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JOSÉ ANTONIO SAVARIS FLAVIA DA SILVA XAVIER Curitiba - 2017 Prefácio MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI Apresentação MINISTRO NEFI CORDEIRO 6ª EDIÇÃO Revista e Atualizada MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

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JOSÉ ANTONIO SAVARISFLAVIA DA SILVA XAVIER

Curitiba - 2017

PrefácioMINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI

ApresentaçãoMINISTRO NEFI CORDEIRO

6ª EDIÇÃORevista e Atualizada

MANUAL DOS RECURSOSNOS JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS

Rua Itupava, 118 - Alto da Rua XV, CEP 80045-140 Curitiba – ParanáFone: (41) 3075.3238 • Email: [email protected]

www.alteridade.com.br

Catalogação: Mª Isabel Schiavon KinaszDiagramação e Capa: Jonny M. Prochnow

Elementos gráficos Freepik.com utilizados na capa.

Carlos Luiz StrapazzonClaudia Rosane Roesler

Daniela Cademartori Guido Aguila GradosIngo Wolfgang Sarlet

Jairo Enrique Herrera PérezJairo Gilberto Schäfer

Conselho EditorialJosé Antonio SavarisMarcos Garcia Leite

Joyciane Bezerra de MenezesJorge Renato Reis

Luis Alberto Petit GuerraPaulo Márcio Cruz

Zenildo Bodnar

S265

Savaris, José AntonioManual dos recursos nos juizados especiais federais / José Antonio Savaris, Flavia da Silva Xavier - 6.ed. rev. atual. – Curitiba: Alteridade Editora, 2017.570p.: il.; 23cm

ISBN 978-85-65782-18-0

1. Juizados especiais federais. 2. Recursos (Direito).I. Xavier, Flavia da Silva. II. Título.

CDD 347.04 (22. ed)CDU 347.9

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AgrAdecimentos

É impossível nomear todas as pessoas que contribuíram para a re-alização desse livro. Por isso rendemos nossos agradecimentos a todos os que nos auxiliaram na idealização e na materialização desse trabalho nas pessoas abaixo mencionadas.

Inicialmente, à servidora da Seção Judiciária do Paraná Mariana Amélia Flauzino Gonçalves, que além de colaborar na feitura deste trabalho foi nossa fiel assessora junto ao Gabinete da 2ª Turma Recursal do Paraná, auxiliando-nos, ainda, nos trabalhos ligados às turmas de uniformização.

Em segundo lugar, à equipe de servidores da Biblioteca da Seção Ju-diciária do Paraná, por meio de Maria Emilia Loyola Ponestk, Ester Rosário de Godoy e Carmen Salete Camargo, as quais colocaram à nossa disposição toda estrutura daquele setor, além do costumeiro carinho quando do auxí-lio nos trabalhos de pesquisa.

Por outro lado, segue o agradecimento às servidoras da Turma Na-cional de Uniformização Viviane da Costa Leite, Eva da Conceição Ferreira Brito e Luana Carvalho de Almeida, que nos abasteceram de informações que ainda se encontravam apenas no seio daquela turma de uniformização. Da mesma forma, à servidora da Coordenadoria dos Juizados Especiais Fe-derais – COJEF do TRF da 4ª Região, Lílian Rose Cunha Motta, pelo apoio ao trabalho e pela contínua troca de ideias sobre o papel das turmas de uniformização e sobre os rumos dos juizados especiais federais.

Aos nossos colegas dos juizados especiais federais, especialmente àqueles que compuseram e aos que ainda conosco compõem as instâncias recursais, pelos debates e pelo contínuo aprendizado. Ao Juiz Federal Anto-nio César Bochenek, pelos diversos debates e pelo apoio amigo.

Por fim, mas não por último em ordem de importância, agradece-mos à Clarissa Albuquerque Costa e à Raquel Müller dos Santos, que não apenas atuaram nas tarefas cotidianas do gabinete da 1ª Turma Recursal do Paraná, como nos auxiliaram nas tarefas de pesquisa e articulação do

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estudo. Ainda quanto a este grupo é necessário registrar agradecimento à nossa primeira revisora, Gabriela Duleba, especial e dedicada estagiária da Justiça Federal, que colabora nos serviços da 1ª Turma Recursal do Paraná.

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Prefácio

É muito recente, em nossa história judiciária, a institucionalização normativa dos Juizados especiais. Na Justiça Estadual, isso ocorreu há cer-ca de quinze anos, pela Lei 9.099/95; e na Justiça Federal, os Juizados foram criados há uma década apenas, com a Lei 10.259/01. Pode-se dizer, portanto, que se trata de um sistema ainda em fase de acomodação, de definição do seu espaço, de sedimentação de seus institutos. Embora seja uma experiên-cia irreversível, pelos seus múltiplos resultados positivos, é de se reconhe-cer que os Juizados Especiais, como todas as novas instituições jurídicas, devem ser objeto de um continuado esforço no sentido de preservar sua identidade e de manter acesa a chama dos princípios à base dos quais foram modelados. Esse esforço não se resume a eventuais ajustes no plano do di-reito positivo, que são importantes para manter o instrumento afinado com o mutante perfil da sociedade em que atua, mas, sobretudo, no domínio da interpretação e da aplicação das normas já existentes. Nesse campo é parti-cularmente destacado o papel dos juízes, no plano empírico; e dos doutri-nadores, no plano teórico, na tarefa de identificar e indicar o caminho certo para que o novo modelo de jurisdição, reconhecidamente revolucionário, crie raízes não apenas em nossa prática, mas também em nossa cultura. E essa última é, provavelmente, a tarefa mais penosa: modificar o direito, no plano normativo, é apenas o passo inicial, que não produzirá os resultados desejados se não for seguido de outros, destinados a modificar também os padrões culturais, adaptando-os ao espírito do direito modificado.

Se a doutrina e os juízes têm papel destacado nesse mister, os autores da presente obra estão em posição absolutamente privilegiada, pois aliam sua incursão doutrinária à larga experiência na magistratura, com atuação justamente na área sobre a qual escrevem. Flavia da Silva Xavier, Juíza Fe-deral da Vara do Juizado Especial Cível de Ponta Grossa, no Estado do Para-ná, foi Presidente da 2ª Turma Recursal no seu Estado e Membro da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (2008-2009); e José Antonio Savaris, Juiz Federal da 1ª Vara do Juizado Especial Federal

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Previdenciário de Curitiba, é Membro da 1ª Turma Recursal e Coordenador dos Juizados Especiais Federais na Seção Judiciária do Estado do Paraná. Ambos têm, ademais, vivência acadêmica como professores da Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe-PR), o que contribui de modo sig-nificativo para a qualidade do seu escrito.

O tema do livro é de singular atualidade. O controle das decisões proferidas no âmbito dos juizados – que pela configuração original deveria, em regra, ficar restrito ao recurso para a respectiva turma recursal e, even-tualmente, à turma de uniformização ou, excepcionalmente, para o Supre-mo Tribunal Federal – acabou ganhando instrumentos mais sofisticados e ampliando seus domínios para alcançar, inclusive, o Superior Tribunal de Justiça. Esse fenômeno tem raízes na própria transformação, verificada nos últimos anos, do conceito e, sobretudo, do conteúdo das “pequenas causas”, originalmente imaginadas como próprias dos juizados. Com efeito, resulta inquestionável, do exame da Lei 9.099/95, que as controvérsias nela supos-tas como típicas dos juizados seriam controvérsias de natureza privada, sobre relações jurídicas individuais, com objeto juridicamente disponível, fundadas em questões predominantemente de fato. Esse perfil de causas, embora mantido em grande medida (de modo especial perante os Juizados Estaduais), foi modificado significativamente no âmbito dos Juizados Espe-ciais Federais, a partir da Lei 10.259/01. Aqui, com a participação de entida-des públicas no polo passivo das demandas, as questões trazidas a juízo já não se fundam marcantemente nos fatos da causa, mas sim na legitimidade ou na interpretação das normas aplicáveis. Em outras palavras: não se tra-tam de questões de fato, mas de questões de direito. E mais: são questões que, em geral, não se restringem ao patrimônio jurídico individual de um ou outro jurisdicionado, mas que têm tendência a alastrar-se para grandes grupos de indivíduos, envolvidos, todos, em situações semelhantes. É o que se costuma denominar de direitos individuais homogêneos. É certo que as ações coletivas – que propiciariam o manejo dessas questões num processo único – foram excluídas da competência dos Juizados Especiais Federais (e, nesse ponto, agiu acertadamente o legislador, já que tais demandas assu-mem um perfil sob todos os aspectos inadequado ao das características e dos princípios da jurisdição especial); entretanto, essa exclusão não impe-diu que cada um dos titulares dos direitos homogêneos acorresse indivi-dualmente aos juizados especiais. Não é difícil imaginar o fenômeno que daí acabou resultando: uma grande quantidade de processos individuais com o mesmo objeto, distribuídos a diferentes juízos. Considerando que a questão jurídica assim judicializada poderia ter soluções não uniformes no âmbito singular e das turmas recursais, revelou-se indispensável à criação de formas próprias de controle das decisões conflitantes, submetidas a um

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órgão uniformizador. Ademais, considerando que a mesma questão jurídi-ca estaria sujeita também a decisões perante a jurisdição comum, amplian-do o leque de possíveis soluções diferentes, tornou-se imperioso, em nome do princípio da igualdade na aplicação da lei, a criação de um sistema que propiciasse a uniformidade de interpretação em âmbito geral. Daí a previ-são de acesso ao Superior Tribunal de Justiça para dirimir eventuais diver-gências em questões sobre direito federal infraconstitucional (Lei 10.259/01, art. 14, § 4º).

Esse mesmo fenômeno, da proliferação em grande escala de questões semelhantes disseminadas em processos diferentes, se verificou também no âmbito das relações privadas, de competência dos Juizados Especiais Federais. As relações entre consumidores e prestadores de serviço público (v.g.: telefonia) têm se mostrado pródigas, nos últimos anos, em ocorrências dessa espécie. Mostrou-se incontornável, por isso mesmo, a necessidade de entronizar nesse ambiente mecanismos de acesso a órgãos jurisdicionais de uniformização. Relativamente ao direito federal, ganhou realce o papel do Superior Tribunal de Justiça, cuja missão constitucional é justamente a de zelar pela aplicação uniforme a todos os jurisdicionados e por todos os órgãos judiciários do País dos preceitos normativos infraconstitucionais de caráter federal ou nacional. E, conforme registram os autores da presente obra, até mesmo soluções heterodoxas, como a da reclamação, foram auto-rizadas, em caráter excepcional, pelo Supremo Tribunal Federal (RE-Emb.Decl. 571572, Min. Ellen Gracie, DJ de 26.08.2009) para propiciar o acesso ao Superior Tribunal de Justiça a fim de preservar o princípio constitucional da igualdade, que supõe, necessariamente, a aplicação isonômica da lei a casos idênticos. Com esse objetivo, a recente Lei 12.153, de 22.12.2009, que dispôs sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito estadual, instituiu, a partir do seu art. 17, um método de uniformização jurispru-dencial aplicável não apenas a esses Juizados da Fazenda, mas sim a todo o “Sistema dos Juizados Especiais” (que, segundo o disposto no parágrafo único do art. 1º, “é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Espe-ciais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública”). Conforme esta-belece o art. 19, abre-se agora, também nos Juizados Estaduais, a exemplo do que já ocorria nos Federais, via de acesso à instância superior para di-rimir divergências e preservar a autoridade da orientação assentada pelo Superior Tribunal de Justiça.

O que se quer enfatizar, com essas observações, é o que antes ficou anotado: a importância do temário objeto dessa obra, que trata dos recursos e dos outros meios de controle das decisões proferidas nos Juizados; que, conforme se pode constatar são, atualmente, variados e sofisticados. A ma-téria foi organizada e enfrentada, na obra, em várias partes, cada uma com

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capítulos específicos. Inicia com uma visão introdutória do sistema geral de recursos no processo civil e dos órgãos colegiados nos Juizados Especiais (Parte I). A seguir, o enfoque é dirigido para os recursos típicos “nas instân-cias ordinárias” (Parte II) para, nas partes finais, tratar dos instrumentos de acesso às instâncias extraordinárias (Parte III) e de outras formas de impugnação de decisões judiciais aplicáveis no âmbito dos Juizados (Parte IV). A abordagem, como se percebe, é exaustiva.

Já ficou registrada a especial qualificação dos autores, na sua condição também de magistrados que atuam no sistema dos Juizados Federais. Por isso mesmo, a par do desenvolvimento doutrinário da matéria, é riquíssi-mo o cenário de situações práticas trazidas a exame, o que confere à obra uma distinguida singularidade. Registra-se, ademais, a elegância e a clare-za da linguagem, de apurada técnica, mas sem afetações, qualidades que acompanham os bons textos, alçando-os a uma posição acima da comum. O trabalho está amparado em fontes doutrinárias de grande autoridade, bem como em extenso embasamento jurisprudencial, produzidos não apenas no âmbito dos Juizados, mas também em outros importantes órgãos jurisdicio-nais, inclusive das instâncias extraordinárias.

Recursos cíveis nos Juizados Especiais Federais é, em suma, um livro de singular atualidade e de superior qualidade, que deve envaidecer, com ra-zão, os seus talentosos autores, e que certamente terá dos leitores, estudio-sos e profissionais do direito entusiástica e proveitosa acolhida.

Teori Albino ZavasckiMinistro do Supremo Tribunal Federal

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APresentAção

Magistratura e magistério são dedicações de vida. Sopesar concreta-mente o justo requer dedicação, exclusões pessoais e despersonalização de interesses; ensinar é realizar-se no aprender do outro. Em ambos, o estudo e o propósito social.

Nesta obra juízes revelam o produto de seu estudo, de sua prática, em divulgação que facilita o exercício dos operadores do direito nos juizados federais. Nesta obra, fez prefácio Teori Zavascki, magistrado e professor.

São interessantes os caminhos da vida que unem, não por coincidên-cia, obra de juízes federais e prefácio do Ministro Teori Zavaski. Todos pre-ocupados em bem servir e a tornar acessível conhecimento que propicie a mais plena e universal justiça.

Teori Zavaski dedicou uma vida à produção do justo e se notabilizou em atuação firme, corajosa e imparcial na Suprema Corte do país. Magis-trado exemplar, era simples no trato, dedicado no serviço, preparado e pre-ocupado com a melhor realização da justiça.

Recordo do último contato com Teori Zavaski, em manifestação sua para magistrados federais na 4ª Região, em Porto Alegre, no final de 2015. Dizia o Ministro Teori que buscava na jurisdição resolver teses jurídicas; decidida a tese, já não importavam os nomes da autuação. É modelo a ser seguido. Não importam tendenciosos reclamos sociais, não importa pres-são política ou econômica, decide o juiz a tese e a aplica com igualdade a quem na mesma situação fática se encontre. Aula e modelo.

São os autores juízes federais reconhecidos por seu estudo e atuação há décadas nos juizados federais, no magistério, na dedicação ao serviço. É inte-ressante e louvável a transformação constatada nos juizados federais, de fun-ção jurisdicional desprestigiada, tratada com desdém, passando gradualmen-te a ser foco de inovações para uma jurisdição mais ágil, eficiente e equânime. Hoje, o reconhecimento social é imenso e dentro da carreira são os juízes de juizados e de Turmas Recursais reconhecidos pela dedicação e preparo.

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Savaris e Flavia são juízes de juizado. Preocupados em dar o justo do caso, preocupados com as consequências de suas decisões, preocupados em não dificultar ritos e formas... preocupados com a justiça.

Assim é que se destaca o presente manual, como resultado do pensar de quem estuda e faz a jurisdição recursal nos juizados federais.

São os juizados jurisdição diferenciada, e não apenas rito especial. É a peculiar justiça da equidade, do caso, com mínimos recursos porque não buscada solução igual a casos dos outros, mas que na prática acabou por incorporar tradições burocráticas do processo comum, de precedentes pretendidamente vinculadores e socialmente igualitários. Da imaginada justiça do caso, passa-se – em grau crescente – à justiça de todos.

Trata-se de implementação que pode merecer críticas de conteúdo, mas que não pode ser relegada ou diminuída em importância.

A justiça do caso cada vez mais cede, em decisões judiciais e em ma-téria recursal, para a justiça de todos, e falha será a atuação do operador do direito que não saiba utilizar adequadamente dessas oportunidades pro-cessuais para a solução que melhor atenda aos interesses defendidos.

A teoria dos recursos é qualificada pela incidência dos princípios do juizado, conformados pelo novo Código de Processo Civil, mas nele não delimitados. A forma adotada, o como de cabimento, as vias cabíveis, são conteúdo imprescindível à atuação na esfera recursal dos juizados.

A diferente estrutura recursal dos juizados exige diferenciada atuação do profissional e lhe permite opções recursais também particularizadas.

O detalhamento dos recursos admitidos nos juizados especiais fede-rais, com constante exemplificação pelos autores, traz valioso caminho a ser trilhado.

Este é o resultado de anos do estudo e da prática recursal, por dois destacados magistrados federais. Caminho orientado, discurso discutido e prática facilitada a todos que nos juizados federais busquem o seu justo.

Nefi CordeiroMinistro do Superior Tribunal de Justiça

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notA dos Autores à 6ª edição

O ano de 2017 deixa suas marcas na história da República. São incon-táveis os golpes que sofre o espírito de cidadania, assediado que se encontra por seguimento de fatos que transformam em um genuíno desafio os pro-pósitos de progresso moral e justiça social.

Para geral consternação, em meio a tantos embaraços que enfrenta-mos todos os brasileiros, no presente ano nos deixou o estimado Ministro Teori Albino Zavascki, homem público modelar, magistrado de singular talento, respeitável doutrinador e mestre.

Mercê de sua notória gentileza, Ministro Teori consentiu em prefaciar o presente trabalho.

A escolha por Sua Excelência foi motivada pela admiração e pelo re-conhecimento de sua generosidade demonstrada em seus amigáveis con-selhos e incentivos. Isso era presente desde quando conhecemos pessoal-mente o então integrante da banca examinadora de Concurso Público para provimento de cargo de Juiz Federal Substituto do TRF da 4ª Região.

Assinalamos aqui nosso tributo e nosso agradecimento.A atual edição se fazia indispensável e não mais era possível retardá-la.De um lado, o advento do Código de Processo Civil de 2015 provocou

ajustes no conjunto normativo infralegal que disciplina o sistema recursal dos juizados especiais federais. A presente edição corresponde, devida-mente, a esse novo contexto institucional.

Por outro lado, guardamos nosso alvo de continuamente aprimorar o texto, de modo a torná-lo cada vez mais didático, e de forma a prestar-se como confiável instrumento aos que buscam compreender o tema desde sua perspectiva prático-operacional.

Agradecemos aos colegas que nos auxiliaram na elaboração desse novo texto, bem como aos alunos e leitores, pelas palavras de incentivo e pela devolutiva oferecida ao longo desses anos, em cada recanto desse ma-ravilhoso País.

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notA dos Autores à 5ª edição

“Pois a sabedoria é mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela”. (Provérbios, 5:11)

Boa parte da presente obra foi reescrita para esta nova edição.

Antes de tudo, convém esclarecer aos nossos leitores que, em relação às edições passadas, o nosso objeto de estudo passou por um importante recorte. Até a 4ª edição, o Manual prestava-se como ferramenta de consul-ta também para a compreensão dos Juizados Especiais da Fazenda Públi-ca. Por ocasião dos estudos preparatórios para a presente edição, tantas se revelaram as sutilezas (complexidades?) do sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, quando comparados aos da Fazenda Pública, que foi preciso, por uma questão didática, separar o que era fundamental ao objeti-vo primeiro do presente trabalho: a compreensão da dinâmica recursal do sistema dos Juizados Especiais Federais. Por essa razão, foram excluídas as incursões que se relacionavam aos Juizados Especiais da Fazenda Pública.

Também por uma motivação didática, em face das particularidades dos incidentes de uniformização, optamos por elaborar roteiros de interpo-sição e de análise desses recursos. Ainda com esse objetivo, oferecem-se, aos leitores, roteiros ilustrados das diferentes espécies de pedidos de uni-formização. Os quadros sinópticos foram revistos e ampliados.

Por outro lado, foi muito significativa a alteração operada no sistema normativo. Desde a publicação da última edição, tivemos a publicação do Novo Código de Processo Civil, do Novo Regimento Interno da TNU, e também nova disciplina aos Regimentos Internos das Turmas Recursais e Turmas Regionais de Uniformização.

O livro se encontra devidamente atualizado, quanto a todos esses pontos. E não poderia ser diferente. Sua finalidade é a de oferecer informa-ções precisas ao leitor, de modo que este tenha em mãos uma ferramenta segura para a pesquisa e para a prática jurídica.

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Uma vez mais foi necessária a atualização da obra quanto às novas orientações das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e questões de ordem.

Agradecemos a Deus pela força concedida para vencermos mais este empreendimento. Agradecemos à Juruá Editora, pela porta aberta, pela amizade de sempre e por ter apostado nesta iniciativa editorial quando ain-da era apenas um projeto distante. Da mesma forma, segue nossa gratidão à Alteridade Editora, pela acolhida fraterna e por andar conosco pelo Brasil todo, com este e outros desafios intelectuais.

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notA dos Autores à 4ª edição

A superveniência da Lei 12.665, de 13 de junho de 2012, que dispôs sobre a criação de estrutura permanente para as Turmas Recursais e criou os respectivos cargos de Juízes Federais justificava, por si só, a atualização deste Manual de Recursos, orientado que ele estava pela lógica de manda-tos temporários para a composição das Turmas Recursais.

De outra parte, a reflexão mais detida sobre alguns pontos exigiu a revisão do trabalho original e isso não apenas de uma perspectiva formal. A alteração de nossa compreensão sobre alguns temas também é coloca-da de modo expresso no texto, esclarecendo-se as razões da mudança de perspectiva.

Para fins didáticos e buscando facilitar a compreensão do leitor quan-to aos temas chaves dos recursos nos Juizados Especiais Federais, elabora-mos quadros sinópticos que se encontram ao final do exame de cada espé-cie recursal.

Uma vez mais foi necessária a atualização da obra quanto às novas orientações das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e questões de ordem.

A preocupação continua sendo a de manter o leitor atualizado em relação ao sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, de modo a as-segurar que a presente obra se preste como referência segura à pesquisa e à prática jurídica.

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notA dos Autores à 3ª edição

É compreensível que o desafio imposto por novas realidades impul-sione a alteração do arranjo normativo integrante do sistema dos Juizados Especiais Federais. Não por outra razão foi editada pelo Conselho da Justi-ça Federal a Resolução 163, de 09.11.2011, que alterou substancialmente a Re-solução/CJF 22/08. A edição deste ato normativo nos levou à reformulação do trabalho anteriormente editado.

Também foi necessária a atualização da obra quanto às novas orienta-ções das Turmas de Uniformização, em seus precedentes, súmulas e ques-tões de ordem.

A preocupação, evidentemente, foi a de manter o leitor atualizado em relação ao sistema recursal dos Juizados Especiais Federais, de modo a assegurar que a presente obra se preste como bússola fiel à pesquisa e à prática jurídica.

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notA dos Autores à 2ª edição

Partindo da ótica que os Juizados Especiais primam pela minimização das arenas ou pontos de conflito, buscando, tanto quanto possível a solução pela via conciliatória, o texto original desta obra já trazia reflexões acerca do indesejável crescimento do aporte de recursos nesse sistema processual.

Por outro lado, reconhecemos que o estudo sistematizado das no-vas figuras recursais introduzidas pela Lei 10.259/01, e também pela Lei 12.153/09, é um importante aliado para a concretização dos princípios nor-teadores dos Juizados Especiais, o que é abordado em inúmeras passagens da obra.

Contudo, o crescente aporte de recursos nos processos que tramitam perante Juizados Especiais e o progresso da jurisprudência sobre o tema impulsionaram-nos a trabalhar novos pontos e a aprofundar algumas refle-xões na 2ª edição desta obra.

Se não bastasse a ampliação e a atualização dos assuntos abordados no texto original, incluímos a análise dos recursos criminais nos Juizados Especiais, cujas particularidades merecem adequado tratamento.

Em suma, buscamos apresentar uma nova edição da obra com con-teúdo ampliado e atualizado e que trate de todo o universo recursal nos Juizados Especiais, o que nos impôs, inclusive, a alteração do título original.

Por derradeiro, cumpre registrar nosso desejo de que todas as horas dedicadas a este projeto, com a materialização de nosso estudo, não faça iludir o ideal dos Juizados Especiais, qual seja, a pacificação dos conflitos pela via conciliatória.

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notA dos Autores

É de evidente compreensão que o microssistema processual dos Juiza-dos Especiais guarda como norte a implementação de um procedimento judi-cial célere, descomplicado e informal, pois foi idealizado para conferir acesso à justiça e solucionar conflitos, tanto quanto possível, pela via conciliatória.

Presididos pela ideia de minimização das arenas ou pontos de confli-to, os Juizados Especiais primam pela redução dos pontos de intervenção jurisdicional.

Nesse contexto de pacificação de litígios pela via conciliatória, o siste-ma recursal, ao menos em tese, não deveria ter grande relevo em tal modelo de jurisdição.

Não é o que se verifica, contudo, nesses quase nove anos de implantação dos Juizados Especiais Federais. A prática da conciliação ainda é incipiente, pois a alteração de paradigma demanda tempo. Persiste, além disso, a cultura de revisão das decisões judiciais, tantas vezes quantas forem possíveis.

Por mais paradoxal que possa parecer, a boa estruturação e o adequado funcionamento do sistema recursal dos Juizados Especiais pode contribuir decisivamente para a realização dos valores últimos que eles hospedam.

A Lei 10.259/01 veiculou novas figuras recursais (v.g., os incidentes de uniformização) e conferiu estrutura singular às instâncias recursais (turmas recursais e turmas de uniformização), de modo que o recurso, ao tempo em que custa – em termos de tempo e recursos pessoais e materiais – para o processo específico em que interposto, pode contribuir, ele próprio, para a racionalização do sistema, mediante a uniformização da interpreta-ção da lei federal em questões de direito material.

Para tanto, revela-se importante termos adequada compreensão do funcionamento dos órgãos colegiados e das novéis figuras recursais intro-duzidas pela Lei dos Juizados Especiais Federais.

Por outro lado, o cotidiano forense tem evidenciado a relativa dificul-dade dos operadores do direito em enfrentar um sem número de questio-

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namentos oferecidos por aquilo que é novo, por aquilo que ninguém ainda tratava de modo sistematizado.

Isso foi por nós sentido no exercício da jurisdição dos Juizados Espe-ciais Federais, das Turmas Recursais e das Turmas de Uniformização.

Pois é justamente das dificuldades apresentadas pela prática, das dú-vidas eventualmente brotadas em salas de aula e das reflexões propiciadas pela contemplação da dialética do ser e dever ser dos Juizados Especiais Federais que inspiraram a pesquisa, o estudo e a realização do presente trabalho.

Ocorre que durante a realização desse estudo, adveio a Lei 12.153/09, instituidora dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, que se pode dizer elaborada à imagem e semelhança da Lei dos Juizados Especiais Federais. Por tal razão, nosso estudo foi adaptado para abranger igualmente as novas figuras recursais desse diploma legal.

Com essas ponderações, buscamos nos explicar acerca da maior ên-fase emprestada aos Juizados Especiais Federais e a determinadas figuras recursais, como os incidentes de uniformização (que respondem por três capítulos deste trabalho). Nada obstante, o leitor perceberá que o conteúdo deste texto é igualmente aplicável aos Juizados Especiais da Fazenda Públi-ca, mudando-se o que se deve mudar.

Com as experiências/problemáticas colhidas dos Juizados Especiais Federais ora sistematizadas, esperamos oferecer uma contribuição para o estágio inicial de funcionamento das turmas de uniformização dos Juiza-dos Especiais da Fazenda Pública.

É necessário um último ponto quanto ao título do presente estudo. Neste sentido, conquanto fosse mais pertinente que o tema expressasse com fidelidade a circunstância deste trabalho abordar, para além dos recursos, outras formas impugnativas de decisões nos Juizados Especiais, a opção pela locução “Recursos Cíveis” responde suficientemente à ideia subjacente de que se está a tratar de impugnação das decisões em um sentido amplo.

Por fim, cumpre registrar nosso desejo de que todas as horas dedica-das a este projeto, com a materialização de nosso estudo, não faça iludir o ideal dos Juizados Especiais, qual seja, a pacificação dos conflitos pela via conciliatória.

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sumário

Siglas e Abreviaturas ............................................................................ 33

Parte I – INTRODUÇÃO AOS RECURSOS CÍVEIS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Capítulo 1 – ELEMENTOS DA TEORIA GERAL DOS RECURSOS ............... 37

1.1 - Conceito e natureza jurídica do recurso ..................................................... 38

1.2 - Fontes normativas dos recursos nos Juizados Especiais ............................... 40

1.3 - Constituição da República como fundamento do sistema recursal ................. 42

1.4 - Fontes normativas dos recursos no âmbito dos Juizados Especiais ............... 451.4.1 - Aplicação subsidiária do CPC ............................................................ 47

1.4.1.1 - Aplicabilidade do novo CPC nos Juizados Especiais Federais ......... 581.4.1.1.1 - Contagem dos prazos processuais em dias úteis ................... 591.4.1.1.2 - Suspensão do curso do prazo processual para férias ............. 601.4.1.1.3 - Supressão de instância, conhecimento de questões novas e “não surpresa” .............................................................................. 611.4.1.1.4 - A flexibilização do prequestionamento para os recursos extraordinários ................................................................................ 621.4.1.1.5 - A integração da decisão colegiada pelo voto vencido, para fins de prequestionamento ................................................................. 631.4.1.1.6 - Embargos de declaração sem efeito suspensivo, mas interrompendo prazo para outros recursos ........................................... 641.4.1.1.7 - Ônus recursal de impugnação específica ............................ 651.4.1.1.8 - Padrões argumentativos decorrentes do dever de fundamentação ................................................................................ 651.4.1.1.9 - Relativização de formalidades recursais ............................... 67

1.5 - Princípios informadores do sistema recursal brasileiro ................................. 691.5.1 - Princípio da proibição da reformatio in pejus ...................................... 69

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JOSÉ ANTONIO SAVARIS – FLAVIA DA SILVA XAVIER

1.5.2 - Princípio da irrecorribilidade das interlocutórias ................................... 701.5.3 - Princípio da taxatividade dos recursos .............................................. 711.5.4 - Princípios da singularidade e da correlação do recurso ........................ 731.5.5 - Princípio da fungibilidade dos recursos .............................................. 76

1.6 - Princípios dos Juizados Especiais Federais ................................................. 791.6.1 - Princípio da oralidade ...................................................................... 791.6.2 - Princípio da simplicidade ................................................................. 821.6.3 - Princípio da informalidade ................................................................ 841.6.4 - Princípio da economia processual ..................................................... 861.6.5 - Princípio da celeridade..................................................................... 87

1.7 - Aplicabilidade dos princípios do sistema recursal nos Juizados Especiais ....... 89

1.8 - Pressupostos de admissibilidade dos recursos em geral .............................. 901.8.1 - Cabimento do recurso ..................................................................... 911.8.2 - Legitimação para recorrer ............................................................... 921.8.3 - Interesse recursal ........................................................................... 931.8.4 - Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer ........... 961.8.5 - Tempestividade, regularidade formal e preparo ................................... 961.8.6 - Pertinência material do recurso em relação à decisão .......................... 98

1.9 - Juízo de admissibilidade e juízo de mérito ................................................. 99

1.10 - Efeitos dos recursos .............................................................................101

1.11 - Classificação dos recursos .................................................................... 104

1.12 - Recurso adesivo – cabimento nos Juizados Especiais .............................. 106

1.13 - O novo CPC e o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas ........... 1081.13.1 - Pressupostos para o cabimento do incidente de resolução de demandas repetitivas ................................................................................1111.13.2 - Suspensão dos processos que versem idêntica questão de direito .......1111.13.3 - Admissão, instrução e julgamento do incidente no Tribunal ................1131.13.4 - Efeitos do julgamento ....................................................................1151.13.5 - Constitucionalidade da sistemática, ao abranger os Juizados Especiais ................................................................................................1161.13.6 - Nova arena de uniformização para os Juizados Especiais Federais .... 1221.13.7 - Eficácia do novo mecanismo para redução de demandas previdenciárias ........................................................................................ 125

1.13.7.1 - A problemática do tempo para o julgamento do incidente .......... 1261.13.7.2 - A problemática da postura da Administração Pública Previdenciária ..................................................................................... 128

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MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Capítulo 2 – ÓRGÃOS COLEGIADOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS ........................................................................................131

2.1 - Turmas Recursais ..................................................................................1312.1.1 - Composição das Turmas Recursais .................................................. 1322.1.2 - Competência das Turmas Recursais e atribuição dos magistrados integrantes ............................................................................................. 135

2.2 - Turmas Regionais de Uniformização ........................................................ 1382.2.1 - Composição das Turmas Regionais de Uniformização ........................ 1402.2.2 - Competência das Turmas Regionais de Uniformização e atribuição dos magistrados integrantes ............................................................................ 142

2.3 - Turma Nacional de Uniformização .......................................................... 1442.3.1 - Composição da Turma Nacional de Uniformização............................. 1442.3.2 - Competência da Turma Nacional de Uniformização e atribuição dos magistrados integrantes ............................................................................ 1462.3.3 - Competência do Presidente da Turma Nacional de Uniformização ....... 148

Parte II – FIGURAS RECURSAIS NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS

Capítulo 3 – RECURSO CONTRA SENTENÇA ........................................ 153

3.1 - Legitimidade para recorrer ..................................................................... 156

3.2 - Interesse recursal ................................................................................. 157

3.3 - Prazo de interposição ............................................................................ 158

3.4 - Forma de interposição e preparo ............................................................ 159

3.5 - Representação por advogado ..................................................................161

3.6 - Efeitos da interposição do recurso contra a sentença ................................. 1633.6.1. Juízo de retratação ......................................................................... 165

3.7 - Limites do conhecimento pela instância ad quem ..................................... 166

3.8 - A ausência de reexame necessário ...........................................................169

3.9 - A técnica da motivação por remissão e o dever de fundamentar as decisões judiciais .......................................................................................................170

3.9.1 - Simplicidade, celeridade e informalidade nos Juizados Especiais e o dever de fundamentação ............................................................................174

3.10 - Decisão monocrática do relator ..............................................................176

3.11 - Condenação no pagamento das verbas de sucumbência ............................177

Quadro Sinóptico: Recurso contra sentença ..................................................... 184

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Capítulo 4 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ......................................... 185

4.1 - Hipóteses de cabimento ........................................................................ 185

4.2 - Obscuridade da decisão ........................................................................ 189

4.3 - Contradição - interna - do julgado ........................................................... 190

4.4 - Omissão na decisão ...............................................................................1914.4.1 - Enfrentamento de todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador ................... 193

4.5 - Erro material e erro de fato ................................................................... 197

4.6 - Prazo e forma para interposição ............................................................. 200

4.7 - Legitimidade e interesse para embargar ................................................... 201

4.8 - Cabimento dos embargos de declaração contra decisão interlocutória .......... 202

4.9 - Embargos de declaração e decisão monocrática em órgãos colegiados ........ 203

4.10 - Interrupção do prazo para interposição de recurso ................................... 206

4.11 - Atribuição excepcional de efeito infringente ..............................................210

4.12 - Embargos de declaração e prequestionamento ........................................ 2124.12.1 Embargos de declaração e a suficiência do prequestionamento ficto ......2134.12.2 - Embargos de declaração e tese inovadora .......................................216

4.13 - Anulação de acórdão omisso e o prequestionamento ficto .........................218

Quadro Sinóptico: Embargos de declaração ...................................................... 220

Capítulo 5 – RECURSO CONTRA DECISÃO QUE APRECIA TUTELA DE URGÊNCIA ....................................................................................... 221

5.1 - Pressupostos de cabimento ................................................................... 2235.1.1 - Prazo para interposição .................................................................. 2235.1.2 - Legitimidade recursal .................................................................... 224

5.2 - Medida cautelar ou tutela antecipada concedida em sentença .................... 225

5.3 - Juízo de retratação ............................................................................... 227

Quadro Sinóptico: Recurso contra decisão que aprecia tutela de urgência ............ 228

Parte III – FIGURAS RECURSAIS NAS INSTÂNCIAS EXTRAORDINÁRIAS

Capítulo 6 – INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO E SEUS PRESSUPOSTOS GERAIS DE CABIMENTO ............................................231

6.1 - A função paradigmática dos incidentes de uniformi zação no sistema recursal dos Juizados Especiais ...................................................................... 233

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MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

6.2 - Pressupostos gerais de cabimento dos incidentes de uniformização ............ 2396.2.1 - Legitimidade para interposição dos incidentes de uniformização .......... 2406.2.2 - Interesse recursal e a necessidade de impugnação de todos os fundamentos autônomos da decisão recorrida ............................................. 2406.2.3 - Prazo de interposição dos incidentes de uniformização ..................... 2436.2.4 - A divergência na interpretação acerca de questões de direito material .... 245

6.2.4.1 - Atualidade da divergência na interpretação da lei federal .............2476.2.4.2 - Configuração da similitude fático-jurídica entre a decisão recorrida e o acórdão paradigma ........................................................... 249

6.2.5 - Decisão proferida por Turmas Recursais ........................................... 2536.2.6 - Interpretação da lei em questões de direito material ......................... 254

6.2.6.1 - Questões de fato, reexame de prova e nova qualificação jurídica da prova ............................................................................................ 2546.2.6.2 - Incidente de uniformização e erro evidente de turma recursal na apreciação da prova ............................................................................ 2636.2.6.3 - Impossibilidade de discussão de matéria processual .................. 2646.2.6.4 - Análise de questão de fato pela própria turma de uniformização após a definição da tese aplicável ......................................................... 273

6.2.7 - Prequestionamento do tema, ainda que via embargos declaratórios .... 278

Capítulo 7 – OUTRAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO ........................................................................ 283

7.1 - Efeitos da interposição do incidente de uniformização ................................ 283

7.2 - Efeitos da decisão proferida em incidente de uniformização ........................ 2867.2.1 - Efeito interno da decisão uniformizadora ........................................... 2867.2.2 - Efeito externo da decisão uniformizadora .......................................... 288

7.3 - Interposição simultânea de incidentes de uniformização ............................. 294

7.4 - Juízo de admissibilidade e agravo da decisão de não admissão .................. 297

7.5 - Limites de devolução dos incidentes de uniformização ............................... 302

7.6 - Retenção de incidentes de uniformização idênticos.................................... 303

7.7 - Juízo de adequação e juízo de retratação do julgado .................................. 307

7.8 - Decisão monocrática em incidentes de uniformização ................................ 309

Capítulo 8 – INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO EM ESPÉCIE .................313

8.1 - Incidente de uniformização regional ........................................................3138.1.1 - Requisito específico positivo: a divergência entre turmas recursais da mesma região ..........................................................................................314

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8.1.2 - Requisito específico negativo: ausência de alinhamento do acórdão recorrido a súmula ou jurisprudência dominante do STJ ou da TNU .................3158.1.3 - Relação do pedido de uniformização regional com o incidente de resolução de demandas repetitivas ..............................................................316

Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Regional ......................................318– Roteiro para interposição do recurso ........................................................ 320– Roteiro para análise da admissibilidade .................................................... 325– Roteiro ilustrado do recurso .................................................................... 329

8.2 - Incidente de uniformização nacional ........................................................ 3398.2.1 - Pressupostos específicos do incidente de uniformização nacional ........ 340

8.2.1.1 - Divergência entre decisões de turmas de diferentes regiões ......... 3408.2.1.2 - Contrariedade a súmula ou jurisprudência dominante do STJ ou da TNU ......................................................................................... 341

8.2.2 - Juízo de adequação pela turma de origem ........................................ 3448.2.3 - Relação do pedido de uniformização nacional com o incidente de resolução de demandas repetitivas ............................................................ 346

Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Nacional ..................................... 348– Roteiro para interposição do recurso ........................................................ 350– Roteiro para análise da admissibilidade .................................................... 354– Roteiro ilustrado do recurso .................................................................... 3588.1.3 - Incidente de uniformização para o Superior Tribunal de Justiça ........... 365

8.1.3.1 - Amparo constitucional do incidente de uniformização dirigido ao STJ ............................................................................................... 3658.1.3.2 - Pressupostos específicos de cabimento .................................... 3668.1.3.2.1 - Contrariedade de decisão da TNU a tese firmada em IRDR ...... 3688.1.3.3 - Efeito externo do incidente de uniformização dirigido ao STJ ....... 3698.1.3.4 - Processamento do incidente de uniformização dirigido ao STJ ..... 370

Quadro Sinóptico: Incidente de Uniformização Dirigido ao STJ ............................ 372– Roteiro para interposição do recurso .........................................................374– Roteiro para análise da admissibilidade .................................................... 377– Roteiro ilustrado do recurso .................................................................... 3808.1.4 - Consulta em questão de direito processual ....................................... 386

Capítulo 9 – RECURSO EXTRAORDINÁRIO .......................................... 393

9.1 - Pressupostos de cabimento .................................................................... 3949.1.1 - A ofensa direta ao texto constitucional ............................................ 3969.1.2 - O esgotamento das vias recursais ordinárias .................................... 398

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MANUAL DOS RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

9.1.3 - O prequestionamento da questão constitucional na decisão recorrida ... 4009.1.4 - A repercussão geral da questão constitucional discutida no recurso ..... 401

9.2 - Juízo de admissibilidade e sua impugnação ............................................. 403

Quadro Sinóptico: Recurso Extraordinário ................................................... 406

Sinopse: Agravos no sistema recursal dos Juizados Especiais Federais ...... 409

Sinopse: Decisões irrecorríveis nos Juizados Especiais Federais .................419

Parte IV – OUTRAS FORMAS IMPUGNATIVAS DE DECISÕES NOS JUIZADOS ESPECIAIS

Capítulo 10 – MANDADO DE SEGURANÇA NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS ...................................................................................... 429

10.1 - Pressupostos de cabimento do mandado de segurança contra ato jurisdicional ................................................................................................. 430

10.2 - Pressupostos de cabimento do mandado de segurança contra ato jurisdicional no âmbito dos Juizados Especiais ................................................. 433

10.3 - Competência do mandado de segurança contra ato de juiz do juizado especial federal ............................................................................................ 439

10.4 - Procedimento do mandado de segurança nas turmas recursais ................ 442

10.5 - Impugnação de decisão da turma recursal em sede de mandado de segurança ................................................................................................... 443

10.6 - Correição parcial no âmbito dos Juizados Especiais ................................ 444

Capítulo 11 – O INSTITUTO DA RECLAMAÇÃO ..................................... 447

11.1 - Hipóteses de cabimento de Reclamação no novo CPC ............................. 448

11.2 - Processamento da Reclamação no Tribunal ............................................ 451

11.3 - A Reclamação no sistema dos Juizados Especiais Federais ...................... 45111.3.1 - Reclamação dirigida à Turma Nacional de Uniformização .................. 452

Capítulo 12 – A REVISÃO DA COISA JULGADA NO ÂMBITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS ........................................................................ 455

12.1 - A vedação da ação rescisória como restrição ao direito fundamental a um processo justo ............................................................................................ 456

12.1.1 - O direito fundamental a um processo justo .................................... 45712.1.2 - Direitos fundamentais como princípios ........................................... 46112.1.3 - Categorização das restrições segundo sua previsão constitucional ...... 464

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12.1.4 - Colisão de direitos fundamentais – a ponderação dos valores envolvidos no caso concreto ...................................................................... 46612.1.5 - Proporcionalidade como passo fundamental à análise da legitimidade da restrição ............................................................................................ 469

12.1.5.1 - A máxima da adequação ou conformidade ...............................47112.1.5.2 - A máxima da necessidade da medida restritiva ........................ 47212.1.5.3 - A máxima da proporcionalidade no sentido estrito .................... 47312.1.5.4 - A preservação do núcleo essencial do direito fundamental ..........474

12.1.6 - A restrição ao uso de ação rescisória nos Juizados Especiais vis-à-vis ao direito fundamental à proteção judicial .................................................. 478

12.2 - Quebra da coisa julgada nos Juizados Especiais ..................................... 480

12.3 - DA AÇÃO ANULATÓRIA DE SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO . 483

Capítulo 13 – AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA JURÍDICA ......... 485

13.1 - Contornos para identificação de sentença juridicamente inexistente ........... 487

13.2 - Meios de impugnação de sentença juridicamente inexistente .................... 489

Parte V – MEIOS DE IMPUGNAÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS CRIMINAIS

Capítulo 14 – RECURSOS NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS .......... 495

14.1 - Recurso de Apelação .......................................................................... 496

14.2 - Embargos de Declaração ..................................................................... 499

14.3 - Habeas Corpus ................................................................................... 501

14.4 - Revisão Criminal ................................................................................. 505

Apêndice

LEI 10.259, DE 12.07.2001 ................................................................511

RESOLUÇÃO/CJF 345, DE 02.06.2015 ................................................517Regimento Interno Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais ....................................................................................518

RESOLUÇÃO/CJF 347, DE 02.06.2015 ................................................ 537

SÚMULAS DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO ....................... 543

QUESTÕES DE ORDEM DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO ..... 553

REFERÊNCIAS .................................................................................. 561