerido ao Juiz. (7) Sempre que a insolvncia no tenha sido declarada (por exemplo quando ainda est em curso a citao do insolvente), ento no haver, em regra suspenso da instncia executiva. Esta suspenso s dever ocorrer se algum credor, com o objectivo de suspender a realizao de pagamentos, fizer requerimento nesse sentido (8). (9) Resultando da informao do Administrador de Insolvncia que o processo est a aguardar encerramento, ento a execuo dever ser suspensa ao abrigo do disposto no artigo 88 do CIRE, ficando os autos a aguardar o encerramento do processo de insolvncia, sem prejuzo de ser requerida a apensao do processo executivo ao processo de insolvncia. 4-37

5. ACTOS NO SISAAE/GPESEIntroduzem-se algumas alteraes nos actos disponveis no SISAAE/GPES, no se tratando ainda de uma redefinio geral dos actos. Procurou-se no alterar em demasia a estrutura dos actos. Principais alteraes:A classificao estatstica passa a ser feita exclusivamente na movimentao, ou seja, deixa de poder ser feita no detalhe do processo So criados actos especficos para suscitar a interveno do Juiz, que vo surgir em rea especifica na aplicao informtica dos tribunais So criados actos especficos que implicam a interveno da secretaria So alargados o nmero de actos de juno de recepo de documentos, para uma melhor leitura do histrico do processo. Simultaneamente deixa de se poder juntar directamente os documentos digitalizados aos requerimentos dirigidos ao Juiz, ou seja, se se pretender juntar um documento externo, primeiro faz-se a juno deste ao processo e posteriormente anexa-se ao requerimento

5.1.Abertura

ACTOS ORGANIZAO

Recepo de documentos Respostas a penhora Recepo de AR/Cartas Comum do exequente Outros documentos Pedidos de Informao Identificao de bens (electrnico) Identificao de bens (outros) Comun. Tribunal Comunicaes ao Juiz Comunicaes Secretaria Comprovativos de citao Lista Pblica Decises do AE Fase 1 Fase 2 Fase 3 Suspenso Extino Outras Citaes (PE) Citaes (CIT/NA) Notificaes Penhoras Venda Outros Liquidao / Encerramento Liquidao (c/ pagamento ao exequente) Criou-se um acto de certido Requerimento dirigidos ao Juiz (despacho liminar, fora pblica, ) Pedidos de interveno da Secretaria (Balano de custas, prazos) Comprovativo de realizao de citaes Lista pblica de execues Novo separador para decises do Agente de Execuo Modelos de pedidos de informao em papel Recepo de respostas a notificaes de penhora Recepo de Avisos de recepo, cartas Recepo comunicaes do exequente Outros documentos que possam ser recepcionados (certides, )

5-38

Liquidao (c/ pagamento ao Solicitador) Liquidao (c/ pagamento ao tribunal) Extino da Instncia Liquidao (outras) Estados do processo Abertura Fase I Fase II - Penhora Fase II - Citao e 864 Fase III - Venda Suspenso da Instncia Liquidao/conta Extino / Findo Cautelar Lista Pblica Arquivo Movimentos Contabilisticos Totalmente alterado Extino da instncia executiva passa a ser um nico acto

5.2.

RECEPO DE DOCUMENTOS

Recepo de documentos Respostas a penhora Resp. negativa a penhora Resp. positiva a penhora Registo de penhora Comp. de pagamento/depsito penhora/recibo Recepo de AR/Cartas AR assinado pelo prprio AR assinado por terceiro Citao devolvida Carta/notificao devolvida Comunicaes do Exequente Requerimento/comunicao do exequente Outros documentos Recep Certido Pedido de reduo de penhora Pedido de substituio de penhora Outros Pedidos ao AE Recp outros Recepo de certides (por exemplo do registo de penhora) Recepo de um pedido de reduo de penhora Recepo de um pedido de substituio de penhora Recepo de um pedido de substituio de penhora Recepo de comunicao do exequente Juno de Aviso de recepo quando assinado pelo prprio Juno de Aviso de recepo quando assinado por terceira pessoa Recepo de carta devolvida (citao ou notificao sob forma de citao) Recepo de carta devolvida (carta ou notificao) Recepo de resposta de entidade notificada (negativa) Recepo de resposta de entidade notificada (positiva) Juntar comprovativo da realizao do registo de penhora (de imvel ou outros sujeitos a registo) Juntar comprovativo de depsito ou recibo, por exemplo de salrio

5-39

5.3.

Pedidos de Informao

Pedidos de Informao Identificao de bens (electrnico) Identificao de bens (papel) Os pedidos de informao em papel foram concentrados num nico submenu

Obteno do nmero fiscal do executado Obteno do nmero fiscal, naturalidade, data de nascimento e residncia do executado Obteno de patrimnio imobilirio do executado Obteno de outras informaes Pedido de informao sobre a residncia Pedido de informao sobre situao do executado Pedido Informao CGA Pedido de informao sobre identificao e residncia Informao ao Registo Automvel Informao ao RNPC Informao ao Registo Comercial Informao ao Registo Predial Pedido de informao n.e.

5.4.

COMUNICAES AOS TRIBUNAIS

As comunicaes feitas entre Agentes de Execuo e os Tribunais so classificadas da seguinte forma: Histrico do processo Todas as comunicaes que no imponham a interveno da secretaria ou do Juiz, cabendo aqui a maioria dos actos realizados (consultas, notificaes, citaes, recepo de documento) Pedidos cuja resposta dever ser feita pela secretaria, tais como a confirmao de inexistncia de oposio, reclamaes, balano de custas. Pedidos que vo implicar (em regra) a interveno do Juiz, tais como: penhora de saldos bancrios, fora pblica, verificao de pressuposto de extino ou suspenso que no estejam especialmente confiados ao Agente de Execuo, remessa a despacho liminar, etc.

5-40

Interveno da secretaria

Interveno do Juiz

A fim de evitar que sejam utilizados indevidamente os requerimentos ao Juiz, deixa de se disponibilizar a possibilidade de juntar, aos requerimentos dirigidos ao Juiz, documentos digitalizados. Assim, quaisquer documentos que se pretendam anexar ao requerimento a ser dirigido ao Juiz, devero ser previamente juntos ao processo atravs da funcionalidade Recepo de documentos.

Comunicaes ao Juiz Juiz - RDL - Subsidirio 812D, a) Juiz - RDL - Depen Condio 812D, b) Juiz - RDL - Acta condomnio - 812D, c)

Juiz - RDL - NRAU - 812D, d) Juiz - RDL - Duvidas 812D, e) f) g) Juiz - sigilo - bancrio Juiz - sigilo - contabilstico Juiz - sigilo - fiscal Juiz - sigilo - outros Juiz - Falta de colaborao 519 Juiz - Desistncia 15A Juiz - Apreciao Apoio judicirio Juiz - Resposta a pedido de relatrio/estado Juiz - Verificao de pressupostos de suspenso Juiz - Verificao de pressupostos de extino Juiz - Falta de pagamento de proviso (declarativos) Juiz - fora pblica - arrombamento Juiz - fora pblica - Receio justificado Juiz - fora pblica - Veiculo a apreender Juiz Marcao de dia e hora para abertura Juiz - Outro requerimento Comunicaes Secretaria Secretaria Prazo de oposio Secretaria Balano de custas Secretaria Reclamaes de crditos Secretaria Reclamaes de crditos Secretaria Introduo / alterao de intervenientes Secretaria outra comunicao Comprovativos de citao Comprovativo de citao de executado Comprovativo de citao de credor Comprovativo de notificao sob forma de citao Lista pblica de execues Inserir na Lista Pblica - inexistncia de bens Inserir na Lista Pblica - pagamento parcial Retirar Lista Pblica - pagamento Retirar Lista Pblica - adeso a plano Retirar Lista Pblica - erro/outros

5-41

5.5.Decises do AE Fase 1

DECISES DO AGENTE DE EXECUO

Dec AE - Recusa do R.E. Dec AE - Remessa p pendente 832 4 Fase 2

Dec AE Bens a penhorar Dec AE - Reduo de penhora Fase 3 Dec AE - Modalidade da Venda Dec AE - Liquidao - n 4, 916 Dec AE - Adjudicao de crdito - n 7 875 Suspenso Dec AE Suspenso da instncia Extino Dec AE Extino da Instncia Outras Dec AE outra

5.6.

EXTINO DA INSTNCIA

Liquidao / Encerramento Liquidao (c/ pagamento ao exequente) Liquidao (c/ pagamento ao Solicitador) Liquidao (c/ pagamento ao tribunal) Extino da Instncia Notificao Extino Liquidao (outras)

5.7.Abertura

CLASSIFICAO ESTATISTICA5-42

Estados/estatistica

Aguarda recepo do processo Aguarda proviso Renovao da Execuo Fase I Recepo do processo Falta de proviso - 15A do 331-B/2009 Citao - em curso Aguarda - despacho liminar Aguarda - citao edital Aguarda - prazo oposio Delegao - Citao Fase II - Penhora Falta de proviso - 15A do 331-B/2009 Diligncias em curso Diligncias em curso (penhora de mveis) 833B - indicao de bens penhora Aguarda deciso - penhora de saldos bancrios Aguarda - prazo oposio Aguarda deciso - Fora Pblica

Delegao - Diligncias de penhora Delegao - Penhora Penhora de rendimentos peridicos - sem mais bens Fase II - Citao e 864 Em curso - Citao Aps penhora / credores Aguarda - citao edital Citao 833-B, n 6 em curso Delegao - Citao Fase III - Venda Diligncia de venda em curso Delegao - Venda Delegao - outros actos Suspeno da Instncia Susp. Falecimento ou extino - a), 1) 276 Susp. Falta de mandatrio - n 3 39, 276 Susp. Oposio execuo - 818 / 930 Susp. Penhora Anterior - 871 Susp. Acordo de pagamento - 882 Susp. Adjudicao de crdito - n 7 875 Susp. Acordo de suspenso - n 4 279 Susp. Embargos - 356 Susp. Inexistncia de bens (n 6 833) antes 31/03/2009 Susp. Insolvencia - 870 do CPC Susp. Insolvencia - 88 do CIRE Susp. Diferimento da desocupao - b), n 1 do 930 Susp. Doena grave do executado - 3 do 930B Susp. Duvidas quanto ao detentor do bem N 2 do 930 B Susp. Cauo em processo pendente de recurso - 4 do 47 do CPC Susp. Outros casos por determinao do Tribunal - c), n 1 do 276 Susp. Separao de meao - N 7 825 Susp. Falta de impulso processual - 285 do CPC Susp. Valor recuperado - Liquidao - n 4, 916 Liquidao/conta Elaborao de conta Prazo de reclamao Aguarda deciso de reclamao Aguarda informao do tribunal Extino / Findo Ext Recusa r.e. Ext Rejeio Ext Pag voluntrio (ao AE)

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Ext Pag Coerc - Produto da penhora Ext Pag Coerc - Adjud (exp crditos) Ext Pag Coerc - Adjud de crditos Ext Pag Coerc - Adjud pro solvendo Ext Pag Coerc - Consg Rendimentos Ext Pag Coerc - Pag prestaes Ext Entrega coerciva do bem Ext Prestao coerciva do facto Ext Desistncia do pedido Ext Desistncia (inc 833B, 2, b) Ext Desistncia - Transaco Ext Desistncia (presumida) - 15 A Ext Interrupo/Desero Ext Inut Superv - 832 6 Ext Inut Superv - 833B 6 Ext Insolvncia - Singular Ext Insolvncia - Pessoa colectiva Ext Oposio procedente Ext Recurso procedente Ext da obrigao pag voluntrio Ext da obrigao entrega do bem Ext da obrigao - Prestado o facto Ext da obrigao outros factos Ext Remessa p pendente 832 4 Findo Apensado ou cumulado a outro processo Findo Erro na distribuio Findo Citao/notificao realizada Extino Outros motivos Cautelar Providncia Cautelar - Em tramitao Providncia Cautelar -Notificao do requerido Aguarda - deciso Findo - Concretizada Findo - No concretizada Lista Pblica Inserir na Lista Pblica - inexistncia de bens Inserir na Lista Pblica - pagamento parcial Retirar Lista Pblica - pagamento Retirar Lista Pblica - adeso a plano Retirar Lista Pblica - erro/outros Consulta aps extino Arquivo

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Processo Arquivado

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6. MODELOS DE DOCUMENTOSModelo de documento 1 Juiz - RDL - Subsidirio 812D, a)

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem remeter os presentes autos para despacho liminar pelo motivo seguinte: - a execuo movida apenas contra o devedor subsidirio (alnea a) do artigo 812D do CPC)Modelo de documento 2 Juiz - RDL - Depen Condio 812D, b)

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem remeter os presentes autos para despacho liminar pelo motivo seguinte: - A obrigao depende de condio, cuja prova no pode ser verificada documentalmente (n 2 e 3 do artigo 804. e alnea b) do artigo 812D do CPC)Modelo de documento 3 Juiz - RDL - Acta condomnio - 812D, c)

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem remeter os presentes autos para despacho liminar pelo motivo seguinte: - A execuo fundada em acta da reunio da assembleia de condminos (alnea c) do artigo 812D do CPC)Modelo de documento 4 Juiz - RDL - NRAU - 812D, d)

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*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem remeter os presentes autos para despacho liminar pelo motivo seguinte: - A execuo fundada em ttulo executivo previsto na Lei n. 6/2006, de 27 de Fevereiro - NRAU (alnea d) do artigo 812D do CPC);Modelo de documento 5 Juiz - RDL - Duvidas 812D, e) f) g)

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem remeter os presentes autos para despacho liminar uma vez que: [DESCREVER OS FUNDAMENTOS]Modelo de documento 6 Juiz - sigilo bancrio

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, ao abrigo do disposto no n 1 do artigo 861A do CPC, vem requer a V.Ex digne autorizar a penhora parte do executado nos saldos de todos os depsitos existentes nas instituies de crdito (incluindo valores mobilirios escriturais e titulados integrados em sistema centralizado, bem como a outros valores mobilirios, escriturais ou

titulados, integrados em sistema centralizado, registados ou depositados em intermedirio financeiro).Modelo de documento 7 Juiz - sigilo contabilstico

*+, Agente de Execuo nos presentes autos, vem requer a V.Ex digne autorizar o levantamento do sigilo contabilstico, autorizando assim o acesso aos dados de facturao e de conta corrente do executado, com vista a a