manual da dÍvida ativa folders/contadoria...a contadoria-geral do estado do rio de janeiro, que...
TRANSCRIPT
SETEMBRO/2013 Versão 2.0
MANUAL DA DÍVIDA ATIVA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 2
GOVERNADOR DO ESTADO
SERGIO CABRAL FILHO
VICE - GOVERNADOR DO ESTADO
LUIZ FERNANDO DE SOUZA
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA
SECRETÁRIO
RENATO AUGUSTO ZAGALLO VILLELA DOS SANTOS
CONTADOR-GERAL DO ESTADO
FRANCISCO PEREIRA IGLESIAS
SUPERINTENDENTE DE NORMAS TÉCNICAS EM EXERCÍCIO
LUIZ ANTONIO DA CRUZ PINHEIRO
EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS:
THIAGO JUSTINO DE SOUSA
JORGE PINTO DE CARVALHO JÚNIOR
MARCELO JANDUSSI WALTHER DE ALMEIDA
FABIO BOGOSSIAN
HUGO FREIRE LOPES MOREIRA
DAVID DE BRITO DANTAS
MARCIO ALEXANDRE BARBOSA
SUELLEN MOREIRA GONZALEZ
BRUNO CAMPOS PEREIRA
DANIELE RANGEL PINHEIRO CARVALHO
KELLY CRISTINA DE MATOS PAULA
RAFAELA OLIVEIRA DA SILVA
TÂNIA MARIA DA SILVA
DAIQUE ALEXANDRE NONATO DE SOUZA
IAN DIAS VELOSO DE ALMEIDA
MERIELE DOS SANTOS CONCEIÇÃO
MARCELO DE MEDEIROS SILVA
SILVANA DE JESUS FERREIRA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 3
APRESENTAÇÃO
A Secretaria do Tesouro Nacional – STN, na qualidade de órgão central do
Sistema de Contabilidade Federal, nos termos da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de
2001 e do Decreto nº 3.589, de 6 de setembro de 2000, vem buscando os meios
normativos para atender ao disposto no § 2º, do artigo 50 da LRF, padronizando os
procedimentos contábeis nas três esferas de governo, de forma a garantir a
consolidação das contas exigidas na legislação financeira e, também, proporcionar
maior clareza às receitas públicas.
Com este propósito, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN vem realizando, em
conjunto com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades técnicas
representativas da sociedade, a padronização dos conceitos, definições, regras e
procedimentos contábeis a serem observados por aquelas unidades da federação da
qual resulta a divulgação da 2ª edição do presente Manual, intitulado Manual da Dívida
Ativa.
A Contadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, que também contribuiu, em
diversas oportunidades, nas discussões que deram origem a este Manual, efetuou um
trabalho de adaptação deste, visando adequá-lo às particularidades do Estado,
tornando-o um instrumento que facilitará as rotinas e controles contábeis inerentes a
Dívida Ativa Tributária e a Não Tributária.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 4
SUMÁRIO
1- Introdução ......................................................................................................................6
2- Conceitos Básicos ..........................................................................................................7
3- Base Legal ...................................................................................................................10
4- A Competência para Inscrição .....................................................................................11
5- A Presunção de Certeza e Liquidez .............................................................................12
6- Formas de Recebimento ..............................................................................................13
7- Normas de Contabilidade Aplicáveis ao Registro da Dívida Ativa ...................14
7.1- As Normas Internacionais de Contabilidade .........................................................14
7.2- Os Princípios de Contabilidade .............................................................................16
8- Aspectos Contábeis .....................................................................................................18
9- Procedimentos Contábeis para a Inscrição da Dívida Ativa ........................................20
9.1- Reconhecimento dos Direitos a Receber em Atraso ............................................20
9.2- Transferência do Ativo Circulante para o Ativo Não Circulante ............................22
9.3- Pelo Encaminhamento para a Inscrição dos Créditos na Dívida Ativa ................24
9.4- Pela Efetiva Inscrição em Dívida Ativa .................................................................25
9.5- Pela Rejeição da Inscrição ...................................................................................27
9.6- Atualização Monetária ..........................................................................................28
10- Outros Lançamentos Após a Inscrição da Dívida Ativa .............................................30
10.1- Extinção da Dívida Ativa .....................................................................................30
10.1.1.1- Recebimento da Dívida Ativa em Espécie .............................................31
10.1.1.2- Outros Casos de Extinção ......................................................................32
10.1.1.2.3.1 Abatimentos, Anistias e Remissões ..............................................32
10.1.1.3- Cancelamentos da Dívida Ativa .............................................................34
10.1.1.4- Compensação com Créditos de Precatórios Expedidos ........................36
10.1.1.5- Recebimentos em Bens ou Direitos .......................................................40
11- Casos Especiais .........................................................................................................41
11.1- Despesas Relacionadas à Dívida Ativa ..............................................................41
11.2- Parcelamentos da Dívida Ativa ...........................................................................41
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 5
11.3- Créditos Tributários Suspensos ..........................................................................45
11.4- Ajustes de Exercícios Anteriores ........................................................................48
12- Dívida Ativa Não Tributária ........................................................................................49
13- Ajuste para Perdas Prováveis na Dívida Ativa ...........................................................49
13.1- Conceito de Ajuste ..............................................................................................49
13.2- Cenário para a Constituição do Ajuste ...............................................................50
13.3- Normas Gerais para a Constituição de Ajuste para Prováveis Perdas ..............52
13.3.1- Responsabilidade pelo Cálculo e Registro Contábil do Ajuste .................52
13.3.2- Forma de Mensuração do Ajuste ..............................................................52
13.4- Atualização Anual da Conta Ajuste ....................................................................58
13.5- Metodologia de Cálculo com Ajuste Anual .........................................................58
14- ANEXO I – Contas do Sistema Patrimonial ...............................................................63
15- ANEXO II – Conta Corrente do Tributo ......................................................................65
16- ANEXO III – Fluxograma de Contabilização ..............................................................66
17- Referências Bibliográficas ..........................................................................................71
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 6
1. INTRODUÇÃO “Volta ao Sumário”
1.1 Este trabalho, intitulado Manual da Dívida Ativa, tem por objetivo instituir regras e
procedimentos contábeis com vistas à harmonização dos registros referentes à Dívida
Ativa, em função dos conceitos a serem observados pelas entidades governamentais.
1.2 A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos
a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido
efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos
de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a
receber, sendo contabilmente alocada no Ativo.
1.3 Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa as obrigações do Ente
Público para com terceiros, e que é contabilmente registrada no Passivo e denominada
de Dívida Pública.
1.4 Neste Manual estão elencados procedimentos contábeis para registro e controle da
Dívida Ativa, o encaminhamento para inscrição, a movimentação dos créditos inscritos e
a respectiva baixa.
1.5 O conjunto de procedimentos buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar
contabilmente os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente
dita em Dívida Ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do Ente Público responsável pelo
crédito, a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o órgão
ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de
créditos, ainda no âmbito de um mesmo Ente Público.
1.6 Desta forma ficam definidas, em termos de registro contábil, as responsabilidades
distintas, conforme predisposto em Lei, dos órgãos ou unidades responsáveis
originalmente pelos créditos e aqueles, dentro do mesmo Ente Público, que detêm a
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 7
atribuição legal da efetiva inscrição em Dívida Ativa, assim como pela apuração da
certeza e liquidez dos valores inscritos.
1.7 Dentre os procedimentos, destaca-se o método destinado a qualificar o montante
inscrito, com a constituição de um ajuste para o reconhecimento das perdas prováveis
nos créditos inscritos em Dívida Ativa de recebimento duvidoso, de caráter redutor, no
âmbito do Ativo, denominada Ajustes para Perdas de Dívida Ativa.
1.8 As rotinas e procedimentos descritos neste Manual, tanto pela necessidade, quanto
pela relevância, representam um impacto significativo na transparência das contas
públicas do Estado. Sua aplicação, os benefícios dela decorrentes e o seu
aperfeiçoamento constituem tarefa de todos aqueles que, sob qualquer enfoque,
detenham responsabilidade sobre a contabilidade aplicada à administração pública, em
todas as esferas de governo.
2. CONCEITOS BÁSICOS “Volta ao Sumário”
2.1 A Contabilidade, como ciência que tem por objeto o patrimônio, é responsável por
evidenciar suas variações, controlar e interpretar os fenômenos que nele ocorrem.
2.2 Para que o patrimônio público seja evidenciado adequadamente, é necessário o
registro contábil tempestivo de todos os fenômenos econômicos, potenciais ou efetivos,
relacionados ao patrimônio das entidades, ou seja, todas as variações devem ser
reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades
legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a
forma, conforme preceitua o princípio da oportunidade.
2.3 Patrimônio Público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis,
onerados ou não, adquiridos, formados ou mantidos com recursos público, integrantes
do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 8
represente um fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos.
2.4 Dívida ativa é o crédito público não extinto, notadamente por pagamento, e não
afetado por nenhuma causa de suspensão de exigibilidade explicita, integrado ao
cadastro identificado pelo mesmo nome mediante ato administrativo próprio denominado
de inscrição.
2.5 Assim, os elementos inafastáveis na ideia de dívida ativa são: (a) crédito público; (b)
ausência de causa extintiva ou suspensiva (da exigibilidade); (c) inscrição e (d)
integração a um cadastro específico.
2.6 O crédito público, independentemente da natureza jurídica, que o Poder Público tem
para receber de terceiros devem compor a dívida ativa. Neste sentido, temos o art. 39,
§2o da Lei no 4.320, de 1964, quando consigna: “Dívida Ativa Tributária é o crédito da
Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e
respectivos adicionais e multas.”
2.7 Nesse sentido, o Código Tributário Nacional, em seu art. 201 diz:
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
2.8 Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os
provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de
qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas
de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda
estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em
geral ou de outras obrigações legais provenientes e o art. 2o, §1o da Lei no 6.830, de
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página 9
1980, ao estatuir: “qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de
que trata o art. 1o, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública”
2.9 A Dívida Ativa integra o grupamento de Contas a Receber e constitui uma parcela
do Ativo de grande destaque na estrutura patrimonial de qualquer órgão ou entidade
pública.
2.10 Pelo regime de competência, a inscrição de créditos em Dívida Ativa representa
contabilmente um fato permutativo resultante da transferência de um valor não recebido
no prazo estabelecido, dentro do próprio Ativo, contendo, inclusive, juros e atualização
monetária ou quaisquer outros encargos aplicados sobre o valor a ser inscrito em Dívida
Ativa.
2.11 O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do devedor inscrito em Dívida Ativa
representa extinção total ou parcial do crédito e por isto provoca diminuição na situação
líquida patrimonial, relativamente à baixa do direito classificado no ativo. Da mesma
forma são classificados o registro de abatimentos, anistias ou quaisquer outros
valores que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em Dívida
Ativa, mas não decorram do efetivo recebimento.
2.12 Os montantes a serem registrados em Contas a Receber devem ser mensurados
por seu valor líquido de realização, ou seja, pelo produto final em dinheiro ou
equivalente que se espera obter, de forma a assegurar a fiel demonstração dos fatos
contábeis. Ressalte-se que nem sempre é possível assegurar que os valores registrados
efetivamente serão recebidos, existindo sempre um percentual de incerteza sobre a
realização dos créditos.
2.13 Assim, com o objetivo de evidenciar essa margem de incerteza empregam-se
contas redutoras para os agrupamentos de contas de registro desses Ativos, permitindo
que o valor final dos créditos a receber seja uma expressão correta dos recebimentos
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
10
futuros. No caso da Dívida Ativa, constituir-se-á um ajuste para reconhecer as perdas
prováveis para os créditos de recebimento ou liquidação duvidosa. A conta redutora dos
créditos de Dívida Ativa é denominada: Ajustes para Perdas de Dívida Ativa.
2.14 Esse ajuste corresponde à estimativa da entidade da parcela de créditos a
receber cuja realização não ocorrerá. Tal estimativa deve ser apurada de forma
criteriosa, tendo em vista o caráter de incerteza envolvido, tomando por base o histórico
de recuperação em exercícios anteriores. O cálculo de Ajustes para Perdas de Dívida
Ativa é apresentado detalhadamente no item 13 do Manual.
3. BASE LEGAL “Volta ao Sumário”
3.1 A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei
nº 4320/64, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma
conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. O texto legal
referido, que versa sobre normas gerais de direito financeiro e finanças públicas, institui
os fundamentos deste expediente jurídico-financeiro, conforme seu artigo 39:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca,
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
11
fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à espectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979). § 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na
Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979).
3.2 A Lei nº 4320/64, ao mesmo tempo em que evidencia a natureza do crédito a favor
do Ente Público, caracterizando a origem como tributária e não tributária atribui à
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN competência para gestão
administrativa e judicial da Dívida Ativa da União. No caso do Estado do Rio de Janeiro
esta competência recai sobre a Procuradoria-Geral do Estado - PGE.
4. A COMPETÊNCIA PARA INSCRIÇÃO “Volta ao Sumário”
4.1 A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em
favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos
jurídicos para as ações de cobrança.
4.2 A Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu artigo 2º § 3º, determina que
cabe ao órgão competente apurar a liquidez e certeza dos créditos, qualificando a
inscrição como ato de controle administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto,
que os Entes Públicos deverão outorgar a um órgão a competência para este
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
12
procedimento, dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em Dívida Ativa e a
origem desse crédito.
4.3 Para o Estado do Rio de Janeiro, o § 6º do artigo 176 da Constituição Estadual e a
Lei Complementar Estadual nº 15, de 25 de novembro de 1980, que regula a
organização da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro suas atribuições e
funcionamento, em seu inciso II do artigo 2º (com nova redação dada pela Lei
Complementar nº 104/2002), determina a sua privativa competência em promover a
inscrição da dívida ativa do Estado, bem como proceder à sua cobrança judicial e
extrajudicial.
Art. 2º - A Procuradoria Geral do Estado tem autonomia administrativa e financeira, dispondo de dotação orçamentária própria. Suas atribuições são as previstas no art. 176 e parágrafos da Constituição do Estado, competindo-lhe: (...) II - privativamente, promover a inscrição da dívida ativa do Estado, bem como proceder à sua cobrança judicial e extrajudicial; * Nova redação dada pela Lei Complementar nº 104/2002.
5. A PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ “Volta ao Sumário”
5.1 A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência
de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao
crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao Ente Público, representado
pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução.
A Lei nº 6830, de 22 de setembro de 1980, define a inscrição nos termos do artigo 2º, §
3º:
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. § 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. § 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
13
multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
5.2 A presunção de certeza e liquidez, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada
por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo.
5.3 A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária,
juros, multa e demais encargos previstos. Já o pagamento de custas e emolumentos foi
dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o artigo 39 da
Lei nº 6830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais
(LEF). Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei nº 4.320/64, é
legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno.
6. FORMAS DE RECEBIMENTO “Volta ao Sumário”
6.1 O pagamento dos valores inscritos pode ser efetuado em dinheiro ou em bens,
aplicando-se de forma geral o disposto no artigo 708 da Lei nº 5.869, de 0 1 de
janeiro de 1973 ( Código de Processo Civil):
Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á: I - pela entrega do dinheiro; II - pela adjudicação dos bens penhorados; III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa.
E o Capítulo V da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil):
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
14
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
6.2 Alternativamente ao recebimento existe ainda a possibilidade de compensação de
créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a Fazenda Pública. Essa forma de
extinção do crédito fiscal é estabelecida pela Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966
(Código Tributário Nacional) e complementada por leis federais, estaduais e municipais.
A compensação não implica no ingresso de valores ou bens, constituindo um fato
permutativo que anula um crédito registrado no Ativo com uma obrigação da Fazenda
Pública para com terceiros.
6.3 O recebimento em bens tem regras especiais em alguns casos, como a dação em
pagamento de imóveis para fins de reforma agrária e o recebimento de Títulos da Dívida
Agrária – TDA.
6.4 Qualquer que seja a forma de recebimento de créditos, o fato constituirá em receita
orçamentária, prevista especificamente ou não no exercício de recebimento.
7. NORMAS DE CONTABILIDADE APLICÁVEIS AO REGISTRO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
7.1- AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE “Volta ao Sumário”
7.1.1 As Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS tem como foco principal o
resultado, com base na tradição patrimonialista. Com a visão gerencial do setor público
voltada para o resultado, absorvidos os conceitos patrimonialistas, fica esse alcançado,
também, por estas normas.
7.1.2 Essa nova visão gerencial levou a Federação Internacional de Contadores – IFAC
a criar o comitê do setor público para editar as Normas Internacionais de
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
15
Contabilidade do Setor Público – IPSAS, tomando por base as Normas Internacionais
de Contabilidade – IFRS, porém observando as particularidades do setor público.
7.1.3 Na ótica contábil, todos os valores inscritos em Dívida Ativa são créditos vencidos
a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a Dívida Ativa encontra abrigo nas Normas
Internacionais de Contabilidade e nos Princípios de Contabilidade como integrante do
Ativo do Ente Público. No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos
jurídicos de legalidade e transparência.
7.1.4 Assim sendo, são pertinentes as orientações contidas nas Normas Internacionais
de Contabilidade relativas aos valores registrados no Ativo do Ente Público, em especial
aquelas que tratam do prazo esperado de realização; a probabilidade de não ocorrer o
recebimento de Ativos de realização futura mensurados de acordo com os princípios
determinados para a constituição de ajustes para perdas estimadas.
7.1.5 A Norma Internacional de Contabilidade do Setor Público 1 (IPSAS 1), no
parágrafo 79, adota o conceito de ativos circulantes (ou de curto prazo), abrigando
recebíveis do Ente Público, e institui o critério de curto e longo prazo em função da
expectativa de realização ou recebimento do ativo, também para o setor público.
7.1.6 Os créditos a favor da Fazenda Pública que se encontram vencidos e não pagos
devem ser contabilmente discriminados dos demais. Como o Estado ainda não adota o
regime de competência para os créditos tributários será necessário reconhecer esses
créditos como um direito a receber em contrapartida a uma variação patrimonial
aumentativa (aspecto patrimonial).
7.1.7 Nesse sentido, o artigo 39 da Lei nº 4.320/1964 menciona a existência prévia dos
créditos da Fazenda Pública anteriormente à arrecadação, sejam eles inscritos ou não
em dívida ativa.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
16
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse titulo.
7.1.8 O reconhecimento dos direitos a receber de créditos não tributários a serem
inscritos em dívida ativa já ocorre pelo regime de competência e, desse modo todo o
fluxo de contabilização desses créditos irá refletir em fatos permutativos.
7.1.9 Pelo regime de competência, a entidade reconhece o crédito a receber pelo fato
gerador, o que permite o acompanhamento dos fatos posteriores como a arrecadação e
a própria baixa do crédito, que porventura venha a ocorrer. Por este regime a inscrição
em dívida ativa apenas muda o status do crédito, como sendo um crédito cuja apuração
da certeza e liquidez e cobrança estão sob a responsabilidade da Procuradoria Geral do
Estado.
7.2- OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE “Volta ao Sumário”
7.2.1 As Normas Brasileiras de Contabilidade, assim como a literatura acadêmica
disponível, não trata do tema Dívida Ativa em suas particularidades. No entanto, o
assunto está sujeito à aplicação dos Princípios Contábeis, consolidados na Resolução
CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993.
7.2.2 O Princípio da Competência define que as alterações no ativo ou passivo resultam
em aumento ou diminuição no patrimônio líquido e devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, independentemente de recebimento ou
pagamento.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
17
7.2.3 Portanto, os créditos a favor do Ente Público devem ser reconhecidos no exercício
a que pertencem, como uma geração de ativo com a correspondente contrapartida de
resultado. O crédito inadimplente que será inscrito em Dívida Ativa é derivado de
um crédito anterior que, pelo transcurso do prazo esperado de recebimento, ficou em
atraso. A inscrição em Dívida Ativa configura uma transferência de responsabilidade de
cobrança de ativos dentro do mesmo Ente Público, entre o órgão ou unidade de origem
do crédito e o órgão ou unidade competente para inscrição. A Dívida Ativa é um estágio
do crédito a receber de valores já imbuídos de incerteza de recebimento, que já deve ter
seus reflexos como variação patrimonial reconhecidos na dedutibilidade dos créditos a
receber.
7.2.4 O Princípio da Oportunidade determina o registro das variações patrimoniais,
mesmo na hipótese de existir razoável certeza de sua ocorrência, enfatizando ainda o
reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da Entidade.
7.2.5 O Princípio da Prudência institui a adoção da hipótese de que resulte menor
patrimônio líquido, com o menor valor para os componentes do Ativo, com ênfase
quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas
estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
7.2.6 Os valores lançados como Dívida Ativa, pela própria natureza, carregam consigo
um grau de incerteza com relação ao seu recebimento. Assim como na União, no
Estado, a relação entre o valor registrado no Ativo e o valor recebido ano a ano é
pequena, permitindo concluir-se que apenas essa parcela do valor contabilizado é
efetivamente realizada.
7.2.7 No entanto, esses créditos inadimplentes figuram no Ativo da Entidade, ainda que
no longo prazo, influenciando qualquer análise que se pretenda sobre os demonstrativos
contábeis consolidados. Em atendimento aos Princípios da Oportunidade e da
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
18
Prudência, faz-se necessário instituir um mecanismo que devolva ao ativo a expressão
real do valor contabilizado, tornando-o compatível com a situação da Entidade.
7.2.8 Procedimento adequado às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao
Setor Público, assim como à legislação vigente, é um ajuste para prováveis perdas nos
créditos inscritos no ativo de recebimento incerto, ajustando-se o saldo da Dívida Ativa
pela resultante do valor inscrito e da conta redutora denominada Ajustes para Perdas de
Dívida Ativa. Este procedimento harmoniza as Normas nacionais com as Normas
Internacionais.
8. ASPECTOS CONTÁBEIS “Volta ao Sumário”
8.1 Compete aos órgãos de contabilidade a tarefa de sistematizar a escrituração de
crédito a receber, bem como daqueles que venham a ser inscritos em Dívida Ativa.
8.2 É atribuição do órgão responsável pelo crédito, previamente ao encaminhamento
para inscrição, reconhecer o valor como direito em seu Ativo. Somente poderão ser
encaminhados para inscrição em Dívida Ativa os créditos vencidos, anteriormente
reconhecidos e registrados no Ativo do Ente Público, que serão segregados pela sua
origem, sendo esta tributária ou não tributária.
8.3 Os créditos a favor da Fazenda Pública que se encontram vencidos e não pagos
devem ser contabilmente discriminados dos demais. Como o Estado ainda não adota o
regime de competência para os créditos tributários será necessário reconhecer esses
créditos como um direito a receber em contrapartida a uma variação patrimonial
aumentativa (aspecto patrimonial).
8.4 Os procedimentos contábeis a serem adotados indica que os créditos a serem
inscritos em dívida ativa devem ser inicialmente registrados no Ativo Não Circulante -
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
19
Realizável a Longo Prazo, considerando a incerteza intrínseca de sua condição. No
entanto, a ação de cobrança dos órgãos competentes pela gestão do estoque da dívida
ativa, gera um fluxo real de recebimentos, mensurável em cada exercício. Este fluxo
constitui-se em uma base de valores históricos representativa para uma estimativa de
recebimentos futuros.
8.5 O sucesso das ações de cobrança acaba resultando em cronogramas de
recebimento, firmados com datas e parcelas definidas, por vezes em contratos
registrados com garantias reais. Dessa forma, devem reclassificar os créditos inscritos
de acordo com a expectativa de sua realização, enquadrando-os como curto prazo e
longo prazo.
8.6 Os órgãos ou entidades responsáveis pela inscrição devem ter o controle sobre os
parcelamentos e as renegociações de dívida ativa, com valores e datas certas para o
pagamento, cujo montante pode ser classificados em circulante em não circulante, com
base nas datas de pagamento.
8.7 Aos órgãos ou unidades responsáveis pelos créditos a serem inscritos em
Dívida Ativa, compete estabelecer o processo administrativo de reconhecimento da
existência e quantificação do crédito a favor do Ente Público, e encaminhá-lo para o
órgão ou unidade competente para inscrição, nos prazos definidos em Lei.
8.8 Encaminhado o processo administrativo para inscrição em Dívida Ativa, cabe
ao órgão competente à apuração da certeza e liquidez do crédito e verificação das
condições gerais que permitam proceder à inscrição. O resultado dessa análise será a
inscrição em Dívida Ativa ou a rejeição da inscrição, com consequente devolução do
processo à origem.
8.9 Esse órgão ou entidade é responsável pelo crédito público, cabendo-lhe a gestão até
o recebimento ou a transferência para inscrição em Dívida Ativa. Essa inscrição é
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
20
responsabilidade do órgão ou entidade competente para apuração da certeza e liquidez
e a final inscrição em Dívida Ativa, nos termos da lei.
8.10 A participação de órgãos distintos dentro do Ente Público deve ser destacada
contabilmente, em atendimento ao preceituado na Lei Complementar nº 101/2000 – Lei
de Responsabilidade Fiscal – que estabelece, em seu artigo 50, inciso III:
Da Escrituração e Consolidação das Contas Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: (...) III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente.
9. PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA A INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
9.0 O procedimento inicia-se mediante a instauração de processo administrativo de
reconhecimento da existência e quantificação do crédito a favor do Ente Público e
destinado a subsidiar a apuração da certeza e liquidez do crédito público que se resume
na verificação da ausência de causa extintiva ou suspensiva desses créditos, bem como
as providências cabíveis para a inscrição através da identificação do devedor, sendo que
esse processo administrativo é encaminhado para inscrição pelo órgão responsável pelo
crédito.
9.1 RECONHECIMENTO DOS DIREITOS A RECEBER EM ATRASO “Volta ao Sumário”
9.1.1 É atribuição do órgão responsável pelo crédito, antes do encaminhamento para
inscrição, reconhecer o valor como um direito a receber em seu Ativo para atender ao
disposto no artigo 39 da Lei nº 4.320/1964, somente poderá ser encaminhado para
inscrição em Dívida Ativa os créditos vencidos, anteriormente reconhecidos e registrados
no Ativo do Ente Público, que serão segregados pela sua origem, sendo esta tributária
ou não tributária.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
21
9.1.2 Conforme já citado, o Estado ainda não adota o regime de competência para os
créditos tributários sendo necessário reconhecer esses créditos como um direito a
receber em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa (aspecto patrimonial).
D - 1.1.2.2.1.01.04 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
C - 4.1.1.9.1.01.99 – OUTRAS RECEITAS DIVIDA ATIVA OUTROS TRIBUTOS
O Roteiro de contabilização no SIAFEM/RJ será efetuado nos moldes abaixo, utilizando
o evento 54.0.770:
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO : 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540770 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________
9.1.3 O reconhecimento dos direitos a receber de créditos não tributários a serem
inscritos em dívida ativa já ocorre pelo regime de competência e, desse modo todo o
fluxo de contabilização desses créditos irá refletir em fatos permutativos.
D – 1.1.2.1.1.01.04 – CREDITOS NAO TRIBUTARIOS EM COBRANCA
C – 1.1.2.1.1.01. XX – FATURAS/DUPLICATAS A RECEBER
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
22
Para os créditos de origem não tributária o evento será o 54.0.771 para débito na origem
e 54.0.018 ou 54.0.218 para crédito conforme a exigência: sendo o 54.0.018 para
CNPJ/CPF/IG e o 54.0.218 para ANO+MÊS+CNPJ/CPF/UG/GESTÃO OU IG.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540771 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________
540018 02-CGC/CPF/IG 1121101XX _________ ____________
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO ) ____________________________
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540771 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) _______________ _________ ____________
540218 48-ANO + MES + CGC, CPF, UG/GESTAO _______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
9.2 TRANSFERÊNCIA DO ATIVO CIRCULANTE PARA O ATIVO NÃO CIRCULANTE “Volta ao Sumário”
9.2.1 Em termos de expectativa de realização, ocorre uma transferência do curto prazo
para o longo prazo, tendo em vista que o inadimplemento torna incerta a realização do
crédito.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
23
9.2.2 A contabilização dos créditos com prazo de pagamento expirado a serem
encaminhados para inscrição em Dívida Ativa deve ser no âmbito do órgão de origem do
crédito.
D – 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
C - 1.1.2.2.1.01.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
A contabilização no SIAFEM/RJ será efetuada utilizando o evento 54.0.772.
SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 30AGO2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _________________
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540772 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
D – 1.2.1.1.1.04.05 - CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
C - 1.1.2.1.1.01.04 - CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
Para os créditos não tributários, o roteiro de contabilização será efetuado conforme
segue abaixo utilizando o evento 54.0.773:
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
24
SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 30AGO2013 NUMERO: 2013NL
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _________________
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540773 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
9.3 PELO ENCAMINHAMENTO PARA A INSCRIÇÃO DOS CRÉDITOS NA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
9.3.1 Conforme já comentado, os órgãos responsáveis pelos créditos a serem inscritos
em Dívida Ativa, compete estabelecer o processo administrativo de reconhecimento da
existência e quantificação do crédito a favor do ente Público, e encaminhá-lo para o
órgão ou unidade competente para inscrição, nos prazos definidos em Lei.
9.3.2 O órgão responsável originalmente pelo crédito, ao encaminhar o processo
administrativo para o órgão ou unidade competente para inscrição, não deve se
esquecer da atualização monetária do valor principal em atraso, acrescido da
atualização monetária, dos juros e multas e de outros encargos pactuados ou
legalmente incidentes até a data do encaminhamento, que serão incorporados ao valor
original.
9.3.3 Por ocasião do encaminhamento do processo para apreciação da inscrição, o
órgão gestor do crédito, deve reclassificar os valores encaminhados para inscrição em
contas de Ativo Não Circulante.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
25
9.3.4 Desse modo, a contabilização referente à fase de encaminhamento dos créditos
para inscrição, considerando a necessidade de perfeita identificação dos responsáveis
pelo recurso público, deverá ser efetivada conforme abaixo:
D – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
C - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
A contabilização se dará através do evento 54.0.774.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540774 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
D -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
C - 1.2.1.1.1.04.05 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
Para os créditos não tributários, a contabilização se dará através do evento 54.0.775.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
26
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540775 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
9.4 PELA EFETIVA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
9.4.1 Cabe ao órgão competente a apuração da certeza e liquidez do crédito e
verificação das condições gerais que permitam proceder à inscrição. O resultado dessa
análise será a inscrição em Dívida Ativa ou a rejeição da inscrição, com consequente
devolução do processo à origem.
9.4.2 A contabilização referente à fase de efetiva inscrição em Dívida Ativa também terá
lançamentos no órgão gestor do crédito, da seguinte forma:
D –1.2.1.1.1.03.02 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C - 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
A contabilização se dará através do evento 54.0.778.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540778 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
D - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉDITO NÃO TRIBUTÁRIO INSCRITO
C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
27
Para os créditos de origem não tributária o evento será 54.0.779.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540779 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
9.5 PELA REJEIÇÃO DA INSCRIÇÃO “Volta ao Sumário”
9.5.1 No caso de rejeição de créditos a serem inscritos em Dívida Ativa deverão ser
observados os seguintes registros contábeis:
Para os créditos tributários os lançamentos deverão proceder da seguinte forma:
D - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
C – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
No SIAFEM/RJ, a contabilização se dará através do evento 54.0.776.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
28
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540776 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
Porém, se os créditos forem não tributários os lançamentos serão:
D - 1.2.1.1.1.04.05 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
A contabilização de origem não tributária se dará através do evento 54.0.777.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540777 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
9.6 ATUALIZAÇÃO MONETARIA “Volta ao Sumário”
9.6.1 Os créditos inscritos em Dívida Ativa são objeto de acréscimos moratórios a título
de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia –
SELIC, e multas de mora, conforme a Lei Estadual 6.269, de 28 de Junho de 2012. A
atualização monetária deve ser lançada no mínimo mensalmente, de acordo com índice
ou forma de cálculo pactuada ou legalmente incidente.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
29
Art. 173. O crédito tributário, quando não integralmente pago no prazo, sem prejuízo da imposição de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação, será acrescido dos seguintes acréscimos moratórios: I - juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema de Liquidação e Custódia - SELIC - para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado; II - multa de mora equivalente à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, calculada a partir do primeiro dia subsequente ao vencimento do prazo até o dia em que ocorrer seu efetivo pagamento, limitada a 20% (vinte por cento). § 1° As penalidades cabíveis previstas na legislação estadual tributária, quando não integralmente pagas no prazo, sem prejuízo da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na ordenação jurídica, ficam acrescidas dos juros de mora estabelecidos nos termos do inciso I do caput. § 2° No caso de parcelamento de débito, o valor consolidado incluirá até a data da sua consolidação, atualização e demais acréscimos legais. § 3° Na hipótese do § 2º deste artigo, sobre o valor da parcela incidirão juros de mora, determinados na forma do inciso I do caput deste artigo, calculados a partir do mês subsequente à data de consolidação do débito parcelado até o mês de efetiva liquidação de cada parcela. § 4° A multa de mora referida no inciso II do caput deste artigo se aplica na hipótese de pagamento, ainda que mediante parcelamento, por iniciativa do sujeito passivo, antes do início do procedimento de ofício, bem como, no caso de qualquer parcelamento, sobre a parcela inadimplida. § 5º Quando a legislação admitir que determinado tributo seja pago em prestações, incidirão os juros de mora previstos no inciso I deste artigo sobre aquelas que se seguirem à prestação inicial.
9.6.2 A contabilização dos créditos objeto de acréscimos moratórios, quando estes forem
tributários serão:
D – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS FINANCEIRAS
O roteiro de contabilização se dará através do evento 54.0.747, com a classificação
1.2.1.1.1.03.02.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
30
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540747 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________
9.6.3 Já os créditos não tributários, a contabilização referente aos acréscimos moratórios
deverá ser efetivada conforme abaixo:
D – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS FINANCEIRAS
A contabilização para os créditos não tributários também se dará através do evento
54.0.747, porém com a classificação 1.2.1.1.1.04.02.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540747 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
10 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA A DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
31
10.1 EXTINÇÃO DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
10.1.1 Todo recebimento de Dívida Ativa, qualquer que seja a forma, deverá
corresponder a uma receita orçamentária e simultânea baixa contábil de crédito
registrado anteriormente no Ativo. O recebimento da Dívida Ativa sem a baixa do Ativo
configura a ocorrência de receita sem o respectivo cancelamento do direito a receber,
gerando uma informação incorreta nos demonstrativos contábeis do Ente Público. As
baixas da dívida ativa podem ocorrer:
Pelo recebimento em espécie;
Pelos abatimentos ou anistias previstos legalmente;
Pelo cancelamento administrativo ou judicial da inscrição.
Pela compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a
Fazenda Pública; e,
Pela dação em pagamento com bens imóveis;
10.1.1.1 RECEBIMENTO DA DÍVIDA ATIVA EM ESPÉCIE “Volta ao Sumário”
10.1.1.1.1 As formas de recebimento da Dívida Ativa são definidas em lei, destacando-se
duas formas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela dação
em pagamento. A receita relativa à Dívida Ativa tem caráter orçamentário, e pertence ao
exercício em que for realizada. No caso de recebimento de dívida ativa na forma de
bens, caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta transação, haverá
registro de receita orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos
financeiros.
10.1.1.1.2 O Tesouro Estadual efetuará o lançamento da receita orçamentária através de
eventos automáticos gerados a partir de informações obtidas do sistema de arrecadação,
bem como deverá baixar das contas de ativo o valor recebido. Após o recebimento da
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
32
receita orçamentária da Dívida Ativa, o Tesouro Estadual informará a PGE, através de
relatório próprio, os valores arrecadados, discriminados por tributo e por devedor.
10.1.1.1.3 Dessa forma, a contabilização referente aos recebimentos em espécie será
efetuada conforme o lançamento abaixo:
D – BANCO C/MOVIMENTO
C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
(+) Execução Orçamentária da Receita
Eventos: 540743 – 540782 – 540783 – 540784
10.1.1.2 OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
10.1.1.2.1 Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida
Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito
inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a
incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa
orçamentária, independentemente de sua destinação, caso esta transação esteja
especificamente consignada no Orçamento-Geral do ente. Qualquer que seja a forma de
recebimento da Dívida Ativa não poderá acarretar prejuízos na distribuição das receitas
correspondentes.
10.1.1.2.2 Qualquer que seja a forma de recebimento de créditos, o fato constituirá em
receita orçamentária, prevista especificamente ou não no orçamento do exercício de
recebimento.
10.1.1.2.3 No caso de anistias, remissões, abatimentos, o saldo dos direitos a receber,
ou parte dele, se toma efetivamente incobrável, e, no caso dos cancelamentos, ou seja,
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
33
quando se esgotaram sem sucesso os meios possíveis de cobrança por determinações
judiciais ou administrativas, a baixa da conta de direitos a receber deve ser feita tendo
como contrapartida a própria conta redutora.
10.1.1.2.3.1 ABATIMENTOS, ANISTIAS E REMISSÕES. “Volta ao Sumário”
10.1.1.2.3.1.1 O abatimento, anistia ou remissão de quaisquer créditos a favor do Erário
depende de autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo
em programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da Lei Complementar nº
101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Anistia: exclusão das penalidades e não do crédito tributário.
Remissão: perdão total ou parcial da dívida, concedido por lei.
10.1.1.2.3.1.2 O lançamento a ser efetuado será:
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
C –1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem
com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a
classificação 1.2.1.1.1.03.02.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
34
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________
540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem
com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a
classificação 1.2.1.1.1.04.02.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________
540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
10.1.1.3 CANCELAMENTOS DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
10.1.1.3.1 O cancelamento decorre de determinação de autoridade competente no
sentido de baixar o crédito inscrito em Dívida Ativa, tanto em nível administrativo quanto
judicial.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
35
10.1.1.3.2 Assim, o cancelamento ocorre por decisão judicial transitada em julgado
desfavorável ao Estado, decisão administrativa irreformável que é uma decisão proferida
no âmbito dos processos administrativos fiscais acatando alegação de direito, inscrição
indevida, etc., além de determinação específica de autoridade competente, prevista em
lei.
10.1.1.3.3 A contabilização para o cancelamento dos créditos inscritos em dívida ativa
deverá proceder conforme o lançamento a seguir:
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.
C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem
com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a
classificação 1.2.1.1.1.03.02.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________
540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110302 _________ ____________
A contabilização do evento se dará através do evento 54.0.748 para o débito na origem
com a classificação 1.2.1.1.1.99.02 e através do evento 54.0.788 para o crédito com a
classificação 1.2.1.1.1.04.02.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
36
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
540748 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121119902 _________ ____________
540788 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) 121110402 _________ ____________
10.1.1.4 COMPENSAÇÃO COM CRÉDITOS DE PRECATÓRIOS EXPEDIDOS “Volta ao Sumário”
10.1.1.4.1 A partir da edição da Lei 5647, de 18/01/2010 o Estado do Rio de Janeiro
permite a possibilidade de quitação de débitos inscritos em Dívida Ativa através da
compensação de precatórios. A lei dispõe sobre a forma de compensação de crédito
inscrito em Dívida Ativa com precatórios vencidos. O artigo 10 menciona que, os débitos
de acordo com a Emenda Constitucional nº 62, de 9/12/2009, poderão ser liquidados à
vista mediante compensação com créditos representados por precatórios judiciais
pendentes de pagamento e extraídos contra o ERJ, suas Autarquias e Fundações de
titularidade originária do contribuinte ou na condição de sucessor ou cessionário do
crédito oferecido.
10.1.1.4.2 Conforme disposto na Lei Estadual nº 6.136/2011 e no Decreto Estadual nº
43.443/2012, os débitos poderão ser liquidados à vista mediante a compensação com
créditos representados por precatórios judiciais pendentes de pagamento e extraídos
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
37
contra o Estado do Rio de Janeiro, suas autarquias e fundações, até o limite de 95% do
valor do débito, já computadas as reduções, e desde que formulado o requerimento até
31/05/2012.
10.1.1.4.3 A compensação de créditos inscritos em Dívida Ativa com créditos contra a
Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não resulta em
ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro do Patrimônio do Ente
Público.
10.1.1.4.4 A compensação não implica no ingresso de valores ou bens, constituindo um
fato permutativo que anula um crédito registrado no Ativo com uma obrigação da
Fazenda Pública para com terceiros.
10.1.1.4.5 Nos itens seguintes estão elencados os Procedimentos de Compensação
conforme Rotina CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013:
10.1.1.4.5.1 Dos Procedimentos de Compensação
Para compensação prevista no artigo 10, caput, da Lei Estadual nº 5.647/2010, deverão
ser observados os procedimentos exigidos nos artigos 19, 23, 24, 25, 26 e 27 do Decreto
Estadual n° 42.316/10, em especial o disposto no artigo 24, a seguir:
I – Registro do cancelamento do crédito público no Sistema Informatizado da Dívida
Ativa;
II – Providências a cargo da Secretaria de Estado de Fazenda, para fins de sub-rogação
pelo Estado do Rio de janeiro, quando for o caso, nos direitos creditícios contra a
entidade descentralizada, fundação ou autarquia, devedora;
III – Comunicação ao Tribunal competente à quitação, parcial ou total do precatório.
10.1.1.4.5.2 Dos Procedimentos Contábeis para Registro da Compensação com
Créditos de Precatórios
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
38
Os débitos tributários ou não, inscritos em dívida ativa, poderão ser liquidados à vista
mediante a compensação com créditos representados por precatórios judiciais
pendentes de pagamento (aquele cujo exercício financeiro de pagamento já tenha
terminado) com as reduções do inciso I do art. 2º do Decreto Estadual nº 42.316/2010,
devendo ambos ser preliminarmente atualizados monetariamente.
10.1.1.4.5.2.1 Da Atualização da Dívida Ativa
A atualização dos valores inscritos em dívida ativa dar-se-á através dos eventos
descritos no Manual da Dívida Ativa editado pela Coordenação de Estudos e Manuais –
CEMAN, da Superintendência de Normas Técnicas – SUNOT, disponível no Portal da
Secretaria de Estado de Fazenda (www.fazenda.rj.gov.br), link Portal da Contadoria,
“Manuais/Manual da Dívida Ativa do Estado”.
10.1.1.4.5.2.2 Da Atualização dos Precatórios Judiciais
A atualização dos valores inscritos em Precatórios Judiciais com Fornecedores dar-se-á
através do evento 54.0.712, conforme descrito na Rotina CONOR/SUNOT/CGE n°
032/2013, disponível no Portal da Secretaria de Estado de Fazenda
(www.fazenda.rj.gov.br), link Portal da Contadoria, “Normas e Orientações”, “Circulares
CGE”, “SUNOT/2013”.
10.1.1.4.5.3 Da Compensação
A compensação de que trata o artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010 dar-se-á
conforme roteiro de contabilização a seguir:
10.1.1.4.5.3.1 Pela baixa por compensação dos precatórios judiciais com a dívida
ativa
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
39
A baixa por compensação dos precatórios judiciais (PRINCIPAL + ATUALIZAÇÃO) com
valores inscritos em dívida ativa tributária ou não, dar-se-á concomitantemente à
execução da despesa e receita orçamentárias, respectivamente, haja vista o disposto na
Parte III – Procedimentos Contábeis Específicos do Manual de Contabilidade Aplicado ao
Setor Público (5ª Edição), de autoria da Secretaria do Tesouro Nacional:
“Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa orçamentária, independentemente de sua destinação (...)”
Consultar Rotina CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013 para os procedimentos contábeis:
Empenho da Despesa, Liquidação da Despesa e Confirmação do Pagamento.
10.1.1.4.5.3.2 Da Repartição Tributária – Dívida Ativa Tributária ICMS, rotina
CONOR/SUNOT/CGE nº 036/2013:
Quando ocorrer compensação de precatórios com créditos inscritos em Dívida Ativa
Tributária de ICMS, tanto nos casos da Administração Direta quanto da Indireta, no
momento da compensação a UG 370200 – Encargos Gerais do Estado – SEFAZ deverá
confeccionar NL – Nota de Lançamento com uso do evento 58.0.555 e inscrição ANO
(do vencimento do precatório, conforme ordem cronológica) + IG (do tipo “PR”, com os
dados do Precatório compensado), no valor correspondente a 25% (vinte e cinco por
cento) do total compensado, com fins à observância do disposto no artigo 4°, § 1° da Lei
Complementar n°63/90 e conforme Parecer Jurídico de autoria da Assessoria Jurídica da
Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, acostado ao Processo
Administrativo n° E-04/062/48/2013.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
40
10.1.1.4.5.3.3 Da compensação com saldo inferior de precatórios
Nos casos onde o saldo de precatórios disponibilizado seja insuficiente para liquidação
integral do débito, a diferença existente deverá ser paga à vista ou de forma parcelada,
de acordo com a natureza do débito, permanecendo os benefícios proporcionalmente
aos valores liquidados, consoante no § 3º do artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010.
10.1.1.4.5.3.4. Da compensação com saldo superior de precatórios
Nos casos onde o saldo de precatórios judiciais disponibilizado seja superior ao débito
que se pretenda liquidar, o referido precatório e/ou ação judicial respectivos prosseguirão
pelo saldo remanescente, da mesma fase em que se encontrem, consoante o § 5º do
artigo 10 da Lei Estadual nº 5.647/2010.
10.1.1.5 RECEBIMENTO EM BENS OU DIREITOS “Volta ao Sumário”
10.1.1.5.1 Os recebimentos em bens ou direitos que configurem a quitação de Dívida
Ativa, nos termos previstos em textos legais, devem refletir-se pela baixa do direito
inscrito em Dívida Ativa e reconhecimento de receita orçamentária, bem como a
incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa
orçamentária, independente de sua destinação. Qualquer que seja a forma de
recebimento da Dívida Ativa não poderá acarretar prejuízos na distribuição das receitas
correspondentes.
10.1.1.5.2 O registro será pelo valor do bem recebido, nos termos do auto de
arrematação/adjudicação na hipótese de leilão; ou laudo de avaliação na hipótese de
dação em pagamento. O recebimento em bens ou direitos envolverá os seguintes
lançamentos contábeis:
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
41
D - 1.2.3.2.1.01. XX – ATIVO IMOBILIZADO
C – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
CRIAR EVENTO
Obs.: Este lançamento deve ser feito quando da inscrição do imóvel, pelo Estado, no
Registro de Imóveis.
10.1.1.5.3 Ressalte-se que, caso esta operação esteja consignada especificamente no
Orçamento Geral do Ente, deverá haver o registro de execução da receita e despesa
orçamentária.
10.1.1.5.4 O registro será pelo valor do bem recebido, nos termos do auto de
arrematação/adjudicação na hipótese de leilão; ou do laudo de avaliação na hipótese de
dação em pagamento.
11 CASOS ESPECIAIS DA DIVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
11.1 DESPESAS RELACIONADAS À DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
11.1.1 As despesas a que a Fazenda Pública seja obrigada, em decorrência de
condenações judiciais (Lei nº 6830/80, artigo 39, parágrafo único) vinculadas a
cobranças de processos judiciais inscritos em Dívida Ativa, deverão ser reconhecidas e
pagas pelo processo normal, sem trânsito pelas contas relativas à Dívida Ativa.
11.1.2 Despesas acessórias ou de pequena monta, relacionadas aos processos de
cobrança, também deverão ser apropriadas como encargos, sem reflexo na Dívida Ativa.
11.2 PARCELAMENTOS DA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
42
11.2.1 O parcelamento dos créditos tributários e não tributários do Estado do Rio de
Janeiro, de suas autarquias e fundações públicas, inscritos em dívida ativa, ajuizados ou
não, será disciplinado de acordo com a Lei estadual nº 6136, de 28 de dezembro de
2011.
11.2.2 Conforme o artigo 1º da referida Lei, fica concedida remissão integral das multas
e parcial dos juros, relativamente aos débitos, tributários ou não, inscritos em Dívida
Ativa, inclusive os oriundos de autarquias, ajuizados ou não, que tenham por vencimento
original data anterior a 30 de novembro de 2011, observadas a forma e condições
previstas nesta lei, e atendidas as demais condições que vierem a ser fixadas em
Decreto do Poder Executivo.
11.2.3 As multas serão reduzidas a 30% (trinta por cento) de seu valor nos casos em
que os créditos públicos tributários ou não, inscritos em dívida ativa esteja limitado à
aplicação de multa mencionada no item anterior, o disposto nesse item aplica-se
também ao saldo remanescente dos débitos consolidados de parcelamentos anteriores,
mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos.
11.2.4 No caso de débito inscrito em Dívida Ativa que reúna várias competências, será
considerado o vencimento da última competência para fins de aplicação do disposto no
artigo 1º da Lei 6136/2011.
11.2.5 No art. 2º da mesma Lei, fica autorizado o pagamento à vista, o parcelamento em
até 18 vezes e a compensação com créditos de precatórios expedidos, conforme
disposto nos respectivos capítulos, e desde que requeridos até o dia 31 de maio de
2012.
11.2.6 O requerimento de que trata o item 11.2.5, conforme § 2º do art 2º da Lei
6136/2011, importa confissão irrevogável e irretratável dos débitos que o requerente
tenha indicado, configurando confissão extrajudicial nos termos dos arts. 348, 353 e 354
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
43
da Lei nº 5869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, implica na renúncia
irretratável a qualquer direito com vistas a provocação futura, em sede administrativa ou
judicial, acerca de principal ou acessórios relativos aos créditos, bem como na
desistência de recursos ou medidas já interpostos, e condiciona o requerente à
aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas nesta Lei e em sua
regulamentação.
11.2.7 Para os pagamentos à vista, os débitos inscritos em Dívida Ativa até 1997,
inclusive, e que tenham valor inferior a 4.683,40 (quatro mil, seiscentos e oitenta e três e
quarenta centavos) UFIR-RJ, bem como os débitos inscritos em Dívida Ativa até
30/11/2011, inclusive, e que tenham nesta data valor total inferior a 468,34 (quatrocentos
e sessenta e oito e trinta e quatro centavos) UFIR-RJ, poderão ser pagos com redução
de 50% (cinquenta por cento) dos juros de mora, além da exclusão integral das multas.
11.2.8 Para os débitos objeto de parcelamentos anteriores, haverá o cancelamento do
parcelamento, apurando-se o saldo nos termos do artigo 168 do Decreto-Lei nº 05, de 15
de março de 1975, sendo desconsideradas as eventuais reduções do débito que, ao
tempo do parcelamento, tenham sido conferidas por lei específica; a opção pelo
pagamento à vista importará desistência compulsória e definitiva do respectivo
parcelamento existente na data de opção.
11.2.9 Os débitos tributários ou não, inscritos em dívida ativa, poderão ser objeto de
parcelamento em até 18 (dezoito) meses, com redução de 50% (cinquenta por cento)
dos juros de mora, além da exclusão integral das multas.
11.2.10 Cada prestação mensal não poderá ser inferior a R$100,00 nos débitos inscritos
tendo por sujeito passivo pessoa física, e R$200,00 nos débitos inscritos tendo por
sujeito passivo pessoa jurídica.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
44
11.2.11 Conforme afirma o § 3º do artigo 7º da Lei em questão, o inadimplemento por
mais de 30 (trinta) dias de qualquer das parcelas implica no imediato cancelamento dos
benefícios previstos nesta lei, calculado o saldo remanescente:
I - apurando-se o valor original do débito com a incidência da multa e demais acréscimos
legais, até a data do vencimento da parcela não paga;
II - deduzindo-se as parcelas pagas, com acréscimos legais, até a data do vencimento
da parcela não paga.
11.2.12 O requerimento para a realização do parcelamento suspende a exigibilidade do
débito inscrito em dívida ativa, nos termos do art. 151, III, do CTN.”
11.2.13 A inclusão de débitos no parcelamento não implica novação de dívida.
11.2.14 O parcelamento não depende de apresentação de garantia ou de arrolamento
de bens, exceto quando já houver penhora em execução fiscal ajuizada ou qualquer
outra modalidade de garantia apresentada em juízo, e abrangerá inclusive os encargos
legais que forem devidos.
11.2.15 A inclusão de valores inscritos em Dívida Ativa em Programas de Recuperação
de Dívidas legalmente instituídos, ou renegociações administrativas, efetuadas pelo
órgão ou entidade competente, que possibilitem a fixação de datas e valores de
recebimentos futuros, deverá ser expressa em termos contábeis. A parcela com
vencimento determinado para datas até o encerramento do exercício subsequente
deverá ser reclassificada para a Dívida Ativa de curto prazo, permanecendo a parcela
restante no longo prazo.
11.2.16 A contabilização para parcelamento da dívida ativa tributária e não tributária,
deverá ser efetuada conforme lançamento mencionado abaixo:
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
45
D –1.1.2.5.1.01.01 - PARCELAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS
D – 1.2.1.1.1.03.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS
C – 1.2.1.1.1.03.02 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
A contabilização se dará através do evento 58.0.608 para os créditos tributários no curto
prazo e no evento 58.0.609 para os créditos tributários no longo prazo.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
580608 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
580609 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
D – 1.1.2.4.1.01.02 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
D – 1.2.1.1.1.04.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
C - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
Para os créditos de origem não tributária a contabilização se dará através do evento
58.0.610 para os créditos tributários no curto prazo e no evento 58.0.611 para os créditos
tributários no longo prazo.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
46
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
580610 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
580611 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
11.3 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS SUSPENSOS “Volta ao Sumário”
11.3.1 É a paralisação temporária da exigibilidade do crédito tributário, por meio de
norma tributária. No direito brasileiro, de acordo com o Art.151 do CTN, as modalidades
de suspensão admitidas são:
Moratória
O depósito do montante integral
As reclamações e os recursos administrativos
A concessão de medida liminar em mandado de segurança
A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
ação judicial.
O parcelamento
11.3.2 Moratória: é a postergação do prazo para pagamento do tributo devido, pode ser
concedido de modo geral ou individual. Ela sempre dependerá de lei para a sua
concessão. Esse benefício somente pode ser concedido se o crédito já fora constituído
ou se o lançamento foi iniciado. A competência para concedê-la, em regra, é da pessoa
jurídica de direito público competente para instituir o tributo. Para alguns doutrinadores a
União poderá conceder moratória sobre qualquer tributo em caso de guerra externa.
11.3.3 Depósito do montante integral: Visa interromper atos de cobrança do Fisco,
nquanto o crédito ainda está em discussão. O depósito pode ser anterior ou posterior à
constituição do crédito tributário. É uma faculdade (e não uma obrigação) concedida ao
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
47
contribuinte, e não é condição para recurso na esfera administrativa e nem requisito para
ingresso de ação judicial.
11.3.4 Reclamações e recursos administrativos: impede a formação definitiva do
crédito tributário. Importante lembrar que o STF julgou inconstitucional a exigência de
depósito prévio nos recursos administrativos.
11.3.5 Concessão de medida liminar em mandado de segurança: pode ser
repressivo ou suspensivo. A suspensão ocorre com a liminar, não com a sentença
transitada em julgado. Com a liminar a fazenda pública fica impedida de ajuizar a
execução.
11.3.6 Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada: não importa a
modalidade de ação ajuizada, com a concessão da liminar ou mesmo da antecipação de
tutela, evita que o sujeito passivo arque com o ônus tributário antes que seja apreciado o
mérito a sentença tenha transitado em julgado.
11.3.7 Parcelamento: a Lei Complementar nº 104/2001 incluiu o parcelamento entre as
hipóteses de suspensão. Será concedido na forma e condições previstas em lei
específica, aplicando subsidiariamente as regras da moratória.
11.3.8 Em sua grande maioria, os créditos suspensos resultam de ajuizamentos de
ações ou de recursos administrativos, cujos motivos são de alegações diversas.
Resumindo, podem ter sido originadas por decisões administrativas ou judiciais como
também podem ser como objeto de acordos de parcelamento de dívidas, sendo que
neste caso específico será discutido mais adiante. Assim, deverá haver reclassificação
para o estágio dos Créditos Suspensos na Dívida Ativa. A contabilização será:
D – 1.2.1.1.1.03.03 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA
C – 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
48
No SIAFEM/RJ a contabilização se dará através do evento 58.0.612.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
580612 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
D – 1.2.1.1.1.04.03 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS COM EXIBILIDADE SUSPENSA
C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
Para os créditos de origem não tributária a contabilização se dará através do evento
58.0.613.
__ SIAFEM2014-EXEFIN,UG,NL ( NOTA DE LANCAMENTO )
DATA EMISSAO: 02SET2013 NUMERO: 2013NL _____
UNIDADE GESTORA: 200100
GESTAO: 00001
CGC/CPF/UG FAVORECIDA: ______________
GESTAO FAVORECIDA: _____
EVENTO INSCRICAO DO EVENTO CLASSIFICACAO FONTE V A L O R
580613 CÓDIGO DO TRIBUTO (*) ______________ _________ ____________
(*) O conta corrente do tributo será o código do tributo no SIAFEM/RJ, vide relação ANEXO II deste manual.
11.4 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES “Volta ao Sumário”
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
49
11.4.1 Caso particular que merece destaque é o lançamento de valores que são relativos
à inscrição de Dívida Ativa que não foram efetuadas na época própria. Trata-se de
inscrição relativa a exercício já encerrado e nesse caso será necessário efetuar-se um
ajuste no patrimônio líquido (ajuste de exercícios anteriores) pela baixa (quando de
inscrição indevida) ou inscrição do principal da Dívida Ativa e da atualização monetária,
juros, multa e outros encargos. Em resumo, o registro do encaminhamento segue o
mesmo roteiro anterior, porém a inscrição ocorrerá em conta de patrimônio líquido
denominado “Ajustes de Exercícios Anteriores”.
a) No caso de aumento da Dívida Ativa:
D – 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
D – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIA INSCRITOS
C – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES
CRIAR EVENTO
b) No caso de diminuição da Dívida Ativa:
D- 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES
C– 1.2.1.1.1.03.02 CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C– 1.2.1.1.1.04.02 CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIO INSCRITOS
12 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA “Volta ao Sumário”
12.1 São os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem
ou natureza (exceto as tributárias), foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação,
custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente
julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de
sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de
outras obrigações legais.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
50
12.1.1 Os procedimentos para a inscrição em dívida ativa não tributária são os mesmos
para a inscrição em dívida ativa tributária e já foi comentado neste trabalho.
13 AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS NA DÍVIDA ATIVA “Volta ao Sumário”
13.1 CONCEITO DE AJUSTE “Volta ao Sumário”
13.1.1 A dívida ativa é o direito a favor da Fazenda Pública que, por não ter sido
realizado no prazo, tornou-se incerto. Permanece, portanto, o direito ao crédito, mas
agora ele traz consigo uma maior possibilidade de não se realizar. É certo que os
créditos vencidos e não inscritos em dívida ativa já sofrem de um grau de incerteza
quanto à sua liquidez, motivo pelo qual os créditos administrativos também devem ser
ajustados.
13.1.2 Os ativos da dívida ativa, contudo, já possuem um histórico de inadimplência, por
isso provocam maior expectativa de perda. O valor desta perda deve ser quantificado e
registrado como dedução dos recebíveis.
Desse modo, os créditos tributários a receber devem figurar no balanço por seu valor
líquido provável de realização, independentemente de sua origem, tipo de operação ou
devedor, conforme os preceitos contábeis.
13.1.3 Nesse ambiente, é necessária a constituição de um ajuste para refletir possíveis
perdas financeiras derivadas da falta de pagamento dos valores devidos à Fazenda
Pública.
13.1.4 O ajuste para perdas prováveis é uma estimativa contábil, cujo cálculo é de
responsabilidade da administração da entidade. Neste cálculo devem ser consideradas
as melhores evidências disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos, quando não
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
51
existir uma forma precisa de apuração, além de requerer julgamento na determinação do
valor adequado a ser registrado nas Demonstrações Contábeis.
13.1.5 Importante ressaltar que esse montante deve ser suficiente para cobrir as perdas
estimadas na cobrança desses créditos, a fim de se evitar a superavaliação ou a
subavaliação do patrimônio líquido da entidade, sendo preciso avaliar a probabilidade de
realização desses créditos a receber com o objetivo de reduzir tais ativos ao seu
provável valor de realização, critério pelo qual esses créditos a receber devem figurar
nas demonstrações contábeis.
13.1.6 Deve ser ressaltado que o cálculo dos ajustes de exercícios anteriores será
efetuado mensalmente, quando poderá haver uma complementação ou uma reversão.
13.2 CENÁRIO PARA A CONSTITUIÇÃO DO AJUSTE “Volta ao Sumário”
13.2.1 O ajuste para perdas prováveis em Dívida Ativa corresponde à estimativa da
entidade da parcela de créditos a receber cuja realização não ocorrerá. Tal estimativa
deve ser apurada de forma criteriosa, tendo em vista o caráter de incerteza envolvido,
com base em uma apropriada metodologia para o cálculo do ajuste.
13.2.2 A necessidade e a obrigação da constituição dos ajustes para perdas prováveis
estão fundamentadas nas NBCASP (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao
Setor Público) e nos princípios de contabilidade, especialmente nos princípios da
oportunidade, competência e prudência, conforme Resolução n. 750/1993 do Conselho
Federal de Contabilidade.
13.3.3 Para atender aos princípios da oportunidade e da prudência, é necessário instituir
mecanismos que devolvam aos ativos a expressão real dos valores contabilizados,
tornando-os compatíveis com a situação da entidade. Esse procedimento também está
fundamentado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que o incluiu nas NBCASP por
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
52
meio da NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do
Setor Público – aprovada por intermédio da Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade 1.137/2008, com os preceitos contidos no princípio da oportunidade:
Créditos e Dívidas 7. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. 8. Os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram. (...) 11. As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos.
13.3.4 Finalmente, o estabelecimento desses ajustes para perdas em relação aos
créditos a receber contribui para o processo de fortalecimento da visão patrimonial, além
de proporcionar maior qualidade e transparência na informação contábil.
13.3 NORMAS GERAIS PARA A CONSTITUIÇÃO DE AJUSTE PARA PROVAVEIS PERDAS “Volta ao Sumário”
13.3.1 RESPONSABILIDADE PELO CÁLCULO E REGISTRO CONTÁBIL DO AJUSTE: “Volta ao Sumário”
13.3.1.1 O ajuste incidirá sobre os valores devidamente inscritos em Dívida Ativa. Os
créditos assim qualificados encontram-se sob a gestão do órgão competente pela
inscrição em cada esfera de governo.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
53
13.3.2 FORMA DE MENSURAÇÃO DO AJUSTE: “Volta ao Sumário”
13.3.2.1 A constituição de ajuste sobre contas a receber encerra um caráter de
incerteza, pela própria natureza futura de realização dos recebimentos. Especialmente
no caso da Dívida Ativa, a diversidade da origem dos créditos a favor do Ente Público,
somada aos variados graus de estruturação dos mecanismos de cobrança nas três
esferas de governo, torna bastante complexa a tarefa de estimar um ajuste para
prováveis perdas.
13.3.2.2 Um dos pontos críticos é avaliar a capacidade de cobrança do organismo
público. A forma mais tradicional de estimar um sucesso futuro de recebimento
desses valores já com prazo de pagamento vencido é através da experiência
acumulada em exercícios passados. É correto avaliar que os valores recebidos
verificados na série histórica de cada Ente Público reflitam com bastante precisão o
esforço na ação de cobrança conjugado com os meios de cobrança à disposição do
gestor.
13.3.2.3 Outro ponto que merece tratamento especial é a própria natureza do saldo
das contas de valores inscritos em Dívida Ativa. Normalmente, essa conta é dinâmica,
recebendo débitos e créditos de forma bastante variada. Esse saldo representa o
estoque de Dívida Ativa, sobre o qual recaem as ações de cobrança, representando um
valor significativo para qualquer avaliação ou estimativa de cobrança futura.
13.3.2.4 Com base nesses critérios, a metodologia de cálculo de ajustes baseou-se
em duas variáveis principais:
a) média percentual de recebimentos passados;
b) saldo atualizado da conta de créditos inscritos em Dívida Ativa.
13.3.2.5 A média percentual de recebimentos passados utiliza uma média ponderada
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
54
dos recebimentos com relação aos montantes inscritos dos três últimos exercícios.
13.3.2.6 Essa média ponderada de recebimentos é calculada em cada um dos 3 (três)
últimos exercícios pela divisão da média mensal de recebimentos em cada exercício
pela média anual dos saldos mensais.
13.3.2.7 A partir da média ponderada dos recebimentos dos três últimos exercícios,
calcula-se a média percentual de recebimentos pela divisão da soma desses
percentuais dividida pelo número de meses correspondentes ao exercício orçamentário
do ente governamental.
Em termos matemáticos:
Média mensal de recebimentos = Total de recebimentos no exercício ÷ 12
Média anual de saldos mensais = soma dos saldos mensais ÷ 12
Média ponderada de recebimentos = Média mensal de recebimentos ÷ Média de
saldos de valores inscritos em Dívida Ativa.
Exemplo numérico, para o exercício X1:
Soma dos saldos mensais de valores inscritos em Dívida Ativa no exercício X1: 75.000
Média anual de saldos mensais: 75.000 ÷ 12 = 6.250
Soma dos recebimentos mensais no exercício: 3.150
Média mensal de recebimentos: 3.150 ÷ 12 = 262,50
Média ponderada de recebimentos para o exercício X1: (262,50 ÷ 6.250) x 100 =
4,20%
Considerando para os exercícios X2 e X3 com a mesma forma de cálculo:
Média ponderada de recebimentos para o exercício X2: 12,75%
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
55
Média ponderada de recebimentos para o exercício X3: 9,00%
Podemos calcular então a média percentual de recebimentos para fins de cálculo de
ajuste:
Média % de recebimentos = (4,20% + 12,75% + 9,00%) ÷ 3 = 8,65%
13.3.2.8 O valor do ajuste para prováveis perdas do Ente Público será igual ao saldo da
conta de valores inscritos em Dívida Ativa menos o percentual da média percentual de
recebimentos multiplicado pelo mesmo saldo da conta de valores inscritos em Dívida
Ativa.
Em termos matemáticos:
Ajuste = Saldo conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa – (média % de recebimentos
x Saldo da conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa).
Exemplo numérico:
Utilizando a média percentual de recebimentos do exemplo anterior, calculamos o
ajuste para o primeiro mês do exercício X4:
Média % de recebimentos = 8,65%
Saldo de valores inscritos em Dívida Ativa ao final de X3: 10.000
% Média de recebimentos = 8,65%
Valor do Ajuste: 10.000 – (8,65% x 10.000) = 9.135
Assim, a composição das contas para abertura do exercício X4 seria:
Dívida Ativa 865
Valores Inscritos em Dívida Ativa 10.000
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
56
( - ) Ajustes para Perdas Prováveis em Dívida Ativa 9.135
13.3.2.9 Observa-se que o saldo líquido da Dívida Ativa que vai impactar no Ativo
do Ente Público é igual ao montante calculado pela multiplicação da média
percentual de recebimentos pelo total dos valores inscritos em Dívida Ativa, refletindo
apenas a expectativa de recebimento dos Ativos inscritos.
13.3.2.10 No mês seguinte à primeira constituição de ajuste, o cálculo deve ser refeito,
alterando-se apenas o saldo dos valores inscritos em Dívida Ativa, mantendo-se a média
percentual de recebimentos para todo o exercício.
13.3.2.11 Deve ser observado se o valor calculado conforme a metodologia acima para
o ajuste é maior ou menor do que o valor registrado nessa conta ao término do
mês anterior. Se o novo valor obtido para o ajuste for maior do que o registrado
anteriormente, o valor que falta na conta Ajuste para Perdas Prováveis na Dívida Ativa
deverá ser complementado. Caso o novo valor obtido seja menor do que o valor
registrado anteriormente, o procedimento a ser adotado deve ser o de reverter o saldo a
maior da conta Ajuste para a conta de Variação Patrimonial Ativa.
Exemplo de cálculo:
Considerando o saldo de valores inscritos em Dívida Ativa para o encerramento do
primeiro e do segundo meses de X4, e utilizando os números do exemplo anterior:
Para o primeiro mês:
Saldo do final de janeiro X4: 90.000
Média % de recebimentos: 8,65%
Cálculo do novo ajuste: 90.000 – (8,65% x 90.000) = 82.215
Valor provisionado anteriormente: 9.135
Diferença para o novo ajuste: 82.215 – 9.135 = 73.080
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
57
A) CONTABILIZAÇÃO A SER EFETUADA SERÁ:
D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS
C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 73.080
A composição das contas para o segundo mês do exercício X4 seria:
Dívida Ativa 7.785
Valores Inscritos em Dívida Ativa 90.000
( - ) Ajustes para Perdas de Dívida Ativa 82.215
13.3.2.12 Observa-se que o valor líquido da Dívida Ativa sofreu um aumento, não pelo
aumento da expectativa relativa de recebimento, mas apenas pelo aumento do
montante do estoque de Dívida Ativa a cobrar.
Para o segundo mês:
Saldo no final de fevereiro X4: 1.000
Média % de recebimentos: 8,65%
Cálculo do novo ajuste: 1.000 – (8,65% x 1.000) = 913,50
Valor provisionado anteriormente: 82.215
Diferença para o novo ajuste: 82.215 – 913,50 = 81.301,50
B) JÁ NESTE CASO A CONTABILIZAÇÃO A SER EFETUADA SERÁ:
D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.
C- 4.9.7.2.1.01.02 – AJUSTE PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA........ R$ 81.301.50
A composição das contas para o segundo mês do exercício X4 seria:
Dívida Ativa 86,50
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
58
Valores Inscritos em Dívida Ativa 1.000,00
( - ) Ajustes para Perdas de Dívida Ativa 913,50
13.3.2.13 No exemplo ocorreu uma variação desproporcional de valores do saldo,
exagerada de forma proposital, para fins de ilustração. No entanto, é comum uma
movimentação na Dívida Ativa dentro do exercício tanto pelo crescimento natural pela
via da atualização monetária quanto pelo recebimento, ajustes, cancelamento e novas
inscrições.
13.3.2.14 Ao final do exercício X4, será conhecido um novo valor de recebimentos
ocorridos durante o exercício X4. Esse valor tomará o lugar, na fórmula de cálculo
da média percentual de recebimentos do valor obtido no exercício X1, para fins de
cálculo da provisão inicial do exercício X5.
13.3.2.15 Cumpre ressaltar que o uso da média percentual de recebimentos destina-se
a captar o grau de sucesso do Ente Público na cobrança de seus créditos inscritos em
Dívida Ativa, refletindo seus esforços na recuperação do recurso público. Por outro lado,
o uso do saldo atual a cada mês dentro do exercício visa refletir as mutações do
estoque da Dívida Ativa a ser cobrada.
13.3.2.16 Assim, o incremento de recuperação de créditos inscritos em Dívida Ativa terá
reflexos ainda dentro do exercício, pela diminuição do saldo de valores inscritos, e
também em exercícios posteriores, pela melhoria da relação média percentual de
recebimentos.
13.4 ATUALIZAÇÃO ANUAL DA CONTA AJUSTE “Volta ao Sumário”
13.4.1 Em decorrência das características e peculiaridades dos entes da Federação, é
facultado aos municípios, com população inferior a cinquenta mil habitantes, constituir e
atualizar o ajuste da Dívida Ativa anualmente.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
59
13.4.2 A forma de mensuração do valor a ser ajustado na conta Dívida Ativa deve
obedecer ao critério dos recebimentos históricos. Por esse critério, o valor do ajuste
deve ser inversamente proporcional à média aritmética dos percentuais de recebimento
referentes à conta Dívida Ativa nos últimos três exercícios, ou seja, se a referida
média nos últimos três anos for de 5%, então o valor a ser ajustado deve ser de 95%
(100 – 5).
13.4.3 Nos exercícios seguintes à primeira constituição de ajuste para perdas em dívida
ativa, deve ser observado se o valor calculado para o ajuste é maior ou menor do que
o valor registrado nessa conta ao término do exercício. Se o novo valor obtido para o
ajuste for maior do que o registrado anteriormente, o valor que falta na conta ajuste
deverá ser complementado. Caso o novo valor obtido seja menor do que o valor
registrado anteriormente, o procedimento a ser adotado deve ser o de reverter o saldo a
maior da conta ajuste para a conta de Variação Patrimonial Ativa.
13.5 METODOLOGIA DE CÁLCULO COM AJUSTE ANUAL “Volta ao Sumário”
13.5.1 A metodologia de cálculo é baseada em uma média percentual dos recebimentos
ao longo dos três últimos exercícios anteriores ao que incidirá o ajuste que está sendo
calculado. A seguir é apresentado um exemplo de metodologia de cálculo de ajuste para
perdas em Dívida Ativa:
13.5.2 O quadro a seguir apresenta uma série histórica de seis exercícios, que será
utilizada como base para constituir o primeiro ajuste da Dívida Ativa ao término do Ano
3.
R$ milhares
ESPECIFICAÇÃO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6
A = Saldo da Conta Dívida Ativa
no Início do Exercício Financeiro
10.000 12.000 15.000 20.000 25.000 26.000
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
60
C = Saldo de Inscrições durante
o Exercício Financeiro
3.000 4.500 5.500 6.000 9.000 8.500
D = Saldo da Dívida Ativa ao final
do Exercício Financeiro
D = A – B + C
12.000 15.000 20.000 25.000 26.000 30.000
Recebimento da Dívida Ativa (%)
F = (B ÷ A) x 100
10 12,5 3,3 5 32 16
13.5.3 O cálculo do recebimento da Dívida Ativa em termos percentuais relaciona o
valor absoluto recebido com o saldo dos valores inscritos ao início do exercício,
captando assim a relação entre o saldo a ser recebido – base de valor para as ações
do gestor de cobrança – e o resultado obtido. Essa relação introduz um fator de
ponderação da estatística calculada.
13.5.4 A seguir, calcula-se a Média Aritmética dos Percentuais de Recebimento,
baseada na média simples dos valores percentuais de recebimento para os três
exercícios considerados como base para o ano em que se estima o ajuste:
(10 % + 12,5% + 3,3%) ÷ 3 = 8,6%
13.5.5 Temos, então, que, para os três exercícios anteriores obteve-se uma média de
8,6% de recebimento, indicando que os esforços de cobrança do Ente Público não
lograram receber efetivamente o restante do saldo disponível. Esse restante é o inverso
do percentual calculado, ou, em termos percentuais:
100% - 8,6% = 91,4%
13.5.6 Esse cálculo indica que, para o exemplo, é razoável estimar que 91,4% do saldo
da conta Créditos Inscritos em Dívida Ativa não serão recebidos no próximo período.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
61
Portanto, esse será o montante a ser ajustado ao término do exercício 3, que em termos
de valores pode ser calculado por:
91,4% x 20.000 = 18.280
13.5.7 O valor de 20.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício
3.
A) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:
D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS
C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 18.280
13.5.8 Para o próximo exercício – ano 4 na tabela acima – haverá necessidade de um
recálculo de ajuste da dívida Ativa ao término do exercício 4, repetindo-se os passos
dos itens 8.1.4 em diante, excluindo-se o percentual de recebimentos do Ano 1 (10%) e
incluindo-se o percentual do Ano 4 (5%):
Média dos Percentuais de Recebimento: (12,5% + 3,3% + 5%) ÷ 3 = 6,93
% Percentual do ajuste: 100% - 6,93% = 93,07%
Percentual do valor inscrito em dívida ativa ao término do exercício 4: 93,07%
Montante a ser ajustado ao término do exercício 4: 93,07% x 25.000 = 23.268
13.5.9 O valor de 25.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício
4. O valor do registro de complementação do ajuste ao final do exercício 4 será:
23.268– 18.280 = 4.988
B) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:
D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM CREDITOS
C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB..... R$ 4.988
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
62
13.5.11 Da mesma forma, o recálculo do ajuste da Dívida Ativa ao término do exercício
5, excluindo o percentual de recebimentos do Ano 2 (12,5%) e incluindo-se o percentual
do Ano 5 (32%):
Média dos Percentuais de Recebimento: (3,3% + 5% + 32%) ÷ 3 = 13,43
% Percentual do ajuste: 100% - 13,43% = 86,57%
Percentual do valor inscrito em dívida ativa ao término do exercício 5: 86,57%
Montante a ser ajustado ao término do exercício 5: 86,57% x 26.000 = 22.508
13.5.12 O valor de 26.000 é o valor inscrito em Dívida Ativa ao término do exercício
5. Valor do registro de reversão do ajuste ao final do exercício 5:
22.508 - 23.268 = - 760
13.5.13 O valor de 23.268 é o saldo de ajuste (credor) constituída no exercício anterior,
resultante dos créditos de 18.280 e 4.988, dos anos 3 e 4, respectivamente.
C) O LANÇAMENTO A SER EFETUADA SERÁ:
D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIB.
C- 4.9.7.2.1.01.02 – REVERSÃO DOS AJUSTES PARA PERDAS............ R$ 760,00
13.5.14 Para esse ano 5 ocorreu uma baixa de ajuste, diminuindo o saldo da conta
Ajuste para Perdas de Dívida Ativa, e afetando positivamente o saldo líquido da Dívida
Inscrita. Esse efeito reflete a entrada de um percentual de recebimento de 32% no ano 5
em confronto com a exclusão de um percentual de 12,5% do ano 4. Assim, o melhor
retorno das ações de cobrança do Ente Público implicou uma redução do valor ajustado,
com efeito positivo no saldo líquido para os créditos inscritos em Dívida Ativa.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
63
14 ANEXO I – CONTAS DO SISTEMA PATRIMONIAL “Volta ao Sumário”
ATIVO
11 ATIVO CIRCULANTE
112100000 CLIENTES
112110000 CLIENTES – EXTRA OFSS
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
64
112110100 FATURAS / DUPLICATAS A RECEBER - FATURADAS
112110104 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
112200000 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER
112210000 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER – EXTRA OFSS
112210100 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER
112210104 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
112400000 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
112410000 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – EXTRA OFSS
112410100 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – CLIENTES
112410102 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
112500000 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
112510000 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA – EXTRA OFSS
112510100 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
112510101 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
112900000 (-) AJUSTES PARA PERDAS DE CRÉDITOS
112910000 (-) AJUSTES PARA PERDAS – EXTRA OFSS
112910100 (-) AJUSTES PARA PERDAS DE CRÉDITOS
112910105 ............* AJUSTES PARA PERDAS – DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
112910106 ............* AJUSTES PARA PERDAS – DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
12 ATIVO NÃO CIRCULANTE
121100000 CRÉDITOS A LONGO PRAZO
121110000 CRÉDITOS A LONGO PRAZO – EXTRA OFSS
121110200 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER
121110204 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
121110300 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
121110301 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
121110302 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
121110303 ............CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA
121110304 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
121110400 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA – CLIENTES
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
65
121110401 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM PROCESSO DE INSCRIÇÃO
121110402 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
121110403 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA
121110404 ............PARCELAMENTOS DE DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
121110405 ............CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM COBRANÇA
121119900 AJUSTES DE PERDAS DE CRÉDITOS DE LONGO PRAZO
121119901 ............*(-) AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA
121119902 ............* = AJUSTES PARA PERDAS EM DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
121119903 ............AJUSTES – PERDAS EM DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
23 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
237200000 LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS
237210000 LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS – EXTRA OFSS
237210300 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
2372010301...........AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
RESULTADO
3 VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA
361400000 VPD COM AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITO
361410000 VPD COM AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITO – EXTRA OFSS
361410100 AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITOS – DÍVIDA ATIVA
3614101XX............
4 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA
443900000 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS
443910000 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS – EXTRA OFSS
443910100 OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS
443910101 ............OUTRAS VARIAÇÕES MONETÁRIAS
497200000 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS
497210000 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS - EXTRA OFSS
497210100 REVERSÃO DE AJUSTES DE PERDAS DE CRÉDITOS
497210102 ............AJUSTES PARA PERDAS DE DÍVIDA ATIVA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
66
15 ANEXO II - CONTA CORRENTE DO TRIBUTO “Volta ao Sumário”
1101 – ICM – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1201 – ICMS – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1301 – IPVA – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1401 – ITD – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1501 – ITBI – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1601 – TAXAS – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
1701 – OUTROS TRIB – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
2101 – NÃO TRIB – PROCESSO DÍVIDA ATIVA
16 ANEXO III – FLUXOGRAMA DE CONTABILIZAÇÃO “Volta ao Sumário”
CONTABILIZAÇÃO:
Créditos Tributários:
D - 1.1.2.2.1.01.04 – CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA
C - 4.1.1.9.1.01.04 – OUTRAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Créditos Não Tributários:
D – 1.1.2.1.1.01.04 – CRED. NAO TRIBUT. EM COBRANÇA
C – 1.1.2.1.1.01. XX – FATURAS/DUPLICATAS A RECEBER
1) RECONHECIMENTO
DOS DIREITOS A
RECEBER EM ATRASO
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
67
2) TRANSFERÊNCIA DO
ATIVO CIRCULANTE
PARA O ATIVO
NÃO CIRCULANTE
Créditos Tributários:
D – 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA
C - 1.1.2.2.1.01.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA
Créditos Não Tributários:
D – 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA
C - 1.1.2.1.1.01.04 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA
3) PELO
ENCAMINHAMENTO
PARA A INSCRIÇÃO
DOS CRÉDITOS NA
DÍVIDA ATIVA
Créditos Tributários:
D– 1.2.1.1.1.03.01 – CRED. TRIBUT. EM PROC. INSCRIÇÃO
C - 1.2.1.1.1.02.04 - CREDITOS TRIBUT. EM COBRANÇA
Créditos Não Tributários:
D- 1.2.1.1.1.04.01 – CRED. NÃO TRIBUT. EM PROC.
INSCRIÇÃO
C - 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM COBRANÇA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
68
Créditos Tributários:
D – 1.2.1.1.1.03.02 - CREDITOS TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS
FINANCEIRAS
Créditos Não Tributários:
D – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUT. INSCRITOS
C – 4.4.3.9.1.01.01 – VARIAÇÕES MONETÁRIAS – RECEITAS
FINANCEIRAS
5) ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA
A) PELA EFETIVA
INSCRIÇÃO EM
DÍVIDA ATIVA
Créditos Tributários:
D –1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C - 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM
PROCESSO DE INSCRIÇÃO
Créditos Não Tributários:
D- 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS
C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS EM
PROCESSO DE INSCRIÇÃO
B) PELA REJEIÇÃO
DA INSCRIÇÃO
EM DÍVIDA ATIVA
Créditos Tributários:
D- 1.2.1.1.1.02.04 – CRED. TRIBUT. EM COBRANÇA
C – 1.2.1.1.1.03.01 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS EM
PROCESSO DE INSCRIÇÃO
Créditos Não Tributários:
D- 1.2.1.1.1.04.05 – CRED. NÃO TRIBUT. EM
COBRANÇA
C -1.2.1.1.1.04.01 – CREDITOS NÃO TRIBUÁRIOS EM
PROCESSO DE INSCRIÇÃO
4) O ÓRGÃO DE
INSCRIÇÃO ACEITA OU
NÃO O ECAMINHAMENTO
PARA INSCRIÇÃO EM
DÍVIDA ATIVA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
69
6) EXTINÇÃO DA
DÍVIDA ATIVA
POR:
A) RECEBIMENTO
EM ESPÉCIE
D – BANCO C/MOVIMENTO
C– 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUTÁRIOS
INSCRITOS
B) ABATIMENTOS,
ANISTIAS E
REMISSÕES
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM
DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
C –1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUTÁRIOS
INSCRITOS
D – 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM
DÍVIDA ATIVA TRIB.
C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS
INSCRITOS
C) CANCELAMENTO
E) RECEBIMENTOS
EM BENS E DIREITOS
D - 1.2.3.2.1.01.XX – ATIVO IMOBILIZADO
C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 - CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS
INSCRITOS
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
70
7) CASOS
ESPECIAIS:
A) PARCELAMENTOS
Créditos Tributários:
D– 1.1.2.5.1.01.01 – PARCELAMENTO DE DÍV. TRIBUT.
D– 1.2.1.1.1.03.04 - PARCELAMENTO DE DÍV. TRIBUT.
C – 1.2.1.1.1.03.02 – CRED. TRIBUT. INSCRITOS
Créditos Não Tributários:
D – 1.1.2.4.1.01.02 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA
ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
D – 1.2.1.1.1.04.04 - PARCELAMENTO DE DÍVIDA
ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA
C - 1.2.1.1.1.04.02 – CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS
B) CRÉDITOS
SUSPENSOS
D – 1.2.1.1.1.03.03 – CREDITOS TRIBUTÁRIOS COM
EXIGIBILIDADE SUSPENSA
D – 1.2.1.1.1.04.03 – CREDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS
COM EXIBILIDADE SUSPENSA
C – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUT. INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS
C) AJUSTES DE
EXERCÍCIOS
ANTERIORES
D – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
D – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS
C – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS
ANTERIORES
C.1) NO CASO DE AUMENTO DA DÍVIDA ATIVA
D – 2.3.7.2.1.03.01 – AJUSTES DE EXERCICIOS
ANTERIORES
C – 1.2.1.1.1.03.02 CRED. TRIBUTÁRIOS INSCRITOS
C – 1.2.1.1.1.04.02 CRÉD. NÃO TRIBUT. INSCRITOS
C.2) NO CASO DE DIMINUIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
71
D- 3.6.1.4.1.01.XX – AJUSTES PARA PERDAS EM
CREDITOS
C- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM
DÍVIDA ATIVA TRIB
D- 1.2.1.1.1.99.02 - (-) AJUSTES PARA PERDAS EM
DÍVIDA ATIVA TRIB.
C- 4.9.7.2.1.01.02 – REVERSÃO DOS AJUSTES PARA
PERDAS
8) AJUSTES PARA
PERDAS
PROVAVEIS NA
DÍVIDA ATIVA
A) CONTABILIZAÇÃO INICIAL E COMPLEMENTAÇÃO
B) CONTABILIZAÇÃO DA REVERSÃO
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
72
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: “Volta ao Sumário”
Lei Estadual 6.136/11 – Dispõe sobre anistia, remissão, parcelamento de débitos e
compensação com créditos de precatórios expedidos.
Lei Estadual 6.269/12 – Dispõe sobre atualização monetária de débitos.
Lei Estadual 6.357/12 - Dispõe sobre anistia, remissão e cancelamento de débitos.
Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.
Lei Federal 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o
Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à
União, Estados e Municípios.
Lei Federal 6.830, de 22 de setembro de 1980. Dispõe sobre a cobrança judicial da
Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências.
Lei Federal 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Capítulo V – Titulo III - Dação
em Pagamento.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out.
1988, p.1.
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 17 jan.
1973. p 1.
Coordenação de Estudos e Manuais - Superintendência de Normas Técnicas Página
73
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providencias.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5
maio 2000, Seção 1, p. 1.
CFC – Conselho Federal de Contabilidade Resolução nº 750, de 29 de dezembro de
1993. Dispõe Sobre os Princípios de Contabilidade (PC). Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 31 dez. 1993.
IASB – International Accounting Standards Board. [online]. Normas Internacionais
de Contabilidade. Disponível em <http://www.iasb.org>
IFAC – International Federation of Accountants. [online]. Normas Internacionais
de Contabilidade do Setor Público. Disponível em <http://www.ifac.org>
MANUAL DA RECEITA PÚBLICA NACIONAL –
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/Manual_Rec
eita_Nacional_30102008_MTCASP.pdfsite STN
DÍVIDA ATIVA – MANUAL DE PROCEDIMENTOS -
http://www.stn.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Manual_Divida_Ativa.pdf
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
http://www.dividaativa.rj.gov.br/
RESOLUÇÃO SEFAZ 282 DE 29/01/2010 que determina a inscrição em Dívida Ativa de
débitos declarados e não pagos.