prova - soldado pm 2009 - b

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  • 8/6/2019 Prova - Soldado Pm 2009 - b

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    PROVA BPOLCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    Diretoria Geral de PessoalCentro de Recrutamento e Seleo de Praas

    CONCURSO PBLICO DE ADMISSO AOCURSO DE FORMAO DE SOLDADO PM CLASSE C DAPOLCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / 2009

    PROVA DE MATEMTICA, LNGUA PORTUGUESA E REDAO

    LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES:

    01. Voc receber do FISCAL o material abaixo:

    01 (um) carto destinado marcao das respostas s questes formuladas na prova;

    01 (uma) prova com 40 (QUARENTA) questes, sendo 20 (VINTE) de Matemtica e20 (VINTE) de Lngua Portuguesa, sem repetio ou falha, alm de 01 (UMA) folha de redao, cujostemas propostos esto no FINAL DA PROVA DE LNGUA PORTUGUESA.

    02. Verifique se este material est em ordem; caso contrrio, notifique imediatamente ao FISCAL.

    03. No carto, a marcao da resposta deve ser feita, cobrindo a letra e preenchendo todo o espao que acircunda:

    Exemplo:

    04. Utilize caneta esferogrfica preta ou azul para a marcao das respostas.

    05. EVITE RASURAS O preenchimento do carto-resposta com rasuras implicar a anulao da resposta questo correspondente.

    06. Tenha muito cuidado com o carto-resposta. Ele no pode ser dobrado, amassado ou manchado.

    07. Para cada uma das questes so apresentadas 05 (cinco) alternativas, classificadas com as letras(A) (B) (C) (D) e (E); s uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc s deve assinalar umaresposta; a marcao em mais de uma alternativa anula a questo, MESMO QUE UMA DAS OPES DERESPOSTA ESTEJA CERTA.

    08. Quando terminar, entregue ao FISCAL a folha de redao e o carto-resposta devidamente assinalados.

    09. O TEMPO DISPONVEL PARA ESTA PROVA DE 4 (QUATRO) HORAS.

    ATENO:10. No carto-resposta, no campo destinado ao tipo de prova, marque A LETRA CORRESPONDENTE

    PROVA que voc realizou.

    Exemplo:

    O NO PREENCHIMENTO CORRETO DO CARTO-RESPOSTA IMPEDIR A CORREO DASUA PROVA, RESULTANDO NA SUA REPROVAO.

    Boa Sorte !

    (A) (B) (C)

    25 (A) (B) (C) (D) (E)

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 1

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRODiretoria Geral de Pessoal

    Centro de Recrutamento e Seleo de Praas

    CONCURSO PBLICO DE ADMISSO AO CURSO DEFORMAO DE SOLDADO PM CLASSE C DA POLCIA

    MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/2009

    PROVA DE MATEMTICA,LNGUA PORTUGUESA E REDAO

    PROVA B

    MATEMTICA

    Texto I

    Os cem dias de Paes

    As operaes de choque de ordem pblicamarcaram os cem dias da administrao deEduardo Paes.

    O Instituto Brasileiro de Pesquisa Social(IBPS) realizou uma pesquisa sobre o assunto,publicada no Globo de 05 de abril de 2009,ouvindo 850 moradores do Rio, distribudosproporcionalmente pelos critrios de sexo, idade

    e regio.As entrevistas foram feitas por telefone,

    entre os dias 30 de maro e 02 de abril,resultando no grfico a seguir:

    Aprova ou desaprova as operaes?

    12,5% nosabem / no

    responderam

    40% aprovamtotalmente

    5%desaprovamtotalmente

    7,5%desaprovam

    5% soindiferentes

    30% aprovam

    em parte

    Avaliando os cem dias de gesto doPrefeito em relao administrao, sade e educao, a nota mdia alcanada encontra-seindicada na matriz com dimenses de 4 x 3:

    NOTAS MDIAS PARA O PREFEITO( de 1 a 10 )

    PORREGIO

    EDUCAO SADE ADMINISTRAO

    CENTRO 5,57 4,00 5,00NORTE 5,45 3,95 5,52

    OESTE 5,16 3,44 5,29

    SUL 5,31 4,02 5,19

    O GLOBO, Domingo, 5 de abril de 2009 (Texto adaptado)

    As questes de 01 a 06 so relativas ao Texto I.

    Questo 01

    Considere que todos os entrevistados tenhama mesma probabilidade de serem escolhidos.A probabilidade de escolhermos um dosentrevistados, ao acaso, e ser um dos que aprovamtotalmente ou aprovam em parte as operaes

    (A) 68%(B) 56%(C) 70%(D) 46%(E) 53%

    Questo 02

    Considere que o crculo do grfico tem umraio igual a 2 cm. Lembrando que a rea de umcrculo R2, a rea que representa os quedesaprovam totalmente as operaes, em cm2,

    (A) 0,45 (B) 0,2

    (C) 0,03 (D) 4,5 (E) 0,0045

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 2

    Questo 03

    Considere 34ij)a(A ==== a matriz do texto.

    O resultado da soma dos elementos 23a e 31a

    (A) 18,4(B) 16,52(C) 10,56(D) 20(E) 10,68

    Questo 04

    O nmero de entrevistados que aprovamtotalmente as operaes

    (A) 272(B) 255(C) 180(D) 340(E) 204

    Questo 05

    Qual a nota mdia que o prefeito obteve napesquisa em administrao, relativa s quatroregies?

    (A) 5,25(B) 5,15(C) 4,95(D) 5,30(E) 5,05

    Questo 06

    Considere as proposies abaixo verdadeiras:

    I. A pesquisa teve incio a zero hora do dia30 de maro e terminou a zero hora do

    dia 03 de abril de 2009.II. Foram entrevistados 850 moradores do

    Rio de Janeiro.

    III. No 1 dia de entrevista, foram ouvidasexatamente 100 pessoas.

    IV. A cada dia, esse nmero deentrevistados foi aumentando na formade uma progresso aritmtica de razo

    R. o valor de R :

    (A) 75(B) 125(C) 35(D) 135(E) 65

    Questo 07

    De acordo com clculos do DepartamentoNacional de Trnsito (Denatran), em vias comvelocidade de 60 km/h, o tempo de exposio daluz amarela de um sinal de trnsito de quatrosegundos.

    Supondo que o tempo de exposio da luzamarela, (t) em segundos, seja diretamenteproporcional velocidade, ento o tempo de

    exposio dessa luz em um sinal de uma via, cujavelocidade permitida seja de 80 km/h, encontra-seem que intervalo de tempo de mesma unidade?

    (A) 5,2 t < 5,6(B) 4,8 t < 5,2(C) 4,0 t < 4,4(D) 5,6 t < 6,0(E) 4,4 t < 4,8

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 3

    Texto II

    Retrospectiva 2008: Amaznia

    No ano de 2008, como acontece h dcadas, a Amaznia continuou tendo seus recursos

    drenados pela ao humana descontrolada e foi ainda mais corroda pela devastao.

    Em janeiro de 2008, a ento ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alarmada pelodesmatamento de 7 mil quilmetros quadrados entre agosto e dezembro de 2007, proibiu odesmatamento em 36 municpios com maior incidncia de desflorestamento.

    Em fevereiro, a cidade de Tailndia (PA) foi alvo de uma grande operao de fiscalizaoconjunta dos governos estadual e federal, e foram apreendidos 10 mil metros cbicos de madeira.

    Enfrentando oposio, Marina Silva acabou deixando o governo em maio. No lugar de MarinaSilva, assumiu Carlos Minc. Entre as primeiras medidas do novo ministro, esteve a apreenso degado criado ilegalmente em reas de conservao - o chamado "boi pirata". O governo encontroudificuldades para leiloar as 3 mil cabeas de gado apreendidas.

    Outro fato importante da segunda metade do ano foi a criao do Fundo Amaznia. O fundo j recebeu sua primeira doao do governo da Noruega. O primeiro-ministro noruegus, JensStoltenberg, esteve no pas em setembro e anunciou que seu pas pretende doar US$ 1 bilho paraaes de proteo ambiental financiadas pelo fundo at 2015.

    21050

    17770

    1373011030

    13786

    14896 14896

    29059

    18161 17383

    17259

    13227

    1822618165

    21394

    25247

    27423

    18846

    14100

    11532

    11968

    VEJA O DESMATAMENTO DA AMAZNIA AO LONGO DA HISTRIA ( em km2 )

    http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL918649-16052,00-

    RETROSPECTIVA+RELEMBRE+OS+PRINCIPAIS+FATOS+RELACIONADOS+A+AMAZONIA.html

    (Texto adaptado)

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 4

    As questes de 08 a 16 so relativas ao Texto II.

    Questo 08

    O valor que a Noruega pretende doar ao pas,se aplicado durante um ms a uma taxa de 0,5% aoms, com o preo do dlar a R$ 2,00, geraria, emreais, juros de

    (A) vinte milhes.(B) dez milhes.(C) um milho.(D) cem milhes.(E) dois milhes.

    Questo 09

    A quantidade de madeira apreendida emfevereiro na cidade de Tailndia (PA) equivale aovolume de um cubo com aresta, em metros, igual a

    (A) 3 1010(B) 100(C) 1

    (D) 3100(E) 10

    Questo 10

    Dispondo de 5 guardas florestais, quantasequipes distintas, constitudas de 3 guardas podem

    ser formadas?(A) 36(B) 12(C) 24(D) 50(E) 10

    Questo 11

    Analisando o grfico, pode se afirmar:

    (A) Na dcada de noventa, o menor valoranual de rea desmatada, em km2, foiigual a 13227.

    (B) De meados de 88 a meados de 91, a readesmatada foi sempre decrescente.

    (C) Na ltima dcada, a rea desmatada foisempre crescente.

    (D) Na ltima dcada, o maior valor anualde rea desmatada, em km2, foi igual a29059.

    (E) Na dcada de noventa, a rea desmatadafoi sempre decrescente.

    Questo 12

    Veja o grfico abaixo.

    km2

    ms

    120

    138

    JAN FEV MAR ABR

    Considere que o desmatamento de uma rea,em km2, varia linearmente, ms a ms. Qual area desmatada em maro, em km2 ?

    (A) 132(B) 128(C) 124(D) 136(E) 126

    Questo 13

    Os 7000 km2 de rea desmatada de agosto adezembro de 2007, em um mapa, a uma escala de1:10.000.000, representam uma figura de rea, emcm2, igual a

    (A) 70(B) 7(C) 0,07

    (D) 700(E) 0,7

    Questo 14

    Com base no grfico, pode-se afirmar que, demeados de 2007 at meados de 2008, odesmatamento teve um aumento aproximadamentede

    (A) 5,0%(B) 4,8%

    (C) 2,4%(D) 3,8%(E) 6,2%

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 5

    Questo 15

    No grfico, considere a rea desmatada emmeados de 2006 equivalente rea do retnguloabaixo.

    300 km

    x

    O valor de x em km

    (A) 43(B) 36(C) 47(D) 53(E) 37

    Questo 16

    Em funo das dificuldades para leiloar ogado apreendido, todo o gado foi dividido em 3lotes para facilitar o leilo. Sabe-se que o primeirolote superou o segundo em 400 cabeas e o nmerode patas do segundo lote igual metade donmero de patas do terceiro lote.

    Assim, a quantidade de cabeas de gado doprimeiro lote foi igual a

    (A) 1050(B) 850(C) 900(D) 750(E) 800

    Texto III

    Perigo que vem do cu

    Cerca de 2000 paulistanos desafiam a lei,insistem que balo arte e, com isso, colocam em

    risco a populao.

    Para os fs, a atividade pode at serencarada como arte. Mas crime. De acordo coma Lei de Crimes Ambientais, de 1998, "fabricar,vender, transportar ou soltar bales que possamprovocar incndios nas florestas (...), em reasurbanas ou qualquer tipo de assentamentohumano" pode render de um a trs anos decadeia. " algo to perigoso que a lei criminalizatodas as atividades do processo que leva solturado balo."

    Nos ltimos cinco anos, 65 baloeiros foramdetidos na Grande So Paulo e 210 balesapreendidos. Segundo o Corpo de Bombeiros,219 incndios que ocorreram no mesmo perodoforam causados por bales. No dia 17 de maio,

    por exemplo, um balo de 8 metros de alturadanificou 392 dos 3872 metros quadrados dotelhado do Centro Cultural So Paulo, noParaso. O incndio mobilizou 32 bombeiros.

    http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/edicoes/2013/m0131693.html

    (Texto adaptado)

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 6

    As questes de 17 a 20 so relativas ao Texto III.

    Questo 17

    Considere o telhado do Centro Cultural deSo Paulo dividido em dois quadrados (setores I eII). Em cada setor, h um quadrado menor que

    representa a rea danificada pelo balo.Se a rea no danificada do setor I foi

    dividida em duas partes, como mostra a figura,ento o numeral que representa, em metrosquadrados, a rea de uma das subdivises nodanificada do setor I

    Setor I Setor II

    (A) 1840(B) 1540(C) 870(D) 1936(E) 1636

    Questo 18

    Considere que um balo, em condiesespeciais, em um determinado momento, a umaaltura constante de 1000 ps, sofre umdeslocamento retilneo do ponto A ao ponto B,representado no sistema de eixos ortogonais.Calcule esse deslocamento de A para B, emmetros.

    A

    B

    5

    12

    km

    km

    (A) 13000(B) 1300

    (C) 130(D) 60000(E) 6000

    Questo 19

    Considere que os baloeiros detidos nosltimos cinco anos foram detidos apenas portransportar ou soltar bales e que cada um deles foipreso uma nica vez.

    Se 35 foram detidos por transportar bales e40, por soltar bales, o nmero de baloeiros detidospor transportar e soltar bales igual a

    (A) 20(B) 15(C) 10(D) 25(E) 5

    Questo 20

    A B

    8 m

    C

    Uma pessoa no ponto B v o topo do balo

    de 8m, que se localiza ainda no solo, sob umngulo . Ento, a distncia do ponto B ao pontoA, em metros, igual a

    (A) 8 sen

    (B)sen

    8

    (C) 8 cos

    (D) tg

    8

    (E) 8 tg

    Dados:

    hipotenusaopostocateto

    sen ====

    hipotenusaadjacentecateto

    cos ====

    adjacentecatetoopostocatetotg ====

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 7

    LNGUA PORTUGUESA

    TEXTO I

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    QUE COISA!

    Coisa palavra-nibus, de omnibus, em latim, democracia total: cabe tudo.Na palavra coisa viajam todos os significados.Coisa tudo: mistrio e objeto, invisvel e visvel, lugar-comum, e devora.As coisas nadam, crescem, vibram, voam, flutuam.Alguma coisa acontece no meu corao.Coisa msica aos ouvidos. Coisa notcia. Coisa causa de tudo e de nada. O Coisa--ruim coisa do outro mundo. E deste tambm. Mas isso coisa feita. Coisas do arco--da-velha. Coisa e tal e tal e coisa. So tantas coisinhas midas. Coisssima nenhuma. Acoisa em si. Cada coisa em seu lugar. No me venha com coisas. A coisa foi por guaabaixo. Coisa de louco!Muitas vezes, ao falar, usamos a palavra coisa como uma coisa que substitui todas aspalavras. E o pior que substitui mesmo. E pior ainda: todo mundo entende.Na ausncia da palavra exata, que ilumina como um holofote a coisa a ser nomeada,usamos qualquer coisa no lugar dos outros nomes, como uma vela acesa no meio doblecaute.A iluminao precria, mas, nas trevas da Idade Mdia (a coisa t preta), melhoruma coisa do que nada. E, tipo assim, a coisa se metamorfoseia em todas as coisas, enossa preguia verbal se sente recompensada. H sempre uma coisa mo para nossalvar. Coisa serve para qualquer coisa.

    Nada contra as coisas, ferozes amigas, mas que as prprias coisas tm suas leis, e nogostam de que abusemos delas.A coisa funciona assim: a coisa aparece diante de ns, annima, feia, bela, e nosabemos (ou no queremos buscar) o nome da coisa. E a, vem nossa mente: quecoisa!E a coisa se fez coisa.O milagre da coisa. A multiplicao das coisas. O sermo da coisa. A coisa que semprevolta. Um provrbio francs: Quanto mais as coisas mudam mais permanecem asmesmas.O paciente diz ao mdico: Doutor, no sei, mas estou sentindo uma coisa...Coisa do destino.

    Porque uma coisa certa: uma coisa uma coisa e outra coisa outra coisa. At que seprove o contrrio.Mas esse papo meu t qualquer coisa, de modo que, se for impossvel dizer coisa comcoisa, no pense duas vezes: vote na coisa.Seja com a coisa uma s coisa. Coisifique-se!De repente mil coisas!Gabriel Periss. Retirado e adaptado de http://Kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=14&rv-Colunistas

    As questes de 21 a 32 so relativas ao TEXTO I.

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 8

    Questo 21

    E, tipo assim, a coisa se metamorfoseia emtodas as coisas, e nossa preguia verbal se senterecompensada. (l.17-18)

    Substituindo o vocbulo metamorfoseia

    por outro de sentido equivalente, tem-se(A) acrescenta.(B) ope.(C) transforma.(D) exclui.(E) ratifica.

    Questo 22

    As coisas nadam, crescem, vibram, voam,flutuam. (l.4)

    O perodo acima composto por oraes

    (A) subordinadas adverbiais.(B) coordenadas assindticas e sindticas.(C) coordenadas e subordinadas.(D) subordinadas substantivas.(E) coordenadas assindticas.

    Questo 23

    Diz-se que a intertextualidade ocorrequando um texto evoca ou cita outro j consagrado.

    Marque a opo em que existe esseprocedimento textual.

    (A) Coisa msica aos ouvidos. Coisa notcia. (l.6)

    (B) Na palavra coisa viajam todos ossignificados. ( l.2)

    (C) H sempre uma coisa mo para nossalvar. (l. 18-19)

    (D) Coisa serve para qualquer coisa. (l.19)(E) Alguma coisa acontece no meu

    corao. (l.5)

    Questo 24

    Um provrbio francs: Quanto mais ascoisas mudam mais permanecem as mesmas.(l.27-28)

    A orao subordinada adverbial destacada

    acima estabelece, com a principal, uma relao de(A) finalidade.(B) concesso.(C) tempo.(D) proporo.(E) condio.

    Questo 25

    Marque a opo cuja palavra coisa, nocontexto em que se insere, pode apresentarconotao positiva.

    (A) Mas isso coisa feita. (l.7)(B) A coisa foi por gua abaixo. (l.9-10)(C) Coisa notcia. (l. 6)

    (D) ...(a coisa t preta), (l.16)(E) O Coisa-ruim coisa do outro mundo.

    (l.6-7)

    Questo 26

    A expresso Coisssima nenhuma. (l.8)equivale, semanticamente, a

    (A) ao mesmo tempo.(B) de modo algum.(C) de certo modo.(D) de qualquer maneira.(E) de vez em quando.

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 9

    Questo 27

    Na palavra coisa viajam todos ossignificados. (l.2)

    Assinale o item cujo termo destacado exercefuno sinttica igual do sublinhado no trecho

    acima.(A) A iluminao precria, (l.16)(B) O paciente diz ao mdico: (l.29)(C) Alguma coisa acontece no meu

    corao. (l.5)(D) Doutor, no sei, mas estou sentindo

    uma coisa... (l.29)(E) H sempre uma coisa mo para nos

    salvar. (l.18-19)

    Questo 28

    Mas esse papo meu t qualquer coisa, demodo que, se for impossvel dizer coisa com coisa,no pense duas vezes: vote na coisa.

    Seja com a coisa uma s coisa. Coisifique--se! (l.33-35)

    Assinale o item que apresenta a segundapessoa do singular dos verbos sublinhados napassagem acima.

    (A) No pensa, vote, seja, coisifique-se.(B) No pensem, votem, sejam, coisifiquem--se.

    (C) No penses, vota, s, coisifica-te.(D) No pensemos, votemos, sejamos,

    coisifiquemo-nos.(E) No pense, vota, seja, coisifica-se.

    Questo 29

    A iluminao precria, mas, nas trevas da

    Idade Mdia (a coisa t preta), melhor uma coisado que nada. (l.16-17)NO se pode afirmar que, no trecho acima, o

    autor

    (A) sugere a influncia negativa da mdia.(B) enaltece os meios de comunicao como

    importantes formadores de opinio.(C) Idade Mdia implica escurido e

    manipulao.(D) faz um trocadilho irnico, usando Idade

    Mdia em vez de Idade Mdia.(E) associa iluminao precria, trevas e

    preta a um mesmo campo semntico.

    Questo 30

    Assinale a alternativa cujo conectivosubstitui corretamente o sublinhado no trecho aseguir, por manter-lhe o sentido original.

    A iluminao precria, mas, nas trevas da

    Idade Mdia (a coisa t preta), melhor uma coisado que nada. (l.16-17)

    (A) Porquanto.(B) Porm.(C) Portanto.(D) Ento.(E) Porque.

    Questo 31

    Coisa tudo: mistrio e objeto, invisvele visvel, lugar-comum, e devora. (l.3)

    A palavra sublinhada formada pelo mesmoprocesso existente em

    (A) E, tipo assim, a coisa se metamorfoseiaem todas as coisas, (l.17)

    (B) Coisa palavra-nibus, de omnibus, emlatim, democracia total: cabe tudo. (l.1)

    (C) A coisa funciona assim: a coisa aparecediante de ns, annima, feia, bela,(l.22)

    (D) ... se for impossvel dizer coisa comcoisa, no pense duas vezes: (l.33-34)

    (E) So tantas coisinhas midas. (l.8)

    Questo 32

    Em Muitas vezes, ao falar, usamos a palavracoisa como uma coisa que substitui todas aspalavras. (l.11-12)

    A orao destacada na passagem acima temvalor

    (A) aditivo.(B) substantivo.(C) conclusivo.(D) adjetivo.(E) adverbial.

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    TEXTO II

    5

    10

    15

    COM MIL E UMA UTILIDADES

    A palavra coisa um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. aqueletermo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir umaideia. Coisas do portugus.

    A natureza das coisas: gramaticalmente, coisa pode ser substantivo, adjetivo,advrbio. Tambm pode ser verbo: o Houaiss registra a forma coisificar. E noNordeste h coisar: , seu coisinha, voc j coisou aquela coisa que eu mandei voccoisar?. [...]

    Coisa no tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim o capeta. Coisaboa a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! [...]

    [...] Mas a coisa tem histria na MPB.No II Festival da Msica Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas

    vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandr (Prepare seu corao / Pras coisas que euvou contar), e A Banda, de Chico Buarque (Pra ver a banda passar / Cantando coisasde amor), que acabou de ser relanada num dos CDs triplos do compositor, que a Som

    Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor,verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda no tava nem a com as coisas: Coisa linda /Coisa que eu adoro.Francicarlos Diniz.Revista Lngua Portuguesa, ano I, nmero 12. So Paulo: Editora Segmento, 2006.(Fragmento)

    As questes de 33 a 36 so relativas ao TEXTO II.

    Questo 33

    No II Festival da Msica Popular Brasileira,em 1966, estava na letra das duas vencedoras:

    Disparada, de Geraldo Vandr [...] e A Banda, deChico Buarque [...], que acabou de ser relanadanum dos CDs triplos do compositor, que a SomLivre remasterizou. ( l.11-15)

    O pronome relativo destacado na passagemacima faz referncia ao seguinte termo:

    (A) letra das duas vencedoras.(B) Disparada.(C) A Banda.(D) Msica Popular Brasileira.(E) na letra.

    Questo 34

    Naquele ano do festival, no entanto, a coisatava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma daJovem Guarda no tava nem a com as coisas:Coisa linda / Coisa que eu adoro. ( l.15-17)

    Assinale a opo NO sugerida pelo trechoacima.

    (A) As letras de msica da Jovem Guarda

    demonstravam engajamento poltico.(B) A Jovem Guarda se mostrava alienada grave situao poltica do Brasil.

    (C) Verde-oliva se refere cor douniforme usado pelos militares na pocada ditadura.

    (D) A expresso a coisa tava preta remete,semanticamente, ao momento derepresso poltica por que passava opas.

    (E) A expresso no entanto apresenta

    valor adversativo.

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    Questo 35

    Naquele ano do festival, no entanto, a coisatava preta (ou melhor, verde-oliva). (l.15-16)

    Assinale o efeito de sentido que a expressoou melhor, no contexto em que se insere,

    produz.(A) Distribuio.(B) Atenuao.(C) Especificao.(D) Interpelao.(E) Excluso.

    Questo 36

    aquele termo-muleta ao qual a genterecorre... ( l.1-2)

    Substituindo o vocbulo termo-muleta porpalavra, a estrutura frasal, segundo o registroculto e formal da lngua,

    (A) aquela palavra qual a gente recorre...(B) aquela palavra o qual a gente recorre...(C) aquela palavra ao qual a gente

    recorre...(D) aquela palavra a qual a gente recorre...

    (E) aquela palavra que a gente recorre...

    As questes de 37 a 40 so relativas aosTEXTOS I e II.

    Questo 37

    Todas as palavras destacadas nos trechosabaixo pertencem mesma classe gramatical,

    EXCETO

    (A) Seja com a coisa uma s coisa. (TextoI, l.35)

    (B) ...uma coisa uma coisa e outra coisa outra coisa. (Texto I, l.31)

    (C) De repente mil coisas! (Texto I, l.36)(D) Tem mile uma utilidades. (Texto II,

    l.1)(E) ...no pense duas vezes: vote na coisa.

    (Texto I, l.34)

    Questo 38Na ausncia da palavra exata, que ilumina

    como um holofote a coisa a ser nomeada, usamosqualquer coisa no lugar dos outros nomes, comouma vela acesa no meio do blecaute. (Texto I,l.13-15)

    Marque a passagem do Texto II que repete aideia apresentada no trecho acima.

    (A) Naquele ano do festival, no entanto, acoisa tava preta... (l.15)

    (B) Tambm pode ser verbo: o Houaissregistra a forma coisificar. (l.5)

    (C) aquele termo-muleta ao qual a genterecorre sempre que nos faltam palavraspara exprimir uma ideia. (l.1-3)

    (D) A natureza das coisas:gramaticalmente, coisa pode sersubstantivo, adjetivo, advrbio. (l.4-5)

    (E) Coisa no tem sexo: pode sermasculino e feminino. Coisa-ruim ocapeta. Coisa boa a Juliana Paes. (l.8-9)

    Questo 39

    Marque a passagem que NO exemplifica oregistro coloquial da lngua.

    (A) A coisa foi por gua abaixo. Coisa delouco! (Texto I, l.9-10)

    (B) No II Festival da Msica PopularBrasileira, em 1966, estava na letra dasduas vencedoras: (Texto II, l. 11-12)

    (C) Naquele ano do festival, no entanto, acoisa tava preta (ou melhor, verde--oliva). (Texto II, l.15-16)

    (D) Coisas do arco-da-velha. Coisa e tal etal e coisa. (Texto I, l.7-8)

    (E) Mas esse papo meu t qualquer coisa,(Texto I, l.33)

    Questo 40Assinale o item cuja classe gramatical da

    palavra sublinhada difere da dos demais.

    (A) (Prepare seu corao / Pras coisas queeu vou contar) (Texto II, l.12-13)

    (B) seu coisinha, voc j coisou aquelacoisa que eu mandei voc coisar? (Texto II, l.6-7)

    (C) ... e nossa preguia verbal se senterecompensada. (Texto I, l.17-18)

    (D) ... mas que as prprias coisas tmsuas leis, (Texto I, l.20)

    (E) Cada coisa em seu lugar. (Texto I, l.9)

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    PMERJ - Concurso Pblico de Admisso ao Curso de Formao de Soldado PM Classe C da Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro PROVA B Pg. 12

    REDAO

    Orientaes aos candidatos para a prova de Redao

    Escolha apenas um dos temas propostos.

    Use a modalidade escrita culta da lngua portuguesa. O texto no deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narrao.

    O texto deve ter no mnimo 15 (quinze) e no mximo 20 (vinte) linhas escritas.

    Observe que fuga ao tema implica nota zero.

    Use caneta preta ou azul.

    Quaisquer anotaes no verso da redao sero desconsideradas para efeito de correo.

    TEMA 1

    No foram apenas os valores das famlias que mudaram. A constituio delas tambm se transformou

    muito. Hoje, j no existem regras para se formar um lar e o conceito de famlia desestruturada caiu por terra.Uma famlia organizada j no precisa mais ser composta por pais casados e seus filhos, como exigia o

    esteretipo padro. H lares harmnicos e desarmnicos em todas as maneiras de ser de uma famlia pais

    solteiros, separados ou em novas unies, irmos que moram juntos, filhos criados por avs, unies

    homossexuais, etc.

    Essa nova viso permitiu o avano mais significativo do campo familiar nos ltimos tempos: as relaes

    pautadas pelo afeto e no somente pelos laos de sangue, que expandiram a forma de se estabelecerem relaes e

    inverteram o senso comum de que famlia aquela com a qual temos parentesco. Nada disso. Famlia aquela

    em que o afeto, o respeito e a considerao esto presentes e so levados a srio.Rafael Tonon.Revista Vida Simples, novembro 2008, p.23-29.

    Redija uma dissertao argumentativa sobre o tema: A nova viso de famlia.

    TEMA 2

    Aprendi a relatividade da verdade e da mentira com um filme de Orson Welles, onde ele prprio, em

    cena, afirma: Estou aqui em Dublin e garanto a vocs que nesses 20 minutos de filme no falei nenhuma

    mentira. Mas ele no est em Dublin coisa nenhuma, est no banco de um parque de Paris e s quem conhece

    muito bem as duas cidades vai saber que ele est mentindo. Welles est mostrando cruamente como o nossomundo.

    Seno vejamos: mentimos nos chats da internet e somos alimentados por propaganda e publicidade, que

    apresentam um lado da verdade: o que interessa. Perfumes e desodorantes disfaram nosso cheiro, roupas, as

    nossas formas, e a cultura de boteco, a nossa ignorncia.

    O mestre armnio Georges Gurdjieff diz que mentimos sempre, at quando pensamos que estamos

    dizendo a verdade. Ele garante que somos uma legio de eus internos: o que verdade para um, pode ser

    mentira para o outro.

    Liane Alves.Revista Vida Simples, novembro 2008, p.43.

    Redija uma dissertao argumentativa sobre o tema: A verdade e a mentira nas relaes sociais.