LICITAES, CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS, CONVNIOS E INSTRUMENTOS CONGNERES

JURISPRUDNCIA TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA, SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL, TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E TRIBUNAIS REGIONAIS

SMULAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO

ORIENTAES NORMATIVAS CONSULTORIA-GERAL DA UNIO

ADVOCACIA-GERAL DA UNIO (Atualizao: abril/2016)

SUMRIO

1. ACESSIBILIDADE 2. ADITAMENTOS (alteraes contratuais) 2.1 ACRSCIMOS E SUPRESSES 2.2 REAJUSTES 2.3 REPACTUAO 2.4 REEQUILIBRIO ECONMICO-FINANCEIRO 2.5 PRORROGAO 3. ADVOCACIA-GERAL DA UNIO 4. ALIENAO 5. ALMOXARIFADO 6. AMOSTRAS OU PROTTIPOS 7. ANTECEDENTES CRIMINAIS 8. ATO ANTIECONMICO 9. AUDINCIA PBLICA 10. AVALIAO DE DESEMPENHO 11. BENS APREENDIDOS 12. BDI 13. CADASTRAMENTO DE LICITANTES 14. CADIN 15. CAPACITAO 16. CARTA DE SOLIDARIEDADE 17. CARTO CORPORATIVO 18. CAU 19. CESSO DE USO 20. CLASSIFICAO ORAMENTRIA 21. COBRANA DE EDITAIS 22. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 23. COMISSO DE LICITAO 24. CONCESSO ADMINISTRATIVA DE USO 25. CONCESSO 26. CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO 27. CONCURSO PBLICO 28. CONSRCIOS 29. CONTRATAES DIRETAS 29.1 DISPENSA ART. 24, I E II 29.2 DISPENSA ART. 24, IV 29.3 DISPENSA ART. 24, V

29.4 DISPENSA ART. 24, VIII 29.5 DISPENSA ART. 24, X 29.6 DISPENSA ART. 24, XI 29.7 DISPENSA ART. 24, XIII 29.8 DISPENSA ART. 24, XVI

29.9 DISPENSA ART. 24, XXIII 29.10 INEXIGIBILIDADE 30. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 31. CONTRATOS DE ARRENDAMENTO 32. CONTRATOS DE PUBLICIDADE 33. CONTRATOS DE REPASSE 34. CONTRATO POR ESCOPO 35. CONTRATO TEMPORRIO 36. CONTROLE VECULOS 37. CONVNIOS 38. CONVITE 39. COOPERATIVA 40. CREDENCIAMENTO 41. DENNICA ANNIMA 42. DESCLASSIFICAO DE PROPOSTAS 43. DIRIAS E PASSAGENS 44. DILIGNCIA 45. DIREITO DE PREFERNCIA 46. EDITAL 47. EMPREITADA POR PREO GLOBAL 48. ENTIDADES DE MENOR PORTE (LEI COMPLEMENTAR N 123, DE 2006) 49. ESCLARECIMENTOS 50. ESTATAIS 51. FISCALIZAO 52. FRACIONAMENTO DE DESPESAS 53. GARANTIA 54. GESTOR PBLICO 55. HABILITAO 55.1 QUALIFIO TCNICA VISITA TCNICA 55.2 QUALIFIO TCNICA ATESTADOS 55.3 QUALIFIO TCNICA VNCULO EMPREGATCIO 55.4 QUALIFIO TCNICA REDE CREDENCIADA 55.5 QUALIFIO TCNICA REGISTRO NO RGO FISCALIZADOR 55.6 QUALIFICAO ECONMICO FINANCEIRA 56. REGULARIDADE FISCAL 57. HOMOLOGAO 58. IMPEDIMENTOS 59. IMPOSTO SOBRE SERVIOS 60. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 61. IMPUGNAES AO INSTRUMENTO CONVOCATRIO 62. INEXEQUIBILIDADE 63. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 64. LEI GERAL DE LICITAES 65. LEILOEIRO 66. LICITAES SUSTENTVEIS 67. MARCAS 68. MARGEM DE PREFERNCIA 69. MINUTA-PADRO 70. NEGOCIAO

71. NEPOTISMO 72. NOTA DE EMPENHO 73. NULIDADES 74. OBJETO 75. OBRAS DE ENGENHARIA 76. ORDENADOR DE DESPESAS 77. ORGANIZAO DE EVENTOS 78. ORGANIZAES SOCIAIS 79. OSCIP 80. PADRONIZAO 81. PAGAMENTO 82. PARCELAMENTO 83. PARCERIA PBLICO-PRIVADA 84. PARECER JURDICO 85. PASSAGENS AREAS 86. PENAL 87. PESQUISA DE PREOS 88. PETROBRS 89. PLANEJAMENTO 90. PLANILHA DE FORMAO DE PREOS 91. PRAZO DE VALIDADE DAS PROPOSTAS 91. PRESENA NA LICITAO 93. PREOS 94. PREGO 95. PREGO ELETRNICO 96. PREGOEIRO 97. PRE-QUALIFICAO 98. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA 99. PRINCPIO DA EFICINCIA 100. PRINCPIO DA MOTIVAO 101. PRINCPIO DA SEGREGAO DE FUNES 102. PRINCPIO DA VINCULAO AO EDITAL 103. PROJETO BSICO 104. PROCESSO LICITATRIO 105. PROPOSTAS 106. PUBLICIDADE 107. RECEBIMENTO DO OBJETO 108. RECURSOS 109. RECURSOS ORAMENTRIOS 110. REGIME DIFERENCIADO DAS CONTRATAES PBLICAS (RDC) 111. REPRESENTANTE 112. RESCISO 113. RESPONSABILIDADE 114. RESTRIES AO CARTER COMPETITIVO 115. REVISTA NTIMA 116. REVOGAO 117. SANES ADMINISTRATIVAS 118. SERVIOS ADVOCATCIOS 119. SERVIO DE PUBLICIDADE

120. SERVIOS CONTNUOS 121. SERVIOS SOCIAIS AUTNOMOS (SISTEMA S) 122. SISTEMA DE REGISTRO DE PREOS (SRP) 123. SISTEMA S 124. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 125. SCIOS COMUNS 126. SUBCONTRATAO 127. SUPERFATURAMENTO 128. SUPERVISO DE OBRAS 129. SUPRIMENTO DE FUNDOS 130. SUSPENSO 131. TAXA DE ADMINISTRAO 132. TCNICA E PREO 133. TECNOLOGIA DA INFORMAO (TI) 134. TERCEIRIZAO 135. TERMO DE PARCERIA 136. TERMO DE COOPERAO 137. TERMO DE REFERNCIA 138. TOMADA DE PREOS 139. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO 140. VIGNCIA SMULAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO ORIENTAES NORMATIVAS CONSULTORIA-GERAL DA UNIO ADVOCACIA-GERAL DA UNIO JURISPRUDNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA JURISPRUDNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

1. ACESSIBILIDADE Irregularidade caracterizada pela inobservncia de requisitos legais e tcnicos de acessibilidade, a exemplo de inadequao da instalao das barras de apoio dos banheiros destinados aos portadores de necessidades especiais e existncia de apenas um banheiro destinado aos portadores de necessidades especiais, sem haver distino por gnero, na UPA Santa Tereza, contrariando a NBR 9.050/2004 e a Lei n 10.098/2000 (item 9.4.4, TC-010.216/2014-6, Acrdo n 2.232/2014-Plenrio). 9.1.recomendar ... que: 9.1.10.adeque-se aos padres de acessibilidade definidos na NBR 9050, instalando elevadores/rampas/plataformas de acesso em seus prdios com mais de um pavimento, a fim de propiciar condies efetivas de acesso a todos os cidados indiscriminadamente, e, dessa forma, dar cumprimento ao Decreto 6.949/2009 e ao princpio da isonomia/equidade/igualdade;

9.1.12.considere, em seus projetos futuros e naqueles em andamento, os padres de acessibilidade definidos nas NBRs 9050/2004 e 15575-1, alm de outros normativos aplicveis matria, sem prejuzo de outras aes no normatizadas que visem a atender o princpio da isonomia, no que se refere acessibilidade; (Acrdo n 47/201515- Plenrio, Relator Bruno Dantas) Observncia dos requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficincias ou com mobilidade reduzida, e incluso nas fiscalizaes in loco de procedimento especfico para orientar os gestores locais e as construtoras quanto a esse aspecto, em consonncia com a Lei n 4.150/1962, arts. 3 e 11 da Lei n 10.098/2000, art. 2, inciso I, e arts. 8, 10 e 11 do Decreto n 5.296/2004, e da norma NBR 9050 da ABNT, alm do art. 3, inciso II, alnea e, da Resoluo n 24 do Conselho Deliberativo do FNDE, de 02.07.2012, com vistas a corrigir e prevenir a ocorrncia de apontamentos como os que se seguem: a) alturas excessivas, a exemplo dos balces de atendimento do projeto convencional e dos bancos da recepo da creche em metodologia inovadora; b) rampas em desconformidade com as declividades mximas prescritas para o acesso dentro do terreno; c) instalao de barras de apoio dos banheiros em alturas e afastamentos incompatveis com a normas, alm da colocao de lavatrio com coluna, dificultando a aproximao de cadeira de rodas (item 9.3.6, TC-001.073/2014-1, Acrdo n 608/2015-Plenrio). Manual de Acessibilidade para Prdios Pblicos - MPOG http://www.planejamento.gov.br//manual-de-acessibilidade-p

2. ADITAMENTOS (alteraes contratuais) Alteraes contratuais sem a devida formalizao mediante termo aditivo configura contrato verbal, que pode levar apenao dos gestores omissos quanto ao cumprimento do dever (Acrdo n. 1227/2012-Plenrio, TC 004.554/2012-4, rel. Min. Valmir Campelo, 23.5.2012) Aditivos contratuais firmados em prazo exguo constituem indcio de falta de planejamento. (Acrdo n. 1793/2011-Plenrio, TC-011.643/2010-2, rel. Min. Valmir Campelo, 06.07.2011) Licitaes de obras pblicas: no caso de alterao do projeto originrio, h que se demonstrar, motivadamente, que a nova soluo de fato superior, sendo que, quando se verifique desfigurao significativa do projeto inicial, a realizao de nova licitao imprescindvel (Acrdo n. 591/2011-Plenrio, TC-022.689/2006-5, rel. Min. Augusto Nardes, 16.03.2011)

Realizao de dispensas de licitao em detrimento do mero aditamento do contrato (Acrdo n. 7821/2010-1 Cmara, TC-014.407/2006-4, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 23.11.2010)

Aditivo com incluso de servios no previstos originalmente no contrato: necessidade de se comparar a situao inicial com a final para se concluir pela existncia, ou no, de dbito (Precedentes: Acrdos nos 296/2004, 1120/2010, 1200/2010 e 2066/2010, Plenrio). (Acrdo n. 2931/2010-Plenrio, TC-015.682/2008-0, rel. Min. Benjamin Zymler, 03.11.2010)

A transferncia da capacidade tcnico-operacional entre pessoas jurdicas possvel no somente na hiptese de transferncia total de patrimnio e acervo tcnico entre tais pessoas, mas tambm no caso da transferncia parcial desses ativos (Acrdo n. 2444/2012-Plenrio, TC-003.334/2012-0, rel. Min. Valmir Campelo, 11.9.2012) Contratao de servios de durao continuada: Requisitos para alterao societria do contratado. (Acrdo n 2641/2010-Plenrio, TC-002.365/2004-3, rel. Min. Augusto Nardes, 06.10.2010)

Aditamento para incorporao de novos servios ao contrato. Acrdo n. 278/2010-1 Cmara, TC-030.476/2008-7, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 26.01.2010. Adoo de novo Acordo de Nvel de Servio durante a execuo contratual. Acrdo n. 717/2010-Plenrio, TC-009.511/2009-6, rel. Min-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 07.04.2010. Os valores contratuais de servios que, por suas caractersticas, no so executados com o emprego exclusivo de mo de obras podem, em face do que prescreve o art. 19, inciso XXII, da IN-SLTI/MP-2/2008, ser corrigidos aps um ano de vigncia do ajuste por ndice setorial ou especfico, que dever, obrigatoriamente, estar definido no edital da licitao e no termo contratual. Acrdo 114/2013-Plenrio, TC 028.305/2011-6, relator Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti, 30.1.2013. As exigncias legais e normativas aplicveis aos aditivos devem ser, em regra, as mesmas exigveis do contrato de que decorrem. Acrdo 1918/2013-Plenrio, TC 005.924/2011-1, relatora Ministra Ana Arraes, 24.7.2013. Os aditivos devem observar os preos de servios e insumos firmados no contrato e, caso estes no constem do ajuste, devem ser consentneos com os preos praticados no mercado. Acrdo 1919/2013-Plenrio, TC 006.282/2013-0, relatora Ministra Ana Arraes, 24.7.2013. As modificaes no contrato social da empresa consistem em mera alterao societria, no atingindo a personalidade jurdica da sociedade, que permanece intocada, de acordo com a teoria da identidade ou continuao. A modificao nos atos constitutivos da empresa no afeta os direitos e obrigaes perante terceiros, nem h qualquer alterao nas suas relaes contratuais e extracontratuais anteriores. Acrdo 7532/2013 Primeira Cmara

Admissibilidade de aditivos em contratos executados sob o regime de empreitada por preo global (Acrdo n 1977/2013 Plenrio, TCU) Na hiptese de serem firmados aditivos a um contrato, deve ser assegurada a no reduo do desconto original obtido por ocasio da licitao, em relao ao preo referencial, em desfavor da administrao (item 9.2, TC-028.868/2011-0, Acrdo n 1.219/2014-Plenrio) Nos casos de aditamentos de contratos, inclua, nos processos, pareceres tcnicos e demais documentos pertinentes, de forma a demonstrar as circunstncias e justificativas que geraram o aditivo, indicando os motivos pelos quais tais servios no puderam ser previstos na fase da contratao e a adequao dos preos dos novos insumos/servios, em atendimento ao princpio da motivao (item 9.5.7, TC-022.255/2007-3, Acrdo n 5.122/2014-1 Cmara). Quando houver a celebrao de aditivos contratuais para a incluso de novos servios, tanto nos regimes baseados em preo global quanto nos regimes de empreitada por preo unitrio e tarefa, o preo desses servios deve ser calculado considerando as referncias de custo e taxa de BDI especificadas no oramento-base da licitao, subtraindo desse preo de referncia a diferena percentual entre o valor do oramento-base e o valor global obtido na licitao, com vistas a garantir o equilbrio econmico-financeiro do contrato e a manuteno do percentual de desconto oferecido pelo contratado (art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e arts. 14 e 15 do Decreto 7.983/2013). Acrdo 2440/2014-Plenrio, TC 036.076/2011-2, relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, revisor Ministro Benjamin Zymler, 17.9.2014. A substituio de servios sem a comprovao da manuteno do equilbrio econmico-financeiro do contrato e ausncia de justificativa para a escolha do tipo de piso, identificada em prego eletrnico, afronta o disposto no arts. 41 e 65, 6, da Lei n 8.666/1993 (item 1.7.1, TC-023.006/2014-5, Acrdo n 6.499/2014-1 Cmara). A formalizao de aditivo aps o perodo de vigncia do contrato juridicamente incabvel, pois ultrapassado seu termo final e concluda a obra, o contrato considerado extinto (TC-032.966/2013-0, Acrdo n 131/2015-Plenrio). Na celebrao de aditivos contratuais, deve ser mantido o desconto proporcional oferecido pela contratada em relao ao valor total estimado pela Administrao, de modo a se evitar o jogo de planilhas, tanto para modificao de quantidades de itens existentes quanto para incluso de novos servios. Acrdo 1153/2015-Primeira Cmara, TC 044.045/2012-3, relator Ministro Jos Mcio Monteiro, 24.2.2015. Acrdo [...] 9.2.1. elabore norma que defina a metodologia a ser adotada nas revises de projeto na fase de obras dos contratos regidos pela Lei 8.666/1993, principalmente com relao aos critrios de aprovao dos preos novos, adequando-os estritamente s disposies legais disciplinadoras dos projetos

das obras pblicas e das alteraes contratuais, e s diretrizes emanadas pela jurisprudncia desta Corte, tais como a manuteno das condies inicialmente pactuadas, do equilbrio econmico-financeiro dos contratos, e a obedincia aos preos referenciais da Administrao, inclusive a parcela de BDI; (Acrdo n 467/2015 Plenrio, Rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, Processo n 012.291/2013-7). Os preos dos servios novos acrescidos por termo aditivo, embora derivem de prvio acordo entre as partes (art. 65, 3 da Lei 8.666/93), devem ser parametrizados pelos preos referenciais da Administrao vigentes poca da licitao (sistemas oficiais de custos e taxa de BDI do oramento base), e no pelos preos em vigor poca do aditamento, observando-se ainda a manuteno do mesmo percentual de desconto entre o valor global do contrato original e o obtido a partir dos preos referenciais poca da licitao. Acrdo 467/2015-Plenrio, TC 012.291/2013-7, relator Ministro Walton Alencar Rodrigues, 11.3.2015. Elabore norma que defina a metodologia a ser adotada nas revises de projeto na fase de obras dos contratos regidos pela Lei n 8.666/1993, principalmente com relao aos critrios de aprovao dos preos novos, adequando-os estritamente s disposies legais disciplinadoras dos projetos das obras pblicas e das alteraes contratuais, e s diretrizes emanadas pela jurisprudncia da Corte de Contas, tais como a manuteno das condies inicialmente pactuadas, do equilbrio econmico-financeiro dos contratos, e a obedincia aos preos referenciais da Administrao, inclusive a parcela de BDI (item 9.2.1, TC-012.291/2013-7, Acrdo n 467/2015-Plenrio). A celebrao de aditivo contratual de acrscimo de servios de engenharia sem a alterao do projeto bsico/executivo, afronta os artigos 6, inciso IX, e 7, incisos I e II, da Lei n 8.666/1993; (itens 9.2.9 e 9.2.10, TC-025.033/2013-1, Acrdo n 1.842/2015-1 Cmara). A economicidade da contratao alcanada no certame licitatrio deve ser preservada em casos de alteraes contratuais, por fora dos princpios da seleo da proposta mais vantajosa para a Administrao e da vinculao ao instrumento convocatrio e ao contrato. Acrdo 677/2015-Plenrio, TC 005.427/2009-2, relator Ministro Substituto Marcos Bemquerer Costa, 1.4.2015. Crie critrios objetivos para a avaliao dos pedidos de prorrogao de prazo contratual de obras de engenharia, ajuizando se os motivos elencados pelas empresas contratadas causaram, de fato, atrasos na execuo das obras, e se os prazos demandados por essas empresas contratadas guardam compatibilidade com o prazo em que a execuo das obras restou prejudicada (item 1.7.4, TC-025.450/2014-0, Acrdo n 778/2015-Plenrio).

2.1 ACRSCIMOS E SUPRESSES Hipteses de exceo que autorizam acrscimos contratuais acima dos limites estabelecidos pela Lei 8.666/93. Deciso 215/1999-Plenrio, TC 930.039/1998-0, relator Ministro Jos Antonio B. De Macedo.

O clculo dos limites de aditamento de que trata o 1 do art. 65 da Lei n 8.666/1993 demanda a atualizao do valor do contrato e de seus aditivos at o momento do novo aditamento, ou o deflacionamento de cada um dos aditivos at a data-base do ajuste original (Acrdo n 3483/2012-Plenrio, TC-011.571/2008-3, rel. Min. Aroldo Cedraz, 10.12.2012)

A incluso, em editais de licitaes para obras de manuteno rodoviria, de clusulas que impeam a formalizao de termos aditivos aos contratos para alterao quantitativa ou qualitativa das solues de projeto viola o disposto no art. 65 da Lei n 8.666/93 e o contido no art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal (Acrdo n.3.260/2011-Plenrio, TC-008.979/2011-1, rel. Min. Jos Mcio Monteiro, 7.12.2011) Para efeito de observncia dos limites de alteraes contratuais previstos no art. 65 da Lei n 8.666/93, o conjunto de redues e o conjunto de acrscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles, os limites de alterao estabelecidos no dispositivo legal (Acrdo n. 2819/2011-Plenrio, TC-022.689/2011, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 25.10.2011) Para efeito de observncia dos limites de alteraes contratuais previstos no art. 65 da Lei n 8.666/93, o conjunto de redues e o conjunto de acrscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles, os limites de alterao estabelecidos no dispositivo legal (Acrdo n. 2530/2011-Plenrio, TC-015.678/2005-3, rel. Min. Jos Jorge, 21.09.2011) A celebrao de termo aditivo em contrato de reforma de prdio pblico, com acrscimo de edificao de unidade independente e de reparos em reas no previstas no edital da licitao, viola os comandos contidos nos artigos 3, caput; 3, 1, inciso I, c/c 23, 1; 65, 1; todos da Lei 8666/1993(Acrdo n. 327/2012-Plenrio, TC-012.238/2005-2, rel. Min. Augusto Nardes,15.2.2012) No caso de ordem judicial para que a Administrao Pblica firme contrato decorrente de licitao por ela anteriormente anulada, os valores da planilha oramentria devem corresponder queles que constaram do certame, sendo que as futuras alteraes contratuais esto, de modo geral, limitadas aos limites legais impostos pela pelo artigo 65 da Lei 8.666/1993. No caso de alteraes qualitativas que demandem que tais limites sejam superados, devem ser observadas as condies e formalidades referidas na Deciso 215/1999 do Plenrio do Tribunal (Precedente: Acrdo n 749/2010, Plenrio). (Acrdo n. 1676/2011-Plenrio, TC-008.847/2011-8, rel. Min. Raimundo Carrero, 22.06.2011) Supresses contratuais anteriores devem ser levadas em considerao para o fim de se determinar a base para acrscimos percentuais posteriores (Acrdo n. 2331/2011-Plenrio, TC-014.771/2006-1, rel. Min. Valmir Campelo, 31.08.2011)

Aditivos contratuais fundamentados no 1 do art. 65 da Lei 8.666/1993 devem ter por causa fato superveniente assinatura da avena (Precedentes: Acrdos nos 103/2004, Plenrio, 2727/2008, 1 Cmara e 5154/2009, 2 Cmara). (Acrdo n. 1748/2011-Plenrio, TC-010.508/2010-4, rel. Min. Jos Jorge, 29.06.2011) Aditivos contratuais superiores aos limites estabelecidos na Lei 8.666/1993: em carter excepcional, podem ser considerados vlidos (Acrdo n. 448/2011-Plenrio, TC-011.298/2010-3, rel. Min. Aroldo Cedraz, 23.02.2011)

Alteraes contratuais unilaterais quantitativas: Aplicao dos limites legais ao conjunto de acrscimos e ao conjunto de supresses, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles. Acrdo n. 1200/2010-Plenrio, TC-000.344/2010-9, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 26.05.2010.

Alteraes contratuais unilaterais quantitativas: Aplicao do percentual de desconto, ofertado pela licitante vencedora em relao ao oramento, sobre o valor global do contrato, antes e depois do aditivo, e no sobre o valor total dos itens novos. Acrdo n. 1200/2010-Plenrio, TC-000.344/2010-9, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 26.05.2010.

Manuteno, em aditivo de aumento de quantitativos, do percentual de desconto ofertado pela contratada no preo global inicialmente ajustado. Acrdo n. 1120/2010-Plenrio, TC-000.340/2010-3, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 19.05.2010. Pequena materialidade na extrapolao do limite legal para acrscimos em contrato de reforma. Acrdo n. 1466/2010-Plenrio, TC-004.478/2006-2, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 23.06.2010. Contratao de servios: Alterao quantitativa e incidncia do limite legal sobre o preo global. Acrdo n. 197/2010-Plenrio, TC-015.817/2006-7, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 10.02.2010. Aplicao dos limites legais ao conjunto de redues e ao conjunto de acrscimos do objeto contratado, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles. Acrdo n. 1338/2010-Plenrio, TC-000.341/2010-0, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 09.06.2010.

Possibilidade de a alterao qualitativa do objeto extrapolar os limites legais. Acrdo n. 3133/2010-1 Cmara, TC-021.842/2008-1, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 01.06.2010. Para fins de enquadramento na hiptese de excepcionalidade prevista na Deciso 215/1999-Plenrio (acrscimos contratuais acima dos limites estabelecidos pela Lei 8.666/93), as alteraes qualitativas havidas no podem decorrer de culpa do contratante, nem do contratado. Acrdo 89/2013-Plenrio, TC 036.898/2012-0, relator Ministro Valmir Campelo, 30.1.2013.

Projeto bsico ou executivo, oramento estimado em planilhas e justificativa para os acrscimos e supresses do objeto. (Acrdo n 1867/2013 Plenrio, Relator Min. Benjamin Zymler, Processo n 028.435/2010-9) Os aditivos devem observar os preos de servios e insumos firmados no contrato e, caso estes no constem do ajuste, devem ser consentneos com os preos praticados no mercado. Acrdo 1919/2013-Plenrio, TC 006.282/2013-0, relatora Ministra Ana Arraes, 24.7.2013. Os limites de aditamento estabelecidos no art. 65, inciso II, 1, da Lei 8.666/93 devem ser verificados separadamente, tanto nos acrscimos quanto nas supresses de itens e quantitativos, e no pelo cmputo final que tais alteraes (acrscimos menos decrscimos) possam provocar na equao financeira do contrato. Acrdo 2059/2013-Plenrio, TC 009.861/2013-0, relator Ministro Raimundo Carreiro, 7.8.2013. juridicamente vivel, para fins de clculo dos limites de aditamento, a compensao entre o conjunto de acrscimos e supresses ao objeto dos contratos referentes a obras de infraestrutura celebrados antes do trnsito em julgado do Acrdo 749/2010-Plenrio por rgos e entidades vinculados ao Ministrio dos Transportes. Acrdo 3105/2013-Plenrio, TC 000.522/2013-9, relator Ministro Walton Alencar Rodrigues, 20.11.2013 Adote providncias, inclusive no que concerne ao estabelecimento de rotinas de trabalho adequadas, no sentido de evitar a repetio das seguintes falhas: a) realizao de acrscimo ou supresso de obras em objetos contratados, sem que haja o devido respaldo em projeto bsico ou executivo ou em oramento estimado em planilhas, uma vez que tal procedimento viola o disposto no art. 7, 1, da Lei n 8.666/1993; b) no apresentao de justificativa para a alterao do objeto contratado, em especial no que se refere contratao de obras no estabelecidas no objeto avenado ou supresso de obras constante dessa avena; b) ausncia de designao formal de servidor para exercer a funo de fiscal de contrato, a fim de acompanhar e fiscalizar a avena, pois tal conduta caracteriza infrao ao que estabelece o art. 67 da Lei n 8.666/1993 (TC-028.435/2010-9, Acrdo n 1.867/2013-Plenrio). Impropriedade caracterizada pelo fato de que a aferio do limite legal de 25% para os aditivos contratuais, feita em separado para acrscimos e supresses, lanando mo de compensao entre eles, afronta jurisprudncia consolidada do TCU, a exemplo do Acrdo n 2.819/2011-P (TC-005.904/2011-0, Acrdo n 2.511/2014-Plenrio). O limite de 25% para a celebrao de aditivos referenciado pelo art. 65, 1, da Lei n 8.666/1993, deve ser respeitado individualmente em relao aos acrscimos e supresses de servios (sem compensaes), conforme entendimento dos Acrdos de ns 2.819/2011-P, 1.981/2009-P e 591/2011-P (TC-029.144/2014-0, Acrdo n 530/2015-Plenrio).

As redues ou supresses de quantitativos devem ser consideradas de forma isolada, ou seja, o conjunto de redues e o conjunto de acrscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensao entre eles, os limites de alterao estabelecidos no art. 65 da Lei 8.666/93. Acrdo 1498/2015 Plenrio (Auditoria, Relator Ministro Benjamin Zymler) O TCU deu cincia ao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Par (IFPA) sobre a celebrao de termos aditivos em valor superior a 25% do valor original do contrato firmado com uma empresa privada de segurana para a prestao de servios de vigilncia armada e desarmada unidade de Marab/PA, em desacordo com o art. 65, 1 e 2, da Lei n 8.666/1993 (Acrdo n 1.446/2016-2 Cmara)

2.2 REAJUSTES lcita a adoo da sistemtica de reviso por meio de ndices (reajuste) dos valores de contratos de prestao de servio de durao continuada em que no h prevalncia de mo de obra (Acrdo n 3388/2012-Plenrio, TC-005.383/2007-0, rel. Min. Aroldo Cedraz, 5.12.2012)

Reajuste de contratos administrativos: a supervenincia de ato normativo editado por instituio pblica contratante estabelecendo novos valores referenciais no autoriza, per si, o reajuste imediato de contrato j em andamento (Acrdo n 1556/2011-Plenrio, TC-027.120/2010-1, rel. Min-Subst. Weder de Oliveira, 08.06.2011)

Periodicidade mnima de um ano para reajustes contratuais. Acrdo n. 1464/2010-Plenrio, TC-000.342/2010-6, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 23.06.2010. 8.1.6. nos contratos relativos s obras financiadas com recursos federais, mesmo nos casos cuja durao seja inferior a um ano, preveja a possibilidade de reajuste, fazendo meno ao indicador setorial aplicvel, nos casos em que, inexistindo culpa do contratado, o prazo inicialmente pactuado no seja cumprido; (Acrdo n 698/2000 Plenrio, Rel. Min. Humberto Souto, Processo n 675.047/1996-0) Voto Relativamente previso de reajustes por meio da utilizao de ndices setoriais (irregularidade "d", retro), concordo com as anlises apresentadas pela Sefti no sentido de que o enquadramento est correto. O servio licitado, por suas caractersticas, no exige a dedicao exclusiva de mo de obra, pelo que, de acordo com o art. 19, inciso XXII, da IN-SLTI/MP-2/2008, pode ter seus valores contratuais corrigidos, aps um ano, por ndices setoriais ou especficos. O problema reside aqui, no caso concreto, na ausncia de indicao, no edital e no contrato, do ndice setorial ou especfico a ser utilizado. Com relao a isso, complemento a anlise da Sefti e concluo que a soluo est em se aditivar o

contrato celebrado de forma a restar estabelecido formalmente o ndice a ser utilizado, o qual dever ser preferencialmente um ndice setorial ou especfico, e, apenas na ausncia de tal ndice, um ndice geral. Nessa ltima hiptese o ndice dever ser o mais conservador possvel, vez que a administrao no dever ser onerada injustificadamente. Determinao nesse sentido dever ser emitida ao DGI/MinC. Acrdo 114/2013-Plenrio, TC 028.305/2011-6, relator Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti, 30.1.2013. Em contrataes de servios, a indexao de preos a ndices gerais constitui infrao ao art. 4, inciso I, do Decreto n 2.271/1997 (TC-015.207/2012-9, Acrdo n 549/2014-Plenrio). Em procedimentos licitatrios e consequentes contrataes em que haja utilizao de recursos federais, ao estipular os ndices de reajuste dos contratos, observe a natureza de cada objeto para que o ndice reflita adequadamente a variao dos preos relacionados quele tipo de ajuste, de forma a que no se repitam irregularidades como a detectada numa concorrncia, quando foi fixado, indevidamente, o ndice Nacional de Preos ao Consumidor (INPC) ao invs do ndice Nacional da Construo Civil (INCC), especfico para obras de ampliao de sistema de esgoto sanitrio (TC-015.197/2011-5, Acrdo n 3.893/2014-2 Cmara). Recomendaes ao rgo para que: a) previamente celebrao do contrato a ser porventura celebrado em decorrncia de prego eletrnico, bem assim quando do lanamento de seus editais de licitao, preveja clusulas relacionadas aos critrios de reajustamento dos preos, de forma a explicitar as condies, ndices ou formas de clculo, especialmente nos casos em que realizar contrataes com previso de durao continuada; b) no caso de eventuais repactuaes dos contratos de durao continuada, observe, falta de norma regulamentadora, e por analogia, o disposto na IN/SLTI-MP n 2/2008 (TC-034.059/2013-0, Acrdo n 1.750/2014-Plenrio). O marco inicial, a partir do qual se computa o perodo de um ano para a aplicao de ndices de reajustamento, a data da apresentao da proposta ou a do oramento a que a proposta se referir, de acordo com o previsto no edital, conforme Acrdo n 474/2005-P (TC-028.098/2014-5, Acrdo n 567/2015-Plenrio).

2.3 REPACTUAO

A diminuio significativa de custos incorridos por empresa contratada para execuo de obras rodovirias, como a severa reduo da distncia mdia de transporte do insumo cimento, impe a repactuao do contrato, com o intuito de que se reestabelea o equilbrio econmico-financeiro da avena, em face do que dispe o comando contido no art. 65, II, d, da Lei n 8.666/93(Acrdo n. 3.289/2011-Plenrio, TC-014.982/2010-2, rel. Min. Jos Jorge, 7.12.2011)

Para fim de repactuao, a pesquisa de preos deve ser feita nas mesmas condies em que se deu a contratao (Acrdo n. 2787/2010-Plenrio, TC-019.141/2006-2, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 20.10.2010) Marco inicial e data limite para a contratada pleitear repactuao de preos. Acrdo n. 2094/2010-2 Cmara, TC-007.040/2004-0, rel. Min-Subst. Andr Lus de Carvalho, 11.05.2010.

Repactuao de preos em contrato celebrado com cooperativa. Acrdo n. 963/2010-Plenrio, TC-007.449/2001-3, rel. Min. Benjamin Zymler, 05.05.2010.

Limites para o exerccio do direito repactuao dos preos contratados. Acrdo n. 477/2010-Plenrio, TC-027.946/2007-5, rel. Min. Aroldo Cedraz, 17.03.2010.

Licitao do tipo tcnica e preo para prestao de servios especializados de advocacia: Repactuao e no reajuste em contratos de prestao de servios continuados. Acrdo n. 1452/2010-Plenrio, TC-001.457/2010-1, rel. Min. Raimundo Carreiro, 23.06.2010.

Repactuao de valores para itens no cotados, ou cotados a menor, na planilha de preos da empresa vencedora da licitao. Acrdo n. 2554/2010-1 Cmara, TC-012.841/2008-5, rel. Min-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 18.05.2010. Precluso lgica (Acrdo n 1.827/2008, Plenrio) Relativizao da incidncia da precluso lgica prevista no Acrdo n 1.827/2008 (Acrdo 8237/2011 - Segunda Cmara)

Marco inicial e data limite para a contratada pleitear repactuao de preos. Acrdo n. 2094/2010-2 Cmara, TC-007.040/2004-0, rel. Min-Subst. Andr Lus de Carvalho, 11.05.2010.

1.5.1.11. observe o disposto no art. 2 da Lei n. 10.192/2000 e no art. 5 do Decreto n. 2.271/1997, atentando para o entendimento firmado na jurisprudncia do Tribunal de Contas da Unio (v.g., Acrdos ns. 297/2005, 1.563/2004 e 55/2000, todos do Plenrio), no sentido de que somente os contratos que tenham por objeto a prestao de servios de natureza contnua podem ser repactuados e a repactuao que vise a aumento de despesa no permitida antes de decorrido, pelo menos, um ano de vigncia do contrato, observando que:

1.5.1.11.1. necessria a existncia de clusula no contrato admitindo a repactuao, que pode ser para aumentar ou diminuir o valor do contrato;

1.5.1.11.2. a repactuao no est vinculada a qualquer ndice;

1.5.1.11.3. para repactuao de preos deve ser apresentada demonstrao analtica da variao dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada; (Acrdo n 2498/2009 Primeira Cmara, Relator Min. Marcos Bemquerer Costa, Processo n 012.817/2005-5).

Repactuao e no reajuste em contratos de prestao de servios continuados. Acrdo n. 1452/2010-Plenrio, TC-001.457/2010-1, rel. Min. Raimundo Carreiro, 23.06.2010. Ocorre precluso lgica do direito repactuao de preos decorrente de majoraes salariais da categoria profissional quando a contratada firma termo aditivo de prorrogao contratual sem suscitar os novos valores pactuados no acordo coletivo, ratificando os preos at ento acordados. Acrdo 1601/2014-Plenrio, TC 020.970/2010-2, relator Ministro Benjamin Zymler, 18.6.2014. A concesso de reequilbrio econmico-financeiro em prazo inferior a um ano, sem a comprovao de ocorrncia das condies previstas em lei, afronta o disposto no art. 65, inciso II, alnea d, da Lei 8.666/93, c/c o art. 2, 1, da Lei 10.192/01, e implica responsabilizao dos gestores envolvidos. Acrdo 1729/2014 Plenrio (Representao, Relator Ministro Raimundo Carreiro) A contratada, ao iniciar, tardiamente, a execuo dos servios sem condicion-la a reviso de preos, implicitamente reconhece a adequao e a exequibilidade dos valores propostos na licitao, o que configura renncia ao reequilbrio econmico-financeiro das condies iniciais contratadas, dando ensejo precluso lgica. Acrdo 4365/2014-Primeira Cmara, TC 017.547/2011-3, relator Ministro Benjamin Zymler, 12.8.2014. A concesso de reequilbrio econmico-financeiro em prazo inferior a um ano, sem a comprovao de ocorrncia das condies previstas em lei, afronta o disposto no art. 65, inciso II, alnea d, da Lei 8.666/93, c/c o art. 2, 1, da Lei 10.192/01, e implica responsabilizao dos gestores envolvidos. Acrdo 1729/2014-Plenrio, TC 015.391/2012-4, relator Ministro Raimundo Carreiro, 2.7.2014. Ocorre precluso lgica do direito repactuao de preos decorrente de majoraes salariais da categoria profissional quando a contratada firma termo aditivo de prorrogao contratual sem suscitar os novos valores pactuados no acordo coletivo, ratificando os preos at ento acordados. Acrdo 1601/2014-Plenrio, TC 020.970/2010-2, relator Ministro Benjamin Zymler, 18.6.2014. Orientao Normativa SLTI/MPOG n 2, de 22 de agosto de 2014 a) a majorao da tarifa de transporte pblico gera a possibilidade de repactuao do item relativo aos valores pagos a ttulo de vale-transporte; b) o incio da contagem do prazo de um ano para a primeira repactuao deve tomar como referncia a data do oramento a que a proposta se refere, qual seja, a data do ltimo reajuste de tarifa de transporte pblico; c) os efeitos financeiros da repactuao contratual decorrente da majorao de tarifa de transporte pblico devem viger a partir da efetiva modificao do valor de tarifa de transporte pblico; e d) as regras de repactuao devem observar as disposies contidas nos arts. 37 a 41 da Instruo Normativa n 2, de 30 de abril de 2008.

O TCU deu cincia ao COREN/SP de que, na repactuao dos contratos de servios de natureza continuada, a no observncia ao interregno mnimo de um ano da data limite para apresentao das propostas ou da data do acordo, conveno ou dissdio coletivo de trabalho, vigente poca da apresentao da proposta, contraria a jurisprudncia do TCU (Acrdos ns 1.621/2011-1C, 2.548/2011-1C e 2.498/2009-1C; 2.369/2010-P, 1.105/2008-P e 1.827/2008-P) (Acrdo n 2.052/2015-Plenrio).

2.4 REEQUILIBRIO ECONMICO-FINANCEIRO A concesso do benefcio de participao nos lucros e resultados a empregados de empresas que prestam servios continuados Administrao no pode ser invocada como justificativa para promoo de reequilbrio econmico-financeiro do respectivo contrato (Acrdo n 3336/2012-Plenrio, TC-018.784/2012-7, redator Ministro Jos Mcio Monteiro, 5.12.2012) A falta de conformidade entre a metodologia de execuo de determinado servio, adotada no oramento e no contrato, e a efetivamente empregada na obra justifica a conformao do preo unitrio pactuado ao preo de referncia, calculado com base na forma de execuo do servio (Acrdo n. 2872/2012-Plenrio, TC-008.945/2011-0, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 24.10.2012) Diferena percentual entre o valor global do contrato e o obtido a partir dos custos unitrios do sistema de referncia utilizado no poder ser reduzida, em favor do contratado, em decorrncia de aditamentos que modifiquem a planilha oramentria (Acrdo n. 2654/2012-Plenrio, TC-015.484/2012-2, rel. Min. Valmir Campelo, 03.10.2012) A verificao, em contrato de obra pblica, da existncia de preos unitrios acima dos referenciais de mercado no configura dano ao errio, se o preo global da obra se encontrar abaixo do preo de mercado. Os preos unitrios de tais itens devem, contudo, ser reduzidos aos preos de referncia, na hiptese de aditivo ao contrato que aumente seus quantitativos (Acrdo n. 2452/2012-Plenrio, TC-010.073/2012-4, rel. Min. Raimundo Carreiro, 11.9.2012) A existncia de excessos em preos de alguns itens da obra pode ser relevada em face, especialmente, da inexistncia de sobrepreo no valor total do respectivo contrato. Seus aditivos, porm, no podero impor reduo do desconto global inicialmente pactuado, conforme disposto em lei de diretrizes oramentrias (Acrdo n. 2167/2012-Plenrio, TC-015.205/2009-8, rel. Min. Ana Arraes, 15.8.2012) A contratao de obra por preo superior ao que se poderia obter por meio da utilizao de tcnica igualmente satisfatria e menos onerosa demanda a readequao dos preos contratuais a essa nova soluo (Acrdo n. 791/2012-Plenrio, TC 007.321/2011-2, rel. Min. Jos Mcio Monteiro, 4.4.2012)

Indcios de sobrepreo e de superfaturamento em servio inserido por meio de aditivo a contrato de implantao de obra de acesso rodovirio justificam a reteno cautelar dos respectivos valores em pagamentos futuros at deliberao definitiva do Tribunal(Acrdo n. 102/2012-Plenrio, TC 008.789/2011-8, rel. Min. Weder de Oliveira, 18.1.2012) A diminuio dos encargos incorridos por empresa contratada para execuo de obras realizadas no mbito do Programa de Recuperao e Manuteno de Rodovias (Crema), resultante da reduo e alterao de insumos de alguns servios, impe a reviso do preo da obra, com o intuito de manter o equilbrio econmico-financeiro do contrato (Precedente: Acrdo 2.730/2009, Plenrio).(Acrdo n. 40/2012-Plenrio, TC 013.341/2009-0, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 18.1.2012) A radical elevao dos custos de aquisio de material proveniente de jazidas para execuo de obra rodoviria incorridos pela empresa contratada autoriza a celebrao de aditivo com o intuito de reestabelecer o equilbrio econmico-financeiro do contrato (Acrdo n. 30/2012-Plenrio, TC 010.813/2006-5, rel. Min. Aroldo Cedraz, 18.1.2012) Contratao de obras pblicas: Eventos futuros e incertos ensejam, quando ocorrentes, o reequilbrio econmico-financeiro de um contrato, no podendo ser cobertos por dotaes genricas (Acrdo n. 311/2011-Plenrio, TC-006.306/2008-3, rel. Min-Subst. Andr Lus de Carvalho, 09.02.2011) Alterao contratual sem caracterizao do jogo de planilha: presuno relativa de desequilbrio econmico-financeiro do contrato (Precedente: Acrdo n 1755/2004, Plenrio). (Acrdo n. 8366/2010-Plenrio, TC-020.201/2005-7, rel. Min-Subst. Weder de Oliveira, 07.12.2010) Itens novos em contratao de obra pblica: adoo dos preos unitrios dos sistemas de referncia (Precedentes: Acrdos n.os394/2003, 172/2004, 1.755/2004, 468/2006, 554/2008, 1.663/2008 e 993/2009, Plenrio). (Acrdo n. 3134/2010-Plenrio, TC-006.551/2008-0, rel. Min. Augusto Nardes, 24.11.2010)

Contratao para execuo de obras: Distoro nos preos conhecida como jogo de planilha. Acrdo n. 1515/2010-Plenrio, TC-008.137/2009-6, rel. Min. Benjamin Zymler, 30.06.2010. 3. Considera-se minimizado o risco de jogo de planilhas quando o instrumento convocatrio apresenta as quantidades de fornecimento do objeto da licitao (art. 7, 4, da Lei 8.666/1993) e estipula os critrios de aceitabilidade de preos unitrios (art. 40, inciso X, da Lei) Acrdo 2895/2014-Plenrio, TC 020.008/2014-7, relator Ministro Bruno Dantas, 29.10.2014.

Contratao para execuo de obras: Reviso contratual para expurgo da parcela referente extinta CPMF. Acrdo n. 1515/2010-Plenrio, TC-008.137/2009-6, rel. Min. Benjamin Zymler, 30.06.2010.

Necessidade da reduo do montante contratado em decorrncia da indevida incluso do IRPJ e da CSLL na planilha contratual. Acrdo n. 3165/2010-Plenrio, TC-000.275/2010-7, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 24.11.2010.

Variao cambial como fato gerador da concesso de reequilbrio econmico-financeiro (Acrdo n. 2837/2010-Plenrio, TC-018.016/2005-1, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 27.10.2010) Alteraes contratuais envolvendo acrscimos e supresses de itens: clculo em separado dos limites legais. (Precedentess: Acrdos n.os 336/2008-Plenrio e 2.079/2007-2 Cmara). Acrdo n 2588/2010-Plenrio, TC-027.340/2009-5, rel. Min. Augusto Nardes, 29.09.2010 Majorao linear, a ttulo de reequilbrio econmico-financeiro, dos preos inicialmente pactuados, como consequncia da subavaliao dos preos constantes do oramento elaborado pela Administrao e adotado como referncia para a proposta da contratada. Acrdo n. 5686/2010-2 Cmara, TC-018.026/2010-9, rel. Min. Benjamin Zymler, 28.09.2010.

Risco de jogo de planilha: impossibilidade de o desconto originalmente obtido na licitao vir a ser reduzido em favor da contratada, em decorrncia de aditamentos (Precedente: Acrdo n. 2.319/2009-Plenrio). Acrdo n. 2066/2010-Plenrio, TC-007.195/2010-9, rel. Min-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 18.08.2010. Recomposio do equilbrio contratual em razo de valorizao cambial. Acrdo n. 25/2010-Plenrio, TC-026.754/2009-8, rel. Min. Benjamin Zymler, 20.01.2010. 20. Alm disso, o modelo pretendido pelo [] pode favorecer a ocorrncia da prtica maliciosa conhecida como "jogo de cronograma", em que a construtora prioriza a execuo dos servios que lhe proporcionam maior retorno econmico e, posteriormente, relaxa sua conduta para conter seus custos, reduzindo seu comprometimento com a execuo da obra nas etapas que representam menor faturamento, ou mesmo abandonando o contrato, afetando negativamente o cumprimento dos prazos, o custo e a qualidade do empreendimento. 20.1. Uma vez vinculado o pagamento da supervisora execuo contratual da construtora, passa a ser possvel a ambas, e no apenas empreiteira, angariar a maior parte de suas receitas logo no incio do empreendimento. Assim, o mtodo de medio/pagamento pretendido pelo [] favoreceria um entendimento esprio entre essas empresas, voltado prtica de "jogo de cronograma". (Acrdo 3341/2012 Plenrio, Relator Min. Jos Mcio Monteiro, Processo n 026.524/2012-0) O desequilbrio econmico-financeiro do contrato no pode ser constatado a partir da variao de preos de apenas um servio ou insumo, devendo, ao contrrio, resultar de um exame global da variao de preos de todos os itens da avena. Acrdo 1466/2013-Plenrio, TC 006.010/2000-4, relatora Ministra Ana Arraes, 12.6.2013.

O valor do contrato abaixo do de mercado no causa suficiente para justificar seu reequilbrio econmico-financeiro, uma vez que essa situao pode decorrer, por exemplo, de estratgia empresarial, de condies oferecidas na licitao ou de aumento de custos provocado pela variao normal de mercado, no se inserindo na lea econmica extraordinria e extracontratual exigida pelo art. 65, inciso II, alnea d, da Lei 8.666/93. Acrdo 2795/2013 Plenrio Os contratos de prestao de servios celebrados com empresas beneficiadas pela Lei 12.546/11 devem considerar, em seus oramentos, a desonerao da folha de pagamento decorrente da mudana da base de clculo para a contribuio previdenciria instituda pela lei, sendo passvel de ressarcimento a fixao de preos que a desconsidere. Acrdo 2859/2013-Plenrio, TC 013.515/2013-6, relator Ministro Jos Mcio Monteiro, 23.10.2013. A mera variao de preos de mercado no suficiente para determinar a realizao de reequilbrio econmico-financeiro do contrato, sendo essencial a presena de uma das hipteses previstas no art. 65, inciso II, alnea d, da Lei 8.666/93. Diferenas entre os preos contratuais reajustados e os de mercado situao previsvel, j que dificilmente os ndices contratuais refletem perfeitamente a evoluo do mercado. Acrdo 3024/2013-Plenrio, TC 019.710/2004-2, relator Ministro Benjamin Zymler, 13.11.2013. Determinao [...] para que, com base no nos termos do art. 65, inciso II, alnea b da Lei n 8.666/1993 para que adote medidas necessrias repactuao de um contrato de forma a alterar o regime de execuo para empreitada por preo unitrio, observadas as seguintes condies: a) devem ser expurgadas eventuais superestimativas na proposta da contratada que tenham compensado a aceitao do regime de empreitada global, que por sua natureza contm imprecises intrnsecas nos quantitativos; b) deve-se assegurar que o preo final do contrato no regime de medies unitrias no seja superior quele decorrente da continuidade do contrato no regime originalmente pactuado (empreitada global); c) caso haja a necessidade de incluir servios novos ao contrato, seu preo deve ser menor ou igual aos balizados pelo SINAPI ou do SICRO, conforme o caso, adaptados, no que couber, realidade local de execuo do empreendimento, observado, ainda, a manuteno do desconto inicialmente pactuado com relao ao preo base da licitao (TC-007.109/2013-0, Acrdo n 1.978/2013-Plenrio). Independentemente do regime de execuo contratual, na hiptese de a empresa deixar de recolher determinado tributo embutido em seu BDI, ao ser favorecida por regime tributrio diferenciado ou qualquer benefcio legal, essa desonerao deve ser repassada ao contrato pactuado, de forma a garantir o pagamento apenas por tributos que representam gastos efetivamente incorridos pela contratada. Acrdo 2440/2014-Plenrio, TC 036.076/2011-2, relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, 17.9.2014. A concesso de reequilbrio econmico-financeiro em prazo inferior a um ano, sem a comprovao de ocorrncia das condies previstas em lei, afronta o disposto no art. 65, inciso II, alnea d, da Lei 8.666/93, c/c o art. 2, 1, da Lei

10.192/01, e implica responsabilizao dos gestores envolvidos. Acrdo 1729/2014-Plenrio, TC 015.391/2012-4, relator Ministro Raimundo Carreiro, 2.7.2014. O TCU deu cincia [...] sobre impropriedade verificada na conduo de prego presencial e no contrato caracterizada pela majorao indevida a ttulo de reequilbrio econmico-financeiro, em prazo inferior a um ano, sem a ocorrncia das condies previstas em lei, visto que no houve comprovao de que a variao dos preos decorreu de fatos imprevisveis ou de consequncias incalculveis, ou ainda retardadoras ou impeditivas da execuo contratual, sem parecer jurdico, o que afronta o disposto no art. 65, inciso II, alnea "d", da Lei n 8.666/1993, c/c o 1 do art. 2 da Lei n 10.192/2001 (TC-015.391/2012-4, Acrdo n 1.729/2014-Plenrio). juridicamente inadmissvel a reviso de preos sob o argumento de compatibiliz-los aos praticados em outros contratos da entidade contratante, j que a adoo de preos diferentes em contratos distintos no implica ruptura do equilbrio econmico-financeiro da proposta vencedora da licitao. Acrdo 3011/2014 Plenrio, TC 005.991/2003-1, relator Ministro Jos Mcio Monteiro, 5.11.2014. No viola o princpio da isonomia a participao de pessoa jurdica enquadrada no regime de desonerao tributria previsto na Lei 12.546/11 em licitao cujo objeto caracteriza atividade econmica distinta da atividade principal que vincula a empresa ao referido regime. Acrdo 480/2015-Plenrio, TC 002.657/2015-5, relator Ministro Augusto Nardes, 11.3.2015. O tratamento tributrio diferenciado previsto na Lei 12.546/11 no ampara a adoo de dois oramentos estimativos como critrio de aceitabilidade de preos mximos na licitao, a depender de a licitante recolher a contribuio previdenciria sobre o valor da receita bruta ou sobre o valor da folha de pagamento. Acrdo 6013/2015 Segunda Cmara (Embargos de Declarao, Relator Ministro Augusto Nardes) Recomendao Secretaria Executiva do Ministrio da Justia no sentido de que, ao analisar solicitao de reajuste de preo contratado motivada por variao cambial de moeda estrangeira, atente para o entendimento no sentido de no ser aplicvel a teoria da impreviso e a possibilidade de recomposio do equilbrio contratual em razo de variaes cambiais ocorridas devido a oscilaes naturais dos fatores de mercado, conforme entendimento do Acrdo n 3.282/2011-P (Acrdo n 1.568/2015-Plenrio).

2.5 PRORROGAO A possibilidade de prorrogao do prazo de vigncia de contrato de concesso de rea pblica, ainda que prevista em lei e em contrato, faculdade outorgada Administrao e no direito subjetivo do contratado (Acrdo n. 1084/2012-Plenrio, TC 030.543/2008-1, rel. Min. Aroldo Cedraz, 9.5.2012)

Extrapolao, na prorrogao de contrato de natureza contnua, do valor-limite da modalidade licitatria adotada. Acrdo n. 1339/2010-1 Cmara, TC-015.849/2006-0, rel. Min. Augusto Nardes, 16.03.2010. Dispensa de pesquisa de preos em prorrogaes servios contnuos 9.1.17 a vantajosidade econmica para a prorrogao dos contratos de servio continuada estar assegurada, dispensando a realizao de pesquisa de mercado, quando: 9.1.17.1 houver previso contratual de que os reajustes dos itens envolvendo a folha de salrios sero efetuados com base em conveno, acordo coletivo de trabalho ou em decorrncia da lei; 9.1.17.2 houver previso contratual de que os reajustes dos itens envolvendo insumos (exceto quanto a obrigaes decorrentes de acordo ou conveno coletiva de trabalho e de Lei) e materiais sero efetuados com base em ndices oficiais, previamente definidos no contrato, que guardem a maior correlao possvel com o segmento econmico em que estejam inseridos tais insumos ou materiais; 9.1.17.3 no caso de servios continuados de limpeza, conservao, higienizao e de vigilncia, os valores de contratao ao longo do tempo e a cada prorrogao forem inferiores aos limites estabelecidos em ato normativo da Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto - SLTI/MP. Se os valores forem superiores aos fixados pela SLTI/MP, caber negociao objetivando a reduo dos preos de modo a viabilizar economicamente as prorrogaes de contrato; (Acrdo n 1214/2013 Plenrio, Relator Min. Aroldo Cedraz, Processo n 006.156/2011-8)

A prorrogao da vigncia de contratos de natureza continuada no afasta a obrigao de se perseguir a situao mais vantajosa para a Administrao. Logo, o gestor responsvel deve avaliar se os preos e as condies existentes no momento da prorrogao so favorveis continuidade da avena. Acrdo 1047/2014-Plenrio, TC 028.198/2011-5, relator Ministro Benjamin Zymler, 23.4.2014. O contrato celebrado mediante inexigibilidade de licitao no deve ser prorrogado sem que se avalie a manuteno da inviabilidade de competio, mediante pesquisas suficientes a demonstrar que nenhuma outra soluo ou fornecedor atendem aos objetivos da contratao. Acrdo 555/2016 Plenrio

3. ADVOCACIA-GERAL DA UNIO O cargo em comisso de consultor jurdico dos ministrios de livre nomeao do Presidente da Repblica, com as delegaes devidas (art. 49, inciso II, c/c art. 58 da Lei Complementar 73/93). Ressalvados esse e os demais cargos de livre nomeao expressamente previstos em lei, o exerccio das atividades de consultoria e assessoramento jurdico dos rgos do poder Executivo compete exclusivamente aos

membros das carreiras da Advocacia-Geral da Unio. Acrdo 1270/2015 Plenrio (Representao, Relatora Ministra Ana Arraes)

4. ALIENAO

Alienao de imveis pblicos feita abaixo do preo anulada

Se a licitao no seguir os requisitos legais, deve ser declarada nula, como forma de recompor e preservar a coisa pblica. Com esse entendimento, o Tribunal de Justia do Acre anulou os editais de concorrncia pblica para alienao de imveis que pertencem ao municpio de Cruzeiro do Sul (AC). De acordo com a deciso, os bens foram vendidos por valores inferiores aos praticados no mercado imobilirio.

A anulao foi mantida pela 1 Turma do Superior Tribunal de Justia. O recurso submetido ao STJ era da ex-prefeita Zila Bezerra, que tentava reverter deciso do TJ-AC. Os ministros, de forma unnime, consideraram que a reviso das concluses do tribunal, conforme desejado pela ex-prefeita, exigiria rediscusso das provas do processo, o que no admitido pela Smula 7 do STJ: A pretenso de simples reexame de prova no enseja recurso especial.

O municpio de Cruzeiro do Sul ajuizou ao anulatria contra vrias pessoas fsicas e jurdicas que adquiriram imveis pblicos. Afirmou que a prefeita poca, Zila, autorizou a abertura de processos licitatrios para a alienao de vrios imveis, em 17 de setembro de 2007.

Entretanto, segundo o municpio, as alienaes se deram de modo ilegal, com valores muito inferiores aos praticados no mercado, sem lei que a autorizava e com violao dos princpios que regem a administrao pblica.

Alm disso, com a venda dos imveis, a prefeitura teria ficado sem reas para fazer obras pblicas, o que a obrigou a recorrer a desapropriaes para a construo de quadras esportivas, postos de sade e centro de convivncia.

Desobedincia

A sentena julgou procedente o pedido para declarar nulos os editais de concorrncia. O juzo considerou que a alienao dos imveis desobedeceu s exigncias legais e que no ficou demonstrado o atendimento ao interesse pblico.

O Tribunal de Justia do Acre manteve a sentena ao entendimento de que, como ato de gesto da coisa pblica, a alienao de bens pela administrao deve obedecer aos comandos da Constituio Federal e da Lei 8.666/93.

Se o procedimento licitatrio instaurado pela administrao pblica municipal no observou os requisitos previstos na legislao pertinente, a declarao de nulidade medida que se impe, como forma de recompor e preservar a coisa pblica, afirmou o tribunal estadual.

No STJ, a defesa da ex-prefeita alegou que as licitaes seguiram todos os parmetros da Lei 8.666 e eram necessrias poltica do desenvolvimento urbano da cidade de Cruzeiro do Sul. No entanto, segundo o relator do recurso, ministro Herman Benjamin, o exame desses argumentos exigiria revolvimento das questes j decididas pelo TJ-AC com base nas provas. Com informaes da Assessoria de Imprensa do STJ. (REsp 1.479.833)

5. ALMOXARIFADO

Impropriedades constatadas pelo TCU: a) a ausncia de realizao do inventrio anual dos almoxarifados nos exerccios de 2011, 2012 e 2013, destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo do HUCFF/UFRJ, existente em 31 de dezembro, constitudo do inventrio anterior e das variaes patrimoniais ocorridas durante o exerccio, identificadas no Memorando 01/2013 da Pr Reitoria de Gesto e Governana/PR-6, de 04/01/2013, e na Informao 4035, de 28/11/2013, do Chefe da Seo de Acompanhamento de Unidades ao Contador Geral da UFRJ, afronta o art. 8.1, alnea a, da Instruo Normativa SEDAP/PR n 205/88; b) a ausncia de registros informatizados do Setor de Controle de Estoques dos almoxarifados concomitante com a movimentao fsica do material de consumo, principal causa das constataes de ausncia fsica de 428 itens num universo de mil do estoque constante do sistema do Almoxarifado Central (saldo negativo de R$ 339.289,73) e de 239 itens num universo de seiscentos do estoque do Almoxarifado da Central de Abastecimento Farmacutico (saldo negativo de R$ 267.320,90), consoante relatrio da Comisso de Inventrio de itens de consumo do HUCFF/UFRRJ-2012, afronta o item 6.1 c/c 7.3.1, alneas b e c, da Instruo Normativa SEDAP/PR n 205/88; c) a inadequao de lanamentos contbeis pelo Setor Financeiro, referentes as entradas de material de consumo nos almoxarifados e as sadas para os centros consumidores, desrespeita os arts. 86, 89 e 100, da Lei n 4.320/1967, c/c as orientaes constantes da Tabela de Eventos 51.1.003 e 54.0.445, da STN-MF. Alm disso, o TCU recomendou ao HUCFF/UFRJ que estude a convenincia e a oportunidade, com vista a maior economicidade e melhor controle de estoque, de centralizar as aquisies de material de consumo em um nico almoxarifado, providenciando, ainda, consoante o Decreto-lei n 200/1967 c/c os itens 6.1 e 6.5, da Instruo Normativa SEDAP/PR n 205/88, o registro contbil, concomitante, de entrada e sada nesse almoxarifado, de todos os itens, mesmo que fisicamente tenham sido entregues pelo fornecedor, diretamente a outras subunidades ou aos centros consumidores (TC-021.070/2013-0, Acrdo n 2.715/2014-Plenrio)

6. AMOSTRAS OU PROTTIPOS A exigncia de apresentao de amostras em prego presencial admitida apenas na fase de classificao das propostas e somente do licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar (Acrdo n 3269/2012-Plenrio, TC-035.358/2012-2, rel. Min. Raimundo Carreiro, 28.11.2012) O acompanhamento da avaliao efetuada pela Administrao acerca de prottipo exigido em licitao configura direito do licitante. A supresso dessa faculdade pode ser relevada quando, sob o aspecto substancial, os critrios adotados pela Administrao se revelarem adequados (Acrdo n. 3028/2012-Plenrio, TC-030.293/2012-0, rel. Min. Ana Arraes, 8.11.2012) A exigncia de apresentao de amostras, em prego presencial, admitida apenas na fase de classificao das propostas e somente do licitante

provisoriamente classificado em primeiro lugar (Comunicao de Cautelar, TC-035.358/2012-2, rel. Min. Raimundo Carreiro, 26.9.2012) Licitao para aquisio de produtos de merenda escolar: No caso de exigncia de amostra de produto, devem ser estabelecidos critrios objetivos, detalhadamente especificados, de apresentao e avaliao, bem como de julgamento tcnico e de motivao das decises relativas s amostras apresentadas (Precedentes: Acrdos nos 1168/2009 e1512/2009, Plenrio). (Acrdo n. 2077/2011-Plenrio, TC-004.835/2011-5, rel. Min.-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 10.08.2011) A desclassificao de licitante deve estar amparada em laudo ou parecer que indique, de modo completo, as deficincias na amostra do produto a ser adquirido, quando esta exigida (Acrdo n. 1291/2011-Plenrio, TC-004.835/2011-5, rel. Min.-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 18.05.2011) A exigncia de apresentao de amostras compatvel com as licitaes realizadas mediante prego, inclusive na forma eletrnica, e deve ser requerida na fase de classificao das propostas e somente do licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar. Acrdo 2368/2013-Plenrio, TC 035.358/2012-2, relator Ministro Benjamin Zymler, 4.9.2013. A prova de conceito, meio para avaliao dos produtos ofertados, pode ser exigida do licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar, mas no pode ser exigida como condio para habilitao, por inexistncia de previso legal. Acrdo 2763/2013-Plenrio, TC 012.741/2013-2, relator Ministro-Substituto Weder de Oliveira, 9.10.2013.

O TCU deu cincia Coordenao Geral de Compras e Contratos do [...] acerca do fato de que no constaram de edital de prego eletrnico as condies para acompanhamento dos concorrentes durante a prova de conceito, conforme jurisprudncia da Corte de Contas, inserta no Manual de Licitaes e Contratos Orientaes e Jurisprudncia do TCU, 4 edio, ps. 529-539 (TC-019.998/2013-9, Acrdo n 390/2014-Plenrio).

O TCU deu cincia ao [...] da ausncia dos seguintes itens em editais de trs preges eletrnicos: a) possibilidade e forma de participao dos interessados, inclusive dos demais licitantes, no acompanhamento do procedimento de avaliao da amostra; b) forma de divulgao, a todos os licitantes, do perodo e do local da realizao do procedimento de avaliao de amostras e do resultado de cada avaliao; c) roteiro de avaliao, com detalhamento de todas as condies em que o procedimento ser executado, alm dos critrios de aceitao da amostra e, consequentemente, da proposta do licitante; d) clusulas que especifiquem a responsabilidade do contratante quanto ao estado em que a amostra ser devolvida e ao prazo para sua retirada, aps a concluso do procedimento licitatrio (TC-034.255/2013-3, Acrdo n 1.285/2014-2 Cmara).

O TCU deu cincia ao [...] de que a anlise de amostras, com vistas a verificar a conformidade dos materiais cotados com as especificaes do edital, deve ser realizada no curso da licitao, na fase de julgamento das propostas, independente da modalidade licitatria, e apenas do licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar (TC-003.700/2014-3, Acrdo n 5.519/2014-2 Cmara).

Nas situaes em que a Administrao no possui condies tcnicas para aferir, mediante amostra, a qualidade do produto ofertado, admitida, como condio para classificao ou como requisito contratual, mas no para habilitao, a utilizao de certificaes para comprovar a aderncia do produto s normas tcnicas de qualidade. Acrdo 2583/2014-Plenrio, TC 014.969/2014-9, relator Ministro Bruno Dantas, 1/10/2014.

O TCU deu cincia [...] de que a incluso de entidades no certificadoras de laudos tcnicos para fins de validao de amostras em certames licitatrios, como verificado no caso da Unicamp - Faculdade de Engenharia Eltrica e de Computao (FEEC), em edital, representa vcio insanvel ao certame licitatrio, regido pelo art. 49 da Lei n 8.666/1993 (TC-016.298/2014-4, Acrdo n 2.966/2014-Plenrio).

A reprovao de amostras sem justificativa expressa dos motivos pelos quais elas no atendem a qualidade exigida pela Administrao fere o princpio basilar do julgamento objetivo, estabelecido no art. 4 da Lei n 8.666/1993 c/c art. 9 da Lei n 10.520/2002 (TC-012.563/2012-9, Acrdo n 2.600/2015-Plenrio)

O TCU deu cincia Fundao Nacional de Sade de impropriedades verificadas nos Preges Eletrnicos ns 45/2012 e 26/2014, quais sejam: a) a exigncia de prazo exguo (48 horas) para apresentao das amostras nos Preges ns 45/2012 e 26/2014 restringe o carter competitivo do certame, em afronta ao art. 3, caput e 1, inciso I, da Lei n 8.666/1993, bem como ao art. 3, inciso II, da Lei n 10.520/2002, devendo ser concedido prazo razovel e suficiente para o cumprimento da obrigao pelas empresas interessadas em participar do certame, considerando, principalmente, o prazo para fabricao e transporte; b) a ausncia de justificativa no Termo de Referncia para a exigncia de amostra de cada item licitado afronta art. 3, 1, inciso I, da Lei n 8.666/1993, tendo em vista que tal medida dificulta a participao de outras empresas no certame e pode ter comprometido o carter competitivo do mesmo (Acrdo n 6.638/2015-1 Cmara).

7. ANTECEDENTES CRIMINAIS

Dano moral. No configurao. Apresentao de certido de antecedentes criminais. Condio para admisso no emprego. TST-E-RR-119000-34.2013.5.13.0007, SBDI- I, rel. Min. Augusto Csar Leite de Carvalho, red. p/ acrdo Min. Renato de Lacerda Paiva, 23.10.2014

Call center pode exigir certido de antecedentes criminais para contratar. TST. RR-154600-16.2013.5.13.0008

8. ATO ANTIECONMICO

O ato antieconmico que no teve o propsito de beneficiar o agente que o praticou ou terceiro e no representou pagamento indevido, superfaturamento ou desperdcio de recursos pblicos, tendo sido o gestor apenas incauto ou exagerado, no caracteriza dbito, mas pode levar o responsvel a ser apenado com multa pelo TCU. Acrdo 2736/2014 Plenrio (Tomada de Contas Especial, Relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer)

9. AUDINCIA PBLICA O incio de procedimento licitatrio cujo valor estimativo seja superior a 150 milhes de reais deve ser antecedido da audincia pblica, ante o que estabelece o art. 39 da Lei 8.666/1993 (Acrdo n. 2690/2011-Plenrio, TC-010.098/2010-0, rel. Min.-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 05.10.2011) Conceito de licitaes sucessivas e simultneas: necessidade de promoo da audincia pblica do art. 39 da Lei 8.666, de 1993. Acrdo n. 1695/2010-Plenrio, TC-002.154/2010-2, rel. Min. Jos Jorge, 14.07.2010.

10. AVALIAO DE DESEMPENHO Portaria do Comando da Aeronutica de n 1526/GC6, de 12.09.2014 (DOU de 19.09.2014, S. 1, ps. 11 a 17) - cria o Cadastro Tcnico de Fornecedores (CADTEC) e aprova a Instruo Especfica de Avaliao do Desempenho de Fornecedores, no mbito do Comando da Aeronutica. Pelo art. 2 do normativo, o CADTEC se constitui em um registro cadastral de interessados em compor a base de informaes sistematizadas com a finalidade de comprovar a regularidade fiscal e jurdica, qualificao econmico-financeira e a capacidade tcnica mnima (quando for o caso) dos interessados em contratar com o Comando da Aeronutica. O CADTEC tem natureza complementar ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). Os anexos da norma contm Tabela de Peso e Valor das Penalidade, Critrios de Avaliao, Ps-Entrega, etc.

11. BENS APREENDIDOS O TCU determinou ao Departamento de Polcia Rodoviria Federal para que adote medidas necessrias para dar fiel cumprimento ao disposto no art. 5 da Lei n 6.575/1978, no art. 262 da Lei n 9.503/1997 e nos demais dispositivos legais e normativos aplicveis matria, regularizando os procedimentos de recolhimento, guarda e desfazimento de bens, animais e veculos apreendidos em rodovias federais, bem como implementando a cobrana de despesas derivadas

da remoo e estada desses bens, devendo, sempre que possvel, adotar medidas uniformes para todo o territrio nacional; alm disso, o TCU recomendou ao Departamento de Polcia Rodoviria Federal que, ao estabelecer os procedimentos mencionados na letra a, avalie a convenincia e a oportunidade de outorgar a particulares os servios de recolhimento, de guarda e de desfazimento de bens, animais e veculos apreendidos nas rodovias federais (TC-031.490/2013-1, Acrdo n 2.336/2015-Plenrio).

12. BDI BDI diferenciado para fornecimento de materiais e equipamentos. Acrdo n. 1021/2010-Plenrio, TC-000.337/2010-2, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 12.05.2010. Licitao para execuo de obra: Composio do BDI. Acrdo n. 189/2010-Plenrio, TC-000.543/2008-0, rel. Min-Subst. Andr Lus de Carvalho, 10.02.2010. Influncia do prazo de execuo da obra no clculo da parcela de administrao central integrante da taxa de BDI. Acrdo n. 692/2010-Plenrio, TC-006.536/2008-3, rel. Min. Augusto Nardes, 07.04.2010.

Licitao para execuo de obras: Estipulao de BDI diferenciado para materiais de valor relevante que so objeto de simples intermediao por parte da empresa executora. Acrdo n. 1599/2010-Plenrio, TC-000.274/2010-0, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 07.07.2010. Incluso dos tributos IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurdica e CSLL Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido na composio do BDI Benefcios e Despesas Indiretas. Acrdo n. 1119/2010-Plenrio, TC-000.275/2010-7, rel. Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 19.05.2010. IRPJ e CSLL no podem vir destacados no BDI, mas podem integrar o lucro da licitante. Acrdo n. 1591/2010-2 Cmara, TC-006.211/2008-8, rel. Min-Subst. Andr Lus de Carvalho, 13.04.2010. Incluso inadequada de itens na composio do BDI. Acrdo n. 1.762/2010-Plenrio, TC-000.289/2010-8,Min-Subst.Marcos Bemquerer Costa, 21.07.2010. Diferenciao entre o BDI de fornecimento de materiais e o dos servios de engenharia. Acrdo n. 1368/2010-Plenrio, TC-024.699/2009-5, rel. Min. Walton Alencar Rodrigues, 16.06.2010.

Concorrncia para prestao de servios tcnicos profissionais de elaborao de projetos: Exigncia do detalhamento dos itens que compem o BDI ou LDI, sob pena de desclassificao da proposta. Acrdo n. 1426/2010-Plenrio, TC-009.960/2009-2, rel. Min. Aroldo Cedraz, 23.06.2010.

Licitao de empreendimentos que envolvem, cumulativamente, a prestao de servios de engenharia e o fornecimento de equipamentos: Utilizao de BDI diferenciado para a aquisio de equipamentos (Precedente: Acrdo n. 1020/2007-Plenrio). Acrdo n. 2293/2010-Plenrio, TC-014.936/2007-1, rel. Min. Jos Jorge, 08.09.2010.

Licitao de empreendimentos que envolvem, cumulativamente, a prestao de servios de engenharia e o fornecimento de equipamentos: A aplicao de BDI diferenciado somente a itens de fornecimento de equipamentos por terceiros no implica, necessariamente, o desequilbrio econmico-financeiro da avena em desfavor da contratada (Precedentes: Acrdos n.os159/2003, 1.914/2003, 1.601/2004, 446/2005, 1.566/2005, 1.020/2007 e 2.875/2008, Plenrio). Acrdo n. 2293/2010-Plenrio, TC-014.936/2007-1, rel. Min. Jos Jorge, 08.09.2010. Licitaes de obras pblicas: Ausncia de detalhamento de itens que devem compor o BDI. Deciso monocrtica no TC-020.314/2010-8, rel. Min. Benjamin Zymler, 11.08.2010. Os valores informados no Sistema de Custos Rodovirios Sicro, para os benefcios e despesas indiretas BDI e para os custos unitrios de servios e respectivos insumos, aplicam-se, tambm, a obras ferrovirias, dada a similaridade dos empreendimentos (Acrdo n. 3061/2011-Plenrio, TC-010.530/2010-0, rel. Min. Valmir Campelo, 23.11.2011) A instalao de equipamentos eletromecnicos, como elevadores e escadas rolantes, inseridos no objeto de obra de adequao do terminal de passageiros de aeroporto, demanda a incidncia de taxa de Bonificao e Despesas Indiretas BDI prpria e inferior taxa aplicvel aos demais itens da obra(Acrdo n. 163/2012-Plenrio, TC-036.094/2011-0, rel. Min. Valmir Campelo, 1.2.2012) Os itens administrao local, instalao de canteiro e acampamento e mobilizao e desmobilizao de obra no devem compor o BDI, mas sim constar da planilha oramentria de forma destacada(Acrdo n. 2842/2011-Plenrio, TC-028.235/2010-0, rel. Min. Jos Jorge, 25.10.2011) O fornecimento pela empresa contratada de materiais ordinariamente utilizados na confeco de obras, como Tubo de PVC rgido para esgoto predial de 100 mm, no demanda realizao de procedimento licitatrio autnomo para aquisio desse material, nem a incidncia sobre o valor do item de BDI inferior ao do contrato da obra (Acrdo n. 2842/2011-Plenrio, TC-028.235/2010-0, rel. Min. Jos Jorge, 25.10.2011) A composio do BDI deve ser estabelecida de acordo com o tipo de obra pblica a ser contratada, conforme as premissas tericas estabelecidas no Acrdo n 2369/2011, do Plenrio do Tribunal (Acrdo n. 2545/2011-Plenrio, TC-030.336/2010-4, rel. Min.-Subst. Marcos Bemquerer Costa, 21.09.2011)

A desclassificao de proposta de licitante que contenha taxa de BDI acima de limites considerados adequados pelo TCU s deve ocorrer quando o preo global ofertado tambm se revelar excessivo, dado que a majorao do BDI pode ser compensada por subavaliao de custos de servios e produtos(Precedente: Acrdo 1.551/2008-Plenrio). (Acrdo n. 1804/2012-Plenrio, TC-007.626/2012-6, rel. Min. Marcos Bemquerer Costa, 11.7.2012) Sobre os custos de fornecimento de tubulao e de fornecimento e montagem de estaes de bombeamento em obra de irrigao deve incidir BDI inferior ao aplicvel aos demais itens da obra (Precedente: Acrdo 2.369/2011-Plenrio).(Acrdo n. 1932/2012-Plenrio, TC-036.666/2011-4, rel. Min. Jos Jorge, 25.7.2012) A insero de parcelas consideradas indevidas em BDI de obra pblica pode ser relevada quando o valor total do contrato situar-se abaixo do preo de mercado. As parcelas correspondentes a itens computados tambm como custos diretos da obra, no entanto, devem ser expurgadas do BDI, a fim de afastar duplicidade de pagamentos(Acrdo n 3241/2012-Plenrio, TC-008.612/2007-8, rel. Min. Valmir Campelo, 28.11.2012) Excessos em valores de itens componentes da parcela Bonificao e Despesa Indireta (BDI), identificados em contrato de obra, podem ser relevados quando seu percentual total situar-se abaixo do limite admitido pelo Tribunal(Acrdo n. 2582/2012-Plenrio, TC-032.429/2010-0, rel. Min. Jos Mcio, 26.9.2012) A desclassificao de proposta de licitante que contenha taxa de BDI acima de limites considerados adequados pelo TCU s deve ocorrer quando o preo global ofertado tambm se revelar excessivo, dado que a majorao do BDI pode ser compensada por subavaliao de custos de servios e produtos(Precedente: Acrdo 1.551/2008-Plenrio). (Acrdo n. 1804/2012-Plenrio, TC-007.626/2012-6, rel. Min. Marcos Bemquerer Costa, 11.7.2012) A taxa de BDI deve ser formada pelos componentes: administrao central, riscos, seguros, garantias, despesas financeiras, remunerao do particular e tributos incidentes sobre a receita auferida pela execuo da obra. Custos diretamente relacionados com o objeto da obra, passveis de identificao, quantificao e mensurao na planilha de custos diretos (administrao local, canteiro de obras, mobilizao e desmobilizao, dentre outros), no devem integrar a taxa de BDI. Acrdo 2622/2013-Plenrio, TC 036.076/2011-2, Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, 25.9.2013 Determinao s unidades tcnicas do TCU para que, nas anlises do oramento de obras pblicas, utilizem os parmetros para taxas de BDI especificados neste julgado, em substituio aos referenciais contidos nos Acrdos ns. 325/2007 e 2.369/2011 (TC-036.076/2011-2, Acrdo n 2.622/2013-Plenrio).

A exigncia de BDI reduzido para o fornecimento de materiais e equipamentos, em contratos de obras, aplicvel apenas nas situaes em que, comprovada a

inviabilidade tcnico-econmica de parcelamento do objeto da licitao, as seguintes condies preconizadas pela Smula TCU 253/10 estejam atendidas simultaneamente: (i) fornecimento de materiais e equipamentos de natureza especfica; (ii) empresas fornecedoras com especialidades prprias e diversas; e (iii) percentual de cada item representativo em relao ao preo global. Acrdo 7308/2013 Primeira Cmara

9.3.2. oriente os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal a: 9.3.2.1. (...) 9.3.2.2. estabelecer, nos editais de licitao, critrio objetivo de medio para a administrao local, estipulando pagamentos proporcionais execuo financeira da obra, abstendo-se de utilizar critrio de pagamento para esse item como um valor mensal fixo, evitando-se, assim, desembolsos indevidos de administrao local em virtude de atrasos ou de prorrogaes injustificadas do prazo de execuo contratual, com fundamento no art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e no arts. 55, inciso III, e 92, da Lei n. 8.666/1993; 9.3.2.3. (...); 9.3.2.4. estabelecer, nos editais de licitao, que as empresas sujeitas ao regime de tributao de incidncia no cumulativa de PIS e COFINS apresentem demonstrativo de apurao de contribuies sociais comprovando que os percentuais dos referidos tributos adotados na taxa de BDI correspondem mdia dos percentuais efetivos recolhidos em virtude do direito de compensao dos crditos previstos no art. 3 das Leis ns. 10.637/2002 e 10.833/2003, de forma a garantir que os preos contratados pela Administrao Pblica reflitam os benefcios tributrios concedidos pela legislao tributria; 9.3.2.5. prever, nos editais de licitao, a exigncia para que as empresas licitantes optantes pelo Simples Nacional apresentem os percentuais de ISS, PIS e COFINS discriminados na composio do BDI que sejam compatveis com as alquotas a que a empresa est obrigada a recolher, previstas no Anexo IV da Lei Complementar n. 123/2006, bem como que a composio de encargos sociais no inclua os gastos relativos s contribuies que essas empresas esto dispensadas de recolhimento (Sesi, Senai, Sebrae etc.), conforme dispes o art. 13, 3, da referida Lei Complementar; 9.3.2.6. exigir, nos editais de licitao, a incidncia da taxa de BDI especificada no oramento-base da licitao para os servios novos includos por meio de aditivos contratuais, sempre que a taxa de BDI adotada pela contratada for injustificadamente elevada, com vistas a garantir o equilbrio econmico-financeiro do contrato e a manuteno do percentual de desconto ofertado pelo contratado, em atendimento ao art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e ao art. 14 do Decreto n. 7.983/2013; Acrdo 2622/2013-Plenrio Os percentuais dos componentes de BDI definidos pelo Acrdo 325/2007-Plenrio no podem ser aplicados de forma generalizada ou mesmo linear para todas as obras pblicas, em face das nuanas que diferenciam uma obra de outra. Acrdo 1211/2013-Plenrio, TC 011.156/2010-4, relator Ministro Raimundo Carreiro, 22.5.2013. Os oramentos de licitaes em obras e servios de engenharia devem considerar a desonerao instituda pela Lei 12.844/13, que possibilita a reduo de custos

previdencirios das empresas de construo civil, caracterizando sobrepreo a fixao de valores em contrato que desconsidere tal deduo. Acrdo 2293/2013-Plenrio, TC 017.124/2013-1, relator Ministro Valmir Campelo, 28.8.2013.

Determinao ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto para que oriente os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal a:

a) discriminar os custos de administrao local, canteiro de obras e mobilizao e desmobilizao na planilha oramentria de custos diretos, por serem passveis de identificao, mensurao e discriminao, bem como sujeitos a controle, medio e pagamento individualizado por parte da Administrao Pblica, em atendimento ao princpio constitucional da transparncia dos gastos pblicos, jurisprudncia do TCU e com fundamento no art. 30, 6, e no art. 40, inciso XIII, da Lei n 8.666/1993 e no art. 17 do Decreto n 7.983/2013;

b) estabelecer, nos editais de licitao, critrio objetivo de medio para a administrao local, estipulando pagamentos proporcionais execuo financeira da obra, abstendo-se de utilizar critrio de pagamento para esse item como um valor mensal fixo, evitando-se, assim, desembolsos indevidos de administrao local em virtude de atrasos ou de prorrogaes injustificadas do prazo de execuo contratual, com fundamento no art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e no arts. 55, inciso III, e 92, da Lei n 8.666/1993;

c) adotar, na composio do BDI, percentual de ISS compatvel com a legislao tributria do(s) municpio(s) onde sero prestados os servios previstos da obra, observando a forma de definio da base de clculo do tributo prevista na legislao municipal e, sobre esta, a respectiva alquota do ISS, que ser um percentual proporcional entre o limite mximo de 5% estabelecido no art. 8, inciso II, da LC n 116/2003 e o limite mnimo de 2% fixado pelo art. 88 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias;

d) estabelecer, nos editais de licitao, que as empresas sujeitas ao regime de tributao de incidncia no cumulativa de PIS e COFINS apresentem demonstrativo de apurao de contribuies sociais comprovando que os percentuais dos referidos tributos adotados na taxa de BDI correspondem mdia dos percentuais efetivos recolhidos em virtude do direito de compensao dos crditos previstos no art. 3 das Leis ns. 10.637/2002 e 10.833/2003, de forma a garantir que os preos contratados pela Administrao Pblica reflitam os benefcios tributrios concedidos pela legislao tributria;

e) prever, nos editais de licitao, a exigncia para que as empresas licitantes optantes pelo Simples Nacional apresentem os percentuais de ISS, PIS e COFINS discriminados na composio do BDI que sejam compatveis com as alquotas a que a empresa est obrigada a recolher, previstas no Anexo IV da Lei Complementar n 123/2006, bem como que a composio de encargos sociais no inclua os gastos relativos s contribuies que essas empresas esto dispensadas de recolhimento (Sesi, Senai, Sebrae etc.), conforme dispes o art. 13, 3, da referida Lei Complementar;

f) exigir, nos editais de licitao, a incidncia da taxa de BDI especificada no oramento-base da licitao para os servios novos includos por meio de aditivos contratuais, sempre que a taxa de BDI adotada pela contratada for

injustificadamente elevada, com vistas a garantir o equilbrio econmico-financeiro do contrato e a manuteno do percentual de desconto ofertado pelo contratado, em atendimento ao art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e ao art. 14 do Decreto n 7.983/2013 (TC-036.076/2011-2, Acrdo n 2.622/2013-Plenrio)

No oramento base para licitao de obras, os valores referentes cobertura de riscos eventuais ou imprevisveis devem estar contidos no BDI, no nos custos diretos. Acrdo 3637/2013-Plenrio, TC 013.843/2010-9, relator Ministro Jos Jorge, 10.12.2013. Irregularidades em procedimentos licitatrios e na celebrao de termos aditivos aos contratos decorrentes (Tomada de Preos 3/2002, 6/2002, 1/2006 e 1/2007; Convites 23/2006, 2/2007, 6/2007 e 31/2007), por no atender ao disposto no art. 6, inciso IX, e no art. 7, 2, inciso II, da Lei 8.666/1993, em virtude de aprovao/elaborao de oramento/emisso de parecer de editais dos referidos certames: a) sem as composies de custos unitrios dos servios; b) sem critrio de aceitabilidade de preos global e unitrios; c) sem projeto bsico/executivo e/ou com projeto bsico deficiente e/ou sem detalhamento; d) sem detalhamento do BDI ou sem exigncia de informaes dos licitantes acerca do BDI; e) planilha de BDI com parcela referente ao IRPJ, CSLL, ICMS, Administrao Local e aceitao de planilha de BDI com alquotas de 1,65% e 6,12% para o PIS/PASEP e COFINS, respectivamente, sabendo-se que havia fornecimento de materiais na TP 1/2007 e com parcela referente ao IRPJ e CSLL no Convite 31/2007, contrariando norma interna da ECT - CI/DGOS/DEPEN-0617/2006-Circular; (Acrdo n 141/2014 Plenrio)

No oramento base para licitao de obras, os valores referentes cobertura de riscos eventuais ou imprevisveis devem estar contidos no BDI, no nos custos diretos. Acrdo 3637/2013 Plenrio (Auditoria, Relator Ministro Jos Jorge)

O TCU entendeu como irregularidades, em procedimentos licitatrios e na celebrao de termos aditivos a contratos decorrentes na [...] (por no atender ao disposto no art. 6, inciso IX, e no art. 7, 2, inciso II, da Lei 8.666/1993), em virtude de aprovao/elaborao de oramento/emisso de parecer de editais dos referidos certames: a) sem as composies de custos unitrios dos servios; b) sem critrio de aceitabilidade de preos global e unitrios; c) sem projeto bsico/executivo e/ou com projeto bsico deficiente e/ou sem detalhamento; d) sem detalhamento do BDI ou sem exigncia de informaes dos licitantes acerca do BDI; e) planilha de BDI com parcela referente ao IRPJ, CSLL, ICMS, Administrao Local e aceitao de planilha de BDI com alquotas de 1,65% e 6,12% para o PIS/PASEP e COFINS, respectivamente, sabendo-se que havia fornecimento de materiais em tomada de preos (TP) e com parcela referente ao IRPJ e CSLL em convite, contrariando norma interna da ECT, inclusive (CI/DGOS/DEPEN-0617/2006-Circular) (TC-022.434/2008-2, Acrdo n 141/2014-Plenrio).

Todos os fatores de risco entendidos como pertinentes pela contratada devem estar previstos no BDI, em item nico e prprio, e no no campo para custos diretos. O BDI o elemento oramentrio destinado a cobrir as despesas classificadas como custo indireto, ou seja, as no diretamente relacionadas execuo do objeto contratado, como a cobertura de riscos eventuais ou imprevisveis. Acrdo 1733/2014-Plenrio, TC 013.874/2010-1, relator Ministro Jos Jorge, 2.7.2014. O Sistema de Custos Rodovirios (Sicro) referencial de preos adequado para obras ferrovirias, tanto em relao aos valores de BDI quanto s composies de custo de servios de terraplenagem, drenagem, obras de arte correntes e especiais, sinalizao vertical, obras complementares, proteo vegetal e demais servios de infraestrutura ferroviria. Acrdo 1884/2014 Plenrio (Levantamento, Relator Ministro-Substituto Augusto Sherman) Todos os fatores de risco entendidos como pertinentes pela contratada devem estar previstos no BDI, em item nico e prprio, e no no campo para custos diretos. O BDI o elemento oramentrio destinado a cobrir as despesas classificadas como custo indireto, ou seja, as no diretamente relacionadas execuo do objeto contratado, como a cobertura de riscos eventuais ou imprevisveis. Acrdo 1733/2014-Plenrio, TC 013.874/2010-1, relator Ministro Jos Jorge, 2.7.2014. O TCU deu cincia Fundao Universidade Federal de [....] sobre a impropriedade caracterizada por propostas vencedoras em licitaes para a execuo de obras sem os oramentos detalhados dos custos unitrios e dos itens de composio do BDI, em desacordo com o art. 7, 2, II, da Lei n 8.666/1993 (TC-027.826/2011-2, Acrdo n 3.030/2014-1 Cmara). O TCU deu cincia Secretaria de Estado de Gesto Administrativa do [...] e [...] sobre a no estipulao, no BDI paradigma do oramento de referncia de uma concorrncia da SGA/AC, de fator redutor dos percentuais mximos de 7,60% para a Cofins e de 1,65% para o PIS, para compensar os descontos legais previstos para o regime no cumulativo, nos termos dos arts. 1, 2 e 3 das Leis ns 10.637/2002 e 10.833/2003, bem como a ausncia de qualquer previso de comprovao via demonstrativo de apurao de contribuies sociais (Dacon), que os percentuais de PIS e de Cofins, cotados, correspondem mdia dos recolhimentos efetuados (TC-045.062/2012-9, Acrdo n 2.254/2014-2 Cmara). O TCU cientificou a [...] sobre as seguintes inconsistncias: a) a taxa de BDI (Bonificao e Despesas Indiretas) deve ser diferenciada para a aquisio de equipamentos especficos, conforme Smula/TCU n 253; b) o item "Adicional de Transferncia", como tambm dos encargos sobre ele incidentes, so componentes do item "Administrao Local" (TC-007.722/2006-7, Acrdo n 1.823/2013-Plenrio). 9.2.2. doravante, nas licitaes que efetuar quando da utilizao de verba pblica federal: 9.2.2.1. somente desclassifique proposta de licitante que

eventualmente tenha apresentado BDI em percentual superior quele informado em Acrdo desta Corte, aps a completa anlise do preo global ofertado, dado que o excesso na cobrana do BDI pode ser compensado pelo custo de servios e produtos. Precedente mencionado: Acrdo 1.551/2008-Plenrio (Acrdo n 1804/2012 - Plenrio, Rel. Min. Marcos Bemquerer Costa, Processo n 007.626/2012-6. Informativo de licitaes e contratos n 114, de 2012). O TCU deu cincia [...] sobre impropriedade caracterizada pela ausncia de detalhamento do BDI na proposta da empresa contratada, no mbito de um prego para reforma das portarias ns 4 e 5, o que contraria o disposto da Smula/TCU n 258, de 09.06.2010 (As composies de custos unitrios e o detalhamento de encargos sociais e do BDI integram o oramento que compe o projeto bsico da obra ou servio de engenharia, devem constar dos anexos do edital de licitao e das propostas das licitantes e no podem ser indicados mediante uso da expresso 'verba' ou de unidades genricas) (TC-044.906/2012-9, Acrdo n 5.820/2014-1 Cmara). Independentemente do regime de execuo contratual, na hiptese de a empresa deixar de recolher determinado tributo embutido em seu BDI, ao ser favorecida por regime tributrio diferenciado ou qualquer benefcio legal, essa desonerao deve ser repassada ao contrato pactuado, de forma a garantir o pagamento apenas por tributos que representam gastos efetivamente incorridos pela contratada. Acrdo 2440/2014-Plenrio, TC 036.076/2011-2, relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, 17.9.2014. Quando houver a celebrao de aditivos contratuais para a incluso de novos servios, tanto nos regimes baseados em preo global quanto nos regimes de empreitada por preo unitrio e tarefa, o preo desses servios deve ser calculado considerando as referncias de custo e taxa de BDI especificadas no oramento-base da licitao, subtraindo desse preo de referncia a diferena percentual entre o valor do oramento-base e o valor global obtido na licitao, com vistas a garantir o equilbrio econmico-financeiro do contrato e a manuteno do percentual de desconto oferecido pelo contratado (art. 37, inciso XXI, da Constituio Federal e arts. 14 e 15 do Decreto 7.983/2013). Acrdo 2440/2014-Plenrio, TC 036.076/2011-2, relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa, revisor Ministro Benjamin Zymler, 17.9.2014. O fato de a obra ser executada por empreitada global no afasta a necessidade de se analisar a adequabilidade dos custos unitrios que formam o valor final de cada etapa, tampouco de se verificar a correta taxa de BDI a ser aplicada para majorao dos gastos incorridos em cada fase do cronograma fsico-financeiro. Acrdo 2440/2014 Plenrio (Embargos de Declarao, Relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer) No cabe, em oramento de obras pblicas, a adoo de valor mensal fixo a ttulo de administrao local, dissociado do cumprimento do cronograma fsico-financeiro, uma vez que os respectivos itens de despesas so quantificveis, devendo ser discriminados em planilha oramentaria, com pagamento associado mensurao do que foi efetivamente executado, segundo os boletins de

medio de obra. Acrdo 2440/2014 Plenrio (Embargos de Declarao, Relator Ministro-Substituto Marcos Bemquerer) O TCU deu cincia ao Estado da [...]que a no utilizao de BDI diferenciado para aquisio de equipamentos, identificada na Concorrncia n 2/2005 (da SUPLAN), constitui irregularidade, o que afronta o Acrdo N 2.622/2013-P (TC-003.421/2012-0, Acrdo n 2.986/2014-Plenrio). Na composio do BDI de obras pblicas devem ser considerados somente os custos alocados com base em critrios de rateio ou em estimativas ou aproximaes, tais como: administrao central, riscos, seguros, garantias e despesas financeiras, alm da remunerao da empresa contratada e tributos incidentes sobre o faturamento. Itens relacionados a administrao local, canteiro de obras e mobilizao/desmobilizao devem constar na planilha de custos diretos do oramento de referncia das licitaes. Acrdo 3034/2014-Plenrio, TC 013.703/2011-0, relator Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti, 5.11.2014. O TCU deu cincia [...] sobre: a) estimativa de preos no realizada por meio de 3 oramentos distintos; b) ausncia de Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do responsvel pela elaborao do oramento e dos projetos; c) edital contendo especificaes com restries competio na aquisio de veculo; d) ausncia de publicao do edital do prego eletrnico para registro de p