manual de licitações, contratos e convênios

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Produzido pela Diretoria de Planejamento Estratégico (DIPE), o presente trabalho busca auxiliar o servidor a instruir adequadamente os processos administrativos, dando ênfase aos procedimentos cujo objetivo é a celebração de contratos administrativos, prestar os esclarecimentos necessários à realização de um procedimento licitatório regular, a partir das orientações provenientes dos órgãos de controle interno e externo.

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  • Rua do Una, 156 - Telgrafo - Belm - Par

    Tel: (91) 3299 - 2200

    www.uepa.br

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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR

    BELM/PA - 2016

  • JUAREZ ANTNIO SIMES QUARESMA Reitor RUBENS CARDOSO DA SILVAVice-ReitorGISELLE SARATY DE OLIVEIRAProcuradora-ChefeANA DA CONCEIO OLIVEIRAPr-Reitora de GraduaoHEBE MORGANNE CAMPOS RIBEIROPr-Reitora de Pesquisa e Ps-GraduaoMARIANE CORDEIRO ALVES FRANCOPr-Reitora de ExtensoCARLOS JOS CAPELA BISPOPr-Reitor de Gesto e PlanejamentoAURYCLIA SILVA DIASDiretora de Planejamento EstratgicoNEIVALDO FIALHO DO NASCIMENTODiretor de Recursos FinanceirosFRANCEMARY SARAIVA DOS SANTOSDiretora de Administrao e ServiosFRANCINELY DO SOCORRO AUAD THIJMDiretora de Administrao de Recursos MateriaisANTNIO DE OLIVEIRA JUNIORCoordenador do Ncleo de Controle InternoHELEZE ROBERTA OLIVEIRA SENAAssessora de Comunicao

    ELABORAO/REVISOAuryclia Silva DiasAntnio de Oliveira JuniorEdilson Pereira de Oliveira FilhoElinne Salgado FerreiraNatlia Alexandre dos Santos Silva

    REVISO ORTOGRAFICAAntnio Carlos Braga SilvaAntnio de Oliveira Junior

    CAPALuan Soares

    PROJETO GRFICO E DIAGRAMAOJosenete Mendes

    COMISSO DE FLUXOS PROCESSUAISAntnio de Oliveira JuniorAuryclia Silva DiasGiselle Saraty de OliveiraFrancemary Saraiva dos SantosJos Maria de Abreu Mattos NetoMaria Elizabete Moreira BarataNatlia Alexandre dos Santos Silva

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR

  • Produzir, difundir conhecimentos e formar profissionais ticos, com responsabilidade social, para o desenvolvimentosustentvel da Amaznia.

    MISSO

  • APRESENTAO..................................................................................................................................10

    CAPTULO I - LICITAO1 Conceito ........................................................................................................................................................132 - Princpios da Licitao ...........................................................................................................................133 - Sujeitos Obrigados a Licitar .................................................................................................................154 Objeto da Licitao .................................................................................................................................165 Fases da Licitao ...................................................................................................................................176 Finalidade da Licitao..........................................................................................................................18

    CAPTULO II - MODALIDADES DE LICITAO1 - CONCORRNCIA........................................................................................................................................231.1 - Conceito......................................................................................................................................................231.2 Caractersticas.........................................................................................................................................232 - TOMADA DE PREOS.............................................................................................................................262.1 - Conceito.......................................................................................................................................................262.2 Obrigatoriedade......................................................................................................................................263 - CONVITE.........................................................................................................................................................273.1 Conceito.....................................................................................................................................................273.2 Obrigatoriedade.....................................................................................................................................284 - PREGO..........................................................................................................................................................304.1 - Conceito......................................................................................................................................................304.2 - Classificao.............................................................................................................................................314.3 Fases do Prego ...................................................................................................................................325 - SISTEMA DE REGISTRO DE PREO................................................................................................366 - SISTEMA DE COTAO ELETRNICA............................................................................................41

    CAPTULO III DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAO1 - DISPENSA DE LICITAO......................................................................................................................451.1. Hipteses de Licitao Dispensvel...............................................................................................45

    SUMRIO

  • 1.1.1. Em Razo do Valor.................................................................................................................................461.1.2. Em Razo de Situaes Excepcionais.........................................................................................481.1.3. Em Razo do Objeto..............................................................................................................................501.1.4. Em Razo da Pessoa............................................................................................................................512 INEXIGIBILIDADE DE LICITAO......................................................................................................522.1. Conceito........................................................................................................................................................522.2. Hipteses de Inexigibilidade...............................................................................................................52Os Processos de Dispensa e Inexigibilidade de Licitao.........................................................56

    CAPTULO IV - CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1 - Conceito..........................................................................................................................................................592 - Objeto...............................................................................................................................................................603 - Partes...............................................................................................................................................................614 - Vigncia ..........................................................................................................................................................635 - Garantia ..........................................................................................................................................................666 Forma..............................................................................................................................................................677 - Formalizao................................................................................................................................................678 - Acompanhamento.....................................................................................................................................709 - Publicidade....................................................................................................................................................7110 - Execuo.....................................................................................................................................................7211- Atribuies do Agente Fiscalizador...................................................................................................7312 - Reajuste de preos.................................................................................................................................7613 - Equilbrio Econmico-Financeiro......................................................................................................7714 - Repactuao..............................................................................................................................................7915 - Satisfao....................................................................................................................................................8016 - Alterao......................................................................................................................................................8217 - Descumprimento.....................................................................................................................................8418 - Recebimento do objeto........................................................................................................................8419 - Extino. ......................................................................................................................................................86

  • CAPTULO V - CONVNIOS1 Conceito.........................................................................................................................................................912 - Sujeitos............................................................................................................................................................933 - Requisitos para Celebrao..................................................................................................................944 - Formalizao................................................................................................................................................955 - Publicao.....................................................................................................................................................976 - Liberao dos Recursos.........................................................................................................................977 - Execuo.....................................................................................................................................................1008 - Prestao de Contas.............................................................................................................................1019 - Composio dos Processos Oriundos de Convnios...........................................................10510 - Formalizao de um Convnio Atravs do SICONV..........................................................10610.1 - Etapas para Celebrao de Convnios no SICONV.......................................................10710.2 - Execuo...............................................................................................................................................10710.3 - Prestao de Contas........................................................................................................................108

    CAPTULO VI TERMO DE REFERNCIAConceito.............................................................................................................................................................111Requisitos..........................................................................................................................................................111 Elaborao........................................................................................................................................................113

    CAPTULO VII ORGANOGRAMA INSTITUCIONAL E SETORES DA UEPA1- Organograma Institucional..................................................................................................................1182- Setores e Unidades da UEPA ............................................................................................................120

    CAPTULO VIII FLUXOS E FLUXOGRAMAS DE PROCESSOS 1 - Fluxo de Compras atravs de Licitao .....................................................................................1242 - Fluxo para Contratao de Servios atravs de Licitao ................................................1283 - Fluxo de Obras e Servios de Engenharia atravs de Licitao. ...................................1324 - Fluxo de Compras por Cotao Eletrnica ..............................................................................1365 - Fluxo para Contratao de Servios por Cotao Eletrnica ..........................................140

  • 6 - Fluxo para Obras e Servios de Engenharia por Cotao Eletrnica ........................1447 - Fluxo de Compras pelo Sistema de Registro de Preos. ..................................................1488 - Fluxo de Contratao de Servios pelo Sistema de Registro de Preos. ..................1529 - Fluxo de Compras por Dispensa ou Inexigibilidade de Licitao..................................15610 - Fluxo para Contratao de Servios por Dispensa ou Inexigibilidade de Licita-o........................................................................................................................................................................16011 - Fluxo de Convnio com Repasse Financeiro .......................................................................16412- Fluxo de Convnio sem Repasse Financeiro .........................................................................16613 - Fluxo de Convnio Internacional ................................................................................................16814 - Fluxo de Convnio de Estgio ......................................................................................................17015 - Fluxo de Compras com Recursos de Convnio atravs de Licitao .......................17216 - Fluxo de Contratao de Servios com Recursos de Convnio atravs de Licita-o........................................................................................................................................................................17617 - Fluxograma de Prorrogaes de Contratos...........................................................................180

    CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................182

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................................................184

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    Cientes da necessidade de propiciarmos aos servidores da Universidade do Esta-do do Par o conhecimento necessrio para o exerccio de suas atribuies, nossa Instituio desenvolveu o presente Manual, resultado de um cuidadoso levantamento das dvidas mais comuns dos setores assessorados, levando em considerao os Processos de Licitao, Contratao e Convnios dos mais diversos bens e servios submetidos nossa apreciao.

    O presente trabalho busca auxiliar o servidor a instruir adequadamente os proces-sos administrativos sob sua responsabilidade, dando nfase aos procedimentos cujo objetivo a celebrao de contratos administrativos, prestar os esclarecimentos ne-cessrios realizao de um procedimento licitatrio regular, a partir das orientaes provenientes dos rgos de controle interno e externo.

    As orientaes deste Manual so fruto de um trabalho exaustivo de pesquisa e con-solidao da experincia de diversos profissionais de nossa Universidade, compro-metidos com a gesto pblica e, ao mesmo tempo, com a qualidade do servio pres-tado aos usurios da Universidade.

    Agradecemos a equipe de elaborao e reiteramos a importncia da construo deste Manual e de sua imediata aplicao em nossos processos.

    Esperamos que este documento seja uma ferramenta imprescindvel em nosso la-bor, com o fito de promover o constante aperfeioamento das atividades desenvolvi-das pelos servidores incumbidos da importante tarefa de viabilizar o adequado fun-cionamento da mquina pblica. Sabemos que cada servidor partcipe desse ideal.

    Juarez Antnio Simes QuaresmaReitor da Universidade do Estado do Par

    MENSAGEM DO REITOR

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    Este Manual fruto da cooperao de todos os setores da Gesto Superior da Uni-versidade do Estado do Par, que por meio dos constantes debates realizados para discutir e repensar a forma da tramitao dos processos e dos procedimentos a se-rem adotados na instituio, aliados ao conhecimento prtico e s experincias viven-ciadas pelos seus servidores no dia-a-dia da realizao de suas atividades laborais, contribuiu substancialmente para a materializao e efetivao deste trabalho.

    Ficam aqui os nossos agradecimentos aos servidores que integraram comisses que foram designadas pelo Magnfico Reitor, para o estudo e desenvolvimento do flu-xograma processual da IES, bem como a todos aqueles que direta ou indiretamente contriburam para a elaborao deste Manual de Licitaes, Contratos e Convnios.

    Em especial, agradecemos aos seguintes servidores da Reitoria da UEPA pela par-ceria e empenho prestados na realizao desta tarefa:

    Antnio Carlos Abbade PereiraAntnio Jos CoelhoArthur dos Santos ProenaClayton BrasilJofre Jacob da Silva FreitasJosenete Ferreira MendesLea da Silva FerreiraLony Luis Lopes NegroManoel Abedias da SilvaMaria Marize DuarteMaria Snia SoaresPatrcia da Silva MendonaRmulo Rubens Mouro RodriguesSuely Maria Queiroz Andrade

    AGRADECIMENTOS

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    A Administrao Pblica para poder atuar e atender com maior eficincia s neces-sidades pblicas carece de agilidade. Esse tambm um desafio para a gesto da Universidade do Estado do Par.

    Assim, com o objetivo de imprimir maior celeridade ao andamento dos processos administrativos na IES, o primeiro passo dado por sua gesto buscar a implemen-tao na instituio de um Fluxograma Processual dinmico e clere, pautado na rotina e experincia prtica de seus setores, levando em considerao a opinio e a participao dos servidores que atuam diretamente na construo de todo o processo

    Isto se evidencia diante dos rotineiros problemas que se apresentam nos processos de compras, servios e obras por meio de licitao, dispensa e inexigibilidade, bem como nos contratos e convnios que a instituio celebra, tornando-se assim, impres-cindvel orientar as unidades que a compem com o intuito de melhor desempenha-rem suas atribuies em suas respectivas reas de atuao, o que se pretende por intermdio do presente Manual de Licitaes, Contratos e Convnios.

    O Manual versa sobre a definio de conceitos, diretrizes e o estabelecimento de procedimentos essenciais para a uniformidade das atividades no mbito da institui-o, mais especificamente ao tratar dos procedimentos para realizao de licitaes referentes a compras, servios e obras, fiscalizao e ao gerenciamento dos contra-tos administrativos e dos convnios em suas diversas espcies, seja os de captao de recursos, de cooperao tcnica, de estgio acadmico, bem como os celebrados com entidades internacionais.

    O Manual utiliza termos simples e claros, visando sempre facilitar a compreenso do leitor e traz em seu ltimo captulo o Fluxograma Processual. Alm disso, fornece

    APRESENTAO

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    instrues teis destinadas aos responsveis diretos pela elaborao e instruo de processos, que versem sobre licitaes, contratos e convnios, embora no tenha a pretenso de exaurir os assuntos nele abordados, requerendo assim constante aper-feioamento.

    Portanto, contamos com a colaborao de todos os servidores da Universidade do Estado do Par para lerem com ateno este compndio e o utilizem em suas ativida-des dirias, tendo sempre em vista a integridade, transparncia e efetividade na boa e eficaz aplicao dos recursos pblicos que so destinados a esta IES, e que sero aplicados nas reas do ensino, pesquisa e extenso, em benefcio do ensino pblico e ao desenvolvimento do Estado do Par.

    Os Elaboradores

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    CAPTULO I

    LICITAO

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    1- CONCEITOS

    A Licitao o procedimento administrativo preliminar mediante o qual a Administra-o Pblica, baseada em critrio prvio, seleciona, entre vrias propostas referentes a compras, obras ou servios, a que melhor atende ao interesse pblico, a mais vantajo-sa, a economicamente vivel e ecologicamente sustentvel, a fim de celebrar contrato, desenvolvendo-se por intermdio de uma sucesso ordenada de atos vinculantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados, alm do que atua como fator de eficincia, moralidade, equidade, e economia nos negcios administrativos.

    O fundamento legal bsico da Licitao a Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1993 e suas alteraes.

    Assim, licitar um dever da Administrao e j que esta se encontra subordinada lei, salvo em casos excepcionais, no tem liberdade para contratar. Isto indica que no cabe ao gestor pblico prescindir da licitao segundo sua convenincia ou oportuni-dade, seno quando a lei o autorize de forma expressa, no se podendo deixar ao seu alvedrio quando deve ou no observ-la.

    2- PRINCPIOS DA LICITAO:

    a) LEGALIDADE - Est expresso no artigo 5, inciso II, da Constituio Federal, e pressupe a Administrao Pblica agir na gesto da coisa pblica sempre com base aos mandamentos da lei, exercendo suas atividades nos estritos limites impostos pela lei, sem poder deles se afastar sob pena de invalidao do ato administrativo e de res-ponsabilidade do agente que o praticou.

    b) FORMALISMO - O procedimento administrativo da licitao sempre FORMAL, especialmente em razo de preceder contrataes que implicaro dispndio de re-cursos pblicos.

    c) IMPESSOALIDADE - Impe ao agente pblico, ao gerir a coisa pblica, o dever de

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    administr-la nos exatos termos previstos em lei, devendo atender sua finalidade, no importando a vontade pessoal de seu gestor, mesmo que esta seja, aparentemente, mais vantajosa do que se aplicar a lei aos casos concretos. Assim, no procedimento licitatrio, deve a Administrao permitir a participao de todos os interessados que cumpram as exigncias do edital, em total respeito ao princpio da isonomia, selecio-nando ao final a melhor vantagem para o seu contrato.

    d) PUBLICIDADE DOS ATOS - A licitao no ser sigilosa, sendo PBLICOS e ACESSVEIS ao pblico os atos de seu procedimento, salvo quanto ao contedo das propostas, at a respectiva abertura do certame. O objetivo deste princpio permitir o acompanhamento e a fiscalizao do procedimento, no s pelos licitantes, como tambm pelos diversos rgos de controle interno e externo e pelos administrados em geral, permitindo-lhes sustar ou impugnar quaisquer atos lesivos moralidade administrativa ou ao patrimnio pblico, representar contra ilegalidades ou desvios de poder, apresentar denncias ao Ministrio Pblico, Tribunais de Contas, etc.

    e) IGUALDADE ENTRE OS LICITANTES - O legislador colocou tal princpio no mais elevado patamar entre os demais, impedindo as discriminaes injustificadas entre os licitantes, garantindo portanto, a ampla concorrncia.Todavia, um acrscimo im-portante foi introduzido na redao do Art.3 da Lei de Licitaes e Contratos com o advento da Lei n 12.349/2010, possibilitando afirmar que, dependendo da licitao, ser mais vantajosa a proposta que apresente no s a melhor relao custo-bene-fcio, mas aquela que se utilize de boas prticas de sustentabilidade, favorecendo o desenvolvimento nacional sustentvel.

    f) SIGILO NA APRESENTAO DAS PROPOSTAS - A violao do sigilo das propos-tas deixa em posio privilegiada o concorrente que disponha da informao relativa ao seu contedo, pois, conhecendo o preo oferecido por seus adversrios, poder formular sua proposta com um valor um pouco abaixo e vencer o certame, em eviden-te fraude competitividade. A observncia do sigilo das propostas at sua abertura de tal importncia que constitui crime sua violao.

    g) COMPETITIVIDADE - A Lei estabelece como obrigatrio o carter competitivo do procedimento licitatrio, com o propsito de evitar manipulaes de preos, assegu-16

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    rando Administrao Pblica a obteno da proposta mais vantajosa para a conse-cuo de seus fins.

    h) PROBIDADE E MORALIDADE ADMINISTRATIVA - Corresponde exigncia de atu-ao tica pelos agentes pblicos em todas as etapas do procedimento licitatrio.

    i) VINCULAO AO INSTRUMENTO CONVOCATRIO - Esse princpio veda o des-cumprimento das normas e condies do Edital at mesmo pela prpria Administra-o Pblica, assegurando inclusive a qualquer cidado o direito de impugn-lo por motivo de ilegalidade.

    j) JULGAMENTO OBJETIVO - Julgamento objetivo o que se baseia no critrio in-dicado no Edital e nos termos especficos das propostas, impedindo em regra avalia-es subjetivas por parte do julgador, exceto nas licitaes dos tipos melhor tcnica ou tcnica e preo em que necessariamente haver avaliao subjetiva na escolha da proposta vencedora.

    k) ADJUDICAO COMPULSRIA AO VENCEDOR - Significa atribuir o objeto do cer-tame ao licitante vencedor, contudo, no obrigando a Administrao Pblica de com este contratar quando for constatada ilegalidade no procedimento, devendo este ser anulado, ou quando resolver revogar a Licitao visando resguardar o interesse pblico.

    3 - SUJEITOS OBRIGADOS A LICITAR

    Por expressa determinao constitucional, encontram-se vinculados ao procedimento licitatrio a Administrao Pblica Direta, Indireta de qualquer dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios (art. 37, caput, e inciso XXI, da CF). Assim, esto obrigadas a licitar as entidades da Administrao Pblica Direta (Unio, Estados-Membros, Distrito Federal e Municpios) e as da Administrao Pblica Indireta (Autar-quias, Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista e Fundaes Pblicas).

    Tambm esto obrigadas a licitar as corporaes legislativas (Cmaras de Vere-adores, Assembleias Legislativas, Cmara dos Deputados e Senado Federal), bem

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    como o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e os Tribunais de Contas, sempre que precisarem realizar negcios de seus respectivos interesses, as subsidirias das Empre-sas Pblicas e das Sociedades de Economia Mista, os Fundos Especiais e as entidades controladas indiretamente pela Unio, Estados-Membros, Distrito Federal e Municpios.

    Ainda esto obrigadas a licitar as entidades indicadas em leis especiais, a exemplo das sindicais, conforme prev o 6 do artigo 549 da CLT, e o SEBRAE.

    4 - OBJETO DA LICITAO

    Consiste em tudo aquilo que o ente pblico possa obter de mais de um ofertante ou que, se por ele oferecido, interessar a mais de um dos administrados, havendo de ser, em tese, pela proposta escolhida em processo licitatrio como a mais vantajosa.

    A relao dos objetos mencionados no artigo 1 do Estatuto Licitatrio - obras, ser-vios (inclusive os de publicidade), compras, alienaes e locaes - meramente exemplificativa, pois outros tantos negcios desejados pela entidade obrigada a licitar tambm devem ser objeto de licitao, como o caso do arrendamento, do emprs-timo e da permisso.

    O objeto da Licitao que a Universidade do Estado do Par realiza deve ser des-crito de modo sucinto e claro. Quando se tratar de compra, deve ser adequadamente caracterizado e, em se tratando de obra ou servio, deve estar pautado em Projeto Bsico ou Termo de Referncia previamente aprovado pela autoridade competente, que neste caso o Reitor (a).

    Uma vez definido o objeto que se quer contratar necessrio estimar o valor total da obra, do servio ou do bem a ser licitado, mediante realizao de pesquisa de mer-cado com vistas a se adotar a modalidade de licitao adequada.

    No caso de execuo de obras e prestao de servios, o objeto da licitao so-18

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    mente poder ser realizado quando:a) Houver Projeto Bsico ou Termo de Referncia previamente aprovado pelo ges-

    tor e disponvel para exame dos interessados em participar do processo licitatrio;b) Existir oramento detalhado em planilhas que expressem a composio de todos

    os seus custos unitrios;c) Houver previso de recursos oramentrios que assegurem o pagamento das

    obrigaes decorrentes de obras ou servios a serem executados no exerccio finan-ceiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma de desembolso.

    Para elaborarem suas propostas, os licitantes necessitam de especificaes claras e precisas que definam o padro de qualidade do produto a ser adquirido, posto que, se assim no for, a instituio corre o risco de adquirir o objeto mais barato, embora no seja o melhor.

    Assim, prev a lei que Nenhuma compra ser feita sem a adequada caracterizao de seu objeto e indicao dos recursos oramentrios para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa (art. 14, Lei 8.666/93).

    5 FASES DA LICITAO

    5.1) Fase Interna (Art.38 da Lei 8.666 /93) - O procedimento de licitao ser inicia-do com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, caracterizao e necessidade de contratar, definio clara e detalhada do objeto, previso de recursos oramentrios para custear a despesa, parecer jurdi-co, autorizao respectiva do Ordenador de despesas para abertura do certame.

    5.2) Fase Externa (Art.43 da Lei 8.666/93) - o momento em que a licitao torna-se pblica, e divide-se em:

    a) Publicao do Edital ou envio da Carta-Convite (incio da fase externa do proce-

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    dimento); b) Abertura dos envelopes, contendo a documentao relativa habilita-o dos concorrentes e sua apreciao; c) Devoluo dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que no tenha havido recursos, ou aps o indeferimento destes; d) Abertura dos envelopes conten-do as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposio de recursos, ou tenha havido desistncia expressa destes, ou aps o jul-gamento dos recursos interpostos; e) Verificao da conformidade de cada propos-ta com os requisitos do edital, promovendo-se a desclassificao das propostas des-conformes ou incompatveis; f) Julgamento e classificao das propostas de acordo com os critrios de avaliao constantes do edital; e) Deliberao da autoridade competente, quanto homologao e adjudicao do objeto da licitao.

    6 FINALIDADES DA LICITAO

    Em suma, trs so as finalidades da Licitao. Em primeiro lugar, ela tem a finalida-de de selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao Pblica.

    Em segundo lugar, dar igual oportunidade aos que desejam contratar com os entes pblicos. garantindo entre os licitantes o princpio constitucional da isonomia (art. 3, Lei n 8.666/93).

    E em terceiro lugar, que ela seja ecologicamente sustentvel, obrigando o licitante vencedor a utilizar-se de prticas no fornecimento do material ou servio que preservem o meio ambiente com a finalidade de garantir o desenvolvimento nacional sustentvel.

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    Alm de todos esses atos, nas concorrncias de valor espe-cialmente elevado (acima de cento e cinquenta milhes de reais), h uma exigncia anterior prpria publicao do edital, a Audincia Pblica, prevista no Art. 39 da Lei.

    Importante

    (fl.40. 1 pargrafo) Aps a realizao da licitao, os preos e as condies de contratao ficaro registrados em Ata de Registro de Preos, que ter validade mS

    SMULA/TCU n 222 - As Decises do Tribunal de Contas da Unio, relativas aplicao de normas gerais de licitao, sobre as quais cabe privativamente Unio legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

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    CAPTULO II

    MODALIDADESDE LICITAO

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    ASPECTOS GERAIS

    A Lei n 8.666/93 prev cinco modalidades de Licitao: Concorrncia, Tomada de Preos, Convite, Concurso e Leilo. Pela Medida Provisria n 2.026/2000, transfor-mada na Lei Federal n 10.520/2002, foi criado o Prego como nova modalidade de licitao em nvel federal e, no Estado do Par, pela Lei n 6.474, de 06 de agosto de 2002, regulamentada pelo Decreto n 199/2003.

    De acordo com o tipo, o valor ou, ainda, a necessidade da Administrao Pblica, haver modalidades a serem utilizadas para realizao da licitao. A escolha da mo-dalidade deve se dar em funo de dois critrios:

    a) Critrio qualitativo - em que a modalidade dever ser definida em funo das caractersticas do objeto licitado, independentemente do valor estimado para a con-tratao. Ex: Licitaes que visem promover concesses de direito real de uso, nas quais obrigatrio o uso da modalidade concorrncia;

    b) Critrio quantitativo - em que a modalidade ser definida em funo do valor estimado para a contratao, se no houver dispositivo que obrigue a utilizao do critrio qualitativo. Ex: Utilizao da modalidade tomada de preos para obras com valor estimado de at R$ 1,5 milho.

    Vale lembrar que a escolha de cada uma dessas modalidades no se reveste de ato discricionrio da Administrao, posto que, para cada situao, existe um tipo de licitao a ser adotada, ficando a exceo por conta da modalidade CONCORRN-CIA, que poder ser adotada quando couber a Tomada de Preos e o Convite.

    O grupo composto pela Concorrncia, Tomada de Preos e pelo Convite o grupo das modalidades sem finalidade especfica, j que qualquer delas pode levar a con-tratao de uma obra, um servio, um fornecimento ou uma alienao.

    O segundo grupo, formado pelo Concurso e pelo Leilo, o grupo das modalidades

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    com finalidades especficas, pois somente se prestam para os seguintes casos: Concur-so, para a escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico; e o Leilo, para alienaes.

    O estatuto licitatrio veda a criao de outras modalidades de licitao. S a Unio pode criar novas modalidades, dado que lhe compete privativamente de acordo com a CF/88, estabelecer normas gerais sobre o assunto.

    Cumpre ressaltar que as modalidades licitatrias no se confundem com os tipos de licitao que so: licitao de menor preo, melhor tcnica, tcnica e preo e de maior lance ou oferta.

    As modalidades de licitao relacionam-se com o valor estimado do contrato, en-quanto os tipos relacionam-se com o julgamento.

    Com a preocupao de evitar fraude na escolha da modalidade de procedimento, o estatuto licitatrio probe a utilizao de Convite ou Tomada de Preos, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou servio, ou ainda para obras ou ser-vios da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizados conjunta e concomitantemente, sempre que o somatrio de seus valores caracterizarem o caso de Tomada de Preos ou Concorrncia, respectivamente, exceto para as parcelas de natureza especfica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de espe-cialidade diversa daquela do executor da obra ou servio.

    Versaremos aqui somente sobre as modalidades Concorrncia, Tomada de Preos, Convite e Prego, haja vista que so as mais comuns e as mais utilizadas nas licita-es que a Universidade do Estado do Par realiza.

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    1 - CONCORRNCIA

    1.1 - Conceito

    a modalidade de licitao que se realiza com ampla publicidade para assegurar a participao de quaisquer interessados que preencham os requisitos previstos no Edital. prpria para contratos de grande valor em que se admite a participao de quaisquer interessados, cadastrados ou no, que satisfaam a todas as condies estabelecidas no Edital.

    1.2 Caractersticas

    Do conceito decorrem suas caractersticas bsicas, que so ampla publicidade, universalidade, habilitao preliminar e julgamento por comisso, consoante a seguir detalhamos:

    1.2.1 - Ampla Publicidade: assegurada pela publicao do aviso do edital, no m-nimo uma vez, com indicao do local em que os interessados podero ler e obter o texto integral e todas as informaes sobre a licitao.

    A publicao deve ser feita no Dirio Oficial da Unio, quando se tratar de Licitao feita por rgo ou entidade da Administrao Pblica Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garan-tidos por instituies federais; ou no Dirio Oficial do Estado ou do Distrito Federal, quando se tratar respectivamente de licitao de rgos da Administrao Estadual ou Municipal ou do Distrito Federal; e em jornal dirio de grande circulao no Estado e tambm, se houver, em jornal de circulao na regio ou no Municpio onde ser realizada a obra, prestado o servio, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administrao, conforme o vulto da licitao utilizar-se de outros meios de divulgao para ampliar a rea de competio.

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    A publicao, no caso da Concorrncia, deve ser feita com no mnimo 30 dias de an-tecedncia, salvo quando se tratar de licitao do tipo melhor tcnica ou tcnica e preo, ou quando o contrato a ser celebrado contemplar a modalidade de emprei-tada integral em que o prazo passa a ser de 45 dias.

    1.2.2 - Universalidade: Significa a possibilidade de participao de quaisquer inte-ressados que na fase inicial de habilitao preliminar comprovem possuir os requisi-tos mnimos de qualificao exigidos no Edital para execuo de seu objeto.

    Se, apesar disso e da grande publicidade, ningum atender ao chamamento, a Uni-versidade do Estado do Par poder contratar com quem se interesse desde que ob-serve as condies da chamada licitao deserta e demonstre que a renovao do procedimento lhe trar prejuzos de ordem financeira, como por exemplo, aumento do preo, ou administrativa, atraso no incio do servio.

    1.2.3 - Habilitao Preliminar: Corresponde fase de apresentao de informaes e documentos ligados comprovao da habilitao jurdica, qualificao tcnica, qualificao econmico-financeira e regularidade fiscal dos ofertantes.

    Constitui, na Concorrncia, a fase inicial do procedimento, realizada aps sua aber-tura, enquanto na Tomada de Preos e no Convite anterior.

    No se confunde com a pr-qualificao que pode ser exigida pela Universidade do Estado do Par sempre que o objeto da licitao recomendar anlise mais detida da qualificao tcnica dos interessados.

    1.2.4- Julgamento por Comisso: exigncia da Lei. A comisso de julgamento necessria em qualquer tipo de Concorrncia, devendo ser formada, no mnimo, por 03 membros, sendo ao menos 02 servidores efetivos da Universidade, podendo o ter-ceiro ser estranho instituio. Pode ser permanente, para o julgamento de todas as concorrncias, ou especial para cada caso.

    O membro da comisso responde solidariamente por todos os atos praticados por ela, salvo se fez constar de ata sua posio divergente, devidamente fundamentada. 26

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    O mandato da comisso de licitao de at 01(um) ano, vedada a reconduo da totalidade de seus membros para a mesma comisso, no perodo subsequente.

    A Concorrncia obrigatria para:

    a) Obras e servios de engenharia de valor superior a R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais);

    b) Compras e servios que no sejam de engenharia de valor superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais);

    c) Compra e alienao de bens imveis, qualquer que seja o seu valor, ressalvada a admissibilidade de Concorrncia ou Leilo para alienao de bens adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dao em pagamento;

    d) Concesses de direito real de uso;e) Licitaes Internacionais, com a ressalva para a Tomada de Preos e para o Con-

    vite;f) Alienao de bens mveis de valor superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cin-

    quenta mil reais);g) Para o registro de preos, ressalvada a possibilidade de utilizao do Prego.

    Nos casos em que couber Convite ou Tomada de Preos, a Concorrncia poder tambm ser utilizada.

  • 28

    2 - TOMADA DE PREOS

    2.1 - Conceito

    a modalidade de licitao realizada entre interessados previamente cadastrados ou que preencham os requisitos para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao.

    A publicidade deve ser observada na Tomada de Preos em obedincia s mesmas normas j referidas para a Concorrncia (publicao de Edital), porm, com a diferen-a de que a publicao se faa com 15 (quinze) dias de antecedncia apenas, salvo para os contratos sob regime de empreitada integral ou para as licitaes de melhor tcnica ou tcnica e preo quando o prazo passa para 30 (trinta) dias.

    2.2 Obrigatoriedade

    A Tomada de Preos obrigatria nos seguintes casos:

    a) Obras e servios de engenharia de valor estimado superior a R$ 150.000,00 (cen-to e cinquenta mil reais) at R$ 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil reais);

    b) Compras e outros servios de valor superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) at R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

    A Tomada de Preos pode ser realizada nos casos em que couber Convite. H, ain-da, a possibilidade de adot-la nas Licitaes Internacionais, desde que a Administra-o Pblica disponha de cadastro internacional de fornecedores e sejam observados os limites estabelecidos para essa modalidade de licitao.

    O registro cadastral deve ser mantido sempre atualizado pela Universidade, para futuras licitaes. facultada, contudo, a esta, a utilizao de registros cadastrais de outros rgos ou entidades da Administrao Pblica Estadual.

    A pessoa jurdica cadastrada recebe um certificado de registro cadastral, com 28

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    validade de, no mximo, 01 (um) ano e do qual conste a categoria em que se inclui, tendo em vista sua especializao, segundo a qualificao tcnica e econmica ava-liada pelos elementos constantes da documentao.

    Para os participantes que apresentem esse certificado na Tomada de Preos, a ha-bilitao prvia porque feita no momento da inscrio no registro cadastral, perante comisso permanente ou especial.

    No caso de obras, servios ou aquisio de equipamentos, a comisso para julga-mento dos pedidos de inscrio em registro cadastral ser integrada por profissionais legalmente habilitados.

    A direo e o procedimento da Tomada de Preos at o julgamento das propostas so de inteira responsabilidade da Comisso de Licitao, composta de, no mnimo, 03 membros, tal como ocorre na Concorrncia.

    3 - CONVITE

    3.1 - Conceito

    a modalidade de licitao entre, no mnimo, 03 interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados pela unidade administra-tiva e da qual podem participar tambm aqueles que, no sendo convidados, estive-rem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedncia de 24 horas da apresentao das propostas.

    a nica modalidade de licitao em que a lei no exige publicao de Edital j que a convocao se faz por escrito, com antecedncia de 05 (cinco) dias teis, por meio da chamada Carta-Convite.

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    No entanto, a Lei Federal n 8.666/93 inovou ao permitir que participem da licitao outros interessados, desde que cadastrados e manifestem seu interesse com a ante-cedncia de at 24 (vinte e quatro) horas da apresentao das propostas.

    A medida contribui para aumentar o rol de licitantes, mas torna mais complexo um procedimento que se caracteriza e se justifica exatamente por sua maior simplicidade, decorrente do fato de que essa modalidade de licitao cabvel para os contratos de pequeno valor. Para permitir essa participao, exige-se que a Universidade do Esta-do do Par afixe em lugar apropriado cpia do instrumento convocatrio.

    A habilitao dos licitantes s obrigatria para aqueles que se apresentarem sem terem sido convidados pela instituio, porque tm que estar cadastrados enquanto que para os demais facultativa.

    3.2 - Obrigatoriedade

    O Convite obrigatrio para:

    a) Obras e servios de engenharia de valor superior a R$ 15.000,00 (quinze mil re-ais) at R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

    b) Compras e outros servios de valor superior a R$ 8.000,00 (oito mil reais) at R$80.000,00 (oitenta mil reais).

    Com o objetivo de evitar que o Convite seja dirigido sempre aos mesmos licitan-tes, com possibilidade de ocasionar burla aos princpios da licitao, em especial da isonomia, exige-se que existindo na praa mais do que 03 (trs) interessados, a cada novo convite realizado para objeto idntico ou assemelhado seja a carta-convite diri-gida a pelo menos mais um interessado, enquanto existirem cadastrados no convi-dados nas ltimas licitaes.

    No Convite, para que a contratao seja possvel so necessrias pelo menos 03 (trs) propostas vlidas, isto , que atendam a todas as exigncias do ato convoca-30

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    trio, no sendo suficiente, pois, somente a obteno de trs propostas, posto que preciso que todas as trs sejam vlidas.

    Caso isso no ocorra, a instituio deve repetir o Convite e convidar mais um in-teressado enquanto existirem cadastrados no-convidados nas ltimas licitaes, ressalvadas as hipteses de limitao de mercado ou o manifesto desinteresse dos convidados, circunstncias estas que devem ser justificadas no processo licitatrio.

    A esse respeito tem se manifestado o Tribunal de Contas da Unio em suas deci-ses, conforme se demonstra a seguir:

    DELIBERAES DO TCUNo se deve adjudicar licitao na modalidade convite com menos de trs propostas vlidas por item licitado, para no ferir o disposto no art. 22, 7, da Lei n 8.666, de 1993.Deciso 472/1999 Plenrio

    Ao realizar licitao na modalidade convite, deve-se proceder repetio do certame sempre que no for atingido o nmero mnimo de trs propostas vlidas, consoante o dis-posto nos 3 e 7 do art. 22 da Lei n 8.666, de 1993.Deciso 1102/2001 Plenrio

    Na hiptese de no ser atingido o mnimo legal de trs propostas vlidas quando da reali-zao de licitao na modalidade convite, deve ser justificada expressamente, nos termos do art. 22, 7, da Lei n 8.666/93, as circunstncias impeditivas da obteno do nmero de trs licitantes devidamente qualificados, sob pena de repetio do certame com a con-vocao de outros possveis interessados.Acrdo 1.089/2003 Plenrio

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    A limitao do mercado pode decorrer, por exemplo, da inexistncia de outros pos-sveis interessados ou de empresas que, por alguma razo, no atendam s exign-cias da entidade. Agora, se houver outros possveis interessados em condies de atender ao Convite, este deve ser repetido pela Universidade.

    Por isso, para alcanar o maior nmero possvel de interessados no objeto licitado e evitar a repetio do procedimento, recomenda-se a publicao do Convite na im-prensa oficial e em jornal de grande circulao local, alm da distribuio direta aos fornecedores do ramo.

    4 - PREGO

    4.1 - Conceito

    a modalidade de licitao para aquisio de bens e servios comuns, indepen-dentemente do valor estimado da contratao, em que a disputa pelo fornecimento feita por meio de propostas e lances. Pode ser realizado na forma presencial, com o comparecimento dos licitantes na sesso pblica, ou na forma eletrnica, que envolve a utilizao de recursos de tecnologia da informao, e atualmente, do Sistema Com-prasNet, sistema este desenvolvido pelo Ministrio do Planejamento.

    O prego foi institudo, no mbito da Unio, pela Medida Provisria n. 2.026, de 04.05.2000, que, aps vrias reedies e aperfeioamentos foi convertida na Lei n. 10.520, de 17.07.2002, conhecida como a Lei Geral do Prego. Tal normativa, esten-deu a modalidade como obrigatria e irrestrita (de todo seu texto) para a Unio, Esta-dos, Distrito Federal e Municpios, podendo estes, contudo, criar suas prprias regula-mentaes para esclarecimento do contedo da Lei 10.520.

    Na esfera federal, os Decretos n. 3.555, de 08.08.2000, e n. 5.450, de 31.05.2005, re-gulamentam a matria, sendo o ltimo especfico para a forma eletrnica do Prego.

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    A utilizao do prego est condicionada contratao de bens e servios comuns, que, nos termos da Lei n. 10.520/02, so aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado.

    Esses bens e servios devem ter como caracterstica, portanto, alm da sua disponi-bilidade no mercado, o fato de poderem ser comparveis entre si, de modo a permitir a deciso de compra com base no menor preo.

    No Estado do Par o Prego regulado pela Lei n 6.474/02, regulamentada pelo Decreto n 199/2003, e ainda pelo Decreto 2.069 de 20/02/2006, que determina as re-gras do prego, na sua forma eletrnica, para aquisio de bens e servios comuns pela Administrao Pblica Estadual.

    a modalidade de licitao para aquisio de bens e servios comuns, promovida

    no mbito do Estado, qualquer que seja o valor estimado da contratao.

    4.2 - Classificao

    Os bens e servios que podem ser adquiridos atravs do Prego classificam-se em: 4.2.1 Bens Comuns: Subdividem-se em:

    Bens de Consumo: Combustvel e lubrificante, gs, gnero alimentcio e bebidas, material de expediente, hospitalar, mdico e de laboratrio, medicamentos, drogas e insumos farmacuticos, material de limpeza e de conservao, uniforme, impressos, material de processamento de dados, peas e acessrios para veculos e material de construo e acabamento.

    Bens Permanentes: Mobilirio, equipamentos em geral, exceto bens de informti-ca, utenslios de uso geral, exceto bens de informtica, veculos automotivos em geral, microcomputador de mesa ou porttil (notebook), monitor de vdeo e impressora.

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    4.2.2 Servios Comuns: Servios de apoio atividade de informtica (digitao e manuteno), servios de assinaturas (jornal, peridico, revista, televiso via satlite e televiso a cabo), servios de assistncia (hospitalar mdica e odontolgica), ser-vios de atividades auxiliares (ascensorista, auxiliar de escritrio, garom, jardineiro, mensageiro, motorista, secretria, telefonista), servios de confeco de uniformes, copeiragem, eventos, filmagem, grficos, hotelaria, jardinagem, lavandeira, limpeza e conservao, locao de bens mveis, manuteno de bens mveis e imveis, micro-filmagem, reprografia, seguro-sade, gravao, traduo, telecomunicao de dados, imagem e voz, telefonia fixa e mvel, transporte, vale-refeio, vigilncia e segurana ostensiva, fornecimento de energia eltrica, apoio martimo aperfeioamento, capaci-tao e treinamento e fornecimento de passagem.

    4.3 Fases do Prego

    A licitao, nessa modalidade, desenvolver-se- normalmente observando os se-guintes procedimentos na sua fase preparatria, comum generalidade dos proce-dimentos anteriores, e a finalidade da Universidade do Estado do Par:

    a) demonstrar a justificativa da necessidade imperiosa de contratao;b) requisitar e abertura do certame com a devida especificao do bem a ser adqui-

    rido ou do servio a ser contratado; c) estimar o valor da contratao;d) fazer a previso de recursos oramentrios; e) solicitar parecer jurdico; f) homologao da autoridade competente para abertura da licitao; g) elaborao do instrumento convocatrio e demais providncias;

    Cumpre ressaltar que a modalidade de licitao em questo s poder ter como objeto a aquisio de bens e o fornecimento de servios comuns, motivo bastante para limitar a documentao ao necessrio, a fim de assegurar o cumprimento de obrigaes que no podero ser complexas, mas comuns e rotineiras.

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    O exame do procedimento previsto para a nova modalidade de licitao revela a finalidade precpua em dotar a Administrao Pblica de um instrumento gil e desbu-rocratizado, destinado a possibilitar a efetiva competio entre os interessados para a obteno de contrataes mais vantajosas de bens e servios comuns e rotineiros, da porque deve sempre que possvel ser utilizado pela Universidade do Estado do Par.

    A fase externa, configura o procedimento propriamente dito sistematizado nas eta-pas a seguir indicadas:

    4.3.1 - Abertura: Inicia com a publicao do aviso do Edital no Dirio Oficial do Esta-do, em jornal de grande circulao e por meios eletrnicos, com vistas convocao dos possveis interessados para participarem do certame, devendo no aviso conter, no mnimo, as seguintes informaes:

    a) Indicao do nome da Universidade do Estado do Par enquanto rgo promotor do certame;

    b) Finalidade da licitao e seu objeto;c) Local, dias e horrios em que o edital completo estar disposio para consulta,

    leitura e obteno pelos interessados;d) Local, dia e hora para o recebimento de propostas, em prazo no inferior a 08

    (oito) dias teis, contados a partir da publicao do aviso.

    Para bens e servios cujo valor de at R$160.000,00 (cento e sessenta mil reais), a convocao se dar por meio da publicao do aviso no Dirio Oficial do Estado e em meio eletrnico, na Internet.

    Entre R$160.000,01 (cento e sessenta mil reais e um centavo) at R$650.000,00 (seis-centos e cinquenta mil reais), no Dirio Oficial do Estado, em meio eletrnico, na Inter-net e em jornal de grande circulao local.

    E acima de R$650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), no Dirio Oficial do Estado, em meio eletrnico, na Internet e em jornal de grande circulao regional ou nacional.

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    4.3.2 - Identificao dos interessados e declarao de habilitao: Esta fase constitui ato prvio sesso pblica, tendo aqui por fim verificar se os licitantes presentes tm os poderes necessrios representao, bem como para firmarem declarao de habilitao.

    Em seguida, os interessados firmaro declarao de que se encontram em situao regular perante a Fazenda Pblica, a Seguridade Social e Fundo de Garantia do Tem-po de Servio, bem como de que atendem s exigncias do edital relativas habilita-o jurdica e a qualificao tcnica e econmico-financeira.

    Ressalte-se que no h de se confundir este ato com a fase de habilitao, pois sua finalidade a obteno de declarao que o interessado rene as condies exigidas para a habilitao, visto que a apresentao da documentao pertinente para a de-vida comprovao ser realizada em fase posterior.

    4.3.3 - Recebimento e julgamento das propostas: As propostas sero feitas em sesso pblica (via comprasnet), pelos interessados que cumpriram as exigncias da fase anterior. Recebidas as propostas, o pregoeiro oficial da Universidade do Esta-do do Par ir analis-las.

    O julgamento das propostas realiza-se em duas etapas. A primeira dedicada verificao de conformidade com os requisitos do edital, sob o aspecto do atendimen-to s especificaes do objeto ou da forma de execuo do servio, dos prazos de fornecimento ou de execuo, da forma de cotao dos preos, do prazo de validade da proposta, etc., sendo que a desconformidade com o mesmo implica na desclassi-ficao da proposta.

    Na segunda etapa, ser analisado o preo, devendo o pregoeiro realizar uma pr-classificao das propostas para identificar a de menor preo e as que se encontram num percentual de at 10%(dez por cento) superior ao menor valor cotado.

    4.3.4 - Oferta de lances: Nesta fase os licitantes detentores da proposta de menor preo e das que no superam o limite de 10% (dez porcento) do menor valor cotado podero refazer as respectivas propostas, mediante a oferta de lances sucessivos at atingir a menor oferta.36

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    Se estes no oferecerem no mnimo trs lances, sero admitidos lances dos trs licitantes com propostas de menor preo, a despeito de superarem o limite de 10% (dez porcento) em relao ao menor valor apurado.

    4.3.5 - Classificao e Julgamento das propostas: Encerrando a oferta de lances e fixando-se o menor preo proposto caber ao pregoeiro proceder classificao em ordem crescente das propostas selecionadas para oferecerem lances, incluindo aquelas cujos licitantes mantiveram o valor original e no apresentaram lances.

    A seguir, o pregoeiro examinar a proposta de menor preo e classificada em pri-meiro lugar para decidir motivadamente quanto aceitabilidade do preo ofertado. Essa anlise imprescindvel, pois se a proposta, mesmo sendo a de menor preo, indicar valor significativamente inferior ao estimado, no poder ser aceita pelo pre-goeiro da instituio, porque considerada, nos termos da Lei, proposta inexequvel.

    4.3.6 - Habilitao: Nesta fase o pregoeiro da UEPA verificar a documentao do licitante que apresentou a proposta classificada em primeiro lugar a fim de confirmar a declarao de habilitao por ele firmada. Para habilitao do licitante ser exigida exclusivamente a seguinte documentao:

    Habilitao Jurdica: cdula de identidade, contrato social ou estatuto devidamen-te registrado no rgo competente, comprovao de representao legal em se tra-tando de pessoas jurdicas.

    Habilitao Tcnica: Registro na entidade profissional competente, comprovao de experincia anterior similar em termos quantitativos e qualitativos ao objeto licita-do, por meio de atestado emitido por entidades de direito pblico ou privado e decla-rao de possuir as condies operacionais necessrias ao cumprimento do objeto.

    Habilitao Econmico-Financeira: Balano patrimonial e demonstraes finan-ceiras do ltimo exerccio financeiro j exigvel e apresentado na forma da Lei, certi-do negativa de falncia ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurdica ou da execuo patrimonial no domiclio em se tratando de pessoa jurdica.

    Habilitao Fiscal: Regularidade com a Fazenda Pblica, a Seguridade Social, o

  • 38

    Fundo de Garantia do Tempo de Servio FGTS e a Justia do Trabalho, etc.

    4.3.7 - Adjudicao e Homologao: A adjudicao ter lugar na prpria sesso, em seguida ao encerramento do julgamento com a proclamao do vencedor pelo pregoeiro da Universidade, na hiptese de nenhum licitante manifestar inteno de recorrer, o que equivale desistncia do recurso.

    No caso de interposio de recursos, fica suspenso o procedimento at a anlise fi-nal dos mesmos, sendo que neste caso a adjudicao no ser mais feita pelo prego-eiro e sim pela autoridade competente que autorizou a abertura do prego, no caso, o Reitor da Universidade do Estado do Par.

    Aps homologao do resultado do procedimento pelo Reitor da UEPA, o adjudica-trio ser convocado para celebrar o contrato no prazo fixado no edital. Se este no atender ao chamado no prazo legal, sero convocados os licitantes remanescentes, na ordem de classificao.

    5 - SISTEMA DE REGISTRO DE PREO

    O Sistema de Registro de Preos - SRP, no uma nova modalidade de licitao. Ele consiste no conjunto de procedimentos para registro formal de preos relativos prestao de servios e aquisio de bens para contrataes futuras. Aps efetuar os procedimentos do SRP, assinada uma Ata de Registro de Preos - ARP, documento de compromisso para contratao futura, em que se registram os preos, fornecedo-res, rgos participantes e condies a serem praticadas. Est previsto no art. 15, inci-so II da Lei n 8.666/93, regulamentado na esfera Federal pelo Decreto n 7.892/2013, que revogou os Decretos n 3.931/2001, e Decreto n 4.342/2002.

    No mbito da Administrao do Estado do Par, o Sistema de Registro de Preos foi institudo pelo Decreto n Estadual 1.093, de 29 de junho de 2004, tendo como rgo ge-renciador a Secretaria Executiva de Estado de Administrao SEAD, responsvel pela 38

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    conduo do conjunto de procedimentos do certame para registro de preos e gerencia-mento da Ata de Registro de Preos dele decorrente, tendo a UEPA como participante.

    Ressaltamos que o SRP no uma modalidade de licitao como as previstas no art. 22 da Lei n 8.666/93 e no art. I da Lei n 10.520/02. uma maneira de realizar aquisies de bens e contrataes de servios de forma parcelada, isso porque no SRP, a Administrao Pblica no fica obrigada a contratar,

    O SRP serve para compras e contratao de servios preferencialmente quando:a) Houver necessidade de contrataes frequentes;b) For mais conveniente a aquisio de bens com previso de entrega parcelada ou

    contratao de servios necessrios instituio para o bom desempenho de suas atribuies, a exemplo, dos fornecimentos de materiais de expediente como papel, cartuchos de tinta, fitas para impressoras, canetas, etc., bem como para fornecimento de passagens areas, manuteno de bens, etc.;

    c) No for possvel definir o quantitativo a ser demandado pela entidade; ed) For conveniente contratar o objeto para atender a mais de um rgo ou entidade

    ou a programas de governo. Exemplo: Compra de gua pelo Governo do Estado para as reparties pblicas do Estado credenciadas ao SRP.

    O registro de preos dever ser precedido de licitao realizada nas modalidades de concorrncia ou prego e deve merecer prvia e ampla pesquisa de mercado.

    O critrio de julgamento ser o de menor preo, mas excepcionalmente, poder ser adotado, na modalidade concorrncia, o tipo tcnica e preo quando visar atender ao princpio da padronizao que imponha compatibilidade de especificaes tcnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condies de manuteno, as-sistncia tcnica e garantias oferecidas.

    Aps a realizao da licitao, os preos e as condies de contratao ficaro registrados em Ata de Registro de Preos, que ter validade mxima de 01 (um) ano,

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    admitindo-se a prorrogao por igual perodo, em carter excepcional, devidamente justificado e autorizado, quando a proposta vencedora continuar se mostrando mais vantajosa aos interesses do rgo.

    O preo registrado na Ata e a indicao dos respectivos fornecedores sero divul-gados e ficaro disponveis para os rgos e entidades participantes do registro de preos ou a qualquer outro rgo da administrao estatal, mesmo que no tenha participado do processo licitatrio.

    5.1 Agentes do Registro de Preos

    rgo Gestor: rgo ou entidade da Administrao Pblica responsvel pela con-duo dos procedimentos do certame para registro de preos e gerenciamento da Ata de Registro de Preos dele decorrente.

    rgo Participante: rgo ou entidade da Administrao Pblica que foi convidado a participar do Registro de Preos e participa dos procedimentos iniciais, informando seu planejamento ao rgo gestor. A sua demanda prevista na Ata de Registro de Preos e o fornecedor tem o dever de entreg-la, caso haja necessidade da contratao.

    rgo No-Participante: rgo ou entidade que no est contemplado na Ata do Registro de Preos, portanto, no tem sua demanda prevista no processo. Poder vir a participar do Registro de Preos se apresentar sua demanda ao rgo Gestor e este negociar o fornecimento do quantitativo levantado com o fornecedor, desde que este atenda s mesmas condies e no prejudique os demais rgos Participantes.

    5.2 Hipteses de Adoo do Registro de PreosO art. 4 do Decreto Estadual n 876, de 29/10/2013, estabelece as hipteses em que

    o Registro de Preos dever ser adotado preferencialmente. So elas: Quando, pelas caractersticas do bem ou servio, houver necessidade de contra-

    taes frequentes;40

  • 41 41

    Quando for mais conveniente aquisio de bens com previso de entregas par-celadas ou contratao de servios necessrios Administrao para o desempenho de suas atribuies;

    Quando for conveniente a aquisio de bens ou a contratao de servios para atendimento a mais de um rgo ou entidade, ou a programas de governo;

    Quando pela natureza do objeto no for possvel definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administrao.

    5.3 - Vantagens do Registro de Preos Independe de previso oramentria: O Registro de Preos independe de pre-

    viso oramentria. Isso porque no h a obrigatoriedade da contratao, portanto, no h necessidade de se demonstrar a existncia do recurso. Essa comprovao s exigida para se efetivar a contratao, quando da efetivao da compra.

    Adequado imprevisibilidade do consumo: Esse procedimento de compra adequado imprevisibilidade de consumo, pois como no h a obrigatoriedade da contratao, a Administrao poder registrar os preos e, somente quando houver a necessidade, efetivar a contratao.

    Qual a diferena entre as vigncias da Ata de Registro de Preos e dos Contratos celebrados pelos rgos Participantes?

    As vigncias da Ata de Registro e do contrato transcorrem de forma indepen-dente, entretanto, o contrato s pode ser firmado enquanto a Ata estiver vigente, porm pode se encerrar aps a expirao da validade da Ata. A Ata no acom-panha o exerccio financeiro, tendo em vista que no apresenta nenhuma reser-va oramentria no seu texto, e pode vigorar por at 1 (um) ano, podendo ser prorrogada por mais 12 (doze) meses quando se tratar de servios executados de forma contnua, nos termos do Decreto Estadual n. 876, de 29/10/2013.

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    Propicia a reduo do volume do estoque: O Registro de Preos propicia a redu-o de volume de estoque, pois a Administrao deve requisitar o objeto cujo preo foi registrado somente quando houver demanda, sem a necessidade de manter esto-ques. Estes ficaro a cargo do fornecedor, que deve estar preparado para realizar as entregas, na periodicidade determinada no edital, sempre quando os rgos partici-pantes do Registro de Preos requisitarem.

    Evita o fracionamento da despesa: O fracionamento de despesa evitado, pois o Registro de Preos exige que os rgos Participantes realizem um planejamento para o perodo de vigncia determinado. Dessa forma, os rgos participantes devem le-vantar a sua demanda total e apresent-la ao rgo gestor para que este a contemple no edital, e a licite, na modalidade devida.

    Proporciona a reduo do nmero de licitaes: O Registro de Preos ainda proporciona a reduo do nmero de licitaes, pois um rgo gestor realiza o certa-me para os demais rgos participantes. Alm disso, como o perodo de vigncia do Registro de Preos poder ser de at 01(um) ano, prorrogvel por mais 12 meses em alguns casos, possivelmente se realizar um processo licitatrio por ano.

    Agiliza as aquisies: Com o Registro de Preos as aquisies ficaro mais geis, pois a licitao j estar realizada, as condies de fornecimento estaro ajustadas, os preos e os respectivos fornecedores j estaro definidos. Sendo assim, a partir da necessidade o rgo Participante somente solicitar a entrega do bem ou prestao do servio e o fornecedor dever realizar o fornecimento conforme condies ante-riormente ajustadas.

    Economia de escala: Uma das maiores vantagens do Registro de Preos, quando este procedimento realizado com a participao de vrios rgos, a economia de escala que obtida em razo do grande quantitativo licitado. No entanto, importante ressaltar que para se alcanar tal economia fundamental que o planejamento da Administrao seja correto para no frustrar as expectativas dos fornecedores.

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    Transparncia: O Registro de Preos, como um procedimento que envolve v-rios rgos, proporciona maior transparncia j que todos os seus procedimentos so monitorados por todos os agentes envolvidos e devem ser publicados para que todos tenham conhecimento, ampliando a transparncia do procedimento e proporcionan-do o acompanhamento dos preos por todos os cidados.

    Durante a vigncia da Ata, havendo necessidade do objeto licitado, basta a Univer-sidade tomar as medidas necessrias para formalizar a requisio, verificar se o preo registrado continua compatvel com o mercado e emitir o empenho ou, se for o caso, assinar o termo de contrato. Os procedimentos de contratao, assim, so mais geis.

    6 SISTEMA DE COTAO ELETRNICA

    O Sistema de Cotao Eletrnica de Preos foi institudo no Estado do Par por meio do Decreto n 2.168 de 11/03/2010, no mbito da Administrao Pblica Direta e Indireta. A Resoluo n 01 de 16/03/2010 tambm trata da matria, trazendo os pro-cedimentos para a realizao da Cotao Eletrnica de Preos.

    Ele um sistema informatizado, cujo acesso d-se atravs da Internet (Banparanet), no qual todos os rgos pblicos, autarquias, empresas pblicas, sociedades de eco-nomia e fundaes, vinculadas ao Poder Executivo do Estado do Par, divulgam suas necessidades de bens e servios a serem adquiridos ou contratados de forma direta, isto , sem o processo tradicional de licitao.

    A maneira para a aquisio ou contratao de tais servios ocorre atravs de dis-pensa de licitao por limite de valor. Esse sistema funciona semelhana dos siste-mas que processam os preges eletrnicos.

    Somente bens ou servios comuns, ou seja, aqueles cujas especificaes tcnicas dispensam maiores complexidades por adotarem normas amplamente conhecidas pelo mercado (exemplo: uma caneta esferogrfica, um rolo de papel higinico, etc.).

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    Outro requisito que o valor dos bens ou servios no ultrapasse a quantia de R$ 8.000,00 ou R$ 15.000,00, respectivamente. Nessas situaes o Estado est dispensa-do da adoo do procedimento da licitao.

    Os valores acima mencionados so o dobro quando o ente pblico for sociedade de economia mista, empresa pblica, consrcio pblico, autarquia ou fundao qua-lificada como agncia executiva.

    Em resumo, podemos afirmar que so os mesmos bens e servios que podem ser licitados por prego, apenas com a ressalva dos limites de valor estabelecido.

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    Licitao Fracassada

    Ocorre quando aparecem interessados, mas nenhum selecionado, em decorrncia de inabilitao ou de desclassificao das propostas. A licitao fracassada, em regra, no hiptese de licitao dispensvel. Nas situaes em que se observa esse tipo de licitao, aplica-se o dis-posto no artigo 48, 3, da lei 8.666/93: Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administra-o poder fixar aos licitantes o prazo de oito dias teis para a apresenta-o de nova documentao ou de outras propostas escoimadas das cau-sas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a reduo deste prazo para trs dias teis.

    Licitao Deserta

    A primeira acontece quando a licitao convocada e no aparecem in-teressados. Nesse caso, torna-se dispensvel a licitao e a Administrao pode contratar diretamente, contanto que motivadamente demonstre existir prejuzo na realizao de uma nova licitao, e desde que sejam mantidas as condies constantes no instrumento convocatrio. (Art. 24, V da Lei).

    Importante

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    CAPTULO III

    DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAO

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    1 - DISPENSA DE LICITAO

    Consagrando a observncia do princpio da licitao como regra a que devem su-jeitar-se os entes e rgos pblicos, tanto da Administrao Direta quanto Indireta (caso especfico da Universidade do Estado do Par), o texto legal tambm admite, em carter de excepcionalidade, fugas a essa regra.

    Tais hipteses so catalogadas no diploma licitatrio sob a denominao de DIS-PENSA e INEXIGIBILIDADE. Trata-se de situaes distintas justificadoras da excluso do procedimento licitatrio as quais a seguir se ver.

    Na DISPENSA, a licitao seria em tese possvel, em face de uma necessidade p-blica especfica e a existncia de bens ou servios disponveis, em quantidades tais a justificarem uma licitao. Contudo, razes de ordem superior, relacionadas satis-fao de interesse pblico, tambm merecedor de imediata acolhida, justificam uma contratao direta, sem recurso licitao. Isso se faz necessrio, pois neste caso o legislador entendeu que os eventuais benefcios que poderiam ser obtidos atravs da licitao seriam inferiores aos malefcios dela derivados.

    1.1. Hipteses de Licitao Dispensvel

    O Estatuto das licitaes sistematiza os casos de dispensa de forma taxativa, sem que seja possvel ao gestor suscitar outra possibilidade no expressamente naquele prevista. As hipteses de dispensa previstas no art. 24 da Lei Federal n 8.666/93 po-dem ser divididas em quatro categorias, das quais merecem destaque as seguintes:

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    1.1.1. Em Razo do Valor

    a) Obras e servios de engenharia

    dispensvel a licitao para a contratao de obras e servios de engenharia de at R$ 15.000,00 (quinze mil reais) correspondente a no mximo, 10% (dez porcen-to) do valor consignado para a modalidade Convite.

    Esse percentual ser de 20% (vinte por cento) para obras e servios contratados por Sociedades de Economia Mista, Empresas Pblicas e Agncias Executivas, no poden-do ser aplicado Universidade do Estado do Par, haja vista que esta se constitui numa Autarquia de Regime Especial, criada pela Lei Estadual n 5.747, de 18 de maio de 1.993. Em sntese, no quadro abaixo esto os valores atuais que dispensam licitao:

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    Obras e servios de engenharia at R$ 15.000,00Compras e outros servios at R$ 8.000,00

    Quando a contratao for efetuada por sociedade de economia mista, empresas pblicas autarquias e fundaes qualificadas como agncias executivas, os valores so os seguintes:

    Obras e servios de engenharia at R$ 30.000,00Compras e outros servios at R$ 16.000,00

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    Nessas hipteses, deve ser observado que o valor relativo estimativa da despesa deve corresponder ao total da compra ou do servio a fim de que o objeto da licitao no venha a ser fracionado para fugir da modalidade superior ou enquadrar-se na hi-ptese de dispensa que as obras, servios e fornecimentos devem ser programados na sua totalidade, com previso de custos atual e final e dos prazos de sua execuo.

    Cumpre esclarecer que quando o legislador usou a expresso Mesmo Local no dispositivo aludido leia-se Mesmo Municpio, dado ser esta a nica unidade territo-rial definida objetivamente na legislao ptria.

    Pelo exposto, imprescindvel que a Universidade do Estado do Par tenha aten-o quando necessitar realizar simultaneamente obras ou servios de engenharia em imveis de sua propriedade localizados em um mesmo municpio para que no os faa por intermdio de mais de uma empresa mediante dispensa de licitao quando seria possvel realiz-los de uma s vez mediante instaurao de certame licitatrio, sob pena de est incorrendo na prtica de FRACIONAMENTO DE DESPESA, o que vedado pelo Estatuto licitatrio.

    Muitas vezes o fracionamento ocorre pela ausncia de planejamento do quanto vai ser efetivamente gasto no exerccio para a execuo de determinada obra, ou a con-tratao de determinado servio ou ainda a compra de determinado produto.

    b) Servios e compras de pequeno valor e alienaesServios, exceto os de engenharia, e compras de at R$ 8.000,00 (OITO MIL REAIS),

    correspondentes a 10% (dez por cento) do valor atribudo ao Convite, podem ser con-tratados diretamente.

    proibida a dispensa de licitao quando se tratar de parcelas de um mesmo ser-vio, compra ou alienao de maior vulto que possa ser realizada de uma s vez, sob pena de se caracterizar FRACIONAMENTO DE DESPESA.

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    1.1.2. Em Razo de Situaes Excepcionais

    a) Emergncia ou calamidade pblicaDesde que caracterizada urgncia de atendimento de situao que possa ocasio-

    nar prejuzo ou comprometer a segurana de pessoas, obras, servios, equipamentos e outros bens da UEPA ou de particulares que estejam sob sua guarda, e somente para os bens necessrios ao atendimento da situao emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e servios que possam ser concludas no prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrncia da emergncia ou calamidade, vedada a prorrogao dos respectivos contratos, ou seja, mesmo que hipoteticamente a Universidade firmasse um contrato com validade de 90 dias, com base neste dispositivo, impedido est o seu gestor de prorrog-lo por mais noventa.

    O processo de dispensa por emergncia dever ser instrudo, no que couber, com: A caracterizao da situao emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa; A razo da escolha do fornecedor ou executante; A justificativa do preo;

    Deve-se observar tambm:

    A situao adversa, dada como de emergncia ou de calamidade pblica no te-nha sido originada de falta de planejamento, da desdia administrativa ou da m ges-to dos recursos disponveis, isto , que ela no possa ser atribuda culpa ou dolo do agente pblico que tinha o dever de agir para prevenir a ocorrncia de tal situao;

    Existia urgncia concreta e efetiva do atendimento situao decorrente do esta-do emergencial ou calamitoso, visando afastar riscos de danos a bens ou sade ou vida de pessoas;

    Que o risco, alm de concreto e efetivamente provvel, mostre-se iminente e es-pecialmente gravoso;

    A imediata efetivao, por meio de contratao com terceiro, de determinadas obras, 50

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    servios ou compras, segundo as especificaes e quantitativos tecnicamente apura-dos, seja o meio adequado, efetivo e eficiente para afastar o risco iminente detectado.

    b) Quando no acudirem interessados licitao a chamada licitao deserta, assim caracterizada no momento da apresentao

    das propostas. Se a licitao anterior no pde ser realizada por falta de interessados e uma nova licitao no puder ser feita sem prejuzo para a UEPA, a contratao pode ser feita sem licitao.

    Entretanto, a contratao dever ser feita com observncia das mesmas condies da licitao havida como deserta (ex. prazo de incio, concluso e entrega, condies de execuo e de pagamento).

    c) Propostas com preos manifestamente superiores aos do mercadoA licitao instaurada pela Uepa ser dispensvel, se, as propostas apresentarem

    preos manifestamente superiores aos praticados no mercado ou forem incompat-veis com os fixados pelos rgos oficiais competentes.

    Assim, pode a Universidade contratar sem licitao sempre que todas as propostas apresentadas forem desclassificadas por conterem preos excessivos e os licitantes no apresentarem outras, no prazo de 08 (oito) dias teis ao ato desclassificatrio.

    A contratao, nesses casos, h de ser feita por preos no superiores aos consig-nados no registro de preos. Agora, a falta de registro de preos impede a dispensa e a licitao deve ser repetida.

    d) Contratao de remanescente de obra, servio ou fornecimentoPode ocorrer nos casos em que h resciso contratual, sendo facultado UEPA

    convocar os demais participantes da licitao, na ordem de classificao para verifi-car se tm interesse em contratar o remanescente, nas mesmas condies oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preo, devidamente corrigido.

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    1.1.3. Em Razo do Objeto

    a) Compra ou locao de imvel destinado ao atendimento das finalidades pre-cpuas da administrao

    Aplica-se nos casos de as necessidades de instalao e localizao condicionarem a escolha, desde que o preo seja compatvel com o valor de mercado, sempre pre-cedido de avaliao prvia.

    b) Aquisio e restaurao de obras de arte e objetos histricos dispensvel a licitao se as obras de arte e os objetos histricos tiverem autenti-

    cidade certificada e desde que a aquisio ou restaurao seja compatvel ou ineren-te s finalidades do rgo ou entidade. A aquisio s legtima quando contratada por rgos ou entidades que cumpram programa voltado arte ou histria: museus, escolas de belas-artes, fundaes culturais ou artsticas. O bem desejado no precisa ser nico ou singular.

    No caso de restaurao, cabvel a declarao de inexigibilidade de licitao, des-de que se trate de servio de natureza singular, com profissional ou empresa de no-tria especializao. As demais entidades ou rgos sem qualquer finalidade ligada s artes ou histria podem adquirir objetos de arte ou histricos como elemento de decorao, desde que mediante licitao.

    c) Aquisio de componentes ou peas originaisOs componentes ou peas podem ser de origem nacional ou estrangeira, desde

    que necessrios manuteno de equipamentos durante o perodo de garantia tc-nica. A aquisio deve ser feita junto ao fornecedor original do equipamento, quando tal condio de exclusividade for indispensvel para a vigncia da garantia.

    Terminada a garantia, a aquisio dos componentes e peas dar-se- mediante lici-tao. Assim tambm ser se nenhuma exclusividade for exigida para a manuteno da garantia.

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    1.1.4. Em Razo da Pessoa

    a) Operao entre pessoa pblica e rgo ou entidade que a integreAquisio, por pessoa jurdica de direito pblico interno, de bens produzidos ou ser-

    vios prestados por rgo ou entidade que integre a Administrao Pblica e que te-nha sido criado para esse fim especfico em data anterior vigncia da Lei n 8.666/93, desde que o preo contratado seja compatvel com o praticado no mercado.

    b) Impresso de dirio oficial, formulrios padronizados, edies tcnicas ofi-ciais e prestao de servios de informtica

    Desde que o servio seja prestado pessoa jurdica de direito pblico interno, por rgos ou entidades que integrem a Administrao Pblica criados para esse fim es-pecfico.

    c) Contrataes entre empresas governamentais e suas subsidiriasPara a aquisio ou alienao de bens, prestao ou obteno de servios, des-

    de que o preo contratado seja compatvel com os praticados no mercado. A regra s prestigia a contratao das subsidirias pelas respectivas empresas pblicas e sociedades de economia mista, no cabendo sua aplicao nas contrataes entre empresas estatais ou entre subsidirias. Tambm no se aplica nos ajustes da Admi-nistrao Pblica com as empresas governamentais ou com suas subsidirias.

    d) Contratao de servios com organizaes sociais:A licitao dispensvel para a celebrao de contratos de prestao de servios

    com as organizaes sociais qualificadas no mbito das respectivas esferas de gover-no, para as atividades contempladas no contrato de gesto.

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    2 INEXIGIBILIDADE DE LICITAO

    2.1. Conceito

    A inexigibilidade de licitao ocorre quando a circunstncia de fato encontrada na pessoa com quem a Universidade do Estado do Par pretende contratar impede o certame, a concorrncia, a disputa.

    H inviabilidade ftica de competio, pois ainda que a instituio pretendesse rea-lizar a licitao restaria invivel ante a absoluta ausncia de concorrentes.

    A contratao com base nos casos de inexigibilidade necessita de justificativa, atra-vs de exposio de motivos circunstanciada assinada pelo agente responsvel pela anlise da viabilidade ou no da licitao.

    A inexigibilidade do procedimento licitatrio no libera a UEPA das demais exign-cias que se requer em uma licitao, a saber: comprovao da capacidade jurdica, tcnica, econmico-financeira e regularidade fiscal do contratante.

    Deve ainda a Universidade se preocupar com a emisso da nota de empenho, a celebrao do contrato, bem como a publicao do ato na imprensa oficial, em obser-vncia ao princpio da publicidade que rege os atos da Administrao Pblica, conso-ante estatui o art. 37, caput, da CF/88.

    2.2. Hipteses de Inexigibilidade

    As hipteses de inexigibilidade esto elencadas no artigo 25 da Lei Federal 8.666/93 inobstante no sejam taxativas, mas to somente enunciativas ou exemplificativas. Vejamos:

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    a) Aquisio de materiais e equipamentos ou gneros que s possam ser forne-cidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo

    vedada a preferncia de marca, devendo a comprovao de exclusividade ser feita atravs de atestado fornecido pelo rgo de registro do comrcio do local em que se realizaria a licitao ou a obra ou o servio, pelo Sindicato, pela Federao ou Confederao Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes.

    A exclusividade pode ser absoluta ou relativa. absoluta quando no pas s h um fornecedor ou um nico agente para prover os interesses da Administrao. relativa quando no pas h mais de um fornecedor, empresa ou representante comercial, mas na praa considerada h apenas um.

    A exclusividade absoluta torna inexigvel a licitao ao passo que no caso de exclu-sividade relativa, a inexigibilidade vai depender da modalidade de licitao aplicvel e do valor do contrato.

    b) Contratao de servios tcnicos profissionais especializados

    Servios tcnicos profissionais especializados, para os fins da Lei Federal n 8.666/93, em seu art. 13, so estudos tcnicos, planejamentos e projetos bsicos ou executivos, pareceres, percias e avaliaes em geral, assessorias ou consultorias tcnicas e au-ditorias financeiras ou tributrias, fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras ou servios, patrocnio ou defesa de causas judiciais ou administrativas, treinamento e aperfeioamento de pessoal e restaurao de obras de arte e bens de valor histrico.

    Os servios devem ser de natureza singular e os profissionais e empresas contrata-das devem ser de notria especializao, requisitos estes cumulativos para possibili-tar a inexigibilidade de licitao.

    Por natureza singular, entende-se o servio com uma complexidade tal que o indi-vidualiza, tornando-o diferente dos da mesma espcie e exigindo para a sua execu-o um profissional ou empresa de especial qualificao.

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    Considera-se de notria especializao o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experi-ncias, publicaes, organizao, aparelhamento, equipe tcnica ou de outros requi-sitos relacionados com suas atividades, permita inferir que seu trabalho essencial e indiscutivelmente o mais adequado plena satisfao do objeto do contrato.

    O contrato firmado com base nesta hiptese de inexigibilidade de execuo per-sonalssima, implicando dizer, portanto, que o licitante contratado ficar obrigado a garantir a realizao pessoal e direta dos servios correspondentes ao seu objeto.

    c) Contratao de artistas

    Profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclu-sivo, desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio pblica.

    Se o contrato estiver dentro do limite do Convite suficiente a crtica especializada ou a opinio pblica local; se estiver dentro do limite da Tomada de Preos, suficien-te a regional; se estiver dentro do limite da Concorrncia, necessria a nacional.

    Vale aqui ressaltar que o gestor deve ser cauteloso ao decidir pela contratao di-reta, pois a Lei de Licitaes e Contratos considera ilcito penal dispensar ou inexigir licitao fora das hipteses nela descritas.

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    Importante: Quando do recebimento de atestados de exclusividade de forne-cimento de materiais, equipamentos ou gneros a Universidade dever adotar, com fundamento nos princpios da igualdade e da proposta mais vantajosa, me-didas cautelares visando assegurar a veracidade das declaraes prestadas pe-los rgos e entidade emitentes, como por exemplo, consulta ao fabricante.

    Importante: O estatuto licitatrio estabelece que, se comprovado superfatu-ramento nos casos de dispensa e inexigibilidade, respondem solidariamente pelo dano causado ao errio o fornecedor ou o prestador de servios e o agen-te pblico responsvel, sendo que para o agente h ainda a responsabilidade administrativa, e, para ambos, a responsabilidade criminal.

    O agente pblico que dispensar ou inexigir licitao, sem funda-mentao legal, ou deixar de observar as formalidades pertinentes, ou aquele que, comprovadamente, tenha concorrido para a con-sumao da ilegalidade ou tenha se beneficiado da dispensa ou inexigibilidade ilegal para celebrar contrato com o poder pblico se sujeita pena de deteno, de 03 (trs) a 05 (cinco) anos e multa.

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    Os Processos de Dispensa e Inexigibilidade de Licitao

    Os processos de dispensa e inexigibilidade realizados pela UEPA sero compostos e instrudos, no que couber, com os seguintes documentos:

    a) solicitao do material ou servio, com descrio clara do objeto;b) justificativa da necessidade do objeto;c) caracterizao da situao emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, se for o caso;d) elaborao da especificao do objeto e, nas hipteses de aquisio de material, da quantidade a ser adquirida;e) elaborao de Termo de Referncia ou Projeto Bsico e executivo para obras e servios;f) indicao dos recursos oramentrios para a cobertura da despesa;g) razes de escolha do executante da obra ou do prestador do servio ou do forne-cedor do bem;h) original ou cpia escaneada das propostas, devendo no mnimo serem 03 (trs);i) original ou cpia dos documentos do fornecedor/prestador, tais como CNPJ, Con-trato Social e eventuais alteraes, documentos de identificao pessoal dos scios, a saber, RG e CPF, a principalmente as Certides de Regularidade a Seguridade So-cial (INSS e FGTS) e com as Fazendas Pblicas Federal, Estadual e Municipal;j) declarao de exclusividade expedida pelo rgo competente, no caso de ine-xigibilidade, atentando sempre que a simples declarao de exclusividade sem o documento que o respalde insuficiente para amparar a contratao subsequente;k) justificativa das situaes de dispensa ou de inexigibilidade de licitao, com os elementos necessrios sua caracterizao, conforme o caso;l) justificativa do preo;m) parecere