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Equipe Projeto Escola Legal
Departamento de Relações Governamentais
Edição 2011Última atualização - setembro 2011
Educação: o melhor caminho para a cidadania
VAMOS VENCER A PIRATARIA
REALIZAÇÃO:
Agradecemos aos nossos patrocinadores: MSD, Associação Brasileira das Empresas de Software, Microsoft, Instituto
Brasileiro de Ética Concorrencial, Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Business Software Alliance,
Nokia e Motion Picture Association; e apoiadores: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Conselho
Nacional de Combate à Pirataria, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, Associação Brasileira da Propriedade
Intelectual, entre outros; pois sua consciência e atitudes nos possibilitam o desenvolvimento e manutenção deste
projeto pioneiro, de importância imensurável para o bem estar de nossa sociedade.
Reservados todos os direitos de autoria e publicação à AMCHAM Brasil/São Paulo, Departamento de Relações Governamentais.
Rua da Paz, 1431 - Chácara Santo Antonio.
CEP: 04713 - São Paulo/SP.
Fone: (55 11) 5180-3777
É proibida a duplicação ou reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico,
mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na web e outros), sem permissão expressa da Equipe Projeto Escola Legal.
Impresso no Brasil
AUTORIA - EQUIPE PROJETO ESCOLA LEGAL Coautoria e Apoio Pedagógico - Catarina Mattos Cvallari
Coautoria, Organização e Revisão - Agatha Estriga
Diagramação e Design - Felipe Desideri
Apoio e Consultoria - Comitê Gestor do Projeto Escola Legal
EQUIPE PROJETO ESCOLA LEGAL - AMCHAM BrasilGabriel Rico - CEO
Eduardo Imperatriz Fonseca - Diretor de Relações Governamentais
Felipe Vidoretti Magrim - Coordenador de Relações Governamentais
Fábio Desideri Junqueira - Coordenador do Projeto Escola Legal
Bruno Boldrin Bezerra - Analista Júnior
Jarbas Pinto - Coordenador Comercial
Kellen Cassiano - Assistente Comercial
MANUAL DO EDUCADOR
PROJETO ESCOLA LEGAL
Obra didático-informativa, originalmente elaborada e publicada na língua portuguesa.
VAMOS VENCER A PIRATARIA
O PROJETO
O “Projeto Escola Legal – Educação: o melhor caminho para a cidadania”,
uma iniciativa da Amcham propiciada pelo apoio de seus Parceiros, foi
criado para conscientizar a comunidade escolar sobre a importância do conceito
de propriedade intelectual e alertar para os problemas causados pela pirataria no
Brasil e no mundo. Dentro das atividades do Projeto Escola Legal valores morais e
éticos, senso de coletividade, bem como a importância de uma postura cidadã,
são base para a discussão sobre as conseqüências sociais causadas pela Pirataria e
Comércio Ilegal.
Mais do que um programa de combate à pirataria,
o Projeto Escola Legal é um programa de cidadania.
VAMOS VENCER A PIRATARIA
APRESENTAÇÃOPrezados Educadores,
É com imenso prazer que a Amcham (Câmara Americana de Comércio) oferece o material: “Manual do Projeto Escola Legal”,
especialmente desenvolvido para auxiliá-los na implementação e desenvolvimento do “Projeto Escola Legal – Educação: o
melhor caminho para a cidadania”.
Aqui vocês encontrarão conceitos relacionados aos temas: Pirataria, Propriedade Intelectual, Comércio Ilegal entre outros.
Além do conteúdo teórico, trazemos também sugestões para a abordagem dos temas em sala de aula e opções de como
trabalhar os tópicos mais polêmicos sobre a questão.
Desde já agradecemos a vocês Educadores pelo envolvimento e dedicação concedidos para a realização desse Projeto, afinal,
essa iniciativa não seria possível sem a importante participação de vocês.
Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para o fortalecimento deste ideal.
Esse material foi feito para vocês!
Atenciosamente,
Equipe Projeto Escola Legal
VAMOS VENCER A PIRATARIA
ÍNDICE VAMOS VENCER A PIRATARIA
Nossa História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Sobre o Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Primeira ParteProjeto Escola Legal é Cidadania! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Conceitos Fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Conscientização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
O que é Pirataria e Propriedade Intelectual? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Sim, Pirataria é Crime . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Você sabia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Conseqüências para a Sociedade da comercialização de produtos piratas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Prejuízos à Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Contribui para o Aumento do Desemprego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Agrava a Sonegação de Impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Prejudica a Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Biopirataria e Patente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Produção Excessiva de Lixo e Riscos Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Danifica Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Segunda ParteProjeto Escola Legal dentro da Sala de Aula! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Propostas de Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Questões Recorrentes /Abordando temas complicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Fale conosco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
NOSSA HISTÓRIA
Iniciamos em 2007 com um projeto piloto que foi
implementado em 5 escolas (4 particulares e 1 pública )
na cidade de São Paulo.
E rapidamente atingimos 1.433 alunos, 588 pais e 93
professores.
Ao todo, foram 7 empresas patrocinadoras e 25 matérias
na mídia sobre o projeto (entre revistas, jornais, televisão
e sites na internet).
Dentre as atividades realizadas, foram promovidos debates,
palestras de sensibilização, oficinas de trabalho, sempre
envolvendo toda comunidade escolar, educadores, alunos
e pais.
A partir do ano seguinte, os trabalhos do Projeto Escola
Legal foram iniciados com a realização do Fórum de
Conscientização de Educadores no Combate à Pirataria
em cada cidade participante: São Paulo, Porto Alegre,
Goiânia e Campinas.
Para garantir maior aproveitamento dentro das escolas,
o foco do projeto foi direcionado para a formação de
multiplicadores (os professores). Nessa ocasião, os
Educadores trocaram experiências entre os professores
já participantes do Projeto, participaram de oficinas
para discutir a aplicação do conteúdo em sala de aula
e sugeriram exemplos de como abordar os temas em
disciplinas variadas.
Após 3 anos de trabalho já contávamos com 117 escolas
(94 públicas e 23 privadas), atingimos 953 educadores e
22.000 alunos nas cidades participantes (São Paulo, Porto
Alegre, Goiânia e Campinas).
A parceria entre os setores público e privado mantém o
modelo da estrutura de sucesso do Projeto Escola Legal;
e consegue atender à crescente demanda de governos,
empresas e sociedade civil por soluções contra a pirataria.
Em 2010 o Projeto Escola Legal continua crescendo, e
neste ano deve ser implementado em mais 6 grandes
cidades brasileiras, além de São Paulo: Blumenau, Brasília,
Campinas, Curitiba, Goiânia e Recife.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
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SOBRE O MANUAL
O “Manual do Educador” foi desenvolvido para auxiliá-los a implementar o Projeto Escola Legal em sua escola; e está
dividido em duas partes. A primeira trabalha conceituação e informação sobre os temas que envolvem a pirataria, e a
segunda traz sugestões de estratégias dinâmicas para a abordagem do tema em sala de aula.
Para auxiliá-los nesse trabalho, contaremos ainda com fontes complementares de informação (encartes, reportagens
relevantes) que estarão disponíveis no portal digital criado pela Amcham (http://projetoescolalegal.org.br) que será
constantemente atualizado. Essa é mais uma ágil ferramenta de interação entre os Educadores, a Equipe do Projeto Escola
Legal, Facilitadores, Patrocinadores e Apoiadores.
Será disponibilizado ainda, um fórum interativo de discussão, exclusivo para que os professores possam trocar experiências
e compartilhar práticas sobre o andamento da iniciativa nas diferentes cidades em que está presente.
A Amcham disponibiliza ao longo do ano, um endereço eletrônico, como canal aberto de comunicação direta para os
Educadores e Diretores das escolas, para que nenhuma dúvida fique sem solução.
VAMOS VENCER A PIRATARIA
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PROJETO ESCOLA LEGAL É
CIDADANIA!Em nosso dia-a-dia, deparamo-nos a todo o momento
com o problema da pirataria. Ao ligar a televisão, acessar
a internet ou folhear jornais e revistas, é freqüente
encontrarmos matérias sobre apreensões de produtos
falsificados e mercadorias ilegais, em galerias, lojas,
farmácias, em caminhões nas principais estradas... Mesmo
no percurso habitual de casa até a escola, é provável que
muitos de nossos alunos cruzem diariamente com algum
ponto de venda de produtos pirateados. Provavelmente
eles não tenham a menor idéia das implicações legais e
éticas envolvidas nessas atividades.
O Projeto Escola Legal veio para alertar sobre os
malefícios que cercam a atividade pirata como um
todo e, principalmente para orientar como podemos
nos proteger deles.
Para início de conversa temos uma questão básica de
cidadania: por que devemos respeitar regras e leis, como a
que nos orienta a não comprarmos produtos piratas?
As regras de casa e da escola indicam o que podemos e
o que devemos fazer nesses ambientes. Elas servem para
nos proteger e para garantir o funcionamento apropriado
desses ambientes coletivos, possibilitando o bom convívio
com familiares, colegas e professores. Pois bem, o mesmo
vale para as leis.
Leis são regras sociais que determinam os deveres
e garantem os direitos da cidadania, protegendo os
cidadãos e possibilitando a vida em sociedade.
Uma sociedade organizada por leis oficiais, que sejam
conhecidas e válidas igualmente para todos os cidadãos,
permite que as pessoas vivam em segurança. Essa
segurança provém de saber que caso alguém desrespeite
os direitos do outro, é possível recorrer à Justiça para
que tal erro seja reparado e o responsável, punido. Por
mais que possa haver imperfeições no Sistema Legal no
VAMOS VENCER A PIRATARIA
PROJETO ESCOLA LEGAL
É CIDADANIA!Brasil, os cidadãos ainda assim possuem instâncias às
quais recorrer, como delegacias de polícia ou o Ministério
Público, para que seus direitos sejam respeitados. A
sobrevivência e a integridade física e moral dos indivíduos
devem ser asseguradas pela existência de leis.
Infelizmente, em alguns setores da sociedade, não só
no Brasil, mas do mundo inteiro prevalece a força das
armas e do suborno. O que vale aí é a “lei do mais forte”;
os indivíduos são deixados desprotegidos e a sociedade
torna-se refém da insegurança e da desigualdade.
Tal situação interessa apenas ao crime e é sustentada,
em grande parte, por meio do crime organizado, seja ele
ligado ao narcotráfico ou outras práticas ilegais como a
própria pirataria.
O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que o
crime organizado conta ainda com outra importante fonte
de financiamento: a venda de mercadorias pirateadas. Para
termos uma idéia da dimensão dessa prática criminosa nos
dias atuais, o Conselho Nacional de Combate a Pirataria
(CNCP) informou, que a pirataria movimenta, em todo
o mundo, aproximadamente US$ 600 bilhões por ano
(muito mais até do que o narcotráfico, que rende cerca de
US$ 360 bilhões anuais).
Só aqui no Brasil, segundo uma pesquisa da Associação
Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) citada no jornal
O Estado de São Paulo (18-mai-2010), o governo deixa
de arrecadar US$ 20 bilhões anuais em impostos. Isso
significa que, por causa da pirataria, o Brasil tem 20 bilhões
de dólares a menos por ano para custear empregos legais,
salários, escolas, hospitais, transporte, infraestrutura e
outros serviços que a sociedade necessita para viver e
tudo o mais que o país requer para se desenvolver.
Para abordarmos esses temas em sala de aula, precisamos
esclarecer dúvidas básicas e importantes:
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
PROJETO ESCOLA LEGAL
É CIDADANIA!
O que são valores morais?
O que é ética?
O que é cidadania?
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POR QUE ISSO É
IMPORTANTE?
VAMOS VENCER A PIRATARIA
CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
Trabalhar com educação é um desafio e tanto,
e sabemos que o aprendizado está diretamente
relacionado a um importante conceito:
FAZER SENTIDO / TER SIGNIFICADO.
Qualquer conceito ou informação, para ser melhor
fixado pelo aluno, deve responder a uma pergunta
principal:
Por que eu preciso saber (ou aprender) sobre isso?
Ou ainda,
Que importância isso tem para mim?
Um bom caminho para facilitar o contato dos alunos
com esse tema é esclarecer sobre essas questões que
falamos anteriormente: Ética, Cidadania e Valores
Morais.
ÉTICA e VALORES MORAIS: Residem nos atos
voluntários, nas escolhas que nós fazemos. Quando
tomamos uma atitude somos responsáveis pela
escolha e pelas conseqüências provenientes dessa
escolha. “A ética é o estudo sobre quais as finalidades
de uma ação que estamos deliberadamente reparados
para adotar” (Pierce,1990,202).
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
A aprovação dessas ações é a moral. Nesse campo ético, onde está a moral, os conflitos são permanentes, pois
é necessário avaliar as decisões, pesar prós e contras, decidir entre caminhos opostos. É próprio da moral estar
sempre aberta a revisões, a evoluções históricas e sociais.
CIDADANIA: “Constitui um dos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito e pode ser traduzido
por um conjunto de liberdades e obrigações políticas, sociais e econômicas. Ser cidadão hoje implica em exercer
seu direito à vida, à liberdade, ao trabalho, à moradia, à educação, à saúde, à cobrança de ética por parte dos
governantes. Exercer plenamente a cidadania consiste em participar ativamente das decisões da comunidade,
da cidade, do Estado e do país; propondo soluções para os problemas em todos os âmbitos do convívio social.
Quanto mais consolidada estiver a cidadania no Brasil, mais chance teremos de ter um país justo e igualitário para
todos os brasileiros.” (Luiz Flávio Borges D’Urso, site da OAB/SP)
CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
CONSCIENTIZAÇÃO
Se eu posso fazer escolhas, e se eu sou
responsável pelas conseqüências das minhas
escolhas... eu posso construir uma sociedade
melhor, posso realmente ser um agente
transformador.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
A pirataria é uma das práticas de violação da propriedade
intelectual.
A propriedade intelectual está presente em todos os
setores da nossa vida em sociedade.
Pode ser em inovações de processos ou produtos
tecnológicos, patentes, invenções, na autoria de trabalhos
artísticos e literários, marcas registradas, desenho
industrial...
A propriedade intelectual sempre envolve além do
processo criativo, pesquisa, tempo e dinheiro.
Vejamos o caso, por exemplo, das patentes. A patente é
uma forma de proteção conferida pelo Estado ao inventor
de um produto ou processo e assegura ao seu detentor o
direito de exclusividade na exploração deste produto por
um período determinado. Para ser concedida o autor deve
comprovar a novidade, a atividade inventiva (processo
criativo) e a aplicação industrial.
As invenções de produtos ou processos tecnológicos
novos são aplicados na atividade produtiva, estimulam
o desenvolvimento da produção, levam ao crescimento
econômico.
Cada vez que alguém compra um produto pirata, o
inventor do produto ou do processo novo não recebe pelo
seu trabalho inovador.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
O QUE É PIRATARIA? E
PROPRIEDADE INTELECTUAL?
O QUE É PIRATARIA? E
PROPRIEDADE INTELECTUAL?
É como se você fosse contratado para realizar um trabalho e, ao final, não recebesse o pagamento por ele e seu esforço
estaria nas mãos de outra pessoa que se apropriou do que era mérito seu.
Você certamente não teria motivação alguma para continuar realizando esse trabalho, não é?
O mesmo desestímulo ocorre com os pesquisadores e as empresas que se dedicam às atividades de pesquisas inovadoras
quando vêem sua propriedade intelectual violada por piratas. Em outras palavras, muito do que facilita a nossa vida foram
resultado de pesquisas, inovações e invenções, e a pirataria prejudica todo esse processo de evolução tecnológica, pois, no
consumo do produto pirata, os indivíduos ou empresas que trabalham em toda a cadeia de pesquisa e desenvolvimento de
produtos ou processos não são reconhecidos ou remunerados.
É uma pena pois o investimento de tempo, dinheiro e capacidade individual na criação deixa de acontecer, assim como
outras inovações que poderiam contribuir para dinamizar a atividade econômica como um todo, estimulando melhores
condições para o desenvolvimento econômico e a subseqüente melhoria da qualidade de vida da população.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
SIM, PIRATARIA É CRIME!
Cientes de que nossa missão é informar e conscientizar a sociedade
sobre todo o mal que a pirataria e o comércio ilegal nos traz, não
podemos deixar de destacar que, embora essas condutas sejam
socialmente aceitas, assim como ocorre em outros países, o Código
Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de
1940), em seu Artigo 184, considera crime a violação aos direitos
de propriedade intelectual, para o qual prevê a possibilidade de
apreensão de produtos piratas, bem como a pena de reclusão dos
responsáveis por até quatro anos, e multa.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
VOCÊ SABIA?Números da pirataria:
- A pirataria movimenta aproximadamente US$ 600 bilhões por ano no mundo (CNCP).
- Além dos malefícios individuais e coletivos que a pirataria acarreta, o dinheiro arrecadado com a venda de produtos piratas
é, em grande parte, destinado a financiar a corrupção, o narcotráfico e o tráfico de armas. Portanto, quem compra produtos
piratas, inadvertidamente dá seu dinheiro ao crime organizado.
- Segundo pesquisa da FECOMERCIO- RJ, em 2009, 46% da população brasileira declarou consumir produto(s) pirata(s).
- O relatório do CNCP indicou que estima-se que a cada ano o Brasil deixa de criar 2 milhões de empregos formais, em
função da pirataria.
- No país, o valor médio da cesta básica é R$ 206,02 (DIEESE); o valor do salário mínimo é R$ 510,00; o salário médio de
professores do ensino básico em 2008, de acordo com o Ministério da Educação, é de R$ 1.527,00; e o custo anual médio por
aluno na rede pública de educação básica é de R$ 1.359,00. Portanto, com o que o Brasil deixa de arrecadar em impostos
por causa da pirataria, o governo poderia comprar 178.623.434* cestas básicas; pagar 72.156.862* salários mínimos para
trabalhadores brasileiros; cobrir os salários de 24.099.541* professores; ou ainda, garantir o ano inteiro de estudos para
alunos. (*Considerando a cotação do dólar do dia 24/05/2010 a R$1,84).
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
PREJUÍZOS À SAÚDE
Por resultarem de atividades ilegais, fugirem da
fiscalização, desrespeitarem padrões de qualidade e
transgredirem as normas de segurança, prejudicando
a saúde de seus usuários e podendo causar danos
irreparáveis ao organismo.
PRODUTOS FARMACÊUTICOS e MEDICAMENTOS
Cosméticos piratas, maquiagens, perfumes, bronzeadores,
filtros solares e lâminas de barbear podem fazer mal à pele,
causando irritações, alergias, queimaduras e manchas.
Uma das formas mais hediondas e perigosas de pirataria
é a falsificação de medicamentos. Remédios falsos além
de não produzirem o resultado esperado, podem causar
mais problemas à saúde de quem os consome.
São alvos comuns da pirataria pílulas para emagrecimento,
comprimidos para disfunção erétil e anabolizantes, dentre
inúmeros outros. Esses medicamentos são vendidos
ilegalmente via internet, mas também muitos são
distribuídos clandestinamente em farmácias e hospitais
que, por sua vez, os repassam criminosamente a seus
pacientes.
Importante:
Medicamentos Genéricos não podem ser confundidos
com Medicamentos Pirateados, porém tanto quanto os
demais eles podem ser falsificados e comercializados
ilegalmente.
Os Genéricos são remédios que tiveram seu princípios
ativos liberados legalmente para serem produzidos por
mais de um fabricante, porém mantendo sobre eles a
fiscalização garantindo os padrões de qualidade e eficácia.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
PREJUÍZOS À SAÚDE
PRODUTOS EM GERAL
Muitos brinquedos pirateados, fruto de contrabando ou
descaminho, por exemplo, são feitos com tintas tóxicas
e materiais impróprios para o manuseio por crianças,
podendo acarretar doenças, lesões e contaminações.
Alguns testes do INMETRO identificam a utilização de
elementos tóxicos e até de lixo hospitalar reciclado
em sua confecção. Somam-se a isso a ausência do texto
obrigatório para restrição de faixa etária e das devidas
recomendações de uso desses brinquedos.
Já os tênis falsificados imitam a aparência da marca
original, mas não são capazes de reproduzir o sistema de
amortecimento que é essencial para proteger o corpo do
usuário. O impacto nas articulações pode ser bem maior
e pode provocar desde bolhas e calos até problemas de
coluna e lesões articulares.
Da mesma forma, os óculos de sol falsificados oferecem
grande risco à saúde dos olhos. As lentes falsificadas não
possuem filtro solar, assim fazem com que as pupilas se
abram mais por causa da sensação de pouca luz e recebam
diretamente os raios ultravioleta UVA e UVB; ao contrário
dos óculos legítimos, que têm lentes tratadas para filtrar
esses raios nocivos.
Ainda outro exemplo é o de peças pirateadas de
automóveis: uma ameaça constante à vida de motoristas
e pedestres pois não possuem preocupação com
durabilidade ou segurança.
Rolamentos, pneus, pastilhas de freio, caixas de direção,
catalisadores, amortecedores, palhetas limpadoras de
vidros, filtros e lâmpadas são, segundo relatório da CPI da
Pirataria, os produtos automotivos preferidos por piratas
e falsificadores.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
CONTRIBUI PARA O AUMENTO
DO DESEMPREGO
Em função da pirataria, segundo o relatório do CNCP (2009), o Brasil deixa de criar aproximadamente 2
milhões de empregos formais por ano. O mercado da falsificação pode ser confundido com o mercado
informal, entretanto há diferenças.
O mercado informal é constituído por atividades econômicas que, a despeito de não violarem, em muitos
casos, direitos de propriedade intelectual, violam as leis que regulam desde os atos constitutivos dessas
mesmas atividades econômicas, seja por um indivíduo ou grupo de indivíduos, até o recolhimento de
impostos e a contratação regular de empregos.
Evidentemente que a atividade de pirataria aproveita-se de todo o contexto do mercado informal, mas
também desrespeita especificamente os direitos de propriedade intelectual, ou seja, é uma atividade
ilegal que comercializa produtos falsificados sem se constituir como empresa, sem recolher impostos e,
sem contratar regularmente empregados. Trata-se de uma atividade que lesa a sociedade e o Estado.
Como a pirataria, as empresas perdem rendimentos e, conseqüentemente, deixam de contratar ou até
demitem funcionários, causando desemprego.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
CARTEIRA DE TRABALHO
E
PREVIDENCIA SOCIAL
Ministerio do Trabalho e Emprego
AGRAVA A SONEGAÇÃO
DE IMPOSTOS
Em conseqüência da comercialização de produtos piratas, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira
de Combate à Falsificação (ABCF) citada no jornal O Estado de São Paulo (18-mai-2010), nosso País deixou
de arrecadar aproximadamente US$20 bilhões em impostos durante 2009.
Isso significa que o Governo perdeu para a pirataria grande parte do orçamento público que poderia ser
investido em educação, saúde, segurança, transporte etc.
Além disso, a inadimplência daqueles que não pagam impostos torna ainda mais cara a contribuição dos
cidadãos que cumprem com suas obrigações fiscais, pois o Governo é obrigado a elevar os impostos para
compensar o rombo orçamentário causado pela sonegação.
Assim, toda a população inevitavelmente acaba pagando os custos e sofrendo os prejuízos da pirataria.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
PREJUDICA A ECONOMIA
Estima-se que a economia informal no Brasil corresponda a cerca de 30% do seu PIB, em outras palavras, há uma
produção correspondente a 30% do PIB realizada na ilegalidade. (ETCO/2009).
Esse montante implica prejuízos não apenas para o cenário econômico como um todo, mas também,
proporcionalmente, para cada uma das empresas atuantes no País e para os trabalhadores brasileiros, cujos
salários, delas dependem.
Esse contexto compromete a dinâmica de crescimento da economia e a qualidade de vida da população.
Promovem práticas de concorrência desleais, causando-lhes prejuízos significativos em termos de perda de
mercado para empresas e confusão ao consumidor.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
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BIOPIRATARIA E PATENTE
Muitos dos recursos da nossa biodiversidade -
provenientes da nossa fauna ou flora - são estudados
ou avaliados quanto à possibilidade de possuírem
algum princípio ativo - uma molécula ou grupo
de moléculas com alguma funcionalidade - com
capacidade de aplicação industrial ou comercial; ou
seja, com aplicação na fabricação de medicamentos
ou cosméticos, por exemplo.
A identificação desses princípios ativos, muitas vezes,
é feita por estrangeiros, que por sua vez, desenvolvem
produtos a partir desses princípios ativos. Esses
produtos, quando considerados realmente novos,
podem ser protegidos por patentes. Os estrangeiros
passam a obter ganhos econômicos com a
exploração comercial desses produtos e, muitas
vezes, não repartem esses ganhos com os países de
onde foram extraídos esses recursos, presentes na
biodiversidade local; conforme prevê, inclusive, a
Convenção da Diversidade Biológica – CDB. Assim,
ao se apropriarem dos recursos da biodiversidade de
um determinado país sem observarem as regras da
CDB, esses estrangeiros estariam praticando, em tese,
a biopirataria.
Inúmeros são os casos em que conhecimentos
tradicionais, adquiridos ao longo de anos de
experiência da relação entre as comunidades
tradicionais e os recursos da fauna e flora locais;
tais como nas comunidades indígenas; estão
VAMOS VENCER A PIRATARIA
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BIOPIRATARIA E PATENTE
associados a um ou vários recursos da biodiversidade.
Esses conhecimentos são um indicativo de que
um determinado recurso da biodiversidade possui
alguma funcionalidade específica, pois a comunidade
local tradicional já fazia uso desse recurso para o
atendimento de algumas de suas necessidades,
como o tratamento de determinada doença ou
sintoma fisiológico, por exemplo. Os estrangeiros, ao
utilizarem esses conhecimentos indicativos de que
um determinado recurso da biodiversidade local tem
propriedade terapêutica específica, estariam também
praticando, em tese, a biopirataria; já que estariam
se apropriando do conhecimento das comunidades
tradicionais com finalidades comerciais futuras sem
dar qualquer tipo de compensação econômica para
essas comunidades.
Portanto, podemos dizer que a biopirataria, ainda
que não possua uma definição conceitual precisa,
envolve tanto a apropriação indevida de recursos
da biodiversidade quanto dos conhecimentos
tradicionais que lhes são associados.
Para inibir a prática da biopirataria no país, foi
publicada a Medida Provisória nº 2.186-16, de 23
de agosto de 2001; que dispõe, fundamentalmente,
sobre: o acesso ao patrimônio genético, a proteção ao
conhecimento tradicional associado e a repartição de
benefícios. Essa Medida Provisória criou o Conselho
de Gestão do Patrimônio Genético – CGEN,
presidido pelo Ministério do Meio Ambiente, que,
entre outras atribuições, estabelece critérios para
VAMOS VENCER A PIRATARIA
VAMOS VENCER A PIRATARIA
BIOPIRATARIA E PATENTE
as autorizações de acesso ao patrimônio genético
e aos conhecimentos tradicionais, independente
desses acessos serem feitos por pessoas ou empresas
nacionais e estrangeiras.
Outro aspecto dessa questão da biopirataria é a usual
apropriação de nomes comuns da nossa biodiversidade
como marca comercial; há aqueles que consideram
esse tipo de apropriação como biopirataria. Nomes
conhecidos dos brasileiros, tais como “açaí” e “cupuaçu”,
já foram objetos de pedidos de marcas no exterior e
geraram discussões diplomáticas sobre a correção de
se usar nomes comuns de espécies vegetais da nossa
biodiversidade, como marca comercial.
Diante da ocorrência de repetidos casos de apropriação
de nomes comuns da nossa biodiversidade como marca,
o governo brasileiro elaborou uma extensa lista de
nomes das nossas fauna e flora; a denominada Lista Não-
Exaustiva de Nomes Associados à Biodiversidade
de Uso Costumeiro no Brasil, que foi distribuída para
vários escritórios de propriedade intelectual no mundo,
com a recomendação de que essa lista fosse consultada
antes que houvesse novas concessões de marcas.
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PRODUÇÃO EXCESSIVA DE LIXO E
RISCOS AMBIENTAIS
O mundo atual vive um enorme desafio de sustentabilidade: conciliar o desenvolvimento econômico com a
preservação do meio ambiente.
Empresas legais são submetidas à fiscalização com base em inúmeros critérios de sustentabilidade ambiental.
Elas devem tomar certos cuidados com a matéria-prima que utilizam e com os resíduos que geram, devem conter
a emissão de poluentes em suas fábricas, aperfeiçoar o uso de energia, racionar o desperdício de materiais, bem
como tratar e/ou reciclar o lixo que produzem. A atividade pirata não se submete a qualquer tipo de regulação e
não tem qualquer preocupação ambiental.
Dos componentes tóxicos que utiliza até o lixo clandestino que gera, a pirataria é um verdadeiro atentado ao
meio ambiente. Não pode haver espaço para a pirataria em um mundo que verdadeiramente se preocupa com a
sustentabilidade.
O Projeto Escola Legal apóia a fórmula “5R” por um mundo melhor: reduzir, reutilizar, reciclar, repensar e recusar.
REDUZIR a quantidade de lixo que a gente produz; REUTILIZAR e RECICLAR tudo que pudermos; REPENSAR nosso
consumo e modo de viver e RECUSAR produtos que agridem a saúde e o meio ambiente.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
DANIFICA EQUIPAMENTOS
Sabemos que produtos piratas são confeccionados com materiais inferiores, sem cuidado ou preocupação
alguma com a qualidade, a durabilidade e a segurança.
Podem causar danos aos equipamentos domésticos. CDs e DVDs pirateados, por exemplo, danificam o
leitor óptico dos aparelhos de áudio e vídeo; enquanto falsos softwares facilitam a invasão de vírus e
podem danificar o computador.
Os prejuízos a médio prazo se tornam muito maiores ao consumidor do que o gasto que ele teria tido
simplesmente comprando o produto original.
É claro que as mercadorias falsas não possuem garantia nem assistência técnica própria, o que evidencia
a impossibilidade de se recorrer em caso do não funcionamento adequado, o que significa mais perdas
econômicas para o comprador.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
CÓDIGO de
DEFESA do
CONSUMIDOR
Recusar produto pirata é, portanto,
um pequeno investimento pessoal
que cada brasileiro pode fazer para
contribuir com o desenvolvimento
do nosso país.
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PROJETO ESCOLA LEGAL
DENTRO DA SALA DE AULA!Educador,
Chegou o momento de colocar em prática todos os conceitos e informações trazidas pela PRIMEIRA PARTE do nosso Manual.
Aproveite essa experiência para compartilhar seus conhecimentos e aprender junto com os seus alunos.
Nas próximas páginas você vai encontrar algumas sugestões de atividades que podem facilitar a concretização do nosso
projeto.
Vale lembrar que você tem total liberdade para enriquecer e modificar os exercícios de acordo com a sua necessidade.
MUITO IMPORTANTE:Colocamos ao lado, para auxiliá-los, um guia modelo de como registrar suas impressões sobre cada atividade sugerida.
Sua opinião é muito importante para nós! Vamos disponibilizar um canal de comunicação, através do nosso portal (www.
projetoescolalegal.org.br), onde cada Educador poderá compartilhar essas informações, contar sobre suas práticas em sala
de aula e, inclusive nos dar sugestões para que o projeto fique cada vez melhor!
MÃOS A OBRA!
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
DIÁRIO DE BORDOAproveite para registrar suas experiências!
Como foi o desenvolvimento da atividade?
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O que mais gostei?
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Como foi a participação dos alunos?
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O que eu faria diferente? (sugestões)
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Guia modelo para acompanhamento das atividades em sala de aula.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 1: Jornal dentro da
Sala de Aula
Atividade 1 – Aquecimento sobre o tema Pirataria na sala de aula.
Matérias Relacionadas: Português, História e Geografia.
Objetivos: Identificar os jornais e revistas como fontes de informações, realizar leituras críticas e reflexivas de reportagens,
estimular a leitura e o trabalho em grupo, possibilitar o conhecimento do contexto social em que vive, compreender o
gênero informativo, argumentar e defender pontos de vista.
Desenvolvimento: Dividir a sala em grupos com no máximo quatro alunos.
Distribuir nos grupos diversas reportagens (separadas anteriormente pelo professor) que abordem o tema em questão.
Permita um tempo grande para que os alunos leiam com atenção as reportagens e conversem sobre o assunto nos grupos
já formados. Depois peça para cada grupo expor sua opinião referente à pirataria baseada nas reportagens lidas.
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “Escola Legal é Cidadania”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
Atividade 2 – Quadro comparativo com as informações lidas.
Matérias Relacionadas: Português, História e Geografia.
Objetivos: Sintetizar e comparar informações.
Desenvolvimento: O professor deverá instigar os alunos a pensarem em quais são as informações mais importantes de
cada material lido e como poderiam organizar em um quadro comparativo, como no exemplo abaixo.
É importante que o professor esteja aberto às opiniões dos alunos em relação ao que acham relevante inserir no quadro
comparativo. Após colocarem as informações no quadro, os alunos deverão elaborar uma conclusão sobre o tema nos seus
grupos e em seguida ler para todos os alunos da classe.
TEMA 1: Jornal dentro
da Sala de Aula
Jornal 1
Jornal 2
Revista 1
Revista 2
Fontes de informação Data Local Tema
principal
Pontos positivos sobre a pirataria
Pontos negativos sobre a pirataria
Ações contra a pirataria
Ações a favor da pirataria
Qual a opinião da reportagem
sobre o tema?
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
Atividade 3 – Localizar no mapa as regiões abordadas pelas reportagens.
Matéria Relacionada: Geografia.
Objetivos: Localizar no mapa as regiões afetadas, explorar, utilizar os mapas como guias para localização.
Desenvolvimento: Após o quadro ser completado, o professor apresentará um mapa mundi aos seus alunos.
Neste momento é importante que o professor permita que seus alunos conversem a respeito das localizações, encontrem
onde a escola está situada, o seu Estado e a região do País à qual pertencem.
Importante: Após esta primeira etapa, o professor pede aos seus alunos que apontem no mapa as regiões citadas na
reportagem para que percebam que a pirataria pode ocorrer em diversos lugares.
TEMA 1: Jornal dentro
da Sala de Aula
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 2: Comparação entre os
Produtos Originais e Piratas
Atividade 1 – Conhecer as diferenças entre os produtos.
Matérias Relacionadas: Português.
Objetivos: Trabalhar em equipe, expor idéias.
Desenvolvimento: Após a aula expositiva feita pelo professor com a comparação dos produtos originais e piratas, os
alunos deverão fazer cartazes que mostrem as diferenças e o benefício em optar por um produto original. Os cartazes
poderão ser feitos em grupos de no máximo 4 crianças e confeccionados com desenhos, colagens, textos explicativos....vale
a criatividade de cada grupo!
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “Conseqüências para a Sociedade da comercialização de
produtos piratas”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
Atividade 2 – Identificar um produto pirata e um original.
Matérias Relacionadas: Ciências.
Objetivos: Diferenciar os produtos originais e os piratas.
Desenvolvimento: Aqui, não basta só falarmos que a pirataria é prejudicial, mas é necessário ensinar e aprender como
fazemos para diferenciar um produto do outro; afinal, em alguns casos eles são bem parecidos.
Levantar com os alunos dicas e sugestões de como fazer para identificar se um produto é pirata ou não (valor do produto,
se há garantias, onde está sendo vendido, se há lacre no produto ou caixa e se fornecem a nota fiscal na hora da compra).
Estas dicas são valiosas para todos da escola, então por que não colocá-las expostas pela escola também?! Os alunos podem
confeccionar cartazes e fazer colagens sobre os tipos de produtos e suas principais diferenças.
TEMA 2: Comparação entre os
Produtos Originais e Piratas
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 3: Debate na
sala de aula
Atividade 1 – Vamos falar abertamente sobre o tema!
Matérias Relacionadas: Português e História.
Objetivos: Expressar-se oralmente de forma coerente, clara e organizada, defender seu ponto de vista, usar argumentos,
adequar suas colocações às intervenções precedentes.
Desenvolvimento: Dividir a sala em três grupos e propor um debate. Um grupo será a favor a pirataria, um será contra e o
terceiro escutará a discussão para registrar momentos importantes do debate. Os alunos também deverão estar preparados
para o debate, é importante que o professor reserve um tempo na rotina para que os grupos se reúnam para pensarem nos
argumentos “a favor” e “contra” a pirataria. O mais importante é deixar a discussão fluir, sem discriminação, todas opiniões
são importantes.
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “Conceitos fundamentais e Conscientização”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 3: Debate na
sala de aula
Atividade 2 – Registro do Debate.
Matérias Relacionadas: Português.
Objetivos: Produzir um texto e preocupar-se com a forma ortográfica.
Desenvolvimento: Após o debate realizado é importante que os alunos registrem individualmente como foi a experiência,
qual situação ou qual argumento foi difícil contra argumentar, qual grupo estava mais preparado e qual posição é mais fácil
defender. Esse registro poderá ser um material importante para o professor avaliar o que seus alunos já compreenderam
sobre a pirataria e em quais pontos o professor poderá explorar com mais cuidado nas próximas etapas do projeto ou na
abordagem deste tema.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 4: Pesquisa na Escola
Atividade 1 – Elaboração da Pesquisa
Matérias Relacionadas: Português e Matemática.
Objetivos: Formular a pesquisa, descobrir a melhor maneira de abordar os entrevistados e falar sobre o tema.
Desenvolvimento: Formular junto com os alunos perguntas pertinentes para uma pesquisa que envolverá os funcionários,
alunos e professores da escola.
A pesquisa tem como objetivo identificar os motivos que levam as pessoas a consumirem produtos piratas, se já tiveram
algum tipo de prejuízo e se a população tem consciência dos problemas que envolvem a pirataria.
Educador, estimule seus alunos a fazerem um crachá com o nome deles e com alguma identificação “Pesquisa sobre a
pirataria”, para ter um aspecto lúdico e divertido no momento das entrevistas.
As entrevistas podem ser realizadas em duplas, pois assim crianças mais tímidas se sentirão mais seguras.
Observação: O professor deverá estar ciente que a pirataria também ocorre na comunidade da escola; isto não deve ser
ignorado, pelo contrário, deve ser trabalhado na sala de aula.
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “Conscientização”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 4: Pesquisa na Escola
Atividade 2 – Tabulação dos Dados da Pesquisa.
Matérias Relacionadas: Português.
Objetivos: Aprender como organizar as informações, analisar os dados, ter um panorama sobre o que acontece na
comunidade local em relação a pirataria.
Desenvolvimento: Após as entrevistas realizadas na escola os alunos poderão contar na sala de aula como foi a experiência
de ser um entrevistador, quem gostou, quem não gostou, como as pessoas reagiram a entrevista, se houve algum
acontecimento engraçado para contar para os alunos da sala de aula. Esta conversa mostra que o professor também está
interessado em conhecer um pouco mais dos seus alunos; fique atento para todos tenham chance de expor suas opiniões,
e que sintam que o espaço na sala de aula é um lugar seguro e acolhedor.
A tabulação dos dados pode ser feita novamente com um quadro comparativo ou apenas com uma análise escrita da
percepção que os alunos tiveram referente ao tema e a sua comunidade.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
Atividade 3 – Pesquisa de Campo na Comunidade.
Matérias Relacionadas: Português.
Objetivos: Identificar dificuldades para a comercialização de produtos não pirateados.
Desenvolvimento: Como lição de casa o professor poderá propor que os alunos perguntem em alguns estabelecimentos
comerciais se os produtos piratas afetam os negócios. O objetivo desta abordagem é fazer com que os alunos percebam que
os produtos piratas prejudicam o comércio. A conclusão das pesquisas realizadas podem ser colocada em uma cartolina e
exposta nos corredores da escola, essa é uma boa oportunidade para compartilhar conhecimentos e experiências.
TEMA 4: Pesquisa na Escola
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 5: Oficina da Invenção
Atividade 1 – Oficina: Criando Inovações.
Matérias Relacionadas: Educação Artística.
Objetivos: Estimular o processo criativo. Proporcionar aos alunos um ambiente de pesquisa, para que eles vivenciem de
maneira lúdica as etapas envolvidas no processo de inovação.
Desenvolvimento: Esta atividade tem o objetivo de mostrar a importância dos conceitos de inovação e propriedade
intelectual através de atividades práticas e criativas. Poderá ocorrer ao longo de algumas aulas, onde os alunos produzirão
inventos e atividades inovadoras para exposição. Os alunos deverão fazer um registro escrito de cada etapa do projeto
realizado. Por exemplo: O que irão construir? Como irão construir? Quais os objetivos daquela invenção? O que deu certo
na hora de construir e o que foi mudado da idéia inicial? Os alunos poderão criar um logotipo e o nome a marca do produto.
Depois da construção realizada a oficina poderá conter um “setor de registro oficial” em que cada criança ou grupo cadastra
sua idéia (patente) e obtém um “certificado de reconhecimento” (direito autoral).
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “O que é Pirataria e Propriedade Intelectual?”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 5: Oficina da Invenção
Atividade 2 – Exposição.
Matérias Relacionadas: Português e Educação Artística.
Objetivos: Comunicação.
Desenvolvimento: Os alunos deverão arrumar a sala de aula de uma forma que pareça uma grande exposição e através de
convites escritos deverão convidar outras turmas para a exposição das invenções. Os atestados do “setor de registro oficial”
e o “certificado de reconhecimento” deverão estar expostos perto das invenções. Os alunos da outra classe deverão estar
cientes de que podem fazer perguntas para os inventores. Neste momento de troca entre o inventor e a visita é importante
que este explique a importância deste registro de patentes.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TEMA 6: Lixo e Pirataria:
Qual a relação?
Atividade 1 – E o lixo pirata para onde vai?
Matérias Relacionadas: Ciências e Português.
Objetivos: Fazer relações, questionar fatos e atitudes que causam transformações no local ao qual pertencem, respeitar e
cuidar do espaço de convívio e refletir a respeito do meio ambiente.
Desenvolvimento: O professor deverá questionar os seus alunos a respeito do lixo pirata: Se o produto é pirata o lixo
também, e para onde vai este lixo? Os alunos poderão realizar uma pesquisa na internet sobre a produção de lixo clandestino,
lixo tóxico e sobre a contaminação do solo, da água e do ar. Para o fechamento deste tema cada aluno poderá fazer uma
redação para expor nos corredores da escola. O professor deverá ter o cuidado de rever as redações e corrigir com seus
alunos antes de expor para a escola inteira.
Dica: Para ter mais informações leia o tópico da PRIMEIRA PARTE: “Conseqüências para a Sociedade na comercialização de
produtos piratas”.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO
Como forma de registrar tudo o que foi trabalhado ao longo do ano, sugerimos que os alunos realizem uma produção em
conjunto, inspirados nos principais temas abordados.
SUGESTÕES:
- Produção de um Folheto Informativo:
Após todas as atividades realizadas sobre Pirataria, como produto final a classe poderá fazer um pequeno folheto com todas
as informações aprendidas. Poderá ser colocado neste folheto reportagens de jornais, a conclusão da pesquisa realizada na
escola e na comunidade, como diferenciar produtos piratas dos originais e tudo o que envolve a pirataria. Para não ser um
processo longo e repetitivo é importante que as etapas anteriores sejam registradas para serem aproveitadas nesta etapa.
O professor deverá ser o revisor pois é importante que seja um material bem apresentado.
Depois de pronto, esse material pode ser exposto ou entregue para os pais dos alunos como forma de conscientização.
- Produção de Uma Peça Teatral:
Outra maneira de trabalho em conjunto e mais uma oportunidade de compartilhar conhecimentos. Todos juntos poderiam
montar um roteiro de teatro com as principais lições aprendidas. Essa peça poderia ser apresentada aos pais e aos alunos
de outras turmas.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
Durante a aplicação do projeto, podem surgir alguns temas ou questionamentos polêmicos por parte dos alunos. Sabemos
que falar sobre Pirataria e Propriedade Intelectual tem bastante repercussão, pois atinge diversos setores da sociedade.
O melhor caminho é promover um ambiente acolhedor e estimular o diálogo aberto, sem pré julgamentos. Não podemos
esquecer que cada aluno é único, com personalidade e vivências diversas, precisamos respeitar antes de tudo essa
diversidade e aproveitar o quanto as diferenças podem enriquecer todo esse processo. Pontos de vistas diferentes podem
aquecer as discussões e trazer maior aprendizado.
É muito importante que tenhamos os argumentos contra a pirataria bem sedimentados, para que fique claro para os alunos
a relação existente entre ética, justiça, cidadania, inovação e combate à pirataria.
Pensando nisso e para auxiliá-los no tratamento dessas questões, elaboramos esta sessão, que funciona como uma espécie
de “guia de perguntas e respostas” para as questões mais delicadas.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
“Eu compro produtos piratas porque os
preços dos originais são muito altos!”
O fato dos preços serem altos não torna a pirataria menos ilegal ou menos incorreta. Um erro não deve justificar outro erro
A mercadoria pirata é feita com materiais inferiores, a durabilidade e a qualidade do produto pirata são baixíssimas, bastando
apenas que se pareça com o produto autêntico para que consiga enganar o consumidor no ato da compra, frustrando-o
logo em seguida no momento do uso.
Antes de tudo, os produtos piratas são uma ameaça à saúde do indivíduo, ao emprego do trabalhador brasileiro e ao
desenvolvimento do Brasil. Por isso, quem economiza dinheiro comprando um produto pirata agora, arrisca-se a pagar por
isso amanhã com sua própria saúde, sua segurança e seu emprego.
Em razão da sonegação resultante de atividades ilícitas como a pirataria, o Governo perde muito do dinheiro necessário
à implementação de ações nas áreas de infra estrutura, saúde, educação, segurança pública, entre outros. Obrigando o
Governo a elevar a carga tributária para compensar o prejuízo causado pela sonegação.
Além de ser anti-ética e ilegal, a aquisição de produtos piratas apenas contribui para esse ciclo vicioso, restringindo ainda
mais a arrecadação do Governo e impedindo-o de oferecer mais e melhores serviços à população.
Ainda em relação aos altos impostos, uma alternativa para os cidadãos é tentar resolver esse problema por meio de vias
legais, como o voto e a cobrança das autoridades para que trabalhem melhor e visem mais os interesses da sociedade.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
“A pirataria é o único caminho pelo qual as
camadas de baixa renda podem ter acesso à cultura”
No Brasil, temos um vasto patrimônio cultural de domínio público disponível para uso. São vários os portais que oferecem
uma série de obras que não precisam pagar direitos autorais pela sua utilização. Para conhecer algumas dessas obras basta
acessar o portal http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000127.pdf. Nesse portal, podemos encontrar,
por exemplo, as obras de Machado de Assis, as quais são de livre acesso, ou seja, não precisamos pagar nada pelo seu uso.
Outra alternativa são as obras que estão licenciadas no Creative Commons Brasil, que é um projeto sem fins lucrativos. Essas
licenças possibilitam o compartilhamento de idéias e garantem a existência de um universo cultural comum com obras
livres para serem acessadas, compartilhadas, redistribuídas e até mesmo modificadas. Essas obras estão disponíveis para o
público em geral e podem ser encontradas no portal www.creativecommons.org.br.
Outra possibilidade de ter acesso a bens culturais sem necessidade de pagar direitos autorais são as atividades dos pontos de
cultura que estão espalhados por todo o Brasil. Nesses pontos, podemos encontrar uma gama de eventos culturais gratuitos
que podem ser uma boa alternativa. Há em muitas cidades os cineclubes que oferecem à comunidade a possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos em diversas partes do Brasil e em outros países. Além dessas possibilidades de acesso
à cultura sem recorrer à pirataria, a comunidade deve cobrar do Estado políticas públicas que garantam o seu acesso aos
bens culturais.
O mais importante é reforçar que sempre existem alternativas legais para sanar essa dificuldade, ter acesso a cultura é sim
um direito de todos e um dever do Estado.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
“Os vendedores de produtos piratas
não possuem outras alternativas de emprego”
Sim, existem outras opções. Uma delas é o vendedor deixar de comercializar produtos piratas para passar a vender produtos
originais. Ou seja, não ter o emprego de vendedor de produtos piratas não é o mesmo que ficar desempregado, dado que
esse indivíduo pode mudar de ramo ou mesmo continuar trabalhando como vendedor, porém vendendo mercadorias
legais.
Além disso, ao trabalhar com produtos piratas, o vendedor encontra uma série de obstáculos e riscos. O mais evidente é
o de ser descoberto pela polícia e sofrer todas as conseqüências jurídicas e penalidades previstas para o ato ilícito. Além
desse problema, há o constante risco de este indivíduo conviver no meio de criminosos de todo tipo, incluindo membros
de quadrilhas do crime organizado, colocando a sua integridade em risco.
Quem comercializa produtos piratas é ainda desfavorecido pelo fato de estar excluído dos benefícios garantidos aos
trabalhadores formais. Ser um trabalhador formal significa ter Carteira de Trabalho assinada e estar protegido pela Legislação
Trabalhista do país, que inclui uma série de importantes benefícios. Ao contrário, o vendedor pirata não pode desfrutar de
direitos como: férias, 13º salário, seguro saúde, seguro desemprego, seguro contra acidentes, previdência social etc., que
são proteções garantidas pelo Estado a todo trabalhador formal no Brasil.
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
CONSIDERAÇÕES FINAISEducadores,
Este Manual é mais uma contribuição para o conjunto de ações que compõe o nosso Projeto Escola Legal, além dele temos
ainda o Portal eletrônico: www.projetoescolalegal.org.br - que é mais uma ferramenta onde você poderá encontrar
inúmeras informações adicionais para auxiliá-lo nessa nossa importante empreitada, para resgatar valores éticos e morais,
e também de conscientização para o exercício da cidadania e assim melhorar cada vez mais nossa sociedade e o convívio
com o próximo.
Acreditamos que este é apenas o primeiro passo para uma parceria duradoura no desenvolvimento deste importante
trabalho.
O Projeto Escola Legal é o desafio de todos nós, que acreditamos em um futuro melhor.
Atenciosamente,
Equipe Projeto Escola Legal
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
GLOSSÁRIO
Biopirataria – “é o termo usado para definir a apropriação
de recursos biológicos (animais e vegetais) por indivíduos ou
empresas que se acham no direito de ter o controle exclusivo
sobre esses bens da natureza. E, ainda por cima, essas pessoas
não têm autorização das comunidades de onde os animais ou
plantas foram retirados e não repartem os benefícios vindos
desse acesso.”
(Fonte: http://www.plenarinho.gov.br/camara/Reportagens_
publicadas/o-que-e-biopirataria)
Contrabando – “importar ou exportar mercadoria proibida”
(Código Penal Brasileiro). Ou seja, corresponde à prática ilegal
de transporte e/ou comercialização, para país diverso ao de
origem ou destino, de produtos proibidos por lei.
Descaminho – ”iludir, no todo ou em parte, o pagamento de
direito ou imposto devido pela entrada, saída ou pelo consumo
de mercadoria.” (Código Penal Brasileiro). Ou seja, corresponde
à sonegação fiscal de carga tributária devida pelo transporte,
comercialização e/ou consumo de produtos permitidos por lei.
Desenho Industrial – é o aspecto ornamental ou estético de
um objeto. Pode consistir de características tridimensionais,
como forma ou a superfície do objeto, ou de características
bidimensionais, como padrões, linhas e cores. Os desenhos
industriais se aplicam a uma grande variedade de produtos,
sejam eles produzidos em série ou não.
Direitos autorais – Os Direitos Autorais são um conjunto de
normas legais e prerrogativas morais e patrimoniais (econômicas)
sobre as criações do espírito, expressas por quaisquer meios ou
fixadas em quaisquer suportes, tangíveis ou intangíveis. São
concedidos aos criadores de obras intelectuais e compreendem
os direitos de autor e os que lhe são conexos. Eles se inserem
na área que algumas correntes doutrinárias, como a que nos
filiamos, chamam de Direitos Intelectuais, embora seja mais
57
VAMOS VENCER A PIRATARIA
GLOSSÁRIO
conhecida com o nome de Propriedade Intelectual. Os Direitos
Intelectuais cuidam das coisas intangíveis, como as inovações
criadas pela mente. Sob essa área também estão os direitos
sobre cultivares (variedade vegetal com característica criada e
inédita), os de propriedade industrial (marca, patente, desenho
industrial e transferência de tecnologia) e os conhecimentos e
expressões culturais tradicionais.
(Fonte: MINC http://www.cultura.gov.br/site/2009/10/06/
direitos-autorais-4/)
Genérico – “Produto igual ou comparável ao de referência (ou
inovador ou original ou de marca) em quantidade de princípio
ativo, concentração, forma farmacêutica, modo de administração
e qualidade, que pretende ser com ele intercambiável. É
geralmente produzido após expiração ou renúncia da patente
e de direitos de exclusividade, comprovando sua eficácia,
segurança e qualidade através de testes de biodisponibilidade e
equivalência terapêutica. O medicamento genérico é designado
conforme a DCB ou, na ausência, a DCI.”
(Fonte: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/profissionais/
conceitos.htm#9)
Inovação – “inovação tecnológica é definida pela implementação
de produtos (bens ou serviços) ou processos tecnologicamente
novos ou substancialmente aprimorados”.
(Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE na
elaboração da Pesquisa Industrial Inovação Tecnológica – PINTEC)
Marca registrada - é o nome, frase, logotipo ou símbolo utilizado
para identificar uma empresa, um produto ou serviço. Segundo
o o Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, “a marca
registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo em
todo o território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao
mesmo tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em
agregação de valor aos produtos ou serviços por ela identificados;
a marca, quando bem gerenciada, ajuda a fidelizar o consumo,
estabelecendo, assim, identidades duradouras - afinal, o registro
de uma marca pode ser prorrogado indefinidamente - num
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
GLOSSÁRIO
mercado cada vez mais competitivo”.
(Fonte: http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/marca/marca)
Patente – é um título de propriedade temporária sobre
uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo
Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou
jurídicas detentoras de direitos sobre a criação (invenção). Em
contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente
todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.
(Fonte: http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_
oquee)
Pirataria – é toda violação de direitos exclusivos ou
monopolísticos conferidos por lei a certas criações ou invenções
do espírito humano. Executando os usos presentes no âmbito
das limitações e exceções legais aos direitos exclusivos, a
reprodução, fabricação, venda, e distribuição, por exemplo, não
serão usos permitidos sem a devida autorização e conseqüente
remuneração dos titulares dos direitos exclusivos sobre essas
mesmas criações ou invenções, os denominados titulares dos
direitos de propriedade intelectual. É uma atividade ilegal que
causa riscos aos indivíduos e prejuízos crescentes a toda a
sociedade.
Propriedade intelectual – também conhecida pela sigla: (IP),
“refere-se às criações da mente: invenções, obras literárias
e artísticas, símbolos, nomes, imagens e desenhos usados
no comércio. A Propriedade Intelectual (IP) é dividida em
duas categorias: propriedade industrial, que inclui invenções
(patentes), marcas, desenhos industriais e indicações geográficas
de origem; e direitos autorais, que inclui obras literárias e
artísticas, tais como romances, poemas e peças teatrais,
filmes, obras musicais, obras artísticas, tais como desenhos,
pinturas, fotografias e esculturas e projetos arquitetônicos.
Direitos conexos incluem as de artistas em suas performances,
produtores de fonogramas em suas gravações e os organismos
de radiodifusão em seus programas de rádio e televisão.”
(Fonte: Organização Mundial da Propriedade Intelectual - http://
www.wipo.int/about-ip/en/)
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VAMOS VENCER A PIRATARIA
FONTESAgência Brasileira de Inteligência (ABIN)
Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF)
Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI)
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Banco Mundial
Código Penal Brasileiro
Conselho Nacional de Combate a Pirataria (CNCP)
Dieese
Fecomércio - RJ
Folha online
Fundação PROCON
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Ibope
Inmetro
Instituto Brasileiro de Ética Concorrencical (ETCO)
Interpol
Jornal O Estado de São Paulo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC)
http://www.agenciabrasil.gov.br
http://www.anesp.org.br
http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp
documentid=23201844
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/10/16/ult105u8796.
jhtm
http://www.focusmode.net/2009/11/pirataria-no-brasil.html
http://www.marcasepatentes.com.br/
http://www.mj.gov.br/combatepirataria
http://www.observatoriodeseguranca.org
http://ww.oculosdsol.com
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/2003/L10.695.htm
http://www.saudebusinessweb.com.br
http://www.undime.org.br/htdocs/index.php?id=5549
http://www.wipo.int
http://www.plenarinho.gov.br/camara/Reportagens_publicadas/
o-que-e-biopirataria
http://www.cultura.gov.br/site/2009/10/06/direitos-autorais-4/
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/profissionais/
conceitos.htm#9
http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_oquee
http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/marca/marca
Pierce, Charles Sandors - Semiótica, São Paulo, Perspectiva,da. ed,
1990.
60
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