manual de legislaÇÃo 2009 b

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Manual de Legislação Ambiental Aplicada Atualizado até 30/08/08 RESÍDUOS I – RESÍDUOS SÓLIDOS GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSE I, CLASSE IIA E CLASSE IIB CONFORME A NBR 10004 APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo aplicam- se a geração dos resíduos sólidos no processo industrial, sendo contempladas todas as etapas de geração como: aquisição da matéria-prima, segregação, acondicionamento, tratamento, depósito temporário, transporte e disposição final.

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Manual de Legislação Ambiental Aplicada

Atualizado até 30/08/08

RESÍDUOSI – RESÍDUOS SÓLIDOS

GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSE I, CLASSE IIA E CLASSE IIB CONFORME A NBR 10004

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo aplicam-se a geração dos resíduos sólidos no processo industrial, sendo contempladas todas as etapas de geração como: aquisição da matéria-prima, segregação, acondicionamento, tratamento, depósito temporário, transporte e disposição final. Os principais resíduos são: óleo, plástico, papel contaminado, resíduos de varrição e restos de alimentos.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - Os resíduos in natura ou orgânicos são destinados para coleta municipal e são tratados no aterro sanitário do município.- Os resíduos perigosos ou contaminados são entregues a receptores licenciados junto aos órgãos ambientais competentes. - Atendendo o disposto no Decreto Estadual 38.356/98, na Lei Estadual 9.921/93 e na Lei 11.520/00, foi implantado um Plano de Gerenciamento de Resíduos, com o objetivo de gerenciar e principalmente minimizar a geração de resíduos na empresa.- Os resíduos da construção civil ocorrem esporadicamente e nestas situações são repassados para empresas licenciadas.

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- Os resíduos não são dispostos em solo. São armazenados temporariamente observando as condições e restrições da licença e da NBR 12.235 para posterior destinação. - O transporte dos resíduos é realizado por empresas com licenciamento ambiental e com o preenchimento dos Manifestos de Transporte de Resíduos.

a) Decreto Federal 96.044/88

Art. 2° - Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR 7500 e NBR-8286.Parágrafo único. Após as operações de limpeza e completa descontaminação dos veículos e equipamentos, os rótulos de risco e painéis de segurança serão retirados.Art. 3° - Os veículos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar o conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o recomendado pelo fabricante do produto.Art. 22 - Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto transportado, os veículos que estejam transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, só poderão circular pelas vias públicas portando os seguintes documentos:I - Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel do veículo e dos equipamentos, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada;II - Documento Fiscal do produto transportado, contendo as seguintes informações:a) número e nome apropriado para embarque;b) classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence;c) declaração assinada pelo expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de

carregamento, descarregamento e transporte, conforme a regulamentação em vigor;III - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, NBR-7504 e NBR-8285, preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto transportado, contendo:a) orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de emergência, acidente ou avaria; eb) telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos depoliciamento do trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo doitinerário.§ 1° - É admitido o Certificado Internacional de Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel.§ 2° - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderá a validade quando o veículo ou o equipamento:a) tiver suas características alteradas;b) não obtiver aprovação em vistoria ou inspeção;c) não for submetido à vistoria ou inspeção nas épocas estipuladas; ed) acidentado, não for submetido a nova vistoria após sua recuperação.§ 3° - As vistorias e inspeções serão objeto de laudo técnico e registradas no Certificado de Capacitação previsto no item I deste artigo.§ 4° - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel não exime o transportador da responsabilidade por danos causados pelo veículo, equipamento ou produto perigoso, assim como a declaração de que trata a alínea “c”, do item II, deste artigo, não isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com imprudência, imperícia ou negligência.Art. 32 - O contratante do transporte deverá exigir do transportador o uso de veículo e equipamento em boas condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, antes de cada viagem, avaliar as condições de segurança.Art. 33 - Quando o transportador não os possuir, deverá o contratante fornecer os equipamentos necessários às situações de emergência,

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acidente ou avaria, com as devidas instruções do expedidor para sua utilização.Art. 34 - O expedidor é responsável pelo acondicionamento do produto a ser transportado, de acordo com as especificações do fabricante.Art. 35 - No carregamento de produtos perigosos o expedidor adotará todas as precauções relativas à preservação dos mesmos, especialmente quanto à compatibilidade entre si (ART.7).Art. 36 - O expedidor exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança correspondentes aos produtos a serem transportados, conforme disposto no ART.2.Parágrafo único. O expedidor entregará ao transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bem assim os rótulos de risco e os painéis de segurança para uso nos veículo, informando ao condutor as características dos produtos a serem transportados.Art. 37 - São de responsabilidade:I - do expedidor, as operações de carga;II - do destinatário, as operações de descarga.§ 1° - Ao expedidor e ao destinatário cumpre orientar e treinar o pessoal empregado nas atividades referidas neste artigo.§ 2° - Nas operações de carga e descarga, cuidados especiais serão adotados, especialmente quanto à amarração da carga, a fim de evitar danos, avarias ou acidentes.

b) Portaria MINTER 53/79

II - O lixo "in natura" não deve ser utilizado na agricultura ou na alimentação de animais.III - Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que contêm substâncias inflamáveis, corrosivas, radioativas e outras consideradas prejudiciais, deverão sofrer tratamento ou acondicionamento adequado, no próprio local de produção, e nas condições estabelecidas pelo órgão estadual de controle da poluição e de preservação ambiental.IV - Os lixos ou resíduos sólidos não devem ser lançados em cursos d'água, lagos e lagoas, salvo na hipótese de necessidade de aterro de

lagoas artificiais, autorizado pelo órgão estadual de controle da poluição e de preservação ambiental.X - Os resíduos ou semi-sólidos de qualquer natureza não devem ser colocados ou incinerados a céu aberto, tolerando-se apenas:a) a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, em locais previamente aprovados, desde que isso não ofereça riscos à saúde pública e ao meio ambiente, a critério das autoridades de controle da poluição e de preservação ambiental ou de saúde pública;b) a incineração de resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza, a céu aberto, em situações de emergência sanitária.

c) Resolução ANTT 420/04 Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.Aplica-se no que couber.

d) Decreto Estadual 38.356/98

Art. 1° - A gestão dos resíduos sólidos é responsabilidade de toda a sociedade e deverá ter como meta prioritária a sua não-geração, devendo o sistema de gerenciamento destes resíduos buscar sua minimização, reutilização, reciclagem, tratamento ou destinação adequada.Parágrafo único - O gerenciamento dos resíduos poderá ser realizado em conjunto por mais de uma fonte geradora, devendo, previamente, seu projeto ser licenciado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM.Art. 4° - Os sistemas de gerenciamento dos resíduos sólidos de qualquer natureza terão como instrumentos básicos planos e projetos específicos de coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final, a serem licenciados pela FEPAM, tendo como metas a redução da quantidade de resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais.§ 1° - Fica vedada a descarga ou depósito, de forma indiscriminada, de resíduos sólidos no solo e em corpos d’água.§ 2° - A acumulação temporária de resíduos sólidos de qualquer natureza somente será tolerada mediante autorização prévia da FEPAM.

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§ 3° - Entende-se por autorização prévia o ato administrativo exarado pela FEPAM que, apreciando projeto específico, permita sua implementação.§ 4° - Para os fins previstos no § 2°, entende-se por acumulação temporária a manutenção e o controle de estoque de resíduos gerados, até sua destinação final, em conformidade com normas técnicas específicas definidas pela FEPAM.Art. 5° - A diluição ou lançamento de resíduos sólidos e semilíquidos em sistemas de esgoto sanitário ou de tratamento de efluentes líquidos, somente será permitida em casos especiais, a critério do órgão competente.Art. 6° - Quando a destinação final dos resíduos sólidos for disposição no solo, por qualquer sistema ou processo, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais, sub-superficiais, subterrâneas e do solo, obedecendo aos critérios e normas estabelecidos pela FEPAM, e só será permitida após acondicionamento e tratamento adequados, definidos em projeto específico aprovado pela FEPAM.Art. 8° - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora.§ 1° - No caso de contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais das atividades previstas no caput, configurar-se-á responsabilidade solidária.§ 2° - Os executores das atividades mencionadas no caput, inclusive quando se tratar de municípios, deverão estar licenciados junto à FEPAM.Art. 9° - Quando o tratamento, o processamento ou a destinação final de resíduos de estabelecimentos industriais for conferida a terceiros, o respectivo gerador é responsável pela promoção da expedição, do transporte e da destinação final desses resíduos para um STTADE.§ 1° - Entende-se por STTADE um sistema que trata, transfere, armazena ou dispõe os resíduos, localizado em área externa ao gerador, conforme a norma técnica da ABNT, NBR 13221.§ 2° - Além da responsabilidade prevista no § 1° do artigo anterior, deverão ser observadas pelo gerador, transportador e gerenciador do STTADE, as responsabilidades previstas nos regulamentos federais sobre

o transporte rodoviário de produtos perigosos e suas instruções complementares.§ 3° - No caso de ocorrências envolvendo resíduos no STTADE, que coloquem em risco o meio ambiente ou a saúde pública, o gerenciador deverá, imediatamente após o ocorrido, adotar as medidas necessárias, sob pena de responsabilização por dano ao meio ambiente.Art. 10 - Em qualquer caso de derramamento, vazamento, deposição acidental de resíduos ou outro tipo de acidente, a FEPAM deverá ser comunicada imediatamente após o ocorrido, devendo ser apresentadas todas as informações relativas à composição do referido resíduo, sua periculosidade e as medidas saneadoras, explicitando as já adotadas.Art. 11 - No caso de utilização de resíduos sólidos como matéria-prima, a responsabilidade da fonte geradora somente cessará quando da entrega dos resíduos à pessoa física ou jurídica que os utilizará.Parágrafo único - Ao licenciar a destinação final de que trata este artigo, a FEPAM exigirá que a pessoa física ou jurídica que utilizar o resíduo como matéria-prima esteja regularmente licenciada e que exista contrato formalizado com a fonte geradora para a transferência do resíduo.Art. 12 - Os resíduos sólidos de classe I, e os de classe II que vierem a ser definidos pela FEPAM, somente poderão ser transportados quando acompanhados do Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR, previsto na norma técnica da ABNT, NBR 13221, sem prejuízo de outros documentos exigidos pela legislação fiscal ou sanitária.§ 1° - Entende-se por resíduos de classe I e II, os assim classificados pela NBR 10004 da ABNT.§ 2° - Nos termos do item 4.7.5.1, letra “c”, da NBR 13221 da ABNT, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após sua impressão, deverá o gerador do resíduo registrar declaração junto à FEPAM informando os blocos de MTR que mandar confeccionar.§ 3° - Nos termos do item 4.7.1.2, letra “e”, da NBR 13221 da ABNT, o gerador do resíduo deverá enviar à FEPAM, quando da renovação de sua licença de operação, no “Relatório Anual de Resíduos Sólidos Gerados”, relativo ao período da licença vincenda, os números das MTR emitidas.Art. 13 - Os recipientes, embalagens, contêineres, invólucros e assemelhados, quando destinados ao acondicionamento dos produtos listados na Portaria 204, de 26 de maio de 1997, do Ministério dos

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Transportes e aqueles enquadráveis como resíduo perigoso de acordo com a NBR 10004 da ABNT, deverão ser obrigatoriamente devolvidos ao fornecedor desses produtos.§ 1° - Considera-se fornecedor toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, que desenvolve atividades de produção, transformação, importação, exportação, distribuição e comercialização dos produtos a que se refere o caput, podendo, também, atuar como receptor local das embalagens.§ 2° - Receptor local é a pessoa física ou jurídica que, mediante contrato com o fornecedor, opera como intermediário no recolhimento dos produtos mencionados no caput.§ 3° - O fornecedor e o receptor local são solidariamente responsáveis pelo armazenamento das embalagens recebidas.§ 4° - Os fornecedores e os receptores locais encaminharão as embalagens a que se refere o caput para recicladores licenciados pela FEPAM, ou, na impossibilidade de reciclagem, para destinação final licenciada.§ 5° - É vedada a reutilização dos recipientes de que trata este artigo para qualquer fim, exceto para armazenamento dos produtos definidos no caput, observados os aspectos de compatibilidade e reatividade.Art. 15 - O usuário de produto perigoso deve enviar as embalagens de que trata o artigo anterior, devidamente segregadas, ao fornecedor ou receptor local licenciado, devendo as embalagens de agrotóxicos passar, previamente, por um processo de tríplice lavagem na origem.Parágrafo único - Entende-se por tríplice lavagem, a repetição por três vezes da seguinte seqüência de procedimentos:I - colocar água até, no mínimo, um terço da embalagem de agrotóxico esvaziada agitando vigorosamente;II - despejar a solução resultante da lavagem no tanque de aplicação do agrotóxico, utilizando-a como parte da diluição do agrotóxico para uma nova aplicação na lavoura.

e) Lei Estadual 7.877/83

Art. 3º - As empresas que realizam o transporte de cargas perigosas no território do Estado do Rio Grande do Sul deverão, atendidas as exigências da Legislação Federal pertinente, cadastrar-se perante o Departamento do Meio Ambiente, da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente.Art. 10 - Os condutores de veículos utilizados em transporte rodoviário, de produtos perigosos, devem estar qualificados, através de treinamento específico, cujo currículo seja aprovado pelas Autoridades de Trânsito e de Saúde e Meio Ambiente.Art. 16 - Todo o veículo transportando produto perigoso deve portar, obrigatoriamente, "Ficha de Emergência" (Instruções) e "Envelopes para o Transporte", conforme orientação das Normas Brasileiras - NBR - 7.503 e 7.504 respectivamente, e orientações complementares do fabricante de carga.Parágrafo único - Quando for utilizado o serviço de escolta no transporte, estes documentos, também, devem ser obrigatoriamente portados pela(s) viatura(s) encarregada(s) deste serviço.Art. 17 - Os veículos utilizados no transporte de cargas perigosas, para efeito desta Lei, devem obedecer aos padrões de qualidade estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e na falta desta, pelo fabricante do produto.Parágrafo único - São considerados veículos de cargas perigosas:I - caminhões;II - tanques instalados em caminhões, barcaças, vagões ferroviários ou navios;III - containers;IV - cilindro para gases;V - navios-tanque.Art. 18 - Os veículos, quando transportando produtos perigosos, deverão portar o símbolo de risco específico, de acordo com as normas SB 54 e NBR 7.500 da ABNT.Parágrafo único - A identificação prevista neste artigo deverá, adicionalmente, conter informações sobre o produto transportado, em letras confeccionadas em película refletiva de cor vermelha, conforme orientação das Normas Brasileiras - NBR 7.500.

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Art. 20 - O veículo transportador de carga perigosa deverá ser dotado de equipamento de proteção individual de acordo com a carga transportada.Parágrafo único - A especificação do Equipamento de Proteção Individual deverá constar do requerimento de solicitação da "AET".Art. 35 - Os embarcadores ou remetentes de cargas perigosas deverão:I - Somente autorizar o carregamento de seus produtos em veículos e equipamentos que possuam a documentação e sinalização exigidas na presente Lei;II - Instruir o transportador, por escrito, quando o produto perigoso a ser transportado apresentar características de incompatibilidade com outros produtos ou substâncias ou necessitar de cuidados específicos ou medidas preventivas especiais.

f) Lei Estadual 9.921/93

Art. 3º - Os sistemas de gerenciamento dos resíduos sólidos terão como instrumentos básicos planos e projetos específicos de coleta, transporte,tratamento, processamento e destinação final a serem licenciados pelo órgão ambiental do Estado, tendo como metas a redução da quantidade de resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais.§ 1º - Fica vedada a descarga ou depósito de forma indiscriminada de resíduos sólidos no solo e em corpos d'água.§ 2º - A acumulação temporária de resíduos sólidos de qualquer natureza somente será tolerada, caso não ofereça risco de poluição ambiental, mediante autorização prévia do órgão ambiental do Estado.Art. 4º - É proibida a diluição ou lançamento de resíduos sólidos e semilíquidos em sistemas de esgoto sanitário ou tratamento de efluentes líquidos, salvo em casos especiais, a critério do órgão ambiental do Estado.Art. 5º - Quando a destinação final for disposição no solo, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo aos critérios e normas estabelecidas pelo órgão ambiental do Estado.Parágrafo único - Quando os resíduos forem enquadráveis como perigosos pelo órgão ambiental do Estado, a sua disposição no solo, por

qualquer sistema ou processo, só será permitida após acondicionamento e tratamentos adequados,definidos em projeto específico licenciado pelo órgão ambiental do Estado.Art. 8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora, independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades.§ 1º - Os executores das atividades mencionadas no "caput" deverão estar cadastrados junto ao órgão ambiental do Estado.§ 2º - A prefeitura, quando contratada nos termos deste artigo, submeter-se-á às mesmas regras aplicáveis nos demais casos.§ 3º - No caso de utilização de resíduos como matéria-prima, a responsabilidade da fonte geradora só cessará quando da entrega dos resíduos à pessoa física ou jurídica que os utilizará como matéria-prima.Art. 9º - Os recipientes, embalagens, contêineres, invólucros e assemelhados, quando destinados ao acondicionamento dos produtos perigosos, definidos no regulamento, deverão ser obrigatoriamente devolvidos ao fornecedor desses produtos.Parágrafo único - É vedada a reutilização desses recipientes para qualquer fim, exceto para o armazenamento dos produtos, definidos no "caput" deste artigo.

g) Lei Estadual 11.520/00

Art. 217 - A coleta, o armazenamento, o transporte, o tratamento e a disposição final de resíduos poluentes, perigosos, ou nocivos sujeitar-se-ão à legislação e ao processo de licenciamento perante o órgão ambiental e processar-se-ão de forma e em condições que não constituam perigo imediato ou potencial para a saúde humana e o bem-estar público, nem causem prejuízos ao meio ambiente.§ 1° - O enfoque a ser dado pela legislação pertinente deve priorizar critérios que levem, pela ordem, a evitar, minimizar, reutilizar, reciclar, tratar e, por fim, dispor adequadamente os resíduos gerados.

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§ 2° - O Poder Público deverá prever, nas diversas regiões do Estado, locais e condições de destinação final dos resíduos referidos no "caput" deste artigo, mantendo cadastro que os identifique.Art. 218 - Compete ao gerador a responsabilidade pelos resíduos produzidos, compreendendo as etapas de acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final.§ 1° - A terceirização de serviços de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final de resíduos não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos que vierem a ser provocados.§ 2° - Cessará a responsabilidade do gerador de resíduos somente quando estes, após utilização por terceiro, licenciado pelo órgão ambiental, sofrer transformações que os descaracterizem como tais.Art. 220 - Os produtos resultantes das unidades de tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e resíduos deverão ser caracterizados e classificados, sendo passíveis de projetos complementares que objetivem reaproveitamento, tratamento e destinação final sob as condições referidas nos artigos 218 e 219.Art. 221 - É vedado o transporte de resíduos para dentro ou fora dos limites geográficos do Estado sem o prévio licenciamento do órgão ambiental.

h) Portaria Fepam 47 – 95/98

Art. 1º - Fica aprovado o modelo do MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS - MTR, Anexo |, desta Portaria;Art. 2º - A empresa GERADORA de Resíduos Sólidos Classe I, e os de Classe II que vierem a ser definidos pela FEPAM, deve solicitar autorização para emissão do talonário - Manifesto de Transporte de Resíduos, através de requerimento, conforme modelo, Anexo II, desta Portaria.Art. 3º - Os MTRs serão numerados pelas séries AA até ZZ, sendo que cada série terá 10.000 números (MTRs)a) cada MTR deverá ser impresso em 5 (cinco) vias, conforme NBR 13.221 – ABNT, sendo:- primeira via: STTADE- segunda via: TRANSPORTADORA

- terceira via: GERADOR- quarta via: FEPAM- quinta via: GERADOR (quando da emissão).b) A Quarta via ficará arquivada no GERADOR, em pasta própria, a disposição da fiscalização da FEPAM.c) No rodapé de cada talonário deverá ser impresso a numeração do talonário, série e o número da autorização da FEPAM, conforme Anexo I.

i) ABNT – NBR 10.004 – Aplica-se de forma integral.

j) ABNT – NBR 12.235 – Aplica-se de forma integral.

l) Lei Federal 9.605/98

Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

m) Decreto Federal 6.514/08

Art. 61 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que

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provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). Art. 62 - Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas ou que provoque, de forma recorrente, significativo desconforto respiratório ou olfativo;III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos; VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo;VII - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução ou contenção em caso de risco ou de dano ambiental grave ou irreversível; eVIII - provocar pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais o perecimento de espécimes da biodiversidade.

n) Resolução CONAMA 307/02

Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.Inciso com redação dada pela Resolução CONAMA 348/2004.Art. 4º - Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.§ 1º - Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.§ 2º - Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta Resolução.Art. 10 - Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

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III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

II – RESÍDUOS LÍQUIDOS (efluentes industriais e sanitários)

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo aplicam-se a geração de efluentes contaminados com óleo; ao esgotamento pluvial, quando contaminado; aos resíduos gerados no laboratório e aos efluentes oriundos dos sanitários, das pias para lavagem das mãos e do tanque de despejo da água utilizada para lavagem do piso.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - A empresa situa-se a menos de 200 m do recurso hídrico existente nas proximidades, mas conta com o direito adquirido previsto constitucionalmente, posto que, as regras de distanciamento mínimo, bem como, das APPs foram introduzidas depois da implantação da mesma. - Encontra-se em processo de implantação o Programa de Emergências Ambientais que pode ser utilizado para minimizar os possíveis impactos originados de um acidente. - A empresa está licenciada junto a Fepam e a licença prevê a forma de tratamento dos efluentes. - O esgoto pluvial lançado no curso d’água não possui a presença de contaminantes oriundos da empresa. - Os efluentes gerados em pias para lavagem das mãos contaminadas com óleo seguem para o tratamento em fossas sépticas com sumidouro e filtro anaeróbio. - O curso d’água é monitorado por meio de análises para se evidenciar a presença ou não de contaminantes oriundos da empresa.

a) Portaria MINTER 124/80

I - Quaisquer indústrias potencialmente poluidoras, bem como as construções ou estruturas que armazenam substâncias capazes de causar poluição hídrica, devem ficar localizadas a uma distância mínima de 200 (duzentos) metros das coleções hídricas ou cursos d’água mais próximos.II - Todo depósito projetado ou construído acima do nível do solo, para receber líquidos potencialmente poluentes, deverá ser protegido, dentro das necessárias normas de segurança devendo ser construídos, para tanto, tanques, amuradas, silos subterrâneos, barreiras ou outros dispositivos de contenção, com a capacidade e a finalidade de receber e guardar os derrames de líquidos poluentes, provenientes dos processos produtivos ou de armazenagem.III - Verificada, num determinado local, a impossibilidade técnica de ser mantida a distância prevista no item I, ou de serem construídos os dispositivos de prevenção de acidentes mencionados no item II desta Portaria, o órgão estadual de controle do meio ambiente poderá substituir as exigências previstas, por outras medidas preventivas e igualmente seguras. (...)IV - Para dimensionar os dispositivos, referidos no item anterior, deve ser considerada a possibilidade de ocorrer o tipo plausível de acidente, que importe em maior perda de material poluente, levando-se em conta, também, as normas de prevenção e combate a incêndio.VII - Os projetos referentes aos dispositivos de prevenção de acidentes, previstos no item IV desta Portaria, deverão ser entregues aos órgãos estaduais de controle de meio ambiente, no prazo de 10 (dez) meses, a partir da data da comunicação, de que trata o item anterior, e prontos os referidos dispositivos em condições normais de serem utilizados, no prazo de 12 (doze) meses após a aprovação dos citados projetos.

b) Resolução CONAMA 357/05

Art. 24 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, após o devido

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tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis.Parágrafo único. O órgão ambiental competente poderá, a qualquer momento:I - acrescentar outras condições e padrões, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições locais, mediante fundamentação técnica; eII - exigir a melhor tecnologia disponível para o tratamento dos efluentes, compatível com as condições do respectivo curso de água superficial, mediante fundamentação técnica.Art. 25 - É vedado o lançamento e a autorização de lançamento de efluentes em desacordo com as condições e padrões estabelecidos nesta Resolução.Parágrafo único. O órgão ambiental competente poderá, excepcionalmente, autorizar o lançamento de efluente acima das condições e padrões estabelecidos no art. 34, desta Resolução, desde que observados os seguintes requisitos:I - comprovação de relevante interesse público, devidamente motivado;II - atendimento ao enquadramento e às metas intermediárias e finais, progressivas e obrigatórias;III - realização de Estudo de Impacto Ambiental - EIA, às expensas do empreendedor responsável pelo lançamento;IV - estabelecimento de tratamento e exigências para este lançamento; eV - fixação de prazo máximo para o lançamento excepcional.Art. 26 - Os órgãos ambientais federal, estaduais e municipais, no âmbito de sua competência, deverão, por meio de norma específica ou no licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poluidora máxima para o lançamento de substâncias passíveis de estarem presentes ou serem formadas nos processos produtivos, listadas ou não no art. 34, desta Resolução, de modo a não comprometer as metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, estabelecidas pelo enquadramento para o corpo de água.§ 1° - No caso de empreendimento de significativo impacto, o órgão ambiental competente exigirá, nos processos de licenciamento ou de sua renovação, a apresentação de estudo de capacidade de suporte de carga do corpo de água receptor.

§ 2° - O estudo de capacidade de suporte deve considerar, no mínimo, a diferença entre os padrões estabelecidos pela classe e as concentrações existentes no trecho desde a montante, estimando a concentração após a zona de mistura.§ 3° - Sob pena de nulidade da licença expedida, o empreendedor, no processo de licenciamento, informará ao órgão ambiental as substâncias, entre aquelas previstas nesta Resolução para padrões de qualidade de água, que poderão estar contidas no seu efluente.§ 4° - O disposto no § 1° aplica-se também às substâncias não contempladas nesta Resolução, exceto se o empreendedor não tinha condições de saber de sua existência nos seus efluentes.Art. 27 - É vedado, nos efluentes, o lançamento dos Poluentes Orgânicos Persistentes - POPs mencionados na Convenção de Estocolmo, ratificada pelo Decreto Legislativo n° 204, de 7 de maio de 2004.Parágrafo único. Nos processos onde possa ocorrer a formação de dioxinas e furanos deverá ser utilizada a melhor tecnologia disponível para a sua redução, até a completa eliminação.Art. 28 - Os efluentes não poderão conferir ao corpo de água características em desacordo com as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento.§ 1° - As metas obrigatórias serão estabelecidas mediante parâmetros.§ 2° - Para os parâmetros não incluídos nas metas obrigatórias, os padrões de qualidade a serem obedecidos são os que constam na classe na qual o corpo receptor estiver enquadrado.§ 3° - Na ausência de metas intermediárias progressivas obrigatórias, devem ser obedecidos os padrões de qualidade da classe em que o corpo receptor estiver enquadrado.Art. 29 - A disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não poderá causar poluição ou contaminação das águas.Art. 30 - No controle das condições de lançamento, é vedada, para fins de diluição antes do seu lançamento, a mistura de efluentes com águas de melhor qualidade, tais como as águas de abastecimento, do mar e de sistemas abertos de refrigeração sem recirculação.Art. 31 - Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes efluentes ou lançamentos individualizados, os limites constantes desta

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Resolução aplicar-se-ão a cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério do órgão ambiental competente.Art. 32 - Nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou disposição de resíduos domésticos, agropecuários, de aqüicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes, mesmo que tratados.§ 1° - Nas demais classes de água, o lançamento de efluentes deverá, simultaneamente:I - atender às condições e padrões de lançamento de efluentes;II - não ocasionar a ultrapassagem das condições e padrões de qualidade de água, estabelecidos para as respectivas classes, nas condições da vazão de referência; eIII - atender a outras exigências aplicáveis.§ 2° - No corpo de água em processo de recuperação, o lançamento de efluentes observará as metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final.Art. 33 - Na zona de mistura de efluentes, o órgão ambiental competente poderá autorizar, levando em conta o tipo de substância, valores em desacordo com os estabelecidos para a respectiva classe de enquadramento, desde que não comprometam os usos previstos para o corpo de água.Parágrafo único - A extensão e as concentrações de substâncias na zona de mistura deverão ser objeto de estudo, nos termos determinados pelo órgão ambiental competente, às expensas do empreendedor responsável pelo lançamento.Art. 34 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:§ 1° - O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente.§ 2° - Os critérios de toxicidade previstos no § 1° devem se basear em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente.

§ 3° - Nos corpos de água em que as condições e padrões de qualidade previstos nesta Resolução não incluam restrições de toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam os parágrafos anteriores.§ 4° - Condições de lançamento de efluentes:I - pH entre 5 a 9;II - temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC na zona de mistura;III - materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Imhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;IV - regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade competente;V - óleos e graxas: V - óleos e graxas:1 - óleos minerais: até 20mg/L;2- óleos vegetais e gorduras animais: até 50mg/L; eVI - ausência de materiais flutuantes.§ 5° Padrões de lançamento de efluentes:Padrões de lançamento de efluentes:TABELA X - LANÇAMENTO DE EFLUENTESPADRÕESPARÂMETROS INORGÂNICOS Valor máximoArsênio total 0,5 mg/L AsBário total 5,0 mg/L BaBoro total 5,0 mg/L BCádmio total 0,2 mg/L CdChumbo total 0,5 mg/L PbCianeto total 0,2 mg/L CNCobre dissolvido 1,0 mg/L CuCromo total 0,5 mg/L CrEstanho total 4,0 mg/L SnFerro dissolvido 15,0 mg/L FéFluoreto total 10,0 mg/L FManganês dissolvido 1,0 mg/L Mn

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Mercúrio total 0,01 mg/L HgNíquel total 2,0 mg/L NiNitrogênio amoniacal total 20,0 mg/L NPrata total 0,1 mg/L AgSelênio total 0,30 mg/L SeSulfeto 1,0 mg/L SZinco total 5,0 mg/L ZnPARÂMETROS ORGÂNICOS Valor máximoClorofórmio 1,0 mg/LDicloroeteno 1,0 mg/LFenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina)0,5 mg/L C6H5OHTetracloreto de Carbono 1,0 mg/LTricloroeteno 1,0 mg/L

Art. 35 - Sem prejuízo do disposto no inciso I, do § 1° do art. 24, desta Resolução, o órgão ambiental competente poderá, quando a vazão do corpo de água estiver abaixo da vazão de referência, estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, aos lançamentos de efluentes que possam, dentre outras conseqüências:I - acarretar efeitos tóxicos agudos em organismos aquáticos; ouII - inviabilizar o abastecimento das populações.Art. 37 - Para o lançamento de efluentes tratados no leito seco de corpos de água intermitentes, o órgão ambiental competente definirá, ouvido o órgão gestor de recursos hídricos, condições especiais.Art. 46 - O responsável por fontes potencial ou efetivamente poluidoras das águas deve apresentar ao órgão ambiental competente, até o dia 31 de março de cada ano, declaração de carga poluidora, referente ao ano civil anterior, subscrita pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico devidamente habilitado, acompanhada da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.§ 1° A declaração referida no caput deste artigo conterá, entre outros dados, a caracterização qualitativa e quantitativa de seus efluentes, baseada em amostragem representativa dos mesmos, o estado de manutenção dos equipamentos e dispositivos de controle da poluição.

§ 2° O órgão ambiental competente poderá estabelecer critérios e formas para apresentação da declaração mencionada no caput deste artigo, inclusive, dispensando-a se for o caso para empreendimentos de menor potencial poluidor.

c) Lei Estadual 11.520/00

Art. 129 - Nenhum descarte de resíduo poderá conferir ao corpo receptor características capazes de causar efeitos letais ou alteração de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida.Art. 131 - A diluição de efluentes de uma fonte poluidora por meio da importação intencional de águas não poluídas de qualquer natureza, estranhas ao processo produtivo da fonte poluidora, não será permitida para fins de atendimento a padrões de lançamento final em corpos d'água naturais.Art. 132 - É proibida a disposição direta de poluentes e resíduos de qualquer natureza em condições de contato direto com corpos d'água naturais superficiais ou subterrâneas, em regiões de nascentes ou em poços e perfurações ativas ou abandonadas, mesmo secas.Art. 137 - Todos os esgotos deverão ser tratados previamente quando lançados no meio ambiente.Parágrafo único - Todos os prédios situados em logradouros que disponham de redes coletoras de esgotos sanitários deverão ser obrigatoriamente ligados a elas, às expensas dos proprietários, excetuando-se da obrigatoriedade prevista no "caput" apenas as situações de impossibilidade técnica, que deverão ser justificadas perante os órgãos competentes.Art. 138 - A utilização da rede de esgotos pluviais para o transporte e afastamento de esgotos sanitários somente será permitida mediante licenciamento pelo órgão ambiental e cumpridas as seguintes exigências:I - será obrigatório o tratamento prévio ao lançamento dos esgotos na rede;II - o processo de tratamento deverá ser dimensionado, implantado, operado e conservado conforme critérios e normas estabelecidas pelos

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órgãos municipais e estaduais competentes ou, na inexistência destes, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);III - qualquer que seja o processo de tratamento adotado, deverão ser previamente definidos todos os critérios e procedimentos necessários ao seu correto funcionamento, em especial: localização, responsabilidade pelo projeto, operação, controle e definição do destino final dos resíduos sólidos gerados no processo;IV - as bocas de lobo e outras singularidades da rede condutora da mistura de esgotos deverão possuir dispositivos que minimizem o contato direto da população com o líquido transportado.

d) Resolução CONSEMA 128/06 Dispõe sobre a fixação de Padrões de Emissão de Efluentes Líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul.Aplica-se de forma integral.

e) Lei Municipal 426 Art. 56 - Em nenhuma hipótese será permitida a diluição de águas residuárias e/ou mistura de afluentes de origem comercial e/ou industrial com águas servidas de uso humano.

f) Decreto Estadual 23.430/74

Art. 99 - As águas residuárias de qualquer natureza ou origem devem ser coletadas, transportadas e ter destino final através de instalações ou sistema de esgoto sanitário que satisfaçam às seguintes condições:a) permitir coleta total de todos os resíduos líquidos;b) promover pronto e eficiente escoamento dos esgotos coletados;c) impedir a poluição e conseqüente contaminação das águas e dos alimentos;d) impedir a emissão de gases que possam poluir o ar;e) permitir fácil manutenção e reparo de seus dispositivos e canalizações.

Parágrafo único - Não serão permitidos nas redes coletoras de esgotos sanitários despejos que contenham:a) gases tóxicos ou substâncias capazes de produzi-los;b) substâncias inflamáveis ou que produzam gases inflamáveis;c) resíduos ou materiais capazes de causar obstruções incrustações ou danos às instalações de coleta, transporte e tratamento de esgoto sanitário;d) substâncias que possam interferir com os processos de tratamento.Art. 100 - As águas residuárias de qualquer natureza ou origem devem ter destino final com prévio tratamento por processo compatível com o corpo receptor.Parágrafo único - As águas residuárias poderão ter destino final sem prévio tratamento, a juízo da Secretaria da Saúde desde que suas características atendam ao que prescrevem este Regulamento e Normas Técnicas Especiais.Art. 101 - Os serviços coletivos de esgoto sanitário além do disposto neste Regulamento e em Normas Técnicas Especiais, devem satisfazer às seguintes condições:a) empregarem, para coleta e transporte das águas residuárias, de preferência o sistema separado absoluto;b) manterem as instalações e rede coletora em perfeitas condições de operação e higiene;c) operarem sob responsabilidade de profissional habilitado.Art. 103 - Toda edificação terá um conjunto de canalizações e aparelhos sanitários que constituirá a instalação predial de esgoto sanitário destinada a coletar e afastar todos os despejos domésticos ou industriais.Art. 105 - As instalações prediais de esgoto sanitário devem satisfazer, além do disposto neste Regulamento e na Norma Técnica 19 da ABNT, às seguintes condições:a) não receberem águas pluviais ou de drenagem de terreno nem substâncias estranhas ao fim a que se destinam;b) terem o coletor predial e os subcoletores diâmetro mínimo de 100 mm (cem milímetros), construídos, sempre que possível, na parte não edificada no terreno;c) terem as caixas de inspeção com tampa à vista;

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d) terem dispositivos desconectadores destinados à proteção contra emissões de gases da rede para o interior da edificação;e) terem sistema de ventilação para coletar e conduzir os gases para a atmosfera;f) terem distância entre caixas de inspeção, poços de visita ou peças de inspeção não inferior a 15,00 m (quinze metros);g) terem dispositivo de retenção de gorduras, óleos e graxas;h) terem coleta de águas de lavagem de pisos e banho por meio de ralo sifonado.Art. 106 - Nas edificações situadas em logradouros não dotados de coletor público de esgoto sanitário, será adotado, para tratamento dos despejos domésticos, o sistema de fossa séptica, com instalações complementares.Art. 107 - As fossas sépticas. além do disposto neste Regulamento e em Normas Técnicas da ABNT, devem satisfazer às seguintes condições:a) receberem todos os despejos domésticos ou qualquer outro despejo de características semelhantes;b) não receberem águas pluviais nem despejos industriais, que possam prejudicar as condições de funcionamento;c) terem capacidade adequada ao número de pessoas a atender, com dimensionamento mínimo para a contribuição de 5 (cinco) pessoas;d) serem construídas com material de durabilidade e estanqueidade adequadas ao fim a que se destinam;e) terem facilidade de acesso; tendo em vista a necessidade periódica de remoção de lodo digerido;f) não serem localizadas no interior das edificações e sim em áreas livres do terreno.Art. 108 - O efluente de fossa séptica poderá ser disposto no solo ou em águas superficiais, desde que observadas as seguintes condições:a) nenhum manancial destinado ao abastecimento domiciliar corra perigo de poluição ou contaminação;b) não sejam prejudicadas as condições de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte;c) não se observem odores desagradáveis, presença de insetos e outros inconvenientes;

d) não haja poluição ou contaminação do solo, capaz de afetar, direta ou indiretamente, a saúde de pessoas ou animais.

g) Lei Federal 9.605/98

Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

h) Decreto Federal 6.514/08

Art. 61 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). Art. 62 - Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas ou que provoque, de forma recorrente, significativo desconforto respiratório ou olfativo;

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III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos; VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo;VII - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução ou contenção em caso de risco ou de dano ambiental grave ou irreversível; eVIII - provocar pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais o perecimento de espécimes da biodiversidade.

III – EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo não tem aplicação direta à empresa uma vez que estas definem critérios e padrões para emissões atmosféricas que venham a ultrapassar os limites da empresa.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO:- As questões relativas às emissões atmosféricas são contempladas na Licença de Operação da empresa.- Na área interna da empresa é realizado o monitoramento por meio de medições de névoa de óleo mineral e de monóxido de carbono. - Para o controle das emissões oriundas do tráfego interno de caminhões, realiza-se manutenção preventiva nestes.

a) Portaria MINTER 231/76

VIII - Os equipamentos para o controle da poluição, sempre que possível, serão de fabricação nacional.

XV - Todos os estabelecimentos industriais que causem ou possam causar poluição do ar devem comunicar anualmente, sob pena de sanções cabíveis, o tipo de suas emissões gasosas ou particulares e o equipamento antipoluidor existente ao órgão estadual competente, que enviará cópia dessas informações à SEMA - MINTER. LEIA-SE MMA

b) Resolução CONAMA 003/90

Estabelece conceitos de qualidade do ar e enumera os “Padrões de Qualidade do Ar”. Aplica-se de forma integral.

c) Resolução CONAMA 008/90

Art. 1º - Estabelecer, em nível nacional, limites máximos de emissão de poluentes do ar (padrões de emissão) para processos de combustão externa em fontes novas fixas de poluição com potências nominais totais até 70 MW (setenta megawatts) e superiores.§ 1º - A definição de limites máximos de emissão é aquela dada pela Resolução CONAMA n.º 5, de junho de 1989, que institui o PRONAR.§ 2º - Para os efeitos desta Resolução fontes novas de poluição são aquelas pertencentes a empreendimentos cujas LP venha a ser solicitada aos órgãos licenciadores competentes após a publicação desta Resolução.§ 3º - Entende-se por processo de combustão externa em fontes fixas toda a queima de substâncias combustíveis realizada nos seguintes equipamentos: caldeiras: geradores de vapor; centrais para a geração de energia elétrica; fornos, fornalhas, estufas e secadores para a geração e uso de energia térmica; incineradores e gaseificadores.Art. 2º - Para efeitos desta Resolução, ficam definidos os seguintes limites máximos de emissão para partículas totais e dióxido de enxofre (SO2), expressos em peso de poluentes por poder calorífico superior do combustível e densidade colorimétrica, consoante a classificação de usos pretendidos definida pelo PRONAR.2.1 - Para novas fontes fixas com potência nominal total igual ou inferior a 70 MW (setenta megawatts).

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2.1.1 - Áreas Classe I:2.1.1.1 - Áreas a serem atmosfericamente preservadas (Unidades de Conservação com exceção das APA). Nestas áreas fica proibida qualquer atividade econômica que gere poluição do ar.2.1.1.2 - Áreas a serem atmosfericamente conservadas (lazer, turismo, estâncias climáticas, hidrominerais e hidrotermais):a) Partículas Totais:- 120 (cento e vinte) gramas por milhão de quilocalorias.b) Densidade Colorimétrica:- Máximo de 20% (vinte por cento), equivalente a Escala de Ringelmann n.º 1, exceto na operação de ramonagem e na partida do equipamento.c) Dióxido de Enxofre (SO2):- 2.000 (dois mil) gramas por milhão de quilocalorias.d) O limite de consumo de óleo combustível por ponte fixa,(correspondente à capacidade nominal total de equipamento, será de 3.000 toneladas por ano. Consumos de óleo superiores ao ora estabelecido ou o uso de outros combustíveis estarão sujeitos à aprovação do Órgão Estadual do Meio Ambiente por ocasião do licenciamento ambiental.2.1.2 - Áreas Classes II e III:a) Partículas Totais:- 350 (trezentos e cinqüenta) gramas por milhão de quilocalorias (para óleo combustível).- 1.500 (um mil e quinhentos) gramas por milhão de quilocalorias (para carvão mineral).b) Densidade Colorimétrica:- Máximo de 20% (vinte por cento), equivalente a Escala de Ringelmann nº 1, exceto na operação de ramonagem e na partida do equipamento.c) Dióxido de Enxofre (SO2):- 5.000 (cinco mil) gramas por milhão de quilocalorias (para óleo combustível e carvão mineral).2.2 - Para novas fontes fixas com potência nominal total superior a 70 MW (setenta megawatts).2.2.1 - Áreas Classe I:Nestas áreas não será permitida a instalação de novas fontes fixas com este porte.

2.2.2 - Áreas Classes II e III:a) Partículas Totais:- 120 (cento e vinte) gramas por milhão de quilocalorias (para óleo combustível).- 800 (oitocentos) gramas por milhão de quilocalorias (para carvão mineral).b) Densidade Colorimétrica:- Máximo de 20% (vinte por cento), equivalente a Escala de Ringelmann nº 1, exceto na operação de ramonagem ou na partida do equipamento.c) Dióxido de Enxofre (SO2):- 2.000 (dois mil) gramas por milhão de quilocalorias (para óleo combustível e carvão mineral).Art. 3º - Para outros combustíveis, exceto óleo combustível e carvão mineral, caberá aos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente o estabelecimento de limites máximos de emissão para partículas totais, dióxido de enxofre e, se for o caso, outros poluentes, quando do licenciamento ambiental do empreendimento.Art. 5º - O atendimento aos limites máximos de emissão aqui estabelecidos, não exime o empreendedor do atendimento a eventuais exigências de controle complementares, conforme a legislação vigente.

d) Decreto Estadual 23.430/74

Art. 122 - A emissão de fumaça será controlada através do emprego da Escala de Ringelmann.§ 1º - Considera-se fumaça a suspensão, no ar, de pequenas partículas sólidas resultantes da combustão incompleta de material carbonáceo.§ 2º - A Escala Ringelmann classifica as fumaças por comparação com seis (6) padrões gráficos, com variações uniformes de tonalidade do branco (padrão zero) ao preto (padrão 5).§ 3º - Não será permitida a emissão contínua, para o ar de fumaça com tonalidade superior ao padrão dois (2) da Escala de Ringelmann.§ 4º - É: tolerada a emissão de fumaça com Padrão três (3) da Escala de Ringelmann por um período máximo de seis (6) minutos, em qualquer período de uma hora, correspondente as operações iniciais de combustão ou de limpeza da fornalha.

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e) Lei Estadual 7.488/81

Art. 2º - Fica proibido o lançamento ou a libertação de poluentes no ar, no solo, no subsolo e nas águas, salvo mediante licença ou autorização expedida pela Secretaria de Estado da Saúde e do Meio Ambiente, nos termos desta Lei.

f) Lei Estadual 11.520/00

Art. 151 - É vedado a todo o proprietário, responsável, locador ou usuário de qualquer forma, de empresa, empreendimentos, máquina, veículo, equipamento e sistema combinado, emitir poluentes atmosféricos ou combinações destes:I - em desacordo com as qualidades, condições e limites máximos fixados pelo órgão ambiental competente;II - em concentrações e em duração tais que sejam ou possam tender a ser prejudiciais ou afetar adversamente a saúde humana;III - em concentrações e em duração tais que sejam prejudiciais ou afetar adversamente o bem-estar humano, a vida animal, a vegetação ou os bens materiais, em Áreas Classe I ou II.Art. 152 - Toda empresa, empreendimento, máquina, veículo, equipamento e sistema combinado existente, localizado em Áreas Classe II, mesmo em conformidade com a legislação ambiental, que estiver interferindo no bem-estar da população, pela geração de poluentes atmosféricos, adotará todas as medidas de controle de poluição necessárias para evitar tal malefício, não podendo ampliar sua capacidade produtiva ou sua esfera de ação sem a adoção desta medida de controle.Art. 220 - Os produtos resultantes das unidades de tratamento de gases, águas, efluentes líquidos e resíduos deverão ser caracterizados e classificados, sendo passíveis de projetos complementares que objetivem reaproveitamento, tratamento e destinação final sob as condições referidas nos artigos 218 e 219.

g) Lei Municipal 426

Art. 42 – As chaminés de qualquer espécie de fogões de casas particulares, restaurantes, pensões, hotéis e de estabelecimento s comerciais e industriais de qualquer natureza, terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem e outros resíduos que possam expelir, não incomodem os vizinhos. Quando dotados de exaustores laterais, deverão guardar a distância de, no mínimo, três metros da residência mais próxima.Parágrafo Único. Em casos especiais, a critério do Executivo Municipal, as chaminés poderão ser substituídas por aparelhos que produzam idêntico efeito.

h) Lei Federal 9.605/98

Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

i) Decreto Federal 6.514/08

Art. 61 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que

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provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). Art. 62 - Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas ou que provoque, de forma recorrente, significativo desconforto respiratório ou olfativo;III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos; VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo;VII - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução ou contenção em caso de risco ou de dano ambiental grave ou irreversível; eVIII - provocar pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais o perecimento de espécimes da biodiversidade.

IV – RESÍDUOS ESPECIAIS (PILHAS, BATERIAS, LÂMPADAS E PNEUS)

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo aplicam-se as lâmpadas fluorescentes utilizadas nos prédios, as pilhas, baterias utilizadas e pneus usados.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - Estes resíduos (pilhas, baterias e lâmpadas) são destinados para reciclagem ou ARIPEs, sendo que com a publicação do Decreto Estadual

45.554/08 a empresa pode optar pela devolução dos materiais aos fabricantes ou fornecedores sem custos de destinação.- O mesmo ocorre com os pneus usados que segundo a Res. CONAMA 258/99 permite a devolução destes para o fabricante ou fornecedor.

a) Resolução CONAMA 257/99Art. 1° - As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.Parágrafo único. As baterias industriais constituídas de chumbo, cádmio e seus compostos, destinadas a telecomunicações, usinas elétricas, sistemas ininterruptos de fornecimento de energia, alarme, segurança, movimentação de cargas ou pessoas, partida de motores diesel e uso geral industrial, após seu esgotamento energético, deverão ser entreguespelo usuário ao fabricante ou ao importador ou ao distribuidor da bateria, observado o mesmo sistema químico, para os procedimentos referidos no caput deste artigo.Art. 8° - Ficam proibidas as seguintes formas de destinação final de pilhas e baterias usadas de quaisquer tipos ou características:I - lançamento “in natura” a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais;II - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não adequados, conforme legislação vigente;III - lançamento em corpos d’água, praias, manguezais, terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas à inundação.

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Art. 13 - As pilhas e baterias que atenderem aos limites previstos no art. 6° poderão ser dispostas, juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários licenciados.Parágrafo único. Os fabricantes e importadores deverão identificar os produtos descritos no caput deste artigo, mediante a aposição nas embalagens e, quando couber, nos produtos, de símbolo que permita ao usuário distingui-los dos demais tipos de pilhas e baterias comercializados.

b) Lei Estadual 11.019/97

Art. 1° - É vedado o descarte de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados em lixo doméstico ou comercial.(Artigo modificado pela Lei 11.187/98, de 07 de julho de 1998.)Parágrafo 1° - Estes produtos descartados deverão ser separados e acondicionados em recipientes adequados para destinação específica, ficando proibida a disposição em depósitos públicos de resíduos sólidos e a sua incineração.(Parágrafo acrescentado pela Lei 11.187/98, de 07 de julho de 1998.)Parágrafo 2° - Os produtos descartados deverão ser mantidos intactos como forma de evitar o vazamento de substâncias tóxicas, até a sua desativação ou reciclagem.(Parágrafo acrescentado pela Lei 11.187/98, de 07 de julho de 1998.)Parágrafo 3° - O Estado orientará os municípios em relação à escolha de locais e recipientes apropriados para a coleta destes produtos.(Parágrafo acrescentado pela Lei 11.187/98, de 07 de julho de 1998.)

c) Decreto Estadual 45.554/08

Art. 1° - É vedado o descarte de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados em lixo doméstico ou comercial.

§ 1° - Estes produtos descartados devem ser separados e acondicionados em recipientes adequados para destinação específica, ficando proibida a disposição em depósitos públicos de resíduos sólidos e a sua incineração.§ 2° - Os produtos descartados devem ser mantidos intactos como forma de evitar o vazamento de substâncias tóxicas, até a sua desativação ou reciclagem.Art. 2° - Para efeito deste decreto são considerados resíduos sólidos do "pós-consumo",os seguintes produtos, quando descartados pelos usuários:I - as pilhas e baterias, recarregáveis ou não, incluídas as baterias de relógio, de aparelhos celulares, de telefone sem fio, de brinquedos, de placas de computador e afins, entre outros;II -- as baterias automotivas;III - as lâmpadas fluorescentes contendo mercúrio;IV - os frascos e aerossóis em geral, exceto os classificados como de higiene pessoal;V - os termômetros e os outros produtos que contenham mercúrio;VI - os cartuchos de impressoras jato-de-tinta e matriciais;VII - os toners de fotocopiadoras e impressoras a laser.Art. 3° - A gestão dos resíduos sólidos é responsabilidade de toda a sociedade e deverá ter como meta prioritária a sua não-geração, devendo o sistema de gerenciamento destes resíduos buscar sua minimização, reutilização, reciclagem, tratamento ou destinação adequada.Art. 4° - Os estabelecimentos que comercializam os produtos e as redes de assistência técnica dos produtos referidos no artigo 2°, que são descartados pelo usuário ao terem a sua vida útil esgotada, são responsáveis pelo recolhimento dos mesmos.§ 1º - São considerados para efeito deste Decreto os seguintes estabelecimentos que comercializam os produtos:I - os supermercados, pequenos mercados, padarias e afins;II - farmácias;III - empresas fornecedoras de aparelhos celulares e peças de reposição;IV - empresas que comercializem baterias para automóveis;V - ferragens;VI - empresas fornecedoras de cartuchos de impressão e toner, inclusive recondicionados;

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VII - lojas de utilidades domésticas.§ 2° - São considerados para efeito deste Decreto, as redes de assistência técnica todas as prestadoras de serviços que efetuam reparos nos produtos que, ao serem descartados pelos usuários, passam a ser caracterizados como resíduos sólidos, dentre outros:I - assistência técnica de aparelhos celulares e computadores;II - assistência técnica de impressoras e fotocopiadoras;III - oficinas mecânicas;IV - re-condicionadoras de produtos.

d) Resolução CONAMA 258/99

Art. 1° - As empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativa às quantidades fabricadas ou importadas.

OUTROS ASSUNTOSV – TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras deste capítulo não possuem aplicação direta na empresa uma vez que o transporte de cargas perigosas é terceirizado. Contudo, as regras devem ser observadas no momento da contratação das empresas transportadoras.

a) Decreto Federal 96.044/88

Art. 2° - Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR 7500 e NBR-8286.Parágrafo único. Após as operações de limpeza e completa descontaminação dos veículos e equipamentos, os rótulos de risco e painéis de segurança serão retirados.Art. 3° - Os veículos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar o conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o recomendado pelo fabricante do produto.Art. 22 - Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto transportado, os veículos que estejam transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com essa finalidade, só poderão circular pelas vias públicas portando os seguintes documentos:I - Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel do veículo e dos equipamentos, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada;II - Documento Fiscal do produto transportado, contendo as seguintes informações:a) número e nome apropriado para embarque;b) classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence;c) declaração assinada pelo expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, descarregamento e transporte, conforme a regulamentação em vigor;III - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, NBR-7504 e NBR-8285,

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preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto transportado, contendo:a) orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de emergência, acidente ou avaria; eb) telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos de policiamento do trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerário.§ 1° - É admitido o Certificado Internacional de Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel.§ 2° - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderá a validade quando o veículo ou o equipamento:a) tiver suas características alteradas;b) não obtiver aprovação em vistoria ou inspeção;c) não for submetido à vistoria ou inspeção nas épocas estipuladas; ed) acidentado, não for submetido a nova vistoria após sua recuperação.§ 3° - As vistorias e inspeções serão objeto de laudo técnico e registradas no Certificado de Capacitação previsto no item I deste artigo.§ 4° - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel não exime o transportador da responsabilidade por danos causados pelo veículo, equipamento ou produto perigoso, assim como a declaração de que trata a alínea “c”, do item II, deste artigo, não isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com imprudência, imperícia ou negligência.Art. 32 - O contratante do transporte deverá exigir do transportador o uso de veículo e equipamento em boas condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, antes de cada viagem, avaliar as condições de segurança.Art. 33 - Quando o transportador não os possuir, deverá o contratante fornecer os equipamentos necessários às situações de emergência, acidente ou avaria, com as devidas instruções do expedidor para sua utilização.Art. 34 - O expedidor é responsável pelo acondicionamento do produto a ser transportado, de acordo com as especificações do fabricante.

Art. 35 - No carregamento de produtos perigosos o expedidor adotará todas as precauções relativas à preservação dos mesmos, especialmente quanto à compatibilidade entre si (ART.7).Art. 36 - O expedidor exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança correspondentes aos produtos a serem transportados, conforme disposto no ART.2.Parágrafo único. O expedidor entregará ao transportador os produtos perigosos fracionados devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bem assim os rótulos de risco e os painéis de segurança para uso nos veículo, informando ao condutor as características dos produtos a serem transportados.Art. 37 - São de responsabilidade:I - do expedidor, as operações de carga;II - do destinatário, as operações de descarga.§ 1° - Ao expedidor e ao destinatário cumpre orientar e treinar o pessoal empregado nas atividades referidas neste artigo.§ 2° - Nas operações de carga e descarga, cuidados especiais serão adotados, especialmente quanto à amarração da carga, a fim de evitar danos, avarias ou acidentes.

b) Resolução ANTT 420/04

Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Aplica-se no que couber.

c) Lei Estadual 7.877/83

Art. 3º - As empresas que realizam o transporte de cargas perigosas no território do Estado do Rio Grande do Sul deverão, atendidas as exigências da Legislação Federal pertinente, cadastrar-se perante o Departamento do Meio Ambiente, da Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente.Art. 10 - Os condutores de veículos utilizados em transporte rodoviário, de produtos perigosos, devem estar qualificados, através de treinamento

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específico, cujo currículo seja aprovado pelas Autoridades de Trânsito e de Saúde e Meio Ambiente.Art. 16 - Todo o veículo transportando produto perigoso deve portar, obrigatoriamente, "Ficha de Emergência" (Instruções) e "Envelopes para o Transporte", conforme orientação das Normas Brasileiras - NBR - 7.503 e 7.504 respectivamente, e orientações complementares do fabricante de carga.Parágrafo único - Quando for utilizado o serviço de escolta no transporte, estes documentos, também, devem ser obrigatoriamente portados pela(s) viatura(s) encarregada(s) deste serviço.Art. 17 - Os veículos utilizados no transporte de cargas perigosas, para efeito desta Lei, devem obedecer aos padrões de qualidade estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e na falta desta, pelo fabricante do produto.Parágrafo único - São considerados veículos de cargas perigosas:I - caminhões;II - tanques instalados em caminhões, barcaças, vagões ferroviários ou navios;III - containers;IV - cilindro para gases;V - navios-tanque.Art. 18 - Os veículos, quando transportando produtos perigosos, deverão portar o símbolo de risco específico, de acordo com as normas SB 54 e NBR 7.500 da ABNT.Parágrafo único - A identificação prevista neste artigo deverá, adicionalmente, conter informações sobre o produto transportado, em letras confeccionadas em película refletiva de cor vermelha, conforme orientação das Normas Brasileiras - NBR 7.500.Art. 20 - O veículo transportador de carga perigosa deverá ser dotado de equipamento de proteção individual de acordo com a carga transportada.Parágrafo único - A especificação do Equipamento de Proteção Individual deverá constar do requerimento de solicitação da "AET".Art. 35 - Os embarcadores ou remetentes de cargas perigosas deverão:I - Somente autorizar o carregamento de seus produtos em veículos e equipamentos que possuam a documentação e sinalização exigidas na presente Lei;

II - Instruir o transportador, por escrito, quando o produto perigoso a ser transportado apresentar características de incompatibilidade com outros produtos ou substâncias ou necessitar de cuidados específicos ou medidas preventivas especiais.

VI – ÓLEO LUBRIFICANTE USADO

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras do presente capítulo aplicam-se ao processo produtivo na integralidade, posto que, o principal resíduo é o óleo.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - Para evitar possibilidades de contaminação foram instaladas inúmeras bacias de contenção na empresa. - O óleo recolhido, não sendo mais passível de utilização, recebe a destinação adequada junto a receptores licenciados.

a) Resolução CONAMA 362/05

Art. 1º - Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos, na forma prevista nesta Resolução.Art. 3º - Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino.§ 1º - A reciclagem referida no caput poderá ser realizada, a critério do órgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológico com eficácia ambiental comprovada equivalente ou superior ao rerrefino.§ 2º - Será admitido o processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado para a fabricação de produtos a serem consumidos exclusivamente pelos respectivos geradores industriais.§ 3º - Comprovada, perante ao órgão ambiental competente, a inviabilidade de destinação prevista no caput e no § 1o deste artigo,

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qualquer outra utilização do óleo lubrificante usado ou contaminado dependera do licenciamento ambiental.§ 4º - Os processos utilizados para a reciclagem do óleo lubrificante deverão estar devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente.Art. 5º - O produtor, o importador e o revendedor de óleo lubrificante acabado, bem como o gerador de óleo lubrificante usado, são responsáveis pelo recolhimento do óleo lubrificante usado ou contaminado, nos limites das atribuições previstas nesta Resolução.Art. 12 - Ficam proibidos quaisquer descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.Art. 13 - Para fins desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação adequada.Art. 15 - Os óleos lubrificantes usados ou contaminados não rerrefináveis, tais como as emulsões oleosas e os óleos biodegradáveis, devem ser recolhidos e eventualmente coletados, em separado, segundo sua natureza, sendo vedada a sua mistura com óleos usados ou contaminados rerrefináveis.Art. 18 - São obrigações do gerador:I - recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente;II - adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem;III - alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao ponto de recolhimento ou coletor autorizado, exigindo:a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;b) a emissão do respectivo Certificado de Coleta.IV - fornecer informações ao coletor sobre os possíveis contaminantes contidos no óleo lubrificante usado, durante o seu uso normal;

V - manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, pelo prazo de cinco anos;VI - no caso de pessoa física, destinar os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis de acordo com a orientação do produtor ou do importador; eVII - no caso de pessoa jurídica, dar destinação final adequada devidamente autorizada pelo órgão ambiental competente aos óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis.§ 1º - Os óleos usados ou contaminados provenientes da frota automotiva devem preferencialmente ser recolhidos nas instalações dos revendedores.§ 2º - Se inexistirem coletores que atendam diretamente os geradores, o óleo lubrificante usado ou contaminado poderá ser entregue ao respectivo revendedor.

b) Portaria MINFRA 727/90

Art. 6º - É proibido, em todo o Território Nacional, a destinação de óleos lubrificantes minerais usados ou contaminados para outros fins que não o re-refino.§ 1º - Para efeito desta Portaria, consideram-se óleos lubrificantes minerais usados ou contaminados aqueles que adquiram contaminantes que os tornaram inadequados ao fim a que se destinavam.§ 2º - Nos locais onde não for viável a destinação desses óleos lubrificantes usados para o re-refino, caberá ao DNC, após exame de cada caso, autorizar suas utilizações para outros fins diversos do previsto neste artigo.Art. 7º - Os óleos lubrificantes usados ou contaminados, oriundos de quaisquer fontes geradora, deverão ser alienados exclusivamente às indústrias de re-refino de óleos lubrificantes minerais usados ou contaminados, ou aos transportadores contratados por aquelas.§ 1º - todo aquele que alienar óleo lubrificantes mineral usado ou contaminado, deverá manter arquivada, e à disposição do DNC, cópia de nota fiscal de entrada, emitida pelo re-refinador ou seu transportador, nos

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termos da Instrução Normativa nº 109/84, da Secretaria da Receita Federal, para efeito de fiscalização.§ 2º - É permitido aos estabelecimentos que dispuserem de instalações adequadas à troca e armazenagem receber óleos lubrificantes usados ou contaminados, a título onerosos ou gratuito, para posterior alienação, exclusivamente, às empresas re-refinadoras ou aos transportadores contratados por aquelas.

c) Portaria ANP 127/99

Art. 2º - Para o exercício da atividade de coletor de óleo lubrificante usado ou contaminado é necessário possuir cadastro expedido pela Agência Nacional do Petróleo – ANP.

d) Portaria ANP 128/99

Art. 2º - Para o exercício da atividade de rerrefinador de óleo lubrificante usado ou contaminado é necessário possuir cadastro expedido pela Agência Nacional do Petróleo – ANP.

e) Portaria SEMA/FEPAM 01/2003

Aprova os procedimentos para licenciamento das atividades de recebimento, armazenamento e destinação final das embalagens de óleos lubrificantes, no Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do artigo 14 do Decreto Estadual 38356 de 01/04/1998 que regulamenta a Lei Estadual 9921, de 27/07/1993. Aplica-se na integra.

f ) Lei Federal 9.605/98

Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

VII – CONTAMINAÇÃO DO SOLO, DA ÁGUA E DO AR

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras do presente capítulo aplicam-se a parte do tratamento térmico da linha de produção; as possibilidades de contaminação do piso com óleo; às bacias de contenção; a lavagem das mãos com óleo nas pias; a lavagem do piso; ao esgotamento pluvial, além de possíveis emissões atmosféricas.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - Para evidenciar a contaminação ou não do solo, da água e do ar a empresa realiza monitoramentos por meio de análises e medições.

a) Lei Federal 9.605/98

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Art. 2º - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.Art. 3º - As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.Art. 54 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

b) Decreto Federal 6.514/08

Art. 61 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).Art. 62 - Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas ou que provoque, de forma recorrente, significativo desconforto respiratório ou olfativo;III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos;

VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo;VII - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução ou contenção em caso de risco ou de dano ambiental grave ou irreversível; eVIII - provocar pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais o perecimento de espécimes da biodiversidade.

c) Lei Orgânica Municipal

Art. 119 – O(s) causador(es) de poluição ou dano ambiental, terá responsabilidade e deverá assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros decorrentes do saneamento do dano.

VIII – GERAÇÃO DE RUÍDOS

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras do presente capítulo não têm aplicação direta ao processo, posto que, estas se referem aos ruídos que perpassam os limites da empresa.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - A empresa monitora a geração de ruídos nos limites de sua área e nas propriedades vizinhas.

a) Resolução CONAMA 001/90

I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive a de propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução.

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II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do Item anterior aos ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da Comunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para atividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela NBR 10.152 - Níveis de Ruído para Conforto Acústico, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser efetuadas de acordo com a NBR 10.151- Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da Comunidade, da ABNT.

b) Portaria MINTER 92/80

I - A emissão de sons e ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda, obedecerá, no interesse da saúde, da segurança e do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Portaria.II - Consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, para os fins do item anterior, os sons e ruídos que:a) atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som de mais de 10 (dez) decibéis - dB (A), acima do ruído de fundo existente no local, sem tráfego;b) independentemente do ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do recinto em que têm origem, mais de 70 (setenta) decibéis - dB (A), durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis – dB (A), durante a noite;c) alcancem, no interior do recinto em que são produzidos, nos níveis de som superiores aos considerados aceitáveis pela Norma NB-95, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou das que lhe sucederem.III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações, para atividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar os níveis estabelecidos pela Norma NB-95, da ABNT, ou das que lhe sucederem.

VI - Todas as normas reguladoras de poluição sonora, emitidas a partir da presente data, deverão ser compatibilizadas com a presente Portaria e encaminhadas à SEMA.VII - Para os efeitos desta Portaria, as medições deverão ser efetuadas com aparelho Medidor de Nível de Som que atenda às recomendações da EB nº 386/74, da ABNT, ou das que lhe sucederem.VIII - Para a medição dos níveis de som considerados na presente Portaria, o aparelho medidor de nível de som, conectado à resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de som e ruído, e à altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) do solo.IX - O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no mínimo, de 1,20 (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com tela de vento.X - Todos os níveis de som são referidos à curva de ponderação (A) dos aparelhos medidores, inclusive os mencionados na NB-95, da ABNT.

c) Decreto Estadual 23.430/74

Art. 125 - É proibido perturbar o bem-estar público ou particular com sons ou ruídos de qualquer natureza, que ultrapassem os níveis máximos de intensidade fixados por este Regulamento e Normas Técnicas em vigor.Art. 128 - Os níveis de intensidade de som devem ser medidos em termos de pressão sonora por aparelhos normalmente designados "Medidores de Intensidade de Som" de três bandas, e expressos os resultados em decibéis (dB).Art. 129 - Fica proibida a localização de indústrias, oficinas, casas de diversões e qualquer outro estabelecimento em zonas que pela sua proximidade, possam perturbar os moradores com sons incômodos e/ou ruídos que produzam.

d) Lei Estadual 11.520/00

Art. 226 - A emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais, recreativas ou outras que envolvam a

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amplificação ou produção de sons intensos deverá obedecer, no interesse da saúde e do sossego público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas estabelecidas pelos órgãos estaduais e municipais competentes, em observância aos programas nacionais em vigor.Art. 227 - Consideram-se prejudiciais à saúde e ao sossego público os níveis de sons e ruídos superiores aos estabelecidos pelas normas municipais e estaduais ou, na ausência destas, pelas normas vigentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sem prejuízo da aplicação das normas dos órgãos federais de trânsito e fiscalização do trabalho, quando couber, aplicando-se sempre a mais restritiva.Art. 228 - Os órgãos municipais e estaduais competentes deverão, para fins de cumprimento deste Código e demais legislações, determinar restrições a setores específicos de processos produtivos, instalação de equipamentos de prevenção, limitações de horários e outros instrumentos administrativos correlatos, aplicando-os isolada ou combinadamente.Parágrafo único - Todas as providências previstas no "caput" deverão ser tomadas pelo empreendedor, às suas expensas, e deverão ser discriminadas nos documentos oficiais de licenciamento da atividade.

e) NBR 10.151 – Na íntegra.

IX – EMISSÃO DE VEÍCULOS A DIESEL

APLICAÇÃO NA EMPRESA: As regras do presente capítulo aplicam-se a utilização de veículos a diesel no pátio da empresa e aqueles que lá ingressam com o objetivo de realizar algum tipo de carregamento ou descarregamento.

OBSERVAÇÕES QUANTO A APLICAÇÃO: - A empresa adota um programa de Manutenção Preventiva para o controle das emissões dos seus veículos.

- Os veículos externos são de empresas licenciadas ambientalmente e por isso parte-se do pressuposto de que estas também observem os critérios de emissão.

a) Portaria IBAMA 85/96

Art. 1° - Toda Empresa que possuir frota própria de transporte de carga ou de passageiro, cujos veículos sejam movidos a óleo Diesel, deverão criar e adotar um Programa Interno de Autofiscalização da Correta Manutenção da Frota quanto a Emissão de Fumaça Preta conforme diretrizes constantes no Anexo I desta portaria ;Art. 2° - Toda Empresa contratante de serviços de transporte de carga ou de passageiro, através de terceiros, será considerada co-responsável, pela correta manutenção dos veículos contratados, nos termos do artigo anterior.Art. 3° - O prazo para criação e operacionalização do programa de que trata o art. 1°, é de 90 (noventa dias), a contar da data de publicação desta Portaria.Art. 4° - Os limites de emissão de fumaça preta a serem cumpridos por veículos movidos a óleo Diesel, em qualquer regime são:a) menor ou igual ao padrão n° 2 da Escala Ringelman, quando medidos em localidade situadas até 500 (quinhentos) metros de altitude;b) maior do que o padrão n° 3 da Escala Ringelman, quando medidos em localidade situadas acima de 500 (quinhentos) metros de altitude;§ 1° - Excetuam-se do disposto neste artigo os veículos de circulação restrita a centros urbanos, os quais, mesmo em localidades situadas acima de 500 (quinhentos) metros de altitude, terão a emissão de fumaça preta limitada ao padrão n° 2 da Escala Ringelman.§ 2° - Para efeito do disposto nesta Portaria, considerar-se-á em desacordo, o veículo em movimento que apresentar emissão de fumaça preta por mais de O5 (cinco) segundos consecutivos.

b) Portaria MINTER 100/80

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Art. 1º - A emissão de fumaça por veículos movidos a óleo diesel, em qualquer regime de trabalho, não poderá exceder ao padrão nº 2 (dois), na Escala Ringelmann, quando testados em localidade situada até 500 (quinhentos) metros acima do nível do mar, e ao padrão nº 3 (três), na mesma escala, para localidade situada acima daquela altitude.Parágrafo único - Excetuam-se do disposto neste artigo os veículos de circulação restrita a centros urbanos, os quais, mesmo em localidade situada acima de 500 (quinhentos) metros do nível do mar, terão a emissão de fumaça limitada ao padrão nº 2 (dois), na Escala Ringelmann.

X - CONTROLE DE INCÊNDIO

a) Lei Estadual 10.987/97

Art. 1º - Todos os prédios com instalações comerciais, industriais, de diversões públicas e edifícios residenciais com mais de uma economia e mais de um pavimento, deverão possuir plano de prevenção e proteção contra incêndio, aprovado pelo Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.

Parágrafo 1º - O Corpo de Bombeiros, nos municípios em que possua destacamento, realizará inspeção anual nos prédios considerados de risco grande e médio e a cada dois anos nos prédios considerados de risco pequeno.

Parágrafo 2º - Nos prédios já construídos, o Corpo de Bombeiros, expedirá notificação sobre os planos de prevenção e proteção existentes, especificando suas deficiências, tendo em vista as normas legais e assinalando prazos para a sua adequação.

Parágrafo 3º - Os prazos referidos no parágrafo anterior, serão definidos por decreto do Poder Executivo.

Art. 2º - Aquele que não apresentar plano de prevenção e proteção contra incêndio, descumprir os prazos assinalados para a instalação dos itens de

segurança julgados necessários ou instalá-los em desconformidade com as especificações oficiais incorrerá nas seguintes sanções:

I – advertência;

II – multa;

III – interdição.

Parágrafo 1º - A advertência aplica-se na hipótese de instalação incompleta ou deficiente de itens de segurança, devendo especificar as medidas necessárias e assinalar prazo estritamente necessário para a regularização da segurança contra incêndio do prédio.

Parágrafo 2º - O descumprimento do prazo para a apresentação de plano de prevenção contra incêndios ensejará multa de 75 UFIRs e o descumprimento dos prazos assinalados na notificação ou advertência, ensejará multa de 50 UFIRs para cada item não instalado ou não regularizado, dobrando-se os valores da multa, a cada trinta dias, após o descumprimento do prazo.

Parágrafo 3º - O auto de infração assinalará o prazo de 30 dias para correção da irregularidade, findo o qual será aplicada nova multa, em valor dobrado em relação à autuação anterior.

Parágrafo 4º - O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para impugnar o auto de infração, em petição dirigida ao Comandante do destacamento local do Corpo de Bombeiros, ficando suspenso, enquanto não decidida a impugnação, o prazo previsto no parágrafo anterior.

Parágrafo 5º - Os prédios que oferecerem risco de vida aos seus usuários ou transeuntes, por apresentarem elevada probabilidade de incêndio ou desabamento, e aqueles tornados perigosos pela ausência de itens mínimos de segurança contra incêndios poderão ter sua evacuação ou interdição determinada pelo pelo Corpo de Bombeiros.

b) Decreto Estadual 37.380/97

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Art. 5º - O proprietário da edificação ou estabelecimento, solicitará inspeção ao Corpo de Bombeiros, sendo expedido o laudo, de correção ou liberação, devidamente numerado, sendo que deverão ser aceitos pedidos de inspeção parcial, com a expedição de laudo parcial, quando se tratar de risco isolado, devidamente especificado.

Art. 6º - A classificação do risco de incêndio será feita com base nas normas do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB -, sendo que, na hipótese de não ser encontrada a classe de risco, a referida classificação caberá ao Corpo de Bombeiros da Brigada Militar.

§ 1º - Nas edificações com mais de um tipo de risco, não havendo compartimentação da área, prevalecerá a classificação do maior risco em todo o prédio.

§ 2º - A classificação das edificações quanto à ocupação será a prevista na NBR 9077 da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT.

Art. 7º - Além dos locais previstos em lei, aqueles em que existam produtos inflamáveis ou de fácil combustão deverão ser sinalizados com o símbolo internacional e/ou aviso com os dizeres “É PROIBIDO FUMAR OU CONDUZIR ACESOS CIGARROS OU ASSEMELHADOS”.

Art. 8º - É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em todas as edificações mencionadas no art. 4º destas Normas, sendo que a existência de outros sistemas de proteção não exime essa obrigatoriedade. Caput do artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

§ 1º - Em qualquer caso será exigido, no mínimo, duas unidades extintoras por pavimento, exceto nos prédios exclusivamente residenciais e estabelecimentos com risco de incêndio pequeno ou médio, com área construída de até 30 m2 (trinta metros quadrados),onde será exigido apenas uma unidade.

§ 2º - As especificações quanto as classes de incêndio, classes de risco, área de ação, distâncias a percorrer, agentes extintores, determinação das unidades extintoras, etc, obedecerão a NBR- 12693 da ABNT, excetuando-se os casos em que devem ser obedecidas as legislações específicas, tais como a NR 23 do Ministério do Trabalho, Portaria nº 27/96 do Departamento Nacional de

Combustíveis (DNC).

§ 3º - Somente serão aceitos extintores de incêndio cuja qualidade seja atestada pelo INMETRO e demais órgãos credenciados.

Art. 9º - As edificações deverão ser dotadas de instalações hidráulicas de combate a incêndio quando:

I - possuírem altura superior a 12 m;

II - não sendo residenciais, tiverem área total construída superior a 750 m2 (setecentos e cinqüenta metros quadrados);

III - forem destinados a postos de serviço ou garagens com abastecimento de combustíveis, independente da área construída;

IV - destinadas à residência, com área de pavimento superior a 750 m2 (setecentos e cinqüenta metros quadrados);

V - servirem como depósitos de gás liqüefeito de petróleo, de acordo com a Portaria nº 27/96 do DNC;

VI - Depósitos de líquidos inflamáveis e combustíveis, de acordo com a PNB nº 216/71 do extinto CNP e PNB 98 da ABNT.

§ 1º - Para a instalação deste sistema, deverão ser obedecidas as exigências da NBR 13714 da ABNT, sendo que somente serão aceitos esguichos especiais reguláveis.

§ 2º - As edificações que não possuírem sistema hidráulico sob comando, distando a mais de trinta metros da via de acesso para veículos de combate a incêndio, deverão instalar rede seca, com as especificações constantes no parágrafo anterior.

§ 3º - Nas edificações onde houver reserva de água elevada, com capacidade superior a 10.000 l. (dez mil litros), deverá ser instalado um ponto de tomada de água, com prolongamento até local de fácil acesso para veículos de combate a incêndio, observando as especificações do parágrafo 1º deste artigo.

Art. 10 - A instalação de Sistema Automático de Extinção de Incêndios deve atender, no mínimo, às exigências constantes nas NBRs 6.125,

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6.135, 8.674, 10.897 e 12.232, todas da ABNT, sendo obrigatória nas seguintes edificações: Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

I - prédios classificados como de risco grande que possuam área construída acima de 1.500m2 (um mil e quinhentos metros quadrados);

II - prédios classificados como área de risco médio que possuam área construída acima de 3.000m2 (três mil metros quadrados) ou mais de 20m (vinte metros) de altura;

III - prédios classificados como de risco pequeno que possuam área construída acima de 5.000m2 (cinco mil metros quadrados) ou 30m (trinta metros) de altura, exceto os residenciais;

IV - prédios classificados como de risco grande ou médio, quando estiverem abaixo do nível da soleira de entrada e com área superior a 500m2 (quinhentos metros quadrados).

Art. 11 - As saídas de emergência são obrigatórias nas edificações previstas na NBR 9.077, da ABNT, e deverão obedecer às regras ali previstas, sendo que, nos locais de reunião de público com capacidade superior a duzentas pessoas, as portas deverão ser dotadas de barra antipânico, conforme a NBR 11.785, da ABNT. Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 12 - A iluminação de emergência deverá ser instalada nas edificações previstas na NBR 9.077 e NBR 10.898, ambas da ABNT, e deverão obedecer às normas técnicas ali previstas. Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 13 - A sinalização de segurança contra incêndio e pânico deverá ser instalada nas edificações previstas nas NBRs 9.077, 13.434, 13.435 e 13.437, todas da ABNT, e deverá obedecer às normas técnicas ali descritas. Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 14 - Os aparelhos de detecção e alarme de incêndio deverão ser instalados nas edificações previstas nas NBRs 9.077, 9.441, 11.836 e 5.455, todas da ABNT, de acordo com a técnica ali descrita, levando-se em conta que o uso de sistema de alarme no prédio, através de detetores automáticos, tão dispensa a obrigação do uso de acionadores manuais, e,

nos hospitais e outras edificações com ocupações especiais, o tipo de sistema de alarme deverá ter características adequadas ao uso do prédio.

Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 15 - Nas edificações com mais de uma classe de risco, poderá ser empregado o sistema de isolamento de riscos, com a finalidade de definir os sistemas e equipamentos de proteção contra incêndio.

Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

§ 1º - O isolamento de risco poderá ser obtido por compartimentação, sendo que nos casos de risco grande e médio, a resistência ao fogo deverá ser de quatro hora e, nos de risco pequeno, duas horas.

§ 2º - O isolamento também poderá ser realizado através de afastamento, guardando-se a distância de três metros entre aberturas e cinco metros entre edificações.

Art. 16 - As edificações com mais de três pavimentos ou área total construída superior a 750m2 (setecentos e cinqüenta metros quadrados) deverão ter instalado Sistema de Proteção Contra Descargas atmosféricas (SPDA), atendendo às exigências da NBR 5.419, da ABNT. Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 20 - A instalação de caldeiras, vasos de pressão e congêneres em locais de trabalho deverão atender às exigências da NR 13, do Ministério do Trabalho, sendo que, nas demais edificações, deverão atender às exigências constantes nas NBRs 11.096, 12.177 e 13.203, todas da ABNT. Artigo alterado pelo Decreto 38273/98.

Art. 26 - Todas as instalações e equipamentos de proteção contra incêndio deverão possuir selo de conformidade do INMETRO ou Órgão Credenciado.

c) Portaria BM N.º 64/99

Art. 3º - Será exigido Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), para todas as edificações existentes, a construir, em construção,

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em reforma ou ampliações e quando ocorrer mudanças de ocupação, mesmo que a instalação tenha caráter temporário.

Parágrafo único - O PPCI somente será admitido a exame após a aprovação do projeto na Prefeitura Municipal e antes do respectivo licenciamento, no caso de obras novas.

Art. 4º - Deverão constar dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), de acordo com sua complexidade, os documentos especificados nos parágrafos deste artigo.

§ 1º - Nas edificações cuja ocupação tenha risco pequeno, assim classificadas pela Tabela de Seguro Incêndio do Brasil do Instituto de Resseguros do Brasil, tais como escritórios administrativos ou técnicos, consultórios, cabeleireiros, laboratórios de análises clínicas sem internação, lavanderias, assistência técnica, reparação e manutenção de aparelhos eletrodomésticos, chaveiros, pintura de letreiros, alfaiates, costureiras ou classificados como risco médio, tais como: comércio em geral de pequeno porte, armarinhos, tabacarias,

mercearias, fruteiras, butiques, restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios e cantinas, com até 100 (cem) m2 de área construída, deverão constar os seguintes documentos:

I - Cartão simplificado a ser fornecido pelo OPM de Bombeiros, contendo dados do imóvel, do proprietário, características do imóvel, descrição dos extintores e requerimento do proprietário, conforme modelo em anexo.

II - Notas fiscais dos extintores de incêndio e/ou de sua manutenção.

III - Comprovante de recolhimento de taxas de serviços diversos se não isenta como microempresário pela Lei 8.109/85, mediante juntada de certidão emitida pela Fazenda Estadual.

§ 2º - Nas demais edificações, serão exigidos os seguintes documentos:

I - requerimento solicitando o exame e/ou inspeção;

II - memoriais descritivos (quando couber):

a) do prédio;

b) dos extintores;

c) da instalação hidráulica de combate a incêndio sob comando;

d) das instalações automáticas de combate a incêndio;

e) das saídas de emergência;

f) da central de GLP;

g) da iluminação de emergência;

h) da detecção e alarme de incêndio;

i) da proteção contra descargas atmosféricas;

j) dos riscos especiais;

k) laudo elétrico;

l) ART do responsável técnico.

III - plantas baixas, de situação e localização, e de corte, com o lançamento dos sistemas de prevenção em cor vermelha, obedecendo simbologia, escalas, dobragem, previstas em normas especificas;

IV - o processo deverá ser montado em duas vias iguais, sem rasuras, datilografado e acondicionado em pastas da mesma cor, contendo na capa a identificação do proprietário, endereço, razão social, ocupação principal e área construída;

V - por ocasião da retirada do PPCI, o proprietário ou seu representante deverá apresentar na Assessora de Atividades Técnicas ao exame do processo, não sendo cobrada nova taxa por motivo de reexame, desde que seja o PPCI representado, devidamente corrigido, no prazo de até trinta dias;

Art. 5º - Por ocasião da inspeção das instalações preventivas, o interessado deverá encaminhar os seguintes documentos:

I - requerimento solicitando a inspeção e o alvará dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio;

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II - uma via do PPCI aprovado, com o memorial descritivo dos extintores, completo, constando a numeração do selo de conformidade do INMETRO;

III - originais ou fotocópias das notas fiscais de aquisição ou manutenção dos extintores de incêndio, ou ainda, declaração de propriedade dos mesmos.

IV - Certificado de Treinamento de Pessoal teórico e prático para operação dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio instalados:

V - por ocasião do fornecimento do alvará do Sistema de Prevenção e Proteção Contra Incêndio, o proprietário ou seu representante, deverá apresentar na Assessoria de Atividades Técnicas o comprovante do pagamento da Taxa de Serviços Diversos relativo à inspeção do prédio e/ou equipamentos.

a) profissional habilitado para ministrar o treinamento de proteção e prevenção contra incêndios, conforme definido pela NBR 14276, deverá credenciar-se junto ao Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, mediante simples comprovação de sua formação e registro no respectivo conselho.

b) Consideram-se estabelecimentos de ensino especializado para fins de proteção contra incêndio, aqueles que, além de reconhecidos pelas Autoridades Federais e Estaduais de educação, mantenham cursos regulares de Brigada de Incêndio, ou de formação de técnicos ou profissionais afins, e que disponham de instalações e equipamentos destinados ao treinamento teórico e prático, bem como que contém com profissionais habilitados, como assim o define a NBR 14276, em seu quadro de docentes. O treinamento deverá ser, no mínimo, como prevê a NBR 14276, de 16 h, sendo a parte prática de no mínimo 8 h, com exceção de ocupações residenciais - I-2 (edifícios de apartamentos) e estacionamentos X-1 (locais cobertos ou construídos e garagens elevadas), casos em que a carga horária total deve ser 4 h, enfocando apenas a parte de prevenção e combate a incêndios.

e) No Certificado de Treinamento, que deverá ser numerado, deverão constar as matérias ministradas e a respectiva carga horária, bem como o profissional habilitado e/ou estabelecimento de ensino especializado deverá manter arquivado, em local próprio, comprovantes da

documentação do curso e dos meios auxiliares utilizados (Plano de Curso, folha de chamadas, Livro de Registro de Certificados expedidos, notas fiscais das cargas de extintores, combustíveis e outros materiais utilizados), pelo período de vigência do alvará dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio do prédio que for objeto do processo de inspeção aprovação.

d) Considera-se como Certificado de Treinamento de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, os certificados de freqüência de curso de CIPA e de formação de vigilantes, desde que sua vigência seja coincidente com o alvará dos sistemas de proteção contra incêndio do prédio objeto do processo de licenciamento.

§ 1º - No que se refere a prédios existentes, o proprietário ou seu representante poderá requerer no mesmo processo o exame do PPCI e a inspeção das instalações preventivas, caso estas já tenham sido executadas.

§ 2º - O prazo decorrido entre o protocolo de entrada e a restituição do PPCI ao interessado, será de, no máximo, 20 (vinte) dias;

§ 3º - Por ocasião da manifestação de conformidade do PPCI, os documentos e as plantas que o compõe, deverão serem carimbados com o dístico do Corpo de Bombeiros. As plantas ou croquis, além do dístico, deverão ter o carimbo de Conformidade.

§ 4º - O prazo decorrido entre o protocolo de entrada da solicitação de inspeção e o fornecimento do alvará, ou notificação de correção, dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio ao interessado, será de, no máximo, 20 (vinte) dias.

§ 5º - Por ocasião da liberação do alvará, as plantas deverão ter o carimbo de INSPECIONADO.

Art. 6º - O alvará do sistema de prevenção e proteção contra incêndio deverá ser renovado obedecendo os seguintes prazos:

I - prédios ou instalações de risco pequeno: a cada dois anos;

II - prédios ou instalações de risco médio e grande: anualmente.

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§ 1º - Para a renovação do alvará o interessado deverá requerer a renovação ao Comandante do OPM de Bombeiros local, apresentando:

I - requerimento conforme formulário padrão, solicitando a inspeção das instalações de prevenção e proteção contra incêndio;

II - comprovantes da efetivação da manutenção para garantia do perfeito funcionamento dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndios (memorial descritivo dos extintores, notas fiscais, laudos, etc.).

III - a via do PPCI aprovado anteriormente, que permanece de posse do proprietário da edificação.

§ 2º - Por ocasião da retirada do novo alvará, o proprietário ou seu representante deverá apresentar na Assessoria de Análise Técnica o comprovante do pagamento da Taxa de Serviços Diversos relativo à nova inspeção do prédio e/ou equipamentos.

Art. 7º - Os sistemas de prevenção e proteção contra incêndio serão instalados de acordo com a legislação em vigor.

§ 1º - Considerar-se-á, de forma suplementar, a legislação municipal com suas peculiaridades e as normas técnicas brasileiras em vigor, observando-se os princípios da prevalência e da especialidade na aplicação das normas.

§ 2º - Os memoriais descritivos dos sistemas de prevenção e proteção contra incêndio serão padronizados de acordo com modelos estabelecidos pelos OPM de Bombeiros da Brigada Militar e fornecidos aos interessados, pelas Assessorias de Análise Técnica (AAT).

d) Resolução Técnica CCB/BM DE 1/2003 a 12/2005 – Na íntegra.

e) Norma Regulamentadora (NR) 23 – Na íntegra.

XI – CONSUMO DE MADEIRA

a) Lei Federal 9.605/98

Art. 46 - Receber ou adquirir, para fins comerciais, ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

b) Decreto Federal 6.514/08

Art. 47.  Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira serrada ou em tora, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:

Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) por unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro cúbico aferido pelo método geométrico. 

§ 1o  Incorre nas mesmas multas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente ou em desacordo com a obtida. 

§ 2o  Considera-se licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento aquela cuja autenticidade seja confirmada pelos sistemas de controle eletrônico oficiais, inclusive no que diz respeito à quantidade e espécie autorizada para transporte e armazenamento. 

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§ 3o  Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização. 

c) Portaria IBAMA 135-N/93 – Na íntegra.

d) Portaria IBAMA 149-P/1992 – Na íntegra.

e) Portaria SEMA 28/2002

Art. 1º - Toda pessoa física ou jurídica que produza, comercialmente e/ou consuma produtos florestais deverá registra-se no Departamento de Florestas e Áreas protegidas da Secretaria Estadual do meio Ambiente (DEFAP/SEMA).

Art. 2º - A requisição do Cadastro Florestal feita por pessoa física deverá conter:

a) formulário para requerimento de Registro no Cadastro (2 vias) fornecido pelo DEFAP;

b) comprovante de pagamento de taxa de registro; (Redação dada pela Port. SEMA 12/2004)

c) cópia da carteira de identidade;

d) cópia do cadastro de identificação do contribuinte – CPF;

e) inscrição do produtor rural junto a Secretaria da fazenda do Estado;

f) comprovante de endereço.

Art. 3º - A requisição do Cadastro Florestal feita por pessoa jurídica deverá conter:

a) formulário para requerimento de Registro no Cadastro (2 vias) fornecido pelo DEFAP;

b) comprovante de pagamento de taxa de registro fornecido pelo DEFAP;

c) cópia autenticada do contrato social registrado na junta comercial ou declaração de firma individual;

d) cópia autenticada do Cadastro Nacional de Pessoa jurídica – CNPJ;

e) cópia autenticada da Inscrição Estadual na Secretaria da fazendo;

f) comprovante de endereço;

g) cópia autenticada do CPF do diretor da empresa.

Parágrafo Único – Os produtores de mudas de espécies nativas, além dos documentos acima descritos, deverão apresentar Anotação de Responsabilidade Técnica (A.R.T.) do técnico responsável pela empresa.

Art. 6º - Os consumidores de produtos florestais devem informar a quantidade e capacidade dos fornos.

XII – ESTOCAGEM GLP

a) Resolução ANP N.º 5/2008 – Na íntegra.

b) Portaria DNC N.º 27/96 – Na íntegra.

XIII – OPERAÇÃO DE SOLDAGEM

a) Norma Regulamentadora (NR) 18

18.11.2 - Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.

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18.11.3 - O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no operador.

18.11.4 - Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.

18.11.5 - Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente, tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador, conforme mencionado no item 18.20 - Locais Confinados.

b) Norma Regulamentadora (NR) 6 – Na integra.

XIV – QUEIMA DE RESÍDUOS

a) Lei Estadual 9.921/93

Art. 11 - O emprego ou a implantação de fornos industriais ou de sistemas de incineração para a destruição de resíduos sólidos, seja qual for a fonte geradora, depende do prévio licenciamento do órgão ambiental do Estado.

Par. 1º - Fica proibida a queima, a céu aberto, de resíduos sólidos de qualquer natureza, ressalvadas as situações de emergência sanitária, reconhecidas pelo órgão competente do Estado.

Par. 2º - Não será permitida a incineração de resíduos sem prévia caracterização completa (físico-química, termodinâmica e microbiológica) dos mesmos, conforme exigência do órgão ambiental do Estado.

Par. 3º - Qualquer que seja o porte do incinerador ou a natureza do resíduo a ser incinerado, será obrigatória a adoção de mecanismos e processos de controle e monitoramento de emissões gasosas, efluentes líquidos e resíduos sólidos da incineração.

b) Decreto Estadual 38.356/98

Art. 19 - O emprego ou implantação de fornos industriais ou de sistemas de incineração para a destruição de resíduos sólidos, seja qual for a fonte geradora, depende do prévio licenciamento na FEPAM, de acordo com os critérios instituídos através de Portaria, a ser por esta editada, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da data deste regulamento.

§ 3° - Fica proibida a queima, a céu aberto, de resíduos sólidos de qualquer natureza, ressalvadas as situações de emergência sanitária, reconhecidas por órgão competente do Estado.

c) Portaria SSMA 02/84

Art. 1º - Fica aprovada a Norma Técnica n.º 02/84, integrante desta Portaria, que proíbe a queima de couros, borrachas, plásticos e espumas.

XV – LICENCIAMENTO

a) Lei Federal 6.938/81

Art.10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. Artigo com redação determinada pela Lei n.º 7.804, de 18/07/89.

§ 1 - Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional ou local de grande circulação.

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§ 2 - Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o licenciamento de que trata este artigo dependerá de homologação do IBAMA.

§ 3 - O órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, este em caráter supletivo, poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis, determinar a redução das atividades geradoras de poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e os resíduos sólidos dentro das condições e limites estipulados no licenciamento concedido.

§ 4 - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA o licenciamento previsto no caput deste artigo, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional. § 4 com redação determinada pela Lei n.º 7.804, de 18/07/89.

b) Resolução CONAMA 006/86 – Na íntegra.

c) Resolução CONAMA 237/97

Art. 2º - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes sob qualquer forma de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1º - Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no Anexo 1; parte integrante desta Resolução.

§2º - Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, o detalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em consideração as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade.

Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença; especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos

§4º - A renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou empreendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

d) Lei Estadual 11.520/00

Art. 55 - A construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alteração, operação e desativação de estabelecimentos, obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais ou consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

Parágrafo único - Quando se tratar de licenciamento de empreendimentos e atividades localizados em até 10km (dez quilômetros) do limite da Unidade de Conservação deverá também ter autorização do órgão administrador da mesma.

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Art. 58 – O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação.

Parágrafo único – O prazo estipulado no “caput” poderá ser prorrogado, desde que justificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente

Art. 59 – O não-cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 57 e 58, respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuar supletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença.

e) Resolução CONSEMA 38/2003

Art. 7º - As Licenças Ambientais terão validade por prazo determinado, entre 1 (um) e 5 (cinco) anos.

Art. 9º - A Licença Prévia: o prazo de validade de uma Licença Prévia é de 2 (dois) anos, exceto para empreendimentos com localização definida para distritos industriais já licenciados, que terá validade de 5 (cinco) anos.Parágrafo único: A Licença Prévia concedida não será renovada após o término do seu prazo de validade, exceto para Licenças Prévias antecedidas por Estudo Prévio de Impacto Ambiental, que poderão ser renovadas uma vez, desde que não haja mudanças ambientais que indiquem a necessidade de novo Estudo Prévio de Impacto Ambiental, a critério do órgão ambiental.

Artigo 10 - A Licença de Instalação tem o seu prazo de validade fixado entre 1(um) e 5 (cinco) anos com base no cronograma proposto para execução do empreendimento;

Artigo 11 - A Licença de Operação tem o seu prazo de validade fixado em 4 (quatro) anos.Parágrafo único - Com a finalidade de adequar os procedimentos licenciatórios e os empreendimentos existentes aos novos prazos de licenciamento, são considerados em situação regular frente ao

licenciamento ambiental os empreendimentos com processos de pedido de renovação de Licença de Operação protocolados na Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM até a data de publicação desta Resolução, ficando prorrogado o prazo da última Licença de Operação emitida até um ano após a publicação desta Resolução, observados os seguintes dispositivos:

a) os empreendedores deverão continuar a cumprir todas as condições e restrições constantes na última Licença de Operação;

b) a Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM exercerá fiscalizações e auditorias necessárias à verificação do cumprimento das licenças prorrogadas na forma do parágrafo único deste artigo;c) a Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM emitirá a pedido, sem custos, declaração sobre a regularização do empreendimento na forma desta Resolução, pendências ambientais e a nova validade da última Licença de Operação emitida;d) os empreendimentos regularizados na forma do parágrafo único deste artigo, deverão solicitar a renovação da Licença de Operação com a antecedência prevista na Resolução 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, cumprindo todas as formalidades legais de documentação e custos de licenciamento exigidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM.

f) Lei Municipal 426

Art. 37 – É expressamente proibida a instalação dentro do perímetro da cidade e povoações, de indústrias que pela natureza dos produtos, pelas matérias-primas utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou qualquer outro motivo, possam prejudicar a saúde pública.

Art. 222 – Nenhum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou de entidades associativas, poderá funcionar sem prévia licença da Prefeitura, a qual só será concedida à requerimento dos interessados, se observadas as disposições deste Código, as demais

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normas legais e regulamentares pertinentes e mediante pagamento do respectivo tributo devido.

§ 1 º - O requerimento deverá especificar com clareza:

I - o ramo do comércio e da indústria, ou o tipo de serviço prestado;

II - o local em que o requerente, pretende exercer sua atividade.

§ 2 º - O alvará de licença será exigido, mesmo que o estabelecimento esteja localizado no recinto de outro já munido de alvará.

§ 3 º - Excetuam-se das exigências deste artigo os estabelecimentos da União, do Estado, do Município, ou das entidades para estatais e os templos, igrejas, sedes de partidos políticos ou confederações, reconhecidos na forma da lei.

Art. 224 – Para efeitos de fiscalização, o proprietário do estabelecimento licenciado colocará o alvará de localização em lugar visível e o exibirá à autoridade competente sempre que esta o exigir.

Art. 225 – Para mudança de local do estabelecimento comercial ou industrial deverá ser solicitada a necessária permissão à Prefeitura, que verificará se o novo local satisfaz as condições exigidas.

Art. 231 – A abertura e fechamento dos estabelecimentos industriais e comerciais, atacadistas e prestadores de serviços, no município obedecerão ao seguinte horário, observados os preceitos da legislação federal que regula o contrato de duração e as condições do trabalho.

I - Para a indústria de modo geral:

a) abertura e encerramento entre as 6 (seis) e 20 (vinte)horas nos dias úteis;

b) nos domingos e feriados os estabelecimentos permanecerão fechados.

§ 1 º - Será permitido o trabalho em horários especiais, inclusive aos feriados, nos estabelecimentos que se dediquem às atividades de impressão de jornais, laticínios, frio-industrial, purificação e distribuição de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás, serviço de esgoto,

serviço de transporte coletivo ou a outras atividades que tenham tal prerrogativa estendida pelo Município.

II - Para o comércio de modo geral:

a) abertura às 7 (sete) horas e encerramento às 20 (vinte) horas nos dias úteis;

b) nos domingos e feriados os estabelecimentos permanecerão fechados.

§ 2 º - O Executivo Municipal poderá, mediante solicitação das classes interessadas, desde que haja prévio acordo firmado com os empregados, prorrogar o horário até 22 (vinte) horas e funcionar aos domingos e feriados respeitando a legislação específica.

XVI – ÁGUA POTÁVEL

a) Lei Estadual 9751

Art. 1º - Os responsáveis pelos estabelecimentos que possuem reservatórios de água destinada ao consumo humano ficam obrigados a manter os padrões de potabilidade vigentes.

Art. 3º - A limpeza, higienização e coleta de amostras dos reservatórios serão executadas exclusivamente por pessoas físicas ou jurídicas capacitadas ou credenciadas pelo órgão fiscalizador.

Parágrafo único - Cabe ao órgão fiscalizador capacitar pessoas físicas ou jurídicas para proceder a limpeza, higienização e coleta de amostras dos reservatórios.

XVII – MANUTENÇÃO DE AR CONDICIONADO

a) Portaria MS 3523/98

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Art. 5º Todos os sistemas de climatização devem estar em condições adequadas de limpeza, manutenção, operação e controle, observadas as determinações, abaixo relacionadas, visando a prevenção de riscos à saúde dos ocupantes:

a. manter limpos os componentes do sistema de climatização, tais como: bandejas, serpentinas, umidificadores, ventiladores e dutos, de forma a evitar a difusão ou multiplicação de agentes nocivos à saúde humana e manter a boa qualidade do ar interno.

b. utilizar, na limpeza dos componentes do sistema de climatização, produtos biodegradáveis devidamente registrados no Ministério da Saúde para esse fim.

c. verificar periodicamente as condições físicas dos filtros e mantê-los em condições de operação. Promover a sua substituição quando necessária.

d. restringir a utilização do compartimento onde está instalada a caixa de mistura do ar de retorno e ar de renovação, ao uso exclusivo do sistema de climatização. É proibido conter no mesmo compartimento materiais, produtos ou utensílios.

e. preservar a captação de ar externo livre de possíveis fontes

poluentes externas que apresentem riscos à saúde humana e dotá-la no mínimo de filtro classe G1(um), conforme as especificações do Anexo II.

f. garantir a adequada renovação do ar de interior dos ambientes climatizados, ou seja no mínimo de 27 m 3 /h/pessoa.

g. descartar as sujidades sólidas, retiradas do sistema de climatização após a limpeza, acondicionadas em sacos de material resistente e porosidade adequada, para evitar o espalhamento de partículas inaláveis.

Art. 6º - Os proprietários, locatários e prepostos, responsáveis por sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR ( 15.000 kcal/h = 60.000 BTU/H), deverão manter um responsável técnico habilitado, com as seguintes atribuições:

a. implantar e manter disponível no imóvel um Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC, adotado para o sistema de climatização.

Este Plano deve conter a identificação do estabelecimento que possui ambientes climatizados, a descrição das atividades a serem desenvolvidas, a periodicidade das mesmas, as recomendações a serem adotadas em situações de falha do equipamento e de emergência, para garantia de segurança do sistema de climatização e outras de interesse, conforme especificações contidas no Anexo I deste Regulamento Técnico e NBR 13971/97 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

b. garantir a aplicação do PMOC por intermédio da execução contínua direta ou indireta deste serviço.

c. manter disponível o registro da execução dos procedimentos estabelecidos no PMOC.

d. divulgar os procedimentos e resultados das atividades de

manutenção, operação e controle aos ocupantes.

Parágrafo Único. O PMOC deverá ser implantado no prazo máximo de 180 dias, a partir da vigência deste Regulamento Técnico.

Art. 7º - O PMOC do sistema de climatização deve estar coerente com a legislação de Segurança e Medicina do Trabalho. Os procedimentos de manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização e limpeza dos ambientes climatizados, não devem trazer riscos a saúde dos trabalhadores que os executam, nem aos ocupantes dos ambientes climatizados.

b) Resolução ANVISA 9/2003 – Na íntegra.

XVIII – CONTROLE DE PRAGAS

a) Instrução Normativa IBAMA N.º 141/2006

Art. 5º Pessoas físicas ou jurídicas interessadas no manejo ambiental ou controle da fauna sinantrópica nociva, devem solicitar autorização junto ao órgão ambiental competente nos respectivos Estados.

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§ 1º Observada a legislação e as demais regulamentações vigentes, são espécies sinantrópicas nocivas passíveis de controle por pessoas físicas e urídicas devidamente habilitadas para tal atividade, sem a necessidade de autorização por parte do Ibama:

a) artrópodes nocivos: abelhas, cupins, formigas, pulgas, piolhos, mosquitos, moscas e demais espécies nocivas comuns ao ambiente antrópico, que impliquem em transtornos sociais ambientais e econômicos significativos.

b) Roedores sinantrópicos comensais (Rattus rattus, Rattus norvegicus e Musmusculus) e pombos (Columba livia), observada a legislação vigente, especialmente no que se refere à maus tratos, translocação e utilização de produtos químicos.

§ 2º Para as demais espécies que não se enquadram nos critérios estabelecidos nos itens anteriores, o manejo e controle somente serão permitidos mediante aprovação e autorização expressa do Ibama.

Art. 6 º Os venenos e outros compostos químicos utilizados no manejo ambiental e controle de fauna devem ter registro específico junto aos órgãos competentes, em observância à regulamentação específica vigente: Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989; Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002.

b) Decreto Estadual 23430/74

Art. 644 - Só podem ser feitas desinsetização e desratização, nos domicílios ou em ambiente de uso coletivo, por empresas devidamente licenciadas pelo órgão competente da Secretaria da Saúde.

Art. 646 - As empresas que fazem desinfecção, desinsetização e desratização só podem usar produtos licenciados e devem fornecer um certificado do trabalho realizado, constando o nome e os Caracteres dos produtos ou misturas que utilizarem.

Parágrafo único - No caso de mistura, deverão ser fornecidas as proporções dos componentes da mesma.

XIX – COMERCIO DE METAIS USADOS

a) Lei Estadual 12431/2006

Art. 1º - Os estabelecimentos que comercializam, no território do Estado do Rio Grande do Sul, materiais usados como fios, arames, peças, tubos, tampos, e outros do gênero, em aço, cobre, alumínio, zinco, ferro ou outro tipo de metal, ficam obrigados a manter em seu poder, devidamente atualizado, um cadastro com os dados pessoais e endereço completo, das pessoas físicas ou jurídicas, das quais foram efetuadas compras ou vendas dos materiais objeto da presente Lei.

XX – CADASTRO TÉCNICO FEDERAL E DOFs

a) Instrução Normativa IBAMA 96/2006

Art. 1° - As pessoas físicas e jurídicas descritas no Anexo I desta Instrução Normativa são obrigadas ao registro no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental, instituído pelo art. 17, inciso I, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 2° - As pessoas físicas e jurídicas descritas no Anexo II desta Instrução Normativa são obrigadas ao registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, instituído pelo art. 17, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

b) Portaria 253/2006

Art. 1º - Instituir, a partir de 1º de setembro de 2006, no âmbito do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –I

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BAMA, o Documento de Origem Florestal - DOF em substituição à Autorização para Transporte de Produtos Florestais - ATPF.§ 1º - Entende-se por DOF a licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, contendo as informações sobre a procedência desses produtos, gerado pelo sistema eletrônico denominado Sistema - DOF.§ 2º - O controle do DOF dar-se-á por meio do Sistema - DOF, disponibilizado no endereço eletrônico do IBAMA, na Rede Mundial de Computadores - Internet.

c) Instrução Normativa IBAMA 112/2006

Art. 1° - O Documento de Origem Florestal – DOF, instituído pela Portaria/MMA/ n°.253, de 18 de agosto de 2006 constitui-se licença obrigatória para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as informações sobre a procedência desses produtos e subprodutos, gerado pelo sistema eletrônico denominado Sistema DOF, na forma do Anexo I desta Instrução Normativa.

Parágrafo único. O controle do DOF dar-se-á por meio do Sistema DOF disponibilizado no endereço eletrônico do Ibama, na Rede Mundial de Computadores – Internet.