manual das

42

Click here to load reader

Upload: ascom-sms

Post on 08-Apr-2016

265 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Manual da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, produzido pela Diretoria de Atenção à Saúde. O enfoque do manual são as diretrizes clínicas para atendimento em Dengue.

TRANSCRIPT

Page 1: Manual das

2015

DiretrizesClínicas

paraAtendimento

emDengue

PREFEITURA DE GOIÂNIA

Saúde

Page 2: Manual das
Page 3: Manual das

2015

DiretrizesClínicas

paraAtendimento

emDengue

Page 4: Manual das

Prefeito Paulo de Siqueira Garcia

Secretário Municipal de Saúde Fernando Machado de Araújo

Diretor de Atenção à Saúde

Sandro Rogério Rodrigues Batista

Diretora de Vigilância em Saúde Flúvia Pereira Amorim da Silva

Revisão Técnica

Ana Lúcia Alves Carneiro da Silva

Elaboração Adriana Magalhães da Silva

Carolina Dias de Araújo e Silva Cristina Ferreira Lemos

Gysella Santana H. de Paiva Jacqueline A. B. Leão Cordeiro

Laquime da Silva Prado Neta Laura Branquinho

Letícia Ferrari Lemos Barros Marcelo Musa Abed

Maria Tânia de Oliveira Barbosa Mariane de Souza Benjamin Rocha Mary Anne de Souza Alves França

Michelle N. Martins Mirlene Guedes de Lima

Patrícia Antunes Patrícia Belém Parreira

Rodolfo Amoedo Taciana de Souza Araújo

Wanilda Nascimento Borges Souza

Page 5: Manual das

1

Sumário Introdução .................................................................................................................................... 3

1. Definições ............................................................................................................................. 3

1.1. Casos Suspeitos ............................................................................................................. 3

1.1.1. Dengue .................................................................................................................. 3

1.1.2. Dengue com Sinais de Alarme ............................................................................... 3

1.1.3. Dengue Grave ........................................................................................................ 4

1.2. Casos Confirmados ........................................................................................................ 4

1.2.1. Laboratorial ........................................................................................................... 4

1.2.2. Clinico Epidemiológico .......................................................................................... 4

1.3. Casos Descartados ......................................................................................................... 4

2. Como identificar um caso suspeito de dengue .................................................................... 5

3. Atendimento inicial ao usuário com suspeita de dengue ................................................... 5

3.1. Que etapas devem ser seguidas no atendimento inicial ao usuário com suspeita de dengue? ..................................................................................................................................... 5

3.2. Quais são as condições especiais que podem aumentar o risco de evolução desfavorável de um usuário com dengue? ............................................................................... 6

4. Acompanhamento do usuário com dengue ........................................................................ 7

4.1. Quais são os sinais/sintomas de alarme? ..................................................................... 7

4.2. Quais são os sinais/sintomas de choque? ..................................................................... 7

4.3. Diagnóstico diferencial .................................................................................................. 8

5. Confirmação e acompanhamento laboratorial ................................................................... 9

5.1. Isolamento viral com NS1.............................................................................................. 9

5.2. NS1 ................................................................................................................................ 9

5.3. Sorologia ...................................................................................................................... 10

5.4. Hemograma e hemograma 1, 2 e 3 ............................................................................. 10

6. Medicamentos para tratamento dengue .......................................................................... 11

7. Atendimentos nas Unidades de Saúde .............................................................................. 11

7.1. Atendimento nas Unidades de Atenção Primária ....................................................... 11

Page 6: Manual das

2

7.1.1. Acolhimento ........................................................................................................ 11

7.1.2. Recepção ............................................................................................................. 12

7.1.3. Escuta Qualificada ............................................................................................... 12

7.1.4. Consulta de Enfermagem .................................................................................... 13

7.1.5. Consulta Médica .................................................................................................. 13

7.2. Atendimento nas Unidades de Urgência .................................................................... 14

8. Condução dos casos (estadiamento, classificação de risco, fluxograma de tratamento, seguimento e critérios de alta) .................................................................................................. 15

8.1. Condução do GRUPO A ............................................................................................... 15

8.2. Condução do GRUPO B................................................................................................ 18

8.3. Condução do GRUPO C ................................................................................................ 20

8.4. Condução do GRUPO D ............................................................................................... 21

8.5. Particularidades no manejo clínico da gestante ......................................................... 22

8.6. Referências .................................................................................................................. 23

8.7. Critérios de Alta ........................................................................................................... 24

9. Vigilância em Saúde ............................................................................................................ 24

9.1. Busca Ativa nas Unidades de Atenção Primária .......................................................... 25

9.2. Bloqueio de área ......................................................................................................... 25

10. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 26

ANEXO A - Atendimento de Dengue para períodos não epidêmicos e epidêmicos de acordo com o PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA ENFRENTAMENTO DE EPIDEMIA DE DENGUE - Goiânia 2014/2015 .................................................................................................................................. 27

ANEXO B – FICHA DE ATENDIMENTO DENGUE – FRENTE E VERSO ........................................... 29

ANEXO C – CARTÃO DO USUÁRIO - ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL - DENGUE ............ 31

ANEXO D – NOTIFICAÇÃO ........................................................................................................... 32

ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO – FRENTE E VERSO ................................................ 33

ANEXO F – FICHA DE INVESTIGAÇÃO DENGUE - FRENTE E VERSO ............................................. 35

Page 7: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

3

Introdução Doença febril aguda, a dengue pode apresentar um amplo espectro clínico:

enquanto a maioria das pessoas se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave, podendo evoluir para o óbito.

É a doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública nos países tropicais.

Com o intuito de orientar e normatizar o atendimento de todos os casos suspeitos de Dengue durante todo o ano, a Secretaria Municipal de Saúde elaborou a DIRETRIZ CLINICA DE ATENDIMENTO EM DENGUE, baseado nas orientações e protocolos do Ministério da Saúde.

Para o enfretamento de períodos epidêmicos a Secretaria Municipal de Goiânia, em conjunto com o Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde, em 2012 e 2013, construíram um PLANO DE CONTIGÊNCIA DE ENFRENTAMENTO DE EPIDEMIA DE DENGUE para o município de Goiânia, o qual tem como uma de suas principais características o estadiamento das ações, isso considerando uma série de indicadores entomológicos, epidemiológicos e/ou laboratoriais. O plano elaborado pela SMS - Goiânia contém os seguintes componentes: controle de vetores; assistência ao usuário; gestão; vigilância epidemiológica e laboratório; e comunicação e mobilização. Neste documento, o ANEXO A apresenta as ações de assistência e vigilância para os períodos: não epidêmicos e epidêmicos. 1. Definições

1.1. Casos Suspeitos

1.1.1. Dengue

Pessoa que viva em área onde se registram casos de dengue, ou que tenha viajado nos últimos 14 dias para área com ocorrência de transmissão de dengue ou presença de Aedes Aegypti. Deve apresentar febre, usualmente entre 2 e 7 dias, duas ou mais das seguintes manifestações: náusea, vômitos, exantema, mialgias, artralgia; cefaleia, dor retro orbital; petéquias, prova do laço positiva e/ou leucopenia.

Pode ser considerado caso suspeito toda criança proveniente de/ ou residente em área com transmissão de dengue, com quadro febril agudo, usualmente entre 2 e 7 dias, e sem foco de infecção aparente.

1.1.2. Dengue com Sinais de Alarme

É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre, apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:

• dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdome;

Page 8: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

4

• vômitos persistentes; • acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame

pericárdico); • sangramento de mucosa ou outra hemorragia; • letargia ou irritabilidade; • hipotensão postural e/ou lipotimia; • Hepatomegalia maior do que 2cm; • aumento progressivo do hematócrito; • queda abrupta das plaquetas.

1.1.3. Dengue Grave

É todo caso de dengue que apresente um ou mais dos resultados abaixo: Choque – devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado

por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a 3 segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤20mmHg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória;

Sangramento grave - segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);

Comprometimento grave de órgãos - tais como: dano hepático importante (AST/ ALT>1.000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.

1.2. Casos Confirmados

1.2.1. Laboratorial É todo caso suspeito de dengue confirmado laboratorialmente – sorologia

IgM, NS1 teste rápido ou ELISA, isolamento viral, PCR, imuno – histoquímica.

1.2.2. Clinico Epidemiológico No curso de uma epidemia a confirmação pode ser feita pelo critério

clinico epidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial.

1.3. Casos Descartados

Todo caso suspeito de dengue que possui um ou mais dos critérios citados na definição e com diagnóstico laboratorial negativo. Deve-se confirmar se as amostras foram coletadas no período adequado;

Não tenha critério de vínculo clínico epidemiológico; Tenha diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica; Seja um caso sem exame laboratorial, cujas investigações clínica e

epidemiológica são compatíveis com outras doenças;

Page 9: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

5

Os casos com resultados de isolamento viral, NS1, PCR negativos, mesmo sendo coletas oportunas, não exclui dengue. Nesta situação, recomenda-se realizar 2ª amostra para sorologia e/ou confirmar/descartar após investigação clínica e epidemiológica utilizando o critério de confirmação/descarte: clinico epidemiológico (utilizar planilha de bairros com transmissão).

2. Como identificar um caso suspeito de dengue

A apresentação típica da dengue inclui a presença de febre há menos de

sete (07) dias, acompanhada de pelo menos dois (02) dos seguintes sintomas: Cefaleia; Dor retro orbitária; Mialgia; Artralgia; Prostração; Exantema; Náuseas ou vômitos; Leucopenia; Prova do laço positiva.

A febre é geralmente a primeira manifestação, com início repentino e

temperatura superior a 38ºC. Apesar de a febre estar presente na grande maioria dos casos sintomáticos, alguns usuários podem apresentar início súbito dos outros sintomas, sem a presença de febre.

Ressalta-se que a avaliação clínica, estadiamento e manejo de usuários sem manifestação de quadro febril da doença não difere daquele preconizado para aqueles com a apresentação típica da doença.

O exantema em usuários com dengue é geralmente máculo-papular, aparecendo simultaneamente em diversas regiões do corpo, inclusive nas mãos, podendo ser pruriginosoe pode ter aspecto confluente.

Em crianças, a dengue pode se manifestar por meio de sintomas inespecíficos como dor abdominal, rubor facial, náuseas, vômitos, diarreia, anorexia e irritabilidade. 3. Atendimento inicial ao usuário com suspeita de dengue

3.1. Que etapas devem ser seguidas no atendimento inicial ao usuário com

suspeita de dengue? Ofertar soro de reidratação oral; Pesquisar situações que aumentam o risco de evolução desfavorável

(item 3.2) e ficar atento ao diagnóstico diferencial (item 4.3);

Page 10: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

6

Pesquisar sinais e sintomas de alarme durante anamnese e exame físico (item 4.1);

Pesquisar sinais de choque durante exame físico (item 4.2); Verificar: pressão arterial em duas posições (deitado/sentado e em pé),

frequência do pulso, temperatura axilar, peso corporal; Realizar prova do laço, caso não haja hemorragia (QUADRO 01); Coletar sangue para sorologia e/ou isolamento viral no momento

apropriado; Se indicado, coletar sangue para realização do exame hemograma

completo ou hemograma 123 (sem contagem diferencial); Preencher ficha de ATENDIMENTO EM DENGUE (ANEXO B); Preencher o CARTÃO DO USUÁRIO - ACOMPANHAMENTO

AMBULATORIAL - DENGUE (ANEXO C); Fazer notificação de todo caso suspeito, sempre em duas vias (ANEXO D).

QUADRO 01: Como realizar a Prova do Laço COMO REALIZAR A PROVA DO LAÇO

A prova do laço deve ser realizada em usuários com suspeita clínica de dengue que não apresentem sinais clínicos de sangramento. A prova deverá ser repetida no acompanhamento clínico do usuário apenas se previamente negativa. A prova do laço positiva pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade de maior atenção. Entretanto, é importante ressaltar que a prova do laço não confirma enem exclui o diagnóstico de dengue. • Medir a pressão arterial. • Insuflar novamente o manguito até o ponto médio entre a pressão arterial máxima e

mínima. • Manter o manguito insuflado por 5 minutos em adultos e 3 minutos em crianças. • Soltar o ar do manguito, retirá-lo do braço do usuário e procurar por petequeias no

antebraço, abaixo da prega do cotovelo. • Escolher o local de maior concentração de petequeias e marcar um quadrado com

2,5 cm de lado. • Contar o número de petequeias dentro do quadrado. • Considerar positiva quando houver 20 ou mais petequeias em adultos e 10 ou mais

em crianças. • Anotar resultado nas fichas especificas e no CARTÃO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO

COM DENGUE.

3.2. Quais são as condições especiais que podem aumentar o risco de evolução

desfavorável de um usuário com dengue?

Gestantes; Crianças, menores de 02 anos; Idosos;

Page 11: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

7

Portadores das seguintes comorbidades com potencial de descompensação clínica: hipertensão arterial sistêmica, cardiopatia, diabetes mellitus, asma, DPOC, doença hematológica (especialmente anemia falciforme) ou renal crônica, hepatopatia, doença gástricas (gastrite e úlcera) ou doença autoimune;

Uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, imunossupressores e anti-inflamatórios;

Usuários em risco social: considerar situações que podem comprometer a adesão do usuário às recomendações de hidratação e/ou de acompanhamento clínico.

4. Acompanhamento do usuário com dengue

4.1. Quais são os sinais/sintomas de alarme?

Dor abdominal intensa e contínua; Vômitos persistentes; Hipotensão postural - queda maior que 20 mmHg na PA sistólica ou 10

mmHg na PA diastólica em um intervalo de até 3 minutos após o usuário se colocar de pé;

Lipotimia; Hepatomegalia dolorosa; Sangramento de mucosas (epistaxe, gengivorragia, hematêmese, melena,

metrorragia); Sonolência ou irritabilidade; Redução da diurese; Diminuição repentina da temperatura corporal ou hipotermia; Desconforto respiratório; Derrames cavitários (pleural, pericárdico, peritoneal, outros); Queda abrupta de plaquetas ou contagem de plaquetas abaixo de

50.000/mm3; Elevação repentina de hematócrito acima de 10% do valor basal ou do

valor de referência para adultos e considerar valor basal de hematócrito para crianças.

4.2. Quais são os sinais/sintomas de choque?

Hipotensão arterial; Pressão arterial convergente (PA diferencial < 20 mmHg); Extremidades frias e cianose; Pulso rápido e fino (adultos e crianças acima de 10 anos: > 100 bpm; crianças

entre 01 e 10 anos: > 120 bpm; recém-nascidos: > 160 bpm); Enchimento capilar lento (> 2 segundos).

Page 12: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

8

QUADRO 02: Valores de hematócrito Valores normais de hematócrito

• Homens: 45% • Mulheres 40% • Crianças:

• < 1 mês: 51% • 1 mês: 43% • 2 a 6 meses: 35% • 6 meses a 2 anos incompletos: 36% • 2 a 6 anos incompletos: 37% • 6 a 12 anos: 38%

Aumento de hematócrito em até 10% acima do valor de referência • Homens: > 45% e ≤ 50% • Mulheres: > 40% e ≤44% • Crianças: calcular de acordo com os valores normais apresentados acima.

Aumento de hematócrito em mais de 10% acima do valor de referência • Homens: > 50% • Mulheres: > 44% • Crianças: calcular de acordo com os valores normais apresentados acima.

4.3. Diagnóstico diferencial

Síndrome febril: enteroviroses, influenza e outras viroses respiratórias,

hepatites virais, malária, febre tifóide, febre Chikungunya e outras arboviroses (oropouche);

Síndrome exantemática febril: rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito, enteroviroses, mononucleose infecciosa, parvovirose, citomegalovirose, outras arboviroses (mayaro), farmacodermias, doença de Kawasaki, doença de Henoch-Schonlein etc;

Síndrome hemorrágica febril: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malária grave, riquetsioses e púrpuras;

Síndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstrução intestinal, abscesso hepático, abdome agudo, pneumonia, infecção urinária, colecistite aguda, etc;

Síndrome do choque: meningococcemia, septicemia, meningite por influenza tipo B, febre purpúrica brasileira, síndrome do choque tóxico e choque cardiogênico (miocardites);

Síndrome meníngea: meningites virais, meningite bacteriana e encefalite.

Page 13: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

9

5. Confirmação e acompanhamento laboratorial Usuários com suspeita clínica de dengue devem realizar exames para

confirmação diagnóstica, segundo as orientações apresentadas a seguir:

5.1. NS1 com PCR

Usuários devem estar do 1º ao 5º dia de sintomas; Pode ser solicitados por médicos, enfermeiros e biomédicos; Em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos; Em períodos epidêmicos, a quantidade de solicitações é orientada de

acordo com a situação epidemiológica e/ou a fase do Plano de Contingência Contra Dengue instalada no município (ANEXO A);

Coletado nos Centros de Atenção Integral a Saúde (CAIS), (Centro de Integral de Atenção Médico Sanitário (CIAMS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA);

Procedimento para coleta: a) Deverá ser colhido de 05 a 07 ml de sangue total, separar o soro

e acondicionar em dois criotubos (um criotubo para NS1 e um criotubo para PCR);

b) Cadastro o usuário no Gerenciador de Ambiente laboratorial (GAL), como NS1/MATERIAL SORO e PCR/SORO;

c) Acondicionamento: as amostras de soro de cada usuário devem ser acondicionadas juntas na BALA DE NITROGÊNIO, que será recolhida pela Vigilância Epidemiológica e encaminhadas para o LACEN, juntamente com a ficha de investigação/notificação epidemiológica;

d) O resultado deverá ser buscado no GAL, após o sétimo dia. 5.2. NS1

Usuários com suspeita de dengue que estejam do 1º ao 5º dia de

sintomas; Pode ser solicitado por médicos, enfermeiros e biomédicos; Em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos; Em períodos epidêmicos, a quantidade de solicitações é orientada de

acordo com a situação epidemiológica e/ou a fase do Plano de Contingência Contra Dengue instalada no município (ANEXO A);

Coletado nos CAIS, CIAMS e UPA; Procedimento para coleta:

a) Deverá ser colhido 04 ml de sangue em tubo com gel separador (tampa amarela/amarela com faixa vermelha);

b) Cadastrar no SISTEMA LABORATORIAL; c) Acondicionamento: GELADEIRA. Será recolhido pelo sistema de

rota do estabelecido pela gestão central.

Page 14: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

10

d) O resultado deverá ser buscado no SISTEMA LABORATORIAL. 5.3. Sorologia

Todos os usuários que estejam após o 7º dia de sintomas; Nos Centros de Saúde ou Centros de Saúde da Família que não for possível

realizar a coleta, os mesmos deverão orientar o usuário a procurar o CAIS de referência;

Pode ser solicitados por médicos, enfermeiros e biomédicos; Em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos; Em períodos epidêmicos, a quantidade de solicitações é orientada de

acordo com a situação epidemiológica e/ou a fase do Plano de Contingência Contra Dengue instalada no município (ANEXO A);

Coletado nos CAIS, CIAMS, UPA, CENTRO DE SAÚDE (CS) e CENTROS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (CSF);

Procedimento para coleta: a) Deverá ser colhido 05 ml de sangue em tubo (tampa

amarela/amarela com faixa vermelha) e centrifugado; b) Cadastrar no SISTEMA LABORATORIAL; c) Acondicionamento: GELADEIRA e/ou caixa térmica para esta

finalidade nos Centros de Saúde e Centros de Saúde da Família, que será recolhido pelo sistema de rota do Distrito Sanitário;

d) Resultado deverá ser retirado do SISTEMA LABORATORIAL.

5.4. Hemograma e hemograma 1, 2 e 3 O hemograma tem como finalidade principal avaliar o hematócrito, para

identificação de hemoconcentração, que indica provável alteração de permeabilidade capilar (extravasamento plasmático), associado à gravidade, além de definir a necessidade de hidratação e resposta à terapia de reposição instituída.

A queda de hematócrito pode sugerir hemorragias e a redução na contagem de plaquetas, principalmente quando se associando à elevação concomitante do hematócrito, pode indicar risco aumentado de evolução desfavorável.

Os exames hemograma completo ou hemograma 1, 2 e 3 devem ser realizados em todos os usuários de acordo com a classificação clínica (FIGURA 01).

Tanto o profissional médico quanto o enfermeiro podem solicitar os exames de avaliação da gravidade da doença, de acordo com as orientações da FIGURA 01. A interpretação dos resultados, para fins de tomada de decisão clínica, deve ser realizada por profissional médico.

Devem ser coletados nos CAIS, CIAMS, UPA, CS e CSF. Os procedimentos para coleta do hemograma são:

a) Deverá ser colhido 05 ml de sangue em tubo (tampa roxa); b) Cadastrar no SISTEMA LABORATORIAL; c) Acondicionamento: GELADEIRA e/ou caixa térmica para esta finalidade

nos Centros de Saúde e Centros de Saúde da Família, que será recolhido pelo sistema de rota do Distrito Sanitário;

d) Os resultados deverão ser repassados aos profissionais assistentes no prazo de 2 a 4 horas;

Page 15: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

11

e) Resultado deverá ser retirado do SISTEMA LABORATORIAL. Outros exames, a critério médico, podem ser solicitados de acordo com a

necessidade de acompanhamento das morbidades e/ou diagnóstico diferencial.

6. Medicamentos para tratamento dengue Os medicamentos utilizados no tratamento da dengue são aqueles que atuam

combatendo os principais sintomas da doença, como os analgésicos, antitérmicos, antipruriginosos, antieméticos e reidratantes, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia padronizou os seguintes medicamentos, apresentados no QUADRO 03.

QUADRO 03 - Medicamentos básicos que devem ser mantidos nas Unidades para tratamento de dengue

MEDICAMENTO APRESENTAÇÃO Soro Reidratação Oral Envelope Soro Fisiológico 0,9% 500 ml Frascos Soro Ringer 500 ml Frascos Soro Glicosado 5% 500 ml Frascos Dipirona sódica injetável Ampola Dipirona gotas Frasco Dipirona Comprimidos Cartela Hidroxizine Solução Oral Frascos Bromoprida ampola Ampola Bromoprida comprimido Comprimido Paracetamol gotas Frasco Paracetamol Comprimidos Cartela Ranitidina injetável Ampola Prometazina injetável Ampola Loratadina Comprimido Comprimido Glicose 50% Ampola

7. Atendimentos nas Unidades de Saúde

7.1. Atendimento nas Unidades de Atenção Primária

7.1.1. Acolhimento

Objetivo Acolher, receber, dar atenção e garantir o acesso do usuário ao

atendimento.

Page 16: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

12

Nos Centros de Saúde da Família, o usuário deve ser acolhido, independente da área adscrita.

Quem executa? Qualquer profissional dos serviços de Atenção Primária (Estratégia Saúde

da Família, Ambulatórios de Atenção Primária, Equipe de Consultório na Rua e Serviço de Atenção Domiciliar): Gestor, Técnico em Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro, Médico, Cirurgião Dentista. Técnico em Saúde Bucal, Auxiliar de Saúde Bucal, Assistente Social, Farmacêutico, Auxiliar de Farmácia, Agente Social, Agente Comunitário de Saúde – ACS, Guarda Civil Metropolitano, Motorista, Servidores Administrativos, Serviços Gerais e/ou demais servidores lotados na unidade.

Onde? Dependências internas e externas dos CSF, CS e CAIS, domicílio e no caso

do Consultório na Rua, o próprio espaço da rua.

7.1.2. Recepção Objetivos Os recepcionistas da unidade devem estar preparados para abordar os

usuários em relação aos sinais e sintomas de dengue; em caso de relato destes sinais e sintomas deverá ser aberto ficha de ATENDIMENTO DENGUE (ANEXOB), nos casos de ser o primeiro atendimento na unidade, ou ficha de ACOMPANHAMENTO DENGUE (ANEXO E), nos demais atendimentos.

Incluir e/ou cadastrar o usuário no Sistema de Controle de Atendimento Ambulatorial (SICAA) e localizar o prontuário do usuário, afixando a ficha de ATENDIMENTO DENGUE ou de ACOMPANHAMENTO DENGUE.

Quem executa? Preferencialmente profissionais administrativos ou demais profissionais,

exceto serviços gerais e Guarda Civil Metropolitano. Onde? Local destinado para recepção de usuários na unidade.

7.1.3. Escuta Qualificada Objetivo Avaliar a necessidade de cuidados e definir prioridade no atendimento. Quem executa? Auxiliar de enfermagem ou técnico em enfermagem, enfermeiro,

médico, cirurgião dentista ou gestor da unidade.

Page 17: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

13

Onde? Sala de triagem, consultórios ou local estabelecido pela unidade para

esta atividade Procedimentos a serem realizados: Anotar no prontuário/ficha do usuário as queixas; Verificar sinais vitais (temperatura axilar; freqüência de pulso; aferição

de pressão arterial em duas posições - sentado, deitado e/ou em pé); Aferir de peso; Realizar Prova do Laço, caso não haja hemorragia e oportunamente no

4º ao 7º dia; Preencher notificação compulsória; Preencher CARTÃO DO USUÁRIO - ACOMPANHAMENTO

AMBULATORIAL - DENGUE; Iniciar a Terapia de Reidratação Oral; Encaminhar: consulta médica, enfermagem e/ou outros serviços.

7.1.4. Consulta de Enfermagem

Objetivo Orientar, realizar, encaminhar, coletar e registrar a classificação de risco

e manejo do usuário com suspeita de dengue de acordo com o Manual de Enfermagem (BRASIL, 2013).

Quem executa? Enfermeiro. Procedimento a serem realizados: Preencher fichas especificas de atendimento de dengue com:

anamnese, exame físico, sinais de alarme, sinais de choque; Realizar Prova do Laço, caso não tenha sido realizada; Estabelecer o estadiamento em GRUPO A, B, C, D (FIGURA 01); Solicitar exames laboratoriais específicos para dengue (sorologia, NS1,

isolamento viral, hemograma completo e hemograma 123); Iniciar e supervisionar hidratação oral para usuário classificado como

GRUPO A e B (FIGURA 01); Preencher ficha de notificação compulsória, ficha de investigação e

CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM DENGUE; Encaminhar para consulta médica (FIGURA 01).

7.1.5. Consulta Médica

Objetivo Classificação de risco e manejo clínico do usuário em suspeita de

dengue. Quem executa?

Page 18: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

14

Médico. Procedimento a serem realizados: Preencher fichas especificas do atendimento de dengue com:

anamnese, exame físico, sinais de alarme, sinais de choque; Realizar Prova do Laço, caso não tenha sido realizada; Estabelecer o estadiamento em GRUPO A, B, C, D (FIGURA 01); Solicitar exames laboratoriais necessários (FIGUAR 01); Realizar tratamento de acordo com o estadiamento (FIGURA 01); Preencher ficha de notificação compulsória, ficha de investigação e

CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM DENGUE; Nos casos que seja necessário a hidratação oral, calcular o volume de

líquidos a ser ingerido pelo usuário, bem como, a distribuição entre Soro de Reidratação Oral e outros líquidos, por escrito e entregar ao usuário;

Encaminhar para serviço de urgência e/ou internação (FIGURA 01).

7.2. Atendimento nas Unidades de Urgência

Os recepcionistas da unidade devem estar preparados para abordar os usuários em relação aos sinais e sintomas de dengue, em caso de relato destes sinais e sintomas deverá ser aberto ficha de ATENDIMENTO DENGUE (ANEXO B), nos casos de ser o primeiro atendimento na unidade, ou ficha de ACOMPANHAMENTO DENGUE (ANEXO E), no segundo atendimento;

Caso o usuário relate que está sendo atendido na unidade de saúde, o recepcionista localizará a ficha de ACOMPANHAMENTO DENGUE;

Todos os profissionais da unidade orientarão hidratação oral na sala de espera caso usuário esteja em acompanhamento ou houver sintomas de dengue;

O Enfermeiro realizará o acolhimento com avaliação e classificação de risco, por meio do exame físico, histórico clínico e registro;

O Enfermeiro e o médico orientarão sinais de alarme, sinais de choque de dengue e o fluxo a ser seguido;

Em todos os atendimentos ao usuário, o técnico de enfermagem verificará os sinais vitais. E no período oportuno (4º ao 7º dia de sintoma) realizará a prova do laço, caso não haja sangramento;

O enfermeiro do Setor da Classificação de Risco, no PRIMEIRO ATENDIMENTO, solicitará o hemograma completo. Para os atendimentos SUBSEQUENTES, solicitará o hemograma 1, 2 e 3;

O enfermeiro do Setor de Classificação de Risco fará os encaminhamentos e a classificação de acordo com o estadiamento;

Todos os profissionais da unidade de saúde utilizarão sistematicamente o CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM DENGUE;

Nos casos que seja necessário a hidratação oral, calcular o volume de líquidos a ser ingerido pelo usuário, bem como, a distribuição entre Soro de Reidratação Oral e outros líquidos, entregar, por escrito, para o usuário;

Page 19: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

15

Todos os usuários em estadiamento B e C, antes da internação, deverão colher NS1 e realizar isolamento oportunamente;

Conduta perante os usuários com suspeita de dengue classificados no Setor de Classificação de Risco como: Vermelho: o enfermeiro do Setor de Classificação de Risco acompanhará o

usuário à sala de reanimação; Amarelo: o técnico de enfermagem do Setor de Classificação de Risco

acompanhará o usuário até o laboratório para coleta, e em caso de ser o primeiro atendimento à sala de notificação e ao consultório médico;

Verde: o usuário irá até o laboratório e aguardará a chamada na recepção para atendimento médico, caso seja primeiro atendimento orientar a ida a sala de notificação.

O serviço de laboratório deverá informar ao enfermeiro do Setor de Classificação de Risco ou do Setor do Bloco, quando o resultado for de: leucócito <1.000, plaqueta<50.000 e/ou hematócrito: criança>38%; Mulher>40% e Homem>45%;

No atendimento médico, se for confirmada a hipótese diagnóstica da dengue pelo exame clínico e análise do exame laboratorial, o fluxo obedecerá ao que se segue:

o VERDE - GRUPO A: hidratação oral supervisionada imediata, reavaliar a cada 2 horas, com liberação para a residência junto à prescrição, pedido de exame, orientações de repouso e manutenção da hidratação e retorno para consulta na atenção primária;

o VERDE - GRUPO B: hidratação oral supervisionada imediata, com reavaliação após2 horas. Se houver melhora a conduta segue para GRUPO A. Se houver piora a conduta segue para GRUPO B;

o AMARELA: hidratação venosa imediata e solicitação de vaga para internação;

o VERMELHA: hidratação imediata em acesso venoso calibroso, solicitação de UTI e SAMU.

8. Condução dos casos (estadiamento, classificação de risco, fluxograma de tratamento, seguimento e critérios de alta)

A classificação da dengue seguirá a recomendada pelo Ministério da Saúde (FIGURA 01). O usuário deve ser reclassificado a cada reavaliação clínica, pois a dengue é uma doença dinâmica.

8.1. Condução do GRUPO A

Os usuários estadiados como GRUPO A não necessitam realizar obrigatoriamente exames laboratoriais para avaliação da gravidade da

Page 20: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

16

dengue. Porém, para monitorização posterior e acompanhamento da evolução, é indispensável solicitar hemograma preferencialmente no início dos sintomas, tendo em vista que os mesmos podem apresentar piora clínica no curso da doença;

Para os usuários estadiados como GRUPO A que não realizarem hemograma ou que, no caso de sua realização, não apresentarem valores que configurem sinais de alarme (item 3.1) proceder da seguinte forma:

o Acompanhamento ambulatorial; o Prescrever medicamentos segundo sintomas (analgésicos,

antitérmicos, antieméticos e/ou antipruriginosos); o Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não-esteroides; o Liberar o usuário para o domicílio com as seguintes orientações:

Hidratação oral (QUADRO 04); Manter repouso;

Page 21: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

17

FIGURA 01 – Fluxograma de classificação, estadiamento, tratamento, seguimento e critérios de alta

Page 22: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

18

Observar sinais de alarme e a procura imediata das unidades de urgência em caso de manifestações dos mesmos;

Retornar para reavaliação clínica entre o terceiro e sexto dia da doença;

Unidade de saúde de retorno. Preencher notificação e CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM

DENGUE.

QUADRO 04 – HIDRATAÇÃO ORAL Adultos: 60-80 ml/kg/dia Crianças (< 13 anos de idade): orientar criança e o cuidador para hidratação, de

preferência por via oral com volume de líquidos estimados de acordo com o peso (Regra de Holliday-Segar):

100 ml/kg/dia até 10 Kg de peso corporal 1.000 ml +50 ml/kg/dia para cada kg acima de 10 kg 1.500 ml + 20 ml/kg/d para cada kg de peso corporal acima de 20 Kg Observação: acrescentar 50 a 100 ml (crianças menores de 2 anos) ou 100 a 200 ml

(crianças maiores de 2 anos de idade) para eventuais perdas por vômitos e diarreia. Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral e o restante ofertarágua, sucos e chás. Especificar em receituário ou receituário próprioo volume a ser ingerido, Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 48 horas após a

defervescência da febre. A alimentação não deve ser interrompida durante a hidratação, mas administrada de

acordo com a aceitação do usuário. O aleitamento materno dever ser mantido e estimulado.

8.2. Condução do GRUPO B

Todos os usuários estadiados como GRUPO B devem realizar hemograma

completo no primeiro atendimento e o resultado deve ser avaliado nas próximas 4 a 6 horas;

Enquanto o usuário aguarda o resultado do hemograma, deve ser hidratado por via oral, de maneira supervisionada, preferencialmente na unidade de saúde, de acordo com as recomendações (QUADRO 04);

Administrar analgésicos e/ou antitérmicos, de acordo com a avaliação clínica;

Se o usuário permanecer estável durante o período em que aguarda o resultado do exame, a conduta será definida a partir da análise do resultado. Caso o usuário apresente sinais de alarme e/ou choque durante este período, conduzir como GRUPO C ou D;

Conduzir o caso de acordo com o resultado do exame abaixo: Hematócrito normal ou com aumento de no máximo 10% do valor basal

e plaquetas > 50.000/mm3: Acompanhamento ambulatorial;

Page 23: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

19

Prescrever medicamentos segundo sintomas (analgésicos, antitérmicos, antieméticos e/ou antipruriginosos);

Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não-esteroides; Liberar o usuário para o domicílio com as seguintes orientações:

o Hidratação oral (QUADRO 04); o Repouso; o Observar sinais de alarme e a procura imediata das unidades

de urgência em caso de manifestações dos mesmos; o Retorno diário para reavaliação até o 7° dia de doença; o Unidade de saúde de retorno;

Preencher ficha de notificação e avisar imediatamente a Vigilância; Preencher CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM

DENGUE; Repetir hemograma com plaquetas nas consultas de retorno, de

acordo com avaliação clínica; Orientar sobre limpeza domiciliar de criadouros do Aedes aegypti.

Hematócrito com aumento acima de 10% do valor basal e/ou plaquetas < 50.000/mm3:

Tratamento em leito de observação: hidratação oral supervisionada ou parenteral:

Adultos: 80ml/kg/dia, sendo 1/3 em administrados em 4 horas e na forma de solução salina;

Crianças: hidratação oral 50 a 100 ml/kg em 4 horas. Hidratação venosa se necessário: soro fisiológico ou ringer lactato 40

ml/kg em 4 horas; Reavaliação: clínica e do hematócrito em 4 horas (após etapa de

hidratação). Se houver redução do hematócrito e não houver sinais de

alarme: Hidratação domiciliar igual ao GRUPO A; Acompanhamento ambulatorial; Prescrever medicamentos segundo sintomas (analgésicos,

antitérmicos, antieméticos e/ou antipruriginosos); Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não-esteroides; Liberar o usuário para o domicílio com as seguintes

orientações: o Hidratação oral (QUADRO 04); o Repouso; o Observar sinais de alarme e a procura imediata das

unidades de urgência em caso de manifestações dos mesmos;

o Retorno diário para reavaliação até o 7° dia de doença;

o Unidade de saúde de retorno;

Page 24: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

20

o Preencher ficha de notificação e avisar imediatamente a Vigilância;

o Preencher CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM DENGUE;

o Repetir hemograma com plaquetas nas consultas de retorno, de acordo com avaliação clínica;

o Orientar sobre limpeza domiciliar de criadouros do Aedes aegypti.

Se não houver redução do hematócrito ou se houver aparecimento de sinais de alarme :

Conduzir conforme GRUPO C.

8.3. Condução do GRUPO C

Internar em leito de serviço hospitalar por no mínimo 24 horas; Iniciar hidratação parenteral conforme orientações do QUADRO 05; Administrar analgésicos e/ou antitérmicos, de acordo com a avaliação

clínica; Preencher ficha de notificação e avisar imediatamente a Vigilância

Epidemiológica, por telefone; Reavaliar clinicamente a cada 2 horas; Repetir hematócrito a cada 4-6 horas e leucograma/plaquetas a cada 12

horas; Realizar obrigatoriamente exames de perfil hepático (AST, ALT, bilirrubinas,

albumina), coagulação (AP/RNI, PTT), glicemia, eletrólitos e função renal (ureia e creatinina);

Observar atentamente o surgimento ou piora dos sinais de alarme e/ ou das alterações laboratoriais;

Realizar estudos de imagem (radiografia de tórax em decúbito lateral ou ultrassom tóraco-abdominal) na suspeita de derrames cavitários;

Avaliar diurese e monitorar o balanço hídrico; Caso haja melhora clínica-laboratorial após 48 horas, liberar para o

domicílio com o cartão da dengue preenchido e com orientações em relação à hidratação oral vigorosa (QUADRO 03) e controle clínico diário em unidade de urgência.

Page 25: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

21

QUADRO 05 - Orientações para hidratação parenteral do GRUPO C Fase de expansão: hidratação IV imediata: 20mL/kg nas primeiras duas horas, com

soro fisiológico ou ringer lactato; Reavaliação clínica e de hematócrito em 2 horas (após a etapa de hidratação). Avaliar diurese e monitorar o balanço hídrico; Repetir fase de expansão 25mL/Kg até três vezes se não houver melhora do

hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos; Se resposta inadequada após as três fases de expansão, conduzir como GRUPO D; Se houver melhora clínica e laboratorial após fase de expansão, iniciar fase de

manutenção (com soro fisiológico ou ringer lactato): Adultos:

o Primeira fase: 25ml/kg em 6 horas; o Segunda fase (se melhora com primeira fase): 25 ml/kg em 8 horas.

Obs.: nestas fases, utilizar soro fisiológico no volume de 1/3 do total calculado e soro glicosado em 2/3 do total.

Crianças: o Regra de Holliday-Segar:

Até 10 kg: 100 ml/kg/dia; De 10 a 20 Kg: 1000 ml +50 ml/kg/dia para cada kg acima

de 10 kg; De 20 a 30 Kg: 40 a 60 ml/kg/dia ou 1700 a 2000 ml/m2SC; Sódio: 3mEq em 100 ml de solução ou 2 a 3 mEq/kg/dia; Potássio: 2mEq em 100 ml de solução ou 2 a 3

mEq/kg/dia; o Manter a hidratação em volume mínimo para manter boa perfusão e

volume de diurese > 0,5 ml/kg/h. Reiniciar hidratação oral tão logo seja possível. A hidratação venosa é geralmente

necessária por apenas 24-48 horas; Em idosos, cardiopatas ou com outras comorbidades que requeiram restrição

hídrica, iniciar com volumes menores e monitorar atentamente a tolerância.

8.4. Condução do GRUPO D

Iniciar imediatamente hidratação parenteral (QUADRO 06) e abordagem do

choque; Ofertar oxigenoterapia suplementar; Internar em leito de terapia intermediária ou intensiva; Realizar exames de perfil hepático (AST, ALT, bilirrubinas, albumina),

coagulação (AP/RNI, PTT), glicemia, eletrólitos e função renal (ureia, creatinina);

Repetir hemograma e demais exames conforme necessidade clínica. Realizar estudos de imagem (radiografia de tórax ou ultrassom tóraco-

abdominal) na suspeita de derrames cavitários; Avaliar diurese e monitorar o balanço hídrico; Notificar imediatamente a Vigilância Epidemiológica, por telefone (anexo

3);

Page 26: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

22

Quando houver melhora clínico-laboratorial, conduzir como situação clínica C.

QUADRO 06 - Orientações para hidratação parenteral de usuários com suspeita de dengue na situação D. Hidratação IV IMEDIATA, independentemente do local de atendimento; Adultos e crianças: fase de expansão rápida com soro fisiológico 20 ml/kg nos

primeiros 20 minutos. Repetir por até três vezes, de acordo com avaliação clínica; Reavaliação clínica a cada 15 minutos e de hematócrito após 2 horas. Avaliar diurese e

monitorar o balanço hídrico; Se houver melhora clínica e laboratorial, retornar para a fase de expansão do GRUPO C

e seguir a conduta recomendada para o GRUPO; Se a resposta for inadequada, avaliar a hemoconcentração:

Hematócrito em elevação, após hidratação adequada: o Utilizar expansores plasmáticos(colóide sintéticos – 10ml/kg/hora); na

falta deste: albumina – adulto 3ml/kg/h, criança 0,5 a 1 g/kg). Hematócrito em queda: Investigar hemorragias e coagulopatia de consumo:

o Se hemorragias transfundir o concentrado de hemácias; o Se coagulopatia, avaliar necessidade de plasma 10ml/kg), vitamina K e

crioprecipitado (IU para cada 5-10 Kg); o Sem hemorragias e coagulopatia de consumo: investigar hiper-hidratação,

ICC e tratar com diminuição da infusão de líquido, diuréticos e inotrópicos, quando necessário.

Se resposta adequada, tratar como GRUPO C; Reavaliação clínica e laboratorial contínua.

8.5. Particularidades no manejo clínico da gestante

O profissional de saúde deve estar mais atento à avaliação clínica inicial e ao acompanhamento, devido às alterações fisiológicas da gravidez. Quando ocorre o extravasamento plasmático na grávida com dengue, suas manifestações tais como taquicardia, hipotensão postural e hemoconcentração podem demorar mais tempo para aparecer ou, se aparecerem, podem ser confundidas com alterações fisiológicas da gravidez.

A dengue pode aumentar o risco de trabalho de parto prematuro, óbito fetal intra-uterino, sofrimento fetal agudo, bem como, as manifestações hemorrágicas podem se manifestar no primeiro dia da doença.

O comportamento fisiopatológico é semelhante àquele visto nos demais usuários com diagnóstico de dengue; o acompanhamento e tratamento da dengue na gestante são semelhantes, porém devem ser manejadas clinicamente de acordo com o estadiamento clínico da dengue, realizando obrigatoriamente hemograma completo na avaliação inicial e os demais exames devem seguir as mesmas orientações para os demais usuários.

Page 27: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

23

Conforme recomendação do protocolo do Ministério da Saúde, a gestante que apresentar qualquer sinal de alarme ou de choque e que tiver indicação de reposição volêmica, deverá receber volume igual àquele prescrito aos demais usuários, de acordo com o estadiamento clínico. Devendo-se ter atenção redobrada para evitar a hiper-hidratação quando da reposição volêmica.

Considerando que o aumento do volume uterino, a partir da 20ª semana de gestação, leva a compressão da veia cava; toda gestante, quando deitada, deve ficar em decúbito lateral preferencialmente esquerdo.

Para o diagnóstico diferencial de dengue na gestação considera a pré-eclâmpsia, síndrome HELLP e sepse, pois podem estar concomitantemente presentes com a infecção da dengue, agravando o quadro clínico.

As gestantes estadias como D, C e B,deste último que tenham alterações no exame de hemograma e plaquetas, devem ser encaminhadas para as unidades de urgência.

As gestantes do GRUPO B sem alterações nos exames laboratoriais podem ser acompanhadas ambulatoriamente, devendo ser orientadas em relação à hidratação oral vigorosa, sinais de alarme e a necessidade de reavaliação clínico-laboratorial diária nas unidades de saúde, até o 7° dia de doença.

8.6. Referências

O usuário deve ser reclassificado a cada reavaliação clínica, pois a dengue é uma doença dinâmica;

O fluxo de referência do usuário classificado pela unidade de saúde obedecerá ao estadiamento A, B, C e D;

Todos os usuários, com o CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USUÁRIO COM DENGUE, deverão ser orientados a apresentá-lo na unidade de saúde onde continuará os atendimentos:

o Os usuários estadiados como GRUPO A, que foram atendidos nas unidades de atenção primaria, deverão continuar nos CS e CSF da sua área de abrangência nos próximos atendimentos;

o Os usuários estadiados como GRUPO A, que foram atendidos nas unidades de urgência, continuarão na unidade até melhora clínica com orientação e encaminhamento a unidade de atenção primária para os próximos atendimentos;

o Os usuários estadiados como GRUPO B, que foram atendidos nas unidades de urgência, deverão ser encaminhados às unidades de atenção primaria se não houver piora do quadro clínico e/ou laboratorial;

Page 28: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

24

o Os usuários estadiados como GRUPOB, que foram atendidos nas unidades de atenção primária, deverão ser referenciados para unidades de urgência, caso a unidade não ofereça este serviço;

o Os usuários estadiados como GRUPO C, que foram atendidos em qualquer unidade de saúde, deverão ser encaminhados para a internação hospitalar, em ambulância adequada, via Central de Regulação;

o Os usuários estadiados como GRUPO D, atendidos em qualquer unidade de saúde, deverão ser encaminhados para leito de UTI, em ambulância adequada, via Central de Regulação;

o Os usuários classificados como GRUPO C ou D, após internação, deverão ser acompanhados nas unidades de urgência.

As unidades de saúde que oferecem o serviço de hidratação venosa e não funcionam 24 horas (CS e CSF), deverão garantir a transferência do usuário para uma unidade de urgência antes do fechamento da unidade, via central de ambulância.

8.7. Critérios de Alta

Os usuários precisam preencher todos os critérios abaixo: Melhora visível do quadro clínico; Mais de 24h afebril com hematócrito normal; Estabilização hemodinâmica durante 48 horas; Hematócrito normal e estável por 24 horas; Plaquetas em elevação ou >50.000/mm; Ausência de sintomas respiratórios; Derrames cavitários, quando presentes, em regressão e sem repercussão

clínica.

9. Vigilância em Saúde

Os instrumentos de coleta de dados (ficha de notificação e investigação) devem estar disponíveis em todas as unidades de saúde públicas e privadas;

Todos os campos devem ser preenchidos adequadamente, evitando utilizar o item “ignorado ou em branco”;

O campo referente ao distrito deve-se considerar o bairro de residência do usuário e não a unidade de atendimento. Este campo preenchido adequadamente permite monitorar o padrão epidemiológico da doença por distrito sanitário, e conseqüentemente, maior êxito nas ações de controle vetorial;

Notificar 100 % dos casos que atendam os critérios de definição de casos suspeitos e enviar para o distrito, que deve inserir no SINAN;

Em períodos não epidêmicos, preencher adequadamente a ficha de investigação (ANEXO F) de 100% dos casos notificados, através das informações

Page 29: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

25

do usuário e/ou fichas de atendimento (a mesma permanece na unidade por 10 dias para registro de todas as informações);

Em períodos epidêmicos, o preenchimento da ficha de investigação é orientado de acordo com a situação epidemiológica e/ou a fase do Plano de Contingência Contra Dengue instalada no município (ANEXO A);

Realizar busca ativa diária das fichas de atendimento para identificação dos casos suspeitos;

Todos os óbitos devem ser notificados imediatamente à Vigilância Epidemiológica em até 24 horas pelos telefones: FIXO 35243389/3381, FAX 35246331, CELULAR 84021922 (à noite, finais de semana e feriados) ou pelo e-notifica – www.saude.goiania.go.gov.br/comunicad_cievs.shtml e pela ficha de investigação, que deverá ser encaminhada diariamente ao distrito sanitário;

Disponibilizar cópia das fichas de atendimento dos casos graves que evoluírem para óbito para a equipe técnica da CDAT para investigação e conclusão oportuna (conforme solicitação via documento oficial).

9.1. Busca Ativa nas Unidades de Atenção Primária A busca ativa é realizada aos usuários faltosos com orientação de retorno

para o acompanhamento do tratamento de dengue e/ou entrega do resultado da sorologia, por visita domiciliar ou contato telefônico.

Quem executa? Todos os profissionais da Atenção Primária. Procedimentos: Verificar diariamente no livro de registro de usuários com dengue,

aqueles que retornaram para acompanhamento de acordo com o estadiamento e o tratamento estabelecido;

Realizar a busca ativa dos usuários faltosos; Orientar ao usuário e seus familiares sobre a importância da adesão ao

tratamento para se evitar o agravamento da doença.

9.2. Bloqueio de área É a visita a residência dos usuários que foram notificados nas unidades de

saúde e aos seus vizinhos de quadra, para orientações sobre a dengue. Quem executa e onde? O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é responsável por: Visitar às famílias de sua área adscrita e microáreas descobertas,

conforme planejamento da unidade de saúde; Realizar a busca dos focos do Aedes aegypti e orientar a sua

eliminação;

Page 30: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

26

Comunicar diariamente ao ACE os domicílios que houver focos de grande porte ou de grande número, não passíveis de remoção;

Esclarecer a população sobre os sinais e sintomas da doença; Orientar o atendimento nas unidades de saúde; Procurar diariamente, na unidade de saúde, as notificações de

dengue, para a realização do bloqueio de área. O Agente de Combate a Endemias é responsável por: Visitar os terrenos baldios, comércios e outras edificações, para

busca de focos de Aedes aegypti e sua eliminação; Orientar às famílias sobre o combate a dengue; Buscar focos, periodicamente por amostragem, em casas habitadas

visitadas pelo ACS; Realizar visitas de bloqueio em todo território, principalmente, nas

áreas onde não houver ACS; Realizar combate químico e biológico, quando necessário.

10. Referências Bibliográficas Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 56 p. Il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica n.28, Volume I). Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 290 p.:Il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica n.28, Volume II). Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 4.ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 80 p. ;il. Brasil. Ministério da Saúde. Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. – 2.ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 64 p. ;il. Goiás. Secretária Estadual de Saúde. LACEN. Coordenação de Biologia Médica. Manual de Procedimentos: coleta, acondicionamento, transporte e rejeição de amostras biológicas. 2014. Goiás. Secretaria Estadual de Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde. Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis. Coordenação de Dengue. Nota Técnica Nº 01/2014. Goiânia: SES, 2014. Aparecida de Goiânia. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo Municipal de Atendimento ao Paciente com Suspeita de Dengue: 2015. Aparecida de Goiânia: SMS, 2015. 32p.

Page 31: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

27

ANEXO A - Atendimento de Dengue para períodos não epidêmicos e epidêmicos de acordo com o PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA ENFRENTAMENTO DE EPIDEMIA DE DENGUE - Goiânia 2014/2015:

PERÍ

ODO

SEM EPIDEMIA COM EPIDEMIA

FASE I FASE II FASE III

ACES

SO

Assegurar o acesso do usuário na rede de atenção, durante todo ano; Garantir acolhimento da demanda espontânea com atendimento por nível de prioridade (Caderno nº 28 do MS) nas unidades de atenção primária; Garantir acolhimento com classificação de risco em todas as unidades de urgência; O TELECONSULTA deverá direcionar os usuários com sintomas de dengue para as unidades de atenção primária mais próxima a sua residência.

Manter e reforçar as ações do período sem epidemia;

Manter FASE I; Rema-nejar recursos humanos e/ou estabelecer pagamento de horas extras, se necessário para as unidades com maior de-manda;

Manter FASE II; Reduzir grade do atendi-mento ambulato-rial (TELECONSUL-TA), conforme demanda.

ACO

MPA

NHAM

ENTO

Garantir o acompanhamen-to do usuário na rede durante todo ano; Preencher o CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO DO USÚARIO COM SUSPEITA DE DENGUE, ano-tando o número da notificação e solicitando-o para os demais aten-dimentos (retorno, exames, medi-camentos); Sensibilizar profissionais para oferta de soro de reidratação oral pelos usuários; Acompanhar os casos inter-nados Realizar busca ativa diária das fichas de atendimento para iden-tificação dos casos suspeitos. Fomentar junto à comuni-dade as ações de eliminação e re-moção de criadouro. Colaborar e participar do processo de investigação óbitos suspeitos por dengue;

Manter e reforçar ações do período sem epidemia; Organizar a UNIDADE POLO, por distrito sanitário, para dar suporte as unidades de ur-gência em caso de superlotação, com garantia de transporte sani-tário, equipamentos, medica-mentos, exames laboratoriais e recursos humanos Oferecer hidratação oral em todas as portas de entrada com a colocação de galões/jarras com soro nas recepções; Intensificar a busca ativa dos usuários em monitoramento nas unidades; Realizar bloqueio branco; Fortalecer as ações inte-gradas com os CSF da aera deli-mitada definindo atribuições específicas de atuação;

Manter FASE I; Lotar médico assis-tencial nas uni-dades de ur-gência, exclusi-vamente, para atendimento e acompanha-mento dengue

Manter FASE II; Ampliar espaços para hidratação veno-sa nas unidades de saúde, Ativar as UNIDADES(S) POLÓ(S), de acordo com a demanda

Page 32: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

28

PERÍ

ODO

SEM EPIDEMIA COM EPIDEMIA

FASE I FASE II FASE III

INTE

RNAÇ

ÃO

Internação de acordo com estadiamento do usuário, via cen-tral de regulação e em transporte adequado; Internação precoce dos casos estadiados com GRUPO B com comorbidades e/ou condi-ções especiais;

Internação de acordo com estadiamento do usuário, via central de regulação e em transporte adequado.

EXAM

ES E

SPEC

IFIC

OS

ISOLAMENTO VIRAL COM NS1 – 08 amostras por unida-de/mês, somente CAIS, CIAMS e UPA; NS1 – 100% dos casos suspeitos, somente CAIS, CIAMS e UPA; SOROLOGIA – 100% dos usuários suspeitos, todas as uni-dades.

ISOLAMENTO VIRAL COM NS1 – 08 amostras por unida-de/mês, somente CAIS, CIAMS e UPA; NS1 – para todos os casos com critérios de internação, casos graves e óbitos, somente CAIS, CIAMS e UPA; SOROLOGIA – 10% dos casos suspeitos por unidade/mês, todas as unidades.

FICH

A DE

NO

TIFI

CAÇÃ

O

100% dos casos suspeitos

FICH

A DE

IN

VEST

IGAÇ

ÃO

100% dos casos suspeitos

Usuários estadiados como GRUPO C e D; Usuários que iram realizar exames específicos (ISOLAMENTO VIRAL, NS1 e SOROLOGIA); Usuários com critérios de internação, casos graves e óbitos

NOTI

FICA

ÇÃO

DE

ÓBIT

O

Todos os óbitos devem ser notificados o Imediatamente à Vigilância Epidemiológica em até 24 horas pelos telefones: FIXO

35243389/3381, FAX 35246331, CELULAR 84021922 (à noite, finais de semana e feriados) ou pelo e-notifica – www.saude.goiania.go.gov.br/comunicad_cievs.shtml e

o Ficha de investigação, que deverá ser encaminhada diariamente ao distrito sanitário.

Page 33: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

29

ANEXO B – FICHA DE ATENDIMENTO DENGUE – FRENTE E VERSO:

Page 34: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

30

ANEXO B – FICHA DE ATENDIMENTO DENGUE – VERSO:

Page 35: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

31

ANEXO C – CARTÃO DO USUÁRIO - ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL - DENGUE:

Page 36: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

32

ANEXO D – NOTIFICAÇÃO:

Page 37: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

33

ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO – FRENTE E VERSO:

Page 38: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

34

ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO DENGUE - VERSO:

Page 39: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

35

ANEXO F – FICHA DE INVESTIGAÇÃO DENGUE - FRENTE E VERSO:

Page 40: Manual das

Diretrizes Clínicas para Atendimento em Dengue 2015

36

ANEXO F – FICHA DE INVESTIGAÇÃO VERSO:

Page 41: Manual das
Page 42: Manual das

PREFEITURA DE GOIÂNIA

Saúde