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    Direito Constitucional

    DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS .................................................................2Direito e suas garantias ......................................................................................................2Princpio da legalidade .....................................................................................................3

    Categorias de reserva da lei ...........................................................................................4Legalidade e legitimidade .............................................................................................5

    Legalidade e poder de regulamentar ..............................................................................5Legalidade e atividade administrativa ...........................................................................5Legalidade tributria ......................................................................................................6Legalidade penal ............................................................................................................6Princpios complementares do princpio da legalidade .................................................7Controle da legalidade ...................................................................................................7

    Princpio da proteo judiciria .........................................................................................7Estabilidade dos direitos subjetivos ...................................................................................7Direitos segurana ...........................................................................................................9

    Dos direitos sociais ..........................................................................................................11Dos princpios da igualdade ............................................................................................ 12Dos remdios constitucionais - os writs constitucionais ............................................13

    Do mandado de segurana ...........................................................................................14Habeas data ..................................................................................................................26Mandado de injuno ...................................................................................................27Ao civil pblica ........................................................................................................28Ao popular ................................................................................................................29Direito de petio .........................................................................................................34Habeas corpus ..............................................................................................................34

    DO PODER LEGISLATIVO ..............................................................................................35Cmara dos deputados CF. ART. 45 ...............................................................................36Senado federal .................................................................................................................36Organizao interna das casas do congresso ...................................................................37

    Funcionamento e atribuies ......................................................................................39Funes legislativas : tpicas e atpicas ...........................................................................40Atribuies do congresso nacional ..................................................................................41O processo de criao da lei - processo legislativo .........................................................42

    Processo legislativo .....................................................................................................42

    Procedimento legislativo .............................................................................................45As espcies normativas cf . art. 59 ..............................................................................46

    1- Emendas a constituio .......................................................................................462 - Lei complementar ...............................................................................................473 - Leis delegadas ....................................................................................................474 - Medidas provisrias ...........................................................................................485 - Decreto legislativo ..............................................................................................496 Resolues: ........................................................................................................49

    Estatuto dos congressistas ...............................................................................................50

    PODER EXECUTIVO ........................................................................................................52Perda do mandado do presidente e do vice.....................................................................54Classificao das atribuies do presidente da repblica ................................................54

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    Responsabilidade do presidente da repblica ..................................................................54DAS DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIES DEMOCRTICAS ..................55

    Introduo ........................................................................................................................55Estado de defesa ............................................................................................................55Estado de stio ..................................................................................................................57

    Controle do estado de stio ..........................................................................................58DA SEGURANA PBLICA ...........................................................................................59TEORIA DO DIREITO DE NACIONALIDADE ..............................................................61

    Conceituao de nacionalidade ....................................................................................... 61Modo de aquisio da nacionalidade ...............................................................................62Direito de nacionalidade brasileira ..................................................................................63Condio jurdica do brasileiro nato e naturalizado ........................................................64Perda da nacionalidade brasileira ....................................................................................64Reaquisio da nacionalidade brasileira ..........................................................................64

    Condio jurdica do estrangeiro no Brasil .....................................................................64Aquisio e gozo dos direitos civis .................................................................................65DIREITOS POLTICOS ......................................................................................................66

    Direitos polticos positivos ..............................................................................................67Direito de sufrgio ...........................................................................................................67Sistemas eleitorais ...........................................................................................................69Procedimento eleitoral .....................................................................................................70Direitos polticos negativos .............................................................................................71Privao dos direitos polticos .........................................................................................71Reaquisio dos direitos polticos ..................................................................................72Inelegibilidades ................................................................................................................72Dos partidos polticos ......................................................................................................73Princpios constitucionais de organizao partidria .......................................................74Partidos e representao poltica .....................................................................................74

    DA ORDEM SOCIAL .........................................................................................................75

    DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    Direito e suas garantias

    o Direitos: So bens e vantagens conferidas pela norma;o Garantias: so os meios de fazer valer esses direitos, so instrumentos

    pelos quais se asseguram o exerccio e gozo daqueles bens e vantagens.

    As garantias dos direitos humanos fundamentais podem ser de dois tipos:

    A) GARANTIAS GERAIS;

    B) GARANTIAS CONSTITUCIONAIS:

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    o Garantias Constitucionais Gerais: so as instituies constitucionais quese inserem no mecanismo de freios e contrapesos dos poderes e, assimimpedir o arbtrio, com o que constituem, ao mesmo tempo, tcnicaassecuratrias de eficcia das normas conferidoras dos direitosfundamentais. (Ex.: rgos jurisdicionais).

    o Garantias Constitucionais Especiais: so prescries constitucionaisque conferem , aos titulares dos direitos fundamentais , meios, tcnicas einstrumentos ou procedimentos para imporem o respeito e a exigibilidadedesses direitos, so portanto, prescries do Direito Constitucional positivo,que limitando a atuao dos rgos estatais ou mesmo de particulares,protegem a eficcia, a aplicabilidade e inviolabilidade dos direitosfundamentais de modo especial.

    GARANTIAS CONSTITUCIONAIS INDIVIDUAISA positivao dos direitos individuais constitui elemento fundamental para suaobrigatoriedade e imperatividade. uma relao jurdica entre governado(sujeito ativo) e o Estado e suas autoridades (sujeito passivo).Garantia constitucional individual: so os meios, instrumentos, procedimentose instituies destinadas a assegurar o respeito, a efetividade do gozo e aexigibilidade dos direitos individuais.

    Princpio da legalidade

    Princpio da Legalidade nota essencial do Estado de Direito, princpio basilardo Estado Democrtico de Direito, da essncia de seu conceito subordinar-se Constituio e fundar-se na legalidade democrtica. Sujeita-se ao imprioda lei, mas da lei que realize o princpio da igualdade e da justia.

    nesse sentido que se deve entender a assertiva de que o Estado , ou PoderPblico, ou os administradores no podem exigir qualquer ao, nem imporqualquer absteno, nem mandar e tampouco proibir nada aos administrados,seno em virtude da lei.

    nesse sentido o artigo 5, II ,da Constituio, o texto no h de sercompreendido isoladamente, mas dentro do sistema constitucional vigente,mormente em funo de regras de distribuio de competncia entre os rgosdo poder, de onde decorre que o princpio da legalidade ali consubstanciado sefunda na previso de competncia geral do Poder Legislativo, para legislar sobremateriais genericamente indicadas. A idia matriz est em que s o PoderLegislativo pode criar regras que contenham, originariamente, novidade

    modificativa da ordem-jurdico-formal.

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    LEI: - a lei formal - isto , ao ato legislativo emanado dos rgos derepresentao popular e elaborado de conformidade com o processo legislativoprevisto na Constituio. Pode ser que a matria possa ser regulada por um atoequiparado a lei formal - lei delegada ou medida provisria , convertidas em lei -que s podem substituir a lei formal em relao quelas materiais estritamente

    indicadas nos dispositivos referidos.O princpio da legalidade vincula-se a uma reserva genrica ao PoderLegislativo, que no exclui atuao secundria de outros poderes.Isso quer dizer que os elementos essenciais da providncia impositiva ho queconstar da lei. S a lei cria direitos e impe obrigaes positivas ou negativas.

    LEGALIDADE RESERVA DA LEISubmisso e o respeito lei,atuao dentro da esfera

    estabelecida pelo legislador

    Estatuir que a regulamentaode determinada matria h de

    fazer-se necessariamente por leiformalOutorga consiste no poderamplo e geral sobre qualquerespcie de relaes.

    Deve ditar uma disciplina maisespecfica do que a necessriapara satisfazer o princpio dalegalidade.

    Envolve primariamente umasituao de hierarquia das fontesnormativas.

    Quando uma normaconstitucional atribui determinadamatria exclusivamente a lei

    formal, subtraindo-a , com isso, disciplina de outras fontes.Envolve uma questo decompetncia

    Categorias de reserva da lei

    1 - do ponto de vista do rgo competente: pelo qual o exerccio da funolegislativa para determinar matrias s Cabe ao Congresso Nacional, so, pois,indelegveis.2 - do ponto de vista da natureza da matria: pelo qual determinadas matriasso reservadas lei complementar, enquanto outras o so lei ordinria - , e hcasos que a reserva de lei ordinria ou complementar estadual ou de leiorgnica local.3 - do ponto de vista do legislador: a reserva pode ser:

    o Absoluta a reserva constitucional da lei: quando a disciplina da matria reservada pela Constituio lei, com excluso, portanto, de qualqueroutra fonte infralegal, quando a Constituio, por exemplo, diz: a leiregular, a lei dispor, a lei criar.

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    o Relativa a reserva constitucional da lei: quando a disciplina da matria em parte admissvel a outra fonte diversa da lei. A constituio aplica asseguintes formas: nos termos da lei, no prazo da lei, na forma da lei.

    o So , em, verdades hipteses em que a Constituio prev a prtica de atoinfra legal sobre determinada matria, impondo, no entanto, obedincia a

    requisitos ou condies reservadas a lei.

    Legalidade e legitimidadeo princpio da legalidade num Estado Democrtico de Direito, funda-se no

    princpio da legitimidade, seno o Estado no ser tal.o princpio da legalidade s poder ser formal na exigncia de que a lei seja

    concebida como formal no sentido de ser feita pelos rgos derepresentao popular, no em abstrao ao seu contedo e finalidade da

    ordem jurdica.o Legitimidade e legalidade nem sempre se confundem - cessam de

    identificar-se no momento em que se admite que uma ordem pode serlegal mas injusta.

    o princpio de legalidade de um Estado Democrtico de Direito assentanuma ordem jurdica emanada de um poder legtimo, at porque, se no ofor, o Estado no ser Democrtico de Direito.

    Legalidade e poder de regulamentar

    Cabe ao Poder Executivo, outorgado pela Constituio, das vrias esferas deGoverno, o poder de regulamentar , para fiel execuo da lei, e para dispor sobrea organizao e funcionamento da administrao - regulamento de execuo e oregulamento de organizao. No se admite o regulamento autnomo, j que opoder regulamentar - o regulamento - est vinculado a lei.

    Poder Regulamentar consiste num poder administrativo no exerccio de funonormativa subordinada - trata-se de poder limitado - no poder legislativo,no pode, pois criar normatividade que inove a ordem jurdica.

    Ultrapassar os limites legais importa em abuso de poder , em usurpao decompetncia.

    O poder Regulamentar: no cria nem modifica e extingue direitos e obrigaes.

    Regulamento Vinculado: chamado o regulamento de determinada lei,desenvolvendo-lhe os princpios, estabelecendo os pormenores de sua execuo.

    Legalidade e atividade administrativaToda atividade administrativa est condicionada ao atendimento da lei.Na administrao pblica s permitido fazer o que a lei autoriza . A lei para oparticular, significa pode fazer, para a administrao significa deve fazerassim.

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    A administrao direta, indireta e fundacional, de qualquer esfera governamental,obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade , moralidade epublicidade.

    Quanto a discricionariedade da Administrao, a atividade discricionria e os atosconseqentes no so arbitrrios, pois subordinam-se a um estrito vnculo delegalidade.

    A discricionariedade, sempre relativa e parcial , porque, quanto acompetncia, forma, e finalidade do ato, a autoridade est sempresubordinada ao que a lei dispe, so eles aspectos vinculados do atodiscricionrio, pelo que a discricionariedade se verifica quanto ao motivo eobjeto do ato.

    Se o motivo e o objeto forem expressos em lei, o ato vinculado, se no oforem, resta um campo de liberdade ao administrador e o ato discricionrio.

    Quanto a possibilidade de submisso dos atos administrativos ao controlejurisdicional, temos:Se o ato vinculado o ato ficar sujeito a esse controle, quanto ao atodiscricionrio, refoge ao controle de legalidade, nos limites dadiscricionariedade, mas o judicirio pode observar quanto a moralidade,probidade, finalidade pblica, impessoalidade .

    Legalidade tributriaO fenmeno tributrio, obedece a legalidade, mas no a simples legalidadegenrica que rege todas as atividades administrativas, subordina-se a umalegalidade especfica, que em verdade se traduz no princpio da reserva da lei.Esta legalidade especfica constitui garantia constitucional do contribuinte.Esse princpio da estrita legalidade tributria compe-se de dois princpios quese complementam:

    o o da reserva da lei;o o da anterioridade da lei tributria;

    CF . ART . 150 .Legalidade penalConsubstancia no princpio nullum crimen nulla poena sine lege, contmtambm uma reserva absoluta de lei formal, que exclui a possibilidade de olegislador transferir a outrem a funo de definir o crime e de estabelecer pena.O princpio se completa com outro: o favor rei, que prescreve a no ultratividadeda lei penal, a aplicao da lei posterior quela vigente no momento da comisso

    do crime quando tolha o carter delituoso do fato ou contenha dispositivos maisfavorveis ao ru.

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    Princpios complementares do princpio da legalidadeSo caracteristicamente garantias do prprio regime da legalidade, como ocaso da inafastabilidade do controle jurisdicional, que objetiva verificar aconformidade do ato ou atividade do Poder Pblico, com as norma legais.Se assim, no o fosse o princpio da legalidade seria uma frmula vazia.

    A proteo constitucional do direito adquirido, do ato jurdico perfeito e da coisa julga, tambm garantia de permanncia e estabilidade do princpio dalegalidade.Princpio da irretroatividade da lei, princpio complementar ao da legalidade.

    Controle da legalidadeFica a administrao, submissa legalidade, subordinada a trs sistemas decontrole: Administrativo, Legislativo e Judicirio.Qualquer desses controles objetiva verificar a conformao da atividade e do ato

    s normas legais. O mais importante de todos o Jurisdicionrio - realiza-se coma garantia do acesso ao judicirio.

    Princpio da proteo judiciriaOu Princpio da inafastabilidade do controle jurisdicional, principal garantia dosdireitos subjetivos, fundamenta-se no princpio da separao dos poderes,reconhecida como a garantia das garantias constitucionais.Cabe ao Judicirio o Monoplio da jurisdio. Tem-se o direito de invocar aatividade jurisdicional sempre que se tenha como lesado, ou simplesmenteameaado um direito, individual ou coletivo.Consagra-se o direito de invocar a atividade jurisdicional como direitopblico subjetivo. No se assegura a somente o direito de agir, direito de ao- mas tambm o direito daquele contra quem se age, contra quem se prope aao.Devido processo legal, combinado com direito de acesso Justia, cocontraditrio e a plenitude da defesa, fecha-se o ciclo das garantiasprocessuais . Garante-se o processo, ou seja as formais instrumentaisadequadas a fim de que a prestao jurisdicional , quando entregue pelo Estado,de a cada um o que seu, segundo o imperativo da ordem jurdica.

    Estabilidade dos direitos subjetivos

    SEGURANA JURDICA: conjunto de condies que tornam possvel spessoas o conhecimento antecipado e reflexivo, das conseqncias diretas deseus atos e de seus fatos luz da liberdade reconhecida.Importante condio da segurana jurdica, consiste na relativa certeza queos indivduos tm de que as relaes realizadas sob o imprio de uma normadevem perdurar ainda quando tal norma seja substituda.

    A lei feita para vigorar e produzir seus efeitos para o futuro; seu limitetemporal pode ser nela mesmo demarcado ou no, seu texto as vezes delimita otempo durante o qual ele reger a situao ftica prevista. As vezes ele feita

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    para regular situao transitria , decorrida a qual ela perde a vigncia,conseqentemente a eficcia.

    O mais comum, entretanto, que uma lei s perca o vigor quando outra arevogue expressa o tacitamente.

    Se a lei revogada produziu efeitos em favor de um sujeito, diz-se que ela criousituao jurdica subjetiva, que poder ser um simples interesse, um interesselegtimo, a expectativa de direito, um direito condicionado , um direitosubjetivo (este garantido jurisdicionalmente, ou seja, exigvel via jurisdicional).A realizao efetiva desse interesse juridicamente protegido - direito subjetivo -no raro fica na dependncia da vontade de seu titular. Diz-se, ento, que odireito lhe pertence, j integra o seu patrimnio, mas ainda no fora exercido.

    DIREITO ADQUIRIDO: So seus elementos caracterizadores:1 - ter sido produzido por um fato idneo para a sua produo;2 - ter se incorporado definitivamente ao patrimnio do titular;

    O direito subjetivo um direito exercitvel segundo a vontade do titular eexigvel na via jurisdicional quando seu exerccio obstado pelo sujeitoobrigado prestao correspondente. Se tal direito exercido, foi devidamenteprestado, tornou-se situao jurdica consumada ( direito consumado, direitosatisfeito, extinguiu-se a relao jurdica que o fundamentava).

    Se o direito subjetivo no foi exercido, vindo a lei nova, transforma-se emdireito adquirido, porque era exercitvel e exigvel a vontade de seu titular.Incorporou-se no seu patrimnio para ser exercido de maneira garantida,aquilo que as normas de direito atribuem a algum como prprio. Essapossibilidade de exerccio continua no domnio da vontade do titular em face dalei nova.

    Direito subjetivo vira direito adquirido quando lei nova vem alterar as basesnormativas sob as quais foi constitudo.

    Se no era direito subjetivo antes da lei nova, mas interesse jurdico simples,mera expectativa de direito ou mesmo interesse legtimo, no se transforma emdireito adquirido sob o regime da lei nova.

    No se trata da questo da retroatividade da lei, mas to s limite de suaaplicao. A lei nova no se aplica a situao subjetiva constituda sob o imprioda lei anterior.A Constituio no veda a retroatividade da lei, a no ser da lei penal que nobeneficie o ru.

    Mas o princpio da irretroatividade da lei no de Direito Constitucional, masprincpio geral de Direito. Decorre do princpio de que as leis so feitas paravigorar e incidir para o futuro.

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    So feitas para reger situaes que se apresentem a partir do momento em queentram em vigor.S podem surtir efeitos retroativos, quando elas prprias o estabelecem -vedado em matria penal, salvo se beneficiar o ru - resguardados os direitosadquiridos e as situaes consumadas.

    ATO JURDICO PERFEITO: o j consumado segundo a lei vigente ao tempoque se efetuou. Ato jurdico perfeito aquela situao consumada ou direitoconsumado. - direito definitivamente exercido.Esse direito consumado tambm inatingvel pela lei nova, no por ser atoperfeito, mas por ser direito mais do que adquirido, direito esgotado. Se o simplesdireito adquirido, protegido contra a interferncia da lei nova, mais ainda odireito adquirido j consumado.A diferena entre direito adquirido e o ato jurdico perfeito que aquele emana

    diretamente da lei em favor de um titular, o segundo negcio fundado na lei.Ato jurdico perfeito: o negcio jurdico ou o ato jurdico stricto sensuportanto assim, as declaraes unilaterais de vontade como os negcios jurdicosbilaterais.

    COISA JULGADA: Refere-se coisa julgada material, no a coisa julgadaformal. Refere-se a coisa julgada material, porque o que se protege a prestao

    jurisdicional definitivamente outorgada.A coisa julgada , em certo sentido um ato jurdico perfeito; assim j estariacontemplada na proteo deste, o constituinte a destacou como instituto deenorme relevncia na teoria da segurana jurdica.A proteo constitucional da coisa julgada, no impede que a lei preordeneregras para sua resciso mediante atividade jurisdicional. A lei no prejudicar acoisa julgada, quer-se tutelar esta contra atuao direta do legislador, contraataque direto da lei. No impede contudo que a lei preordene regras para suaresciso mediante atividade jurisdicional.

    Direitos seguranaDireitos segurana um conjunto de garantias, esse conjunto de direitosaparelha situaes , proibies, limitaes e procedimentos destinados aassegurar o exerccio e o gozo de algum direito individual fundamental.

    o Segurana do domiclio: consagra o direito do indivduo ao aconchego dolar com a sua famlia, casa asilo inviolvel. Preservao da privacidade e daintimidade. Dia se estende das 6 horas s 18 horas. A proteo dirige-se asautoridades e aos particulares.

    o Segurana das comunicaes pessoais: visa assegurar o sigilo dacorrespondncia e das comunicaes telegrafias e telefnicas. Entram noconceito mais amplo da liberdade de pensamento.

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    o Segurana em matria penal: garantias que visam tutelar a liberdadepessoal, protegem o indivduo contra atuao arbitrrias.

    1 - GARANTIAS JURISDICIONAIS PENAIS:o garantia da inexistncia de juzo ou tribunal de exceo: acolhendo-se a o

    princpio do juiz natural, pr-constitudo pelo qual vedada a constituiode juiz ad hocpara o julgamento de determinada causa.

    o garantia de julgamento pelo tribunal do jri nos crimes dolosos contra avida: garantias subsidirias da plenitude de defesa do sigilo das votaesdos jurados e da soberania dos veredictos.

    o garantia do juiz competente: ningum ser processado nem sentenciadoseno pela autoridade competente e nem preso por ordem escrita efundamentada de autoridade judiciria incompetente.

    2 - GARANTIAS CRIMINAIS PREVENTIVAS:o anterioridade da lei penal: no h crime sem lei anterior que o defina, nem

    pena sem prvia cominao legal; - nullum crimen sine lege - nulla poenasine lege -

    o garantia da irretroatividade da lei penal, salvo quando beneficiar o ru;o garantia da legalidade e da comunicabilidade da priso: a priso ilegal ser

    imediatamente relaxada pela autoridade competente, o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seu interrogatrio.

    3 - GARANTIAS RELATIVAS APLICAO DA PENA:o individualizao da pena: a aplicao da pena deve ajustar-se situao de

    cada imputado;o personalizao da pena: a pena no passar da pessoa do delinqente,

    no sentido de que no atingir a ningum de sua famlia nem a terceiro,pois ningum pode sofrer sano por fato alheio.

    o proibio de priso civil por dvida: exceto nos casos, de inadimplementovoluntrio e inescusvel obrigao alimentcia e a do depositrio infiel.

    o proibio de extradio a brasileiro : salvo o naturalizadoo proibio de extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio:o proibio de determinadas penas:

    4- GARANTIAS PROCESSUAIS PENAIS:o instruo penal contraditria : garantia da plenitude e ampla defesa.o garantia do processo legal: ningum ser privado de liberdade ou de seus

    bens sem o devido processo ilegal.o garantia da ao privada: garante ao interessado promover a ao privada

    nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal.o garantia de presuno de inocncia: ningum ser culpado at o trnsito

    em julgado da sentena penal condenatria; e o civilmente identificado no

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    ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas emlei.

    5- GARANTIAS DA INCOLUMIDADE FSICA E MORAL.o vedao de tratamento desumano e degradante:o vedao e punio da tortura:

    6 - GARANTIAS PENAIS DE NO DISCRIMINAO:

    7- GARANTIA PENAL DA ORDEM CONSTITUCIONAL DEMOCRTICA:

    Dos direitos sociais

    A normatividade constitucional dos direitos sociais, iniciou-se na Constituio de

    1934. , ento, crescente da eficcia e da aplicabilidade das normasconstitucionais reconhecedoras de direitos sociais.Assim, quando a Constituio diz so direitos dos trabalhadores urbanos e ruraisos expressamente indicados no artigo abaixo.CF . ART . 7 .

    No de esquecer-se que o sistema de proteo dos direitos sociais aindamuito frgil.

    Tutela Jurisdicional dos hiposuficientes: Regulando as relaes de trabalho com

    vistas a tutelar os interesses dos trabalhadores, e da a garantia mais relevanteconsistente na institucionalizao de uma Justia do Trabalho, destinada aconciliar e julgar os dissdios individuais e coletivos . Tutela jurisdicional doschamados hiposuficientes. CF . ART . 114.

    Sindicalizao e Direito de Greve: possibilidade de instituir sindicatosautnomos e livres e no reconhecimento constitucional do direito de greve, queencontramos os dois instrumentos mais eficazes para efetividade dos direitossociais dos trabalhadores.Sindicalizao um tipo de associao profissional cujo objetivo fundamentalconsiste na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.Greve um direito-garantia , na medida em que ele no uma vantagem, umbem , afervel em si pessoa grevistas, mas um meio utilizado pelos trabalhadorespara conseguirem a efetivao de seus direitos e melhores condies detrabalho. CF . ART . 8 e 9 .

    Decises Judiciais Normativas: A importncia dos sindicatos se revela aindana possibilidade celebrarem convenes coletivas de trabalho e,conseqentemente na legitimao que tm para suscitar dissdio coletivo de

    trabalho. Significa, que se d s decises judiciais em tais casos extensonormativa que alcana toda a categoria profissional representada pelo sindicato

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    suscitante, beneficiando mesmo aqueles trabalhadores que sequer sejamsindicalizados.

    Dos princpios da igualdade

    a igualdade que constitui o signo fundamental da democracia, no admite osprivilgios e distines que um regime liberal consagra.A igualdade perante a lei e perante ao poder pblico.

    Isonomia formal: no sentido de que a lei e sua aplicao, trata a todosigualmente sem levar em conta as distines de grupos.Quando se d a expresso igualdade na lei - o princpio tem como destinatriotanto o legislador como os aplicadores da lei.Ao elaborar a lei deve reger, com igual disposies - os mesmos nus e as

    mesmas vantagens - situaes idnticas, e, reciprocamente distinguir, narepartio de encargos e benefcios, as situaes que sejam entre si distintas , desorte a quinhoa-las ou grav-las em proporo a suas diversidades.

    Nos sistemas constitucionais do tipo do nosso no cabe dvida quanto aoprincipal destinatrio do princpio constitucional de igualdade perante a lei. Omandamento da Constituio se dirige particularmente ao legislador e,efetivamente somente ele poder ser o destinatrio til de seu mandamento.

    Conceito de igualdade e desigualdade so relativos, impe a confrontao e ocontraste entre duas ou vrias situaes, pelo que onde uma s existe no possvel indagar de tratamento igual ou discriminatrio.

    Alguns exemplos:

    1 - IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES: No igualdade perante alei, mas igualdade de direito e obrigaes.S valem as discriminaes feitas pela prpria Constituio, sempre a favor damulher

    2 - IGUALDADE JURISDICIONAL: O princpio da igualdade perante a lei que sedirige primariamente ao legislador avulta a importncia da igualdade jurisdicional.O princpio da igualdade consubstancia uma limitao ao legislador, que, sendoviolada, importa na inconstitucionalidade da lei , por outro lado, o juiz deversempre dar lei o entendimento que no crie distines.Princpio da igualdade jurisdicional, apresenta-se:

    o como interdio ao juiz de fazer distines entre situaes iguais e aplicara lei;

    o como interdio ao legislador de editar leis que possibilitem tratamentodesigual a situaes iguais ou tratamento igual a situaes desiguais porparte da justia.

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    A vedao de juzo de exceo caracteriza o juiz natural, consubstanciado naDeclarao Universal dos Direitos Humanos.Juiz natural o juiz preconstituido competente.A existncia das justias especiais no ofende o princpio do juiz natural.

    3 - IGUALDADE PERANTE A TRIBUTAO: Relaciona-se com a justiadistributiva em matria fiscal.A teoria subjetiva comporta duas vertentes:Princpio do benefcio: onde as cargas dos impostos deve ser distribuda entreos individuos de acordo com o benefcio que desfrutam da atividadegovernamental;Princpio do sacrifcio igual: o governo incorre em custos em favor deindivduos particulares , estes custos devem ser suportados por eles.A teoria objetiva:

    Convergem para o princpio da capacidade contributiva, expressamente adotadapela constituio.

    4 - IGUALDADE PERANTE A LEI PENAL: No deve significar que a mesmapena para o mesmo delito, mas deve significar que a mesma lei e seus sistemasde sanes, ho de se aplicar a todos quantos pratiquem o fato tpico neladefinido como crime.

    5 - IGUALDADE SEM DISTINO DE QUALQUER NATUREZA: A Constituioveda distines de qualquer natureza, deve promover o bem de todos.

    Dos remdios constitucionais - os writs constitucionais

    A Constituio, inclui entre as garantias individuais, o direito de petio, ohabeas corpus, o mandado de segurana, o mandado de injuno, o habeasdata, a ao popular - que vem sido nomeados no Direito constitucional deRemdios Constitucionais - no sentido - de meios dispostos disposio dos

    indivduos e cidados para provocar a interveno das autoridades visandosanar, corrigir ilegalidade e abuso do poder em prejuzo de direitos e interessesindividuais. Tm natureza de ao constitucional.

    So garantias Constitucionais na medida de que so instrumentos destinados aassegurar o gozo de direitos violados ou em vista de ser violados ousimplesmente no atendidos.

    Rigorosamente falando as garantias dos direitos fundamentais so as

    limitaes , as vedaes, impostas pelo constituinte ao poder pblico.

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    Do mandado de segurana

    A) CONCEITO E LEGITIMIDADE:Mandado de Segurana: o meio constitucional posto a disposio de todapessoa fsica ou jurdica, rgo com capacidade processual, ou universalidade

    reconhecida por lei, para proteo de direito individual ou coletivo, lquido ecerto, no amparado porhabeas corpus, lesado ou ameaado de leso, por atode autoridade, se de que categoria for e sejam quais forem as funes queexera.No s as pessoas fsicas e jurdicas podem utilizar-se e ser passveis domandato de segurana, como tambm os rgos pblicos despersonalizados,mas dotados de capacidade processual. Ex.: Presidncia das Mesas doLegislativo, Fundos financeiros, etc.., - Administrao centralizada oudescentralizada que tenham prerrogativas ou direitos prprios a defender.

    Respondem tambm em mandado de segurana as autoridades judicirias -quando pratiquem atos administrativos ou profiram decises judiciais que lesemdireito individual ou coletivo lquido e certo, do impetrante.Podem impetrar segurana alm das pessoas e entes personificados, asuniversalidades reconhecidas por lei - esplio, massa falida, condomnio deapartamentos. Isto porque a personalidade jurdica independente dapersonalidade judiciria (capacidade para ser parte em juzo).. Personalidade

    judiciria a possibilidade de ser parte para defesa de direitos prprios oucoletivas. essencial que tenha prerrogativa ou direito prprio ou coletivo, a defender, eque esse direito se apresente lquido e certo ante o ato impugnado.Quanto aos agentes polticos - prerrogativas funcionais especficas do cargo oumandato - tambm podem impetrar mandado de segurana contra ato deautoridade que lhe tolherr o desempenho de suas atribuies ou afrontar suasprerrogativas.

    Mandado de Segurana Coletivo: esse segue o procedimento comum domandamus de proteo a direito individual. Observe-se que no se presta defesa do direito individual de um ou alguns filiados de partido poltico, de

    sindicato ou de associao, mas sim da categoria, ou seja, da totalidade dosimpetrantes que tenham um direito ou uma prerrogativa a defender em juzo.

    B) NATUREZA PROCESSUAL: ao civil de rito sumrio especial, afasta a ofensa atravs de ordem corretivaou impeditiva da ilegalidade.Enquadra-se no conceito de causa enunciado pela Constituio - para fins defixao de foro e juzo .Distingue-se das demais aes pela especificidade de seu objeto e pela

    sumariedade de seus procedimentos, prprio, s subsidiariamente aceita asregras do C.P.C..

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    A invalidao de atos de autoridade ou supresso de efeitos de omissesadministrativas capazes de lesar direito individual ou coletivo, lquido e certo.O mandamus ser processado e julgado como ao civil, no juzo competente.

    D) ATO DE AUTORIDADE:

    toda manifestao ou omisso do Poder Pblico ou de seus delegados, nodesempenho de suas funes ou a pretexto de exerc-las. Autoridade entende-se a pessoa fsica investida de poder de deciso dentro da esfera decompetncia que lhe atribuda pela norma legal.Trazem em si uma deciso e no apenas uma execuo.Deve se distinguir autoridade pblica de agente pblico: aquela detm naordem hierrquica poder de deciso, pratica atos decisrios, este no praticaatos decisrios, mas simples atos executrios, e por isso no responde amandado de segurana.

    Consideram-se atos de autoridade pblica: os praticados por administradoresou representantes de autarquia e de entidades paraestatais, os pessoas naturaisou jurdicas com funes delegadas, como so os concessionrios de serviosde utilidade pblica.No so passveis de mandados de segurana os praticados porpessoas ouinstituies particulares , cuja atividade seja apenas autorizadas pelo PoderPblico.Equiparam-se a atos de autoridade as omisses administrativas das quais possaresultar leso a direito subjetivo da parte. pacfico o entendimento que os atos judiciais - acrdo, sentena ou despacho- configuram atos de autoridade, passveis de mandado de segurana, desde queofensivos de direito lquido e certo do impetrante, como, tambm, os atosadministrativos praticados por magistrados no desempenho de funes deadministrao da justia sujeitam-se a correo por via do mandamus.

    Os atos praticados por parlamentares na elaborao da lei, na votao deproposies ou na administrao do Legislativo entram na categoria de atos deautoridade e expem-se a mandado de segurana, desde que infrinjam a

    Constituio ou norma regimentais da corporao e ofendam direitos ouprerrogativas do impetrante.

    Os atos interna corporis, mas no todos , so inapreciveis judicialmente.

    D) DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO LQUIDO E CERTO:

    Direito individual: o que pertence a quem invoca e no apenas suacategoria, corporao ou associao de classe. direito prprio do impetrante,

    que autoriza e legitima a impetrao. Se for direito de outrem no autorizamandado de segurana, mas sim, ao popularou ao civil pblica.

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    Deliberaes legislativas: entendem-se as decises de Plenrio ou da Mesaofensiva de direito individual ou coletivo de terceiros, dos membros dacorporao, das Comisses, ou da prpria Mesa.Decises judiciais entende-se os atos jurisdicionais praticados em qualquerprocesso, desde que no haja recurso, ou, este sem efeito suspensivo.

    F) CABIMENTO:

    Ato de qualquer autoridade

    Ato que caiba recurso administrativo: a lei veda que se impetre mandado desegurana contra ato que caiba recurso administrativo, com efeito suspensivoindependente de cauo - no esta obrigando o particular a exaurir a viaadministrativa.

    Est apenas condicionado a impetrao operatividade ou exeqibilidade do atoa ser impugnado perante o Judicirio.

    Se o recursos suspensivo for utilizado ter-se- que aguardar o seu julgamento ,para atacar o ato final; se transcorre o prazo para recurso ou se a parte renunciaa sua interposio o ato se torna operante e exeqvel pela administrao.O que no se admite a concomitncia do recurso administrativo - com efeitosuspensivo - com o mandado de segurana, porque os efeitos do ato j estosobrestados pelo recurso hierrquico, nenhuma leso produzir enquanto no setornar exeqvel e operante.Se o recurso administrativo exigir cauo para o seu recebimento, cabe omandado de segurana.

    Ato judicial: outra matria excluda do mandado de segurana a deciso oudespacho judicial contra o qual caiba recurso especfico apto a impedirilegalidade ou admita reclamao correcional eficaz. cabvel a impetrao de mandado de segurana para resguardo do direitolesado ou ameaado de leso pelo prprio judicirio.

    Inadmissvel o mandado de segurana como substitutivo do recurso prprio,pois por ele no se reforma a deciso impugnada, mas apenas se obtm asustao de seus efeitos lesivos ao direito lquido e certo do impetrante, at areviso do julgado no recurso cabvel. Pode e deve ser concomitante com orecurso prprio.

    cabvel mandado de segurana contra o ato judicial de qualquer natureza einstncia desde que ilegal e violador de direito lquido e certo do impetrante, eno haja possibilidade de coibio eficaz e pronta pelos recursos comuns.

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    At mesmo contra a concesso de medida cautelar cabvel mandado desegurana, para assustar seus efeitos lesivos a direito individual lquido e certodo impetrante.

    Se os recursos comuns revelam-se ineficazes na sua misso protetora do direito

    individual ou coletivo, lquido e certo, pode seu titular usar, excepcional econcomitantemente, do mandamus.

    O uso do mandato de segurana para darefeito suspensivo aos recursos queno o tenham, desde que interposto o recurso normal cabvel.

    cabvel neste caso, a concesso de liminar dando efeito suspensivo aorecurso normal at o julgamento da mandado de segurana, deve concorrer paraessa liminar a relevncia do pedido e a iminncia do dano irreparvel ou de difcil

    reparao ao impetrante -periculum in mora e o fumus bonis juris.Inadmissvel mandado de segurana contra a coisa julgada s destrutvel porao recisria a menos que o julgado seja substancialmente inexistente ou nulode pleno direito, ou no alcance o impetrante nos seus pretendidos efeitos.

    Quanto aos atos no judiciais - embora praticados por rgos do PoderJudicirio, so considerados administrativos e passveis do mandamus.

    passvel de mandado de segurana os atos disciplinares que emboraformalmente corretos e expedidos por autoridade competente, podem ser ilegaise abusivos no mrito, a exigir pronta correo mandamental.

    Ato de dirigente de estabelecimento particular: autorizados e fiscalizados pelogoverno, h de se examinar os atos praticados com autoridade decorrente dadelegao, ou realizado no interesse interno e particular.Assim. Quando o diretor de uma escola particular nega ilegalmente umamatrcula, ou a instituio bancria rejeita ilegitimamente uma operao decrdito, comete uma ilegalidade no desempenho da atribuio delegada, cabe

    segurana.

    G) PRAZO PARA INTERPOSIO:O prazo para impetrar mandado de segurana de 120 dias.Prazo decadencial, como tal, no se suspende nem se interrompe desde queiniciado.

    O prazo s comea a fluir s se inicia na data em que o ato a ser impugnadose torna operante ou exeqvel., capaz de produzir leso ao direito do

    impetrante.

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    Pode ser ente personalizado ou no e universalidades patrimoniais, pois no restrito a pessoa humana como o habeas corpus. Desde que tenham capacidadeprocessual para defender seus direitos - direito subjetivo prprio - lquido ecerto.Exige-se que o impetrante possa exerc-lo individualmente ou coletivamente.

    Pelo mandado de segurana no se defende direito da coletividade mas tosomente direito subjetivo ou coletivo individual, para proteo da comunidadeadequado a ao popular constitucional.

    O impetrado a autoridade coatora no a pessoa jurdica ou o rgo a quepertence e ao qual o seu ato imputado em razo do ofcio.H que se distinguir a posio processual da entidade a que pertence oimpetrado, pois a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, s

    ingressaro nos autos, como litisconsortes nou assistentes por seus procurados,ao passo que o Municpio j integra a lida com o ingresso do Prefeito noProcesso.A autoridade coatora ser sempre parte na causa, dever prestar e subscreverpessoalmente as informaes no prazo de 10 dias. Os efeitos patrimoniais serosuportados pela Fazenda Pblica.

    Coator: a autoridade superior que pratica ou ordena concreta eespecificamente a execuo ou inexecuo do ato impugnado e responde pelasuas conseqncias administrativas. O executor o agente subordinado.

    Incabvel a segurana contra a autoridade que no disponha de competnciapara corrigir a ilegalidade impugnada. Funda-se na mxima ad impossibilianemo tenetur: ningum pode ser obrigado a fazer o impossvel.

    A mesma carncia ocorre quando o ato impugnado no foi praticado peloapontado coator.

    Coator: poder pertencer a qualquer dos Poderes e a qualquer das entidades

    estatais ou s suas organizaes autrquicas ou paraestatais, bem como aosservios concedidos permitidos ou autorizados.As atribuies delegadas embora pertencentes entidade delegante colocamcomo coator o agente delegado que praticar o ato impugnado.Nos rgos colegiados considera-se coator o presidente que subscreve o atoimpugnado e responde pela sua execuo. Nos atos complexos o coator altima autoridade que neles intervm, para seu aperfeioamento. A

    jurisprudncia, exige a notificao de todos os que participam do ato.

    Autoridade superior, dentro de sua atribuio, avoca o ato inferior, deslocando omandado de segurana para o juzo ou foro competente. A avocao

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    admissvel antes de impetrada a segurana, pois esta s cabe contra atooperante e exeqvel.

    Ministrio Pblico: o oficiante necessrio no mandado de segurana, nocomo representante da autoridade coatora ou da entidade estatal, mas como

    parte pblica autnoma incumbida de velar pela correta aplicao da lei e pelaregularidade do processo. O seu dever e manifestar-se sobre a impetrao,podendo opinar pelo seu cabimento ou descabimento, pela sua carncia, e, nomrito pela concesso ou denegao da segurana, bem como a regularidadeou no do processo, segundo a sua convico pessoal, sem estar adstrito aosinteresses da Administrao Pblica.Tem ampla liberdade de manifestao, quanto ao direito, dada a autonomia desuas funes em relao a qualquer das partes, pode, tambm, interpor recursoscabveis, com os prazos duplicados.

    A falta de intimao do Ministrio Pblico acarreta a nulidade do processo, apartir do momento em que devia funcionar no feito.

    Terceiro Prejudicado: por deciso em mandado de segurana, para o qual nofoi citado, pode recorrer do julgado no prazo em que dispe as partes, como podeutilizar-se do mandamus para impedir a leso a direito seu.Em se tratando de litisconsorte necessrio, no chamado a lide, cabvel atmesmo recurso extraordinrio em razo da nulidade do processo.Terceiro prejudicado: aquele que, embora no sendo parte na lide, sofregravame com a deciso da instncia ordinria. Figura autnoma no vinculadaao autor, ao ru ou litisconsorte.

    I) LITISCONSRCIO E ASSISTNCIA:Ambos so admitidos no mandado de segurana, desde que a pretenso dessesintervenientes coincida com a dos impetrantes originrios.

    Distingue-se trs modalidades de litisconsrcio, possveis em nosso direito:o Necessrio: a causa pertence a mais de um em conjunto e a nenhum

    isoladamente, pelo que a ao no pode prosseguir sem a presena detodos no feito sob pena de nulidade do julgamento;

    o Irrecusvel: a causa pertence a cada um isoladamente, mas como comum do interesse das partes e conexa a relao de direito, a deciso dopedido de um influir na do outro, razo pela qual o litisconsrcio nopoder ser recusado por qualquer dos litigantes.

    o Recusvel : pretenses so autnomas, mas como h afinidade entre ascausas , por um ponto comum de fato ou de direito, permite-se a reuniodas aes, se isto concordarem as partes, por economia processual e com

    intuitu de se evitar decises teoricamente conflitantes.

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    o Nas impetraes em que h beneficirios do ato ou contrato impugnadoesses beneficirios so litisconsortes necessrios, que devem integrar alide sob pena de nulidade do processo.

    Tem-se admitido a interveno de litisconsorte ativo depois de estabelecida a

    relao processual, com a prestao das informaes pelo coator.

    Litisconsorte passivo: h de se distinguir o necessrio e o facultativo. Aquelater que integrar a lide e poder faz-lo a qualquer tempo, espontaneamente oupor determinao do juiz., este s poder ingressar no processo, no decnio dasinformaes e com aquiescncia de ambas as partes, no cabendo ao juizordenar a sua participao no feito.

    Os litisconsortes passivos necessrios quando no chamados aos autos

    acarreta a nulidade. Caso seja facultativo, sua ausncia no invalida a sentena.Assistente: pode ingressar nos autos a qualquer tempo, com aquiescncia daspartes, recebendo o processo no estado que se encontra. No pode inovar nalide.

    J) COMPETNCIA:Para julgar o mandado de segurana, se define pela categoria da autoridadecoatora e pela sua sede funcional.

    A competncia dos Tribunais e Juzos para o julgamento do mandamus estodiscriminados na Constituio.

    Se a impetrao for dirigida a juzo incompetente, ou no decorrer do processosurgir fato ou situao jurdica que altere a competncia julgadora, o magistradoou o tribunal dever remeter o processo ao juzo competente.A interveno da Unio, do Estado ou de suas autarquias, no feito desloca acompetncia, deve haver o interesse indireto ou ftico ou circunstncia nodesfecho da demanda.

    Nas comarcas em que haja Varas privativas da Fazenda Pblica, o juzocompetente para o mandado de segurana, ser sempre o dessas Varas.

    L) INICIAL E NOTIFICAO:A Petio inicial, alm de atender as exigncias do C.P.C, deve ser apresentadacom cpia de seu texto e de todos os documentos que a instruem paraencaminhamento ao impetrado, juntamente com o ofcio da notificao.Deferindo a inicial, o juiz ordenar a notificao pessoal do impetrado, o que feito por ofcio acompanhado das cpias da inicial e documentos, com a fixao

    do prazo de 10 dias para prestao das informaes.Os interessados que devam integrar a lide, e manifestar-se sobre a medidaliminar se pedidad pelo impetrante.

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    Notificao de litisconsortes passivos, tambm, dever ser feita por ofcio.

    Quanto ao Ministrio Pblico, receber os autos aps o prazo das informaes,para manifestar-se dentro de cinco dias.

    Indeferindo a inicial: por no ser caso de mandado de segurana ou por falhainsuprvel de requisitos processuais, os autos sero arquivados, se dessedespacho no for interposta apelao.

    M) LIMINAR: provimento cautelar admitido pela prpria lei do mandado, quando sejamrelevantes os fundamentos da impetrao e do ato impugnado puder resultar aineficcia da ordem judicial, se concedida a final.Dois requisitos:

    relevncia dos motivos em que se assenta o pedido da inicial;possibilidade da ocorrncia de leso irreparvel ao direito do impetrante, se viera ser reconhecida na deciso de mrito.Preserva, apenas o impetrante de leso irreparvel.Liminar no uma liberalidade da Justia; medida acauteladora do direito doimpetrante.Concedida a liminar poder ser revogada a qualquer tempo, desde que verifiquea desnecessidade dessa medida, como poder restabelec-la se fatossupervenientes indicarem a sua convenincia.A subsistncia da medida liminar de 90 dias contados da data da respectivaconcesso , prorrogvel por mais 30 dias, quando o acmulo de servio, do juiz,impedir o julgamento de mrito.S o transcurso do prazo da liminar no acarreta automaticamente a suaextino, sendo necessrio que o juiz declare a cessao de seus efeitos.Negada a liminar, esse despacho irrecorrvel , se concedida, poder sercassada, a qualquer tempo, pelo Presidente do Tribunal competente para orecurso, desde que solicitada pela entidade interessada e ocorram os seuspressupostos legais.

    Desta cassao do Presidente cabe o agravo regimental, sem efeito suspensivo,no prazo de 10 dias.Se o juiz cassa expressamente a liminar ao denegar a segurana, no nosparece admissvel o seu restabelecimento, pela s interposio do recursocabvel, contra a deciso de mrito; se o juiz silencia na sentena sobre acassao da liminar, de entender-se mantida at o julgamento da instnciasuperior; se o juiz ressalva a subsistncia da liminar at a sentena passar em

    julgado, persiste seus efeitos enquanto a deciso estiver pendente de recurso.A medida liminar concedida por fundamento diversos e independentes dos da

    deciso de mrito.. No basta que o juiz se manifeste sobre o mrito, denegandoo mandado, para que fique invalidada a medida liminar, preciso que o julgadorrevogue expressamente a medida liminar para que cessem seus efeitos.

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    O que sustenta ou invalida a liminar, a nosso ver, o pronunciamento autnomodo juiz sobre a sua persistncia ou insubsistncia.Uma vez cassada a liminar ou cessada a sua eficcia , voltam as coisas aostatus quo ante. Assim sendo fica o Poder Pblico restabelecido in totum, paraa execuo do ato e de seus consectrios.

    Os atos praticados durante a vigncia da liminar, devero ser consideradosvlidos, pois se constituiram ao amparo de uma ordem judicial eficaz durante asua vigncia.- Suspenso da liminar ou da sentena concessiva: Para evitar grave leso, ordem, sade, a segurana e economia pblica. Essa suspenso cabe aoPresidente do Tribunal competente.A suspenso s justifica-se se a liminar afetar de tal modo a ordem pblica, ou ointeresse da coletividade. O despacho cessatrio deve ser motivado

    N) INFORMAES:Constituem defesa da Administrao. Devem ser prestadas pela prpriaautoridade argida de coatora, no prazo de 10 dias. Podem ser subscritas poradvogado, mas juntamente com autoridade responsvel pelo ato sub judicie,porque a responsabilidade administrativa pessoal e intransfervel perante a

    justia.A execuo da segurana sero sempre dirigidas prpria autoridade criadora.E por ele cumprida direta e imediatamente, sob pena de incidir no crime dedesobedincia.Nas informaes o impetrado dever esclarecer minuciosamente os fatos e odireito em que baseou o ato impugnado. Poder oferecer prova documental eparcial j produzida.O que no se permite o pedido de prova futura, a ser produzida em juzo.Se com as informaes vierem documentos deve ser aberta vista ao impetrantepara suas manifestao e aps os autor iro ao M.P. para seu parecer sobre otodo processado.Com as informaes encerra-se a fase instrutria, fecha-se a possibilidade doingresso de litisconsortes no feito, salvo se as partes o permitirem ou o juiz

    determinar a integrao da lide, por litisconsrcio necessrio.Podem os assistentes ingressar no feito, a qualquer tempo , por que no seaproveitam da sentena.Ausncia de litisconsrcio necessrio, no processo enseja nulidade do

    julgamento ,que pode ser obtida at mesmo em recurso extraordinrio.

    O) SENTENA:Poder ser, de carncia ou de mrito, se antes no tiver sido indeferida a petioinicial.

    Carncia: ocorre quando o impetrante no satisfaz as pressupostos processuaise as condies do direito de agir.

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    Sentena de mrito decidir sobre o direito invocado, apreciando desde a suaexistncia at a sua liquidez.Admite a deciso repressiva e preventiva. , a primeira quando visa a corrigir ailegalidade j consumada; a segunda destina-se a impedir o cometimento deilegalidade iminente.

    Na sentena o juiz dever decidir sobre o pedido na inicial, condenado ovencido nas custas e honorrios.

    P) EXECUO:Concessiva da segurana imediata, especfica ou in natura, mediante ocumprimento da providncia determinada pelo juiz sem a possibilidade de sersubstituda pela reparao.A segurana pode prestar-se remoo de obstculos a pagamentos emdinheiro, desde que a reteno desses pagamentos decorra de ato ilegal da

    administrao, neste caso poder ordenar o pagamento afastando as exignciasilegais.Negamos a utilizao da segurana para a reparao de danos patrimoniais.Liminar ou definitiva: a deciso expressa no mandado para que o coatorcesse a ilegalidade, e transmitida por ofcio, valendo como ordem legal, marca omomento a partir do qual impetrante , beneficirio da segurana, passa auferiras vantagens decorrentes do writ.O no atendimento ao mandado caracteriza o crime de desobedincia.Cumprida a ordem judicial , exaure-se o contedo mandamental da sentena,restando apenas o efeito condenatrio para o pagamento das custa ehonorrios.

    R) RECURSOS:o Apelao: da deciso que apreciar o mrito, decretar a carncia ou

    indeferir a inicial;o Recurso de Ofcio: da sentena que conceder a segurana;o Agravo Regimental: do despacho do Presidente do Tribunal que

    suspender a execxuo da sentena ou cassar a liminar.o Recurso Extraordinrio: desde que o acrdo incida nos permissivos

    constitucionais.

    O efeito do recurso no mandado de segurana somente devolutivo, pois sefosse suspensivo seria contrrio ao carter urgente e auto-executrio da decisomandamental.A interposio dos recursos pode ser feita pelos impetrantes, impetrados , M.P. ,litisconsortes , terceiros prejudicados, bem como, pela entidade a que pertencero coator.Transitada em julgado a sentena concessiva ou denegatria da segurana,desde que tenha apreciado o mrito, s por ao recisria pode ser desfeito odecidido.S) COISA JULGADA:

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    Pode resultar da sentena concessiva ou denegatria da segurana, desde quehaja apreciado o mrito da pretenso do impetrante e afirmado a existncia ou ainexistncia do direito de ser amparado.No faz coisa julgada a deciso que apenas denega a segurana por incerto ouilquido o direito pleiteado, a que julga o impetrante carecedor do mandado e a

    que julga o impetrante carecedor do mandado e a que indefere desde logo ainicial por no ser caso de segurana ou por falta de requisitos processuais paraimpetrao.Possibilita-se a renovao do pedido, quando a sentena denegatria no lhehouver apreciado o mrito, ou seja, a justia poder manifestar-se, sempre ,sobre matria no decidida em mandado anterior.Nada impede, entretanto, que a mesma parte impetre sucessivos mandados desegurana com o mesmo objeto. Desde que por fundamento diverso. Nestescasos no h coisa julgada.

    Coisa Julgada: para que surja indispensvel, material e formalmente, indispensvel a trplice identidade de pessoas, causa e objeto.

    T) QUESTES PROCESSUAIS:o Tramitao nas frias forenses: em razo de seu carter emergencial e

    da preferncia legal sobre todas as demais causas, exceto o habeascorpus, o mandado de segurana deve ser processado e julgado nas friasforenses coletivas.

    o Alterao do pedido, no curso da lide no pode o pedido em mandado de

    segurana ser ampliado ou alterado.o Alterao dos fundamentos: no pode o impetrante, nem o juiz, alterar osfundamentos do pedido da inicial.

    o Argies de incidentes: no admite o processo de mandado no admiteargies incidentais, j que o rito do mandamus baseia-sefundamentalmente na prova documental.

    o Desistncia da impetrao: admitida a desistncia a qualquer tempo,independente do consentimento do impetrado.

    Habeas data

    A) CONCEITO E OBJETO: uma ao civil especial que dever desenvolver-se em duas fases, a menosque o impetrante j conhea o teor dos registros a serem retificados oucomplementados, quando, ento, pedir a justia que o retifique , mediante asprovas que exibir ou vier a produzir.Poder reger-se por leis ordinrias.O objeto o acesso da pessoa fsica ou jurdica aos registros de informaesconcernentes pessoa e suas atividades.

    B) COMPETNCIA:

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    So os seguintes:o CF . ART. 102;o CF . ART. 105 ;o CF . ART. 108 ;o CF . ART. 109;o CF . ART. 121.o CF . ART. 125.

    C) LEGITIMAO E PROCEDIMENTO: unicamente a pessoa fsica ou jurdica diretamente interessada nos registros.No h possibilidade de aplicao analgica de procedimento do mandadosegurana ou mandado de injuno. isenta de custas e despesas judiciais.

    D) JULGAMENTO E EXECUO:Judicirio s garantir o acesso s informaes relativas pessoa dopostulante e determinar as retificaes decorrentes da prova que vier a ser feitae aceita em Juzo. A disposio constitucional no assegura cancelamento dosregistros pessoais, mas garante a sua retificao condizente com a realidade.

    Mandado de injuno

    A) CONCEITO E OBJETO:Objeto desse mandado proteo de quaisquer direitos e liberdadeconstitucionais, individuais ou coletivos, de pessoa fsica ou jurdica e de franquiarelativas nacionalidade, soberania popular e cidadania.No se pode confundir o mandado de injuno com mandado de segurana, vistoque o objeto de cada um so diversos: a matria passvel de mandado desegurana no pode ser objeto de mandado de injuno e vice e versa.

    B) COMPETNCIA E PROCEDIMENTO:

    Aplica-se analogicamente as normas pertencentes ao Mandado de Segurana,visto guardarem estreita semelhana. cabvel medida liminar, para evitar leso a direito do impetrante do mandado deinjuno, desde que haja possibilidade de dano irreparvel se aguardar a decisofinal da justia; desde que ocorram os pressupostos do fumus bonis jurise dopericulum in mora.Em princpio , no h decadncia nem prescrio para impetrao do mandadode injuno. CF . ART. 102 e 105.D) JULGAMENTO E EXECUO:A Justia determinar que o rgo competente - do Legislativo, do Executivo edo Judicirio - expea a norma regulamentadora do dispositivo constitucionaldependente dessa normatividade ou decidir concretamente sobre o exerccio dodireito do postulante, se entender dispensvel a norma regulamentadora.

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    No poder a Justia legislar pelo Congresso Nacional, j que a Constituiomantm a independncia entre os poderes.O judicirio ordenar a autoridade impetrada que tome as providncias cabveis,fixando-lhe um prazo. Essa deciso no far coisa julgada erga omnes, masapenas inter partes.

    executada por meio de comunicao ao poder, rgo ou autoridadecompetente para cumpri-la, nos termos indicados na deciso judicial. Eqivale aordem de execuo do julgado. Faz coisa julgada apenas entre as partes.

    E) RECURSOS:Somente os admitidos na prpria Constituio. S se admite recurso ordinriocontra denegatria do mandado de injuno, ou recurso extraordinrio, quando adeciso proferida em nica ou ltima instncia contrariar dispositivos da prpriaConstituio..

    Ao civil pblica

    A) CONCEITO E OBJETO: o instrumento processual adequado para reprimir ou impedir danos ao meioambiente, ao consumidor, a bens e direitos do valor artstico, esttico, histrico,turstico e paisagstico.Protege assim os interesses difusos da sociedade.No se presta a amparar direitos individuais , nem se destina a reparao deprejuzos causados a particulares pela conduta, comissiva e omissiva do ru.

    o Meio ambiente: o conjunto de elementos da Natureza - terra, gua, florae fauna - ou criaes humanas essenciais vida de todos os seres e aobem-estar do homem na comunidade.

    o Consumidor: todo aquele que se utiliza de produtos, atividades ouservios de outrem , merecendo proteo do Estado.

    o Bens e direitos: de valor artstico, esttico , histrico, turstico epaisagstico so todos aqueles que constituem o patrimnio cultural dacomunidade.

    o No h necessidade de ser tombado., bastando que haja interesse pblicona sua preservao.

    A ao popular no exclui a ao civil pblica, visto ser admitida expressamentea concomitncia de ambas, enseja medidas cautelares e a concesso de liminar.

    B) LEGITIMAO DAS PARTES E OS PODERES DO M.P.:Deu-se legitimidade ativa ao M.P. e s pessoas jurdicas estatais, autrquicas eparaestatais, assim como associaes destinadas a proteo do meio ambienteou defesa do consumidor.O M.P. est isento de custas e honorrios no caso de improcedncia dademanda, mesmo que no seja autor da ao dever nela intervir como fiscal dalei.

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    No justificam o ajuizamento de lide temerria ou sem base legal, nem autorizama concesso de liminar suspensiva de obras e servios pblicos ou particulares,regularmente aprovados pelos rgos tcnicos e administrativos competentes,sob a simples alegao de dano ao meio ambiente.Ajuizada a ao o M.P . no pode dela desistir por ser indisponvel seu objeto,

    mas afinal, diante das provas produzidas, poder opinar pela sua procedncia ouimprocedncia , como faz nas aes populares, cabendo ao juiz acolher ou no asua manifestao.Legitimao passiva: estende-se a todos os responsveis pelas situaes oufato ensejadores da ao, sejam pessoas fsicas ou jurdicas, inclusive asestatais, paraestatais e autrquicas, porque tantos estas como aquelas podeminfringir normas de direito material contra o meio ambiente e ao consumidor.C) FORO E PROCESSO:Deve ser proposta no foro local onde ocorrer o dano. Se a Unio e seus entes

    forem interessadas, o foro ser do Distrito Federal ou da Capital do Estado.O processo dessa ao ordinrio comum do CPC, com a peculiaridade de seadmitir medida liminar suspensiva da atividade.Do despacho concessivo de liminar, cabe agravo regimental.

    D) RESPONSABILIDADE DO RU E A SENTENA:Tem , o ru, responsabilidade objetiva, pelos danos causados ao meio ambiente,por isso mesmo o autor no precisa demonstram culpa ou dolo na sua conduta.A defesa do ru na ao civil pblica: restrita a demonstrao que:no responsvel pelo ato;no houve a ocorrncia impugnada;a ocorrncia no lesiva ao meio ambiente e a sua conduta autorizada por leie licenciada.A sentena pode condenar o ru na indenizao ou na obrigao de fazer ouno fazer , com as demais cominaes processuais - a sentena civil far coisa

    julgada erga omnes, salvo se julgada improcedente por deficincia de provas,onde qualquer legitimado pode intentar outra ao, com idntico fundamento ,valendo-se de nova prova.

    Ao popular

    A) CONCEITO: o meio constitucional posto a disposio de qualquer cidado para obter ainvalidade de atos ou contratos administrativos - ou a estes equiparados - ilegaise lesivos ao patrimnio federal, estadual ou municipal, ou de suas autarquias ,entidades para estatais e pessoas jurdicas subvencionadas com dinheiropblico.

    um instrumento de defesa dos interesses da coletividade, utilizvel porqualquer de seus membros. Por ela no se amparam direitos individuais prprios,mas sim da comunidade.

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    O beneficirio direto e imediato desta ao no o autor, o povo titular dodireito subjetivo ao governo honesto. O cidado a promove em nome dacoletividade.

    B) REQUISITOS DA AO:o primeiro requisito para ajuizamento de ao popular o do que o autor

    seja cidado brasileiro - qualidade de eleitor - somente o indivduo pessoafsica - poder propor na ao popular. Isso porque tal ao se fundaessencialmente no direito poltico do cidado, que tendo o poder deescolher os governantes, deve ter, tambm a faculdade de lhes fiscalizar osatos da administrao.

    o segundo requisito da ao popular a ilegitimidade ou ilegalidade do atoa invalidar - o ato deve ser contrrio ao direito. No se exige a ilicitude doato na sua origem, mas sim na ilegalidade na sua formao ou no seu

    objeto. Deve-se invalidar , atravs dessa ao, os atos praticados comilegalidade de que resultou leso ao patrimnio pblico. Essa ilegitimidadepoder provir de vcio formal ou substancial, inclusive do desvio definalidade.

    o terceiro requisito a lesividade do ato ao patrimnio pblico. Ato lesivo todo o ato ou omisso que desfalca o errio ou prejudica a administrao,assim como o que ofende bens e valores artsticos, cvicos, culturais.Ambientais ou histricos da comunidade. Leso pode ser efetiva, quandolegalmente presumida, para os quais basta a prova da prtica do ato

    naquela circunstncias para considerar-se lesivo e nulo de pleno direito.Nos demais casos impe-se a dupla demonstrao da ilegalidade e daleso efetiva ao patrimnio protegvel pela ao popular.

    Sem estes trs requisitos - condio de leitor, ilegalidade e lesividade -pressupostos da demanda - no se viabiliza a ao popular.Ao popular o meio idneo para o cidado pleitear a invalidao desses atos,em defesa do patrimnio pblico, desde que ilegais e lesivos de bens corpreosou dos valores ticos das entidades estatais, autrquicos e paraestatais , ou aelas equiparadas.No apenas restabelecer a legalidade, mas tambm punir ou reprimir aimoralidade administrativa.Se ao Estado incumbe proteger o patrimnio pblico, constitudo tanto de benscorpreos , de irrecusvel lgica que o cidado possa compeli-lo, pelos meiosprocessuais.A Ao Popular no autoriza o judicirio a invalidar opes administrativas ousubstituir critrios tcnicos por outros que repute mais convenientes ouoportunos, pois essa valorao refoge da competncia da Justia.

    C) FINS DA AO OBJETO DA AO:Tem fins preventivos e repressivos, da atividade administrativa ilegal e lesiva aopatrimnio.

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    Como preventiva poder ser ajuizada antes da consumao dos efeitos lesivosdo ato; como meio repressivo poder ser proposta depois da leso , parareparao do dano.O ato a lei o decreto, a resoluo, a portaria, o contrato e demaismanifestaes gerais ou especiais de efeitos concretos do poder pblico.

    o Ato lesivo: portanto toda manifestao de vontade da administrao,danosa aos bens e interesses da comunidade. - esse dano pode serpotencial ou efetivo.

    o Ao popular pode ter a finalidade corretiva da atividade administrativaou supletiva da inatividade do Poder Pblico, nos casos em que devia agirpor expressa imposio legal. Arma-se assim o cidado para corrigir aatividade comissiva da administrao, como para obrig-la a atuar, quandosua omisso redunde em leso ao patrimnio pblico.

    O fim da ao a obteno da correo nos atos administrativos ou nas

    atividades delegadas ou subvencionadas pelo poder pblico. Todo o cidado temdireito subjetivo ao governo honesto.Os direitos pleiteveis na ao popular so de carter cvico-administrativo,tendentes a repor a administrao nos limites da legalidade e a restaurar opatrimnio pblico de desfalque sofrido. Assim qualquer eleitor parte legtimapara prop-la, como tambm para intervir na qualidade de litisconsorte ouassistente do autor.No se confunde com mandado de segurana pois este presta a invalidar atos deautoridade ofensivos do direito individual ou coletivo, lquido e certo - defende-se

    direito prprio.Na ao popular destina-se a anulao de atos ilegtimos e lesivos dopatrimnio pblico. - protege-se interesse da comunidade. o ato ilegal e lesivo ao patrimnio publico; ou que contenham vcios como:incompetncia de quem os praticou, vcio de forma, ilegalidade do objeto,inexistncia dos motivos ou desvio de finalidade.

    D) PARTES:o Sujeito Ativo: da ao ser sempre o cidado - pessoa fsica no gozo de

    seus direitos polticos.o Sujeito passivo: pessoas jurdicas pblicas ou privadas, autoridades ,

    funcionrios ou administradores que houverem autorizado, aprovado,ratificado ou praticado pessoalmente o ato firmado ou contrato impugnado;como tambm os beneficirios do ato ou contrato.

    Pessoa jurdica de direito pblico ou privado chamado na ao poder contest-la ou no, como poder, at mesmo encampar o pedido do autor, desde que issose afigure til ao interesse pblico. Podendo confessar, ser revel, e atuar em prolda inicial.Litisconsorte e assistentes do autor so expressamente admitidos pela lei, bemcomo, os passivos. Que tenham legitimo interesse na causa.

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    O M.P. parte pblica autnoma , incumbida de velar pela regularidade doprocesso, de apressar a produo da prova e de promover a responsabilidadecivil ou criminal dos culpados.Por sua autonomia tem liberdade para manifestar-se a final, a favor ou contra aprocedncia da ao, o que lhe vedado e que assuma a defesa do ru e do ato

    impugnado.Deve manifestar-se pelo sentido que a prova indicar pela procedncia ou no daao. Se houver abandono da ao caber-lhe - promover o seuprosseguimento, caso o M.P. concorde.

    E) COMPETNCIA:Para julgar determinada pela origem do ato a ser anulado. Se rgo da Unio,o entidade autrquica, paraestatal ou pro ele subvencionada - juiz federal dacompetente Seo Judiciria.

    Se do Estado - do juiz que a organizao judiciria estadual determinar.Se do Municpio, o juiz da comarca deste Municpio, ou onde houver o rgocompetente para julgar a Fazenda Pblica.

    F) PROCESSO E LIMINAR:Segue o Rito Ordinrio, ordenar o juiz a citao de todos os responsveis peloato impugnado e a intimao do M.P. marcando prazo de 15 a 30 dias, para

    juntada de documentos.Citada a pessoa jurdica poder contestar, abster-se de contestar ou encamparexpressamente o pedido na inicial.

    O prazo para contestao de 20 dias prorrogveis por mais 20 dias, arequerimento dos interessados.

    Est isento de custas e nus da sucumbncia , salvo m-f.No corre nas frias, j que de rito ordinrio, mas o pedido de suspensoliminar do ato impugnado, deve ser apreciado nas frias. Percebe-se cabvel aliminar do ato lesivo impugnado.

    G) SENTENA:Sendo procedente a ao, o juiz dever decretar, necessariamente, a invalidadedo ato impugnado e as restituies devidas, condenando o pagamento de perdase danos os responsveis pela sua prtica e os beneficirios de seus efeitosficando sempre ressalvado a administrao a ao regressiva contra osfuncionrios culpados pelo ato anulado.

    Leis distingue, trs situaes, a serem consideradas na sentena:o a do ato impugnado - decretao de invalidade;o a dos responsveis pelo ato - rus;o dos beneficirios do ato - co-rus.

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    S a invalidao do ato impugnado no acarreta automaticamente a condenaode todos o que subscreveram ou dele participaram com manifestaes tcnicasou administrativas, em razo do cargo ou da funo que exerciam.

    So beneficirios aqueles que auferiram vantagens diretas e imediatas do ato

    invalidado, e no os que posteriormente , contrataram regularmente obras ouservios decorrentes daquele ato.

    Invalidado o ato impugnado - a condenao - abranger as indenizaesdevidas, as custas e despesas feitas com o autor, bem como, os honorrios deseu advogado.

    Alm da invalidade do ato ou do contrato e das reposies e indenizaesdevidas, a sentena em ao popular no poder impor qualquer outra sano

    aos vencidos. Sua natureza civil no comporta condenaes polticas,administrativas ou criminais.

    Se no final da ao, ficar comprovada infringncia de norma penal, os autossero remetido ao M.P., para os devidos fins legais.

    H) RECURSO:As sentenas proferidas em ao popular so passveis de recurso de ofcio eapelao voluntria, com efeito suspensivo, salvo a deciso concessiva deliminar, que passvel do pedido de cassao ao Presidente do Tribunal.Recurso de ofcio s ser interposto, quando a sentena concluir pelaimprocedncia ou pela carncia da ao.Apelao voluntria cabe tanto da sentena que julgar procedente ouimprocedente a ao, como a deciso que der pela sua carncia.

    I) COISA JULGADA:Produzir os efeitos de coisa julgada oponvel erga omnes , exceto quando aimprocedncia resultar da deficincia de prova, caso em que poder serrenovada com idntico fundamento desde que se indiquem novas provas.

    Trs situaes:

    A - sentena que julga procedente a ao;B - sentena que julga improcedente a ao por ser infundada;Nos casos A e B a sentena decide a questo de mrito, e, quando definitiva,tem a eficcia de coisa julgada oponvel erga omnes, ou seja, no pode seradmitido da outra ao com o mesmo fundamento, se assim proposta pode o ruargir a exceo de coisa julgada.

    C - sentena que julga improcedente a ao por deficincia de provas.

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    Neste caso no se decidiu a questo do mrito, por isso no ter a eficcia decoisa julgada, podendo ser intentada nova ao, com o mesmo fundamento, mascom novas provas.

    Direito de petioDefine-se como o direito que pertence a uma pessoa de invocar a ateno dosPoderes Pblicos sobre uma questo ou uma situao, seja para denunciar umaleso concreta, e pedir a reorientao da situao , seja para solicitar umamodificao do direito em vigor no sentido mais favorvel a liberdade.

    O direito de petio reveste-se de dois aspectos:o pode ser uma queixa uma reclamao, e ento aparece como um recurso

    no contencioso - no jurisdicional - formulado perante autoridades

    representativas;o pode ser a manifestao da liberdade de opinio e revestir-se o carter de

    uma informao ou de uma aspirao dirigida a certas autoridades.

    Direito de petio cabe a qualquer pessoa - fsica ou jurdica - por indivduo ougrupo de indivduos , por nacionais ou estrangeiros. No se pode ser formuladopelas foras militares.

    Pode ser deferido a qualquer autoridade do Legislativo, do Executivo ou

    Judicirio.No pode a autoridade a quem dirigido escusar de pronunciar-se sobre apetio quer para acolh-la ou no, com a devida motivao.

    O direito de petio no pode separar-se da obrigao da autoridade de darresposta de petio e pronunciar-se sobre o que lhe foi apresentado, j que,separada de tal obrigao, carece de verdadeira utilidade e eficcia.

    A Constituio no prev sano falta de resposta e pronunciamento daautoridade, mas parece-nos certo que ela pode ser constrangida a isso por viado mandado de segurana, quer quando se nega expressamente a pronunciar-se , quer quando omite, para tanto preciso que fique bem claro que opeticionrio esteja utilizando efetivamente do direito de petio.

    Habeas corpus

    Primeiro remdio a integrar as conquistas liberais.

    o instrumento do direito processual penal , mediante a qual algum , preso,detido ou ameaa em seu direito de ir e vir, por ilegalidade ou abuso do poder,

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    tem o direito subjetivo pblico de exigir, em juzo, do Estado, cumprimento daprestao jurisdicional, consistente na devoluo imediata de seu - status quoante - a liberdade fsica de locomoo , ameaado ou violado por ato arbitrrio daautoridade.

    ALGUM: refere-se to somente pessoa fsica, ao homem constrangido emsua liberdade de locomoo, ao contrrio do que alude o mandado de segurana,que pode ser pessoa jurdica.Quem impetra o habeas corpus pode estar:

    o ameaado de ser preso;o preso de modo ilegal;o preso legalmente.

    SOFRER: algo em concreto, que j ocorreu - AMEAADA DE SOFRER -

    protege tambm a priori o direito da liberdade fsica ameaado de ser violado porprepotncia do poder pblico. A ameaa de violao em abstrato produzpatente vis inquietativa no cidado, a tal ponto que se v compelido aproteger-se com o writpreventivo.

    o VIOLNCIA ou vis a arbitrariedade da autoridade pblica , que prende oudetm o corpus do paciente, encarcerando-o, suprimindo-lhe a liberdade deir e vir.

    o COAO: pode haver coao sem violncia. Basta que se criem condies

    psicolgicas que influam no animus do paciente, ocasionando a visinquietativa.o LIBERDADE DE LOCOMOO : o vocbulo locomoo abrange, o direito

    de ir e vir, para onde quer que se pretenda, como tambm o direito depermanecer.

    A liberdade de locomoo a ser protegida pelo habeas corpus aquelaameaada por ilegalidade ou abuso do poder.

    Os tribunais brasileiros entendem que qualquer constrangimento ou coao

    para a identificao criminal daquele que j fora identificado civilmente.

    DO PODER LEGISLATIVO

    A funo legislativa de competncia da Unio exercida pelo CongressoNacional, que se compe da Cmara dos Deputados e do Senado Federal,integrados respectivamente por Deputados e Senadores.

    tradio Constitucional Brasileira o sistema denominado bicameralismo.

    A forma do Estado Federal. O Legislativo nacional , estruturalmente,bicameral.

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    que so duas Casas legislativas componentes do Congresso Nacional -Cmara dos Deputados e o Senado Federal - na primeira se encontram osrepresentantes do povo brasileiro, na segunda os representantes dos Estados edo Distrito Federal. Tanto o povo brasileiro quanto as unidades da federao tem

    representao no rgo legislativo.

    No bicameralismo brasileiro, no h predominncia substancial de uma cmarasobre a outra .

    Dentre as funes do legislativo encontram-se a de ditar normas nacionais,preceitos que obrigam a todos que se achem no territrio nacional - preceitos queobrigam a todos os que se acham no territrio nacional.Caracterstica da Federao a participao dos Estados na formao da

    vontade nacional.Para o desempenho da funo legislativa - as Casas se renem separada ouconjuntamente.

    Deve se distinguir a legislatura da sesso legislativa, a primeira corresponde aoperodo de mandato do parlamentar, a segunda corresponde s reuniessemestrais do Congresso Nacional.

    Contudo a Cmara dos Deputados goza de certa primazia relativamente iniciativa legislativa, pois perante ela que o Presidente da Repblica, o STF, e oSTJ e os cidados promovem a iniciativa do processo de elaborao das leis. CF.ART. 61 CF . ART. 64.

    Cmara dos deputados CF. ART. 45o O ramo popular do Poder Legislativo federal a Cmara dos Deputados.

    Compe-se de representantes do povo, eleitos em cada Estado em cadaTerritrio e no Distrito Federal, pelo sistema proporcional.

    o A Constituio no fixa o nmero total de Deputados Federais.o A legislatura por sua vez de 4 anos.

    PARA CANDIDATAR-SE PRECISO:o ser brasileiro nato ou naturalizado;o ser maior de 21 anos;o estar no exerccio dos direitos polticos;

    Senado federalA dogmtica federalista firmou a tese da necessidade do Senado no Estado

    Federal como cmara representativa dos Estados Federados.Esto os representantes do Estados e do Distrito Federal, visa manter oequyilbrio das unidades federadas.

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    SO CONDIES PARA CANDIDATURA DO SENADO:o ter nacionalidade brasileira;o ser maior de 35 anos de idade;o estar no exerccio dos direitos polticos;o O mandato do Senador de 8 anos havendo renovao de 4 em 4 anos,

    alternadamente, por um e por dois teros.o Cada Senador ser eleito com dois suplentes , que o substitui segundo a

    ordem em que foram eleitos.

    Organizao interna das casas do congresso

    As Casas do Congresso = Cmara dos Deputados e o Senado Federal, possuemrgos internos destinados a ordenar seus trabalhos.

    Cada uma das Cmaras dirigida pelo Presidente e demais membros. CF. ART.51 CF. ART. 52.

    Criam elas suas leis internas, sem interferncia uma na outra ou de outro rgogovernamental.

    A Constituio no contm tantas normas regimentais , mesmo assim, inseredisposies sobre a formao e competncias bsicas dos seus principais rgosinternos : Mesa, Comisses, Polcia e Servios Administrativos.

    MESAS: Existem a Mesa da Cmara dos Deputados, Mesa do Senado Federale, agora, faz -se referncia a Mesa do Congresso Nacional. So elas os rgosdiretores das Casas do Congresso Nacional.Sua composio matria regimental e cada Casa a disciplina como melhor lhe

    parecer. CF. ART. 58

    O Congresso Nacional e suas Casas tero comisses permanentes etemporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no respectivo

    regimento ou no ato de que resultar sua criao CF. ART. 57.A Mesa do Congresso Nacional, no um organismo per se stant, no existe porsi, no tem nenhuma formao adrede, constitui-se de membros das Mesas doSenado e da Cmara, Presidida pelo Presidente do Senado Federal, e osdemais cargos sero exercidos alternadamente pelos ocupantes de cargosequivalentes na Cmara dos Deputados r do prprio Senado Federal.Sua funo consiste especialmente em dirigir os trabalhos do CongressoNacional quando suas Casas se renem em sesso conjuntas, alm dasatribuies previstas na Constituio CF. ART. 57. CF. ART. 140

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    Atribuies das Mesas: so contempladas nos regimentos internos, mas aConstituio menciona algumas de maior destaque, que fogem a umaconsiderao puramente regimental CF. ART. 50 CF. ART. 55 CF. ART. 103

    Comisses Parlamentares: organismos constitudos em cada Cmara,

    compostos de nmero geralmente restrito de membros, encarregados de estudare examinar a proposies legislativas e apresentar pareceres. Essas comissespodero ser permanentes e temporrias, constitudas na forme e atribuiesprevistas no respectivo regimento interno. CF. ART. 58

    A Constituio realou o papel das comisses, mencionando as seguintes:o Comisses Permanentes: as que subsistem atravs das legislaturas, so

    organizadas em funo da matria, geralmente coincidente com o campofuncional dos Ministrios. CF. ART. 58

    o Comisses Temporrias (ou especial): as que se extinguem com adeterminao da legislatura, ou, antes dela, quando, constitudas paraopinarem sobre determinada matria, tenham preenchido os fins a que sedestinam.

    o Mistas: as que se formam de Deputados e Senadores a fim de estudaremassuntos expressamente fixados, especialmente queles que devem serdecididos pelo Congresso Nacional, em sesso conjunta de suas casas.

    Pode ser permanentes ou temporrias.o Comisses Parlamentares de Inqurito: So organismos que

    desempenharam e desempenham papel de grande relevncia nafiscalizao e controle da administrao.

    A Cmara dos Deputados e o Senado Federal, em conjunto ou separadamente,podero criar tantas comisses parlamentares de inqurito quantas julgaremnecessrias. Essa liberdade de criao de inqurito depende contudo do

    preenchimento de trs requisitos:o requerimento de pelo menos um tero de membros de cada Casa, para asrespectivas comisses, ou de ambas, para as comisses em conjunto -comisso mista ;

    o ter por objeto a apurao de fato determinado;o ter prazo certo de funcionamento.

    Sempre consistiu problema srio a ineficcia jurdica de suas concluses,diferentemente abordada por esta Constituio.

    Polcia e Servios administrativos: As Casas do Congresso Nacional mantm umcorpo de guardas prprio, destinado ao policiamento interno, bem como serviosadministrativos, que so, grfica, biblioteca, etc...

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    Comisso representativa: as comisses anteriores, so tcnicas de estudo einvestigao. Esta que ora abordamos, novidade no nosso regimeConstitucional, assim denominada porque tem por funo de representar oCongresso Nacional durante o recesso parlamentar.Haver apenas uma Comisso representativa.

    Sero estabelecidas no regimento comum as atribuies e a composio daComisso representativa que reproduzir tanto quanto possvel, aproporcionalidade da representao partid