manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da uea

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL. MANUAL DE NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E TESES. Ozorio José de Menezes Fonseca Walmir de Albuquerque Barbosa Sandro Nahmias Melo (organizadores) 2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico MANAUS - AM 2013

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Page 1: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL.

MANUAL DE NORMAS PARA

APRESENTAÇÃO DE MONOGRAFIAS,

DISSERTAÇÕES E TESES.

Ozorio José de Menezes Fonseca

Walmir de Albuquerque Barbosa

Sandro Nahmias Melo

(organizadores)

2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico

MANAUS - AM

2013

Page 2: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

Organizadores

Ozorio Jose de Menezes Fonseca

Walmir de Albuquerque Barbosa

Sandro Nahmias Melo (Professores que atuaram no PPGDA-UEA 2002-2012)

MANUAL DE NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE MONOGRAFIAS

DISSERTAÇÕES E TESES.

2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico

UEA

UNIVERSIDADE

DO ESTADO DO

AMAZONAS

Page 3: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

Copyright © UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

Autoriza-se a reprodução desde que citada a fonte.

Governador do Estado do Amazonas

Omar Jose Abdel Aziz

Reitor da Universidade do Estado do Amazonas

Prof. Dr. Cleinaldo de Almeida Costa

Vice –Reitor da Universidade do Estado do Amazonas

Prof. Dr. Raimundo de Jesus Teixeira Barradas

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação:

Profa. Dra. Maria Paula Gomes Mourão.

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação:

Profa. MSc. Luciana Balbino dos Santos

Pró-Reitoria de Planejamento

Profa. Dra. Fabiana Lucena Oliveira

Pró-Reitoria de Administração:

Prof. Esp. Danielle Maia Queiroz

Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Assuntos Universitários:

Prof. Dr. Carlossandro Carvalho de Albuquerque

Diretora da Escola Superior de Ciências Sociais

Profa. MSc. Glaucia Maria de Araújo Ribeiro

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental

Profa. Dra. Maria Nazareth da Penha Vasque Mota.

Coordenação editorial:

Prof. Dr. Ozorio José de Menezes Fonseca.

FONSECA, Ozorio; BARBOSA, Walmir; MELO, Sandro.

Manual de Normas para elaboração de Monografias, Dissertações e Teses. Organizadores:

Ozorio Jose de Menezes Fonseca, Walmir de Albuquerque Barbosa e Sandro Nahmias Melo.

2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico, 2013.

Disponível em: http//www.uea.edu.br/download

Governo do Estado do Amazonas / Universidade do Estado do Amazonas.

ISBN 85-99209-02-7

1 Metodologia; 2 Redação técnica; 3 Monografia; 4 Dissertação; 5 Tese. I. Título; II.

Fonseca, Ozorio; III. Barbosa, Walmir; IV. Melo, Sandro (orgs.).

Page 4: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

Este Manual foi elaborado de acordo as Normas da ABNT (NBR) citadas nas Referências, mas

usando como exemplos, trabalhos desenvolvidos por pesquisadores, professores e/ou intelectuais

ligados às questões ambientais, bem como decisões judiciais de interesse para os cursos de

graduação e pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Estado do

Amazonas (UEA).

Para atender necessidades acadêmicas, essa segunda edição revista e atualizada está sendoi

disponibilizada apenas em meio eletrônico já que sua publicação impressa ou como e-book foi

administrativamente inviabilizada.

As normas contidas na primeira edição foram aprovadas pelo Programa de Pós-graduação em

Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (PPGDA) através da Resolução

010/2004 de 16/06/2004 e pelo Conselho Acadêmico da Escola Superior de Ciências Sociais

(ESO) através da Resolução 029/2003 – Conaeso de 22/12/2004.

Page 5: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

SUMÁRIO

PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO 7

PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO 9

1 DEFINIÇÕES: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE 11

1.1 MONOGRAFIA 11

1.2 DISSERTAÇÃO 12

1.3 TESE 12

2 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIAS,

DISSERTAÇÕES E TESES 14

2.1 TEXTO 14

2.2 FORMATO, DIGITAÇÃO E IMPRESSÃO . 14

2.3 MARGENS E ESPAÇOS 15

2.4 PAGINAÇÃO 15

2.4.1 Folhas contadas e não numeradas 16

2.4.2 Folhas contadas e numerada 16

2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA 16

3 ELEMENTOS ESTRUTURAIS 18

3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 18

3.1.1 Capa 18

3.1.1.1 Nome da Instituição, da Unidade Acadêmica e do Curso ou Programa de

Pós-Graduação 19

3.1.1.2 Nome do autor 19

3.1.1.3 Título 19

3.1.1.4 Subtítulo (se houver) 19

3.1.1.5 Número do volume (se houver mais de um) 19

3.1.1.6 Local 19

3.1.1.7 Ano de depósito 19

3.1.2 Lombada ou dorso 19

3.1.2.1 Nome do autor 19

3.1.2.2 Título 19

3.1.3 Folha de rosto (obrigatória no anverso) 21

3.1.3.1 Nome do autor 21

3.1.3.2 Título 21

3.1.3.3 Subtítulo (se houver) 21

3.1.3.4 Número do volume (se houver mais de um) 21

3.1.3.5 Natureza 21

3.1.3.6 Nome do orientador e, se houver, do co-orientador 21

3.1.3.7 Local 21

3.1.3.8 Ano de depósito 21

Page 6: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

3.1.4 Folha de rosto (obrigatória no verso) 22

3.1.5 Errata (quando houver) 23

3.1.6 Termo de aprovação (obrigatório) 24

3.1.7 Dedicatória (opcional) 25

3.1.8 Agradecimentos (opcional) 26

3.1.9 Epígrafe (opcional) 26

3.1.10 Resumo em língua vernácula (obrigatório) 26

3.1.11 Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 27

3.1.12 Lista de ilustrações (opcional) 27

3.1.13 Lista de Tabelas (opcional) 28

3.1.14 Lista de abreviaturas e símbolos (opcional) 28

3.1.15 Lista de siglas (opcional) 28

3.1.16 Sumário (obrigatório) 28

3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 30

3.2.1 Introdução 30

3.2.2 Desenvolvimento ou corpo 30

3.2.2.1 Referencial Teórico ou Revisão da Literatura 31

3.2.2.2 Metodologia 31

3.2.2.3 Análise dos Resultados ou simplesmente Resultados 32

3.2.2.4 Discussão 32

3.2.3 Conclusão 32

3.3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 33

3.3.1 Notas de Rodapé 33

3.3.1.1 Nota Explicativa 33

3.3.1.2 Nota de Referência Cruzada 34

3.3.1.3 Nota de Referência 34

3.3.2 Citações 34

3.3.3 Tabelas 35

3.3.4 Quadros 38

3.3.5 Ilustrações 39

3.3.5.1 Figuras 39

3.3.5.2 Gráficos 39

3.3.5.3 Mapas e Plantas 39

3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 39

3.4.1 Referências (obrigatórias) 39

3.4.1.1 Autor pessoal 40

3.4.1.2 Dois autores 41

3.4.1.3 Três autores 41

3.4.1.4 Mais de três autores 41

3.4.1.5 Autor desconhecido 42

Page 7: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

3.4.1.6 Autor entidade 42

3.4.1.7 Artigos publicados em revistas e periódicos 42

3.4.1.8 Publicação periódica como um todo 43

3.4.1.9 Artigos em jornal, suplementos, cadernos, boletim de imprensa 43

3.4.1.10 Monografias, Dissertações e Teses 43

3.4.1.11 Monografias, Dissertações e Teses em meio eletrônico 43

3.4.1.12 Relatórios de Estágio ou Pesquisa 44

3.4.1.13 Congressos, Simpósios, Seminários, Encontros, Conferências, etc.. 44

3.4.1.14 Dicionários 44

3.4.1.15 Coleções de revistas 44

3.4.1.16 Enciclopédias 44

3.4.1.17 Atas de reuniões 45

3.4.1.18 Documentos em meio eletrônico 45

3.4.1.19 Legislação 45

3.4.1.20 Acórdão, Decisões, Súmulas, Enunciados, Sentenças das Cortes dos Tribunais 46

3.4.1.21 Documento jurídico em meio eletrônico 47

3.4.1.22 Publicações de órgãos, entidades e instituições coletivas 47

3.4.1.23 Capítulo ou parte de livro, de Monografias, Dissertações, Teses, etc. 47

3.4.1.24 Informação pessoal 48

3.4.2 Elementos essenciais das Referências 48

3.4.2.1 Título 48

3.4.2.2 Edição 48

3.4.2.3 Imprenta 49

3.4.2.4 Local 49

3.4.2.5 Editor 49

3.4.2.6 Data 50

3.4.2.7 Descrição física 50

3.4.2.8 Ordenação 50

REFERÊNCIAS 52

GLOSSÁRIO (opcional) 54

ÍNDICE (opcional) 55

APÊNDICE (opcional) 56

ANEXO (opcional) 57

APÊNDICE A 58

FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA 59

Page 8: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

7

PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO

Um dos objetivos da CAPES no que concerne aos programas de pós-graduação stricto

sensu, na área de Direito é: “...formar recursos humanos qualificados e habilitados para: a)

ensinar fundamentos teóricos e metodológicos de Direito, contemplando quer a produção

bibliográfica clássica, quer contemporânea, em nível de graduação e pós-graduação....”

Essa definição programática sinaliza a importância do desenvolvimento da pesquisa

jurídica, no meio acadêmico que deve evoluir para alcançar uma concepção voltada para a

realidade social. Portanto, debater questões relacionadas à ciência e à pesquisa jurídica constitui

uma atividade de grande significado na Universidade do Estado do Amazonas e, para isso, é

necessário a construção de um arcabouço normativo de suporte para a investigação científica e

para a elaboração de textos que precisam ser configurados e apresentados de forma

tecnicamente adequada à comunidade.

Ao refletir sobre a construção de trabalhos acadêmicos, não se pode esquecer a relevância

da metodologia científica, que vai muito além dos aspectos técnicos do desenvolvimento da

pesquisa, impendendo também na questão dos aspectos formais de apresentação dos trabalhos,

quer seja em exposições orais ou em formatações escritas, e que constituem o rumo adequado

para o discente elaborar seu projeto de pesquisa e a apresentação de seu trabalho final.

A realidade acadêmica vive um novo momento decorrente do aumento da quantidade de

alunos de graduação e de cursos de pós-graduação tanto lato sensu como stricto sensu e todos

precisam apresentar suas produções de final de curso, sejam TCC(s), Monografias, Dissertações

ou Teses. A elaboração de artigos científicos a serem publicados em revistas especializadas é

outra decorrência desse avanço da Universidade que precisa buscar e difundir o aumento dos

saberes nas várias áreas do conhecimento, sendo essa uma tarefa a ser partilhada por professores

e alunos de todos os níveis universitários, especialmente dos cursos de Mestrado e Doutorado.

A primeira edição deste Manual elaborado pelos Professores Doutores Ozório José de

Menezes Fonseca, Walmir de Albuquerque Barbosa e Sandro Nahmias Melo, do Programa de

Pós-Graduação em Direito Ambiental foi publicada em 2005, constituindo-se no único Manual

normativo configurado, especificamente, para a área das Ciências Sociais Aplicadas, no espaço

acadêmico da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Page 9: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

8

Esta segunda edição eletrônica foi revista e atualizada pelas novas Normas da ABNT com

os autores dando preferência pelo uso de exemplos da produção bibliográfica de pesquisadores e

professores da UEA e do Estado do Amazonas. Essa opção além de objetivar o incitamento de

docentes e discentes para a elaboração de artigos, livros e demais trabalhos acadêmicos, ainda

oferece um texto orientador para a formulação de projetos de pesquisa.

Finalmente, a atualização dessas normas atende às necessidades da Universidade do

Estado do Amazonas, em especial ao PPGDA.

Profa. Dra. Maria Nazareth Vasques Mota

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental.

(2013-...)

Page 10: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

9

PREFÁCIO À 1ª EDIÇÃO

O processo de construção do conhecimento, como nos lembra Edgar Morin ao tratar da

educação do futuro, passa, necessariamente, por sete saberes relacionados à reflexão,

contextualização, humanização e reinserção do sujeito, realidade, enfrentamento das incertezas,

compreensão e ética da democracia, que configuram princípios elementares para a formação de

cidadãos e cidadãs.

A universidade como espaço plural de construção de conhecimentos, deve contemplar

uma diversidade de reflexões que conduzam à capacitação técnica aliada, acima de tudo, ao

imprescindível pensamento critico, de modo que o conhecimento não se aparte da realidade, na

perspectiva relacional de Joaquim Herrera Flores nem da cultura, na pedagogia de Paulo Freire,

e, portanto, desvele subjetividades, pessoas, estas entendidas, simultaneamente, como sujeitos e

objetos do saber, na observação de Cornelius Castoriadis.

Refletir sobre a complexa realidade contemporânea e construir conhecimentos significa,

para Alcindo José de Sá, romper as barreiras ideológicas dos que se situam e são situados no

conhecimento. Significa suplantar o conhecimento-regulação em favor do conhecimento-

emancipação na proposta epistemológica emancipatória de Boaventura de Sousa Santos.

Significa, ainda, no âmbito jurídico ultrapassar os limites da racionalidade formal, sistêmica e

classificatória do direito moderno ocidental como nos convoca Luiz Edson Fachin.

Assim, a construção do conhecimento deve pautar-se pela liberdade, compromisso ético e

responsabilidade e um Manual, como este que ora se apresenta, não deve ser uma “camisa de

força” para conformar todos e todas aos desígnios de quem deve impor as normas, nem uma

limitação ao entendimento do mundo; ao contrario, deve ser um guia útil que facilite o trabalho

intelectual dos que estão iniciando na pesquisa e, também, para dar conta das normas universais

e das normas especificas da instituição a serem observadas pelos que produzem um trabalho

acadêmico, seja ele um artigo cientifico, uma monografia, uma dissertação ou tese.

Aqui estão reunidas as principais informações, extraídas das normas da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das normas específicas do Programa de Pós-graduação

em Direito Ambiental, que incidem sobre aqueles pontos não regulados pela ABNT, mas servem

ao propósito de dar uma orientação comum a todos e todas que se propõem a pensar a realidade.

Page 11: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

10

Nesse sentido, o Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental da Universidade do

Estado do Amazonas busca consolidar um espaço público e heterogêneo de reflexões sobre a

realidade amazônica, suas complexas espacialidades e sociedades, favorecendo a construção de

uma cultura jurídica que contemple a indissociável relação entre território e ações sociais no

amplo universo de formas de regulação da ação humana sobre o meio, produzindo

conhecimentos no âmbito da pesquisa e pós-graduação em Direito no sentido de, como

salientado anteriormente, construir conhecimento com liberdade.

Agradeço aos autores, ao Governo do Estado do Amazonas, por criar e manter esse

espaço acadêmico, público por excelência; ao magnifico reitor Lourenço dos Santos Pereira

Braga, incansável defensor do conhecimento como impulsionador dos processos que

materializam a dignidade humana e, por último, ao financiamento concedido pela Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, Fapeam, no âmbito do Programa Posgrad, sem o

qual esta obra não seria possível.

Prof. Dr. Fernando Antonio de Carvalho Dantas

Coordenador do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental

(2002-2010)

Page 12: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

11

1 DEFINIÇÕES: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE

Etimologicamente, Monografia significa trabalho escrito sobre um único tema, mas essa

definição é de tal forma abrangente que inclui, na mesma definição, tanto os trabalhos de

conclusão de Cursos de Graduação e de Pós-graduação (lato sensu), como as Dissertações e

Teses de Mestrado e Doutorado, realizadas em cursos de Pós-graduação stricto sensu.

Para a finalidade deste Manual é importante estabelecer uma distinção conceitual entre

Monografia, Dissertação e Tese, pois cada uma dessas formas dissertativas de trabalho de

conclusão exige um grau de complexidade diferenciado.

1.1 MONOGRAFIA

O dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Ferreira, 2010) dá, ao vocábulo, a

seguinte definição: Monografia - “Descrição especial de um único assunto./Estudo limitado de

história, geografia, crítica literária, etc., tratando de um tema, uma pessoa ou de uma região”.

O Dicionário Houaiss (Houaiss, 2009) define Monografia como “trabalho escrito acerca

de determinado ponto da história, da arte, da ciência ou sobre uma pessoa ou região”.

Na literatura existem várias definições de monografia e quase todas se alicerçam na

origem etimológica (mon(o)- + -grafia) e conceituam o termo como uma abordagem

metodológica, sistematizada e pormenorizada de determinado tema, em qualquer área do

conhecimento e que resulte em uma relevante ampliação do conhecimento.

No sentido genérico, existem dois tipos principais de Monografia:

a) A Monografia de compilação: reunião e exposição do pensamento de vários autores sobre

o tema abordado, discutindo as divergências e evidenciando as concordâncias, para

estabelecer um cenário claro da multiplicidade de opiniões sobre o tema;

b) A Monografia de pesquisa de campo: assentada em um tema investigado não apenas do

ponto de vista teórico, mas principalmente sobre análise de dados qualitativos e/ou

quantitativos, coligidos através da observação direta e/ou de metodologia científica

testada e aprovada.

Nas duas formas é fundamental o papel do orientador que deve definir a hipótese a ser

testada, a metodologia (Materiais e Métodos), o tipo de amostragem, a técnica de coleta de dados

(entrevistas, questionários, formulários, testes, etc.) ajustando tudo à objetividade do trabalho

para evitar que os resultados levem a interpretações e conclusões equivocadas.

Page 13: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

12

MONOGRAFIA para este Manual é um trabalho resultante de investigação científica

que resulte em contribuição para a ampliação do conhecimento, cujo teor não precisa ter a

originalidade e o ineditismo das Dissertações e Teses, razão pela qual só deve ser usado

para definir os trabalhos de Conclusão de Cursos de Graduação, de Especialização e de

Aperfeiçoamento.

Considera-se que as Monografias devem ser orientadas, preferencialmente, por um

professor com o título de Doutor ou Mestre, facultando-se a possibilidade, de um orientador com

o título de Especialista. A apresentação e defesa do trabalho deve ser feita, preferencialmente,

em sessão pública perante uma Comissão Julgadora.

1.2 DISSERTAÇÃO

Dissertação é um tipo de Monografia que, segundo a NBR 14724 (2011) deve apresentar

“o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de

tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar

informações”.

DISSERTAÇÃO, para este Manual, é um trabalho resultante de abordagem original

de um tema científico, sobre o qual o autor deve demonstrar conhecimento teórico e da

literatura existente e cujo desenvolvimento precisa ser feito usando metodologia científica

amplamente reconhecida. Por ser um dos requisitos para obtenção do grau de Mestre, o

trabalho deve, obrigatoriamente, ser realizado sob a orientação de um Doutor e a defesa

deve ser preferencialmente feita em sessão pública perante uma comissão formada por

professores com o titulo de Doutor.

1.3 TESE

A conceituação de tese inclui, como requisito obrigatório, uma contribuição significativa,

inédita e original para a área do conhecimento escolhida. O desenvolvimento deve estar

associado a uma metodologia de pesquisa adequada e amplamente aceita, permitindo que os

resultados obtidos suportem uma Discussão assentada em argumentação e raciocínio lógico, que

levem a Conclusões consistentes.

Page 14: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

13

De acordo com a NBR 14724 (2011) (op. cit.) e para este Manual, Tese é um

“documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um

estudo científico de tema único e bem delimitado” visando a obtenção do título de Doutor e

sua elaboração deve ser feita, obrigatoriamente, sob orientação de um Doutor.

A apresentação e defesa do trabalho devem ser feitas, preferencialmente, em sessão

pública, perante uma Banca Julgadora composta por professores com o título de Doutor.

NOTA:

1) A Resolução CNE/CES n.1 de 03 de abril de 2001, em seus artigos 1º e 6º, respectivamente, regulamenta os

cursos de Pós-Graduação lato sensu e stricto sensu; 2) As abreviaturas para os títulos acadêmicos de Graduação são:

Lic. = Licenciado; Bel.= Bacharel; Bela. = Bacharela.

3) Para os títulos de Pós-Graduação lato sensu são:

Esp. = Especialista; MBA = Master in Business Administration (no Brasil e no Exterior).

4) Para os títulos de cursos de Pós-Graduação stricto sensu, as abreviaturas utilizáveis são:

M.e ou Me para mestres do sexo masculino;

M.a ou Ma para mestres do sexo feminino;

MSc = Magister Science em inglês = Mestre em Ciência, em português;

S.M. = Scientia Magister (Mestre em Ciência);

Dr. e Dra. = Títulos nacionais para doutores e doutoras, respectivamente;

J.D. = Juris Doctor (Doutor em Direito); M.D. - Medicine Doctor (Doutor em Medicina);

Sc. D. - Scientiae Doctor ou D.S. (Doutor em Ciência);

L.D. = Livre Docente.

Atenção: A abreviatura Ms não deve ser usada para o título de Mestre porque, segundo a Academia

Brasileira de Letras – no documento “Reduções” – Ms é abreviatura de manuscrito.

<www.academiabrasileiradeletras.org.br> consulta em 10 de junho de 2013.

Page 15: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

14

2 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E

TESES

NOTA: A normatização de textos acadêmicos é feita pela NBR 14724 (2011) e este Manual

tem o objetivo de facilitar o trabalho dos alunos que não têm acesso fácil às normas

originais.

2.1 TEXTO

Texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser

dividido em seções e subseções, e cada seção deve iniciar em folha própria.

É indispensável que o texto seja escrito em norma culta, sendo desejável que o autor

solicite uma revisão a ser feita por um especialista em língua portuguesa, antes de entregar a

versão final para a Coordenação do Curso ou Programa e a consequente apreciação por uma

banca examinadora.

A estruturação do texto depende da finalidade, porém de forma geral ele consiste em

Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, não necessariamente com essas denominações, mas

nesta sequência.

2.2 FORMATO, DIGITAÇÃO E IMPRESSÃO

Os textos devem ser digitados em cor preta, podendo utilizar outras cores apenas para

ilustrações. Se o trabalho for impresso deve ser em papel branco, ou reciclado, no formato A4

(210 mm x 297 mm).

A digitação dos elementos pré-textuais (ver adiante) deve ser feita apenas no anverso das

folhas, em espaço 1,5 (um vírgula cinco) entre as linhas, usando letra Times New Roman,

tamanho 12, em todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se as citações com mais de três

linhas, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e das tabelas, que devem ser

digitadas em corpo de letra 10.

Os parágrafos de cada seção primária devem estar distanciados 8 centímetros da borda

superior do papel e os parágrafos do texto devem iniciar a 10 espaços da margem esquerda, com

alinhamento na margem direita, separados do título por uma linha branca e do próximo titulo por

duas linhas em branco.

Apenas a folha de rosto pode ser digitada no anverso (elementos de identificação do

trabalho) e verso (informações sobre direitos autorais e ficha catalográfica). (ver ilustração).

Page 16: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

15

Quando houver necessidade de incluir equações e fórmulas que contenham expoentes,

índices e outros, se faculta o uso de entrelinhas maiores para facilitar a visualização.

Exemplos:

x2 + y

2 = z

2 C6 H12 O6

Os espaçamentos entre parágrafos e aqueles que antecedem as citações diretas serão

simples e não deverão ser destacados, permanecendo entre eles, o mesmo espaçamento do texto

do trabalho.

2.3 MARGENS E ESPAÇOS

As margens esquerda e superior do anverso devem ter 3 (três) centímetros e as margens

direita e inferior 2 (dois) centímetros de distância dos limites da folha.

No verso da Folha de Rosto deve constar o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da

instituição e a área de concentração, tudo alinhado no meio da mancha gráfica (ver ilustração).

As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples

em branco.

Os capítulos recebem o nome de seções primárias, podendo ser divididos e subdivididos

em seções secundárias, terciárias, etc.

Os títulos das seções pré-textuais e pós-textuais, que não são numerados, devem ser

escritos com letras maiúsculas, em corpo 14, negritados e centralizados, de acordo com a NBR

14724 (2011) (op. cit.).

Os títulos das seções textuais que recebem indicativos numéricos devem ser alinhados na

margem esquerda, precedidos da numeração correspondente e separados dela por um espaço,

sem adição de ponto, traço, etc., escritos no mesmo corpo de letra do trabalho, podendo receber

destaque gradativo, usando letras maiúsculas em negrito, maiúsculas, minúsculas em negrito,

itálico, e minúsculas normais. (Ver 2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA).

2.4 PAGINAÇÃO

As folhas ou páginas pré-textuais, a partir da folha de rosto, devem ser contadas, mas não

numeradas e a partir da Introdução as folhas devem ser contadas e numeradas sequencialmente,

considerando somente o anverso. Isso significa que a numeração deve constar, a partir da

Page 17: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

16

primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2

(dois) centímetros da borda superior, ficando o último algarismo a 2 (dois) cm da borda direita

da folha.

Quando o trabalho for apresentado em mais de um volume, deve ser mantida uma única

sequência de numeração das folhas ou páginas, do primeiro ao último volume.

Havendo Apêndices ou Anexos as suas folhas ou páginas devem ser numeradas de

maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

Essa sequência só não acontece se os Anexos possuírem uma estrutura física diferente

das páginas do trabalho, como cópias de páginas de outra publicação, formulários, mapas,

folders, folhetos, etc.

2.4.1 Folhas contadas e não numeradas

Folha de Rosto, Errata, Termo de Aprovação, Dedicatória, Agradecimento, Epígrafe,

Resumo em língua vernácula, Resumo em língua estrangeira, Lista de Ilustrações, Lista de

Abreviaturas e Siglas, Lista de Símbolos, Sumário.

2.4.2 Folhas contadas e numeradas:

Introdução, Desenvolvimento (Revisão da Literatura, Material e Métodos ou Metodologia,

Análise dos Resultados, etc.), Discussão, Conclusão, Referências, Glossário, Índice, Apêndices e

Anexos.

Nota: Os objetivos e a metodologia podem ser incluídos na Introdução.

2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

A NBR 6024 (2003) recomenda que, para evidenciar a sistematização do conteúdo do

trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções textuais. Os títulos das seções

primárias devem ser precedidos do indicativo numérico e separados dele, unicamente, por um

espaço de caractere. Por serem as principais divisões de um texto iniciam em folha distinta e

recebem números inteiros a partir no número 1 (um).

O indicativo da seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que

pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por um

ponto.

Page 18: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

17

Quando o texto exigir a inserção de uma subdivisão sem título, usam-se as alíneas

indicadas por letra minúscula seguida de parênteses com o trecho iniciando em letra maiúscula e

terminando em ponto e vírgula, exceto a última que termina em ponto.

Quando houver necessidade, a alínea pode ser subdividida em sub-alíneas que devem

começar com um hífen colocado abaixo e na mesma direção da primeira letra do texto da alínea

correspondente, e dele separado por um espaço de caractere. Os textos das sub-alíneas começam

com letra minúscula.

Quadro 1 – Numeração progressiva das seções

Seção primária

MAIÚSCULAS

EM NEGRITO

Seção secundária

MAIÚSCULAS

Seção terciária

Minúsculas em

negrito

Seção quaternária

Itálico

normal

Seção quinária

Normal

1

1.1

1.2

1.3

1.1.1

1.1.2

1.1.3

1.1.1.1

1.1.1.2

1.1.1.3

1.1.1.1.1

1.1.1.1.2

1.1.1.1.3

2

2.1

2.2

2.3

2.1.1

2.1.2

2.1.3

2.1.1.1

2.1.1.2

2.1.1.3

2.1.1.1.1

2.1.1.1.2

2.1.1.1.3

3

3.1

3.2

3.3

3.1.1

3.1.2

3.1.3

3.1.1.1

3.1.1.2

3.1.1.3

3.1.1.1.1

3.1.1.1.2

3.1.1.1.3

4

4.1

4.2

4.3

4.1.1

4.1.2

4,1,3

4.1.1.1

4.1.1.2

4.1.1.3

4.1.1.1.1

4.1.1.1.2

4.1.1.1.3

NOTA: Recomenda-se que, em Monografias, Dissertações e Teses, a numeração progressiva seja limitada até

a seção quaternária e, excepcionalmente, até a quinária.

Exemplo:

1, 2, 3, 4, etc.: MAIÚSCULO E NEGRITO

1.1, 1.2¸ 1.3, etc.: MAIÚSCULO

1.1.1, 1.2.1, 1.3.1, etc.: Minúsculo negrito

1.1.1.1, 1.2.2.1, etc.: Minúsculo, itálico

1.1.1.1.1, 1.2.2.2.1,etc.: Minúsculo, normal

Alíneas:

a) [letra, parênteses, um espaço, texto];

b) idem;

c) idem.

Sub-alineas inseridas após cada alínea:

a)

- [hífen, espaço, texto começando com letra minúscula e terminando em ponto e vírgula,

exceto a última que termina com ponto].

Page 19: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

18

3 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Monografias, Dissertações e Teses são formadas por elementos constitutivos definidos

pela NBR 14724 (2011) (op. cit.), como elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que

estão sumarizados no Quadro 2.

Quadro 2 - Elementos estruturais das Monografias, Dissertações e Teses

Parte externa Capa (obrigatório)

Lombada (opcional) (*)

Elementos pré-textuais

Folha de rosto (obrigatório)

Errata (opcional)

Folha de Aprovação (obrigatório)

Dedicatória (opcional)

Agradecimentos (opcional)

Epígrafe (opcional)

Resumo em língua vernácula (obrigatório)

Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

Lista de ilustrações (opcional)

Lista de tabelas (opcional)

Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Lista de símbolos(opcional)

Sumário (obrigatório)

Elementos textuais

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Elementos pós-textuais

Referências (obrigatório)

Glossário (opcional)

Índice (opcional)

Apêndice (opcional)

Anexo (opcional)

(*) Nas Dissertações do PPGDA as Lombadas são obrigatórias

3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Os Elementos pré-textuais são os que antecedem o corpo do trabalho propriamente dito,

com informações que ajudem sua identificação e utilização. Monografia, Dissertações e Teses

são formadas pelos elementos constitutivos do trabalho indicados a seguir.

3.1.1 Capa (obrigatório)

Revestimento externo da primeira e da última folha devendo ser feito em material

flexível ou rígido e as cores básicas são: azul para Monografias de Graduação e Especialização;

verde para Dissertações de Mestrado e vermelho para Teses de Doutorado. Nela devem constar:

Page 20: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

19

3.1.1.1 Nome da Instituição, da Unidade Acadêmica e do Curso ou Programa de Pós-

Graduação;

3.1.1.2 Nome do autor;

3.1.1.3 Título (claro e preciso, identificando o conteúdo e possibilitando a indexação e

recuperação da informação);

3.1.1.4 Subtítulo (se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação

ao título);

3.1.1.5 Número do volume (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do

respectivo volume);

3.1.1.6 Local (cidade da instituição onde o trabalho deve ser apresentado, acrescido da sigla do

Estado;

3.1.1.7 Ano de depósito (entrega).

3.1.2 Lombada ou dorso

É parte da capa que reúne as margens internas ou dobras das folhas, sejam elas

costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas. (NBR 12225, 2004).

3.1.2.1 Nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada

3.1.2.2 Título deve ser impresso de forma a ser lido normalmente quando o trabalho estiver

deitado com a face da capa voltada para cima.

Nota: Nas Dissertações do PPGDA/UEA, as Lombadas são obrigatórias. (Ver ilustração na página 21).

ATENÇÃO: O ano de depósito, na lombada deve ficar o mais próximo possível da borda inferior para

permitir que a etiqueta usada nas Bibliotecas, fique bem visível. (Ver ilustração na página 21).

Page 21: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

20

Exemplo fictício da capa de uma Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito

Ambiental da UEA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

AMBIENTAL.

Josefina Felipa dos Anjos

Os posseiros ribeirinhos e o direito ambiental

Manaus-AM

2012

Page 22: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

21

Exemplo fictício de lombada

25 cm 3 cm 2cm

Josefina Felipa dos Anjos OS POSSEIROS RIBEIRINHOS E O

DIREITO AMBIENTAL

E

tiquet

a da

Bib

liote

ca

2012

30 cm

3.1.3 Folha de rosto (obrigatória - no anverso)

Contem os elementos essenciais à identificação da publicação e devem ser apresentados

na seguinte ordem.

3.1.3.1 Nome do autor

3.1.3.2 Título

3.1.3.3 Subtítulo (se houver)

3.1.3.4 Número do volume (se houver mais de um volume deve constar, na folha de rosto, a

especificação do respectivo volume)

3.1.3.5 Natureza (tipo do trabalho – trabalho de conclusão de curso, dissertação, tese, o grau

pretendido), nome da instituição a que é submetido. Área de concentração

3.1.3.6 Nome do orientador (e, se houver, do co-orientador)

3.1.3.7 Local (cidade e estado da instituição onde o trabalho vai ser apresentado)

3.1.3.8 Ano de depósito (da entrega)

Page 23: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

22

Modelo do anverso de Folha de Rosto

3.1.4 Folha de rosto (obrigatória - no verso)

Direito autoral – colocado na parte superior indicando o ano em que se formalizou o

contrato de direito autoral, antecedido do símbolo copirraite © e do detentor dos direitos.

Exemplo:

© 2003 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O direito de reprodução indicando as informações sobre autorização e reprodução do

conteúdo da publicação.

JOSEFINA FELIPA DOS ANJOS

OS POSSEIROS RIBEIRINHOS E O DIREITO

AMBIENTAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em

Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas,

como requisito para obtenção do título de Mestre em Direito

Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Adolfo Brasil Filho

Manaus - AM

2011

Page 24: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

23

Exemplo:

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Ou: Nenhuma parte desta

publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a autorização expressa do autor.

No verso da folha de rosto também está a ficha catalográfica que, deve ser confeccionada

por uma bibliotecária.

Modelo do verso da Folha de Rosto

3.1.5 Errata (quando houver)

Elemento opcional e deve ser inserida logo após a folha de rosto, constituída pela

referência do trabalho e texto da errata. Ela deve ser estar em papel avulso ou encartado,

Autoriza-se a reprodução do todo ou de partes desse trabalho desde que a fonte

seja citada.

12,5 cm

7,5cm

ANJOS Josefina Felipa dos. Os posseiros ribeirinhos e o

direito ambiental. Manaus: UEA, 2012, 176p.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em

Direito Ambiental da Universidade do Estado do

Amazonas.

Palavras-chave: Título. Posseiros. Comunidades

ribeirinhas. Direito ambiental. Meio ambiente.

Orientador : Prof. Dr. Adolfo Brasil Filho

CDU 001.01

Page 25: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

24

acrescido ao trabalho depois de impresso. Esse item é indesejável e só deve ser incluído se, após

rigorosa revisão, ainda restar algum erro. O título deve ser escrito em corpo 14, negritado e

centralizado.

Modelo de uma Errata

ATENÇÃO: Recomenda-se que durante o processo de editoração sejam realizadas tantas revisões quantas

necessárias de forma a evitar a utilização da Errata cuja inclusão significa perda de qualidade.

3.1.6 Termo de aprovação (obrigatório)

Deve ser inserida após a folha de rosto, constituída pelo nome do autor, título do trabalho

e subtítulo (se houver), natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é

submetido e a área de concentração), data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos

componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem, seguida da data de

aprovação.

ERRATA

Página Linha Onde se lê Leia-se

12 8 Verdíssimo Veríssimo

25 14 Comição Comissão

45 3 5,789 kg 5.789 kg

ANJOS, Josefina Felipa dos. Os posseiros ribeirinhos e o Direito Ambiental.

Manaus: UEA, 2005. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Ciências

Sociais. Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental. Universidade do

Estado do Amazonas, 2005.

Page 26: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

25

Modelo de Termo de Aprovação

.

3.1.7 Dedicatória (opcional)

Espaço utilizado para prestar homenagem ou dedicar seu trabalho. (Inserida após a Folha

de Aprovação)

Exemplos:

Aos meus pais (nome do pai e da mãe), aos meus filhos (nome dos filhos).

ATENÇÃO: Se alguém tiver morrido colocar, após o nome a expressão in memoriam

Pode-se usar uma frase que traduza um pensamento geral que esteja de acordo, ou que

seja um princípio utilizável como base filosófica do trabalho.

TERMO DE APROVAÇÃO

Josefina Felipa dos Anjos

Os posseiros ribeirinhos e o direito ambiental

Dissertação aprovada pelo Programa de Pós-

graduação em Direito Ambiental da Universidade do

Estado do Amazonas, pela Comissão Julgadora abaixo

identificada.

Manaus, .....de.........................de...........

Prof. Dr. Aaaaaaaa Bbbbbbbbb cc Dddddddd

Universidade do Estado do Amazonas

Prof. Dr. Eeeeee Ffff Ggggggggggg

Universidade ################

Prof. Dr. Hhhh Iiiiiii Jjjjjjjjj Kkkkkkk

Universidade *****************

Page 27: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

26

Exemplo:

A todos os que, através da interdisciplinaridade científica buscam entender a complexidade das relações homem-

natureza e sociedade-natureza.

Ou ainda uma Dedicatória mais abrangente:

Exemplo:

Aos todos os meus colegas e professores cujo apoio foi fundamental para a realização deste trabalho.

3.1.8 Agradecimentos (opcional)

São feitos para aqueles que contribuíram significativamente para a execução do trabalho.

Deve ser inserido depois das dedicatórias (NBR, 14724, 2011).

Exemplos:

Ao João, Maria e Antônio pelo apoio na pesquisa bibliográfica e na busca pela internet.

À Michelle e Roberto, meus filhos e a Nicole, minha esposa que ficaram muitas vezes privados de minha companhia

em razão das responsabilidades que assumi para melhor consolidar nosso futuro comum.

Ao Professor Doutor Xxxxxxxx Yyyyyyy Zzzzz pelos conhecimentos repassados, pela orientação e amizade.

3.1.9 Epígrafe (opcional)

Espaço para o autor incluir uma citação relacionada com o conteúdo do trabalho, sempre

seguida da indicação de autoria, se for o caso. (NBR 14724, 2011) (op.cit).

Exemplos de epígrafes de trabalho:

“O princípio da razão consiste no estabelecimento de um contrato equitativo, aquele que sempre firmamos e aquele

que respeitamos em tempo real com a natureza” (SERES,1991. p. 105).

Para compreender o significado de uma coisa, temos que relacioná-la com outras coisas no ambiente, no seu passado

ou no seu futuro. Nada tem sentido em si mesmo”. (KAPRA, 2005. p. 96).

O(s) autor(es) e suas obras devem constar nas Referências

Nota: Admitem-se epigrafes em páginas de abertura das seções primárias. (NBR 10520

(2002).

Exemplo de epígrafe na abertura de seções primárias:

4 O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA. (Título fictício)

Epígrafe: (sugestão) As liberdades não são apenas os fins primordiais do desenvolvimento,

mas também os meios principais. (SEN, 2000, p. 25).

3.1.10 Resumo em língua vernácula (obrigatório)

Deve ressaltar, de forma sucinta, o objetivo, o método, os resultados e as conclusões em

frases concisas e afirmativas e não de enumeração de tópicos, utilizando o verbo na forma ativa e

na terceira pessoa do singular, recomendando-se o uso de parágrafo único. O ideal é que o

resumo tenha entre 150 e 500 palavras em Monografias, Dissertações e Teses, evitando-se

fórmulas, equações, símbolos, etc.

Page 28: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

27

Logo abaixo do Resumo deve ser inserida a expressão Palavras-chave, seguida de dois

pontos (:) e de até 6 (seis) vocábulos ou expressões representativas do conteúdo do documento,

escolhidas, preferencialmente, de linguagem normal (NBR 6028, 2003), separadas entre si e

finalizadas por ponto (.). É importante que, entre as palavras-chave figurem o Curso e a área do

conhecimento sobre a qual discorre o trabalho.

O Resumo, só excepcionalmente se deve usar símbolos, fórmulas, equações, diagramas

etc. O titulo deve ser escrito em corpo 14, centralizado e negritado.

Exemplo:

Cópia do Resumo da Dissertação intitulada “A importância do corredor ecológico do igarapé do Mirandinha para a

sadia qualidade de vida no município de Boa Vista, Estado de Roraima” de autoria de Warner Velasque Ribeiro.

RESUMO

Analisa-se a implantação do Corredor Ecológico do Mirandinha no município de Boa Vista, capital do Estado de

Roraima, enquanto espaço territorial protegido em perímetro urbano, como instrumento de efetivação do direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso do povo essencial à sadia qualidade de vida das gerações

presentes e futuras de Boa Vista, como assegura a Constituição Federal. A temática da pesquisa se concentra em

explorar o assunto Corredores Ecológicos à luz da legislação federal, estadual e municipal, compreendendo a

importância da preservação dos cursos d´água urbanos e suas implicações com o direito à sadia qualidade de vida.

Nesse sentido, abordam-se os aspectos jurídicos referentes à tutela ambiental, o cumprimento da função social da

propriedade urbana e das cidades, na ótica do direito urbanístico e os princípios constitucionais vertentes. Reflete-se,

também, sobre os aspectos biológicos que cercam o tema, sob a ótica da interdisciplinaridade, de modo a

compreender a importância da criação de espaços territoriais contínuos de preservação, que interliguem

ecossistemas de ambiente natural, por meio de corredores de biodiversidade e sua correlação com a proteção dos

fragmentos de habitats, de florestas, efeitos de borda, conectividade, proteção das matas ciliares e a revitalização de

cursos de água.

Palavras-chave: Corredores Ecológicos. Espaços territoriais protegidos. Cursos d´água urbanos.

Nota: Deveriam ter sido incluídas as palavras-chave: Direito ambiental e PPGDA/UEA

3.1.11 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

3.1.12 Lista de ilustrações (opcional)

Elemento opcional. Deve obedecer a ordem apresentada no texto, com cada item

designado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. Se

necessário recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos,

esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, e outros).

Exemplo:

Quadro 1 – Principais características dos rios da Amazônia. p 5.

Quadro 2 – Comparação de consumo de combustível por tonelada de carga transportada entre

balsas e caminhões na Amazônia. p.34

Figura 1 – Mapa de localização das comunidades indígenas no rio Solimões p. 178

Page 29: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

28

3.1.13 Lista de tabelas (opcional)

Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu

nome específico, acompanhado do respectivo número da folha ou página.

Exemplo de lista de tabelas:

Tabela 12 – Variação da população residente em Manaus entre 2000 e 2010. p. 23

Tabela 23 – Distribuição etária da população do Amazonas em 2000 p.78

3.1.14 Lista de abreviaturas e símbolos (opcional)

Relação alfabética das abreviaturas e símbolos usados no texto, seguidos das palavras ou

expressões correspondentes, grafadas por extenso. (Quadro 3)

Quadro 3 - Exemplos de abreviaturas e símbolos e seus significados.

Abreviaturas Símbolos

et al. e outros H hidrogênio

jan. janeiro km quilômetro

Fil. Filosofia ∑ somatório

Diss. Dissertação % porcentagem

Cia. Companhia N-NE Norte-Nordeste

ATENÇÃO: As abreviaturas recebem um ponto o mesmo não acontecendo com as siglas.

3.1.15 Lista de siglas (opcional)

Relação, em ordem alfabética, das siglas utilizadas no texto, seguidas do significado

correspondente, grafadas por extenso. (Quadro 4).

Quadro 4 – Exemplos de siglas e seu significado.:

Sigla Significado

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AM Estado do Amazonas

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

TCU Tribunal de Contas da União

UEA Universidade do Estado do Amazonas

3.1.16 Sumário (obrigatório)

O Sumário é o último elemento pré-textual e nele não devem se inserir os elementos pré-

textuais (NBR 6027 (2003). A palavra SUMÁRIO deve ser centralizada, negritada e com a

mesma fonte, tipo e tamanho de letra utilizada para as seções primárias (Times New Roman,

corpo 14).

Ele contém a enumeração das divisões, seções, e outras partes de uma publicação, na

mesma ordem e grafia em que a matéria está inserida no corpo do trabalho. A subordinação dos

Page 30: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

29

itens do Sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto. O

alinhamento das divisões e seções deve ser feito pela margem esquerda.

Os títulos e subtítulos do Sumário devem ser alinhados pela esquerda e a paginação pode ser

inserida de duas formas:

a) Número da primeira página 13

b) Números das páginas inicial e final, separados por um hífen 35-48

Exemplo de Sumário copiado da Dissertação “Biopirataria associada à biotecnologia e a tutela penal da biodiversidade

amazônica” de autoria de Alessandra Figueiredo dos Santos, defendida em 24/11/2010 no PPGDA/UEA.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 15

2 A APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E O DIREITO 18

2.1 A NATUREZA COMO OBJETO DE APROPRIAÇÃO PELO HOMEM 18

2.2 CAPITALISMO E NATUREZA: ATRIBUINDO VALOR AO RECURSO AMBIENTAL 27

2.3 A CIÊNCIA COMO VALOR DE TROCA 35

2.4 O DIREITO COMO LEGITIMADOR DA APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS 40

3 BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA E O USO DA BIOTECNOLOGIA 48

3.1 BIOPIRATARIA NA REGIÃO AMAZÔNICA 48

3.1.1 Biodiversidade da região amazônica e a vulnerabilidade de seus ecossistemas 48

3.1.2 Aspectos históricos da biopirataria 53

3.1.3 Conceito de biopirataria 66

3.1.4 Biopirataria e suas consequências para a Amazônia brasileira 69

3.2 BIOTECNOLOGIA E SOCIEDADE 77

3.2.1 Conceito de biotecnologia e sua evolução 77

3.2.2 Revolução biotecnológica: aplicabilidade e riscos 80

4 REGULAÇÃO JURÍDICA DO ACESSO À BIODIVERSIDADE E A APROPRIAÇÃO DE

SEUS ELEMENTOS. 89

4.1 INSTRUMENTOS JURÍDICOS NACIONAIS DO ACESSO AOS RECURSOS NATURAIS E

GENÉTICOS DA BIODIVERSIDADE 89

4.1.1 Decreto n. 98.830/1990 90

4.1.2 Decreto 2.519/1988 (Convenção sobre a Diversidade Biológica) 92

4.1.3 Leis estaduais do Acre (Lei n. 1.235/1997) e do Amapá (Lei n. 388/1997). 98

4.1.4 Medida Provisória n. 2.186-16/2001 99

4.1.5 Decreto n. 4.330/2002 (Política Nacional da Biodiversidade) 105

4.2 APROPRIAÇÃO DOS ELEMENTOS DA BIODIVERSIDADE: A QUESTÃO DA PROPRIEDADE

INTELECTUAL 107

4.2.1 Propriedade intelectual: conceito e noções gerais 107

4.2.2. Sistema brasileiro de patentes 109

4.2.2.1 Acordo sobre aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio –TRIPS 110

4.2.1.2 Lei n. 9.279/1996 e Lei n. 9.456/1997 113

5 TUTELA PENAL DA BIODIVERSIDADE E A BIOPIRATARIA. 121

5.1 DIREITO PENAL E SOCIEDADE DE RISCO 121

5.2 BEM JURÍDICO PENAL E MEIO AMBIENTE 125

5.2.1 Noções gerais sobre bem jurídico e penal 125

5.2.2 Meio ambiente: breves considerações conceituais. 129

5.3 PROTEÇÃO PENAL DA BIODIVERSIDADE E A CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA. 134

5.3.1 A biodiversidade na Constituição Federal de 1988 134

5.3.2 A biodiversidade como bem jurídico a ser tutelado pelo Direito Penal 138

5.3.3 A tutela penal da biodiversidade na Lei dos Crimes Ambientais e a biopirataria 140

Page 31: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

30

5.4 CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA: A TUTELA PENAL COMO INSTRUMENTO

DE COMBATE À APROPRIAÇÃO ILÍCITA DA BIODIVERSIDADE 145

5.4.1 Identificação do bem jurídico tutelado no crime de biopirataria 145

5.4.2 A tutela penal da biodiversidade versus princípios norteadores do Direito Penal 147

5.4.3 Normas penais em branco e a tipificação da biopirataria 161

5.5 EM BUSCA DA TIPIFICAÇÃO PARA O CRIME DE BIOPIRATARIA. 164

6 CONCLUSÕES. 175

REFERÊNCIAS. 182

ANEXOS. 202

3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Os títulos das seções textuais são escritos com o mesmo corpo de letra utilizado no

trabalho (Times New Roman, corpo 12), alinhados pela esquerda e precedidos da numeração

sequencial com os destaques gradativos (Ver 2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA, p. 16). Os elementos

que compõem o corpo do trabalho são fundamentalmente: Introdução, Desenvolvimento e

Conclusão. (NBR 14724 (2011), não necessariamente com esta designação, mas nessa sequência.

3.2.1 Introdução

A Introdução é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado como um todo, sem

detalhes, constituindo o elemento explicativo do autor para o leitor. A Introdução deve:

a) Estabelecer o assunto definindo-o sucinta e claramente, sem deixar dúvidas quanto a

escala espacial e temporal abrangidas, e incluir informações sobre a natureza e a

importância do problema;

b) Indicar os objetivos e a finalidade do trabalho, justificando e esclarecendo sob que ponto

de vista é tratado o assunto;

Nota: Ainda que não exista um padrão amplamente aceito, é importante que aqui o autor

revele, de forma bastante clara e cientificamente fundamentada, a natureza do estudo

(experimental ou não, de campo, de revisão bibliográfica, etc.).

c) Referir-se aos tópicos principais do texto, segundo a ordem de exposição, mas sem

mencionar os resultados.

3.2.2 Desenvolvimento

O Desenvolvimento ou Corpo é a parte mais importante e extensa do trabalho e nela o

autor deve mostrar e discutir suas ideias, fundamentando-as com argumentos teoricamente

consistentes e logicamente apresentados e indicando hipóteses e sugestões para pesquisas

adicionais.

Recomenda-se que as palavras Desenvolvimento e Corpo não sejam usadas no texto,

indicando-se os termos Referencial Teórico ou Revisão da Literatura, Metodologia, Análise dos

Resultados ou simplesmente Resultados e Discussão, como definidos a seguir:

Page 32: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

31

3.2.2.1 Referencial teórico ou revisão da literatura

É o elemento essencial em Dissertações e Teses onde se deve resgatar trabalhos

anteriormente publicados, explicando a evolução do conhecimento sobre o tema. Com respeito à

revisão da literatura, ou referencial teórico, o autor deve limitar-se, sem prejuízo histórico e

científico, a indicar as contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto.

É um dever ético e formal mencionar o nome de todos os autores e seus trabalhos,

registrando-os no texto, em Notas de Rodapé (Ver 3.3.1.3 Notas de Referência) e/ou

preferencialmente, nas Referências, ao final do trabalho (Ver 3.4.1 Referências).

3.2.2.2 Metodologia

É o termo mais usado nas áreas humanísticas e significa o conjunto de métodos ou

caminhos utilizados para a condução da pesquisa devendo ser apresentada na sequência

cronológica em que o trabalho foi conduzido. Eventuais métodos inéditos desenvolvidos pelo

autor devem ser justificados mostrando suas vantagens em relação a outros já consagrados na

literatura. Importante ter em conta que:

a) Devem ser citados, com o detalhamento requerido, os processos técnicos utilizados no

trabalho;

b) As técnicas e os métodos já conhecidos podem ser apenas referidos com a respectiva citação

do seu autor;

c) Técnicas novas devem ser descritas com detalhes e quando se tratar do uso de novos

equipamentos, eles devem ser mostrados através de ilustrações, fotografias e/ou desenhos;

d) Hipóteses e generalizações que não estejam baseadas nos elementos contidos no próprio

trabalho devem ser evitadas;

e) Os dados utilizados na análise estatística (quando houver) devem figurar no texto, em

Apêndice ou Anexos no trabalho.

Material e Métodos é uma designação usada,

preferencialmente, nas áreas de ciências naturais e

tecnológicas. Neste caso, é necessário fazer uma

descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e

equipamentos utilizados, de forma a permitir uma

repetição exata do experimento ou estudo por outros pesquisadores.

ATENÇÃO. Nem todos os trabalhos requerem uma

seção ou capítulo dedicado à Revisão da Literatura.

Há casos em que os autores podem preferir

incorporar esse levantamento à Introdução,

principalmente se a revisão for breve. Do mesmo

modo, nem todos os trabalhos requerem uma seção

específica dedicada à Metodologia (Material e

Métodos).

Page 33: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

32

3.2.2.3 Análise dos Resultados ou simplesmente Resultados

Onde devem ser apresentados, de forma precisa e clara, os resultados obtidos,

considerando-se que:

a) A análise e interpretação dos dados, e a discussão teórica podem ser conjugados ou separados

conforme for mais adequado aos objetivos do trabalho;

b) Os diversos resultados obtidos, sem interpretações pessoais, devem vir agrupados e ordenados

convenientemente, podendo, eventualmente, serem acompanhados de tabelas, gráficos, quadros

ou figuras com valores numéricos e/ou estatísticos, para maior clareza.

3.2.2.4 Discussão

A Discussão deve incluir a justificativa da escolha do tema e conter esclarecimentos

sobre as exceções, contradições, modificações, teorias e princípios relativos ao trabalho,

indicando as limitações teóricas e práticas dos resultados obtidos. É necessário discutir

detalhadamente, os aspectos que confirmam ou modificam, de modo significativo, as teorias

consagradas na literatura, apresentando as perspectivas de continuidade da pesquisa.

Aqui o autor deve justificar a escolha do tema, relacionar as correlações, as causas e

efeitos dos fatos relatados, analisar as comparações formuladas, com base nos dados coletados,

esclarecer as exceções, contradições e eventuais modificações de ordem teórica resultantes do

trabalho. Além disso, se deve ressaltar as limitações e os aspectos que, de alguma forma,

modificam e/ou ampliam os saberes estabelecidos.

3.2.3 Conclusão

É um resgate sintético dos Resultados e da Discussão, onde o autor apresenta suas

deduções em relação aos resultados e objetivos propostos, sinalizando sua contribuição ao

conhecimento científico e prático do tema estudado. As conclusões devem se assentar em dados

efetivamente comprovados e apresentar ideias claras para permitir que o leitor entenda os

ensinamentos retirados do trabalho e as possibilidades que se abrem para novas pesquisas.

Quando couber, podem-se apresentar deduções alicerçadas na lógica e que correspondam

aos objetivos propostos, ressaltando a importância, o alcance e o mérito da contribuição do

trabalho.

Page 34: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

33

3.3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO

Em todo o corpo do trabalho o autor pode utilizar elementos de apoio ao texto como:

3.3.1 Notas de Rodapé devem ser feitas em algarismos arábicos, obedecendo à uma numeração

única e consecutiva. As Notas de Rodapé devem ser alinhadas a partir da segunda linha da

mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem

espaço entre elas e com fonte menor (corpo 10).

Exemplo de Nota de Rodapé:

No texto: [...] pensar a Amazônia 1 pode ter muitos significados [...]

2

Na Nota de Rodapé: 1 Pensar a Amazônia é refletir sobre suas diversidades, pois são elas que configuram um macrodescritor regional

muito mais representativo do que a expressão planície amazônica que é apenas uma das feições da diversidade física/natural (FONSECA, 2011). 2. O projeto humano do novo século, em suma, deve contemplar um projeto amazônico (grifado no original) sem o

qual não alcançará completude nem será factível. A realização do projeto amazônico ajudará a viabilizar o projeto

humano. E esse não é um desafio vulgar (MENDES, 2001).

Atenção: As obras de FONSECA (2011) e de MENDES (2001) devem constar, obrigatoriamente, nas

Referências ao final do trabalho.

As Notas de Rodapé podem ser: Explicativas, de Referência Cruzada e de Referência.

3.3.1.1 Nota Explicativa

As Notas Explicativas servem para evitar explanações longas dentro do texto, tendo a

finalidade de esclarecer, comentar ou explanar mais detalhadamente, assuntos abordados no

trabalho. Nelas podem ser incluídas traduções de pequenos trechos em outra língua, inseridos na

obra, porém não devem repetir dados existentes nas obras de apoio, pois essa complementaridade

de informação o leitor pode obter, se desejar.

Exemplo da Nota Explicativa

No texto: O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se constituindo numa das

conquistas universais 1 como está, por exemplo, expresso no Estatuto da Criança e do

Adolescente (Lei n. 8069 de 13 de junho de 1990)

No rodapé da página: 1 Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos de vida desrespeita a

especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condição para a constituição de adesões e grupos de

pressão integrados à moralização de tais formas de inserção de crianças e de jovens. (Autor, ano).

(Atenção: indicar, entre parênteses, o autor e o ano de onde foi retirado esse texto, incluindo a descrição

completa do trabalho nas Referências, ao final do trabalho).

Page 35: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

34

3.3.1.2 Nota de Referência Cruzada

Remetem o leitor para outros trechos da obra.

Exemplo:

No texto:

“[...] denunciavam que os preços dos gêneros fornecidos na fazenda eram mais caros que em

outros lugares e reclamavam ainda de outras taxas e multas que também não constavam dos

contratos” 1

No rodapé: 1 Para ver as queixas dos colonos ver Anexo A, p. 245-249.

3.3.1.3 Notas de Referência

As fontes consultadas devem ter suas chamadas no texto, preferencialmente, pelo sistema

autor-data (p. ex., LEFF, 2001), com as obras inseridas ao final do texto sob o título de

Referências ordenadas, por autor, em ordem alfabética estrita. O sistema numérico deve ser

evitado para que se use as Notas de Rodapé para as Explicativas e de Referência Cruzada.

Exemplo:

No texto: “[...] está seria uma das configurações que, segundo Leff (2001) Nas Referências:

LEFF, Enrique. Saber ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 3.ed. Rio de Janeiro:

Vozes, 2001.

Nota: A expressão “Referências Bibliográficas” é inadequada quando incluir informações da internet que não

são “biblios”. Por isso é que se usa a expressão Referências para incluir todos os trabalhos consultados.

3.3.2 Citações

Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte para esclarecer,

ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Devem ser evitadas citações referentes a assuntos

amplamente divulgados ou de domínio público, bem como aquelas retiradas de publicações de

natureza didática, tais com apostilas e anotações de aula.

As citações diretas (transcrição literal de um texto ou parte dele) ou indiretas (redigidas

pelo autor do trabalho com base em ideias de outros autores) podem ser obtidas de documentos

ou de canais informais (palestras, debates, conferências, entrevistas entre outros).

A citação direta é a transcrição literal de um texto ou parte dele que conserva a grafia, a

pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma original. Só deve ser usada quando reflete uma ideia

muito bem expressa, ou quando é necessário transcrever as palavras de um autor.

As citações com três linhas ou menos são chamadas de citações curtas e devem ser

escritas entre aspas duplas, com o mesmo tipo e tamanho utilizado no corpo do trabalho. Se o

texto citado terminar com alguma pontuação, as aspas são colocadas após esse sinal gráfico

delimitando o final da citação.

Page 36: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

35

Exemplo:

“[...] no caso dos yanomami, a cultura da conservação decorre antes de uma cosmologia de equilíbrio com a

natureza do que ligada ao desejo de manter um estoque de produtos naturais, tudo articulado com práticas ancestrais

tendentes à proteção da terra-floresta [...]”. (SILVEIRA, 2010).

NOTA. O trabalho de SILVEIRA tem que constar nas Referências ao final do trabalho.

As citações com mais de três linhas são chamadas citações longas e transcritas em

parágrafo distinto, começando a 4 centímetros da margem esquerda (equivalente a 20 toques com

corpo 12 ou 40 toques com corpo 10), sem deslocamento da primeira linha e terminando na

margem direita. A segunda linha e as subsequentes são alinhadas sob a primeira letra do texto da

citação.

Exemplo:

O potencial ambiental de cada região, a autogestão comunitária dos recursos, o

desenvolvimento de tecnologias apropriadas, o respeito pelos valores culturais e pela

diversidade étnica, assim como pela recuperação e enriquecimento científico das práticas

tradicionais de uso dos recursos, abre canais para uma gestão participativa, dos recursos

e para um desenvolvimento sustentável. (LEFF, 1994).

NOTA: O trabalho de Leff tem que constar nas Referências ao final do trabalho.

Nas citações curtas e longas são permitidas omissões no começo, no meio ou no fim,

dede que não alterem o sentido do texto. Quando as omissões forem no meio do texto, usam-se

reticências entre colchetes [...] que indicam ter havido uma omissão intencional de parte do

trecho citado.

As citações apudianas (de apud) que indicam a origem de uma citação indireta, só devem

ser usadas quando a obra original for de acesso muito difícil.

Se o texto citado contem incorreções, elas devem ser reproduzidas e indicadas pela

expressão sic entre colchetes que significa “assim mesmo”, isto é ela indica que estava escrito

dessa forma no original.

Exemplo:

“ A utilização mais conhecida de microrganismos pelos indígenas é a fermentação de madioca [sic] para a produção

de bebidas alcoólicas [...] usadas nas comemorações e rituais.” (Autor e ano)

O trabalho de onde foi tirado esse trecho deve constar nas Referências ao final do trabalho.

3.3.3 Tabelas

A tabela é a forma não discursiva de apresentação de informações que tem por finalidade

a descrição e/ou o cruzamento de dados numéricos, codificações, especificações técnicas e

símbolos. As tabelas podem ser de dois tipos:

Page 37: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

36

a) Tabela estatística que apresenta um conjunto de dados numéricos que expressam as variações

quantitativas e qualitativas de um determinado fenômeno;

b) Tabela técnica que apresenta especificações técnicas a respeito de um determinado produto ou

área de interesse, como por exemplo, classificação periódica dos elementos químicos, valores de

distribuição normal, etc.

A construção de uma tabela obedece às normas do IBGE (1993) que determina ser uma

tabela composta pelo:

Topo: espaço superior de uma tabela destinado ao seu número e título.

a) Número, é o componente usado para identificar a tabela no texto ou em Anexos. O

número, determinado de acordo com a ordem em que a tabela aparece no texto, deve ser

precedido da palavra “Tabela” com a primeira letra maiúscula.

Exemplo: Tabela 1 –

b) Título deve ser escrito logo após o número da tabela e separado dele por um hífen que

deve estar distante um espaço do número e um espaço do início do titulo. Quando o título

ultrapassar uma linha, a segunda linha deve iniciar exatamente abaixo da primeira letra

do título da linha superior. O titulo deve conter a designação do fato observado e o local

de ocorrência, além da data de referência dos dados e informações registradas.

Exemplo:

Tabela 1 – Produto Interno Bruto per capita, salário mínimo mensal e horas semanais de trabalho no Polo Industrial

de Manaus em 2011.

Centro ou corpo: destinado à moldura dos dados numéricos e dos termos necessários à sua

compreensão. O centro ou corpo da tabela deve conter:

Coluna indicadora;

Linha;

Coluna;

Casa;

Sinais indicadores (Ver Quadro 5).

Page 38: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

37

Quadro 5 - Sinais indicadores convencionais que podem ser usados nas casas ou células

Sinal Significado/Utilização

- (hifen) Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) não resultante

de arredondamento.

... (três pontos) Indica que o dado é desconhecido ou não está disponível

0 ou -0,0 ou – 0,00 Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) resultante de

arredondamento e com valor inferior a metade da unidade

adotada no tabela

x (letra xis) Indica que o dado foi omitido com a finalidade de evitar a

sua individualização.

: (dois pontos) Indica que não se aplica dado numérico

FONTE: os autores.

Rodapé: espaço inferior destinado à indicação da fonte, às notas gerais e especificas.

Fonte: indicador do(a) responsável pelos dados;

Nota geral: para esclarecer o conteúdo geral do trabalho

Nota(s) específica(s): para esclarecer elementos específicos da tabela.

Em Monografias, Dissertações e Teses, normalmente são usadas tabelas estatísticas cujos

critérios gerais de apresentação são os seguintes:

a) Devem conter todas as informações necessárias para a completa compreensão do conteúdo

dispensando consultas ao texto e apresentadas, preferencialmente, em uma única página e

graficamente centralizadas;

b) Podem ser intercaladas no texto, ou em Anexo, devendo ser utilizados os Anexos quando a

tabela for muito grande;

c) Quando intercaladas no texto devem estar o mais próximo possível do trecho em que são

citadas pela primeira vez e separadas do texto precedente e subsequente por um espaço;

d) Devem ser dispostas no mesmo sentido da leitura e quando isso não for possível nem mesmo

pela redução, devem ser colocadas de forma que a leitura seja feita no sentido horário;

e) Devem seguir o mesmo padrão gráfico, mas se necessário, podem ser reduzidas até o ponto

em que não prejudiquem a legibilidade.

Page 39: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

38

Exemplo de tabela:

Tabela 1 – Área, população e densidade de habitantes nos Estados da Região Norte do Brasil.

(Censo de 2010).

Estados Área

(km2)

População

(N0 de habitantes)

Densidade

(hab./km2)

Acre 164.123,040 733.559 4,47

Amapá 142.828,521 669.526 4,69

Amazonas 1.559.159,148 3.483.985 2,23

Pará 1.247.954,148 7.581.051 6,07

Rondônia 237.590,547 1.562.409 6,58

Roraima 224.300,506 450.479 2,01

Tocantins 277.720,520 1.383.445 4,98

FONTE: www.ibge.gov.br consulta em 10 de junho de 2013.

3.3.4 Quadro

Quadro é o arranjo de palavras e/ou números dispostos em colunas e linhas, porém

predominantemente preenchidos com palavras. Os quadros são apresentados da seguinte forma:

a) Com letra e entrelinhamento menor;

b) Na parte superior do quadro devem constar:

- a palavra Quadro, alinhada à lateral esquerda, sucedida do número que o identifica, em

algarismos arábicos, conforme a ordem em que aparecem no texto, seguida de hífen;

- o titulo, escrito preferencialmente em letras minúsculas, sem ponto final.

c) Alinhados na margem esquerda do texto e, quando pequenos, devem ser centralizados.

d) A origem dos dados deve constar no rodapé precedida da palavra FONTE. (em maiúsculas).

Exemplo de quadro

Quadro 5 – Palavras e expressões perigosas

Palavras e expressões Indicação de uso melhor Forma correta

A maior parte...surgiram na

década passada

O verbo concorda com o

coletivo

A maior parte...surgiu

A maioria ...afirmam que Concordância ruim A maioria....afirma que

O professor (assim como, ou bem

como) o aluno sabem a matéria

O verbo deve concordar com o

primeiro sujeito

O professor, (assim como ou bem

como) aluno sabe a matéria.

Com exceção de Prefira a concisão Exceto

Deixar claro as coisas Concorda com o objeto Deixar claras as coisas

FONTE: Indicar a fonte das informações.

Page 40: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

39

Atenção: A Tabela não tem linhas laterais (é aberta), ao contrário do Quadro que é fechado com linhas

laterais.

3.3.5 Ilustrações

Os outros tipos de ilustrações utilizados em trabalhos acadêmicos são as figuras, fotos,

organogramas, cronogramas, gráficos estatísticos, gráficos de organização, mapas e plantas.

3.3.5.1 Figura

É a ilustração gráfica por meio de imagens representadas por desenhos, gravuras ou

fotografias. Podem ser referenciadas como figuras e sua numeração, titulo, etc., seguem as

mesmas orientações gerais dadas para as tabelas.

Exemplo:

Figura 1 – Foto do Teatro Amazonas na época de sua construção.

3.3.5.2 Gráfico

É uma representação de dados e informações, por meio de imagens que possibilitem uma

interpretação rápida e objetiva. Os mais utilizados são: gráficos estatísticos e gráficos de

organização.

3.3.5.3 Mapas e Plantas

Mapa é a representação gráfica em escala reduzida, da área de uma região.

Planta é o desenho que representa a projeção horizontal de um objeto.

Nota: Todas as ilustrações devem obedecer alguns princípios como proporção, composição, simplicidade e

clareza.

Nota: Os gráficos devem ser numerados da mesma forma usada para as tabelas e quadros, não esquecendo a

inclusão da data quando isso for necessário.

3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

São aqueles que complementam o trabalho e aparecem após o corpo propriamente dito e

inseridos na seguinte ordem:

3.4.1 Referências (obrigatório)

Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite

sua identificação individual. Do ponto de vista formal “Referências” é o nome dado à seção pós-

textual destinada a relacionar a bibliografia e outros suportes de informação utilizados para dar

apoio ao trabalho. Ela é composta pelas obras citadas no decorrer do trabalho que muito

eventualmente, podem ser colocadas em Nota de Rodapé (Nota de Referência – ver 3.3.1.3), mas

com a obrigatoriedade de relaciona-las no final do trabalho, em ordem alfabética estrita,

Page 41: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

40

separadas entre si por um espaço simples em branco e descritas de acordo com a NBR 6023

(2002) cujas orientações gerais são mostradas a seguir.

3.4.1.1 Autor pessoal

Um só autor (pessoa física) responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico

de um documento.

A regra geral para referenciar a obra de um só autor é: Autor, ponto (.); Título, ponto (.);

Edição (a partir da segunda) ponto (.); Local, dois pontos(:); Editora, vírgula (,) Ano, ponto (.);

sendo facultativa a indicação do número total de páginas seguido da letra p e de um ponto (p.).

O autor deve ser apresentado pelo sobrenome, em letras maiúsculas, seguido dos outros

nomes em letras minúsculas, abreviados ou não.

NOTA: O título todo ou apenas a primeira parte deve ser destacado em negrito.

Exemplo: FONSECA, Ozorio. Pensando a Amazônia. Manaus: Valer, 2011.

MELO, Sandro Nahmias. Meio ambiente do trabalho. Direito fundamental. São Paulo: LTr, 2001.

SILVEIRA, Edson Damas da. Meio ambiente, terras indígenas e defesa nacional. Direitos fundamentais em

tensão nas fronteiras da Amazônia brasileira. Curitiba: Juruá, 2010. 312 p.

Atenção: Não se incluem citações de títulos, cargos, graduações etc., mesmo que apareçam na obra

referenciada.

As indicações de parentesco como Filho, Junior, Neto, etc., não fazem parte do nome e

devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o último sobrenome.

Exemplo:

RAMOS JUNIOR, Dempsey Pereira. Meio ambiente e conceito jurídico de futuras gerações. Curitiba: Juruá,

2012. 414 p.

Se o sobrenome pelo qual o autor é conhecido, for um termo composto, deve-se cita-lo

por inteiro e se o sobrenome for precedido de partículas como “de”, “da”, “e”, essas

permanecem junto do prenome.

Exemplo de nome composto:

ALMEIDA-VAL, V. M. F. et al. Biochemical adjustments to hypoxia by Amazon cichlids. Brazilian Journal of

Medical and Biological Research, v. 28, p. 1257-1263,1995.

Exemplo de nome com a particular de:

MELO, Thiago de. A floresta vê o homem. Manaus: Valer, 2006.

As segundas e terceiras linhas de uma referência bibliográfica começam exatamente

abaixo da primeira letra do sobrenome do autor, que está escrito em letras maiúsculas.

Exemplo:

EASTERLY, William. O espetáculo do crescimento. Aventuras e desventuras dos economistas na incessante busca pela prosperidade nos trópicos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

Page 42: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

41

3.4.1.2 Dois autores

A regra geral para referenciar obras de dois autores é: Autor, ponto e vírgula (;); Autor,

ponto (.); Título, ponto (.); Edição a partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:);

Editora, vírgula (,); Ano, ponto (.).

Exemplo:

RIBEIRO, Euler Esteves; CRUZ, Ivana Beatrice M. da. Dieta amazônica. Saúde e longevidade. Manaus: Editora

Cultural do Amazonas, 2012.

3.4.1.3 Três autores

A regra geral para referenciar obras de três autores é: Autor, ponto e vírgula (;); Autor,

ponto e vírgula (;); Autor, ponto (.); Título, ponto (.); Edição a partir da segunda, ponto (.);

Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,); Ano, ponto (.).

Exemplo:

SILVA, Solange Teles da; CUREAU, Sandra; LEUZINGER, Márcia Dieguez. Mudança do clima. Desafios jurídicos, econômicos e socioambientais. São Paulo: Fiuza, 2011.

3.4.1.4 Mais de três autores

A regra geral para referenciar trabalhos com mais de três autores é: Primeiro autor,

ponto(.); a expressão et al., sem destaque, ponto (.); Titulo, ponto (.); Edição a partir da

segunda, ponto(.); Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,) Ano, ponto (.).

Exemplos:

AYRES, José Márcio et al. Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Belém: Sociedade Civil

Mamirauá, 2005.

Quando há um organizador, coordenador, compilador, editor ou algo assemelhado, inicia-

se a referência pelo nome do responsável ou responsáveis, acrescentando-se, após o(s) nome(s), e

entre parênteses, a designação correspondente: (org.) = organizador; (coord.) = coordenador;

OBSERVAÇÃO. “et” significa “e” e “al” é abreviatura de

“alii” que significa “outras” (feminino).

Para evitar equívocos, é preferível abreviar para “al.” já

que a abreviatura serve para os dois gêneros e para o

singular e plural. Por ser uma abreviatura, et al. não

dispensa o ponto (.) em al. e a pronúncia correta é et álli

(sílaba tônica em a) e não et alii (sílaba tônica em i). Deve

ser escrito com caracteres normais, sem negrito, sem itálico

ou sublinhado, por se tratar de expressão já incorporada ao

domínio na língua portuguesa.

Page 43: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

42

(comp.) = compilador; (ed.) = editor, etc., que por serem abreviaturas não dispensam a colocação

do ponto (.)

Exemplo:

FONSECA, Ozorio Jose de Menezes.; CAMARGO, Serguei Aily Franco de. (orgs.) Temas contemporâneos de

direito ambiental. Manaus: Edições UEA, 2012.

3.4.1.5 Autor desconhecido

Quando o autor é desconhecido, a entrada é pelo título da obra. Exemplo:

AMAZÔNIA. Encontrando soluções. Brasília: Embaixada da Itália, 2002. 210p.

3.4.1.6 Autor entidade

Instituições, órgãos governamentais ou não, organizações, associações, empresas,

sociedades, comissões, etc., responsáveis por publicações em que não se distingue autoria

pessoal, a instituição entra como autora e seus nomes são referenciados em letras maiúsculas.

Exemplo:

IBGE. Brasil em números. Brasília: Ibge, 2000.

Quando a entidade possuir uma denominação genérica, seu nome deverá ser precedido do

órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertença.

Exemplo:

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Política nacional integrada

para a Amazônia Legal. Brasília: Conamaz, 1995.

Quando a entidade possuir um nome específico de larga utilização, a entrada é feita

diretamente pelo seu nome.

Exemplo: BIBLIOTECA NACIONAL. Relatório da Diretoria Geral. Rio de Janeiro, [s.ed.], 2011.

3.4.1.7 Artigos publicados em revistas e periódicos

Quando se quer referenciar um artigo publicado em uma revista de tiragem periódica,

com autoria explicitada a regra é: Autor, (com o sobrenome em letas maiúsculas seguido do

nome em letras minúsculas, ponto (.); Título do artigo, ponto (.); Nome da revista ou

periódico negritado, vírgula (,); Título do fascículo, suplemento ou número especial, se

houver, vírgula (,) Local, virgula (,); Volume (se houver), vírgula (,); Número do fascículo (se

houver), vírgula (,), Páginas inicial e final do artigo, vírgula (,), Mês e Ano, ponto (.).

Exemplo:

BARBOSA, Walmir de Albuquerque. A pós-modernidade e as ciências da comunicação. Hileia. Revista de Direito

Ambiental da Amazônia, Manaus, ano 7-8, n. 13-14, p. 231-246, 2010.

Page 44: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

43

3.4.1.8 Publicação periódica como um todo

Os elementos essenciais são: Título, local de publicação, editores, data de inicio e de

encerramento da publicação (se houver).

Exemplo:

REVISTA DO INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL DE SÃO PAULO. São Paulo: Universidade do Estado de

São Paulo, 1959 –

3.4.1.9 Artigos em jornal, suplementos, cadernos, boletim de empresa

A regra geral é: Autor do artigo, ponto (.); Título do artigo, ponto (.); Nome do jornal

(grifado), virgula (,); Local, vírgula (,) Data, (dia, mês e ano), ponto.

Exemplo:

BARBOSA, Walmir de Albuquerque. O regatão na Amazônia. A Crítica, Manaus, 16 de julho de 2004.

3.4.1.10 Monografias, Dissertações e Teses

A regra geral para referenciar Monografias, Dissertações e Teses é: Autor, ponto (.);

Título (e subtítulo se houver), ponto (.); Local do curso, dois pontos (:); Nome da

Universidade (abreviado), vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.); Indicação de Monografia,

Dissertação ou Tese, vírgula (,); Nome da Faculdade, Centro, Instituto, vírgula (,); Nome da

Universidade por extenso, vírgula (,); Ano da conclusão, ponto (.).

Exemplos:

DUARTE, João Paulo Penhalosa. Política pública ambiental no município de Manaus: sustentabilidade

ambiental e democracia participativa no licenciamento do “Manauara Shopping Center”. Manaus, UEA, 2008.

Monografia de Conclusão do Curso de Administração Pública, Escola Superior de Ciências Sociais, Universidade

do Estado do Amazonas, 2008.

AGUIAR, Denison Melo. Os princípios da dignidade humana e o conhecimento tradicional associado ao

manejo pesqueiro: um estudo de caso na comunidade Santo Antônio do rio Urubu, no município de Boa Vista do

Ramos – Amazonas. Manaus, UEA, 2011. Dissertação de Mestrado em Direito Ambiental, Escola Superior de

Ciências Sociais, Universidade do Estado do Amazonas, 2011.

FONSECA, Ozorio Jose de Menezes. Aspectos limológicos da lagoa Emboaba, Planície Costeira Setentrional

do Rio Grande do Sul: morfometria, hidroquímica e degradação de Scirpus californicus (C.A.Meyer) Steud. São

Carlos, UFSCar, 1991. Tese de Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais, Instituto de Biociências, Universidade

Federal de São Carlos, 1991.

3.4.1.11 Monografias, Dissertações e Teses em meio eletrônico

As mesmas informações indicadas em 3.4.1.9 acrescentando-se a localização para

consulta (www. [...]) e a disponibilidade (pen drive, CD-ROM, on line, e-book, etc.)

Page 45: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

44

3.4.1.12 Relatórios de Estágio ou de Pesquisa

A regra geral é: Autor(es) ou Coordenador(es), ou Instituição responsável, ponto (.);

Título e subtítulo (quando houver), ponto (.); Local da publicação, dois pontos (:); Editor ou

Instituição responsável pela publicação, vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.); Indicação

da natureza do documento (relatório de pesquisa, de estágio, etc.), ponto (.).

Exemplo:

MEDEIROS, Epitácio Argemiro. O atraso no recolhimento do ICMS no Estado do Amazonas. Manaus: UEA,

2004. Relatório de estágio.

3.4.1.13 Congressos, Simpósios, Seminários, Encontros, Conferências

A regra geral para referenciar esses documentos é: Nome do Evento (grafado em letras

maiúsculas), vírgula (,); Número do Evento em algarismo arábico (se houver), ponto (.); Ano

da realização do evento, ponto. (.) Título, ponto (.); Local da publicação, dois pontos (:);

Editor ou entidade responsável pela publicação, vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.).

Exemplo:

CICLO INTERNACIONAL DE CONFERÊNCIAS 1, Pensando o Direito na Amazônia. Manaus, Universidade do

Estado do Amazonas, 9 de novembro de 2003.

3.4.1.14 Dicionários

A regra geral para referenciar dicionários é Autor, ponto (.); Título, ponto (.); Edição a

partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,); Ano ponto (.).

Exemplos:

KRIEGER, Maria das Graças et al. Dicionário de Direito Ambiental. Terminologia das leis do meio ambiente.

Porto Alegre: Editora da Universidade, 1988.

HOUAISS, Antônio. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

3.4.1.15 Coleções de revistas

A regra geral para referenciar coleções de revistas é: Título, ponto (.); Local de

publicação, dois pontos (:); Instituição, vírgula (,); Data de início e data de encerramento da

revista (se houver), ponto(.).

Exemplo:

Parcerias Estratégicas. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 1999 –

3.4.1.16. Enciclopédias

A regra geral é: Autor do verbete, seção ou capitulo (se houver), ponto (.); Título do

verbete, seção ou capítulo, ponto (.); a palavra In, seguida de dois pontos (:); Nome da

Enciclopédia, (negritado), ponto (.); Local de publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,);

Ano da publicação, ponto (.); Volume, vírgula (,); Página inicial e final, ponto (.).

Page 46: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

45

Exemplo:

MONTEIRO, Abgail. Os seres vivos. In: Mundo Novo. São Paulo: Ritter, 1975, v.4, 123-135.

3.4.1.17 Atas de reuniões

A regra geral é: Nome da Instituição, ponto (.); Local, ponto (.); Número da ata, ponto

(.); Título da ata, ponto (.); Livro, vírgula (,); Número da página inicial e final, vírgula (.);

Ano, ponto (.).

Exemplo:

CONSELHO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL. Manaus. Ata número 12.

Ata da aprovação dos professores orientadores dos alunos da primeira turma do Programa da Pós-graduação em

Direito Ambiental da UEA. Livro 1, p. 26-27, 2004.

3.4.1.18 Documentos em meio eletrônico

Os documentos obtidos por meio eletrônico são armazenados em páginas (sites) que são

identificados por endereços. O endereço completo de um documento na internet chama-se URL,

de Uniform Resource Locator (Localizador Uniforme de Recursos) que é composta por:

a) Identificação;

b) Domínio;

c) Diretório, subdiretório e arquivo.

Exemplo:

Identificação do Protocolo Domínio Diretório, subdiretório e arquivo

<http:// www.uea.edu.br /portal/cursos>

Para referenciar qualquer documento obtido em meio eletrônico, deve-se proceder da

mesma forma como foi indicado para obras convencionais, com todos os detalhes acrescentando

o URL completo do documento na internet entre o sinais < > antecedendo a expressão: acesso

em, e a data por extenso.

Exemplo:

CAMARGO, Serguei Aily Franco; CAMARGO, Thaisa Rodrigues Lustosa de. Direito, política e manejo

pesqueiro na bacia amazônica. São Carlos: Rima, 2012. Disponível em <www.rimaeditora.com.br.> Acesso em 20

de junho de 2013.

3.4.1.19 Legislação

Inclui legislação, jurisprudência, (decisões judiciais) e doutrina (interpretação de textos

legais). Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais

infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas

formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato

normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso,

Page 47: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

46

circular, decisão administrativa entre outros). No caso de Constituições e suas emendas, entre o

nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano da

promulgação entre parênteses.

A regra geral para referenciar Constituições é: Local de abrangência (País, Estado),

ponto (.); Título e subtítulo (se houver), ponto (.); Edição (a partir da segunda), ponto (.); Local

da publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,); Ano, ponto (.); Número de páginas, seguido

da abreviatura p., ponto (.).

Exemplo:

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 292p.

AMAZONAS. Constituição do Estado do Amazonas. Manaus: Assembleia Legislativa, 1989. 290p.

Nos demais documentos inseridos no item legislação, os elementos essenciais são: Local

de abrangência ou órgão responsável, ponto (.); Título (especificação da legislação), ponto (.);

Número e data, ponto (.); Ementa (se houver), ponto (.); Referência da publicação (onde

houver a veiculação) precedida da expressão In, dois pontos (:).

Exemplos:

BRASIL. Decreto-Lei número 2.423 de 07 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e

vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da administração federal direta e autárquica e dá outras

providências. In: Diário Oficial da União, Brasília, v. 126, n. 66, 08 de abril, 1988, Seção 1.

AMAZONAS. Decreto n. 21.963 de 27 de junho de 2001. Aprova o Estatuto da Universidade do Estado do

Amazonas, dispõe sobre sua estrutura e funcionamento e dá outras providências. In: Diário Oficial do Estado do

Amazonas, v. CVII, n. 26.697, 27 de junho de 2001.

Quando necessário acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor

identificar o documento.

Exemplo:

BRASIL. Medida Provisória número 1.569-9 de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em operações de

importação e dá outas providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília

DF, 14 de dezembro de 1997. Seção 1, p. 29.514.

BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional número 9 de 09 de novembro de 1995. Dá nova redação ao

artigo 177 da Constituição Federal alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginália. São Paulo, volume 59, outubro/dezembro de 1995, p.1966,.

3.4.1.20 Acórdãos, Decisões, Súmulas, Enunciados e Sentenças das Cortes dos Tribunais

A regra para referenciar esses documentos é: Local de abrangência, ponto (.); Nome da

Corte ou Tribunal, ponto (.); Partes litigantes, ponto (.); Nome do relator antecedido da

palavra “Relator”, ponto (.); Data do Acórdão (quando houver), ponto (.); Referência da

publicação que divulgou o documento, antecedida da expressão In, dois pontos (:).

Page 48: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

47

Exemplos:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição número 410. Estados Unidos

da América do Norte e José Antonio Fernandes. Relator Ministro Rafael Mayer, 21 de março de 1984. In: Revista

Trimestral de Jurisprudência (Brasília), v. 109, 1984. p. 870-879.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito que a Constituição

assegura a todos (art. 225 da CF), tendo em consideração as gerações presentes e futuras. Nesse sentido, desobrigar os proprietários rurais da averbação da reserva florestal prevista no art. 16 do Código Florestal, é o mesmo que

esvaziar essa lei de seu conteúdo. Recurso ordinário em mandado de segurança número 18.301-MG. Ministério

Público de Minas Gerais e Juiz de Direito de Andrelândia. Relator Ministro João Otávio Noronha. 24 de agosto de

2005. In: Diário da Justiça (Brasília), p. 157, 03 de outubro de 2005. Disponível em

<http://www.stj.jus.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=200400753800&dt_publicacao+03/10/2005>. Acesso em

10 de março de 2012.

3.4.1.21 Documento jurídico em meio eletrônico

As referências devem obedecer aos padrões indicados para documentos jurídicos,

indicados nos itens acima, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio

eletrônico (CD-ROM, DVD, Pen-drive, online, etc.).

Exemplo:

BRASIL. Regulamentação dos benefícios da previdência social In: SISLEX: sistema de legislação, jurisprudência e

pareceres da Previdência e Assistência Social. Dataprev, 1999. 1 CD-ROM.

Os trabalhos consultados on line são referenciados como segue:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir em razão de

idade, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em

<http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html> Acesso em 22 de dezembro de 2008.

3.4.1.22. Publicações de órgãos, entidades e instituições coletivas

A regra para referenciar esses documentos é: Órgão responsável, ponto (.); Título e

subtítulo (se houver), ponto (.); Edição (a partir da segunda) ponto (.); Local da publicação,

dois pontos (:); Editor (quando não for o próprio órgão), vírgula (,); Ano, ponto (.).

Exemplo:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS. Programa de fomento à iniciação cientifica. Manual do bolsista

e do orientador. Manaus, 2003.

3.4.1.23 Capítulo ou parte de livro, de monografia, dissertação, tese, separatas, etc.

A regra geral é: Autor da parte referenciada, ponto (.); Título da parte, ponto (.); Referência

de publicação antecedida da palavra In, dois pontos (:).

Exemplo:

AYRES, José Marcio et al. Mamirauá: the conservation of biodiversity in an Amazonian flooded forest. In:

FREITAS, Maria de Lourdes Davies de (coord.) Amazonian heaven of a new world. Rio de Janeiro: Campus. p.

267-280, 1998.

Page 49: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

48

3.4.1 24 Informação pessoal

Se for necessário inserir uma informação que ainda não foi publicada, mas que é

considerada importante para o entendimento do trabalho, pode-se inseri-la, ressaltando o fato de

ser decorrente de informação pessoal. Nesse caso, reproduz-se a informação seguida do nome de

quem a forneceu, seguida do ano e da notação (inf. pess.) além da chamada para uma Nota de

Rodapé explicativa onde o autor da informação deve ser identificado integralmente, e onde o

autor do trabalho pode inserir informações adicionais pertinentes.

Exemplo:

No texto: Na práxis, os processos caminham de forma absolutamente desigual, havendo uma tendência a priorizar aqueles que

envolvem um maior volume de recursos (Costa, 2004, inf. pess.) 1.

No rodapé: 1 João José Manuel da Silva Costa, analista do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas.

OBS. (nome e texto fictícios).

Nota: Para outros tipos de referência, consultar a NBR 6023 (2002).

3.4.2 Elementos essenciais das Referências

3.4.2.1 Título

Os títulos e subtítulos devem ser reproduzidos tal como aparecem nas obras ou trabalhos

referenciados, separados por dois pontos (:) ou ponto (.).

Exemplos:

Subtítulo separado por dois pontos:

ALMEIDA, Alfredo Wagner B. de et al.(org.) Conhecimento tradicional e biodiversidade: normas vigentes e

propostas. v. 1. Manaus: UEA, 2008. Subtítulo separado por ponto:

SILVEIRA, Edson Damas da. Direito socioambiental. Tratado de cooperação amazônica. Curitiba: Juruá, 2007.

A segunda parte do título pode ou não ser negritada

Quando se faz referência a periódicos, na sua totalidade (toda a coleção) ou quando se

está fazendo referências a um número ou fascículo integralmente, o título da coleção deve figurar

em primeiro lugar, em letras maiúsculas.

Exemplo:

ACTA AMAZONICA. Manaus: Inpa, 1971-

Para referenciar determinado número da coleção.

PARCERIAS ESTRATÉGICAS. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, n. 12, 2001.

3.4.2.2 Edição

Indica-se a edição somente a partir da segunda, com algarismo arábico, seguido de ponto

e da abreviatura da palavra edição (ed.) que, por ser abreviatura exige a colocação de ponto (.).

Page 50: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

49

Emendas, acréscimos, atualizações e revisões à edição, podem ser acrescentadas de forma

abreviada.

Exemplo:

PROCÓPIO. Argemiro. Diplomacia e desigualdade. 2.ed.rev.atual. Curitiba: Juruá, 2011.

3.4.2.3 Imprenta

É a indicação do local e ano da publicação. O local é separado do nome da editora por

dois pontos (:) e esta do ano por vírgula (,), finalizando com um ponto.

Exemplos:

Manaus: Valer, 2011.

Manaus: Uea Edições, 2012.

Quando falta algum dado da Imprenta e não há possibilidade de se fazer uma

identificação positiva, registra-se abreviadamente, da seguinte forma:

Na falta do local: [s.l.];

Na falta de editor [s.n.] (sin nomine) ou [s.ed.] sem editor;

Na falta da data [s.d.].

Atenção: todas essas abreviaturas são usadas entre colchetes [ ] e não dispensam o ponto (.).

3.4.2.4 Local

O local da publicação deve ser referenciado por extenso, tal como aparece na obra. Caso

haja a indicação de mais de um local, indica-se o primeiro ou o que estiver em destaque.

Se o local indicado tiver um homônimo, acrescenta-se a indicação do estado, país, etc.

Exemplos:

Santarém (Brasil) e Santarém (Portugal), ou Cambridge (Inglaterra) e Cambridge (Estados Unidos).

Se a localidade não aparecer na obra, mas for possível identificar a origem, indica-se o

local entre colchetes.

Exemplo:

GEODIVERSIDADE DO AMAZONAS. [Manaus]: Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 2004.

3.4.2.5 Editor

O nome do editor deve aparecer da mesma maneira como é grafado na obra, abreviando-

se prenomes e dispensando indicações de elementos de natureza jurídica ou comercial, desde que

sejam dispensáveis para sua identificação.

Exemplos:

Valer, e não Editora Valer; Cultrix e não Editora Cultrix.

Nota: Se forem dois ou mais editores, registra-se o mais destacado e se não há destaque, indica-se o primeiro

deles.

Page 51: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

50

Quando o editor não é mencionado, indica-se o fato com a abreviatura [s.n.] sin nomine

ou [s.ed.] sem editor. As abreviaturas não dispensam o ponto (.).

Exemplo:

ANTONACCIO, Gaitano. Zona Franca: um romance polêmico entre o Amazonas e São Paulo. Manaus: [s.ed.],

1995.

3.4.2.6 Data

Indica-se a data com algarismos arábicos, sem pontuação nem espaços. Se não houver

indicação da data, utiliza-se, entre colchetes, a abreviatura [s.d.].

Exemplo:

SALES, Waldemar Batista de. O Amazonas: o meio físico e suas riquezas naturais. 3.ed. Manaus: Imprensa Oficial

do Estado do Amazonas, [s.d.].

3.4.2.7 Descrição física

Ao final da referência recomenda-se registrar o número total de páginas ou folhas,

seguidos da abreviatura p. para páginas e f. para folhas.

Exemplo:

BARBOSA, Walmir de Albuquerque et al. (org.) Politicas públicas e educação. Manaus: Uea Edições, 2007. 189p.

Quando a obra for publicada em mais de um volume deve-se indicar a quantidade de

volumes seguida da abreviatura v.

Exemplo:

PEREIRA, Nunes. Moronguetá. Um decameron indígena. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. 2 v.

Se a referência for parte de um livro ou Anais, devem-se mencionar os números da

páginas inicial e final, separadas por hífen e precedidos da abreviatura p.

Exemplo:

CAMARGO, Aspásia. Governança para o século 21. In: TRIGUEIRO, André (coord.) Meio ambiente no século

21. 2.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 307-324.

3.4.2.8 Ordenação

As referências dos documentos citados no decorrer do trabalho devem ser ordenadas em

ordem alfabética estrita, sem numeração (NBR 6023, 1989).

Nota: Lembrar que a margem da segunda linha em diante deve iniciar sob a primeira letra da entrada.

Exemplos:

BATISTA, Djalma da Cunha. O complexo da Amazônia: análise do processo de desenvolvimento. Rio de Janeiro:

Conquista, 1976. 292p.

POVOAS, Joaquim de Mello e. Cartas do primeiro governador da Capitania de São José do Rio Negro.

Memória geosocial e histórica do Amazonas. Manaus: Universidade do Amazonas, 1983.

Page 52: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

51

Na ordenação das obras, quando um autor for indicado mais de uma vez, seu nome pode

ser substituído por um traço underline equivalente a seis espaços da segunda referência em

diante, obedecendo a cronologia da publicação.

Exemplo:

BENCHIMOL, Samuel. Amazônia; um pouco antes além depois. Manaus: Umberto Calderaro, 1977.

______ Romanceiro da batalha da borracha. Manaus: Imprensa Oficial, 1992.

Page 53: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

52

REFERÊNCIAS.

COIMBRA, Jose de Ávila Aguiar. O outro lado do meio ambiente. São Paulo: Cetesb, 1985.

BOSQUÊ, Alessandra Figueiredo dos Santos. Biopirataria e biotecnologia. A tutela penal da

biodiversidade amazônica. Curitiba: Juruá, 2012.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.

5.ed. Curitiba: Positivo, 2010.

GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009.

HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,

2009.

IBGE. Normas de apresentação tabular. 3.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

IBGE. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE,

2004.

KAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix,

2005.

LEFF, Enrique. A complexidade ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.

MAYR, Ernst. Biologia ciência única. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT,

2002.

NBR 6024. Informação e documentação – Numeração progressiva das seções de um

documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

NBR 6027. Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,

2003.

NBR 6028. Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,

2003

NBR 6033. Ordem alfabética. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

NBR 6034. Informação e documentação – Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,

2004.

NBR 10520. Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. Rio de

Janeiro: ABNT, 2002.

Page 54: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

53

NBR 12225. Informação e documentação – Lombada – Apresentação. Rio de Janeiro:

ABNT, 2004.

NBR 14724. Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de

Janeiro: ABNT, 2011.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. 8 reimp. São Paulo: Companhia das Letras,

2000.

SERES, Michel. O contrato natural. São Paulo: Nova Fronteira, 1991.

Page 55: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

54

GLOSSÁRIO.

O Glossário é uma lista de palavras ou expressões utilizadas no texto e colocadas em

ordem alfabética que se utiliza para aclarar significados controversos e que precisam de uma

definição ajustada ao objetivo do texto e do autor. Só se deve utilizar um Glossário quando a lista

de palavras e expressões for significativamente grande, pois do contrário se devem usar as Notas

de Rodapé do tipo Explicativa (Ver 3.3.1.1).

Exemplo:

Conceito biológico de espécie (CBE). Para Mayr (2005) “Espécie biológica é um grupo de populações naturais,

capazes de entrecruzamento que são reprodutivamente (geneticamente) isolados de outros grupos similares”. Esse

conceito está incluído na Convenção sobre a Diversidade Biológica, um Tratado da ONU que foi assinado durante a

Rio-92 e que foi promulgado no Brasil através do Decreto 2.519 de 16/03/1998, porém sua aplicação tem limitações

no uso de organismos que se reproduzem de forma assexuada cujas espécies são distinguíveis de forma um tanto

arbitrária, com base em características fenotípicas e exames de DNA.

Direito ambiental. Para Granziera (2009) o direito ambiental pode ser considerado uma “disciplina jurídica

autônoma, na medida em que possui princípios informadores próprios, embora se relacione intrinsecamente com dois universos: 1) as ciências externas ao mundo jurídico em que a ecologia, a economia, a biologia, a geografia, a

química, o urbanismo e a engenharia, entre outras, formam uma base científica para o entendimento das questões

jurídicas relativas ao meio ambiente; 2) outros ramos do direito, como o constitucional, o internacional, o civil, o

econômico, o administrativo, o penal, o processual, o tributário, entre outros, que emprestam seus institutos ao

direito ambiental que os utiliza de modo especifico com as adaptações necessárias, de acordo com a especificidade

da matéria”.

Meio ambiente. É o conjunto dos elementos físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais, em que se insere o

homem, individual e socialmente, num processo de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades

humanas, à preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno, dentro dos padrões de

qualidade definidos (Coimbra, 1985)

Princípio da legalidade. A doutrina, não raro, confunde ou não distingue suficientemente o principio da legalidade e o da reserva da lei. O primeiro significa a submissão e o respeito à lei, ou a atração dentro da esfera estabelecida

pelo legislador. O segundo consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias há de se fazer,

necessariamente, por lei formal (José Afonso da Silva apud Bosquê, 2012).

Transgênico. Planta ou animal que teve incorporado, de maneira estável, um ou mais genes oriundos de outra célula

ou organismo, os quais podem ser transmitidos para as gerações futuras. (Ibge, 2004)

Page 56: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

55

ÍNDICE

Elemento opcional inserido no final do documento, onde se inclui a “relação de palavras

ou frases ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para informações

contidas no texto”. (NBR 6034, 2004)

Embora o índice possa ser elaborado de acordo com vários critérios, o mais utilizado é o

que se apresenta em ordem alfabética, podendo ser organizado por autores, termos, assuntos, etc.

Exemplo de Índice muito abreviado, copiado de Leff, (2003) (Ver Referências para identificação desta obra)

Abstração formal, 27

Ação humana, 103, 107 Ambiente, 31, 36, 38, 51, 116, 129, 132, 142, 151, 155, 166, 169, 308.

Biotecnologias, 83

Conhecimento formal, 94

Direitos humanos, 123, 251, 290

Método científico, 69, 72, 185

Políticas de sustentabilidade. 80, 82

Ser indígena, 53

Teoria ambiental, 243

Utopia ambiental, 131, 132, 146, 279

Valores ambientais, 113

Page 57: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

56

APÊNDICES

Texto ou documento elaborado ou utilizado pelo autor objetivando complementar a

informação e a argumentação. Ele é sempre precedido da palavra APÊNDICE, em folha

separada, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.

Utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos Apêndices quando esgotadas as

letras do alfabeto.

Exemplo: APÊNDICE A – [...]; [...]; APÊNDICE Z; APÊNDICE AA.

Ilustração da folha separada de um Apêndice.

APÊNDICE A – Avaliação do rendimento

escolar dos alunos da Escola Municipal João

José Manuel da Silva no ano de 2010.

Page 58: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

57

ANEXOS

Os Anexos são elementos opcionais utilizados para ilustrar e/ou comprovar afirmações

existentes no texto do trabalho principal. Neles podem ser incluídas: descrições de equipamentos,

técnicas, processos, modelos de fichas, formulários, impressos, mapas, leis, estatutos, etc. Sua

apresentação é feita em folha separada onde deve constar a palavra ANEXO (em maiúsculas)

seguida de uma letra do alfabeto, de travessão e dos respectivos títulos. A quantidade de Anexos

não deve ultrapassar as letras do alfabeto, mas quando isso for absolutamente indispensável,

seguir a orientação dada para Apêndices (Ver 6. APÊNDICES).

A paginação é progressiva incluindo o(s) Apêndice(s), que vêm em antes do(s) Anexo(s).

Exemplo: Ilustração da folha separada de um Anexo

ANEXO A – Protocolo de Emenda ao

Tratado de Cooperação Amazônica.

Page 59: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

58

APÊNDICE A - FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.

Page 60: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

59

FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.

Walmir de Albuquerque Barbosa1

Nada ou muito pouco pode ser feito sem planejamento. Em pesquisa esta máxima é

indispensável, sobretudo se consideramos a pesquisa com finalidade acadêmico-científica.

Esta atividade envolve considerável capacidade de domínio das teorias da área, capacidade

de percepção dos fenômenos, argúcia para investigar os fatos através de técnicas apropriadas,

capacidade de abstração, bom senso e senso de organização para saber lidar com os achados e,

assim, obter os resultados esperados ou, até mesmo, resultados inusitados.

O desenho mental de uma pesquisa, isto é, a imagem ou configuração mental de uma

investigação científica antecede a materialização efetiva que se dá através do Projeto de

Pesquisa. Significa dizer que em nosso cérebro, em decorrência de nossas experiências e do

aprendizado acumulado, somos capazes de idealizar um conjunto de procedimentos que torna

possível vislumbrar um esboço do que desejamos fazer para encontrar o que almejamos. Nem

todos conseguem formulações lógicas precisas, mas todos são capazes de idealizar, pensar

logicamente, ordenar a sequência dos fatos pensados e refletir sobre a sua exequibilidade.

Pesquisar é conhecer em profundidade um assunto, é identificar as relações daquilo que se

torna objeto de investigação com o contexto onde acontece e as implicações do acontecer.

Pesquisar é sujeitar-se ao rigor do método para obter o conhecimento preciso. As técnicas de

pesquisa são instrumentos que auxiliam o caminhar em busca da prova, do resultado, da

descrição objetiva dos fenômenos, dos fatos, dos acontecimentos. Os resultados obtidos são

achados que confirmam, refutam ou ratificam os conhecimentos já obtidos sobre os fenômenos,

sobre os fatos, sobre os acontecimentos.

Por isso reforçam teorias, destroem teorias ou transformam-se em novas teorias. Quando

estes achados repercutem sobre diversos campos do saber tornam-se paradigmáticos.

Depois do desenho mental, da consciência do rigor que reveste a pesquisa científica, é hora

de materializar o planejamento da pesquisa. O pesquisador profissional formula projeto de

1 Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Estado de São Paulo; Professor do Programa de Pós-

graduação em Ciência da Comunicação e Sociedade e Cultura na Amazônia (UFAM).

Page 61: Manual de normas para elaboração de trabalhos científicos da UEA

60

pesquisa, o executa e apresenta resultados em forma de Relatório de Pesquisa que receberá o

tratamento determinado pela instituição que o patrocina, ou ainda cairá no circuito da difusão

científica dos resultados, para discussão dos pares, na forma de artigos científicos ou

comunicações em Congressos.

O pesquisador acadêmico tem outra trajetória, visto que o propósito de sua pesquisa se

relaciona com o aprendizado de pesquisador, com a arguição de competência por especialistas no

assunto ou área de estudo, com a publicidade dos achados e com a obtenção de título acadêmico

sob prova cabal de competência.

Portanto, pesquisar com objetivos acadêmico-científicos implica incluir no planejamento

as etapas adicionais no processo de pesquisa, que são:

a) submeter-se a uma área de estudo ou de concentração e a uma linha de pesquisa;

b) submeter-se a uma relação institucional, mediada por um orientador;

c) apresentar e aprovar projeto de pesquisa como requisito de qualificação para ir a campo,

investigar e levantar dados;

d) demonstrar conhecimento teórico sobre a área de estudo;

e) demonstrar conhecimento das regras básicas do discurso da ciência para formular e

expressar com clareza o pensamento;

f) produzir resultados de pesquisa compatíveis com o grau ou título acadêmico desejado

(Monografia, Dissertação ou Tese);

g) submeter-se a exame público perante banca examinadora para defender o trabalho

acadêmico-científico produzido;

h) sujeitar-se a incorporar as modificações exigidas pela banca examinadora, quando assim

permitir a instituição onde defende o trabalho;

i) apresentar, em tempo hábil, a versão final do trabalho, dentro das normas institucionais.

Por isso um Projeto de Pesquisa visando à obtenção do Título de Graduado, Especialista,

Mestre ou Doutor deve cingir-se de alguns cuidados, já em seu nascedouro. Só para antecipar um

pouquinho, as fases e exigências expostas acima, quase todas vão se constituir, ao final do

projeto de pesquisa proposto, no cronograma de execução que se estende da feitura do projeto de

pesquisa até o depósito da versão final, para requerer a concessão do título.

O que deve conter, então, em um Projeto de Pesquisa Acadêmico-científico?

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a) Tema e delimitação – devem estar, obrigatoriamente, relacionados com a área de

estudos do curso, levando em conta, ainda, a área de concentração e a linha de pesquisa a que se

filiará. Respeitadas estas exigências, o tema nasce de uma inquietação, de uma curiosidade, de

uma relação com os objetos de estudo que compreendem a área de atuação do pesquisador e que

necessita de um olhar mais aprofundado. Duas questões devem ser aplicadas ao tema escolhido:

qual a relevância para a ciência e quais as possibilidades que o investigador terá para abordar

cientificamente o tema escolhido?

Desse modo, ao responder a tais questões, o pesquisador firma o compromisso com a

temática e faz a delimitação necessária, isto é, aponta os limites de sua investigação.

Não se deve confundir tema com título. Estes podem até coincidir, mas não

necessariamente. É possível uma tese ou dissertação até receber um título mais sucinto e o tema

ser mais extenso, contendo a delimitação.

b) Problema de Pesquisa (ou simplesmente Problema) – O problema é um problema,

mas um problema de pesquisa, como todo problema precisa ser resolvido; por ser um problema

de pesquisa deve ser resolvido com pesquisa. Todo problema tem um nível de complexidade que

precisa ser levado em consideração e explicitado. Apesar de alguns autores recomendarem o seu

enunciado na forma de questão ou questões, em Ciências Humanas isto não parece razoável ou

suficiente. A recomendação mais plausível é a de que se deva seguir aos ditames lógicos do

discurso acadêmico: enunciação do problema, sua contextualização e formulação das questões

a investigar (também chamadas questões norteadoras ou simplesmente questionamentos). Se

você já limitou o tema, o problema circunscrito ao que já foi delimitado deve, também,

apresentar: viabilidade de resolução através da pesquisa; ter relevância, isto é, contribuir, se

solucionado, para conhecimentos novos; conter elementos de curiosidade ou novidade, pois

você não deve se propor a inventar a roda; ter um recorte através da delimitação que permita a

exequibilidade, isto é, que o pesquisador tenha condições de ir até o fim da pesquisa, pois de

nada adianta levantar um “problemão” e depois não ter condições de ir até o fim da pesquisa;

conter elementos de interesse, sejam eles de caráter geral ou específico.

Pense em pelo menos um parágrafo para cada item, a fim de que possa comportar a

descrição completa do problema e evite aquelas enunciações que nada revelam quando contidas

em duas linhas escritas.

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A enunciação é objetiva e direta. A contextualização deve ser um breve apanhado que

situe o problema dentro da área de investigação para evidenciar que, apesar dos trabalhos

anteriores ou dos esforços de outros pesquisadores, o problema que você levantou ainda não teve

a solução que considera a mais adequada. Pode até citar alguns trabalhos, mas evite ser extenso,

pois terá oportunidade de voltar ao assunto quando da Revisão de Literatura, que explicaremos

mais adiante. Lembre sempre que o projeto de pesquisa comporta certa dose de tautologia, pois

sempre estamos voltando, em cada item do projeto, a situações anteriores para explicar ou

explicitar as particularidades. As questões a investigar cercam o problema de forma exaustiva,

mas lembre-se que cada questão levantada torna-se um compromisso de busca de resposta

adequada para ela.

c) Definição de termos – refere-se à tentativa de definir os termos, isto é, palavras que

estão imediatamente ligadas ao tema e ao problema levantados. Por que devemos definir os

nossos termos logo no início do projeto? Assim fazendo, os examinadores, os interessados ou

leigos saberão, imediatamente, o significado dos termos empregados, pois os termos podem ter

sentido corriqueiro, usual, mas podem também, conter outro significado a que chamamos, em

pesquisa, de conceito operacional, isto é, eles operam de forma específica quando empregados

em nosso trabalho; eles se tornam um conceito por agregar significados que ajudam a explicar a

problemática proposta. Em cada área de conhecimento as palavras, quando erigidas à condição

de conceitos operacionais, tomam significados diferentes. Não exagere, defina o estritamente

necessário.

d) Justificativa – nem todos os metodólogos incluem esse item como obrigatório no

projeto, uma vez que desde a formulação do problema já se vem evidenciando a importância da

investigação. No entanto, não é demais reforçar os aspectos de relevância do trabalho do

cientista. Deve-se aproveitar este espaço para que o pesquisador afirme categoricamente que está

preparado para levar adiante o seu trabalho e que tem, portanto, afinidades com o tema de

investigação proposto; deve, em poucas linhas, chamar a atenção para a relevância teórica de sua

investigação, pois a cada pesquisa estamos sempre mostrando, antes de começá-la, o estado da

arte em nossa área de estudo; deve, ainda, ressaltar a relevância prática dos resultados advindos

do trabalho em questão.

e) Hipótese – é uma proposição provisória que deve antecipar os resultados a serem

perseguidos com a investigação; tem a finalidade de guiar a busca objetiva, ordenada e

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logicamente construída dos dados, necessários à comprovação do que se anuncia

antecipadamente. A hipótese só é obrigatória quando a pesquisa se respaldar em métodos de

investigação que se apoiem em técnicas estatísticas. Neste caso, o investigador, se não dominar

bem esta metodologia, deve acercar-se dos conselhos de um estatístico para construir

corretamente a sua hipótese, pois, se envolver mensurações, necessariamente, as variáveis nela já

deverão estar contidas. Em trabalhos que não tomarão os métodos e técnicas ligadas à estatística,

a hipótese é dispensável. É comum, até para evitar que julgadores que não tenham esta

compreensão cobrem a ausência deste item no projeto, que se formule o que se convencionou

chamar de Hipótese de Trabalho: uma proposição que antecipa o resultado de solução do

problema, na forma esperada pelo pesquisador, sem, contudo, comprometer-se com a

quantificação e mensuração de dados de realidade.

f) Objetivos (geral; e específicos) – existe, apenas, um Objetivo Geral. Os Objetivos

Específicos serão tantos quantos o pesquisador achar necessários. Como desdobramento do

Objetivo Geral, recomenda-se que os Objetivos Específicos sejam dispostos na ordem lógica do

processo de investigação e cronologicamente ordenados. O que significa isto? Não se analisa os

dados antes de levantá-los, não se levantam dados antes de ter uma compreensão das teorias que

subsidiarão a análise dos dados levantados. Sugere-se, ainda, que cada objetivo específico esteja

ligado a um dos capítulos ou seções contidos no plano da dissertação ou estudo. O Objetivo

Geral é a alma do trabalho e deve estar coerentemente de acordo com o tema, o problema, a

hipótese (se houver) e influenciará até na escolha do método de abordagem, do método de

procedimento e das técnicas de coleta de dados. Se eu estou propondo fazer um estudo

comparativo entre teorias, já estou predizendo que usarei a pesquisa bibliográfica, o método de

abordagem dedutivo e o método de procedimento comparativo. Os objetivos são formulados

iniciando com verbos no infinitivo. Dentre os mais usados temos: estudar, analisar,

compreender, questionar, comparar, introduzir, elucidar, explicar, contrastar, discutir,

apresentar etc. Assim como os questionamentos e a hipótese, os objetivos também implicam em

compromissos do pesquisador firmados no projeto, portanto só formule os objetivos que você

almeja e tem condições de alcançar com a realização do trabalho de pesquisa.

g) Fundamentação Teórica – também chamada de Base Teórica, Referencial Teórico ou

Marco Teórico ou, ainda Revisão de Literatura. A falta de unanimidade entre os Manuais tem

gerado grande confusão, até porque usar os termos como equivalentes pode levar a equívocos

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graves. Nas Ciências Exatas e nas Ciências Biológicas era muito comum o uso do termo Revisão

de Literatura. E isto bastava. Ultimamente, mesmo nestas áreas, nos trabalhos acadêmicos, se

vem exigindo um maior esforço para trabalhar um pouco mais a questão teórica. A Revisão de

Literatura consiste em enumerar, com um brevíssimo resumo, os trabalhos na mesma área do

estudo proposto ou que tenham tratado da mesma problemática chegando a outros resultados.

Não resta dúvida que isto é importante, mas não é tudo, demonstra, apenas, que o pesquisador

está ciente do que vem sendo pesquisado sobre a questão que problematizou. Quando falamos de

Referencial Teórico estamos ampliando um pouco mais o papel da teoria nos trabalhos

acadêmicos. Queremos, com isto, exigir dos pesquisadores, na Academia, que tenham um

domínio mais amplo da diversidade teórica, dos paradigmas e dos embates entre as diversas

correntes do pensamento científico, cada uma, por sua vez, vendo o mundo e os fatos sociais,

objeto da investigação em Ciências Humanas e Sociais, incluído aí o próprio problema em

estudo, por prisma diferenciado. Tem que demonstrar, ao construir o Referencial Teórico que

conhece os Clássicos, os Comentaristas, os Inovadores e aqueles que estão produzindo, no

calor da hora, os novos conhecimentos, testando ou refutando as teorias. O Marco Teórico é

mais específico, ele emerge dessa discussão entre os pensadores que têm a contribuir para ajudar

a compreender, interpretar e descrever a realidade que aparece do contato do pesquisador com

objeto de estudo e expressado em sua problematização. O Marco Teórico é a teoria ou o

conjunto de teorias, com coerência e consistência, dentre as várias expostas ou citadas pelo

pesquisador, que o acompanhará ao longo do trabalho, marcando a filiação teórica do autor e

creditando os resultados alcançados como reforço ao Marco Teórico adotado. É claro que

quando falamos de Fundamentação Teórica estamos falando de um item que, no Projeto de

Pesquisa, aparece ainda embrionário (de forma condensada), mas já aponta elementos retratados,

como Revisão de Literatura, Referencial Teórico e Marco Teórico, todos em um item só,

resumidamente e que serão ampliados quando da Redação da Monografia, da Dissertação ou da

Tese.

h) Metodologia – deve tratar do método de abordagem do assunto a ser estudado, isto é,

o tema será abordado usando-se o método indutivo, o método dedutivo, método hipotético-

dedutivo ou, ainda, o método dialético. Deve tratar do método de procedimento, aquele que

comporta a visão teórica juntamente com as técnicas de procedimento para colher, interpretar e

analisar os dados (positivista, neo-positivista, fenomenológico-hermenêutico, antropológico e

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crítico-dialético). Deve, ainda, indicar o tipo de estudo a ser feito. O grande problema para os

pesquisadores iniciantes, sobretudo nas Ciências Humanas, decore de idiossincrasias, “pré-

conceitos”, influências ideológicas interferindo sobre o processo de pesquisa, existência de

alguns manuais explicitamente tendenciosos, apressados em fazer julgamento de valor sobre

métodos ou maneiras de ver os fatos sociais. Em Humanidades, tanto a indução quanto a

dedução são processos indispensáveis para ver e interpretar os fatos e andam juntos no processo

de descoberta, pois estamos sempre inferindo ou deduzindo sobre algo ou de algo. Ser dialético

ou não depende do objeto de estudo, do problema levantado e da maneira como o pesquisador

percebe a dinâmica social ou os processos que, reiteradamente, atuam sobre as ações humanas e

sociais. Não é necessário fazer profissão de fé sobre a escolha da abordagem, até porque, cabe à

ciência afastar os dogmas. O tema, o problema e os objetivos da pesquisa é que influenciam a

escolha do método de abordagem e de procedimento e as técnicas que vamos utilizar. Os

Estudos Monográficos, isto é, aqueles que permitem o estudo em profundidade de um tema

como saúde, família, classe social, meio ambiente, uma categoria de trabalhadores, educação,

direito, relações de parentesco etc., podem muito bem se valer do uso de técnicas as mais

variadas possíveis para a obtenção de dados, tanto quantitativos quanto qualitativos. Da mesma

forma os Estudos de Caso, tipos de estudo que, embora se atenham a uma temática específica,

se circunscrevem a uma situação, a um caso específico, localizado e delimitado. Tanto é que os

resultados obtidos com o estudo de um caso não podem ser usados para confirmar outros, mesmo

que se encontrem na mesma categoria ou situação, pois os sujeitos, o momento, a situação e o

contexto de inter-relações jamais poderão ser os mesmos. As Técnicas de Pesquisa mais usuais

em Ciências Humanas e Sociais são: documentação indireta, pesquisa bibliográfica,

documentação direta (pesquisa de campo e raramente a de laboratório), observação direta

intensiva (observação e entrevista), observação direta extensiva (questionário, formulário,

medida de opinião e atitudes), análise de conteúdo (hermenêutica e semiologia) história de vida,

análise comparativa, dentre outras. Para o Projeto de Pesquisa é necessário descrever a técnica

a ser usada; justificar o seu uso em função do problema a resolver e mostrar como pretende

selecionar, organizar, expor, analisar e interpretar os dados colhidos. Se for trabalhar com dados

quantitativos obtidos por emprego de técnicas estatísticas, explicar muito bem quais são e como

serão tratadas as variáveis do estudo, como será o tipo da amostra, qual a margem de erro e o

tipo de exposição dos dados (se em tabelas, gráficos ou em ambos).

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i) Plano do Estudo – tratando-se de Projeto de Pesquisa, que posteriormente apresentará

os resultados na forma de uma Monografia, Dissertação ou Tese, é conveniente que o

pesquisador apresente, já no Projeto de Pesquisa, de forma resumida, o que imagina que conterá

cada uma das seções do trabalho. Chamamos a atenção para o fato da norma que trata da

apresentação de trabalhos acadêmicos se referir a seções enquanto manualistas tratam as mesmas

com a denominação de capítulos. O mais correto parece ser o uso de seção, já que a Introdução,

as Referências e outras são seções obrigatórias dos trabalhos acadêmicos e devem constar dos

sumários como partes distintas. O termo capítulos vem sendo mais usado quando se trata de

livros, coletâneas de textos e literatura de ficção.

j) Cronograma – de suma importância para a apreciação do projeto. Nele fica espelhada a

capacidade de organização, de disposição para o trabalho de investigação, racionalidade de

tempo e firma um compromisso com o cumprimento das etapas estipuladas. Em projetos

destinados à conclusão de um curso, seja ele qual for, devem ser contempladas todas as etapas,

que se estendem desde a entrega do Projeto de Pesquisa, a sua aprovação pela Comissão

Avaliadora até a Defesa e depósito da versão final para requerer o título. No caso do Curso de

Mestrado e Doutorado, não podem deixar de ser contemplados os seguintes itens no

cronograma: entrega da versão final do projeto; aprovação do projeto; submissão do projeto

ao Comitê de Ética (se assim for exigido); levantamento de fontes de pesquisa; leitura do

material bibliográfico e de outros documentos; produção de instrumentos de coleta de dados,

teste e aplicação; tratamento dos dados; análise dos dados coletados e revisão dos

procedimentos para ajustes finais; produção da dissertação ou tese e entrega da versão

preliminar; produção dos originais e revisão; depósito com pedido de defesa; defesa da

dissertação ou tese; análise e eventual incorporação de recomendações da banca examinadora;

produção e revisão da versão final da dissertação ou tese; depósito com pedido de expedição do

título de Mestre ou Doutor.

Para a elaboração de Monografias, observar as etapas exigidas pelo Curso específico.

l) Referências – nesta parte do Projeto de Pesquisa devem ser relacionados, em ordem

alfabética, somente os autores e as respectivas obras citadas no corpo do texto. A revisão da

norma NBR 6023, da ABNT, desde setembro de 2002, consagra apenas o verbete

REFERÊNCIAS, diferente, portanto, das anteriores que mencionavam Referências

Bibliográficas. Isto porque a atualização contemplou citação de outros suportes de informação

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que não são livros (bíblio) como CD´s, DVD´s, documentos eletrônicos em geral etc. Siga

rigorosamente as normas adotadas pela sua Unidade de Ensino no que diz respeito a certos itens

do trabalho acadêmico, mas tais recomendações não podem sobrepor-se às normas vigentes. A

ABNT é, no Brasil, a agência normatizadora oficial e acompanha ou traduz as normas

internacionais recomendadas pela ISO (International Organization for Standardization).

m) Obras a consultar – neste item devem ser arroladas todas as obras, em livros

documentos e outros, que serão consultadas para a elaboração da Monografia, Dissertação ou

Tese.

Um bom Projeto de Pesquisa é meio caminho andado para a produção da Monografia,

Dissertação de Mestrado ou Tese Doutoral. Ele representa o nível de amadurecimento acadêmico

do candidato ao título. Seja rigoroso na análise da coerência interna dos itens de seu Projeto de

Pesquisa. Não economize palavras e nem seja prolixo. Seja objetivo, mas não esqueça a sua

alma, pois o trabalho será sempre seu, sua cara, sua identidade intelectual.

O Orientador é peça importante para apoiá-lo nesta caminhada, mas não se torne um

dependente exagerado, busque a sua autonomia e ouse avançar nas etapas da execução da

pesquisa e da elaboração do trabalho depois do projeto aprovado. O Orientador deve analisar,

fazer observações, recomendações e até sugerir mudanças substanciais no seu projeto e deverá

ser comunicado sobre os impasses e alterações necessárias no curso da execução das etapas do

Projeto. Lembre-se que o Orientador caminhará junto com você e será o corresponsável pela sua

Monografia, Dissertação ou Tese perante a Banca Examinadora.

Por tudo isto, o seu relacionamento com o mesmo deverá ser cordial, respeitoso, e deverá

render proveito para ambos.

Siga os modelos institucionais para a elaboração dos Elementos Pré-Textuais

recomendados pela instituição à qual será entregue o trabalho para apreciação que, por sua vez

não devem contrariar as normas para produção de trabalhos científicos.

Não cabem “agradecimentos”, “epígrafe” e “resumo” no Projeto de Pesquisa. Estes são

elementos que só irão aparecer na Monografia, Dissertação ou Tese. Evite outras normas, mesmo

que algum manual fale em “uso facultativo” das normas da ABNT. Estamos no Brasil, numa

Universidade Brasileira e somos signatários de tratados que firmaram posição sobre a

oficialidade do uso destas normas. O uso de outras normas só deve ser levado em consideração

quando se vai apresentar ou publicar trabalho em instituição estrangeira ou, ainda, em casos

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especialíssimos de algumas áreas de pesquisa que seguem normas diversas das consagradas pela

ISO. Não deve ser esquecida uma rigorosa revisão ortográfica do Projeto, antes da versão final.

Se possível, busque o auxílio de pessoas capacitadas para tal.