manual de contabilidade

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CONTABILIDADE

Pblico alvo: Durao do mdulo 60 horas

Contabilidade

Local de realizao da aco: CLCC Centro de Lnguas, Cultura e Comunicao Objectivo a atingir neste domnio: Identificar o POC como instrumento essencial da tcnica contabilstica; Identificar as disponibilidades imediatas e as aplicaes de tesouraria de curto prazo. Conhecer o contedo das principais contas divisionrias das contas de carcter financeiro. Movimentar as contas de disponibilidades. Conhecer o contedo das principais contas divisionrias da conta de clientes. Conhecer o contedo das principais contas divisionrias da conta de fornecedores. Registar operaes: Correntes, com letras, diferenas de cmbio e adiantamentos. Identificar os tipos de emprstimos; Contabilizar operaes relativas a emprstimos; Desdobrar as contas do estado e Outros Entes Pblicos, e outros devedores e credores; Conhecer as caractersticas bsicas do IVA. Aprender o esquema da contabilizao do IVA. Compreender a dinmica do IVA; Proceder ao apuramento do IVA. Conhecer a movimentao da conta Imposto sobre o Rendimento. Registar operaes com acrscimos e diferimentos;

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

Registar operaes de compra e venda; Distinguir preo de aquisio de custo de aquisio; Saber registar o movimento relativo a compras, devoluo de compras, descontos e abatimentos em compras e adiantamentos. Distinguir desconto comercial de desconto financeiro; Calcular e registar o IVA das operaes de compra e venda; Registar contabilisticamente operaes relativas s vendas nos

diferentes tipos de empresas. Mencionar tipos de despesas inerentes venda. Proceder ao registo das despesas de venda. Saber registar as devolues de venda, descontos e abatimentos. Efectuar regularizaes de existncias; Registar contabilisticamente o movimento relativo a operaes sobre regularizaes de existncia. Identificar sistemas de contabilizao de existncias; Identificar mtodos de custeio; Elaborar fichas de armazm e interpretar as rubricas; Conhecer os esquemas de inventrio; Distinguir inventrio permanente de inventrio intermitente; Conhecer a composio do imobilizado da empresa. Registar operaes com Imobilizado Corpreo, Incorpreo e

Investimentos financeiros;

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

Registar

operaes

relacionadas

com

aquisio,

instalao,

conservao e reparao do imobilizado corpreo. Calcular quotas de amortizao segundo a legislao em vigor; Registar amortizaes, alienao, sinistros e abates do imobilizado; Movimentar contas de capital, reservas e resultados transitados; Abertura da escrita de um Comerciante em Nome Individual; Abertura da escrita das restantes sociedades; Definir reserva. Enumerar os diversos tipos de reserva. Definir as possveis aplicaes dos resultados lquidos. Registar contabilisticamente as diversas possibilidades de aplicao de lucros apurados. Conhecer o contedo das contas de custos e proveitos; Identificar as implicaes do IVA, IRS e IRC. Calcular as retenes na fonte atravs de tabelas; Contabilizar o processamento e pagamento de ordenados e encargos patronais; Distinguir custos e proveitos operacionais; Distinguir custos e proveitos financeiros; Distinguir custos e proveitos extraordinrios; Apurar o Resultado Lquido extracontabilisticamente; Conhecer os princpios contabilsticos inseridos no POC; Aplicar o princpio da especializao do exerccio;

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

Dar a noo de proviso e registar as operaes; Analisar Balancetes de Verificao; Elaborar o Balancete Rectificado; Apurar o Resultado Lquido do exerccio; Elaborar o Balancete Final; Elaborar o Balano e a Demonstrao de Resultados; Apurar estimativas de imposto sobre o rendimento; Determinar o resultado lquido aps a estimativa do imposto;

Instrumentos de Suporte

POC Acetatos. Retroprojector. Quadro. Folhas de Dirio e Razo. Folhas de conta-corrente. Mapas de reconciliao bancria. Declaraes peridicas do IVA. Guias de pagamento do IRS. Fichas de armazmFichas de imobilizado. Mapas de amortizao. Cdigo do IVA. Cdigo das sociedades comerciais.Formadora: Conceio Balhico 5

Contabilidade

Folhas de vencimento. Recibos de ordenado. Folhas de Remunerao da Previdncia e guias de pagamento. Guias de pagamento de IRS. Guias de pagamento do Imposto de selo. Folhas de balano. Folhas de balancete. Folhas de Demonstrao de Resultados.

Fontes BibliogrficasLIVROS Albuquerque, C. (1995). Anlise e Avaliao de Obrigaes. Lisboa: Rei dos Livros. Livro terico sobre a problemtica das obrigaes. Alves, G. e Costa, C. B. (1998). Contabilidade Financeira. Lisboa: Vislis. Livro tcnico sobre a contabilidade empresarial. Bandeira, L. e Ferreira, J. M. (1998). Contabilidade e Fiscalidade de Futuros e Opes. Porto: Bolsa de Derivados do Porto. Livro terico destinado aos professores que pretendam aprofundar conhecimentos sobre aplicaes financeiras em Futuros e Opes. Bastardo, C. et al. (1990). 0 Financiamento e as Aplicaes Financeiras das Empresas. Lisboa: Texto Editora. Livro terico sobre aplicaes financeiras em geral. Borges, A. et al. (1998). Elementos de Contabilidade Geral. Lisboa: Rei dos Livros. Manual terico/prtico sobre a contabilidade financeira. Borges , A. e Ferro, M. (1999). Manual de Casos Prticos de Contabilidade. Lisboa: Rei dos Livros. Livro com aplicaes prticas de contabilidade financeira. Caiado, P. e Madeira, P. (2000). Aspectos Contabilsticos e Fiscais da Prestao de Contas. Lisboa: Vislis. Manual sobre a problemtica contabilstica e fiscal da prestao de contas. Caiado, P. et al. (2000). A Demonstrao de Fluxos de Caixa. Lisboa: Vislis. Obra fundamental sobre a Demonstrao de Fluxos de Caixa. 6

Formadora: Conceio Balhico

Contabilidade Ferreira, R. F. (2000). Gesto, Contabilidade e Fiscalidade. Lisboa: Notcias. Livro terico sobre o enquadramento fiscal da contabilidade. Gil, F. P. (2000). O Balano e os Movimentos Contabilsticos de Fim de Exerccio. Coimbra: Coimbra Editora. Livro terico/prtico sobre a regularizao de contas e elaborao do Balano em fim de exerccio econmico. Gil, F. P. (2000a). Tratamento Fiscal e Contabilstico das Provises Amortizaes e Reavaliaes. Coimbra: Coimbra Editora. Livro tcnico sobre a problemtica das provises, amortizaes e reavaliaes. Gil, F. P. (2000b). A Exemplificao e Aplicao do POC. Coimbra: Coimbra Editora. Livro prtico sobre a aplicao do Plano Oficial de Contabilidade. Lagos, J. B. (2000). Consequncias Contabilsticas do Euro. Lisboa: Vislis. Livro tcnico sobre os procedimentos a seguir decorrentes do Euro. Lous, A. et al. (1999). Tcnicas de Organizao Empresarial, I e II. Porto: Porto Editora. Livros didcticos sobre o estudo da orgnica empresarial, enquadramento jurdico-econmico, tratamento contabilstico da informao e prestao de contas. Machado, J. B. (2000). Contabilidade Financeira. Lisboa: Protocontas. Obra fundamental para o professor que pretende aprofundar conhecimentos tericos de Contabilidade. Moreira, J. C. (2000). Anlise Financeira de Empresas. Porto: BVP. Livro tcnico sobre a anlise e interpretao da informao financeira. Peixoto, J. P. (1995). Futuros e Opes. Lisboa: McGraw-Hill Portugal. Obra sobre aplicaes financeiras, Futuros e Opes. Tiago, A., Almeida, R. e Pascoal, T. (2000). Prestao de Contas. Coimbra: Coimbra Editora. Obra sobre a problemtica da prestao de contas. Viegas, H. e Matos, A. (1992). Didctica da Contabilidade de Gesto. Lisboa: Universidade Aberta. Livro, destinado ao professor, sobre a didctica da Contabilidade. Viegas, H. e Matos, A. (1999). A Empresa e a Contabilidade. Lisboa: Texto Editora. Livro didctico sobre os conceitos fundamentais da Contabilidade Viegas, H. e Matos, A. (1999a). Contabilidade e Gesto. Lisboa: Texto Editora. Livro terico/prtico sobre o estudo das contas, prestao de contas e anlise e interpretao da informao contabilstica. REVISTAS Boletim do Contribuinte Informador Fiscal Jornal de Contabilidade Revista de Contabilidade e Comrcio TOC- Revista da Cmara dos Tcnicos Oficiais de Contas LEGISLAO EM VIGOR Cdigo Comercial Formadora: Conceio Balhico 7

Contabilidade Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares Cdigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado Cdigo das Sociedades Comerciais Directrizes Contabilsticas Plano Oficial de Contabilidade ENDEREOS NA INTERNET www.min-edu.pt - Ministrio da Educao www.min-financas.pt - Ministrio das Finanas www.anje.pt Associao Nacional de Jovens Empresrios www.ctoc.pt Cmara dos Tcnicos Oficiais de Contas www.cidadevirtual.pt/croc Ordem dos Revisores Oficiais de Contas http://canais.sapo.pt/tecnologia/ - Informao sobre tecnologia http://canais.sapo.pt/financas/ - Informao sobre temas econmico financeiros www.sapo.pt/empresas - Informao sobre empresas www.negocios.pt - Informao sobre temas econmico financeiros www.bloomberg.com - Informao sobre temas econmico financeiros www.iapmei.pt - Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas www.cfe.iapmei.pt - Centro de Formalidades de Empresas www.bvl.pt - Bolsa de Valores de Lisboa www.bdp.pt - Bolsa de Derivados do Porto www.icep.pt - Instituto de Comrcio Externo de Portugal www.ine.pt - Instituto Nacional de Estatstica www.bportugal.pt - Banco de Portugal www.cgd.pt Caixa Geral de Depsitos www.ce.pt - Informao sobre Unio Europeia www.cijdelors.pt - Informao sobre Unio Europeia http://enciclopediaverbo.clix.pt - Informao da Enciclopdia Verbo www.jurinfor.pt - Informao sobre legislao e jurisprudncia portuguesa e comunitria

Formadora Conceio Balhico Tcnica de Contabilidade Financeira e Analtica, Monitora de Informtica.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

Captulo I

PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE: INFORMAES DA CONTABILIDADE

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

CONTABILIDADE A Contabilidade uma Cincia de Natureza econmica cujas funes so registo, a avaliao, a anlise, a previso, e o controlo dos factos patrimoniais ocorridos nas unidades econmicas. Uma tcnica de Gesto que tem em vista a determinao da situao patrimonial das empresas e dos seus resultados

FUNES DA CONTABILIDADERegisto A Contabilidade regista todos os factos Patrimoniais

Anlise A contabilidade analisa todos os registos da empresa de forma a tomar decises mais fundamentadas

Controlo A Contabilidade controla a situao econmica e financeira da empresa

Avaliao A Contabilidade avalia os produtos que esto na empresa e toda a sua actividade

Previso A Contabilidade faz previses para o futuro da empresa

DIVISES DA CONTABILIDADE

Para facilitar a vida interna das empresas a Contabilidade dividiu-se em dois ramosCONTABILIDADE GERAL Registo de todos os factos patrimoniais que do a conhecer, em qualquer momento, a situao CONTABILIDADE ANALITICA OU DE CUSTOS Permite dividir os diferentes custos pelos diversos sectores da empresa

patrimonial da empresa Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade

1. INTRODUO A Contabilidade tem o compromisso e a necessidade de bem informar. Trata-se de uma cincia to antiga quanto a civilizao. Tem passado por fases de progresso, literrio e doutrinrio, como mostra o passado, a histria. No obstante, apenas no Sculo XX, pressionada pela necessidade de bem informar, os estudiosos e pesquisadores preocuparam-se em identificar e formalizar de uma maneira prtica e objectiva os princpios que a regem e fixar normas e regras para a efectiva aplicao. Tal acontecimento ocorreu em face da exigncia dos usurios das informaes da contabilidade e representam um grande avano no estudo e na aplicao dos conhecimentos tcnicos da contabilidade, possibilitando a identificao e fixao de normas. Tem sido, portanto, preocupao universal e generalizada quer por contabilistas, pesquisadores ou lderes da classe da contabilidade. Os Princpios so inerentes prpria Cincia Da contabilidade e existem independentemente do desejo ou da escolha por parte de todos aqueles envolvidos pesquisadores, contabilistas ou profissionais -. Referidos Princpios precisam ser identificados e respeitados para que a Contabilidade possa atingir os objectivos colocando disposio dos usurios, informaes da contabilidade teis e relevantes, capazes de suprir as necessidades dos que delas tm carncia. Atravs de informaes aos usurios das Demonstraes Da contabilidade, proprietrios, scios, accionistas, credores, financiadores, investidores, fornecedores, governos, empregados e a sociedade, em geral, a Contabilidade realiza os objectivos a que se prope. As Informaes Da contabilidade devem ser elaboradas rigorosamente de acordo com as normas vigentes que devero estar subordinadas aos Princpios Da contabilidade. Formadora: Conceio Balhico 11

Contabilidade As Demonstraes Da contabilidade geralmente so elaboradas de forma sinttica e para maiores esclarecimentos devero ser divulgadas de forma analtica, atravs de notas explicativas que devero prestar esclarecimentos contemplando, no mnimo: os princpios e normas adoptadas; eventuais mudanas de critrios, que alterem a uniformidade da aplicao das normas, em relao ao exerccio anterior, justificando-as. A Contabilidade realiza os seus objectivos por meio de informaes aos usurios das Demonstraes Da contabilidade. Tais informaes possuem caractersticas prprias, que as definem e as tornam teis as reais finalidades de informar. Para tanto, tais caractersticas devem assemelhar-se s dos Princpios e normas da contabilidade sendo, portanto, componentes que tornam til a informao no momento de se fazer a opo quanto a divulgao de um fato da contabilidade. As informaes da contabilidade so consequncias da aplicao dos princpios ou normas da contabilidade a que se subordinam, no podendo, portanto, contrariar os Princpios Fundamentais de Contabilidade. O principal objectivo da Contabilidade o seu usurio, interno e externo. Pouca importncia ter uma informao da contabilidade se a utilidade a que se destina nula. A informao da contabilidade um instrumento para a tomada de decises, portanto, deve atender a todos os objectivos a que se destina. A moderna Contabilidade deve ser estruturada visando ser um instrumento de informao, deciso e controle, fornecendo informaes capazes de atender plenamente os objectivos dos usurios. Apresenta-se, neste trabalho, o Principal Objectivo da Contabilidade, enfocandose a importncia das informaes da contabilidade e os usurios dessas informaes. Especial destaque dado ao processo de normalizao e a harmonizao de normas e princpios da contabilidade.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade A contabilidade vale pela necessidade de prover o usurio a tempo com informao correcta e til. Para a caracterstica de utilidade seja mantida ao longo do tempo nas mais diversas prticas, torna-se necessrio, que todos os envolvidos com a cincia da contabilidade, tenham em mente a figura do usurio como o grande objectivo.

2.CONSIDERAES GERAIS A Contabilidade desde a mais remota existncia, vincula-se sociedade e evoluem juntas, medida que a sociedade demanda da Contabilidade as mais variadas informaes, o que imoporta em se afirmar, que sem quaisquer dvidas a Contabilidade um componente social. Por ser uma cincia social, a Contabilidade sofre influncias do meio em que opera e deve ser adaptada ao contexto das mudanas sociais, polticas e econmicas, sem prejudicar seu propsito que o de atender bem a todos os vrios usurios da informao da contabilidade. "A funo bsica da Contabilidade a de acumular e comunicar informaes essenciais para o entendimentos das actividades de uma empresa.", Segundo Accounting and Reporting Standars for Corporate Financial Statements 1957 Revision.

3. PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE Os objectivos da Contabilidade podem materializar-se por meio da observao da realidade e transcendem os princpios e normas. O primeiro enfoque a definir concentrou-se no clculo e na apresentao do lucro lquido resultante de regras especficas de realizao e vinculao num balano que relacionasse o perodo corrente a perodos futuros.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade Algumas abordagens fundamentam o estabelecimento dos objectivos da cincia da contabilidade:o

Fornecer aos usurios um conjunto bsico de informaes que deveria atender igualmente bem a todos; Fornecer cadastro de informatizaes diferenciadas para tipo de usurio; Construir um arquivo bsico de informao da contabilidade que possa ser utilizado de forma flexvel por qualquer usurio.

o

o

A funo da Contabilidade no se alterou ao longo do tempo mas os tipos de usurios e as formas de informaes que eles tm procurado tem evoludo substancialmente. Para atender as necessidades dos usurios seria necessrio um estudo de modelo decisrio de cada tipo de tomador de deciso, sabendo-se que a informao da contabilidade disponvel poder tambm influenciar o modelo de decises do usurio, ou seja, seria necessrio:o o

Estabelecer qual a funo que se deseja maximizar; Colectar e avaliar o tipo de informao utilizada no passado para maximizar a funo; A principal dvida consiste em determinar se:

o

A contabilidade dever fornecer conjuntos de informao para cada tipo de usurio; ou Fornecer uma nica informao relatrio, abrangente e detalhada, que ser til para muitos usurios mas no para todos.

o

Segundo Hendriksen (1971:104-105), "O objectivo da Contabilidade fornecer um conjunto de relatrios financeiros para usurios indeterminados com relao riqueza, ou relaes econmicas da empresa." Do ponto de vista terico a melhor abordagem seria aquela que determinasse como objectivo da Contabilidade o fornecimento de informaes especficas Formadora: Conceio Balhico 14

Contabilidade para usurios especficos, porm, nem sempre isso possvel, por problemas de mensurao da prpria Contabilidade e restries do usurio como o prprio custo do sistema. "... a funo fundamental da Contabilidade (...) tem permanecido inalterada desde seus primrdios. Sua finalidade prover os usurios dos demonstraes financeiros com informaes que os ajudaro a tomar decises. Sem dvida, tem havido mudanas substanciais nos tipos de usurios e nas formas de informao que tm procurado. Todavia, esta funo dos demonstraes financeiros fundamental e profunda. O objectivo bsico dos demonstraes financeiros prover de informao til para a tomada de decises econmicas..." A teoria da contabilidade pode ser encarada sob vrias abordagens, entretanto, improvvel que se possa utilizar apenas uma delas para definir todo modelo da contabilidade. Citar-se- as principais abordagens:o o o o o

tica Comportamental Macro econmica Sociolgica Sistmica

3.1.USURIOS DAS INFORMAES DA CONTABILIDADE Nos primrdios, o usurio das informaes da contabilidade era basicamente o proprietrio do patrimnio que elas procuravam mensurar. A Contabilidade nasceu como um sistema de informaes cujo nico objectivo era propiciar ao usurio, informaes teis gesto do patrimnio e o maior objectivo do proprietrio era o controle e apuramento do lucro. Posteriormente surgiram os usurios externos entidade: os fornecedores de crdito, que na forma de banqueiros ou fornecedores de bens e servio, que

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade buscavam encontrar na Contabilidade uma forma de garantia atravs do controle e da evoluo daquele patrimnio que financiavam, constatando que o reconhecimento do lucro no se dava de forma aleatria. Surgiu, a seguir, o Estado, que encontrou na Contabilidade a fonte de informao que possibilitava o lanamento de seus tributos, passando a considerar-se em muitos pases, como o maior importante A existncia de usurios de interesses to diferentes e muitas vezes at contraditrios a informao da contabilidade ser to mais vlida quanto mais livre ela for de tendncias, para a apuramento de resultados predeterminados. Pode-se definir informao como comunicao ou opinio sobre o procedimento de algum. Na contabilidade tm-se na informao o produto final. Em sntese, a Informao deve representar surpresa para quem a recebe, reduzir a incerteza, transmitir uma mensagem com valor superior ao seu custo e evocar reaco por parte do responsvel pela deciso. Para produzir informaes, a Contabilidade dever saber a quem se destina e qual o propsito, por que a premissa bsica que o usurio alvo das informaes possua o nvel de conhecimento necessrio para interpret-las bem como ser relevante. O propsito principal para o qual a informao dirigida para facilitar avaliaes sobre decises de investimentos e julgamentos sobre a qualidade do esforo do desempenho da administrao. Observar-se- que sejam prestadas informaes de qualidade e em quantidade suficiente visando atender ao usurio. Deve, portanto, ser identificado um grupo especfico de usurios, isolados os propsitos, determinados os tipos de informaes que necessitam, levando-se em considerao a forma de apresentao, evitando-se, assim, informaes excessivas ou estranhas, enfim, desnecessrias.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade 3.2.EVOLUO DOS PRINCPIOS DA CONTABILIDADE Hendrikson & Breda (1999:73), questiona o significado da palavra princpio -, quando afirma: " Toda demonstrao financeira examinada por auditores, hoje em dia, acompanhada por um parecer atestando sua obedincia a " princpios da contabilidade exactamente?" E vai mais alm quando faz os seguintes questionamentos:o o

geralmente

aceitos."

Mas

o

que

so

esses

princpios,

"Por que precisamos desses princpios? Quem decide os princpios aceitos e quo amplamente precisam ser aceitos antes de serem considerados geralmente aceitos?"

Os Princpios so primariamente relevantes s demonstraes da contabilidade formais elaboradas em trs partes pelos relatrios de negcios da empresa. As emisses da contabilidade so realmente eficazes no que se refere a neutralidade entre vrias demandas de interesses especiais competitivos. A propriedade de funes deriva da mensurao dos recursos de entidades especficas e de mudanas nestes recursos. Os princpios deveriam ser objectivados na realizao daquelas funes. Relacionar-se- os princpios desenvolvidos no estudo, em referncia:o o

Lucro atribuvel ao processo total de actividade de negcios; Mudanas de Recursos devem ser classificadas entre os montantes atribudos a mudanas no nvel de preo; nos custos de reposio; vendas ou transferncia ou recolhimento do valor do lucro realizvel; outras. Todos os Activos da empresa, se obtidos pelos investimentos de accionistas ou de credores ou por outros meios, devem ser reportados nas demonstraes financeiras; O problema de mensurao no Activo; 17

o

o

Formadora: Conceio Balhico

Contabilidadeo

Todos os passivos da empresa devem ser registrados nas contas e relatados nas demonstraes financeiras; Aqueles passivos que requerem pagamentos em produtos ou servios; Em uma corporao, o patrimnio lquido deve ser classificado dentro do capital investido e lucros acumulados; Uma demonstrao dos resultados de operaes deve revelar os componentes do lucro em detalhes suficientes para permitir comparaes e interpretaes a serem feitas.

o

o

o

Em sntese, pode-se afirmar a Estrutura Bsica da Contabilidade: OBJECTIVOS DA CONTABILIDADE POSTULADOS DA CONTABILIDADE PRINCPIOS DA CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS CONVENES DA CONTABILIDADE Nessa estrutura percebe-se que primeiramente foram definidos os objectivos da Contabilidade para, em seguida, delimitar-se o ambiente em que ela ir actuar para que possa atingir esses objectivos. Isso no ocorre somente com a Contabilidade. Qualquer que seja a rea de conhecimento, necessrio se torna primeiramente definir os objectivos que se pretende atingir o ambiente em que as actividades sero desenvolvidas. 3.3. ESTRUTURA CONCEPTUAL BSICA DA CONTABILIDADE A estrutura conceptual bsica da Contabilidade significa a composio, o arcabouo e fundamental e dentro deste fundamental existem hierarquizaes. Pesquisas tm sido realizadas, ao longo do tempo, por diversos autores e todos tm assumido posturas diversas sobre a estrutura conceptual bsica e a hierarquizaes. 18

Formadora: Conceio Balhico

Contabilidade 4. CARACTERSTICAS QUALITATIVAS NA DIVULGAO DE INFORMAES DA CONTABILIDADE Os atributos das informaes da contabilidade devem tender a ampliar a utilidade caracterizando-se por sobreviver a passagem do tempo; aplicabilidade a todas entidades da contabilidade e serem viveis. Os padres das informaes da contabilidade representam solues gerais a problemas de contabilidade financeira e as interpretaes das informaes esclarecem, explicam ou detalham padres de contabilidade e divulgao, ajudando em sua aplicao na prtica da contabilidade. As aplicaes prticas das informaes da contabilidade, a situaes especficas por administradores e auditores , so os meios pelos quais os objectivos bsicos das demonstraes financeiras so atingidos. Os usurios das Informaes Da contabilidade so os responsveis pela tomada de decises. So caractersticas daqueles tomadores de deciso: a deciso a ser tomada; os mtodos da tomada de deciso; os dados j possudos ou obtidos de outras fontes; a capacidade de processamento de informao do tomador de deciso; o valor da informao da contabilidade. So, portanto, a prpria administrao, os clientes, os credores, os pequenos investidores, enfim, o pblico em geral. Com usurios to diferentes, ao invs de se adotar relatrios com finalidade especfica, onde a informao relevante para um usurio pode no ser de mesma importncia para outros, optou-se pelos demonstraes de finalidades genricas, pelo fato de que os mesmos atendem s exigncias de um maior nmero de usurios. A relao custo/benefcio como uma restrio geral deve ser levada em considerao para se obter uma informao. O benefcios percebidos derivados da mesma devem ser superiores aos custos a ela associados. So a base do processo de deciso. A dificuldade consiste na quantificao precisa dos benefcios.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade As informaes custam para ser evidenciadas. Referidos custos podem ser de coleta, processamento, auditoria, evidenciao, entre outros. Para os usurios, os custos so relacionados com a anlise e interpretao das informaes bem como o custo com a rejeio de informaes sem quaisquer utilidades. Estabelecer as informaes a serem evidenciadas exige um balanciamento dos custos com o provimento e manuteno da informao e dos benefcios advindos da mesma. Tais benefcios no so mensurveis. Pode-se citar, a ttulo de exemplificao, a falta de informaes sobre os efeitos econmicos de uma determinada iniciativa, inclusive os riscos, pode levar a empresa a uma situao de desvantagem competitiva no mercado. Trata-se, portanto, de um custo impossvel de mensurar. As caractersticas qualitativas da informao da contabilidade podem ser expressas pelas qualidades especficas do usurio, representadas pela compreensibilidade e utilidade da informao da contabilidade. Quando a natureza do usurio um fator determinante crucial a deciso a respeito da informao a ser divulgada. A informao somente ter utilidade para o usurio se ele conseguir entend-la. A informao precisa, portanto, ser compreensvel para aqueles que possuem um razovel entendimento do negcio e da actividade econmica e esto dispostos a estudar a informao com diligncia. O perfil do usurio vai influenciar as caractersticas da informao. Um usurio com conhecimentos mais profundos no necessita de uma informao que para ele elementar pois neste caso esta informao no tem utilidade para este por outro lado, um usurio mais leigo, necessitar de informaes mais bsicas, sem as quais ele no conseguir tomar decises acertadas. Informao relevante aquela pertinente questo que est sendo

actualizada, podendo afectar metas, compreenso da questo e decises poderia dizer que uma informao relevante " faz diferena " na deciso, ajudando o usurio a fazer predies sobre o resultado de eventos passados, presentes e futuros ou corrigir expectativas anteriores. Formadora: Conceio Balhico 20

Contabilidade Faz-se necessrio a coexistncia de dois factores: o conhecimento sobre o passado, pois este prover os gestores de habilidades para predizer situaes futuras semelhantes; e o interesse no futuro, pois sem este, de nada servir o conhecimento dos resultados passados. A informao da contabilidade ser relevante para o usurio se ela for oportuna, possuir valor produtivo e valor como feedback. A oportunidade um elemento indispensvel relevncia porque a informao precisa estar disponvel para o usurio antes que perca a sua capacidade de influenciar a deciso do mesmo, pois caso contrrio, incua ser esta informao. o conhecimento da importncia da informao oportuna que est determinando a diminuio de prazos para encerramento das demonstraes da contabilidade porque quanto mais rpido as informaes estiverem disponveis para os usurios, mais teis sero. A oportunidade da informao no condio suficiente para se garantir a relevncia da mesma, mas no se pode conceber relevncia de uma informao que carece de oportunidade. Afirma-se que temos na informao da contabilidade a qualidade do "valor como feedback" quando esta desempenha um papel importante na confirmao ou correco de expectativas anteriores. A aplicao desta qualidade informao da contabilidade nos leva a afirmar que a ltima deve favorecer ao investidor a possibilidade de ajustar suas estratgias de investimento ao longo do tempo. Esta caracterstica decorre do fato de a informao da contabilidade ter que atender a vrios usurios de objectivos bem diferentes. Desta forma, no pode caber a apenas parte destes usurios a definio da mensurao da informao consoante o seu interesse em particular, em detrimento do interesse geral. Assim, a informao ser to mais til, na medida em que for til a todos os usurios e no a apenas parte deles. A neutralidade um meio democrtico de se atingir este fim.

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade A escolha neutra entre alternativas de contabilidade livre de preconceito para apuramento de um resultado predeterminado. Significa que no h vis na direco de um resultado predeterminado. A utilidade da informao da contabilidade significativamente ampliada quando apresentada de maneira que permita comparar uma empresa com outra, ou a mesma empresa em diferentes datas. A comparabilidade depende da uniformidade e da consistncia. A uniformidade consiste em eventos iguais e so representados de forma idntica. A meta de uniformidade estimula a apresentao de demonstraes financeiras por empresas distintas, usando os mesmos procedimentos da contabilidade, conceitos de mensurao, classificao, mtodo de divulgao e formato bsico semelhante. Refere-se, a consistncia, ao uso dos mesmos procedimentos da contabilidade por uma empresa de um perodo para o outro, uso de conceitos e procedimentos de mensurao semelhantes para itens afins nas demonstraes de uma empresa, num dado perodo, e ao uso dos mesmos procedimentos por empresas diferentes. A comparabilidade e a neutralidade so consideradas qualidades secundrias e interdependentes das informaes da contabilidade. A materialidade, assim como a relevncia, um atributo que se traduz na capacidade que a informao ter de influenciar -fazer diferena - para o usurio no seu processo de tomada de deciso. Quando for tomada uma deciso no sentido de desconsiderar uma determinada informao pelo fato de a mesma ser desnecessria ao usurio, pode-se afirmar que essa informao no pertinente, e por este motivo, irrelevante para o usurio. 5. INFORMAES DA CONTABILIDADE: DEMONSTRAES E RELATRIOS

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade Os objectivos das Demonstraes Da contabilidade, so:o

Informar sobre a posio financeira, performance e mudanas na posio financeira da empresa; Mostrar o desempenho da administrao da empresa, que ser tomado como base das decises a serem tomadas pelos mais diversos usurios.

o

A posio financeira da empresa afectada pelo controle dos recursos econmicos, a estrutura financeira, solvncia e liquidez e a capacidade de adaptao s mudanas no ambiente em que operam. A anlise da capacidade de controlo dos recursos econmicos refere-se capacidade de gerar caixa e equivalente de caixa no futuro, dando nfase utilizao do fluxo de caixa. Informaes sobre a performance diz respeito capacidade de, em havendo mudanas nos recursos econmicos, a empresa continuar gerando caixa e equivalente de caixa aplicando a capacidade de julgamento de seus gestores na efectivao das mudanas. As informaes que tratam das mudanas na posio financeira so

importantes e dizem da capacidade da empresa em gerar caixa e equivalente de caixa, bem como a utilizao de fluxos de caixa. Muito embora existam de forma independente, as demonstraes da

contabilidade se relacionam entre si de tal maneira que determinadas informaes s sero teis se vierem acopladas a outras informaes que devero ser complementares. Essas demonstraes se interrelacionam por reflectir diferentes aspectos na mesma transaco. Cita ainda o IASC, a importncia das Notas Explicativas s demonstraes da contabilidade, principalmente por poderem conter informaes consideradas adicionais mas que de extrema importncia. Podem evidenciar elementos de risco, obrigaes ou direitos da empresa no evidenciados no balano patrimonial. Contemplam ainda informaes sobre o segmento e a regio em que a empresa actua, bem como efeitos econmicos, legais e sociais, dentre outras informaes teis aos usurios de demonstraes da contabilidade. Formadora: Conceio Balhico 23

Contabilidade CONCLUSO A Contabilidade, como no decorrer de sua evoluo, estar atenta aos avanos tecnolgicos e a harmonizao da contabilidade internacional e as questes sociais, ambientais e ecolgicas e passar a incorpor-las nos registros e divulgao de informaes aos usurios, reflectindo aquelas realidades. importante se conhecer qual foi a evoluo histrica da Contabilidade para que se possa entender melhor o que hoje, na actualidade. Entender a evoluo das sociedades, em seus aspectos econmicos e dos usurios da informao da contabilidade, em suas necessidades informativas a melhor forma de entender e definir os objectivos da Contabilidade. Apesar das diferenas de abordagem das vrias escolas, deve-se reconhecer que somente existe uma Contabilidade, baseada em postulados, princpios, normas e procedimentos praticabilidade. Predomina, nos textos americanos e europeus, a preocupao com o usurio da contabilidade. A Contabilidade, portanto, desde os primrdios vem sendo utilizada e apresentada como algo til par a tomada de decises. As transformaes polticas, econmicas e sociais tm levado os usurios das informaes da contabilidade a exigir cada vez mais informaes que contemplem aquele compromisso social da empresa com a sociedade. Os Contadores no podem preocupar-se exclusivamente em divulgar as transaces econmicas e financeiras, evidenciando o estado patrimonial das empresas visando a atender apenas a um determinado segmento de usurios. Como resultado da implementao de normas, procedimentos e dos Princpios Fundamentais de Contabilidade, a qualidade das demonstraes Da contabilidade elaboradas e divulgadas pelas companhias tm melhorado consideravelmente. racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da

Formadora: Conceio Balhico

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Contabilidade Produzir diferentes conjuntos de Demonstraes Da contabilidade, regidas pela legislao, organismos e/ou entidades internacionais e nacionais da classe da contabilidade, e pelo mercado de capitais so onerosas e confusas. A harmonizao internacional ser possvel se todas as partes reconhecerem que h diferenas que no so to importantes que no possam ser superadas. A internacionalizao da Contabilidade um desenvolvimento positivo que se deve aplaudir, entretanto, isso no significa que no temos mais que contribuir ao debate. A tomada de decises desempenha papel crucial na Teoria da Contabilidade e sua importncia tem sido frequentemente ressaltada nas definies de Contabilidade. A American Accounting Association AAA, no "A statment of basic accounting theory", diz que a contabilidade o processo de identificao, mensurao e comunicao da informao econmica para permitir a realizao de julgamentos bem informados e a tomada de decises por usurios da informao. Pelas consideraes feitas conclui-se que a sociedade e a Contabilidade evoluem juntas, o que importa em se afirmar que a Contabilidade, sem quaisquer dvidas, um componente de cunho social. A Contabilidade, entretanto, nasceu dentro de um cenrio absolutamente prtico, quando o gestor do patrimnio preocupado em encontrar um instrumento que o ajudasse a geri-lo, passou a criar uma estrutura rudimentar de escriturao que pudesse atender as reais necessidades de informaes. Existe a possibilidade de que, o maior objectivo daqueles criadores da Contabilidade, fosse mais para fins de controle e apuramento do lucro do que o da avaliao patrimonial. Apesar da existncia dessa possibilidade, pode-se dizer que nasceu ou foi criada em funo da caracterstica utilitria, da capacidade de responder as dvidas e de atender s necessidades de seus

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Contabilidade usurios. Conjunto de caractersticas no apenas eficientes para o surgimento da Contabilidade como tambm para a sua evoluo. A co-participao de todos os envolvidos, ou seja, tericos, professores, estudantes, pesquisadores, empresrios e, em, especial, os usurios, que possibilitar o desenvolvimento da rea da contabilidade e a melhoria na qualidade das informaes da contabilidade.

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Captulo II

ELEMENTOS PATRIMONIAIS DAS EMPRESAS

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Contabilidade

O PATRIMNIO

Noo e Classificao Conjunto de Bens (B), Direitos (D) e Obrigaes (O), pertencentes a uma entidade individual ou colectiva num dado momento Patrimnio:{ B,D,O}

PATRIMNIO PARTICULAR OU INDIVIDUAL Conjunto de Bens, direitos e Obrigaes meramente pessoais, ou seja, valores no afectos a qualquer actividade CATEGORIAS PATRIMONIO COMERCIAL Conjunto de Bens, direitos e obrigaes directamente relacionados com a actividade comercial

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MASSAS PATRIMNIAIS

BENS + DIREITOS OBRIGAES Assim,

Denominados elementos patrimoniais activos Denominados elementos patrimoniais Passivos

ACTIVO (A) PASSIVO (P)

Valor Patrimnio (VP)* = ( B + D ) O ou seja, VP = A - P *O VP o que resta empresa depois de pagar as suas dvidas, tambm se denominando CAPITAL PRPRIO (CP) Obtemos ento

EQUAO FUNDAMENTAL DO BALANO CAPITAL PRPRIO=ACTIVO - PASSIVO

Estes trs grandes grupos de elementos patrimoniais denominam-se Massas Gerais.

MASSAS

GERAIS

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ACTIVO Conjunto de Bens e Direitos, tangveis ou intangveis, detidos por indivduos ou empresas, e susceptveis de atribuio de um valor monetrio

CAPITAL PRPRIO constitudo pelo capital com que se iniciou a actividade, pelas reservas e pelos lucros ou prejuzos retidos na empresa PASSIVO Conjunto de obrigaes de uma empresa, ou seja, os valores que deve aos seus credores de curto, mdio e longo prazo. Corresponde parcela dos capitais alheios na estrutura de financiamento de uma empresa( emprstimos bancrios, obrigacionistas, dividas a

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MASSAS

PARCIAIS

IMOBILIZADO

Constitudo por bens patrimoniais activos corpreos, incorpreos ou financeiros que a empresa utiliza na sua actividade com carcter de permanncia Constitudo pelas existncias em armazm( bens), pelas dividas de terceiros(direitos) .

CIRCULANTE

DIVIDAS A TERCEIROS

Constitudo por todas as dvidas a pagar pela empresa a mdio e longo prazo

CAPITAL PRPRIO

Constitudo pelo capital com que se iniciou a actividade, pelas reservas e pelos lucros ou prejuzos retidos na empresa

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Captulo III

BALANO

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BALANO

Noo e Classificao de Balanos: O Balano o resumo do inventrio da empresa. O Balano compara o activo com o passivo e evidencia o valor do patrimnio, isto , o Capital PrprioBALANO INICIAL Feito no incio da actividade econmica ou no incio do exerccio BALANO

BALANO FINAL Balano feito no fim do exerccio econmico

Nota: O Balano no discrimina os elementos patrimoniais, estes aparecem arrumados em contas. Coloca os valores do Activo no 1 membro do esquema e o Capital Prprio e Passivo no 2 membro do esquema Da equao geral do Balano {Activo = Capital Prprio + Passivo} constatamos que o 1 membro tem de ser sempre igual ao 2 membroHorizontal Balano

Vertical

Podem existir nas empresas vrias situaes relativas ao capital prprio consoante a situao econmico-financeira em que a empresa se encontra. Dependendo dos casos, vamos Ter trs gneros de Balanos

CAPITAL PRPRIO Casos

BALANO

NATUREZA Activo (CPa) Nulo ( CPo) Passivo( CPp) CP > 0

VALOR CP = 0 CP < 0

Expresso Geral A = P + Cpa A=P A=P - CPp 32

A>P A=P A 0-> O activo cobre as dvidas (passivo) ficando ainda a empresa com fundos: Situao Normal 2 Gnero de Balano CP = 0-> O activo s chega para pagar as dvidas (passivo). uma situao que revela: Situao Instvel 3 Gnero de Balano CP O activo no chega para pagar as dvidas (passivo), a empresa apresenta uma: Situao Normal

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Captulo IV

ESTRUTURA CONCEPTUAL DO POC

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NORMALIZAO CONTABILISTICA

-POC A Normalizao Contabilstica consiste na definio de um conjunto de regras e princpios que visem: a) Elaborao de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades econmicas b) Definio do contedo, regras de movimentao e articulao das contas definidas no quadro indicado em a) c) Concepo de mapas modelo para as demonstraes financeiras definidas para as unidades econmicas d) Definio dos princpios contabilsticos e dos critrios valor aritmticos que devam ser seguidos na contabilidade das diversas entidades envolvidas Em sntese, Normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser seguida pelas unidades econmicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade das informaes inter unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade pelos diversos agentes econmicos. A Normalizao Contabilstica apresenta Vantagens em diversos domnios, tais como: 1- O da empresa: que poder mais facilmente comparar os dados obtidos com o de outras empresas do sector. 2- O do Tcnico de Contas: que ter sua disposio um instrumento orientador dos procedimentos a adoptar 3- O dos interessados na situao econmica e financeira na empresa: que facilmente podero tirar ilaes relativas situao da empresa 4O da Economia Nacional: que poder dispor de dados mais exactos que certamente determinaro uma anlise mais correcta do sector empresarial em estudo.

5- O da Fiscalidade: Que dispor de elementos para possibilitar uma maior justia na tributao das empresas

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DEMONSTRAO DOS RESULTADOS

IDENTIFICAO DE CUSTOS E PERDAS

CONTAS ( CLASSE 6)

CONTEDO

61 - CMVMC 62 FOR. SERV. EXTERNOS 63 - IMPOSTOS 64 CUSTOS C/ PESSOAL 65 OC e PERDAS OPERAC. 66 AMORTIZAES EXER 67 PROVISES EXERC 68 C P FINANCEIRAS 69 C P EXTRAORDINR.

Preo de custo das mercadorias e MP vend/cons. Electric, combustvel, gua, Honorrios, Mat. Escr. Indirectos e directos Remuneraes, encargos s/ remun., seguros Quotizaes, desp confidenciais, ofert/amostras

exist

Amortizaes em imobiliz

Corpreas/Incorporeas

Cobr duvidosas, riscos e encargos, depreciao exist Juros suportados, perdas em empresas de grupo Donativos, div. Incobrveis, perdas em exist, multas

IDENTIFICAO DE PROVEITOS E GANHOS

CONTAS ( CLASSE 7)

CONTEDO

71 - VENDAS 72 PRESTAO SERVIOS 73 PROVEITOS SUPL. 74 SUBSIDIOS EXPLOR. EMPRESA 75 TRAB PP 76 O P GANHOS OPERAC. 78 P. GANHOS FINANC 79 P GANHOS EXTRAORD.

Preo Das vendas, devolues das vendas

descontos e abat.d/cons.

Servios prestados pela p/p empresa Servios sociais, aluguer de equipamentos, royaltes Do estado ou de outras entidades Invest financ, imob. Corporeas e incorpreas Direitos de propriedade industrial Juros obtidos, rendi. De imveis, dif. De cambio fav Restituio de impostos, recuperao de dividas ....

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APURAMENTO DOS RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO

CLASSE 8 - RESULTADOS 81 RESULTADOS OPERACIONAIS 82 RESULTADOS FINANCEIROS 83 (RESULTADOS CORRENTES) 84 RESULTADOS EXTRAORDINRIOS 85 (RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 86 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCICIO 88 RESULTDOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 89 DIVIDENDOS ANTECIPADOS 81 RESULTADOS OPERACIONAIS 61 CMVMC 62 F.S.E 63 IMPOSTOS 64 C.PESSOAL 65 O C OPER. 66 AMORT. 67- PROVISES 71 VENDAS 72 PRESTAO SERVIOS 73 PROV SUPLEMENTARES 74 SUB. EXPLORAO 75 TRAB P/P EMPRESA 76 O P OPERAC.

82 RESULTADOS FINANCEIROS 68 CUSTOS E PERDAS FINANCEIRAS 78 PROVEITOS E GANHOS FINANCEIROS

83 RESULTADOS CORRENTES (Facultativa) 81 Sd 82 Sd 81 Sc 82 Sc

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84 RESULTADOS EXTRAORDINRIOS 69 CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINRIAS 79 PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINRIOS

85 RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 83 Sd 84 Sd 83 - Sc 84 - Sc

88 RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 81 Sd 82 Sd 84 Sd 86 Sd 81 Sc 82 Sc 84 Sc

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MOVIMENTAO DAS CONTAS NO RAZO

Flio do RAZO ou T Dbito (D) Titulo da Conta 1 membro Debitar uma conta Inscrever o valor do lado do dbito SALDO = | D C | Assim temos,D>C D Banco Mello ->

1000 500

Durante o ms de Janeiro, a empresa realizou as seguintes operaes com estes bancos: Dia 10 - Cheque n 95 071 s/BPA no valor de 250 Dia 12 Depsito n AB 1718, no BM, no montante de 300 Dia 15 Cheque n 95 072, s/BPA, no Valor de 175 Dia 18 Cheque n 71 8970, s/BM, 200 Dia 22 Talo de depsito n AC 2311, no BM, no Valor de 250 Dia 26 Depsito n CF 12 781, no BPA, no Valor de 350 Dia 30 - Cheque n 718 971 s/BM no montante de 100 Pedidos : 1 Proceda ao registo das operaes atrs mencionadas nos razes auxiliares 2 Elabore o Balancete do Razo Auxiliar de Depsitos Ordem, referente ao ms de Janeiro.

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Resoluo: 1. Razes AuxiliaresBanco MelloSaldo Data 1997 Janeiro 1 12 18 22 30 Operaes Saldo nesta data Depsito nAB 1718 Cheque n 718 970 Depsito n AC 2311 Cheque n. 718 971 Dbito Crdito Devedor 500 800 600 850 750 Credor

300 200 250 100

Banco Portugus do AtlnticoSaldo Data 1997 Janeiro 1 10 15 26 Operaes Saldo nesta data Cheque n 95 071 Cheque n 95 072 Depsito n CF 12781 Dbito Crdito Devedor 1000 750 575 925 Credor

250 175 350

2. O Balancete do Razo Auxiliar de Depsitos Ordem, em 31 Janeiro, ser: Balancete do Razo Auxiliar de depsitos Ordem, em 31/01/nContas Banco Mello B.P.A Dbito 550 350 900 Crdito 300 425 725 Devedor 250 75 250 75 Credor

Num Balancete do Razo Auxiliar dever sempre verificar-se a seguinte igualdade: DBITO + SALDO CREDOR = CRDITO + SALDO DEVEDOR 900 + 75 = 725 + 250

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CONTA 13 DEPSITOS PRAZO

As operaes a incluir nestas contas sero estabelecidas de acordo com a legislao bancria POC Debita-se pelos depsitos efectuados, e credita-se pelos levantamentos. O seu saldo devedor, e data do balano aparece integrado na rubrica Disponibilidades

1) Pelos depsitos efectuados 13 DEPSITOS PRAZO 11 CAIXA / 12 D ORDEM

2) Pelos levantamento ou transferncia de conta 12 DEPSITOS ORDEM 13 DEPSITOS PRAZO

3) Pelo vencimento de juros 12 DEPSITOS ORDEM 7811 DEPSITOS BANCRIOS

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CONTA 14 OUTROS DEPSITOS BANC.

Debita-se pelos depsitos efectuados e credita-se pelos levantamentos e eventuais endossos a terceiros. O seu saldo devedor e data do Balano aparece integrado na rubrica disponibilidades segundo os modelos do POC. 1) Pelos depsitos efectuados 14 11/12/13

2) Pelos levantamentos e endossos a terceiros 12/22/23/25/26 14

3) Pelo vencimento dos juros 12 7811

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CONTA 15-TITULOS NEGOCIAVEIS

Inclui os ttulos e perdas de capital adquiridos com o objectivo de aplicao de tesouraria de curto prazo - POC A empresa pode proceder a diferentes investimentos, no relacionados coma sua actividade. Assim, e de acordo com o carcter de continuidade ou de permanncia na empresa, temos: - Aplicaes de curto prazo: Investimentos realizados por um perodo inferior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros, dividendos e lucros. Estes investimentos sero contabilizados nas contas: 15 Ttulos Negociveis 18 Outras Aplicaes de Tesouraria - Aplicaes de mdio/longo prazo: Investimentos realizados por um perodo superior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros e dividendos Neste caso, a contabilizao destes investimentos ser feita na conta: 41 Investimentos Financeiros O desdobramento desta conta contempla as seguintes situaes 151 Aces 1511 Empresas de grupo 1512 Empresas associadas 1513 Outras empresas 152 Obrigaes e ttulos de participao 1521 Empresas de grupo 1522 Empresas associadas 1523 Outras empresas 153 Ttulos da divida pblica ................................................... 159 Outros Ttulos

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Contabilidade

a) Subscrio de Ttulos 26 Outros Devedores e Credores 265 Credores por subscries no liberadas 15 Ttulos negociveis 151.../152...

Mais tarde proceder-se- liberao ou pagamento dos ttulos subscritos, efectuando-se para o efeito o seguinte registo : 12 Depsitos Ordem 121 .... 26 Outros Devedores e Credores 65 Credores por subscries no liberadas

b) Compra de Ttulos Os ttulos devem ser contabilizados pelo seu custo de aquisio, o qual engloba o preo de custo e todas as despesas adicionais, tais como comisses, corretagens e impostos. Esta aquisio pode efectuar-se a prazo ou a pronto pagamento. 1. Aquisio a pronto Pagamento 12 Depsitos Ordem 121 ... 2. Aquisio a prazo 26 Outros Devedores e Credores 268 Devedores e credores Diversos 15 Ttulos Negociveis 151..../152... 15 Ttulos Negociveis 151..../152...

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Contabilidade c) Rendimentos Obtidos Os rendimentos resultantes das participaes de curto prazo podem dividir-se em: Dividendos - os quais so contabilizados na subconta 784 Rendimentos de participaes de capital.

- Juros Contabilizadas na subconta 781 Juros obtidos Estes rendimentos esto sujeitos reteno na fonte de imposto sobre o rendimento, sendo a reteno efectuada pela empresa que procede ao pagamento desses rendimentos. O registo contabilstico a efectuar ser: 12 Depsitos Ordem 121 ... 78 Proveitos Ganhos Financeiros 781 .../ 784 ... Valor Bruto 24 Estado e Outros Entes Pblicos 241 Imposto sobre o Rendimento 2412 Retenes na Fonte por Terceiros Reteno na Fonte d) Venda dos Ttulos adquiridos 1- A operao gera um resultado positivo ( Pv > C. aquisio) 11 / 12 787 15 Valor Lquido

2- A operao gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisio) 54

Formadora: Conceio Balhico

Contabilidade

15

11 / 12

3- A operao gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisio) 11 / 12 687 15

CONTA 18-OUTRAS APLICAES TESOURARIA

Compreende outros bens no includos nas restantes contas desta classe, com caractersticas de aplicao de tesouraria de curto prazo - POC a) Aquisio de Bens 18 Outras Aplicaes tesouraria 11 CAIXA / 12 DEP. ORDE,

b) Venda de Bens adquiridos 1- A operao gera um resultado positivo ( Pv > C.aquisio) 11 / 12 787 18

2- A operao gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisio) Formadora: Conceio Balhico 55

Contabilidade

18

11 / 12

3- A operao gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisio) 11 / 12 687 18

c) Rendimento dos bens adquiridos com aplicao de tesouraria 11 Caixa / 12 D Ordem cap 781 Juros obtidos 784 Rend. de participaes de

CONTA 19-PROVISES PARA APLICAES DE

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Contabilidade

Esta conta ser tratada no captulo das provises

CLASSE 2 TERCEIROS

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Contabilidade Registam todas as dvidas a receber e a pagar pela empresaCONTA 21 CLIENTES

Regista os movimentos com os compradores de mercadorias de produtos e de servios 21 CLIENTES - Vendas a crdito ( facturas) - Cobranas s/ Clientes - Notas de Dbito - Notas de Crdito (incluindo devolues de vendas - Adiantamentos

Os crditos da empresa sobre os seus clientes podem estar representados, po exemplo, em conta corrente ou evidenciados em letras ou outros ttulos a receber. Da a necessidade da criao de contas do 2 grau, que representem estas duas subdivises: CLIENTES C/C e CLIENTES TITULOS A RECEBER

CLIENTES

Clientes C/C

CLIENTES TITULOS A RECEBER

CONTA 211 CLIENTES C/C

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Contabilidade

Regista todo o movimento corrente efectuado pela empresa com os seus clientes. Debita-se pelos aumentos das dvidas correntes dos clientes, creditase pelas diminuies das mesmas. Consideram-se dividas correntes todas aquelas que no sejam tituladas (comprovadas apenas por facturas, notas de dbito, ou de lanamento, mas no por ttulos de crdito) assim como as que no sejam de cobrana duvidosa Esquematicamente: 211 CLIENTES C/C- Facturas emitidas - Pagamentos (de clientes ) - Notas de dbito(encargos c/ clientes: - Saques de letras ou outros ttulos fretes, seguros, enc bancrios) de crdito - Anulao de letras (reforma, devoluo, - Notas de crdito recmbio) - Devoluo de vendas - Dvidas de cobrana duvidosa - Anulao de adiantamentos

Ou seja, engloba as dividas decorrentes de vendas efectuadas a prazo de 30, 60 ou 90 dias 1- Factura n 15, referente venda a 30 dias, de 2500 de mercadorias: 211 Clientes c / c 2500 71 Vendas 2500

2- Saque n 21, no valor da facturan15: 211 Clientes c / c 2500 2500 212 Clientes Ttulos Receber

CONTA 212 CLIENTES TITULOS A RECEBER

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Contabilidade Engloba as dvidas em letras. Tal situao verifica-se quando o cliente conta corrente, no podendo pagar a dvida, aceita uma letra que lhe sacada pelo credor 211 CLIENTES TITULOS RECEBER - Saques - endossos de terceiros endossos a terceiros descontos reforma (anulao) cobranas protestos 8letras em carteira)

Vejamos as diversas operaes efectuadas com letras:

SAQUE a ordem de pagamento que corresponde emisso da prpria letra. Sacar uma letra consiste em emiti-la, em ordenar a algum (sacado) o pagamento de uma certa quantia na data de vencimento. Sendo assim ele efectuado pelo sacador

ENDOSSO Consiste na transmisso da letra a outrem pelo tomador ou portador. Apenas podem ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham a clusula ordem, quando forem ttulos ordem. A entidade que transmite a letra por endosso designa-se endossante; aquele que a recebe por endosso chama-se endossado,

ACEITE

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Contabilidade dado pelo sacado e consiste na declarao da responsabilidade deste pelo pagamento da letra na data do vencimento. Aps ter aceite a letra o sacado passa a designar-se aceitante, sendo responsvel pelo pagamento daquela no vencimento.

DESCONTO O desconto de letras realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa realizao antecipada do seu valor, ou seja possibilita ao portador realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento pagando os juros e encargos relativos ao perodo compreendido entre a data da apresentao a desconto e a do vencimento.

REFORMA Consiste na substituio de uma letra antes do seu vencimento por outra com vencimento posterior. Esta operao, muito frequente, deve-se ao facto de o aceitante no poder liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra na data do vencimento.

TOTAL

Com juros Includos Sem Juros Includos Com Juros Includos Sem Juros Includos

TIPOS DE RPARCIAL

RECMBIO 61

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Contabilidade A letra apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este proceda ao seu pagamento, isto , efectua-se a sua cobrana. A cobrana pode assumir duas modalidades 1 Cobrana Directa Quando o sacador apresenta a letra a pagamento, ao sacado, no dia do seu vencimento ou num dos dois dias teis seguintes. 2 Cobrana Bancria - Quando o sacador entrega as letras a uma instituio de bancria, para que esta proceda cobrana das mesmas

PROTESTO Consiste numa aco levada a efeito pelo portador da letra, motivada pela falta de aceite ou falta de pagamento. O protesto por falta de aceite dever efectuar-se durante os prazos fixados para a apresentao ao aceite; o protesto por falta de pagamento dever efectuar-se num dos dois dias teis seguintes aqueles em que a letra pagvel. Vejamos o movimento contabilstico relativo s diversas operaes com letras: A O SAQUE O saque de uma letra implica a diminuio de dvida em conta corrente e o aumento da dvida em letras a receber 21CLIENTES 212 Clientes Titulos a Receber Vn 21 CLIENTES 211 Clientes c/c Vn

Vn Valor nominal da letra emitida B O ENDOSSO Endossar uma letra transmitir a terceiros todos os direitos inerentes letra Com a letra a empresa, poder efectuar pagamentos a fornecedores de mercadorias ou a fornecedores de imobilizado.

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Contabilidade a) Endosso a um fornecedor de mercadorias 21CLIENTES 22 FORNECEDORES 212 Clientes Ttulos a Receber 221 Fornecedores c/c

b) Endosso a um fornecedor de Imobilizado 21CLIENTES 26 O DEV e CREDORES 212 Clientes Ttulos a Receber 261 Fornecedores de Imob.

C O RECMBIO COBRANA DE UMA LETRACobrar uma letra consiste em receber o valor da mesma na data de vencimento

1-

Cobrana directa 21CLIENTES 11 - CAIXA 212 Clientes Ttulos a Receber 111 Caixa A

2-

Cobrana Bancria

Exerccio: A empresa E&D, Lda, enviou para cobrana o seu saque n 15, no valor de 1 500 000 . O banco cobrou os seguintes encargos : Comisso de cobrana 0,5 % 200