manual de direito previdenciário - completo.pdf

Upload: jose-eduardo-alves-da-silva

Post on 08-Jan-2016

430 views

Category:

Documents


22 download

TRANSCRIPT

  • 1 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    Leia antes de comear os estudos...

    Ol, fico feliz que voc tenha acesso a este material que eu elaborei com bastante carinho

    pensando na aprovao do leitor. Para passar em um concurso pblico ou vestibular, o segredo no

    s estudar, sim conhecer a banca, pensar como pensam os elaboradores da prova, ler o que realmente

    essencial e, principalmente, treinar. Este manual foi criado especificamente para que voc tenha

    uma ferramenta para a aprovao, pois o contedo foi elaborado com base nas principais bancas e

    possveis promotoras do Concurso INSS 2014/2015.

    Meu nome Ricardo Gomes, sou Psiclogo graduado pela Universidade Federal da Bahia e

    graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia. Tenho experincia com concurso por

    duas vias, pelas aprovaes que possuo e pelo trabalho como Master Coach de Concurseiros, neste

    momento, trabalhando exclusivamente com o concurso INSS.

    Criei o PREPARATRIO POPULAR com o intuito de proporcionar aos candidatos acesso ao

    conhecimento de forma prtica e econmica. Este manual distribudo gratuitamente, pois apenas

    parte do contedo exclusivo do site. A aprovao em um concurso no depende exclusivamente da

    leitura de determinado livro, mas da estratgia que montada. E a rea exclusiva do site garante ao

    candidato a melhor estratgia de estudos para a aprovao. Acesse o site, cadastre-se na rea

    exclusiva e tenha acesso aos demais contedos que foram estrategicamente dirigidos, com todos os

    contedos previstos na prova, simulados e videoaulas selecionadas.

    O Preparatrio Popular vai passar por todo o pas com o curso presencial, podemos passar por

    sua cidade, acesse o site e veja nosso roteiro. Procuraremos seguir sempre as seguintes diretrizes:

    1. Horrios flexveis; 2. Material didtico gratuito; 3. Custo popular e parcelvel; 4. Foco no contedo especfico dos concursos; 5. Curso itinerante e de curta durao; 6. Contedo atualizado.

    A ideia fundamental garantir aos candidatos conhecimentos suficientes para a aprovao,

    observando estritamente o previsto no edital. Espero que faamos juntos uma tima Prova. Qualquer

    coisa, envie-me um e-mail comentando, criticando ou tirando dvidas. Adorarei ter contato com voc.

    Por fim, lembre-se sempre Daquele que Superior a todas as coisas e necessidades. Ele nos

    protege, nos abenoa e cuida para que nada falte. Ele a fonte de todo o conhecimento... Jesus Cristo,

    a quem eu agradeo todos os dias. Sem a ajuda dele, nada disso seria possvel.

    Ricardo Gomes de Souza e Silva

    [email protected]

    www.preparatoriopopular.com.br

  • 3 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    SUMRIO Captulo 1 Seguridade Social

    1.1 Origem e Evoluo Legislativa no Brasil

    1.2 Conceituao

    1.3 Organizao e princpios constitucionais,

    Captulo 2 Legislao Previdenciria

    2.1 Contedo, fontes, autonomia

    2.2 Aplicao das normas previdencirias

    2.2.1 Vigncia, hierarquia, interpretao e integrao

    Captulo 3 Regime Geral da Previdncia Social

    3. 1 Conceito

    3.2 Dependentes

    3.3 Segurados Obrigatrios: conceito, caractersticas e abrangncia: empregado,

    empregado domstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.

    3.4 Segurado facultativo: conceito, caractersticas, filiao e inscrio.

    3.5 Manuteno e Perda da qualidade de Segurado

    3.6 Empresa e Empregador Domestico: conceito previdencirio

    Captulo 4 - Financiamento da Seguridade Social

    4.1 Salrio-de-contribuio.

    4.1.1 Conceito.

    4.1.2 Parcelas integrantes e parcelas no-integrantes.

    4.2 Receitas da Unio.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    4.3 Receitas das contribuies sociais: dos segurados, das empresas, do empregador

    domstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional.

    4.4 Arrecadao e recolhimento das contribuies destinadas seguridade social.

    4.4.1 Competncia do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

    Captulo 5 Prestaes da Previdncia Social

    5.1 Salrio-de-benefcio

    5.2 Fato gerador do benefcio e Perodo de Carncia;

    5.3 Plano de Benefcios da Previdncia Social: espcies de prestaes, benefcios, renda

    mensal do benefcio, reajustamento do valor dos benefcios.

  • 5 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    SEGURIDADE SOCIAL

    Captulo 1

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    1 .1 ORIGEM E EVOLUO LEGISLATIVA NO BRASIL

    FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - O INSS, autarquia federal, resultou da fuso das seguintes autarquias:

    a) INAMPS e SINPAS.

    b) IAPAS e INPS.

    c) FUNABEM e CEME.

    d) DATAPREV e LBA.

    e) IAPAS e INAMPS.

    Objetivamente, considera-se que o tema Seguridade Social evoluiu com o tempo,

    tendo como marco inicial a Lei Eloy Chaves (n 4682, de 24 01 1923). Embora poca

    existissem leis que previam o seguro de trabalho e a aposentadoria de ferrovirios, que so

    assuntos previdencirios, foi APENAS a partir da Lei Eloy Chaves que o Sistema de Previdncia

    Social passou a existir no Brasil.

    A Lei Eloy Chaves instituiu as Caixas de Aposentadoria e Penses aos funcionrios das

    empresas ferrovirios CAPs. Estas CAPs eram criadas e organizadas pelas empresas, que

    arrecadavam os recursos e concediam os benefcios

    apenas aos funcionrios da rede ferroviria. A

    partir de 1923 comeam a surgirem leis que

    estendiam o benefcio das CAPs aos trabalhadores

    porturios e martimos (DN n 5109/1928).

    No referido perodo, a seguridade social

    ainda no contemplava a maioria dos

    trabalhadores, ento em 1933 foram criados os

    Institutos de Aposentadorias e Penses IAPs,

    desta vez organizado por categorias profissionais, no mais pelas empresas. Os IAPs so

    produto da unificao das CAPs, passando a assumir a funo de autarquia do Governo

    Federal, a nvel nacional, distribuda entre vrios institutos, com a finalidade de assegurar o

    gozo dos benefcios previstos em lei.

    A criao do FUNRURAL (Lei n 4214/63), em 1963, foi um marco importante e pode

    ser um tema questionado em concursos. Esta lei institui a assistncia previdenciria aos

    A Lei Eloy Chaves,

    marco inicial da

    Previdncia Social,

    institua as Caixas de

    Aposentadoria e Penses

    dos Ferrovirios CAPs

  • 7 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    trabalhadores rurais, na prestao de benefcios como: aposentadoria por velhice;

    aposentadoria por invalidez; penso; auxlio-funeral; servio de sade; e servio de social.

    Com a necessidade de unificar as vrias IAPs FUNRURAL e s demais prestaes

    previdencirias, em 1963, a partir do Decreto Lei n

    73/63, foi criado o Instituto Nacional de Previdncia

    Social - INPS, como um rgo de administrao Indireta

    da Unio, com personalidade jurdica de natureza

    autrquica. O INPS exercia a funo executiva e

    representativa do sistema geral de previdncia social,

    integrando o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social,

    sob a superviso do Ministro de Estado.

    Em 1977, a criao do Sistema Nacional de Previdncia e Assistncia Social - SINPAS

    (Lei n 6439/77) assinalou a nova e importante etapa na evoluo da previdncia social

    brasileira, bem como da Assistncia Social. O SINPAS introduziu medidas de reorganizao

    administrativa, sem alterao de direitos, deveres, natureza e contedo dos diferentes

    programas e condies das prestaes atribudas s autarquias coligadas.

    O SINPAS era composto pelas seguintes autarquias:

    1. INPS - Instituto Nacional de Previdncia Social com a competncia de conceder e

    manter os benefcios e outras prestaes em dinheiro, inclusive a cargo do IPASE e do

    FUNRURAL;

    2. IAPAS - Instituto de Administrao Financeira da Previdncia e Assistncia Social que

    promovia a arrecadao, fiscalizao e cobrana das contribuies e demais recursos

    destinados previdncia e assistncia social;

    3. INAMPS - Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social composto

    por programas de assistncia mdica aos trabalhadores urbanos, abrangendo os

    servios de natureza clnica, cirrgica, farmacutica e odontolgica, e assistncia

    complementar, devidos os segurados do atual INPS e respectivos dependentes;

    4. LBA - Fundao Legio Brasileira de Assistncia com a competncia de prestar

    assistncia social populao carente, mediante programas de desenvolvimento social

    e de atendimento s pessoas, independentemente da vinculao destas a outra

    entidade do SINPAS;

    5. FUNABEM - Fundao Nacional do Bem-Estar do Menor a quem competia promover

    a execuo da poltica nacional do bem-estar do menor em situao de vulnerabilidade

    socioeconmica;

    O INPS surge 1963 a

    partir da fuso de todos os

    IAPs existentes na poca

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    6. DATAPREV Empresa de Processamento de

    Dados da Previdncia Social com a

    competncia de analisar os sistemas, a

    programao e execuo de servios de

    tratamento da informao, o processamento

    de dados atravs de computao eletrnica

    e o desempenho de outras atividades

    correlatas de interesse da previdncia e

    assistncia social;

    7. CEME - Central de Medicamentos a quem competia a distribuio de medicamentos

    aos segurados do INPS;

    Das referidas autarquias, atualmente apenas a DATAPREV permanece ativa. As demais

    unidades foram extintas com o advento da Lei 8029/90, sancionada pelo presidente

    Fernando Collor de Melo, que instituiu, no Art. 17, a criao da autarquia federal denominada

    Instituto Nacional do Seguro Social INSS, mediante a fuso do INPS com o IAPAS.

    A linha do tempo a seguir mostra a evoluo cronolgica da seguridade social

    culminando na criao do Ministrio da Previdncia Social em 2003 no formato que

    conhecemos hoje.

    DATAPREV - Empresa

    pblica instituda pela Lei

    n. 6.125/74,

    vinculada ao Ministrio

    da Previdncia Social

    (MPS).

  • 9 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    1923 Lei Eloy Chaves Criao das CAPs;

    1933 Criao das IAPs Instituto de Aposentadorias e Penses;

    1961 Lei n 3782/60

    A seguridade social adquire status de ministrio, passando a ser

    representada pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social;

    1963

    Decreto Lei n

    72/63 Criao do INPS mediante a juno de todas as IAPs;

    1974 Lei n 6036/74

    Ministrio da Previdncia e do Trabalho se desvinculam, surge o

    Ministrio da Previdncia e Assistncia Social;

    1977 Lei n 6439/77 Criao do SINPAS;

    1990 Lei 8028/90

    Novamente Previdncia e Trabalho so vinculados, voltando a ser

    chamado Ministrio do Trabalho e Previdncia Social;

    1990 Lei n 8029/90 Institui o INSS mediante a fuso do INPS com o IAPES;

    1992 Lei n 8490/92 Totalmente desvinculada, Ministrio da Previdncia Social;

    1995 MP n 813/95

    Novamente vinculam Previdncia Assistncia Social,

    permanecendo o Ministrio da Previdncia e Assistncia Social;

    2003 Lei n 10.683/03

    Cria o Ministrio da Assistncia Social, destacando esta atividade

    do Ministrio da Previdncia Social.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    SIMULADO

    1. A Previdncia Social no Brasil teve como marco inicial a criao de Caixas de Aposentadoria e Penses pera os trabalhadores ferrovirios, as chamadas CAPs. A lei que as instituiu conhecida como:

    a. Lei Eusbio de Queirz

    b. Lei Vicente da Costa

    c. Lei Eloy Chaves

    d. Lei Getlio Vargas

    e. Lei Artur Gomes

    2. O INPS, criado pelo Decreto-lei n

    72/63, constitua-se um rgo

    executivo do sistema geral de

    previdncia social, sendo integrante do:

    a. Ministrio da Previdncia Social

    b. Ministrio da Previdncia e Assistncia Social

    c. Ministrio da Previdncia e Desenvolvimento Social

    d. Ministrio do Trabalho e Previdncia Social

    e. Ministrio do Trabalho, Industria e Comrcio

    3. No era uma autarquia integrante

    do SINPAS

    a. DATAPREV

    b. FUNRURAL

    c. CEME

    d. FUNABEM

    e. LBA

    4. A fuso das autarquias INPS e IAPAS

    deu origem autarquia federal INSS.

    Sobre a IAPAS, correto afirmar:

    a. promovia a arrecadao, fiscalizao e

    cobrana das contribuies e demais recursos

    destinados previdncia e assistncia social;

    b. promovia a execuo da poltica nacional do

    bem-estar do menor em situao de

    vulnerabilidade socioeconmica;

    c. era composta por programas de assistncia

    mdica aos trabalhadores urbanos;

    d. possua a competncia de conceder e manter

    os benefcios e outras prestaes em dinheiro;

    e. possua a competncia de prestar assistncia

    social populao carente, mediante

    programas de desenvolvimento social e de

    atendimento s pessoas;

    5. Com a criao do INSS, o SINPAS foi

    extinto, junto com suas autarquias

    integrantes, exceto uma:

    a. LOAS

    b. FUNRURAL

    c. CEME

    d. FUNABEM

    e. DATAPREV

    ACESSE NOSSO SITE:

    WWW.PREPARATORIOPOPULAR.COM.BR

    Cadastre-se e tenha acesso ilimitado at o dia da prova a todo o contedo previsto para o concurso

    do INSS. Conhecimentos Bsicos e Especficos, alm de simulados, videoaulas, legislao atualizada

    e muito mais.

    Tudo por uma taxa nica de R$ 30, parcelado em at 3 vezes.

  • 11 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    1.2 CONCEITUAO

    FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - correto afirmar que a Seguridade Social compreende

    a) a Assistncia Social, a Sade e a Previdncia Social.

    b) a Assistncia Social, o Trabalho e a Sade.

    c) o Sistema Tributrio, o Lazer e a Previdncia Social.

    d) a Educao, a Previdncia Social e a Assistncia Social.

    e) a Cultura, a Previdncia Social e a Sade. FCC - 2014 - TRT - 18 Regio (GO) - Juiz do Trabalho - Sinfrnio, jovem com 13 anos de idade, em situao de hipossuficincia econmica, Georgino com 35 anos, empresrio bem sucedido no ramo imobilirio. De acordo com os destinatrios da proteo social dentro do sistema pblico de seguridade social brasileiro, correto afirmar que

    a) Sinfrnio e Georgino podem participar como segurados do subsistema de previdncia social.

    b) Georgino e Sinfrnio esto atualmente alcanados pelo subsistema de assistncia social.

    c) Sinfrnio e Georgino podem participar do subsistema de sade.

    d) Georgino pode ser hoje destinatrio dos programas de sade e assistncia social.

    e) Georgino pode participar apenas do subsistema de sade.

    A Constituio Federal de 1988 foi o primeiro ordenamento jurdico brasileiro a

    abordar o tema seguridade social - as Constituies anteriores tratavam de temas como

    previdncia social e sade, porm isoladamente -. O termo Seguridade foi alvo de discusso

    entre os estudiosos do Direito, por entenderem que o termo mais apropriado seria

    Segurana. Entretanto, a escolha foi realizada na busca por uma nomenclatura que

    abrangesse mais caractersticas de ordem social.

    As questes apresentadas pela banca requerem que o candidato interprete o

    conceito de Seguridade Social principalmente luz dos Arts. 194 a 204 da CF/88.

    Conforme previsto, Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa

    dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos

    sade, previdncia e assistncia social.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    que podem partir do tanto de iniciativa do Poder

    Pblico quanto da sociedade. E que aes so

    essas? Aes destinadas a assegurar os direitos

    relativos Sade, Previdncia e Assistncia

    Social, tais como auxilio moradia, aposentadoria,

    auxilio-recluso etc.. E tem como beneficirios os

    segurados, os dependentes e os mais necessitados

    (economicamente vulnerveis - art. 203).

    As prestaes da Seguridade Social podem

    ser de dois tipos: benefcios que so prestaes

    pecunirias, em forma de dinheiro e servios

    prestaes imateriais -. Estas prestaes s podem ser criadas, estendidas ou ter seu valor

    aumentado mediante a existncia de uma fonte de custeio previamente estabelecida (Art.

    195, 5).

    PRESTAES DA SEGURIDADE SOCIAL

    Benefcios Servios

    Apresentado em forma de

    pecnia; forma de pagamento

    apresentado atravs de

    dinheiro; pecnia significa

    dinheiro. Ex: Aposentadoria.

    Atividade destinada

    satisfao de necessidades

    humanas, mas que no

    apresenta o aspecto de um

    bem material; no

    disponibilizado em dinheiro.

    Ex: Reabilitao Profissional.

    A seguridade Social ser organizada pelo Poder Pblico tendo como base os seguintes

    objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do atendimento;

    II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;

    IV - irredutibilidade do valor dos benefcios;

    V - equidade na forma de participao no custeio;

    Algumas bancas tentam

    confundir o candidato

    acrescentando os Direitos

    Sociais previstos no Art. 7

    da Constituio Federal

    (alimentao, educao,

    moradia, proteo

    maternidade etc.) ao tema

    Seguridade Social.

  • 13 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    VI - diversidade da base de financiamento;

    VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto

    quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e

    do Governo nos rgos colegiados.

    Quanto ao financiamento da seguridade social, o ordenamento jurdico atribui

    competncia a toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos

    provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Tambm ter como fonte de custeio algumas contribuies sociais que sero detalhadas em

    captulo especfico.

    Sade

    A garantia Sade dever do Estado, que adotar polticas sociais e econmicas que

    visem a reduo do risco de doena e outros agravos. Tambm se constitui um direito de

    todos, tendo como princpio bsico o acesso universal e igualitrio, independente da

    condio socioeconmica do destinatrio (resposta segunda questo). Antes da

    Constituio Federal de 88, era necessria a prvia contribuio para que o indivduo tivesse

    acesso sade, portanto, no era um direito universal. Quem no contribua deveria buscar

    ajuda nas Santas Casas de Misericria.

    Aps a extino do Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social

    INAMPS, a Sade passou a ser segmento autnomo da Seguridade Social e suas aes e

    servios consideradas de responsabilidade direta do Ministrio da Sade, por meio do

    Sistema nico de Sade - SUS. Cabe ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua

    regulamentao, fiscalizao e controle.

    As aes relacionada Sade integraro uma rede regionalizada e hierarquizada e

    constituindo um sistema nico (SUS), organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais

    e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso

    universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    I - descentralizao, com direo nica em cada

    esfera de governo;

    II - atendimento integral, com prioridade para as

    atividades preventivas, sem prejuzo dos servios

    assistenciais;

    III - participao da comunidade.

    A assistncia sade ser livre iniciativa privada, podendo, portanto, as instituies

    privadas participar de forma complementar do SUS, mediante contrato de direito pblico

    ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos, sendo

    VEDADA a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies

    privadas com fins lucrativos.

    Por fim, sobre a competncia do SUS, alm de outras atribuies, deve:

    I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a

    sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos,

    hemoderivados e outros insumos;

    II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade

    do trabalhador;

    III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade;

    IV - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento

    bsico;

    V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

    VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor

    nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;

    Art. 199. A assistncia

    sade livre

    iniciativa privada.

  • 15 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao

    de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

    VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

    Assistncia Social

    A Assistncia Social regida pela Lei n 8.742/93 (LOAS, estudada em captulo

    especfico), sendo definida como direito do cidado e dever do Estado. Tambm uma

    poltica de Seguridade Social no contributiva, que prov os mnimos sociais, realizada

    atravs de um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade, para

    garantir o atendimento s necessidades bsicas.

    A CF88 apresenta-a no artigo 203,

    FCC - 2013 - TRT - 6 Regio (PE) - Juiz do Trabalho - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    a) descentralizao, com direo nica no governo federal; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao dos Poderes Pblicos Municipal, Estadual e Federal.

    b) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao da comunidade.

    c) centralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao dos Poderes Pblicos Municipal, Estadual e Federal.

    d) descentralizao, com direo pulverizada em cada esfera de governo; atendimento restrito, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios previdencirios; e participao da comunidade.

    e) centralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento restrito, com prioridade para as atividades combativas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao da comunidade.

    Comentrio: Art. 198 da Constituio Federal de 1988

    Art. 203. A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de

    contribuio seguridade social

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    Observe que a Assistncia Social ser prestada a quem dela necessitar. Neste ponto

    importante que o candidato compreenda que necessidade assume um significado mais

    amplo. Nas prestaes pecunirias, em forma de beneficio, a assistncia s ser prestada a

    pessoas em vulnerabilidade econmica. Outras prestaes, em forma de servio, como

    habilitao e reabilitao, integrao no mercado de trabalho e outras, sero prestadas

    tambm s pessoas providas de recursos financeiros. Sendo, portanto, falsa a afirmao de

    que a Assistncia Social apenas para pessoas desfavorecidas economicamente.

    Os objetivos da Assistncia Social so:

    I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

    II - o amparo s crianas e adolescentes carentes;

    III - a promoo da integrao ao mercado de trabalho;

    IV - a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo

    de sua integrao vida comunitria;

    V - a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de

    deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno

    ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei.

    Quanto ao financiamento, as aes governamentais na rea da assistncia social sero

    financiadas por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante

    recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios, e das seguintes contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

    incidentes sobre:

    a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

    qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    b) a receita ou o faturamento;

    c) o lucro;

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo

    contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia

    social de que trata o art. 201;

  • 17 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    III - sobre a receita de concursos de prognsticos.

    IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

    A Assistncia Social ser organizada com base nas seguintes diretrizes:

    I - descentralizao poltico-administrativa, cabendo a coordenao e as normas gerais

    esfera federal e a coordenao e a execuo dos respectivos programas s esferas

    estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistncia social;

    II - participao da populao, por meio de organizaes representativas, na

    formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis.

    A banca pode indagar a quem facultado vincular ao Programa de Apoio Incluso e

    Promoo Social PAIPS at cinco dcimos por cento de sua receita tributria lquida. O

    PAIPS um programa de incentivo fiscal, que viabiliza a parceria entre governo, entidades

    sociais e empresas para realizao de projetos sociais, institudo pela Lei 11.853 em 29 de

    novembro de 2002 e regulamentado pelo Decreto 42.338 de 11 de junho de 2003, tambm

    conhecido como Lei da Solidariedade. Lembre-se que facultado APENAS aos ESTADOS e ao

    DISTRITO FEDERAL, mas vedada a aplicao desses recursos no pagamento de:

    I - despesas com pessoal e encargos sociais;

    FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurdica - De acordo com a Lei n 8.212/91, a organizao da Assistncia Social obedecer duas diretrizes, sendo uma delas,

    a) a participao da populao na formulao e no controle das aes em todos os nveis.

    b) a universalidade de participao nos planos previdencirios, mediante contribuio.

    c) o valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do rendimento do trabalho do segurado, no inferior ao do salrio mnimo.

    d) a preservao do valor real dos benefcios, com aplicao de metas preestabelecidas pelos rgos de direo competente.

    e) o funcionamento da previdncia complementar facultativa, custeada por contribuio adicional.

    Comentrio: Resposta o item "a", est na lei 8.212, art.4, pu, b. Veja que a questo pede as diretrizes da Assistncia Social.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    II - servio da dvida;

    III - qualquer outra despesa corrente no vinculada diretamente aos investimentos ou

    aes apoiados.

    Previdncia Social

    A Previdncia Social um seguro social com a finalidade de prover subsistncia ao

    trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa. A primeira caracterstica a ser

    apontada o seu carter contributivo, pois este atributo EXCLUSIVO. Em outras palavras, o

    sistema previdencirio deve ser autossustentvel, financiada a partir da contribuio dos

    seus beneficirios, evitando-se a dependncia indevida dos recursos estatais. O candidato

    deve estar atento: a Assistncia Social e a Sade no possuem carter contributivo.

    No confunda, entretanto, contribuio com custeio. Contribuio devida

    diretamente aos beneficirios antes que esses tenham acesso s prestaes previdencirias;

    j custeio, est previsto no art. 195, referindo-se ao financiamento da Seguridade Social. O

    mesmo artigo prev no 5 a necessidade de fonte de custeio anterior criao, majorao

    ou alterao das prestaes.

    Outra caracterstica importante a FILIAO OBRIGATRIA. Todo brasileiro maior de

    16 anos, que exerce uma atividade remunerada lcita, est compulsoriamente filiado

    Carter Contributivo: depende da prvia contribuio do beneficirio

    Sade Direito de todos e o cidado no depende de contribuio

    prvia para ter acesso aos servios;

    Assistncia Social Direito dos economicamente vulnerveis apenas e no

    depende de contribuio prvia para ter acesso aos servios;

    Previdncia Social Direito dos segurados e seus dependentes e depende da

    contribuio prvia por parte do segurado

    Art. 201. A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de carter

    contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio

    financeiro e atuarial [...].

  • 19 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    Previdncia Social. A condio de filiado no deve ser confundida com a condio de inscrito

    em algum dos regimes previdencirios.

    Veja:

    FILIAO: vinculo jurdico que existe entre o trabalhador maior de 16 anos e a

    Previdncia Social a partir da realizao de qualquer atividade lcita e

    remunerada;

    INSCRIO: cadastramento do trabalhador junto ao INSS em alguma das

    categorias de segurados, ex: Segurado Facultativo, Segurado Obrigatrio etc.;

    Assim, fique atento: a prtica de uma atividade lcita remunerada inclui

    automaticamente o trabalhador na condio de filiado, mesmo que este no esteja inscrito

    regularmente em alguma das categorias de segurados da Previdncia Social. Esta mesma

    caracterstica faz com que sua natureza jurdica seja no contratual, pois excluda por

    completo a vontade do segurado, sendo este filiado compulsoriamente.

    A Previdncia Social tem como finalidade assegurar aos seus segurados e pendentes,

    quando couber, meios indispensveis de manuteno, por motivo de incapacidade, idade

    avanada, tempo de servio, desemprego involuntrio, encargos de famlia e recluso ou

    morte. Atender aos seguintes princpios e diretrizes:

    a) universalidade de participao nos planos previdencirios, mediante contribuio;

    b) valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do

    rendimento do trabalho do segurado, no inferior ao do salrio mnimo;

    c) clculo dos benefcios considerando-se os salrios-de-contribuio, corrigidos

    monetariamente;

    d) preservao do valor real dos benefcios;

    e) previdncia complementar facultativa, custeada por contribuio adicional.

    Como previsto na CF88, Art. 195, 5, nenhum benefcio ou servio da seguridade

    social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio

    total. Atualmente, atendendo a redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998, a

    Previdncia Social atender a:

    I - cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    II - proteo maternidade, especialmente gestante;

    III - proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio;

    IV - salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de baixa

    renda;

    V - penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou companheiro e

    dependentes.

    Existem dois regimes bsicos de previdncia, o Regime Geral da Previdncia Social

    (RGPS), o Regime Prprio da Previdncia Social (RPPS) e dois Regimes Complementares, o

    Privado aberto ou fechado no RGPS e o pblico fechado no RPPS.

    O Regime Geral responsvel pela proteo da grande massa de trabalhadores

    brasileiros e organizado pelo INSS. Os Regimes Prprios so mantidos pela Unio, Estados e

    ALGUNS Municpios em favor de alguns servidores. O Regime complementar tem carter

    facultativo, sendo que, no RGPS, tem natureza privada, enquanto no RPPS tem natureza

    pblica e natureza fechada, exclusivo aos ingressos neste regime.

    Mas, afinal, o que o candidato precisa saber? Que tipo de trabalhador faz parte de

    cada Regime. Ento, para simplificar, todos os que desenvolvem alguma atividade laboral

    legal e remunerada, que no fazem parte de algum Regime Prprio, so integrantes do

    Regime Geral. Existem algumas excees a essa regra, mas sero expostas a seguir. J o

    Regime Complementar, como dito, tem carter FACULTATIVO, portanto cabe ao interessado

    buscar sua filiao, contanto que se este for inscrito no RGPS, deve buscar a Previdncia

    Complementar Privada, caso seja inscrito no RPPS, pode procurar a Previdncia

    Complementar Pblica, fechada, prevista no Art. 40 da CF88.

    Regime Prprio da Previdncia Social

    Trata-se de um Regime previdencirio bsico, destinado aos servidores titulares de

    cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e de ALGUNS Municpios, includas

    suas AUTARQUIAS e FUNDAES. O candidato deve estar atento pois a UNIO, Distrito

    Federam e TODOS os Estados possuem regime prprio, entretanto, nem todos os

    Municpios possuem, pois no atendem os critrios de equilbrio financeiro e atuarial

    estabelecidos pela CF88. Portanto, os servidores titulares de cargos efetivo dos Municpios

    que no possuem regime prprio so amparados pelo RGPS.

  • 21 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    Outros Servidores Pblicos tambm no so amparados pelo Regime Prprio: os que

    ocupam exclusivamente cargo de comisso, ou seja, pessoas que no eram amparados pelo

    regime prprio e que so indicadas a assumir um cargo comissionado participaro do

    regime geral; os funcionrios de empresa pblica, tipo Banco do Brasil, Petrobrs; e os

    ocupantes de cargo temporrio.

    Portanto, fazem parte do Regime Prprio:

    Servidor Pblico ocupante de Cargo Efetivo, salvo excees;

    Servidor Pblico ocupante de Cargo Vitalcio;

    a) Magistrados;

    b) Membros do Ministrio Publico;

    c) Ministro e Conselheiros dos Tribunais de Contas

    Militares das Foras Armadas;

    O Regime Prprio tambm tem carter contributivo e solidrio, mediante

    contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,

    observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial.

    Um Regime Prprio pode abranger as mesmas prestaes do Regime Geral, mas, para

    que seja considerado vlido, ele deve atender, NO MNIMO os seguintes benefcios:

    Aposentadoria por Invalidez;

    Aposentadoria por tempo de servio;

    Aposentadoria por idade;

    Aposentadoria Compulsria;

    Penso por morte;

    As aposentadorias previstas nos Regimes Prprios so:

    I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena

    grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei;

    II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao

    tempo de contribuio;

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo

    exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria,

    observadas as seguintes condies:

    a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta

    e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; (Redao dada pela

    Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)

    b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se

    mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. (Redao dada

    pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)

    Observe que, conforme previsto na CF88, fica vedada a adoo de requisitos e

    critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime

    prprio, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

    I portadores de deficincia;

    II que exeram atividades de risco;

    III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade

    ou a integridade fsica.

    IV com relao aos requisitos de idade e de tempo de contribuio, haver a reduo

    de 5 (cinco) anos, para o professor que comprove EXCLUSIVAMENTE tempo de efetivo

    exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

    Regime Complementar

    O regime de previdncia privada, de carter complementar e organizado de forma

    autnoma em relao ao regime geral de previdncia social, tem carter FACULTATIVO,

    podendo ser privado (aberto ou fechado) ou pblico (exclusivamente fechado).

    A Previdncia Complementar Privada pode ser aberta, podendo qualquer pessoa

    participar, independente da idade ou se exerce alguma atividade remunerada, desde que

    contribua nos termos contratuais estabelecidos; tambm pode ser fechada, geralmente

    atendendo a um grupo especfico de determinada empresa, portanto, apenas as pessoas

    vinculadas tal empresa podem participar. J a Previdncia Complementar Pblica

    exclusivamente fechada, dessa forma, apenas podero fazer parte os servidores includos no

    Regime prprio ao qual se refere.

  • 23 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    A NICA Previdncia Complementar Pblica existente at ento a FUMPRESP -

    Fundao de Previdncia Complementar do Servidor Pblico Federal, criada pelo Decreto

    n 7.808/2012, com a finalidade de administrar e executar planos de benefcios de carter

    previdencirio complementar para os servidores pblicos titulares de cargo efetivo da

    Unio, suas autarquias e fundaes.

    SIMULADO

    6. No um objetivo da Seguridade

    Social:

    a) universalidade da cobertura e do

    atendimento;

    b) uniformidade e equivalncia dos benefcios e

    servios s populaes urbanas e rurais;

    c) seletividade e equidade na prestao dos

    benefcios e servios;

    d) irredutibilidade do valor dos benefcios;

    e) equidade na forma de participao no

    custeio;

    7. As aes relacionadas Sade sero

    organizadas:

    a) De forma descentralizada, com direo

    mltipla em cada esfera de governo;

    b) Com atendimento integral, com

    prioridade para as atividades de

    urgncia, sem prejuzo dos servios

    assistenciais;

    c) De forma centralizada, com direo

    nica em cada esfera de governo;

    d) De forma descentralizada, com direo

    nica em cada esfera de governo;

    e) Com atendimento parcial, com

    prioridade para as atividades de

    urgncia, sem prejuzo dos servios

    assistenciais;

    8. No corresponde a uma competncia

    do SUS prevista da Lei de Seguridade

    Social:

    a) ordenar a formao de recursos

    humanos na rea de sade;

    b) a habilitao e reabilitao das pessoas

    portadoras de deficincia;

    c) participar da formulao da poltica e

    da execuo das aes de saneamento

    bsico;

    d) incrementar em sua rea de atuao o

    desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

    e) fiscalizar e inspecionar alimentos,

    compreendido o controle de seu teor

    nutricional, bem como bebidas e guas

    para consumo humano;

    9. Exceto um item, a Assistncia Social

    tem como objetivo:

    a) proteo famlia;

    b) proteo maternidade

    c) proteo infncia;

    d) proteo e velhice;

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    e) proteo pessoas portadoras de

    deficincia;

    10. Corresponde a uma prestao

    pecuniria da Assistncia Social:

    a) salrio mnimo de benefcio mensal pessoa

    portadora de deficincia e ao idoso;

    b) a promoo da integrao ao mercado de

    trabalho;

    c) o amparo s crianas e adolescentes

    carentes;

    d) a habilitao e reabilitao das pessoas

    portadoras de deficincia e a promoo de

    sua integrao vida comunitria;

    e) auxilio-recluso;

    11. facultado vincular at cinco

    dcimos por cento de sua receita

    tributria lquida ao Programa de

    Apoio Incluso e Promoo Social:

    a) Unio e Estados

    b) Estados e Municpios

    c) Distrito Federal e Territrios

    d) Estados e Distrito Federal

    e) Distrito Federal e Municpios

    12. A Previdncia Social atender aos

    seguintes princpios e diretrizes:

    a) seletividade na participao nos

    planos previdencirios, mediante

    contribuio;

    b) valor da renda mensal dos

    benefcios, substitutos do salrio-de-

    contribuio ou do rendimento do

    trabalho do segurado, no inferior

    ao do salrio mnimo;

    c) clculo dos benefcios considerando-

    se os salrios-de-contribuio,

    corrigidos monetariamente;

    d) preservao do valor real dos

    benefcios;

    e) previdncia complementar

    facultativa, custeada por

    contribuio adicional.

    13. A Previdncia Social no atender a:

    a) cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;

    b) proteo maternidade, especialmente gestante;

    c) proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio;

    d) salrio-famlia e auxlio-recluso para os segurados de baixa renda;

    e) penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou companheiro e dependentes.

    14. Refere-se a uma prestao da Previdncia Social destinada aos dependentes

    a) aposentadoria por tempo de contribuio; b) aposentadoria por invalidez; c) aposentadoria por idade; d) auxilio-doena; e) penso por morte.

    15. Sobre o Regime Prprio de Previdncia Social, est incorreta afirmao:

    a) Todos os Servidores Pblicos ocupantes de cargo efetivo possuem regime prprio;

    b) Todos os Servidores Pblicos ocupantes de Cargo Vitalcio possuem regime prprio;

    c) Todos os Ministros do Supremo Tribunal Federal possuem regime prprio;

    d) Todos os Conselheiros dos Tribunais de Contas possuem regime prprio;

    e) Todos os Servidores Pblicos Federais ocupantes de cargo efetivo possuem regime prprio;

    16. Pode contribuir para o RGPS e para o RPPS concomitantemente:

  • 25 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    a) O ocupante de cargo efetivo que eleito prefeito;

    b) O professor que trabalha como policial militar;

    c) O professor universitrio que d aulas em cursos privados;

    d) O Juiz que deseja ser segurado facultativo;

    e) O mdico do SUS que eleito prefeito;

    17. Para que um RPPS seja considerado vlido, deve, no mnimo, atender a algumas prestaes. Qual das seguintes prestaes tem carter facultativo ao Regime Prprio:

    a) Aposentadoria por Invalidez; b) Auxilio-doena; c) Aposentadoria por idade; d) Penso por Morte; e) Aposentadoria Compulsria;

    18. uma Previdncia Complementar Pblica:

    a) PREVI b) INFRAPREVI c) FUMPRESP d) CAPREVI e) SUSEP

    ACESSE NOSSO SITE:

    WWW.PREPARATORIOPOPULAR.COM.BR

    Cadastre-se e tenha acesso ilimitado at o dia da prova a todo o contedo previsto para o concurso

    do INSS. Conhecimentos Bsicos e Especficos, alm de simulados, videoaulas, legislao atualizada

    e muito mais.

    Tudo por uma taxa nica de R$ 30, parcelado em at 3 vezes.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    1 .3 ORGANIZAO E PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS

    FCC - 2010 - TRF - 4 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa O princpio constitucional que consiste na concesso dos benefcios a quem deles efetivamente necessite, devendo a Seguridade Social apontar os requisitos para a concesso de benefcios e servios , especificamente, o princpio da

    a) diversidade da base de financiamento. b) uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais. c) universalidade da cobertura e do atendimento. d) equidade na forma de participao no custeio. e) seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios.

    FCC - 2014 - TRF - 3 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Considere os seguintes princpios:

    I. Seletividade e Distributividade na Prestao dos Benefcios. II. Universalidade de Participao nos Planos Previdencirios. III. Previdncia Complementar Facultativa custeada por contribuio adicional. IV. Irredutibilidade do valor dos benefcios de forma a preserv-lhes o poder aquisitivo. A Previdncia Social, rege-se, dentre outros, pelos princpios indicados em a) I, III e IV, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II, III e IV.

    A Seguridade Social organizada conforme alguns princpios gerais merecedores de

    destaque: os da igualdade, da legalidade e do direito adquirido.

    Igualdade, no ramo do Direito Previdencirio, no se refere apenas isonomia

    formal, mas tambm material e geomtrica. A isonomia formal aquela que define que

    o tratamento deve ser igual aos iguais e desigual aos desiguais conforme suas

    desigualdades, ou seja, Tratar a todos de acordo com as suas diferenas e particularidades,

    de modo a dar vantagens aos mais fracos para que os mesmos possam competir em igual

    condies com os mais fortes. Igualar os diferentes tratando-os de maneira diferente. A

    Isonomia Material justifica, por exemplo, a existncia de alquotas diferenciadas entre tipos

    de segurados e entre instituies. E a Isonomia Geomtrica, que possibilita a restrio de

    determinadas prestaes em detrimento do status econmico do beneficirio.

    Quanto ao Direito Adquirido, uma espcie de direito subjetivo definitivamente

    incorporado ao patrimnio jurdico do titular (sujeito de direito), j consumado ou no,

    porm exigvel na via jurisdicional. Diz-se que o titular do direito adquirido est, em

    princpio, protegido de futuras mudanas legislativas que regulem o ato pelo qual fez surgir

    seu direito, precisamente porque tal direito j se encontra incorporado ao

  • 27 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    seu patrimnio jurdico plano/mundo do dever-ser ou das normas jurdicas ainda que

    no fora exercitado, gozado plano/mundo do ser, ontolgico.

    No ramo previdencirio, o direito adquirido existe quando o indivduo enquadra-se

    perfeitamente na regra legal. Por exemplo, s tem direito aposentadoria por tempo de

    contribuio o indivduo que cumpriu os requisitos legais, portanto, adquiriu as

    prerrogativas para gozar de tal benefcio.

    Por fim, o Principio da Legalidade, que est presente em todo o ordenamento

    jurdico, o qual diz respeito obedincia s leis. Por meio dele, ningum ser obrigado a

    fazer ou deixar de fazer alguma coisa, seno em virtude de lei. No ramo previdencirio,

    qualquer nova obrigao, como um aumento de contribuio, somente poder ser feito por

    meio de lei em sentido formal, isto , aprovada pelo Congresso Nacional ou,

    excepcionalmente, por medida provisria.

    Estes foram os princpios gerais, mas existem outros especficos relacionados

    diretamente seguridade social que merecem ateno do candidato. So eles:

    Solidariedade; Universalidade de Cobertura e Atendimento; Uniformidade e Equivalncia de Prestaes entre populaes urbanas e

    rurais;

    Seletividade e Distributividade na Prestao de Benefcios e Servios; Irredutibilidade do Valor dos benefcios; Equidade na forma de Participao e Custeio; Diversidade na Base de Financiamento; Carter Democrtico e Descentralizado da Administrao; Preexistncia de Custeio em relao aos Benefcios e Servios.

    Solidariedade;

    Embora no esteja explicitamente relacionado entre os princpios citados pela CF88,

    este talvez seja um dos mais importantes para que se compreenda a estrutura de

    financiamento previdencirio. Consiste no fato de toda a sociedade contribuir de forma

    direta ou indireta para a Seguridade Social, independentemente de se beneficiar de suas

    prestaes. Na Previdncia Social, por seu carter contributivo, a solidariedade se

    manifestar de forma diferente, atravs do financiamento de geraes. Uma Gerao Ativa

    ao contribuir para a previdncia social est custeando as Geraes Passadas, que esto em

    inatividade (aposentados, pensionista etc.). Futuramente, esta gerao ter os seus

    benefcios garantidos pelas novas geraes que viro, e assim, sucessivamente.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    Universalidade de Cobertura e Atendimento;

    Consiste em promover indistintamente o acesso ao maior nmero possvel de

    benefcios, na tentativa de proteger a populao de TODOS OS RISCOS SOCIAIS PREVISVEIS

    E POSSVEIS. As aes devem contemplar necessidades individuais e coletivas, bem como

    aes reparadoras e preventivas.

    ATENO!

    As bancas costumeiramente apresentam questes exigindo que o candidato decore

    os princpios, elaborando questes que priorizam a substituio de termos, no a

    conceituao desses. Para este concurso, procure identificar o conceito bsico, mas,

    principalmente, memorize os termos utilizados para nomear os princpios.

    Uniformidade e Equivalncia de Prestaes entre populaes urbanas e rurais;

    Este princpio tem como o objetivo equiparar os direitos dos trabalhadores rurais aos

    trabalhadores urbanos. Tornando proibidas quaisquer distines entre os trabalhadores

    urbanos e rurais, que por incrvel que parea, eram muito presentes no Brasil antes da

    Constituio de 88.

    Seletividade e Distributividade na Prestao de Benefcios e Servios;

    Este princpio tem por finalidade orientar a ampla distribuio de benefcios sociais

    ao maior nmero de necessitados. APENAS os servios da Sade, que so direito de todos os

    cidados, as demais prestaes da Seguridade Social estaro disponveis a parcela da

    populao identificada pelo legislador atravs de critrios legais adquiridos e de carncias

    sociais estabelecidas em lei. Por exemplo, algumas prestaes da Assistncia Social sero

    distribudas apenas s pessoas em situao de vulnerabilidade econmica, no sendo,

    portanto, extensiva a todos, aplicando-se o princpio da seletividade. Quanto s prestaes

    da Previdncia Social, tambm no sero distribudas indiscriminadamente, considerando a

    necessidade de custeio prvio.

    Mas, fique atento, geralmente o examinador da banca substitui os termos

    empregados para dar nome aos princpios.

  • 29 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    Irredutibilidade do Valor dos benefcios;

    Irredutvel aquilo que no pode ser reduzido, diminudo, porm pode ser

    aumentado. Neste sentido, este princpio tem por finalidade preservar o valor de compra

    dos benefcios financeiros concedidos pela seguridade social, proibindo-se a reduo do seu

    valor nominal. A legislao infraconstitucional

    materializou este dispositivo ao determinar que

    anualmente os valores dos benefcios sero corrigidos

    por um ndice de preo, o ndice Nacional de Preos

    ao Consumidor - INPC. O INPC foi criado inicialmente

    com o objetivo de orientar os reajustes de salrios dos

    trabalhadores, tendo como populao-objetivo as

    famlias com rendimentos mensais compreendidos

    entre 1 (hum) e 5 (cinco) salrios-mnimos

    (aproximadamente 50% das famlias brasileiras), cujo

    chefe assalariado em sua ocupao principal e

    residente nas reas urbanas das regies, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e

    demais residentes nas reas urbanas das regies metropolitanas abrangidas. O INPC o

    ndice utilizado para reajustar o valor dos benefcios da Previdncia social.

    Equidade na forma de Participao e Custeio;

    Equidade em poucas palavras: quem recebe mais, contribui mais; quem recebe

    menos, contribui menos. Este princpio, resumidamente, expressa que cada um contribuir

    para a seguridade social na proporo de sua capacidade contributiva. Observe que

    EXCLUSIVO Previdncia Social, pois a nica que possui carter contributivo. As

    contribuies para a previdncia social so vertidas conforme a renda do segurado.

    Embora este assunto em um captulo especfico, veja, a nvel exemplificativo como se

    aplica:

    Art. 20, Lei 8212/91 (atualizado pela Portaria MPS N 19 DE 10.01.2014, em vigor

    desde 01/01/2014):

    A contribuio do empregado, inclusive o domstico, e a do

    trabalhador avulso calculada mediante a aplicao da correspondente

    O ndice Nacional de

    Preos ao Consumidor -

    INPC o ndice utilizado

    para reajustar o valor

    dos benefcios da

    Previdncia social.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    alquota sobre o seu salrio-de-contribuio mensal, de forma no

    cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte

    tabela:

    SALRIO-DE-CONTRIBUIO (R$) ALQUOTA PARA FINS DE

    RECOLHIMENTO AO INSS

    at 1.317,07 8%

    de 1.317,08 at 2.195,12 9%

    de 2.195,13 at 4.390,24 11%

    Diversidade na Base de Financiamento;

    O financiamento da seguridade social se d atualmente atravs da contribuio dos

    trabalhadores, das empresas e dos oramentos dos entes estatais. Mesmo as pessoas no

    enumeradas acima contribuem para a seguridade social, seja atravs do pagamento da

    CPMF, seja atravs dos impostos inseridos nos custos dos preos dos produtos consumidos.

    O candidato deve estar atento, antes da CF88, o financiamento era organizado de

    forma Tripartite, sendo custeado pelas empresas, pelos trabalhadores e pelo Estado. A

    reforma constitucional props outras formas de financiamento, retirando, portanto, a

    limitao outrora imposta.

    Conforme o Art. 195, CF88, a seguridade social ser financiada por toda a sociedade,

    de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos

    oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes

    contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

    incidentes sobre:

    a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

    qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    b) a receita ou o faturamento;

    c) o lucro;

  • 31 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo

    contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia

    social de que trata o art. 201;

    III - sobre a receita de concursos de prognsticos.

    IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

    Qualquer forma de contribuio elaborada dentro destes preceitos constitucionais

    poder ser criada atravs de Lei Ordinria. Porm, alm destas formas de contribuio, o

    4 deste artigo informa que a lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a

    manuteno ou expanso da seguridade social, EXCLUSIVAMENTE atravs de Lei

    Complementar. O termo outras fontes indica, portanto, a existncia de mais formas de

    financiamento, excluindo, portanto, o limite tripartite outrora proposto, o que justifica a

    adoo do termo Diversidade.

    Carter Democrtico e Descentralizado da Administrao, mediante gesto

    QUADRIPARTITE, com participao dos Trabalhadores, dos Empregadores, dos

    Aposentados e do Governo nos rgos Colegiados;

    Primeiramente chamo a ateno pois a banca geralmente elabora questes sobre

    este tpico, com a tentativa de confundir o candidato substituindo o termo QUADRIPARTITE

    por TRIPARTITE, anteriormente explicado. Mas fique atento, no estamos falando, aqui, de

    custei, mas sim de participao na Administrao da Seguridade Social.

    Compreenda, a sociedade participa dessa administrao atravs dos diversos

    Conselhos existentes (Conselho Nacional de Previdncia Social, Conselho Nacional de

    Assistncia Social etc.). Neste princpio, o legislador tentou democratizar a gesto da

    seguridade social, uma vez que contempla a participao de todos os segmentos

    representativos da sociedade na administrao dos recursos, inclusive os aposentados e

    pensionistas.

    O Conselho Nacional de Previdncia Social CNPS, rgo superior de deliberao

    colegiada, tem como principal objetivo estabelecer o carter democrtico e descentralizado

    da administrao, em cumprimento ao disposto no art. 194 da Constituio, com a redao

    dada pela Emenda Constitucional n 20, que preconiza uma gesto quadripartite, com a

    participao do Governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos

    aposentados. Criado pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, o Conselho de Previdncia,

    ao longo do tempo vem aperfeioando sua atuao no acompanhamento e na avaliao dos

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    planos e programas que so realizados pela administrao, na busca de melhor

    desempenho dos servios prestados clientela previdenciria. O CNPS, por exemplo,

    composto por 15 integrantes, sendo que destes 6 representam o Governo Federal e 9

    representam os diversos integrantes da Sociedade, sendo: 3 representando os

    trabalhadores; 3 representando os empregadores; e 3 representando os aposentados e

    pensionistas.

    Em 2003, por fora do Decreto n 4.874, de 11 de novembro, foram criados os

    Conselhos de Previdncia Social CPS, unidades descentralizadas do Conselho Nacional de

    Previdncia Social CNPS. So canais de dilogo social que funcionam no mbito das

    Gerncias Executivas do Instituto Nacional do Seguro Social INSS. Tm por objetivo, assim

    como o CNPS, apresentar propostas para melhorar a gesto e a poltica previdencirias. So

    instncias colegiadas e tm carter consultivo e de assessoramento, podendo encaminhar

    propostas para serem deliberadas no mbito do CNPS.

    Os conselhos buscam ampliar o dilogo entre a gerncia-executiva do INSS e a

    sociedade, permitindo que as necessidades especficas de cada localidade no que diz

    respeito ao debate de polticas pblicas e de legislao previdencirias sejam atendidas de

    modo mais eficiente. Os CPS so compostos por 10 conselheiros, sendo 2 representantes

    dos trabalhadores, 2 dos empregadores, 2 dos aposentados e pensionistas e 4 do Governo,

    os quais se renem ao menos uma vez por bimestre. Cada representante tem como

    principal atribuio identificar caractersticas da Previdncia que possam ser aperfeioadas;

    fazer propostas para melhorar a gesto do sistema previdencirio; facilitar o

    desenvolvimento e solidificao da gesto democrtica e prxima dos cidados, alm de

    exercer o controle social sobre a administrao pblica.

    Preexistncia de Custeio em relao aos Benefcios e Servios.

    Outro princpio no previsto de forma explicita no ordenamento jurdico, porm

    presente diretamente na Seguridade Social atravs do art. 195, 5, da CF/88, definindo que

    nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido

    sem a correspondente fonte de custeio total. Este princpio visa o equilbrio atuarial e

    financeiro do sistema securitrio.

  • 33 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    SIMULADO

    19. Qual dos seguintes princpios justifica a

    existncia de alquotas diferenciadas entre

    tipos distintos de segurados?

    a) Irredutibilidade do Valor dos benefcios;

    b) Equidade na forma de Participao e Custeio;

    c) Universalidade de Cobertura e Atendimento;

    d) Uniformidade e Equivalncia de Prestaes

    entre populaes urbanas e rurais;

    e) Seletividade e Distributividade na Prestao

    de Benefcios e Servios;

    20. O conceito de Isonomia Geomtrica possibilita

    a restrio de determinadas prestaes em

    detrimento do status econmico do

    beneficirio. Tal conceito alinha-se

    perfeitamente ao princpio da:

    a) Universalidade de Cobertura e Atendimento;

    b) Uniformidade e Equivalncia de Prestaes

    entre populaes urbanas e rurais;

    c) Seletividade e Distributividade na Prestao

    de Benefcios e Servios;

    d) Irredutibilidade do Valor dos benefcios;

    e) Equidade na forma de Participao e Custeio;

    21. Corresponde a um dos princpios

    constitucionais da Seguridade Social:

    a) Uniformidade de Cobertura e Atendimento;

    b) Universidade e Equivalncia de Prestaes

    entre populaes urbanas e rurais;

    c) Seletividade e Distributividade na Prestao

    de Benefcios e Servios;

    d) Irredutibilidade do Valor dos Servios e

    Benefcios;

    e) Equivalncia na forma de Participao e

    Custeio;

    22. Sobre o Princpio da Solidariedade correto

    afirmar;

    a) Consiste no fato de toda a sociedade

    contribuir de forma direta ou indireta para a

    Seguridade Social, independentemente de se

    beneficiar de suas prestaes;

    b) Consiste em promover indistintamente o

    acesso ao maior nmero possvel de benefcios,

    na tentativa de proteger a populao de

    todos os riscos sociais previsveis e possveis;

    c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos

    trabalhadores rurais aos trabalhadores

    urbanos;

    d) Tem por finalidade orientar a ampla

    distribuio de benefcios sociais ao maior

    nmero de necessitados;

    e) Expressa que cada um contribuir para a

    seguridade social na proporo de sua

    capacidade contributiva.

    23. Sobre o Princpio da Uniformidade e

    Equivalncia de Prestaes entre populaes

    urbanas e rurais correto afirmar

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    a) Consiste no fato de toda a sociedade

    contribuir de forma direta ou indireta para a

    Seguridade Social, independentemente de se

    beneficiar de suas prestaes;

    b) Consiste em promover indistintamente o

    acesso ao maior nmero possvel de benefcios,

    na tentativa de proteger a populao de

    todos os riscos sociais previsveis e possveis;

    c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos

    trabalhadores rurais aos trabalhadores

    urbanos;

    d) Tem por finalidade orientar a ampla

    distribuio de benefcios sociais ao maior

    nmero de necessitados;

    e) Expressa que cada um contribuir para a

    seguridade social na proporo de sua

    capacidade contributiva.

    24. Sobre o Princpio da Seletividade e

    Distributividade na Prestao de Benefcios e

    Servios correto afirmar

    a) Consiste no fato de toda a sociedade

    contribuir de forma direta ou indireta para a

    Seguridade Social, independentemente de se

    beneficiar de suas prestaes;

    b) Consiste em promover indistintamente o

    acesso ao maior nmero possvel de benefcios,

    na tentativa de proteger a populao de

    todos os riscos sociais previsveis e possveis;

    c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos

    trabalhadores rurais aos trabalhadores

    urbanos;

    d) Tem por finalidade orientar a ampla

    distribuio de benefcios sociais ao maior

    nmero de necessitados;

    e) Expressa que cada um contribuir para a

    seguridade social na proporo de sua

    capacidade contributiva.

    25. ndice utilizado para reajustar o valor dos

    benefcios da Previdncia social.

    a) INPC;

    b) ISS;

    c) ICMS;

    d) IDH;

    e) INS.

    26. Marque o item correto com relao ao

    Princpio do Carter Democrtico e

    Descentralizado da Administrao:

    a) Carter Democrtico e Descentralizado da

    Administrao, mediante gesto Tripartite,

    com participao dos Trabalhadores, dos

    Empregadores e do Governo nos rgos

    Colegiados;

    b) Carter Democrtico e Descentralizado da

    Administrao, mediante gesto

    Quadripartite, com participao dos

    Trabalhadores, dos Empregadores, dos

    Aposentados e do Governo nos rgos

    Colegiados;

    c) Carter Democrtico e Descentralizado da

    Administrao, mediante gesto

    Quadripartite, com participao dos

    Trabalhadores, dos Segurados Facultativos,

    dos Aposentados e do Governo nos rgos

    Colegiados;

    d) Carter Democrtico e Descentralizado da

    Administrao, mediante gesto Tripartite,

    com participao dos Trabalhadores, dos

    Aposentados e do Governo nos rgos

    Colegiados;

    e) Carter Democrtico e Descentralizado da

    Administrao, mediante gesto Tripartite,

    com participao dos Trabalhadores, dos

    Empregadores, dos Aposentados e do Governo

    nos rgos Colegiados;

  • 35 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    27. Os Conselhos de Previdncia Social CPS, so

    instncias colegiadas e tm carter consultivo

    e de assessoramento, podendo encaminhar

    propostas para serem deliberadas no mbito

    do CNPS. So compostos por:

    a) 10 conselheiros, sendo 2 representantes dos

    trabalhadores, 2 dos empregadores, 2 dos

    aposentados e pensionistas e 4 do Governo;

    b) 15 conselheiros, sendo 3 representantes dos

    trabalhadores, 3 dos empregadores, 3 dos

    aposentados e pensionistas e 6 do Governo;

    c) 10 conselheiros, sendo 3 representantes dos

    trabalhadores, 3 dos empregadores e 4 do

    Governo;

    d) 15 conselheiros, sendo 5 representantes dos

    trabalhadores, 5 dos empregadores e 5 do

    Governo;

    e) 10 conselheiros, sendo 1 representante dos

    trabalhadores, 1 dos empregadores, 1 dos

    aposentados e 7 do Governo;

    Gabarito

    1. c

    2. d

    3. b

    4. a

    5. e.

    6. c

    7. d;

    8. b

    9. x

    10. a;

    11. d;

    12. a;

    13. d;

    14. e;

    15. a;

    16. c;

    17. b;

    18. C

    19. b;

    20. e;

    21. c;

    22. a;

    23. c;

    24. d;

    25. a;

    26. b;

    27. a

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    CAPITULO 2

    LEGISLAO PREVIDENCIRIA

  • 37 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    2. 1 CONCEITOS, FONTES E AUTONOMIA

    FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - Em relao s fontes do direito previdencirio:

    a) o memorando fonte primria. b) a orientao normativa fonte primria. c) a instruo normativa fonte secundria. d) a lei delegada fonte secundria. e) a medida provisria fonte secundria.

    A questo apresentada exemplifica o mtodo adotado pela FCC quanto ao tema

    Legislao Previdenciria, requerendo do candidato conhecimento bsico no ramo do Direito.

    Inicialmente, importante saber que o termo fontes do direito permite a enunciao de

    definies distintas. A palavra Fonte provm do significado do vocbulo fons em latim,

    apontando para a origem de algo, sendo o ponto de partida no caso do direito.

    As fontes do direito podem ser materiais e formais. As Fontes Materiais so os fatores

    que criam o direito, dando origem aos dispositivos vlidos, sendo assim, todas as

    autoridades, pessoas, grupos e situaes que influenciam a criao do direito em

    determinada sociedade. Em outras palavras, so todos os fatores que condicionam a

    formao das normas jurdicas. As Fontes Formais servem para identificar o modo como o

    direito se articula com os seus destinatrios.

    De forma prtica, cabe ao candidato identificar quais as fontes do Direito

    Previdencirio, que podem ser Primrias ou Secundrias. Primrias, tambm denominadas

    fonte direta ou imediata, esta corresponde s que de per si tm fora suficiente para gerar a

    regra jurdica. As Secundrias, tambm denominadas fontes mediatas, correspondem s que

    no tm a fora das primeiras, mas esclarecem os espritos dos aplicadores da lei e servem de

    precioso substrato para a compreenso e aplicao global do Direito.

    Fontes Primrias do Direito Previdencirio

    Constituio Federal de 1988;

    Emendas Constitucionais;

    Leis Complementares;

    Leis Ordinrias;

    Leis Delegadas;

    Medidas Provisrias;

    Decreto Legislativo;

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    Resolues do Senado;

    Tratados Internacionais

    *Sumulas Vinculantes.

    Fontes Secundrias do Direito Previdencirio

    Decretos;

    Regulamentos;

    Portarias;

    Ordens de Servio;

    Instrues Normativas;

    Orientaes Normativas,

    Circulares, Resolues etc..

    Exemplificao das Fontes Primrias do Direito Previdencirio

    CONSTITUIO FEDERAL DE 1988;

    A Constituio o conjunto de leis, normas e regras de um elaborada com o objetivo

    de regular e organizar o funcionamento do Estado. a lei mxima e nenhuma outra lei

    no pas pode entrar em conflito com ela. A Constituio brasileira de 1988 foi a

    primeira a tratar do tema Seguridade Social atravs de Captulo especifico nos Arts.

    194 a 204.

    EMENDAS CONSTITUCIONAIS;

    Uma emenda constitucional uma modificao proposta constituio de um Estado,

    que, quando aprovada, resulta em mudanas no texto constitucional. Elas so restritas

    a determinadas matrias, no podendo ter como objeto a abolio de clusulas

    ptreas. uma fonte primria no Direito Previdencirio, tendo como exemplo as

    Emendas Constitucionais 20, 41, 47 e 70.

    Ex:

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998 - Modifica o

    sistema de previdncia social, estabelece normas de transio e d outras

    providncias.

    LEIS COMPLEMENTARES;

  • 39 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    Leis complementares so adotadas para regulamentar assuntos especficos, quando

    expressamente determinado na Constituio da Repblica. Exigem o voto da maioria

    dos parlamentares que compe a Cmara dos Deputados e o Senado Federal para

    serem aprovadas. uma fonte primria no Direito Previdencirio, tendo como

    exemplo as Leis Complementares 51, 108, 109, 142 e 144.

    Ex:

    LEI COMPLEMENTAR N 108, DE 29 DE MAIO DE 2001 Dispe sobre a relao

    entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, suas autarquias,

    fundaes, sociedades de economia mista e outras entidades pblicas e suas

    respectivas entidades fechadas de previdncia complementar, e d outras

    providncias.

    LEIS ORDINRIAS;

    So as leis tpicas, ou as mais comuns, aprovadas pela maioria dos parlamentares da

    Cmara dos Deputados e do Senado Federal presentes durante a votao. uma fonte

    primria no Direito Previdencirio, tendo como exemplo as Leis Ordinrias n 8212/91

    e 8213/91.

    LEIS DELEGADAS;

    Editadas pelo Presidente da Repblica, nos limites da autorizao conferida pelo

    Congresso Nacional por Resoluo. uma fonte primria no Direito Previdencirio,

    embora no existam exemplos na legislao.

    MEDIDAS PROVISRIAS;

    So editadas pelo Presidente da Repblica em casos de relevncia e urgncia, tm

    fora de lei e vigncia imediata. Possuem fora de Lei Ordinria. Perdem a eficcia se

    no convertidas em lei pelo Congresso Nacional em at sessenta dias, prorrogveis por

    igual perodo. uma fonte primria no Direito Previdencirio.

    DECRETO LEGISLATIVO;

    Decreto legislativo (DLG) um ato normativo de competncia exclusiva do poder

    legislativo com eficcia anloga a de uma lei. Regula matrias de competncia

    exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos internacionais, sustar atos normativos

    do presidente da Repblica, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do

    governo, autorizar o presidente da Repblica e o vice-presidente a se ausentarem do

    pas por mais de 15 dias, apreciar a concesso de emissoras de rdio e televiso,

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    autorizar em terras indgenas a explorao e o aproveitamento de recursos hdricos e a

    pesquisa e lavra de recursos minerais. uma fonte primria do Direito Previdencirio,

    tendo como mais importantes as que aprovam tratados internacionais.

    RESOLUES DO SENADO;

    A Resoluo do Senado um instrumento do Processo Legislativo destinado ao

    exerccio das competncias privativas constitucionais do Senado Federal. Ateno

    quelas que suspendem a execuo de leis declaradas inconstitucionais por deciso

    definitiva do STF

    Ex:

    RESOLUO SENADO FEDERAL N 26 DE 21.06.2005 Suspende a execuo da

    alnea "h" do inciso I do art. 12 da Lei Federal n 8.212, de 24 de julho de 1991,

    que dispe sobre a organizao da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e

    d outras providncias.

    TRATADOS INTERNACIONAIS

    Um tratado internacional um acordo resultante da convergncia das vontades de

    dois ou mais sujeitos de direito internacional com o objetivo de produzir efeitos

    jurdicos1 no plano internacional, estipulando direitos e obrigaes entre os

    respectivos Estados. So, portanto, ajustes bilaterais. uma fonte primria do Direito

    Previdencirio e, pode ser usado, por exemplo, quando um trabalhador passa a

    trabalhar em mbito internacional.

    *SUMULAS VINCULANTES.

    A Smula Vinculante um mecanismo que

    obriga juzes de todos os tribunais a seguirem

    o entendimento adotado pelo Supremo

    Tribunal Federal (STF) sobre determinado

    assunto com jurisprudncia consolidada.

    Deve ser considerada como fonte primria do

    Direito Previdencirio.

    Exemplificao das Fontes Secundrias do Direito

    Previdencirio mais importantes

    DECRETOS;

    Ateno!

    JURISPRUDNCIA e

    DOUTRINA no so fontes do

    Direito. A primeira refere-se

    de uma deciso reiterada do

    Tribunal sobre determinada

    matria; a segunda a

    interpretao dada lei pelos

    estudiosos do direito.

  • 41 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    Editados pelo Presidente da Repblica, regulamentam as leis e dispem sobre a

    organizao da administrao pblica. uma fonte secundria do Direito

    Previdencirio, tendo como exemplo o DEC 3.048/99.

    Ex:

    DECRETO N 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999 - Aprova o Regulamento da

    Previdncia Social, e d outras providncias.

    REGULAMENTOS;

    Regulamentos so atos normativos do Poder Executivo cuja finalidade desdobrar ou

    detalhar um ato normativo superior. uma fonte secundria do Direito Previdencirio.

    PORTARIAS;

    Portaria um documento de ato administrativo de qualquer autoridade pblica, que

    contm ordens, instrues acerca da aplicao de leis ou regulamentos,

    recomendaes de carter geral e normas sobre a execuo de servios, a fim de

    esclarecer ou informar sobre atos ou eventos realizados internamente em rgo

    pblico, tal como nomeaes, demisses, medidas de ordem disciplinar ou qualquer

    outra determinao da sua competncia. uma fonte secundria do Direito

    Previdencirio, tomando como exemplo a Portaria n 19 de 10/01/2014.

    Ex:

    PORTARIA MF N 19, DE 10 DE JANEIRO DE 2014 - Dispe sobre o reajuste dos

    benefcios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais

    valores constantes do Regulamento da Previdncia Social - RPS.

    ORDENS DE SERVIO; INSTRUES NORMATIVAS; ORIENTAES NORMATIVAS,

    CIRCULARES, RESOLUES ETC..

    Autonomia

    Tratando de forma bastante sucinta, do ponto de vista cientifico, autonomia existe

    apenas para fins didticos, pois nenhum ramo do Direito UNO, ou seja, nenhum

    pode ser tratado individualmente. Didaticamente, para fins de concurso, o Direito

    Previdencirio um ramo autnomo do Direito. Tal afirmativa tranquilamente

    justificada pela existncia, na Constituio Federal, de um Captulo exclusivo para

    tratar sobre o tema. Captulo II, Ttulo VIII Seguridade Social.

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    SIMULADO

    1. uma fonte imediata do Direito Previdencirio:

    a) Decretos; b) Regulamentos; c) Leis Delegadas; d) Ordens de Servio; e) Instrues Normativas; 2. uma fonte primria do Direito

    Previdencirio: a) Instrues Normativas; b) Orientaes Normativas, c) Decretos; d) Portarias; e) Resolues do Senado; 3. uma fonte mediata do Direito

    Previdencirio: a) Decretos; b) Leis Delegadas; c) Medidas Provisrias; d) Decreto Legislativo; e) Regulamentos; 4. uma fonte secundria do Direito

    Previdencirio: a) Art. 194 da CF/88; b) Emenda Constitucional 41; c) Decreto 3.048/99 d) Lei Complementare 142; e) Lei n 8212/91; 5. A Lei n 8.212/91, que dispe sobre a

    organizao da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e d outras providncias, uma:

    a) Emenda Constitucional; b) Lei Complementar; c) Instruo Normativa; d) Lei Ordinria; e) Medida Provisria.

    6. So adotadas para regulamentar assuntos

    especficos, quando expressamente determinado na Constituio da Repblica e exigem o voto da maioria dos parlamentares

    que compe a Cmara dos Deputados e o Senado Federal para serem aprovadas:

    a) Medida Provisria; b) Leis Complementares; c) Emenda Constitucional; d) Leis Ordinrias; e) Decretos Legislativos. 7. No uma fonte do Direito Previdencirio: a) Tratados Internacionais; b) Portarias; c) Jurisprudncia; d) Circulares e) Constituio Federal; 8. Considere certo ou errado: I A Constituio Federal uma fonte mediata

    do Direito Previdencirio; II A Emenda Constitucional 47 uma fonte

    imediata do Direto Previdencirio; III O direito Previdencirio um ramo

    autnomo do Direito a) I e III esto corretos b) II e III esto errados c) I e II esto corretos d) II e III esto corretos e) I, II e III esto corretos

  • 43 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    2. 2 APLICAO DA NORMA PREVIDENCIRIA

    Dentro de um espao territorial existe um nico ordenamento jurdico que um

    conjunto ordenado de normas, que se dividem em funo de princpios coerentes e

    harmnicos. Entretanto, pode ocorrer a ANTINMIA, que o choque entre essas

    normas. Este um problema relacionado aplicao da norma jurdica, e pode ser

    resolvido a partir de trs critrios: o hierrquico, o de especialidade e o cronolgico.

    Entende-se por Critrio Hierrquico o fato de que, entre normas jurdicas

    inconciliveis deve prevalecer a norma superior. No ramo do Direito Previdencirio, a

    hierarquia deve ser obedecida conforme a seguinte ordem de prioridade:

    1 - Constituio Federal de 1988; Emendas

    Constitucionais.

    2 - Leis Complementares; Leis Ordinrias; Leis

    Delegadas; Medidas Provisrias; Decreto Legislativo;

    Resolues do Senado; Tratados Internacionais.

    3 - Decretos;

    4 - Regulamentos; Portarias; Ordens de Servio;

    Instrues Normativas; Orientaes Normativas,

    Circulares, Resolues etc..

    Fique atento, conforme o Art. 5, 3, da CF88,

    os Tratados e Convenes Internacionais sobre

    Direitos Humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois

    turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s

    emendas constitucionais, portanto pertencem primeira ordem de prioridade.

    Outro critrio que deve ser adotado na aplicao da Legislao Previdenciria o

    da Especialidade, tambm denominado de lex specialis. De acordo com esse critrio,

  • - Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br

    se dentre as normas incompatveis uma for geral e a outra especial prevalece a

    segunda.

    Por fim, o Critrio Cronolgico, que se valida pelo preceito de lex posterior derogat

    priori, ou seja, entre duas normas incompatveis deve prevalecer a posterior.

    SIMULADO

    9. Hierarquicamente, no ramo do Direito Previdencirio, a norma superior prevalece sobre a inferior. Desta forma:

    a) O Decreto 3.048/99 prevalecer sobre a Emenda Constitucional 41;

    b) A Lei 8212/91 prevalecer sobre a Lei n 8171/90;

    c) A Emenda Constitucional 41 prevalecer sobre a Instruo Normativa 45/2010;

    d) A Instruo Normativa 45/2010 prevalecer sobre a Emenda Constitucional 41;

    e) A Lei 8212/91 prevalecer sobre o Decreto 3.048/99.

    10. No ramo do Direito Previdencirio,

    hierarquicamente as Leis Delegadas so: a) Superiores s emendas constitucionais; b) Inferiores aos Decretos; c) Superiores aos Tratados Internacionais que

    tratam sobre Direitos Humanos; d) Inferiores ao Decretos Legislativos; e) Superiores Constituio Federal. 11. No ramo do Direito Previdencirio,

    hierarquicamente uma Instruo Normativa :

    a) Inferior a uma Lei Delegada; b) Equivalente uma Resoluo do Senado;

    c) Superior a um Decreto; d) Inferior a uma Resoluo; e) Equivalente a uma Lei Ordinria. 12. Os Tratados e Convenes Internacionais

    sobre Direitos Humanos aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s

    a) Portarias; b) Emendas Constitucionais; c) Leis Ordinrias; d) Leis Complementares; e) Instrues Normativas.

    13. Considere certo ou errado:

    I pelo critrio da Especificidade prevalece a lei mais antiga;

    II pelo critrio hierrquico prevalece a norma mais recente;

    III pelo critrio cronolgico prevalece a norma especfica sobre a comum.

    a) Todas esto corretas b) Apenas a II est errada c) I e II esto erradas d) I e III esto corretas e) Todas esto erradas

  • 45 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS

    Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros

    2. 3 VIGNCIA, INTERPRETAO E INTEGRAO

    FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - A integrao da legislao previdenciria deve observar (grifo nosso) a) o costume, quando mais favorvel ao segurado. b) a Jurisprudncia do Juizado Especial Federal. c) a analogia, quando mais favorvel ao segurado. d) os princpios gerais de direito, na omisso legislativa. e) o princpio do in dbio pro societate em qualquer situao.

    A questo apresentada foi textualmente modificada, pois o examinador da banca perguntou

    sobre a Interpretao, entretanto atribuiu como