manual eng const rede de frio

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MINISTノRIO DA SAレDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações Coordenação Geral de Custos e Investimentos em Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária MANUAL DE REDE DE FRIO Orientações Técnicas para o planejamento arquitetônico e de engenharia na construção, reforma e ou ampliação das Centrais Estaduais de Rede de Frio 1ェ EDIヌテO Brasília/DF 2011

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Page 1: Manual Eng Const Rede de Frio

MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Vigilância EpidemiológicaCoordenação Geral do Programa Nacional de ImunizaçõesCoordenação Geral de Custos e Investimentos em SaúdeAgência Nacional de Vigilância Sanitária

MANUAL DE REDE DE FRIO

Orientações Técnicas para o planejamentoarquitetônico e de engenharia na

construção, reforma e ou ampliação dasCentrais Estaduais de Rede de Frio

1ª EDIÇÃO

Brasília/DF2011

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© 2011 Ministérios da Saúde.Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte eque não seja para venda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da áreatécnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual doMinistério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série A. Normas e Manuais Técnicos.

Tiragem: 1.ª edição – 2011 – 500 exemplares

Elaboração, distribuição e informações.

MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Vigilância EpidemiológicaCoordenação Geral do Programa Nacional de ImunizaçõesCoordenação Geral de Custos e Investimentos em SaúdeAgência Nacional de Vigilância Sanitária

Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações - CGPNICarmem Lúcia Osterno Silva – Coordenadora Geral

Equipe Técnica:Catarina Aparecida Schubert - CoordenadoraJoão Racy NetoKarla Rosane de AlarcãoKarolina da Silva MoraesKátia Cristina GonsalvesSheyla Marques NevesWagner José da SilvaMárcio Luis BorsioCamila Lustoza Dantas

Manuela Souza RibeiroFábio Figueiredo da CunhaRegina M. B. BarcellosAdjane B. A. RodriguesJosé Roberto SoaresReynaldo Dias PaivaMoisés José da SilvaJosé Felipe Furtado

Equipe editorialNormalização:Capa e diagramação

EndereçoEsplanada dos Ministérios, Bloco G,Edifício-Sede, 1º andar.CEP: 70058-900 Brasília – DF.E-mail: [email protected] page: www.saude.gov.br/svs

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica________________________________________________________________________________________Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica, CoordenaçãoGeral do Programa Nacional de Imunizações, Coordenação Geral de Custos e Investimentos em Saúde e Agência Nacionalde Vigilância Sanitária.

Manual de Rede de Frio - Orientações Técnicas para o planejamento arquitetônico e de engenharia na construção, reforma eou ampliação das Centrais Estaduais de Rede de Frio. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica, Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, Coordenação Geralde Custos e Investimentos em Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

49 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

ISBN xxxxxxxxxxx

1. Vigilância em Saúde.NLM WC xxxxxx

____________________________________________________________________________________Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2011/xxxxx

Títulos para indexação:Em inglês: Technical Guidelines for planning and architectural engineering in the construction, renovation or expansion of theCentral and State of Cold Chain.

Em Espanhol: Orientaciones técnicas para la planificación y la ingeniería arquitectónica en la construcción, renovación oampliación de la central y el Estado de la Cadena de Frío.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

2. REDE DE FRIO OU CADEIA DE FRIO

3. FLUXOGRAMA DA REDE DE IMUNOBIOLÓGICOS

4. RECURSOS HUMANOS

5. DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES, EQUIPAMENTOS E MOBILIARIOS DACENTRAL DE REDE DE FRIO.

6. DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA FRIA

7. DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA SALA DE PREPARO

8. ALMOXARIFADO

9. PROJETO FISICO DE CENTRAIS DE REDE DE FRIO

9.1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS9.2. PROJETOS DE CENTRAIS DE REDE DE FRIO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APRESENTAÇÃO

É na perspectiva da cooperação técnica com estados e municípios que aSecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) publica o Manual de Rede de Frio/Orientações Técnicas para o planejamento arquitetônico e de engenharia naconstrução reforma e ou ampliação das Centrais Estaduais de Rede de Frio, maisum documento de referência no âmbito do Programa Nacional de Imunizações(PNI) do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DEVEP), visando à qualidadee eficiência dos serviços e das ações de saúde disponibilizados à populaçãobrasileira.

O PNI, exemplo de programa de sucesso, avaliado de forma positiva por técnicos,autoridades de saúde e pela população, ao oferecer mais de 40 imunobiológicos,prima por fazê-lo de forma a garantir a manutenção das características originaisdesses insumos e, em conseqüência, cumprirem as finalidades de conferirproteção contra doenças e agravos.

Para isso, o fortalecimento da rede de frio ou cadeia de frio de imunobiológicos doSistema Único de Saúde é fundamental. Até o momento da aplicação da vacinanos serviços de saúde, é necessário o cumprimento de normas que assegurem aqualidade do produto em suas várias etapas de manuseio, desde armazenagem,distribuição e transporte.

Com esta publicação a Coordenação-Geral do PNI/DEVEP/SVS, pretendesubsidiar a atuação de profissionais técnicos orientando a construção, reforma eampliação das Centrais de Rede de Frio.

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1. INTRODUÇÃO

Com o aumento da cobertura e complexidade em atendimento em saúde énecessário uma racionalização no emprego dos recursos financeiros e a procurade novas metodologias.

As diretrizes técnicas que orientam os projetos e construções destinadasao armazenamento dos imunobiológicos e dos insumos do Programa Nacional deImunizações (PNI), adotam características que visam conferir as mais segurascondições que garantam a qualidade das vacinas e soros administrados napopulação, bem como a longevidade dos investimentos necessários à execução.

Além de boa prática de engenharia, a apresentação do projeto básicorepresenta a oportunidade de discussão técnica prévia do objeto detalhado antesque se realize qualquer investimento em construção, reduzindo a possibilidade deeventuais recusas de materiais e serviços durante a execução.

As instalações frigoríficas para armazenamento de vacinas e soros do PNI,destinadas ao controle epidemiológico das doenças imunopreveníveis, apresentamcaracterísticas peculiares com relação às instalações desse tipo destinadas aoutras aplicações. O valor financeiro do investimento na construção é várias vezesinferiores ao do conteúdo armazenado em qualquer instante, variando de cinco atévinte vezes no decorrer de sua útil de quinze anos, dependendo da variação doestoque ao longo do ano.

A despeito das considerações de ordem financeira, o aspecto maisimportante envolvido na matéria é a garantia da manutenção da qualidade dosimunobiológicos que é fator determinante na credibilidade que o programagovernamental de imunizações adquiriu junto à população nos últimos anos.

Portanto, o projeto básico deverá conter as informações suficientes quepermitam conhecer os aspectos que conferem a devida segurança à armazenagemdos imunobiológicos do PNI. Necessita ser desenvolvido e aprovado, orientadopelas diretrizes técnicas ditadas pelas características e objetivos doempreendimento.

Logo, este trabalho visa oferecer uma ferramenta ágil, na definição eexecução de cada uma das etapas para elaboração do projeto de Construção,Reforma e Ampliação da Estrutura Física de uma Central de Armazenamento deImunobiológicos.

O objetivo é fazer com que este documento seja utilizado de forma aadequar as necessidades com base no perfil epidemiológico e demanda da região,através das recomendações propostas. Para isto, apresentamos algunsparâmetros e critérios para o dimensionamento e para a construção, reforma eampliação da rede física das Centrais de Rede de Frio ou Cadeia de Frio do PNI.

2. REDE DE FRIO OU CADEIA DE FRIO

A Rede de Frio ou Cadeia de Frio do PNI é o processo dearmazenamento, conservação, manuseio, distribuição e transporte dosimunobiológicos utilizados no Programa, composta por uma equipe técnica

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qualificada, por equipamentos e por procedimentos padronizados, comprometidaem oferecer as condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtoraté o momento em que a vacina é administrada.

O objetivo final é assegurar que todos os imunobiológicos administradosmantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade, tendo emvista que são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois de determinadotempo quando expostos as variações de temperatura inadequadas à suaconservação.

O PNI utiliza equipamentos que garantem a qualidade dos imunobiológicos(câmara frigorífica, congeladores (freezer), refrigeradores tipo doméstico oucomercial, caminhão frigorífico, caixas térmicas, entre outros).

O manuseio inadequado, equipamentos com defeito, falta e/ou variação deenergia elétrica podem interromper ou comprometer o processo de refrigeração,diminuindo e/ou danificando a potência e eficácia dos imunobiológicos.

Considerando as atividades executadas no âmbito da Rede de Frio ouCadeia de Frio de imunobiológicos, algumas delas podem apresentar um potencialde risco à saúde do trabalhador. Neste sentido, a legislação trabalhista vigentedetermina o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), conformeestabelece a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n. 3.214, de 08/06/1978que aprovou, dentre outras normas, a Norma Regulamentadora nº 06 -Equipamento de Proteção Individual - EPI.

Segundo esta norma, considera-se EPI, “todo dispositivo ou produto, deuso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveisde ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.

No ambiente interno da câmara frigorífica, alguns EPIs são utilizados,como: touca, luvas, óculos de proteção, casaco, bota, etc. Um EPI de muitaimportância é o gorro ivanhoé ou balaclava (capuz) para baixa temperatura, o qualé protege o trabalhador do ar frio que será inalado dentro da câmara.

A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é composta por cinco instâncias:

1) Central Nacional de Distribuição de Insumos (CENADI). Dentro da novaestrutura do Ministério da Saúde, a CENADI foi transferida para o Departamento deLogística – DLOG pertencente à Secretaria Executiva. Sua estrutura física estálocalizada no município do Rio de Janeiro/RJ.

A CENADI conta com duas câmaras frigoríficas em temperatura de -20ºC(vacinas contra poliomielite, sarampo, febre amarela) e duas câmaras frigoríficasem temperatura de +2ºC a 8ºC (vacina DTP, DT, VHB, dT, TT,BCG, VORH, febretifóide e os Soros).

A função da CENADI é receber, armazenar e distribuir os imunobiológicosàs Centrais de Rede de Frio ou Cadeia de Frio do PNI.

Suas atribuições:Receber e conferir os imunobiológicos dos laboratórios produtores nacionais einternacionais; armazenar em local apropriado os imunobiológicos que aguardam

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liberação do controle de qualidade, separando-os por laboratório produtor, tipo,lote, validade e apresentação; encaminhar amostras para controle de qualidade;receber autorização de liberação; armazenar em local apropriado paraimunobiológicos liberados pelo controle de qualidade, separando por laboratórioprodutor, tipo, lote, validade e apresentação; receber autorização de distribuição;preparar os imunobiológicos para distribuição; distribuir os imunobiológicos àsCentrais de Rede de Frio ou Cadeia de Frio do PNI.

2) Central Estadual pertence à Secretaria Estadual de Saúde. Sua estrutura físicaestá localizada, normalmente, na capital do estado. Nesta instância são utilizadascâmaras frigoríficas para vacinas a serem armazenadas entre +2ºC e +8ºC econgeladores (freezers) para as vacinas que devem ser armazenadas numatemperatura de -20ºC e geladeiras tipo comercial (modelo de 4, 6 ou 8 portas) paraos produtos que são conservados entre +2ºC e +8ºC; tem como função receber,armazenar e distribuir imunobiológicos.

Suas atribuições:Receber e conferir os imunobiológicos enviados pela CENADI; armazenar osimunobiológicos, separando-os por laboratório produtor, tipo, lote, validade eapresentação; receber autorização para a distribuição às Centrais Regionais deRede de Frio ou Cadeia de frio do PNI (CRRF) ou diretamente às CentraisMunicipais de Rede de Frio ou Cadeia de frio do PNI (CMRF); preparar osimunobiológicos para a distribuição; distribuir os imunobiológicos às CRRF oudiretamente às CMRF quando não houver a instância Regional.

3) Central Regional Estadual pertence à Secretaria Estadual de Saúde. Suaestrutura física está situada em municípios estratégicos que facilitam a distribuiçãodos imunobiológicos e insumos. Nessa instância os imunobiológicos sãoconservados em câmaras frias ou em freezers, mantendo uma temperatura de -20ºC para as vacinas que devem ser congeladas e em refrigeradores domésticoscom capacidade mínima de 280 litros, mantendo uma temperatura de +2ºC a +8ºC.A necessidade de construção de câmaras frias, de aquisição de congeladores(freezers), refrigeradores comerciais e domésticos vai depender do volume deimunobiológicos a serem estocados, do tempo de armazenamento e darotatividade dos produtos.

Suas atribuições:Receber, armazenar e distribuir os imunobiológicos aos municípios; têm comoatribuições receber e conferir os imunobiológicos enviados pela Central Estadualde Rede de Frio; armazenar os imunobiológicos, separando-os por laboratórioprodutor, tipo, lote, validade e apresentação; receber autorização da CRRF paradistribuir os imunobiológicos aos municípios e/ou sala de vacinas diretamente;preparar os imunobiológicos para a distribuição; distribuir os imunobiológicos paraas Centrais Municipais de Rede de Frio ou às Unidades Básicas de Saúde.

4) Central Regional Municipal ou Diretoria Regional de Saúde pertence àSecretaria Municipal de Saúde. Sua estrutura física está situada em municípiosestratégicos que facilitam a distribuição dos imunobiológicos e insumos. Nessainstância os imunobiológicos são conservados em câmaras frigoríficas ou emcongeladores (freezers), mantendo uma temperatura de -20ºC e em refrigeradoresdomésticos com capacidade de no mínimo de 280 litros, mantendo umatemperatura de +2ºC a +8ºC. A necessidade de construção de câmaras frigoríficas,

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de aquisição de congeladores (freezers), refrigeradores comerciais e domésticosvai depender do volume de imunobiológicos a serem estocados, do tempo dearmazenamento e da rotatividade dos produtos.

Têm como função receber, armazenar e distribuir os imunobiológicos aosmunicípios e/ou salas de vacinação; têm como atribuições receber e conferir osimunobiológicos recebidos da Central Regional Estadual da Rede de Frio;armazenar os imunobiológicos, separando-os por laboratório produtor, tipo, lote,validade e apresentação; receber autorização da Central Regional Municipal daRede de Frio para distribuir os imunobiológicos aos municípios e/ou sala devacinação diretamente; preparar os imunobiológicos para a distribuição; distribuiros imunobiológicos para as Centrais Municipais de Rede de Frio e/ou UnidadesBásicas de Saúde.

5) Local - Defini-se como Sala de Vacinação (SV) a estrutura que, compondo acadeia de frio estruturada, funciona como local de vacinação e armazenamento devacinas. Pertence à estrutura organizacional da Secretaria Estadual ou Municipalde Saúde.

Está localizada em unidades/serviços da rede de atenção básica de saúde ehospitais que ocupem posição estratégica em relação às Centrais da Rede de Frioou Cadeia de Frio e devem configurar como pontos de apoio para as campanhasde vacinação em locais/Municípios com grande extensão territorial de característicarural ou com isolamento geográfico de comunidades e em regiões com coberturapopulacional menor que 50.000 habitantes.

Poderá ser instalada em unidades de menor porte destinadas àinteriorização da atenção à saúde, sendo aceitável a presença de apenas ummédico e um técnico de enfermagem previamente treinado e habilitado para arealização de ações de imunização. As salas de vacinação dos Centros deReferência de Imunobiológicos Especial, CRIE, deverão ser instaladas depreferência em ambientes hospitalares, que possuam equipamentos de apoio paraemergência e análise laboratorial, nas proximidades de hospitais universitários,centros de oncohematologia ou ambulatórios de especialidades. Devem configurarpontos de apoio para o acesso da população, em especial dos portadores deimunodeficiência congênita ou adquirida e de outras especiais de morbidade ouexposição a situações de risco aos imunobiológico especiais para a prevenção dasdoenças que são objeto do PNI, em regiões com cobertura populacional maior que100.000 habitantes. Todos os imunobiológicos são conservados entre +2ºC e +8ºC,em refrigeradores do tipo doméstico com capacidade de no mínimo de 280 litros ouem caixas térmicas devidamente refrigeradas por bobinas de gelo reutilizáveis,quando em campanha ou em caso de defeito/falha do refrigerador.

Considerando que as características climáticas peculiares de cada estado(temperaturas elevadas ou baixas temperaturas) podem causar choque térmiconos imunobiológicos e conseqüentemente a perda de potência, o PNI recomenda aclimatização da sala de vacinação (aparelhos de ar condicionado, para climaquente e aquecedores, para clima frio) com o objetivo de se evitar a perda deimunobiológicos.

A capacidade de armazenamento dos refrigeradores deve estar de acordocom os quantitativos de imunobiológicos necessários a atividade de vacinação

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(rotina, campanhas, bloqueios, intensificações) para a população de referência,bem como da necessidade de reserva estratégica.

Atualmente na sala de vacinação não se utiliza congeladores (freezers).Os imunobiológicos com especificação negativa já chegam descongeladas do nívelmunicipal ou regional (se não houver nível municipal) e as bobinas de geloreutilizável são armazenadas no congelador (evaporador) do refrigeradordoméstico (geladeira). Motivo: caso fosse utilizado congelador (freezer) paraarmazenagem de vacina negativa e congelador (freezer) para armazenagem debobinas de gelo reutilizável, a área da sala de vacina deveria ser maior, tornandopor conseqüência a necessidade de readequação das instalações elétricas, dosistema de alimentação de emergência de energia elétrica, manutenção, etc.Reformas e ampliações seria um grande problema, considerando que as salas devacinas estão normalmente em edificações que não permitem acréscimo de áreas,etc.

O responsável pela rede de frio deve estar atento à garantia do bomfuncionamento dos equipamentos da Central de Rede de Frio, os quais dependemde manutenção preventiva e corretiva, desenvolvida através de serviços própriosou contratada. Para maiores informações consultar o Manual de Manutenção deEquipamentos da Rede de Frio, disponível em:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/rede_frio.pdf

Portanto, é de vital importância para o sucesso do Programa apreservação da qualidade dos imunobiológicos. Os órgãos que distribuem erecebem os imunobiológicos devem verificar as condições de conservação (+2°C a+8°C e/ou -20°C), a presença de substâncias estranhas, a alteração de cor e aconsistência nos imunobiológicos.

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3. Fluxograma da Rede de Frio ou Cadeia de Frio de Imunobiológicos

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4. EQUIPE MÍNIMA

A equipe mínima recomendável à operacionalização das diversasunidades do Sistema Nacional de Armazenamento e Distribuição deImunobiológicos (SNADI) são:

Responsável técnico habilitado Enfermeiro Medico Farmacêutico Técnico de Enfermagem

Para as atividades de apoio técnico-operacional das instalações físicas asunidades do SNADI devem possuir serviço próprio ou contratado que realizem amanutenção predial e de equipamentos, a conservação e limpeza das instalaçõese os serviços de transporte.

É competência da Coordenação Estadual do Programa Nacional deImunizações a formação e aperfeiçoamento dos profissionais de enfermagem edos outros profissionais responsáveis pela operacionalização das diversasunidades que compõem o sistema logístico de armazenamento e distribuição deimunobiológicos.

A contratação de pessoal necessário à operacionalização das diversasunidades fica a cargo das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde.

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5. DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES, EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS DACENTRAL DE REDE DE FRIO.

A área física mínima destinada às Centrais de Rede de Frio deverá contarcom os seguintes ambientes:

CENTRAL DE REDE DE FRIOAMBIENTE QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO INSTALAÇÕES

ÁREA DE ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO (IMUNOBIOLÓGICOS, SOROS E INSUMOS)

Antecâmara 1

A depender doequipamento

utilizado e volumede insumos

armazenados.

Elétrica de emergência;Elétrica Diferenciada; A

depender do equipamentoutilizado

Câmara frigorífica Negativa Opcional

A depender doequipamento

utilizado e volumede insumos

armazenados

Elétrica de emergência;Elétrica Diferenciada; A

depender do equipamentoutilizado

Câmara frigorífica Positiva1

A depender doequipamento

utilizado e volumede insumos

armazenados

Elétrica de emergência;Elétrica Diferenciada; A

depender do equipamentoutilizado

Almoxarifado de insumos 1

A depender doequipamento

utilizado e volumede insumos

armazenados

Elétrica de emergência; Adepender do equipamento

utilizado

Sala de Preparo 1

A depender doequipamento

utilizado e volumede insumos

armazenados

Água fria; Elétrica deemergência;

Condicionador de Ar; Adepender do equipamento

utilizado

Área para recebimento, inspeção edistribuição de imunobiológicos e

insumos1 10% da área de

armazenamento

Bancada de dupla alturapara realização de

atividades.

APOIO ADMINISTRATIVOSala de coordenação 1 5,50 m² por pessoa

Sala de apoio administrativo 1 5,50 m² por pessoa

Sala de reuniões 1 2,0 m² por pessoa

Depósito de equipamentos/ materiais deescritório 1

A depender dosequipamentos/

materiais utilizados

-

ENSINO E PESQUISA OPICIONAL/DESEJÁVEL

Sala de treinamento 1 1,30 m² por pessoa A depender doequipamento utilizado

Laboratório de informática 1 1,20 m² por pessoa -

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CENTRAL DE REDE DE FRIOAMBIENTE QUANTIFICAÇÃO DIMENSÃO INSTALAÇÕES

Auditório Opcional 1,20 m² por pessoa

APOIO LOGÍSTICO

Doca para Carga e Descarga 1 A depender doequipamento utilizado -

Sala para instalação doGerador de Emergência. 1

De acordo com asnormas da

concessionária local eequipamento utilizado.

Elétrica de emergência;Elétrica diferenciada.

Casa de máquinas (UnidadesCondensadoras da câmara frigorífica) 1 A depender do

equipamento utilizado

Elétrica de emergência(ar condicionado);

A depender doequipamento utilizado.

Depósito de material de limpeza comtanque – DML

1 em cada unidaderequerente

2,00 m² com dimensãomínima = 1,00 m Água fria.

Sala do motorista 1 1,30 m² por pessoa -

Abrigo de Resíduos (comum) eArmazenagem temporária de resíduos

de imunobiológicos.

(Pode ser na mesma salaseparada por mureta ou tela.)

1 em cada unidaderequerente de acordo

com o Plano deGerenciamento de

Resíduos Sólidos doestabelecimento.

A depender doequipamento utilizado.

Suficiente para aguarda de dois

recipientes coletores.

Água fria;A depender do

equipamento utilizado.

APOIO TÉCNICO

Copa 1 2,60 m² com dimensãomínima = 1,15 m

Água fria;A depender do

equipamento utilizado.

CONFORTO E HIGIENE

Área de recepção e espera 1 1,20 m² por pessoa -

Sanitário para público – masculino,feminino e acessível 1 para cada sexo

Individual: 1,60 m²,com dimensão mínima

= 1,20 m; Individualacessível:

3,20 m² com dimensãomínima = 1,70 m (NBR

9050/2004)

Água fria;A depender do

equipamento utilizado.

Banheiro para funcionários 1 para cada sexo

1 bacia sanitária, 1lavatório e 1 chuveiro

a cada 10 funcionários- NR 24 – Ministério do

Trabalho

Água fria;Água quente;

A depender doequipamento utilizado

Quarto de plantão para funcionários 1 5,00 m² com dimensãomínima = 2,00 m -

FONTE: CGPNI/ DEVEP/SVS - 2010

No planejamento das Centrais de Rede de Frio deve ser prevista área paraampliações, principalmente das câmaras frias que podem ser construídas de formamodular, para atender as condições futuras de funcionamento.

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5.1. CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES

A área física da Central da Rede de Frio deve possuir algumascaracterísticas fundamentais ao seu funcionamento:

A localização do estabelecimento deve permitir fácil acesso dos veículosdestinados ao transporte de imunobiológicos e demais materiais;

A área física deve prever ambientes destinados ao armazenamento deimunobiológicos, soros e insumos, mas também ambientes de apoio àsatividades afins;

Deve possuir área destinada ao controle de entrada e saída de pessoas emateriais;

Os ambientes devem ser arejados; Os ambientes destinados ao recebimento, à preparação e à distribuição dos

imunobiológicos (sala de preparo), devem ser protegidos da incidência diretade luz solar e possuir climatização ambiente entre+18ºC e +20ºC.

Os ambientes destinados à localização da câmara, freezer e geladeiradevem permitir a movimentação de pessoas e carga entre os equipamentos;

A Central deve contar com sistema de alimentação de emergência deenergia elétrica exclusivos para os equipamentos da Rede de Frio, para ocaso de falta ou oscilação de corrente elétrica.

ÁREA DE ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO (IMUNOBIOLÓGICOS, SOROS EINSUMOS)

Antecâmara:

Seu objetivo é impedir que o ar mais quente do ambiente externo entre nascâmaras, a fim de melhorar a performance do equipamento e evitar choquetérmico que são críticos para os imunobiológicos.

Câmaras Frigoríficas Negativas e Positivas

Ambientes onde são armazenados imunobiológicos e soros emtemperaturas controladas e em grandes volumes. Podem ser reguladas paramanter diversas temperaturas, tanto positivas quanto negativas. Em geral, ascâmaras frigoríficas devem obedecer aos seguintes parâmetros:

Devem ser projetadas levando-se em conta o período de no mínimo 15 anosde armazenamento dos imunobiológicos;

Devem ser projetadas prevendo possíveis ampliações, de modo a suprirfuturas demandas;

Podem ser divididas em módulos a fim de atender demandas pontuais,como no caso de campanhas de vacinação. Neste caso devem ser previstossistemas de condicionamento de ar e de energia independentes para osdiferentes ambientes da câmara. Os módulos podem operarsimultaneamente e de forma independente, de tal forma que quando do nãouso de um dos módulos, a energia e os equipamentos correspondentes nãopermaneçam em funcionamento;

Devem possuir antecâmara com sistema de inter-travamento ou similar quepermita o controle da temperatura interna;

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Devem estar inseridas em ambientes climatizados; Devem respeitar um afastamento mínimo em suas laterais (conforme figura

1); O espaço entre a parte superior da câmara fria até o teto da construção

deve comportar uma pessoa em pé ou seja no mínimo 1m e 80cm.

Figura 1: Esquema afastamento mínimo na área externa da Câmara Frigorífica.

Devem possuir estantes em aço inoxidável, com prateleiras de alturasajustáveis. As estantes deverão obedecer aos afastamentos mínimos de1,00 m (entre as fileiras de estantes) e de 1,20 m (entre as estantes e aporta de acesso a câmara), conforme figura 2;

Figura 2: Esquema afastamento mínimo na área interna da Câmara Frigorífica.

Deve ser dotada de dois conjuntos de equipamentos frigoríficos, totalmenteindependentes, compreendendo unidade condensadora, unidadeevaporadora (forçador), acessórios, circuito frigorífico, alimentação elétrica,sistema de segurança visual e sonoro, controles e comandos. Já a

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antecâmara deve ser dotada de uma única unidade condensadora. Cada umdos conjuntos, da câmara e da antecâmara, deve ter individualmentecapacidade para assumir 100% da carga térmica total;

A câmara frigorífica e antecâmara devem possuir altura útil de 2,70 m; As portas devem ser de correr e possuir as seguintes dimensões: 1,20 m x

2,00 m x 0,10 m (Largura x Altura x Espessura); Deve ser adotado sistema de expansão direta utilizando-se gás refrigerante

R-22; Os quadros de comando devem ser instalados próximos à Câmara

frigorífica, de preferência na sala onde a câmara estiver inserida; A sala onde está inserida a câmara deve conter as seguintes

especificações: o piso em material de alta resistência; as paredes e o tetodevem ser lisos (sem frestas) e de fácil higienização e de material lavável;ter vão mínimo de 1,20 m x 2,10 m e o pé-direito 2,70 m.

O armazenamento de imunobiológicos que requerem temperatura negativa,também pode ser realizado em equipamento individualizado, como freezer.

Para maiores informações consultar o Manual de Rede de Frio e asNormas para Construção de Câmaras Frigoríficas para Armazenamento deVacinas do Programa Nacional de Imunizações disponíveis emwww.saude.gov.br/somasus.

Almoxarifado de insumos

Ambiente destinado ao armazenamento, guarda, manuseio e conservaçãode insumos.

A iluminação, a ventilação, a temperatura e a umidade devem sercontroladas conforme as necessidades dos insumos, para evitar efeitos prejudiciaissobre os mesmos.

O interior da área de armazenamento deve apresentar superfícies lisas,sem rachaduras e sem desprendimento de pó, para facilitar a limpeza, evitandocontaminações, e devem ter proteções para não permitir a entrada de roedores,aves, insetos ou qualquer outro animal.

Os insumos (seringas, agulhas e caixas térmicas) devem ser organizadosem estantes ou pallets, nos quais os insumos podem ser empilhados. O cuidado noempilhamento dos produtos é fundamental para evitar acidentes de trabalho edesabamentos dos produtos. A informação sobre o limite máximo de empilhamentopermitido deve ser sempre observada e pode ser obtida no lado externo dasembalagens. Essa informação é fornecida pelo próprio fabricante, quando se faznecessário.

Sala de Preparo

Área destinada à preparação, recebimento e dispensação dosimunobiológicos. Nesta sala são montadas as caixas térmicas de transporte deacordo com a necessidade de cada posto. O ambiente deve contar com:

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Bancada com superfície em aço inoxidável para preparo e dispensarão deimunobiológicos, com as seguintes dimensões: 0,80m de largura, duplaaltura (0,45m e 0,70m) e comprimento variável de acordo com o tamanho dasala;

Bancada com pia. Os materiais utilizados devem propiciar condições dehigiene, ser resistentes à água, ser anticorrosivos e antiaderentes;

Local para arquivo de controle de entrada, saída e estoques deimunobiológicos;

Aparelhos de ar condicionado para climatização do ambiente na temperaturaentre +18ºC e +20ºC. Utiliza-se o parâmetro de 12.000 BTUs para cada20,00 m² em localidades onde a temperatura externa é até 38°C, paraambientes mais quentes deve-se considerar 15,00m²;

Porta para controle de entrada e saída dos funcionários, com vão mínimo de1,20 x 2,10m para passagem de carros de transporte de material;

Freezers destinados à estocagem de imunobiológicos a -20°C e àmanutenção e conservação de gelo reciclável. Deve-se ter o cuidado de nãousar o mesmo equipamento para armazenar vacinas e gelo. A quantidade eo dimensionamento dos equipamentos necessários à conservação sãodefinidos a partir do volume de estocagem e a rotatividade dos produtos;

Estantes para a guarda de diluentes. A circulação mínima em volta da bancada deve ser de 1,00 m.

A Sala de Preparo pode comunicar-se com a Doca por meio de guichê depassagem com controle.

Área para recebimento, inspeção e distribuição de imunobiológicos einsumos

Local destinado ao recebimento, inspeção e distribuição de imunobiológicos einsumos.

APOIO ADMINISTRATIVO

Sala de coordenaçãoNesta sala são realizadas as atividades de coordenação e direção doestabelecimento.

Sala de apoio administrativoNesta sala serão realizados os serviços administrativos do estabelecimento.

Sala de reuniõesAmbiente destinado à promoção de ações de educação para a saúde, através depalestras, demonstrações e treinamento “in loco”, campanha, etc.

Depósito de equipamentos/ materiais de escritórioAmbiente destinado à armazenagem dos materiais e equipamentos por categoria etipo.

ENSINO E PESQUISA

Sala de treinamento

Page 18: Manual Eng Const Rede de Frio

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Ambiente destinado à capacitação e ao treinamento dos funcionários.

Laboratório de InformáticaAmbiente destinado à capacitação e ao treinamento dos funcionários.

AuditórioLocal destinado à realização de palestras e treinamentos com funcionários daRede. Devem-se prever lugares para deficientes físicos conforme orientação danorma ABNT NBR: 9050.

APOIO LOGÍSTICO

Doca para Carga e DescargaAmbiente destinado às atividades de carga e descarga dos caminhõesresponsáveis pelo transporte de imunobiológicos e insumos.

A doca deve ser dotada de tomada elétrica trifásica para alimentação dosequipamentos de refrigeração do veículo refrigerado durante o manuseio dacarga;

Deve possuir uma plataforma para descarregamento, com altura de 0,90 m a1,00 m, provida de cobertura. Caso o estabelecimento não se encontre aonível da plataforma, deverá ser prevista uma rampa com inclinação de 8 a10%.

Sala para instalação de equipamento gerador de energia elétrica deemergência

Ambiente destinado à locação de equipamentos de geração de energia elétrica deemergência. Pode estar localizado no exterior da edificação e deve ser acessadosomente por técnicos especializados.

As dimensões deste ambiente devem ser calculadas de acordo com omodelo do gerador previsto para suprir às necessidades da Central de Redede Frio;

O gerador deve possuir capacidade para manter o funcionamento dosequipamentos e iluminação central, em situações emergenciais deinterrupção no fornecimento da energia elétrica convencional. Recomenda-se a utilização do gerador a óleo diesel.

Casa de máquinas (condensadores da câmara frigorífica)Área destinada à instalação dos equipamentos condensadores de ar condicionadodas câmaras frigoríficas. Recomenda-se que este ambiente esteja situado próximoa câmara e de acesso fácil a mesma.

Depósito de material de limpeza com tanque - DMLAmbiente destinado a fornecer condições de limpeza e higiene do edifício. Devecontar com tanque para lavagem de materiais e equipamentos.

Sala para motoristaLocal destinado aos motoristas, enquanto aguardam as demandas dedeslocamentos.

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Abrigo de ResíduosAmbiente destinado à separação, estoque e gerenciamento de resíduos sólidos atéseu transporte ao destino final.

Armazenagem temporária de resíduos de imunobiológicosConsiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos jáacondicionados, em local próximo aos pontos de geração. (RDC/Anvisa n. 306 de07 de dezembro de 2004, item 1.5)Por se tratrar de material biológico, recomenda-se que o acesso ao ambiente dearmazenagem temporária seja controlado, os seja, permaneça trancado e comacesso restrito à funcionários autorizados.

APOIO TÉCNICO

CopaAmbiente destinado à guarda e ao aquecimento de refeições rápidas. Prever pontode água fria para pia e instalações elétricas para utilização de refrigeradordoméstico e microondas.

CONFORTO E HIGIENE

Área de recepção e esperaAmbiente destinado ao atendimento ao público externo: espera e guarda depertences.

Sanitário para públicoAmbiente destinado ao uso público: masculino e feminino. Prever estruturaadequada para utilização por portadores de necessidades especiais – sanitárioacessível. Ver Norma de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços eequipamentos urbanos (ABNT NBR-9050/2004).

Banheiro para funcionáriosPara o uso de funcionários: guarda de pertences, troca de roupa e higiene pessoal.

Quarto de plantão para funcionáriosAmbiente destinado ao descanso do plantonista.

5.2 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO POR AMBIENTE:

Os equipamentos e mobiliários necessários para cada ambiente sugeridona organização da estrutura da Central de Rede de Frio estão especificados nastabelas a seguir:

Page 20: Manual Eng Const Rede de Frio

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Tabela 1 - Relação de Equipamento

Equipamentos QuantidadeCâmara Frigorífica Negativa (Opcional)

Evaporador A depender do dimensionamento dacâmara.

Câmara Frigorífica Positiva

Evaporador A depender do dimensionamento dacâmara.

Antecâmara

Evaporador A depender do dimensionamento dacâmara.

Sala da câmaraAlarme discador 1Quadro elétrico de comando 1

Condicionador de ar A depender do dimensionamento dacâmara.

Almoxarifado de insumosCarro de transporte de materiais (1,09 x 0,70 m) 1Empilhadeira 1

Sala de Preparo

Ar condicionado A depender do dimensionamento daSala de Preparo.

Geladeira comercial A depender da quantidade de vacinaa ser armazenada.

Freezer A depender da quantidade de vacinaa ser armazenada.

Área para recebimento, inspeção e distribuição de imunobiológicos e insumosAr condicionado 1Impressora 1Microcomputador 2

Sala de CoordenaçãoAr condicionado 1Impressora 1Microcomputador 2Relógio de parede 1

Sala de apoio administrativoAr condicionado 1Aparelho de Fax 1Impressora 1Microcomputador 2

Sala de reuniõesAr condicionado 1

Depósito de equipamentos e materiais de escritório - AlmoxarifadoCarro para Transporte de Material 2Impressora 1Microcomputador 1Extintores

Sala de treinamentoAr condicionado 1Microcomputador 3

Auditório

Page 21: Manual Eng Const Rede de Frio

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Ar condicionado 1Aparelho de DVD 1Microcomputador 1Projetor Multimídia 1Tela de Projeção 1Televisor 1

Laboratório de informáticaAr condicionado 1Microcomputador 5

Sala para instalação do grupo geradorGerador

Casa de máquinasCondensador 2 no mínimo

Depósito de material de limpeza com tanque (DML)Carro de transporte de detritos 1

Abrigo externo de resíduosCarro de transporte de detritos

CopaFiltro de Água 1Forno de Microondas 1Refrigerador 1Área de recepção e esperaBebedouro 1

Sala para motoristasAr condicionado 1Bebedouro 1Televisor 1

Quarto de plantão para funcionáriosAr condicionado 1Fonte: CGPNI/ DEVEP/ SVS - 2010

Page 22: Manual Eng Const Rede de Frio

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Tabela 2 – Relação de Mobiliário

Mobiliário QuantidadeCâmara Frigorífica Negativa (Opcional)

Estantes em aço inox A depender do dimensionamento dacâmara.

Câmara Frigorífica Positiva

Estantes em aço inox A depender do dimensionamento dacâmara.

Sala da câmaraArmário para guarda de EPI 1Cabide para EPI 1

Almoxarifado de insumos

Estantes A depender do dimensionamento doAlmoxarifado.

Pallets (1,20 x 1,00 m) A depender do dimensionamento doAlmoxarifado.

Sala de Preparo

Estante ou armário A depender da quantidade dediluente a ser armazenado.

Balde a pedal 1Área para recebimento, inspeção e distribuição de imunobiológicos e insumos

Mesa tipo escritório com gavetas 2Mesa para computador 2Mesa para impressora 1Cadeira giratória com braços 2Cadeira 2Cesto de lixo 2Arquivo tipo gaveta 1

Sala de CoordenaçãoArmário 1Arquivo Gaveta 1Cadeira 2Cadeira Giratória 2Cesto de Lixo 2Estante 2Mesa de Escritório 2Mesa para Impressora 2Mesa para Microcomputador 2Quadro de Avisos 1

Sala de apoio administrativoArquivo Gaveta 1Cadeira 2Cadeira Giratória 2Cesto de Lixo 1Estante 1Mesa de Escritório 2Mesa para Impressora 1Mesa para Microcomputador 2Quadro de Avisos 1

Sala de reuniõesArmário 1

Page 23: Manual Eng Const Rede de Frio

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Cadeira Giratória 8Cesto de Lixo 1Mesa de Reunião 1Quadro Branco 1Quadro de Avisos 1

Depósito de equipamentos e materiais de escritório - AlmoxarifadoArmário 1Balcão de Atendimento 1Cadeira 1Cadeira Giratória 1Estante Fechada 1Mesa de Escritório 1Mesa para Impressora 1Mesa para Microcomputador 1Quadro de Avisos 1

Sala de treinamentoArmário 1Cadeira Giratória 5Cesto de Lixo 1Estante Modulada 1Mesa de Escritório 1Mesa para Estudo 1Mesa para Microcomputador 3Quadro de Avisos 1

AuditórioBancada 2Cadeira Giratória 3Cadeira para Auditório 10Cesto de Lixo 1Mesa para Microcomputador 1Mesa para Retroprojetor 1Quadro Branco 1Quadro de Avisos 1Suporte para TV e Vídeo 1

Laboratório de informáticaMesa para computador 5Cadeira giratória com braços 5Cadeira 5Cesto de lixo 2

Depósito de material de limpeza com tanque (DML)Armário 1

Abrigo externo de resíduosEstantes 3

Armazenagem temporária de resíduos de imunobiológicosEstantes 3

CopaBancada 1Cadeira 5Lixeira 1

Mesa para Refeitório 1Área de recepção e esperaCadeira 2Cadeira Giratória 1Cesto de Lixo 1

Page 24: Manual Eng Const Rede de Frio

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Mesa de Escritório 1Sanitário para público – masculino, feminino e acessível

Balde a Pedal 1Cesto de Lixo 1

Sala para motoristasCesto de Lixo 1Estante 1Mesa de Centro 2Poltrona 2Quadro de Avisos 1Sofá 2Suporte para TV e Vídeo 1

Banheiro para funcionáriosBalde a Pedal 1Cabineiro 1

Quarto de plantão para funcionáriosArmário 1Mesa de Cabeceira 2Beliche 2Cadeira 2Cesto de Lixo 1Mesa de Escritório 1Fonte: CGPNI/ DEVEP/ SVS - 2010

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6. DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA FRIGORÍFICA

O número de equipamentos necessários ao acondicionamento dosimunobiológicos nos diferentes níveis deve ser calculado em função do volume dosimunobiológicos estocados, seu tempo de armazenagem e a rotatividade destes.

Devem-se prever equipamentos para reservas estratégicas, campanhas devacinação e intensificação, manutenção e limpeza dos mesmos e para econservação de bobinas de gelo reutilizáveis a serem utilizadas no transporte dosimunobiológicos.

O cálculo do volume das câmaras frigoríficas em m³ é feito a partir doespaço ocupado pelas prateleiras, do espaço necessário para circulação depessoas entre as prateleiras.

6.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA O DIMENSIONAMENTO DA CÂMARAFRIGORÍFICA

Para o cálculo de dimensionamento da Câmara Fria para armazenagemdos imunobiológicos e soros, nos diferentes níveis da Rede de Frio, deve-seconsiderar:

- os diferentes tipos de imunobiológicos e soros a serem armazenados;- o volume das caixas de cada tipo;- o tipo da estante a ser adotada.

Os próximos passos devem ser repetidos para cada tipo de imunobiológicoe soro a ser armazenado na câmara.

1° Passo – Calcular o Número de Caixas (NC)

Dados necessários:- Consumo mensal + perdas mensais (total de doses necessárias) - TD- Número de doses por caixa - NDC

NC = TD/NDC

2° Passo – Calcular o Volume das Caixas (VC)- Altura da caixa (AC)- Largura da caixa (LC)- Profundidade da caixa (PC)

VC (m³) = AC (m) X LC (m) X PC (m)

3° Passo – Calcular o Volume Total das Caixas (VTC)

Dados necessários:- Volume da caixa (unitário) - VC

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- Número de caixas - NC

VTC = VC x NC

4° Passo – Número de Prateleiras necessárias (NP)

Dados necessários:- Volume total das caixas – VTC- Volume da prateleira – VP- Volume útil da prateleira – VUPObs: Considerando-se os espaçamentos necessários o volume útil deve ser 70%do volume da prateleira. VUP = 70% VP

NP = VTC/VUP

Para os próximos passos deve-se considerar o somatório do Número dePrateleiras necessárias (NP) de todos os imunobiológicos e soros a seremarmazenados na câmara.

5° Passo – Número de Estantes necessárias (NE)

Dados necessários:- Somatório do número de prateleiras necessárias - ∑ NP- Número de prateleiras por estante – NPE

NE = ∑ NP/ NPE

6° Passo – Área total ocupada por Estantes (ATE)

Dados necessários:- Número de estantes necessárias – NE- Área ocupada por cada estante – AEObs: A área ocupada por cada estante corresponde a sua largura vezes o seucomprimento (AE = L x C).

ATE = NE x AE

7° Passo – Área de Circulação entre as estantes (AC)

Dados necessários:- Área total ocupada por estantes – ATEObs: A área de circulação no interior da câmara deve obedecer aos parâmetrosestabelecidos neste manual, na página 14.

AC = 1,5 x ATE

8° Passo – Área Total da Câmara (ATC)

Dados necessários:- Área total ocupada por Estantes – ATE- Área de Circulação – AC

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ATC = ATE + AC9° Passo – Volume da Câmara Fria (VCF)

Dados necessários:- Área Total da Câmara - ATC- Pé direito – PDObs: O pé direito mínimo a ser adotado é de 2,70m.

VCF = ATC x PD

Page 28: Manual Eng Const Rede de Frio

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7. DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DA SALA DE PREPARO

Para o dimensionamento de equipamentos necessários à armazenagem dediluentes, imunobiológicos e gelo na Sala de Preparo, deve-se considerar:

- os diferentes tipos de imunobiológicos e diluentes a serem armazenados;- o volume das caixas de cada tipo;- o tipo da estante a ser adotada;- o volume do freezer a ser adotado;- o volume de bobinas de gelo reutilizável necessário em cada Central.- o tamanho do carrinho para transporte

Obs: Segundo o Manual da Rede de Frio (2001) independente do tipo de freezerescolhido, a capacidade de utilização para imunobiológicos é de 65% do volume doequipamento, enquanto que para armazenamento de bobinas de gelo reutilizável acapacidade é de 100%.

7.1 DIMENSIONAMENTOS DAS ESTANTES (DILUENTES):

As estantes da Sala de Preparo servem exclusivamente ao armazenamento dediluentes dos imunobiológicos localizados na Câmara Frigorífica. O cálculo abaixose refere ao dimensionamento dessas estantes:

1° Passo – Calcular o Número de Caixas de diluentes (NCd)

Dados necessários:- Total de doses necessárias de diluentes – TDd- Número de doses por caixa – NDCdObs: O total de doses necessárias de diluentes é igual ao número de doses deimunobiológicos armazenados na câmara.

NCd = TDd/NDCd

2° Passo – Calcular o Volume Total das Caixas de diluentes (VTCd)

Dados necessários:- Volume da caixa (valor unitário) - VCd- Número de caixas – NCd

VTCd = VCd x NCd

Em seguida, deve-se considerar o somatório do Volume Total das Caixas dediluentes (∑ VTCd) a ser armazenado na Sala de Preparo.

3° Passo – Número de estantes necessárias para diluentes (NEd)

Dados necessários:- Somatório do Volume total das caixas de diluentes – ∑ VTCd- Volume da estante – VE

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Obs: Considerar Volume da estante relativo ao somatório da capacidade dearmazenamento de cada prateleira.

NEd = ∑ VTCd/VE

Os freezers da Sala de Preparo poderão ser utilizados para oarmazenamento de bobinas de gelo reutilizável e de imunobiológicos que exigiremtemperaturas negativas diferentes dos armazenados na Câmara Frigoríficapositiva. Deverão ser previstos freezers separados para os materiais citados.

7.2 DIMENSIONAMENTO DOS FREEZERS (IMUNOBIOLÓGICOS):

O cálculo abaixo se refere ao dimensionamento dos freezers destinados aoarmazenamento exclusivo de imunobiológicos em temperatura negativa.

O 1° e 2° passos devem ser repetidos para cada tipo de imunobiológico aser armazenado na Sala de Preparo.1° Passo – Calcular o Número de Caixas de imunobiológicos (NCi)

Dados necessários:- Consumo mensal + perdas mensais (total de doses necessárias) - TDi- Número de doses por caixa - NDCi

NCi = TDi/NDCi

2° Passo – Calcular o Volume Total das Caixas de imunobiológicos (VTCi)

Dados necessários:- Volume da caixa (unitário) - VCi- Número de caixas - NCi

VTCi = VCi x NCi

Em seguida, deve-se considerar o somatório do Volume Total das Caixas deimunobiológicos (∑ VTCi) a ser armazenado na Sala de Preparo.

3° Passo – Número de freezers necessários para imunobiológicos (NFi)

Dados necessários:- Somatório do Volume Total das Caixas (de cada imunobiológico)–∑ VTCi- Volume do freezer – VF- Volume útil do freezer – VUFObs: Considerando-se que o volume útil do freezer deve ser 65% do volume do

freezer, temos:VUF = 65% VF.

NFi = ∑ VTCi/VUF

Page 30: Manual Eng Const Rede de Frio

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7.3 DIMENSIONAMENTOS DOS FREEZERS (GELO):

Dados necessários:- Volume de gelo a ser armazenado – VG- Volume do freezer – VF

Obs: Considerando-se que para o armazenamento de bobinas de gelo reutilizávelpoderá ser utilizada a capacidade total do freezer.

O número de freezers necessários para armazenar gelo (NFg) será:

NFg = VG/ VF

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8. ALMOXARIFADO

O almoxarifado é o reduto onde se encontram os “insumos” materiaisnecessários à sustentação do processo e do sistema produtivo, seja ele debens,seja de serviços.

Os objetivos do almoxarifado, assim como de todo e qualquer sistema deadministração de materiais, prendem-se aos seguintes tópicos:

• ter o material certo;• na quantidade certa;• na hora certa;• no lugar certo;• na especificação certa;• ao custo e preço econômicos.

O projeto e a construção do almoxarifado implicarão no levantamentopreliminar das necessidades da Central da Rede de Frio:

Quantidade e dimensões dos materiais; Capacidade e dimensões dos equipamentos para movimentação de carga; Peso, dimensões e quantidades das unidades de estocagem (ex.: estantes,

armações, engradados, etc.); Localização e dimensões das áreas de serviço e de armazenagem,

prevendo acessos de veículos, e a circulação de equipamentos nas rampas,plataformas e corredores externos e internos;

Localização e dimensões de locais destinados a câmaras frigoríficas,insumos e outros recintos fechados;

Quantitativo de pessoal lotado na unidade armazenadora; Esquematização do sistema de comunicação e de prevenção contra

incêndio, de acordo com a orientação dos órgãos competentes; Projeção de pé direito (altura do chão ao teto) de acordo com as unidades

de estocagem e com os equipamentos de movimentação de cargasexistentes ou previstos;

Piso de concreto, tipo industrial, antiderrapante; Sistema de ventilação adequada à preservação dos materiais estocados; Iluminação com níveis de luminosidade adequados à atividade do local.

O esquema do almoxarifado pode ser visualizado na figura abaixo:

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Figura 3 –Layout esquemático do almoxarifado de insumos

8.1 – Instalação

8.1.1 - Área coberta e FechadaEspaço dotado de piso, cobertura e paredes frontais e laterais, com

espaço útil dividido em área de serviço e de armazenagem, dispondo deiluminação e ventilação adequadas.

8.2 - Áreas de armazenagemÉ parte das instalações da Unidade Armazenadora destinada ao

recebimento, estocagem e distribuição do material, que deverá ser dotada deexaustores ou sistema de ar condicionado que proporcione uma ventilaçãoadequada à preservação do estoque, bem como melhores condições de trabalhoaos funcionários lotados no setor.Subdivide-se em:

8.2.1 - Setor de RecebimentoParte da área de armazenagem destinada ao recebimento, conferência e

identificação do material. Sua localização deverá ser preferencialmente, próxima àporta principal da instalação da unidade armazenadora e separada fisicamente dosdemais setores através de painéis/divisórias/paredes e etc., devendo ser dotado deestrados para acomodação do material até a sua remoção para o setor deestocagem.

8.2.2 - Setor de EstocagemParte da área de armazenagem destinada exclusivamente ao estoque,

arrumação e localização do material, compreendendo: circulação principal,corredores de acesso e de segurança, zonas de estoque e áreas livres.

Page 33: Manual Eng Const Rede de Frio

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8.2.2.1 - Circulação PrincipalTem início na frente da instalação da unidade armazenadora, atravessando-

a em linha reta até a porta, parede ou cerca oposta. Sua largura é estabelecida emfunção das necessidades de movimentação do material, sendo limitada ao mínimoindispensável, sem prejuízo da circulação dos equipamentos.

8.2.2.2 – Corredores de AcessoÁreas de circulação localizadas entre as unidades de estocagem e/ou áreas

livres, destinadas à movimentação do material e ao trânsito de pessoas.

8.2.2.3 - Corredores de SegurançaÁreas de circulação localizadas entre as paredes, destinadas, basicamente,

a atender às necessidades de segurança.

8.2.2.4 - Áreas LivresEspaços de uma zona de estoque destinados à estocagem de material, cujo

peso, dimensão, tipo de embalagem, quantidade ou outro fator impeça a utilizaçãode estantes ou armações. Deverão ser localizadas ao longo da circulação principal,ao fundo do setor de estocagem e em continuação as estantes e armaçõesexistentes.

8.2.3 - Setor de DistribuiçãoParte da área de armazenagem destinada à acumulação, embalagem e

expedição do material. Sua localização deverá ser de preferência, próxima à portaprincipal e afastada do setor de recebimento e separada fisicamente dos demaissetores através de painéis, divisórias, paredes, etc.

8.3 – Disposições típicas de Unidade Armazenadora de MateriaisA instalação típica de um almoxarifado que tem fluxo de circulação que inicia

pelo setor de recebimento, passando pela estocagem, área administrativa e umsetor de distribuição.

8.4 – Módulos ou Unidades de EstocagemDenominação genérica de estruturas metálicas, plásticas ou de madeira

destinadas à estocagem, arrumação, localização e segurança do material emestoque, compreendendo os seguintes tipos básicos: estante, armação, estrado,porta-estrado, engradado, porta-engradado e caixa. Servem para:

Conseguir melhor aproveitamento do espaço útil de armazenamento, tantono sentido horizontal (espaçamento entre colunas e espaço disponível)quanto e principalmente no vertical (altura livre);

Propiciar condições satisfatórias para melhor preservação e manutençãodos materiais;

Facilitar as operações de inventário, movimentação e circulação de material; Tornar a localização de material mais fácil e rápida; Fornecer maior concentração possível de material, sem prejuízo da

arrumação e da eficiência de funcionamento do almoxarifado.

Page 34: Manual Eng Const Rede de Frio

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8.4.1 – Tipos básicos

8.4.1.1 – EstanteConjunto estrutural desmontável ou não, metálico, formando prateleiras ou

verticalmente formando escaninhos e subescaninhos, bem como pode comportargavetas. Deverá sempre que possível ser disposta perpendicularmente àcirculação principal. Destina-se à estocagem de material com peso e/ou volumerelativamente pequenos.

8.4.1.2 – EstradoEstrutura vazada, de fácil limpeza sem elementos de fechamento lateral,

destinada à estocagem de material que, em face de suas características físicase/ou quantidade, não pode ser estocada em estante. Seu uso evita o contato diretodo material com o piso e facilita a movimentação e o aproveitamento vertical,desde que obedecidas às normas específicas de armazenagem.

Tipos e dimensões de estrados

a. Estrados retangulares600 mm x 800 mm800 mm x 1.000 mm900 mm x 1.050 mm800 mm x 1.200 mm900 mm x 1.200 mm1.000 mm x 1.200 mm (padrão)1.200 mm x 1.500 mm1.200 mm x 1.800 mm2.200 mm x 2.700 mm

b. Estrados quadrados900 mm x 900 mm1.050 mm x 1.050 mm1.200 mm x 1.200 mm

8.4.1.3 - Porta – EstradoEstrutura metálica, plástica. Deverá ser disposta perpendicularmente à

circulação principal.

8.5 – Principais medidas

As instalações da unidade armazenadora deverão ser dotadas de porta comtrancas e cadeados e de sistema de vigilância;

As instalações que possuírem áreas de ventilação deverão ser protegidascom telas metálicas de malha fina, para impedir a entrada de roedores, avese outros animais;

Os corredores, escadas, bem como saídas de emergência deverão possuirsinalização de advertência de fácil visualização e leitura;

8.6 – Localização e sinalização de extintoresSua localização deve ser visível e de fácil acesso, sendo fixados de maneira

que nenhuma de suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta

Page 35: Manual Eng Const Rede de Frio

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centímetros) do piso. Será também pintada em vermelho a área localizada a 1 m²(um metro quadrado) do piso embaixo do extintor, que em hipótese alguma, poderáser ocupada.

Somente serão aceitos os extintores que possuam a Marca Nacional deConformidade do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial).

8.6.1 – Cores de segurançaSão as empregadas para a identificação de equipamentos e delimitação de

áreas de advertência contra perigos. As mais utilizadas são:

VERMELHA - adotada para indicar fogo, perigo, pare e assinalarindicações de equipamento e aparelho de proteção e combate aoincêndio, excepcionalmente em luzes e botões interruptores;

AMARELA - adotada para indicar cuidado, usada também em combinaçãocom listras e quadrados pretos, quando houver necessidade de melhorvisibilidade de sinalização, e de marcar indicações em escada, corrimão,entrada de elevador, borda de plataforma, viga, poste, colunas, pára-choque, equipamentos de transporte e manuseio;

VERDE - adotada para indicar segurança e assinalar caixas deequipamentos de urgência, caixas de máscaras contra gases, chuveiros desegurança, macas, padiolas e quadros de avisos;

BRANCA - é a cor adotada para indicar limites de passadiços, corredores,áreas de equipamento e armazenagem, localização dos bebedouros ecoletores de lixo;

PRETA - é a cor adotada para indicar resíduos e que poderá ser usada emsubstituição à branca ou combinada a esta, sendo empregada paraidentificar coletores de resíduos.

Page 36: Manual Eng Const Rede de Frio

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8.7 - DIMENSIONAMENTOS DO ALMOXARIFADO

O dimensionamento do almoxarifado deve prever áreas necessárias àarmazenagem de:

Insumos (termômetros, seringas, agulhas, etc.); Equipamentos e materiais de reserva (aparelho de ar condicionado,

freezer, geladeiras doméstica e comercial, caixas térmicas e bobinasde gelo reutilizáveis);

Material publicitário (cartazes, folders, etc.).Além das áreas de armazenamento, deve-se considerar a área de circulação

e uma área destinada a guarda dos carros de transporte de materiais.

A Área Total do almoxarifado (ATa) será igual ao somatório das áreasdestinadas ao armazenamento de insumos (Ai), de equipamentos e materiais dereserva (Ae), de material publicitário (Ap), da área dos carros de transporte (Act) eda área de circulação (Ac) :

ATa = Ai + Ae + Ap + Act + Ac

Obs:

1) O cálculo das áreas (Ai, Ae, Ap e Act) dependerá da quantidade e dimensãodos materiais e equipamentos demandados em cada Central de Rede de Frio;

A área de circulação (Ac) deve obedecer aos parâmetros estabelecidosneste manual na figura 3.

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9. PROJETO FISICO DE CENTRAIS DE REDE DE FRIO

9.1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS

Os estabelecimentos devem ter a sua avaliação de riscos e prevenção deimpactos à saúde, feitas por meio da análise dos projetos físicos, através doSistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), para fins do licenciamentosanitário. Para fins de cumprimento do artigo anterior, o proprietário ou responsávellegal do estabelecimento de saúde deve encaminhar a vigilância sanitáriacompetente o Projeto Básico de Arquitetura (PBA), para construções novas,ampliações e reformas que impliquem em alterações de fluxos, de ambientes e deleiaute e incorporação de novas atividades ou tecnologias.

Desde os primeiros esboços, torna-se necessário que haja um perfeitoentendimento entre o arquiteto responsável pela coordenação e/ou elaboração doprojeto arquitetônico e o responsável pela implantação da unidade. Todos osdetalhes de fluxo, setorização, instalações e materiais de acabamento devem serexaustivamente discutidos, na busca de soluções mais racionais e adequados acada caso.

Todos os projetos das Centrais de Rede de Frio – (CRF) devemobrigatoriamente ser elaborados em conformidade com as orientações desteManual. Devem ainda atender a todas outras prescrições pertinentes estabelecidosem códigos, leis, decretos, portarias e normas federais, estaduais e municipais,inclusive normas de concessionárias de serviços públicos. Embora exista umahierarquia entre as três esferas, o autor ou o avaliador do projeto deverá consideraras orientações mais exigentes, que eventualmente poderão não ser a do órgão dehierarquia superior.

9.2. PROJETOS DE CENTRAIS DE REDE DE FRIO

9.2.1. TERMINOLOGIA

Para os estritos efeitos deste Manual, são adotadas as seguintesdefinições:

9.2.1.1. Programa de Necessidades

Conjunto de características e condições necessárias ao desenvolvimentodas atividades dos usuários da edificação que, adequadamente consideradas,definem e originam a proposição para o empreendimento a ser realizado. Deveconter a listagem de todos os ambientes/atividades necessários aodesenvolvimento dessas atividades.

9.2.1.2. Estudo Preliminar

Estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica a partir dos dadoslevantados no Programa de Necessidades, bem como de eventuais condicionantesdo contratante.

Page 38: Manual Eng Const Rede de Frio

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9.2.1.3. Projeto Básico

Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes paracaracterizar os serviços e obras, elaborado com base no Estudo Preliminar, e queapresentem o detalhamento necessário para a definição e quantificação dosmateriais, equipamentos e serviços relativos ao empreendimento.

9.2.1.4. Projeto Executivo

Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes pararealização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todasas indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem eexecução dos serviços e obras.

9.2.1.5. Obra de Reforma

Alteração em ambientes sem acréscimo de área, podendo incluir asvedações e/ou as instalações existentes.

9.2.1.6. Obra de Ampliação

Acréscimo de área a uma edificação existente, ou mesmo construção deuma nova edificação para ser agregada funcionalmente (fisicamente ou não) a umestabelecimento já existente.

9.2.1.7. Obra Inacabada

Obra cujos serviços de engenharia foram suspensos, não restandoqualquer atividade no canteiro de obras.

9.2.1. 8. Obra de Recuperação

Substituição ou recuperação de materiais de acabamento ou instalaçõesexistentes, sem acréscimo de área ou modificação da disposição dos ambientesexistentes.

9.2.1. 9. Obra Nova

Construção de uma nova edificação desvinculada funcionalmente oufisicamente de algum estabelecimento já existente.

9.2.2. ETAPAS DE PROJETO

Os projetos para a construção, complementação, reforma ou ampliação deuma CRF serão desenvolvidos, basicamente, em três etapas: estudo preliminar,projeto básico e projeto executivo.

O desenvolvimento consecutivo dessas etapas terá como ponto de partida,o programa de necessidades (físico-funcional) do PNI onde devem estar definidasas características dos ambientes necessários ao desenvolvimento das atividadesprevistas na CRF.

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9.2.2.1. Estudo preliminar

Visa à análise e escolha da solução que melhor responda ao Programa deNecessidades do PNI junto a CRF, sob os aspectos legais, técnicos, econômicos eambientais do empreendimento.

9.2.2.1.1 Arquitetura

Consiste na definição gráfica do partido arquitetônico, através de plantas,cortes e fachadas (opcional) em escala livre e que contenham graficamente:

- a implantação da CRF e seu relacionamento com o local escolhido;

- acessos, estacionamentos e outros - e expansões possíveis;

- a explicitação do sistema construtivo que será empregado;

- os esquemas de zoneamento do conjunto de atividades, as circulações eorganização volumétrica;

- o número de pavimentos;

- os esquemas de infraestrutura de serviços;

- o atendimento às normas e índices de ocupação do solo.

O estudo deverá ser desenvolvido a partir da análise e consolidação doprograma de necessidades do PNI, caracterizando os espaços, atividades eequipamentos básicos de Refrigeração (câmara fria, geladeiras comerciais,geladeira domésticas, freezers, bancada de preparo, bobinas de gelo reutilizáveis eclimatização), de infra-estrutura e do atendimento às normas e leis de uso eocupação do solo. Além dos desenhos específicos que demonstrem a viabilidadeda alternativa proposta, será parte integrante do estudo preliminar, um relatório quecontenha memorial justificativo do partido adotado e da solução escolhida, suadescrição e características principais, as demandas que serão atendidas e o pré-dimensionamento da Central de Rede de Frio.

Devem ser consideradas as interferências entre os diversos sistemas daedificação.

Quando solicitado pelo contratante e previamente previsto em contrato,deve ser apresentada estimativa de custos da obra.

9.2.2.1.2. Instalações9.2.2.1.2.1. Elétrica e Eletrônica

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações elétricas eespeciais da CRF destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as

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diretrizes básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto, contendoquando aplicáveis:

- Localização e característica da rede pública de fornecimento de energia elétrica;

- Tensão local de fornecimento de energia elétrica (primária e secundária);

- Descrição básica do sistema de fornecimento de energia elétrica: entrada,transformação, medição e distribuição;

- Descrição básica do sistema de proteção contra descargas atmosféricas;

- Localização e características da rede pública de telefonia;

- Descrição básica do sistema telefônico: entrada, central privada de comutação etermostatos lógica programável (TLP. 's);

- Descrição básica do sistema de intercomunicação;

- Descrição básica do sistema de computadores;

- Descrição básica do sistema de geração da energia de emergência (baterias ougrupo gerador);

- Descrição básica do sistema de alarme contra incêndios;

- Determinação básica dos espaços necessários para as centrais de energiaelétricas e centrais de comutação telefônica;

- Determinação básica das áreas destinadas ao encaminhamento horizontal evertical do sistema elétrico (prumadas);

- Efetuar consulta prévia às concessionárias de energia elétrica e telefonia;

- Apresentar memória de cálculo, com justificativa dos sistemas propostos.

B. Produtos

- Descritivo básico, com indicação das alternativas e recomendações de ordemtécnica para adequação do projeto básico de arquitetura.

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

9.2.2.1.2.2. Hidráulica e Fluido-Mecânica

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações hidráulicase especiais do estabelecimento, destinado a compatibilizar o projeto arquitetônicocom as diretrizes básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto,contendo quando aplicáveis:

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- Localização da rede pública de fornecimento de água ou quando necessária aindicação de poço artesiano;

- Descrição básica do sistema de abastecimento de água: entrada;

- Previsões do consumo de água, reservação (enterrada e elevada) e casa debombas;

- Descrição básica do sistema de proteção e combate a incêndio;

- Localização da rede pública de esgoto e/ou quando necessário a indicação desistema de tratamento (fossa séptica, câmaras de decantação para esgotoradioativo, outros);- Localização de galeria para drenagem de águas pluviais e/ou quando necessário

a indicação de despejo livre;

- Previsão do volume de escoamento de águas pluviais;

- Consultas prévias junto às concessionárias públicas de fornecimento de água;

- Determinação básica das áreas destinadas aos encaminhamentos dos sistemashidráulicos e especiais (prumadas);

- Apresentação de memórias de cálculo e justificativa dos sistemas propostos.

B. Produtos

- Descritivo básico com indicação das alternativas e recomendações de ordemtécnica para adequação ao projeto básico de arquitetura;

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

9.2.2.1.2.3. Climatização

A. Escopo

Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações de arcondicionado da CRF, destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com asdiretrizes básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto, contendoquando aplicáveis:- Proposição das áreas a serem climatizadas (refrigeração, calefação, umidificação,pressurização, ventilação e câmaras frigoríficas);

- Descrição básica do sistema de climatização, mencionando: filtros, água gelada,"self" a ar, etc;

- Previsão do consumo de água;

- Previsão de consumo de energia elétrica;

- Elaboração do perfil para dimensionamento de carga térmica;

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- Elaboração do estudo comparativo técnico e econômico das alternativas técnicaspara o sistema;

- Localização da central de casa de máquinas em função dos sistemas propostos;

- Pré-localização do sistema de distribuição, prumadas dos dutos e redes de águaem uni filares da alternativa proposta.

B – Produtos

- Descritivo básico, com indicação das alternativas e recomendações de ordemtécnica para adequação do projeto básico de arquitetura;

- Documentos gráficos para elucidar as proposições técnicas.

9.2.2.1.3. Estrutura e Fundações

Assim como os projetos de arquitetura e instalações, os projetos deestruturas e fundações obedecerão às etapas de estudo preliminares, projetobásico e projeto executivo e deverão estar em perfeita sintonia com aquelesprojetos, estimando as cargas de acordo com os ambientes e equipamentospropostos.

9.2.2.2 Projeto Básico

Deverá demonstrar a viabilidade técnica da edificação a partir doPrograma de necessidades e do Estudo Preliminar desenvolvidos anteriormente, afim de possibilitar a avaliação do custo dos serviços e obras, bem como permitir adefinição dos métodos construtivos e prazos de execução do empreendimento.Serão solucionadas as interferências entre os sistemas e componentes daedificação.

O PBA será composto da representação gráfica e do relatório técnico.

§ 1º São requisitos da Representação Gráfica:

I - As plantas baixas, cortes e fachadas, com escalas não menores que 1:100,exceto as plantas de locação, de situação e de cobertura, que podem ter a escaladefinida pelo autor do projeto ou pela legislação local pertinente;II - Todos os ambientes com nomenclatura, conforme listagem contida na tabeladeste manual, capítulo 5, página 12 e demais normas federais;

III - Todas as dimensões (medidas lineares, aberturas e áreas internas doscompartimentos e espessura das paredes);

IV - A locação de louças sanitárias e bancadas, locação dos equipamentos nãoportáteis e de infra-estrutura, equipamentos de geração de água quente e vapor,equipamentos de geração de energia elétrica regular e de emergência,equipamentos de fornecimento equipamentos de telefonia e dados e equipamentosde climatização;

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V - Dimensionamento, Quantificação e Instalações Prediais dos Ambientes doRegulamento Técnico aprovado pela RDC/ANVISA nº 50, de 2002 e da tabelaCentral da Rede de Frio – capítulo 5 página 12;

VI - Indicações de cortes e detalhes;

VII - Locação da edificação ou conjunto de edificações e acessos de pedestres eveículos com indicação dos níveis de referência;

VIII - Planta de cobertura com todas as indicações pertinentes;

IX - Planta de situação do terreno em relação ao seu entorno urbano; e

X - Identificação e endereço completo do estabelecimento, identificação do autordo projeto com respectivo número de registro nacional no Conselho Federal deEngenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), escala gráfica, data da conclusãodo projeto, número seqüencial das pranchas, área total construída e do pavimento.

§ 2º Em se tratando de reforma e/ou ampliação e/ou conclusão, as plantas devemconter legenda indicando área a ser demolida, área a ser construída e áreaexistente;

§ 3º São requisitos do Relatório Técnico:

I - Dados cadastrais do estabelecimento de saúde, tais como: razão social, nomefantasia, endereço, CNPJ, número do alvará de licenciamento sanitário anterior,caso existente, dentre outros que a vigilância sanitária local considerepertinente;

II - Memorial do projeto de arquitetura descrevendo as soluções adotadas nomesmo, onde se incluem, necessariamente, considerações sobre os fluxosinternos e externos;

III - Resumo descritivo das atividades que serão executadas na edificação doestabelecimento;

IV - Especificação básica dos materiais de acabamento, que poderá ser feita narepresentação gráfica;

V - Especificação básica dos equipamentos de infra-estrutura e, dos equipamentosnecessários para a execução das atividades fins do estabelecimento; e

VI - Descrição sucinta da solução adotada para o abastecimento de água potável,fornecimento de energia elétrica, climatização das áreas, coleta e destinação deefluentes e águas pluviais e gerenciamento, bem como coleta dos resíduos dosserviços de saúde (RSS).

9.2.3 RESPONSABILIDADES

9.2.3.1. Cabe a cada área técnica o desenvolvimento do projeto executivorespectivo. O projeto executivo completo da edificação será constituído por

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todos os projetos especializados devidamente compatibilizados, de maneiraa considerar todas as suas interferências.

9.2.3.2. Só serão analisados pelas Vigilâncias Sanitárias Estaduais ou Municipais,projetos elaborados por técnicos ou firmas legalmente habilitados peloConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA local.

9.2.3.3. O autor ou autores dos projetos devem assinar todas as peças gráficas dosprojetos respectivos, mencionando o número do CREA e providenciarsempre a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) correspondente erecolhido na jurisdição onde for elaborado o projeto.

9.2.3.4. O autor ou autores do projeto de arquitetura e o responsável técnico peloestabelecimento de saúde devem assinar o Relatório Técnico descrito noitem 8.2.2.2 mencionando o seu número de registro no órgão de classe.

A aprovação do projeto não eximirá seus autores das responsabilidadesestabelecidas pelas normas, regulamentos e legislação pertinentes às atividadesprofissionais. O projeto deverá ser encaminhado para aprovação formal nosdiversos órgãos de fiscalização e controle, como Prefeitura Municipal, Corpo deBombeiros e entidades de controle do meio ambiente, assim como, será deresponsabilidade do autor ou autores do projeto a introdução das modificaçõesnecessárias à sua aprovação.

9.2.3. AVALIAÇÃO DE PROJETOS

Para a execução de qualquer obra nova, de reforma ou de ampliação deCRF é exigida a avaliação do projeto físico em questão pela Coordenação Geral doPrograma Nacional de Imunizações – CGPNI.

A avaliação de projetos físicos da CRF exige a documentação denominadaPBA – Projeto Básico de Arquitetura (representação gráfica + relatório técnico),conforme descrito no item 8.2.2.2 e ART prevista no item 8.2.2.2 deste Manual.

Quando do término da execução da obra e solicitação de licença defuncionamento do estabelecimento, a CGPNI e a VISA fará inspeção no local paraverificar a conformidade do construído com o projeto aprovado anteriormente. Aequipe de inspeção deve possuir necessariamente um profissional habilitado pelosistema CREA/CONFEA.

O proprietário deve manter arquivado em conjunto com o projeto aprovadopela vigilância sanitária, as ART referentes aos projetos complementares deestruturas e instalações, quando couber.

9.2.3.1 – Parecer Técnico

A avaliação do PBA pela CGPNI e a VISA compreende a análise do projetopor uma equipe multiprofissional e elaboração de parecer técnico assinado nomínimo por arquiteto, engenheiro civil, ou outro técnico legalmente habilitado pelosistema CREA/CONFEA, para as atividades em questão.

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O parecer deverá descrever o objeto de análise e conter uma avaliação doprojeto básico arquitetônico quanto a:

Adequação do projeto arquitetônico às atividades propostas pela CRF -verificação da pertinência do projeto físico apresentado com a proposta,objetivando o cumprimento da assistência proposta;

Funcionalidade do edifício - verificação dos fluxos detrabalho/materiais/insumos propostos no projeto físico, visando evitarproblemas futuros de funcionamento e de controle de infecção (se for ocaso) na CRF como um todo;

Dimensionamento dos ambientes - verificação das áreas e dimensõeslineares dos ambientes propostos em relação ao dimensionamento mínimoexigido por este regulamento, observando uma flexibilidade nos casos dereformas e adequações, desde que justificadas as diferenças e a nãointerferência no resultado final do procedimento a ser realizado;

Instalações ordinárias e especiais - verificação da adequação dos pontosde instalações projetados em relação ao determinado por este regulamento,assim como das instalações de suporte ao funcionamento geral da unidade(ex.: sistema de condicionamento de ar, sistema de fornecimento de energiageral e de emergência (transformadores, gerador de emergência e no-break)) e equipamentos de infra-estrutura, tais como: elevadores, monta-cargas, visando evitar futuros problemas decorrentes da falta dessasinstalações;

Especificação básica dos materiais - verificação da adequação dosmateriais de acabamento propostos com as exigências normativas de usopor ambiente e conjunto da CRF, visando adequar os materiais empregadoscom os procedimentos a serem realizados.

O parecer deve ser conclusivo e conter a análise do PBA sobre cada umdos itens acima relacionados, identificando os problemas existentes de formadescritiva e solicitando as alterações ou complementações necessárias para acorreção, bem como conter a observação da necessidade de apreciação eaprovação do projeto pelos órgãos competentes do nível local para execução daobra.

O parecer deve conter ainda a observação quanto à exigência de conclusãodos projetos de instalações e estruturas (Lei 8.666 em seus artigos 6º e 7º eResolução CONFEA n.º 61/91), assim como sua apreciação e aprovação pelosórgãos competentes do nível local, quando couber, para realização do processo delicitação e conseqüente execução da obra.

Nota: As peças gráficas e descritivas do PBA analisado devem possuir registro deidentificação do parecer técnico emitido, com data, nome, assinatura e número deinscrição no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA,do responsável pelo parecer.

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9.2.3.2 – Procedimentos

Para edificações novas, sejam estabelecimentos completos ou partes aserem ampliadas, é obrigatória a aplicação total deste Manual e da legislação emvigor. Para obras de reforma e adequações, quando esgotadas todas aspossibilidades sem que existam condições de cumprimento integral deste Manual,devem-se privilegiar os fluxos de trabalho/material (quando houver), adotando-se aseguinte documentação complementar, que será analisada em conjunto com oprojeto básico de arquitetura:

1 - Planta baixa com leiaute dos equipamentos e mobiliário principal, com asdevidas dimensões consignadas ou representadas em escala;

2 - Declaração do projetista e do responsável pela CRF de que o projeto propostoatende parcialmente ao Manual para o desenvolvimento das atividades previstas,relacionando as ressalvas que não serão atendidas e o modo como estão sendosupridas no projeto em análise.

Procedimento igual ao das reformas deve ser seguido quando se tratar daadoção de uma nova tecnologia não abordada pela legislação sanitária, diferentedas usuais.

Em todos os casos, os projetos deverão ser acompanhados de relatóriotécnico conforme explanado no item 8.2.2.2 do item Elaboração de Projetos Físicosdeste manual.

A direção do CRF deve manter arquivados os projetos aprovados,mantendo-os disponíveis para consulta por ocasião das inspeções ou fiscalizações.

A direção do CRF deverá encaminhar as vigilâncias sanitárias estaduaisou municipais, os projetos físicos referentes às modificações na estrutura física queimpliquem mudanças de fluxos ou alteração substancial de layout ou incorporaçãode nova atividade.

A área técnica de análise de projetos da Vigilância Sanitária Estadual oumunicipal poderá solicitar os projetos complementares de estruturas e instalaçõesordinárias e especiais, conforme dispõe o item - Elaboração de Projetos Físicos,quando couber.

9.2.3.3. Financiamento das obras

Para fins de financiamento os projetos físicos serão avaliados conforme asorientações contidas:

1. Manual de Instruções, Diretrizes e Procedimentos Operacionais paraContratação e Execução de Programas e Ações do Ministério da Saúde,abril de 2010, que tem por finalidade estabelecer instruções, diretrizes eprocedimentos para a prestação de serviços pela Caixa EconômicaFederal/CAIXA, mediante a firmatura de Contratos de Repasses comEstados, Municípios, Distrito Federal e Entidades Privadas sem finslucrativos, que atuam de forma complementar ao poder público na

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assistência à saúde, destinados ao financiamento de ações e serviços desaúde voltados ao fortalecimento do Sistema único da Saúde - SUS,lastreado com recursos alocados no Fundo Nacional de Saúde,consignados no Orçamento- Geral da União, na forma do disposto noContrato Administrativo nº 001, de 27.06.2008;

2. Circular MS/SE/GAB nº 06, de 12 de fevereiro de 2010; e

3. Nas normas de financiamento dos órgãos financiadores, sem prejuízo dodefinido neste manual.

A instituição interessada em realizar a contratação e execução deProgramas e Ações do Ministério da Saúde destinado ao financiamento de ações eserviços de saúde voltados ao fortalecimento do Sistema Único da Saúde - SUSdeverá incluí-los no Sistema Nacional de Convênios/SICONV, realizando oCredenciamento do Proponente, a Inclusão de Envio de Propostas de Projetos deconstrução nova, ampliação e reforma de Centrais de rede de Frio e apresentar aseguinte documentação junto ao órgão financiador depois de aprovada:

• Planta Baixa conforme padrão NBR-6492.• Cortes conforme padrão NBR-6492.• Fachadas conforme padrão NBR-6492.• Planta de Cobertura / Locação e Situação conforme padrãoNBR-6492. Conter ainda endereço legível da obra na locação eno carimbo da prancha.• Memorial Descritivo.• Orçamento da obra detalhado com BDI.• Cronograma físico-financeiro da obra.• Fotos da Obra: reforma/ampliação/conclusão/recuperação• Cópia da Escritura com registro cartorial do terreno e/ouedificação.• Especificação Básica de Materiais de acabamento.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ABNT NBR – 9050/2004

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde.Dispõem sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde,a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outrasprovidências. Publicada no DOU de 20/9/90 (disponível emhttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/LEI8080.pdf).

BRASIL. Wagner Jose da Silva, Brasília/DF, julho/2008, Documento técnicocontendo proposta para o cálculo do volume útil dos refrigeradores destinados aoarmazenamento de vacinas e das áreas mínimas necessárias à instalação dessesrefrigeradores para ampliação da Rede de Frio da Regional de Zé Doca no estadodo Maranhão considerando uma vida útil de 15 anos.

BRASIL, SOMASUShttp://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/somasus/dsp_ambiente_pdf.cfm?id_ambiente=ZEL01

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria MS 1.602.Institui em todo o território nacional, os calendários de Vacinação da Criança, doAdolescente, do Adulto e do Idoso. 17 de julho de 2006. Publicação no DOU, seção1, nº 136 de 18 de julho de 2006.

MINISTERIO DA SAUDE, Manual da Rede de Frio, 3º versão, FUNASA, 2001.

MINISTERIO DA SAUDE, Manual de Instruções, Diretrizes e ProcedimentosOperacionais para Contratação e Execução de Programas e Ações do Ministérioda Saúde, abril de 2010.

MINISTERIO DA SAUDE, Circular MS/SE/GAB nº 06, de 12 de fevereiro de 2010.Portaria A/CSIL nº 31, 29 de janeiro de 2010, Governo do Estado do Rio deJaneiro, RJ, 2010.

NETO, G.V e FILHO, W.R. Gestão de recursos materiais e de medicamentos,Saúde & Cidadania, volume 12, São Paulo, 1998.

Resolução – RDC/ANVISA nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre oRegulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação deprojetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

RESOLUÇÃO RDC/ANVISA Nº 189, DE 18 DE JULHO DE 2003. Dispõe sobre aregulamentação dos procedimentos de análise, avaliação e aprovação dos projetosfísicos de estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,altera o Regulamento Técnico aprovado pela RDC nº 50, de 21 de fevereiro de2002 e dá outras providências.