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Manual das Eleições 2016

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Page 1: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Manual das Eleições 2016

Page 2: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Manual das Eleições 2016

Supervisão Geral

Guilherme de Castro Couto Santos

Secretário Executivo | PSDB-MG

Elaboração de Conteúdos

Bruno Augusto Soares

Coordenador Financeiro | PSDB-MG

Reginaldo Nunes

Assessor Jurídico | PSDB-MG

Eveline Oliveira

Delegada do PSDB junto ao TRE-MG

Edição/Revisão

José Edward Lima

Magna Alvim

Assessoria de Comunicação | PSDB-MG

Projeto Gráfico

Otacílio Neto

Page 3: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Apresentação

Este Manual das Eleições 2016, produzido pela equipe técnica do

PSDB-MG, reúne as principais orientações para a campanha municipal de

2016, tomando por base a atual legislação eleitoral, que teve várias altera-

ções nos últimos anos.

Nesta publicação estão contidas as regras sobre convenções partidárias,

registro de candidaturas, inelegibilidades e prazos de desincompatibiliza-

ção, propaganda eleitoral, prestação de contas, orientações sobre Lei da

Ficha Limpa e um completo calendário do ano eleitoral.

Renovamos, assim, o compromisso da atual Executiva estadual do PSDB

de Minas Gerais com todo(a)s o(a)s candidato(a)s do partido que irão dis-

putar as eleições municipais de 2016 em todas as regiões do Estado.

Estaremos juntos nessa empreitada democrática, que certamente culmi-

nará com a eleição de grande número de prefeito(a)s, vice-prefeito(a)s e

vereadore(a)s tucano(a|)s. Este será o ponto de partida para a caminhada

que levará o nosso partido à vitória também nas eleições de 2018, a favor

de Minas e do Brasil.

Boa leitura e bom proveito!

Um grande abraço,

Deputado Federal Domingos Sávio

Presidente do PSDB-MG

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Page 5: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Sumário

Calendário Eleitoral .................................................................................7

Prazos de Desincompatibilização ............................................................13

Convenções Partidárias ...........................................................................21

Convenção para a escolha de candidatos ....................................................23

Resolução CEN-PSDB n° 003/2016 ............................................................26

Modelo de edital de convocação da convenção municipal ............................35

Modelo de ata da convenção ......................................................................36

Registro de Candidaturas ........................................................................41

Escolha e registro de candidaturas ..............................................................43

Prestação de Contas ................................................................................53

Introdução ................................................................................................55

Conta bancária .........................................................................................55

Recibo eleitoral ..........................................................................................59

Recursos de campanha...............................................................................60

Gastos Eleitorais .......................................................................................65

Prestação de Contas ..................................................................................71

Julgamento de Contas ................................................................................78

Fiscalização ..............................................................................................80

Propaganda Eleitoral ..............................................................................87

Propaganda eleitoral ..................................................................................89

Regras sobre a Propaganda Eleitoral ...........................................................89

Sanção por propaganda antecipada ............................................................97

Comícios, reuniões públicas e utilização de aparelhagem de sonorização .....97

Page 6: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Alto-falantes e carros de som .....................................................................99

Propaganda em geral .................................................................................100

Bens de uso comum ...................................................................................101

Novidades para as eleições 2016 ................................................................103

Retirada de propaganda irregular ...............................................................104

Propaganda eleitoral na imprensa ..............................................................105

Propaganda na internet .............................................................................105

Propaganda eleitoral no rádio e na televisão ...............................................108

Propaganda na véspera da eleição ..............................................................110

Propaganda no dia da eleição ....................................................................110

Lei da ficha limpa ....................................................................................113

Lei da Ficha Limpa ...................................................................................115

Crimes passíveis de gerar inelegibilidade pela lei da ficha limpa ..................115

Obrigações gerais dos diretórios e comissões municipais ......................117

Obrigações a serem cumpridas ...................................................................119

PSDB-MG Institucional ............................................................................123

Comissão Executiva do PSDB-MG (Biênio 2015-2017) ..............................125

Bancadas PSDB-MG ..................................................................................126

Contatos e Conexões .................................................................................128

Page 7: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Calendário Eleitoral

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Page 9: Manual das Eleições 2016 - PSDB

9CALENDÁRIO ELEITORAL

02 de abrilPrazo final para o candidato estar filiado ao partido pelo qual vai disputar as eleições.

4 de maioData final para o eleitor pedir inscrição ou alterar o título de eleitor, transferir o domicílio, requerer a transição para seção especial para eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida e regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral.

13 de junho a 3 de agostoPeríodo em que são escolhidos os mesários.

30 de junhoFica proibida a exibição, por parte de emissoras de rádio e de televisão, de programas apresentados ou comentados por pré-candidatos, sob pena, no caso de sua escolha na convenção partidária, de imposição da multa e de cancelamento do registro da candidatura do beneficiário.

1º julhoFica proibida a veiculação de propaganda partidária gratuita. Também não será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.

Confira os principais prazos e datas referentes às eleições municipais de 2016

5 julhoA partir desta data, é permitida a propaganda de pré-candidatos nas convenções partidárias. O uso de rádio, televisão e outdoor ainda não é permitido nessa fase.

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MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

20 de julho a 5 de agostoPeríodo para realização de convenções partidárias e definição dos candidatos.

3 de agostoÚltimo dia para o eleitor solicitar a segunda via do título fora do seu domicílio eleitoral.

15 de agostoFim do prazo para partidos políticos e coligações registrarem seus candidatos.

16 de agostoInício do período de propaganda eleitoral.

26 de agostoComeça a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

13 de setembroPrazo-limite para a definição dos gastos de campanha dos candidatos, bem como para a comunicação dos mesmos à Justiça Eleitoral pelos partidos.

15 de setembroDia em que a Justiça Eleitoral publica o relatório das receitas em dinheiro coletadas pelos partidos políticos para as campanhas eleitorais.

Page 11: Manual das Eleições 2016 - PSDB

11CALENDÁRIO ELEITORAL

22 de setembroPrazo final para o eleitor requisitar a segunda via do título de eleitor em seu domicílio eleitoral.

29 de setembroFim da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

30 de setembroFim do período da exibição de propaganda eleitoral paga.

2 de outubroData da votação do primeiro turno das eleições. A votação começa às 8h e termina às 17h (horário em que começa a apuração dos votos).

15 de outubroData para retomada das inserções gratuitas no rádio e na TV, nas cidades onde será realizado segundo turno.

28 de outubroEncerramento da propaganda eleitoral por meio do rádio e TV, tanto do horário eleitoral gratuito quanto do pago.

30 de outubroDia da votação em segundo turno. A votação começa às 8h e termina às 17h (horário em que começa a apuração dos votos).

A íntegra da Resolução 23.450/2015, do TSE, que regulamenta o calendário eleitoral das eleições municipais de 2016, pode ser acessada por meio o seguinte link:

www.tse.jus.br/arquivos/arquivos/tse-instrucao-calendario-eleitoral-versao-consolidada

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Prazos de Desincompatibilização

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Page 15: Manual das Eleições 2016 - PSDB

15PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Quadro das inelegibilidades e o prazo de sua cessação, à luz do que

dispõem os artigos 14, §§ 5º, 6º,7º e 9º da Constituição Federal e o

artigo 1º,§§ 1º a 3º, e incisos II a VII Lei Complementar nº 64/90.

Desincompatibilização de agentes políticos:

Em razão do cargo:

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

PrefeitoReeleição Mesmo

MunicípioPermitida

PrefeitoPrefeito em

Município diverso6 – Meses (Renúncia)

Prefeito Vice-Prefeito 6 – Meses (Renúncia)

Prefeito Qualquer outro cargo 6 – Meses (Renúncia)

Vice-prefeitoReeleição no mesmo

Município

Não há

desincompatibilização,

Vice-prefeito Prefeito e Vereador

desde que não tenha

sucedido ou substituído

o Prefeito nos 6 Meses

anteriores ao pleito.

Vereador Presidente

da CâmaraPrefeito

Não há

desincompatibilização,

desde que não tenha

sucedido ou substituído

o Prefeito nos 6 Meses

anteriores ao pleito.

Demais VereadoresPrefeito, vice-

prefeito, vereador

Não precisa se

desincompatibilizar.

Secretários Municipais

e Órgãos congêneres.Prefeito, Vice-Prefeito 4 Meses

Secretários Municipais

e Órgãos congêneres.Vereador 6 Meses

Secretários Municipais

Prefeito, Vice-

Prefeito e Vereador

(Município diverso)

Não há necessidade de

desincompatibilização.

Page 16: Manual das Eleições 2016 - PSDB

16

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentes-

co, por consanguineidade, com titular do cargo executivo, ou

de quem os haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores

ao pleito:

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Cônjuge (Titular- Prefeito) Prefeito Inelegível

Filho (a) (Titular- Prefeito) Prefeito Inelegível (1º Grau)

Irmão (a) (Titular Prefeito) Prefeito Inelegível (2º Grau)

Pai ou Mãe

(Titular- Prefeito)Prefeito Inelegível (1º Grau)

Tio (a) (Titular Prefeito) Prefeito Elegível (3º Grau)

Sobrinho (a)

(Titular-Prefeito)Prefeito Elegível (3º Grau)

Primo (a)

(Titular- Prefeito)Prefeito Elegível (4º Grau)

Desincompatibilização de agentes públicos (administrativos):

Em razão de emprego ou funções públicos:

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Membros do

Ministério Público e

Defensoria Pública.

Prefeito , Vice-

Prefeito e Vereador.

04 Meses antes do

pleito, desde que em

exercício na Comarca

(Remuneração Integral)

Autoridades Policiais

Civis ou Militares.

Obs. Aut.Civis-

(Delegado) Aut. Militares

(De Tenente P/ Cima).

Prefeito e Vice-Prefeito.

04 Meses antes do

pleito, desde que em

exercício no Município.

Se funcionário de carreira

(Delegado) mantêm a

remuneração integral.

Se comissionado, não.

Page 17: Manual das Eleições 2016 - PSDB

17PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Autoridades Policiais

Civis ou Militares.

Obs. Aut.Civis-

(Delegado), Aut.Militares-

(De Tenente P/ Cima)

Vereador

06 Meses antes do

pleito, desde que em

exercício no Município.

Se funcionário de

carreira, mantêm a

remuneração integral.

Se comissionado, não.

Policiais Civis e

Militares (Que não

sejam Autoridades)

Prefeito, Vice-

Prefeito, Vereador

04 Meses antes do

pleito, desde que em

exercício no Município.

Se funcionário de

carreira, mantêm a

remuneração integral.

Se comissionado,não.

Dirigentes de Autarquias,

Fundações Públicas,

Empresas Públicas

e Sociedades de

Economia Mista.

Prefeito e Vice-Prefeito04 Meses

Dirigentes de Autarquias,

Fundações Públicas,

Empresas Públicas

e Sociedades de

Economia Mista.

Vereador 06 Meses

Servidores Públicos

Estatutários ou não dos

Órgãos ou Entidades da

Administração Direta

ou Indireta da União,

dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios.

Prefeito, Vice-Prefeito

e Vereador.

3-Meses (Remuneração

integral somente P/

servidores efetivos))

- Aplica-se esta regra

desde que vinculado o

servidor: à repartição,

fundação pública ou

empresa que opere no

território do município.

Page 18: Manual das Eleições 2016 - PSDB

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MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Servidores Titulares de

Cargos em Comissão-

(de livre Exoneração).

Prefeito, Vice-Prefeito

e Vereador

03 Meses

Obs. O afastamento dar-

se-á por exoneração,

sem direito à percepção

de vencimentos.

Servidores do Fisco Prefeito e Vice-Prefeito.

04 Meses

Obs. Não fazem jus ao

afastamento remunerado,

que beneficia os

servidores em geral

-Não está sujeito à

desincompatibilização

o funcionário do

Fisco que exerça suas

atribuições em município

diverso daquele no qual

pretenda candidatar-se.

Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentesco,

por afinidade, com titular do cargo executivo, ou de quem os

haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores ao pleito:

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Sogro (a) (Titular-Prefeito) Prefeito Inelegível (1º Grau)

Nora e Genro

(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível (1º Grau)

Avós do Cônjuge

(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível (2º Grau)

Concubina

(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível.

Page 19: Manual das Eleições 2016 - PSDB

19PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Cunhado (a)

(Titular-Prefeito)Prefeito

Inelegível (2º Grau)

Obs. Tramita no Senado

Federal, projeto de

Emenda Constitucional,

visando a excluir o

parente por afinidade

em 2º Grau, de titulares

do Executivo, (Cunhado,

por exemplo) da vedação

constante do Art. l4, §7º

da Constituição Federal.

Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentes-

co, por adoção, com titular do cargo executivo, ou de quem os

haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores ao pleito:

Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo

Parentes até o 2º grau

(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível

Situações de inelegibilidade por parentesco, de que trata o § 7º do art. 14

da Constituição Federal, combinado com os arts. 1.591 a 1.595 do Código

Civil, a seguir transcritos.

Observações

No caso de parentes candidatos de Vice-Prefeito, não há que se falar em

inelegibilidade em razão de parentesco em qualquer grau, seja por con-

sanguineidade, seja por afinidade ou adoção, desde que o titular do cargo

executivo de vice não tenha assumido, nos 6 meses anteriores ao pleito, o

cargo de prefeito municipal.

A mesma situação ocorrente no comentário anterior se dará no caso dos

parentes do Presidente da Câmara Municipal, caso este venha a substituir

Page 20: Manual das Eleições 2016 - PSDB

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MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

ou suceder o prefeito no período agudo eleitoral (seis meses antes do plei-

to) ainda que por um único dia, tornar-se-ão inelegíveis o cônjuge, bem

como os parentes por consanguineidade ou por afinidade até o 2º grau

daquele .

Convém ainda salientar que tanto o cônjuge ou concubina, como os pa-

rentes até o 2º grau dos chefes do executivo serão inelegíveis no território

de jurisdição destes (municípios onde sejam prefeitos), conforme dispõe o

artigo l4, parágrafo 7º da Constituição Federal.

Art. 14, § 7º da Constituição Federal: “São inelegíveis, no território de

jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até

o segundo grau ou por adoção, do residente da República, de Governador

de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja

substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de

mandato eletivo e candidato à reeleição”.

Quadro e informações organizadas pelo advogado Reginaldo Nunes

OAB-MG nº 69.039

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Convenções Partidárias

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Page 23: Manual das Eleições 2016 - PSDB

23CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Convenção para a escolha de candidatos

A escolha de candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coliga-

ções deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto de 2016,

obedecidas as normas estabelecidas no estatuto partidário, lavrando-se a

respectiva ata e a lista de presença em livro aberto e rubricado pela Justiça

Eleitoral (Lei nº 9.504/1997, arts. 7º e 8º).

• O art. 8º da Resolução TSE nº 23.455, de 15.12.2015, disciplina:

§ 1º - A ata da convenção, digitada e assinada em duas vias, será

encaminhada ao Juízo Eleitoral, em vinte e quatro horas após a

convenção, para:

I - publicação em cartório (art. 8º da Lei nº 9.504/1997); e

II - arquivamento em cartório, para integrar os autos de registro

de candidatura, nos termos do parágrafo único do art. 25.

§ 2º - O livro de que trata o caput poderá ser requerido pelo Juiz

Eleitoral para conferência da veracidade das atas apresentadas.

§ 3º - Em caso de omissão do estatuto sobre normas para escolha e

substituição dos candidatos e para a formação de coligações, cabe-

rá ao órgão de direção nacional do partido político estabelecê-las,

publicando-as no Diário Oficial da União até 5 de abril de 2016 e

encaminhando-as ao TSE antes da realização das convenções (Lei

nº 9.504/1997, art. 7º, § 1º; e Lei nº 9.096/1995, art. 10)”.

• O edital de convocação deverá atender o disposto no art. 32 do

Estatuto Partidário, sob pena de nulidade, aos seguintes requisitos:

1. Publicação do edital na imprensa local, quando existente, e afi-

xação na sede do Partido e Câmara Municipal ou no Fórum

local ou no Cartório Eleitoral;

2. observar o prazo de antecedência mínima de 3 (três) dias da

data fixada para a Convenção Municipal para publicação do

Page 24: Manual das Eleições 2016 - PSDB

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MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Edital de Convocação. (Leia com atenção os art. 32 e 96 do

Estatuto do PSDB).

• Os partidos poderão utilizar, gratuitamente, prédios públicos, ape-

nas e tão-somente, para a realização das convenções partidárias,

desde que comuniquem por escrito ao responsável pelo estabeleci-

mento público, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas)

horas, a intenção de realizar a sua convenção, responsabilizando-

se por eventuais danos causados ao patrimônio público em ques-

tão. Terá preferência de uso do prédio público, o partido que fizer

o protocolo do pedido de cessão de uso gratuito em primeiro lugar.

• Compete à convenção municipal deliberar sobre os seguintes assuntos:

1. celebração ou não de coligações;

2. definir os cargos que o partido irá disputar/concorrer;

3. escolher os candidatos às eleições majoritárias e/ou

proporcionais;

4. sortear os números com o qual cada um dos candidatos irá

concorrer;

5. escolher um representante ou três delegados perante o Juízo

Eleitoral (Ver Incisos II, III e IV, do §3º, do art. 6º, da Lei

9.504/97).

• Os candidatos ao cargo de Prefeito e Vice-Prefeito, concorrem com

o número do Partido a que pertencer o candidato a Prefeito - ca-

beça de chapa;

• O candidato ao cargo de Vereador concorre com o número de seu

partido acrescido de mais 3 (três) algarismos – (45 _ _ _). (A ADIN

2.530-9, suspendeu a eficácia do §1º, do art. 8º da Lei 9.504/97, que

assegurava aos detentores de mandado o registro de candidatura

para o mesmo cargo, ou seja, não existe candidatura nata, todos

os pré-candidatos deverão submeter os seus nomes à aprovação ou

não da Convenção Municipal)

Page 25: Manual das Eleições 2016 - PSDB

25CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

• O §1º, do art. 36, da Lei 9.504/97, permite ao postulante de cargo

eletivo, na quinzena anterior à convenção, a realização de propa-

ganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado

o uso de rádio, televisão e outdoor.

• Número de candidatos a serem indicados pelos partidos e coliga-

ções (inovação introduzida pela Lei 13.165/2015, no art. 10 da Lei

9.504/97); e percentual mínimo de candidaturas por cada sexo:

1. Para Prefeito e Vice-Prefeito: cada partido ou coligação pode

lançar apenas 1 (um) candidato a Prefeito e um candidato a

Vice-Prefeito em chapa única;

2. Para Vereador: nos municípios com menos de 100.000 elei-

tores -, cada partido que concorrer individualmente, poderá

lançar até 150% (centro e cinqüenta por cento) do número de

vagas/cadeiras em disputa ou, no caso de coligação, poderá lan-

çar até 200% (duzentos por cento), o dobro do número de ca-

deiras em disputa;

3. Para Vereador, nos municípios com mais de 100.000 eleito-

res: cada partido ou coligação poderá lançar até 150% (cento e

cinqüenta por cento), do número de vagas/cadeiras em disputa;

• No cálculo do número total de candidatos a serem apresentados

pelo Partido ou Coligação, a fração resultante será sempre despre-

zada, se inferior a meio; e igualada a um, se igual ou superior;

• Em relação às cotas de gênero, cada Partido ou Coligação deverá

preencher o mínimo de 30% (trinta por cento) e no máximo de

70% (setenta por cento) do número de vagas apresentadas ao re-

gistro, para candidaturas de cada sexo.

• Toda fração resultante do cálculo do percentual mínimo de 30%

(trinta por cento) será sempre igualada a um e, desprezada, no cál-

culo do percentual máximo de 70% (setenta por cento). Os referi-

dos percentuais serão apurados tendo como referência o número

de candidatos efetivamente indicados, pelo Partido ou Coligação,

para registro;

Page 26: Manual das Eleições 2016 - PSDB

26

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

• Se as convenções não indicarem o número máximo de candidatos

permitidos no art. 10, §5º, da Lei 9.504/97, os órgãos de direção

dos respectivos partidos poderão preencher as vagas remanescen-

tes até 30 (trinta) dias antes do pleito, ou seja, até 02/09/2016.

Importante!

O Diretório Nacional do PSDB, em cumprimento ao disposto no art.

7º, da Lei 9.504/97, com o objetivo de estabelecer normas para a es-

colha e substituição dos candidatos e a formação de coligações para

as eleições de 2 de outubro de 2016, baixou a Resolução CEN-PSDB

nº 003/2016, de 22.3.2016, cuja íntegra segue abaixo transcrita,

para conhecimento e leitura atenta dos dirigentes partidários:

Resolução CEN-PSDB n° 003/2016

A Comissão Executiva Nacional do Partido da Social Democracia

Brasileira - PSDB, no uso da competência que lhe confere o art. 65 c/c o

art. 61 do Estatuto, e na forma do que dispõe o § 1º, do art. 7°, da Lei n°

9.504/97, com o objetivo de estabelecer normas para a escolha e substi-

tuição dos candidatos e a formação de coligações para as eleições de 02 de

outubro de 2016, resolve expedir as seguintes normas:

CAPÍTULO I

Do lançamento de candidaturas, escolha de candidatos e cele-

bração de coligações

Art. 1º. O lançamento de candidaturas e a celebração de coligações para

as eleições majoritárias e proporcionais nos municípios deve garantir a

difusão da doutrina e princípios partidários, refletir a imagem da sua uni-

dade nacional, resguardar seus objetivos estratégicos e aliados em nível

nacional.

Page 27: Manual das Eleições 2016 - PSDB

27CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Art. 2º. A composição de chapa às eleições majoritária e proporcional

no município, seja com candidatura exclusiva de filiados, ou em celebra-

ção de coligações, ficam submetidas a aprovação da Comissão Executiva

Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória

Estadual correspondente, sendo que o seu anúncio e formalização depen-

de da respectiva anuência, observados os seguintes critérios:

I. Nos municípios com mais de 100.000 eleitores e que naqueles

contemplados com a propaganda eleitoral gratuita de televisão,

a Comissão Executiva Nacional deve ser consultada para análise

e aprovação;

II. Nos demais municípios, a análise e aprovação compete à

Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória Estadual

correspondente.

Art. 3º. A Comissão Executiva Nacional, a Comissão Executiva Estadual

ou a Comissão Provisória Estadual podem, a qualquer tempo, orientar e

intervir na escolha de candidatos e na celebração de coligação, poden-

do, até mesmo, proibir o lançamento de candidatura no município, para

atender a seus interesses estratégicos.

Art. 4º. Se a convenção municipal desobedecer as decisões e diretrizes

da Comissão Executiva Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da

Comissão Provisória Estadual, conforme o disposto nos artigos anteriores,

pode ter todos os seus atos anulados (§§ 2º e 3º do art. 7º, da Lei 9.504/97).

CAPÍTULO II

Das normas para a escolha de candidatos e formação de coliga-

ções em nível municipal

Art. 5º. As Convenções Municipais destinadas à escolha dos candidatos

a Prefeito, Vice-Prefeito, Vereador e formação de coligações serão reali-

zadas no período de 20 de julho a 05 de agosto de 2016, mediante con-

vocação das Comissões Executivas Municipais ou Comissões Provisórias

Municipais, em data por elas fixadas, observado o que estabelece o art.

153 c/c o art. 20, do Estatuto do PSDB, e as disposições da Lei n° 9.504/97.

Page 28: Manual das Eleições 2016 - PSDB

28

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Art. 6°. As convenções municipais serão constituídas nos termos do art.

96 do Estatuto:

I. dos membros do Diretório Municipal;

II. dos Vereadores, dos Deputados Estaduais e Federais e Senadores

com domicílio eleitoral no município;

III. dos membros do Diretório Estadual ou da Comissão Provisória

Estadual com domicílio eleitoral no município;

IV. dos Delegados do Município à Convenção Estadual.

Parágrafo Único. Nos municípios com mais de quinhentos mil

eleitores, integram a Convenção Municipal os Delegados dos

Diretórios Zonais, na conformidade do que dispõe o § 3º, do art.

78 e art. 114, do Estatuto.

Art. 7°. As convenções nos municípios onde não houver Diretório Municipal

organizado serão convocadas pela Comissão Provisória Municipal desig-

nada pela Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória Estadual,

nos termos do art. 44, do Estatuto do PSDB, e constituídas:

I. dos membros da Comissão Provisória Municipal designada;

II. dos representantes, membros e delegados a que se referem os inci-

sos II, III e IV, do art. 5º desta resolução.

Art. 8º. A convenção municipal será realizada na comarca do pleito,

em local designado no Edital, por deliberação da Comissão Executiva

Municipal ou Comissão Provisória Municipal, em qualquer dia da sema-

na, observadas, na sua convocação, as disposições do art. 32, do Estatuto.

Art. 9°. A convenção municipal instala-se com a presença de qualquer nú-

mero de convencionais, mas as deliberações somente podem ser tomadas

com a presença de pelo menos 30% (trinta por cento) dos convencionais

com direito a voto, nos termos do § 2º, do art. 33, do Estatuto.

§ 1°. A convenção municipal é presidida pelo presidente do

Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal.

Page 29: Manual das Eleições 2016 - PSDB

29CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

§ 2°. As deliberações sobre escolha de candidatos e formação de

coligações são tomadas por voto direto e secreto, proibidos o voto

por procuração e o voto cumulativo, observado o que dispõem os

§§ 1° e 2°, do art. 31, do Estatuto do PSDB.

Art. 10. As deliberações e os nomes dos pré-candidatos constarão da ata

da convenção, digitada e assinada em duas vias, lavrada no livro próprio,

aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, podendo ser utilizado o livro

existente e já formalizado, devendo a ata ser subscrita pelo presidente

da Comissão Executiva Municipal ou da Comissão Provisória Municipal,

pelo secretário-geral e pelos convencionais que desejarem, a qual será en-

caminhada ao Juízo Eleitoral da Comarca, em 24h (vinte e quatro horas)

após a convenção, para publicação em cartório, observado o que dispõe o

art. 8°, da Lei n° 9.504/97, a e Resolução TSE nº 23.455/2016 e o art. 36, §§

3° e 4° do Estatuto, bem como arquivamento em cartório, para integrar os

autos de registro de candidatura.

§ 1º. A ata da convenção de que trata o caput deve, ainda, ser pu-

blicada no mesmo prazo na página na internet do órgão municipal

ou do órgão estadual correspondente.

§ 2º. As presenças dos convencionais são registradas em lista auxi-

liar de presenças, que será autenticada e encerrada pelo presidente

da Convenção.

Art. 11. A inscrição de candidatos à eleição majoritária e de chapas à elei-

ção proporcional, pode ser feita pela Comissão Executiva Municipal ou

Comissão Provisória Municipal ou por grupo de 20% (vinte por cento) dos

convencionais, até às 18 horas do 5º (quinto) dia anterior à Convenção.

§ 1°. Nenhum convencional pode subscrever mais de uma cha-

pa, sob pena de ficarem anuladas todas as assinaturas, bem como

nenhum candidato pode concorrer ao mesmo cargo em chapas

diferentes.

§ 2°. A inscrição de candidatos e de chapas é instruída com decla-

rações individuais ou coletivas de consentimento dos candidatos

e pode indicar o subscritor que, como fiscal, pode acompanhar a

votação, apuração e proclamação dos resultados.

Page 30: Manual das Eleições 2016 - PSDB

30

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Art. 12. Até às 20h (vinte horas) do 5º (quinto) dia anterior à Convenção,

a Comissão Executiva Municipal ou a Comissão Provisória Municipal en-

caminha, obrigatoriamente, à Comissão Executiva Nacional, à Comissão

Executiva Estadual ou à Comissão Provisória Estadual, conforme o caso,

análise da conjuntura política no município e situação das potenciais

alianças com outros partidos e candidatos às eleições majoritária e

proporcional.

§ 1º. Para a Comissão Executiva Nacional, a comunicação deve ser

feita por meio de correspondência eletrônica, e-mail, para o ende-

reço [email protected].

§ 2º. Para a Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória

Estadual, a comunicação deve ser feita por meio de correspondên-

cia eletrônica, e-mail, para endereço fornecido pelo órgão estadual,

ou por ofício protocolizado na sede estadual.

§ 3º. Da comunicação feita pela Comissão Executiva Municipal

ou Comissão Provisória Municipal devem constar as seguintes

informações:

I. No caso de lançamento de candidaturas: nome completo do

candidato, nome de como concorrerá às eleições, endereço

completo do candidato, endereço eletrônico (e-mail) e telefone

para contato;

II. No caso de proposta de coligações: partidos integrantes da co-

ligação, nome e partido do candidato a prefeito da coligação,

bem como nome e partido do candidato a vice-prefeito da

coligação.

§ 4º. Cumpridas as exigências e os prazos fixados, a Comissão

Executiva Nacional, a Comissão Executiva Estadual ou a Comissão

Provisória Estadual aprecia e decide sobre o lançamento de candi-

daturas e propostas de coligações, bem como comunica sua deci-

são ao órgão municipal até às 12h (doze horas) do dia anterior ao

da Convenção.

Page 31: Manual das Eleições 2016 - PSDB

31CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

§ 5º. O órgão municipal que cumprir os prazos definidos nos pa-

rágrafos anteriores e não receber resposta da Comissão Executiva

Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da Comissão

Provisória Estadual, está autorizado a realizar sua Convenção.

§ 6º. O órgão municipal que não encaminhar a comunicação esta-

belecida no caput deste artigo ou realizar a Convenção sem aten-

der as diretrizes e ponderações da Comissão Executiva Nacional, da

Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual,

pode ter sua Convenção Municipal anulada, mediante ato do seu

Presidente, até às 19h (dezenove horas) do dia 13.09.2016.

§ 7º. Se da anulação decorrer a necessidade de escolha de novos can-

didatos, o pedido de registro deve ser apresentado à Justiça Eleitoral

nos termos da Lei nº 9.504/97 e Resolução TSE nº 23.455/2016,

competindo ao Presidente da Comissão Executiva Nacional, da

Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual,

conforme o caso, indicar o representante legal para fazer o referido

registro.

Art. 13. Se houver mais de um candidato ao mesmo cargo ou mais de

uma chapa para a eleição proporcional, o presidente da convenção man-

dará numerar as indicações e as chapas, observada a ordem decrescente

do número de seus subscritores; a seguir, procederá à leitura dos nomes

inscritos, observada a ordem numérica que tiver recebido as indicações

ou chapas.

§ 1°. Cada convencional vota somente em um candidato a Prefeito

e Vice-Prefeito, se for o caso.

§ 2°. Havendo mais de uma chapa, cada convencional vota em

um dos nomes integrantes da chapa para os cargos proporcionais,

sendo o seu voto computado para o candidato indicado e para a

chapa, para os fins de cálculo da proporcionalidade.

Art. 14. Havendo mais de uma chapa inscrita para os cargos proporcio-

nais, é considerada eleita, em toda a sua composição, a chapa que alcançar

mais de 80% (oitenta por cento) dos votos válidos apurados, excluídos os

votos nulos e brancos.

Page 32: Manual das Eleições 2016 - PSDB

32

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

§ 1°. Se houver uma só chapa, é considerada eleita em toda a sua

composição, desde que alcance 20% (vinte por cento), pelo me-

nos, da votação válida apurada.

§ 2°. Não atingindo qualquer das chapas concorrentes o percen-

tual de que trata o caput deste artigo, os lugares a preencher serão

divididos proporcionalmente, mediante cálculo dos quocientes da

convenção e das chapas, entre as que tenham recebido, no míni-

mo, 20% (vinte por cento) dos votos dos convencionais.

§ 3°. Obtém-se o quociente da convenção, dividindo-se o total

de votos válidos dados a todas as chapas pelo número de lugares

a preencher; obtém-se o quociente de chapa, dividindo-se o nú-

mero de votos válidos atribuídos a cada chapa pelo quociente da

convenção.

§ 4°. No cálculo dos quocientes, despreza-se a fração se igual ou

inferior a meio, e considera-se equivalente a um, se superior.

Art. 15. Estarão escolhidos de cada chapa tantos candidatos quantos o seu

quociente indicar, observada a ordem de votação nominal e, se necessário

para completar o número, a ordem de colocação na chapa.

Parágrafo Único. Os lugares que não forem distribuídos com a

aplicação dos quocientes das chapas serão atribuídos mediante a

observância das seguintes normas:

I. Dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada chapa

pelo número de lugares por ela obtido, mais um, cabendo à cha-

pa que apresentar a maior média um dos lugares a preencher;

II. Repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos

lugares.

Art. 16. Considerar-se-ão escolhidos os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito

e a Vereador aqueles que obtiverem a maioria de votos dos presentes à

Convenção, em votação direta e secreta.

Art. 17. As propostas de coligação podem ser apresentadas pela Comissão

Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal ou por 30% (trinta

Page 33: Manual das Eleições 2016 - PSDB

33CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

por cento) dos convencionais, e dependem da aprovação da maioria de

votos dos membros da Convenção, observadas as normas estabelecidas

nos arts. 1º a 4º e 12 desta Resolução, e do art. 6°, da Lei n° 9.504/97.

Art. 18. A Convenção Municipal pode fixar, no caso de aprovação de coli-

gações proporcionais, quantos candidatos deseja registrar, dentro do limi-

te máximo estabelecido no art. 10, da Lei n° 9.504/97, antes de proceder à

votação da sua relação de candidatos.

Art. 19. Cabe à Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória

Municipal a decisão, pela maioria absoluta de seus membros, quanto à

substituição de candidatos às eleições majoritárias e proporcionais que fo-

rem considerados inelegíveis, que renunciarem ou falecerem após o termo

final do prazo de registro ou, ainda, que tiverem seu registro indeferido

ou cancelado, conforme o disposto no art. 13, da Lei nº 9.504/97 e no art.

153, § 2°, do Estatuto do PSDB.

CAPÍTULO III

Das disposições gerais

Art. 20. O Presidente da Comissão Executiva Nacional, da Comissão

Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual, conforme o caso,

pode, a seu critério, designar um representante para acompanhar o pro-

cesso convencional, ao qual pode ser atribuída competência para tomada

de decisões em nome da Comissão Executiva correspondente, para efeitos

de cumprimento desta norma, inclusive os estabelecidos no seu art. 2º.

Art. 21. No município que tenha propaganda eleitoral gratuita na tele-

visão, os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador pelo PSDB estão

obrigados a integrar em sua propaganda eleitoral material publicitário en-

viado pela Comissão Executiva Nacional do PSDB.

Art. 22. Não respondem solidariamente, em qualquer hipótese, por dí-

vidas decorrentes das contratações de prestadores de serviços nas cam-

panhas eleitorais, responsabilizações civis, trabalhistas, criminais ou de

qualquer outra natureza, a Comissão Executiva Nacional, a Comissão

Executiva Estadual ou a Comissão Provisória Estadual.

Page 34: Manual das Eleições 2016 - PSDB

34

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Art. 23. Em nenhuma hipótese candidatos, Comissão Executiva Municipal

e Comissão Provisória Municipal podem autorizar, reconhecer ou emitir

documento fiscal referente a qualquer tipo de gasto de natureza eleito-

ral em nome da Comissão Executiva Nacional, da Comissão Executiva

Estadual ou da Comissão Provisória Estadual.

Art. 24. Os casos omissos ou duvidosos na presente Resolução serão deci-

didos pelo Presidente da Comissão Executiva Nacional e a publicados na

página do Partido na internet (www.psdb.org.br).

Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de março de 2016

Senador AÉCIO NEVES - Presidente Nacional do PSDB

Deputado SILVIO TORRES - Secretário Geral Nacional do PSDB

Page 35: Manual das Eleições 2016 - PSDB

35CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

Modelo de edital de convocação da convenção municipal

EDITAL DE CONVENÇÃO(Modelo Sugerido)

Nos termos da legislação em vigor, e na conformidade dos Artigos 32 e 96

do Estatuto do PSDB, ficam convocados por este Edital para a Convenção

Municipal, os membros do Diretório Municipal ou Comissão Provisória

Municipal, os Vereadores, Deputados Estaduais e Federais, Senadores,

Governador e membros do Diretório Estadual do PSDB, com domicílio eleitoral

neste Município e o(s) Delegados do Município à Convenção Estadual ( ape-

nas no caso de Diretório Municipal), a participarem da Convenção Municipal

que será realizada no dia ____/Julho OU Agosto/2016, com início às _____/

horas e encerramento às ____/horas, no(a) _____________________________,

localizado(a) na Rua/Av. _____________________________, nesta Cidade com

a seguinte ORDEM DO DIA:

1-Deliberar sobre propostas de coligação;

2-Escolha de candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito e Vereadores;

3-Sorteio dos números com que concorrerão os candidatos.

Os suplentes do Diretório Municipal e dos Delegados do Município à

Convenção Estadual terão direito a voto a partir das ____/horas.

Cidade (_________________), ____ de Julho OU Agosto de 2016.

___________________________________________________________

(Nome do Presidente)

Presidente do Diretório Municipal do PSDB OU Comissão Provisória

Page 36: Manual das Eleições 2016 - PSDB

36

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Os convencionais são, de acordo com o art. 96 do Estatuto Partidário, os

membros do diretório municipal, os vereadores, deputados federais e es-

taduais, senadores com domicilio eleitoral no município, os membros do

diretório estadual com domicilio eleitoral no município e os delegados do

município a Convenção Estadual.

Nos municípios onde o partido esta organizado como Comissão Provisória,

a convenção é constituída pelos membros da referida comissão e os verea-

dores, deputados federais e estaduais, senadores com domicilio eleitoral

no município, os membros do diretório estadual com domicilio eleitoral

no município.

É importante ressaltar que o Livro de Atas que será utilizado nesta conven-

ção tem que estar obrigatoriamente assinado pelo Juiz Eleitoral. Caso o

Livro de Atas de seu diretório/comissão provisória não esteja devidamente

assinado, providencie a assinatura do Juiz Eleitoral ANTES da Convenção

Partidária.

A seguir, apresentaremos o modelo sugerido da Ata a ser lavrada.

Modelo de ata da convenção

Ata da convenção partidária para indicação de candidatos e

celebração de coligações às eleições municipais de 2016.

(Modelo Sugerido)

Aos ..... do mês de junho de 2016, à Av/Rua ......., nº ......, na cidade de

....., sob a presidência do Sr. ...... e tendo como secretário o Sr. ......., reu-

niu-se a Convenção Municipal do PSDB de .........., com o objetivo de defi-

nir os procedimentos de participação do Partido nas Eleições Municipais de

2016, conforme Edital de Convocação já publicado, nos termos do Art. 32 do

Estatuto Partidário. Foi informado aos presentes que fora registrada, junto à

Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal, as seguintes

propostas:

Page 37: Manual das Eleições 2016 - PSDB

37CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

1 - Indicação do nome do filiado Sr. .................., para Candidato a Prefeito e do Sr. ............, para Vice-Prefeito;

OU

1 - Indicação do nome do filiado Sr. ............., para Candidato a Prefeito e do Sr. .............., Vice-Prefeito, em Coligação com os Partidos: ........, ......., ........ e .........;

OU

1 - Indicação do nome do filiado Sr. .........., como Candidato a Prefeito, em Coligação com os partidos .....,......,......e......, um dos quais indicará o candi-dato à Vice-Prefeito;

OU

1 - Indicação do nome do filiado Sr. .........., como Candidato a Vice-Prefeito, em Coligação os Partidos ......,......,......e ......., um dos quais indicará o Candidato a Prefeito;

OU

1 - Celebração de Coligação para as Eleições Majoritárias com os seguintes Partidos: .....,......,......e ......, os quais deverão indicar os Candidatos à Prefeito e Vice-Prefeito.

2 - Coligação para as Eleições Proporcionais com os seguintes Partidos: ....,....,.....e ....., com os Candidatos relacionados abaixo:

Candidatos a Vereador pelo PSDB e respectivo número:

1)-

2)-

3)- .... (e assim por diante até o número convencionado entre os partidos).

Candidatas a Vereadoras pelo PSDB e respectivo número:

1)-

2)-

3)- .... (e assim por diante até o número convencionado entre os partidos).

Page 38: Manual das Eleições 2016 - PSDB

38

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

OU

2) - Lançamento de chapa completa de Candidatos a Vereadores com os can-

didatos relacionados abaixo:

Candidatos a Vereador pelo PSDB e respectivo número:

1)-

2)-

3)-

Candidatas a Vereadora pelo PSDB e respectivo número:

1)-

2)-

3)- .... e assim por diante até o limite legal ou até o número que o Partido quer

lançar, observado o §3º, do Art. 10, da Lei 9.504/97, que diz: (...) “cada parti-

do ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo

de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.”

3 - Delegação de Poderes à Comissão Executiva Municipal para tomar as pro-

vidências que se façam necessárias para a participação do Partido nas Eleições,

podendo para isso completar chapas, substituir candidatos e tomar outras

medidas que se fizerem necessárias.

Tendo os presentes se mostrado esclarecidos sobre os pontos a serem vo-

tados, foram recolhidas as assinaturas de presenças no livro próprio, devi-

damente visado/rubricado pela Justiça Eleitoral, e chamados, nominalmente,

para exercerem seu voto, secreto e direto. Ao fim da votação, foram convida-

dos os filiados .......... e ..........., para atuarem como escrutinadores. Abrindo a

urna e contando as cédulas, verificou-se que o número de cédulas era coinci-

dente com o número de votantes e o resultado da apuração foi de ........ Sim

à proposta 1 (entre as possibilidades de número 1 elencadas acima), ....... Sim

à proposta 2 (entre as possibilidades de número 2 elencadas acima) e, ........

Sim à proposta 3, (caso haja votos contrários às propostas acima, mencionar

o número de votos Não a cada proposta), sendo assim aprovado: (repete o

texto da opção escolhida para cada uma das propostas).

Page 39: Manual das Eleições 2016 - PSDB

39CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

O Presidente esclareceu aos convencionais, acerca da definição legal dos va-

lores máximos de gastos por cargo eletivo em cada eleição (majoritária e

proporcional), ficando estabelecido o valor de R$...........................para candi-

dato a Prefeito e Vice-Prefeito e de R$.....................para Candidato a Vereador.

O Presidente lembrou aos candidatos que a data de registro das candidaturas

encerra-se no dia 15/08/2016 às 19 horas e da urgência de todos providen-

ciarem a documentação necessária para o referido registro e alertou que a

campanha eleitoral só pode ir para as ruas a partir do dia 16/08/2016, sendo

a propaganda feita anterior a este dia autuada com pesadas multas. Desejou

a todos muito sucesso e se colocou à disposição juntamente com a Comissão

Executiva para trabalhar para a vitória do Partido nas eleições. Tendo cumpri-

do a pauta, o Presidente suspendeu a Convenção para lavratura desta ata que,

lida e aprovada, vai assinada por mim, secretário, e pelo Presidente.

_____________________________________________________

Presidente

_____________________________________________________

Secretário

Page 40: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 41: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Registro de Candidaturas

Page 42: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 43: Manual das Eleições 2016 - PSDB

43REGISTRO DE CANDIDATURAS

Escolha e registro de candidaturas

Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus

candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto de 2016. Para que

tudo ocorra bem, é importante providenciar a documentação com an-

tecedência. Observem abaixo os artigos mais relevantes da Resolução

do TSE n. 23.455, de 15.12.2015, que regulamenta a Lei 9.504/97 e

tratam das providencias para o registro de candidaturas. Chamamos

a atenção dos Dirigentes do PSDB para a necessidade e importância da

leitura de todos os artigos da referida Resolução, (cuja íntegra está dis-

ponível no sitio do TSE – http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/

normas-e-documentacoes-eleicoes-2016).

Resolução TSE n. 23.455, de 15.12.2015 - Registro de candidaturas

“(...)

Art. 22. O pedido de registro deverá ser gerado obrigatoriamente em

meio digital e impresso pelo Sistema de Candidaturas Módulo Externo

(CANDex), desenvolvido pelo TSE, observados os arts. 23 a 27.

§ 1º O Sistema CANDex poderá ser obtido nos sítios eletrônicos

dos tribunais eleitorais.

§ 2º Os formulários de requerimento gerados pelo Sistema

CANDex são:

I. Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP);

II. Requerimento de Registro de Candidatura (RRC); e

III. Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI).

Art. 23. O pedido de registro será subscrito:

I. no caso de partido isolado, pelo presidente do diretório munici-

pal, ou da respectiva comissão diretora provisória, ou por delegado

municipal devidamente registrado no SGIP, ou por representante

autorizado;

Page 44: Manual das Eleições 2016 - PSDB

44

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

II. na hipótese de coligação, pelos presidentes dos partidos políticos

coligados, ou por seus delegados, ou pela maioria dos membros

dos respectivos órgãos executivos de direção, ou por representan-

te, ou delegado da coligação designados na forma do inciso I do

art. 7º (Lei nº 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso II).

Parágrafo único. Os subscritores do pedido de registro deverão informar,

no Sistema CANDex, os números de seu título eleitoral e CPF.

Art. 24. O formulário DRAP deve ser preenchido com as seguintes

informações:

I. nome e sigla do partido político;

II. na hipótese de coligação, o nome desta e as siglas dos partidos polí-

ticos que a compõem;

III. data da(s) convenção(ões);

IV. cargos pleiteados;

V. na hipótese de coligação, nome de seu representante e de seus dele-

gados (Lei nº 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso IV, alínea a);

VI. endereço completo, endereço eletrônico, telefones e telefone de fac-

símile (Lei nº 9.504/1997, art. 96-A);

VII. lista dos nomes, números e cargos pleiteados pelos candidatos;

Art. 25. A via impressa do formulário DRAP deve ser assinada nos termos

do art. 23 e entregue ao Juízo Eleitoral competente, no momento do pe-

dido de registro, com a cópia da ata da convenção, digitada, assinada e

acompanhada da lista de presença dos convencionais com as respectivas

assinaturas (Lei nº 9.504/1997, arts. 8º, caput, e art. 11, § 1°, inciso I).

Parágrafo único. As atas das convenções, acompanhadas das respectivas

listas de presenças, previamente entregues nos termos do § 1º do art. 8º,

comporão, junto ao formulário DRAP, o processo principal.

Art. 26. O formulário RRC conterá as seguintes informações:

Page 45: Manual das Eleições 2016 - PSDB

45REGISTRO DE CANDIDATURAS

I. autorização do candidato (Código Eleitoral, art. 94, § 1º, inciso II;

e Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso II);

II. endereço completo, endereço eletrônico, telefones e telefone de

fac-símile nos quais o candidato poderá eventualmente receber in-

timações, notificações e comunicados da Justiça Eleitoral;

III. dados pessoais: título de eleitor, nome completo, data de nasci-

mento, unidade da Federação e município de nascimento, na-

cionalidade, sexo, cor ou raça, estado civil, ocupação, número

da carteira de identidade com o órgão expedidor e a unidade da

Federação, número de registro no Cadastro de Pessoa Física (CPF),

endereço completo e números de telefone;

IV. dados do candidato: partido político, cargo pleiteado, número do

candidato, nome para constar da urna eletrônica, se é candidato à

reeleição, qual cargo eletivo ocupa e a quais eleições já concorreu.

Parágrafo único. O RRC ou RRCI, assim como a declaração de bens do

candidato de que trata o inciso I do art. 27, pode ser subscrito por procu-

rador constituído por instrumento particular, com poder específico para o

ato (Acórdão no REspe nº 2765-24.2014.6.26.0000).

Art. 27. O formulário de RRC será apresentado com os seguintes

documentos:

I. declaração atual de bens, preenchida no Sistema CANDex e assi-

nada pelo candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso IV);

II. certidões criminais fornecidas (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, in-

ciso VII):

a. pela Justiça Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o

candidato tenha o seu domicílio eleitoral;

b. pela Justiça Estadual de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o

candidato tenha o seu domicílio eleitoral;

c. pelos Tribunais competentes, quando os candidatos gozarem

de foro especial.

Page 46: Manual das Eleições 2016 - PSDB

46

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

III. fotografia recente do candidato, inclusive dos candidatos a vi-

ce-prefeito, obrigatoriamente em formato digital e anexada ao

CANDex, preferencialmente em preto e branco, observado o se-

guinte (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso VIII):

a. dimensões: 161 x 225 pixels (L x A), sem moldura;

b. profundidade de cor: 8bpp em escala de cinza;

c. cor de fundo: uniforme, preferencialmente branca;

d. características: frontal (busto), trajes adequados para fotografia

oficial e sem adornos, especialmente aqueles que tenham cono-

tação de propaganda eleitoral ou que induzam ou dificultem o

reconhecimento pelo eleitor.

IV. comprovante de escolaridade;

V. prova de desincompatibilização, quando for o caso;

VI. propostas defendidas pelos candidatos a prefeito (Lei nº 9.504/1997,

art. 11, § 1º, inciso IX); e

VII. cópia de documento oficial de identificação.

§ 1º Os requisitos legais referentes à filiação partidária, domicílio

e quitação eleitoral e à inexistência de crimes eleitorais serão aferi-

dos com base nas informações constantes dos bancos de dados da

Justiça Eleitoral, sendo dispensada a apresentação de documentos

comprobatórios pelos requerentes (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º,

incisos III, V, VI e VII).

§ 2º A quitação eleitoral de que trata o § 1º abrangerá exclusiva-

mente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exer-

cício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral

para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de

multas aplicadas em caráter definitivo pela Justiça Eleitoral e não

remitidas e a apresentação de contas de campanha eleitoral (Lei nº

9.504/1997, art. 11, § 7º).

Page 47: Manual das Eleições 2016 - PSDB

47REGISTRO DE CANDIDATURAS

§ 3º Para fins de expedição da certidão de quitação eleitoral, serão

considerados quites aqueles que (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 8º,

incisos I e II):

I. condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data de for-

malização do seu pedido de registro de candidatura, comprova-

do o pagamento ou o cumprimento regular do parcelamento

da dívida;

II. pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-

se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo

quando imposta concomitantemente a outros candidatos e em

razão do mesmo fato.

§ 4º A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento da dívida a que

se refere o § 3º, as regras de parcelamento previstas na legislação

tributária federal (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 11).

§ 5º A Justiça Eleitoral disponibilizará aos partidos políticos, na

respectiva circunscrição, até 5 de junho de 2016, a relação de todos

os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das

certidões de quitação eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 9º).

§ 6º Fica facultada aos Tribunais Eleitorais a celebração de convê-

nios para o fornecimento de certidões de que trata o inciso II do

caput.

§ 7º Quando as certidões criminais a que se refere o inciso II do

caput forem positivas, o RRC também deverá ser instruído com

as respectivas certidões de objeto e pé atualizadas de cada um dos

processos indicados.

§ 8º No caso de as certidões a que se refere o inciso II do caput se-

rem positivas em decorrência de homonímia e não se referirem ao

candidato, este poderá apresentar declaração de homonímia a fim

de afastar as ocorrências verificadas (Lei nº 7.115/1983; e Decreto

85.708/1981).

Page 48: Manual das Eleições 2016 - PSDB

48

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

§ 9º As certidões e as propostas de governo deverão ser apresen-

tadas em uma via impressa e em outra digitalizada e anexada ao

CANDex.

§ 10. Se a fotografia de que trata o inciso III do caput não esti-

ver nos moldes exigidos, o Juiz Eleitoral determinará a apresenta-

ção de outra, e, caso não seja suprida a falha, o registro deverá ser

indeferido.

§ 11. A ausência do comprovante de escolaridade a que se refere o

inciso IV do caput poderá ser suprida por declaração de próprio pu-

nho, podendo a exigência de alfabetização do candidato ser com-

provada por outros meios, desde que individual e reservadamente.

§ 12. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade

devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de re-

gistro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas,

supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade (Lei nº

9.504/1997, art. 11, § 10).

§ 13. As ressalvas previstas no § 12 também se aplicam às hipóte-

ses em que seja afastada a ausência de condições de elegibilidade.

Art. 28. Na hipótese de o partido político ou a coligação não requerer

o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo no prazo máximo de

quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pelo

Juízo Eleitoral competente para receber e processar os pedidos de registro,

apresentando o formulário RRCI, na forma prevista no art. 22, com as

informações e documentos previstos nos arts. 26 e 27 (Lei nº 9.504/1997,

art. 11, § 4º).

§ 1º Caso o partido político ou a coligação não tenha apresentado

o formulário DRAP, o respectivo representante da agremiação será

intimado, pelo Juízo Eleitoral competente, para fazê-lo no prazo

de setenta e duas horas.

§ 2º Apresentado o DRAP do respectivo partido ou coligação, nos

termos do § 1º, será formado o processo principal de acordo com

o inciso I do art. 35.

Page 49: Manual das Eleições 2016 - PSDB

49REGISTRO DE CANDIDATURAS

Art. 29. Os formulários e todos os documentos que acompanham o pe-

dido de registro são públicos e podem ser livremente consultados pelos

interessados, que poderão obter cópia de suas peças, respondendo pelos

respectivos custos e pela utilização que derem aos documentos recebidos

(Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 6º).

Art. 30. O candidato será identificado pelo nome escolhido para constar

na urna e pelo número indicado no pedido de registro.

Art. 31. O nome indicado, que será também utilizado na urna eletrônica,

terá no máximo trinta caracteres, incluindo-se o espaço entre os nomes,

podendo ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido

ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido, desde que não se esta-

beleça dúvida quanto a sua identidade, não atente contra o pudor e não

seja ridículo ou irreverente.

§ 1º O candidato que, mesmo depois de intimado, não indicar o

nome que deverá constar da urna eletrônica concorrerá com seu

nome próprio, o qual, no caso de homonímia ou de excesso de ca-

racteres, será adaptado pelo Juiz Eleitoral no julgamento do pedido

de registro.

§ 2º Não será permitido, na composição do nome a ser inserido

na urna eletrônica, o uso de expressão ou de siglas pertencentes a

qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal,

estadual, distrital e municipal.

Art. 32. Verificada a ocorrência de homonímia, o Juiz Eleitoral compe-

tente procederá atendendo ao seguinte (Lei nº 9.504/1997, art. 12, § 1º,

incisos I a V):

I. havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é co-

nhecido pela opção de nome indicada no pedido de registro;

II. ao candidato que, até 15 de agosto de 2016, estiver exercendo

mandato eletivo, ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou

que se tenha candidatado, nesse mesmo prazo, com o nome que

indicou, será deferido o seu uso, ficando outros candidatos impe-

didos de fazer propaganda com esse mesmo nome;

Page 50: Manual das Eleições 2016 - PSDB

50

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

III. Será deferido ao candidato o uso do nome que tiver indicado, des-

de que este o identifique por sua vida política, social ou profis-

sional, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda

com o mesmo nome;

IV. tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas

regras dos incisos II e III, o Juiz Eleitoral deverá notificá-los para

que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respectivos nomes a

serem usados;

V. não havendo acordo no caso do inciso IV, a Justiça Eleitoral re-

gistrará cada candidato com o nome e sobrenome constantes do

pedido de registro.

§ 1º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é

conhecido por determinado nome por ele indicado, quando seu

uso puder confundir o eleitor (Lei nº 9.504/1997, art. 12, § 2º).

§ 2º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de nome coincidente

com nome de candidato à eleição majoritária, salvo para candida-

to que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos

últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concor-

rido em eleição com o nome coincidente (Lei nº 9.504/1997, art.

12, § 3º).

§ 3º Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o

registro da mesma variação nominal, será deferido o do que pri-

meiro o tenha requerido (Súmula nº 4/TSE).

Art. 33. No caso de ser requerido pelo mesmo partido político mais de

um pedido de registro de candidatura para o mesmo cargo, caracterizando

dissidência partidária, o Cartório Eleitoral procederá à inclusão de todos

os pedidos no Sistema de Candidaturas, certificando a ocorrência em cada

um dos pedidos.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, serão observadas as se-

guintes regras:

Page 51: Manual das Eleições 2016 - PSDB

51REGISTRO DE CANDIDATURAS

I. serão inseridos, na urna eletrônica, apenas os dados do candidato

vinculado ao DRAP que tenha sido julgado regular;

II. Não havendo decisão até o fechamento do Sistema de Candidaturas

e na hipótese de haver coincidência de números de candidatos,

competirá ao Juiz Eleitoral decidir, de imediato, qual dos candi-

datos com o mesmo número terá seus dados inseridos na urna

eletrônica.

(...)”

Importante

O registro deve ser feito, obrigatoriamente, utilizando-se o modulo externo do sistema de candidaturas denominado CANDex, disponível nos sitios do TSE (www.tse.jus.br) e do TRE (www.tre-mg.jus.br) ou no Cartório Eleitoral, bastando para tal fornecer a mídia (CD) para gravação;

O pedido de registro poderá ser requerido até às 19 horas do dia 15 de agosto de 2016, pelo Partido ou pela Coligação (art.11, da Lei 9.504/97) e, em caso de desídia, pelo próprio candidato, até 48 horas após a publicação do edital coletivo. (§4º, do art. 11, da Lei 9.504/97);

Após a realização da convenção, o registro poderá ser requerido, de-vendo ser digitalizadas no CANDex a fotografia, as certidões apre-sentadas e a proposta de governo, esta última apenas para o candi-dato ao cargo de Prefeito;

As substituições de candidatos por coligação ou partido, para os car-gos majoritários ou proporcionais, só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetiva-da após esse prazo;

A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requeri-do até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição – (§1º do art. 13

da Lei 9.504/97);

Page 52: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 53: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Prestação de Contas

Legislação aplicável:

Lei nº 9.504/1997

Res.-TSE nº 23.463/2015

Instrução Normativa Conjunta-

RFB/TSE nº 1.019/2010

Instrução Normativa-RFB nº 1.634,

de 9 de maio de 2016

Comunicado-Bacen nº 29.108/2016

Page 54: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 55: Manual das Eleições 2016 - PSDB

55PRESTAÇÃO DE CONTAS

Introdução

O que é preciso fazer antes de iniciar a campanha eleitoral?

Só é possível arrecadar recursos ou efetivar gastos eleitorais após:

9 Solicitação de registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral, em

caso de candidato;

9 Obtenção do número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa

Jurídica (CNPJ);

9 Abertura de conta bancária específica para a campanha;

9 Emissão de recibos eleitorais.

Como se obtém um CNPJ de campanha?

A Justiça Eleitoral repassa as informações constantes dos registros dos

candidatos à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), que gera au-

tomaticamente o CNPJ e divulga o número em sua página na Internet:

http://www.receita.fazenda.gov.br.

Se após 48 horas do pedido de registro de candidatura a Secretaria da

Receita Federal do Brasil não conceder o CNPJ, o candidato deve verificar

na página de Internet da Justiça Eleitoral o motivo que inviabilizou a con-

cessão e regularizar a pendência.

Importante!

Os órgãos partidários devem utilizar o CNPJ já existente.

Conta bancária

Quem está obrigado a abrir a conta bancária?

Todos os candidatos e partidos políticos, mesmo que não ocorra arrecada-

ção ou movimentação de recursos financeiros.

Page 56: Manual das Eleições 2016 - PSDB

56

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Importante!

As doações realizadas por pessoas físicas ou outros partidos políticos

que sejam destinadas para campanhas eleitorais devem ser credita-

das na conta Doações para Campanha, que deverá ser aberta pelo

partido previamente ao recebimento da receita.

Quem não é obrigado a abrir a conta bancária de campanha?

Candidatos a vice-prefeito, a quem será facultada a abertura de conta

bancária. A obrigatoriedade de abertura da conta não se aplica às can-

didaturas em municípios onde não haja agência bancária ou posto de

atendimento bancário.

Qual o prazo fixado para abertura da conta bancária?

9 Para candidatos: até dez dias após a data da concessão do CNPJ,

a qual consta no comprovante de inscrição emitido pela Receita

Federal do Brasil, no campo Data de abertura.

9 Para partidos políticos: até 15 de agosto de 2016, com a utilização

do CNPJ já existente.

E se a conta bancária não for aberta no prazo fixado pela norma?

Os bancos aceitarão a abertura tardia das contas, mas isso poderá gerar de-

saprovação da prestação de contas caso o juiz entenda que não foi possível

comprovar a movimentação financeira havida ou sua ausência em razão

da intempestividade da abertura.

Onde abrir a conta bancária?

Preferencialmente em bancos oficiais (Caixa Econômica Federal ou

Banco do Brasil). Caso não exista agencias bancárias de bancos oficiais

em seu município, a conta de campanha poderá ser aberta em outra

instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco

Central do Brasil.

Page 57: Manual das Eleições 2016 - PSDB

57PRESTAÇÃO DE CONTAS

Quais os documentos necessários para abrir a conta bancária?

Para candidatos:

9 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, obtido na pá-

gina de Internet dos tribunais eleitorais, disponível em

http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-suplementares/

requerimento-de-abertura-da-conta-bancaria-eleitoral

9 Comprovante de inscrição no CNPJ para as eleições, disponível na

página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.

receita.fazenda.gov.br).

Para partidos políticos:

9 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, obtido na pá-

gina de Internet do Tribunal Superior Eleitoral, disponível

em http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-suplementares/

requerimento-de-abertura-da-conta-bancaria-eleitoral

9 Comprovante de inscrição no CNPJ, disponível na página da

Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br).

9 Certidão de Composição Partidária, que pode ser obtida na pági-

na de Internet do TSE, disponível em http://www.tre-mg.jus.br/

partidos/partidos-politicos/orgao-partidario

Em ambos os casos (candidatos ou partidos políticos), o nome dos responsá-

veis pela movimentação da conta bancária deverá ter o endereço atualizado.

Importante!

O prazo legal para que os bancos abram as contas de campanha

eleitoral é de até três dias, contados a partir da data do pedido de

abertura. As instituições bancárias não podem se negar a abrir a

conta de campanha ou condicionar a abertura à efetivação de de-

pósitos, de qualquer quantia. Também é vedado cobrar taxas e/ou

outras despesas de manutenção.

Page 58: Manual das Eleições 2016 - PSDB

58

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Como os candidatos e os partidos farão a movimentação de re-

cursos do Fundo Partidário aplicados nas campanhas eleitorais?

Candidatos: Para utilizarem recursos do Fundo Partidário na campa-

nha, os candidatos devem abrir conta bancária específica e exclusiva para

movimentá-los.

Partidos políticos: Os partidos políticos que aplicarem recursos do Fundo

Partidário na campanha eleitoral devem fazer a movimentação financei-

ra diretamente na própria conta bancária existente, especialmente aberta

para esse tipo de recurso.

Importante!

Se a abertura da conta bancária para movimentar recursos do Fun-

do Partidário ocorrer na mesma agência onde foi aberta a conta

bancária de campanha, a reapresentação dos documentos pode ser

dispensada, a critério do banco.

É proibida a transferência de recursos da conta do Fundo Partidário

para a conta Doações para Campanha e vice-versa.

Qualquer depósito/crédito efetuado na conta de campanha deve

identificar o doador pelo nome ou razão social e pelo respectivo nú-

mero de inscrição no CPF ou no CNPJ, no caso de partidos políticos

e candidatos.

A movimentação de recursos financeiros fora da conta bancária es-

pecífica de campanha implica a desaprovação das contas eleitorais.

Como deverá ser feito o encerramento das contas bancárias

abertas para movimentação dos recursos de campanha?

Candidato: A conta bancária deve ser encerrada pelos candidatos após a

quitação de todos os débitos da campanha eleitoral, com a transferência

das sobras de campanha para a conta específica – que varia conforme a

Page 59: Manual das Eleições 2016 - PSDB

59PRESTAÇÃO DE CONTAS

origem dos recursos – do diretório municipal do partido na cidade onde

ocorreu a eleição.

Partidos políticos: A conta bancária de campanha dos partidos políticos

tem caráter permanente e não deve ser encerrada.

Importante!

Inexistindo conta bancária do órgão municipal do partido, a transfe-

rência das sobras de campanha deverá ser feita para a conta bancária

do órgão nacional, que varia de acordo com a natureza dos recursos.

Recibo eleitoral

Quando é obrigatório a emissão do recibo eleitoral?

Os recibos eleitorais deverão ser emitidos para toda arrecadação de recur-

sos de campanha eleitoral (financeiros ou estimáveis em dinheiro), inclu-

sive os recursos próprios e aqueles arrecadados por meio da Internet.

Importante!

A emissão de recibos eleitorais se dará em ordem cronológica e de

forma concomitante à arrecadação de recursos.

Os recibos eleitorais devem ser emitidos tanto para arrecadação de

recursos financeiros (dinheiro, cheques, cartões de crédito ou de débi-

to, transferências bancárias, etc.) como para recursos estimáveis em

dinheiro (bens ou serviços).

A emissão de recibos eleitorais é obrigatória, ainda que os recursos

sejam do próprio candidato.

As arrecadações de campanha realizadas pelo vice-prefeito devem

utilizar os recibos eleitorais do titular.

Page 60: Manual das Eleições 2016 - PSDB

60

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Para quais arrecadações é dispensada a emissão do recibo eleitoral?

Cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$4.000,00 por cedente, e doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e partidos, decorrentes

do uso comum de sedes e de materiais de propaganda eleitoral.

Importante!

Considera-se uso comum de:

Sede: o compartilhamento do mesmo espaço físico para atividades de campanha eleitoral, compreendidas a doação estimável referente à locação e a manutenção do espaço físico;

Materiais de propaganda eleitoral: a produção conjunta de mate-riais publicitários impressos.

Como serão impressos os recibos eleitorais?

Os candidatos e os partidos políticos deverão imprimir os recibos eleitorais

diretamente no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE 2016).

Recursos de campanha

O que são recursos de campanha?

São todos os bens, valores e serviços aplicados em campanha por partidos políticos e candidatos.

O que são recursos financeiros de campanha?

São as arrecadações em dinheiro, cheques, transferências eletrônicas, bo-letos de cobrança, cartões de débito e de crédito, que servem para efetivar os gastos de campanha.

Quais os documentos necessários à comprovação dos recursos

financeiros?

Os recursos financeiros são comprovados por meio dos canhotos dos reci-

bos eleitorais emitidos e dos extratos bancários.

Page 61: Manual das Eleições 2016 - PSDB

61PRESTAÇÃO DE CONTAS

Importante!

Todos os recursos financeiros têm que, obrigatoriamente, transitar pela

conta bancária de campanha, sob pena de desaprovação das contas.

O que são recursos estimáveis em dinheiro?

São os bens e serviços doados ou cedidos para as campanhas eleitorais (veí-

culos cedidos para uso na campanha; imóveis cedidos para abrigar comi-

tês de campanha; serviços de contabilidade ou de advocacia, doados pelos

contabilistas/advogados; entre outros). Não se traduzem em dinheiro, mas

possuem valor econômico, o qual deve ser estipulado com base nos valores

de mercado, para fins de contabilização na prestação de contas.

Importante!

A descrição das receitas estimáveis em dinheiro deve conter o serviço prestado e a avaliação realizada em conformidade com os preços habitualmente praticados pelos prestadores ou adequados aos prati-cados no mercado, com indicação da fonte de avaliação.

Os bens e os serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físi-cas devem ser aqueles frutos do seu próprio serviço ou de suas ativi-dades econômicas. No caso dos bens permanentes, eles devem fazer parte do patrimônio do doador. Assim, os profissionais somente po-dem doar os seus próprios serviços.

No que tange aos bens próprios dos candidatos, eles devem integrar o seu patrimônio antes dos registros de candidatura para poderem ser doados como bens estimáveis em dinheiro.

Partidos políticos e candidatos podem doar entre si bens próprios ou serviços estimáveis em dinheiro, ou ceder seu uso, ainda que não constituam produtos de seus próprios serviços ou de suas atividades.

Exceção: os bens ou serviços que se destinam à manutenção da es-trutura do partido durante a campanha eleitoral devem ser devi-damente contratados pela agremiação partidária e registrados nas

suas contas de campanha eleitoral como gastos realizados.

Page 62: Manual das Eleições 2016 - PSDB

62

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Quais os documentos necessários à comprovação dos recursos

estimáveis em dinheiro?

Devem ser comprovados pelos recibos eleitorais emitidos, além de:

9 Documento fiscal ou, quando dispensado, comprovante emitido em nome do doador ou instrumento de doação, quando se tratar de doação de bens de propriedade do doador pessoa física em favor do candidato ou partido político.

9 Instrumento de cessão e comprovante de propriedade do bem ce-dido pelo doador, quando se tratar de bens cedidos temporaria-mente ao candidato ou ao partido político.

9 Instrumento de prestação de serviços, quando se tratar de produto ou atividades econômicas prestadas por pessoa física em favor de

candidato ou partido.

Quais recursos podem ser destinados às campanhas eleitorais?

9 Recursos próprios dos candidatos.

9 Doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas.

9 Doações de outros partidos políticos e de outros candidatos.

9 Recursos próprios dos partidos políticos.

9 Receitas decorrentes da comercialização de bens/serviços e/ou da promoção de eventos de arrecadação realizados pelo candidato ou pelo partido político.

9 Recursos decorrentes da aplicação financeira dos recursos de

campanha

Importante!

Os recursos próprios dos partidos políticos devem ter sua ori-

gem identificada e serem provenientes:

• do Fundo Partidário;

• de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos;

Page 63: Manual das Eleições 2016 - PSDB

63PRESTAÇÃO DE CONTAS

• de contribuições de filiados;

• da comercialização de bens/serviços ou da promoção de eventos de arrecadação.

Quais são os limites para as doações?

9 Para pessoas físicas: recursos financeiros: até 10% dos rendimen-tos brutos recebidos no ano de 2015;

9 Para candidatos: aplicação de recursos próprios em sua campanha: até o limite de gasto estabelecido pelo TSE.

Exceção ao limite de doações: recursos estimáveis (bens móveis e imó-veis de propriedade do doador) de até R$80.000,00.

Quais são as exceções às regras dos limites de doações para a campanha?

As doações de recursos captados para campanha eleitoral entre partidos políticos, entre partido político e candidato e entre candidatos não se sub-metem aos limites legalmente fixados para pessoas físicas.

EXCEÇÃO: As doações realizadas com recursos próprios por candidatos para outro candidato ou partido estão sujeitas ao limite de 10% dos rendi-mentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

Importante!

A doação acima dos limites legais sujeita o infrator ao pagamento de multa de cinco a dez vezes a quantia em excesso, sem prejuízo de o candidato responder por abuso de poder econômico.

O que é necessário para que candidatos e partidos políticos ar-recadem recursos pela Internet?

9 Tornar disponível mecanismo em página eletrônica, observando-se os seguintes requisitos;

9 Identificação do doador pelo nome e pelo CPF;

9 Emissão do recibo eleitoral para cada doação realizada, dispensada

a assinatura do doador;

Page 64: Manual das Eleições 2016 - PSDB

64

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

9 Utilização do terminal de captura de transações para as doações por meio de cartões de crédito ou de débito.

Importante!

As doações por meio de cartão de crédito ou cartão de débito somen-te serão admitidas quando realizadas pelo titular do cartão.

De quem os candidatos e partidos políticos estão proibidos de receber doações para campanhas eleitorais?

Candidatos e partidos políticos não podem receber doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedentes de:

9 pessoas jurídicas;

9 origem estrangeira;

9 pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de conces-são ou permissão pública.

Importante!

Se partidos políticos ou candidatos identificarem recursos oriundos de fonte vedada devem devolvê-los imediatamente ao doador. É ve-dada a utilização ou aplicação financeira desses recursos.

O comprovante da devolução pode ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas.

Novo!

Nas eleições de 2016 não será permitido aos candidatos e partidos

receberem doações de pessoas jurídicas.

Até quando é permitido arrecadar recursos?

Até a data da eleição: 2 de outubro de 2016.

Page 65: Manual das Eleições 2016 - PSDB

65PRESTAÇÃO DE CONTAS

Os candidatos que concorrerem ao 2º turno de votação e seus respectivos

partidos políticos podem arrecadar recursos até o dia 30 de outubro de 2016.

Importante!

É permitida a arrecadação de recursos após os prazos acima, exclu-sivamente no caso de pagamento de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais devem estar totalmente quitadas

até a data de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral.

As dívidas não quitadas podem ser assumidas pelo partido político:

• por decisão de seu órgão nacional de direção partidária;

• desde que haja anuência expressa dos credores em acordo expressamente formalizado;

• desde que seja apresentado cronograma de pagamento, cuja quitação não pode ultrapassar o prazo fixado para presta-ção de contas da eleição subsequente para o mesmo cargo;

• se for indicada a fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito assumido;

• se forem comprovadas por documento fiscal hábil e idôneo ou por outro meio de prova permitido, emitido na data da realização da despesa.

Gastos Eleitorais

Quais despesas são consideradas gastos eleitorais?

9 Confecção de material impresso de qualquer natureza, observado

o tamanho fixado no § 2º do art. 37 e nos §§ 3º e 4º do art. 38 da

Lei nº 9.504/1997.

9 Propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação.

9 Aluguel de locais para promoção de atos de campanha eleitoral.

Page 66: Manual das Eleições 2016 - PSDB

66

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

9 Despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pes-soal a serviço das candidaturas.

9 Correspondências e despesas postais.

9 Despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês e serviços necessários às eleições.

9 Remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a quem preste serviços a candidatos e a partidos políticos.

9 Montagem e operação de carros de som, de propaganda e de assemelhados.

9 Realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura.

9 Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita.

9 Realização de pesquisa ou testes pré-eleitorais.

9 Custos com criação e inclusão de páginas na Internet.

9 Multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políti-cos por infração do disposto na legislação eleitoral.

9 Doações para outros partidos políticos ou outros candidatos.

9 Produção de jingles, vinhetas e slogans para a propaganda eleitoral

Importante!

As multas aplicadas por propaganda antecipada devem ser custea-das pelos responsáveis, não podendo ser computadas como despesas de campanha, mesmo se forem aplicadas a quem venha a se tornar candidato.

Os limites de gastos para os cargos de prefeito e vereador foram esta-belecidos pela Resolução-TSE nº 23.459/2015, e os valores atualiza-dos serão disponibilizados até o dia 20 de julho de 2016, na página do TSE (www.tse. jus.br).

No limite de gastos fixado para o cargo de prefeito está incluído o do

candidato ao cargo de vice-prefeito.

Page 67: Manual das Eleições 2016 - PSDB

67PRESTAÇÃO DE CONTAS

Novo!

Gastar recursos além do limite estabelecido sujeita os responsáveis

ao pagamento de multa no valor equivalente a 100% da quantia

que exceder esse valor, podendo os responsáveis responder ainda por

abuso de poder econômico, na forma do art. 22 da Lei Complemen-

tar nº 64/1990.

Os repasses financeiros realizados pelo partido político à conta ban-

cária do seu candidato não serão computados para aferição do li-

mite de gastos de campanha. No entanto, no caso inverso – valores

transferidos pelo candidato para a conta bancária do seu partido –,

os repasses serão computados, no montante que exceder as despesas

realizadas pelo partido em prol de sua candidatura.

Serviços prestados por advogados e profissionais de contabilidade

não são considerados gastos de campanha se estiverem relacionados

com o processo judicial da prestação de contas. Já as contratações

dos serviços de consultoria jurídica e de contabilidade relativos a ati-

vidade-meio da campanha são considerados gastos de campanha.

Como devem ser pagos os gastos eleitorais realizados?

Por meio de cheques nominais ou de transferências bancárias. Apenas as

despesas de pequeno valor, ou seja, aquelas que não ultrapassem o limite

de R$300,00, podem ser pagas com fundo de caixa.

O que é fundo de caixa?

É uma reserva individual em dinheiro que candidatos e partidos políticos

podem constituir para pagamento das despesas de pequeno valor.

Novo!

O limite para pagamento de despesas individuais em espécie

passa a ser de R$300,00.

Page 68: Manual das Eleições 2016 - PSDB

68

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Fundo de caixa:

Partidos: não deve ser superior a 2% do total dos gastos contrata-

dos ou a R$5.000,00 (ao menor valor);

Candidatos: não deve ser superior a 2% do total do limite de gastos

estipulado para sua candidatura ou a R$2.000,00 (ao menor valor).

Importante!

Os recursos que constituírem o fundo de caixa devem transitar previa-mente pela conta bancária de campanha e podem ser recompostos mensalmente para complementação do seu limite, conforme os recur-sos gastos no mês anterior.

Candidatos ao cargo de vice-prefeito não podem constituir fundo de caixa.

Podem ser realizados gastos com a preparação da campanha, de instalação física de comitês para campanha de candidatos e

partidos políticos ou de página de Internet?

Sim, a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da rea-lização da respectiva convenção partidária. Contudo, podem apenas ser contratados; o respectivo pagamento só pode ocorrer depois da obtenção do CNPJ, da abertura de conta de campanha eleitoral e da emissão dos recibos eleitorais.

Novo!

A contratação de pessoal para realizar atividades de militância e

mobilização de rua durante a campanha eleitoral observará limites

quantitativos por candidatura e por município, os quais serão divul-

gados na página da Internet do Tribunal Superior Eleitoral (www.

tse.jus.br).

A contratação de pessoal pelos diretórios municipais dos partidos po-

líticos está vinculada aos limites impostos aos seus candidatos.

Page 69: Manual das Eleições 2016 - PSDB

69PRESTAÇÃO DE CONTAS

Não são computados para aferição dos limites de contratação de

pessoal: militância não remunerada; pessoal contratado para apoio

administrativo e operacional; fiscais e delegados credenciados para

trabalhar nas eleições; e advogados dos candidatos ou dos partidos

e das coligações.

Limite de gastos com alimentação de pessoal: 10% do total das des-

pesas de campanha contratadas.

Limite de gastos com aluguel de veículos: 20% do total das despesas

de campanha contratadas.

O eleitor pode realizar gastos pessoais em favor de candidatos?

Sim, desde que:

9 não ultrapassem o valor de R$1.064,10;

9 a emissão da nota fiscal seja realizada em seu nome;

9 e os bens e serviços adquiridos ou prestados não sejam entregues

aos candidatos.

Nessas hipóteses, não estão sujeitos a registro na prestação de contas, des-

de que não sejam reembolsados.

Quais os documentos necessários à comprovação dos gastos?

Os gastos são comprovados por meio de documentos fiscais ou recibos, no

caso destes últimos, apenas nas hipóteses permitidas pela legislação fiscal.

Os documentos fiscais comprobatórios dos gastos com Fundo Partidário e

daqueles já contraídos e não pagos até a data da eleição devem compor a

prestação de contas a ser entregue à Justiça Eleitoral.

Importante!

Toda documentação fiscal relacionada aos gastos eleitorais deve

ser emitida em nome dos candidatos e partidos políticos e conter

Page 70: Manual das Eleições 2016 - PSDB

70

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

a descrição detalhada, a data de emissão, o valor do gasto e a

identificação do emitente, do destinatário ou dos contraentes pelo

nome ou razão social, pelo CPF ou CNPJ e pelo endereço.

Todo material impresso de campanha deverá conter o número do

CNPJ ou CPF do responsável pela confecção, bem como os dados de

quem o contratou, além da respectiva tiragem.

A comprovação das despesas com passagens aéreas deve ser reali-

zada através da apresentação de fatura ou duplicata emitida por

agência de viagem, se for o caso, detalhando os beneficiários, as

datas e os itinerários.

Novo!

A Justiça Eleitoral poderá exigir a apresentação de documentos com-

probatórios da origem e disponibilidade dos recursos financeiros pró-

prios aplicados na campanha eleitoral. Os documentos apresentados

devem demonstrar a licitude dos recursos próprios.

Até quando se podem realizar gastos eleitorais?

As despesas podem ser realizadas até a data da eleição. Os gastos se efe-

tivam na data da sua contratação, independentemente da realização do

pagamento.

Novo!

O juiz ou os tribunais eleitorais podem, a qualquer tempo, median-

te provocação ou de ofício, determinar diligências, com objetivo de

verificar a regularidade e a efetiva realização dos gastos informados

pelos partidos políticos ou candidatos.

Page 71: Manual das Eleições 2016 - PSDB

71PRESTAÇÃO DE CONTAS

Prestação de Contas

Quem deve prestar contas à Justiça Eleitoral?

Os candidatos e os diretórios partidários, nacionais, estaduais, distritais e

municipais.

Importante!

As contas dos candidatos titulares abrangerão as dos seus vices.

Novo!

Os partidos políticos, as coligações e os candidatos devem informar

à Justiça Eleitoral, através do SPCE, todos os recursos em dinheiro

recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, no prazo

de até 72 horas a partir da data do crédito da doação na conta

bancária. O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizará, na página da

Internet, em até 48 horas, o relatório financeiro contendo os créditos

informados, podendo divulgar também os gastos realizados.

Os partidos políticos, as coligações e os candidatos devem encami-

nhar, pela Internet, por meio do SPCE, a prestação de contas parcial

durante o período de 9 a 13 de setembro de 2016 contendo toda

movimentação financeira realizada desde o início de campanha até

o dia 8 de setembro de 2016. Os respectivos dados serão divulgados

pelo Tribunal Superior Eleitoral até o dia 15 de setembro.

Importante!

Os candidatos que renunciarem à candidatura e dela desistirem, fo-

rem substituídos ou tiverem os seus registros indeferidos pela Justiça

Eleitoral devem prestar contas correspondentes ao período em que

participaram do processo eleitoral, mesmo que não tenham realiza-

do campanha.

Page 72: Manual das Eleições 2016 - PSDB

72

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Se o candidato falecer, deve seu administrador financeiro prestar as contas ou, na ausência dele, deve fazê-lo a respectiva direção partidária.

Como elaborar as prestações de contas?

Todas as prestações de contas, parciais e finais, devem ser elaboradas por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE 2016), disponibi-lizado na página de Internet do TSE.

Qual o prazo para prestar contas à Justiça Eleitoral?

9 Prestação de contas parcial: 9 a 13.9.2016.

9 Prestações de contas finais:

• 1º.11.2016 – todos os candidatos que não concorrerem ao 2º turno e os partidos políticos em todas as esferas;

• 19.11.2016 – candidatos que disputarem o 2° turno e respec-tivos partidos políticos, em todas as esferas, ainda que coliga-dos, bem como os demais partidos que realizarem doações ou gastos em benefício dessas candidaturas.

Importante!

As prestações de contas (parcial e final) serão enviadas à Justiça Elei-toral pela Internet.

A apresentação intempestiva da prestação de contas parcial ou seu envio com registros que não correspondam à efetiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, que será apurada no julgamento da prestação de contas final.

Candidatos e partidos que disputarem o 2º turno devem informar à Justiça Eleitoral, até 1º.11.2016, as doações e os gastos realizados que beneficiaram candidatos eleitos no 1º turno. As informações de-

vem ser inseridas através de formulário próprio disponível no SPCE

2016 e enviadas pela Internet.

Page 73: Manual das Eleições 2016 - PSDB

73PRESTAÇÃO DE CONTAS

Os candidatos e partidos políticos que não entregarem a prestação

de contas final no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral serão noti-

ficados para prestá-las em até 72 horas, sob pena de tê-las julgadas

como não prestadas.

Caso o titular não preste contas no prazo legal, o vice-prefeito, mes-

mo que substituído, poderá apresentar as contas isoladamente, no

prazo de 72 horas da notificação encaminhada pela Justiça Eleitoral.

Enquanto permanecerem omissos ante o dever legal de prestar con-

tas, os candidatos eleitos não serão diplomados.

As prestações de contas finais podem ser impugnadas por qualquer

partido político, candidato, coligação, Ministério Público ou qual-

quer outro interessado, no prazo de três dias, contados da publica-

ção de edital pela Justiça Eleitoral. A impugnação deve ser formulada

em petição fundamentada, relatando fatos e indicando provas, indí-

cios e circunstâncias.

Como encaminhar a prestação de contas final à Justiça Eleitoral?

9 1º passo: gerar a prestação de contas no SPCE 2016 e encaminhá-la

eletronicamente, via Internet, para a Justiça Eleitoral, utilizando o

mesmo sistema.

9 2º passo: imprimir e assinar o Extrato da Prestação de Contas, que

será emitido pelo referido sistema.

9 3º passo: protocolizar, no tribunal eleitoral ou no cartório eleitoral

competente, o Extrato da Prestação de Contas, juntamente com os

seguintes documentos:

• Extratos da conta bancária aberta em nome dos candidatos e partidos políticos, inclusive da conta aberta para movimenta-ção de recursos do Fundo Partidário, quando for o caso, de-monstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua forma definitiva, e contemplando todo o período de

Page 74: Manual das Eleições 2016 - PSDB

74

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

campanha, vedada a apresentação de extratos sem validade legal, adulterados, parciais, ou que omitam qualquer movi-mentação financeira;

• Comprovantes de recolhimento (depósitos/transferências) à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha;

• Documentos fiscais que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário;

• Declaração firmada pela direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha constituídas por bens e/ou materiais permanentes, quando houver;

• Autorização do diretório nacional do partido, na hipótese de assunção de dívida de campanha pelo partido;

• Instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas;

• Comprovantes bancários de devolução dos recursos recebidos de fonte vedada ou guia de recolhimento do Tesouro Nacional de recursos de origem não identificada;

• Notas explicativas, com as justificações pertinentes.

Importante!

O recibo de entrega só será gerado pela Justiça Eleitoral após a cer-tificação de que o número de controle do Extrato da Prestação de Contas é idêntico àquele constante na sua base de dados.

Devem assinar a prestação de contas:

• O candidato titular e o vice, se houver;

• O administrador financeiro, se constituído;

• O presidente e o tesoureiro do partido político; e

• O profissional de contabilidade.

É obrigatória a constituição de advogado para a prestação de contas.

Page 75: Manual das Eleições 2016 - PSDB

75PRESTAÇÃO DE CONTAS

Ausente o número de controle no Extrato da Prestação de Contas ou sendo divergente daquele constante da base de dados da Justiça Eleitoral, o SPCE 2016 emitirá aviso com a informação de impossibi-lidade técnica de recep ção, sendo necessária a reapresentação, sob pena de serem as contas julgadas como não prestadas.

Ainda que não tenha havido movimentação de recursos de campa-nha, é obrigatório prestar contas. A comprovação de ausência de movimentação financeira é feita mediante a apresentação dos extra-tos bancários zerados ou da declaração devidamente assinada pelo gerente da instituição financeira.

As sobras financeiras originadas do Fundo Partidário devem ser depositadas na respectiva conta bancária do partido destinada à movimentação de recursos dessa natureza. As sobras financeiras de outros recursos devem ser depositadas na conta bancária do partido

destinada à movimentação de “Outros Recursos”.

A Justiça Eleitoral pode requisitar outros documentos e infor-

mações adicionais?

Sim, sempre que houver indício de irregularidades ou for necessária a apresentação de informações complementares, a Justiça Eleitoral pode de-terminar que o prestador de contas manifeste-se, em até 72 horas, para apresentação de justificativas e/ou documentos, conforme o caso.

Também para subsidiar o exame das contas, poderá ser requerida a apre-sentação dos documentos fiscais que comprovem a regularidade das des-pesas realizadas ou outros elementos que comprovem a movimentação realizada na campanha, inclusive a oriunda de bens ou serviços estimáveis em dinheiro.

Importante

As intimações relativas aos processos de prestação de contas devem

ser realizadas ao advogado constituído pelo candidato e pelo parti-

do político.

Page 76: Manual das Eleições 2016 - PSDB

76

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Não havendo advogado regularmente constituído nos autos, o can-didato e/ou partido político devem ser notificados pessoalmente para que constituam defensor no prazo de três dias.

Na prestação de contas do candidato eleito e de seu respectivo par-tido político, a intimação deve ser realizada, preferencialmente, por edital eletrônico, podendo também ser feita por fac-símile.

Na prestação de contas do candidato não eleito, a intimação deve ser feita através do órgão oficial de imprensa do município. Não ha-vendo publicação em órgão oficial, o advogado será intimado pes-soalmente, caso tenha domicílio na sede do juízo, ou por carta regis-trada com aviso de recebimento, caso não tenha.

As prestações de contas podem ser retificadas?

Sim, mas apenas nas hipóteses de:

9 Cumprimento de diligências que implicar em alteração das peças apresentadas inicialmente;

9 Realização voluntária, caso se trate de erro material detectado an-tes do parecer técnico;

9 Impugnação, irregularidade detectada durante a análise ou mani-festação do Ministério Público Eleitoral desfavorável à aprovação das contas, quando se tratar de prestação de contas simplificada, em que, não sendo possível ao juiz decidir sobre a regularidade das contas, ele converterá o feito para o rito ordinário e determinará a intimação do prestador de contas para que apresente a retificadora

juntamente com as informações e os documentos obrigatórios.

Importante!

A prestação de contas retificadora deve ser encaminhada via Inter-net, através do SPCE, devendo o extrato da prestação de contas ser protocolizado no tribunal eleitoral ou nos cartórios eleitorais com-petentes, com as justificativas e os documentos que comprovem a alteração realizada, caso necessário.

Page 77: Manual das Eleições 2016 - PSDB

77PRESTAÇÃO DE CONTAS

Findo o prazo para apresentação da prestação de contas final, não é admitido retificar a prestação de contas parcial, devendo as alte-rações serem realizadas na prestação de contas final com a devida nota explicativa.

Novo!

Prestação de contas simplificada:

Candidatos ao cargo de prefeito e vereador, em municípios com me-nos de 50 mil eleitores, devem elaborar prestação de contas simplifi-cada utilizando o SPCE 2016.

Quais informações e documentos que devem compor a presta-ção de contas simplificada?

• A prestação de contas simplificada será composta pelas infor-mações prestadas no SPCE 2016 e pelos seguintes documentos:

• Extratos bancários;

• Comprovantes de recolhimento à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha;

• Declaração do partido comprovando o recebimento das so-bras de bens e/ ou materiais permanentes, quando houver; e

instrumento de mandato para constituição de advogado.

Importante!

Havendo utilização de recursos oriundos do Fundo Partidário, deve-rão ser encaminhados à Justiça Eleitoral os respectivos documentos fiscais dos gastos realizados.

A prestação de contas de candidatos com movimentação financeira até R$20.000,00 será analisada pelo sistema simplificado.

A análise técnica simplificada das contas será realizada através do sistema informatizado e tem por objetivo verificar as seguintes in-consistências:

• recebimento direto ou indireto de fontes vedadas;

Page 78: Manual das Eleições 2016 - PSDB

78

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

• recebimento de recursos de origem não identificada;

• extrapolação do limite de gastos;

• omissão de receitas e gastos eleitorais e não identificação de

doadores originários;

• não identificação de doadores originários, nas doações recebi-

das de outros prestadores de contas.

Em caso de inexistência de impugnação, não identificação – na aná-

lise técnica – de nenhuma das irregularidades mencionadas acima,

e havendo parecer favorável do Ministério Público, as contas serão

julgadas sem a realização de diligência.

Julgamento de Contas

Quais as hipóteses de julgamento das contas?

9 Pela aprovação, quando estiverem regulares.

9 Pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não

comprometam a sua regularidade.

9 Pela desaprovação, quando constatadas falhas que comprometam

a sua regularidade.

9 Pela não prestação, quando:

• Após serem intimados, partidos e candidatos permanecerem

omissos, ou as suas justificativas não forem aceitas;

• Não forem apresentadas as informações e os documen-tos obrigatórios de que trata o art. 48 da Resolução-TSE nº 23.463/2015;

• Não forem atendidas as diligências visando suprir a ausên-cia de documento que impeça a análise da movimentação financeira.

Page 79: Manual das Eleições 2016 - PSDB

79PRESTAÇÃO DE CONTAS

Novo!

Na hipótese de infração às normas legais, os dirigentes partidários

poderão ser responsabilizados pessoalmente, em processos específi-

cos a serem instaurados nos foros competentes.

Importante!

A ausência parcial dos documentos e informações de que trata o art. 48 da Resolução-TSE nº 23.463/2015 ou o não atendimento das di-ligências realizadas não enseja o julgamento da prestação de contas como não prestadas, caso os autos tenham elementos mínimos que permitam a análise das contas.

A decisão que julgar as contas do candidato ao cargo de prefeito

abrangerá as do vice-prefeito.

Qual a conseqüência da decisão que julgar as contas como não prestadas?

Ao candidato: implicará o impedimento à obtenção da certidão de qui-tação eleitoral até o final da legislatura, perdurando esse efeito até que as contas sejam apresentadas.

Ao partido político: acarretará a perda do direito ao recebimento de re-cursos do Fundo Partidário enquanto perdurar a inadimplência.

Qual a sanção aplicada aos candidatos que tiverem as contas de campanha desaprovadas?

A Justiça Eleitoral encaminhará cópia do processo ao Ministério Público

Eleitoral para apuração de eventuais crimes de abuso do poder econômico.

Qual a sanção aplicada aos partidos políticos que tiverem as contas de campanha desaprovadas?

Os partidos perderão o direito ao recebimento de quotas do Fundo Partidário no ano seguinte ao trânsito em julgado da decisão, de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 a 12 meses, ou será aplicada

Page 80: Manual das Eleições 2016 - PSDB

80

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

a sanção por meio do desconto no valor a ser repassado da importância julgada como irregular.

Cabem recursos das decisões dos juízes eleitorais sobre as contas

de campanha eleitoral 2016?

Das decisões dos juízes eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional

Eleitoral, no prazo de três dias, contados da publicação da decisão no

Diário da Justiça Eletrônico (DJE). Do acórdão do Tribunal Regional

Eleitoral cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo

de três dias contados da publicação no Diário da Justiça Eletrônico, quan-

do contrariarem a Constituição Federal.

Por quanto tempo os candidatos e partidos políticos devem

conservar a documentação concernente às suas prestações de

contas?

Por até 180 dias após a diplomação ou até a conclusão de quaisquer pro-

cessos judiciais relativos às suas prestações de contas.

Fiscalização

Como a Justiça Eleitoral fiscalizará a arrecadação e a aplicação

de recursos de campanha?

A fiscalização durante a campanha eleitoral deve ser precedida de autori-

zação do presidente do tribunal ou do relator do processo, caso já tenha

sido designado, bem como do juiz eleitoral, que designará os servidores

da Justiça Eleitoral para atuarem como fiscais para esse fim. O trabalho de

fiscalização realizado pelos servidores será registrado no SPCE 2016 visan-

do confrontar os dados com as informações registradas nas prestações de

contas de candidatos e partidos políticos.

Page 81: Manual das Eleições 2016 - PSDB

81PRESTAÇÃO DE CONTAS

ANEXO

COMUNICADO BACEN Nº 29.108, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2016

Divulga orientações sobre a abertura, a movimentação e o encerramento

de contas de depósitos à vista de partidos políticos e de candidatos, bem

como sobre os extratos eletrônicos dessas contas.

Considerando o disposto na Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, na

Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, na Instrução Normativa Conjunta

RFB/TSE nº 1.019, de 10 de março de 2010, da Secretaria da Receita Federal

do Brasil e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e no Ofício TSE nº 277

GAB-SPR, de 1º de fevereiro de 2016, desse Tribunal, comunico:

1. Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial

e a Caixa Econômica Federal devem proceder à abertura de contas

de depósitos à vista quando solicitada por partidos políticos e can-

didatos, observadas as orientações deste Comunicado.

2. As contas de depósitos mencionadas no parágrafo 1 não podem ser

abertas por meio de correspondentes no País.

3. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem realizar, a qual-

quer tempo, por solicitação de partidos políticos, em qualquer es-

fera de direção, a abertura de contas de depósitos à vista para a

movimentação de recursos originários das seguintes fontes:

I. Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos

(art. 6º, I, da Resolução-TSE nº 23.464, de 21 de dezembro de

2015);

II. doações privadas destinadas às campanhas eleitorais (art. 6º,

II, da Resolução-TSE nº 23.464, de 2015);

III. outros recursos destinados à manutenção ordinária do parti-

do (art. 6º, III, da Resolução-TSE nº 23.464, de 2015); e

IV. recursos destinados ao programa de promoção e difusão da

participação política das mulheres (art. 6º, IV, da Resolução-

TSE nº 23.464, de 2015).

Page 82: Manual das Eleições 2016 - PSDB

82

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

4. No ano em que forem realizadas eleições ordinárias ou eleições su-

plementares, os candidatos poderão solicitar a abertura de contas

de depósito à vista para a movimentação de recursos originários

das seguintes fontes:

I. Fundo de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, para

aplicação em campanha eleitoral; e

II. doações privadas recebidas, para aplicação em campanha

eleitoral.

5. As contas de depósitos referidas nos parágrafos 3 e 4 devem ser es-

pecíficas e individualizadas de acordo com a origem dos recursos.

6. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem realizar a aber-

tura da conta de depósito à vista nos seguintes prazos:

I. em até três dias úteis, para a conta destinada às campanhas

eleitorais, conforme o disposto no art. 22, § 1º, I, da Lei nº

9.504, de 30 de setembro de 1997; e

II. em até cinco dias úteis, para as demais contas.

7. Na cobrança de tarifas pela prestação de serviços referentes às con-

tas de depósito à vista de que trata o parágrafo 1, as instituições

financeiras devem observar as disposições da Resolução nº 3.919,

de 25 de novembro de 2010.

8. No caso das contas de depósitos à vista a que se refere o parágrafo

4, é vedada a exigência de depósito mínimo e a cobrança de tarifas

para confecção de cadastro e de manutenção da conta, bem como

a concessão de qualquer benefício ou crédito não contratado espe-

cificamente pelo titular.

9. Para a abertura das contas de depósito à vista de partidos políticos

devem ser apresentados os seguintes documentos e informações:

I. Requerimento de Abertura de Conta Bancária (RAC), que de-

verá ser validado pela instituição financeira no sítio do TSE,

na internet;

Page 83: Manual das Eleições 2016 - PSDB

83PRESTAÇÃO DE CONTAS

II. comprovante de inscrição do interessado no Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

III. Certidão de Composição Partidária, disponível no sítio do

TSE, na internet;

IV. endereço atualizado de funcionamento da sede do partido

político; e

V. nome dos responsáveis pela movimentação da conta de depó-

sitos à vista e endereço atualizado do órgão partidário e dos

seus dirigentes.

10. As contas de depósito à vista dos partidos políticos possuem cará-

ter permanente e só poderão ser encerradas por requerimento do

partido ou de ofício pela instituição financeira, neste último caso,

desde que observados os seguintes requisitos:

I. ausência de saldo na conta por doze meses consecutivos; e

II. envio de notificação ao partido cientificando-o quanto ao

encerramento da conta de depósito à vista por desinteresse

comercial, após vencido o prazo do item anterior.

11. Para a abertura das contas de depósito à vista de candidatos devem

ser apresentados os seguintes documentos e informações:

I. RAC, que deverá ser validado pela instituição financeira no

sítio do Tribunal Superior Eleitoral, na internet;

II. comprovante de inscrição do interessado no CNPJ; e

III. nome dos responsáveis pela movimentação da conta de depó-

sitos à vista com endereço atualizado.

12. As instituições referidas no parágrafo 1 devem observar, em rela-

ção às contas de depósito à vista de partidos políticos e candidatos,

independentemente da sua natureza e finalidade:

I. a proibição do fornecimento de folhas de cheques a candida-

to ou representantes que figurarem no Cadastro de Emitentes

Page 84: Manual das Eleições 2016 - PSDB

84

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

de Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da Resolução nº

2.025, de 24 de novembro de 1993;

II. a qualificação e a identificação dos candidatos e dos repre-

sentantes autorizados a movimentar a conta de depósito à

vista, conforme o disposto no art. 1º da Resolução nº 2.025,

de 1993;

III. a disciplina estabelecida pelas instituições financeiras para o

uso do cheque, conforme o disposto na Resolução nº 3.972,

de 28 de abril de 2011;

IV. os procedimentos de prevenção à prática dos crimes de “lava-

gem” ou ocultação de bens, direitos e valores de que trata a

Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, especialmente quanto à

exigência de identificação da origem e do destino de recursos,

conforme estabelecido nas Circulares ns. 3.461, de 24 de ju-

lho de 2009, e 3.290, de 5 de setembro de 2005;

V. as regras de devolução de cheques, conforme regulamentação

em vigor, em especial a utilização do motivo de devolução

13 no caso de cheques apresentados após o encerramento da

conta; e

VI. a identificação da conta de depósito à vista de acordo com o

nome fiscal vinculado à inscrição no CNPJ.

13. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem assegurar que

as operações de depósitos e de transferência de recursos realizadas

por meio das contas de depósito à vista, de qualquer natureza e

finalidade, de partidos políticos e de candidatos, sejam identifi-

cadas na forma mencionada no inciso IV do parágrafo 12 deste

Comunicado.

14. As instituições referidas no parágrafo 1 que mantiverem contas

de depósitos à vista de qualquer natureza de partido político ou

candidato devem fornecer mensalmente os extratos eletrônicos

dessas contas ao TSE, até o último dia útil do mês seguinte ao que

se referem, observado o seguinte:

Page 85: Manual das Eleições 2016 - PSDB

85PRESTAÇÃO DE CONTAS

I. os extratos eletrônicos devem conter identificação e registro

de depósitos, de liquidação de cheques depositados em outras

instituições financeiras e de emissão de instrumentos de trans-

ferência de recursos, conforme o estabelecido na Circular nº

3.290, de 2005, e de acordo com o leiaute definido na Carta

Circular nº 3.454, de 14 de junho de 2010;

II. os envios mensais dos extratos eletrônicos não são acumula-

tivos; e

III. a lista contendo a identificação do número de CNPJ de par-

tidos políticos e de candidatos para o envio dos extratos ele-

trônicos, bem como as orientações técnicas para o envio dos

extratos eletrônicos, será publicada pelo TSE em seu sítio na

internet.

15. As disposições estabelecidas neste Comunicado aplicam-se, no que

couber, às eleições suplementares, aos plebiscitos e aos referendos.

Sílvia Marques de Brito e SilvaChefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro

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Propaganda Eleitoral

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Page 89: Manual das Eleições 2016 - PSDB

89PROPAGANDA ELEITORAL

Propaganda eleitoral

Diante da crescente judicialização das Eleições, é muito importante estar

atento às normas legais que disciplinam e regulamentam a propaganda

eleitoral (Lei 9.504/97 e Res. TSE n. 23.457 de 15.12.2015). As multas de-

correntes da não observância das referidas normas legais são altas e po-

dem inviabilizar uma campanha.

O Tribunal Superior Eleitoral define como ato de propaganda eleitoral

aquele que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada,

a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pre-

tende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é

o mais apto ao exercício de função pública.

Sem tais características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em

determinadas circunstâncias, a configurar abuso de poder econômico.

Regras sobre a Propaganda Eleitoral

• A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto

do ano da eleição;

• Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização,

na quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapar-

tidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio,

televisão e outdoor;

• Na propaganda dos candidatos a cargo majoritário deverão constar,

também, o nome do candidato a vice-prefeito, de modo claro e legí-

vel, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do

titular. (redação dada pela Lei 13.165, de 2015);

• Na propaganda para a eleição majoritária, a coligação usará, obrigato-

riamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que

a integram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido

Page 90: Manual das Eleições 2016 - PSDB

90

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. (§2º, do art. 6º, da

Lei 9.504/97);

• Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propagan-

da eleitoral ficará à critério da Mesa Diretora (§3º, do art. 37, da Lei.

9.504/97);

(Arts. 36-A, 37 e 38 da Lei 9.504/97 – Inovações introduzidas

pela Lei 13.165/2015 e Jurisprudências do TSE):

“Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde

que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa can-

didatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os

seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação

social, inclusive via internet:

• Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

• Ac.-TSE, de 24.2.2015, no AgR-REspe nº 27354 e, de 5.8.2014, no

REspe nº 2949: a propaganda eleitoral antecipada por meio de

manifestações dos partidos políticos ou de possíveis futuros can-

didatos na Internet somente resta caracterizada quando há propa-

ganda ostensiva, com pedido de voto e referência expressa à futura

candidatura.

• Ac.-TSE, de 12.9.2013, no REspe nº 7464: não há que falar em pro-

paganda eleitoral realizada por meio do Twitter.

I. a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em

entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão

e na Internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos

políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de

conferir tratamento isonômico;

• Inciso I com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº

12.891/2013 às eleições de 2014.

Page 91: Manual das Eleições 2016 - PSDB

91PROPAGANDA ELEITORAL

• Ac.-TSE, de 5.8.2010, no R-Rp nº 165552: “A entrevista concedida a

órgão de imprensa, com manifesto teor jornalístico, inserida num

contexto de debate político, com perguntas formuladas aleatoria-

mente pelos ouvintes, não caracteriza a ocorrência de propaganda

eleitoral extemporânea, tampouco tratamento privilegiado.”

• Ac.-TSE, de 5.8.2010, no R-Rp nº 134631: entrevista de nature-

za jornalística com político de realce no Estado não caracteriza

propaganda eleitoral antecipada, ainda que nela existam referên-

cias aos planos para a eleição presidencial; a regra deste inciso se

aplica especialmente quando a mesma emissora realiza programas

semelhantes com diversos políticos, demonstrando tratamento

isonômico.

• Ac.-TSE, de 16.6.2010, na Cta nº 79636: possibilidade de realiza-

ção, em qualquer época, de debate na Internet, com transmissão

ao vivo, sem a condição imposta ao rádio e à televisão, de trata-

mento isonômico entre os candidatos.

• Ac.-TSE, de 25.3.2010, na AgR-Rp nº 20574: discurso proferido em

inauguração, que tenha sido transmitido ao vivo por meio de rede

de TV pública, não se insere na exceção prevista neste inciso.

• Ac.-TSE, de 31.5.2011, no REspe nº 251287: entrevista concedida

em programa de televisão com promoção pessoal e enaltecimen-

to de realizações pessoais em detrimento dos possíveis adversários

no pleito e com expresso pedido de votos caracteriza propaganda

eleitoral antecipada.

• Ac.-TSE, de 16.10.2012, no AgR-REspe nº 394274: propaganda ins-

titucional que veicule discurso de pré-candidatos sem pedido de

votos não configura propaganda eleitoral antecipada.

II. a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente

fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organi-

zação dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, pla-

nos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo

tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação

intrapartidária;

Page 92: Manual das Eleições 2016 - PSDB

92

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

• Inciso II com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº

12.891/2013 às eleições de 2014.

• Ac.-TSE, de 16.11.2010, no R-Rp nº 259954: discurso realizado em

encontro partidário, em ambiente fechado, no qual filiado ma-

nifesta apoio à candidatura de outro não caracteriza propagan-

da eleitoral antecipada; a sua posterior divulgação pela Internet,

contudo, extrapola os limites da exceção prevista neste inciso, res-

pondendo pela divulgação do discurso proferido no âmbito intra-

partidário o provedor de conteúdo da página da Internet.

• Ac.-TSE, de 24.4.2014, no REspe nº 1034: realização de audiências

públicas para a discussão de questões de interesse da população

não configura propaganda eleitoral antecipada, caso não haja pe-

dido de votos ou referência à eleição.

III. a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de mate-

rial informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão

da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos;

• Inciso III com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

IV. a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde

que não se faça pedido de votos;

• Inciso IV com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº

12.891/2013 às eleições de 2014.

V. a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, in-

clusive nas redes sociais;

• Inciso V com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

VI. a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa

da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio

partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e pro-

postas partidárias.

Page 93: Manual das Eleições 2016 - PSDB

93PROPAGANDA ELEITORAL

• Inciso VI acrescido pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

§ 1º É vedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão

das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comuni-

cação social.

Parágrafo único renumerado como § 1º com redação dada pelo art. 2º da

Lei nº 13.165/2015.

§ 2º Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido

de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas

desenvolvidas e das que se pretende desenvolver.

§ 3º O disposto no § 2º não se aplica aos profissionais de comunicação

social no exercício da profissão.

• Parágrafos 2º e 3º acrescidos pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

“Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder

público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive

postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, pas-

sarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é

vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive

pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas,

cavaletes, bonecos e assemelhados.

• Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

• Ac.-TSE, de 28.6.2001, no AG nº 2890: a permissão prevista neste

artigo inclui a licença para o serviço de táxi.

• Ac.-TSE, de 12.8.2010, no PA nº 107267: aplicação deste artigo aos

estabelecimentos prisionais e às unidades de internação de adoles-

centes; nos estabelecimentos penais e em unidades de internação,

permite-se o acesso à propaganda veiculada no horário eleitoral

gratuito, no rádio e na televisão, bem como eventualmente àquela

veiculada na imprensa escrita; Ac.-TSE, de 14.8.2007, no REspe nº

25682: proibição de distribuição de panfletos com propaganda elei-

toral em escola pública; Res.-TSE nº 22303/2006: proibição de pro-

paganda eleitoral de qualquer natureza em veículos automotores

Page 94: Manual das Eleições 2016 - PSDB

94

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

prestadores de serviços públicos, tais como os ônibus de transporte

coletivo urbano.

• Ac.-TSE, de 12.5.2011, no AgR-REspe nº 34515; de 17.2.2011, no

AgR-REspe nº 35134 e, de 14.3.2006, no REspe nº 24801: prevalên-

cia da lei de postura municipal sobre o art. 37 da Lei nº 9.504/1997

em hipótese de conflito. V., ainda, Ac.-TSE, de 29.10.2010, no RMS

nº 268445: prevalência da Lei Eleitoral sobre as leis de posturas

municipais, desde que a propaganda seja exercida dentro dos li-

mites legais.

§ 1º A veiculação de propaganda em desacordo com o disposto no caput

deste artigo sujeita o responsável, após a notificação e comprovação, à

restauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de

R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais).

• Parágrafo 1º com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.300/2006.

• Ac.-TSE, de 28.4.2011, no REspe nº 264105: veiculação de pro-

paganda eleitoral por meio de outdoor ou engenho assemelhado

acarreta a aplicação do § 8º do art. 39 e não deste parágrafo.

• Ac.-TSE, de 17.9.2013, no AgR-REspe nº 11377: inexistência de

natureza penal atribuída à presente norma, sendo desnecessário

aguardar o trânsito em julgado das condenações anteriores para

imposição da multa em valor acima do mínimo legal com base na

reincidência.

• Ac.-TSE, de 19.8.2014, no AgR-AI nº 231417: responsabilidade

solidária das coligações pela propaganda irregular de seus candi-

datos e possibilidade de aplicação da sanção individualmente aos

responsáveis.

§ 2º Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal

e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral,

desde que seja feita em adesivo ou papel, não exceda a 0,5 m² (meio metro

quadrado) e não contrarie a legislação eleitoral, sujeitando-se o infrator às

penalidades previstas no § 1º.

Page 95: Manual das Eleições 2016 - PSDB

95PROPAGANDA ELEITORAL

• Parágrafo 2º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.

• Ac.-TSE, de 15.2.2011, no AgR-AI nº 369337: mesmo após as al-

terações introduzidas pela Lei nº 12.034/2009, em se tratando de

propaganda irregular realizada em bens particulares, a multa con-

tinua sendo devida, ainda que a publicidade seja removida após

eventual notificação.

• Ac.-TSE, de 7.10.2010, na R-Rp nº 276841: o ônus da prova é do

representante.

• Ac.-TSE, de 17.10.2013, no AgR-REspe nº 769497 e, de 23.6.2009,

no AgR-REspe nº 25643: os bens privados abertos ao público estão

compreendidos entre os bens de uso comum.

§ 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda

eleitoral fica a critério da Mesa Diretora.

§ 4º Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela

Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil e também aqueles

a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas,

centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade

privada.

• Parágrafo 4º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

• Ac.-TSE, de 7.3.2006, no REspe nº 25428 e Ac. nºs 25263/2005,

21891/2004, 21241/2003: o conceito de bem de uso comum, para

fins eleitorais, alcança os de propriedade privada de livre acesso ao

público; Ac.-TSE, de 30.3.2006, no REspe nº 25615: é bem de uso

comum a banca de revista porque depende de autorização do po-

der público para funcionamento e situa-se em local privilegiado ao

acesso da população (veiculação na parte externa, no caso).

• Ac.-TSE, de 11.2.2014, no AgR-REspe nº 85130: condomínio resi-

dencial fechado não se enquadra na espécie de bem tratada neste

parágrafo.

§ 5º Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como

em muros, cercas e tapumes divisórios, não é permitida a colocação de

Page 96: Manual das Eleições 2016 - PSDB

96

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

propaganda eleitoral de qualquer natureza, mesmo que não lhes cause

dano.

• Parágrafo 5º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

§ 6º É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de

campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde

que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas

e veículos.

• Parágrafo 6º com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº

12.891/2013 às eleições de 2014.

§ 7º A mobilidade referida no § 6º estará caracterizada com a colocação

e a retirada dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas

horas.

• Parágrafo 7º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

§ 8º A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser es-

pontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca

de espaço para esta finalidade.

• Parágrafo 8º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autoriza-

ção da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela dis-

tribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos, os quais

devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou

candidato.

• Caput com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº

12.891/2013 às eleições de 2014.

§ 1º Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o nú-

mero de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ ou o

Page 97: Manual das Eleições 2016 - PSDB

97PROPAGANDA ELEITORAL

número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF do responsável

pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem.

• Parágrafo 1º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

§ 2º Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de di-versos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela relativa ao que houver arcado com os custos.

• Parágrafo 2º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.

§ 3º Os adesivos de que trata o caput deste artigo poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) centímetros.

• Parágrafo 3º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.

• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº 12.891/2013 às eleições de 2014.

§ 4º É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições, adesivos até a dimensão máxima fixada no § 3º.”

Sanção por propaganda antecipada

A violação do art. 36, da Lei 9.504/97, sujeitará o responsável pela divul-gação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00, ou equiva-lente ao custo da propaganda, se este for maior.

Comícios, reuniões públicas e utilização de aparelhagem de sonorização

Pode!

Permitido até o dia 29 de Setembro (3 dias antes) – comícios, reuniões pú-

blicas e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico,

(sonorização durante a realização de Comício) no horário compreendido

Page 98: Manual das Eleições 2016 - PSDB

98

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

entre 8 horas às 24 horas, com exceção do comício de encerramento

da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas (Código

Eleitoral art. 240, e Lei 9.504/97, art. 39, §§4º e 5º, inciso I).

9 Não dependem de licença da Polícia ou da Justiça Eleitoral;

9 Devem ser comunicados à Autoridade Policial com, no mínimo,

24 horas de antecedência para que esta lhe garanta, segundo a

prioridade do aviso, o direito contra quem pretenda usar o local

no mesmo dia e horário;

9 Podem ocorrer entre 8 horas e às 24 horas;

9 A Autoridade Policial tomará as providências necessárias à garantia

da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços

públicos que o evento possa afetar;

Não pode!

9 Estão proibidos, a qualquer tempo da campanha eleitoral, a reali-

zação de showmícios e de eventos assemelhados, para a promoção

de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de

artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral;

Pode!

9 Podem ser utilizados telões unicamente para a transmissão do co-

mício na qualidade de recurso audiovisual e com a finalidade de

facilitar a compreensão da mensagem que está sendo transmitida

pelo candidato, como são os microfones e alto-falantes que poten-

cializam a emissão da voz, não poderão, entretanto, ser retransmi-

tidos shows gravados ou em DVDs.

9 O uso de palcos fixos não encontra vedação legal, guardadas as

restrições aos shows e assemelhados, retransmissões de shows em

DVDs ou DJs, e, a depender de suas dimensões ou recursos tecno-

lógicos, não está imune a possível configuração de abuso de poder

econômico.

Page 99: Manual das Eleições 2016 - PSDB

99PROPAGANDA ELEITORAL

9 Pode ser utilizada a aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico

durante a realização de comícios no horário compreendido entre

8 horas e às 24 horas.

Alto-falantes e carros de som

Pode!

9 A utilização de alto-falantes em comícios e a sonorização fixa são

permitidas das 8 horas às 24 horas;

9 Até as 22:00 horas do dia que antecede a eleição, serão permiti-

dos: distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata

ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou

mensagens de candidatos, desde que os microfones não sejam usa-

dos para transformar o ato em comício. (Res. TSE n. 22.829, de

5-6-2008);

Não pode!

9 Fica vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais,

exceto para sonorização de comícios;

Pode!

9 É permitida a circulação de carros de som e minitrios como meio

de propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oi-

tenta) decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) me-

tros de distância do veículo;

9 Considera-se carro de som, qualquer veículo, motorizado ou não,

ou ainda tracionado por animais, que transite divulgando jingles

ou mensagens de candidatos;

Não pode!

9 É proibido o uso de alto-falantes e carros de som em distância in-

ferior a 200 metros:

Page 100: Manual das Eleições 2016 - PSDB

100

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

a. das sedes dos Poderes;

b. dos hospitais e casas de saúde;

c. das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em

funcionamento;

Importante!

Considera-se:

Carro de Som: veículo automotor que usa equipamento de som com po-

tência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts;

Minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com po-

tência nominal de amplicação maior que 10.000 (dez mil) watts e até

20.000 (vinte mil) watts;

Trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com

potência nominal de amplificação maior que 20.000 (vinte mil) watts.

Propaganda em geral

Aos partidos políticos e às coligações é permitido, independen-

temente de licença da autoridade pública e de pagamento de

qualquer contribuição:

• fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome

que os designe;

• instalar e fazer funcionar, normalmente, das 8h às 22h, no período

compreendido entre o início da propaganda eleitoral e a véspera

da eleição, alto-falantes ou amplificadores de voz, nos locais referi-

dos, assim como em veículos seus ou à sua disposição, em territó-

rio nacional, com observância da legislação comum;

Page 101: Manual das Eleições 2016 - PSDB

101PROPAGANDA ELEITORAL

• comercializar material de divulgação institucional, desde que não

contenha nome e número de candidato, bem como cargo em

disputa.

Não pode!

É proibida a distribuição de brindes

O § 6º do art. 39 da Lei n. 9.504/1997, acrescido pela Lei n. 11.300/2006, veda na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comi-tê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Bens de uso comum

Não pode!

(Art. 37 da Lei. 9.504/97)

Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público,

ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de ilu-

minação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,

paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veicula-

ção de propaganda de qualquer natureza, inclusive:

a. pichação;

b. inscrição à tinta;

c. exposição de placas;

d. estandartes;

e. faixas;

f. cavaletes;

g. bonecos e assemelhados.

A vedação acima se aplica também aos tapumes de obras ou prédios

públicos.

Page 102: Manual das Eleições 2016 - PSDB

102

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

São considerados locais de livre acesso à população ainda que

pertencentes a particulares:

1. cinemas;

2. teatros;

3. igrejas;

4. clubes;

5. lojas;

6. centros comerciais;

7. ginásios;

8. estádios;

9. restaurantes e bares,

10. “boates”;

11. hotéis;

12. faculdades;

13. escolas;

14. ”shopping centers”

São bens cujo uso depende de cessão, permissão ou autorização

do Poder Público, dentre outros:

1. hospitais, clínicas, centros de tratamento ou de recuperação;

2. escolas;

3. ônibus, aviões, embarcações e qualquer meio de transporte de

acesso público;

4. transporte escolar;

5. táxis.

Outras proibições

1. Em bens tombados do patrimônio histórico, artístico ou paisagís-

tico ou que a ele pertençam.

2. Em tapumes de obras ou de prédios públicos.

3. Em árvores e jardins localizados em áreas públicas, como praças,

ruas e avenidas.

Page 103: Manual das Eleições 2016 - PSDB

103PROPAGANDA ELEITORAL

Novidades para as eleições 2016

Modalidades de propagandas vedadas pela lei 13.165/15

Não pode!

Placas, faixas, estandartes, pichação, inscrição a tinta, cavaletes, bonecos

e assemelhados.

Propaganda permitida nas eleições de 2016

Pode!

Adesivo ou papel que não excedam 0,5 m2 (meio metro quadrado)

9 Em bens particulares, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral, a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou papel, não exceda a 0,5 m2 (meio metro quadrado) e não contrarie a legislação eleito-ral, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no § 1º do art. 37 da Lei 9.504/95 (multa de R$2.000,00 a R$8.000,00);

9 É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trân-sito de pessoas e veículos. (mobilidade, colocação e retirada entre as 6:00 hs e as 22:00 hs);

9 A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade.

Pode!

Panfletos (Art. 38, da Lei 9.504/97)

9 Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da

Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distri-

buição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser

Page 104: Manual das Eleições 2016 - PSDB

104

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

editados sob a responsabilidade do partido político, da coligação

ou do candidato;

9 Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o nú-

mero de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do

responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a

respectiva tiragem;

9 Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de

diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão

constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela rela-

tiva ao que houver arcado com os custos.

Pode!

Adesivos e Plotagens de Veículos

9 Os adesivos poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinqüenta)

centímetros por 40 (quarenta) centímetros;

9 É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos

microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro.

Retirada de propaganda irregular

Na fiscalização da propaganda eleitoral, compete ao juiz eleitoral, no exer-

cício do poder de polícia, tomar as providências necessárias para coibir

práticas ilegais, comunicando-as ao Promotor Eleitoral.

Caso o candidato seja notificado para regularizar ou retirar a propaganda

irregular no prazo de 48 horas, e não o faça, estará caracterizado o prévio

conhecimento.

O prévio conhecimento é pressuposto indispensável à configuração de

propaganda irregular, ou seja, será utilizado para apurar e comprovar a

ilicitude.

Page 105: Manual das Eleições 2016 - PSDB

105PROPAGANDA ELEITORAL

A caracterização do prévio conhecimento poderá ser utilizada como prova

para procedência de Representação e aplicação de multa.

Propaganda eleitoral na imprensa

Pode!

O art. 43 da Lei 9.504/97 permite, até a antevéspera das eleições (30.9.16),

a divulgação paga, na imprensa escrita e a reprodução na internet do jor-

nal impresso de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veícu-

lo, em datas diversas para cada candidato, no espaço máximo, por edição,

de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de ¼ (um quarto) de

página de revista ou tablóide.

1. deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela

inserção.

2. a inobservância do disposto no referido art. 43 sujeita os responsá-

veis pelos veículos de divulgação e os partidos, coligações ou can-

didatos beneficiados a multa no valor de R$1.000,00 (mil reais) a

R$10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente ao da divulgação da

propaganda paga, se este for maior.

Propaganda na internet

Pode!

É Permitida a propaganda eleitoral na Internet após o dia 15 de agosto

do ano da eleição.

Poderá ser realizada:

1. em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à

Justiça Eleitoral e hospedado, direta e indiretamente, em provedor

de serviço de internet estabelecido no País;

Page 106: Manual das Eleições 2016 - PSDB

106

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

2. em sítio do partido ou coligação, com endereço eletrônico comu-

nicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente,

em provedor de serviço de internet estabelecido no Páis;

3. por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gra-

tuitamente pelo candidato, partido ou coligação;

4. por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas

e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candi-

datos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa

natural.

Não pode!

É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral

na internet em sítios de pessoas jurídicas e oficiais.

A violação do disposto no artigo sujeita o responsável pela divulgação da

propaganda e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o benefi-

ciário à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00

(trinta mil reais).

É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a

campanha eleitoral, por meio da internet, assegurado o direito de respos-

ta, nos termos das alíneas a,b e c do inciso IV, do §º 3, do art. 58 e do 58-A,

da Lei 9.504/97, e por outros meios de comunicação interpessoal median-

te mensagem eletrônica.

Sem prejuízo das sanções civis e criminais aplicáveis ao responsável, a

Justiça Eleitoral poderá determinar, por solicitação do ofendido, a retirada

de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos em sí-

tios da internet, inclusive redes sociais.

Não pode!

É proibida a venda de cadastro de endereços eletrônicos

Aplicam-se ao provedor de conteúdo e de serviços multimídia que hos-

peda a divulgação da propaganda eleitoral de candidato, de partido ou

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107PROPAGANDA ELEITORAL

de coligação as penalidades previstas nesta resolução, se, no prazo deter-

minado pela Justiça Eleitoral, contado a partir da notificação de decisão

sobre a existência de propaganda irregular, não tomar providências para a

cessação dessa divulgação.

Importante!

As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou coli-

gação, por qualquer meio deverão dispor de mecanismo que permita

seu descadastramento pelo destinatário obrigado o remetente a pro-

videnciá-lo no prazo de 48 horas.

Mensagens eletrônicas enviadas após o prazo acima, sujeitam os respon-

sáveis ao pagamento de multa no valor de R$100,00, (cem reais) por

mensagem.

9 O §1º do art. 57-H, da Lei 9.504/97 estabelece que: “Constitui cri-

me a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a

finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na in-

ternet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato,

partido ou coligação, punível com detenção de 2 (dois) a 4 (qua-

tro) anos e multa de R$15.000,00 (quinze mil reais) a R$50.000,00

(cinqüenta mil reais).” Já o § 2º, do mencionado artigo disciplina:

“Igualmente incorrem em crime, punível com detenção de 6 (seis)

meses a 1 (um) ano, com alternativa de prestação de serviços à

comunidade pelo mesmo período, e multa de R$5.000,00 (cinco

mil reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas

na forma do §1º.”

9 O art. 57-I, da lei 9.504/97, estabelece: “A requerimento de candi-

dato, partido ou coligação, observado o rito previsto no art. 96, a

Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão, por vinte e quatro

horas, do acesso a todo conteúdo informativo dos sítios da inter-

net que deixarem de cumprir as disposições desta Lei.

9 §1º- A cada reiteração de conduta, será duplicado o período de sus-

pensão. - §2º- No período de suspensão a que se refere este artigo, a

empresa informará, a todos os usuários que tentarem acessar seus

Page 108: Manual das Eleições 2016 - PSDB

108

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

serviços, que se encontra temporariamente inoperante por desobe-

diência à legislação eleitoral.”

Pode!

Não há vedação para o uso do TWITTER, FACEBOOK, WHATSAPP,

INSTAGRAM, entre outras redes sociais. O candidato pode se comunicar

livremente com seus amigos virtuais, manifestando e se posicionando so-

bre questões políticas.

Propaganda eleitoral no rádio e na televisão

Resolução TSE n. 23.457, de 15 de Dezembro de 2016.

Art. 36. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão se restringirá ao

horário gratuito definido nesta resolução, vedada a veiculação de propa-

ganda paga, respondendo o candidato, o partido político e a coligação

pelo seu conteúdo (Lei nº 9.504/1997, art. 44).

§ 1º A propaganda no horário eleitoral gratuito será veiculada nas emis-

soras de rádio e de televisão, inclusive nas rádios comunitárias, nas emis-

soras de televisão que operam em VHF e UHF e nos canais de televisão por

assinatura, sob a responsabilidade das Câmaras Municipais.

§ 2º As emissoras de rádio sob responsabilidade do Senado Federal e da

Câmara dos Deputados instaladas em localidades fora do Distrito Federal

são dispensadas da veiculação da propaganda eleitoral gratuita (Lei nº

9.504/1997, art. 47, § 9º).

§ 3º A transmissão da propaganda no horário eleitoral gratuito será as-

segurada nos municípios em que haja emissora de rádio e de televisão e

naqueles de que trata o art. 40 (Lei nº 9.504/1997, art. 48).

§ 4º A propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar, entre

outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta, janela com

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109PROPAGANDA ELEITORAL

intérprete da Libras e audiodescrição (Lei nº 13.146/2015, arts. 67 e 76, §

1º, inciso III). (grifamos)

§ 5º No horário reservado para a propaganda eleitoral, não se permi-

tirá utilização comercial ou propaganda realizada com a intenção, ain-

da que disfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto (Lei nº

9.504/1997, art. 44, § 2º).

§ 6º Será punida, nos termos do § 1º do art. 37 da Lei nº 9.504/1997, a

emissora que, não autorizada a funcionar pelo poder competente, veicular

propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 44, § 3º).

§ 7º Na hipótese do § 6º, demonstrada a participação direta, anuência ou

benefício exclusivo de candidato, de partido político ou de coligação em

razão da transmissão de propaganda eleitoral por emissora não autoriza-

da, a gravidade dos fatos poderá ser apurada nos termos do art. 22 da Lei

Complementar nº 64/1990.

Art. 37. As emissoras de rádio e de televisão veicularão, no período de 26

de agosto a 29 de setembro de 2016, a propaganda eleitoral gratuita da

seguinte forma (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput, § 1º, incisos VI e VII):

I - em rede, nas eleições para prefeito, de segunda a sábado:

a) das 7 horas às 7 horas e 10 minutos e das 12 horas às 12

horas e 10 minutos, no rádio;

b) das 13 horas às 13 horas e 10 minutos e das 20 horas e 30

minutos às 20 horas e 40 minutos, na televisão.

II - em inserções de trinta e de sessenta segundos, nas eleições para

prefeito e vereador, de segunda a domingo, em um total de setenta

minutos diários, distribuídas ao longo da programação veiculada

entre as 5 e as 24 horas, na proporção de sessenta por cento para

prefeito e de quarenta por cento para vereador.

§ 1º Na veiculação da propaganda eleitoral gratuita, será considerado o

horário de Brasília.

Page 110: Manual das Eleições 2016 - PSDB

110

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

§ 2º Somente serão exibidas as inserções de televisão a que se refere o inci-

so II do caput nos municípios em que houver estação geradora de serviços

de radiodifusão de sons e imagens (Lei nº 9.504/1997, art. 47, § 1º-A).

Propaganda na véspera da eleição

Pode!

1. caminhada;

2. carreata;

3. passeata;

4. carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou men-

sagens de candidatos, mediante alto-falantes ou amplificadores de

som, entre as 8 e as 22 horas;

Não pode!

1. comícios;

2. propaganda no rádio, TV, Internet, jornal e/ou revista.

3. divulgação paga na imprensa escrita, no espaço máximo, por edi-

ção, para cada candidato, partido ou coligação.

Propaganda no dia da eleição

Não pode!

1. Aglomeração de pessoas portando bandeiras e flâmulas ou com

roupas identificadas com candidato ou partido, de modo a carac-

terizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos,

tais como:

Page 111: Manual das Eleições 2016 - PSDB

111PROPAGANDA ELEITORAL

• carreata;

• passeata;

• comício.

2. Distribuição de material de propaganda política, inclusive volan-

tes e outros impressos.

3. Aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na von-

tade do eleitor.

4. Uso de alto-falantes e/ou amplificadores de som.

Importante!

É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silen-ciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. (art. 39-A, da Lei 9.504/97).

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Page 113: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Lei da ficha limpa

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Page 115: Manual das Eleições 2016 - PSDB

115LEI DA FICHA LIMPA

Lei da Ficha Limpa

A decisão do STF de validar a Lei da Ficha Limpa pode tirar das eleições

de outubro 2016 – e pelos próximos oito anos – vários políticos mineiros;

réus em processos criminais, cíveis e eleitorais, estão a um passo se tornar

inelegíveis. Basta que os Tribunais onde tramitam suas ações os condenem

ou rejeitem recursos apresentados contra decisões contrárias na Justiça de

1ª Instância.

A Lei da Ficha Limpa torna inelegível, por 8 anos, um candidato que te-

nha condenação proferida por órgão colegiado, ainda que caiba recurso

da decisão.

Por esse critério, os mais “prejudicados” são os Deputados Federais e

Senadores que, por terem foro privilegiado, respondem a processos dire-

tamente no STF.

Crimes passíveis de gerar inelegibilidade pela lei da ficha limpa

1. Condenados em sentença transitada em julgado ou por Órgão

Colegiado por crime de corrupção eleitoral, incluindo a compra de

votos, caixa dois e condutas proibidas em campanhas para os que

já são agentes públicos. É necessário, entretanto, que o crime im-

plique cassação do registro ou diploma em julgamento na Justiça

Eleitoral.

2. Condenados por ato doloso de improbidade administrativa com

lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.

3. Os políticos que renunciarem ao mandato para evitar abertura do

processo de cassação.

4. Condenados à perda do cargo ou impedidos de exercer Função

pública em ações de abuso de autoridade.

Page 116: Manual das Eleições 2016 - PSDB

116

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

5. Pessoas físicas ou os dirigentes de pessoas jurídicas condenados

pela Justiça Eleitoral por doações ilegais.

6. Aqueles que tiverem a rejeição de contas por irregularidade incor-

rigível, desde que o ato seja considerado doloso de improbidade

administrativa.

7. Condenados por crimes contra a economia popular, a fé pública,

a administração, o patrimônio público, o meio ambiente, a saúde

pública, por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, prática de tra-

balho escravo e delitos cometidos por organização criminosa ou

quadrilha.

Importante!

Ao recorrer contra uma condenação imposta por um órgão colegia-do, os candidatos podem pedir efeito suspensivo. No entanto, isso dará mais rapidez ao processo, que terá prioridade de julgamento. Se o recurso for negado, será cancelado o registro da candidatura ou o diploma do eleito.

Page 117: Manual das Eleições 2016 - PSDB

Obrigações gerais dos diretórios e

comissões municipais

Page 118: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 119: Manual das Eleições 2016 - PSDB

119

Obrigações a serem cumpridas

Responsabilidades administrativas dos dirigentes do PSDB:

1. Estar com o CNPJ em dia perante a Secretaria da Receita Federal;

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 e Resolução TSE nº

23.432/2014); Obs. A ausência no SGIP – Sistema de Gerenciamento

de Inf. Partidárias -, do nº do CNPJ das representações partidárias

impactará diretamente no processo eleitoral de 2016, pois se trata

de campo chave para a emissão de recibos eleitorais, abertura de

conta bancária e prestação de contas;

2. Ter a conta bancária aberta em nome do Diretório ou Comissão

Provisória Municipal do PSDB;

3. Apresentar ao Cartório Eleitoral até 30 de abril, a prestação de

contas do Diretório ou Comissão Provisória Municipal do ano/

exercício anterior, observados o rol de peças contábeis obrigatórias

previstas no art. 29 da Res. TSE nº 23.432/2014; Obs. A escritura-

ção digital através do sistema (SPED), prevista nos art. 26, §2º e 27

da Res. TSE 23.432/14 será obrigatória para a prestação de contas

dos ÓRGÃOS MUNICIPAIS somente a partir da apresentação das

contas do exercício de 2017, a ser realizada em 30/04/2018;

4. Os Diretórios e Comissões Provisórias que abriram conta bancária

e que NÃO tenham movimentado recursos financeiros ou es-

timáveis em dinheiro, em 2015, devem apresentar ao Cartório

Eleitoral apenas a Declaração de Ausência de Movimentação

no período – assinada pelo Presidente e Tesoureiro - (Modelo

disponível no sitio do TSE – http://www.tse.jus.br/partidos/con-

tas-partidaria/declaracao-de-ausencia-de-movimento-de-recursos);

encaminhar, através de seu contador, as seguintes Declarações:

Declarações à Receita Federal:

• GFIP/SEFIP: tem que transmitir arquivo (SEM MOVIMENTO)

no mês em que se iniciou a atividade (abertura do CNPJ);

Page 120: Manual das Eleições 2016 - PSDB

120

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

• RAIS: Anualmente enviar RAIS NEGATIVA até o final da 1ª

quinzena do mês de março do ano seguinte;

• DSPJ: Inativa, o prazo de entrega é até o mês de MARÇO do

ano seguinte; se não tiver havido NENHUM MOVIMENTO

(para transmissão é necessário a assinatura digital da entidade

ou procuração para o contador), qualquer registro; mesmo que

seja de DOAÇÃO ESTIMADA, obriga a entrega de:

ECF: é a Escrituração Contábil Fiscal (para transmissão é ne-

cessário a assinatura digital da entidade ou procuração para

o contador), o prazo é até o mês de JUNHO do ano seguinte;

ECD: é a Escrituração Contábil Digital (para transmissão

é necessário a assinatura digital do responsável da entida-

de perante o CNPJ, para tanto é obrigatório o Certificado

Digital) que tem que ser entregue até o mês de JUNHO do

ano seguinte;

Importante!

A DSPJ ou a ECF substituíram a DIPJ.

• DCTF: Deverá ser transmitida trimestralmente até o 15º dia do

mês.

Declarações municipais:

• Devem ser observadas as exigências estabelecidas por cada

Município;

5. Enviar ao Cartório Eleitoral a listagem atualizada dos filiados na 2º

semana dos meses de Abril e Outubro de cada ano; Obs. (Submeter

a lista de filiados através do sistema Filiaweb, significa autorizar o

processamento da lista de filiados incluídos até a data limite fixada

pela Justiça Eleitoral - (2ª semana de Abril e Outubro), ou seja, pode-

rá haver várias submissões de Listas e inclusões de filiados até a data

limite, de forma que todos os filiados incluídos até o prazo final, irão

para lista oficial, mesmo que a submissão ocorra em data anterior.);

Page 121: Manual das Eleições 2016 - PSDB

121

6. Informar ao Diretório Estadual, para atualização junto ao TRE-

MG, as mudanças havidas no Diretório Municipal (desfiliações de

membros do Diretório Municipal/Comissão Provisória, mudança

de endereço/telefone/e-mail dos dirigentes partidários e outras que

julgar necessário);

7. Manter atualizado o cadastro dos filiados – (os dados são coleta-

dos da ficha de filiação, que continua o meio hábil de se efetivar

a filiação);

Page 122: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 123: Manual das Eleições 2016 - PSDB

PSDB-MG Institucional

Page 124: Manual das Eleições 2016 - PSDB
Page 125: Manual das Eleições 2016 - PSDB

125PSDB-MG | INSTITUCIONAL

Presidente: Dep. Federal Domingos Sávio

1º Vice-presidente: Dep. Federal Paulo Abi Ackel

2º Vice-presidente: Danilo de Castro

3º Vice-presidente: Dep. Federal Eduardo Barbosa

Secretário Geral: Dep. Estadual João Vítor Xavier

Secretária: Valéria Cordeiro

Tesoureiro: Rômulo Antônio Viegas

Tesoureiro Adjunto: Paulo Bregunci

Líder da Bancada: Dep. Estadual Gustavo Valadares

VogaisÁlvaro Brandão de Azeredo

Dep. Estadual João Leite

Dep. Estadual Tito Torres

José Maia

Dep. Antônio Carlos Arantes

SuplentesCélio Moreira

Cidinha Campos

Aristides Vieira

Conselho de ÉticaDep. Estadual Bonifácio Mourão

PSDB Mulher: Gláucia Brandão

PSDB Jovem: Reinaldo Belli

Tucanafro: Juvenal Araújo

PSDB Sindical: Rogério Fernandes

Comissão Executiva do PSDB-MG (Biênio 2015-2017)

Page 126: Manual das Eleições 2016 - PSDB

126

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

Bancadas PSDB-MG

AÉCIO NEVES(61) 3303-6049 / [email protected]://aecioneves.com.br/AecioNevesOficial

ANTONIO ANASTASIA(61) [email protected]://antonioaugustoanastasia.com.br//AntonioAnastasiaOficial

Senadores

Deputados Federais

CAIO NARCIO(61) [email protected]/caionarcio

BONIFÁCIO DE ANDRADA(61) 3215-5208dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.brwww.bonifacioandrada.com.br/Dep.BonifacioAndrada

D0MINGOS SÁVIO(61) [email protected]/domingossaviomg

EDUARDO BARBOSA(61) [email protected]://eduardobarbosa.com/deputadofederaleduardobarbosa

MARCUS PESTANA(61) [email protected]://www.marcuspestana.com.br/depmarcuspestana

PAULO ABI-ACKELTel: (61) [email protected]://pauloabiackel.com.br/abiackelpaulo

RODRIGO DE CASTRO(61) [email protected]://www.rodrigodecastro.com/rodrigodecastro45

Estes são os parlamentares do PSDB que trabalham em prol de Minas e dos mineiros

Page 127: Manual das Eleições 2016 - PSDB

127PSDB-MG | INSTITUCIONAL

Os canais de comunicação

de nossos senadores e

deputados estão sempre

abertos aos militantes e aos

demais cidadãos de todas

as regiões de Minas Gerais.

Deputados Estaduais

BONIFÁCIO MOURÃO(31)[email protected]/deputadomourao

ANTONIO CARLOS ARANTES(31) [email protected]://antoniocarlosarantes.com.br/DeputadoAntonioCarlosArantes

DALMO RIBEIRO(31) [email protected]://deputadodalmoribeiro.com.br//DeputadoDalmoRibeiro

GUSTAVO VALADARES(31) [email protected]://gustavovaladares.com.br//DeputadoGustavoValadares

JOÃO LEITE(31) [email protected]/depjoaoleite

JOÃO VÍTOR [email protected]://joaovitorxavier.com.br//JoaoVitorXavier

LUIZ HUMBERTO CARNEIRO2108-5383dep.luiz.humberto@almg.gov.brwww.luizhumbertocarneiro.com.br/luizhumberto.carneiro

TITO TORRES(31) [email protected]//tito.torres45240

Acesse o portal MINAS DE VERDADE e saiba mais sobre a atuação dos deputados do PSDB-MG e do Bloco da Oposição - Verdade e Coerência na Assembléia Legislativa.

www.minasdeverdade.com.br

Page 128: Manual das Eleições 2016 - PSDB

128

MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016

PSDB-MG(31) 2125-4545WhatsApp: (31) [email protected]/PSDBMG@psdbmg

JUVENTUDE PSDB-MG(31) [email protected]://psdb-mg.org.br/psdb-jovem/ /JPSDBminas @jpsdbmg

PSDB MULHER(31) [email protected]/psdb-mulher/@psdbmulhermg

TUCANAFRO(31) [email protected]/tucanafro//TucanafroMG@tucanafromg

PSDB SINDICAL(31) [email protected]/psdb-sindical//psdbsindicalmgoficial@psdb_sindicalmg

ITV-MG(31) 2125-4545psdb-mg.org.br/itv//ITVMG@itv_mg

Fique por dentro das notícias do PSDB-MG e acesse conteúdos em primeira mão!

(31) 99899-2786@psdbmg/PSDBMG

Salve este número na sua agenda de contatos do celular e, em seguida, nos envie um whatsapp informando que quer participar desta rede.

www.psdb-mg.org.br

Contatos e Conexões