manual de biosseguranÇa das clÍnicas de ... - usc.br · manual da central de materiais e...

88
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA BAURU 2016

Upload: trinhhanh

Post on 24-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE

ODONTOLOGIA

COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA

BAURU

2016

Page 2: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

O Manual de Biossegurança foi constituído e revisado desde a inauguração das Clínicas

de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração. Este volume contou com a

participação dos seguintes membros:

Organização Profa. Dra. Patrícia Pinto Saraiva

Profa. Dra. das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada

Colaboração

Prof. Dr. Fernando Accorsi Orosco

Coordenador do Curso de Odontologia

Presidente da Comissão de Biossegurança

Profa. Dra. Leila Maria Vieira

Diretora do Centro de Ciências da Saúde

Profa. Dra. Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti

Profa. Dra. da disciplina de Ortodontia

Profa. Dra. Carolina Nunes Pegoraro

Profa. Dra. das disciplinas de Dentística e Clínica Integrada

Prof. Dr. Joel Ferreira Santiago Júnior

Prof. Dr. das disciplinas de Prótese, Implantodontia e Clínica Integrada

Profa. Dra. Mirella Lindoso Gomes Campos

Profa. Dra. das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada

Profa. Dra. Danieli Colaço Siqueira

Profa. Dra. das disciplinas de Radiologia e Estomatologia

Prof. Dr. Guilherme Ferreira da Silva

Prof. Dr. das disciplinas de Endodontia e Clínica Integrada

Profa. Dra. Carolina Ortigosa Cunha

Profa. Dra. das disciplinas de Prótese e Clínica Integrada

Profa. Dra. Camila Lopes Cardoso

Profa. Dra. da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial

Enfª. Esp. Michelle Simão Biasin

Coordenadora administrativa das clínicas de Odontologia

Vinícius Matheus Rosa

Estudante do curso de graduação em Odontologia

Dr. Jordan Lima da Silva

Pós-doutorando em Biologia Oral na Universidade do Sagrado Coração

Page 3: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

Sumário

TERMINOLOGIA ................................................................................................................ 4

1 RECEPÇÃO DE PACIENTES ......................................................................................... 6

2 CENTRAL DE ARQUIVO DE DADOS .......................................................................... 6

3 VESTUÁRIO E APRESENTAÇÃO DA EQUIPE........................................................... 7

4 DISPONIBILIZAÇÃO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA PARA FRICÇÃO

ANTISSÉPTICA DAS MÃOS .............................................................................................. 8

5 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) ............................................ 9

6 PREPARAÇÃO DOS BOXES ANTES DO ATENDIMENTO DE CADA PACIENTE10

7 RECEPÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE NOS BOXES ................................ 14

8 DESINFECÇÃO DOS BOXES APÓS O ATENDIMENTO AO PACIENTE .............. 15

9 PREENCHIMENTO DE FICHAS E PRONTUÁRIOS ................................................. 17

10 LIMPEZA DE SUPERFÍCIES ...................................................................................... 18

11 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DA EQUIPE ................................................. 18

12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DO PACIENTE ............................................ 21

13 ROTINA DE LIMPEZA DE ARTIGOS CONTAMINADOS ...................................... 22

14 ROTINA DE ESTERILIZAÇÃO ................................................................................... 23

15 DESCONTAMINAÇÃO DE MAT. DE CONSUMO E PEÇAS PROTÉTICAS ......... 25

16 ROTINAS E PROCEDIMENTOS NO SETOR DE RADIOL. ODONTOLÓGICA .... 28

17 GERENCIAMENTO E DESTINO DE RESÍDUOS ..................................................... 31

18 USO DO AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO .............................................................. 35

19 MANEJO DE BIÓPSIAS .............................................................................................. 38

20 DENTES EXTRAÍDOS ................................................................................................ 38

21 BANCO DE DENTES ................................................................................................... 39

22 NORMAS E ROTINAS DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO ................................. 41

23 ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE ODONTOLOGIA ....... 42

24 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO ................................... 45

24.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 45

24.3 RISCO DE TRANSMISSÃO ...................................................................................... 46

24.4 PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS ........................... 47

25 IMUNIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE ...................................................... 49

ANEXOS ............................................................................................................................. 52

NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DAS CLÍNICAS ACADÊMICAS ............................... 62

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 66

Manual da Central de Materiais e Esterilização ................................................................ 70

Page 4: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

4

TERMINOLOGIA

ANTISSEPSIA – procedimento que visa o controle da infecção a partir do uso de substâncias

biocidas de uso na pele ou mucosas.

ASSEPSIA – conjunto de métodos empregados para impedir que determinado local, superfície,

equipamento e/ou instrumental seja contaminado.

ARTIGOS – instrumentos de diversas naturezas que podem ser veículos de contaminação.

ARTIGOS CRÍTICOS – artigos que penetram através da pele e mucosas adjacentes, atingindo

tecidos subepiteliais e sistema vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas

Page 5: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

5

exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Exigem esterilização ou uso único

(descartável).

ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS – aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com

mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, etc. Exigem

esterilização.

ARTIGOS NÃO CRÍTICOS – aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do

paciente, como refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário em geral. Exigem limpeza e desinfecção

de atividade biocida intermediária.

DESCONTAMINAÇÃO – método de eliminação parcial ou total de microrganismos dos artigos

e superfícies.

DESINFECÇÃO – processo físico ou químico que elimina as formas vegetativas de

microorganismos, exceto os esporulados.

DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA ALTA – quando os desinfetantes são eficazes

contra todas as formas vegetativas bacterianas e destroem parcialmente os esporos.

DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA BAIXA – quando os desinfetantes tem somente

ação contra as formas vegetativas bacterianas.

DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA INTERMEDIÁRIA – quando os desinfetantes

não destroem esporos, tem ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos,

porém não destroem todos eles.

ESTERILIZAÇÃO – processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as

esporuladas, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos.

LIMPEZA – remoção mecânica e/ou química da sujidade, visando à remoção de resíduos

orgânicos, realizada anteriormente à desinfecção e à esterilização.

Page 6: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

6

1 RECEPÇÃO DE PACIENTES

O público alvo é compreendido por:

1.1 Pacientes cadastrados nas Clínicas de Odontologia da USC (Universidade do Sagrado

Coração),

1.2 Pacientes não cadastrados, atendidos na Clínica de Estágio Supervisionado em Atendimento de

Urgências em Odontologia,

1.3 Pacientes novos externos (SUS – Sistema Único de Saúde), oriundos de unidades de saúde do

município de Bauru e da DRS VI (Departamento Regional de Saúde)

1.4 Eventualmente, pacientes de outras cidades, estados e países.

2 CENTRAL DE ARQUIVO DE DADOS

2.1 Os dados cadastrais dos pacientes nas clínicas de Odontologia da USC são armazenados em

uma central de arquivos. Os prontuários dos pacientes que serão atendidos são separados

previamente, e ficam disponíveis diariamente para cada atendimento clínico, para consulta e

anotações devidas;

2.2 Para os pacientes externos, ainda sem cadastro, são abertos os respectivos prontuários, que

também ficam armazenados na central de arquivos, disponível para atendimentos subsequentes;

2.3 O atendimento odontológico somente deverá ser iniciado após o acadêmico e o professor terem

em mão, o prontuário do paciente para checagem e registro das anotações necessárias;

2.4 A central de arquivos tem ciência de que alguns prontuários, como os de pacientes em

atendimento nas clínicas de Implantologia, Cirurgia Ortognática e pacientes com necessidades

especiais, estão arquivados em suas respectivas clínicas.

2.5 A documentação dos pacientes menores de idade (adolescentes e crianças) atendidos no CAIC

ficam armazenados nas respectivas unidades de atendimento.

Page 7: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

7

3 VESTUÁRIO E APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

3.1 Os profissionais da equipe de saúde (estudantes, professores e circulantes) deverão apresentar-

se trajando:

calças e camisas ou camisetas brancas e limpas;

sapatos limpos,brancos, fechados (cobrindo todo o dorso dos pés) e meias estendendo-se até

os tornozelos;

aventais ou jalecos brancos (para os estudantes), e da cor determinada para as circulantes,

limpos e de manga longa, somente no interior das clínicas, sendo proibido transitar com jaleco

pelas demais dependências;

óculos de proteção, máscaras, gorros ou toucas descartáveis ao adentrar e permanecer nas

clínicas.

3.2 Seguindo as orientações da Universidade do Sagrado Coração associada a NR32 devem ser

evitadas, em quaisquer atendimentos clínicos, a utilização de:

saias, shorts ou bermudas;

anéis, pulseiras, relógios, fitas no pulso;

brincos grandes, colares, e outros adornos, a menos que estes estejam encobertos pelo jaleco e

pela touca;

maquiagem em excesso, lenços, esmaltes coloridos, unhas compridas;

piercings, brincos (para os homens);

sandálias ou sapatos abertos;

cabelos ou franjas para fora das toucas ou gorros, barbas por fazer;

camisas ou camisetas com muitos detalhes ou estampadas;

agasalhos, casacos, blusas ou malhas que não sejam brancos.

Page 8: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

8

4 DISPONIBILIZAÇÃO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA PARA

FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS

4.1 De acordo com a Resolução-RDC Nº 42, de 25 de outubro de 2010, é obrigatória a

disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos:

nas salas de triagem, de pronto atendimento, unidades de urgência e emergência,

ambulatórios, unidades de internação;

unidades de terapia intensiva, clínicas e consultórios de serviços de saúde;

nos serviços de atendimento móvel; e

nos locais em que são realizados quaisquer procedimentos invasivos.

Page 9: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

9

5 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)

Todos os profissionais de saúde, estudantes e funcionários devem utilizar os seguintes

equipamentos de proteção individual e uniforme:

Roupas e sapatos fechados e impermeáveis brancos;

Jaleco de mangas compridas.

5.1 LUVAS – utilizadas e trocadas a cada paciente. Luvas cirúrgicas estéreis devem ser utilizadas

sempre que houver risco de contato da pele das mãos e antebraços com sangue, secreções ou

mucosas durante o atendimento, ou na manipulação de instrumentos ou superfícies. Deverão ser

observados os seguintes cuidados:

a) não manipular objetos fora do campo de trabalho enquanto estiver de luvas (canetas, fichas,

equipamentos e embalagens de materiais de consumo). Quando necessário manipular aparelhos

periféricos, ou buscar material, SEMPRE utilizar sobre luvas.

b) retirar as luvas após o término do tratamento do paciente, sem tocar em sua parte externa,

descartando-as no LIXO CONTAMINADO (saco plástico branco ou plástico acoplado à mesa de

trabalho).

c) lavar as mãos assim que retirar as luvas.

d) para a lavagem de materiais deverão ser utilizadas luvas grossas de borracha.

5.2 MÁSCARAS – descartáveis, sendo necessária sua troca a cada paciente, ou sempre que ficar

úmida. Devem ser descartadas no lixo contaminado.

5.3 GORRO – descartável, devendo ser descartado em lixo contaminado.

5.4 ÓCULOS DE PROTEÇÃO E PROTETORES FACIAIS – tem por objetivo proteger a mucosa

ocular e face de secreções contaminantes. É de uso individual, devendo ser limpo e desinfetado

com fricção de álcool 77% v/v, a cada paciente.

5.5 JALECO – deve ser usado sempre e deverá ser trocado e lavado periodicamente, ou sempre

que contaminado por fluidos corpóreos.

Todo estudante deverá providenciar seu próprio equipamento de proteção individual.

A utilização de EPIs deverá ser RESTRITA ao ambiente clínico ou laboratorial.

Page 10: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

10

6 PREPARAÇÃO DOS BOXES ANTES DO ATENDIMENTO DE CADA

PACIENTE

6.1 Cuidados prévios na preparação da clínica odontológica, realizados pelos funcionários da

limpeza e / ou circulantes:

a) Disponibilizar em todos os boxes: lixeiras acionadas por pedal, com saco plástico comum, preto,

impermeável, para resíduos comuns: papéis, fitas crepe, e outros descartáveis não contaminados;

b) Disponibilizar em locais de fácil acesso, cestos coletores (hampers) de roupas utilizadas durante

os procedimentos, para posterior encaminhamento à lavanderia;

c) Encaminhar à lavanderia as roupas utilizadas nos procedimentos em carro de transporte adequado

(tampa fechada, lavável) e destinado somente para este fim, conforme preconiza Ministério da

Saúde;

d) Disponibilizar em locais estratégicos de fácil acesso: lixeiras grandes acionadas por pedal, com

saco plástico branco leitoso, impermeável, para recebimento de resíduos contaminados e sacos

plásticos afixados nas mesas auxiliares, que contém material contaminado dos procedimentos

executados.

e) Disponibilizar, em todos os boxes, detergente enzimático devidamente diluído em praticubas,

para lavagem de instrumental.

f) Disponibilizar coletor de material perfurocortante nos boxes (Descarpak – caixa amarela).

g) Disponibilizar, nas saídas das clínicas, lixeiras com saco plástico branco, para descarte de

máscaras e gorros utilizados na clínica.

h) Em atividades envolvendo cirurgias de implantes dentários é importante a desinfecção do motor

cirúrgico, a colocação do motor em campo duplo, realizar o encapamento dos cabos, utilizar

camisinha no micro-motor e contra-ângulo, assim como no sugador cirúrgico.

Page 11: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

11

6.2 Cuidados prévios na preparação do boxe, realizados pelos estudantes:

a) Bolsas, carteiras, cadernos, pastas e demais objetos pessoais dos estudantes deverão ser

guardados no armário individual de cada estudante. Na clínica, deverão ser mantidos no armário

externo da clínica. Não é permitida a manutenção destes objetos sobre a pia;

b) Todos os aparelhos eletrônicos (celulares, smartphones, tablets) deverão ser desligados ou

colocados no modo silencioso e guardados. É completamente proibido atender telefone ou

realizar operações no aparelho durante atividade clínica e/ou laboratorial;

c) Verificar o comando de liga e desliga do refletor;

d) Acionar o pedal de comando, para comprovar funcionamento das pontas de alta rotação e micro

motor, bem como a saída de água e ar da seringa tríplice;

e) Conferir os comandos de acionamento manual e pelo pedal da cadeira odontológica;

f) Verificar na unidade auxiliar a saída e vazão de água na cuspideira, bem como o funcionamento

das unidades de sucção;

g) Fixar um saco plástico resistente, impermeável, no suporte localizado na lateral da mesa auxiliar,

de fácil acesso ao operador e/ou auxiliar, para descarte do material contaminado. Subentenda-se

aqui, todo material que entra em contato com a pele ou mucosa do paciente durante o atendimento,

exceto perfurocortantes. Ao final de cada atendimento estes sacos plásticos devem ser recolhidos

pelo próprio estudante, que é responsável por descartá-los nas lixeiras grandes, acionadas por pedal,

com saco plástico branco leitoso.

h) Realizar desinfecção de todas as superfícies e periféricos (refletor, cadeira, mocho, mesa auxiliar,

pontas de alta e baixa rotação, seringa tríplice, ponta da unidade de sucção, cuspideira) com álcool

77% v/v ou 70% (p/v).

i) O procedimento de desinfecção deve ser realizado sempre em um mesmo sentido, com a troca de

gaze dutante o procedimento.

j) A desinfecção deverá ser realizada sempre das superfícies menos contaminadas para as mais

contaminadas (seguindo a ordem indicada no ítem g).

k) Envolver a superfície do refletor, apoio da cabeça da caderia, pontas de alta e baixa rotação, peça

de mão, serina tríplice e ponta da unidade de sucção com filme plástico.

l) Todo o processo de desinfecção deverá ser realizado com luvas de borracha (lavar louça).

Page 12: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

12

Os procedimentos abaixo descritos deverão ser realizados por cada estudante ou dupla

responsável pelo seu boxe:

OBS: OS ESTUDANTES OBRIGATORIAMENTE DEVEM FAZER USO DE EPI NESSES

PROCEDIMENTOS.

ÁREA / LOCAL PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO

Cadeira

odontológica

Encosto para cabeça

Botões de comando

Desinfecção com álcool 77% v/v ou (70% p/v);

Revestir os botões com filmes plásticos de PVC .

Fricção por

10 min.

(SEMPRE

NO

MESMO

SENTIDO)

Mocho Assento

Encosto

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Posicionar o assento e o encosto confortavelmente.

Fricção por

10 min.

Refletor

Protetor da lâmpada

Alças ou manoplas de

manuseio

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Cobrir, proteger as alças com saquinhos plásticos ou

filme plástico de PVC, ou ainda protetores

autoclavados em tecidos, para procedimentos

cirúrgicos.

Fricção por

10 min.

Equipo

odontológico

Mesa de apoio

Alta rotação

Micro motor

Contra-ângulo

Peça de mão reta

Seringa tríplice

Mangueiras de conexão

ar e água

Alças para manuseio do

equipo

Antes de usar o alta rotação e a seringa tríplice,

desprezar água por cerca de 30 segundos;

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Ou esterilização em autoclave das pontas;

Na realização de procedimentos críticos, alta

rotação e micro motor devem ser previamente

autoclavados;

Envolver ou encapar a seringa tríplice com

saquinhos plásticos, ou filme de PVC, associados a

canudos plásticos;

Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir as

alças com protetores autoclavados em tecido, para

procedimentos cirúrgicos;

Usar filme plástico, gaze, papel toalha ou sobre

luvas.

30 seg.

Fricção por

10 min.

Cuspideira Lavar com água e sabão neutro;

Desprezar álcool 77% v/v.

Unidade

auxiliar

Sugador a

vácuo

Mangueiras de sucção Nas mangueiras de sucção, desinfecção com álcool

77% v/v;

Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir as

mangueiras com protetores autoclavados em tecido

para procedimentos cirúrgicos; ou utilizar

mangueiras de conexão em silicone, autoclavadas;

Envolver ou encapar a ponta da mangueira com

saquinhos plásticos, após colocação do sugador

descartável de plástico.

Fricção por

10 min.

Mesa auxiliar

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Colocação do saco plástico impermeável, na lateral

da mesa auxiliar, para descarte de lixo contaminado,

exceto material perfurocortante.

Fricção por

10 min.

As barreiras físicas deverão ser trocadas a cada paciente.

Page 13: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

13

A seguir, procedimentos que devem ser realizados pelos estudantes (obrigatório o uso de

EPIs), com relação ao emprego e manuseio dos equipamentos ou aparelhos periféricos. Estes

devem estar dispostos sobre a mesa clínica e/ou auxiliar.

Aparelho Circulante (uso de EPI: jaleco,

luva de limpeza, gorro) Acadêmico

Amalgamador

Desinfecção com álcool 77%

v/v;

Fricção por 10 min., antes e após

as clínicas;

Recobrir com o filme de PVC ao

início e remover ao final das

clínicas.

Manipular utilizando sobre luvas.

Fotopolimerizador

Desinfecção com álcool 77%

v/v;

Fricção por 10 min., antes e após

o seu uso.

Embalar cabos e pontas com

filme plástico de PVC;

Recobrir com o filme de PVC ao

início e remover ao final das

clínicas.

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Fricção por 10 min. dos cabos e pontas, antes

e após o seu uso;

Manipular utilizando sobre luvas, durante a

ativação;

Utilizar saquinhos plásticos para envolver a

ponta de ativação da luz ou revestir com PVC.

Aparelho de

ultrassom e profilaxia

Desinfecção com álcool 77%

v/v;

Fricção por 10 min., antes e após

o seu uso;

Realizar no aparelho, mangueira

e pontas;

Recobrir com o filme de PVC ao

início e remover ao final das

clínicas, e ser trocado entre cada

atendimento.

Manipular utilizando sobre luvas, luvas de

procedimento ou cirúrgicas, dependendo da

especificidade do caso;

Após desinfecção com álcool 77% v/v, vestir

as mangueiras e pontas com protetores

descartáveis ou autoclavados em tecido, para

procedimentos conforme indicado;

Sempre utilizar as pontas ativas estéreis.

Aparelho de

Laserterapia

(baixa potência)

Desinfecção com álcool 77% v/v

Fricção por 10 min., antes e após

o seu uso;

Realizar no aparelho, mangueira

e pontas;

Recobrir com o filme de PVC ao

início e remover ao final das

clínicas, e ser trocado entre cada

atendimento.

Desinfecção com álcool 77% v/v;

Fricção por 10 min., antes e após o seu uso,

dos cabos e ponta ativa;

Manipular utilizando sobreluvas, durante a

ativação;

Utilizar saquinhos plásticos ou filme de PVC

para envolver a ponta de ativação do Laser;

Utilizar óculos de proteção ao laser, tanto o

operador, auxiliar, quanto o paciente.

Laser de alta potência

Desinfecção com álcool 77%

v/v;

Fricção por 10 min., antes e após

o seu uso;

Realizar no aparelho, mangueira

e pontas.

Sempre utilizar as pontas ativas estéreis.

Page 14: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

14

7 RECEPÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE NOS BOXES

a) Posicionar a cadeira de acordo com a altura desejada para o atendimento;

b) Explicar os procedimentos que serão realizados ao paciente;

c) Realizar e/ou atualizar a anamnese do paciente em todas as sessões, independentemente do

tempo em que a última anamnese tenha sido realizada, anotando no prontuário a data em que o

procedimento foi realizado ou conferido. A assinatura do paciente deve sempre estar presente no

dia da realização da anamnese, ou nas modificações ocorridas em seus dados;

d) Aferir a pressão arterial;

e) Proceder a antissepsia extra bucal (pele) e intra bucal (mucosa) com PVPI tópico ou gluconato

de clorexidina a 2%, para realização de procedimentos críticos (cirúrgicos);

f) Proceder com a antissepsia intra bucal (mucosa) com gluconato de clorexidina 0,12%, em

bochecho, por 1 minuto; ou PVPI tópico;

g) Posicionar os óculos de proteção nos pacientes. Os óculos devem ser lavados após cada paciente

utilizá-lo, com sabão germicida ou soluções antissépticas, bem enxaguados em água corrente, e

secos em toalha descartável. Devem também ser desinfetados com álcool 77%.

h) Selecionar e posicionar o tipo de campo, de acordo com o atendimento a ser realizado;

i) Todos os campos utilizados nas clínicas de Odontologia deverão ser descontaminados, lavados

e limpos, e esterilizados para procedimentos cirúrgicos.

j) Para os procedimentos não cirúrgicos utilizar como campo da mesa de trabalho a parte interna

dos campos que envolvem as caixas de materiais, que se encontram esterilizados.

k) Pacientes que apresentem Herpes labial devem ser dispensados e reagendada nova data para

tratamento, desde que não seja uma urgência ou emergência odontológica.

Page 15: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

15

8 DESINFECÇÃO DOS BOXES APÓS O ATENDIMENTO AO PACIENTE

8.1 MATERIAL PERFUROCORTANTE: recolher e depositar em coletores apropriados,

posicionados nos boxes;

8.2 INSTRUMENTAL: recolher da mesa auxiliar com luvas de limpeza, imergir em detergente

enzimático nas praticubas encontradas nas pias, por tempo determinado pelo fabricante (3 a 10

minutos). Verificar o tempo com a auxiliar das clínicas. Esfregar com escova macia, enxaguar em

água corrente e secar com pano seco e limpo;

8.3 CAMPOS: recolher os campos usados da mesa auxiliar, do paciente, e da caixa de instrumental,

e dispensá-los em seus respectivos cestos (hampers);

8.4 FILME PLÁSTICO E/OU SACOS PLÁSTICOS: o filme plástico, ou sacos plásticos

utilizados para proteção de equipamentos durante o atendimento deverão ser removidos após o

término do atendimento, e dispensados em LIXO CONTAMINADO.

8.5 LIXO CONTAMINADO: recolher o saco plástico contendo os resíduos contaminados, vedar

a abertura, e depositar nas lixeiras grandes, acionadas por pedal, com saco plástico branco leitoso.

Page 16: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

16

Os procedimentos abaixo deverão ser realizados por cada estudante ou dupla responsável

pelo seu boxe (ou pela circulante**), após o atendimento ao paciente. OBS: USO

OBRIGATÓRIO DO EPI ADEQUADO.

ÁREA / LOCAL PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO

Cadeira

odontológica Encosto para cabeça;

Botões de comando.

Remover o filme plástico de PVC que estiver

revestindo a cadeira, descartar no saco de lixo

contaminado;

Desinfecção com álcool 77% v/v ou (70% p/v).

Fricção

por 10

min.

Mocho Assento;

Encosto.

Desinfecção com álcool 77% v/v. Fricção

por 10

min.

Refletor Protetor da lâmpada;

Alças ou manoplas de

manuseio.

Retirar os saquinhos plásticos ou filme plástico de

PVC, descartar no saco de lixo contaminado;

Retirar os protetores autoclavados em tecidos, para

procedimentos cirúrgicos, e dispensar nos hampers;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção

por 10

min.

Equipo

odontológico

Mesa de apoio;

Alta rotação;

Micro motor;

Contra-ângulo;

Peça de mão reta;

Seringa tríplice;

Mangueiras de conexão ar

e água;

Alças para manuseio do

equipo.

Retirar das pontas, os protetores autoclavados em

tecido, para procedimentos cirúrgicos, e dispensar

nos hampers;

Remover da seringa tríplice, os saquinhos plásticos,

associados a canudos plásticos, descartar no saco de

lixo contaminado;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção

por 10

min.

Cuspideira**

Escorrer 500ml de água corrente;

Lavar com água e sabão neutro**;

Desprezar HIPOCLORITO DE SÓDIO A 5% **

(cuspideira de louça, caso contrário, álcool 70% p/v).

Fricção

por 10

min. **

Unidade

auxiliar**

Sugador a

vácuo**

Mangueiras de sucção

Aspirar 500ml de água corrente;

Remover os protetores autoclavados em tecido, para

procedimentos cirúrgicos, e dispensar nos hampers;

Nas mangueiras de sucção, desinfecção com álcool

77% v/v;

Retirar da ponta da mangueira, os saquinhos

plásticos, juntamente com o sugador descartável de

plástico, descartar no saco de lixo contaminado.

Fricção

por 10

min.

Mesa auxiliar

Remoção do saco plástico impermeável, na lateral da

mesa auxiliar, para descarte de lixo contaminado,

exceto material perfurocortante, dispensando nas

lixeiras grandes, acionadas por pedal, com saco

plástico branco leitoso;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção

por 10

min.

Procedimentos que devem ser realizados, pelas circulantes, com relação ao emprego e

manuseio dos equipamentos ou aparelhos periféricos, após o uso pelos estudantes.

Page 17: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

17

OBS: USO OBRIGATÓRIO DE EPI ADEQUADO.

Aparelho PROCEDIMENTOS / MEIOS TEMPO

Amalgamador Remover o filme de PVC ao final das clínicas;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção por

10 min.

Fotopolimerizador

Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das

clínicas;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção por

10 min.

Aparelho de ultrassom e

profilaxia

Remover pontas ativas e encaminhá-las para limpeza e

esterilização;

Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das

clínicas ou ser trocado entre cada atendimento;

Realizar no aparelho, mangueira e pontas;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção por

10 min.

Aparelho de Laserterapia

(baixa potência)

Remover do aparelho, o PVC que o recobre, ao final das

clínicas ou ser trocado entre cada atendimento;

Realizar no aparelho, mangueira e pontas;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção por

10 min.

Laser de alta potência Realizar no aparelho, mangueira e pontas;

Desinfecção com álcool 77% v/v.

Fricção por

10 min.

9 PREENCHIMENTO DE FICHAS E PRONTUÁRIOS

O preenchimento das fichas e do prontuário deverá ser feito somente após o término do

atendimento diário do paciente, evitando o contato dessas fichas com luvas, campos e superfícies

contaminadas. Não manusear prontuários com luvas de procedimento. Removê-las, ou se

necessário, utilizar sobreluvas.

O preenchimento dos prontuários é obrigatório ao final dos procedimentos clínicos. Devem

constar os procedimentos executados, elementos dentários em que foram realizados os

procedimentos, medicação prescrita e cuidados indicados. Após o preenchimento, é obrigatória a

assinatura do paciente, a indicação dos alunos que realizaram o procedimento, a clínica em que

ocorreu o atendimento e a assinatura e carimbo do professor responsável. Este preenchimento

deverá ser realizado antes da dispensa do paciente.

Page 18: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

18

10 LIMPEZA DE SUPERFÍCIES

Limpeza do chão com água e sabão, após término de cada clínica; e limpeza terminal, ralizada

diariamente;

Limpeza de superfícies realizada com Veja multiuso (ou material de limpeza similar) e ÁLCOOL

77% v/v;

Limpeza de superfícies entre um paciente e outro, com álcool 77% v/v, friccionando por 10

minutos.

11 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DA EQUIPE

11.1 A HIGIENIZAÇÃO das mãos é obrigatória para todos os componentes da equipe de saúde

bucal. Esta deve seguir uma rotina, com técnicas e sequências adequadas, listadas a seguir:

antes de executar procedimentos no paciente,

após tocar em fluidos, secreções e itens contaminados,

após a retirada das luvas,

entre contatos ou atendimentos aos pacientes,

entre procedimentos em um mesmo paciente,

antes e depois de atos fisiológicos,

antes do preparo de soros e medicações.

11.2 A técnica indicada para a lavagem das mãos para procedimentos comuns, de rotina, deve

obedecer aos seguintes passos:

prender os cabelos, colocar o gorro e posicionar corretamente a máscara e óculos de proteção;

retirar anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitas de pulso e outros adornos;

molhar as mãos e pulsos em água corrente, e após molhar, fechar a torneira;

aplicar sabonete líquido (antisséptico/degermante) suficiente para lavar mãos e pulsos;

ensaboar as mãos e pulsos, limpando sob as unhas;

Page 19: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

19

propiciar ênfase ao redor das unhas e entre os dedos, por no mínimo 30 segundos. Dar atenção

especial à mão não dominante, para certificar-se de que ambas as mãos fiquem igualmente

limpas;

enxaguar com água corrente fria;

secar completamente, utilizando toalhas de papel descartáveis.

Estes passos devem obedecer a seguinte sequência:

unhas e pontas dos dedos,

polegar e outros dedos,

espaço entre os dedos,

palma das mãos,

dorso das mãos,

punhos e antebraços,

repetir os passos anteriores na outra mão, ou intercalar uma com a outra.

11.3 A técnica indicada para a lavagem e antissepsia das mãos para procedimentos cirúrgicos,

deve obedecer aos seguintes passos:

prender os cabelos, colocar o gorro ou touca, e posicionar corretamente a máscara e óculos de

proteção;

retirar anéis, alianças, pulseiras, relógio, fitas de pulso, e outros adornos das mãos, punhos e

antebraços;

abrir a torneira e regular o fluxo da água;

molhar as mãos, pulsos e antebraços em água corrente, e após molhar, fechar a torneira;

aplicar sabonete antisséptico degermante suficiente para lavar mãos (de 3 a 5ml), punhos e

antebraços;

ensaboar as mãos, punhos e antebraços até o cotovelo com solução antisséptica degermante, a

base de iodo (PVPI 10%) ou de gluconato de clorexidina 2%;

escovar sequencialmente, unhas, pontas dos dedos, palma e dorso da mão, espaços entre os

dedos, sempre da porção distal para a proximal, ou seja da ponta dos dedos para o pulso;

Page 20: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

20

o passo anterior pode ser realizado primeiramente em uma das mãos, ou intercalar entre uma e

outra;

após esta fase, escovar os punhos e antebraços, também da parte distal para a proximal, isto é,

do punho em direção ao cotovelo;

enxaguar abundantemente as mãos, pulsos e antebraços com água corrente, deixando escorrer

da ponta dos dedos para os cotovelos;

passar novamente o antisséptico nos dedos, mãos, e antebraços, até os cotovelos;

secar mãos e antebraços com compressa estéril, sempre da mão para o antebraço;

vestir o avental estéril, com fechamento nas costas, gola alta e mangas compridas;

calçar luvas estéreis, conforme a técnica, abertas pelo auxiliar, sobrepondo os punhos do avental.

A sequência descrita acima é indicada para quando se utiliza escova descartável de plástico com

espumas. Caso não se faça a escovação das mãos, punhos e antebraços devem ser friccionados, na

mesma sequência, da ponta dos dedos até os cotovelos; porém estes atos devem ser repetidos por

três vezes até a secagem com a toalha ou compressa estéril. Na primeira vez, lavar até os cotovelos,

na segunda, até o meio do antebraço, e na terceira e última, até os pulsos. Porém, após o enxágue

final, deve-se aplicar novamente o antisséptico nos dedos, mãos, e antebraços, até os cotovelos,

para somente depois secar com as compressas esterilizadas.

11.4 Como medidas de proteção individual, os profissionais odontológicos, tanto operador quanto

auxiliar devem fazer uso dos seguintes itens:

Óculos protetores ou protetores oculares devem ser utilizados pela equipe odontológica (e pelo

paciente) durante os procedimentos com exposição de sangue e/ou fluídos gengivais, para todos

os procedimentos que envolvam produção de aerossóis. Devem ser lavados após cada paciente

com sabão germicida ou soluções antissépticas, bem enxaguados em água corrente, e secos em

toalha descartável;

Aparelhos a Laser requerem proteção com óculos especiais, para o operador, auxiliar e paciente;

Page 21: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

21

A máscara deve ser colocada após o gorro e antes do óculos de proteção, e não deve ser tocada

ou ajustada durante os procedimentos. Deverá ser descartável e apresentar camada dupla ou

tripla;

Os jalecos de uso clínico deverão ser de mangas longas;

Para limpeza do instrumental devem-se usar luvas de LIMPEZA DE BORRACHA;

As luvas não devem ser usadas fora da área de atendimento, devem ser trocadas a cada paciente

(ou quando contaminada, furada ou rasgada) e a sua remoção deverá ser cuidadosa, seguindo a

técnica recomendada para evitar que a parte externa (contaminada) seja tocada;

Em presença de lesões exudativas ou dermatite úmida em qualquer área das mãos, evitar o

atendimento;

Em casos de cortes ou abrasões nas mãos/antebraços, se possível adiar o atendimento, se

inevitável, utilizar curativo impermeável.

12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL DO PACIENTE

A antissepsia da cavidade bucal pode reduzir de 50 a 75% a quantidade de

microrganismos na boca do paciente. Uma correta antissepsia pré-cirúrgica ou pré-tratamento é

altamente satisfatória, caracterizando uma medida muito eficiente no controle da infecção

cruzada no consultório odontológico. Na antissepsia podem ser utilizados: solução de

clorexidina (de 0,12% para mucosas e 2% para pele) e compostos de iodo (Povidona-Iodine,

PVPI).

Bochechos com antissépticos antes do atendimento do paciente representa medida eficaz

para diminuir a quantidade de microrganismos da cavidade bucal. Deve-se utilizar gluconato de

clorexidina (0,12%).

Para procedimentos clínicos que envolvam a paramentação cirúrgica, o preparo

extrabucal deverá ser realizado. Para os demais procedimentos, apenas o preparo intrabucal é

suficiente.

Page 22: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

22

PREPARO EXTRABUCAL

A antissepsia da pele do paciente deve ser feita com produtos antissépticos degermantes

a base de polivinilpirolidona - iodo (PVPI) com auxílio de compressas estéreis. O procedimento

deve ser realizado da seguinte maneira:

Com uma gaze presa a uma pinça, realizar a imersão em solução antisséptica. O campo

para degermação, para procedimentos críticos é iniciado abaixo dos olhos e vai até a altura da

clavícula. A degermação deve ser realizada sempre num mesmo sentido. Toda a gaze utilizada

deve ser desprezada no lixo contaminado.

PREPARO INTRABUCAL

O preparo intrabucal deve ser realizado em todos os pacientes por meio de bochecho por

01 minuto com solução de clorexidina a 0,12%, ou com gaze embebida em solução antisséptica

de PVPI.

Somente após este passo, o paciente é coberto com os campos.

13 ROTINA DE LIMPEZA DE ARTIGOS CONTAMINADOS

Realizar limpeza dos instrumentais (USO DE EPI: LUVA DE LIMPEZA, ETC), por meio de

sua imersão em detergente enzimático no tempo preconizado pelo fabricante (3 a 10 minutos),

na praticuba fechada.

Remover a parte superior (escoador / peneira) da praticuba e deixar o produto escorrer (o líquido

deverá ser trocado sempre que utilizado);

Passar o instrumental em água corrente;

Realizar a limpeza manual (esfregar o instrumental com escova de cerdas de nylon);

Enxaguá-lo abundantemente;

Secá-lo com pano limpo e macio ou com jatos de ar comprimido;

Embalar e identificar o instrumental de acordo com o método de esterilização a ser utilizado;

Page 23: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

23

No caso de utilização de contra-ângulos para cirurgias de implantes deve-se após desinfecção

separar ambas as partes e lubrificar o instrumento. O contra-ângulo deve ser inserido em grau

para esterilização de uma forma desmontada e recoberto em gaze;

Encaminhá-lo à Central de Esterilização.

14 ROTINA DE ESTERILIZAÇÃO

É PROIBIDA A ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAL FORA DA CENTRAL DE

ESTERILIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO.

14.1 Validação da esterilização:

Indicadores químicos: constituídos por fitas adesivas, deve-se utilizá-lo em todos os pacotes que

serão esterilizados;

Indicadores biológicos: os indicadores devem ser colocados no interior dos laps cirúrgicos,

dentro das caixas de instrumental.

14.2 Embalagem para autoclave:

Embalar o instrumental/materiais em tecido de algodão simples, e após, acondicioná-los em

caixas metálicas, acrílicas ou bandejas, perfuradas (instrumentais com trava devem estar

entreabertos);

Envolver as caixas em campos de tecido (algodão cru - gramatura ideal) duplo;

Fechar os pacotes com fita crepe;

Passar fita crepe para autoclave (indicador químico de esterilização);

Page 24: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

24

Identificar o pacote com nome do estudante, disciplina, período, nome do material, data de

esterilização, validade, número do lote, nome do responsável por sua esterilização, (procedimentos

realizados pelos colaboradores da Central de Esterilização);

Os jalecos cirúrgicos e as toalhas para mãos ou compressas, se reutilizáveis, devem ser

embaladados com campos duplos de tecido de algodão cru;

Os campos de tecido devem ser lavados antes do uso inicial e após cada autoclavagem e não

podem conter remendos, cerzidos ou perfurações.

14.3 Tempos e temperaturas

Autoclave:

20 minutos à 121ºC.

14.4 Tempo de validade/estocagem

Tempo de validade: 7 dias para material embalado em algodão cru, sendo que este deverá ter

permanecido armazenado na central de esterilização;

O material embalado com papel grau cirúrgico e sms (tecido-não-tecido) tem maior vida útil,

devendo seguir protocolo estabelecido pela central de esterilização. Todo material que for guardado

no armário depois de retirado da central de esterilização NÃO está estéril, necessitando trocar

embalagem e retomar o processo.

Estocagem:

a) Estocar o material em armário revestido de fórmica, fechado, limpo e seco na Central de

Esterilização;

b) A disposição dos pacotes deverá ser feita segundo a data de vencimento da esterilização;

c) Os pacotes cujo prazo de validade estiver vencido deverão passar pelo processo de

reprocessamento (recall), realizando sempre a troca da embalagem.

Page 25: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

25

15 DESCONTAMINAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSUMO E PEÇAS

PROTÉTICAS

Todos os materiais de consumo deverão ser manipulados com sobreluvas.

Os tubetes anestésicos deverão ser DESINFETADOS por fricção com gaze embebida em álcool

77% por 10 minutos.

O lençol de borracha deverá ser autoclavado para procedimentos cirúrgicos e descontaminado

com clorexidina 2% para os demais procedimentos.

Cuidados nos laboratórios de prótese:

a) Brocas, discos e pedras devem ser esterilizados antes e após o seu uso em peça(s) protética(s)

de um mesmo paciente, ou descartados;

b) Na utilização do torno odontológico, o profissional deve colocar óculos de proteção e máscara;

c) O torno odontológico também deve ser desinfetado externamente com álcool 77%, ao menos 1

vez por semana, pelo funcionário responsável pelo setor;

d) Para cada paciente deve ser utilizada uma porção de pedra-pomes. Evitar a retirada de grandes

porções de materiais de polimento, uma vez que é proibido o armazenamento das sobras ou a sua

reutilização para trabalhos de pacientes diferentes;

e) Sempre que possível utilizar acessórios descartáveis e de uso único para polimento e os itens

reutilizáveis devem ser esterililizados ou desinfetados a cada uso;

f) Durante as provas, antes da soldagem e/ou cimentação, as peças devem ser desinfetadas antes

de serem devolvidas ao laboratório, seguindo os procedimentos descritos anteriormente;

g) Todo componente de prótese implantossuportada (pilares, parafusos, cicatrizadores) que não

estejam lacrados e esterilizados devem ser submetidos a procedimento de esterilização antes de sua

utilização.

h) Delineadores, arcos faciais, gral de borracha, espátulas para alginato, escalas de cores de

gengiva ou dente articial devem ser lavados com água e sabão e realizar desinfecção por meio de

fricção com álcool 70% p/v. Todas as moldeiras e garfo do arco facial devem ser esterilizados.

i) As olivas do arco facial devem ser lavadas em água corrente e desinfectadas por meio de fricção

com álcool 70% p/v. Depois desta etapa devem ser protegidas com barreira de filme PVC antes de

serem utilizadas. Após utilização, o filme PVC deve ser descartado em lixo contaminado.

Page 26: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

26

DESINFECÇÃO DE MOLDES

MATERIAL DE

MOLDAGEM

DESINFETANTE TÉCNICA

Alginato

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

-Lavar o molde em água corrente;

-Borrifar o desinfetante sobre o molde e mantê-lo

embrulhado com um papel toalha úmido;

-Aguardar 10 minutos;

-Lavar em água corrente abundantemente;

-Secar

Godiva

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

1- Lavar o molde em água corrente;

2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico

com tampa, ou saco de plástico com fecho,

contendo o desinfetante*;

3- Deixar imerso durante 10 minutos;

4- Lavar em água corrente abundantemente;

5- Secar

Pasta de Oxido de Zinco e

Eugenol

Ácido peracético 1%

1- Lavar o molde em água corrente;

2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico

com tampa, ou saco de plástico com fecho,

contendo o desinfetante*;

3- Deixar imerso durante 10 minutos;

4- Lavar em água corrente abundantemente;

5- Secar

Polissulfeto/Mercaptana

(Nome comercial:

Permelastic - Kerr)

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

Ácido peracético 1%

1- Lavar o molde em água corrente;

2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico

com tampa, ou saco de plástico com fecho,

contendo o desinfetante*;

3- Deixar imerso durante 10 minutos;

4- Lavar em água corrente abundantemente;

5- Secar

Poliéter

(Nome Comercial:

Impregum - 3M)

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

1- Lavar o molde em água corrente;

2- Borrifar o desinfetante sobre o molde e mantê-lo

embrulhado com um papel toalha úmido;

3- Aguardar 10 minutos;

4- Lavar em água corrente abundantemente;

5- Secar

Silicona de Adição e

Condensação

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

Ácido peracético 1%

1- Lavar o molde em água corrente;

2- Inserir o molde em cuba de vidro ou de plástico

com tampa, ou saco de plástico com fecho,

contendo o desinfetante*;

3- Deixar imerso durante 10 minutos;

4- Lavar em água corrente abundantemente;

5- Secar

*Obs: a solução desinfetante só poderá ser usada uma vez

Page 27: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

27

DESINFECÇÃO DE PRÓTESES

As próteses devem sofrer desinfecção quando são recebidas ou enviadas ao laboratório, durante as

várias etapas da confecção.

TIPO DE PRÓTESE DESINFETANTE TÉCNICA

Próteses Fixas em Metal e

Porcelana

Próteses Removíveis com

Estrutura Metálica

Ácido peracético 1%

1- -Lavar bem em água corrente;

2- -Inserir em recipiente de vidro ou de

plástico com tampa ou saco plástico

com fecho, contendo o desinfetante,

3- -Deixar imerso por 10 minutos;

4- -Enxaguar bem em água corrente.

Próteses Totais

(Acrílico)

Roletes de cera, registros em

cera, casquetes em acrílico,

moldeiras em acrílico.

Hipoclorito de Sódio

0,5 ou 1%

1- -Lavar bem em água corrente;

2- -Inserir em recipiente de vidro ou de

plástico com tampa ou saco plástico

com fecho, contendo o desinfetante,

3- -Deixar imerso por 10 minutos;

5- -Enxaguar bem em água corrente.

*Obs: a solução desinfetante só poderá ser usada uma vez

Page 28: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

28

16 ROTINAS E PROCEDIMENTOS NO SETOR DE RADIOLOGIA

ODONTOLÓGICA

Recepção dos pacientes:

a) Pacientes USC (clínicas e convênios internos) com requisição da(s) tomada(s) radiográfica(s)

assinada por um professor da USC ou pelo CD do convênio;

b) Pacientes externos (SUS), oriundos das unidades de saúde do município e da DRS VI.

Arquivos de dados:

Na recepção da clínica de radiologia odontológica são coletados dados de identificação pessoal,

para registro na radiografia e em livro controle.

Preparo da sala antes do paciente:

a) Tomadas intrabucais:

Limpeza da cadeira odontológica com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos.

Limpeza da cabeça do aparelho de Rx com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos.

Disponibilizar invólucros, saquinhos plásticos para envolver posicionadores e filmes

radiográficos.

Para tomadas radiográficas que não permitam a utilização de posicionadores (por exemplo, na

endodontia e pediatria), as películas radiográficas deverão ser embaladas em filme plástico.

b) Tomadas extrabucais:

Limpeza do apoio de mento do aparelho panorâmico com álcool 77%, friccionando por 10

minutos, e colocação de invólucro plástico descartável no bloco de mordida.

Descontaminação de películas radiográficas:

a) Com a utilização de saco plástico para a proteção de filmes e películas, não há necessidade de

descontaminação da película, já que a mesma não é contaminada;

b) Quando a película estiver embalada com papel filme, retirar o invólucro com cuidado para não

haver contaminação da película;

c) Descartar o invólucro adequadamente.

Page 29: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

29

Preparo do paciente:

a) Tomadas intrabucais:

Colocação de vestimenta plumbífera que garanta a proteção do tronco do paciente incluindo

tireóide e gônada;

Explicação dos procedimentos a serem realizados.

b) Tomadas extrabucais:

Colocação do avental de borracha plumbífera próprio para tomada extrabucal a ser realizada;

Explicação dos procedimentos a serem realizados.

Após a realização das radiografias, realizar o preenchimento dos dados radiográficos na pasta que

se encontra em cada box de radiologia.

Preparo da sala depois da saída do paciente:

a) Tomadas intrabucais:

Limpeza da cadeira odontológica com álcool 77% v/v, friccionando por 10 minutos;

Limpeza da cabeça do aparelho de Rx com álcool 77%, friccionando por 10 minutos;

Processamento radiográfico em câmara escura;

Registro das tomadas realizadas em ficha própria no boxe onde foi realizado o exame;

Laudo da radiografia realizada;

Armazenamento da radiografia no prontuário da clínica acadêmica ou entrega da radiografia ao

paciente, mediante recibo de retirada.

b) Tomadas extrabucais:

Limpeza do apoio de mento do aparelho panorâmico com álcool 77%, friccionando por 10 minutos;

Processamento radiográfico em câmara escura;

Registro das tomadas realizadas em ficha própria no boxe onde foi realizado o exame;

Laudo da radiografia realizada;

Armazenamento da radiografia no prontuário da clínica acadêmica ou entrega da radiografia ao

paciente, mediante recibo de retirada.

Page 30: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

30

Rotina de limpeza de superfícies:

a) Limpeza do chão com água e sabão por EMPRESA TERCEIRIZADA;

b) Limpeza de superfícies com ÁGUA E SABÃO;

c) DESINFECÇÃO das superfícies entre um paciente e outro é realizada com álcool 77% v/v,

friccionando por 10 minutos, realizada pelo estudante que atenderá o próximo paciente.

Cuidados profissionais:

a) Usar luvas e demais EPIs durante as tomadas radiográficas;

b) Proteger as bancadas com toalhas de papel descartáveis, posteriormente à desinfecção com

álcool 77% v/v, a cada troca de pacientes;

c) Após a tomada radiográfica, descartar o saco plástico/filme plástico diretamente no lixo

identificado como CONTAMINADO, localizado no box. Com a ajuda do auxiliar (ou com pinça

clínica), remover o filme do posicionador;

d) Nunca tocar na película ou em superfícies não protegidas com barreiras, com luvas contaminadas

com saliva. Uma vez contaminadas, as luvas devem ser descartadas em recipientes específicos, logo

após a(s) tomada(s) radiográfica(s) e antes do processamento dos filmes;

e) Se ocorrer contaminação do filme com a saliva do paciente, este deve ser desinfetado com gaze

embebida em álcool 77% v/v, friccionando as faces do filme por 30 segundos. Cuidados especiais

devem ser tomados para não provocar danos à embalagem do filme;

f) Os filmes só deverão ser levados para processamento na câmara escura ou caixa de revelação,

se estiverem livres de contaminação;

g) Os posicionadores deverão ser lavados com detergentes neutros e colocados em soluções

degermantes/desinfetantes por 10 minutos;

h) Na impossibilidade do uso de barreiras para posicionadores e/ou filmes, o posicionamento do

cilindro localizador deverá ser posicionado pelo auxiliar. O posicionamento do cilindro poderá ser

feito pelo operador, desde que utilizadas barreiras de proteção para superfícies;

i) Dispensar a película de chumbo em recipiente apropriado para seu descarte, disponibilizados

nas câmaras escuras e próximo às caixas de processamento.

Page 31: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

31

17 GERENCIAMENTO E DESTINO DE RESÍDUOS

17.1 Orientações gerais

a) Para cada paciente deverá ser utilizada uma seringa esterilizada, um novo tubete e uma nova

agulha descartável. Como é possível que um determinado paciente necessite múltiplas injeções de

anestésico ou outra medicação, a agulha pode ser reencapada pela tecnica de deslizar a agulha para

dentro da tampa deixada sobre uma superficie (bandeja do instrumental ou mesa auxiliar).

Para as clínicas de Periodontia e Cirurgia, nas quais as mesas de trabalho são mantidas estéreis, não

se deve reencapar a agulha (o invólucro da agulha não é esterilizado, e portanto, não pode ser

colocado sobre a mesa). Nesta situação, a agulha deverá ser mantida desencapada sobre a mesa.

b) Não deve ser jogado qualquer tipo de material odontológico, como por exemplo: material de

moldagem, soluções reveladoras e/ou fixadoras, etc., na cuspideira ou na pia, mas sim em

recipientes específicos.

c) As seringas descartáveis, quando estiverem com agulha deverão ser dispensadas no Descarpak.

As seringas, sem agulhas, devem ser dispensadas no lixo contaminado. Os tubetes de anestésico de

vidro também deverão ser dispensados no descarpak, enquanto os tubetes de plático deverão ser

dispensados no lixo contaminado.

d) Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite

de 2/3 de sua capacidade total e devem estar localizados sempre próximos do local onde é realizado

o procedimento.

e) Os dejetos contaminados com sangue e outros fluidos devem ser colocados em sacos selados,

fazendo-se uso de identificação específica de material contaminado. Mesmo destino deve ter todo

o material descartável, tal como sugadores, tubetes plásticos de anestésico, máscara, luvas, gazes,

algodão, etc., após o seu uso.

f) Deve-se evitar o acúmulo de material sobre a mesa auxiliar, bem como evitar recipientes abertos,

que favoreçam a contaminação do ambiente.

g) No interior dos estabelecimentos de assistência odontológica, os resíduos comuns deverão ser

mantidos em recipiente com tampa, acionada por pedal, separados do lixo contaminado.

h) Não se deve sair do boxe de atendimento com as luvas em uso, ou ausentar-se da clínica com

qualquer tipo de EPI. Além disso, não se deve transitar com o jaleco fora de ambiente da clínica.

Page 32: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

32

h) Produtos farmacêuticos vencidos, como formocresol, tricresol formalina, eugenol, vernizes,

cimentos, materiais restauradores e medicamentos de uso sistêmico devem ser armazenados em

recipientes separados. Da mesma forma devem ser envasadas as soluções reveladoras e fixadoras

de radiografias, por serem substâncias químicas citotóxicas, e não poderem ser desprezadas no

esgoto, devendo ser encaminhadas para empresa especializada no reprocessamento destas

substâncias. Na USC, este material é armazenado no Laboratório de Química, até o momento do

recolhimento por empresa especializada, que recolhe o material.

i) Líquidos, sangue e secreções, sugados durante os procedimentos dentários devem ser drenados

diretamente para a rede de esgoto sanitária.

17.2 Manejo Interno por Categoria de Resíduo

17.2.1 Resíduos SÓLIDOS

Resíduos Sólidos: conforme a NBR n. 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -

ABNT - são: "resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade

de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam

incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados

em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas

particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou

exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia

disponível”.

16.2.2 Resíduos INFECTANTES

Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e hemoderivados; animais usados em

experimentação, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos;

excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de cultura; tecidos, órgãos, fetos e peças

anatômicas; filtros de gases aspirados de área contaminada; resíduos advindos de área de

isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resíduos de laboratórios de análises

clínicas; resíduos de unidades de atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de

Page 33: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

33

internação e de enfermaria; e animais mortos a bordo dos meios de transporte, além de objetos

perfurantes ou cortantes, tais como: lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros

quebrados, etc., provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Estes resíduos deverão ser acondicionados em recipientes com o símbolo do grupo A,

representado abaixo, acrescido da inscrição RESÍDUO SÓLIDO. Também deve haver identificação

do tipo de resíduo, da seguinte forma: “peças anatômicas”, “peças anatômicas de animais”, “perfuro

cortantes” e, para os demais, “SUBSTÂNCIA INFECTANTE”.

As peças anatômicas utilizadas para práticas de sutura em laboratórios (por exemplo, língua

bovina) devem ser recolhidas em saco branco leitoso, devidamente identificado, e encaminhado ao

Biotério para que possa ser congelado e armazenado, até o momento de recolhimento do material

pela Prefeitura Municipal, para que seja incinerado.

Exceto os perfuro cortantes, devem ser acondicionado em seu local de geração e segregação,

em saco branco leitoso, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável com as devidas

identificações:

Exemplo:

RESÍDUO SÓLIDO

SUBSTÂNCIA INFECTANTE

17.2.2.1 Resíduos PERFURO CORTANTES

Os materiais perfuro cortantes devem ser descartados separadamente no local de sua geração,

imediatamente após o uso, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com

tampa, devidamente identificados pela simbologia de “Substância Infectante” com rótulo de fundo

branco, desenho e contornos pretos, acrescidos da inscrição: “Coletores para resíduos perfurantes

e cortantes” ou “RESÍDUO PERFURO CORTANTE”, antes de serem descartados em sacos

plásticos.

Page 34: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

34

É expressamente proibido o esvaziamento de agulhas hipodérmicas estéreis e de uso único para

o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as

seringas, quando descartáveis.

Instrumentos perfuro cortantes devem ser descartados intactos; não devem ser dobrados ou

quebrados após o uso, nem removidos manualmente. Pinças hemostáticas ou alicates devem ser

usados para manipular estes instrumentos, antes de serem descartados nos coletores.

Nunca tentar descartar perfuro cortantes em recipientes cheios demais, obedecendo aos

critérios de preenchimento máximo de 2/3 da capacidade.

17.2.3 Resíduos QUÍMICOS

- Drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados;

- Resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados);

- Demais produtos considerados perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Devem ser descartados em recipientes contendo o símbolo de substância tóxica (demonstrado

abaixo), acrescidos da expressão: “RESÍDUO QUÍMICO”, para indicar o principal risco de

toxicidade que aquele resíduo químico apresenta.

Exemplo:

RESÍDUO QUÍMICO

Todo material sólido, descartável, contaminado com substâncias químicas perigosas, devem

ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente e impermeável, devidamente identificado.

Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em embalagens que garantam a integridade

física dos frascos e evite choques mecânicos, que sejam resistentes, rígidas e estanques, com tampa

rosqueada, vedante e devidamente identificado.

Page 35: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

35

Os resíduos químicos destinados à reciclagem deverão ser acondicionados em recipientes

individualizados, e sempre que possível, nas suas embalagens de origem, devidamente

identificados.

Os materiais perfuro cortantes contaminados por substância química poderão ser descartados

e acondicionados no mesmo recipiente utilizado no tipo A (Recipiente único para o tipo A e B).

17.2.4 Resíduos COMUNS

Resíduos que não representam nenhum tipo de risco biológico devem ser acondicionados

utilizando-se sacos plásticos impermeáveis.

Para os resíduos deste grupo, destinados à reciclagem ou reutilização, o descarte deve ser feito

em recipientes contendo código de cores e suas correspondentes nomeações, como segue:

I - azul - PAPÉIS

II - amarelo - METAIS

III - verde - VIDROS

IV - vermelho - PLÁSTICOS

V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS

VI – CINZA – PARA OS DEMAIS RESÍDUOS

VII – PRETA - Caso não seja procedida a reciclagem

Nas clínicas são utilizados somente sacos pretos. Nas áreas externas da Universidade são

realizadas as separações, conforme os grupos de resíduos.

18 USO DO AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO

18.1 Orientação para a Coleta do Resíduo de Amálgama Odontológico

a) Coletar os resíduos de amálgama em recipiente dotado de boca larga e de material inquebrável.

Deixar uma lâmina de água sobre o resíduo. Manter o recipiente hermeticamente fechado e em local

de baixa temperatura, isento de luz solar direta.

Page 36: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

36

b) O resíduo de amálgama, para ser armazenado, deve estar isento de algodões, gazes, palitos,

lâminas de matriz de aço e quaisquer outros tipos de contaminante.

c) Os vidros que contém o mercúrio, bem como a tampa e o batoque, devem ser enviados para o

Laboratório de reciclagem a fim de ser tratados e eliminar possíveis contaminações com mercúrio.

Uma empresa de recicláveis vem buscar este material na USC.

d) Cápsulas de amálgama não podem ser descartadas no meio ambiente, pois estão contaminadas

com mercúrio. Devem ser estocadas e encaminhadas para um laboratório de recuperação de

resíduos químicos.

18.2 Quebra de frascos de mercúrio e termômetros clínicos:

a) Ventilar a sala abrindo as janelas.

b) Interditar a sala até que todo o mercúrio derramado seja removido.

c) Lavar o piso com água e sabão e em seguida encerá-lo. A cera impede a retenção do mercúrio

no piso.

d) Todos os termômetros clínicos quebrados devem ser descartados em recipiente seguro, e

devidamente identificados para facilitar o destino final.

e) Caso o mercúrio caia no piso, recolhê-lo com uma folha de papel bem fina ou com uma seringa

Luer-Look e depositá-los em recipiente apropriado e, em seguida, enviar o recipiente para descarte

(laboratório de química da IE). Use luva para a operação.

f) Caso ainda fique mercúrio no piso, recobri-lo com pó de enxofre ou óxido de zinco e depois

coletá-lo e providenciar envio do material para o descarte adequado.

g) Após esses cuidados, a sala pode ser liberada para uso.

18.3 Precauções que devem ser tomadas:

a) Ligas pré-capsuladas devem ser usadas para minimizar possíveis derramamentos de mercúrio;

b) Mercúrio (Hg), amálgama ou qualquer equipamento usado com amálgama nunca devem ser

aquecidos;

c) O uso de soluções desinfetantes à base de mercúrio deve ser eliminado;

Page 37: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

37

d) As clínicas e os locais de manuseio devem ser bem ventilados;

e) O mercúrio deve ser armazenado em recipientes fechados e inquebráveis longe de qualquer fonte

de calor;

f) Cápsulas com liga para uso único são preferíveis a cápsulas reutilizáveis e a outras formas de

proporcionamento da liga e mercúrio;

g) A remoção do excesso de mercúrio antes da condensação deve ser evitada, selecionando-se uma

razão liga/mercúrio apropriada;

h) Apenas cápsulas que permaneçam seladas durante a amalgamação devem ser usadas;

i) Amalgamadores com redoma de proteção devem ser usados;

j) Uma técnica sem toque no mercúrio e no amálgama deve ser adotada em todas as ocasiões;

k) Todo resto de amálgama, deve ser recuperado e armazenado em um recipiente com tampa de

rosca, fechado, mergulhado em solução fixadora radiográfica ou água (recomendações da American

Dental Association relativas à higiene do mercúrio);

l) Jatos de água e sugadores de alto volume devem ser usados quando se remove restaurações de

amálgama, ou durante o polimento/acabamento de restaurações novas;

m) É aconselhável o uso de máscara tanto para o profissional quanto para pessoal auxiliar como

barreira para a inalação de poeira de amálgama;

n) Qualquer material descartável contaminado com mercúrio ou amálgama deve ser colocado em

saco selado de polietileno;

o) A pele acidentalmente contaminada pelo mercúrio deve ser lavada cuidadosamente com água e

sabão;

p) A utilização de ar condicionado deve ser sempre na posição de renovação do ar;

q) O uso de isolamento absoluto diminui a inalação e deglutição de restos de amálgama e do vapor

do mercúrio pelo paciente;

r) O uso de condensadores ultrassônicos de amálgama deve ser evitado;

s) Uso da menor relação possível de mercúrio na liga;

t) Uso de amalgamadores mecânicos seguros, que não apresentem vazamentos de mercúrio.

Page 38: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

38

19 MANEJO DE BIÓPSIAS

a) Todo material destinado ao estudo histopatológico deve ser colocado em frasco contendo

formaldeído a 10%, resistente à punctura, impermeável e com tampa rosqueável (ou que ofereça

bom vedamento), e transportado ao laboratório em saco plástico, juntamente com a ficha de

solicitação de biópsia preenchida e identificada.

b) Durante a colheita deve ser evitada a contaminação externa do frasco. Se isto ocorrer, será

necessária a limpeza e a desinfecção da área externa do frasco antes de embalar no plástico para

transporte.

c) Toda manipulação deve ser realizada com EPIs.

20 DENTES EXTRAÍDOS

a) O dente extraído pode ser entregue ao paciente quando solicitado pelo mesmo ou por seu

representante legal, desde que não ofereça riscos à saúde.

b) Se considerado “lixo patológico humano”, o dente extraído deverá ser eliminado em recipiente

para resíduos perfurocortantes.

c) Quando utilizado como material didático, o dente extraído só deve ser manipulado depois de

desinfetado em hipoclorito de sódio a 1 %, por 30 minutos, depois escovados com detergente e

água e autoclavados.

d) Restaurações de amálgama devem ser removidas antes da esterilização pelo calor.

e) Sempre utilizar barreiras de proteção na superfície de trabalho e desinfetar equipamentos e

superfícies, com álcool 77%, após a manipulação dos dentes.

f) Toda manipulação deve ser realizada com EPIs, até o descarte final.

Page 39: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

39

21 BANCO DE DENTES

A preparação dos dentes que chegam ao Banco de Dentes Humanos (BDH) inclui etapas de

manipulação, seleção, estocagem e desinfecção e/ou esterilização. É importante enfatizar a

importância do método de esterilização e da solução desinfetante, de modo que esta etapa não

interfira nas propriedades físico-químicas dos dentes, podendo comprometer os resultados das

pesquisas.

Recomendações sobre a utilização de dentes naturais em laboratórios pré-clínicos:

a) Os dentes naturais extraídos devem ser manipulados usando EPIs (luvas, máscara, óculos,

jaleco);

b) Cobrir a área de trabalho com protetor de superfície (plástico de bancada limpo).

Todos os dentes recém chegados ao BDH deverão seguir o seguinte protocolo (NASSIF et al.,

2003):

1. Lavagem prévia com água corrente, detergente e esponja;

2. Raspagem dos dentes para a remoção de restos orgânicos;

3. Distribuição em recipientes específicos e identificados separados por grupos de dentes e arco

dentário superior ou inferior: caninos S/I, pré-molares S/I; molares S/I; terceiros molares, raízes

residuais, próteses (dentes com coroas totais, com raízes íntegras ou não); anômalos e seccionados;

4. Armazenagem de todos os elementos em água destilada sob refrigeração, que deverá ser trocada

semanalmente;

5. Manutenção do registro e controle atualizado do número de dentes, de acordo com o fluxo de

entrada e saída;

6. Identificação dos recipientes com etiquetas, com as seguintes anotações: data da chegada dos

dentes, (separados semanalmente), data da última troca da solução de armazenamento e o tipo de

dente;

7. Todos dados de identificação e controle de entrada e saída de dentes no BDH deverão estar

anotados em fichas, devendo constar a assinatura do responsável pelo estoque de dentes.

Page 40: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

40

A implantação do Banco de dentes da USC está baseada na legislação de doação de órgãos

vigente (Lei no 9434 de 04/02/1997 e sua lei complementar, no 10.211. de 23/03/01) e nas normas

preconizadas pelas comissões de Biossegurança e Bioética da USC.

Os dentes são armazenados após a captação (quando paciente os deixa para Banco de dentes)

sempre com registro da doação acompanhado pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

do doador. Este documento é obrigatório, devendo ser expedido em duas vias, sendo que uma

acompanha o órgão doado a partir do centro de captação até o banco de dentes onde será arquivada.

A outra via deve ser entregue ao doador ou responsável.

Page 41: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

41

22 NORMAS E ROTINAS DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO

22.1 Das caixas de instrumental:

a) O empréstimo do instrumental da UNIVERSIDADE para o estudante será realizado por meio de

requisição assinada pelo professor orientador do estudante.

b) O material do estudante deverá ser entregue para esterilizar já empacotado corretamente com seu

nome, tipo de material, data e período da clínica.

c) Somente o próprio estudante poderá retirar e devolver o material na Central de Esterilização.

d) O funcionário da Central de Esterilização não poderá violar a caixa do estudante quando a mesma

já esteja lacrada para esterilização, somente a rotulará com a fita indicadora física, colocando-as

para esterilizar.

e) Quando houver necessidade de empréstimo de instrumental da USC, o estudante ficará

responsável por sua limpeza e devolução.

22.2 Dos horários de entrega dos materiais para esterilizar

a) Período da manhã: entregar o material até às 17:30h do dia anterior.

b) Período da tarde: entregar até às 8:00h do dia de utilização.

c) Noite: entregar até as 13:00h do dia de utilização.

22.3 Horário de funcionamento da Central de Esterilização:

Das 7:00h às 11:30h e das 12:30 às 17:30h.

Os testes biológicos de autoclave são realizados uma vez por semana e teste classe VI (Bowdick)

diariamente.

TODO MATERIAL DEVERÁ SER EMPACOTADO CORRETAMENTE, SEGUNDO

NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E NORMAS DA CLÍNICA.

Page 42: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

42

23 ROTEIRO PARA UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE

ODONTOLOGIA

Este roteiro informa os passos que os estudantes deverão seguir para desenvolver suas

atividades laboratoriais de forma adequada. Tem como finalidade informar as medidas ideais que

deverão ser adotadas, criando um ambiente de trabalho seguro para si e para os demais colegas.

Apesar de ser uma atividade pré-clínica, o estudante terá contato com instrumentais

perfurocortantes. Assim, os estudantes deverão usar:

- Roupa limpa e condizente com as atividades acadêmicas (vetado o uso: shorts e saias; camisetas

cavadas para os homens)

- Sapato fechado e meia que cubra a região do tornozelo.

Está vetada a utilização de celulares, notebooks, máquinas fotográficas, tablets ou qualquer

outro aparelho eletrônico. Se houver urgência em utilizar o celular, falar com o docente orientador

para sua liberação.

Ao chegar ao laboratório, o estudante deverá se paramentar para suas atividades. É obrigatório

o uso de jaleco fechado devidamente abotoado, gorro, máscara e óculos de proteção. Luvas são

importantes quando se manipulam superfícies contaminadas. Cabelos compridos deverão se manter

dentro das toucas, a fim de se evitar acidentes.

A bancada, assim como as demais dependências do laboratório estarão limpas no início de cada

laboratório. Deve ser objetivo de cada um, ao final das atividades, deixar o laboratório como

encontrou. A bancada deve ser limpa, as pontas devidamente encaixadas no equipo e o mocho

encostado na bancada.

Durante atividades a bancada deve ser protegida com plástico de bancada LIMPO. Caso este

fique sujo após as atividades, deve ser limpo para que esteja pronto para a próxima utilização. Para

limpeza do plástico recomenda-se a utilização de gaze e álcool (deve haver disponível no

laboratório).

Page 43: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

43

O instrumental a ser utilizado para as atividades em laboratório deve estar limpo, e de

preferência esterilizado. Caso você tenha alguma disciplina que utilize o mesmo material poucas

horas antes, faz-se necessário a aquisição de outro conjunto de instrumentais. Lembre-se que caso

você tenha atendido algum paciente com esse instrumental antes da prática laboratorial, esse

encontra-se contaminado, e o risco de transmissão de doenças é grande. O mesmo cuidado deve ser

tomado com brocas e pontas.

Os dentes naturais que serão utilizados para procedimentos laboratoriais deverão ser

previamente esterilizados em autoclave. Após a utilização, se forem descartados, este descarte

deverá ocorrer em lixo próprio, CONTAMINADO, que deverá estar disponível no laboratório. O

professor responsável pelas atividades deverá recolher este lixo e encaminhá-lo às circulantes, que

o depositará em saco branco leitoso.

A utilização de material biológico (por exemplo, língua de boi) deverá ser cuidadosa, para

evitar respingos de sangue pela bancada e chão. Todo material utilizado é considerado

CONTAMINADO. Após sua utilização, o material deverá ser recolhido em saco plástico branco

leitoso. Após estas atividades, o professor responsável deverá encaminhar o material à enfermeira

responsável pelo setor, que providenciará seu descarte. Após estas atividades, limpar a bancada

com álcool 77%.

Durante as atividades práticas:

- Mantenha seu campo limpo.

- Todo lixo produzido na sua bancada deverá ser descartado nos locais apropriados, de acordo com

sua característica.

- Não jogar nenhum resíduo sólido nas pias.

- Não jogue o gesso manipulado ou não nas pias. Todo e qualquer gesso manipulado, esteja ele

mole ou duro deve ser descartado no lixo, a fim de se evitar o entupimento das redes de esgoto.

- O mesmo cuidado deve ser tomado com qualquer outro material que gere resíduos (gaze, materiais

de moldagens, ceras, acrílico, etc.)

Page 44: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

44

- Papeis devem ser descartados no lixo comum. Assim como os materiais citados previamente, deve

haver a diferenciação entre o lixo que está contaminado (ou seja, que entrou em contato com o

paciente) e o que não está, para que cada um seja descartado no local certo.

- após os polimento das próteses nos tornos, as pastas utilizadas deverão ser descartadas também e

as escovas devem ser removidas para procedimento de lavagem e limpeza.

- Após o uso dos aparelhos de raios X, deixá-los na posição correta – com o cabeçote voltado para

cima e o braços articulados fechados.

- Lavar adequadamente, em água corrente, as radiografias processadas. Não circular pelo

laboratório com radiografias molhadas e pingando, evitando manchar as bancadas e demais

superfícies.

- Evite manipular sua maleta com luvas, caso esteja trabalhando com algo contaminado, tais como

moldagens, registros, próteses, etc. Sempre que houver necessidade, utilize sobre luva para tal

procedimento.

Lave bem as mão após o término das atividades, evitando-se qualquer tipo de contaminação, após

sua saída do laboratório.

Caso ocorra algum acidente, informar ao professor orientador.

Page 45: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

45

24 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO

24.1 INTRODUÇÃO

O objetivo desse protocolo é descrever os cuidados necessários para evitar a disseminação do vírus

da imunodeficiência humana (HIV) e do vírus da hepatite B e C, entre os funcionários, professores

e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Odontologia da Universidade. Serão

apresentados os procedimentos que devem ser seguidos após a exposição ocupacional a material

biológico.

Os acidentes com sangue e outros fluidos orgânicos potencialmente contaminados devem ser

tratados como casos de emergência médica, principalmente por meio de agulhas e materiais perfuro

cortantes (MONTEIRO et al., 1999)

É importante ressaltar que as medidas profiláticas pós-exposição não são totalmente eficazes,

enfatizando a necessidade de implementar ações educativas permanentes, que familiarizem os

profissionais de saúde com as precauções básicas ou padrão.

24.2 PROFISSIONAIS DE SAÚDE E TIPOS DE EXPOSIÇÕES

As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites

B (HBV) e C (HCV) são definidas como:

- exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes (Ex:

agulhas, bisturi, vidrarias);

- exposições em mucosas – por exemplo quando há respingos na face envolvendo olho, nariz,

boca ou genitália;

- exposições cutâneas (pele não íntegra) – por exemplo contato com pele com dermatite ou

feridas abertas;

- mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando envolverem a

presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto

àquele que tenha sido exposto.

Page 46: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

46

24.3 RISCO DE TRANSMISSÃO

24.3.1 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA

Estudos realizados estimam, em média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% em acidentes

percutâneos e de 0,09% após exposições em mucosas. O risco após exposições envolvendo pele

não íntegra não é precisamente quantificado, estimando-se que ele seja inferior ao risco das

exposições em mucosas. (MS, 2004)

24.3.2 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B

O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está relacionado ao grau de exposição a

materiais orgânicos no ambiente de trabalho, principalmente sangue e saliva, e também à presença

ou não do antígeno HbeAg no paciente – fonte.

Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente infectado pelo HBV e com a presença

de HbeAg, o risco de hepatite clínica varia entre 22 e 31% e o da evidência sorológica de infecção

de 37 a 62%.

Já foi demonstrado que, em temperatura ambiente, o HBV pode sobreviver em superfícies por

períodos de até 1 semana. Portanto, infecções pelo HBV em profissionais de saúde, sem história de

exposição não ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional, pode ser resultado de contato,

direto ou indireto, com sangue ou outros materiais biológicos em páreas de pele não íntegra,

queimaduras ou em mucosas. (MS, 2004).

Materiais orgânicos em que é encontrado:

- sangue

- leite materno

- líquido biliar

- líquor

- líquido articular

- fezes

- secreções nasofaríngeas

- saliva

- suor

Page 47: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

47

24.3.3 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C

O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue. A incidência

média de soroconversão, após exposição percutânea com sangue sabidamente infectado pelo HCV

é de 1,8%.

Materiais orgânicos em que é encontrado:

- sangue

- líquido articular

- líquido biliar

- líquor

- fezes

- secreções nasofaríngeas

- saliva

- suor

24.4 PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS

Entre as recomendações específicas que devem ser seguidas, durante a realização de procedimentos

que envolvam a manipulação de material perfuro cortante, destacam-se a importância de:

- Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos;

- Jamais utilizar os dedos com anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam

materiais perfuro cortantes;

- As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com

as mãos;

- Não utilizar agulhas para fixar papéis;

- Todo material perfuro cortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes

resistentes à perfuração e com tampa;

- Os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante não devem ser

preenchidos acima do limite do 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos

do local onde é realizado o procedimento;

- Resíduos de serviço de saúde – seguir a resolução RDC número 33 de 25 de fevereiro de

2003, publicada no DOU de 05/03/2003 – ANVISA/MS.

Page 48: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

48

24.5 CUIDADOS LOCAIS APÓS EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO:

As seguintes medidas devem ser imediatamente seguidas:

- Lavagem exaustiva com água e sabão, em caso de exposição percutânea;

- Uso de solução antisséptica degermante (PVP-iodo) ou Clorexidina;

- Evitar procedimentos que aumentem a área exposta (cortes e injeções locais), e a utilização de

soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído;

- Havendo exposição de mucosa, lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica.

- Lesão com material perfuro cortante como agulhas, tesouras, limas, lâminas de bisturi ou material

cirúrgico contaminado com sangue ou outros líquidos orgânicos – lavar sem friccionar a área

lesada, imediatamente exaustivamente, com água e sabão ou somente água;

- Contato com mucosa ocular, oral ou pele com solução de continuidade – lavar com água corrente

em abundância ou SF 0,9%, repetindo a operação várias vezes;

- Contato com a pele íntegra – Cuidados normais de higienização. Dispensa quimioprofilaxia

OBS: A utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído está contra

indicada.

24.6 DA COMPETÊNCIA DE INDICAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE

QUIMIOPROFILAXIA:

A decisão de administração da quimioprofilaxia deverá ser respaldada pela avaliação sobre a

natureza da exposição, sua gravidade e condições sorológicas do paciente/profissional no momento

do acidente, por um profissional qualificado. Na clínica de Odontologia o professor supervisor

do atendimento é o responsável.

Quimioprofilaxia:

Seguir o protocolo abaixo vigente na Clínica de Odontologia da Universidade do Sagrado Coração:

24.7 PROTOCOLO DAS CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA DA USC PARA CASOS DE

EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

Page 49: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

49

24.7.1 ESTUDANTES

No momento do acidente deverá ser feita a notificação ao professor orientador, que por sua vez,

tomará as providências necessárias, incluindo o preenchimento e o encaminhamento da ficha de

ocorrência (devidamente preenchida pelo professor).

24.7.2 NA PRESENÇA DO PACIENTE NO MOMENTO DO ACIDENTE CABE AO

PROFESSOR SUPERVISOR DO ESTUDANTE:

- Orientar o estudante quanto aos procedimentos a serem realizados após a exposição

(antissepsia do local);

- Encaminhar o estudante acidentado juntamente com o paciente ao Pronto Socorro Central

Municipal, nas primeiras 2 horas após o acidente, para que se iniciem as medidas específicas de

quimioprofilaxia para o HIV (S/N).

- Se o paciente ou o estudante não concordar em ser submetido aos procedimentos

recomendados, tal fato deverá ser registrado na ficha de ocorrência e no prontuário do paciente.

- Deverá ser solicitada condução com motorista da USC para levar paciente e o estudante ao

Pronto Socorro Central.

24.7.3 AUSÊNCIA DO PACIENTE NO MOMENTO DO ACIDENTE:

24.7.3.1 PROFESSOR (SUPERVISOR) DO ESTUDANTE E/OU FUNCIONÁRIO

PRESENTE:

- Entrar em contato com o paciente explicando o acontecimento e solicitar o consentimento

para a realização dos exames: HIV, HBV e HCV;

- Pedir que compareça à clínica que foi atendido, o mais rápido possível, sendo encaminhado

ao Pronto Socorro Central.

25 IMUNIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

Page 50: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

50

A Norma Regulamentadora 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho e Emprego, traz uma

novidade que permitirá reduzir ou mesmo eliminar determinadas doenças infecciosas entre os

profissionais que trabalham nos serviços de saúde. Publicada no Diário Oficial da União em 16 de

novembro de 2005 (Portaria 485, de 11 de novembro de 2005). Parte das vacinas a serem aplicadas

nos trabalhadores dos serviços de saúde estão disponíveis gratuitamente nos postos de vacinação

das unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), outras apenas na rede privada.

Os estudantes e os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um

risco elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados (MS,

2006).

Os serviços de Saúde Pública dispõem de vacinas contra a maioria dos micro-organismos

passíveis de aquisição durante o exercício profissional, tais como difteria, rubéola, tétano, sarampo,

hepatite B, hepatite A, pneumonia, gripe, dentre outros.

As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são contra hepatite B,

influenza, tríplice viral e dupla tipo adulto (Quadro A). Essas vacinas devem ser preferencialmente

administradas nos serviços públicos de saúde ou na rede credenciada para a garantia do esquema

vacinal, do lote e da conservação adequada (MS, 2006).

Recomenda-se que a equipe odontológica mantenha-se imunizada contra a doença tétano,

por meio de vacinações de reforço (toxóide tetânico) a cada 10 anos (MS, 2000).

Quadro A – Vacinas recomendadas a TODOS os profissionais que trabalham em

instituições geradoras de saúde, seja em caráter assistencial ou administrativo

Vacina contra Hepatite B Três doses (0, 1 e 6 meses)

Vacina contra Tétano/Difteria Uma dose a cada dez anos, se imunização

básica.

(dT adulto) Esquema básico: três doses

Tríplice viral (sarampo/caxumba/rubéola) Pelo menos duas doses após 1 ano de idade

Influenza Dose única anual

A hepatite B é uma doença infecciosa de risco ocupacional reconhecido, dessa maneira o

Ministério da Saúde recomenda que todos os profissionais e estudantes da área de saúde, aqui

incluídos os de Odontologia, sejam vacinados, disponibilizando a vacinação em Unidades Básicas

de Saúde Pública, sem custos para esse grupo da população.

Page 51: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

51

Para assegurar a imunidade contra hepatite B, é indispensável que sejam aplicadas 3

doses: sendo a primeira dose seguida da segunda, dentro de um mês, e a terceira dose dentro de seis

meses (BOLICK, 2000).

Profissionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 1a dose deverão tomar a

2a logo que possível, e a 3a dose deverá ser indicada com um intervalo de pelo menos 2 meses da

dose anterior.

Profissionais que tenham interrompido o esquema vacinal após a 2a dose, deverão receber a

3a dose da vacina tão logo seja possível. Para profissionais de saúde com esquema vacinal

incompleto, está recomendada a realização de teste sorológico (antiHBs) após a vacinação (1 a 6

meses após última dose) para confirmação da presença de anticorpos protetores. Após 30 dias,

verificar a efetividade da soroconversão para o VHB (MS, 2000).

Page 52: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

52

ANEXOS

1 Rotinas para retirada de resíduos mercuriais.

Situação Recomendação

Preparo de amálgama

por amalgamador

-Evitar derramamento durante retirada da cápsula;

-Verificar a existência de algum vazamento;

-Evitar preparo de quantidades maiores do que as necessárias.

Remoção de

restaurações de amálgama

-Usar farta irrigação com água;

-Usar sugador;

-Usar broca com poder de corte eficiente;

-Usar EPIs.

Confecção de

restaurações em amálgama

-Evitar grandes excessos;

-Usar condensação manual;

-Realizar brunidura;

-Usar sugador;

-Usar EPIs.

Polimento -Evitar superaquecimento da superfície;

-Usar EPIs.

Page 53: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

53

2 Conduta adequada para limpeza e desinfecção na rotina do atendimento odontológico.

Superfícies,

Equipamentos e

Materiais

Limpeza Desinfecção

Produto Método Frequência Produto Método Frequência

Cadeira odontológica Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

uso

álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Após cada uso

Botões de controle da

cadeira

Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

uso álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Após cada uso

Alça e interruptor do

foco de luz

Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

uso álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Após cada uso

Pontas – canetas de

alta e baixa rotação,

seringa tríplice (não

utilizada em

procedimentos

críticos)

Água e

sabão

Fricção

limpeza

úmida

Após cada

uso

- álcool 70% p/v-

em procedimentos

críticos, esterilizar

as pontas (exceto

seringa tríplice).

Fricção

10’ Após cada uso

Tubulação do

sugador

Detergente

enzimático Aspirar

Após cada

uso hipoclorito 1% Aspirar Diário

Cuspideira Água e

sabão Fricção

Após cada

uso

1º álcool álcool

70% p/v

ou

2º hipoclorito 1%

Fricção

10’ Após cada uso

Puxadores de gaveta Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

atendimento álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Após cada uso

Cart / Equipo Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

uso álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Após cada uso

Ampola e disparador

de RX

Água e

sabão

Fricção,

limpeza

úmida

Após cada

uso álcool

70% p/v

álcool 70% p/v. Fricção

10’ Após cada uso

Reservatório de água

que alimenta as linhas

das pontas

Água e

sabão Fricção Diário ------- ------- -------

Tubetes anestésicos ------- ------- ------- álcool 70% p/v. Fricção

10’ Antes do uso

Page 54: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

54

Saca-broca* Água e

sabão Fricção

Após cada

uso

- álcool 70% p/v

- em procedimentos

críticos, esterilizar.

Fricção

10’ Após cada uso

Moldagem com

silicone e polissulfatos Água Jato de água

Após a

moldagem,

antes do

envase

Ácido peracético

1%,

Imersão

10’

Após a

moldagem,

antes do

envase

Moldagens com

alginato Água Jato de água

Após a

moldagem,

antes do

envase

hipoclorito 1%

Borrifar e

guardar

em saco

plástico

por 10’

Após a

moldagem,

antes do

envase

Moldagem com oxido

de zinco eugenol Água Jato de água

Após a

moldagem e

antes do

envase

Ácido peracético

1%,

Imersão

10’

Após a

moldagem e

antes do

envase

Pisos Água e

sabão Fricção

Ao final de

cada turno

Hipoclorito 1% Fricção

Após a

contaminação

e diária

Ralos Água quente

e sabão Fricção Semanal ------- ------- -------

Tela do sugador

Água e

Detergente

enzimático

Imersão

Tempo

determinado

pelo

fabricante

Diária ------- ------- -------

Pias de lavagem das

mãos

Água e

sabão Fricção

Ao final de

cada turno ------- ------- -------

Sifão e filtro torneiras

de lavagem de

instrumental

Água e

sabão Fricção semanal ------- ------- -------

Filtros de

condicionadores de ar

Água e

sabão

Fricção Mensal ------- ------- -------

Geladeiras de

medicamentos,

resinas e material de

moldagem

Água e

sabão

Fricção

limpeza

úmida

Semanal álcool 70% p/v. Fricção

10’ Semanal

Telefones Água e

sabão Fricção Diária álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Diária

Saboneteiras de vidro

ou metal

Água e

sabão Fricção Às reposições ------- ------- -------

Page 55: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

55

Bebedouros de

esguicho

Água e

sabão Fricção Diária álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Diária

Banheiros Água e

sabão Fricção Diária Desinfetante diaria

Filmes de RX Água e

sabão Fricção Antes do uso álcool 70% p/v.

Fricção

10’ Antes do uso

Posicionadores de

filme radiográfico

Detergente

enzimático e

Água e

sabão

Fricção Diária/ após

uso

dispensador de

sabonete líquido

água e

sabão

nas

reposições

nas

reposições

suporte papel

toalha

Semanal álcool 70% p/v. Fricção

10’ semanal

Almotolias de

antissépticos e

desinfetantes

Água e

sabão Fricção semanal Hipoclorito 1%

Imersão

30’ Semanal

3 Material e procedimento indicado para uso de equipamentos de proteção individual (EPIs)

E.P.I. Material Procedimento

Luvas cirúrgicas Látex Descartável

Luvas de

procedimento Látex Descartável

Luvas de limpeza Borracha Limpeza e Desinfecção com álcool 70% p/v.

Máscara Descartável Descartável

Gorro Descartável Descartável

Touca Descartável Descartável

Avental Descartável Descartável

Tecido Lavagem com água e sabão

Protetor ocular –

óculos de proteção Plástico

Desinfecção com álcool e lavagem com agua e

sabão

Descartável Descartável

Page 56: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

56

4 Centro de Material e Esterilização (CME)

RECEPÇÃO ÁREAS DE PROCESSAMENTO

ÁREA SUJA ÁREA LIMPA

Material

contaminado Expurgo Preparo Esterilização Armazena

mento

o

Page 57: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

57

ROTINA DA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO (UE)

Fluxograma dos passos sequenciais do processamento de artigos em estabelecimentos de saúde

(elaborado pela Federação Brasileira de Hospitais).

O que Por que Onde Quem Quando Como EPI

Expurgo

Receber materiais

contaminados,

Executar processos

de limpeza,

DESINFECÇÃO,

Lavagem

Secagem

Área

suja Enfermagem

Conforme

rotina

Lavagem manual ou

mecânica, utilizando água

+ DETERGENTE

ENZIMÁTICO

Eliminar completamente

sujidades utilizando

escovas, se necessário.

Nunca friccionar metais

com buchas ou palha de

aço. Desmontar

completamente material

articulado.

Luvas de borracha

grossas,

cano alto,

antiderrapante

Máscara

antipartículas

Óculos protetores

Avental

impermeável

Botas

impermeáveis

Gorro ou touca

Preparo

Empacotamento

Identificação

Controle químico

Área

limpa Enfermagem

Conforme

rotina

Acondicionamento do

material em invólucros

compatíveis com o

processo esterilizante e

com qualidade que

garantam a esterilidade;

algodão cru, papel grau

cirúrgico, caixas

metálicas perfuradas,

lâminas de alumínio, não

tecidos

identificar o material –

NOME QUEM

EMBALOU, DATA,

VALIDADE, AUTO

CLAVE...

Fixar fita de controle

químico na face externa

do pacote

Esterilização

Eliminação

completa de todas

formas de vida

microbiana do

artigo submetido ao

processo

Área

limpa Enfermagem

Conforme

rotina

a) Calor úmido sob

pressão;

Conforme o

processo

Page 58: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

58

Armazenamento

Garantir a

esterilização do

material

Área

limpa Enfermagem

Ao término

da

esterilização

Os pacotes devem estar

íntegros e secos;

Resfriadas naturalmente

nas autoclaves;

Estocar em armários.

Page 59: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

59

ROTINA DE LIMPEZA DE INSTRUMENTAL

Realizar a limpeza do instrumental em detergente enzimático após cada uso.

Passos Agente Ação Observação

01

Circulantes, auxiliares de

consultórios, bolsistas, funcionários

da UE e estudantes

Imergir o instrumental em

detergente enzimático

USO DE EPIs

Luva, óculos

proteção, jaleco

manga longa, gorro

e mascara

02

Circulantes, auxiliares de

consultórios, bolsistas, funcionários

da UE e estudantes

Deixar o instrumental

imergido no produto por 5

minutos

Manter pratikuba

fechada

Tempo exposição

depende fabricante

03

Circulantes, auxiliares de

consultórios, bolsistas, funcionários

da UE e estudantes

Retirar a parte de cima da

pratikuba e deixar o

produto escorrer

USO DE EPIs

04

Circulantes, auxiliares de

consultórios, bolsistas, funcionários

da UE e estudantes

Enxaguar em água corrente USO DE EPIs

05

Circulantes, auxiliares de

consultórios, bolsistas, funcionários

da UE e estudantes

Realizar a limpeza manual

ou mecânica USO DE EPIs

06

Auxiliares de consultórios,

circulantes, bolsistas, funcionários da

UE e estudantes

Esfregar o instrumental

com escova de cerdas de

nylon, cuidadosamente

Limpeza manual

07

Auxiliares de consultórios,

circulantes, bolsistas, funcionários da

UE e estudantes

Enxaguar USO DE EPIs

08

Auxiliares de consultórios,

circulantes, bolsistas, funcionários da

UE e estudantes

Secar com pano limpo e

macio USO DE EPIs

09 Auxiliares de consultórios,

circulantes, bolsistas e estudantes

Embalar, identificar

corretamente e encaminhar

à UE

Page 60: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

60

DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TRABALHOS

(Montenegro, F.L.B.; Manetta,C. E. APDESP- Atualização em Prótese Dentária, VI Congresso Paulista

de Técnicos em Prótese Dentário; Ed. Santos, 1999, p.3-7)

Material de

desinfecção Complexos Fenólicos lodóforos Compostos Clorados

Superfície de

trabalho

*Material ideal para

superfície

(Germpol®)

Utilizados mais como

antissépticos

(Povedine®)

**ldeais para superfícies

com sangue

(Virex®)

“ Não deve ser usado em borrachas”.

** Não devem ser usados em metais, pois é corrosivo.

ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO DE

PRÓTESE

Todos os instrumentos metálicos devem ser esterilizados após cada uso. O ideal é utilizar para

cada trabalho, um novo jogo estéril. A autoclave é o meio mais indicado. (Montenegro, F.L.B.;

Manetta, C. E. APDESP- Atualização em Prótese Dentária, VI Congresso Paulista de Técnicos em

Prótese Dentário; Ed. Santos, 1999, p.3-7).

Page 61: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

61

CURSO DE ODONTOLOGIA

BANCO DE DENTES HUMANOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Eu, _________________________________________________________, portador do

RG nº ___________________, nascido em ____/____/_______, natural de

_________________________________, estado _____, sexo masculino ( ) feminino ( ),

residente à _______________________________________________ ______________, na cidade

de _____________________________, estado _____, telefone fixo (____) __________, celular

(____) __________,cadastrado na clínica de Odontologia da USC com o prontuário n°

_______________________________, no juízo de minhas atribuições, aceito doar gratuitamente

o(s) dente(s) extraído(s) nas clínicas de Odontologia da USC para o Banco de Dentes Humanos

Permanentes e Decíduos (“de leite”), do curso de Odontologia - USC, ciente de que o(s) mesmo(s)

será(ão) utilizado(s) pelos estudantes desta Instituição de Ensino para estudo e treinamento pré-

clínico. Estou consciente de que este(s) dente(s) foi(foram) extraídos(s) para a melhoria da minha

saúde por indicação terapêutica, como documentado em meu prontuário. Caso este(s) dente(s)

seja(m) utilizado(s) em pesquisa, esta deverá ter sido previamente aprovada pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da USC, sendo preservada a minha identidade na divulgação.

Dados do menor ou incapaz:

Nome: _________________________________________________________, portador do RG

nº___________________, nascido em ____/____/_______, natural de

_________________________________, estado _____, sexo masculino ( ) feminino ( ),

prontuário USC nº ___________________________.

Bauru, ____de ___________________ de ____.

______________________________

Assinatura do doador ou responsável

______________________________

Assinatura do Professor

Page 62: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

62

CLÍNICA DE ODONTOLOGIA

NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DAS CLÍNICAS ACADÊMICAS

As clínicas acadêmicas de Odontologia deverão ser utilizadas para o atendimento de pacientes

nas seguintes condições:

a) Durante as atividades curriculares e de extensão programadas para o semestre letivo;

b) Os estudantes somente poderão atender pacientes sob assistência de um professor orientador ou

responsável pelo atendimento clínico e, do ponto de vista de preservação dos aspectos materiais e

aparelhos, legais, técnicos/didáticos e organizacionais do setor;

c) Os estudantes devem estar adequadamente uniformizados e utilizar o equipamento de proteção

individual necessário a cada tipo de procedimento;

d) É vedada a presença, dentro das clínicas, de estudantes não uniformizados ou sem EPIs;

e) O atendimento de pacientes deverá seguir as normas de agendamento e preenchimento das fichas

de atendimento disponíveis no setor, por meio da funcionária designada;

f) Os atendimentos serão restritos aos horários de expediente normal dos funcionários do setor,

assim como à disponibilidade de boxes nas clínicas;

g) O professor orientador ou responsável deverá permanecer com os estudantes, nas dependências

das clínicas, até o final dos atendimentos daquele período;

h) Os horários das clínicas são: das 7h30min às 11:h35min; das 13h30min às 17h30min e das 19hs

às 22:h15min; de forma a atender o intervalo para limpeza entre os períodos de atendimento.

i) Na impossibilidade de concluir o atendimento dentro do horário previsto, o professor orientador

responsabilizar-se-á pelo acompanhamento do estudante até o final do atendimento, assim como

pela segurança e preservação da área;

j) As solicitações para uso da clínica, fora do horário estipulado pela disciplina, deverão ser feita

em formulário próprio, fornecido pelo setor, assinado pelo(s) interessado(s) e pelo professor

responsável pela disciplina;

Page 63: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

63

k) Antes da realização de qualquer procedimento, os estudantes deverão analisar o prontuário do

paciente, atualizando, preenchendo e documentando o questionário de saúde, orientando o paciente

e solicitando a sua assinatura em toda documentação necessária, sendo o docente supervisor,

responsável pela conferência desta documentação;

l) Os estudantes deverão preencher os prontuários, assim como todas as demais fichas clínicas,

imediatamente após o término do atendimento do paciente, bem como anotar em local correto, nos

prontuários, os encaminhamentos, prescrições, orientações e retornos necessários, sob pena de ficar

impedido de frequentar a clínica seguinte,

m) O professor orientador e o responsável pela disciplina são obrigados a verificar o preenchimento

correto do prontuário realizado pelo estudante (item acima); assim como conferiras assinaturas dos

mesmos;

n) Todas as radiografias intrabucais (com filmes periapicais ou oclusais) realizadas nas clínicas

deverão ser anotadas com dados na ficha existente em cada aparelho de raios-X. A responsabilidade

desta anotação é de ambos, ou seja, estudante e professor orientador;

o) No estágio supervisionado em atendimento de urgência em odontologia, os atendimentos

realizados devem objetivar, preferencialmente, diagnosticar e atender pacientes com dores faciais

de origem dentária, processos sépticos odontogênicos, traumatismos alvéolo-dentários e outras

situações de urgência de âmbito odontológico que requerem a atuação profissional imediata;

p) Para a realização de procedimentos cirúrgicos nas clínicas de pós-graduação, independente do

tipo do procedimento e do curso, os estudantes de pós-graduação serão divididos em trios;

q) O professor que autorizar o procedimento elencado no item acima, ficará responsável por

acompanhar os estudantes durante o tratamento;

r) Não poderão ser agendados procedimentos cirúrgicos sem a autorização do professor;

s) Na ocorrência de agendamento de procedimentos cirúrgicos sem autorização prévia do professor

orientador estes procedimentos serão cancelados, adiados ou replanejados, de acordo com a

situação e urgência, após análise do professor orientador;

t) Para a realização de procedimentos protéticos é necessária a assinatura do professor responsável

pelos trabalhos protéticos nas fichas apropriadas antes do envio destes aos laboratórios

terceirizados;

u) Para os procedimentos que necessitem componentes de implantes e/ou confecção de próteses em

laboratórios terceirizados, todos os pacientes devem ser, impreterivelmente, encaminhados

Page 64: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

64

previamente para orientação e devida documentação com a assistente social da Clínica de

Odontologia.

Contamos com a sua colaboração.

Bauru/SP, 2016.

Coordenação do Curso de Odontologia

Page 65: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

65

NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS

MULTIDISCIPLINARES DE ODONTOLOGIA

Os laboratórios multidisciplinares de Odontologia deverão ser utilizados nas seguintes

condições:

a) Durante as atividades curriculares e de extensão programadas para o semestre letivo;

b) Os estudantes somente poderão utilizar o laboratório na presença de um professor

orientador ou de monitor designado pela disciplina, sendo estes responsáveis pela

preservação dos aspectos materiais e aparelhos, legais, técnicos/didáticos e organizacionais

do setor;

c) Os estudantes devem estar adequadamente uniformizados e utilizar o material de proteção

individual necessário;

d) O professor orientador ou monitor deverá permanecer com os estudantes, nas

dependências das clínicas, até o final dos procedimentos daquele período;

e) Os horários dos laboratórios são: das 8h15min às 11h30min (para aulas de 4 créditos); das

08h15min às 12h15min (para aulas de 5 créditos), das 13h30min às 16h45min (para aulas

de 4 créditos), das 13h30min às 17h30min (para aulas de 5 créditos) e das 19hs às

22h15min;

f) Na impossibilidade de concluir o procedimento dentro do horário previsto, o professor

orientador responsabilizar-se-á pelo acompanhamento do estudante até o final do mesmo,

assim como pela segurança e preservação da área;

g) As solicitações para uso do laboratório, fora do horário estipulado pela disciplina,

deverão ser feita em formulário próprio, fornecido pelo setor, assinado pelo(s)

interessado(s) e pelo professor responsável pela disciplina;

Contamos com a sua colaboração.

Bauru/SP, 2016.

Coordenação do Curso de Odontologia.

Page 66: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

66

REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços

Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de

Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.156 p.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Legislação de doação de órgãos vigente. Lei nº 9.434 de

04/02/1997 e sua lei complementar, nº 10.211. de 23/03/2001.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos

controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Condutas em Exposição

Ocupacional a Material Biológico - Lei nº 9782/99 de criação da ANVISA e do SNVS.

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria do Centro de

Vigilância Sanitária (CVS-11), de 04-07-95.

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Serviços Odontológicos -

Prevenção e controle de riscos. ANVISA, 2006.

BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Lei n. 6.938(1), de

31/08/1981, alterada pelas Leis n. 7.804(2), de 18/07/1989, e n. 8.028(3), de 12/04/1990,

regulamentada pelo Decreto n. 99.274(4), de 6/06/1990, e no Regimento Interno aprovado pela

Resolução CONAMA n. 25, de 3/12/1986, Considerando a determinação contida no artigo 3º da

Resolução CONAMA n. 6, de 19/09/1991 relativa a definição de normas mínimas para tratamento

de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos.

BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 5 de

5/08/1993 (D.O. de 31/08/93).

BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resíduos do GRUPO

D, destinados à reciclagem ou reutilização - Resolução nº 275, de 25/04/2001.

BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resíduos de serviço

de Saúde (RSS) - Resolução nº 283/2001, D.O. de 12/07/2001.

BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Artigo 3º da Resolução

nº 6, de 19/09/1991.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços

Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de

Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 156 p. – (Série A. Normas e Manuais

Técnicos)

Page 67: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

67

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de

DST e Aids. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos de AIDS: manual de

condutas. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação Nacional de

DST e AIDS: Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico. Brasília:

Ministério da Saúde, 1999.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, RDC Nº 42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010.

Obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das

mãos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

CARVALHO, C. Dentes na mira da ética. RBO. v. 58, n. 2, p. 108-111, 2001.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Guidelines for Infection

Control in Dental Health-Care Settings. Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), v.

52, n. RR17, p. 1-61, December 2003.)

DUARTE, L.M.M.; WADA, C.A., IMPARATO, Jr., C.P. A utilização de dentes naturais nas

Reuniões Anuais da SBPqO. Resumo em anais da 16ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de

pesquisas em Odontologia. N.B162, p.142, 1999.

FERREIRA, E.L. et al. Avaliação do efeito dos processos de esterilização e desinfecção em brocas

de aço carbono e aço carbide associados ou não ao uso de lubrificantes. Rev. ABO Nac. v.8, n.6, p.

375-381, Dez 2000/Jan 2001.

FILHO, A., NUNES, A. Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental – São Paulo – Atlas – 2001.

GENTIL, V. Corrosão. 3.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

IMPARATO, J.C.P. Organização e funcionalidade do banco de dentes humanos (ênfase para

dentes decíduos) da disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da

Universidade de São Paulo. 1999. Tese (Doutorado em Odontopediatria). Faculdade de

Odontologia - USP, São Paulo.

IMPARATO, J.C.P.; DUARTE, D.A.; GUEDES-PINTO, A.C. Banco de dentes: importância e

valorização do órgão dentário. Jornal da APCD, p.19, dez. 1997.

ISAIA, A.M.B.; POZZOBON, R; PITHAN, J.C.; MARCHIORI, J.; PELASSARI, A. Colagem

heterógena em dentes posteriores. RGO, v. 44, p. 277-284, 1996.

JAGGER, D.C; HUGGETT, R.; HARRISON, A. Cross-infection control in dental laboratories. Br

Dent J, v. 179, n.3, p. 93-96, aug. 1995.

MARTINS, M.C. Central de Materiais Estéreis. Disponível em <http://www.cade.com.br>.

Acesso em: 12 de junho de 2004.

Page 68: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

68

MERCHANT, V. A. - Infection control in the dental laboratory: Concerns for the dentist. Comp

Cont Educ Dent, v. 14, n.3, p. 382-89, 1993.

MONTENEGRO, F.L.B. Doenças profissionais do técnico em prótese dentária e como preveni-

las. Artigo disponível em <http://www.medcenter.com.br>: Dentística e Prótese. Acesso em

20/03/2006.

MONTENEGRO, F.L.B.; MANETTA, C.E. - Atualização em prótese dentária - Inter-relação

clínica/laboratorial. 1. ed., São Paulo: Santos, 1997.

NASCIMENTO, W.F. et al. Desinfecção de moldes: como, quando e por quê? Revista APCD,

v.53, n. 1,1999.

NASSIF, A. C. S. et al. Estruturação de um Banco de Dentes Humanos. Pesq. Odontol. Bras., São

Paulo, v. 17, p.70-74, maio 2003a. Supl. 1.

OLIVAL, A.R.B. Condutas em exposição ocupacional a material biológico, 2004.

ZETTLEMOYER, T.L.., GOERIG, AC., NAGÔ, W.W., GRABOW, W. Effects of sterilization

procedures on the cutting efficiency of stainless steel and carbon steel Gates Glidden drills. J.

Endod. v. 15, n.11, p. 522-525, 1989.

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU. Manual de Biossegurança. FOB-USP.

Lavar as mãos? “Pra quê?”. Artigo disponível em <http://www.webodonto.com>. Acesso em

10/2004.

NBR 12807 - Resíduos de serviços de saúde. Terminologia. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 12808 - Resíduos de serviços de saúde. Classificação. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 12809 - Manuseio de Resíduos de serviços de saúde. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 12810 - Coleta de resíduos de serviços de saúde. ABNT – Associação Brasileira de Normas

Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 7500 - Identificação de RESÍDUO SÓLIDO do grupo A. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 10004 - Resíduos Sólidos. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de

Janeiro.

Page 69: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

69

NBR 3853/97 e 9259/97 - Acondicionamento e descarte de materiais pérfurocortantes. ABNT –

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 9191/2000 – Acondicionamento de material, sólido, descartável contaminado com

substâncias químicas perigosas. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de

Janeiro.

NBR 13853/97 - Acondicionamento de materiais pérfuro-cortantes. ABNT – Associação Brasileira

de Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 9259/97 - Coletores para RSS perfurantes e cortantes. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

NBR 9191/2000 - Acondicionamento dos resíduos do GRUPO A, exceto os pérfuro-cortantes.

Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – especificação. ABNT – Associação Brasileira de

Normas Técnicas. Rio de Janeiro.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Decreto nº.12.476, de 18/10/1978 - Norma técnica

Especial relativa às condições de funcionamento dos Estabelecimentos sob responsabilidade de

Médicos, Dentistas, Farmacêuticos, Químicos e outros titulares de profissões afins.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Resolução SS-16 de 18/01/1999. Anexo referente ao

artigo 1o Norma técnica Especial que classifica os Estabelecimentos de prótese odontológica e dá

providências correlatas.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Lei n. 6.938(1), de 31/08/1981, alterada pelas Leis n.

7.804(2), de 18/07/1989, e n. 8.028(3), de 12/04/1990, e regulamentada pelo Decreto n. 99.274(4),

de 6/06/1990, e no Regimento Interno aprovado pela Resolução CONAMA n. 25, de 3/12/1986.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Embalagens: Temos dado a devida atenção? Encontro

Internacional de Prática e Ciência em Esterilização da Universidade de São Paulo, 2001.

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO. Guia de Segurança - Normas de Biossegurança.

Laboratório de Microbiologia. USC.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Aula de Biossegurança da Disciplina de

Estomatologia. UFRJ, 2004.

Bauru (SP), 09 de Maio de 2016.

Comissão de Biossegurança das Clínicas de Odontologia

Universidade do Sagrado Coração

TIPO DE DOCUMENTO

Manual de Funcionamento - POP

EDIÇÃO ANTERIOR

00

EDIÇÃO ATUAL

01

Page 70: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

70

SISTEMA

Serviços de Saúde SUBSISTEMA / PROCESSO

Manual da Central de Materiais e Esterilização

Manual da Central de

Materiais e Esterilização

BAURU

2016

Histórico de Revisões

Page 71: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

71

Revisão Data Descrição

01 Abril/2016 Publicação Inicial

Elaboração

Prof. Dr. Fernando Accorsi Orosco

Prof.ª Dra. Leila Maria Vieira

Enf .ª Esp. Michelle Simão Biasin

Prof.ª Dra. Patrícia Pinto Saraiva

Page 72: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

72

Introdução

O Manual da central de materiais e esterilização da Universidade do Sagrado Coração,

editado em 2016, surgiu a partir da verificação do crescimento e magnitude de atendimentos

realizados pelo setor e da necessidade de se padronizar rotinas relacionadas ao processamento de

artigos. Atualmente atendemos docentes e alunos das disciplinas de odontologia além de outras

áreas dentro da universidade.

É válido ressaltar que as informações descritas estão em conformidade com as

normatizações técnicas vigentes. Neste documento houve ênfase em garantir a qualidade da

assistência através da adoção de processos de limpeza, desinfecção e esterilização posteriormente

descritos.

Desde que existe uma associação importante entre o uso de artigos de serviços de saúde e a

ocorrência de infecções, é necessário estabelecer medidas eficazes de processamento, visando à

minimização do risco de transmissão de Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS).

De acordo com o seu uso, os artigos devem ser submetidos a processos eficazes de limpeza,

desinfecção ou esterilização para atingirem os objetivos necessários.

A qualidade do processamento de artigos de serviços de saúde representa um dos pilares na

prevenção de infecções relacionadas à assistência a saúde e relaciona-se tanto à garantia de sua

submissão a processos de redução ou destruição microbiana, quanto a sua funcionalidade e

integridade, a fim de evitar danos ao paciente na sua utilização.

Para garantir e obter os melhores desfechos no processamento dos artigos de serviços de

saúde deve ser considerado diversos fatores relacionados à qualidade do processo: o tempo de

duração da aplicação do processo; a temperatura e a pressão sob as quais o processo é aplicado; a

quantidade ou concentração de calor ou agentes químicos; a natureza do artigo submetido ao

processo; o tipo e a contagem de microrganismos, inclusive os esporos; e se o artigo está

contaminado com fluidos corporais que podem atuar como um revestimento protetor para o

microrganismo.

O processamento de artigos é uma das atividades mais importantes em serviços de saúde e

está associada diretamente a prevenção das IRAS, a segurança e a qualidade de assistência ao

paciente.

Page 73: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

73

Normas Gerais de Funcionamento

-O horário interno total de funcionamento compreende 10 horas diárias, 50 horas semanais, das 7

às 18 horas com uma hora de intervalo.

-O horário de atendimento ao público ocorre das 07h15min horas às 11h45min e das 12h45min às

17h45min.

-A entrega de materiais esta condicionada a adequada apresentação dos invólucros e deverão ser

devidamente registradas através de listagens contendo identificação do usuário bem como

quantidade, data e horário.

-A retirada de materiais esta padronizada para que apenas o real titular o retire, evitando assim

extravios e/ou outros problemas relacionados à disponibilização não padronizada;

-O aluno deverá entregar o material para esterilização conforme horário de utilização. Para as

clínicas do período da manhã entregar até às 17h45min do dia anterior. Para clínicas no período da

tarde, o aluno deve rá entregar até às 8 horas da mesma data. Para as clínicas noturnas deverá ser

entregue até às 13 horas do mesmo dia;

-As requisições internas de materiais deverão ser realizadas conforme preenchimento de impresso

próprio;

-O empréstimo de materiais esta diretamente relacionada a triagem e liberação do serviço social;

-Em casos não rotineiros onde houver a necessidade de empréstimo de materiais da universidade o

aluno deverá previamente consultar a circulante de sala que irá consultar o colaborador responsável

da CME, checando a disponibilização e concomitantemente colher assinatura do docente

responsável caso haja concordância no empréstimo;

-Manter ambiente organizado, respeitando o acondicionamento correto de insumos, bem como

descarte de lixos;

-Respeitar delimitação física da CME, inclusive áreas de acesso restrito;

Page 74: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

74

POP 1

Desinfecção química de alto nível para artigos com ácido

peracético

Objetivos:

- Desinfeccionar artigos semicríticos e / ou críticos de assistência à saúde que possam ser

totalmente imersos na solução;

Etapas do Processo:

- Lavar as mãos;

- Colocar EPI;

- Utilizar recipientes plásticos com tampa para conter os vapores do ácido peracético e em

tamanho adequado para a imersão dos materiais;

- Lavar os recipientes com água e sabão a cada troca da solução;

- Imergir somente materiais limpos e secos;

- Proceder a imersão total do produto;

- Desmontar e desconectar peças removíveis;

- Preencher todas as estruturas ocas e lumens para haver contato da solução com a superfície

do material;

- Manter materiais leves imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas

colocadas sobre os mesmos;

- Deixar os produtos na solução durante 10 minutos;

- Cronometrar o tempo a partir da imersão do último item na solução e nesse período não

deve ser imerso nenhum material;

- Enxaguar todas as superfícies internas e externas, bem como suas peças removíveis com

grande quantidade de água tratada.

- Secar todos os produtos com auxílio de um campo macio e sem fiapos.

- Utilizar pistola de ar para materiais com lúmen, porém evitar usar pressão de ar

excessivamente alta em tubulações e canais para evitar danos;

- Registrar o processo de desinfecção, a cada lote, descrevendo os horários de imersão e

retirada e o profissional executor;

- Acondicionar artigos em frasco coletor com tampa. A data limite de uso será de 30 dias.

Page 75: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

75

POP 2

Esterilização química de artigos com ácido peracético

Objetivos:

Esterilizar artigos semicríticos e / ou críticos de assistência à saúde que possam ser

totalmente imersos na solução;

Etapas do Processo:

- Lavar as mãos;

- Colocar EPI;

- Utilizar recipientes plásticos com tampa para conter os vapores do ácido peracético e em

tamanho adequado para a imersão dos materiais;

- Lavar os recipientes com água e sabão a cada troca da solução;

- Imergir somente materiais limpos e secos;

- Proceder à imersão total do produto;

- Desmontar e desconectar peças removíveis;

- Preencher todas as estruturas ocas e lumens para haver contato da solução com a superfície

do material;

- Manter materiais leves imersos por meio de estruturas plásticas perfuradas mais pesadas

colocadas sobre os mesmos;

- Deixar os produtos na solução durante 60 minutos;

- Cronometrar o tempo a partir da imersão do último item na solução e nesse período não

deve ser imerso nenhum material;

- Colocar luva estéril com técnica adequada;

- Enxaguar todas as superfícies internas e externas, bem como suas peças removíveis com

grande quantidade de soro fisiológico 09%;

- Secar todos os produtos com auxílio de um campo estéril macio e sem fiapos;

- Utilizar pistola de ar para materiais com lúmen, porém evitar usar pressão de ar

excessivamente alta em tubulações e canais para evitar danos;

- Registrar o processo de esterilização, a cada lote, descrevendo os horários de imersão e

retirada e o profissional executor;

Page 76: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

76

- Acondicionar artigos em frasco coletor com superfície interna estéril com tampa. A data

limite de uso será de sete dias.

Page 77: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

77

POP 3

Diluição e teste de concentração do ácido peracético

Objetivos:

- Instruir o preparo da solução de ácido do peracético a 0,2% e avaliar a concentração da

solução empregando fitas específicas;

Etapas do Processo:

- Higienizar as mãos;

- Paramentar-se com EPI's requeridos à técnica;

- Verificar o volume final desejado;

- Para preparar a solução de ácido peracético a 0,2% devem ser seguido rigorosamente as

instruções do fabricante;

- Utilizar o frasco graduado para medir e colocar o concentrado de ácido peracético nos

volumes recomendados acrescidos do inibidor de corrosão;

- Identificar a vasilha contendo a solução com data, horário, nome e assinatura de quem

preparou;

- Fazer validação com fita antes da utilização para medir a concentração de ácido peracético

visando verificar a conformidade na reação preconizada;

- Mergulhar a fita no Becker por 01 segundo, levantar e aguardar por 30 segundos +/- 5

segundos para comparar a cor com a escala de conformidade;

- Registrar a validação em impresso próprio;

- Desprezar a solução considerando as recomendações do fabricante, quando a concentração

for inferior à estabelecida e quando atingir o prazo máximo de utilização da solução.

Page 78: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

78

POP 4

Utilização e leitura do teste biológico

Objetivos:

- Monitorar o processo de esterilização;

Etapas do Processo:

- Realizar o monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico

semanalmente e na primeira carga do dia o emulador. Se utilização de cargas com produtos

implantáveis deverá ser realizada diariamente;

- Aquecer a incubadora;

- Anotar no rótulo da ampola teste o número da carga, data e esterilizador (autoclave);

- Colocar a ampola teste dentro do pacote teste e processe-o juntamente com o restante da

carga;

- Retirar a ampola teste do pacote processado no vapor e deixar resfriar por 10

minutos;

- Fechar completamente a tampa da ampola exercendo pressão sobre a mesma;

- Incubar a ampola teste em até 02 horas após retirar da autoclave e quebrará no interior da

ampola de plástico;

- Posicionar a ampola teste na posição central do compartimento da incubadora específica;

- Dar leves batidas no fundo da ampola para que o líquido se misture rapidamente a tira

com bacilo (agitá-la);

- Inserir contra teste que não passou pelo processo de esterilização para dimensionar o efetivo

funcionamento da incubadora;

- Observar resultado negativo para a ampola teste, ao final de 48 horas;

- Registrar os resultados das leituras das ampolas teste e ampolas controle no impresso de

registros;

- Retirar os rótulos das ampolas e colar ao lado do resultado;

- Descartar as ampolas negativas nas caixas de perfuro-cortantes.

Page 79: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

79

POP 5

Limpeza manual de instrumentais odontológicos e outros

Objetivos:

- Reduzir carga microbiana e sujidades;

- Remover contaminantes de natureza orgânica e inorgânica;

- Prevenir deterioração;

- Preservar o material;

- Assegurar a limpeza do material sem risco de contaminação;

- Oferecer artigos em perfeitos condições de uso;

- Garantir a eficácia do processo de desinfecção e/ou esterilização;

Etapas do Processo:

- Lavar as mãos;

- Usar EPI para manipular instrumentais e demais artigos;

- Realizar a conferência e o registro de entrada de todos os produtos para saúde recebidos

para processamento;

- Fazer a pré-limpeza, aplicando jatos de água para a remoção da sujidade grosseira;

- Selecionar a solução de limpeza apropriada e diluir a solução de detergente conforme a

orientação do fabricante (devendo ser uma nova diluição para cada início de processo de

limpeza);

- Limpar os instrumentais perfuro-cortantes separados dos demais;

- Imergir todo o instrumental cirúrgico desmontado, mantendo a solução em contato com o

instrumental o tempo determinado pelo fabricante;

- Lavar peça por peça com escova de cerdas firmes e não abrasivas, friccionando o corpo,

as articulações e a cremalheira da pinça, na direção das ranhuras, por no mínimo 05 vezes,

submersos na solução de detergente;

- Utilizar esponjas não abrasivas somente para friccionar superfícies lisas e extensas como

bandejas, bacias e cubas;

- Aplicar jatos de água, por meio de mangueira com bico ou pistolas, para auxiliar na

remoção da sujidade de lumens e reentrâncias;

Page 80: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

80

- Enxaguar abundantemente o artigo em água corrente potável;

- Secar cada instrumental com tecido macio, de cor clara que não libere fibras e utilizar jatos

de ar comprimido para a secagem de materiais com lumens;

- Inspecionar criteriosamente a qualidade da limpeza com auxílio de lentes intensificadoras

de imagem de no mínimo 08 vezes de aumento e com boa iluminação local;

- Lubrificar as articulações do instrumental cirúrgico com lubrificantes próprios,

permeáveis ao vapor e com ph neutro.

Page 81: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

81

POP 6

Montagem de cargas em autoclaves a vapor

Objetivos:

- Fazer com que o vapor penetre em todas as regiões dos pacotes, sem que se formem bolhas

de ar;

Etapas do Processo:

- Lavar as mãos;

- Utilizar EPI(s);

- Abrir a autoclave;

- Colocar o rack na posição (puxar para fora da autoclave);

- Pegar pacotes que estão sobre a bancada;

- Colocar os pacotes de preferência em cestos para obter melhor distribuição, evitando

contato com as paredes da câmara interna;

- Carregar a autoclave;

- Dispor os artigos verticalmente nos racks e não compactá-los;

- Respeitar a distância de um cm entre os pacotes;

- Posicionar materiais côncavos (bacia, cuba rim) no sentido vertical ou com a concavidade

levemente lateralizada;

- Respeitar o volume máximo do preenchimento da câmara (70 a 80%);

- Registrar em planilha própria, tipo de pacotes e quantidade;

- Fechar a porta da autoclave;

- Ligar a autoclave;

- Não apertar muito os pacotes para ajudar a penetração do vapor;

- Não sobrepor materiais de modo a compactá-los;

- Quando o alarme acionar o término do processo girar, para esquerda manivela de abertura

e deixar a porta entreaberta (aproximadamente 3cm) para resfriamento do material;

- Os pacotes, após um ciclo completo de esterilização, devem ser resfriados naturalmente

antes do manuseio para reduzir o risco de obtenção de pacote suados ;

- Não colocar os pacotes sobre superfícies frias após a esterilização para que não haja

condensação;

Page 82: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

82

- Certificar se os indicadores externos passaram por esterilização;

- Encaminhar material esterilizado para a sala de estocagem e distribuição;

- Evitar esterilizar materiais têxteis e caixas de instrumentos na mesma carga;

- Se ocorrer, colocar os materiais têxteis na parte superior e os instrumentais na parte

inferior;

- Limpar a câmara interna do equipamento diariamente com álcool 70 % e no mínimo

semanalmente, lavar com água e sabão.

Page 83: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

83

POP 7

Preparo e empacotamento de produtos para esterilização

Objetivos:

- Manter o material limpo adequado para a esterilização;

- Manter o artigo estéril durante o armazenamento, transporte e manuseio;

- Permitir entrada do agente esterilizante;

- Impedir penetração do agente microbiano;

- Facilitar a abertura e transferência com técnica asséptica;

Etapas do Processo:

Inspeção

- Lavar as mãos com água e sabão e paramentar-se com os Equipamentos de Proteção

Individual (EPI) adequados (Gorro, máscaras, luvas);

- Inspecionar os artigos antes do empacotamento com auxílio de lentes intensificadoras de

imagem de no mínimo 08 vezes para verificar limpeza, integridade e funcionalidade;

- Proceder à conferência do quantitativo específico de cada bandeja de acordo com o catálogo

da CME, antes de embalar com o invólucro apropriado;

Acondicionamento

- Acondicionar os instrumentais cirúrgicos em caixas de modo que ocupem, no máximo,

80% da capacidade do recipiente;

- Forrar com material absorvente o fundo das caixas como um campo simples;

- Dispor os instrumentais, desmontados nas caixas cirúrgicas;

- Na existência de várias unidades do mesmo instrumental, agrupá-los por similaridade;

- Posicionar os itens com concavidade, como, cúpulas, emborcados dentro das caixas;

- Colocar artigos mais pesados no fundo da caixa, os artigos de peso médio na segunda

camada e sobre estes os mais leves;

- Colocar indicador químico classe 4 ou 6 no centro geométrico de cada caixa, para

recipientes rígidos, coloque o integrador em cantos opostos. Em recipientes com vários

Page 84: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

84

níveis, coloque o indicador no centro de cada nível;

- Confirmar se as condições de exposição (temperaturas, tempo suficientes tenham sido

alcançadas nos indicadores químicos).

Empacotamento

- Selecionar a embalagem (caixas metálicas, TNT, grau cirúrgico ou campo duplo de

algodão) de acordo com o processo, o peso, a forma e tamanho do artigo;

- Utilizar embalagem dupla de tecido de algodão;

- Avaliar a necessidade de utilização de embalagens duplas quando for o papel grau cirúrgico

para empacotar os artigos pontiagudos, materiais flexíveis ou de pequenas

dimensões.

Tecido de algodão

- Lavar o tecido antes do primeiro uso, para retirar o amido;

- Desprezar os campos cirúrgicos que apresentar em remendos, perfurações e cerzimentos;

Papel Grau Cirúrgico

- Remover o ar do interior das embalagens de papel grau cirúrgico antes da selagem;

- Realizar o ajuste perfeito das embalagens duplas, a embalagem interna deve ser em

tamanho menor evitando-se dobras internas e sobras;

- Colocar os itens embalados com concavidade voltados para o papel;

- Colocar os pacotes nos cestos ou carros de rack e arrumá-los nas autoclaves;

- Colocar na montagem das cargas o papel em contato com o papel e o plástico com

o plástico para facilitar a difusão do agente esterilizante.

Caixas Metálicas

- Utilizar caixas metálicas perfuradas e recobertas com embalagens permeáveis na

esterilização por vapor.

Selagem e fechamento de pacotes

- Obedecer a largura total de 6mm, na selagem térmica, podendo ser em linha simples,

dupla ou até tripla e distante 3 cm da borda e do material;

Page 85: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

85

- Observar a termosselagem que deve ser livre de fissuras,rugas ou delaminação e

permitir a transferência sob técnica asséptica do pacote;

- Utilizar fita adesiva impregnada com tinta termocrômica (fita zebrada), com largura de

pelo menos 03 listras como indicador químico classe I, de exposição, no fechamento de

pacotes de algodão tecido, TNT;

Identificação

- Identificar internamente a caixa com o nome, quantidade de instrumentos, data (dia, mês e

ano) e nome do colaborador responsável pelo preparo, em fita adesiva não zebrada;

- Identificar todas as embalagens externamente com uma fita adesiva ou etiqueta

contendo as seguintes informações: nome do produto, número do lote ,data da

esterilização, data limite de uso, método de esterilização e nome do responsável pelo

preparo.

Técnica de envelope

- Colocar o campo em posição diagonal sobre a bancada, colocando o material no centro do

campo;

- Pegar a ponta voltada para o operador e cobrir o material, fazendo uma dobra externa na

ponta;

- Pegar uma das laterais do campo e trazer sobre o objeto a ser empacotado, fazendo uma

dobra externa na ponta;

- Repetir o procedimento com a outra lateral.

Page 86: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

86

POP 8

Teste de Bowie Dick

Objetivos:

- Verificar a remoção do ar nas autoclaves com pré-vácuo e garantir a penetração uniforme

do vapor nos materiais;

Etapas do Processo:

- Lavar as mãos;

- Utilizar EPI(s);

- Preparar pacote teste com campos cirúrgicos, 100% algodão, 39cm X 61cm,dobrados,

limpos, recentemente lavados e não calandrados ou passados a ferro;

- Dobrá-los de maneira uniforme em camadas, colocando-os um sobre o outro formando

uma pilha de 25 a 28 cm de altura, 30 cm de comprimento e 23 cm de altura.

- Colocar a folha teste no centro geométrico do pacote;

- Embalar frouxamente o pacote em campo de algodão duplo, fechando com fita adesiva;

- A quantidade de campos dependerá da altura do pacote. O Pacote deve pesar em torno de

quatro quilos;

- Identificar o teste com nome, data e número do esterilizador;

- Utilizar indicador químico externo no pacote (fita-teste);

- Colocar o pacote no rack do esterilizador, horizontalmente e de forma que o centro do

pacote fique de 10 cm a 20 cm sobre o dreno da autoclave;

- Selecionar o ciclo específico para teste de Bowie & Dick da autoclave;

- Registrar o teste em impresso próprio conforme rotina da instituição;

- Após o término do ciclo, abrir o pacote, retirar a folha e observar a mudança uniforme de

cor na folha teste. A não uniformidade da cor do indicador no centro do teste indica presença

de ar residual na câmara interna, evidenciando uma falha na autoclave. Repetir teste uma

vez caso não ocorra o resultado esperado, já que possivelmente a alteração se deu por má

vedação da porta da autoclave. Caso persista o problema o esterilizador deverá ser

interditado e avaliado pelo técnico responsável;

Page 87: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

87

- Identificar na folha do teste a data, hora, o número da autoclave, operador que realizou o

teste e o resultado, arquivando este documento;

Pacote teste pronto uso

- Seguir as recomendações a partir da colocação do teste no rack caso o pacote teste de Bowie

& Dick pronto uso seja utilizado pela instituição.

Page 88: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DAS CLÍNICAS DE ... - usc.br · Manual da Central de Materiais e Esterilização..... 70. 4 TERMINOLOGIA ANTISSEPSIA – procedimento que visa o ... DESCONTAMINAÇÃO

88

BIBLIOGRAFIA

APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.

Limpeza, Desisfecção e Esterelização de Artigos em Serviços de Saúde. São Paulo.

APECIH. 2010.

Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção relacionada à

Assistência à Saúde. APECIH. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Artigos em

Serviços de Saúde. 339 p.2010.

SMELTZER, S. G; BARE, B. G. Manual de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Trad.

Brunner & Suddarth’s. 13a

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e

Centro de Material e Esterilização. SOBECC. Práticas Recomendadas. São Paulo,

2009.