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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

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1

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

EQUIPE DE ELABORAÇÃO/REVISÃO

ÁLVARO AUGUSTO REQUE

Técnico de Segurança do Trabalho

FERNANDA PINNO DE MELLO ZWIR

Técnico de Segurança do Trabalho

JOEL PEDRO GEQUELIN

Técnico de Segurança do Trabalho

JOSE CARLOS MARTINS DA SILVA

Médico do Trabalho

LINO TASSO RAVAGLIO JUNIOR

Médico do Trabalho

PAULO CESAR MACHADO

Técnico de Segurança do Trabalho

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ÍNDICE

1 – JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................................4

2 – OBJETIVOS................................................................................................................................5

3 – INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................6

4 – ACIDENTES DE TRABALHO ........................................................................................................8

4.1 – CONCEITO .........................................................................................................................8

4.2 – PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO NAS UNIDADES DE SAÚDE ....................8

4.3 – COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO – CAT ..............................................................8

4.3.1 – Procedimentos ...............................................................................................................8

4.3.2 – Preenchimento da CAT ...................................................................................................9

5 – RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NOS PRÓPRIOS MUNICIPAIS DESTINADOS AO CUIDADO DA SAÚDE ......................................................................................................................................... 15

5.1 – RISCOS FÍSICOS ................................................................................................................ 15

5.2 – RISCOS BIOLÓGICOS ........................................................................................................ 15

5.2.1 – Definição de termos .................................................................................................. 16

5.2.2 – Principais Patologias Agressivas ao Servidor da Área de Saúde .................................. 16

5.2.3 – Medidas Preventivas ................................................................................................. 17

5.2.4 – Precauções para odontologia .................................................................................... 17

5.2.5 – Precauções para laboratório ..................................................................................... 17

5.2.6 – Medidas de segurança para manipulação do lixo ...................................................... 18

5.2.7 – Medidas de segurança para a manipulação de materiais perfuro-cortantes contaminados ...................................................................................................................... 18

5.2.8 – Normas de Biossegurança ......................................................................................... 18

5.3 – RISCOS QUÍMICOS ........................................................................................................... 19

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5.3.1 – PRODUTOS QUÍMICOS .............................................................................................. 20

5.4 - PRIMEIROS SOCORROS ..................................................................................................... 35

6 – EQUIPAMENTOS ..................................................................................................................... 37

6.1 – ALTA ROTAÇÃO, MICRO-MOTORES .................................................................................. 37

6.2 - AMALGAMADOR .............................................................................................................. 37

6.3 - AUTOCLAVE...................................................................................................................... 38

6.4 - COMPRESSOR ODONTOLÓGICO, SUGADOR, BOMBA À VÁCUO E NEBULIZADOR............... 38

6.5 - ESTUFAS ........................................................................................................................... 39

6.6 - FOTOPOLIMERIZADOR ...................................................................................................... 40

6.7 - REFLETOR ODONTOLÓGICO .............................................................................................. 41

7 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) .................................................................. 42

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 44

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1 – JUSTIFICATIVA

O controle de infecções tem sido uma constante e crescente preocupação

dos profissionais de saúde, iniciando-se na área hospitalar.

Posteriormente, com a descoberta da AIDS, esta preocupação atingiu os

consultórios médicos e odontológicos.

A falta de conhecimento, o uso de métodos de esterilização inadequados ou

sem controle, a resistência de diversos tipos de vírus e bactérias e a falta de

cuidado dos profissionais com situações de risco, têm contribuído para o aumento

do número de casos de infecções por vírus, principalmente da Hepatite e HIV, em

profissionais e pacientes, adquiridos através de acidente de trabalho com sangue

e outros fluidos potencialmente contaminados e o tratamento deve ser tratado

como casos de emergência médica.

Os dados epidemiológicos indicam que a exposição de maior risco é o

percutâneo no momento do reencape da agulha, sendo de 0,3 a 0,5% para HIV,

30% para Hepatite B e 10% para Hepatite C. Dessas, a Hepatite C e a AIDS

representam maiores riscos aos profissionais, pois não existem vacinas

disponíveis para prevenir e/ou curar a infecção.

A PMC visa o preparo técnico/científico de profissionais da saúde aptos ao

ato biosseguro. Logo, definiu-se pela elaboração e/ou atualização deste MANUAL

DE BIOSSEGURANÇA.

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2 – OBJETIVOS

O objetivo deste manual é abordar e orientar as condutas pré e pós-

exposição, indicadas para prevenir o risco de contaminação de trabalhadores da

saúde pelo HIV e pelos vírus das hepatites B e C e riscos químicos no ambiente

de trabalho.

Implantar normas e rotinas que minimizem os riscos ocupacionais a que

estão expostos os profissionais de saúde, estabelecendo-se as medidas

preventivas.

Criar uma consciência preventiva entre os profissionais de saúde,

traduzindo-se em posturas voltadas para a biossegurança.

Estabelecer protocolos de acompanhamento dos acidentes de trabalho com

exposição aos materiais biológicos.

Garantir processos de desinfecção e esterilização adequados e eficazes.

Prevenir e reduzir o número de acidentes e doenças do trabalho na área de

saúde.

Proporcionar treinamento continuado.

Motivar questionamentos freqüentes entre os profissionais quanto à segurança e saúde do trabalhador.

Orientar procedimentos técnicos visando à uniformização dos mesmos.

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3 – INTRODUÇÃO

O nosso contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que

desenvolveremos doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as

plantas não apenas convivem com os germes, mas dependem direta ou

indiretamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, são

habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em

nosso corpo, onde eles auxiliam na proteção de nossa pele e mucosas contra a

invasão de outros germes mais nocivos. Estes seres vivos minúsculos

decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos para

serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais

do qual homem e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes

(parasitas) convivem em pleno equilíbrio. Somente a quebra desta relação

harmoniosa poderá causar a doença infecção.

A doença infecciosa é uma manifestação clínica de um desequilíbrio no

sistema parasito – hospedeiro - ambiente, causado pelo aumento da

patogenicidade do parasita em relação aos mecanismos de defesa anti-infecciosa

do hospedeiro, ou seja, quebra-se a relação harmoniosa entre as defesas do

nosso corpo e o número e virulência dos germes, propiciando a invasão deles nos

órgãos do corpo. Alguns microrganismos possuem virulência elevada podendo

causar infecção no primeiro contato, independente das nossas defesas. Outros,

usualmente encontrados na nossa microbiota normal, não são tão virulentos, mas

podem infectar o nosso organismo se diminuímos a nossa capacidade de defesa.

A capacidade de defesa anti-infecciosa é multifatorial, pois é influenciada

pela nossa idade (bebês e idosos), estado nutricional, doenças e cirurgias, stress,

uso de corticóides, quimioterapia, radioterapia, doenças imunossupressoras (HIV,

leucemia), fatores climáticos e precárias condições de higiene e habitação.

Na natureza, o estado de esterilidade, definido como ausência de

microrganismo vivo, é excepcional e transitoriamente encontrado no feto durante

a gestação, excluindo os casos de bebês contaminados via placentária pela mãe.

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O contato com os microrganismos começa com o nascimento, durante a

passagem pelo canal vaginal do parto, onde a criança se contamina com os

germes da mucosa vaginal e então se coloniza mantendo-se por toda a sua

existência, até a decomposição total do organismo após a sua morte.

Este manual foi elaborado pela equipe técnica multidisciplinar do

Departamento de Saúde Ocupacional através da Gerência de Segurança do

Trabalho e Medicina Ocupacional, e apresenta os riscos existentes na área de

saúde e quais procedimentos devem ser adotados pelos servidores durante o

exercício de suas funções nos próprios municipais destinados ao cuidado da

saúde.

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4 – ACIDENTES DE TRABALHO

4.1 – CONCEITO “Acidente de Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a

serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade para

o trabalho”.

Equiparam-se ao acidente do trabalho, para efeitos desta norma, as

doenças profissionais ou do trabalho, assim entendidas as inerentes ou peculiares

a determinados ramos de atividade.

4.2 – PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO NAS UNIDADES DE SAÚDE

Segundo análise das Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT’s,

realizada pelo Departamento de Saúde Ocupacional (SMRH), foi constatado um

índice bastante elevado de ocorrência de acidentes nas Unidades de Saúde.

Destacam-se as ocorridas por material perfuro-cortantes, entre outras

causas de acidentes de trabalho estão: respingo de líquido vacinal nos olhos,

quedas, agressão física, produtos químicos, trajeto, postura e outros.

4.3 – COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO – CAT

4.3.1 – Procedimentos O acidente de trabalho deverá ser comunicado imediatamente à chefia

imediata.

A chefia imediata do servidor ou alguém por esta designado deverá emitir,

datar e assinar a CAT, preenchendo o documento nos campos do nº 01 ao nº 29

da CAT e encaminhar juntamente com o servidor acidentado, quando possível,

para a Perícia Médica do Departamento de Saúde Ocupacional (SMRH) no prazo

máximo de 48 (quarenta e oito) horas, para enquadramento do acidente e

encaminhamento do processo.

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Quando o servidor acidentado necessitar afastar-se do trabalho, deverá

comparecer à Perícia Médica para homologar a sua licença no mesmo dia do

acidente.

Caso o servidor não possa cumprir o item acima, por estar impossibilitado,

seu familiar deverá levar à Perícia Médica (SMRH/RHSO), no mesmo dia do

acidente, um atestado do médico que atendeu o acidentado.

Nota: No caso de morte do servidor, a chefia da Divisão deverá comunicar o

fato à autoridade policial.

Em caso de necessidade, o acidentado deverá ser atendido no local pelos

próprios companheiros de trabalho, prestando-lhe os Primeiros Socorros e/ou ser

encaminhado para atendimento médico no ICS ou serviços credenciados.

Lembrete: O formulário de comunicação de acidente de trabalho – CAT

deverá ser preenchido independente da gravidade do acidente.

4.3.2 – Preenchimento da CAT Documento deverá ser preenchido em 03 (três) vias pela chefia imediata do

servidor, podendo ser de forma manual e bem legível ou eletronicamente. O

formulário para o preenchimento da CAT encontra-se no site eletrônico da PMC

(RH 24 horas).

Campos do nº 01 ao nº 20 - Preencher os dados pessoais e funcionais do

acidentado.

Campos do nº 21 ao nº 29 - Preencher detalhes específicos sobre o

acidente, obtendo informações junto ao acidentado ou demais servidores da

equipe de trabalho se for o caso. Deverá relacionar as causas (fatores que

ocorreram para o acidente).

- Ambientais: Ruído, iluminação, poeiras, umidade, calor, frio, pisos

irregulares, pisos escorregadios, circulação deficiente e outras.

- Pessoais: Falta de atenção, descuido, imperícia, imprudência, indisciplina,

negligência, falta de conhecimento e outras.

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- Ferramental ou maquinário: Ferramentas inadequadas para tarefas,

ferramentas sem condições para o trabalho, ferramenta sem proteção, falhas nas

ferramentas ou máquinas em uso e outras.

I - FLUXO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES DE TRABALHO (TÍPICO e TRAJETO) DE SERVIDORES DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Caso o servidor venha a sofrer um acidente de trabalho seja ele típico, no

horário e local de trabalho ou de trajeto, quando o servidor se desloca da

residência para o trabalho e/ou vice-versa, caberá a chefia imediata do servidor

acidentado seguir o passo a passo informado abaixo:

O servidor acidentado deve obrigatoriamente procurar assistência médica.

A chefia imediata preenche a CAT (03 vias) e solicita que o servidor,

familiar ou responsável compareça à Perícia Médica, no prazo máximo de

48 horas úteis da data do acidente, levando a CAT, e a avaliação do

médico assistente.

Obs: O nexo do acidente é de competência exclusiva do médico perito que

atender o servidor acidentado.

O formulário da CAT está disponível no RH 24 horas –

www.curitiba.pr.gov.br, servidor (chefia efetua login), saúde Ocupacional,

CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho).

Em caso de acidentes de TRAJETO, ou FORA DO HORÁRIO NORMAL

DE TRABALHO, o servidor deverá levar também declaração da chefia

confirmando seu horário de trabalho.

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O acidente de trabalho tem cobertura para exames e medicamentos por

um período determinado pelo médico perito. Caso o prazo de cobertura

termine e o servidor ainda não tenha tido alta do médico assistente ou

tenha alguma seqüela deste acidente, poderá o servidor através de

processo, aberto no Núcleo de Recursos Humanos da sua secretaria,

solicitar a prorrogação de cobertura de Acidente de Trabalho.

II – FLUXO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES DE TRABALHO DE SERVIDORES DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA RELATIVO À MATERIAL BIOLÓGICO

A) NO LOCAL DE TRABALHO ONDE OCORRA O ACIDENTE - DA CHEFIA IMEDIATA

1- Fazer o atendimento do servidor acidentado e a desinfecção da lesão de acordo com as normas técnicas estabelecidas.

2- Coletar se possível, com consentimento por escrito (Anexo), o sangue do paciente fonte: HIV, HBsAg, Anti-HCV. Identificar corretamente o paciente-fonte, com endereço e outras informações que facilite a sua procura futura, se necessária. Encaminhar a amostra identificada ao Laboratório Municipal ou ao Laboratório credenciado nos casos das UPAS.

3- Encaminhar o servidor acidentado ao Hospital do Trabalhador com a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), e orientar que o servidor acidentado compareça na Perícia Médica (PM) com a CAT dentro de no máximo 48 horas úteis.

B) DO HOSPITAL DO TRABALHADOR: HT

1. Atender o servidor acidentado e fazer análise de risco. 2. Fazer coleta de sangue do servidor acidentado para exames (HIV, ANTI

HCV, HBSAg, ANTI HBS –vacinados, ANTI HBc-não vacinados). 3. Encaminhar os exames ao Laboratório de Análises Clínicas do Hospital do

Trabalhador. 4. Medicação anti-retroviral, SE NECESSÁRIO.

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5. Reavaliar o servidor acidentado após 30, 90 e 180 dias efetuando coleta de sangue para exames.

6. Enviar para o RHSO, o formulário de acompanhamento realizado pelo HT após o atendimento de 180 dias.

7. Enviar comunicação ao RHSO – Serviço de Medicina do Trabalho dos casos faltantes dos retornos agendados.

C) DA PERÍCIA MÉDICA: PM

1- Receber o servidor acidentado com a CAT emitida pela chefia imediata. 2- Proceder ao exame médico-pericial. 3- Estabelecer se existe ou não o Nexo Causal. 4- Emitir a CPM e no caso de confirmação do AT, marcar o prazo para

reexame se necessário. 5- Arquivar a 1ª via da CAT, encaminhar a 2ª e a 3ª via para a Segurança do

Trabalho, que fará a investigação do AT e entregará uma via ao servidor acidentado,

6- Emitir CPM de notificação de doença ocupacional, quando for o caso.

D) DA MEDICINA OCUPACIONAL: MO

1- Receber o relatório médico emitido pelo HT após a conclusão do acompanhamento.

2- Receber da Segurança do Trabalho, informação quinzenal via planilha dos acidentes de trabalho com material biológico e com nexo causal, registrar esta informação no Sistema de Gerenciamento de Informação Médico Ocupacional da PMC.

3- Fazer o controle e devido registro dos acidentados depois de encerrado o acompanhamento de 180 dias, constatado pelos comprovantes de exames, o cumprimento do seguimento realizado no HT e finalizar o exame após a conclusão do monitoramento pelo HT em sistema próprio.

4- Convocar o servidor acidentado para ser submetido a exame médico ocupacional encerrando o atendimento do acidente de trabalho.

E) DO INSTITUTO CURITIBA DE SAÚDE: ICS

1- Responsabilizar-se pela continuidade do tratamento dos servidores acidentados.

2- Tomar ciência dos Acidentes de Trabalho por meio de sistema eletrônico.

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F) DO SERVIDOR

1- Apresentar-se à chefia quando vítima do acidente de trabalho.

2- Comparecer ao HT e comunicar imediatamente à recepção que é vitima de acidente de trabalho com material biológico.

3- Comparecer na Perícia Médica no prazo de 48hs úteis após o AT para registro da CAT.

4- Comparecer à Medicina Ocupacional, quando convocado para encerramento do acidente de trabalho.

TODA A TRAMITAÇÂO E MANUSEIO DOS DOCUMENTOS DEVEM SER REALIZADOS SOB SIGILO PROFISSIONAL

ANEXO

Termo de Consentimento Informado para paciente-fonte autorizando a realização dos exames

Fonte- Guia prático para avaliação e condutas em casos de acidentes com exposição a fluidos biológicos.

Modelo de Termo Consentimento Informado (para o paciente – fonte)

Informamos que, durante o seu atendimento neste Serviço (UBS, Hospital, etc.) um funcionário foi vítima de um acidente no qual houve contato com seu material biológico. Com o objetivo de evitar tratamentos desnecessários e prevenir situações de risco, estamos solicitando, por meio da equipe médica que o está atendendo, autorização para que sejam realizados alguns exames. Serão solicitados exames para AIDS e hepatites B e C. Para a realização destes exames, será necessária uma coleta simples de sangue venoso, em torno de 8 ml, como realizada para qualquer outro exame convencional feito anteriormente. O risco associado a este tipo de coleta é o de poder haver um pequeno derrame local (hematoma), que habitualmente não tem conseqüências além de um pequeno desconforto. O benefício que você poderá vir a ter é de receber informações diagnósticas sobre as três doenças já citadas, e orientação do seu tratamento, se for o caso.

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Todas as informações serão mantidas em sigilo, servindo unicamente para orientar a condução de tratamento do funcionário acidentado. A sua equipe médica será informada a respeito dos resultados dos seus exames, que serão incluídos nos seu prontuário médico.

Caso você não concorde com a realização dos exames, esta decisão não causará prejuizo em seu atendimento nesta instituição.

Eu______________________________________________________________, após ter sido adequadamente informado do objetivo desta solicitação e dos procedimentos aos quais serei submetido, ( ) concordo ( ) não concordo que seja coletado meu sangue para a realização dos exames diagnósticos acima descritos.

Curitiba, ____ de___________________ de __________.

Nome:_______________________________________________________

Assinatura:___________________________________________________

N.º prontuário:_______________________________________________

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5 – RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NOS PRÓPRIOS MUNICIPAIS DESTINADOS AO CUIDADO DA SAÚDE

Os locais de trabalho devem possuir requisitos que venham impedir que as

atividades normais do serviço possam causar prejuízos à saúde dos servidores e

dos usuários. Conhecer inicialmente os agentes aos quais estamos submetidos é

fundamental.

5.1 – RISCOS FÍSICOS Radiações ionizantes: Emitidas durante a operação de equipamentos de

raios-X.

Ruídos: Sensação sonora indesejável emitida principalmente por

equipamentos movidos a ar comprimido que são utilizados no tratamento

odontológico.

Vibrações: Ocorrem na operação de equipamentos movidos a ar comprimido

que são utilizados no tratamento odontológico.

Estes riscos devem ser quantificados dentro de certos limites para que se

relacionem possíveis efeitos indesejáveis sobre a saúde, segurança e bem estar

do funcionário, influindo na sua produtividade.

5.2 – RISCOS BIOLÓGICOS São agravos causados por diversos microorganismos (bactérias, fungos,

vírus, protozoários, parasitas, Bacilos, etc.), e atingem principalmente os

trabalhadores em atividades hospitalares, odontológicas, unidades de saúde e

laboratórios.

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5.2.1 – Definição de termos a) Agentes infecciosos: São os microorganismos capazes de produzir uma

infecção ou uma enfermidade infecciosa. São agentes: as bactérias, os

vírus, os protozoários, os fungos, os parasitas, os bacilos, entre outros.

b) Reservatório: Qualquer ser vivo (animal, vegetal) ou matéria, onde

normalmente vive e se multiplica um agente infeccioso, permitindo a

continuidade da doença.

c) Hospedeiro: É o organismo, que em circunstâncias naturais permite a

subsistência e o alojamento de um agente infeccioso, permitindo a

continuidade da doença.

d) Contaminação: Presença de um agente infeccioso na superfície do corpo

(roupas de cama, instrumentais cirúrgicos, objetos, água e alimentos).

e) Transmissão: É o mecanismo pelo qual um agente infeccioso se propaga

por transmissão direta (transferência direta e imediata de agentes

infecciosos a uma porta de entrada, por contato, disseminação de

gotículas) ou indireta (objetos, materiais contaminados, vetor).

5.2.2 – Principais Patologias Agressivas ao Servidor da Área de Saúde

Patologia Fonte de Infecção

Transmissão Causa Prevenção Principal Transmissão

AIDS Homem

Sangue

Sêmem

Vertical

Mãe-Filho

Vírus

HIV

- Uso de preservativo

- Uso de EPIs

- Evitar gravidez em mulheres contaminadas

Sexual

HEPATITE

“B” Homem

Sangue

Sêmem

Saliva

Vírus

HBV

- Utilização de vacina anti-hepatite

- Uso de EPIs

Sangue

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5.2.3 – Medidas Preventivas a) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS:

- Não reutilizar seringas ou agulhas em hipótese alguma;

- A mulher contaminada não deve amamentar;

- Deve-se restringir o uso de sangue e hemoderivados, usando somente

sangue testado para o HIV.

b) Vacinação recomendada:

- Rubéola: Servidoras em idade fértil;

- Tétano e hepatite: Todos os servidores da área de saúde.

5.2.4 – Precauções para odontologia O sangue, a saliva e o fluido gengival de todos os pacientes devem ser

considerados infectados. Deve ser dada ênfase às precauções para prevenir a

transmissão de patógenos sanguíneos. Além de usar luvas quando em contato

com membrana mucosa dos pacientes, todos os dentistas e auxiliares (ASB e

TSB) devem usar máscaras cirúrgicas, gorros, luvas e proteção para os olhos.

Isto deve ser feito durante procedimentos que envolvam respingos de sangue,

saliva ou fluido gengival.

O sugador, a bomba a vácuo e a posição do paciente devem ser

observados para minimizar a produção de respingos.

5.2.5 – Precauções para laboratório - Amostras de sangue e líquido devem ser acondicionadas em recipientes

que tenham tampa segura, evitando vazamento no transporte;

- Ao coletar as amostras, não contaminar a parte externa do recipiente;

- Todo o pessoal envolvido na coleta e processamento das amostras deve

utilizar os EPIs (Equipamento de Proteção Individual).

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5.2.6 – Medidas de segurança para manipulação do lixo a) Evitar manipulação desnecessária;

b) Acondicionar adequadamente em sacos plásticos apropriados (cor branca

leitosa), de acordo com as especificações da Associação Brasileira de

Normas Técnica – ABNT / NBR 9191, devendo conter uma cruz vermelha

e as inscrições “Lixo Hospitalar”;

c) Utilizar lixeira com tampa e pedal, constituída em material que permita a

sua limpeza;

d) Não reaproveitar os sacos plásticos;

e) Preencher somente 2/3 do saco de lixo;

f) Fechar os sacos de lixo corretamente.

5.2.7 – Medidas de segurança para a manipulação de materiais perfuro-cortantes contaminados

a) Não recapar as agulhas;

b) Desprezar os materiais perfuro-cortantes contaminados ou não, em

recipientes reforçados de paredes rígidas e estanques, de tamanho

adequado para receber o conjunto agulha-seringa descartável;

c) Os recipientes devem ser mantidos devidamente fechados e rotulados

“Lixo Hospitalar”;

d) Não remover as agulhas das seringas;

e) Após a utilização de seringas tipo carpule, levá-la em direção ao protetor

somente com uma das mãos e com o auxílio de uma pinça na outra mão,

segurar o protetor para terminar a colocação da tampa e retirada da

agulha, desprezando-a imediatamente no recipiente rígido;

f) Não reutilizar seringas e agulhas contaminadas.

5.2.8 – Normas de Biossegurança a) Considerar todos os pacientes como potencialmente infectados;

b) Uso de EPIs;

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c) Lavar as mãos;

- Antes e após usar o toalete;

- Após trabalhos de limpeza;

- Após, tossir, espirrar ou assuar o nariz;

- Ao término do trabalho;

- Antes e após aplicar medicamentos e nebulizações;

- Antes e após preparo de materiais para reprocessamento de coletas de

exames e outros;

- Antes e após contato com o paciente ou superfícies contaminadas com

sangue ou fluidos corpóreos.

5.3 – RISCOS QUÍMICOS Face ao emprego generalizado de agentes químicos nas ações de saúde,

redobram-se os cuidados em seu manuseio.

As substâncias poderão ser mantidas na atmosfera sob várias formas:

Gases ou vapores;

Névoas ou neblinas: Gotículas resultantes do arrastamento de um líquido

por corrente de ar, por bolhas de gás, ou ainda, por condensação do líquido na

atmosfera;

Fumos: Partículas resultantes da condensação de vapores metálicos após

combinação com o oxigênio da atmosfera, formando óxidos;

Poeiras: Partículas sólidas, de materiais inorgânicos ou orgânicos,

resultantes de processos mecânicos de desintegração, como lixamento,

moagem e outros;

Gases: Resultantes da combustão de materiais orgânicos, sendo

constituídas de mistura de gases, vapores, partículas e gotículas.

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5.3.1 – PRODUTOS QUÍMICOS

5.3.1.1 – Mercúrio – Hg Sinônimos: Prata viva, mercúrio metálico, mercúrio elementar.

Propriedade: Único metal líquido em estado natural, cor cinza prateado e

brilhante; extremamente pesado. Libera vapores metálicos à temperatura

ambiente. Reage com outros metais formando amálgamas. Utilizado como

componente do amálgama em tratamento dentário. Forma compostos

orgânicos de baixa toxicidade e compostos inorgânicos e alta toxicidade.

É absorvido principalmente pelas vias respiratórias e também pela via oral

e dérmica. A seguir, os sinais e sintomas da exposição ao mercúrio:

a) Intoxicação aguda:

- Síndrome gastroentérica caracterizada por dor retroesternal, disfagia,

vômitos, sialorréia, sabor metálico, sede, cólicas intestinais e diarréia;

- Síndrome renal caracterizado pela albuminúria, cilindrúria, oligúria,

insuficiência renal aguda por necrose tubular;

- Cegueira súbita;

- Lesões pulmonares graves.

b) Intoxicação crônica:

- Ação sobre o Sistema Nervoso Central, causando irritabilidade, alterações

da sociabilidade, insônia, estado de ansiedade, timidez, (labilidade

emocional), às vezes com excitação continuada sobre um comportamento

não motivado. Em casos mais graves, observa-se a diminuição da atenção,

da memória, até um processo de despersonalização global. O sinal clínico

mais aparente é o tremor, e nos casos mais graves as alterações

assemelham-se às observadas na doença de Parkinson.

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c) Outras manifestações:

- Pulmonares: Dificuldade respiratória esporádica, irritação pulmonar,

pneumonia química e até mesmo edema pulmonar agudo;

- Sanguíneas: Anemia, linfocitose, eosinofilia, hipercolesterolemia;

- Cutâneas: Dermatites, eritema, pápula e pústulas;

- Oculares: Restrição do campo visual, escotomas e outras;

- Auditivas: Redução da acuidade auditiva, surdez.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

- Sistema de exaustão local nos pontos de liberação de vapores de mercúrio

(amalgamador, bancada);

- As bancadas devem ter a superfície lisa e livre de rachaduras, e as

paredes atrás das mesmas calafetadas, para prevenir acúmulo de mercúrio

derramado.

- Devem ser usadas bandejas (plástico e outros materiais impermeáveis)

para evitar que o mercúrio derramado escorra para o chão;

- Realizar manutenção preventiva dos aparelhos que usam mercúrio, e

mantê-los sobre bandejas não porosas, a fim de reter derramamento ou

vazamento de materiais;

- O mercúrio deve ser estocado em lugar fresco, em recipientes não

metálicos (preferencialmente plásticos), com bocas de menor diâmetro

possível, fechados, rotulados com tampa bem encaixada e apertada;

- Realizar limpeza meticulosa nos locais de manuseio de mercúrio;

- O mercúrio não deve ser incinerado ou colocado no lixo sanitário para

coleta municipal;

- O mercúrio não poderá ser descartado em esgotos, pois microorganismos

poderão transformá-lo em mercúrio orgânico do mais alto grau de

periculosidade;

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- Deve ser recolhido e guardado em recipientes fechados, contendo uma

camada de água, até que se obtenha uma quantidade suficiente para ser

purificado e recuperado;

- Treinar as pessoas envolvidas no manuseio do mercúrio;

- Manter afastado de substâncias incompatíveis: nitratos, cloratos, amônia,

álcool, ácido nítrico;

- Manter longe de calor, chama ou fonte de ignição.

ACIDENTE COM MERCÚRIO

- Quebra de termômetro (ambiente externo e estufa aquecida);

- Quebra de frascos com restos de amálgama;

- Amalgamador apresentando problemas;

- Quebra de frascos contendo mercúrio.

PREVENÇÃO

- Obedecer às normas de utilização quanto a ESTERILIZAÇÃO de materiais em estufas (quantidade, disposição e cuidados);

- Manutenção periódica e adequada do amalgamador;

- Cuidados quanto ao manuseio e estocagem dos frascos com mercúrio.

EM CASO DE ACIDENTE

1 – Comunicar via telefone a Gerência de Segurança do Trabalho (3350-8664 ou 3350-8414) e Gerência de Medicina Ocupacional (3350-8615 ou 3350-8264);

2 – Preencher adequadamente a CAT, verificando a participação efetiva dos servidores no evento (nexo causal).

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ESTUFAS

- Lacrar a estufa – não abri-la em hipótese alguma;

- Manter o ambiente arejando por 24 horas;

- Após este prazo, levar a estufa para ambiente externo, abrindo-a

cuidadosamente, evitando possíveis inalações de vapores residuais;

- Retirar os materiais com o uso de luvas e lavá-los;

- Acondicionar possíveis restos de materiais ou mercúrio em frascos com

água, desprezando-os junto com restos de amálgama;

- Retirar todas as grelhas e lavá-las;

- Utilizando-se de pano umedecido em água, realizar a limpeza cuidadosa da

base interna da estufa;

- Manter a estufa aberta em ambiente;

- Aquecê-la aberta para a secagem e liberação de possíveis vapores (em

ambiente externo);

- Voltar à utilização da estufa dentro das normas.

QUEBRA DE FRASCOS COM MERCÚRIO

1 – Vide orientação “1” e “2” em relação às estufas;

2 – Não tocar o mercúrio com as mãos desprotegidas;

3 – Não utilizar luvas em látex natural e sim em látex sintético nitrílico, recolhendo com papel fino as gotículas dispersas, desprezando-as em frascos com água;

4 – Lavagem da superfície com água e sabão, no mínimo por duas vezes;

5 – Encerar a superfície atingida;

6 – Liberar a sala para uso normal.

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PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS (disponíveis no RH 24 Horas)

- Preencher a CAT em 03 vias. Sendo acidente de trabalho por perfuro

cortante com material biológico, também preencher ficha de investigação

em 03 vias, ambos disponíveis no RH 24 Horas.

- Encaminhar o servidor a assistência médica;

- Após assistência médica deve comparecer à Perícia Médica no prazo de

48 horas úteis;

- Solicitação de exames (Perícia Médica ou Medicina Ocupacional);

- Realizar os exames em laboratórios credenciados (indicados);

- Tendo em mãos os resultados, agendar Exame Periódico junto à Medicina

Ocupacional;

Recomendações: Não usar quaisquer outros produtos químicos para limpeza das superfícies atingidas pelo mercúrio.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

- Mercúrio ou equipamentos contaminados com o metal, não devem ser

manuseados diretamente, devendo-se usar luva de látex sintético nitrílico;

- Não comer, beber ou fumar na área de trabalho;

- Enxaguar a boca com água e lavar as mãos antes de comer, beber ou

fumar;

- Utilizar guarda-pó ou jaleco comprido durante o trabalho com mercúrio e

guardá-lo em local apropriado separado de objetos pessoais;

- Alimentar-se antes de manusear o mercúrio e tomar um banho quente após

a jornada de trabalho;

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MEDIDAS DE EMERGÊNCIA

a) Vazamento:

- Manter o ambiente bem ventilado;

- Não tocar o mercúrio com as mãos desprotegidas. Papel fino pode ser

usado para recolher gotículas dispersas;

- As gotículas deverão ser recolhidas imediatamente, utilizando-se bomba a

vácuo provida de filtro adequado, evitando a dispersão de vapores, ou com

o vácuo produzido por um sistema de trompas d’água;

- Não é recomendado a limpeza com apoio de ar comprimido;

- Pode-se completar a remoção do mercúrio quimicamente, espalhando pó

de zinco ou enxofre sobre a superfície a fim de oxidar o mercúrio,

impedindo a formação de vapores e aumentar a solubilidade em água,

facilitando a remoção por lavagem simples;

- Após a limpeza, o mercúrio residual pode ser coberto com uma camada de

cera.

b) Incêndio:

- O Hg não é combustível. No entanto, pode reagir com outros produtos

químicos para formar produtos instáveis que explodem facilmente. O óxido de

mercúrio pode reagir com amônia ou com álcool etílico e ácido nítrico para formar

fulminato de mercúrio Hg (CNO)2, o qual pode detonar pelo calor ou choque.

c) Inalação:

- Remover a vitima para área bem ventilada e, se necessário aplicar-lhe a

respiração artificial.

- Manter a vitima em repouso e em lugar calmo até a chegada do médico.

d) Ingestão:

- Procurar um médico com urgência. Lavagem gástrica, laxantes e eméticos,

a critério médico. Em caso de cloreto de mercúrio (HgCl2), não provocar vômitos

por ser cáustico.

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5.3.1.2 – Água Oxigenada – H2O2

Nome técnico: Peróxido de hidrogênio.

Sinônimo: Dióxido de hidrogênio.

Propriedades: Líquido incolor, geralmente vendido como solução aquosa,

em várias concentrações; poderoso agente oxidante.

A exposição ao produto pode causar o aparecimento de alguns sintomas,

tais como: conjuntivite, inflamação da córnea, irritação do trato respiratório,

dermatite, queimadura de pele e eczemas.

RECOMENDAÇÕES:

Proteger as embalagens contra danos físicos;

Manter o peróxido de hidrogênio em recipientes fechados e rotulados, em

ambientes frescos e bem ventilados, longe de chamas, calor ou fonte de ignição;

Manter afastado de materiais combustíveis, orgânicos e facilmente

oxidáveis;

Manter os recipientes de água oxigenada distante das seguintes

substâncias, pois reagem violentamente provocando incêndio ou explosão:

glicerina, hidrazina, álcool, metais pesados, poeira, óxidos, óleos, resinas,

materiais combustíveis, ácidos orgânicos, cetonas e aldeídos;

Em caso de ingestão, não provocar vômito.

5.3.1.3 – Hipoclorito de Sódio – NaCIO Sinônimos: Água de Javelle, solução de Labarraque, água de lavanderia;

Propriedades: Cristais brancos e instáveis. Facilmente solúvel em água fria;

decompõe-se em água quente. Encontrado usualmente em forma de solução, em

variadas concentrações. Utilizado como agente branqueador, desinfetante,

purificador de água, e outros. Sua ação deve-se ao fato de ser um agente

fortemente oxidante.

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SINTOMAS DECORRENTES DA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA:

- Irritação dos olhos, irritação da pele com vesículas e eczema, edema de

faringe e de laringe, tosse, dispnéia, edema pulmonar.

- Ingestão: queimadura da boca, náuseas e vômitos, colapso circulatório,

delírio, coma, possível perfuração do esôfago e estômago.

RECOMENDAÇÕES

- Armazenar em local fresco, ventilado, ao abrigo da luz, longe de materiais

combustíveis;

- Manter os recipientes bem fechados e rotulados;

- Em caso de ingestão, não provocar vômito.

5.3.1.4 – Éter etílico – (C2H5)2O Nome técnico: dietil éter

Sinônimos: Éter de anestesia, éter, etil éter, óxido de etilo, éter sulfúrico.

Propriedades: Líquido volátil, incolor, odor aromático, altamente inflamável.

A absorção ocorre através da pele, das vias respiratórias, possuindo efeito

irritante e depressivo do sistema nervoso central, além de lesões renais. SINAIS E SINTOMAS DA EXPOSIÇÃO EXCESSIVA:

- Aguda: Conjuntivite, irritação do trato respiratório, dermatite seca, dor de cabeça, vertigem, anorexia, náuseas, vômitos, narcose e albuminúria.

- Crônica: Dor de cabeça, vertigem, anorexia, náuseas, perturbações psíquicas.

RECOMENDAÇÕES:

- Manter o éter afastado de ácido nítrico, ácido sulfúrico fumegante, oxigênio

liquido ou ar comprimido, sob risco de explosão;

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- Manter o recipiente fechado e rotulado, protegendo-o da luz solar direta e

de choques e outros danos físicos;

- Não expor o produto à chama, calor ou fonte de ignição;

- Evitar a inalação dos vapores do produto (altamente narcótico);

- Proteger as mãos do contato excessivo com o produto;

- Evitar o contato do éter com explosivos, substâncias tóxicas, oxidantes,

peróxidos orgânicos e materiais radiativos;

- Manter o ambiente de trabalho com ventilação adequada.

5.3.1.5 – Álcool – CH3CH2OH Nome Técnico: Etanol

Sinônimos: Álcool etílico, hidróxido etílico, álcool de grão, metil carbinol e

espírito de vinho

Propriedades: Líquido incolor, volátil, com odor característico, altamente

inflamável.

Largamente utilizado como solvente e agente antisséptico;

A absorção ocorre por inalação e ingestão. O álcool é irritante da pele, olhos

e vias respiratórias, além de atuar como depressor do SNC (sistema nervoso

central). A ingestão do álcool etílico causa lesões gástricas.

Álcool glicerinado: álcool contendo glicerina, utilizado para antissepsia das

mãos.

Álcool a 70%: solução aquosa contendo 70% de álcool etílico.

Álcool iodado: solução com 2% de iodo em álcool a 70%.

RECOMENDAÇÕES:

- O álcool é inflamável. Manter longe da chama, calor ou fonte de ignição;

- Evitar inalar os vapores do produto;

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

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- Evitar contato excessivo do líquido com a pele;

- Não fumar, beber ou comer nos locais de manuseio e armazenamento do produto;

- Manter longe de substâncias oxidantes.

5.3.1.6 - Aldeídos Formaldeído, Glutaraldeído e outros produtos (associações):

Formaldeído – HCHO

Nome técnico: Metanal

Sinônimos: Formol, aldeído metílico, aldeído fórmico, formalina, oximetileno.

Gás incolor, inflamável, de odor penetrante e irritante. Comercialmente,

encontra-se em solução aquosa contendo 30% a 50% de quantidades variáveis

de metanol. O metanol é utilizado como estabilizante.

A absorção ocorre por inalação ou ingestão do produto. Altamente tóxico

carcinogênico e irritante da pele e de membranas mucosas.

SINAIS E SINTOMAS

Locais: Conjuntivite, queimadura da córnea, coloração parda da pele,

dermatite, urticária e erupção pústulo-vesicular.

Inalação: Rinite e anosmia, faringite, espasmos da laringe, traqueíte e

bronquite, edema pulmonar, tosse, constrição do peito, dispnéia, dor de cabeça,

debilidade, palpitação e gastrenterite.

Ingestão: Queimadura da boca e esôfago, náuseas e vômitos, dores

abdominais, diarréia, vertigem, inconsciência, icterícia, albuminúria, hematúria,

anúria, acidose e convulsões.

Propriedades: Atuação rápida, eficaz contra vírus, bactérias e fungos, efeito

prolongada compatível com vários tipos de materiais (metálico, látex, borracha,

PVC, vidro).

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Glutaraldeído

Usado como desinfetante e, ou esterilizante químico. Comercialmente

existem formulações aquosas a 2% e 3,2%, ativadas (alcalinas) e potencializadas

(ácidas), consideradas efetivos meios químicos de esterilização e desinfecção.

O vapor de Glutaraldeído tem odor forte, é irritante para os olhos e

membranas mucosas do trato respiratório e potencialmente carcinogênico.

Propriedades:

- Alta atividade germicida;

- Amplo espectro antimicrobiano;

- Esporicida a temperatura ambiente (dependendo do tempo de exposição

do instrumental);

- Eficiência mesmo em presença de sangue, saliva, pus e outros detritos

orgânicos;

- Prolongada vida útil.

Desvantagens:

- Não é antisséptico;

- Não é desinfetante de superfície;

- Altera a cor dos metais.

Nomes comerciais:

- Produtos à base de glutaraldeido: cidex, glutacide, glutarex.

- Produtos compostos por formaldeído, um quaternário polimérico tensoativo

não iônico: Incidin.

Recomendações gerais para os aldeídos:

- Manusear o produto em locais com ventilação adequada, mantendo o

recipiente fechado e rotulado;

- Não fumar, beber ou comer em locais onde se manuseia ou estoca o

produto;

- Manter longe de chamas, faísca ou fonte de calor;

- Evitar inalar os vapores do produto;

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- Usas EPIS (luvas, máscara, óculos de segurança, jaleco).

5.3.1.7 - Fenóis sintéticos Existem vários compostos fenólicos disponíveis para uso como

desinfetantes.

Os vírus lipofílicos são suscetíveis a sua ação, enquanto os vírus

hidrofílicos e esporos são resistentes.

Acredita-se que formulações mais recentes, com dois ou mais fenóis

combinados, tenham alguma ação contra os vírus hidrofílicos.

Toxicidade:

Quando em contato com a pele ou mucosas, os fenóis sintéticos podem

provocar despigmentação da epiderme, irritação das mucosas e dos olhos,

carcinogênico e hepatotóxico.

Características:

- Ação sinergética;

- Amplo espectro antimicrobiano;

- Tuberculicida.

Desvantagens:

- Não esporicida;

- Nenhuma ação sobre vírus HBV (hepatite).

Indicação:

- Desinfecção, descontaminação de superfícies, de artigos metálicos e de

vidros contaminados.

Recomendações:

- Usar luvas para evitar contato repetido das soluções fenólicas com as

mãos; em caso de contato, lavar as mãos com bastante água;

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

- Não recomendado para artigos que entram em contato com o trato

respiratório, bem como com objetos de látex, acrílicos e borrachas.

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Nomes comerciais:

- Duplofen a 5%;

- Germpol a 5%;

- Marcofen a 3%.

5.3.1.8 - Ácido acético – Ch3COOH Sinônimos: Ácido etanóico, ácido metano carboxílico, ácido de vinagre, ácido

acético glacial (99,5%).

Propriedades: Líquido incolor, de odor penetrante e picante, característico de

vinagre, corrosivo, solúvel em água. Reage com materiais oxidantes.

Efeitos sobre o organismo: irritação da pele, dos olhos e das mucosas,

erosão no esmalte dos dentes.

Ingestão: Lesões renais e queimaduras graves.

O ácido acético causa queimaduras graves e libera vapores irritantes.

RECOMENDAÇÕES:

- Evite respirar o vapor e o contato com a pele, roupas e olhos principalmente.

- Evite o contato do produto com metais, sob risco de explosão pela liberação de hidrogênio;

- Mantenha o produto longe de carbonatos, hidróxidos, fosfatos, alguns óxidos, ácido crômico, ácido nítrico, peróxido de sódio, água oxigenada e outros oxidantes, sob o risco de reações violentas;

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

- Ao efetuar diluição, verta sempre o ácido sobre a água, nunca o contrário;

- Mantenha o local de trabalho bem arejado;

- Em caso de ingestão, não provoque o vômito.

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5.3.1.9 – Fluoreto de Sódio – NaF Propriedades: Cristais solúveis em água. A solução formada ataca o vidro.

Comercializado em forma de comprimidos, a partir do quais são preparadas as

soluções aquosas de flúor, utilizado na profilaxia de cáries dentárias.

A absorção ocorre por inalação e principalmente por ingestão acidental.

Forte agente oxidante dos tecidos. A intoxicação aguda provoca náuseas,

vômitos, dores de estômago, diarréia, fraqueza, tremores, convulsão, colapso,

dispnéia, doenças do trato respiratório e do coração, podendo levar a morte.

RECOMENDAÇÕES:

- Armazená-los longe de substâncias ácidas, em ambiente devidamente ventilado;

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

- Evitar a ingestão durante a aplicação da solução;

- Manter o produto sob controle, permitindo o acesso somente a pessoas autorizadas.

5.3.1.10 – Óleos ou essências voláteis. São líquidos incolores ou levemente amarelados, que consistem em

mistura de hidrocarbonetos, ésteres, alcoóis, éteres e acetonas.

Algumas plantas que contêm os óleos voláteis são: eucalipto, cravo,

mentol, pimenta, cinamomo, nematicidas, erva-cidreira, azeite de pinho, absinto,

arruda, poejo, noz-moscada.

Além de ocorrerem normalmente em plantas, também são encontrados em

produtos farmacêuticos, desinfetantes, perfumadores ou aromatizantes de

ambientes e outros.

A absorção ocorre por ingestão (aguda) ou por via inalatória e cutânea

(lenta), provocando os seguintes sintomas e efeitos: irritação intensa dos tecidos,

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náuseas, secura da boca, vômitos, dores abdominais, problemas respiratórios,

pulmonares e renais.

PRODUTOS UTILIZADOS NA SMS QUE CONTÊM ESSÊNCIAS VOLÁTEIS:

- Eugenol (cravo);

- Eucaliptol (eucalipto).

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

5.3.1.11 – Violeta Genciana Sinônimos: Violeta de metilo, metil-p-rosanilina, fucsinas, parafucsinas

metiladas, etiladas ou feniladas.

Propriedades: Encontrada comercialmente sob forma de solução de coloração roxa.

A absorção do produto ocorre através de ingestão acidental. Possui ação irritante.

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

SINAIS E SINTOMAS:

Contato contínuo e excessivo com a pele: eczemas, erupções acnecformes,

crescimento papilares.

Ingestão: queilites e gengivites, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarréia e

debilidade.

5.3.1.12 - Iodóforos As soluções comerciais de iodóforos, dependendo de sua formulação,

podem ser usadas como antissépticas ou como desinfetantes.

Propriedades: Compostos orgânicos que contêm iodo e agente ativo de

superfície. São solúveis em álcool etílico.

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As soluções concentradas de iodóforos contêm menos iodo livre, sendo

liberado quando a solução é diluída. É importante que a diluição seja feita de

forma adequada, seguindo as proporções recomendadas em normas técnicas.

PVPI: produto à base de polivinilpirrolidona (PVP) e iodo (I);

- Manter os recipientes fechados e rotulados;

Vantagens:

- Baixa toxicidade;

- Ação germicida residual;

- Largo espectro;

- Baixo custo;

- Não odoríferos.

Desvantagens:

- Não são esterilizantes;

- Podem alterar a cor de certas superfícies;

- Instável a altas temperaturas;

- Instável sob a ação da luz;

- Inativado pela água dura;

- Inativado pelo álcool.

5.4 - PRIMEIROS SOCORROS Em caso de contato com a pele:

- Remover as roupas contaminadas;

- Lavar a área do corpo atingida com bastante água (15) minutos;

- Encaminhar para atendimento médico.

b) Em caso de contato com os olhos:

- Lavar imediatamente os olhos com bastante água (15) minutos;

- Encaminhar para atendimento médico.

c) Em caso de inalação excessivas de vapores:

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- Remover a vitima do local contaminado para área arejada;

- Observar as condições respiratórias e realizar respiração artificial, se necessário:

- Encaminhar para atendimento médico.

d) Em caso de ingestão acidental:

- Encaminhar a atendimento médico imediatamente.

Telefones importantes:

Centro de Informações Toxicológicas de Curitiba End.: Hospital de Clínicas Rua General Carneiro, nº 180 - Centro CEP: 80.060-000 - Curitiba/PR Telefone: (41) 3264-8290 / 3363-7820 Fax: (41) 360-1800 - R. 6619 Atendimento: 0800 41 01 48 e-mail: [email protected]

SAMU: 192

SIATE: 193

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6 – EQUIPAMENTOS

6.1 – ALTA ROTAÇÃO, MICRO-MOTORES Usados em procedimentos odontológicos acoplado a brocas, pontas

diamantadas ou instrumentais de profilaxia.

RISCOS:

- Ruído (transtornos auditivos e psíquicos);

- Vibração (transtornos auditivos, podendo causar lesão pulpar do dente em

tratamento);

- Aerossol (ejeção de corpo estranho na face, levando a lesões cutâneas e

oculares, doenças infecciosas principalmente hepatite e AIDS).

PREVENÇÃO:

- Manutenção periódica;

- Assepsia e desinfecção adequada;

- Manuseio correto;

- Uso de equipamento de proteção individual – EPIs (item 07 deste manual);

- Audiometria periódica para profissionais expostos à ruídos

6.2 - AMALGAMADOR Usando no preparo de amálgamas para restaurações odontológicas.

RISCOS

- Ruído;

- Vazamento de mercúrio, provocando intoxicação.

PREVENÇÃO

- Manutenção periódica do aparelho;

- Preenchimento dos reservatórios somente até 50% da capacidade (limalha e mercúrio);

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- Usá-lo sobre a bandeja plástica (manter braço e cápsulas cobertas);

- Manter braço e cápsulas cobertas durante a trituração;

- Manter as cápsulas bem fechadas e íntegras;

- Usar proporções corretas liga/mercúrio;

- Colocá-lo afastado de fonte de calor (volatilização do mercúrio);

- Uso de EPIS (item 07 deste manual).

6.3 - AUTOCLAVE Autoclave vertical com capacidade de 75 litros, medindo no mínimo 40X60

cm de diâmetro interno, com câmara dupla e cesto interno de aço.

RISCOS

- Queimaduras;

- Explosões.

PREVENÇÃO

- Manutenção periódica, freqüente, visando prevenir vazamentos ou desregulagem de instrumentos mecânicos ou hidráulicos, tais como: válvulas, termômetros e manômetros;

- Verificação do ambiente durante a descarga do vapor e a liberação de água da câmera inferior, como forma de evitar acidentes.

- Uso de EPIS (item 07 deste manual).

6.4 - COMPRESSOR ODONTOLÓGICO, SUGADOR, BOMBA À VÁCUO E NEBULIZADOR

Apresentam motor com potência igual ou superior a 1HP, o que vem

provocar ruídos nos ambientes. Os sugadores e bombas a vácuo devem ser

usados sempre para reduzir os aerossóis bacterianos, sugar eficientemente água,

sangue, saliva e demais fluidos.

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RISCOS

- Ruídos (surdez temporária ou surdez permanente);

- Trauma acústico (perda repentina da audição após a exposição a ruído intenso);

- Fadiga (irritabilidade, dores de cabeça, mal estar geral);

- Contato com fluidos contaminados.

PREVENÇÃO

- Manutenção periódica;

- Medição dos níveis de ruído no ambiente;

- Uso de EPIS (item 07 deste manual).

- Audiometria periódica para profissionais expostos à ruídos.

6.5 - ESTUFAS Equipamento usado na esterilização de materiais. Opera na faixa de 50° a

200º Celsius, contendo painel frontal com controlador eletrônico, chave de

seleção de temperatura com escala graduada, e termômetro e porta-termômetro

de precisão para termômetro mercurial.

FORMAS DE USO

- Aquecimento à temperatura indicada antes da colocação dos materiais;

- O tempo de esterilização deve ser contado a partir do instante em que o termômetro voltar a acusar a temperatura escolhida, após a colocação dos artigos na câmara;

- Deve-se permitir internamente a circulação do ar livremente.

RISCOS

- Queimaduras;

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- Intoxicações (mercúrio);

- Combustão;

- Perda de material.

PREVENÇÃO

- Manutenção periódica;

- Utilizar os equipamentos conforme as normas técnicas;

Carga máxima de 2/3 do espaço interno;

Controlar o tempo correto de exposição do material;

Certificar-se de que os materiais levados à esterilização, realmente estão indicados para tal;

- Uso de EPIS (item 07 deste manual).

PRECAUÇÕES

Antes da abertura, certifique-se de que não houve quebra do termômetro

dentro da estufa. Caso tenha havido esse problema, o servidor deve se abster da

abertura, pois a inalação dos vapores emanados da câmara da estufa, pode levar

a uma intoxicação aguda pelo mercúrio, com graves conseqüências.

6.6 - FOTOPOLIMERIZADOR Equipamento restaurador para luz visível (Halógena).

RISCOS

- Ruído.

- A iluminância deve ser mensurada no campo de trabalho.

PREVENÇÃO

- Manutenção periódica;

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- Assepsia e desinfecção do cabo soluções germicidas, sendo que em

alguns aparelhos o cabo condutor de luz pode ser autoclavado;

- Durante a operação do equipamento, utilizar o disco protetor fabricado em

acrílico de cor laranja, resistente, que acompanha o equipamento, com objetivo

principal de bloquear a luz azul que pode atingir os olhos do operador, ou utilizar

EPI (óculos de segurança com visor laranja).

- Uso de EPIs (óculos e protetores especiais, luvas, protetores auditivos,

máscaras e aventais).

6.7 - REFLETOR ODONTOLÓGICO Usado a 30 cm da cavidade bucal, com intensidade mínima de 8500 lux,

tendo 02 lâmpadas de halógeno (luz fria), que não devem proporcionar distorções

das cores. RISCOS

A iluminância deve ser mensurada no campo de trabalho.

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7 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)

Luvas - Proteção contra riscos biológicos como fluído corpóreos (sangue, saliva, etc.) e materiais contaminados; - punções venosas.

LUVA PARA PROCEDIMENTOS NÃO CIRÚRGICOS – EPI 277 ou 320.

LUVA PARA SERVIÇOS DE ESTERILIZAÇÃO – EPI 296.

LUVA CIRÚRGICA NÃO ESTERIL – EPI 276.

LUVA CIRURGICA – EPI 069.

LUVA DE LÁTEX COM FORRO – EPI 068.

- Proteção contra calor em equipamentos tipo autoclave.

LUVA DE KEVLAR CONTRA CALOR INTENSO – EPI 070.

- Proteção contra produtos Químicos.

LUVA DE LÁTEX SINTÉTICO NITRÍLICO.

Gorro - Proteção contra aerossóis bacterianos, sangue e gotículas de saliva.

TOUCA PARA PROTEÇÃO CAPILAR EM TECIDO SINTÉTICO – EPI 009.

Botas - Proteção durante o uso de água, de produtos químicos ou limpeza de áreas contaminadas.

BOTA DE PVC COM FORRO – COR BRANCA – EPI 036.

Aventais - Todos os trabalhos em que possa haver contaminação por fluidos corpóreos, produtos químicos, produtos de limpeza e outros.

AVENTAL DE SEGURANÇA EM TREVIRA – EPI 034.

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Máscara - Proteção contra fragmentos dentários;

- Partículas de restaurações antigas, fluidos corpóreos, produtos químicos e agentes de desinfecção.

MÁSCARA CIRÚRGICA COM SUPORTE DE FIXAÇÃO NASAL – EPI 233.

MÁSCARA SEMIFACIAL DESCARTÁVEL CONTRA RISCOS BIOLÓGICOS – EPI 279.

MASCARA CIRURGICA – EPI 134.

MÁSCARA SEMIFACIAL DESCARTAVEL COM VÁLVULA DE EXALAÇÃO – CLASSE PFF1 E VAPORES ORGANICOS – EPI 039.

Óculos - Proteção contra produtos químicos, fragmentos dentários, partículas de restaurações antigas, fluidos corpóreos e agentes de desinfecção.

ÓCULOS DE SEGURANÇA PARA DENTISTA – EPI 020.

ÓCULOS DE SEGURANÇA PARA DENTISTA - LENTES COM GRAU – EPI 275.

ÓCULOS DE SEGURANÇA COM LENTES DE POLICARBONATO – EPI 198.

Protetor

Auricular

- Proteção contra risco físico, ruído

PROTETOR AURICULAR TIPO PLUG – EPI 024

PROTETOR AURICULAR TIPO CONCHA – EPI 026

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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- SAMARANAYAKE, L. P.; SHEUTZ, Fleming; COTTONE, James A. Controle da Infecção para Equipe Odontológica. Ed. Livrarias Santos. 1ª edição, 1993.

- LIMA, Sérgio N. M.; ITO, Isabel Ioko, Controle da Infecção no Consultório (Infecções Odontogênicas). Sistema Beda de Controle.

- LEÃO, Maria Terezinha Ramos Carneiro. Antibióticos e o Controle de Infecção Hospitalar, Curitiba, 1987.

- Manual de Controle de Infecção Hospitalar – Ministério da Saúde – Brasília, 1987.

- Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. Brasília, 1993.

- Portaria nº 930 de 27/08/92 – Ministério da Saúde.

- Guias para Controle de Infecções Hospitalares, orientadas para proteção da saúde do trabalhador hospitalar, Organização Mundial de Saúde/Organização Panamericana da Saúde. Editor Dr. Humberto de Moraes Novaes, 1992.

- BRASIL. Código Civil. 40. ed. São Paulo, Saraiva, 1990.

- BRASIL. Código Penal. 29 ed. São Paulo, Saraiva, 1991.

- DE PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 1. ed. Rio de Janeiro, Forense, 1963. 3v.

- Manual de Biossegurança para Serviços de Saúde – Porto Alegre, janeiro de 2003 - Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

- Moraes, Giovanni Araújo – Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional 1. Ed. Rio de Janeiro, Virtual, 2006.