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Manual de Orientações Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo São Paulo, agosto de 2008

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Prossional do Psicólogo

DiretoriaPresidente | Marilene Proença Rebello de SouzaVice-presidente | Maria Ermínia CilibertiSecretária | Andréia De Conto GarbinTesoureira | Carla Biancha Angelucci

Conselheiros eetivosAndréia De Conto Garbin, Carla Biancha Angelucci, Elda Varanda Dunley Guedes Machado, José Ro-berto Heloani, Lúcia Fonseca de Toledo, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, Maria CristinaBarros Maciel Pellini, Maria de Fátima Nassi, Maria Ermínia Ciliberti, Maria Izabel do NascimentoMarques, Mariângela Aoki, Marilene Proença Rebello de Souza, Patrícia Garcia de Souza, Sandra ElenaSposito, Vera Lúcia Fasanella Pompílio.

Conselheiros suplentesAdriana Eiko Matsumoto, Beatriz Belluzzo Brando Cunha, Carmem Silvia Rotondano Taverna, Fa-

bio Silvestre da Silva, Fernanda Bastos Lavarello, Leandro Gabarra, Leonardo Lopes da Silva, LilihanMartins da Silva, Luciana Mattos, Luiz Tadeu Pessutto, Lumena Celi Teixeira, Maria de Lima Salum eMorais, Oliver Zancul Prado, Silvia Maria do Nascimento, Sueli Ferreira Schiavo.

Gerente-geralDiógenes Pepe

Projeto gráco e EditoraçãoFonte Design | www.ontedesign.com.br

C744p 

Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (org).

Manual de Orientações – Legislação e Recomendações para o ExercícioProssional do Psicólogo / Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região - São Paulo– São Paulo: CRP SP, 2008.

68.; 16cm.

BibliograaISBN: 978-85-60405-09-1

 1. Psicologia 2. Legislação I. Título.

CDD 159.9

Ficha Catalográca

Elaborada por: Vera Lúcia Ribeiro dos Santos – Bibliotecária - CRB 8ª Região 6198

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 L e g i s l a ç ã o  e

  R e c o m e n d a ç

 õ e s  p a r a  o 

 E x  e r c í c i o  P r o

 f s s i o n a l  d o 

 P s i c ó l o g o

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ApresentaçãoUma boa ormação universitária e um constante aprimoramento teórico

e técnico são undamentais para que o psicólogo possa oerecer serviços pro-

ssionais qualicados nos diversos contextos e espaços em que esteja atuando,de modo a contribuir para uma melhor qualidade de vida e saúde para a po-pulação em geral.

Igualmente importantes são as reerências gerais da prossão que per-mitem a cada prossional realizar aquilo que coletivamente deniu-se comoundamental para o bom exercício ético e técnico da Psicologia.

O prossional de Psicologia, ainda que possa desenvolver seu trabalhoindividualmente, encontra-se sempre inserido em um contexto mais geral, queengloba a categoria prossional e a sociedade.

Respeitar o Código de Ética, bem como os demais aspectos da legisla-ção prossional, sistematizados como reerências nas Resoluções do SistemaConselhos de Psicologia, signica exatamente o respeito tanto aos colegas e àPsicologia, quanto à sociedade naquilo que se pretende como um pacto cole-tivo e cujo rompimento pode implicar em prejuízos ou para a Psicologia e ospsicólogos ou para a sociedade e/ou usuários dos serviços.

Considerando a importância das reerências prossionais hoje sistemati-zadas, criamos este Manual, que apresenta um conjunto de inormações para queo prossional de Psicologia possa orientar-se no cotidiano de seu trabalho.

O Manual oi organizado a partir das dúvidas, problemas e questões sus-citados pela prática prossional, ou seja, estão aqui contemplados os assun-tos de maior interesse, maniestado nas consultas recebidas pela Comissão deOrientação e Fiscalização, assim como aqueles que comparecem como proble-mas mais recorrentes e identicados por meio da Comissão de Ética. A partirdeste critério de escolha dos ocos a serem abordados, selecionou-se igualmen-te as principais inormações contidas nas dierentes Resoluções elaboradas pelaCFP, principalmente, o Código de Ética, indicando-as como reerências privi-

legiadas para que o exercício prossional possa ser bem conduzido de ormatécnica e ética.Assim, neste Manual, busca-se oerecer inormações de caráter geral a

respeito de alguns dos principais aspectos de dierentes assuntos.O ato de algum assunto não constar neste Manual não signica que não

seja importante. Signica apenas que não tem sido objeto de maior interessepor parte dos prossionais que nos consultam e poderá ser objeto de consultadireta ao CRP SP.

Dependendo da complexidade da questão ou do problema que particu-

larmente se enrente, é preciso recorrer à leitura das Resoluções na íntegra, cujarelação encontra-se na parte nal deste Manual, ou ainda buscar orientações

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 junto ao Conselho Regional de Psicologia. Para acilitar a consulta, ao longodo texto, há indicações das principais Resoluções relacionadas aos assuntos emquestão.

Importante lembrar que, além da legislação especíca da Psicologia, ao

exercer sua prossão na sociedade brasileira o psicólogo deve também conhe-cer e respeitar as reerências emanadas de legislações gerais às quais as própriasResoluções aprovadas pelo Sistema Conselhos de Psicologia estão também le-galmente subordinadas. Assim, a partir do contexto em que atua e das deman-das que acolhe, deve o prossional estar atento às reerências legais pertinentes,posicionando-se em relação às mesmas de orma a respeitar os princípios éti-cos preconizados para sua prossão. Como exemplo, podemos citar: a Declara-ção Universal dos Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente,o Estatuto do Idoso, o Código de Deesa do Consumidor, legislações ans dos

Direitos dos Usuários dos Serviços de Saúde (Lei Estadual 10.241/99), Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional , legislação relacionada a Estágios (Lei6.494/77 e 8.859/94), legislação de Proteção e Direitos das Pessoas Portadorasde Transtornos Mentais (Lei 10.216/01), Declaração de Salamanca, reerente apessoas com necessidades educativas especiais, dentre outras.

O Conselho está sempre aberto à participação de todos, inormando asatividades e eventos organizados. Conheça nossa programação e participe. Éno cotidiano do trabalho dos prossionais que a Psicologia se constrói. Tra-

ga as questões e refexões oriundas do seu trabalho a este campo coletivo dedebate e sistematização das reerências prossionais da Psicologia. Venha aoConselho, estamos aguardando-o.

Marilene Proença Rebello de SouzaPresidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo 6ª Região

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Sumário

Capítulo I: O Sistema Conselhos de Psicologia, o CRP SP

e suas atribuiçõesI.1 – Sistema Conselhos de Psicologia  09I.2 – Entidades da Psicologia Brasileira  11I.3 – Organização do CRP SP  14

Capítulo II: Requisitos para o Exercício Prossional em Psicologia II.1 – Formação de Psicólogo  16II.2 – Inscrição no CRP  17

II.3 – Inscrição como Prossional da Saúde 18Capítulo III: Orientações sobre a Inscrição Prossional 

III.1 – Pessoa Física (PF)  19III.1.1 – Inscrição  19 

III.1.2 – Mudança de Endereço  22III.2 – Pessoa Jurídica (PJ)  22III.3 – Anuidade e Assembléia Orçamentária  22

III.3.1 – Inadimplência 23Capítulo IV: Outras orientações que podem ser de seu interesse para bem

conduzir o Exercício Prossional IV.1 – Aspectos Gerais  24IV.2 – Aspectos Éticos do Exercício Prossional  27IV.2.1 – Sigilo  27IV.2.2 – Atendimento a Crianças, Adolescentes e Interditos  29IV.2.3 – Métodos e Técnicas Psicológicas  30IV.2.3.1 – Serviços Psicológicos Mediados por Computador  31IV.2.3.2 – Serviços Psicológicos Mediados por Teleone  32IV.2.4 – Avaliação Psicológica, Testes e Documentos Escritos  32IV.2.5 – Publicidade e Mídia  36IV.2.6 – O Psicólogo e a Justiça  38IV.2.7 – O Psicólogo e o Atendimento Domiciliar  38IV.2.8 – Honorários e Contrato  39IV.2.9 – O Psicólogo e as Organizações  40IV.2.10 – Irregularidade Ética e Representação  42

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Capítulo V: Outros Aspectos Prossionais V.1 – Consultório  44V.2 – Atestado Psicológico  44

V.3 – Fiscalização 

45V.4 – Psicólogos Especialistas  45V.5 – Busca de Inormações Prossionais  47

Capítulo VI: Relação de Endereços da Sede e Subsedes  51Capítulo VII: Legislação Prossional  53Capítulo VIII: Código de Ética Prossional  57

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I.1 –Sistema Conselhos de Psicologia

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) é parte inte-grante do Sistema Conselhos de Psicologia, autarquia que tem a nalidade de“orientar, disciplinar e scalizar o exercício da prossão de psicólogo e zelarpela el observância dos princípios de ética e disciplina da classe”, de acordocom o estabelecido na Lei Federal n.º 5.766, de 20 de dezembro de 1971.

A partir desta Lei Federal, que cria o Conselho Federal e os ConselhosRegionais de Psicologia, o Estado delega-lhes a responsabilidade de acompa-nhar o exercício prossional de psicólogos tendo em vista oerecer à sociedade

a qualidade técnica e ética dos serviços prestados pelos psicólogos.Tal qualidade seria, pois, eetivada por meio da orientação, scalização e

disciplinarização do exercício prossional da Psicologia. Assim, por sua natu-reza, é o Conselho prossional órgão de deesa e cuidado da própria Psicologia,cabendo-lhe a mediação entre a prossão e a sociedade.

Deve o Sistema Conselhos organizar as reerências para o bom exercí-cio prossional, por meio da normatização de suas práticas. Assim, a tarea deorientar, disciplinar e scalizar é mais ampla do que a eetivação de averigua-ções, a consolidação de punições ou o acolhimento e orientação de dúvidas apartir de casos especícos ou do exercício prossional individual. Além disso,

Capítulo I

O Sistema Conselhos

de Psicologia, o CRP SPe suas atribuições

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seu caráter é de sistematizar tais reerências, azê-las públicas, conhecidas e de-batidas, de modo a garantir a presença qualicada e reconhecida da Psicologiana sociedade brasileira.

Para garantir esses objetivos, o Conselho Federal de Psicologia, com

sede em Brasília, se estende pelo Brasil por meio de 17 Conselhos Regionaisde Psicologia distribuídos por Estados e/ou regiões. Cada Conselho Regionalé responsável pelo acompanhamento dos serviços prestados pela Psicologiaem sua jurisdição, coloca-se como reerência para os prossionais da mesma eacolhe as demandas decorrentes das especicidades regionais, de modo que otrabalho desempenhado pelo Conselho Federal de Psicologia possa abarcar adiversidade da Psicologia brasileira.

O CRP SP é o regional de número 6, orientado pelo princípio acima ex-posto, e organiza-se territorialmente pelo Estado de São Paulo, mantendo uma

sede na capital paulista e oito subsedes: Grande ABC, Assis, Bauru, Campinas,Ribeirão Preto, Baixada Santista e Vale do Ribeira, São José do Rio Preto e Valedo Paraíba/Litoral Norte.

Cada Conselho Regional de Psicologia tem sob sua jurisdição um con- junto de psicólogos que elegem por voto direto as diretorias e os conselheirosque participarão da gestão do Regional e do Conselho Federal por um períodode três anos de trabalho.

Estas eleições ocorrem a cada três anos, simultaneamente, em todo o

território nacional, no dia 27 de agosto – Dia do Psicólogo. O voto é universal eobrigatório a todo prossional com registro ativo, que deve estar com sua situ-ação de inscrição regularizada, não sendo permitido votar por procuração.

As chapas que concorrerão a cada período de gestão são apresentadasno Congresso Regional da Psicologia, quando se trata de chapas candidatas aoCRP, e no Congresso Nacional da Psicologia, quando se trata de chapa concor-rente à gestão do CFP. Podem apresentar-se como chapa quaisquer grupos depsicólogos que cumpram os requisitos dispostos na legislação vigente.

As condições para o exercício, bem como os direitos e deveres e altas un-

cionais dos conselheiros estão denidos pelo Decreto n.º 79.822, de 17/06/77,e/ou Resolução CFP 007/2007.

Além disso, o Código de Processamento Disciplinar (CPD - ResoluçãoCFP n.º 006/2007) legisla a respeito das altas disciplinares e inrações dos pro-ssionais em Psicologia, como também em relação aos Conselheiros no de-sempenho de suas unções.

O Congresso Nacional da Psicologia, que ocorre também a cada trêsanos, sempre no ano eleitoral do Sistema Conselhos, oi criado com o intuitode garantir a construção democrática e participativa da categoria nas diretrizes

e ações conduzidas pela chapa eleita.

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O Congresso Nacional da Psicologia reúne um conjunto de propostasconstruídas e aprovadas pela categoria nos Congressos Regionais da Psicologiade cada CRP, os quais elegem também um conjunto de psicólogos que deverepresentar, na condição de delegados, o seu CRP no Congresso Nacional da

Psicologia, de acordo com as normas regimentais estabelecidas. Neste Con-gresso Nacional é aprovado um conjunto de deliberações que devem nortearas ações, metas e ormas de trabalho do CFP e dos CRPs. A cada nova gestão,novas deliberações ormam os eixos orientadores do trabalho do Sistema Con-selhos de Psicologia.

Tendo como reerência os eixos deliberados no Congresso e as questõessuscitadas pelo trabalho local, os CRPs desenvolvem um plano de trabalhopara o período da gestão. O trabalho projetado neste plano está sempre dire-cionado pelas atribuições undamentais do Conselho: orientação, scalização

e normatização do exercício prossional.

Lei n.º 5.766 de 20/12/1971Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia edá outras providências.

Resolução CFP n.º 002/2000 e 003/2008Regimento Eleitoral para escolha de conselheiros ederais e regionaisdos Conselhos de Psicologia.

I.2 –Entidades da Psicologia Brasileira

A Psicologia Brasileira, desde seu reconhecimento como prossão em1962, se instituiu em dierentes espaços, ampliou o campo e as possibilidadesde atuação e vem conquistando avanços na sua orma de organização.

Resultado disso é um amplo conjunto de entidades da Psicologia Brasi-leira, dentre as quais podemos citar1 : ABEP - Associação Brasileira de Ensinode Psicologia, ABOP - Associação Brasileira de Orientação Prossional, ABPJ

- Associação Brasileira de Psicologia Jurídica, ABRAPESP - Associação Brasi-leira de Psicologia do Esporte, ABRANEP - Associação Brasileira de Neuropsi-cologia, ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional,ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social, ANPEPP - AssociaçãoNacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia, ASBRo - Associação Bra-sileira de Rorschach e Métodos Projetivos, CFP - Conselho Federal de Psicolo-gia, CONEP - Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia, FENAPSI- Federação Nacional dos Psicólogos, IBAP - Instituto Brasileiro de AvaliaçãoPsicológica, SBPD - Sociedade Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento,

1 As entidades citadas correspondem à atual composição do Fórum de Entidades Nacionaisda Psicologia Brasileira (FENPB).

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SBPH - Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, SBPOT - Sociedade Bra-sileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, SBPP - Sociedade Brasileirade Psicologia Política, SOBRAPA - Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupun-tura. Estas entidades – cientícas, prossionais, sindicais e estudantis – com-

põem o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB). Seuspropósitos são denir políticas e projetos voltados à melhoria da qualicaçãoprossional dos psicólogos, ortalecer a pesquisa no Brasil, consolidar a rela-ção entre a pesquisa e a prática cotidiana, aprimorando, assim, o instrumentaltécnico dos psicólogos.

Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB)www.enpb.org.br 

Algumas delas, como ABRAPEE, ABRAPSO, SBPH, SBPOT e SBPP, con-gregam psicólogos que atuam em uma área comum, buscando, pela organiza-ção dos mesmos, debater questões pertinentes à sua área, sistematizar um saberem torno da mesma e garantir o posicionamento da Psicologia em torno docampo de atuação, dentre outras.

Certas demandas, muitas vezes atribuídas ao Conselho pela categoria epela sociedade em geral, não são claramente de sua competência, devendo asmesmas ser encaminhadas às entidades competentes, com vistas inclusive aoseu ortalecimento, sem prejuízo da possibilidade de desenvolvimento do tra-

balho em conjunto com o CRP.Neste sentido, podemos destacar a especicidade da Associação Brasilei-

ra de Ensino de Psicologia (ABEP), que tem como atribuição trabalhar e inter-vir no campo da ormação em Psicologia, por meio da organização e articu-lação dos diversos segmentos que o compõem, como proessores, estudantes,coordenadores de curso e psicólogos supervisores na ormação em Psicologia.

Na mesma direção, é importante ortalecer o Sindicato dos Psicólogos,reconhecendo a especicidade das atribuições que são de sua responsabilidade.

É o Sindicato que organiza, acolhe e trabalha com as demandas dos psicólogosno que diz respeito à sua condição de trabalhadores.Regido pela Constituição Federal e pela Consolidação das Leis de Traba-

lho, o Sindicato dos Psicólogos, por sua natureza, tem a competência para tra-tar as questões reerentes ao campo e às condições de trabalho dos prossionaisem Psicologia, sendo suas prerrogativas abaixo apresentadas, conorme legis-lação a respeito do assunto. Contudo, cada nova gestão poderá propor outraspautas especícas a serem deendidas ou encaminhadas:

Segundo o Art. 8º da Constituição Federal, constitui competência do

Sindicato a deesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,inclusive em questões judiciais ou administrativas.

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A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelece que:

 Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos:a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os in-teresses gerais da respectiva categoria ou prossão liberal ou interesses indi-viduais dos associados relativos à atividade ou prossão exercida;b) celebrar contratos coletivos de trabalho;c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou prossãoliberal;d) colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudoe solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou prossão liberal;e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias eco-

nômicas ou prossionais ou das prossões liberais representadas.Parágrao Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerroga-tiva de undar e manter agências de colocação. Art. 514. São deveres dos sindicatos:a) colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedadesocial;b) manter serviços de assistência judiciária para os associados;c) promover a conciliação nos dissídios de trabalho;d) sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu

quadro de pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta pró- pria, um assistente social com as atribuições especícas de promover a coope-ração operacional na empresa e a integração prossional na Classe.Parágrao Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de:a) promover a undação de cooperativas de consumo e de crédito;b) undar e manter escolas de alabetização e prevocacionais.

Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulosite: www.sinpsi.org; e-mail: [email protected]

Diante desse conjunto de entidades, é importante esclarecer a especi-cidade dos Conselhos de Psicologia. De um modo geral, podemos dizer queo CRP tem sob sua responsabilidade aspectos teóricos, técnicos e éticos doexercício prossional do psicólogo, conorme a competência determinada naLei Federal n.º 5.766/71.

Lei Federal n.º 5766/71, Artigo 1º, que estabelece:

“Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia,

dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomias adminis-trativa e nanceira, constituindo, em seu conjunto, uma autarquia, desti-

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nados a orientar, disciplinar e scalizar o exercício da prossão de psicólogoe zelar pela el observância dos princípios de ética e disciplina da classe”.

A inscrição do prossional no Conselho é condição obrigatória, por de-nição legal, para o exercício prossional.

I.3 – Organização do CRP SP

Tendo em vista suas atribuições, o CRP SP tem uma organização, paraazer ace às inúmeras demandas da sociedade ou da categoria, que será apre-sentada a seguir.

Além de um corpo de prossionais contratados por concurso público eque são responsáveis pela inra-estrutura administrativa e técnica do Conse-

lho, cada nova gestão é assumida por um conjunto de conselheiros (eetivos esuplentes) que dão sua contribuição voluntariamente.O CRP SP organiza-se por meio das seguintes instâncias institucionais:

1. Assembléia Geral: Ocorre anualmente e é constituída dos psicólogoscom inscrição principal neste Conselho e em pleno gozo de seus direitos.Tem a unção de propor ao CFP a tabela de taxas, anuidades e multas.Dene o orçamento da instituição e aprova os planos de ação políticapara o período de um ano.

2. Plenário: Órgão deliberativo composto pelos Conselheiros, eleitos por

um período de três anos, por meio do voto direto dos psicólogos regis-trados no Conselho. Aprova estratégias de ação, novos procedimentos deuncionamento administrativo do Conselho e julga processos éticos.

3. Diretoria: Órgão executivo eleito anualmente pelo Plenário, compostopor quatro Conselheiros eetivos: presidente, vice-presidente, secretárioe tesoureiro.

4. Comissões Permanentes: São responsáveis por atividades estabelecidaspor lei, quais sejam: orientar e scalizar o exercício prossional e trami-tar os processos éticos. São elas a Comissão de Ética Prossional (COE)

e a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF). Além dessas, desde ainstituição do Registro de Especialistas, todo Conselho Regional de Psi-cologia mantém uma Comissão de Avaliação dos Pedidos de Concessãode Título de Especialista. Considerando a dimensão subjetiva implicadanas situações de violação de Direitos Humanos e a necessidade da Psico-logia Brasileira se posicionar diante desta questão, o Sistema Conselhosde Psicologia instituiu como obrigatória para todos os CRPs e CFP aComissão de Direitos Humanos.

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5. Comissões Gestoras das Subsedes: Órgãos executivos responsáveis pe-las gestões das oito subsedes distribuídas no Estado. Seus componentes(coordenador, subcoordenador e membros) reúnem-se regularmente nasede do CRP SP para troca de experiência, planejamento do trabalho

e discussões de aspectos importantes para a viabilização dos trabalhos.Atualmente as reuniões regulares ocorrem nos Encontros das Subsedes enos Fóruns de Gestores.

6. Comissões Temáticas: Comissão de Acompanhamento dos ProcessosLegislativos (CAPL), Comissão de Comunicação, Comissão de Criançae Adolescente (CCA), Comissão de Psicologia e Educação e o Núcleo deSaúde.

7. Grupos de Trabalho: Criados para tratar de assuntos novos com deman-das especícas e tareas previamente estabelecidas. Estes grupos podem,

eventualmente, ser transormados em comissões temáticas. Atualmenteexistem os seguintes grupos: GT Assistência Social, GT Bioética, GT Me-mória da Psicologia, GT Psicologia e Questões LGBT, GT Psicologia ePovos Indígenas, GT Psicologia Organizacional e do Trabalho, GT Psicó-logo Judiciário nas Questões de Família, GT Sistema Prisional e ProjetoVideoclube.Tanto as Comissões permanentes quanto os Grupos de Trabalho e Nú-

cleos têm contado também com participação de psicólogos convidados que

apresentam um domínio especíco e se interessam em discutir as questões dasáreas temáticas de cada um dos grupos e comissões.A partir desta orma de se organizar, o CRP de São Paulo – 6ª Região, em

consonância com as decisões de cunho nacional, realiza suas ações competin-do-lhe orientar, disciplinar e zelar pela el observância dos princípios ético-prossionais e contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência eprossão (Art. 1º do Regimento Interno).

Resolução CFP n.º 016/2001

Aprova o Regimento Interno do Conselho Regional de Psicologia da6ª Região

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II.1 – Formação de Psicólogo

Para ser um prossional psicólogo é obrigatória a conclusão do Curso dePsicologia em uma Faculdade autorizada e/ou reconhecida pelo MEC e ter aormação de psicólogo obtida após os cinco anos de duração do curso, conor-me dene a Lei n.º 4.119, de 27/08/1962, em seu Artigo 13:

§ 1º - Constitui unção privativa do psicólogo a utilização de métodos etécnicas psicológicas com os seguintes objetivos:a) diagnóstico psicológico;

b) orientação e seleção prossional;c) orientação psicopedagógica;d) solução de problemas de ajustamento.§ 2º - É da competência do psicólogo a colaboração em assuntos psicológicosligados a outras ciências.

A Resolução do CFP n.º 003/2007, de 12/02/2007, introduz maiores es-clarecimentos a respeito. Por meio do Título I, artigo 2º, inorma que:

IV –  Diagnóstico Psicológico - é o processo por meio do qual, por intermé-

dio de Métodos e Técnicas Psicológicas, se analisa e se estuda o comporta-

Capítulo II

Requisitos para o

Exercício Profssionalem Psicologia

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo 17

mento de pessoas, de grupos, de instituições e de comunidades, na sua estru-tura e no seu uncionamento, identicando-se as variáveis nele envolvidas;V – Orientação Profssional - é o processo pelo qual, com o apoio de Méto-dos e Técnicas Psicológicas, se investigam os interesses, aptidões e caracterís-

ticas de personalidade do consultante, visando proporcionar-lhe condições para a escolha de uma prossão;VI – Seleção Profssional - é o processo qual, com o apoio de Métodos eTécnicas Psicológicas, se objetiva diagnosticar e prognosticar as condições deajustamento e desempenho da pessoa a um cargo ou atividade prossional,visando alcançar ecácia organizacional e procurando atender às necessi-dades comunitárias e sociais;VII - Orientação Psicopedagógica - é o processo pelo qual, com o apoio de Métodos e Técnicas Psicológicas, proporcionam-se condições instrumentais

e sociais que acilitem o desenvolvimento da pessoa, do grupo, da organi-zação e da comunidade, bem como condições preventivas e de solução dediculdades, de modo a atingir os objetivos escolares, educacionais, organi-zacionais e sociais;VIII - Solução de problemas de ajustamento - é o processo que propiciacondições de auto-realização, de convivência e de desempenho para o indi-víduo, o grupo, a instituição e a comunidade, mediante métodos psicológi-cos preventivos, psicoterápicos e de reabilitação.

Acrescente-se que o Decreto n.º 53.464, de 21/01/1964, no Artigo 4º, dizque são ainda consideradas unções do psicólogo:• DirigirserviçosdePsicologiaemórgãoseestabelecimentospúblicos,au-

tárquicos, paraestatais, de economia mista e particulares.• EnsinarascadeirasoudisciplinasdePsicologianosváriosníveisdeensi-

no, observadas às demais exigências da legislação em vigor.• Supervisionarprossionaisealunosemtrabalhosteóricosepráticosde

Psicologia.• Assessorar,tecnicamente,órgãoseestabelecimentospúblicos,autárqui-

cos, paraestatais, de economia mista e particulares.• RealizarperíciaseemitirpareceressobreamatériadePsicologia.

II.2 – Inscrição no CRP

Outra exigência para o exercício prossional da Psicologia, qualquer queseja a área de atuação, é a inscrição no CRP. Esta é uma exigência da Lei. Caso seconstate que o psicólogo está ou esteve em exercício prossional sem a inscrição,poderá sorer uma denúncia junto à Justiça, por exercício ilegal da prossão, con-orme segue:

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Capítulo III

Orientações

sobre a InscriçãoProfssional

III.1 – Pessoa Física (PF)

O prossional necessita manter sua inscrição regular junto ao Conselhoquanto: à atualização de dados cadastrais (por ex., mudança de endereço), pa-gamento das anuidades, entrega de documentos, dentre outras exigências.

III.1.1 – Inscrição

a) Inscrição PrincipalResolução CFP n.° 003/2007 artigo 8.°

A inscrição representa uma das condições para o prossional poder exer-cer a prossão como também azer parte de uma categoria para a qual, alémdos conhecimentos teóricos e técnicos recebidos na Faculdade, há ainda a ne-cessidade de conhecer e de respeitar as reerências prossionais emanadas doCFP relativas ao serviço psicológico com qualidade teórica, técnica e ética.

Para realizar a inscrição junto ao CRP, no caso dos psicólogos recém-or-mados, após a colação de grau, deve-se procurar a sede ou a subsede do CRPSP em sua região, munido do original e de uma cópia simples dos seguintesdocumentos:

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20 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

• RGeCPF• TítulodeEleitorecomprovantedevotaçãodaúltimaeleiçãooujusti-

cativas• DiplomadeformaçãodePsicólogo(cópiafrenteeverso)

• Umafoto3x4• Paraosprossionaisdosexofeminino-CertidãodeCasamento(sefor

o caso)• Paraosprossionaisdosexomasculino-Comprovantedequitaçãocom

o serviço militarCaso não possua ainda o Diploma de Formação de Psicólogo, este pode-

rá ser substituído pelo original do Certicado de Colação de Grau do Curso dePsicologia - Grau Psicólogo. No prazo máximo de dois anos, o Certicado deColação de Grau deverá ser substituído pela entrega do Diploma de Formação

de Psicólogo. No período de até dois anos, o psicólogo terá uma inscrição pro-visória e uma Carteira de Identidade Prossional igualmente provisória. Coma apresentação do diploma, a inscrição provisória é substituída pela denitiva.

No entanto, se decorridos os dois anos, o diploma não or apresentado,o psicólogo cará com a inscrição provisória cancelada, não podendo exercera prossão até regularizá-la. Se o zer poderá ser denunciado pelo exercícioilegal da prossão. Sua situação só será regularizada após a entrega do diplomae do pedido de reinscrição no CRP.

A Carteira de Identidade Prossional – CIP será entregue em reuniãopresidida por Conselheiro do CRP ou Gestor designado, tendo por nalidadeornecer inormações gerais e auxiliar a resolver possíveis dúvidas dos novosinscritos no CRP. É uma reunião importante, na medida em que as inorma-ções oerecidas pertencem ao conjunto das reerências que nortearão o exercí-cio prossional do psicólogo a partir de então.

Fique legal com a PsicologiaA não apresentação do Diploma no prazo de dois anos poderáimplicar no cancelamento da inscrição.

b) Inscrição SecundáriaResolução CFP n.° 003/2007 artigos 9.° e 10Se o psicólogo tiver que exercer a atividade prossional ora da área de

 jurisdição do CRP onde tem sua inscrição principal (pessoa ísica), por perío-do superior a 90 dias por ano, a atividade não será considerada de caráter even-tual, sendo que o psicólogo deverá azer outra inscrição no CRP da jurisdiçãoonde está realizando a atividade. A inscrição secundária não incide em ônus

nanceiro ao psicólogo.

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c) Cancelamento da InscriçãoResolução CFP n.° 003/2007 artigos 11 a 13O psicólogo poderá requerer o cancelamento da sua inscrição, desde que:

1. não esteja respondendo a processo ético;

2. não esteja exercendo a prossão de psicólogo.No pedido de cancelamento deverá ser entregue a Carteira de Identidade

Prossional.O interessado poderá, a qualquer tempo, requerer nova inscrição, sujei-

tando-se às disposições em vigor, sendo-lhe garantido o mesmo número deinscrição. No entanto, só poderá voltar a exercer a prossão, após o pedido edeerimento da nova inscrição, visto que ela não é eita automaticamente.

Esclarecimento importante

A simples alta de pagamento das anuidades NÃO incorre em can-celamento da inscrição. Isto gera dívida ao psicólogo, que poderáser cobrado judicialmente.

d) Transerência de InscriçãoResolução CFP n.° 003/2007 artigo 20Em caso de mudança de jurisdição do CRP em que tenha sua inscrição

principal, o psicólogo deverá regularizar a situação, solicitando a transerência

da inscrição no CRP de origem ou de destino.e) Prossionais estrangeiros

Resolução CFP n.° 002/2002Os prossionais com ormação e atividade prossional em Psicologia

no exterior, que venham a atuar no Brasil a convite de entidades educacionais,prossionais ou cientícas, ou ainda, de grupos de psicólogos, por um períodode, no máximo, três meses por ano, deverão comunicar ao Conselho Regionalde Psicologia da jurisdição as atividades que realizarão e cujo exercício sejaatribuído por lei ao psicólogo.

Resolução 003/2007Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho Federalde PsicologiaResolução 002/2002Institui e normatiza a inscrição dos psicólogos estrangeirose dá outras providências.

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III.1.2 – Mudança de endereçoResolução CFP n.° 005/2001É de responsabilidade do psicólogo manter seus dados atualizados no

CRP. Assim, por exemplo, se houver mudança de endereço, o prossional deve

comunicar imediatamente ao CRP para que este possa encontrá-lo sempre quese zer necessário. Caso não o aça poderá vir a sorer um processo disciplinarde cunho administrativo.

Fique legal com a PsicologiaA atualização dos endereços é obrigatória. Você pode azê-la via:site, e-mail, teleone, postal ou pessoal.

III.2 – Pessoa Jurídica (PJ)Lei 6839, de 30/10/1980, e Resolução CFP n.° 003/2007 artigo 24As Empresas que oerecem como atividade principal o serviço de Psicolo-

gia devem proceder ao registro no CRP SP, cando submetidas ao pagamento deanuidade como Pessoa Jurídica, exceto aquelas reconhecidas por lei de utilidadepública e/ou lantrópicas, as quais serão isentas. Incluem-se aqui também as Clí-nicas-Escola ligadas às Universidades e Faculdades de Psicologia.

No caso do serviço de Psicologia não congurar atividade principal, aempresa deverá eetivar sua inscrição na condição de Cadastro o qual é isento

de pagamento de anuidade.Documentos exigidos para inscrição:

• ContratoSocial(originalecópiaautenticada);• CNPJ(originalecópiaautenticada).Quandoaempresajáestiverconsti-

tuída e o serviço de Psicologia só estiver sendo incluído, a documentaçãodeverá ser:

• ContratoSocialInicialetodasasalteraçõessofridaseCNPJ.

III.3 – Anuidade e Assembléia OrçamentáriaAlém da inscrição, o psicólogo e a Pessoa Jurídica têm a obrigatoriedade

de pagar a anuidade. Tal como os impostos, a anuidade é de pagamento obri-gatório e acarreta cobrança judicial quando em atraso, por meio da inscriçãodo nome do psicólogo inadimplente na Dívida Ativa da União.

O valor da anuidade é denido em Assembléia Geral realizada no segun-do semestre de cada ano, estando aberta à participação de todos os psicólogosinscritos, que recebem por carta a noticação da assembléia. Na ocasião, tam-

bém se apresenta um balanço das ações que a gestão realizou no ano anterior eo plano de trabalho do próximo ano.

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O valor da anuidade, bem como o das multas, taxas e emolumentos, édenido pela assembléia na região na qual o psicólogo está inscrito, porémdeve-se respeitar os parâmetros denidos pela Assembléia das Políticas Ad-ministrativas e Financeiras (APAF), da qual participam os representantes dos

Conselhos Regionais sob a coordenação de representante do CFP.Geralmente o boleto para o pagamento da anuidade é enviado em janei-

ro. Caso não o receba, o psicólogo deverá procurar imediatamente o CRP. Ha-vendo dúvidas em relação aos prazos, ou diculdade em saldar o pagamento,o psicólogo deverá consultar o Conselho, porque o não pagamento acarretarámulta, juros e atualização monetária.

Há isenção de anuidade para psicólogos que completarem 65 (sessenta ecinco) anos de idade e que ainda estiverem em exercício prossional, conormeResolução CFP n.° 001/1990.

É possível a interrupção temporária do pagamento da anuidade, pormotivo de viagem ao exterior por mais de seis meses por ano ou doença (devi-damente comprovada) por prazo superior a seis meses.

III.3.1 – InadimplênciaConsideram-se inadimplentes os prossionais ou pessoas jurídicas que

não eetuarem o pagamento ao Conselho até o dia 1º de abril do ano subse-qüente ao vencido. O Conselho enviará correspondências avisando do atraso,

concedendo prazo de 30 dias a partir da data do recebimento, para quitação.Não havendo maniestação do devedor, o CRP inscreverá o prossional na dí-vida ativa da União, conorme exigência de lei.

Fique legal com a PsicologiaMantenha o pagamento da anuidade regularizado.

Todos esses aspectos até aqui relacionados como requisitos para o exercícioprossional são considerados obrigações de cunho administrativo e, quando não

são respeitados, podem ensejar um Processo Disciplinar Ordinário junto ao CRPou na Justiça comum por exercício ilegal da prossão, no caso de haver cancela-mento da inscrição e o psicólogo continuar a exercer a prossão. Pode ocorrertambém que o psicólogo cometa irregularidades de caráter ético, sendo que, nestecaso, poderá vir a responder a um Processo Disciplinar Ético.

A m de evitar a ocorrência destes processos, serão apresentadas no próxi-mo item importantes inormações relativas aos aspectos éticos do exercício pro-ssional.

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24 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Capítulo IV

Orientações sobre a

Prática Profssional

IV.1 – Aspectos Gerais

Respeitadas as condições legais para o exercício prossional e para queeste exercício paute-se em condições teóricas, técnicas e éticas desejadas, é un-damental o prossional estar sempre atualizado. Isso signica que o psicólogodeve buscar permanentemente manter-se inormado em nível teórico/técnico,por meio de leituras, cursos, participação em eventos, contatos com prossio-nais da área, supervisão e outras ontes. Signica também acompanhar as Re-soluções que têm sido criadas ao longo da história da Psicologia como ciênciae prossão que, por estar estreitamente vinculada à história da sociedade, tem

buscado responder a novas demandas e exigências.Do ponto de vista das reerências criadas pelo CFP e que são undamentais

para o exercício prossional, as normatizações servem como orientação para todaa categoria. Tais resoluções são criadas a partir da identicação de determinadosaspectos da prática que têm se mostrado problemáticos ou gerado diculdadespara o prossional ou para o usuário e, assim, demandaram uma atenção espe-cíca por parte do Conselho. As Resoluções são criadas a partir de um processoque começa nos Conselhos Regionais e envolve todo o sistema, contando tambémcom a participação de psicólogos e algumas vezes com especialistas convidadosrelacionados à área a que tais normatizações dizem respeito.

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A revisão e atualização do Código de Ética, criado pela Resolução doCFP n.º 010/05, de 27/08/05, que instituiu o novo Código, oi eito a partirdesse processo participativo.

a) Código de Ética Profssional do PsicólogoO Código representa a explicitação de dois pontos undamentais na ação

prossional:• oslimitescolocadosàaçãodoprossionalconsiderando-seumasitua-

ção em que há um encontro entre duas partes: o prossional e o usuáriodo serviço, seja pessoa ou grupo. O Código, por meio de seus artigos,busca representar a justa medida do que nesta relação se congura comoas condições básicas para que a ação prossional não seja desvirtuada

em relação aos objetivos acordados ou que a atividade prossional sejarealizada sem causar prejuízos ao prossional ou ao usuário do serviçopsicológico.

• representatambémumacordocomospsicólogosacercadosignicadosocial da prossão e da direção que deve orientar a intervenção da Psi-cologia na sociedade, com o qual estão comprometidos ao realizar seuexercício prossional. Este compromisso está sintetizado nos PrincípiosFundamentais do Código de Ética:

Código de Ética Prossional do PsicólogoResolução CFP 010/2005Princípios undamentais:I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liber-dade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiadonos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vidadas pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quais-quer ormas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade

e opressão.III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica ehistoricamente a realidade política, econômica, social e cultural.IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo apri-moramento prossional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicolo- gia como campo cientíco de conhecimento e de prática.V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às inormações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos ser-viços e aos padrões éticos da prossão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício prossional seja eetuado comdignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

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VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atuae os impactos dessas relações sobre as suas atividades prossionais, posicio-nando-se de orma crítica e em consonância com os demais princípios desteCódigo.

O Código de Ética, embora apresente artigos relativos a dierentes as-pectos do exercício prossional, organiza-os sob a denominação geral “DasResponsabilidades Gerais do Psicólogo”, enatizando que todos os elementoscontidos no Código devem ser assumidos ativamente pelos prossionais. Talposição ca mais clara se considerarmos o que diz o Artigo 1º:

Código de Ética Prossional do Psicólogo Art. 1º - São deveres undamentais dos psicólogos:a) Conhecer, divulgar, cumprir e azer cumprir este Código;

...l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ouirregular da prossão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ouda legislação prossional.

Assim, o Código coloca nas mãos do próprio psicólogo a responsabili-dade ética não apenas em relação ao seu trabalho como também em relação àprossão. Não basta conhecer e cumprir, mas divulgar e azer cumprir o Có-digo, numa responsabilidade solidária. Pode-se visualizar aqui a dimensão da

prevenção de ocorrência de irregularidades éticas, prejudiciais ao usuário, aopróprio psicólogo como também à Psicologia e aos psicólogos em geral.

Fique atento à PsicologiaHá necessidade de consulta direta às legislações citadas, princi-palmente, quando houver dúvidas ou questões não abordadas.

b) A Legislação ProfssionalConorme dissemos, além das Leis e Decretos e do Código de Ética, as

demais Resoluções são criadas para que os psicólogos possam realizar umaação uniormizada. Uniormizada não quer dizer idêntica ou que impeça aorma pessoal de expressão do prossional, mas é como se criasse um pata-mar comum de compreensão e denições, inclusive do ponto de vista técnico,orientadora das atividades prossionais da categoria como um todo. Assim,são vários aspectos do exercício prossional que têm um quadro a partir doqual o psicólogo pode obter uma reerência clara e especíca ao “como” e “oquê” de determinada atividade prossional. É em virtude da variedade de ati-vidades que também se criou um igualmente variado conjunto de Resoluções

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e que aparece sob a denominação de Legislação Prossional (inclusive conside-radas as Leis e Decretos regulamentares da prossão).

Pelo novo Código de Ética, a legislação prossional destaca-se como ele-mento de igual importância comparativamente aos aspectos contidos no pró-

prio Código. Conorme o Artigo 1º, alínea “c”:

Código de Ética Prossional do Psicólogo Art. 1º - São deveres undamentais dos psicólogos:c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dig-nas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conheci-mentos e técnicas reconhecidamente undamentados na ciência psicológica,na ética e na legislação prossional.

IV.2 – Aspectos Éticos do Exercício Profssional

IV.2.1 – Sigilo

a) Anal o que é o sigilo prossional?O sigilo prossional, em qualquer código de ética, tem por nalidade

proteger a pessoa atendida.

Como já é de conhecimento geral, todo psicólogo, em seu exercício pro-ssional, está obrigado ao sigilo, sendo este um dos pontos undamentais sobreos quais se assenta o trabalho prossional, cabendo, portanto, ao psicólogocriar as condições adequadas para que não haja a sua violação.

O sigilo signica manter sob proteção as inormações e atos conhecidospor meio da relação prossional em que estão implicados a conabilidade eexposição da intimidade do usuário.

Tendo em vista a preocupação em garantir o sigilo, algumas situações

requerem refexões e atenção especial. Para tanto, o Código de Ética oerecereerências:

 Art. 9º - É dever do psicólogo respeitar o sigilo prossional a m de proteger, por meio da condencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organi-zações, a que tenha acesso no exercício prossional.

Em se tratando de prontuário que possa interessar a uma Equipe Multi-disciplinar, devem ser registradas apenas as inormações necessárias ao cum-primento dos objetivos do trabalho, lembrando que o usuário deve ser inor-

mado da existência do prontuário e que deve ser permitido livre acesso aomesmo.

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O sigilo implica também que, quando houver necessidade de inormar arespeito do atendimento a quem de direito, deve-se oerecer apenas as inorma-ções necessárias para a tomada de decisão que aete o usuário ou beneciário.

Lembramos que, em havendo a necessidade do envio de inormações

sigilosas pelo correio para algum outro prossional, é preciso que no envelopeseja colocada uma identicação de documento CONFIDENCIAL, para que acorrespondência possa chegar às mãos do destinatário preservando-se o devi-do sigilo.

Quando, por alta dos devidos cuidados, ocorrer a quebra do sigilo, oprossional está incorrendo em alta ética e, sendo esta quebra de sigilo conhe-cida, o psicólogo pode ser denunciado junto ao CRP e vir a sorer um processoético.

Porém, em casos excepcionais, é considerada a possibilidade de o psicó-

logo decidir pela quebra do sigilo, sendo que deve estar pautado pela análisecrítica e criteriosa da situação, tendo em vista os princípios undamentais daética prossional e a direção da busca do menor prejuízo. É preciso analisar asituação à luz do próprio Código de Ética considerado como um todo, por en-volver um conjunto de atores a serem vericados: motivo da quebra de sigilo,circunstâncias em que pode ocorrer, modo de operar a quebra de sigilo:

 Art. 10º - Nas situações em que se congure confito entre as exigências de-correntes do disposto no Art. 9º e as armações dos princípios undamentais

deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderádecidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor pre- juízo.Parágrao Único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste ar-tigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as inormações estritamentenecessárias.

Em caso de dúvida, é também importante que a situação da quebra desigilo seja compartilhada e discutida com outros prossionais envolvidos no

atendimento ou, quando não houver, o psicólogo busque algum prossionalou a orientação do próprio Conselho para auxiliá-lo na refexão crítica parauma tomada de decisão undamentada.

Quando houver se decidido pela quebra de sigilo, o psicólogo deve to-mar o devido cuidado para dar a conhecer a outrém apenas aquilo que estásendo demandado e para aquele m especíco, mantendo os demais aspectosnão requisitados sob sigilo ou pertinentes ao sigilo.

Mesmo após o término de um trabalho, o sigilo das inormações deveser mantido.

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 Veja também a questão do sigilo no item reerente aoatendimento a crianças, adolescentes e interditos.

b) Condições do local de atendimentoO atendimento deve ser realizado em local dierenciado e apropriado,que garanta o sigilo prossional e em condições de segurança, ventilação, hi-giene e acomodação adequadas aos que estão em atendimento, respeitando-secritérios estabelecidos por órgãos públicos, como, por exemplo, a VigilânciaSanitária.

No caso das Clínicas de Avaliação Psicológica para a obtenção da Cartei-ra Nacional de Habilitação, dado seu caráter pericial, as atividades não poderãoser realizadas em centros de ormação de condutores ou em qualquer outro

local público ou privado, cujos agentes tenham interesse nos resultados dosexames, considerando ainda que a avaliação só poderá ser realizada em localreservado para este tipo de atividade.

Resolução CFP n.º 016/2002Dispõe sobre o trabalho do psicólogo na avaliação psicológica decandidatos à CNH e condutores de veículos automotores.

Um outro aspecto a considerar é quanto ao local reservado para a guarda

dos prontuários dos usuários. Seja em arquivo, em armário ou qualquer outromóvel, ele deve permitir o seu echamento a m de se evitar o acesso de pessoasque não têm relação com o atendimento, principalmente, nos casos em quetransite pelo local prossionais ou pessoas que não estão submetidos ao sigiloprossional.

IV.2.2 – Atendimento a Crianças, Adolescentes ou Interditos1 Além de ser necessária a ormação e experiência apropriada, requer que

nestes casos, quando o atendimento or “não eventual”, pelo menos um dosresponsáveis o autorize, conorme dispõe o Art. 8º do Código de Ética: Art. 8º - Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescenteou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seusresponsáveis, observadas as determinações da legislação vigente;

1 Interdito é um termo jurídico que signica que a pessoa perdeu a sua capacidade civil,cando privada juridicamente de reger-se e seus bens, sendo impedido de tomar decisõesquanto a sua própria vida, sendo sempre representada por uma pessoa designada pelo ju-

ízo (geralmente um parente), podendo a interdição ser por tempo determinado ou não.

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§1º - No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimentodeverá ser eetuado e comunicado às autoridades competentes;§2º - O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se ze-rem necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Além disso, tendo em vista o princípio do sigilo prossional, é importan-te o cuidado para comunicar “ao responsável apenas o estritamente essencialpara se promoverem medidas em seu beneício” (Art. 13 do Código de Ética).

Consulte o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de13/07/1990: www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l8069.htm

IV.2.3 – Métodos e Técnicas Psicológicas

Os psicólogos só podem associar o exercício prossional a princípios,conhecimentos e técnicas reconhecidamente undamentados na ciência psico-lógica, na ética e na legislação prossional (conorme o Código de Ética). As-sim, não podem ser associadas ao atendimento em Psicologia, concepções mís-tico-religiosas ou recursos que tenham como pressuposto tais tipos de crença,como reiki, tarô, TVP (Terapia de Vidas Passadas) etc., nem sequer a utilizaçãode práticas que possam induzir a crenças religiosas, losócas ou de qualqueroutra natureza e que sejam alheias ao campo da Psicologia.

Algumas técnicas e práticas ainda não regulamentadas ou não reconhe-

cidas pela prossão poderão ser utilizadas em processo de pesquisa, resguarda-dos os princípios éticos undamentais.

Resolução Conselho Nacional de Saúde n.º 196/96,site: www.conselho.saude.gov.br;Resolução CFP n.º 10/97, Resolução CFP n.º 11/97 eResolução CFP n.º 16/00.

O reconhecimento da validade dessas técnicas dependerá da ampla di-

vulgação dos resultados derivados da experimentação e do reconhecimento dacomunidade cientíca, não apenas da conclusão da pesquisa.

A hipnose e a acupuntura oram devidamente regulamentadaspelo CFP como recursos auxiliares e complementares por meio dasResoluções CFP n.º 013/2000 e n.º 05/2002, respectivamente.

No caso da acupuntura, a Portaria n.º 971, de 03/05/2006, do Ministérioda Saúde, que aprova a “Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-

mentares no Sistema Único de Saúde”, regulamenta o seu uso inclusive para ospsicólogos no SUS.

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A psicoterapia praticada por psicólogo constitui-se como um processocientíco, devendo ser utilizados métodos e técnicas psicológicas reconhecidospela ciência, pela prática e ética prossional. Tem como nalidade promovera saúde mental e propiciar condições para o enrentamento de confitos e/ou

transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos.

Resolução CFP n.º 010/00Especifca e qualifca a psicoterapia como prática do psicólogo.

Esta Resolução estabelece ainda um conjunto de princípios que devemser respeitados pelos prossionais que realizam este tipo de prática. Diz que ospsicólogos devem manter registro de seus atendimentos mesmo em consultó-rios particulares. Os processos éticos têm mostrado cada vez mais a importân-

cia dos registros. Na rede pública, já é um conceito rmado o da necessidadedo prontuário do usuário, lembrando que ele tem pleno direito a ter acesso aoseu prontuário.

Embora a psicoterapia seja uma atividade que tem sido costumeiramentedesenvolvida pelos psicólogos, não é privativa ou exclusiva deste prossional.

IV.2.3.1 Serviços Psicológicos Mediados Por ComputadorSó será permitida a oerta de psicoterapia mediada por computador

quando se tratar de pesquisa conorme critérios da Resolução 196/96, do Con-

selho Nacional de Saúde, sendo que o usuário deverá ser avisado e não poderáser cobrada nenhuma taxa ou honorário.

Demais serviços psicológicos, como orientação psicológica e aetivo-se-xual, orientação prossional, orientação de aprendizagem e Psicologia Escolar,orientação ergonômica, consultorias a empresas, reabilitação cognitiva, ide-omotora e comunicativa, processos prévios de seleção de pessoal, utilizaçãode testes psicológicos inormatizados e utilização de sotware inormativos eeducativos com resposta automatizada, poderão ser ornecidos desde que se- jam pontuais e inormativos, não ram o disposto no Código de Ética e sejam

observados os dispositivos das Resoluções do CFP n.º 012/2005 e n.º 002/2003.Para que o psicólogo possa oerecer esses serviços, é requisito que obtenha umselo do CFP, isto é, que ele submeta à apreciação do CFP as inormações queconstarão no site de divulgação e que as mesmas sejam aprovadas para a di-vulgação.

Resolução CFP n.º 012/2005Regulamenta o atendimento psicoterapêutico e outros serviçospsicológicos mediados por computadores e revoga a Resolução

CFP n.º 003/2000.

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32 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

IV.2.3.2. Serviços Psicológicos Mediados por TeleoneA Resolução CFP n.° 02/1995 dispõe sobre a prestação de serviços psico-

lógicos mediados por teleone, e diz:

 Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:1º) prestar serviços ou mesmo vincular seu título de psicólogo a serviços deatendimento psicológico via teleônica”.

IV.2.4 – Avaliação Psicológica, Testes e Documentos Escritos

a) Quais cuidados devo ter em relação à avaliação psicológica?Uma questão básica é quanto à qualicação prossional, ou seja, a expe-

riência e ormação adequadas do prossional para realizar a Avaliação Psicoló-gica, assim como outras práticas na Psicologia, conorme preconiza o Códigode Ética:

 Art. 1º - São deveres undamentais dos psicólogos:b) Assumir responsabilidades prossionais somente por atividades para asquais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dig-nas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conheci-mentos e técnicas reconhecidamente undamentados na ciência psicológica,na ética e na legislação prossional;

Para atuar em Avaliação Psicológica é preciso ainda considerar o dispos-to abaixo:

 Art. 2º - É vedado ao psicólogo:k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou prossionais, atuais ou anteriores, possam aetar a qualidade dotrabalho a ser realizado ou a delidade aos resultados da avaliação;

Quanto à devolutiva, o Código de Ética é claro nesta questão, apontando

que tanto deve ser inormado em relação ao trabalho psicológico a ser realiza-do quanto em relação aos seus resultados, inclusive sob a orma de documentoescrito quando houver pedido.

Um outro aspecto a destacar é o dos instrumentos de avaliação psicoló-gica e seu uso.

A avaliação psicológica pode ainda pretender dierentes nalidades,sendo que o CFP aprovou Resoluções que estabelecem parâmetros especícospara as situações de:• Concursospúblicoseprocessosseletivosdamesmanatureza–Resolu-

ção CFP n.º 001/2002. É uma resolução importante, pois oerece as de-

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo 33

vidas orientações quanto aos cuidados técnicos e éticos a serem tomadosem relação ao edital, questionamentos por parte de candidatos e outrosaspectos.

• Obtenção da Carteira Nacional de Habilitação – Resolução CFP n.º

012/2000.Estamos destacando o artigo que nos parece dar o tom dos cuidados a

serem tomados neste tipo de avaliação psicológica:

Resolução CFP n.º 001/2002 Art. 1º - A avaliação psicológica para ns de seleção de candidatos é um processo, realizado mediante o emprego de um conjunto de procedimentosobjetivos e cientícos, que permite identicar aspectos psicológicos do can-didato para ns de prognóstico do desempenho das atividades relativas ao

cargo pretendido.Conorme indica a Resolução, a avaliação deve ser realizada em seu con-

 junto e segundo os preceitos técnicos cientícos, tanto na seleção dos testesquanto na aplicação e mensuração dos mesmos.

Cabe lembrar ainda a exigência dos testes serem sempre os originais e,para os psicólogos que atuam na avaliação psicológica para CNH, existe umalimitação estabelecida na quantidade de atendimentos por jornada de 8 horasde trabalho, conorme indica a Resolução CFP n.º 003/2007, artigo 85, de nomáximo 10 (dez) candidatos.

Pela Resolução CFP n.º 16/2002, o psicólogo que trabalha neste tipo deatividade do trânsito, é considerado perito, portanto, não pode manter víncu-los com Centros de Formação de Condutores ou outros locais cujos agentesmaniestem interesse no resultado dos exames psicológicos. Há, além disso,a legislação especíca do DETRAN que o psicólogo credenciado pelo órgãoobriga-se a respeitar, sendo as principais Portarias:• Portarian.º541de15/04/1999-Regulamentaocredenciamentodemé-

dicos e psicólogos para a realização dos exames de aptidão ísica e mental

e dos exames de avaliação psicológica em candidatos à obtenção da per-missão e renovação da carteira nacional de habilitação para a conduçãode veículos automotores.

• Portarian.º1335,de06/12/2000-Estabeleceregrasparaadistribuiçãoequitativa dos exames de aptidão ísica e mental e de avaliação psicológi-ca, regulados pela Portaria Detran n. 541, de 15 de abril de 1999.

• Portarian.º208de26/02/2002-Dispõesobreaobrigatoriedadedare-alização do exame de avaliação psicológica para o condutor que exerçaatividade remunerada ao veículo, consoante os termos do § 3o do art.

147 da Lei Federal n.º 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro, alteradapela Lei Federal n.º 10.350/01

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• Portarian.º1708de11/12/2002-Dispõesobreaacessibilidadedaspes-soas portadoras de deciência ou com mobilidade reduzida nas clínicasmédicas e psicotécnicas credenciadas pelo DETRAN/SP e altera disposi-tivos das Portarias DETRAN n.º 541, de 15 de abril de 1999 e 175, de 24

de janeiro de 2001.• ResoluçãoCONTRANn.º267de15defevereirode2008(revogouas

Portarias n.º 51/98 e 80/1998).As Portarias podem ser encontradas no site do DETRAN: www.detran.

sp.gov.br.Há ainda um importante documento: Manual para Avaliação Psicológi-

ca de Candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e Condutores de VeículosAutomotores – Anexo da Resolução CFP n.º 012/2000, que oerece orientaçõesa serem seguidas.

Para maiores inormações sobre a avaliação psicológica paraobtenção de CNH, consultar:Resolução CFP n.º 012/2000 e Resolução CFP n.º 016/2002

Existe também a avaliação psicológica para a obtenção de porte ou usode arma de ogo, que só pode ser realizada por psicólogos inscritos no CRP ecredenciados pela Polícia Federal.

Há alguns requisitos exigidos dos psicólogos, como:

• mínimo3anosdeformado,• familiaridade com instrumentos de avaliação psicológica (prática ou

curso)• localapropriadoealvarásdefuncionamento.

O credenciamento é aberto, inormado e realizado pela própria PolíciaFederal, sendo que, neste período, são realizadas visitas pela equipe de Psicolo-gia da Polícia Federal para que a qualicação técnica e o local sejam avaliados.

Quanto à outras especicidades e exigências relacionadas ao credencia-

mento, considerando que é a Polícia Federal quem legisla sobre o assunto, su-gere-se consulta direta à este órgão pelo teleone: (11) 3538-5625 / 3538-5000ou site: www.dp.gov.br

ImportanteVeja também a matéria publicada no Jornal Psi n.° 155, ou no sitewww.crpsp.org.br , em MÍDIA, opção JORNAL CRP SP, ver o n.º 155a coluna: Orientação - Teste Psicológico o que você precisa saber antes de escolher um.

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c) E em relação ao uso de instrumentos e testes psicológicos, o que é impor-tante saber?

Apenas o psicólogo pode azer uso de instrumentos e técnicas psicoló-gicas. Isso signica que ele não poderá divulgar, ensinar, ceder, dar, emprestar

ou vender instrumentos ou técnicas psicológicas que permitam ou acilitem oexercício ilegal da prossão (Artigo 18 do Código de Ética).

O artigo 16 da Resolução do CFP n.º 002/2003, que regulamenta o uso,a elaboração e a comercialização dos testes psicológicos, determina que seráconsiderada alta ética a utilização de instrumentos que não constem na rela-ção de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia, conorme Artigos1º, alínea “c”, e 2º, alínea “”, do Código de Ética Prossional do Psicólogo, salvoos casos de pesquisa.

A partir desta Resolução, os psicólogos somente poderão utilizar-se de

testes que oram avaliados e considerados pelo CFP em condições de uso.

Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI)http://www2.pol.org.br/satepsi/sistema/admin.cm

Ainda quanto ao uso dos testes, estes devem ser utilizados dentro de umaavaliação psicológica2 . Desta orma, seu uso deve ser pautado pelo conheci-mento, experiência, instruções e orientações especícas constantes nos manu-ais próprios. Não é permitido utilizar cópia reprográca (xerox) do materialdos testes.

Os documentos e o material que undamentou a avaliação psicológicadevem ser guardados pelo prazo mínimo de cinco anos e o psicólogo e a insti-tuição em que oi eita a avaliação psicológica são responsáveis pelos materiaisrelativos à avaliação.

d)E como devo elaborar relatórios, laudos e outros documentos escritos?Além dos cuidados técnicos e éticos na avaliação psicológica, na elabo-

ração dos documentos, rutos desta avaliação, há aspectos especícos a serem

respeitados.O CFP, pela Resolução n.º 007/2003, apresenta um Manual de Elabora-

ção de Documentos Escritos, que descreve em detalhes o que precisa constarem quatro documentos: declaração, atestado psicológico, relatório ou laudopsicológico e parecer psicológico.

2 Avaliação em Psicologia reere-se à coleta e interpretação de inormações psicológicas,resultante de um conjunto de procedimentos conáveis que permitam ao Psicólogo ava-liar o comportamento. Aplica-se ao estudo de casos individuais e de grupos ou situações

(Manual para a Avaliação Psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação– CNH – Resolução CFP n.° 012/2000).

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36 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Ao produzir o material, o psicólogo deve basear os documentos em prin-cípios éticos e técnicos, ou seja, sempre apresentar a sua undamentação cien-tíca para embasar suas idéias, proposições e conclusões, nos casos em que anatureza do documento assim o exigir.

Quanto aos princípios éticos, o Manual enatiza o cuidado que o psicó-logo deverá ter em relação aos deveres nas suas relações com a pessoa atendida,ao sigilo prossional, às relações com a justiça e ao alcance das inormações.

Atenção ao Artigo 2º, alínea “g”, do Código de Ética, que diz:

 Art.2º – Ao psicólogo é vedado: g) emitir documentos sem undamentação e qualidade técnico-cientíca.

Resolução n.º 007/2003 do CFP

Institui o Manual de Elaboração de documentos escritos pelo Psi-cólogo e revoga a Resolução CFP n.º 017/2002

IV.2.5 – Publicidade e MídiaTenho algumas dúvidas em relação à publicidade!

a) O que posso colocar no cartão de visita, nos panfetos, jornal ou em placapublicitária? Como realizar a publicidade da minha atividade prossional?

A publicidade dos serviços de Psicologia, de um modo geral, inclusive

nos sites da internet, deve ser realizada de acordo com as orientações emanadasdo Código de Ética e Resoluções do CFP. Assim, deverá inormar com exatidãoo nome completo, a palavra psicólogo, o número de registro e a sigla do Con-selho Regional de Psicologia onde tenha sua inscrição (CRP 06/XXXX).

Poderão ser inormadas ainda as habilitações do prossional, limitan-do-se apenas às atividades, recursos e técnicas que estejam reconhecidas ouregulamentadas pela prossão.

Além disso, ao realizar a publicidade, o psicólogo cuidará para que:• nãosejamutilizadostítulosquenãopossua(ex.:Dr.,Especialista);

• opreçonãosejautilizadocomoformadepropaganda;• nãohajaaprevisãotaxativaderesultados;• nãohajaaautopromoçãoemdetrimentodeoutrosprossionais;• nãohajaapresentaçãodeatividadesquesejamatribuiçõesdeoutrasca-

tegorias prossionais;• nãohajadivulgaçãosensacionalistadasatividadesprossionais;• nãosedivulgueapráticadaPsicologiajuntamentecomciênciaepros-

são associada a crenças religiosas ou posições losócas alheias ao cam-po da Psicologia.

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Resolução do CFP n.º 011/2000Disciplina a oerta de produtos e serviços ao público.

Esta Resolução proíbe toda publicidade enganosa ou abusiva e indica os

princípios do Código de Ética e o Código de Proteção e de Deesa do Consu-midor como sendo importantes parâmetros.

Entende-se como produtos, os testes psicológicos, inventários de interes-se, material de orientação vocacional, jogos ou outros instrumentos. Os servi-ços reerem-se às atividades prossionais de psicólogo prestadas a uma ou maispessoas, organizações ou comunidades.

Ainda é preciso recolher as devidas taxas à preeitura local.Para a publicidade de pessoa jurídica, acrescenta-se o disposto do Artigo

41 da Resolução CFP 003/2007: Art. 41 - Toda publicidade veiculada por pessoa jurídica deverá conter seunúmero de inscrição no Conselho Regional de Psicologia.

b) E em relação ao psicólogo na mídia? Tenho visto muitos que se apresen-tam de orma questionável do ponto de vista ético e prossional. O que a-zer? Como se comportar?

O Conselho entende que, independentemente do veículo de comuni-cação em que o prossional apareça publicamente, é undamental que sejam

seguidas as orientações contidas no Código de Ética Prossional do Psicólogo. Art. 19 - O psicólogo, ao participar de atividade em veículo de comunica-ção, zelará para que as inormações prestadas disseminem o conhecimento arespeito das atribuições, da base cientíca e do papel social da prossão.

Há dois tipos de situações: a postura do personagem ccional “psicólo-go” que aparece na mídia e o prossional psicólogo em exercício de sua pros-são. O “psicólogo” personagem reere-se a uma produção antasiosa e, portantoctícia, não cabendo ao Conselho intererir em tais produções, a não ser em

situações fagrantemente oensivas ou degradantes à prossão e à categoria.Quando, no entanto, o psicólogo se apresenta como um prossional de

Psicologia dando depoimentos, entrevistas ou opiniões sobre determinado as-sunto ou situação relacionados à prática prossional ou à Psicologia, requer aobservância do que consta na legislação prossional (Código e demais Reso-luções). É undamental que o psicólogo atente para o uso do conhecimento daPsicologia em avor do bem-estar da população e não da exposição de pessoasou grupos ou organizações, nestes meios de comunicação. Deverá zelar tam-bém para que as inormações que oerecer tomem por base apenas conheci-

mentos a respeito das atribuições, da base cientíca e do papel social da pros-

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são, contribuindo para o esclarecimento do trabalho que o psicólogo realiza ouem relação às teorias, técnicas, conceitos e idéias reconhecidas pela Psicologiae que possam estar sendo objeto da divulgação. O intuito, sempre, é de zelarpela boa imagem da prossão, pautando-se por reerências teóricas, técnicas e

éticas requeridas pela Psicologia e pela prossão.

IV.2.6 – O Psicólogo e a Justiça

a) E como devo me comportar nas relações com a Justiça?O psicólogo pode ser chamado pelo juiz em duas condições: como ci-

dadão ou como prossional. Em ambas ele terá que se apresentar perante a justiça, no entanto sob condições dierentes.

No caso de ser intimado como prossional, é importante considerar o

Código de Ética Prossional: Art. 10º - Nas situações em que se congure confito entre as exigênciasdecorrentes do disposto no Art. 9º (que ala do sigilo) e as armações dos princípios undamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos emlei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisãona busca do menor prejuízo.Parágrao Único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste ar-tigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as inormações estritamente

necessárias. Art. 11º - Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar inormações, considerando o previsto neste Código.

Depondo em juízo, o psicólogo pode decidir pela quebra do sigilo ou não,sendo que no segundo caso o juiz poderá determinar a quebra. Em ambas as situ-ações, quando or oerecer inormações obtidas por meio de seu trabalho, o psi-cólogo deverá tomar o cuidado para limitar-se àquelas inormações eetivamentenecessárias para a elucidação do objeto do questionamento. Tomar como reerên-cia a busca do menor prejuízo é também um elemento a ser considerado.

Além disso, é importante lembrar que:

 Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou prossionais, atuais ou anteriores, possam aetar a qualidade dotrabalho a ser realizado ou a delidade aos resultados da avaliação;

IV.2.7 – O Psicólogo e o Atendimento Domiciliar 

A prática em atendimento domiciliar na área da saúde vem crescendo, nossetores público e privado, com argumentos que vão desde a relação custo-beneí-

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cio até a busca da humanização do tratamento. O atendimento domiciliar (muitasvezes denominado home care) em Psicologia é uma modalidade de atuação aindapouco conhecida pela maioria dos psicólogos e que tem trazido algumas questõesreerentes à sua natureza e aos problemas éticos que podem estar envolvidos.

Ele pode ser denido como o atendimento que o prossional az a pes-soas que apresentem diculdades ou impedimentos de locomoção, devidoa patologias ou outros motivos que as impedem de se dirigir ao hospital ouao consultório para receber tratamento. Em alguns casos, o trabalho envolveorientação à amília ou ao responsável pelos cuidados prescritos ao paciente.O pedido ou a indicação para o atendimento psicológico domiciliar pode sereito pelo próprio paciente, por seus amiliares, pelo médico ou pela equipe desaúde que o assiste. A partir disso, o psicólogo deve proceder a uma avaliação,identicando as necessidades do atendimento. Caso decida-se pelo atendimen-

to, o trabalho a ser realizado deve ser eito da mesma orma como se osserealizado em local de trabalho do prossional, com as devidas adaptações quese zerem necessárias. Assim, as reerências éticas, por exemplo, de sigilo e con-dencialidade, devem ser consideradas igualmente.

Vale reconhecer que atualmente novos dispositivos de intervenção emPsicologia vêm sendo desenvolvidos a m de abarcar novas demandas sociais.Como exemplo, podemos citar o trabalho de Acompanhamento Terapêutico,que, por sua natureza e denição, desenvolve-se no território. Lembramos que

estas, como as demais práticas em Psicologia, devem sempre resguardar osprincípios éticos da prossão.

a) Quando é permitido realizar o atendimento domiciliar?• Quandoapessoaatendidanãotemcondiçãodeselocomoverouencon-

tra-se em estágio terminal.• Devehaverexpressãodavontadedapessoaatendida.• Quandoopsicólogoatuanaáreajudicialeédesignadoparaisso.• ProgramaSaúdedaFamília:quandoopsicólogozerpartedeequipede

saúde da amília.

• Nocasodeatendimentoaosquetêmliberdadeassistida.• Quandosetratadeumaestratégiaespecícadeintervençãopsicológica.

IV.2.8 – Honorários e Contrato

a) E em relação aos honorários, quanto e como cobrar pelos serviços?Os psicólogos buscarão adequar os seus honorários às condições nan-

ceiras das pessoas atendidas e considerando a justa retribuição pelos serviçosprestados. Os psicólogos estabelecerão os honorários mediante um acordo coma pessoa, grupo ou instituição atendida, no início do trabalho a ser realizado,

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sendo que toda e qualquer alteração no acordo acertado deverá ser discutidaentre as partes (consultar o Código de Ética Prossional do Psicólogo), nãopodendo ser cobrado além do que oi acordado.

O psicólogo também não poderá utilizar-se da sua posição para dela

retirar quaisquer outros tipos de beneícios (doações, empréstimos, avores),limitando-se apenas ao recebimento da justa remuneração acordada entre aspartes (valor, periodicidade do pagamento etc.).

Além disso, o psicólogo deverá manter a qualidade do trabalho teórico,técnico e ético independentemente do valor de seus honorários ou mesmo tra-tando-se de trabalho voluntário.

O CRP SP dispõe em seu site de uma Tabela Reerencial de Honorárioselaborada pela Fenapsi. Os valores são meramente sugestivos e o psicólogo nãoestá obrigado a seguir esses valores.

b) E o contrato de trabalho para um atendimento, deve ser por escrito?O contrato reere-se às condições em que o serviço de Psicologia será

realizado. Representa, então, o que as partes envolvidas, de comum acordo,estabeleceram e aceitaram, implicando, assim, na denição do objetivo, tipo detrabalho a ser realizado e condições de realização do serviço oerecido e acordodos honorários.

O Art. 1º do Código de Ética alerta que é dever undamental do psicólogo:

 Art. 1º- É dever undamental do psicólogo:

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos dosusuários ou beneciários de serviços de Psicologia.

Aqui, por exemplo, é preciso atentar para outras legislações, como o Có-digo de Proteção e de Deesa do Consumidor.

Não há obrigatoriedade de realizar o contrato por escrito. Fica a critériodo prossional a redação (ou não) de um contrato ormal/escrito. O CRP nãooerece modelo a respeito. Um contador poderá dar a orientação mais adequa-da. Legislações complementares a respeito do assunto:

Resolução CFP n.º 011/2000, de 20/12/00,Regulamenta a oerta de produtos e serviços ao público, entreoutras.

IV.2.9 – O Psicólogo e as Organizações

a) Quando sou contratado por uma organização, que cuidados devo ter?Os serviços em Psicologia podem ser realizados em organizações de ca-

ráter público ou privado em dierentes áreas de atividade prossional: saúde,trabalho, educação, social, abrigo, sistema prisional.

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O trabalho do psicólogo, como de outros prossionais, embora extre-mamente importante, tem sorido diversos percalços. Assim, é preciso estaratento caso o exercício prossional esteja sendo prejudicado, do ponto de vistade sua qualidade teórica, técnica e ética, devido a problemas e questões da or-

ganização.Uma questão undamental é quanto à submissão do psicólogo a aspectos

prossionais e condições impróprias e antiéticas impostos pela organização.Neste sentido, é preciso sempre relembrar o que indica o Código de Ética emseus Princípios Fundamentais, particularmente o Princípio VII:

O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua eos impactos dessas relações sobre as suas atividades prossionais, posicio-nando-se de orma crítica e em consonância com os demais princípios deste

Código.Além disso, no Código de Ética podemos identicar importantes in-

ormações:

 Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligên-cia, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;b) ...c) Utilizar ou avorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas

 psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer orma deviolência;d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou avoreçamo exercício ilegal da prossão de psicólogo ou de qualquer outra atividade prossional;e) Ser conivente com erros, altas éticas, violação de direitos, crimes ou con-travenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços pros-sionais;

Este conjunto de artigos indica claramente qual é a postura ética a serseguida pelo psicólogo quando, em seu exercício prossional, estiver exposto àssituações acima mencionadas. São graves altas éticas realizadas pelo prossio-nal quando tem o conhecimento ou está envolvido em atos de natureza gravee prejudicial aos usuários dos serviços prestados pela organização, conormeindicado acima.

O importante esclarecimento da postura ética a ser adotada pelo pros-sional encontra-se também no Artigo 3º do Código de Ética:

 Art. 3º - O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em umaorganização, considerará a missão, a losoa, as políticas, as normas e as

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 práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras desteCódigo.Parágrao Único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Outros aspectos devem ser ainda assinalados:

 Art. 2º - É vedado ao psicólogo:l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando beneício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual man-tenha qualquer tipo de vínculo prossional;m) Prestar serviços prossionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de inor-mações privilegiadas;

Por estes itens, ca também clara a postura ética ao psicólogo de não seutilizar de situações, tendo em vista interesses particulares e pessoais.

IV.2.10 – Irregularidade Ética e Representação

a) E se eventualmente precisar realizar uma representação, como azer?Qualquer pessoa poderá representar aos Conselhos Regionais o pros-

sional psicólogo que esteja inringindo as legislações do CFP e/ou o Código de

Ética Prossional. Há, inclusive, alerta quanto à obrigatoriedade da denúnciapara os psicólogos, conorme nos esclarece o Código de Ética:

 Art. 1º - São deveres undamentais dos psicólogos:l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ouirregular da prossão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ouda legislação prossional.

A representação deve ser ormalizada3 deste modo:Enviar carta endereçada ao Presidente do Conselho Regional de Psicolo-

gia de São Paulo, com o título “REPRESENTAÇÃO”, contendo: Art. 19 - A representação, como disposto no Artigo 2.° deste Código, deveráser apresentada diretamente ao Presidente do respectivo Conselho, median-te documento escrito e assinado pelo representante, contendo:a) nome e qualicação do representante;b) nome e qualicação do representado;c) descrição circunstanciada do ato;

3 De acordo com o estabelecido pelo Código de Processamento Disciplinar, Resolução CFP

n.° 006/2007 que determina que os encaminhamentos a serem seguidos para apuração deuma denúncia e trâmites de um processo ético.

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d) toda prova documental que possa servir à apuração do ato e de sua au-toria; ee) indicação dos meios de prova de que pretende o representante se valer  para provar o alegado;

Parágrao Único - A alta dos elementos descritos das alíneas “d” e “e” nãoé impeditiva ao recebimento da representação.

A m de preservar o sigilo necessário, a carta só poderá ser enviada pelocorreio ou entregue pessoalmente, sendo que cartas enviadas por ax e e-mailnão serão aceitas, por não se constituírem em documentos ociais.

b) O que é representação ex-oício?Quando há alguma irregularidade praticada pelo psicólogo e que requei-

ra a devida investigação pela Comissão de Ética e não há uma pessoa que assu-

ma tal representação, o órgão, por meio de um conselheiro representante, podeassumir a representação diante da identicação da possibilidade de inraçãoética para o seu devido encaminhamento para a Comissão de Ética.

c) Como são julgados os psicólogos que inringem o Código de Ética?O CRP SP unciona também como um Tribunal Regional de Ética Pro-

ssional, conorme o seu Regimento Interno e assim procede aos julgamentoséticos quando o caso representado o exigir, podendo o plenário de julgamentodecidir-se pela absolvição ou punição do prossional. As punições previstas e

indicadas pelo Código de Ética, Art. 21, são:a) Advertência;b) Multa;c) Censura pública;d) Suspensão do exercício prossional por até 30 (trinta) dias, ad reeren-

dum do Conselho Federal de Psicologia;e) Cassação do exercício prossional, ad reerendum do Conselho Federal

de Psicologia.O Conselho Federal de Psicologia é a instância em que tanto o prossio-

nal quanto o denunciante podem recorrer em caso de discordância das deci-sões do julgamento.

As normas que regem os processos disciplinares estão previstas na Reso-lução CFP n.º 006/2007 que institui o Código de Processamento Disciplinar– CPD.

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44 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Capítulo V

Outros Aspectos

Profssionais

V.1 – Consultório

O que preciso azer para abrir um consultório?O psicólogo legalmente inscrito no CRP SP deve procurar o Instituto

Nacional de Seguridade Social (INSS) para azer sua inscrição e a Preeituralocal para inscrever-se como prestador de serviços autônomos de Psicologia(ISS). De posse desses documentos, o psicólogo pode emitir recibos de consul-tas para eeitos de Declaração de Imposto de Renda.

A partir de 22/04/02, passou a ser obrigatório o cadastramento de psi-

cólogos junto à Vigilância Sanitária, que poderá realizar uma scalização tam-bém nos consultórios particulares, conorme já oi comentado no item Inscri-ção como Prossional de Saúde.

V.2 – Atestado Psicológico

Pode o Atestado Psicológico ser emitido para ns de licença saúde?A Resolução do CFP n.º 015, de 13/12/96, deniu que é atribuição do

psicólogo emitir atestado psicológico para licença saúde, desde que haja um

diagnóstico psicológico devidamente comprovado e que indique a necessidade

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de aastamento da pessoa de suas atividades de trabalho ou de estudo. O CRPSP sugere que, ao emitir os atestados, os psicólogos se reram à Resolução doCFP mencionada, a m de undamentar a ocialidade do documento. Algu-mas empresas e instituições não os têm aceitado. A aceitação deste atestado

para ns de licença junto ao INSS, ainda que não seja uma prática aceita eimplementada plenamente, deve ser buscada e incentivada. No caso de aasta-mento em período superior a 15 dias, o trabalhador deverá ser encaminhadopela empresa à Perícia da Previdência Social, para eeito de concessão de auxí-lio-doença.

V.3 – Fiscalização

Por que temos que ser scalizados? Onde o CRP realiza scalizações?

Realizar a scalização é uma das atribuições do Conselho, assim, o CRPSP tem que realizar scalizações onde houver um serviço ou o exercício dopsicólogo. As scalizações são eitas criteriosamente seguindo-se orientaçõesnormatizadas organizadas sob a orma de um Manual de Orientação e Fisca-lização – MUORF.

O Conselho de São Paulo tem realizado visitas de scalização de ormarotineira ou quando há algum indício de irregularidade por parte do psicólogoem seu exercício prossional. As visitas têm ocorrido em organizações, clínicas,empresas ou outros locais onde se oereça o serviço de Psicologia.

Resolução CFP n.º 019/2000Institui o Manual de Orientação e Fiscalização – MUORF eResolução CFP n.° 001/2006, que a altera.

Também têm sido realizadas visitas de scalização, inclusive por solici-tação de outros Conselhos de Classe com quem oi estabelecido um acordo decooperação, por pedido do Ministério Público ou da VISA com quem temosdesenvolvido parcerias, a instituições sociais, educacionais ou de saúde – abri-

gos para crianças e idosos, dentre outros. Estas visitas têm gerado Relatóriosque têm sido enviados para os devidos órgãos competentes para os encami-nhamentos apropriados.

V.4 – Psicólogos Especialistas

a) O que é o Título de Especialista e quais as especialidades possíveis?Se constituindo condição não obrigatória para o exercício prossional, o

título de Especialista em Psicologia é considerado uma reerência sobre a umaespecicidade na qualicação do prossional.

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46 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Seguem as denições de especialistas que já oram regulamentadas – Psi-cólogo Especialista em:

1. Psicologia Escolar/Educacional2. Psicologia Organizacional e do Trabalho

3. Psicologia de Trânsito4. Psicologia Jurídica5. Psicologia do Esporte6. Psicologia Clínica7. Psicologia Hospitalar8. Psicopedagogia9. Psicomotricidade10. Psicologia Social11. Neuropsicologia

Fique por dentroPara conhecer a defnição de cada uma das especialidades consul-te www.crpsp.org.br a opção Orientação / Título de Especialista.

b) ConcessãoResoluções CFP n.° 013/2007 e 016/2007O registro de Especialista é ornecido pelo Conselho Regional no qual

o psicólogo tem sua inscrição principal. A obtenção do título de especialistapode ocorrer a partir das situações abaixo, sendo que para cada situação háexigências normatizadas, conorme segue:• realizaçãodecursocredenciadopeloCFP,ouseja,oprossionalrealizar

e concluir um curso que oi devidamente credenciado pelo CFP para aobtenção do título;

• tempode inscriçãonoCRPe tempodeexperiênciaprossional–na-quelas modalidades em que pela primeira vez se abre a inscrição para opedido em um determinado título de especialista. Depois disso, se obtêm

os títulos apenas por concurso ou por realização de cursos credenciadospelo CFP.

• nahipótesedeoCFPregulamentarnovaespecialidade, será facultadaa obtenção do título por experiência comprovada ao psicólogo que seencontra inscrito no Conselho Regional de Psicologia por, pelo menos,5 (cinco) anos, contínuos ou intermitentes, em pleno gozo de seus direi-tos, o qual deverá apresentar os documentos identicados na ResoluçãoCFP 13/07, comprovando a experiência prossional na especialidadepor igual período. No momento, não há nenhuma especialidade em quepode ser obtido o título desta orma.

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O título prossional de Especialista obtido por meio de concurso e cursode especialização requer como condição que o psicólogo tenha mais de 2 (dois)anos de inscrição no Conselho Regional de Psicologia. Para obter o título, opsicólogo deve estar em pleno gozo dos seus direitos.

Quanto ao pedido de credenciamento dos cursos que poderão oerecer otítulo de especialista, há uma legislação especíca.

Para eetivar o credenciamento do curso, há um convênio do CFP coma Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – ABEP, que é responsável pelaanálise das solicitações de cursos. As solicitações, no entanto, devem ser reme-tidas diretamente ao CFP.

Nos sites www.pol.org.br e www.abepsi.org.br há uma tabela de cursoscredenciados pelo CFP.

Poderão ser registrados até dois títulos de especialidade por pro-fssional, sendo possível o cancelamento do título ou substituiçãopor outro a qualquer tempo.

V.5 – Busca de Inormações Profssionais

a) O CRP az indicação de prossional/cursos?O Conselho não az indicação de prossionais para nenhuma área de

atuação, por algumas razões: quando o psicólogo inscreve-se no Conselho, elenão tem obrigatoriedade em indicar a área de atuação, de modo que não temoscomo identicar a área de atuação atual do psicólogo. Outro motivo que nosimpede de indicar um determinado psicólogo é porque o aríamos em detri-mento de outros psicólogos, ou seja, à medida que indicamos um prossional,deixamos de indicar tantos outros. Quanto aos cursos, o CRP não acompanhao seu uncionamento Cursos e não tem como certicar a qualidade dos mes-mos, considerando que esta atribuição é do MEC.

b) Como sei se um prossional é psicólogo e se está com a sua situação regu-larizada junto ao CRP?

No site do CRP SP, há o item Psicólogos Cadastrados no CRP SP, queoerece a possibilidade de consulta dos prossionais devidamente inscritos ecom a situação regularizada.

Tanto se pode realizar a consulta pelo número do CRP do prossionalquanto pelo seu nome completo.

Qualquer dúvida, deve-se entrar em contato com o Departamento deAtendimento no teleone (11) 3061.9494 - Ramal 110, ou pelo e-mail atendi-

[email protected].

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48 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

c) Aonde devo dirigir-me quando tenho dúvidas prossionais?Como já oi dito, o CRP SP, por meio da Comissão de Orientação e Fis-

calização (COF), tem a unção, além de scalizar, de orientar e esclarecer dúvi-das e encaminhar/responder solicitações da categoria e do usuário dos serviços

psicológicos sobre questões relativas à legislação, ética e regulamentações doexercício prossional do psicólogo.

A Comissão é constituída por conselheiros indicados pela plenária e porassistentes técnicas e administrativas, uncionárias do CRP.

As orientações podem ocorrer de três ormas: pessoalmente, por meio decontato teleônico, ou por escrito (carta, e-mail ou consulta ao site).

Quando há alguma questão que exija um encaminhamento dierencia-do, esta demanda é direcionada aos conselheiros da COF, Comissões ou GTs.

Temos à disposição, ainda, arquivos de materiais e estudos dos temas que

têm sido objeto de discussões e posicionamentos do Conselho, assim comolegislações sobre atuação prossional.

As consultas também podem ser organizadas por tema e auxiliam as ple-nárias e ao próprio CRP SP nas tomadas de decisões e nas ações que realiza.

O CRP SP pretende que cada vez mais o público (psicólogos, institui-ções, usuários) aproprie-se das inormações por meio de publicações ormais,consultas ao site, palestras etc.

No item “Legislação” do site do Conselho, podem ser encontradas as

legislações prossionais listadas, produzidas pelo CFP, inclusive o Código deÉtica Prossional. No geral, oram essas mesmas legislações que orneceram oselementos necessários para a produção deste Manual. Há também algumas Re-soluções que tratam de assuntos que não oram aqui abordados. Portanto, casosua dúvida ainda não tenha sido esclarecida, aça uma consulta às mesmas.

No site também estão sendo oerecidas outras legislações de caráter maisgeral, de interesse da categoria:• DeclaraçãoUniversaldosDireitosHumanos–ONU;• PortariaMS/GMn.º971-AprovaaPolíticaNacionaldePráticasInte-

grativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde;• ParecerCNE/CES329/04-Cargahoráriamínimadoscursosdegradua-

ção, bacharelados, na modalidade presencial;• ParecerCNE/CES62/04-DiretrizesCurricularesNacionaisparaoscur-

sos de graduação em Psicologia;• OrdemdeServiços001/04PolíciaFederal-Estabelecenormasparao

cumprimento do disposto na Lei n.º 10.826, de 22/12/2003, no art. 4º,inciso III e Instrução Normativa 001-DG/DPF, de 26/02/2004, que tra-tam da aerição de avaliação psicológica para aquisição e porte de arma

de ogo, para o Sistema Nacional de Armas;

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• PortariaGM-MS251/02(MinistériodaSaúde)-Estabelecediretrizesenormas para a assistência hospitalar em psiquiatria, reclassica os hospi-tais psiquiátricos, dene e estrutura a porta de entrada para as interna-ções psiquiátricas na rede do SUS e dá outras providências;

• PortariaDETRAN208/02-Dispõesobreaobrigatoriedadedarealizaçãodo exame de avaliação psicológica para o condutor que exerça atividaderemunerada ao veículo, consoante os termos do § 3º do art. 147 da LeiFederal n.º 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro, alterada pela LeiFederal n.º 10.350/01;

• PortariaDETRAN1335/00-Estabeleceregrasparaadistribuiçãoeqüi-tativa dos exames de aptidão ísica e mental e de avaliação psicológica,regulados pela portaria DETRAN 541, de 15/04/99;

• PortariaDETRAN541/99-Regulamentaocredenciamentodemédicos

e psicólogos para a realização dos exames de aptidão ísica e mental e dosexames de avaliação psicológica em candidatos à obtenção da permissãoe renovação da carteira nacional de habilitação para a condução de veí-culos automotores;

• ResoluçãoCNS218/97-Reconhecepsicóloga(o)comoprossionaldede nível superior da área da saúde, entre outras categorias prossionais;

• ResoluçãoCNS196/96-Diretrizesenormasregulamentadorasdepes-quisas envolvendo seres humanos.

• ResoluçãoCONTRANn.º267de15defevereirode2008(revogouasPortarias n.º 51/98 e 80/1998).

Para sugerir a inclusão de alguma legislação na divulgação pelo site,basta entrar em contato.

Há, ainda, à disposição do psicólogo, um conjunto de inormações quepodem ser obtidas por meio do Jornal ou do site do Conselho Federal de Psi-cologia - www.pol.org.br.

Vale a pena ler e car atento às matérias divulgadas no Jornal PSI doCRP SP, no qual há diversos assuntos e inormações de interesse prossional.O Jornal PSI está disponível no site do CRP SP, no item MÍDIA, onde encon-tram-se também:• Jornal• Boletim• Informativo• Últimasnotícias• CadernosTemáticos

• Outraspublicações

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50 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

• Exposiçõesvirtuais• TVDiversidade

O Programa TV Diversidade, que vai ao ar mensalmente pelo CanalUniversitário (CNU), traz interessantes programas sobre diversos assuntos que

envolvem a Psicologia, a prossão e a sociedade. Os programas do TV Diversi-dade já estão disponíveis no site do CRP SP.

Existem também vídeos a respeito de assuntos diversos que são vendidospelo Conselho. Os títulos podem ser consultados no site.

O CRP SP está à disposição pelo teleone (11) 3061.9494:• Cadastro, documentações necessárias para inscrição, cálculo e

parcelamento de anuidades, basta teclar ramal 110; e• Outras informações relacionadas ao exercício prossional - COF,

Comissão de Orientação e Fiscalização, no ramal 141.Horário de Atendimento – Sede: de 2ª a 6ª eira, das 9h às 18h.

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Capítulo VI

Relação de Endereços da Sede

e Subsedes

Sede CRP SPRua Arruda Alvim, 89, Jardim América(próximo ao Metrô Clínicas )

05410-020, São Paulo, SPTel.: (11) 3061.9494Fax: (11) 3061.0306

Site www.crpsp.org.br Atendimento: [email protected] Administração: [email protected] Diretoria: [email protected] Eventos: [email protected] 

Inormações: [email protected]  Jornal do CRP: [email protected] Centro de Orientação: [email protected] Webmaster: [email protected] 

Subsede de AssisRua Osvaldo Cruz, 47, Vila Xavier 19800-080, Assis, SPTels.: (18) 3322.6224, 3322.3932

e-mail:[email protected] 

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52 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Subsede Baixada Santista e Vale do RibeiraRua Dr. Cesário Bastos, 26, Vila Belmiro11075-270, Santos, SPTels.: (13) 3235.2324, 3235.2441

e-mail: [email protected] 

Subsede BauruRua Albino Tâmbara, 5-28, Vila Universitária17012-470, Bauru, SPTels.: (14) 3223.3147, 3223.6020e-mail: [email protected] 

Subsede CampinasRua Frei Manuel da Ressurreição, 1251, Guanabara

13073-221, Campinas, SPTels.: (19) 3243.7877, 3241.8516e-mail: [email protected] 

Subsede Grande ABCRua Almirante Tamandaré, 426, Bela Vista09040-040, Santo André, SPTels.: (11) 4436.4000, 4427.6847Fax: (11) 4990.7314

e-mail: [email protected] e [email protected] 

Subsede Ribeirão PretoRua Thomaz Nogueira Gaia, 168, Jardim América14020-290, Ribeirão Preto, SPTels.: (16) 3620.1377, 3623.5658Fax: (16) 3913.4445e-mail: [email protected] 

Subsede São José do Rio Preto

Rua Coronel Spínola de Castro, 3360, 2º andar, Bl. 2, Centro15015-500, São José do Rio Preto, SPTels.: (17) 3235.2883, 3235.5047e-mail: [email protected] 

Subsede Vale do Paraíba e Litoral NorteRua Nancy Guisard, 25, Centro12030-130, Taubaté, SPTel.: (12) 3631.1315

e-mail: [email protected] 

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo 53

Capítulo VII

Legislação Profssional

1. Legislação Federal – Sistema Conselho e Profssão

• ResoluçãoCFPn.º003/2008–AlteraaResoluçãon.º02/2000,queins-titui o Regimento eleitoral para escolha de conselheiros ederais e regio-nais dos Conselhos de Psicologia.

• ResoluçãoCFPn.º002/2000-AprovaoRegimentoeleitoralparaescolhade conselheiros ederais e regionais dos Conselhos de Psicologia.

• ResoluçãoCFPn.º016/2001-AprovaoRegimentoInternodoConselhoRegional de Psicologia da 6ª Região.

• ResoluçãoCFPn.º003/2007-ConsolidaçãodasResoluçõesdoCFP.• Lein.º4.119de27/08/1962-Regulamentaçãodaprossão.• Parecern.º403/1962doConselhoFederaldeEducação-CurrículoMí-

nimo e duração do Curso de Psicologia.• Decreton.º53.464de21/01/1964-Regulamentaçãodaprossão.• Lein.º5.766de21/12/1971-Denição,estruturaçãoeorganizaçãodos

Conselhos Federal e Regionais.• Decreton.º79.822de17/06/1977-Denição,estruturaçãoeorganiza-

ção dos Conselhos Federal e Regionais.• Lein.º8.859de23/03/1994-ModicadispositivosdaLein.º6.494de

07/12/1977, estendendo aos alunos de ensino especial o direito à partici-pação em atividades de estágio.

2. FIQUE LEGAL – inscrição, registro e cadastro

• Lein.º6.839de30/10/80–RegistrodeEmpresasnasentidadesscaliza-doras do Exercício Prossional.• ResoluçãoCFPn.º001/1990-Isençãodeanuidadeparapsicólogoscom

65 anos.• ResoluçãoCFPn.º008/1998-Disciplinaopagamentodascontribuições

dos psicólogos autuados pelos Conselhos Regionais de Administração.• ResoluçãoCFPn.º015/2000-DispõesobreinscriçãonosConselhosRegio-

nais de Psicologia de egressos de cursos seqüenciais na área de Psicologia.• ResoluçãoCFPn.º005/2001-Dispõesobreaobrigatoriedadedaatuali-

zação de endereço dos psicólogos junto aos Conselhos Regionais e pes-soas jurídicas.

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54 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

• ResoluçãoCFPn.º002/2002-Instituienormatizaainscriçãodospsicó-logos estrangeiros e dá outras providências.

• ResoluçãoCFPn.º001/2005-VedaainscriçãonosConselhosRegionaisde Psicologia de egressos de cursos tecnológicos na área de Psicologia.

• ResoluçãoCFPn.°003/2007–InstituiaConsolidaçãodasResoluçõesdoConselho Federal de Psicologia

3. Práticas não reconhecidas

• ResoluçãoCFPn.º010/1997-Critériosparadivulgação,publicidadeeexercício prossional de psicólogo associado a práticas não reconhecidaspela Psicologia.

• ResoluçãoCFPn.º011/1997eInstruçãoNormativan.º001/1997-Pes-

quisa com métodos e técnicas.

4. Preconceito e orientação sexual

• ResoluçãoCFPn.º001/1999-Normasdeatuaçãoparaospsicólogosemrelação à questão da Orientação Sexual.

• ResoluçãoCFPn.º018/2002-Estabelecenormasdeatuaçãoparaospsi-cólogos em relação a preconceito e discriminação racial.

5. Psicologia e uso do computador 

• ResoluçãoCFPn.º006/2000-InstituiaComissãoNacionaldeCreden-ciamento e Fiscalização dos Serviços de Psicologia pela Internet.

• ResoluçãoCFPn.º012/2005 -Regulamentaoatendimentopsicotera-pêutico e outros serviços psicológicos mediados por computador e revo-ga a Resolução CFP n° 003/2000.

6. Avaliação psicológica e psicoterapia• ResoluçãoCFPn.º015/1996-Concessãodeatestadopsicológicopara

tratamento de saúde.• ResoluçãoCFPn.º012/1997-Ementa:DisciplinaoEnsinodeMétodos

e Técnicas Psicológicas em cursos livres e de pós-graduação, por psicólo-gos a não psicólogos.

• ResoluçãoCFPn.º010/2000-EspecicaequalicaaPsicoterapiacomoprática do psicólogo.

• ResoluçãoCFPn.º011/2000-Disciplinaaofertadeprodutoseserviçosao público.

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo 55

• ResoluçãoCFPn.º001/2002-RegulamentaaAvaliaçãoPsicológicaemConcurso Público e processos seletivos da mesma natureza.

• ResoluçãoCFPn.º002/2003-Deneeregulamentaouso,aelaboraçãoe a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n.º

025/2001.• ResoluçãoCFPn.º007/2003-InstituioManualdeElaboraçãodeDo-

cumentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliaçãopsicológica e revoga a Resolução CFP n.º 17/2002 - Manual de Elabora-ção de Documentos Decorrentes de Avaliações Psicológicas.

• ResoluçãoCFPn.º006/2004-AlteraaResoluçãoCFPn.º002/2003.

7. Avaliação Psicológica para obtenção da Carteira Nacional

de Habilitação (CNH)• ResoluçãoCFPn.º012/2000-InstituioManualparaAvaliaçãoPsicoló-

gica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores deveículos automotores.

• ResoluçãoCFPn.º016/2002-Dispõeacercadotrabalhodopsicólogonaavaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação econdutores de veículos automotores.

• Resolução CFPn.° 003/2007 –Consolidação das Resoluções do CFP

– Artigos 83 a 88.

8. Título de especialista

• ResoluçãoCFPn.°13/2007–InstituiaConsolidaçãodasResoluçõesre-lativas ao Título Prossional de Especialista em Psicologia

• ResoluçãoCFPn.°16/2007–Dispõesobreaconcessãodotítulodees-pecialista para os prossionais egressos dos programas de residência cre-denciados pelo CFP.

9. Recurso auxiliar/complementar 

• ResoluçãoCFPn.º013/2000-Aprovaeregulamentaousodahipnosecomo recurso auxiliar de trabalho do psicólogo.

• ResoluçãoCFPn.º005/2002-Dispõesobreapráticadaacupunturapelopsicólogo.

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56 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

10. Pesquisa em Psicologia

• ResoluçãoCFPn.º016/2000-Ementa:Dispõesobrearealizaçãodepes-quisa em Psicologia com seres humanos.

11. Ética

• ResoluçãoCFPn.º010/2005-AprovaoCódigodeÉticaProssionaldoPsicólogo.

• ResoluçãoCFPn.°006/2007–InstituioCódigodeProcessamentoDis-ciplinar

• ResoluçãoCFPn.°023/2007–AtualizaasResoluçõesdoCFPemrelaçãoao Novo Código de Ética

12. Fiscalizações

• ResoluçãoCFPn.º019/2000, de 16 de dezembrode 2000- institui oManual Unicado de Orientação e Fiscalização - MUORF.

• ResoluçãoCFPn.°001/2006–AlteraaResoluçãoCFPn.°019/2000,queinstitui o Manual Unicado de Orientação e Fiscalização - MUORF

13. Outras legislações que podem estar relacionadas àprofssão

• Lein.º8.069de13/07/1990-DispõesobreoEstatutodaCriançaedoAdolescente e dá outras providências (ECA).

• Lein.º8.078de11/09/90–CódigodeDefesadoConsumidor.• Lein.º9.608de18/02/98–Dispõesobreoserviçovoluntário.• Lein.º10.741,de1ºdeoutubrode2003-DispõesobreoEstatutodo

Idoso e dá outras providências

A legislação relacionada acima está disponível na íntegra no site doCRP SP: www.crpsp.org.br. Mantenha-se atualizado.

Este manual oi revisado em agosto/2008, sob a coordenação da Comis-são de Orientação e Fiscalização e com a participação de conselheiros e daequipe técnica. As inormações podem sorer alterações.

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Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo 57

Capítulo VIII

Código de Ética Profssional

do Psicólogo

Resolução CFP Nº 010/05Aprova o Código de Ética Prossional do Psicólogo.O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições

legais e regimentais, que lhe são coneridas pela Lei no 5.766, de 20 de dezem-

bro de 1971;CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “e”, da Lei no 5.766 de20/12/1971, e o Art. 6º, inciso VII, do Decreto nº 79.822 de 17/6/1977;

CONSIDERANDO o disposto na Constituição Federal de 1988, conhe-cida como Constituição Cidadã, que consolida o Estado Democrático de Direi-to e legislações dela decorrentes;

CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia21 de julho de 2005;

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Código de Ética Prossional do Psicólogo.Art. 2º A presente Resolução entrará em vigor no dia 27 de agosto de 2005.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução

CFP n º 002/87.

Brasília, 21 de julho de 2005.

Ana Mercês Bahia Bock 

Conselheira-Presidente

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58 Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profssional do Psicólogo

Código de Ética Profssional do Psicólogo

Apresentação

Toda prossão dene-se a partir de um corpo de práticas que busca aten-der demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existênciade normas éticas que garantam a adequada relação de cada prossional comseus pares e com a sociedade como um todo.

Um Código de Ética prossional, ao estabelecer padrões esperados quan-to às práticas reerendadas pela respectiva categoria prossional e pela socieda-de, procura omentar a auto-refexão exigida de cada indivíduo acerca da suapráxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas

conseqüências no exercício prossional. A missão primordial de um código deética prossional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim,a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticasdesenvolvidas, um padrão de conduta que ortaleça o reconhecimento socialdaquela categoria.

Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de so-ciedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-seem princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humanoe seus direitos undamentais. Por constituir a expressão de valores universais,tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que refetem a realidade do país; e de valores que estruturam umaprossão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto xo denormas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as prossões transor-mam-se e isso exige, também, uma refexão contínua sobre o próprio códigode ética que nos orienta.

A ormulação deste Código de Ética, o terceiro da prossão de psicólogono Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do

país e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo cientícoe prossional. Este Código de Ética dos Psicólogos é refexo da necessidade,sentida pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evoluçãodo contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulga-ção da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela de-correntes.

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código oiconstruído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da prossão,suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O pro-

cesso ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação diretados psicólogos e aberto à sociedade.

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Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-semais de um instrumento de refexão do que de um conjunto de normas a se-rem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

a) Valorizar os princípios undamentais como grandes eixos que devem

orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a prossão, as entidadesprossionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas eestas demandam uma contínua refexão sobre o contexto social e insti-tucional.

b) Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseçõesrelativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as rela-ções que estabelece com a sociedade, os colegas de prossão e os usuáriosou beneciários dos seus serviços.

c) Contemplar a diversidade que congura o exercício da prossão e a cres-

cente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipesmultiprossionais.

d) Estimular refexões que considerem a prossão como um todo e não emsuas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos nãose restringem a práticas especícas e surgem em quaisquer contextos deatuação.Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Prossional do Psicólogo, a ex-

pectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade

as responsabilidades e deveres do psicólogo, oerecer diretrizes para a sua or-mação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o ortaleci-mento e ampliação do signicado social da prossão.

Princípios FundamentaisI. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da

liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser hu-mano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universaldos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade devida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminaçãode quaisquer ormas de negligência, discriminação, exploração,violência, crueldade e opressão.

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica ehistoricamente a realidade política, econômica, social e cultural.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuoaprimoramento prossional, contribuindo para o desenvolvimentoda Psicologia como campo cientíco de conhecimento e de prática.

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V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acessoda população às inormações, ao conhecimento da ciência psico-lógica, aos serviços e aos padrões éticos da prossão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício prossional seja eetuado

com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia estejasendo aviltada.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos emque atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividadesprossionais, posicionando-se de orma crítica e em consonânciacom os demais princípios deste Código.

Das responsabilidades do psicólogo

Art. 1º São deveres undamentais dos psicólogos:a) Conhecer, divulgar, cumprir e azer cumprir este Código;b) Assumir responsabilidades prossionais somente por atividades

para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de tra-

balho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizandoprincípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente undamen-tados na ciência psicológica, na ética e na legislação prossional;

d) Prestar serviços prossionais em situações de calamidade pública

ou de emergência, sem visar beneício pessoal;e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os

direitos do usuário ou beneciário de serviços de Psicologia;) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,

inormações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seuobjetivo prossional;

g) Inormar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestaçãode serviços psicológicos, transmitindo somente o que or necessáriopara a tomada de decisões que aetem o usuário ou beneciário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados,a partir da prestação de serviços psicológicos, e ornecer, sempre quesolicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo,guarda e orma de divulgação do material privativo do psicólogosejam eitas conorme os princípios deste Código;

 j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros prossionais,respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, cola-borar com estes, salvo impedimento por motivo relevante;

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos

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 justicáveis, não puderem ser continuados pelo prossional que osassumiu inicialmente, ornecendo ao seu substituto as inormaçõesnecessárias à continuidade do trabalho;

l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal

ou irregular da prossão, transgressões a princípios e diretrizesdeste Código ou da legislação prossional.

Art. 2º Ao psicólogo é vedado:a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ouopressão;

b) Induzir a convicções políticas, losócas, morais, ideológicas,religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito,quando do exercício de suas unções prossionais;

c) Utilizar ou avorecer o uso de conhecimento e a utilização depráticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ouqualquer orma de violência;

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou avo-reçam o exercício ilegal da prossão de psicólogo ou de qualqueroutra atividade prossional;

e) Ser conivente com erros, altas éticas, violação de direitos, crimesou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação

de serviços prossionais;) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços deatendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meiosnão estejam regulamentados ou reconhecidos pela prossão;

g) Emitir documentos sem undamentação e qualidade técnicocien-tíca;

h) Intererir na validade e dedignidade de instrumentos e técnicaspsicológicas, adulterar seus resultados ou azer declarações alsas;

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;

 j) Estabelecer com a pessoa atendida, amiliar ou terceiro, que tenhavínculo com o atendido, relação que possa intererir negativamentenos objetivos do serviço prestado;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seusvínculos pessoais ou prossionais, atuais ou anteriores, possamaetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a delidade aosresultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando be-neício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição

com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo prossional;

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m) Prestar serviços prossionais a organizações concorrentes de modoque possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decor-rentes de inormações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços prossio-

nais;o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens

outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assimcomo intermediar transações nanceiras;

p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamentode serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resul-tados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de ormaa expor pessoas, grupos ou organizações.

Art. 3º O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em umaorganização, considerará a missão, a losoa, as políticas, as normase as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios eregras deste Código.Parágrao único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogorecusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia aoórgão competente.

Art. 4º Ao xar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e ascondições do usuário ou beneciário;b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o

comunicará ao usuário ou beneciário antes do início do trabalhoa ser realizado;

c) Assegurará a qualidade dos serviços oerecidos independentementedo valor acordado.

Art. 5º O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantiráque:

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneci-

ários dos serviços atingidos pela mesma.Art. 6º O psicólogo, no relacionamento com prossionais não psicólogos:

a) Encaminhará a prossionais ou entidades habilitados e qualicadosdemandas que extrapolem seu campo de atuação;

b) Compartilhará somente inormações relevantes para qualicar oserviço prestado, resguardando o caráter condencial das comu-nicações, assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de

preservar o sigilo.

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Art. 7º O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicosque estejam sendo eetuados por outro prossional, nas seguintessituações:a) A pedido do prossional responsável pelo serviço;

b) Em caso de emergência ou risco ao beneciário ou usuário doserviço, quando dará imediata ciência ao prossional;

c) Quando inormado expressamente, por qualquer uma das partes,da interrupção voluntária e denitiva do serviço;

d) Quando se tratar de trabalho multiprossional e a intervenção zerparte da metodologia adotada.

Art. 8º Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ouinterdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos umde seus responsáveis, observadas as determinações da legislação

vigente:§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimentodeverá ser eetuado e comunicado às autoridades competentes;§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que sezerem necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º É dever do psicólogo respeitar o sigilo prossional a m de proteger,por meio da condencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ouorganizações, a que tenha acesso no exercício prossional.

Art. 10 Nas situações em que se congure confito entre as exigênciasdecorrentes do disposto no Art. 9º e as armações dos princípiosundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos emlei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando suadecisão na busca do menor prejuízo.Parágrao único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput  desteartigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as inormações estri-tamente necessárias.

Art. 11 Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar

inormações, considerando o previsto neste Código.Art. 12 Nos documentos que embasam as atividades em equipe

multiprossional, o psicólogo registrará apenas as inormaçõesnecessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.

Art. 13 No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deveser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para sepromoverem medidas em seu beneício.

Art. 14 A utilização de quaisquer meios de registro e observação da práticapsicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação

prossional vigente, devendo o usuário ou beneciário, desde oinício, ser inormado.

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Art. 15 Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquermotivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivoscondenciais.§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar

todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo paraposterior utilização pelo psicólogo substituto.§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo respon-sável inormará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciaráa destinação dos arquivos condenciais.

Art. 16 O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividadesvoltadas para a produção de conhecimento e desenvolvimento detecnologias:a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela

divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas,grupos, organizações e comunidades envolvidas;

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos,mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situaçõesprevistas em legislação especíca e respeitando os princípios desteCódigo;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvointeresse maniesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resul-tados das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempreque assim o desejarem.

Art. 17 Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, inormar,orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios enormas contidas neste Código.

Art. 18 O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderáa leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ouacilitem o exercício ilegal da prossão.

Art. 19 O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,zelará para que as inormações prestadas disseminem oconhecimento a respeito das atribuições, da base cientíca e dopapel social da prossão.

Art. 20 O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, porquaisquer meios, individual ou coletivamente:a) Inormará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;b) Fará reerência apenas a títulos ou qualicações prossionais que

possua;

c) Divulgará somente qualicações, atividades e recursos relativos atécnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadaspela prossão;

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d) Não utilizará o preço do serviço como orma de propaganda;e) Não ará previsão taxativa de resultados;) Não ará auto-promoção em detrimento de outros prossionais;g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras

categorias prossionais;h) Não ará divulgação sensacionalista das atividades prossionais.

Das disposições geraisArt. 21 As transgressões dos preceitos deste Código constituem inração

disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na orma dosdispositivos legais ou regimentais:a) Advertência;

b) Multa;c) Censura pública;d) Suspensão do exercício prossional, por até 30 (trinta) dias, ad 

reerendum do Conselho Federal de Psicologia;e) Cassação do exercício prossional, ad reerendum do Conselho

Federal de Psicologia.Art. 22 As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão

resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad reerendumdo Conselho Federal de Psicologia.

Art. 23 Competirá ao Conselho Federal de Psicologia rmar jurisprudênciaquanto aos casos omissos e azê-la incorporar a este Código.

Art. 24 O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federalde Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos osConselhos Regionais de Psicologia.

Art. 25 Este Código entra em vigor em 27 de agosto de 2005.

Este Código de Ética Prossional é ruto de amplos debates ocorridosentre os anos de 2003 e 2005, envolvendo:

• 15fórunsregionaisdeÉtica,queculminaramcomoIIFórumNacionalde Ética;

• ostrabalhosdeumacomissãodepsicólogoseprofessoresconvidados;• ostrabalhosdaAssembléiadasPolíticasAdministrativaseFinanceiras

do Sistema Conselhos de Psicologia, APAF, tudo sob a responsabilidadedo Conselho Federal de Psicologia.

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